Jornal ADUFMS - ADUFMS Sindicato
Transcrição
Jornal ADUFMS - ADUFMS Sindicato
Jornal SindicatodosProfessoresdasUniversidadesFederaisBrasileirasdosMunicípiosdeCampoGrande,Aquidauana,Bonito, ChapadãodoSul,Corumbá,Coxim,Naviraí,NovaAndradina,Paranaíba,PontaPorãeTrêsLagoas,noEstadodeMatoGrossodoSul adufms.org.brfacebook.com/ADUFMS.Sindicato CampoGrande(MS),agostode2015–Ediçãon.004 Greverea irmacompromissoem defesadauniversidadepública Agostoéomêsdecisivonasnegociaçõescomogovernofederalemobilizaçãoemdefesadosdireitosdos/astrabalhadores/as DiogoGonçalves O movimento docente nacional segue irmenalutaporreposiçã osalarial, reestruturaçã o da carreira e na defesaintransigentedauniversidadepú blica,gratuita,laicaedequalidade.Nessesmais de dois meses de movimento na UFMS, o ComandoLocaldeGreveeleitoem assembleia, juntamente com a direçã o da ADUFMS-Sindicato,temrealizadodiversas açõ es nos campi de Campo Grande e do interiorcomoformadepressionarogoverno a acatar as reivindicaçõ es da categoria e sensibilizarasociedadesobreaprecarizaçã o das instituiçõ es federais de ensino com os ajustes iscais determinados no Orçamento Federal2015. Páginas3,4e12 GersonJara/ADUFMS-Sindicato Passeatapeloreajustede27,3%eemdefesadoserviçopúblicofederal ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato GersonJara/ADUFMS-Sindicato Adreferendum sepulta democracianaUFMS SededeTrêsLagoas reinaugurada depoisdareforma SuplementoEspecial comestudantesde Jornalismo A ADOÇAO de medidas administrativas verticalizadas promove mudanças bruscas navidauniversitá riaetemsufocadoatradiçã odemocrá ticadentrodaUFMS.Osconselhossuperioresvirarammerosinstrumentos dehomologaçã odasdecisõ esdaadministraçã osemqualquerdiscussã o,porexemplo,o Plano de Atividades Docentes (Padoc) e a expansã o da carga horá ria. Para saber dos cortes no orçamento da Universidade, a comunidade teve de protestar em frente à Reitoria. Página9 DOCENTES, estudantes e té cnicos/as administrativos/asdoCampusTrê sLagoas(CPTL) participaram da festa de reinauguraçã o da sededaADUFMS-SindicatonoLestedeMS, totalmente reformada. O evento marcou o compromissodaatualdireçã odaentidadede fortalecer o movimento sindical no interior, aumentando a presença e a proximidade com os/as iliados/as. A solenidade virou palcodemanifestaçã oemdefesadagrevee dauniversidade.Forammomentosdeinteraçã ocomumdeliciosocaldo,acompanhadode boamú sica.Página11 EM UMA EXPERIENCIA INEDITA, as/os alunas/osdeJornalismodaUFMS,coordenados/as pelo professor Edson Silva e pela professora Katarini Miguel, pautam maté rias naspá ginasdoJornalADUFMSqueatacamo vacilodaatualpolıt́icadeexpansã ouniversitá ria,comdireitoselementarescomocreche, restauranteuniversitá rioemoradiaestudantilvioladosApesardasconstantesreivindicaçõ es,aReitoriadaUFMSnã otempriorizado polıt́icas que facilitem a permanê ncia dos e das estudantes nos cursos de graduaçã o e pó s-graduaçã o.Páginas5,6,7e8 2 Jornal CampoGrande(MS),agostode2015 EDITORIAL Avançaremdefesada educaçãosuperiorpública Chegamosamaisumaediçã odoJornalADUFMS emplenagreveemdefesadauniversidadepú blica, gratuita, laica e de qualidade. Sã o inegá veis os avançossalariaiseosaumentosdeinvestimentosna universidade pú blica nos ú ltimos governos. Devemos,noentanto,preservaroquejá conseguimoscomtodaadeterminaçã oeavançarnasconquistas,pormeiodereajustesalarialdecente,melhorias nosbenefıćiosedareestruturaçã odacarreira.Nossa remuneraçã oaindaé inferioraoutrascarreirasdo Executivo, Legislativo e do Judiciá rio, aqué m da nobretarefadeformarpro issionaisgraduados/ase pó s-graduados/as para atuar no mercado, nas instituiçõ espú blicasenasnã o-governamentais. Nestaediçã o,estamosprestandocontadasaçõ es daADUFMS-SindicatoedoComandoLocaldeGreve naconduçã odemaisdesessentadiasdegreve.Aos poucos estamos rompendo com a cultura do distanciamento da direçã o sindical em relaçã o à categoria,cumprindoosrequisitosdaLeideGrevee garantindo a docentes informaçõ es sobre os desdobramentos do movimento praticamente em tempo real. As decisõ es sã o democraticamente discutidas, acordadas em assembleias e reuniõ es, rea irmando o cará ter de independê ncia do nosso movimento. Ao mesmo tempo, apoiamos e cumprimos diversas atividades programadas que visam dar visibilidade a nossa luta, contestar os cortes de verbasparaaEducaçã oeapontarascontradiçõ esda polı́ t ica econô mica do governo federal numa tentativa suicida de promover ajustes econô micos para encher os cofres já abarrotados do sistema inanceiroà custadosacrifıćiodoProgramadeApoio a Planos de Reestruturaçã o e Expansã o das Universidades Federais (Reuni) e do processo de precarizaçã odasnossascondiçõ esdetrabalho. Dentrodopropó sitodedemocratizaraADUFMSSindicato e fortalecer as lutas unitá rias, estamos integrando o Fó rum dos Servidores Pú blicos Federais.Simultaneamentearticulamosapublicaçã o do Suplemento Especial com os/as alunos/as de Comunicaçã o Social, uma experiê ncia-laborató rio iné dita,comomonitoramentodedocentesdoCurso deJornalismodaUFMS-CampoGrande.Oobjetivoé darvazã oà spautasesquecidaspelaadministraçã o daUFMSequetocamdiretamentenascondiçõ esde permanê ncia dos/as estudantes e dos/as trabalhadores/asnaUniversidade.Esperamosdarsequê ncia aotrabalhonaspró ximasediçõ es. Cumprindo o que foi assumido em campanha, publicamos o resumo de despesas e receitas da ADUFMS-Sindicato, devidamente auditado pelo ConselhoFiscal.Aprestaçã odecontatambé mestará disponıv́elnositedaentidade. Em pleno andamento da luta, convocamos todos/as associados/as e nã o-associados/as a participardomovimento,poisestemê sdeagostoé o momentoparaforçarogovernofederalaapresentar contraproposta decente para a categoria e instituir negociaçõ espermanentesemtornodanossacarreira. Nossaforçanascenaluta!Contamoscomvocê ! Jornal E X P E D I E N T E Aposentadospromovemencontro nacionalemCampoGrande ACS/UFMS