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MICROFILTRAÇÃO TANGENCIAL APLICADA AO TRATAMENTO DE ÁGUA PRODUZIDA 1 Licianne Pimentel Santa Rosa, 1Laio Damascemo Silva, 2Inaura Carolina Carneiro da Rocha,2José Jailton Marques 1 2 Discentes do curso de Engenharia Química. Universidade Federal de Sergipe. Docentes do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Sergipe 1,2 Cidade Universitária “Prof. José Aloísio de Campos”, Av.Marechal Rondon s/n, CEP 49100-000, Jardim Rosa Elze, São Cristovão- SE. e-mail: [email protected] RESUMO - A água produzida é o efluente resultante do processamento primário do petróleo. Uma alternativa adequada para sua disposição final é a reinjeção em poços de petróleo, após o tratamento no nível requerido pelo processo. A filtração é uma operação unitária de uso muito difundido na indústria, sendo o ramo da microfiltração tangencial uma área mais recente, a qual é o objeto de estudo do presente trabalho. O sistema de filtração utilizado consistiu num filtro composto por um meio filtrante do tipo cerâmica porosa envolto por uma carcaça de PVC com tomadas para alimentação da suspensão e retirada de concentrado tangenciais à superfície do meio filtrante. A operação foi conduzida sob vácuo, sendo o filtrado retirado na direção axial do filtro. A suspensão testada foi obtida a partir de um tratamento preliminar da água produzida por oxidação química seguida de coagulação-floculação. O desempenho do filtro foi medido em termos da turbidez do filtrado e da eficiência de remoção de óleos e graxas. A turbidez final média alcançada foi 1,6 UNT, tendo sido atingido cerca de 80 % de eficiência na remoção de óleos e graxas. O fluxo de filtrado apresentou um decaimento com tempo, porém os seus valores ao longo da filtração foram da ordem de 10 -4 m3/(m2.s) , de modo que os resultados motivam estudos futuros, sobretudo devido à possibilidade de regenerações sucessivas do meio filtrante e à qualidade do efluente final. Palavras-Chave: água produzida, filtração tangencial, reuso de efluentes. INTRODUÇÃO O Meio Ambiente tem sido cotidianamente agredido por atividades antrópicas. A busca pela melhoria na qualidade dos processos, materiais e técnicas resulta prioritariamente da necessidade de adequação das atividades poluentes às exigências legais. Nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás são gerados resíduos e efluentes, dentre os quais se destaca a água produzida juntamente com o óleo e o gás, que consiste na combinação da água naturalmente presente na formação geológica do reservatório de petróleo com a água de injeção - aquela injetada no reservatório para aumento da produção (GABARDO, 2007). Para Çakmakci et al (2008), o poluente mais relevante no tocante à extração do petróleo, particularmente pelo volume e composição envolvidos, é a água produzida. Dados fornecidos pela Petrobras indicam que, para cada m³ de óleo produzido, produz-se 1,1 m³ de água salgada (SCHUHLI, 2007). Água Produzida A água produzida contém geralmente alta salinidade, partículas de óleo em suspensão, produtos químicos adicionados nos diversos processos de produção, metais pesados e, por vezes, alguma radioatividade. Isto a torna um poluente de difícil descarte, agravando-se pelo expressivo volume envolvido (LIMA et al,1998). O descarte inadequado deste tipo de efluente implica em diversos efeitos nocivos ao meio ambiente, penalidades legislativas e elevados custos com ações corretivas e/ou mitigadoras de impactos ambientais. Para Garcia (1985) apud Santos et al. (2007), uma opção eficaz para disposição da água produzida é a sua reinjeção, uma vez que isso aumenta a recuperação de óleo dos reservatórios e reduz os impactos ambientais, sobretudo à biota marinha e aos corpos receptores. Porém, se realizada