Revista Fecomércio - Maio
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Revista Fecomércio - Maio
Revista do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XVIII nº 204 Maio de 2015 Dificuldades econômicas acentuam a crise no comércio e número de lojas fechadas é recorde no DF Entrevista // Pág. 8 Andrew Parsons Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro Plano de Saúde Coletivo por Adesão. Empregador do Comércio: na Qualicorp você tem excelentes opções para cuidar da saúde, pelo melhor preço.1 Planos de saúde coletivos por adesão são aqueles disponibilizados para pessoas de uma mesma categoria profissional ou área de atuação, por meio de sua entidade de classe. É o seu caso, Empregador do Comércio associado à FECOMÉRCIO-DF. Líder nesse mercado, a Qualicorp trabalha com transparência para você ter cada vez mais acesso à saúde de qualidade. Antes de escolher seu plano, converse com a Qualicorp. A Qualicorp utiliza a força da coletividade para ajudar você a cuidar da sua saúde. 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A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2015. registradora [email protected] Raphael Carmona Transparência O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, um dos 17 integrantes do Conselho de Transparência e Controle Social do DF, participou no dia 8 de abril, da primeira reunião do grupo. De acordo com ele, faltam informações por parte do governo. “Precisamos ter números para examiná-los nas vésperas de cada um dos encontros, como receita, despesa, origem dessas receitas, destino das despesas, contratos, licitações”, comentou. As reuniões serão mensais e a próxima está marcada para 13 de maio. Compras via celular Em 2014, o Centro-Oeste registrou aumento de mais de 200% nas compras realizadas pelo celular e de mais de 100% nas transações via tablet. Além de comprar, os consumidores do DF e do Goiás utilizam seus dispositivos móveis para pesquisar produtos (61%), comparar preços (42%) e realizar pagamentos das compras (39%). O preço mais baixo ainda é o principal motivo para comprar online para a maioria (64%) dos entrevistados no DF e Goiás. Esses resultados fazem parte do recorte regional da pesquisa Total Retail 2015, feita pela PwC. COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar Editor de Fotografia: Cristiano Costa Fotógrafo: Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Beleza salgada Errata Ao contrário do que foi publicado na última edição, a matéria “Facilidade para comerciários” é assinada por Andrea Ventura. @fecomerciodf 4 Revista Fecomércio DF A partir de maio, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidirá na distribuição de cosméticos, que inclui os custos indiretos de inserção do produto no mercado varejista. Perfumes, maquiagens, tinturas, entre outros, sofrerão aumento de 12% em média. Com a medida, o governo arrecadará R$ 1,5 bilhão por ano — dos quais 51% ficarão com a União e o restante, com estados e municípios. /fecomerciodf fecomerciodf.com.br Projeto Gráfico Gustavo Pinto e Anderson Ribeiro Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Gustavo Pinto Revisora: Fátima Loppi Impressão: Ediouro Gráfica Tiragem: 60 mil exemplares REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328.8046 [email protected] maio 2015 34 24 8 Negócio fechado Crise econômica afeta o comércio, que está sendo obrigado a fechar as portas Entrevista Andrew Parsons Artigos Talento para as empresas Empresários aprendem a inovar em cursos que valorizam a criatividade 18 Economia Raul Velloso 20 Doses Econômicas Ronalde Lins 50 Agenda Fiscal Adriano Marrocos 54 Direito no Trabalho Lirian Soares Colunas Cristiano Costa 16 Gastronomix Rodrigo Caetano 22 Gente Silvia Melo e Luciana Corrêa 26 Vitrine Taís Rocha 56 Tecnologia Renato Carvalho e Maximo Migliari Seções 30 Bicicletas em alta É crescente o número de negócios na cidade que usam a bike como meio de transporte 55 Empresário do Mês 52 Caso de Sucesso 62 Pesquisa Conjuntural 66 Pesquisa Relâmpago Revista Fecomércio DF 5 CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida José Geraldo Dias Pimentel Glauco Oliveira Santana Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Francisco Valdenir Machado Elias DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sérgio Lúcio Silva Andrade Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATO ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500 6 Revista Fecomércio DF editorial Comércio no vermelho Com uma economia em retração desde 2014 - quando o comércio apostou na Copa do Mundo e pouco lucrou -, novamente no final do ano, o Natal foi mais esperado do que nunca e... decepcionou! As vendas de dezembro tiveram queda de 5,16% no acumulado de 12 meses e fecharam o ano no vermelho. É possível que os consumidores tenham reservado parte da renda para atender às obrigações tributárias de início de ano. Isso sem falar do desgaste econômico que os servidores do GDF passaram, ao terem seus salários parcelados e pagos com atraso. Sendo assim, a principal data para o comércio no primeiro semestre, o Dia das Mães, reacendeu a esperança nos empresários. Só que, infelizmente, muitos não conseguiram segurar os aluguéis altos, o reflexo no aumento no número de famílias endividadas e tiveram que fechar suas portas antes mesmo de comemorar uma possível retomada nas vendas com a data. Além da situação econômica desfavorável, há empresários que levantam questões como falta de segurança, estacionamentos escassos, burocracia. O fato é que a situação é grave nas ruas do DF. Em dezembro último, 7.642 lojas foram fechadas, o que representa 16,16% do total de empreendimentos do DF. Em apenas um mês, a Asa Norte teve 1.561 lojas fechadas. Cada loja fechada representa, em média, cinco pessoas desempregadas. A sociedade organizada vem pensando soluções para essa cri- se no âmbito do comércio, como a proposição de cobrança menor de IPTU para lojas abertas e maior para lojas fechadas. Mas acredito que o comércio não precisa apenas de incentivos e desburocratização. É preciso, por exemplo, mais segurança pública nas ruas, já que boa parte do movimento de clientes está nos shoppings, onde há mais segurança. Nós, do comércio, sabemos que gerar emprego e renda é uma função da iniciativa privada. Não cabe ao Estado ter a missão de abrir postos de trabalho. Em contrapartida, é tarefa do governo criar condições favoráveis para que os empresários possam desempenhar seu papel, estimulando o ambiente produtivo e eliminando tudo o que atrasa a economia brasiliense. Enfim, é com esperança que espero trazer boas-novas nos próximos meses, acreditando que a crise econômica na qual nosso País se encontra seja passageira e não afete profundamente a atividade do comércio no DF em médio e longo prazo. A principal data para o comércio no primeiro semestre, o Dia das Mães, reacendeu a esperança nos empresários Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Revista Fecomércio DF 7 entrevista Para além do esporte //Por Taís Rocha Fotos: Cristiano Costa Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e vice-presidente do Comitê Executivo do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), Andrew Parsons, fala nesta entrevista sobre a meta do Brasil terminar os Jogos Rio/2016 como a quinta melhor potência do mundo. Além disso, cita que um dos legados que os Jogos Paralímpicos Rio 2016 deixarão é a acessibilidade. O Brasil é uma das potências do esporte paralímpico mundial. Ficou em 9º lugar em Pequim/2008 e em 7º em Londres/2012. O senhor acha factível que atinjamos a meta do 5º lugar nos Jogos Rio/2016? Essa meta foi estabelecida em 2009, quando fizemos o planejamento estratégico para dois ciclos paralímpicos. Digo que ela é factível sim, mas igualmente agressiva. Precisamos passar países que são potências esportivas, como Estados Unidos e Austrália, mas estamos trabalhando duro para isso. Incrementamos o que foi feito para Londres e amplificamos nossas estratégias, usando um conceito de fazer “não mais do mesmo, mas melhor do mesmo”. Otimizamos algumas questões, como a concentração geográfica. Temos um programa no qual concentramos os atletas, reduzindo, assim, o número de profissionais para treinar e atender mais atletas, concentrar os melhores atletas, os melhores profissionais e os melhores serviços em um único local. Estamos usando um centro em São Caetano (SP) e esse trabalho tem nos trazido bons resultados, o que indica a direção certa, sobretudo se observarmos o que chamamos de Geração pós-Londres, com nomes como Daniel Dias, André Brasil, Terezinha Guilhermina, atletas já consagrados e aqueles que ainda não eram medalhistas, mas já conseguiram resultados significativos depois de Londres. Essa renovação mostra que o nosso modelo está dando certo. São quantas as modalidades e quantos atletas participarão das Paralimpíadas? Como País anfitrião, estaremos presentes nas 22 modalidades dos Jogos. Esperamos uma delegação de cerca de 200 atletas. Em Londres, tivemos 180. A ideia é que nossa delegação seja a melhor de todos os tempos. Temos que fazer valer o fato de estarmos atuando em casa. Temos trabalhado com os atletas para que isso não se reverta em pressão de estar atuando em casa, mas que isso seja transformado em uma questão positiva. A ideia é que a pressão seja jogada para o lado dos adversários. Quem tem que sentir o baque de estar na nossa casa são os outros e não nós. O Comitê Paralímpico Brasileiro está montando, em parceria com o Ministério do Esporte, um centro de treinamento de ponta para os atletas paralímpicos, em São Paulo. Quando ficar pronto, o senhor acredita que ele pode ser um marco para o esporte paralímpico? Sim, certamente ele será um marco. Ele é fruto de uma parceria entre o governo do Estado de São Paulo, o governo federal e o CPB, ou seja, diferentes linhas políticas que conseguimos juntar em um projeto. Ele vai catapultar o esporte paralímpico a outro patamar. Talvez não tenha um efeito prático para 2016, mas será um legado para a geração que irá trabalhar para os Jogos de Tóquio/2020, que terá quatro anos de treinamento em um centro de alto nível, de tecnologia, com a melhor estrutura que existe no mundo, para 15 modalidades. Ele é um marco na questão técnica, mas também na conquista do esporte paralímpico brasileiro. Todos os nossos adversários têm centros de treinamento, com modelos diferentes. É um legado que será inaugurado antes mesmo do início dos jogos. “Ninguém ignora o fato da deficiência, mas há outros fatores que chamam mais a atenção. E é isso que queremos com as pessoas com deficiência de modo geral no Brasil. É preciso entender que elas têm uma característica sim, mas que é uma, entre milhares de outras. Não é a mais, nem a menos importante, mas é apenas uma” Além dos treinadores, comuns a todos os esportes, os paralímpicos envolvem ainda outros profissionais da área da saúde, professores, Revista Fecomércio DF 9 entrevista pesquisadores, fisioterapeutas. Como o Brasil está nesse quesito? Temos grandes profissionais, treinadores, preparadores físicos no Brasil que lidam tanto com a pessoa com deficiência, quanto com o atleta com deficiência. A Ciência do Esporte ajudou o Brasil a evoluir bastante nesse sentido desde Sidney, em 2000. Há uma forte aproximação com o meio acadêmico, com as universidades por meio de parcerias na produção do conhecimento e na realização de pesquisas na área das pessoas com deficiência. O Comitê organiza um congresso bianual que é hoje o maior do mundo em importância. Temos um pool de profissionais muito grande e bem preparado. É claro que o Brasil é um País com grandes desafios na área da integração da pessoa com deficiência. Acredito que o esporte paralímpico tem tornado o assunto mais palatável, debatido, tema de uma agenda nacional de debates. A parcela da população com deficiência no País não pode ser ignorada – pelo menos 25 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Ainda existe muito mito, muito preconceito. Sempre quando vamos fazer palestras e falar da prova que envolveu o sul-africano, Oscar Pistorius, e o brasileiro, Alan Fonteles, que desbancou o então favorito nos 200m rasos e levou o ouro em Londres, perguntamos à plateia o que ela viu na prova. As