PresidentedaAApP/ufms,professorMarnePereiradaSilva(1ºà esquerda),an itrioudiretores/asdaFenafe C ampoGrandesediounosdias14e15de maio a reuniã o de 2015 da Federaçã o NacionaldasAssociaçõ esdeServidores Aposentados e Pensionistas das Instituiçõ es FederaisdeEnsino(Fenafe)-oXVIIIEncontro d o s D i r i g e n t e s d a s A s s o c i a ç õ e s d e Aposentados e Pensionistas das Instituiçõ es Federais de Ensino. O evento aconteceu no auditó rio 2 do Complexo Multiuso (Cidade Universitá ria)enoHotelMetropolitan. Ainda nos dias 14 e 15 de maio, a Associaçã odosAposentadosePensionistasda Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (AApP) fez, pela primeira vez, um grande encontrodefuncioná rios/asaposentados/ase pensionistas da UFMS para discutir, entre outros assuntos, a pauta de reivindicaçã o dessessegmentos. Oseventosserviramparade inirastá ticas deaprovaçã odaspautasgeraleespecı́ icade aposentados/as e pensionistas em â mbito nacional:atuarpelo imdofatorprevidenciá rio;defenderoreajustedepensõ eseaposentadorias de acordo com o salá rio mı́nimo; e barrar mudanças na Previdê ncia que retroagem direitos dos/as trabalhadores/as, contidas na Medida Provisó ria 664/2014, cujo ProjetodeLeideConversã ofoiaprovadoem maionaCâ maradosDeputadoscomumasé rie deemendasparciaise/outotaiseenviadoao Senado Federal com rejeiçõ es de outras emendas. No Senado o Projeto foi aprovado, passando a ser Lei 13.135, sancionada pela presidentaDilmaRousseffem17dejunhode 2015,comvetosparciais. Alé mdaAssembleiaGeraldaFenafe,com debatessobreconquistasebenefıćiosetroca deexperiê nciasentreassociaçõ esdeaposentados/as, aconteceram as palestras "Saú de e qualidadedevida",proferidaporLuıśOvando, e "Vida ativa na aposentadoria", com a ProfessoraDoutoraSuziRosaMiziaraBarbosa, bemcomoapresentaçõ esculturais. O presidente da AApP/ufms, professor Marne Pereira da Silva, lembrou que "todos nosunimosparaumbemcomum:oaposentado". Lamentou o veto presidencial da presidentaDilmaà polıt́icadereajustedasaposentadorias ao salá rio mın ́ imo e a aprovaçã o do Projeto de Lei de Conversã o da MP 664 pelo CongressoNacional.ALei13.135,naqualfoi transformadaaMP664,introduznovasregras, protelandoapensã oadependentesemcasode mortedos/assegurados/as. Associação-AAApP/ufmsfoifundadaem6de julhode1996.Eumaentidadecivildepersonalidade jurıd ́ ica sem ins lucrativos, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurıd ́ ica (CNPJ). Seusobjetivosprincipaissã odefenderosinteressesgeraisdeseus/suasassociados/as,valorizar acapacidadeprodutiva,bemcomopromovero bem-estar,alé mdauniã odos/asaposentados/as epensionistas.AAApPreú neservidores/asde todasascategoriasqueencerraramsuasatividadesnoserviçoativodaUFMS. O Jornal ADUFMS é uma publicação oficial do Sindicato dos Professores das Universidades Federais Brasileiras dos Municípios de Campo Grande, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul (adufms.org.br e facebook.com/ADUFMS.Sindicato) Endereço: avenida Senador Filinto Müller, 559, Vila Ipiranga , CEP: 79080-190, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, fone (67) 3346-1514, fone/fax (67) 3346-1482 E-mails: [email protected] e [email protected] Gestão Autonomia Sindical - ADUFMS, biênio 2014-2016 Presidente:José CarlosdaSilva;vice-presidenta:MariuzaAparecidaCamilloGuimarã es;secretário-geral:OsvaldoNunesBarbosa;primeiro-secretário:PauloMarcosEsselin;diretor- inanceiro:MarcoAuré lio Stefanes;diretor- inanceiroadjunto:MoacirLacerda;diretordeDivulgaçãoeImprensa:AntonioLinoRodriguesdeSá ;diretordePromoçõesSociais,CulturaiseCientí icas:RonnyMachadodeMoraes;diretorade AssuntosdeAposentadoria:LuciaMonteSerratAlvesBueno;CPAQ:AnaPaulaSalvadorWerri;CPAN:AnamariaSantanadaSilva;CPTL:José BatistadeSales. ConselhodeRepresentantes _CCBS-titular:MariadeFá timaM.Cheade,suplente:Otá vioFroehlich.CCHS-titular:MargaritaVictoriaRodrıǵuez,suplente:Joã oJairSartorelo.Facom-titular:RenatoPor irio Ishii,suplente:CarlosAlbertodaSilva.Fadir-titular:YnesdaSilvaFé lix,suplente:LucianiCoimbradeCarvalho.Faeng-titular:Jé fersonMeneguinOrtega,suplente:MariaHelenadaSilvaAndrade.Famed- titular:Auré lioFerreira,suplente:IzaiasPereiradaCosta.Famez-titular:ValdemirAlvesdeOliveira.Faodo-titular:DaniloMathiasZanelloGuerisoli,suplente:Fá timaHeritierCorvalan.In i-titular:Widinei AlvesFernandes,suplente:Doroté iadeFá timaBozano.Inma-titular:PatrıćiaSandaloPereira,suplente:KarinaMirandaD’Ippó litoLeite.Inqui-titular:SilvioCé sardeOliveira.Aposentados-titular:Celso Correia,suplente:CarlosStiefNeto.CPAQ-titular:AnaPaulaSalvadorWerri,suplente:EdelbertoPauliJú nior.CPAN-titular:AnamariaSantanadaSilva,suplente:FabianoAntoniodosSantos.CPTL-titular:José BatistadeSales.CPBO-titular:NoslindePaulaAlmeida,suplente:AdrianoVianaBednaski.CPCS-titular:Octá vioBarbosaPlaster.CPNA-titular:GemaelChaebo.CPAR-titular:JulioCé sardeSouza,suplente: EltonGeanAraú jo.CPPP-titular:AmauryAntô niodeCastroJunior,suplente:KleitonAndreSchneider.CPNV-titular:RoseliMariaRosadeAlmeida,suplente:CeliaReginadeCarvalho. ConselhoFiscal _titulares:EdvaldoCorreaSotana,AlessandroGustavoSouzaArrudaePauloCesarDuartePaes.Suplentes:LuizCarlosBatistaeRicardoPereiradeMelo. Editoresresponsáveis:jornalistasGersonCanheteJaraMTE-MS3/1994eArnordaSilvaRibeiroMTE-MS18.Diagramação:Carlã oValé rio. Jornal CampoGrande(MS),agostode2015 3 Atividadesfortalecem campanhasalarialnointerior O diaadiadagreve nos campi da UFMS alémCampoGrandetemsidode muitas atividades sociais, político-sindicais, sindicais e de arte, entre as quais iniciativas conjuntas entre professoras/es, alunas/os, técnicas/os administrativas/os. A professora Késia CarolineRamiresNeves,da Comissão de Mobilização do Campus de Ponta Porã (CPPP), explica que nessa cidade as agendas de eventos lincados ao movimento grevista são planejadas semanalmente. Lá houve passeata com faixas e cartazes nas vias centrais