Belém – Pará 2016 Roberto Hiroshi NAKATA Alexandre Silva
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Belém – Pará 2016 Roberto Hiroshi NAKATA Alexandre Silva
Roberto Hiroshi NAKATA Alexandre Silva MOTTA Felipe Bringel LEITE Thalys Alexandro de OLIVEIRA Mateus de Souza CASIMIRO Fábio José HIPÓLITO Ferreira ENSAIO PRESSIOMÉTRICO Belém – Pará 2016 1 Roberto Hiroshi NAKATA Alexandre Silva MOTTA Felipe Bringel LEITE Thalys Alexandro de OLIVEIRA Mateus de Souza CASIMIRO Fábio José HIPÓLITO Ferreira ENSAIO PRESSIOMÉTRICO O trabalho intitulado ENSAIO PRESSIOMÉTRICO, de autoria de Roberto Hiroshi Nakata, Alexandre Silva Motta, Thalys Alexandro De Oliveira Soares , Mateus De Souza Casimiro , Fábio José Hipólito Ferreira e Felipe Bringel Leite, foi aprovado na modalidade Comunicação Oral, para apresentação no evento VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil a ser realizado de 02 de maio de 2016 a 06 de maio de 2016. Belém – Pará 2016 2 SUMÁRIO 1-RESUMO 4 2 – INTRODUÇÃO 4 3 – EVOLUÇÃO HISTÓRICO 5 4 - ENSAIO PRESSIMÉTRICO 7 4.1 Pressiômetro de pré-furo 7 4.1.1 -Ensaios Pressiométricos Menárd 7 4.2 - Pressiômetroautoperfurante: 8 4.3 - Pressiômetro de cravação 8 5 – UTILIZAÇÃO 9 5.1 – Pressiômetro do tipo PBPMT 9 5.2 - Pressiômetro do tipo SBPMT 11 5.3 - Pressiômetro do tipo CPMT 13 5.4 – Pressiômetro para pavimentos 13 6 –METODOLOGIA DO ENSAIO 14 6.1 - 8.1 – Calibração 16 7 - APLICAÇÕES 17 8 – VANTAGENS E DESVANTAGENS 17 8.1 - Vantagens 17 8.2 – Desvantagens 17 9 – Ensaios 17 9.1 - Ensaios de perda de pressão (PC) 17 9.2 -Ensaios de perda de volume (VC) 18 9– CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 10 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 19 Belém – Pará 2016 3 1 -RESUMO A construção civil, atualmente, está, cada vez mais, explorando recursos sustentáveis e econômicos para serem aplicados tanto na parte construtiva, quanto na parte de acabamento ou em outros. O trabalho tem o objetiva de apresentar o ensaio pressiométrico, assim como a evolução do mesmo ao longo de várias décadas, mais especificamente dos equipamentos pressiométricos. Além disso, será ainda dada especial atenção à metodologia de ensaio e à calibração do equipamento, de acordo com a norma ASTM. Desenvolvido na França na década de 50, os ensaios pressiométricos tipo Ménard (PMT) consistem na inserção em um pré-furo de sonda pressiométrica e deformação radial de membrana por meio de inserção de gás nitrogênio. Esses ensaios são fundamentais para qualquer tipo obra da construção civil, pois é uma descoberta da caracteristica das contições do solo. 2 - INTRODUÇÃO O ensaio pressiométrico é um ensaio efectuado “in situ”, consistindo o mesmo na introdução de uma sonda cilíndrica dentro de um furo aberto no solo, e na aplicação de uma pressão que levará à expansão da sonda - Fig. 1, tendo como consequência uma compressão horizontal do solo na zona envolvente. Fig. 01 Belém – Pará 2016 4 Deste ensaio obtém-se uma relação entre a pressão lateral aplicada P no solo (tensão radial σrr na parede da cavidade) e o respectivo incremento do raio da cavidade relativamente ao seu raio inicial ∆R0/R0 (deformação circunferencial εθθ na parede da cavidade), ou seja, o ensaio fornece uma curva tensão-deformação “in situ” para o solo à profundidade ensaiada. A interpretação das curvas pressão volume (P-V) provenientes do ensaio permitem a obtenção de um módulo pressiométrico e de uma pressão limite, daí que se refira a este aparelho como o único que fornece, a partir de um ensaio "in situ", uma característica de deformabilidade e uma característica de resistência do solo. Verifica-se no entanto que, o módulo pressiométrico e a pressão limite não correspondem a características mecânicas intrínsecas do solo, uma vez que dependem, não só do tipo de terreno como também do equipamento utilizado e ainda do modo de realização do furo e do operador do aparelho. Assim sendo, também os valores obtidos para a capacidade de carga e assentamentos da fundação sofrem de várias imprecisões, função dos coeficientes empíricos utilizados (Monnet e Chemaa, 1994). Os ensaios realizados “in situ” visam reconhecer o terreno de fundação, avaliar suas características de resistência, deformabilidade e devem ser realizados diretamente sobre o maciço de solo ou de rocha. 