respostas sempre são: superação, velocidade, competição, alto nível, 10 Revista Fecomércio DF “Os jogos serão catalizadores, irão acelerar as mudanças, mas elas têm que continuar. É importante que o Brasil continue se tornando um País cada vez mais acessível. Esse sentimento coletivo de acessibilidade deve ser de todos nós” tecnologia, uma série de coisas. Eu nunca ouvi ninguém falar em deficiência. Mas ela está lá, é inegável. Ninguém ignora o fato da deficiência, mas há outros fatores que chamam mais atenção. E é isso que queremos com as pessoas com deficiência de modo geral no Brasil. É preciso entender que elas têm uma característica sim, mas que é uma, entre milhares de outras. Não é a mais, nem a menos importante, mas é apenas uma. Na opinião do senhor, qual o maior legado que os jogos paralímpicos deixarão para o País e para os brasileiros? O primeiro é essa mudança de percepção da realidade, um legado intangível. As crianças e jovens, com e sem deficiência, são foco importante para nós. Temos um projeto nesse sentido para que se vejam sem autopreconceito, sem criar limitações para elas mesmas. Queremos que os tomadores de decisão do futuro já cresçam com essa percepção modificada. Há o legado de transformação social – essa mais física. O município do Rio de Janeiro e o estado estão executando uma série de iniciativas para melhorar o sistema de transporte, já levando em consideração a questão da acessibilidade. Isso de certa forma é novo no País. Lá está sendo implementado o sistema via BRT, já visando à utilização dos cadeirantes, intersecção dos diferentes modais, essa integração entre um meio de transporte e o outro - BRT com ônibus, por exemplo, tem que ser acessível. Mas isso tem acontecido. Outro legado importante, relativo ao setor privado, é o setor de serviços, o dono de um restaurante, bar ou hotel que está prevendo e propiciando essa acessibilidade. É um mercado consumidor importante. Qual a dificuldade de construir a entrada de um estabelecimento acessível aos cadeirantes, ter um cardápio em braile e um cardápio em braile em inglês? E com isso transformar o Rio de Janeiro em um destino turístico acessível? Sim. Temos trabalhado com o governo nesse sentido, de traçar esse tipo de estratégia e realizála. Não é só acompanhar os jogos. Queremos comprometimento, mudanças, e que elas não acabem em 2016. Essa é uma preocupação nossa. Os jogos serão catalizadores, acelerarão as mudanças, mas elas precisam continuar. É importante que o Brasil prossiga se tornando um País cada vez mais acessível. Esse sentimento coletivo de acessibilidade deve ser de todos nós. Sabemos que a realidade do atleta profissional no País não é a ideal. Muitos têm que se dedicar a outras atividades e trabalhos para se manterem. Para os atletas com deficiência, isso pode ser ainda mais complicado. O Comitê tem algum projeto para qualificá-los e prepará-los para o mercado de trabalho fora das competições? Estamos desenhando um programa de transição de carreiras, visto que esse tema é algo crítico para todo atleta, sobretudo para o paralímpico, diante da dificuldade de inserção no mercado de trabalho da pessoa com deficiência de um modo geral. Se você alia a isso o fato do ex-atleta, que dedicou sua vida toda a treino-competiçãodescanso, fica mais difícil ainda. Muitas vezes ele não se capacitou e só vai pensar nisso quando a carreira dele efetivamente já terminou. Realizamos pesquisas com diversos atletas paralímpicos e todos foram unânimes em dizer que aqueles que não o fizeram, se tivessem tido a oportunidade de se preparar, o teriam feito. Eles encarariam esse momento de uma forma melhor. Estamos buscando uma série de parceiros – o Senac pode ser um parceiro fundamental nesse processo – para capacitar os atletas de hoje, que ainda estão atuando, para que, quando pararem, já tenham um caminho desenhado para sua carreira. foram aos Jogos de Atlanta/1996 para cá, como nosso público-alvo, para que possamos capacitá-los. Atualmente, estamos fazendo um raio-x deles – o que estão fazendo, onde estão morando, quais suas aptidões. Alguns, nesse momento pós-carreira, podem continuar no esporte, se tornar fisioterapeutas, treinadores esportivos. Mas muitos podem deixar o esporte e buscar outra profissão. As opções são infinitas, mas precisamos despertar neles a necessidade de planejamento e fornecer-lhes as ferramentas. Acredito que é aí que entra uma possível parceria com o Senac e o Sistema S de modo geral, que terão um papel decisivo. Já há algo concreto do Comitê quanto a isso? Temos uma parceria com a empresa de RH Adecco, que está nos auxiliando a traçar um perfil de quais as competências de cada atleta e que caminhos ele pode trilhar para ter opções de capacitação e prepará-los para o mercado de trabalho. O passo seguinte seria encaminhar esse profissional para o mercado de trabalho propriamente dito. Aliado a isso, com o atendimento à Lei de Cotas para Deficientes no Brasil, que ainda está longe de ser ideal, imaginamos que esse projeto é inovador e tem capacidade de melhorar, ser útil não só para os atletas, mas também para empresas e para o setor de serviços. Abrir esse leque de opções é fundamental. E quanto aos atletas que já pararam de competir? “Estamos buscando uma série de parceiros – o Senac pode ser um parceiro fundamental nesse processo – para capacitar os atletas de hoje, que ainda estão atuando, para que, quando pararem, já tenham um caminho desenhado para sua carreira” Sim, para eles temos outra ênfase. Delimitamos dos atletas que Revista Fecomércio DF 11 varejo Revitalizar é preciso //Por Luciana Corrêa Fotos: Raphael Carmona Shoppings tradicionais da cidade apostam em obras de revitalização para atrair mais clientes e aumentar as vendas B rasília surgiu no papel com uma arquitetura moderna e ousada para a época em que foi inaugurada, e ainda impressiona seus visitantes. Considerada uma cidade-monumento, muitos dos empreendimentos construídos após sua inauguração, tentam acompanhar essa modernidade. É dessa forma que os shoppings de Brasília colocaram a mão na massa. Mais do que acompanhar o mercado, sentiram a necessidade de investir em revitalização para manter os prédios com o perfil da cidade. O Taguatinga Shopping está na cidade desde novembro de 2000. Ao redor, não havia nenhum outro comércio quando inaugurado. Em 2008, com o crescimento da região, o local passou pela primeira grande obra de expansão, com investimento de R$120 milhões. Foram abertas 60 novas operações e duas torres comerciais, com 330 salas. “Sempre focamos em melhorias para o consumidor. Com novos empreendimentos na vizinhança, tanto comerciais quanto residenciais, nos vimos obrigados a fazer mais investimentos”, conta a superintendente, Eliza Maria Ferreira. Com isso, o centro comercial passou a ter um fluxo de movimento 15% maior vindo das torres, e o público geral aumentou em 10%. Eliza completa que foram gera- dos mais de 2.500 empregos diretos e acredita que indiretamente esse número seja três vezes maior. “Mas não podemos ficar apagados perto das belíssimas construções. Estamos com um novo projeto em fase final, com execução prevista para o segundo semestre de 2015”, conta. O valor das novas obras ficará em torno de R$ 27 milhões. A empresária, Carla Gonçalves Stival, há cinco anos tem lojas no shopping e é proprietária da Carmen Steffens Concept. Ela comemora as ampliações que trouxeram aumento no fluxo de clientes. “Vejo que pessoas têm comentado as mudanças, contentes com mais marcas, mais restaurantes e vagas no estacionamento também. Hoje, tenho um público de Águas Claras, Guará e a elite de Taguatinga, que passou a frequentar mais o shopping”, comemora Carla. Fachada do Venâncio Shopping 12 Revista Fecomércio DF RESULTADOS PERCEPTÍVEIS Ao completar 18 anos em 2015, o Pátio Brasil Shopping também está em processo de revitalização de suas estruturas. As obras no empreendimento iniciaram em 2014 e devem ser concluídas em 2017, com investimento de R$ 120 milhões. A modernização será em três etapas, uma delas internamente, nos banheiros, piso de alimentação, equipamentos, entre outros. As outras envolvem a fachada e mudança dos elementos de decoração interna. De acordo com o superintendente do centro comercial, Carlos Passos, já são perceptíveis os resultados positivos com apenas 40% do investimento aplicado. “Em novembro de 2014, tivemos a maior porcentagem de aumento de vendas dos últimos 36 meses. Há um processo de cumplicidade do público com a gente. O cliente tem se sentido mais valorizado. Fizemos uma pesquisa que nos mostrou que estamos no caminho certo”, conta. O empresário Júlio Cesar Alonso é proprietário de uma loja Cacau Show no Pátio Brasil há sete anos e apoia completamente o investimento que será feito. “O shopping precisa estar sempre em modernização e vejo que essa mudança trará bons resultados para todos. Os clientes já estão percebendo que está mais agradável andar nos corredores. A fachada será “Com novos empreendimentos na vizinhança, nos vimos obrigados a fazer mais investimentos” Eliza Maria Ferreira superintendente do Taguatinga Shopping a cereja do bolo para aumentar o movimento”, elogia. Júlio destaca ainda que as obras acabam atraindo novos empreendedores de peso e obrigando os lojistas antigos a se modernizarem também. “A minha loja já está com a roupagem mais moderna”, conclui. MAIS LOJAS Um dos mais tradicionais centros comerciais de Brasília, inaugurado há quase 40 anos, o antigo Venâncio 2000, fez avanços em vários sentidos. A modernização começou pela marca e agora se chama Venâncio Shopping Escritórios e Gastronomia. A nova roupagem vai custar R$ 200 milhões, investidos por meio de financiamento bancário e investidores varejistas e imobiliários. A revitali- “Os clientes já estão percebendo que está mais agradável andar nos corredores” Júlio Cesar proprietário de loja zação garante um espaço moderno, mantendo o perfil que já existe, o de oferta de diversos serviços. Além de alterações nas estruturas interna e externa, já em andamento, o espaço contará com novas atividades de varejo e alimentação. “A nossa localização é privilegiada e temos um movimento por conta dos serviços que oferecemos. Queremos trazer mais comodidade, com mais produtos, serviços e experiências de consumo para o consumidor que já frequenta nossos espaços e, é claro, conquistar novos frequentadores”, explica a gerente de Marketing Karine Pagotte. A ampliação aumentará a área bruta locável (ABL) para 15 mil m², e com a oferta de mais de 150 lojas. A estimativa é que sejam criados mais de dois mil novos empregos diretos e indiretos. Uma das novidades é a vinda do Outback Steakhouse. Na área gourmet haverá ainda Subway, Pacífico Sushi, Panelinhas do Brasil e Tostex. A psicóloga Josélia Moraes Queiroz trabalha no Venâncio há 9 anos, em uma empresa nas torres comerciais e elogia principalmente a praça de alimentação que já está pronta. “Está excelente e arejada. Bom porque eu não preciso mais sair daqui para almoçar. Hoje em dia está muito agradável ficar aqui”, elogia. Josélia acha importante o investimento. “A estrutura estava bem antiga e não estava bonita.” Revista Fecomércio DF 13 economia Indicadores do comércio //Por José Eustáquio Moreira de Carvalho A partir desta edição, a Revista Fecomércio terá uma coluna, sob a responsabilidade da Assessoria Econômica, em que serão analisados cinco indicadores de suma importância para o planejamento e acompanhamento do desempenho do setor de comércio no Distrito Federal: Endividamento e Inadimplência do Consumidor, Confiança dos Empresários do Comércio, Intenção de Consumo das Família e Taxas de Juros para Pessoas Jurídicas e Físicas. No geral, o primeiro trimestre de 2015 fechou sem grandes surpresas. Seguiu a tendência verificada nos dois últimos trimestres de 2014. Alguns resultados foram PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Março Fevereiro Inadimplência Dívida Total 14 Revista Fecomércio DF Março 2015 Janeiro 90,7 90,2 90,1 Cartão de Crédito Dívida impágavel piores do que apontavam as expectativas dos empresários e especialistas. Como tem sido a regra, a desconfiança na condução da economia e a ausência de horizontes das políticas de governo têm sido o principal motivado. A política de incentivo ao consumo via crédito, estabelecida para atenuar os efeitos da crise, teve repercussão negativa no comércio já a partir do início de 2014. O elevado nível de endividamento, a redução do poder de compra aliada à alta taxa de inadimplência, têm prejudicado o faturamento das empresas. Abaixo o quadro de desempenho dos principais indicadores da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). 