da cidade e panfletagemnossemáforos no6deagosto,dianacional de protestos pedindo que asdireçõesdasuniversidades federais Brasil afora abramascontasemostrem o grau de contingenciamento de verbas em cada setor. Os trabalhos sindical e ComandoLocaldeGreve político-sociocultural que vêm sendo desenvolvido na greve deste ano em Corumbá por professoras, professores,alunas,alunos, técnicas administrativas e técnicosadministrativosdo Campus do Pantanal (CPAN)atestamaforçado movimento para além da Capitalsul-mato-grossense. “Agreveestánarua,além de acontecer de forma unificada com docentes, Acadêmicos/asdeParanaíbasesolidarizamcomomovimentodocente estudantes e técnicos administrativos da UFMS e também alunos, técnicos e professoresdoIFMS[InstitutoFederaldeMatoGrossodo Sul]”, descreve o professor Ronny Machado de Moraes, diretordaADUFMS-Sindicato.Aulaspúblicas,tereréda greve, mesas-redondas, conferências e panfletagens nas feiras, nas vias (ruas e avenidas), nas praças, além do cinegreve, exemplificam a desenvoltura da comunidade CPANnestagreve. OssegmentosdoCampusdeAquidauana(CPAQ),no OestedeMatoGrossodoSul,somam-seaessasaçõesque têmdadoperenidadeaomovimentogrevista.“Agentetem mantido uma certa constância nas atividades, com envolvimento da comunidade”, avalia o professor EdelbertoPauliJúnior.AagendadagreveemAquidauana envolveiniciativascomoaulapública,saraueatospúblicos companfletagens. Acomunidadeuniversitáriadoscampimeridionaisda UFMS tem contribuído de forma consistente para o fortalecimentodagreveiniciadadia15dejunho.Alémde Ponta Porã, no Campus de Naviraí (CPNV), conforme a professora Roseli Maria Rosa de Almeida, do Comando LocaldeGreve,osespaçospúblicosurbanosdomunicípio têmsidoprivilegiadoscomsaraus,declamaçãodepoesias, panfletagens e diálogo com as e os naviraienses para discutir a greve e a crise pela qual vem passando a educaçãonacional. AmovimentaçãodacomunidadeuniversitáriadaUFMS noLestesul-mato-grossenseconfigura,cadavezmais,anova fase do movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras no Campus Três Lagoas (CPTL), onde o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação UniversidadeFederaldeMatoGrossodoSul,noEstadode MatoGrossodoSul(Sista-MS),movimentoestudantil,Seção SindicaldoAndes-SNnaUFMSRegiãoLestedeMatoGrosso do Sul (ADLeste) e a ADUFMS-Sindicato se uniram em defesadauniversidadepúblicaenodebatedequestõesque extrapolamoslimitesdaUniversidade,comoocombateà reduçãodamaioridadepenal.“Agreveaquicontinuaforte!”, enfatizaopresidentedaADLeste,professorVitorWagner Neto de Oliveira. Prova da força do movimento em Três Corumbá:pan letagemeexplicaçãosobreagreve ConversandocomapopulaçãodeNaviraí Lagoas,foiaorganizaçãodoBotecodaGreve,nodia20de julho, pelo diretor da ADUFMS-Sindicato no CPTL, professorJoséBatistadeSales,paraarrecadarrecursosao Fundo de Greve. A presença maciça de técnicos administrativos, técnicas administrativas, alunos, alunas, professoreseprofessorasnobotequimavalizaaconsistência domovimentonaquelecampus. NoCampusdeParanaíba(CPAR,extremonordestede MatoGrossodoSul)saraus,reivindicaçãodetransportepara acomunidadeacadêmica–aunidadeficalongedocentroda cidade–,cinegreve,debate,panfletagem,entrevistasaovivo e gravadas à mídia eletrônica local substanciam o rol de atividadesqueestãosendopostasempráticanestagreve, conforme descreve a professora Renata Bellenzani, do ComandoLocaldeGreve. CampoGrande(MS),agostode2015 4 Jornal Greverevelacontradições dasuniversidadespúblicas Nográ icoabaixo,ocomparativoderemuneraçãoemcarreirasdoserviçopúblicofederal. As/osdocentesestãoentreos/asqueganhamosmenoressalários(traçosvermelhos). Paraondevaio dinheirodaUnião Fonte: <http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=92718> (reproduzido do site da Auditoria Cidadã da Dívida, <http://www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divida-ja-confira-o-grafico-do-orcamento-de-2012/>) A greve nacional nas universidades pú blicas expõ eascontradiçõ eseopçõ esdomodelode desenvolvimentodoensinosuperiorbrasileiro, indicando que há visõ es e projetos distintos em disputa,queseevidenciamnestemomento.Porisso,a categoria nã o aceita a polıt́ica de transferê ncia de recursos pú blicos para o setor inanceiro e para as empresasdeeducaçã osuperiorprivadas. De acordo com o Comunicado 24 do Comando NacionaldeGrevedoSindicatoNacionaldosDocentes dasInstituiçõ esdeEnsinoSuperior(CNG-Andes-SN), só “em2014,ogovernodestinouR$13,8bilhõ espara ascorporaçõ eseducacionais,pormeiodoFies[Fundo de Financiamento Estudantil]”. O negó cio bilioná rio detransferê nciaderecursospú blicosparainteresses privadosvirouminadeouro.Deacordocomentrevista do Soció logo Wilson de Almeida, na revista CartaCapital, publicada em 19/12/2014, o “maior grupoeducacionalformadopelafusã oentreKrotone Anhanguera”tem40%deseufaturamentooriginá rio de verbas pú blicas, principalmente do Fies e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Esses dados evidenciam que o governo federal tem de reavaliar a polıt́ica de inanciamento da educaçã o privadasuperiorcomrecursospú blicos. Mesmo com a expansã o de investimentos nos ú ltimos anos, dados da Diretoria de Estatı́sticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionaisAnıśioTeixeira(Deed-Inep), de2013,apontam1137851matrıćulasnasinstituiçõ espú blicasfederaisdeensinosuperior,enquanto que nas particulares chegou-se a 5373450. A exemplodonú merodematriculados/as,adiferença ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato ExpansãodoensinosuperiorpúblicocomqualidadenoBrasilrequerfortalecimentodacomunidadeuniversitária també mé colossalemrelaçã oaonú merodeinstituiçõ es.Aindadeacordocominformaçõ esde2013,há noBrasil106instituiçõ esfederaisdeensinosuperior pú blicas.Ainiciativaprivadatem2090 universidades.Apesardoaumentoderecursos,aá reaeducacionalrecebeapenas3%dototaldosrecursosfederais.E o setor