boletim - SOBED-RJ
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Rio de Janeiro, ano XX, julho de 2015, nº 194 BOLETIM informativo NOTÍCIAS Reunião científica de agosto ocorre no dia 3 e abordará tumor de vias biliares A diretoria da SOBED-RJ convida seus associados para a reunião científica de agosto da entidade a ser realizada no dia 3, segunda-feira, a partir das 19h, no auditório da Casa de Saúde São José, no Humaitá. O evento contará com apresentação de caso clínico do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e terá como palestra principal Tumor de Vias Biliares: abordagem endoscópica x abordagem radiológica, a ser ministrada pela Dr.a Janete Moura, Mestre em Gastroenterologia pela UFRJ, e pelo Dr. José Hugo Luz, radiologista intervencionista do Inca e da Rede D'Or e coordenador da residência médica de Radiologia Intervencionista do Inca. A moderação ficará a cargo do Dr. Cleber Vargas, professor adjunto da UFRJ e ex-presidente da SOBED. A Casa de Saúde São José fica na Rua Macedo Sobrinho, 21. Área restrita do site para associados: saiba como acessar O site da SOBED-RJ conta com uma área exclusiva para os associados, com mais informações, notícias e conteúdo exclusivo. Para acessá-la é necessário que o associado faça seu recadastramento junto à SOBED-RJ. Após o envio dos dados e a confirmação dos mesmos por parte da Secretaria da entidade, serão criados nome de usuário e senha, que serão enviados para o email do associado. FAÇA SEU RECADASTRAMENTO: http://sobedrj.com.br/novo/sobed-rj/recadastramento/ Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Estadual Rio de Janeiro (SOBED-RJ) Rua da Lapa, n° 120, salas 309 a 311, Lapa, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20021-180 Telefones: (21) 2507-1243 | Fax: (21) 3852-7711 | www.sobedrj.com.br | [email protected] ÓRGÃO INFORMATIVO SOBED-RJ Edição mensal BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 www.sobedrj.com.br ÍNDICE página 1 NOTÍCIAS | REUNIÃO CIENTÍFICA DE AGOSTO página 2 PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA página 3 RISCO X BENEFÍCIO: UMA REVISÃO CRÍTICA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO PARA A PERDA DE PESO página 7 ENDOSCOPIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA: ROTEIRO DA DESCRIÇÃO DOS ACHADOS ENDOSCÓPICOS ESPERADOS página 9 CASO CLÍNICO DO MÊS | PRÓXIMOS EVENTOS página 10 RESIDÊNCIA MÉDICA EM ENDOSCOPIA PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA Dr. Ronaldo Taam A situação atual nos impõem restrições em função das dificuldades de recursos financeiros, mas determinadas atividades não podem ser suspensas, como as atividades científicas. O IX Congresso de Endoscopia Digestiva do Rio de Janeiro será realizado nos dias 4 e 5 de setembro, na Casa de Saúde São José. Contaremos com a participação de 4 colegas de fora do Rio de Janeiro, com as seguintes aulas: Ÿ Dr.Antônio Carlos Coelho Conrado (PE) – Dissecção Submucosa Endoscópica e POEM; Ÿ Dr.Enrico Souto (EUA) – Técnicas Avançadas em Endoscopia Digestiva; Ÿ Dr.Jairo Silva Alves – Caracterização endoscópica e abordagem terapêutica das lesões de cólon; Ÿ Dr.Tomazo Antonio Prince Franzini (SP) – Hemorragia Digestiva Alta: Diagnóstico e Tratamento Endoscópico. Os convidados terão participação também em sessões de vídeos. O programa contempla, ainda, 4 sessões interativas de casos clínicos-endoscópicos. O objetivo do Congresso é de que seja uma atividade científica bastante dinâmica, com ampla discussão e participação de todos. O “Mutirão de Colonoscopia”, em consonância com as diretrizes da SOBED Nacional para tal atividade, ocorrerá no início de setembro, abrindo e fechando o congresso. O mutirão tem por objetivo chamar a atenção da sociedade e das autoridades da área de saúde para a importância da colonoscopia como método eficaz na redução do número de casos e da mortalidade por câncer de cólon e reto. Já houve a realização do mutirão, com grande sucesso, em Campinas e Maceió e chegou a hora da participação do Rio de Janeiro. Ele será realizado em 3 de setembro no INCA I e nos dias 8 e 9 de setembro no HUCFF-UFRJ. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia realizará o seu congresso nacional no período de 4 a 7 de setembro e o seu presidente, Dr.Ronaldo Salles, também está empenhado na participação dessa campanha de prevenção. Participe do nosso congresso, ajude a divulgá-lo e fortaleça a sociedade. GESTÃO 2014 - 2016 presidente RONALDO TAAM vice-presidente LUIZ ARMANDO RODRIGUES VELLOSO 2 1ª secretária LILIAN MACHADO SILVA 1º tesoureiro FLAVIO ABBY 2ª secretária PAULA PERUZZI ELIA 2º tesoureiro JOÃO CARLOS DE ALMEIDA SOARES www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 RISCO X BENEFÍCIO: UMA REVISÃO CRÍTICA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO PARA A PERDA DE PESO Gaur S; Levy S; Mathua-Vliegen L; Chuttani R. Gastronintestinal Endoscopy, vol 81, n6, 2015 I N T R O D U Ç ÃO Po r t o d o o m u n d o, m a i s d e 1 , 4 b i l h õ e s d e a d u l t o s e s t ã o c o m s o b re p e s o o u o b e s o s , s o b r i s c o d e d e s e nv o l v e r – o u m e s m o d e j á t e r – condições que os debilitem. Nos Estados Unidos, 68% dos adultos têm sobrepeso / obesidade e esta epidemia já está acometendo as crianças. A obesidade está a s s o c i a d a a d i v e rs a s c o m o r b i d a d e s , i n c l u i n d o diabetes mellitus (DM) tipo 2, doença coronariana, apnéia do sono, AVC, coledocolitíase e doença hepática, doenças musculoesqueléticas e ao aumento na p re va l ê n c i a s d e a l g u n s c â n c e re s . A re d u ç ã o d o p e s o c o r p o ra l e m a p e n a s 5 a 1 0 % t e m - s e m o s t ra d o c a p a z d e re t a rd a r e , a t é m e s m o, d e prevenir o início das comorbidades re l a c i o n a d a s à o b e s i d a d e e , h i s t o r i c a m e n t e , t e m s i d o re c o m e n d a d a c o m o o o b j e t i v o i n i c i a l d a t e ra p i a d e p e rd a d e p e s o . To d av i a , a d i s p o n i b i l i d a d e d e t e ra p i a s s e g u ra s e e f i c a ze s - p a ra a p e rd a d e p e s o é l i m i t a d a . A c i r u rg i a b a r i á t r i c a p ro v o u s e r u m a i n t e r v e n ç ã o e fe t i va p a ra a p e rd a d e p e s o n o s obesos mórbidos, porém o fato de ser i nva s i va , d e t e r u m a l t o c u s t o e d e , p o r v e ze s , ter efeitos colaterais duradouros, tem limitado seu uso na população com obesidade moderada. O uso de medicações é menos i nva s i v o e c u s t o s o, m a s l e va m a u m a p e rd a limitada de peso e têm efeitos colaterais significativos. Balões intragástricos (BIG) posicionados por endoscopia são uma opção p a ra p a c i e n t e s c o m s o b re p e s o e o b e s i d a d e c o m í n d i c e d e m a s s a c o r p o ra l ( I M C ) m a i o r q u e 2 7 K g / m ² . O G a r re n - Ed w a rd s G a s t r i c B u b b l e (GEB) foi o primeiro BIG disponível nos E s t a d o s U n i d o s , e m 1 9 8 5 . O G E B e ra u m B I G posicionado e retirado endoscopicamente. Ele era preenchido com 220 ml de ar e p e r m a n e c i a n o e s t ô m a g o p o r 3 m e s e s . Efe i t o s adversos relatados são: obstrução de i n t e s t i n o d e l ga d o s e c u n d á r i a à d e s i n s u f l a ç ã o a c i d e n t a l , ú l c e ra s gá s t r i c a s c o m h e m o r ra g i a digestiva e perfuração gástrica. Dos p r i m e i ro s 2 0 . 