3 – EVOLUÇÃO HISTÓRICO A criação do primeiro pressiómetro PBPMT é atribuído a Kogler, em 1933 na Alemanha, no entanto este não levará a sua ideia por diante e será Ménard, em 1955 na França, que desenvolverá e construirá realmente o pressiómetropré-perfurador e o primeiro que conseguirá obter as propriedades de deformação do solo “in situ” a partir do ensaio, sendo por isso considerado como o inventor e “pai” deste equipamento. Fukuoka, em 1959 no Japão, desenvolve um outro pressiómetro PBPMT que lhe permitirá determinar o módulo de deformabilidade horizontal do solo (Briaud, 1992). Nesse mesmo ano, Ménard introduzirá uma modificação no seu pressiómetro, passando a proteger a sonda, a qual fica envolta numa camisa cilíndrica. Belém – Pará 2016 5 Em 1963, e com base na experiência adquirida, Ménard publica as primeiras equações e tabelas que relacionam os resultados do ensaio pressiométrico com o assentamento das fundações directas e a capacidade de carga das mesmas (Ménard, 1963). Numa tentativa de aperfeiçoar o procedimento do ensaio, Jézéquel, em 1965, desenvolverá no “LaboratoiredesPonts et Chaussées”, na França, o primeiro pressiómetro SBPMT (Jézéquel et al, 1968). Este pressiómetro, de Jézéquel, é igualmente designado por “PAF” (PressiometreAutoforeur) e tem sofrido várias melhorias ao longo dos anos. Em 1966, Suyama, Imai e Ohyapertencentes á empresa Japonesa “Oyo Corporation” criarão dois tipos de pressiómetros PBPMT, sendo eles o “Lateral LoadTester “ e o “Elastmeter 100” (Oyo Corporation, 1983). Já na década de 70, mais precisamente em 1971 Wroth e Hughes desenvolverão na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o pressiómetro SBPMT “Camkometer” (Wroth e Hughes, 1973), o qual é actualmente comercializado pela “Cambridge In Situ”. Mais tarde, em 1975, a “BuildingResearch Establishment” no Reino-Unido procede ao fabrico, com o intuito de ser utilizado em plataformas pretolíferas, o primeiro PSPMT (Wroth, 1982). Por sua vez no Canada, em 1978, é desenvolvido por Briaud e Shields um pressiómetro de pequenas dimensões para fins de dimensionamento de pavimentos, o qual é conhecido por “Pencell” (Briaud, 1979). Nesse ano, em França, o “InstitutFrançaisduPétrole”, concebe o “PAM”. Este é um pressiómetro SBPMT utilizado para fins de investigação em plataformas pretolíferas. Ao mesmo tempo é publicado o livro de Baguelin, Jézéquel e Shields com o título “Pressuremeterand Foundation Engineering” (Baguelin et al, 1978). Briaud e os seus colegas da “Texas A&M University” desenvolverão em 1982 o pressiómetro “Texam”, actualmente comercializado pela “Roctest”. Também nesse ano, em França, as equipes do “LaboratoiredesPonts et Chausses” e do “Techniques Louis Ménard” trabalharão em conjunto e criarão o “LPC-TLM”. Este é um pressiopenetrómetro com cone e é destinado à caracterização dos maciços nas zonas pouco profundas das plataformas petrolíferas. Belém – Pará 2016 6 4 -ENSAIO PRESSIMÉTRICO Existem diferentes procedimentos para instalação da sonda pressiométrica no interior do solo. Estes procedimentos foram desenvolvidos com o objetivo de reduzir ou eliminar os possíveis efeitos de amolgamento gerado pela inserção da sonda no terreno e, também, com o objetivo de adaptar melhor a técnica de ensaio às diferentes condições do subsolo. - Pressiômetro de pré-furo; - Pressiômetro autoperfurante; - Pressiômetro cravado. 4.1 Pressiômetro de pré-furo A sonda é inserida em um furo de sondagem previamente escavado. Exige cuidados especiais para evitar a perturbação do solo decorrente do processo de escavação (qualidade do ensaio). 