sem tratamento, alguns inconvenientes podem ser observados como a contaminação e/ou incompatibilidade entre a água que está sendo injetada e a água do aqüífero, provocando a formação de sais e comprometendo a injetividade. VIII Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 27 a 30 de julho de 2009 Uberlândia, Minas Gerais, Brasil Água de Injeção A água de injeção, ao ser comprimida no horizonte produtor, através dos poços injetores, tende a aumentar ou manter a produção de uma determinada zona produtora. Esse objetivo é atingido por meio da manutenção da pressão ou por deslocamento do petróleo, na direção dos poços produtores. Uma vez injetada na zona produtora, a água de injeção deve ser a mais inerte possível, de modo a evitar danos ao reservatório. Pode-se utilizar como água de injeção: água proveniente do mar, águas superficiais ou de aqüíferos rasos e a própria água produzida (LIMA et al 1998). Em função das exigências legais para descarte, a tendência é optar por injeção da água produzida após tratamento específico. Um procedimento básico de tratamento de água produzida inclui: remoção de óleo residual, remoção de gases, remoção de sólidos suspensos e dissolvidos e eliminação de bactérias. Schuhli (2007) afirma que a reinjeção em zonas produtoras de petróleo, como método de recuperação secundária, é uma solução ao descarte, porém a tecnologia ainda não está totalmente desenvolvida. A utilização de outra água adequada ao reservatório poderia ser vantajosa economicamente, mas ainda persistiria o problema do descarte do efluente gerado. Filtração É uma operação unitária extensivamente utilizada na indústria, e consiste na separação sólido-fluido através de um meio filtrante contendo material poroso (COULSON e RICHARDSON, 1991). De acordo com McCabe et al. (2003), quando se força a suspensão através do leito, o sólido da suspensão fica retido sobre o meio filtrante, formando a denominada torta. O líquido que se desloca permeando o leito é o filtrado. As aplicações são bastante numerosas, podendo-se citar desde a separação de pequenas quantidades de materiais em laboratórios de química, usando filtração simples ou filtração a vácuo em funil de Büchner, até a separação de grandes quantidades de material como na mineração e no tratamento de água e efluentes. (GOMIDE, 1980). A filtração é também utilizada na separação de misturas sólido-gás, a exemplo do desempoeiramento de ar e de outras aplicações similares. A finalidade da operação pode ser a recuperação da fase sólida, da fase líquida ou de ambas. Os principais fatores que determinam a escolha do tipo de filtro e a definição das condições operacionais, além do custo, são (KYLLÖNEN et al., 2006): • As propriedades do fluido, principalmente a viscosidade, a densidade e a corrosividade; • As propriedades do sólido, destacando-se o tamanho, a forma e a granulometria das partículas; • A concentração de sólidos na suspensão; • A quantidade de suspensão a ser manipulada; • Se o produto de interesse é o sólido ou o fluido, ou ambos; • Se é necessário lavar os sólidos filtrados; • Se o filtrado pode ou não ser aquecido; • Se há alguma forma de pré-tratamento aplicável, a exemplo da coagulaçãofloculação. Teoria da Filtração A teoria da filtração foi desenvolvida nas escolas de Frank M. Tyller (Universidade de Houston, EUA) e Mompei Shirato (Universidade de Nagoya, Japão). Partindo dessa teoria, surgiu a “teoria simplificada”, base para o projeto e análise de desempenho de filtros” (MASSARANI, 2002). A filtração, por qualquer que seja o equipamento, leva ao acúmulo de sólidos, causada pela percolação do fluido. Este material retido no meio filtrante, doravante denominado de torta, forma uma camada cuja espessura cresce com o tempo, aumentando gradualmente a