0 0 0 G E B ' s , 7 9 n e c e s s i t a ra m d e re m o ç ã o c i r ú rg i c a d e v i d o à m i g ra ç ã o d o b a l ã o para o intestino. Diversos estudos randomizados, controlados, falharam em d e m o n s t ra r d i fe re n ç a s i g n i f i c a t i va n a p e rd a d e p e s o c o m o G E B e c o m u m p ro g ra m a d e d i e t a e exe rc í c i o f í s i c o . Po r e s t e m o t i v o, o G E B s a i u d o m e rc a d o Em 1987, uma conferência m u l t i d i s c i p l i n a r e m Ta r p o n S p i n g s , F l o r i d a , c o nv o c o u 7 5 e s p e c i a l i s t a s - d e t o d o o m u n d o em gastroenterologia, cirurgia, obesidade, n u t r i ç ã o e m e d i c i n a c o m p o r t a m e n t a l , p a ra e s t i p u l a re m re c o m e n d a ç õ e s p a ra a m e l h o ra d a s e g u ra n ç a e e f i c á c i a d o s f u t u ro s B I G ' s . A conferência, então, recomendou que os f u t u ro s B I G ' s d e v e r i a m : 1S e r e fe t i v o s n a p ro m o ç ã o d a p e rd a d e peso; 2S e r p re e n c h i d o s p o r l í q u i d o, n ã o p o r a r ; 3S e r a j u s t áv e i s a d i v e rs o s t a m a n h o s ; 4Te r u m a s u p e r f í c i e m a c i a , c o m p o u c o p o t e n c i a l u l c e ro g ê n i c o e o b s t r u t i v o ; 5C o n t e r u m m a rc a d o r ra d i o p a c o ; 6S e r fe i t o s d e u m m a t e r i a l d u ráv e l . Diversos BIG's mais seguros e mais e f i c a ze s fo ra m d e s e nv o l v i d o s a o l o n g o d a s duas décadas seguintes, respeitando tais re c o m e n d a ç õ e s . O B I G m a i s u s a d o n o m u n d o é o O r b e ra I n t ra ga s t r i c b a l l o o n . O O r b e ra é posicionado por endoscopia no estômago e p re e n c h i d o c o m s a l i n a . A p ó s 6 m e s e s , e l e é retirado, também por endoscopia. Em e s t u d o s n ã o ra n d o m i za d o s , a p e rd a d e p e s o a l c a n ç a d a p o r p a c i e n t e s o b e s o s d u ra n t e o s 6 meses de terapêutica com o Orbera, a s s o c i a d o a d i e t a exe rc í c i o f í s i c o fo i d e u m a média de 17,8 Kg, com poucos efeitos a d v e rs o s . E m u m e s t u d o ra n d o m i za d o re c e n t e 3 www.sobedrj.com.br em pacientes obesos com síndrome m e t a b ó l i c a , a p e rd a d e p e s o a t i n g i d a , a p ó s 6 m e s e s , c o m o O r b e ra c o m b i n a d o c o m d i e t a e exe rc í c i o fo i d e 1 4 , 4 K g , c o m p a ra d o a 5 , 1 K g c o m d i e t a e exe rc í c i o s o m e n t e . A l é m d i s s o, a t e ra p i a c o m o O r b e ra t e m l e va d o à r e d u ç ã o d e diversas comorbidades relacionadas à o b e s i d a d e , i n c l u i n d o s í n d ro m e m e t a b ó l i c a , D M t i p o 2 , h i p e r t e n s ã o, h i p e rc o l e s t e ro l e m i a e esteatose hepática. O balão é uma opção atrativa intermediária à cirurgia bariátrica e à p re s c r i ç ã o d e d ro ga s p a ra o s p a c i e n t e s c o m s o b re p e s o / o b e s i d a d e q u e e s p e ra m p e rd e r p e s o s e m s e s u b m e t e r à c i r u rg i a i nva s i va o u a o s e fe i t o s c o l a t e ra i s d a s d ro ga s . O o b j e t i v o d e s t a re v i s ã o é e s c l a re c e r a c i n é t i c a d a p e rd a d e p e s o d u ra n t e o u s o d o b a l ã o e o p e r í o d o e m q u e o c o r re m o s e v e n t o s a d v e rs o s . M É TO D O S Fo i fe i t a u m a p e s q u i s a n a b a s e d e d a d o s Medline. Um total de 436 estudos com r e s u m o s d i s p o n í v e i s fo i e n c o n t ra d o, s e n d o q u e 2 8 1 e s t u d o s d e re v i s ã o, re l a t o s d e c a s o e e d i t o r i a i s fo ra m exc l u í d o s . N o s 1 5 5 e s t u d o s re s t a n t e s fo ra m re v i s a d a s a p e rd a d e p e s o n a p r i m e i ra e n a s e g u n d a m e t a d e d o p e r í o d o d e p e r m a n ê n c i a d o b a l ã o, o s e fe i t o s c o l a t e ra i s e a p e rd a d e p e s o a p ó s a re t i ra d a d o B I G . R E S U LTA D O S Cinética da perda de peso Sete estudos (409 pacientes) re g i s t ra ra m a p e rd a d e p e s o a p ó s 3 e 6 m e s e s d a c o l o c a ç ã o d o O r b e ra ( t a b e l a 1 ) . O IMC médio inicial dos pacientes 4 BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 variou entre 36 a 43.3 Kg /m². A média da p e rd a d e p e s o a p ó s 3 e 6 m e s e s fo i d e 1 2 . 