0,0 0,1 0,3 7,8 7,6 8,1 82,2 81,4 80,9 Fonte: CNC Também seguiu a tendência de queda o Índice de Intenção de Consumo das Famílias. Em relação ao mês de fevereiro, o indicador global caiu 9,7 pontos, influencido pela queda maior nas famílias de renda até 10 salários mínimos (10,8 pontos). ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal Março Fevereiro Março 2015 Janeiro 115,1 122,1 124,6 Mais de 10 SM 99,1 109,9 112,8 Até 10 SM Taxax de Juros Pessoa Jurídica Conta garantida 104,1 113,8 116,6 Geral Dois outros fatores de grande influência, tanto do lado do consumidor quanto do empresário do comércio são as taxas de juros praticadas no País. Os valores nominais têm crescido constantemente desde o início de 2014, mais fortemente nos últimos seis meses. Na comparação deste trimestre, o destaque nas taxas para Pessoa Jurídica, ficou com a Conta Garantida, que atingiu o patamar de 116,29% em marçoa, subindo 9,54 pontos percentuais em relação a janeiro. No crédito à Pessoa Física, mais uma vez as taxas campeãs foram as do Cheque Especial (201,74% em março, contra 185,63% em janeiro) e do Cartão de Crédito (290,43% em março, contra 258,26% em janeiro). Março 38,32% 31,37% Fevereiro 37,51% 29,08% O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do DF (ICEC/DF), no mês de março, apresentou queda de 4,8 pontos no índice geral, em relação ao mês de fevereiro. Isoladamente chama a atenção a queda de 7,2 pontos na confiança nas condições atuais da economia. Janeiro 37,03% 28,32% Março Indicadores investimento Fevereiro Fonte: CNC 109,10% 106,75% Fonte: ANEFAC Taxas de Juros Pessoa Física Março 2015 Março Janeiro 128,2 131,2 134,8 Empréstimo pessoal bancos CDC Financiamentos automóveis Janeiro 138,71% 138,18% 135,53% Empréstimo pessoal financeiras 92,7 96,9 101,8 63,3 70,5 76,3 Fevereiro 59,00% 58,27% 55,55% 26,97% 26,68% 25,34% 201,74% 195,20% 185,63% Cheque Especial 290,43% 276,04% 258,26% Cartão de Crédito ICEC - Geral 116,29% Março 2015 Indicadores das expectativas Indicadores das condições atuais Capital de Giro Desconto de duplicatas SM: Salário Mínimo Fonte: CNC ICEC - Índice de Confiança Empresário do Comércio DF Março 2015 94,7 99,5 104,3 Juros do Comércio 82,48% 81,65% 78,56% Fonte: ANEFAC Revista Fecomércio DF 15 gastronomix Rodrigo Caetano http://bloggastronomix.blogspot.com [email protected] Jornalista e blogueiro www.facebook.com/sitegastronomix Frescos e bem preparados Cria de Brasília, o chef Lui Veronese começou cedo. Adolescente, trabalhou no Dom Francisco e no Piantella. Em 2009, formado em Cozinha Criativa na Espanha, estagiou no mítico El Bulli e no Arzak. Depois disso, foi chef de partida no catalão El Celler de Can Roca, o segundo no ranking da revista Restaurant, e ainda passou por casas estreladas na Inglaterra e na Holanda. De volta à cidade natal, apresenta seu trabalho autoral no Cru, aberto em dezembro nos fundos do Oliver. Atrás do Balcão Criativo, a brigada de Veronese prepara ceviches, carpaccios e tartares. Todas as receitas são servidas em porções pequenas, de modo a permitir ao cliente uma experiência diversificada. Comece pelas ostras, trazidas diariamente de Santa Catarina: R$ 6 (a unidade) ou R$ 14 a dupla cozida em vinho e finalizada com creme de cebola. O Cerrado (R$ 26) mistura cubos de linguado a um equilibrado leite de tigre com cajuzinho-domato. Esse resultado não se repete no steak tartar (R$ 32), que leva acento de mostarda acima do ideal. Entre os poucos pratos quentes, fique com o peixe black cod ao molho de missô e o bolo desidratado de shoyu (R$ 49). Finalize com o caviar de morango (R$ 18). 16 Revista Fecomércio DF Cru Balcão Criativo SCES, Trecho 2, Clube de Golfe de Brasília Viagens gastronômicas (61) 3323-5961 São Paulo Tuju Loi Restaurante com pegada moderna não simplesmente na arquitetura, mas no cardápio. O chef paulistano Ivan Ralston Bielavski é generoso nas inovações e tem devida formação para ousar na cozinha. Por lá você vai encontrar combinações diferentes como peixe azul com iogurte feito na casa, picles de rabanete e farinha de mandioca de Uarini, coxinha de galinha d’angola, ceviche de vieiras e tartare com sorvete de mostarda. Salvatore Loi agora cozinha em casa. O capricho na escolha dos ingredientes e na execução dos pratos continuam sendo seu forte ao levar à mesa suas versões de clássicos como risoto de lagostim feito sem manteiga com purê de ervilha ou ravióli de carbonara com perfume de limão siciliano. Fradique Coutinho, 1.248 – Pinheiros Rua Melo Alves, 674 - Cerqueira César (11) 2691-5548 (11) 3063-0977 Com alma calanga Os empresários Diniz Raposo e Alex Mansur Mattos sempre curtiram fazer esporte ao ar livre. Pensando nisso, resolveram produzir uma linha de sucos com consultoria de nutricionistas da Universidade de Brasília (UnB). Surgiu então o Calango Juice, com elementos 100% naturais de Brasília. Ao todo, são nove sabores diferentes. As combinações são feitas de ingredientes adquiridos integralmente de produtores do Distrito Federal. O centro de produção de sucos artesanais está instalado na Vila Planalto. Além disso, os sucos podem ser encontrados em eventos com a presença do Juice Truck, que, de quebra, tem música e bom astral. Os sabores Calango Juice são: Recupera - beterraba, maracujá, maçã, laranja Força - abacaxi, espinafre, hortelã, laranja Equilíbrio - laranja, maçã e cenoura Se joga - abacaxi, couve, gengibre, hortelã e laranja Partiu – laranja, cenoura, lima da Pérsia, hortelã, maçã 100 a 120 é a quantidade de ostras trazidas fresquinhas de Santa Catarina para as mãos do chef Lui Veronese. Colhidas de madrugada, chegam por avião antes do almoço Pílulas gastronômicas D.O.C Food Wine & Bar apresenta suas novas criações. O chef José Maria, ex-Ares do Brasil, aposta no almoço para dar mais movimento a casa. Entre as opções, o Picadinho D.O.C com ovo frito, arroz branco, farofa na manteiga e banana frita (R$ 44) e o Filé de Peixe com acompanhamento do dia (R$ 44). QI 21, Comercial, Ed. Vitrine 21, Lago Sul. Telefone: (61) 2196-4271. Relaxa - laranja, maçã e canela Curte - canela, gengibre, maçã, maracujá e uva Refresca - laranja e maracujá Calango Juice juice.calangosoul.com (61) 9407-1919 Massa integral A pizzaria Fratello Uno agora oferece pizzas com farinha integral italiana. A promessa é de que a fatia fica mais crocante. Optando pela massa integral, o cliente paga uma taxa extra de R$ 4 no tamanho pequeno, R$ 5 para o médio e R$ 6 para o grande. O chef Dudu Camargo ressalta que os recheios mais leves combinam muito bem com esse tipo de massa. As boas pedidas ficam por conta da pizza Da Flor com massa integral (pomodori pelati, coração e fundo de alcachofra refogada com ervas frescas, alho e vinho branco, queijo ementhal e lascas de presunto de Parma – R$ 43,90 individual, R$ 50,90 média e R$ 57,90 grande) e a Natureba (pomodori pelati, lascas de abobrinha e berinjelas assadas, cobertas de fatias de muçarela de búfala, salpicadas com pesto e orégano – R$ 38,90 individual, R$ 43,90 média e R$ 48,90 grande). Fratello Uno 103 Sul, bloco A, loja 36 (61) 3321-3213 109 Norte, bloco D, loja 19 (61) 3447-3360 Revista Fecomércio DF 17 artigo economia Hora de reforçar o balão na infraestrutura 18 Revista Fecomércio DF pública e voltar-se para a expansão do investimento, especialmente em infraestrutura, passando a adotar um modelo pró-investimento. Não bastasse isso, o governo vinha reduzindo drasticamente os excedentes de caixa para cobrir juros e amortizações, de forma tal que a razão dívida-PIB recomeçou a subir, espalhando o pânico do temor de insolvência entre os mercados financiadores. Um problema do ajuste fiscal em curso é que implicará a retirada de gás do balão, algo novo para a gestão Dilma. Desacelerando a demanda oriunda do setor público, a economia tende a crescer menos no curto prazo. Mas a subida da taxa de câmbio, enquanto continuar acima da inflação, ajudará a sair da recessão, via maiores exportações, o que será crucial para a recuperação natural da receita. Só que, para nos livrar mesmo da recessão e aumentar o PIB potencial, é preciso ainda remover os obstáculos que estão travando fortemente a expansão dos investimentos em infraestrutura. Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília Pela insistência em um modelo econômico errado, o crescimento do PIB potencial caíra de algo ao redor de 4,4% ao ano Cristiano Costa Na virada do primeiro para o segundo mandato de Dilma Rousseff, a economia brasileira lembrava um balão cheio de gás, com um vazamento que tendia a ficar cada vez mais estreito e uma capa cada vez mais esgarçada. A capa era a capacidade de produção do País, que cresce com os investimentos; o gás, as sucessivas injeções de demanda agregada de consumo que vêm ocorrendo há vários anos; e o ponto de vazamento era a saída para atendimento via importações. Com base no alto grau de utilização de capacidade calculado para os últimos anos pela FGV e na taxa de desemprego batendo no fundo do poço, segundo cálculos do IBGE, chegamos ao virtual pleno emprego dos fatores de produção, fato inédito louvado pelo governo. Esse diagnóstico só se esquecia de salientar que, sem uma mudança do tipo de enchimento do balão, o País tenderia, a partir dali, a crescer a taxas bem mais baixas do que se imaginava possível. Não é por outro motivo que, em 2014, o PIB subiu apenas 0,1%, após crescer às taxas não muito brilhantes de 3,9%, 1,8% e 2,7%, em 2011-13, mesmo após o mundo superar o auge da crise do subprime americano. Em economês, isso significa que, pela insistência em um modelo econômico errado, o crescimento do PIB potencial, por mais que seja difícil defini-lo e aceitar cálculos precisos do seu valor, caíra de algo ao redor de 4,4% ao ano, entre 2007 e 2010, para 3% em 2011, e 2,4% — ou menos nos dias de hoje. A saída, então, seria aumentar a poupança BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA S Í N T E S E SINDICATO DA HABITAÇÃO Março O Boletim de Conjuntura Imobiliária do mês de março/2015 mostra cenário econômico pessimista, com o Índice de Confiança do Consumidor e da Indústria em acentuada queda. Também em recuo, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de 1,2% sendo o menor valor desde 2009. Da mesma forma, em queda, o nível de atividade da construção civil. nacional, o índice imobiliário de comercialização de imóveis do DF apresenta valorização no período avaliando e acumulada no ano de 2% positiva. Um bom indício para os investidores e alento para o setor. ÍNDICE DE PREÇOS O primeiro trimestre de 2015 fica marcado pelos escândalos de corrupção do governo federal com amplo envolvimento do partido governista - PT, trazendo instabilidade ao empresariado, desestímulo a investimentos e contração da economia tendo sido fechadas mais de 50mil vagas de trabalho, o pior desempenho desde 2001. Variação Mensal 0,90% 0,00% Neste quadro tempestuoso de crise política, insatisfação social e desaceleração econômica, buscam-se os investimentos mais conservadores e seguros. No revés do cenário IGP - M Fevereiro Março ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA Residencial 0,47 0,44 0,52 % Brasília % ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF 116,000 jul14 set14 nov14 % % 1,22 1,22 0,70 1,32 % % % % 0,31 0,62 jan14 mar15 O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o comportamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF. Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão. 126,292 127,000 124,000 mai14 % Comercialização 110,039 mar14 % INCC ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF Locação 114,378 106,000 0,27 0,53 0,98 1,21 IPCA A região do Guará apresenta a melhor relação de rentabilidade em Quitinetes, comparado com Brasília e Águas Claras. Veja mais no Boletim Completo em nosso site. % Guará IPC Os indicadores apresentaram crescimento, exceção ao IPC. O aumento reflete a forte pressão dos preços refletido pelo aumento do mês anterior na área de Habitação. Quitinete Águas Claras IGP - DI 122,000 124,121 mar14 mai14 jul14 set14 nov14 jan14 mar15 VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE: www.secovidf.com.br Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444 % % artigo doses econômicas Superendividamento e finanças pessoais Para aqueles que não têm controle de suas finanças pessoais, é importante alertar que estar em uma situação de superendividamento leva a situações de dificuldades, constrangimentos, exclusão social, desespero e algumas vezes à morte. Ao longo dos últimos anos a economia brasileira experimentou forte crescimento de crédito e do endividamento das famílias. O volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional passou de R$ 417,8 bilhões em janeiro de 2004 para R$ 1,71 trilhão em janeiro de 2011. Essa relação de crédito bancário/PIB passou de 24,3% para 45,5% no mesmo período. Grande parte desse crescimento foi impulsionada pela carteira de pessoa física, que, no início de 2004, representava somente 38% do crédito total e, em 2011, atingiu 45,9% do estoque ou o equivalente a R$ 787,7 bilhões. A expansão do crédito, em um primeiro momento, gera uma sensação de prosperidade. Aumenta o consumo, a demanda por mão de obra em todos os setores, aumenta a oferta de emprego, os salários, a renda nominal e os investimentos; o que estimula os números do PIB, do emprego e da renda. Havendo sustentabilidade, a expansão de crédito gera prosperidade. Entretanto, sem sustentabilidade gera prosperidade artificial e, mais tarde, as duas principais consequências, Parceria: Ronalde Lins, economista, membro do Corecon/DF 20 Revista Fecomércio DF endividamento e a inflação de preços. Entre 2004 e 2011 ocorreu uma explosão de crédito. Contudo, atualmente, 62,5% das famílias brasileiras estão endividadas, sendo 36,42% endividadas e sem condições de pagamento; 26,08% muito endividadas; e somente 37,5% não têm dívidas ou têm dívidas sob controle e/ou com investimentos. Ou seja, o ingresso no superendividamento pode se dar por vontade própria, por não conhecer o mercado, ser levado por tendências e por suas armadilhas. Contudo, querer sair dessa situação depende somente de planejamento, mudança de comportamento, consumo consciente pessoal e familiar. Cristiano Costa O endividamento crônico ou superendividamento das famílias brasileiras tem origem em fatores como a baixa renda, o desemprego e o consumo inconsciente, motivos que devem ser tratados, com ênfase, por meio de políticas voltadas para o bem-estar e a recuperação da cidadania de pessoas que se encontram em situação financeira desequilibrada. Geralmente, essas dívidas têm como nascedouro o cartão de crédito, avança-se para o cheque especial, financiamentos, empréstimos com agiotas, o que se transforma em uma bola de neve. O superendividamento pode ser considerado a impossibilidade global de o devedor pagar suas dívidas atuais e futuras, que podem envolver produtos ou serviços. Educação financeira e a mudança de comportamento são os primeiros passos para se livrar desse problema. Convém diferenciar endividamento de superendividamento. O primeiro são as despesas dentro do poder de pagamento, ou seja, aquilo que foi comprado, bens ou serviços, que pode ser pago. Não é considerado um péssimo negócio e, em muitos casos, é melhor ter uma prestação e adquirir um bem durável que gastar o dinheiro sem objetivo. Já o superendividamento são despesas fora do poder de pagamento, ou seja, não foram planejadas e não serão pagas. É o que causa o desequilíbrio patrimonial. gente Trabalho de mãe para filho //Por Sílvia Melo Achados e perdidos com facilidade //Por Silvia Melo Foto: Raphael Carmona Encontrar documentos perdidos pode se tornar mais fácil para os moradores do DF, que poderão procurá-los em uma rede social candanga, a Mirtesnet. Criada pelo pernambucano Carlos Henrique do Nascimento, de 37 anos, que veio para Brasília ainda bebê, a rede social funciona desde 2010, mas só neste ano incorporou o serviço de busca. A ideia surgiu de um amigo policial militar que contou da dificuldade que as pessoas tinham em achar seus documentos perdidos ou roubados. “Existe um número grande de documentos nos batalhões que não são devolvidos porque as pessoas não vão atrás”, explica Carlos. Além de documentos como RG e CPF, no espaço podem ser compartilhadas outras coisas que foram perdidas, desde que não tenha nada de pornográfico, ressalta. Carlos explica que somente ele pode cadastrar os objetos perdidos. Por isso, pede para que, ao acharem documentos na rua, entreguem nos postos policiais. “A rede já tem 10 mil documentos cadastrados, muitos dos batalhões de polícia do Recanto das Emas e de Samambaia”, informa. Carlos decidiu criar a Mirtesnet ao ver a insistência do filho em querer se cadastrar no Facebook. Como não é apropriado para crianças, resolveu fazer a própria rede. “Atualmente temos cinco milhões de pessoas cadastradas”, afirma Carlos. 22 Revista Fecomércio DF Foto: Raphael Carmona A arte de desenhar letras foi a profissão escolhida por Greg Gomes, de 44 anos, ainda novo, que o tornou um dos mais procurados calígrafos do DF. Nascido em Belo Horizonte, Greg mora na capital há 30 anos, quando mudou-se em definitivo para acompanhar os pais. Filho de relojoeiro e ourives, aprendeu com a mãe, dona de casa, a aprimorar a letra com os cadernos de caligrafia na infância. “Naquela época minha mãe não me deixava ficar na rua, então a diversão era desenhar e escrever”, conta. Entre os trabalhos realizados pelo calígrafo, a placa gravada para o papa João Paulo II, entregue quando visitou o Brasil, é um dos destaques. Greg também faz muitos trabalhos para órgãos do governo, associações e tribunais. “Tenho trabalhos espalhados pelo mundo inteiro, uma média de quatro a cinco em cada país com relação diplomática com o Brasil”, destaca, lembrando que grava para o corpo diplomático. Morador de Taguatinga desde que chegou ao DF, Greg sempre gostou de estar no meio da arte. Além de calígrafo, é cantor e compositor, com dois CDs gravados. “Nunca me imaginei fora do meio artístico. A caligrafia é minha vida, minha arte, meu ganha-pão. Amo o que faço porque gosto de valorizar presentes, personalizando-os, e realizar sonhos. Tudo é feito com carinho e profissionalismo”, explica. Cinco perguntas para João Neto Com 28 anos de experiência em restaurantes, Neto gerencia o Gordeixo 306 Norte há 12 anos. Entrou para a casa a convite do então proprietário Jorge Ferreira, fundador de 12 dos mais badalados bares da cidade. //Por Silvia Melo Qual o maior desafio à frente do restaurante? Mantê-lo funcionando. Procuramos associar a boa qualidade da comida com o bom atendimento e preços acessíveis. //Por Luciana Corrêa Foto: Raphael Carmona Um sucesso entre os noivos da capital, o fotógrafo brasiliense Rafael Ohana, de 34 anos, começou sua carreira com fotojornalismo até perceber que o que mais gostava de fotografar eram os casamentos não tradicionais. Começou então a estudar sobre técnicas e buscou referências fora do país. “Para mim, os russos são os melhores em fotografia. Usam muito a criatividade. No começo, eu tinha receio de sair do padrão. Pensei até que se mostrasse o que eu realmente gosto, iria ter uma queda nos meus clientes”, ressalva. Formado em Publicidade e Jornalismo, Rafael começou a fazer diversos cursos e durante um deles foi orientado a se soltar. Rafael encontrou seu estilo e tem se destacado com uma técnica chamada “Gravidade Zero”, em que o olhar experiente com uma boa produção, fotos de alta qualidade e um minucioso tratamento pós-produção trazem um resultado diferente do encontrado no mercado. “Tento colocar o sonho dos casais na foto. Com isso, busco fazer um trabalho autoral, com temática, mas no grande dia eu trabalho com o fotojornalismo mesmo. O diferencial está no meu olhar”, explica. Quantos funcionários gerencia? São 32 colaboradores. Alguns estão aqui há dez, 18 e 25 anos. Qual o prato mais pedido da casa? Filé à parmegiana, não só pelo tamanho, mas pelo modo como é feito, gratinado no forno a lenha e o molho feito com tomate italiano. Qual o segredo do sucesso na área gerencial? Gostar do que faz, ter muita dedicação. Cada dia é uma história diferente. Raphael Carmona Fotos com estilo próprio O que a casa faz para manter a clientela? Manter a excelência do atendimento, a união entre os funcionários e demonstrar carisma com os clientes. Revista Fecomércio DF 23 formação Criatividade que se aprende Empresas Q oferecem cursos que despertam o talento criativo e o espírito inovador nos empresários Professor vestido de salvavidas, alunos vendados e descalços, pisando na areia: nas aulas na Perestroika tudo é válido para reforçar o conteúdo por mais tempo 24 Revista Fecomércio DF //Por Sílvia Melo uando se fala em criatividade, muitos pensam que essa característica é nata e exclusiva de pessoas que possuem talentos especiais. Para quem pensa assim, a boa notícia é que a criatividade pode ser adquirida e desenvolvida na prática. Por isso, empresas especializadas em oferecer cursos para despertar o talento criativo e o espírito inovador estão fazendo sucesso no DF. Estudantes, profissionais de diversas áreas, empresários, executivos, empreendedores, entre outros, buscam nos cursos de inovação e criatividade a oportunidade de desenvolver essas habilidades para aplicá-las no dia a dia, melhorando também o desempenho profissional. Você já imaginou chegar para assistir uma aula, ter que vendar os olhos e colocar uma fita crepe na boca para poder entrar na sala? E tomando uma cerveja gelada, descalço na areia sem estar em uma Fotos: Raphael Carmona praia? Professores vestidos de salva-vidas, mergulhadores circulando no ambiente com uma vendedora de sanduíches naturais? Na Perestroika tudo é possível. “A metodologia é baseada na experiência. E esse tipo de experiência pela qual os alunos passaram fará com que se lembrem do conteúdo por mais tempo”, explica o publicitário Guilherme Piletti, sócio e diretor da Perestroika em Brasília. Na capital desde março de 2014, a escola livre de artes criativas foi fundada em 2007, em Porto Alegre, e possui sedes em Recife, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Oferece cursos com uma média de 14 encontros com um modelo inovador para abordar diversos assuntos. Além dos cursos abertos para o público em geral, possui os customizados para empresas (Sputnik) e oferece palestras que abordam temas sobre criatividade, inovação, empreendedorismo, gestão, liderança e tecnologia. Com pouco mais de um ano de atuação em Brasília, passaram pela escola cerca de 200 alunos. “No primeiro ano, oferecemos seis cursos para ver como seria a aceitação. Este ano, a expectativa é a oferta de mais”, afirma Guilherme. Dentre as turmas que estão no mercado de Brasília destacam-se o Chora PPT - curso que ensina como fazer apresentações impactantes, 100% focado em conceitos que servem para qualquer tipo de plataforma; Empreendedorismo Criativo, que ajuda a pessoa se descobrir empreendedora; Tomorrow: Futurismo + Hacking & Internet of Things + Futuro do Trabalho; e Trindade, curso de comunicação contemporânea que aborda as mudanças pós-revolução digital. A psicóloga Rita Albuquerque decidiu entrar para a Perestroika pensando em se atualizar, já que está há pouco tempo trabalhando na área de Marketing, com mídias, redes sociais e marketing online. Em sua terceira aula do curso Trindade, ela está satisfeita porque o curso tem uma proposta diferente de reflexão. “O professor mostra cases de como as empresas estão conseguindo se posicionar nas redes sociais. Com o curso você consegue refletir sobre os aspectos da vida, tanto pessoal quanto profissional”, destaca. AGILIDADE Inaugurada em 2012, a Brasília Marketing School (BMS) também é uma dessas escolas que trabalham com a criatividade e inovação. Com cursos de curta duração, oferece capacitação nas áreas de Marketing, Marketing Digital, Comunicação, Publicidade, Propaganda e Negócios. Desde sua inauguração até meados de abril, contabiliza 945 alunos certificados. “Os cursos são de curta ou curtíssima duração