resistência hidráulica do filtro e afetando a taxa de filtração (SONDHI e BHAVE, 2001.). Segundo McCabe et al. (2003), os estágios de formação de torta são importantes, pois: 1) para qualquer pressão, a taxa de filtração é máxima no início do processo uma vez que a resistência é mínima; 2) altas taxas de filtração podem resultar no bloqueio dos poros do filtro, causando o aumento de resistência ao fluxo;3) a orientação das partículas nas camadas iniciais da torta pode influenciar significativamente toda a estrutura do filtro. Meios Filtrantes Desde 1937, pesquisas foram desenvolvidas com o intuito de modelar os meios filtrantes, em particular os leitos granulares. Na teoria, o meio filtrante é o elemento que atua como barreira, retendo particulados. Na prática a função do meio filtrante é servir como uma espécie de suporte para a torta, uma vez que as camadas iniciais da mesma é que atuam como verdadeiro filtro (STEVENSON, 1997). VIII Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 27 a 30 de julho de 2009 Uberlândia, Minas Gerais, Brasil Colmatação Durante o processo de filtração ocorre um fenômeno físico denominado “colmatação”, apresentado como um decaimento de fluxo do permeado ao longo do tempo de filtrado. Isto ocorre devido à formação de uma camada de sólidos na superfície do filtro podendo obstruir os poros e reduzir sua capacidade de filtração (SONDHI e BHAVE, 2001). As partículas se depositam segundo três mecanismos, principais: estreitamento dos poros, obstrução dos poros e formação de torta. No mecanismo de estreitamento de poros as partículas se acumulam na parede interna dos poros (adsorção). Quando as partículas se alojam ao longo de toda área do poro, o mecanismo é denominado de obstrução. Já a formação da torta é caracterizada pelo acúmulo de sólidos na superfície do filtro (VIDAL, 2006). Segundo Coulson e Richardson (1991), uma das variáveis mais importantes que influenciam o efeito da colmatação é a concentração de partículas. Quanto maior a concentração, menor será a distância média entre as partículas e a probabilidade destas percorrerem as linhas de corrente em direção aos poros. Assim, as partículas presentes na suspensão tendem a se distribuir uma sobre as outras, pela superfície, formando aglomerados cada vez maiores. A colmatação, entendida por muitos pesquisadores como “fouling”, também ocorre na filtração tangencial, porém com menos intensidade do que na filtração convencional, a depender das propriedades do elemento a ser filtrado (tamanho da partícula, concentração de partículas, pH, força iônica), da membrana (hidrofobia, tamanho do poro, cargas) e propriedades hidrodinâmicas do processo (velocidade do fluxo e diferença de pressão) (KYLLÖNEN et al., 2006). PRIMAR, modelo BCP15VC; além de acessórios instalados nas linhas de alimentação, reciclo e retirado do filtrado, conforme Figura 1. Figura 1: Ilustração esquemática da filtração tangencial a vácuo A alimentação do sistema era feita da seguinte maneira: a bomba centrífuga conectada ao reservatório de efluente impulsionava a suspensão até o orifício superior, introduzindo-o tangencialmente no espaço anular do filtro. A suspensão escoava em movimento helicoidal até a saída lateral inferior. O filtrado era recolhido numa proveta para medição da taxa de filtração. Dessa forma, o efluente era dividido em duas correntes: o filtrado (permeado) e o remanescente (retentato) – que podia retornar ao reservatório e recircular no sistema (operação em batelada) ou ser descartado (filtração contínua). Meio Filtrante O meio filtrante possuía uma área de 2 filtração de 160 cm e estava alojado numa carcaça de PVC, conforme Figura 2. A carcaça possuía três orifícios: dois na direção tangencial (superior: entrada da suspensão; inferior: saída da