9 ± 0 . 8 K g e d e 1 6 . 0 ± 0 . 9 K g , re s p e c t i va m e n t e , o q u e i n d i c a q u e 8 0 % d o p e s o p e rd i d o n o s 6 m e s e s s e d á n o s p r i m e i ro s 3 m e s e s . D o i s e s t u d o s ( 1 5 7 p a c i e n t e s ) re g i s t ra ra m a p e rd a d e p e s o m e n s a l d u ra n t e o s 6 m e s e s d a t e ra p i a c o m o b a l ã o O r b e ra ( f i g u ra 1 ) . Pe ke r e t a l i n c l u í ra m 3 1 p a c i e n t e s c o m u m a m é d i a d e I M C i n i c i a l d e 4 1 . 8 K g / m ² . To t t e e t a l incluiu 126 pacientes com uma média de IMC i n i c i a l d e 3 7 . 7 K g / m ² . A p e rd a d e p e s o m a i s acentuada ocorre nos primeiros 3 meses, após os quais atinge um platô. Dois estudos (157 pacientes) re g i s t ra ra m a p e rd a d e p e s o m e n s a l d u ra n t e o s 6 m e s e s d a t e ra p i a c o m o b a l ã o O r b e ra ( f i g u ra 1 ) . Pe ke r e t a l i n c l u í ra m 3 1 p a c i e n t e s com uma média de IMC inicial de 41.8 Kg /m². To t t e e t a l i n c l u i u 1 2 6 p a c i e n t e s c o m u m a m é d i a d e I M C i n i c i a l d e 3 7 . 7 K g / m ² . A p e rd a d e p e s o m a i s a c e n t u a d a o c o r re n o s p r i m e i ro s 3 meses, após os quais atinge um platô. Pe r d a d e p e s o s u s t e n t a d a a p ó s a r e t i ra d a d o b a l ã o O r b e ra Nove estudos (547 pacientes) re g i s t ra ra m o p e s o i n i c i a l , n o m o m e n t o d a r e t i ra d a d o b a l ã o e 6 o u 1 2 m e s e s a p ó s a re t i ra d a . E m s e i s e s t u d o s , o s p a c i e n t e s fo ra m v i s t o s re g u l a r m e n t e a p ó s a re t i ra d a d o b a l ã o . I n i c i a l m e n t e , o p e s o m é d i o e ra d e 1 1 6 . 2 K g comparado com 99.5 Kg no momento da re t i ra d a d o b a l ã o ( m é d i a d e p e rd a d e 1 6 . 7 K g ) . A média de peso em 6 e 12 meses após a re t i ra d a fo i d e 1 1 3 . 1 K g ( m é d i a d e p e rd a d e Tabela 1 Resultados dos estudos mostrando a perda de peso 3 e 6 meses após a colocação do BIG. O percentual de peso perdido nos primeiros 3 meses também foi calculado. www.sobedrj.com.br 1 5 . 9 K g ) e d e 9 6 . 8 K g ( m é d i a d e p e rd a d e 8 . 7 K g ) , re s p e c t i va m e n t e . O s d a d o s i n d i c a m q u e , e m m é d i a , 5 2 % d o p e s o p e rd i d o d u ra n t e o u s o d o b a l ã o O r b e ra é m a n t i d o p o r 1 2 m e s e s a p ó s a s u a re t i ra d a . D o i s e s t u d o s ( 2 2 0 p a c i e n t e s ) m e d i ra m o I M C m é d i o a n t e s d a c o l o c a ç ã o, n o m o m e n t o d a r e t i ra d a e 1 2 m e s e s a p ó s a r e t i ra d a d o b a l ã o . A n g r i s a n i e t a l d o c u m e n t a ra m u m I M C médio de 54.4 Kg /m² antes, 48.1 Kg /m² na retirada e 51.7 Kg /m² 12 meses após a re t i ra d a , s u g e r i n d o q u e 4 3 % d o p e s o p e rd i d o d u ra n t e a t e ra p i a c o m o b a l ã o é s u s t e n t a d o p o r 1 2 m e s e s a p ó s s u a r e t i ra d a . D e fo r m a semelhante, Crea et al relataram um IMC médio de 36.2 Kg /m² antes, 29.6 Kg /m² na retirada e 32.2 Kg /m² 12 meses após a re t i ra d a , s u g e r i n d o q u e 5 8 % d o p e s o p e rd i d o d u ra n t e o p e r í o d o c o m o b a l ã o é m a n t i d o p o r 1 2 m e s e s d e p o i s d a s u a re t i ra d a . Kotzampassi et al acompanharam pacientes bem sucedidos que conseguiram u m a p e rd a d e p e l o m e n o s 2 0 % d o exc e s s o d e p e s o ( E P ) n o m o m e n t o d a re t i ra d a d o b a l ã o Orbera, por pelo menos 5 anos. Os dados fo ra m c o l e t a d o s n o m o m e n t o d a c o l o c a ç ã o d o balão e nos meses 0 (395 pacientes), 6 (387 pacientes), 12 (352 pacientes), 24 (352 pacientes) e 60 (195 pacientes) após a re t i ra d a d o b a l ã o . O p e s o m é d i o p e rd i d o n o m o m e n t o d a re t i ra d a fo i d e 2 3 . 