Conservante tóxico usado no cabelo

Transcrição

Conservante tóxico usado no cabelo
Letícia Crespo, nutricionista, farmacêutica, terapeuta floral e ortomolecular
Conservante tóxico usado no cabelo
Conservante (tóxico) vem sendo usado para amaciar e alisar os cabelos
Glutaral (glutaraldeído), substância tão nociva quanto o formol, sem que o usuário desconfie, vem sendo usado em salões
de cabeleireiros, no alisamento e amaciamento de cabelos. Assim como o formol, o glutaral é um conservante, não um
alisador. Em altas dosagens, além da destruição do fio capilar a longo prazo (ou não), pode causar queimaduras,
dermatites químicas, inflamações, coceira, descamação e reações alérgicas graves.
Está sendo acrescentado a cosméticos capilares para intensificar o efeito alisador e amaciante e tem sido encontrado
como princípio ativo de produtos alisadores, que na verdade são clandestinos, uma vez que esta substância não é
autorizada pela Anvisa com essa finalidade.
A inalação pode provocar desde sintomas de rinite alérgica e sinusites, até crises de bronquite e asma. Em casos
extremos, a chamada pneumonia química (que pode levar à morte). Como já foi dito, o glutaraldeído (popularmente
conhecido como glutaral) é um conservante, não um alisador - e só pode ser empregado em produtos cosméticos na
concentração máxima de 0,1%. No caso do formol, esse valor é de 0,2%. Na internet, circulam anúncios de produtos à
base de glutaral como alisador.
Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e diretor médico do Instituto do Cabelo, em São
Paulo diz : "Todos os dias recebo no meu consultório pacientes com fios destroçados e queimaduras no couro cabeludo,
decorrentes de alisamento malfeito" - Segundo o tricologista, além das substâncias inadequadas, causam problemas o
excesso de tempo na aplicação e as lavagens feitas incorretamente. O pior, é que é impossivel rastrear qual produto foi
utilizado, uma vez que o cabeleireiro não vai entregar o "segredinho" de seu trabalho e, às vezes, o cabeleireiro não sabe
que o produto usado no salão em que trabalha tem altas concentrações de substâncias tóxicas.
Normalmente, para atender clientes ansiosas por resultados, cabeleireiros (que não são tricologistas) usam produtos
que tem efeito momentâneo, mas que a longo prazo destoem, não só o fio como o couro cabeludo, isso quando não causam
danos muito mais graves para a saúde. Um exemplo simples e banal é o uso indiscriminado da henna - ela engrossa e
resseca o cabelo - mas muitas hennas que estão por aí são misturadas a quimicas que a tornam "amaciante". Amaciante
é o termo errado, uma vez que a verdadeira henna não pode sofrer nenhuma interferência de outra quimica - até um
shampoo ou condicionador um pouco mais forte em contato com cabelo que recebeu henna, acaba por destruir,
esfarelar e ressecar definitivamente o cabelo. O que ninguém fala, é que uma vez recebendo henna, nenhuma, mas
nenhuma química mesmo, nem a mais "ingênua" das químicas podem ser usadas naquele cabelo por um LONGO
tempo. O cabelo seco e crespo, principalmente, sería o mais afetado por hennas - o cabelo após um tempo ficaría
ressecado, sem vida, opaco e esfarelado.
Quem está passando por processos sérios com seus cabelos ou couro cabeludo, precisa urgente da assistância de um
TRICOLOGISTA (dermatologista, especializado em cabelo e couro cabeludo).
Denúncias
"Temos recebido denúncias do uso do glutaral como alisador", confirma a farmacêutica Érica França Costa, especialista
em regulação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
"Atualmente, há três ou quatro marcas em investigação", diz ela, lembrando que a adulteração de um produto registrado
é crime (por exemplo, adicionando glutaral) . Muitos salões podem pegar uma marca registrada e, clandestinamente
adicionar glutaral para ter um efeito imeditado - e isso é crime. O usuário pensa estar usando um produto e na verdade
está recebendo outro - isso é dificil identificar (só mesmo em caso de flagrante, em que o produto que está sendo
aplicado seja levado para análise). Em caso de dúvida, no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) é possível consultar
informações sobre produtos. A agência também dispõe de uma ouvidoria para denúncias.
Altas concentrações
Segundo o tricologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, todos os alisadores
quebram a queratina [a proteína do cabelo]. "O quanto vai quebrar é dose-dependente, ou seja, em altas concentrações
pode destruir tudo e ficar impossível reconstruir", diz. "Isso acontece porque as pessoas acabam ultrapassando as
concentrações permitidas."
Usado como conservante e na concentração permitida, o glutaral não causa danos à saúde. Entre as substâncias que
podem ser empregadas como alisadores, estão o hidróxido de sódio, o hidróxido de cálcio e o tioglicolato de amônia.
Segundo o tricologista Arthur Tykocinski, mesmo os alisadores permitidos pela Anvisa agridem os fios. "Eles abrem a
cutícula, a camada mais externa, e mudam a estrutura química do cabelo", explica. De acordo com especialistas, o ideal
é esperar três meses entre cada aplicação - mas nesse interim, você sabe exatamente o que seu cabeleireiro passa no
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Produzido em: 30 September, 2016, 08:57
Letícia Crespo, nutricionista, farmacêutica, terapeuta floral e ortomolecular
seu cabelo para deixá-lo "momentâneamente" com "boa" aparência" ?!!
Fonte: Consulfarma (por Dona Brasil)
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