suspensão concentrada) e um na direção axial (para retirada do filtrado). A montagem do sistema era feita através de flanges parafusados que uniam as seções semi-cilíndricas vedadas por um anel de borracha. Nesse contexto, o presente trabalho aborda o uso da microfiltração tangencial - um dos campos de estudo mais recentes da filtração, com o intuito de promover o tratamento da água produzida, proporcionando a qualidade almejada para sua reinjeção. METODOLOGIA Figura 2 – Fotografias ilustrativas do filtro Aparelhagem O sistema de filtração utilizado consistiu num arranjo experimental composto por: um meio filtrante do tipo cerâmica porosa; uma bomba centrífuga marca Askoll, modelo 600092, com 40 W de potência, que proporcionava a alimentação tangencial e movimento helicoidal do fluido na carcaça do filtro; uma bomba de vácuo marca Regeneração do meio filtrante Após cada operação, regenerava-se o meio filtrante através da retrolavagem com água destilada (Figura 3). Inicialmente o filtro era desmontado para uma limpeza superficial, removendo-se sedimentos da carcaça e do meio filtrante. Logo após, a água destilada, succionada por vácuo, fluía ascendentemente pelo filtro, VIII Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 27 a 30 de julho de 2009 Uberlândia, Minas Gerais, Brasil Os principais resultados experimentais encontram-se apresentados a seguir. As Figuras 4, 5 e 6 mostram a evolução do fluxo de filtrado ao longo do tempo, para as condições experimentais estudadas. J (c m ³/c m ².s ) realizando a limpeza do meio rígido. A água, utilizada na retrolavagem do meio filtrante, era recolhida na proveta, para então ser descartada. 1,6E-01 sst min= 250 mg/L tog min= 20mg/L 1,4E-01 sst min= 250 mg/L tog med= 100mg/L 1,2E-01 sst min = 250mg/L tog max=180mg/L 1,0E-01 8,0E-02 6,0E-02 4,0E-02 2,0E-02 Figura 3 – Esquema de retrolavagem 0,0E+00 e 0 Condições 50 100 150 200 250 300 350 400 t(s) A água produzida usada nos testes foi sintetizada de acordo com Licona e Marques (2007), misturando-se água destilada, cloreto de sódio, sulfeto de sódio e petróleo. O óleo, presente na água produzida sinterizada,era emulsificado através de mistura intensa usando-se um misturador Black & Decker, modelo SB40. Hipoclorito de sódio foi adicionado ao sistema para ocorrer (por oxidação) a geração dos sólidos suspensos, seguida da coagulação-floculação do mesmo utilizando-se sulfato de alumínio e ácido sulfúrico para correção do pH. O sobrenadante era então coletado para ser filtrado. Figura 4: Fluxo de filtrado versus tempo para 3 níveis de TOG; SST=250mg/L 7,0E-02 6,0E-02 5,0E-02 J(cm ³/cm ².s) Preparo da Suspensão Experimentais Estudadas 4,0E-02 3,0E-02 2,0E-02 sst med= 500mg/L tog min= 20mg/L 1,0E-02 sst med= 500mg/L tog med= 100mg/L sst med= 500mg/L tog max= 180mg/L O teor de sólidos suspensos totais (SST) na alimentação do filtro foi proporcional à quantidade de enxofre coloidal determinada pela massa de sulfeto de sódio adicionada ao meio. Esses valores adicionados foram baseados em dados reais da água produzida fornecidos pelo campo petrolífero de Sergipe. Foram estudados os seguintes níveis nominais: alto (SST=1000 mg/L), médio (SST=500 mg/L), mínimo (SST=250mg/L). 0,0E+00 0 50 100 150 200 250 300 350 400 t(s) Figura 5: Fluxo de filtrado versus tempo para 3 níveis de TOG; SST=500mg/L 4,0E-02 sst max= 1000mg/L tog min =20mg/L 3,5E-02 sst max= 1000mg/L tog med =100mg/L 3,0E-02 J(cm ³/cm ².s) A salinidade da água produzida foi mantida constante em 3% em peso, proporcionada pela quantidade de cloreto de sódio adicionada ao sistema, de modo a torná-la similar a uma água produzida proveniente de um campo petrolífero. sst max= 1000mg/L tog max= 180mg/L 2,5E-02 2,0E-02 1,5E-02 1,0E-02 5,0E-03 Os teores de óleos e graxas (O&G) na