9 K g . O re ga n h o de peso médio em 6, 12, 24 e 60 meses após a re t i ra d a fo i d e - 0 , 2 K g ; 7 , 6 K g ; 1 3 , 5 K g e 1 6 , 6 BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 K g ; re s p e c t i va m e n t e , i n d i c a n d o q u e 6 8 % d o p e s o p e rd i d o d u ra n t e a t e ra p i a c o m o b a l ã o é mantido pelos 12 meses que seguem à sua retirada, em um grupo de pacientes bem sucedidos. M a l f u n c i o n a m e n t o d o b a l ã o O r b e ra A p e s a r d o re l a t o d e d i v e rs o s e v e n t o s adversos nos estudos, o momento em que estes fatos ocorreram não foi relatado. To d a v i a , 2 e s t u d o s ( 2 5 3 p a c i e n t e s ) documentaram o momento dos eventos adversos relacionados à vazamento e d i s f u n ç ã o d o b a l ã o . Ro m a n e t a l d e s c re v e ra m u m t o t a l d e 5 1 b a l õ e s q u e va za ra m . Q u a re n t a e nove destes ocorreram após a data recomendada da retirada (6 meses), e n q u a n t o 2 o c o r re ra m a n t e s . D o s 5 1 b a l õ e s , 4 5 s a i ra m c o m a s fe ze s , 4 fo ra m v o m i t a d o s , 1 causou uma suboclusão intestinal e foi re m o v i d o c o m c o l o n o s c o p i a e 1 c a u s o u u m a oclusão intestinal de delgado, tendo sido retirado por laparoscopia. Loffredo et al relatou 15 balões que vazaram: 7 nos p r i m e i ro s 4 m e s e s e 8 a p ó s o s 4 m e s e s i n i c i a i s . Nove dos 15 balões foi retirado por e n d o s c o p i a ; d o i s fo ra m e n c o n t ra d o s va z i o s n o m o m e n t o d a re t i ra d a e 4 s a i ra m n a s fe ze s . D I S C U S S ÃO Esta revisão da literatura sobre o O r b e ra s u g e re q u e b a l õ e s p re e n c h i d o s c o m salina são mais efetivos como uma fe r ra m e n t a n a p e rd a d e p e s o n o s p r i m e i ro s 3 meses da terapia, durante os quais os Figura 1 Perda de peso ao longo dos meses de terapia com o Orbera. Resultados de dois estudos distintos. eker et al incluíram 31 pacientes com um IMC médio inicial de 41.8 Kg/m². Totte et al incluíram 126 pacientes com um IMC médio inicial de 37.7 Kg/m². 5 www.sobedrj.com.br p a c i e n t e s p e rd e m u m a m é d i a d e 1 2 , 9 K g . E s t e va l o r c o r re s p o n d e a 8 0 % d a p e rd a d e p e s o total ao final do período com o balão. Um d a d o i n t e re s s a n t e é q u e m a i s d a m e t a d e d o peso perdido se mantém após um ano da re t i ra d a d o d i s p o s i t i v o . E , a i n d a , a p e rd a d e peso sustentada é ainda maior (68% no p r i m e i ro a n o a p ó s a re t i ra d a ) n o s p a c i e n t e s q u e c o n s e g u i ra m p e rd e r p e l o m e n o s 2 0 % d o exc e s s o d e p e s o . U m o u t ro d a d o re l e va n t e é que os balões que permanecem no estômago m a i s d o q u e o t e m p o re c o m e n d a d o – 6 m e s e s , n o c a s o d o O r b e ra – f i c a m m a i s s u s c e t í v e i s a vazamento e migração para o intestino, necessitando intervenções endoscópica ou c i r ú rg i c a p a ra a s u a re t i ra d a , o q u e f r i s a a importância do retorno do paciente ao e s p e c i a l i s t a p a ra r e t i ra r o b a l ã o n o t e m p o c o re t o . O g ra u d e p e rd a d e p e s o c o m o b a l ã o e o percentual de peso perdido sustentado se mostrou similar em diversos estudos, de diversas localidades, com populações com h á b i t o s a l i m e n t a re s d i s t i n t o s , o q u e s u g e re u m m e c a n i s m o d e a ç ã o s e m e l h a n t e d o O r b e ra nas diferentes