que mais sofre com o contingenciamento: corteemtornodeR$9bilhõ es.Enquantoisso,tem continuidade a polı́tica inanceira ortodoxa, que destinou,só em2014,R$978bilhõ esapagamentode juros e amortizaçõ es da ́ ida, o que representou ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato dıv 45,11% do orçamento executado no ano – veja grá ico redondo acima, p u b l i c a d o n o s i t e d a AuditoriaCidadã daDıv́ida. Umasangriaquebene icia osistema inanceiroà custa desacrifıćiodeverbasque seriam para a educaçã o, a ciê nciaeatecnologia. A distâ ncia entre o discurso da Pá tria Educadora e a de iniçã o de prioridades na destinaçã o dosrecursosdoorçamento devesercobradadogoverno federal. As medidas adotadaspõ ememriscoo compromisso de cumprir Docente,estudantesetécnicosdaUFMSemcaravanarumoaBrasília as metas estabelecidas peloPlanoNacionaldeEducaçã o(PNE), ixadasem 7%doProdutoInternoBruto(PIB)apó scincosanose de atingir 10% em 2024, visto que as decisõ es apontamemoutradireçã o,porqueosR$9bilhõ esde investimentos em sete anos (2008 a 2014) na expansã o das universidades é equivalente ao valor cortadoagoraem2015comrespaldodaCâ marados Deputados. Portanto,alé mdareestruturaçã odascarreiras, emprocessodedesmantelamentodesde1996,eda reposiçã o salarial das perdas acumuladas desde 2010,asentidadesquelideramomovimentodegreve nasuniversidadesfederaisdefendemfatiasmaiores do orçamento federal, com recursos do pré -sal e outras fontes de receita, à s instituiçõ es federais de ensino superior e tecnoló gico. A continuidade da expansã o do ensino superior pú blico, sem comprometer a sua qualidade, requer o fortalecimento da mobilizaçã odacategoria,nummomentocrucialpara os destinos e caminhos da educaçã o superior no Brasil. Porisso,omovimentoquehojesedesenvolveé essencialparaoatendimentoeducacionaldapopulaçã o, sobretudo os/as jovens da classe trabalhadora que nos ú ltimos anos tiveram acesso à educaçã o superiorpú blica,masaindacarecemdeinvestimento em programas de permanê ncia. Essa garantia é responsabilidade de todos e de todas que tê m compromissocomumpaıścomdivisã ojustaderenda e que privilegia a produçã o do conhecimento como estraté giadedesenvolvimento. ! á j e,6e7 h ! a? c inas S e M nci Cr Pág F U ivê a n revna8 ô T ob Pági s a E Jornal l a i c spe E CampoGrande(MS),agostode2015 LoraineGonçalves/AF-UFMS RestauranteUniversitáriolotadomostraanecessidadedemaisespaçoeconfortoparaoscomensais Mádigestão UsuáriosdoRU-UFMSqueixam-sedelongas ilas,faltadeespaçoedeopçãodejantar •AlessandraMarimon •GuilhermePimentel A sextensasfilas,ademoranoatendimento, olocalapertadoeafaltadeumarefeiçã o noturnasã oasprincipaisreclamaçõ esde usuá rios do RU (Restaurante Universitá rio) da UFMS(UniversidadeFederaldeMatoGrossodo Sul)CampusdeCampoGrande.Inicialmenteprojetadoparaatender400pessoassentadas,opico diá riojá chegaaaproximadamente1,6mil,entre alunos, professores, té cnicos administrativos, funcioná riosevisitantes.Alé mdisso,apromessa deumRUnoturnonã ofoicumpridaporfaltade verbaseoprojetodeampliaçã odoespaçonã osai dopapel. ComquaseoitomilestudantesnoCampus, orestaurantenã oconsegueatenderà altademanda e precisa ser urgentemente ampliado, como aponta o estudante de Economia Renan Araú jo, 22. “Já almocei à s 11h, ao meio-dia e perto das 13h,easfilasestã osempreparalá dopré diodo RU,nosolemuitodemoradas.”Paraele,é necessá riaanoçã ocoletivadecomeresairparanã ofaltar espaço. Deacordocomopró -reitordaPreae(Pró - ReitoriadeExtensã o,CulturaeAssuntosEstudantis),ValdirSouzaFerreira,existeprojetodeampliaçã o do RU em andamento. “Sabemos que há a necessidadedeampliarolocaleoferecermelhorescondiçõ es.Agoraestã odiscutindoaparteelé tricaehidrá ulicadoprojeto.Vamosverasplanilhasesimularosvaloreseassimqueestiverem todas as plantas prontas, encaminhamos para a mã o da reitora para fazer a solicitaçã o junto ao MEC[Ministé riodaEducaçã o]." AfaltadeRUnoturnodificultaapermanê ncia de estudantes, principalmente aqueles que estudamnesseperıo ́ do.Renancontaqueficana UFMSaté à s23heenfrentaoproblema.“Edifıćil cumpriratividadescomplementaresdomeucurso,participardecampeonatoseprojetosdepesquisa, pois eu fico aqui até tarde lanchando um salgadoeissofazcomqueeugasteumdinheiro quenã otenho.” No ano passado, os/as alunos/as do DCE (Diretó rioCentraldasedosEstudantes)reivindicaramoRUnoturno,quepelaprevisã odaPreae começariaafuncionaraindaesteano.Noentanto, porfaltadeverbasdoPnaes(PlanoNacionalde Assistê ncia Estudantil), o jantar nã o será mais oferecido.“Terıámosqueinvestirtodaaverbado Pnaesenã oseriainteressanteinseriressaverba de assistê ncia só em alimentaçã o. Entã o, por enquanto,nã oestá garantido”,dizValdirFerreira. Masopró -reitorlembraqueorestauranteà noite aindaestá dentrodasnovasaçõ esdeassistê ncia da Preae. Ele afirma que 30% dos usuá rios que almoçamnopré diojantariamnoRUseaopçã o estivessedisponıv́el.Das54graduaçõ esoferecidaspelaUFMSemCampoGrande,22tê maulas duranteanoite. Preçoatual -APreaeasseguraaindaquenã o haverá alteraçõ esnoscustosdoRUe,portanto,o atual preço da refeiçã o para os alunos está garantido. Depoisdereivindicaçõ esfeitaspela antigagestã odoDCEem2013,oalmoçopassou a custar R$ 2,50. Funcioná rios, acadê micos de mestrado e doutorado e visitantes pagam R$7,60poralmoço. AestudanteEvaCruz,21,afirmaqueocorretoseriasubsidiarovalorintegraleestendero benefıćio.