4.1.1 -Ensaios Pressiométricos Menárd Os ensaios pressiométricos tipo Menárd (PMT) consistem na inserção em um pré-furo de sonda pressiómetrico e deformação radial de membrana por meio de inserção de gás nitrogênio. O ensaio é basicamente realizado através de uma sonda cilíndrica dentro de um furo aberto no solo, e nela é aplicada uma pressão que levará à expansão da sonda comprimindo o solo no sentido horizontal que medirá as variações de pressões e volumes ocorridos com a deformação do solo. Belém – Pará 2016 7 4.2 – Pressiômetro autoperfurante Este ensaio visa minimizar os efeitos de perturbação do soloao redor da sonda, gerados pela inserção do equipamento no terreno. Um tubo de parede fina é cravado no solo enquanto as partículas de solo deslocado pelo dispositivo são fragmentadas e removidas para a superfície por fluxo de água. A operação requer uma equipe altamente treinada que, para cada tipo de solo, selecione simultaneamente a pressão vertical necessária à cravação, a posição e velocidade de rotação da sapata cortante e a pressão no fluido de lavagem. Monitoração eletrônica – pressão de cavidade, deslocamentos e poro pressões 4.3 - Pressiômetro de cravação - a cravação do pressiômetro no terreno é forçada por meio de procedimentos de cravação. Entre as diferentes técnicas destaca-se o cone-pressiômetro (CPMT), no qual o módulo pressiométrico é montado diretamente no fuste de um cone. Belém – Pará 2016 8 O procedimento de ensaio consiste na interrupção da cravação do cone em cotas pre-estabelecidas, nas quais procede-se à expansão da sonda pressiométrica. 5 – UTILIZAÇÃO 5.1 – Pressiômetro do tipo PBPMT Hoje em dia existem essencialmente quatro pressiómetros do tipo PBPMT diferentes. O primeiro tipo considera a sonda dividida em três células, sendo a central onde se efectuam as medições e as outras duas de guarda para isolarem a célula central dos efeitos de extremidade existentes. A aplicação da pressão nestas células é realizada, respectivamente, pela introdução de um gás nas células de guarda e pela introdução de água na célula central. Estas pressões são conseguidas recorrendo a garrafas de gás (nitrogénio) comprimido. Belém – Pará 2016 9 A membrana de borracha que envolve a sonda está protegida de eventuais problemas de perfuração por sobreposição de tiras estreitas de aço. As leituras do aumento de volume são obtidas através de manómetros de pressão. São exemplo deste tipo de equipamento o pressiómetroMénard. PressiómetroMénard GC O segundo tipo é em tudo idêntico ao primeiro, com a excepção de que a sonda é composta por uma única célula, a qual apresenta comprimento suficiente grande para que os efeitos de extremidade se considerem negligáveis. Este é o caso do “Lateral LoadTester - LLT” de Oyo. Belém – Pará 2016 10 Pressiómetro “LLT” de Oyo O terceiro tipo é muito parecido com o segundo, sendo a diferença dada pelo modo de aplicação da pressão de água na sonda, a qual neste caso é realizada por um macaco que irá actuar sobre um pistão e que forçará a entrada de água na sonda. A medição do aumento de volume é dada pela leitura da distância percorrida pelo pistão ou então pela contagem e registo das voltas efectuadas pelo parafuso do macaco, sendo a medição da pressão obtida do manómetro de pressão O pressiómetro “Texam” da “Roctest” é um exemplo deste tipo que equipamento. Pressiómetro “Texam” da Roctest Finalmente o quarto pressiómetro deste tipo, o “Tri-Mod”, também da “Roctest”, assemelha-se ao segundo tipo acima mencionado, mas o elemento que garante o aumento de volume da sonda será gás e não água. 5.2 - Pressiômetro do tipo SBPMT Actualmente existem três pressiómetros do tipo SBPMT diferentes. No primeiro tipo de pressiómetro, o instrumento que efectua o corte no solo é alimentado por um pequeno motor incorporado dentro da sonda. A célula é única, sendo a dilatação da mesma efectuada por aumento da pressão da água. Esta pressão é aplicada do mesmo modo que descrito em 3.1, assim como o sistema de leituras. Belém – Pará 2016 11 Pressiómetro “PAF 76” do LCPC O pressiómetro do “LaboratoiredesPonts et Chaussées”, designado por PAF 76, é um equipamento do tipo acabado de descrever. No segundo caso o elemento de corte é alimentado a partir da superfície através da rotação das hastes de furação interiores. A