populações. Além disso, a cinética da perda de peso também foi s e m e l h a n t e e n t re o s g r u p o s , i n d i c a n d o q u e o mecanismo de ação é mais efetivo nos p r i m e i ro s 3 m e s e s d e t a ra p i a . O re t a rd o n o e s v a z i a m e n t o gá s t r i c o é u m m e c a n i s m o d e a ç ã o p ro p o s t o : o t e m p o d e e sva z i a m e n t o é maior nos primeiros 3 meses, vem caindo e n t re o s m e s e s 3 e 6 e re t o r n a a o n o r m a l 2 meses após a retirada do balão. O e sva z i a m e n t o gá s t r i c o l e n t i f i c a d o p o d e s e d a r p e l o e fe i t o m e c â n i c o d o b a l ã o n a s p a re d e s gástricas, causando uma distensão da m u s c u l a t u ra o u , c o m o S u e t a l p ro p ô s , p o d e e s t a r re l a c i o n a d o a m u d a n ç a s n o s n í v e i s d e circulação de leptina e de grelina. Porém, dados sobre os níveis hormonais antes, d u ra n t e e a p ó s a t e ra p i a c o m o O r b e ra s ã o conflitantes. A colocação em sequência de dois BIG, c o m u m p e r í o d o d e i n t e r va l o e n t re e l e s , t e m sido sugerida para que ocorra o 6 BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 restabelecimento da motilidade gástrica normal, antes da colocação do segundo d i s p o s i t i v o . G e n c o e t a l m o s t ra ra m q u e o I M C d e p a c i e n t e s o b e s o s q u e s e s u b m e t e ra m a dois cilcos de terapia de 6 meses com o O r b e ra , c o m u m i n t e r va l o e n t re e l e s d e 1 m ê s (13 meses no total), teve uma queda média de 12 Kg /m², enquanto a queda média do IMC d o s q u e f i c a ra m s o m e n t e 6 m e s e s c o m o b a l ã o s e g u i d o d e 7 m e s e s d e d i e t a fo i d e 6 , 7 K g / m ² , o q u e c o r re s p o n d e u a u m a u m e n t o n a p e rd a d o exc e s s o d e p e s o d e 2 5 , 1 % p a ra 5 1 , 9 % . A m a i o r i a d o s e s p e c i a l i s t a s p re e n c h e o O r b e ra c o m s a l i n a e a z u l d e m e t i l e n o . C a s o um balão vaze antes de sua remoção p ro g ra m a d a , o a z u l d e m e t i l e n o é a b s o r v i d o e c o l o re a u r i n a , s i n a l i za n d o a o p a c i e n t e q u e ele precisa procurar ajuda médica. No e n t a n t o, e s t a t é c n i c a é p a s s í v e l d e fa l h a , u m a vez que nem todos os pacientes com va za m e n t o re fe re m m u d a n ç a n a c o r d a u r i n a e , a l g u m a s d ro ga s , i n c l u i n d o o p ro p o fo l – q u e é u s a d o, m u i t a s v e ze s , d u ra n t e a c o l o c a ç ã o d o b a l ã o – p o d e m a l t e ra r a c o l o ra ç ã o d a u r i n a . É sugerido, então, que além do azul de metileno, o retorno do paciente em até 6 meses da colocação do balão são medidas c r í t i c a s p a ra e v i t a r o va za m e n t o e a m i g ra ç ã o do dispositivo. C o n c l u i n d o, a g e ra ç ã o v i g e n t e d e B I G ' s é u m a o p ç ã o a t ra t i va i n t e r m e d i á r i a à d i e t a e à cirurgia bariátrica. Os balões devem permanecer no estômago por pelo menos 3 meses e serem acompanhados de dieta e exe rc í c i o f í s i c o, v i s a n d o m a x i m i za r a p e rd a d e p e s o . Re p e t i r a t e ra p i a c o m o b a l ã o a p ó s u m p e r í o d o c u r t o p a re c e s e r e f i c a z e m a u m e n t a r e m a n t e r a p e rd a d e p e s o . Po r f i m , a s s e g u ra r um acompanhamento adequado é importante para diminuir os efeitos adversos re l a c i o n a d o s a o va za m e n t o d o b a l ã o . Tra d u z i d o p o r Yo l a n d a Fa i a M a n h ã e s To l e n t i n o, Ro d r i g o S D i a s , P r i s c i l a Po l l o F l o r e s e Viviane Fittipaldi www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 ENDOSCOPIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA: ROTEIRO DA DESCRIÇÃO DOS ACHADOS