“Nã oadiantadaracessoaoacadê micoe nã odarcondiçõ esmın ́ imasparaoalunopermanecer.Quemvemdeforajá pagaumvalorabsurdo de aluguel pró ximo à universidade e ainda tem quegastarparasealimentar?Quemé queproduz comestô magovazio?” CampoGrande(MS),agostode2015 6 Jornal cial Espe Eaprioridadeabsoluta?Como ica? OEstatutodaCriançaedoAdolescente(ECA)completou25anosnodia13dejulho,masa UniversidadeFederaldeMatoGrossodoSul(UFMS)aindanãoreconheceosdireitos humanosfundamentaisprevistosnaLei8.069,de13dejulhode1990.Noartigo4º,a 8.069(ECA)determinaque“édeverdafamília,dacomunidade,dasociedadeemgerale dopoderpúblicoassegurar,comabsolutaprioridade”,osdireitosdacriança.A Instituição,porexemplo,nãooferececreche.São ilhose ilhasdeestudantes,professores, professoras,técnicosadministrativos,técnicasadministrativas,prestadores/asde serviços,alémdeoutrostrabalhadoresetrabalhadorasqueatuamnoscampicomo funcionários/asdebancos,lanchonetes,entreoutros,quetêmseusdireitosviolados CarolineCarvalho Gabrielaea ilhaÍsis:acreche‘‘éumdireitonossoenossalutacontinua!” Arquivodefamília GrazielaeAndré:elatrancouoCursodeBiologiaparasededicarao ilhoBenício A paraodesenvolvimentosaudá veldacriança, a creche seria um ganho a toda a comunidadedaUFMS.Paisemã espoderiamterapermanê ncianauniversidade facilitada e a possibilidade de deixar os/as filhos/as em ambiente pró ximo, seguro. Toda a comunidade acadê mica seria beneficiada, atendendo os cursos dePedagogia,Psicologia,Nutriçã oeEducaçã o Fı́sica, entre outros. Na unidade poderiamserdesenvolvidosprojetosde pesquisa,extensã oeestá gios. Direitosdacriançacomofocoprincipal - Ahistó riadacrecheestevemuito ligadaaodireitodamulhertrabalhadora, poisdecorreudoaumentodesuainserçã o no mercado de trabalho e consequentenecessidadedelocalondepudesse deixar os/as seus/suas filhos/as. Poré m,apartirdaConstituiçã oFederal de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente,de1990,acrechepassoua servistacomodireitodacriança. Segundooartigo3ºdoECA,“acriança eoadolescentegozamdetodososdireitos fundamentaisinerentesà pessoahumana”. Sendoassim,acriançaeoadolescente “ colchã o,umlugaradequadopraeladescansar. Muitas vezes eu dei banho na minha ilhanatorneiradobanheiro.Muitasvezesnã otinhaumlugarpraesquentarumamamadeira.Nã otinhaumlugar praprepararumapapinha”,contaRosesmã eseospaisreclamamquea lene de Souza, acadê mica de Histó ria, UFMS nem ao menos oferece sobre a sua ilha Vitó ria, hoje com sete estrutura adequada para as crianos, que a acompanhava nas aulas de anças.“Aminha ilhapassavadi iculdasua primeira graduaçã o, em Educaçã o des[denã otercreche],chorava.Asvezes Fı́sica. ela precisava descansar, nã o tinha um Acrechejá é realiCarolineCarvalho dade em instituiçõ es pú blicas de ensino superior como as universidades federais de Santa Maria (UFSM), d e P e r n a m b u c o (UFPE) e, em Mato GrossodoSul,daGrandeDourados(UFGD).A primeiraaserfundada no Brasil foi a Creche FrancescaZacaroFaraco da Universidade FederaldoRioGrande do Sul (UFRGS), em PatríciaAraújoeDarlantrazema ilhaEduardadiariamenteparao 1972. Fundamental trabalhonaUniversidadepornãoterondedeixá-la •CarolineCarvalho •StefannyVeiga Jornal CampoGrande(MS),agostode2015 7 CarolineCarvalho “ passamaserreconhecidoscomo sujeitosdedireitosenã osó meros“objetos” da intervençã o estatal. O artigo 12 da Convençã o sobre os Direitos da Criança, da Organizaçã o das Naçõ es Unidas(ONU),prevê queacriançadeve serouvidasobretodososassuntosrelacionadosaela,levando-seemcontasua maturidade e capacidade para formularseuspró priosjuı́zos. ParaAdrianaLemoz,acadê micade Letrasemã edeJú lia,detrê sanosequatro meses, a creche deve estimular o desenvolvimentodacriança.“Euemeu ex-maridosomosprofessores,entã oa Jú liaaprendeuasegurarolá pismuito maiscedo.Noteiquenaescolaparticulareles,infelizmente,limitaramaJú lia, sabe?! Disseram: ‘Ah, nã o! Lá ela nã o precisasegurarolá pismuitopequena, porqueelanã osabe’.Masagentejá tava estimulandoelaemcasa.” A estudante acredita que se deve respeitaropró prioritmodeaprendizadodos/as ilhos/as.“Eusoucontraformar pequenos seres inteligentes. Nã o precisa disso, entendeu? Tudo no tempo dela, no ritmo dela. Eu mesma nã oforçonada.” SegundoaConstituiçã oFederal,odireitoà crecheé asseguradoacriançasde zeroaseisanos.Poré m,muitos/asestudantes, professores/as, funcioná rios/as té cnico-administrativos/as, entre outros/as, tê m ilhos/as acima dessa idade, necessitando de um programaqueos/asatenda.EocasodeFlá viaPaulinaRodriguesdeMazzi,acadê mica de Filoso ia, que muitas vezes, alé mdetrazerSo iaà saulas,deumano esetemeses,precisatrazerIsis,de11 anos.“Nã otemquesersó umberçá rio, ela[creche]teriaqueabrangerascrianças até uma faixa etá ria, dos 14, 15 anos,umasaladerecreaçã o,atividades voltadas pra essas crianças”, aponta Flá via. Nesse caso, a demanda é mais ÍsiseSo ia, ilhasdeFláviaPaulina ampla e vislumbra a necessidade da criaçã o de outras unidades de educaçã o e lazer infantil voltadas a esse pú blico,enã osó acreche. As di iculdades de permanência - Muitas sã o as di iculdades para pais, mã esououtros/asresponsá veisconciliaremosestudosetrabalhocomacriaçã o das crianças. Para o professor do curso de Filoso ia André Rocha, é impossı́vel.Elesó nã oteveproblemas em continuar o trabalho porque sua esposaGrazieladosSantos,acadê mica deBiologia,trancouocursoeassimconseguiusededicarao ilhodeles,Benı-́ cio, de um mê s e meio. “A primeira e maiordi iculdadeparaoestudanteque tem ilhoedesejacontinuarsuajornadaacadê micaé referenteaoó bvioafastamentodasatividadesuniversitá rias, ComitêPró-Creche Pensando nos problemas da ausência de creche na UFMS, acadê micasestãosereunindoparaformaroComitêPró-Creche.Numprime iromomento,foidiscutidaanecessidadedoconhecimentosobreoque a legislação diz sobre o tema, acompanhada de levantamento sobre quantas crianças na Universidade precisam de creche, exemplos de unidadesfederaisquetenhamesseauxílioeprojetosexistentesjápla nejados na UFMS. Desse modo, foram divididas as responsabilidades entreasinteressadas.Aspróximasreuniõesserãodivulgadasnapági na Creche/UFMS e Comando de Greve – Jornalismo UFMS. Todos podemparticipar. visto que nã o há nenhuma chance de conciliaçã o entre os estudos e a nova vidafamiliar.” Acriançaeo adolescente gozamdetodos osdireitosfundamentais àpessoahumana (Artigo3ºdoECA) ” Darlan de Araú jo, funcioná rio da lanchoneteParaquedas,ePatrı́cianã o conseguemmatriculara ilhaEduarda dequatromesesemnenhumacreche. Alegam que as unidades sã o muito longeoucarasequeprecisamtrazê -la paraaUFMS.