sonda contínua a ser constituída apenas por uma única célula, no entanto a pressão é exercida por um gás, sendo o aumento do raio da sonda dado por três fios eléctricos situados a meio da sonda. A pressão é medida não só através de transdutores de pressão localizados na sonda como também por manómetros de pressão, podendo-se ainda medir as pressões intersticiais durante o ensaio através da colocação de transdutores de pedras porosas as quais são coladas à membrana que envolve a sonda. Um exemplo deste tipo de pressiómetro é o “Camkometer” da “Cambridge In Situ”. “Camkometer” de Cambridge Belém – Pará 2016 12 O terceiro tipo de pressiómetro é semelhante ao primeiro, sendo a única diferença entre eles dada pelo modo de furação do solo, a qual é, neste caso, realizada a partir da superfície pela rotação das hastes interiores. O “Boremac” é um pressiómetro deste tipo, verificando-se que na realidade este não é mais do que a versão do “Texam” com um sistema de autofuração anexado. 5.3 - Pressiômetro do tipo CPMT Existem diversos tipos de pressiómetros deste género, ou seja, com cone. Com este equipamento pretende-se conjugar as vantagens do ensaio CPT, “Cone Penetration Test”, com as do ensaio pressiométrico, PMT. Assim, obtêm-se os perfis, em profundidade, da resistência de ponta oferecida pelo solo, e uma vez atingida a cota pretendida para a realização do ensaio pressiométrico para-se a penetração e procede-se à expansão da sonda. No caso da penetração ser estática, esta é efectuada à razão de 20 mm/s, tal como sucede no ensaio CPT. No caso contrário, ou seja se a penetração é dinâmica, então é deixado cair um peso com uma certa massa a partir de uma determinada altura de queda. 5.4 – Pressiômetro para pavimentos Os materiais das camadas dos pavimentos e suas características de deformabilidade, podem de igual ser determinadas com base em ensaios pressiométricos. Neste tipo de equipamento a sonda apresenta um comprimento relativamente pequeno e como tal também o seu diâmetro será menor (aproximadamente 33 mm), por forma a garantir-se que os efeitos de extremidade são desprezáveis. O facto do comprimento da sonda ser inferior prende-se com a necessidade de ensaiar separadamente as camadas que constituem o pavimento, conseguindo-se desse modo obter as características individuais de cada uma delas. Estes Belém – Pará 2016 13 ensaios são realizados em furos previamente executados, estando por essa razão inseridos no grupo dos pressiómetros PBPMT, usualmente designados por minipressiómetros. 6 –METODOLOGIA DO ENSAIO Após efectuada a calibração do equipamento procede-se à realização do ensaio pressiométrico, sendo a profundidade ou cota deste correspondente à profundidade a meio da sonda. Durante o ensaio, e tal como referido na calibração da membrana, a sonda pode ser expandida em séries de incrementos de igual pressão (método A) ou de igual volume (método B). No caso de se utilizar o método A então será necessário antecipar a pressão máxima que o solo a ensaiar pode suportar, a qual pode ser estimada com base no Quadro I. Os incrementos de pressão deverão ser todos iguais, sendo o seu valor de sensivelmente um dez avos (1/10) do valor estimado para a máxima pressão aplicável ao solo. Cada incremento de pressão ΔP é aplicado durante 1 minuto, além do tempo necessário para que ele atinja o patamar de pressão pretendido, o que significa que teoricamente o ensaio estaria concluído ao fim de aproximadamente 10 minutos. Na realidade verifica-se que a pressão máxima do solo é atingida entre os 7 e 14 incrementos. Quadro I – Estimativa do valor da pressão máxima de um solo (Briaud, 1992) As leituras do volume injectado correspondentes a cada ΔP deverão ser efectuadas aos 30 segundos V30 e 60 segundos V60 (1 min). Destas leituras resultarão Belém – Pará 2016 14 dois gráficos, em que um deles traduz a relação entre a pressão aplicada e o volume final injectado V60, e o outro traduz a relação entre a pressão e a diferença de volume registada entre os 60 e 30 segundos (V60-V30). Deste último gráfico – Fig. 14, o