porque o aluno precisa aprender hoje e colocar em prática amanhã. O mercado exige certa velocidade”, explica o publicitário Fernando Antunes, 36 anos, proprietário da BMS. Entre os cursos, há a possibilidade de fazer um pacote para o curso que ajuda a desenvolver a criatividade. Com 50 horas/aula, o BMS Criatividade possui cinco módulos, com aulas aos sábados. “O aluno aprende de processos criativos, passando por direção de arte, redação publicitária, criação na prática e portfólio”, destaca Fernando. Além desse, a empresa oferece mais 46 cursos. Graduado em Administração e pós-graduado em Gestão de Pessoas, o empresário Daniel Innecco, sócio-proprietário da ótica e joalheria Romário Veras, tinha muita dificuldade para entender o mundo dos designers e da área digital e encontrou nos cursos da BMF a oportunidade de poder interagir com profissionais do marketing e da publicidade e propaganda. “Queria entender melhor esse mundo digital. Não que eu fosse para lá para fazer o trabalho desses profissionais, mas para poder sentar em uma mesa e ter mais conhecimento para discutir, ter ideias e saber o que é possível e o que não é”, explica. Nosso desafio hoje é trazer a empresa para 2015, sabendo acompanhar as mudanças que são constantes e velozes Daniel Inneco empresário O resultado dos cinco cursos que fez deu a ele uma base para descobrir o posicionamento da empresa nos dias atuais. “Nosso desafio hoje é trazer a empresa para 2015, sabendo acompanhar as mudanças que são constantes e velozes”, destaca. “Estamos estudando o uso de ferramentas e aplicativos de forma positiva para que não invada a privacidade dos consumidores e dos clientes, lembrando que temos que usá-las com uma linguagem mais jovem também, que é justamente o público que consome mais”, conclui. DICAS ORIENTADAS Ainda na área publicitária, a Funyl, inaugurada em 2003, oferece cursos de Direção de Arte, Redação, Atendimento, Mídia, Produção Gráfica, Produção Publicitária, Planejamento Estratégico e Fotografia Publicitária. Os cursos oferecidos são Direção de Arte, Atendimento, Produção Gráfica, Redação, Mídia, Fotografia, Planejamento, Relações Públicas Digital, Produção Publicitária e Marketing e Produção de Eventos. O público-alvo são estudantes e profissionais da área de comunicação. “No momento a Funyl passa por uma reestruturação e em breve teremos novidades”, afirma o publicitário Mauro Assis, proprietário da empresa. Formado em Marketing, Lucas Breder sentiu falta de ter conhecimento mais prático e fez na empresa o curso Direção de Arte. “Para mim, as aulas trouxeram o complemento do conteúdo teórico. Aprender com professores que respiram publicidade faz toda a diferença. Lá eu tive dicas muito bem orientadas sobre como montar um portfólio, o caminho até um bom conceito, onde buscar referência, coisas que só a teoria não ensina”, destaca ele, que atualmente é diretor de arte na Agência 100%. “Depois do curso senti mais confiança em exercer a profissão, principalmente por conta da valorização de boas ideias”, explica. Revista Fecomércio DF 25 vitrine Taís Rocha Jornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio [email protected] (61) 3038 - 7525 Confira as dicas de presentes para uma das datas mais comemoradas do ano no comércio, o Dia das Mães. Colar Perfumado com sua fragrância favorita, O Boticário. Sutiã (R$ 179,90) e calcinha (R$ 69,90) PatBO para Valisere R$ 59,99 Kimono, Avanzzo Combo sapato e bolsa para a mãe fashionista. Brinco em ouro branco 18k com rubis e safiras, do R$ designer Emar 11 mil Batalha R$ 399 Nos ares Bota com franjas Red, Schutz R$ 490 26 Revista Fecomércio DF R$ 329 O Pátio Brasil Shopping levará 135 sortudos e seus acompanhantes para o Dinner in the Sky – uma experiência gastronômica a 50m de altura, na Esplanada dos Ministérios. A cada R$ 450 em compras, o cliente poderá escolher, caso sorteado, entre almoço, coquetel ou jantar. A promoção em homenagem às mães é válida até 12 de maio. Quem possui o BB Seguro Auto, pode contratar uma cobertura especial para vidros! A cobertura para vidros Top Plus garante ao segurado em caso de quebra eventual, além do reparo ou da substituição dos vidros laterais, para-brisa e do vidro traseiro, cobertura para os seguintes itens: Jogo de palhetas dianteiras (na troca ou reparo do para-brisa), para veículos nacionais Ÿ Ÿ Retrovisores externos (lentes, suportes internos e carenagem); Ÿ Faróis e pisca alerta dianteiro; Ÿ Lanternas traseiras; Ÿ Película protetora. Para mais informações sobre a cobertura para vidros consulte as Condições Gerais do BB Seguro Auto em: www.bbseguros.com.br ou para contratar seu seguro acesse www.sistemafecomerciodf.com.br . Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros CNPJ: 01.356.570/0001-81 Comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor: 0800 570 7042 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 24 horas, sete dias da semana. Ouvidoria: 0800 775 1079 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 Das 8h às 18h, de 2º a 6º feira, exceto feriado ou pelo site www.bbseguros.com.br. A Ouvidoria tem como objetivo atuar na defesa dos direitos dos consumidores, esclarecendo, prevenindo e solucionando conflitos. Deverá solucionar, de forma ágil e imparcial, as insatisfações que, por algum motivo não foram esclarecidas pelos canais de atendimento habituais, como, por exemplo, o SAC. sustentabilidade Dinheiro que vem do lixo //Por Liliam Rezende Foto: Cristiano Costa Ao gerar 2,4kg de resíduos por dia por habitante, o DF movimenta cerca de R$ 500 milhões por ano com o mercado de serviços de limpeza urbana 28 Revista Fecomércio DF N os dicionários, lixo é um material sem valor ou utilidade que se joga fora. Mas, do ponto de vista sustentável, seu significado é bem diferente. No Brasil, as cadeias produtivas envolvidas com lixo (o que inclui o setor de resíduos sólidos, reciclagem e todos serviços refrentes à coleta do lixo) movimentam um mercado de R$ 22 bilhões em receitas por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). No DF, o mercado de serviços de limpeza urbana movimentou cerca de R$ 500 milhões em 2013. O padrão de vida do cidadão brasileiro prosperou nos últimos anos, sobretudo nas classes mais baixas da pirâmide social, cujo poder de consumo aumentou. Viver melhor, como se sabe, significa consumir. E consumir gera mais — às vezes muito mais — lixo. É o que está acontecendo no Brasil, e os cidadãos brasilienses são os campeões - cada habitante do DF gera, em média, 2,4kg de resíduos por dia. Jorge Ribeiro, da Capital Recicláveis Garrafas, embalagens, latinha, papel, papelão - esses produtos que depois de utilizados são descartados pela maioria da população, representam matéria-prima para a empresa Capital Recicláveis. Existem 1.200 recicladoras no País, segundo estimativa da Abrelpe. No DF são 15 empresas recicladoras formalizadas. “Esse número está aumentando conforme os brasileiros consomem mais produtos industrializados. Mas a maioria das empresas ainda está em um estágio rudimentar de desenvolvimento tecnológico”, diz Jorge Ribeiro Dias, gerente operacional da Capital Recicláveis, considerada a terceira maior empresa do País no ramo. A Capital Recicláveis recebe, todos os dias, cerca de 500 toneladas de plástico, papel, alumínio e metal. Após alguns processos industriais, uma média de 400 toneladas retorna ao mercado, nas mais variadas formas. Ainda segundo Jorge, a empresa compra a matéria-prima de associações de catadores do DF e Entorno, além de instituições como Senado, Câmara dos Deputados, Banco do Brasil e o Sesc-DF, que separa resíduos internamente e depois vende. “Hoje, essas grandes instituições perceberam o valor do lixo, além da preocupação com o meio ambiente. Então, o que é produzido por elas retorna depois ao mercado de forma sustentável e ainda gera lucro.” De acordo com Dias, além de conseguir extrair lucro do “lixo”, a empresa tem outro papel fundamental. “Geramos 350 empregos diretos e mais de 20 mil indiretos. Os catadores têm papel fundamental nessa logística e os resíduos descartados por nós diariamente se transformam na renda mensal de muitas famílias”, destaca. Ainda segundo ele, falta uma boa política de preservação por parte das autoridades competentes. “Todos os setores da administração pública deveriam se unir em prol dessa causa. Quem recicla e preserva deveria ter os impostos reduzidos além de outros incentivos. Assim eu tenho certeza que avançaríamos muito mais nessa questão que deve ser encara com muita responsabilidade”, opina Jorge. LIXÃO Há 40 anos encravado a apenas 15km do Congresso Nacional reina, imponente, o Lixão da Estrutural. Chamado tecnicamente de Aterro Controlado, ele representa, na verdade, uma ameaça à saúde ambiental do DF. O local recebe, por dia, mais de 6 toneladas de resíduos da construção civil e 2 toneladas de resíduos orgânicos, dessa forma, considerado o maior da América Latina, segundo o Ministério do Meio Ambiente. O fechamento do lixão só deve ocorrer depois que o aterro sanitário de Samambaia ficar pronto. O prazo para extinção dos lixões foi determinado pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos em 2 de agosto de 2010, com limite de quatro anos para ser cumprido. Pela lei, os governantes que não cumprirem as determinações podem ter de pagar multa de até R$ 50 milhões, além de ficarem impedidos de pegar empréstimo com a União. De acordo com a assessoria do 1.200 é o número de empresas recicladoras formalizadas no País No DF, esse número não passa de 15 Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), a retomada da construção do aterro sanitário e reforma de cinco centrais de triagem de resíduos sólidos é prioridade absoluta da pasta. O SLU já está elaborando os estudos necessários para tomar as decisões sobre os prazos e as técnicas para encerrar a operação do lixão e iniciar o aterramento de resíduos sólidos gerados no DF. “A proposta é implementar um aterro sanitário e colaborar para a melhoria das condições de vida dos catadores de material reciclável, implantando os centros de triagem, a coleta seletiva e desativando o lixão”, afirmou a diretora-geral do SLU, Kátia Campos. A reforma imediata de duas centrais de triagem no Setor de Indústria e Abastecimento e de uma terceira no Setor de Garagens Oficiais Norte é fundamental para o processo, avalia Kátia. “Dessa forma, poderemos multiplicar o número de catadores, retirá-los do Lixão e colocá-los em espaços adequados do ponto de vista técnico, ergonômico e ambiental.” COOPERAÇÃO A reciclagem do lixo é um tema complexo que vem ganhando força e fundamentando ações práticas por parte do poder público e da sociedade. É o caso da ex-catadora Maria de Jesus Pereira de Sousa, 27 anos, que transformou a vida de mulheres da Estrutural. Mãe de uma menina de 5 anos, teve de deixar o local de trabalho – o lixão - após uma série de problemas de saúde. Resolveu, então, usar a limitação como oportunidade. Em troca de doações, em 2011, começou a cuidar de filhos de amigos, de colegas e de vizinhos, em sua maioria, catadores de lixo. “Eu perdi 5% do movimento do braço esquerdo. Tive de parar. Decidi, então, que daria mais oportunidade a outros catadores. Foi quando comecei a ficar com as filhas de minhas vizinhas e amigas”, conta. Em uma casa alugada, de 50m², cerca de 120 crianças dependem do cuidado de Maria e mais 17 voluntários. Há quatro anos, ela criou uma creche voluntária para ajudar mães solteiras e catadoras de lixo, que precisavam trabalhar e não tinham com quem deixar os filhos. No local, a maioria das crianças, até cinco anos, fica em período integral, das 8h às 17h. Os voluntários se revezam por turnos. “Apesar de todas as dificuldades, não desanimo, e meu sonho é poder remunerar todas as 17 pessoas que dedicam seu tempo à creche, além de atender um número maior de crianças.” Para Maria, qualquer tipo de contribuição é bem-vinda, e quem quiser ajudar ou saber mais informações sobre a creche, pode ligar para: 9575-0755. Revista Fecomércio DF 29 tendência Sobre duas rodas //Por Sacha Bourdette Fotos: Cristiano Costa Com uma malha cicloviária de 550km de extensão, o DF é terreno fértil para novos negócios nos quais a bicicleta é a grande protagonista A utilização de bicicletas como meio de transporte é uma tendência mundial. Se antes o uso ficava limitado ao lazer e fins de semana, hoje é possível ver pessoas e grupos circulando pelas ruas do DF a qualquer dia e hora. Segundo dados da ONG Rodas da Paz estão registrados mais de 50 grupos de bikes na cidade. Para o economista e voluntário do projeto nacional Bike Anjo, Ma- Doce bicicleta A chef de cozinha e empresária, Thais Marega, decidiu ampliar a atuação de sua loja de doces. Viu na bicicleta uma alternativa de expandir. “Pesquisei e vi que o movimento de foodbikes estava crescendo. Então montei a Browniecleta, onde vendo brownies em uma bicicleta pelo preço de R$ 6 a R$ 8. Ofereço três sabores fixos e um quarto que é o da semana. Sempre estou inventando novos sabores, como o de torta brownie com doce de leite argentino”, contou. O recheio do brownie, ela coloca na hora. “O Browniecleta está valendo muito a pena, pois é uma janela para as outras coisas que eu faço. A minha meta é distribuir os brownies em pontos. Um diferencial do meu produto é que tiro 50% do açúcar na receita. Nos eventos de foodtruck, por exemplo, vendo em média 120 unidades”, finalizou. 