“Temquetrazerjunto,nã o temjeito!Ela icaumperı́odoaquicomigo.Porenquantoelatava icandocoma minhamã e.Só queagoraminhamã etá indo pra Rio Verde. Vai ter que achar algué m,colocaremalgumlugar.Omais pertoqueeuencontreiaquifoioABC, só que o valor ali é absurdo, que eles cobramali.Cobram700reais[pormê s] pracuidardeumacriançanoperı́odo deseishoras”,explicaDarlan. GabrielaZaleski,estudantedeJornalismoemã edeIsis,de11meses,completa que a creche é de interesse de todosdacomunidadeuniversitá ria.“E umbemquenã ovaifavorecersomente asmã es,mastodaacomunidadeacadê mica,porqueasmã esvã opodercontinuaratrabalharaqui,poderã ocontinuarapesquisa,aciê nciaaquinauniversidade, concluir as suas graduaçõ es. En im,é umdireitonossoenossaluta continua!” 8 Jornal cial Espe Ingressoamplo, permanênciamínima ” (MatheusSouza) Jornal CampoGrande(MS),agostode2015 9 DemocraciasobsufoconaUFMS Depoisdequarentadiasbatendoàsportasdainstituição,ReitoriadisponibilizarelatórioparcialdecortesnaUniversidade Fotos:GersonJara/ADUFMS-Sindicato ProtestoemfrenteàReitoriapedetransparênciaadministrativanascontasdaUFMS A satitudescentralizadorasdadireçã o daUFMSnã oparamdesurpreender. Apesar dos reiterados pedidos da ADUFMS-Sindicato para discussã o pré via de pontos referentes à vida funcional e acadê micadedocenteseté cnicos/asadministrativos/as, o centralismo permeia as decisõ es de quem teria o compromisso de garantir o princıp ́ io da gestã o colegiada e democrá tica da Universidade Federal de MatoGrossodoSul. Há quarenta dias o Comando Local de Greve e a ADUFMS-Sindicato cobravam a apresentaçã o do plano de ajustes ao corte orçamentá rio do Ministé rio da Educaçã o (MEC),combasenocumprimentodaLeida Transparê ncia. Apesar do compromisso assumido com a categoria, a medida foi proteladadiaapó sdia. Diante do descaso, o Sindicato e o ComandoLocaldeGreve izeramnodia6de agosto o ato “Abra as contas, reitora!”. A atividade foi proposta pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituiçõ es de Ensino Superior (Andes-SN) simultaneamenteemmaisdequarentaseçõ essindicais dopaıśquerepresentamdocentesemgreve. Pressionada,aReitoriapublicouorelató rio Comfaixas,manifestantes ixamreivindicaçõesemgradedoprédiodaReitoria decortesnositedaUFMS. Maisumavezavelhafó rmulaverticalizada ganha espaço na atual gestã o da UFMS, recheadadeprá ticashá muitotemposuperada nas organizaçõ es modernas. Com esse procedimento nada democrá tico, ganham espaço a burocracia, a demora, a falta de criatividade,aine iciê ncia,poisessemodode administrarvolta-seexclusivamenteà autorreproduçã o e à manutençã o do poder de pequenosgruposdentrodaUFMS. Nesse modelo, autoritá rio, perde espaço a gestã o horizontalizada, mais e icienteeenvolvente,capazdeestimularo potencial humano existente na Instituiçã o. Esvaziadas, a participaçã o e as decisõ es colegiadas efetivas podem ser o remé dio paragarantirsaltosqualitativosnasatividadesdeensino,pesquisaeextensã o,valorizandoaparticipaçã ocoletivaeestimulando processosdeautogestã o. Mas, ao contrá rio dos compromissos assumidos em campanha, a concepçã o centralizadora recrudesceu na UFMS nos ú ltimosanos,comaeliminaçã odosdepartamentos.Oquetinhaobjetivodeencurtaro caminho dos rituais administrativos e acadê micosaumentouadistâ nciadapartici- MarcoAuréliocriticafaltadediscussãosobregastosdaUFMSnosconselhossuperioresdaInstituição paçã odos/dasdocentes,té cnicos/asadministrativos/aseestudantesemmaté riasde relevâ ncia para a nossa Universidade, esfacelando, cada vez mais, o seu projeto pedagó gico, gerando a desmotivaçã o das pessoasresponsá veispelorepasseeproduçã odeconhecimento. O Conselho Universitá rio (Coun) se reú ne cada vez menos, mesmo diante da gravecriseprovocadapeloscortesdeverbas porpartedogovernofederal.Osproblemas se amontoam e as soluçõ es sã o cada vez maismonocrá ticascompacotes-surpresae decisõ esadreferendum,quefazemretroceder a democracia e a participaçã o, sem contemplaraté mesmoasentidadesrepresentativasdeclasseousuprimindoafundamentaldiscussã oacadê micanosconselhos superiores. Astentativasdemudançaimplementadassã ofocadasemtesesprodutivistas,com o propó sito velado de punir todo o corpo docente,paraatingiraqueles/asquenã ose enquadram nos indicadores avaliativos, mé todos ou rituais administrativos. Tudo isso sem analisar as condiçõ es oferecidas pela Instituiçã o, com docentes submetidos/asaumajornadaestressantedetrabalho, sem suporte té cnico-administrativo e comdesviosde inalidade,assumindocada vezmaisopapelburocrá tico. O Plano de Atividades Docentes (Padoc),já emsuaterceiraversã o,aexpansã o dacargahorá riaeagoraoCó digodeEtica sã o exemplos de sufoco à democracia na UFMS, em que o corpo docente clama por participaçã o, porque sã o os/as professores/asos/asmaisdiretamenteatingidos/as nasmudanças. Alé mdisso,aadministraçã osedistâ nciadadocê ncia,relutandoemparticipardo debate democrá tico, de apresentar suas argumentaçõ esedeconstruirprocessossob aná lisesmultifacetadas,capazesderesgatar ocompromissodetodasedetodosemtorno de uma proposta de valorizaçã o dos/as docentes e té cnicos/as administrativos/as, quedevemservistos/ascomoparceiros/as enã ocomoadversá rios/asnaconstruçã ode umauniversidadeplural,democrá ticaede qualidade, fortalecendo o papel social da UFMS,objetivoquedeveriaserperseguido portodos/as. 10 CampoGrande(MS),agostode2015 Jornal EstatutodaADUFMSdemocratizadoeatualizado MudançasconsolidamrepresentaçãodoSindicatonabaseterritorialdoscampi C onforme compromisso assumido, a direçã o da ADUFMS-Sindicato, em assembleia realizada em Campo Grande e nos campi do interior impulsionouaprimeirareformaestatutá riadagestã o AutonomiaSindical.Deformademocrá tica,comamplo processo de