que indica a evolução de V60- V30 com o nível de pressão, é possível retirar o valor de pressão para o qual o solo entra em cedência P y, que tem início quando a curva sofre um aumento significativo de V60-V30 (ponto). Relaçãp de P com V60-V30 No caso do método B, os incrementos de volume são iguais a um quarenta avos de V0 (V0/40), sendo o tempo de aplicação de cada patamar de volume de 15 segundos, além do tempo necessário para que seja atingido o volume pretendido. Para cada incremento de volume faz-se a leitura da pressão correspondente ao fim dos 15 segundos P15, e com estes valores traça-se a curva que traduz a evolução do volume injectado com a pressão. A sonda atinge o dobro do seu volume inicial após 40 incrementos de volume, ou seja passados aproximadamente 10 minutos (40 x 15s = 600 s). Faz ainda parte do procedimento habitual efectuar-se um ciclo de descargarecarga na parte final do troço linear da curva pressiométrica, a qual é perceptível se se tiver em atenção a evolução dos incrementos de volume ΔV60 no caso do método A, ou os incrementos de pressão ΔP15 no caso do método B. Estes incrementos mantêm-se sensivelmente constantes durante a fase de ensaio que corresponde à parte linear da curva, sofrendo um aumento ou decréscimo assim que ocorra a cedência do solo. Belém – Pará 2016 15 6.1 – Calibração Norma ASTM (4719-87); Ele fornece uma resposta de tensão-deformação do solo “in situ”; Os resultados deste método de ensaio é dependente do grau de perfuração do furo de sondagem e a inserção de sonda; Os resultados deste método de ensaio é dependente do grau de perturbação e sondagem. Belém – Pará 2016 16 7 - APLICAÇÕES -Fundações Superficiais; -Fundações Profundas; -Estacas Carregadas Axialmente; -Estacas Carregadas Lateralmente. -Escavações Profundas; -Estruturas de Contenção; -Estabilidade de Taludes; 8 – VANTAGENS E DESVANTAGENS 8.1 - Vantagens: - Comportamento Tensão-Deformação In Situ; -Rapidez, Simplicidade e Economia; -Baixo Grau de Amolgamento; -Análise Racional. 8.2 - Desvantagens: -Oferece apenas medidas de Propriedades Horizontais do solo. 9 - Ensaios: 9.1 - Ensaios de perda de pressão (PC) Ocorrem devido à rigidez das paredes da sonda. Belém – Pará 2016 17 9.2 -Ensaios de perda de volume (VC) Quando se trabalha com valores elevados de pressão, é natural que ocorram aumentos de volume no sistema em razão da dilatação das tubulações internas e das mangueiras que fazem a ligação entre a caixa de monitoramento. 10– RESULTADOS FINAIS NA PESQUISA De acordo com a mais recente classificação atribuída a ensaios “in situ”, e analisando os tipos de ensaios que estão associados às diversas categorias, constata-se que o ensaio pressiométrico encontra-se inserido na 2ª categoria (Gambin, 1995; Stille et al, 1968): "2ª categoria – Inclui os ensaios que fornecem grandezas mecânicas com Belém – Pará 2016 18 um sentido prático para a engenharia e cujos resultados podem ser interpretados com base em modelos de teorias simples." Como tal, e considerando a classificação referida, é possível, com base neste ensaio e nos seus resultados, curvas pressiométricas, obter uma identificação do solo ensaiado e consequentemente algumas das suas características, daí que o ensaio pressiométrico seja bastante versátil. O ensaio pressiométrico é fundamental para analisar as características de resistência e deformabilidade dos solos ou rochas, assim, compreendendo o solo podemos elaborar um projeto adequado para o tipo de solo. Algo essencial, já que o solo que irá sustentar a estrutura. 11 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ASTM Standard D4719-87. (1988). “Standard Test Method for Pressuremeter Testing in Soils”. Annual book of ASTM Standards. American Society for Testing and Materials. Vol. 04.08. Philadelphia. Galera, 2005 (Monnet e Chemaa, 1994). BaguelinF.; JézéquelJ.F.; Shields D.H. (1978). “The Pressuremeter and Foundation Engineering”. Series on Rock and Soil Mechanics - Vol. 2, nº4 - first edition. Trans Tech Publications. 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