alimentação foram também estudados em 3 níveis nominais de concentração: alto (O&G=180 mg /L), médio (O&G=100 mg /L), mínimo (O&G=20mg/L). Todos os ensaios foram realizados sob vácuo de aproximadamente 700 mmHg. RESULTADOS E DISCUSSÕES 0,0E+00 0 200 400 600 800 1000 t(s) Figura 6: Fluxo de filtrado versus tempo para 3 níveis de TOG; SST=1000mg/L Observa-se a partir destas figuras que houve redução do fluxo de filtrado em praticamente todas as situações estudadas, VIII Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 27 a 30 de julho de 2009 Uberlândia, Minas Gerais, Brasil porém tal parâmetro assumiu valores da ordem de 10-2 cm3/(cm2.s). Verifica-se então, que quanto maior o TOG ocorre uma diminuição no fluxo de filtrado, ou seja, há forte influência do teor de óleos e graxas (TOG) e a interação sinérgica entre o TOG e o teor de sólidos suspensos (SST), que pode ser confirmado mediante observação da Figura 7. Figura 7 – Efeito do TOG e SST no fluxo de filtrado Examinando-se a superfície de resposta da Figura 7, nota-se que, para níveis mais altos de SST, os fluxos de filtrados são baixos, para todos os níveis de TOG, uma vez que as linhas de contorno apontam claramente o decaimento do fluxo. Provavelmente, o movimento helicoidal contribua para intensificar a cobertura mais efetiva da superfície do meio filtrante, prejudicando a passagem da água. De acordo com Yang (2007), a turbulência na carcaça do filtro pode favorecer a formação de uma mistura pastosa óleo-partículas sólidas. Este concluiu ainda, durante estudos de desemulsificação de água oleosa sintética utilizando coagulação eletroquímica, que partículas de óleo dispersas podem colidir com particulados suspensos, resultando em agregados oleosos de maior dimensão, influenciando na turbidez. A Tabela 1 apresenta os resultados de turbidez residual média para todas as condições experimentais. Em destaque encontra-se o valor obtido no último ensaio que, mesmo em circunstâncias máximas de teor de sólidos suspensos (SST) e óleo e graxas (TOG), alcançou apenas 0,85 unidades nefelométricas de turbidez (NTU). Tabela 1: Turbidez residual pelo mecanismo tangencial SST (mg/L) TOG (mg/L) Turbidez (NTU) 250 20 92,0 250 100 0,40 250 180 2,30 500 20 3,10 500 100 1,40 500 180 2,60 1000 20 0,96 1000 100 0,85 É importante ressaltar que um SST de 1000 mg/L o TOG praticamente não influenciou o fluxo de filtrado. Outro aspecto que merece destaque dentre os dados apresentados na Tabela 1 é o fato da turbidez residual (no filtrado) ser maior quando o TOG assumiu valor mais baixo. A provável explicação é a interação ente o óleo e as partículas sólidas, formando um agregado mais facilmente retido pelo meio filtrante. O TOG muito baixo pode ser um fator limitante deixando partículas livres para atravessarem o meio poroso. CONCLUSÃO Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, com turbidez final do efluente geralmente inferiores a 5 NTU e eficiências de remoção de óleos e graxas da ordem de 80 %. Além disso, constatou-se uma grande influência do teor de óleos e graxas (TOG) e do teor de sólidos suspensos (SST) sobre a eficiência do processo, inclusive exibindo um efeito de interação muito forte entre os dois fatores. O fluxo de filtrado apresentou um decaimento já esperado ao longo do tempo, porém os seus valores ao longo do ciclo de filtração são significativamente elevados, de modo que os resultados motivam o desenvolvimento de estudos futuros, sobretudo devido à possibilidade de regenerações sucessivas do meio filtrante e à qualidade do efluente final no tocante às especificações do efluente para reinjeção em poços de petróleo para fins de recuperação secundária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. et al. 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