participaçã o da categoria desde maio, concretizamosasmudançasnecessá rias. Oprimeiroobjetivodasalteraçõ esfoigarantir a base territorial de representaçã o da ADUFMS nos municı́ p ios em que a UFMS tem campi. Essa medidapermitiuaobtençã odoRegistroSindical homologado pelo Ministé rio do Trabalho e Emprego (MTE), conquistando reconhecimento polı́ t icoejurı́ d ico. Comasmudanças,rati icou-seonomedaentidade: Sindicato dos Professores das Universidades FederaisBrasileirasdosMunicıp ́ iosdeCampoGrande, Aquidauana, Bonito, Chapadã o do Sul, Corumbá , Coxim,Naviraı,́NovaAndradina,Paranaıb ́ a,PontaPorã e Trê s Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul (ADUFMS–Sindicato). Entre as novidades, o novo estatuto permite a iliaçã odepensionistasque,mediantesindicalizaçã o, passam a ter direitos aos serviços oferecidos pela entidade, como Assessoria Jurı́dica, convê nios e utilizaçã o do espaço fı́sico disponibilizado pelo Sindicato. Para legitimar e facilitar as decisõ es, o quó rum paradeliberaçõ esemAssembleiaGeralfoialteradode 20% para 10%, democratizando a participaçã o e fortalecendo a representaçã o principalmente nos campi,ondeadi iculdadedemobilizaçã oé maior. Com o propó sito de evitar alguma tentativa de manipulaçã oeresguardaroamplodireitodeparticipaçã odacategoria,asmudançasnoEstatutodoSindicato só poderã oserrealizadasemassembleiaparaesse im especı́ ico.Oquó rum,nessecaso,mudoude2/3para 3/5,sendovedadaadiscussã osobreoutrospontosde pauta. Para as assembleias gerais convocadas por requerimento à diretoria, o quó rum icou em 10%, facilitandoopoderdo/aassociado/a,comexigê nciade nomın ́ imo10%dos/as iliados/asnocasodeassembleiasextraordiná rias.Parafusã o, iliaçã ooudes iliaçã odeentidadessindicais,oquó rummın ́ imoé de10%, comexigê nciade3/5devotosfavorá veis.Aconsulta eletrô nica foi suprimida, uma forma de garantir a participaçã o e a discussã o da categoria em assuntos pertinentesà entidadeeaomovimentosindical. Em casodedecisõ essobregreve,paralisaçõ es,estadode greve e outras maneiras de mobilizaçã o, o quó rum exigidopassaaserpormaioriasimples. Paragarantirmaiorrepresentatividadedoscampi dointerior,compõ emadiretoriaexecutivadirigentes sindicais que atuam nos campi de Aquidauana, do PantanaleTrê sLagoas.Asreuniõ esdadiretoriapara deliberaçã opoderã oserinstaladascompelosmenos 50%dosmembros. Na reforma do Estatuto, foram alteradas as atribuiçõ esdedirigentesresponsá veispelaformaçã oe relaçõ es sindicais e polı́ticas, bem como dos/das diretores/asdaentidadenoscampideAquidauana,do PantanaleTrê sLagoas.Aseleiçõ espararepresentantes sindicais acontecerã o de forma independente da chapa central, com cada unidade elegendo seu/sua representante.Antes,recebiamvotosounã oemtodos asunidades.Já oeditalparaeleiçã onaentidadedeverá serpublicadocomaantecedê nciamın ́ imadesessenta diaseamplamentedivulgado. ADUFMSdecontasabertas Praticandooquefoiassumidoemcampanha,apresentamosodemonstrativodereceitas edespesasdaADUFMS-Sindicato,devidamenteauditadopeloConselhoFiscal. Jornal CampoGrande(MS),agostode2015 11 Investimento Sindicatoreinaugura sedeemTrêsLagoas Fotos:ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato Eventoreuniuprofessores/as,alunos/as,técnicos/asadministrativos/as,seusfamiliares,seus/suasamigos/as eserviudeespaçoparamanifestaçãopolíticaemdefesadagreveedauniversidadepública A diretoria da ADUFMS-Sindicato reinaugurou no dia 20 de julho o pré dio da entidadeemTrê sLagoascomatividadede arrecadaçã o de recurso para o Fundo de Greve dos/das docentes da UFMS. De acordo com o professorJosé BatistadeSales,darepresentaçã o do Sindicato no Campus Trê s Lagoas (CPTLUFMS), foram investidos R$ 12 mil na reforma. Entreosserviçosrealizadosestã otrocadepiso, instalaçã odetoldos,pintura,reforçodomuroe eliminaçã oderachaduras. Mú sicas de variados gê neros, ao vivo, pronunciamentos sobre as greves, atuaçã o conjunta de docentes, estudantes e té cnicos administrativos,alé mdecongraçamentoentre esses trê s segmentos, amigos e parentes, marcaram a reinauguraçã o. Nã o faltaram o Arnor Ribeiro/ADUFMS-Sindicato Boteco da Greve, os caldos para arrecadar dinheiro de custeio das açõ es do movimento grevista e aquele bate-papo sobre assuntos diversos, incluindo o movimento sindical, conjunturanacional,polı́tica,arteeasituaçã o crı́ticadaUFMS. A sede da ADUFMS em Trê s Lagoas estava deterioradapelafaltadeconservaçã oemanutençã o. “Pensar no futuro. Nã o deixar chegar ao ponto a que chegamos”, asseverou o diretor da entidade,professorJosé BatistadeSales. Odiretor- inanceirodoSindicato,professor MarcoAuré lioStefanes,lembrouadedicaçã oda gestã odaADUFMSemTrê sLagoas.“Parabé ns aoprofessorSalespelotrabalhoderecuperaçã o!” Stefanes acrescentou a atuaçã o do movimentosindical“emdefesadauniversidadepú blica”eosentidodaatuaçã oconjuntade todosossetoresdaUFMS.“Paranó s,é importanteessecongraçamento.” Apreocupaçã odaatualgestã odaADUFMS com as pessoas ligadas à UFMS no Leste de MatoGrossodoSulfoiumdosaspectoscitados pelo novo diretor do CPTL, professor Osmar JesusMacedo.“Parabé nsaoSindicatoporesta conquistaepelacapacidadedeseusdiretores em manter um patrimô nio importante a esta comunidade.” Já que a noite era de caldo e, entre os assuntos das conversas, se destacava o movimentoparedista,arepresentantedaseccional doSindicatodosTrabalhadoresemEducaçã o da Fundaçã o Universidade Federal de Mato GrossodoSul,noEstadodeMatoGrossodoSul (Sista-MS),MariaLuizaTegon,fezumaanalogia para demonstrar as atividades conjuntas quevê msendodesenvolvidaspelacomunidadeUFMS.