30 Revista Fecomércio DF teus Lima, as bicicletas agregam inúmeras vantagens. “É um meio de transporte atrativo e que traz diversos benefícios, inclusive econômicos. No comércio, o usuário com bicicleta tende a consumir, pois ele pára mais ao longo do caminho do que quando vai de carro”, assegura. Lima destaca também pesquisa da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi), que aponta que o Brasil produz 4 milhões de exemplares por ano, o terceiro maior produtor e o quinto mercado consumidor. “Levando em conta as potencialidades, vemos uma tendência de que há oportunidades de negócios com as bicicletas”, concluiu. Nesse sentido, novos modelos de negócios marcam presença em eventos ao ar livre e nas quadras da cidade. Confira alguns nesta matéria. Flores na cestinha Flores na cestinha Fascinada pela natureza, a professora de Artes Plásticas e empresária, Alice Maria Duarte, criou em agosto de 2014 a DêLírios Bike Shop. “Eu sempre gostei de flores. Adaptei minha mountain bike para vender arranjos. Coloquei as fotos na rede social e começou a procura. Para facilitar as entregas e gerar mais retorno, criei assinaturas mensais nos valores de R$ 100, R$ 150 e R$ 180”, disse. Lírio, flores do campo, astromélia, bastão do imperador, alecrim e até Espada de São Jorge são algumas das flores usadas para a confecção dos buquês naturais. “Monto os arranjos e tento fugir do convencional. Quase toda semana tenho encomendas de buquês. Minhas clientes fotografam e postam nas redes sociais. É a poesia da vida para mim”, acredita. O maior empecilho para a atuação de Alice é a mobilidade. “Há pontos na cidade em que não há ciclovias, como no Setor Comercial Norte. Tenho que pedalar junto aos carros”, reclamou. Entrega ágil Para o empresário e sócio da Via Livre Express, Diego Ferreira (direita), cada quilômetro pedalado é uma redução de emissão de gás carbônico e uma oportunidade de negócio. Com a ideia de inovar no segmento de entregas, ele montou o serviço de bike courier. “Estamos operando desde janeiro e contamos com quatro funcionários no Plano Piloto. É um serviço ágil, podendo cortar caminho entre prédios com liberdade. É uma economia de tempo pela agilidade e não pela velocidade”, detalha. Ele brinca que o combustível da equipe são as frutas que ele sempre leva. “Temos um reforço positivo por ser um serviço limpo. Nesse início de operação realizamos uma média de 14 entregas por dia em cada bike. Até junho queremos atender em Taguatinga e Águas Claras. O valor da entrega é a partir de R$ 8 e varia de acordo com a modalidade”, aponta. Revista Fecomércio DF 31 tendência Vinhos em movimento O empresário e sommelier, Carlos Soares, sentia falta de vinhos e espumantes em eventos ao ar livre. “Sempre ofereciam cerveja. Por isso, decidi unir a minha profissão e me tornar um microempreendedor com a minha esposa, levando vinhos para qualquer lugar.” Ele montou a Wine Moving em 2012. “Vendo a um preço acessível. Cada taça custa R$ 10 e duas taças R$ 15. Em eventos de grande porte chego a vender 500 taças”, revelou. Carlos também procura valorizar produtores locais e rótulos diferenciados, como os orgânicos. Ele possui uma equipe de quatro pessoas. “Está compensando muito. A proposta é que no futuro eu consiga abrir franquias com bikes em outros segmentos”, contou. Porém, Carlos relata que as ciclovias precisam melhorar. “Entre muitas quadras não há ciclovias e faltam bicicletários. Brasília é uma cidade que possui muitos espaços verdes e está sendo tomada por carros”, lamenta. em automóveis é muito provável que daqui a uma década o trânsito esteja parado”, prevê. De acordo com o secretário de Mobilidade do DF, Carlos Tomé, a malha cicloviária tem atualmente 550,2km de extensão, mas não foram bem planejadas. A meta da secretaria é concluir mais 650km. “As ciclovias do DF não foram pensadas para o deslocamento. São críticas que vão da concepção à localização das pistas. Atualmente, a secretaria está sem orçamento. Por isso, estamos mapeando todas as ciclovias para fazer o planejamento de construção, além de apoiar campanhas educativas. Acreditamos que tudo isso estará bem adiantado até o fim do governo”, esclareceu. Desafios A Fecomércio-DF realizou o estudo Brasília 2015, no qual foram apontados problemas e soluções para a mobilidade urbana da cidade. Segundo a pesquisa, é necessário realizar uma profunda revisão no sistema atual, pois para cada dois habitantes do DF, existe um carro. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o uso de bicicletas é uma das saídas. “É essencial incentivar seu uso. Elas são sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e econômico. As pessoas estão gastando de duas a três horas em congestionamentos. Mas para isso, é necessário que haja investimento em bicicletários e interligação das ciclovias. Se o investimento continuar 32 Revista Fecomércio DF Situação atual Dados do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) registraram um total de 22 mortes de ciclistas em 2014. Para o presidente da ONG Rodas da Paz, Jonas Bertucci, apesar da extensa quilometragem de ciclovias construídas, muitas não garantem a segurança e não facilitam a vida de quem opta ou necessita da bicicleta como deslocamento. “Ao analisarmos a distribuição das ciclovias implantadas, verifica-se que a região central, onde ocorreram 4% das mortes no DF entre 2003 e 2013, foi contemplada com mais de 40% das ciclovias, enquanto vias e rodovias de alta velocidade continuam sem infraestrutura cicloviária adequada. O ciclista, para ter direito de se deslocar pela cidade, precisa, em grande parte do tempo, continuar utilizando as ruas”, alerta. O geógrafo e especialista em mobilidade urbana do Mobilize, maior portal do Brasil sobre o tema, Yuree Batista César, explica que não houve planejamento na construção das ciclovias, local separado da pis- ta e das ciclofaixas (faixas compartilhadas com os demais veículos. O Mobilize segue cinco diretrizes para as ciclovias: a continuidade, linearidade, conforto, segurança e atratividade. “Ceilândia, por exem- plo, tem poucas ciclovias, apesar de ser a cidade com mais bicicletas por habitantes no DF. Há ciclovias em lugares com velocidade máxima de 40km/h e por outro lado ciclofaixas em vias de 70km/h”. uma expectativa de crescimento de vendas para 2015. “Estamos diver- sificando e personalizando os nossos serviços”, aposta. Mercado de bikes No segmento de vendas de bicicletas há dois anos e meio, o proprietário da loja Commute, Samuel Haddad, oferece o produto em uma estrutura diferenciada. “Temos uma grande variedade de bicicletas e acessórios. Oferecemos todas as opções do ciclismo, das híbridas às educativas para crianças. Quase todas importadas”, revela. Os modelos variam de R$ 700 a R$ 45 mil. Com a alta do dólar, as vendas de modelos novos foram prejudicadas, o que impulsionou o mercado das usadas. “Todas as bicicletas usadas que tinha aqui na loja, vendi mês passado”, contou. Apesar disso, Samuel tem Bicicletários no comércio Existem shoppings em Brasília que possuem bicicletários gratuitos. O Iguatemi, localizado no Lago Norte, é um deles. A gerente de Marketing do centro de compras, Iara Rocha, explica como funciona: “Além de ser gratuito, contamos com uma estação para recarga de modelos elétricos. São quatro vagas no total. O bicicletário comum e elétrico está localizado na garagem coberta, no 1º subsolo e o serviço da estação de recarga funciona de acordo com o horário do shopping, das 10h às 22h, de segunda a sábado, e das 14h às 20h, aos domingos. O nosso objetivo é incentivar a utilização de bicicletas”, afirmou. O Conjunto Nacional é outro que oferece o bicicletário. O local foi o primeiro de Brasília a implantar o sistema em um centro comercial. São ao todo oito vagas. Segundo o gestor do estacionamento, Fabiano Venâncio, o espaço é gratuito, basta retirar o ticket e apresentar no guichê ou para um fiscal. “Recebemos um fluxo diário de seis bicicletas e orientamos que todos prendam com cadeado e não deixem acessórios soltos”, destacou. Revista Fecomércio DF 33 capa Cenário árido para o comércio //Por Luciana Corrêa Fotos: Cristiano Costa Aumento no número de famílias endividadas, aluguéis altos e instabilidade econômica são os principais fatores para o grande número de lojas fechadas no DF P elas ruas de Brasília é possível ver uma nova fachada nas lojas. Em uma única quadra no Plano Piloto, são quase 10 estabelecimentos fechados e faixas penduradas com os dizeres “Passo o ponto”, “Aluga-se” ou “Vende-se”. O levantamento de lojas feito nas 27 Regiões Administrativas pela Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) mostra que em dezembro de 2014, 7.642 lojas foram fechadas, o que corresponde a 16,16% do total de empreendimentos do DF. A Asa Norte é a região mais atingida, com 1.561 desse total. 34 Revista Fecomércio DF Na Asa Sul, a situação também não está fácil. No mercado há 23 anos, com seis lojas no DF, sendo quatro na cidade, a empresária Esdra Pereira Ramos Chaer conta como a realidade comercial mudou. “Tenho loja aqui na 305 Sul desde 1972. Nunca tinha ficado com espaços fechados. Temos quatro lojas aqui, e em uma delas eu resolvi abrir um negócio para mim, a Villa Biju, e a outra está fechada desde setembro do ano passado”, lamenta. Esdra conta que já tentou algumas estratégias para ocupar o estabelecimento, como diminuir o valor do ponto, porém, precisou desistir e oferece o aluguel. “Antes, não precisávamos fazer nem anúncio. Quando um inquilino saía, já tinha outro esperando o ponto. A última pessoa que estava aqui passou 14 anos e fechou as portas. Não conseguiu mais sustentar. No último ano, passou a não honrar com as despesas mensais e me deixou um prejuízo de R$ 30 mil em aluguel e IPTU atrasado”, conta. Para a empresária, as principais razões para essa crise no comércio de rua são basicamente econômicas: os altos custos de aluguel, com impostos, encargos trabalhistas e a alta do dólar. “Para a loja vazia, até aparece gente interessada. Já baixei o preço várias vezes, mas o valor espanta. Na minha loja, trabalho com mercadorias importadas. Quando fui repor alguns itens, levei um susto. Está literalmente o dobro do valor da última compra. Acabo diminuindo a margem de lucro, para tentar manter o preço e não espantar minhas clientes”, explicou. Outra reclamação de Esdra recai sobre a falta de incentivos por parte do GDF. “O governo parece não estar preocupado em criar uma política de incentivos. A crise é geral, mas o que o GDF está fazendo aqui? Para mim, nada”, desabafa. “Antes, não precisávamos fazer nem anúncio. Quando um inquilino saía, já tinha outro esperando o ponto. A última pessoa que estava aqui passou 14 anos e fechou as portas” Esdra Pereira Ramos Chaer Empresária QUEDA NÃO É DE HOJE O doutor em Economia da UnB, Flávio Augusto Corrêa Basílio, explica que o fator econômico tem realmente afetado a categoria. Flávio conta que a economia já estava em retração em 2014 e os empresários estavam aguardando as vendas entre o Natal e o Dia das Mães deste ano, para tomarem uma decisão sobre como proceder com seus negócios. “As expectativas estão confirmando que a situação é grave. É um sintoma da própria economia geral. Como nada mudou, mesmo antes do Dia das Mães, muitos não conseguiram se sustentar no mercado e estão fechando as portas”, justifica. O economista explicou ainda que o consumidor está cauteloso. “O custo de vida subiu. Isso afeta principalmente os mais pobres e a classe média. As pessoas com o poder aquisitivo maior estão adiando grandes decisões de compra. Também estão temerosas. Acredito que a situação pode complicar”, lamenta. As vendas tão esperadas para o respiro do comércio realmente não alcançaram números desejáveis. Foi registrada uma queda de 6,34% em fevereiro deste ano, em relação a janeiro, o que mostra que a situação delicada do comércio se confirma. Esse é o resultado da Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF, realizada pelo Instituto Fecomércio. Em um período de um ano (2014-2015), a variação ficou em -17,36%. Revista Fecomércio DF 35 capa De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, é possível que os consumidores tenham reservado parte da renda para atender às obrigações tributárias de início de ano. “Vale observar que, apesar do índice ser negativo, houve um esforço de recuperação do setor com promoções e ofertas de pagamento facilitado, estratégias comuns no varejo para atrair os consumidores diante de um contexto econômico difícil”, explica. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, mostra um cenário ainda mais complicado. O número de famílias endividadas na capital passou de 602.980 em fevereiro para 608.700 em março de 2015. Um aumento de 5,7 mil pessoas. Isso significa que 82,2% possuem algum tipo de dívida. Adelmir Santana destaca uma preocupação com esse quadro. “Os consumidores estão apreensivos com a alta da inflação, encarecimento do crédito e os problemas 1.561 36 Revista Fecomércio DF da economia nacional. As famílias brasilienses também estão bastante endividadas, o que contribui para um baixo consumo”, explicou. Ainda segundo a instituição, a expectativa entre os empresários que estão com as portas abertas é de que o Dia das Mães servirá como um termômetro. “Se as vendas não melhorarem, a partir de maio o setor pode começar a demitir funcionários em função do prejuízo”, completou o presidente da Fecomércio. Além da situação econômica desfavorável, há empresários que levantam questões como segurança e falta de estacionamento para acesso dos clientes. A proprietária da Safira - Aluguel de Acessórios e Vestidos, localizada na 307 Sul, Poliana Batista Pereira está isolada entre estabelecimentos fechados. No bloco, há apenas uma loja aberta além da dela. “Está tudo fechado aqui em volta. Estou há sete anos e meio aqui e nunca vi isso. Esses dias mesmo sequestraram um cliente aqui na quadra. Estamos com medo. Qualquer movimento estranho, a recomendação para minhas funcionárias é: pode fechar a porta”, conta. VAREJO O Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF) realizou um levantamento das lojas fechadas na W3 Sul, uma das avenidas mais preocupantes em relação a fechamento de lojas. Já são mais de 180 lojas até março, contra 107 no mesmo período do ano passado. O presidente do sindicato, Edson de Castro, cita as preocupações mais comuns, como aluguel alto, impostos, insegurança e queda nas vendas, e ressalta o alto nível de desempregos gerados. “O fechamento de tantas lojas, na W3 e em toda a cidade, representa por volta de 10 mil pessoas desempregadas, considerando uma média de cinco empregados por loja”, explica. Preocupado com a famosa avenida comercial, o sindicato apresentou ao GDF uma proposta para dar um novo rumo comercial para a avenida: cobrar me- lojas foram fechadas na Asa Norte em um mês no ano de 2014 “Está tudo fechado aqui em volta. Estou há sete anos e meio aqui e nunca vi isso. Esses dias mesmo sequestraram um cliente aqui na quadra. Estamos com medo” Poliana Batista Empresária nor IPTU para lojas abertas e maior para lojas fechadas. “Assim, estaremos objetivando reduzir os aluguéis da avenida”, conclui. O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do DF (SindiAtacadista-DF), Roberto Gomide, explica que a economia é uma cadeia e que o setor atacadista se alimenta do varejista e, à medida que esse tem dificuldade, o reflexo acontece na mesma proporção. “Se o consumidor do varejista não compra, nós também não vendemos. Com relação às lojas que fecham é ainda mais grave. Os que chegam à falência não pagam o atacado e a inadimplência aumenta substancialmente. Percebemos que no primeiro trimestre houve uma queda em torno de 10% nas vendas do atacado. A inadimplência aumentou na mesma medida”, lamenta. Segundo o especialista em varejo, Alexandre Ayres, por trás da crise apontada pelas pesquisas e confirmada pelos empresários, há um histórico. Com a economia aquecida, no período de 2010, e com melhorias de indicadores de consumo, a oferta de varejo cresceu até mais que as condições para compras. “Todas as vezes que a economia cresce, o comércio reage com velocidade. Como a melhoria do consumo foi relativamente longa, o empresário vislumbrou uma expansão de mesma intensidade”, conta. O especialista explica que com o desaquecimento do consumo, que já vem há mais de um ano, mesmo as redes mais capacitadas já começaram a se estruturar para reduzir o número de lojas. Segundo Ayres, a taxa de mortalidade das empresas de comércio corresponde a 80% de todos os setores. “A confiança do consumidor, os lojistas iniciantes (inexperientes) e o problema real de queda de consumo geram esse efei- to terrível sobre as áreas comerciais. Acredito que lojas continuarão a ser fechadas até que a economia tenha uma melhoria concreta”, disse. Entre os fatores que Alexandre afirma serem difíceis para o setor estão ainda tributação excessiva, problemas jurídicos, falta de garantias mínimas de segurança, infraestrutura (estacionamento, iluminação), falta de estrutura de saneamento em grande parte. “O governo federal e estadual criaram o pior ambiente de negócios do mundo no Brasil. Não precisa só de incentivo, é preciso desburocratização. O comerciante não é um especialista em tributação, por isso deveria ser mais fácil, deveriam exigir menos, para que ele consiga tocar sua loja. É preciso mais segurança pública também, pois parte do movimento de clientes está no shopping, já que não há segurança na rua”, conclui. Revista Fecomércio DF 37 cinema Clássicos de volta em cartaz //Por Gabriela Vieira Circuito Temático Cine Club do Sesc exibe de graça, até dezembro, obras raras do cinema C om o objetivo de divulgar a sétima arte, o Sesc-DF traz para o público do Distrito Federal o Circuito Temático Cine Club, que exibe filmes clássicos que fizeram história entre 1930 e 1970. Os filmes são exibidos às terças, quartas e quintas-feiras nas unidades do Sesc Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra), Ceilândia, Gama e Taguatinga Norte, e às sextas-feiras na área externa do Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, às 19h. Todas as exibições têm entrada franca. A preservação e divulgação da história cinematográfica não só do Brasil como de outros países são alguns dos objetivos do Cine Club, além de ressaltar as contribuições que a arte proporciona para o processo de desenvolvimento da sociedade. “A iniciativa do Sesc é proporcionar ao público uma mostra rica em pesquisa e dados históricos, que ressalte a importância da arte para 38 Revista Fecomércio DF o desenvolvimento e a formação dos indivíduos”, destaca o presidente do Sesc-DF, Adelmir Santana. De acordo com o curador do circuito, Casimiro Neto, o evento será uma ótima oportunidade para o público brasiliense assistir aos clássicos do cinema. “O Sesc está trazendo para os brasilienses um evento que até então só era destinado para o público selecionado e em locais privilegiados. O circuito aberto para o público em geral é uma forma de direcionar o olhar das pessoas para a fotografia, os diálogos e a cultura riquíssima inserida nos filmes”, conta. O Cine Club também exibirá ao longo do ano os festivais Charles Chaplin, Alfred Hitchcock, Orson Welles, Grande Otelo, Amácio Mazzaropi, Oscarito e Cantinflas, além de filmes cubanos, mexicanos, canadenses, tchecos, italianos, franceses, australianos e musicais. Os gêneros das obras são diversificados e vão do drama e faroeste, passando por comédia e filmes nacionais. Serão exibidos clássicos como E O Vento Levou, Casa Blanca, Cidadão Kane, Lawrence da Arábia, entre outros. O Circuito Temático Cine Club é realizado em parceria com o Centro Cultural Três Poderes e se estende até o mês de dezembro. Para mais detalhes da programação, acesse o site www.sescdf.com.br. Mais informações @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br congresso Futuro do comércio //Por Andrea Ventura Foto: Fernando Bizerra/Sinfonc-DF Entidades sindicais patronais de todo o País se reuniram para discutir temas de interesse do setor de bens, serviços e turismo O segmento de sindicatos patronais de todo o Brasil se encontrou em abril. Durante três dias representantes se reuniram em Maceió (AL) no 31° Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizado pelo Sindilojas de Arapiraca (AL). O evento, que contou com a participação de cerca de 1, 4 mil pessoas, teve como tema “Guerreiros a Serviço do Desenvolvimento” – para reforçar a condição de luta do empresário, sempre pronto para enfrentar entraves, como alta carga tributária, oneroso sistema trabalhista, pouca qualificação e estudo do trabalhador, entre outros. Foram palestras, reuniões e “pinga-fogo”, momento em que os participantes se reúnem e discutem deliberadamente os principais pontos escolhidos de interesse do segmento do comércio de Bens, Serviços e Turismo. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o encontro trouxe palestras importantes e a participação do público foi expressiva. “Contamos com a presença marcante de entidades representativas, como a CNC, que trouxe material esclarecedor sobre o sistema. Além disso, as questões discutidas no encontro são levadas para o parlamento, com ações propositivas do comércio,” avaliou. A comitiva da Fecomércio contou com a participação de 70 empresários ligados à entidade. Todos usavam uma camiseta com os dizeres “Não aguentamos mais. Chega de corrupção”. A ideia foi chamar a atenção para que os temas apresentados no congresso fossem mais atuais. “A corrupção é um mal que permeia todos os setores, o produtivo, o governamental”, ressaltou Santana, que encabeçou o movimento. Um dos palestrantes foi o professor de economia, Samy Dana, que falou sobre as perspectivas para o comércio. Segundo ele é preciso que o empresariado esteja unido. “Enquanto os empresários não se juntarem para fazer pressão no governo, nada vai mudar”, declarou. Ele deu dicas de como podem voltar a crescer diante do cenário econômico atual. Participante pela primeira vez, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma-DF), Francisco Vasconcelos, gostou do evento. Além de sair estimulado, tem uma certeza: vai levar o conhecimento que adquiriu. “Repassarei as palestras para que meus associados também assistam”. O encerramento do encontro contou com um ato cívico intitulado “Empresários pela Paz”. Do evento saíram dois documentos, dirigidos aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Neles, os líderes empresariais manifestam o pensamento do setor em relação ao apoio ao Substitutivo ao PL 4.330/2004 e o repúdio aos atos de corrupção que atingem o País. A aprovação ao Substitutivo ao PL defende que o dispositivo “visa regulamentar a prestação de serviços terceirizados e as relações de trabalho deles decorrentes, garantindo segurança jurídica aos contratados e respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores”. Revista Fecomércio DF 39 Brasvendas 8º ENCONTRO BRASILIENSE DE VENDAS UM NOVO NOVO VENDEDOR PARA UM TEMPO 10 JUNHO QUARTA-FEIRA AUGUSTO PROFESSOR HEINZ CURY Centro de Convenções Ulysses Guimarães 18h às 22h30 AUGUSTO CURY ADQUIRA SEU INGRESSO! www.sindiatacadista.com.br/brasvendas (61) 3561-6064 REALIZAÇÃO APOIO ensino Cristiano Costa Mais profissionais no mercado de trabalho //por Sílvia Melo Senac forma mais