ENDOSCÓPICOS ESPERADOS Dra. Fernanda Ferreira e Dra. Paula Novais serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) CIRURGIAS RESTRITIVAS BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ No estômago, nota-se impressão anelar (banda), cerca de 3 cm abaixo da linha Z. Cuidado para não confundir com o pinçamento diafragmático e hérnia de hiato. Muitas vezes encontra-se esofagite pela possibilidade de refluxo; Ÿ Graus variáveis de compressão extrínseca circunferencial na porção proximal do estômago – deve permitir passagem do aparelho (>10 a 12 mm); Ÿ Em retrovisão, observa-se impressão anelar uniforme a circunferência, envolvendo o aparelho. GASTROPLATIA VERTICAL À MASON AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ Esôfago e junção esofagogástrica normal; Ÿ Logo abaixo da JEG, área tunelizada de 7 a 8 cm; Ÿ terminando em estreitamento anelar de 12 mm, correspondente a compressão extrínseca do anel; Ÿ Após esta passagem, acessam-se o antro e duodeno; Ÿ À retrovisão, pode--se examinar o fundo com a impressão anelar justa ao aparelho e restante do fundo e corpo em formação sacular lateral. O antro é normal. GASTRECTOMIA VERTICAL (Sleeve gastrectomy) AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ Esôfago e JEG são normais; Ÿ Após a transição esofagogástrica, há um tubo longo paralelo a pequena curvatura que é o estômago tunelizado de diâmetro semelhante a do esôfago; Ÿ A porção distal do segmento tubular é angulada; Ÿ Após angulação na incisura angularis, observam-se o piloro e duodeno que estão preservados. CIRURGIAS MISTAS COM PREDOMÍNIO DISABSORTIVO CIRURGIA DE SCOPINARO AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ Esôfago normal; Ÿ Coto gástrico de tamanho médio a grande (volume: 150 a 250 ml/ 5 a 10 cm a partir da pequena curvatura). Diferente do by--pass que o coto é pequeno; Ÿ Anastomose gastroileal término lateral. 7 www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 CIRURGIA SWITCH DUODENAL AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ Esôfago normal ; Ÿ Aspecto semelhante à Sleeve, mas com anastomose cirúrgica logo após o piloro; Ÿ Coto gástrico tunelizado com anastomose duodenoileal terminolateral e enteroanastomose laterolateral. CIRURGIAS MISTAS COM PREDOMÍNIO RESTRITIVO BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX COM ANEL (CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA) AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA: Ÿ Esôfago normal; Ÿ Bolsa gástrica tubular ( 5 a 7 cm); Ÿ Anel externo a bolsa, visto como impressão anelar em torno de 12 mm na parte mais distal da bolsa; Ÿ Abaixo do anel, observa--se anastomose gastrojejunal (D: 12 a 14 mm); Ÿ A partir da anastomose, identificam-se duas alças; Ÿ Alça aferente é curta e termina em fundo cego ; Ÿ Alça eferente é longa (50 a 150 cm) . REFERÊNCIAS 1) Rocha LC, Neto MG, Campos J, Dib R. Correlação anatomoendoscópica da cirurgia bariátrica. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.7--13. 2) Gordejuela AG, Gebelli JP. Endoscopia Preoperatoria – Indicación Selectiva. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.45--46. 3) Cohen R, Petry T, Caravatto P, Schiavon CA. Cirurgia Metabólica – Há resposta adequada?. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.61-62. 4) Ferraz AA, Ferraz EM, Filho ED. Indicação de cirurgia bariátrica e escore de risco. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.63--65. Junior AB, Berti LV, Elias AA, Szego T. Bases da cirurgia bariátrica. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.67--70. 5) Pajecki D, Ramos AC, Zilberstein. Banda gástrica ajustável: Overview. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.77--80. 6) Reimão SM, Moura EH, Sakai P, Artifon EA. Esofagite e esôfago de Barrett após banda gástrica. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.111--112. 7) Campos J, Galvão MS, Paula P, Ramos AC. Bypass gástrico em Y de Roux – Overview. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.115--117. 8) Elias AA, Junior AB, Berti LV, Ramos AC. Complicações do anel no Bypass gástrico – Terapêutica endoscópica e cirúrgica. Em: Campos JM, Neto MG, Ramos AC, Dib RA. Endoscopia Bariátrica Terapêutica. Rio de Janeiro: Revinter; 2014.p.141--143. 8 www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 CASO CLÍNICO DO MÊS BALÃO INTRAGÁSTRICO: RETIRADA DIFÍCIL Dr. Ricardo Fittipaldi e Dra. Viviane Fittipaldi Paciente feminino, 35 anos, com 1,55 de estatura, peso inicial 85 Kg, IMC inicial 35,3Kg/m2. Evoluiu sem intercorrências durante o tratamento, com perda ponderal de 25 Kg, estando com 60 Kg à retirada, IMC 24,97 Kg/ m2, perda de 29,4% do peso inicial e de 100 % do excesso de peso. Na retirada, utilizando Endoscópio Duplo Canal, observou-se que o balão estava colonizado por fungos em quase toda a sua superfície. Realizou-se então o esvaziamento do balão com agulha apropriada. Seguiu-se a tentativa de retirada com pinça de corpo estranho (jacaré+dente de rato) Raptor® (US Endoscopy), porém, por duas vezes, o balão ficou retido pelo esfíncter esofagiano superior, com a pinça rasgando o balão e se desprendendo dele. Optou-se então pelo retorno do balão à cavidade gástrica, e, com o auxílio de tesoura endoscópica bariátrica Europa Medico®, foi realizado o corte da válvula em toda a sua circunferência, destacando-a integralmente do restante do balão. Em seguida o balão foi retirado em tempo único, com a Raptor apreendendo o balão junto à ponta do aparelho e alça de polipectomia apreendendo a válvula abaixo do balão. Discussão A paciente em questão apresentava dois fatores de risco para uma retirada difícil: a baixa estatura, que leva a um pescoço curto e angulado, dificultando a passagem do balão pelo EES; e um balão colonizado por fungos, que o torna rugoso, áspero e volumoso, também dificultando a passagem. Com o corte da válvula, e a retirada dela em separado do corpo do balão, torna a passagem pelo EES muito mais fácil, por ele se tornar mais complacente, sendo uma ótima alternativa para pacientes com fatores de risco para uma retirada difícil, evitado lesões como lacerações ou até mesmo uma perfuração de esôfago. Foto 1 balão sendo esvaziado Foto 2 balão já retirado, com a válvula removida PRÓXIMOS EVENTOS 6-8 AGO 21-25 NOV II SEMANA CEARENSE DO APARELHO DIGESTIVO LOCAL Fábrica de Negócios – Hotel Praia Centro, Fortaleza, CE INFORMAÇÕES www.scad2015.com.br TEL: (85) 8807-4849 ou (85) 9627-1152 – com Thycianne Costa SBAD 2015 LOCAL Curitiba, PR. INFORMAÇÕES www.sbad2015.com.br 7 www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, julho de 2015, nº 194 PATROCINADORES RIO RESIDÊNCIA MÉDICA EM ENDOSCOPIA CREDENCIAMENTO PELO MEC NO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE ENDEREÇO Rua Mariz e Barros, 775, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. CEP - 20270-004. CONTATOS (21) 2264-5844 [email protected] RESPONSÁVEIS Luis Gustavo Périssé Ronaldo Taam INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA) ENDEREÇO Praça Cruz Vermelha, 23, Centro, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20230-130 CONTATOS (21) 3207-1000 www.inca.gov.br RESPONSÁVEIS Gustavo Francisco de Souza e Mello Alexandre Dias Pelosi Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Estadual Rio de Janeiro (SOBED-RJ) Rua da Lapa, n° 120, salas 309 a 311, Lapa, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20021-180 Telefones: (21) 2507-1243 | Fax: (21) 3852-7711 www.sobedrj.com.br | [email protected] ÓRGÃO INFORMATIVO SOBED-RJ Edição mensal
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