“Engrossandoocaldodagreve,quero conclamaracomunidadeacadê micadoCPTL, urgente!”, enfatizou. “Estamos todos juntos nessa luta”, assegurou o presidente da ADUFMS-Sindicato, professor José Carlos da Silva. Filie-se à Àesquerda:sindicalistasMarcoAurélioeAnaPaula. Àdireita:professorJoséAntonioMenoni(camisaazul) eoatualdiretordoCPTL,OsmarJesus • Assessoria Jurídica • Convênios mais vantajosos com a Unimed e a Uniodonto • Espaço para reuniões e festas • Informação sindical • Defesa da categoria e da universidade pública 12 CampoGrande(MS),agostode2015 Jornal Greve movimenta UFMS em todos os campi O ADUFMS-Sindicato movimento na UFMS ganhou forçanessesmaisdoismesesde greve. Desde a decretaçã o do estado de greve, no dia 26 de maio, o processo participativo das e dos docentes foi crescente, com atuaçã o expressiva no dia 10 de junho na decisã odeaderirà greve,quecomeçou dia15dejunho. Todaaconstruçã odomovimento neste perıo ́ do tem ocorrido de forma democrá tica,comampladivulgaçã odas assembleias semanais e discussõ es intensas conduzidas pelo Comando LocaldeGreve,abertoà participaçã ode todas e de todos, de forma voluntá ria. Os nomes das e dos integrantes do Comando foram homologados em Assembleia Geral e as reuniõ es vê m Docenteseestudantesduranteatoemdefesadoserviçopúblico acontecendo semanalmente. Simuldeensino,pesquisaeextensã o,expansã o,assistaneamente, a direçã o da ADUFMS-Sindicato tê nciaestudantil,condiçõ esdetrabalhoedefesa visitaoscampi,respaldandoacategoriapormeio daparidadesalarialentreativoseaposentados. deassessoriajurıd ́ ica,convê niomé dico,odontoCom a diretoria desenvolvendo uma nova ló gicoepromoçã odeeventosdeintegraçã o. prá tica sindical, baseada na discussã o e na Nagreve2015,acategoriavemdesenvolvenparticipaçã o coletiva, a greve da UFMS atingiu do agenda positiva, alicerçada na discussã o em 100%dos/asdocentes,causandoasuspensã odo tornodadefesadauniversidadepú blicaegratuisemestre e in luenciando o movimento em ta,reposiçã osalarial,reestruturaçã odacarreira, outrasuniversidades. Previdê ncia, inanciamentodoEstado,qualidade Em cima de propostas de inidas aconteceram diversas mobilizaçõ es, comarealizaçã odeassembleiasgerais todas as quartas-feiras, ato conjunto com té cnicas/os administrativas/os e alunas/os, passeata com as demais categorias do serviço pú blico federal, em Campo Grande, o 1º Encontro do Fó rum Permanente de Discussã o dos Problemas da UFMS, com o tema “A democracia na UFMS”, aulas pú blicas sobre temas como “Plano Nacional de Educaçã o: origem, desenvolvimento e avaliaçã o”,“Acriseeconô micamundiale aPrevidê nciaSocial:mitoseverdades”, “Aprecarizaçã odotrabalhodocentenas universidadesfederaisbrasileiras”e“O retorno do pensamento perdido: a dualidade atual da economia polı́tica brasileira”. Mais aulas pú blicas estã o acontecendoemagosto. Houvetambé maorganizaçã odecinegreve, saraus na ADUFMS-Sindicato e na esplanada ferroviá ria, na Capital sul-mato-grossense, com apoiodegruposdeteatro,dançarinas/os,mú sicosdediversosestilosemovimentosculturais.A açã o voluntá ria fortaleceu e legitimou a greve peranteasociedade. ProtestoemBrasíliareúnemilhares depessoasemdefesadoserviçopúblico FotoreproduzidadoFacebookdaADUFMS-Sindicato ADUFMSsefazpresentenaspasseatasemfrenteaoMECeMPOG,emBrasília M ais de seis mil manifestantes de diversas categorias do funcionalismo pú blico e estudantes participaram no dia 22 de julho da Marcha dos Servidores Pú blicos Federais (SPFs) em Brasıĺia (DF). A atividade deliberada pelo Fó rum das Entidades Nacionais dos SPFs contou com a atuaçã o de caravanaintegradaporprofessoras,professores, alunas, alunos, té cnicas administrativas e té cnicos administrativos. As/os representantes d o s t rê s s e g m e n t o s d a U F M S t a m b é m participaramdaprimeiramobilizaçã onoDistrito Federal,ocorridanodia7dejulho,emfrenteao Ministé riodaEducaçã o(MEC). O intuito das atividades foi cobrar uma do Planejamento, Orçamento e Gestã o (MPOG), alé mdeprotestarcontraocortedeverbasparaa Educaçã o e demonstrar ao governo federal a insatisfaçã ocomaatualpolıt́icaeconô micaque, contrariando os compromissos assumidos em campanha, direciona parte expressiva do OrçamentodaUniã ode2015paraopagamento dosserviçosdadıv́idapú blica(47%).Defato,o valor escorchante dessa dıv́ida já deveria ser objeto de auditoria pelos ó rgã os responsá veis por iscalizar o cumprimento das leis e da Constituiçã oFederal. No ato de 22 de julho, servidores/as, advindos/as de diversos estados do paı́ s percorreram a Esplanada dos Ministé rios em audiê ncia, pedindo que a Secretaria-Geral da Presidê nciadaRepú blicainter iranointuitode avançar o processo de negociaçã o entre os/as servidores/as e a Secretaria de Relaçõ es de TrabalhonoServiçoPú blico,doMPOG. Apó samarcha,umacomissã orepresentativa do Fó rum das Entidades Nacionais dos SPFs participou de audiê ncia na Secretaria-Geral da Presidê ncia da Repú blica com objetivo de dar continuidadeaoprocessodenegociaçã osalarial fundamentadonoseixosdacampanhauni icada 2015dos/asservidores/aspú blicos/asfederais. Os/as servidores/as foram recebidos por José Lopez Feijó o, assessor-especial da SecretariaGeraldaPresidê nciadaRepú blica. A audiê ncia demonstrou a disposiçã o de d i á l o g o c o m o g o ve r n o , d e p o i s q u e a contrapropostadoMPOG,dereajustesalarialde 2 1 , 3 % p a r c e l a d o e m q u a t r o a n o s , f o i amplamente rechaçada pela categoria porque ignoraasperdasacumuladas(2010-2015)enã o leva em conta a in laçã o prevista para os pró ximosquatroanos. O crescimento da greve nas universidades e nas escolas té cnicas federais, alé m de outros segmentosdos/asSPFs,fezcomqueogoverno centralavançassenapropostaderealinhamento dos benefıćios, mas aqué m do desejado pelas categorias. Para o auxı́lio-alimentaçã o e o auxı́lio-saú de, sem reajuste há trê s anos, o governopropô scorreçã ode22,8%.Oprimeiro passaria a R$ 458 e o ú ltimo proporcional por faixa etá ria, sendo o mın ́ imo de R$ 101 e o má ximodeR$205.Já paraoauxıĺio-creche,desde 1995 sem correçã o in lacioná ria, o acú mulo representareajustede317%,variandodeacordo com os valores praticados em cada estado.