Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 12 – O
Transcrição
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 12 – O
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 12 – O sermão profético Mateus 24 e 25 Elaborado por Bruna Senna [email protected] 1. Introdução Queridos radiouvintes, hoje teremos nossa penúltima lição no evangelho de Mateus, e focaremos nossa atenção nos capítulos 24 e 25 deste livro. No nosso último encontro vimos o sermão que Jesus proferiu contra os escribas e fariseus em Jerusalém. Depois de censurá-los por sua hipocrisia, Jesus os deixou e encerrou ali seu ministério de ensino público. A crucificação estava próxima, e Cristo passou os dias que antecederam sua morte instruindo seus discípulos. 2. O sacrifício derradeiro Ao terminar seu sermão contra os fariseus Jesus declarou que a casa deles ficaria deserta. Ele estava se referindo ao templo, que era o símbolo da comunidade judaica. Esta profecia de Jesus fica mais clara logo no início do capítulo 24, quando os discípulos chamaram a atenção do Mestre para as construções do templo. Jesus, porém, lhes afirmou que tudo aquilo seria destruído e não restaria pedra sobre pedra. A profecia de Jesus se cumpriu, e a História nos conta que no ano 70 d.C. o general romano Tito ateou fogo ao templo e tudo o que sobrou foram escombros e cinzas. Contudo, a destruição do templo de Jerusalém tem um significado espiritual que vai além das disputas políticas entre romanos e judeus. O templo era o centro da vida religiosa dos judeus, e era ali que eles ofereciam sacrifícios periódicos a Deus como expiação por seus pecados. Mas depois da vinda de Jesus tudo isso se tornara obsoleto e sem sentido. O sistema sacrifical que Deus havia determinado a Israel servia para prepará-los para a vinda do Messias. O sangue de bodes e carneiros não podia remover os pecados, mas apontava para a www.pibrj.org.br necessidade de um Salvador. Jesus Cristo ofereceu o sacrifício perfeito, eficaz e derradeiro por nossos pecados na cruz, e consequentemente aboliu os sacrifícios da velha aliança. Com a chegada de Jesus o templo já não era mais necessário (Hb 10.114). 3. A certeza da volta Depois de predizer a destruição do templo, Jesus se dirigiu para o monte das Oliveiras e os discípulos foram até Ele com duas questões. Eles queriam saber quando o templo seria destruído e quais seriam os sinais que viriam antes da volta de Jesus e do fim do mundo. A resposta de Jesus à curiosidade dos discípulos foi um sermão profético onde Ele predisse uma série de eventos futuros tais como o aparecimento de falsos messias e profetas, guerras e rumores de guerra, fome, terremoto, perseguição aos cristãos e outros. Esse sermão de Jesus tem um tom escatológico, ou seja, está relacionado com o fim dos tempos e à promessa do retorno de Jesus à terra. A escatologia está baseada em textos proféticos que são altamente simbólicos, e por isso, muitas vezes, o estudo das últimas coisas se caracteriza por especulação e embate entre as diferentes linhas de interpretação. O sermão profético não é fácil de ser analisado e requer um estudo minucioso que não teríamos tempo de fazer aqui. Os comentaristas bíblicos divergem em muitos pontos quanto à interpretação das profecias de Jesus. O que uns consideram como sinal para a destruição do templo, outros enxergam como sinal para o fim do mundo e vice-versa. Contudo, nos parece que o ponto central aqui não é a polêmica sobre onde encaixar exatamente cada profecia. O que nos salta aos olhos nesses Lição 12 - 2T 2013 Pg. 1 textos é a garantia e a promessa que Jesus nos dá de que Ele voltará um dia e levará todos os que o reconheceram como seu Salvador para morar com Ele no céu. Em Mt 24.30-31 lemos: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”. Ao longo do Novo Testamento temos diversos outros textos que confirmam o retorno de Jesus a este mundo (Jo 14.1-3; At 1.9-11; 1Ts 4.15-17; Tt 2.11-13; Ap 1.7). 40 dias depois de sua ressureição Jesus subiu aos céus à vista de todos, e enquanto subia, dois homens vestidos de branco anunciaram que, assim como Jesus subiu aos céus Ele desceria a terra (At 1.3-11). 4. Fiéis, vigilantes e operosos A volta de Cristo terá um caráter universal. Jesus nos garante que quando chegar o momento do seu retorno será impossível não reconhecê-lo. Ele usa o exemplo dos relâmpagos que cortam os céus à vista de todos para ilustrar essa verdade. Jesus nos alertou para o surgimento de enganadores que fingiriam ser o cristo. Mesmo que apareça alguém reivindicando ser o messias e realizando milagres aqui e ali nós não devemos acreditar, porque a volta de Jesus será um acontecimento público e ninguém deixará de vê-lo. Jesus também deixa claro que sua volta poderá acontecer a qualquer momento. Os discípulos queriam saber a data exata do retorno do Mestre, Jesus, porém, enfatizou que a preocupação deles não deveria ser com datas, mas sim em permanecerem fiéis, vigilantes e operosos enquanto aguardavam a volta do Senhor. As parábolas que Jesus narra no final do capítulo 24 e no capítulo seguinte nos ensinam que devemos estar atentos porque a volta do Senhor é certa. Aqueles que ignorarem essa verdade sofrerão as consequências de suas escolhas. Em Mt 24.45-51 Jesus narra a parábola do servo bom e do servo mau e nos adverte www.pibrj.org.br que, enquanto aguardamos o Seu retorno devemos nos manter fiéis a Ele e à obra que Ele nos confiou. Esse mesmo assunto também é abordado por Jesus na parábola dos talentos no capítulo 25. A melhor forma de esperarmos o retorno de Cristo é trabalhando para a edificação do seu Reino. Na parábola das dez virgens, Jesus reafirma o ensinamento de que devemos estar preparados para sua volta iminente. Os imprudentes que não tiverem seus corações preparados, ou seja, convertidos a Cristo, ficarão de fora do banquete celestial. Jesus termina seu sermão afirmando que sua volta será marcada pelo julgamento das nações. Todos irão comparecer diante dele, darão conta de seus atos e arcarão com as consequências de suas escolhas. 5. A bendita esperança é nossa motivação A certeza da volta de Jesus deve nos motivar a levar a vida a sério. O apóstolo Paulo se refere à expectativa pela volta de Cristo como a bendita esperança do cristão (Tt 2.13). Se temos uma esperança a qual nos agarrar é essa: Jesus voltará! Em sua segunda carta, Pedro nos adverte a vivermos de maneira santa e piedosa enquanto aguardamos o retorno do Senhor, porque Ele não demora em cumprir sua promessa. Portanto, amados, enquanto esperamos estas coisas, devemos nos empenhar para sermos encontrados por Ele em pureza e paz(2 Pe 3.8-14). Que Deus nos abençoe! Bibliografia: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, 2008 Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, Sp. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010 Bíblia Shedd / editor responsável Russel P. Shedd. São Paulo: Nova Vida; Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1997. Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010. PINTIO, Caralos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento – São Paulo : Hagnos, 2008. MOUCE, Robert H. Novo comentário Bíblico Contemporâneo – Mateus. Editora Vida, 1996 TASKER, R. V. G. Mateus, introdução e comentário. Editora Mundo Cristão WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo : Novo Testamento : volume I – Santo André, SP : Geográfica editora, 2006 Lição 12 - 2T 2013 Pg. 2
Documentos relacionados
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 13
do ministério de Cristo como sumo sacerdote e de seu sacrifício por nós, temos acesso à presença de Deus (Hb 10.19-22). Depois de morto Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, mas esse não é o f...
Leia mais