de 600 alunos de cursos técnicos e de aprendizagem M ais 667 alunos do Senac-DF concluíram os cursos e estão prontos para enfrentar o mercado de trabalho. Para comemorar e incentivá-los a dar continuidade aos estudos, o Senac-DF promoveu quatro sessões solenes, nas quais entregou diplomas simbólicos aos estudantes dos cursos de aprendizagem e técnicos das unidades do Senac da Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho e Gama. As cerimônias, parecidas com as típicas colações de grau de quem conclui curso superior, foram realizadas em março e contaram com as presenças dos familiares dos alunos, convidados e representantes do Senac. Em todas as cerimônias das quais participou, o presidente do Conselho Regional do Senac-DF, Adelmir Santana, destacou em seu discurso a importância da continuidade dos estudos para manter-se no mercado de trabalho. “O mercado é extremamente exigente. E quando falo exigente, é para alertá-los de que isso é apenas uma etapa. Para alguns uma etapa inicial, para outros uma etapa intermediária. Mas além disso temos novas etapas e novas conquistas para continuarmos atendendo a essas exigências do mercado. Temos nítida compreensão disso, porque nós, do Senac, pregamos sempre a educação continuada e oferecemos essas oportunidades aos Adelmir Santana, presidente do Senac-DF: o mercado é extremamente exigente nossos alunos por meio de cursos que vão da formação inicial e continuada, passando pelo técnico, superior e chegando aos de pós-graduação”, ressaltou. A primeira cerimônia aconteceu em 16 de março no Teatro de Sobradinho para 71 alunos que concluíram os cursos técnicos em Contabilidade, Informática, Logística e os de Aprendizagem em Serviços de Supermercado, em Serviços Administrativos e em Serviços de Vendas. A segunda, realizada no dia 17, no Teatro Paulo Gracindo, do Sesc do Gama, contemplou 142 alunos de nove turmas do Senac daquela cidade, que concluíram os cursos Técnico em Secretariado, Técnico em Contabilidade, Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços de Supermercados, em Serviços de Vendas e em Serviços Administrativos. A terceira cerimônia, realizada em 19 de março, contemplou mais de 340 alunos do Senac Taguatinga que concluíram os cursos de Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços Administrativos, Hoteleiros, de Supermercado e de Vendas. A homenagem aos alunos foi no Teatro Sesc Newton Rossi, na Ceilândia. A última sessão solene também foi realizada no Teatro Newton Rossi, no dia 20, e contemplou 114 alunos da unidade do Senac da Ceilândia que fizeram os cursos Técnico em Contabilidade, Aprendizagem Comercial em Serviços de Vendas e Aprendizagem Comercial em Serviços de Supermercados. Além de agradecer a presença de todos na cerimônia dos alunos do Senac da Ceilândia, o diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa Neves, destacou que a conclusão dos cursos não significa uma despedida do Senac, apenas uma pausa, já que a instituição estará sempre de portas abertas para que os formandos possam fazer novos cursos, dando continuidade ao processo de formação profissional. “Venho aqui dizer que esta formatura não é um adeus, mas um até breve. Na vida, vocês vão encontrar todo tipo de dificuldade. É difícil, é trabalhoso, mas vale a pena. E o mercado não é fácil, mas para vocês, em relação a quem não fez um curso no Senac, vai ser muito mais fácil”, concluiu. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Revista Fecomércio DF 41 história Além dos livros //Por Fabíola Souza Foto: Cristiano Costa Acervo do projeto Bibliotecas do Saber guarda documentos e fotos que recontam a história do País e a vida de pessoas comuns L evar esperança por meio da literatura é o objetivo do projeto Bibliotecas do Saber, desenvolvido pela Rede de Postos de Combustíveis Gasol. O projeto espalhado por todo o DF e Entorno, atende atualmente mais de 200 mil pessoas por mês. A proposta resgatou, desde que foi criada em 2007, um pouco da história do País e de alguns brasileiros por meio de ob- jetos encontrados dentro dos livros arrecadados. Entre os achados estão documentos históricos originais assinados pelo ex-presidente Getúlio Vargas, certidões de nascimento, cartas de amor, provas acadêmicas, além de fotos de pessoas que provavelmente fizeram as doações e contribuíram para esses oito anos de atividade. Tudo guardado de maneira cuidadosa em um espaço re- servado na sede do projeto, no Posto Cascol da 406 Sul. As grandes encorajadoras desse processo foram a coordenadora-geral das Bibliotecas do Saber, Carmen Gramacho, e a bibliotecária Iza Antunes. De acordo com Gramacho, a primeira biblioteca montada foi em uma escola pública no Lago Oeste. “A partir daí a Gasol começou a receber uma enxurrada de solici- Adelmir Santana, Iza Antunes e Antonio Matias 42 Revista Fecomércio DF tações. Eram tantas que não havia meios de atender à demanda. Então, criamos um cadastro das entidades que solicitavam a nossa visita”, lembra a coordenadora. Atualmente, o projeto tem 155 unidades montadas, com uma média de 2,5 mil livros por biblioteca, em áreas rurais, escolas, presídios e casas de recuperação de crianças e adolescentes infratores. Além disso, o programa já atendeu até outros países, como no caso de Angola, que recebeu 20 mil livros. Mais além das fronteiras do Distrito Federal, foram instaladas também bibliotecas em Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e Ceará. De acordo com a Iza, esses objetos foram encontrados desde o começo do projeto, pois todos os livros passam por uma triagem que avalia estado de conservação e os organiza por conteúdo. “No meio do livro achamos fotografias, atestados “Com essa doação, a Fecomércio-DF soma a entrega de mais de 230 mil revistas e 15 mil livros para instituições” Adelmir Santana Presidente da FecomércioDF de óbito, certidões de nascimento, dinheiro, cartas de amor, cartões-postais”, conta a bibliotecária. Dessa forma, a instrução foi para guardar tudo o que era encontrado e em hipótese nenhuma jogar fora. Para Carmen, a história das pessoas é o que elas têm de patrimônio na vida. “Um homem sem história é um homem sem valor”. Dessa forma, ela guarda todos os objetos encontrados nos livros para poder contar a histórias desses achados e agradecer aos moradores de Brasília a doação dos livros. Em 2010 a exposição criou forma. Antes de ser fixada no posto Cascol da 406 Sul, a mostra era itinerante. E foi em uma dessas ocasiões que ocorreu um fato pitoresco. “Uma moça parou na frente de um painel e de repente começou a chorar. Ficou parada no local, estarrecida, olhando uma foto. Contou que em uma das fotos era o irmão dela e que ele havia doado os livros para o projeto. Perguntamos se ela queria levar a foto. Ela disse que não, que a foto era nossa, e que o irmão retratado na foto havia falecido no ano anterior, atropelado. Foi algo impactante”, recorda Carmen. Iza também lembra de uma vez que uma pesquisadora estava fazendo um trabalho sobre a Era Vargas e ela viu os documentos originais assinados pelo ex-presidente na exposição e queria ficar com eles. Mas eles não podiam ser cedidos, então a pesquisadora sentou e começou a copiar as informações dos documentos. DOAÇÕES PRECIOSAS É por meio das doações de livros que é possível manter as 155 bibliotecas já existentes. Ciente disso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), por meio do programa social Literatura Para Todos, realizou em março uma doação de 130 mil revistas infantis de colorir e 3,5 mil livros para o projeto Bibliotecas do Saber, da Rede de Postos de Combustíveis Gasol. De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o alcance dessa ação é enorme. “Ouvi relatos de pessoas que estavam em uma situação de restrição de liberdade e encontraram nos livros um caminho para se reintegrarem à sociedade. Em outra ponta, muitas crianças terminavam seus expedientes diários nas escolas do governo e não tinham onde continuar o processo de aprendizado. As bibliotecas construídas nesses centros de ensino servem como verdadeiras opções de reforço escolar”, aponta Adelmir. O fundador do projeto, Antonio Matias, afirma que qualquer um pode fazer a doação de livros. Ele explica que, depois de doados, os livros passam por uma triagem e são destinados aos postos das Bibliotecas do Saber. “Já recebemos mais de três milhões de livros. Todos doados”, ressalta Matias. Por acreditar nesse tipo de trabalho e defender a bandeira da educação, a Fecomércio-DF pretende realizar novas doações para projetos semelhantes, que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Acredito que, se quisermos transformar a nossa realidade, o caminho passa pela educação. Com essa doação, a Fecomércio soma a entrega de mais de 230 mil revistas e 15 mil livros para instituições”, diz Adelmir. O programa social Literatura Para Todos não conta com nenhum tipo de recurso público. Trata-se de uma ação exclusiva da iniciativa privada, capitaneada pela Federação com o apoio da Ediouro Gráfica, que fornece os materiais doados. Mais informações sobre o projeto Bibliotecas do Saber, basta acessar www.bibliotecasdosaber.com.br ou ligar para: 3217-8585 ou 3217-8567. Revista Fecomércio DF 43 cultura Riso de graça //Por José Borges Foto: Cristiano Costa Sesc Festclown chega à 13ª edição e reúne na cidade palhaços de todo o mundo, em 55 apresentações T em continuidade em Brasília, até o dia 10 de maio, a 13ª Edição do Sesc Festclown, que oferece uma programação diversificada, com grupos locais e internacionais. Neste ano, participarão 32 companhias, em 55 apresentações de palhaços e artes circenses. Os espetáculos serão realizados no Complexo Cultural da Funarte, no Parque da Cidade e na Feira da Torre de TV. Além de levar arte e diversão ao público, o festival tem por objetivo capacitar artistas da área que dispõem de poucos cursos específicos no Brasil e divulgar o trabalho desses artistas. De acordo com o idealizador e organizador do Festclown, Rogero Torquato, o evento possibilita a troca de experiências entre artistas tradicionais e contemporâneos, ao homenagear personalidades circenses. “A intenção é criar um ambiente propício para a troca de experiências e intercâmbios de ideias entre artistas locais e internacionais.” A expectativa é que 80 mil pessoas assistam às apresentações nos cinco dias de festival. Todos os espetáculos são gratuitos. Os ingressos devem ser retirados uma hora antes no local do espetáculo. A ideia de que o circo está morrendo passa longe do festival. A experiência do dia a dia prova o contrário. A arte da palhaçaria 44 Revista Fecomércio DF se renova o tempo todo, buscando reinventar seus espaços. Um exemplo disso é a Companhia de Teatro Etc e Tal, um dos destaques desta edição do Festclown. O grupo carioca foi criado em 1993 e desenvolve sua pesquisa artística calcada na tríade Teatro-Mímica-Humor, com uma média de 150 apresentações e 25 mil espectadores por ano. “Precisamos sempre manter olhos e corpos atentos para a cena viva. É por meio da pesquisa cotidiana e da variação de temas que nos renovamos”, conta o diretor e ator da companhia, Alvaro Assad. Ankomárcio Rodrigues, um dos fundadores do Circo Teatro Artetude, participou de edições anteriores do festival e revela a expectativa do grupo para o Festclown deste ano. “Esse festival já virou uma tradição. Dividir o palco com tanta gente boa só nos faz acreditar mais no evento, além de querer oferecer o nosso máximo ao público. Queremos que as pessoas sintam o quanto é bom rir na alegria e na dificuldade”, conta Ankomárcio. Mais informações @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br legislação Hora de se desfazer dos comprovantes //Por Fabíola Souza Empresas são obrigadas a enviar no mês de maio a declaração de quitação anual de débitos, que substitui 12 comprovantes R ecibos de pagamento de impostos e de quitação de outras dívidas devem ser guardados por cinco anos. Mas são tantas contas que o consumidor e o empresário assumem ao longo do ano, que às vezes é difícil guardar tantos papéis. Para facilitar essa questão, existe desde 2009 a Lei 12.007, que estabelece a obrigatoriedade de as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados emitirem aos seus res- 46 Revista Fecomércio DF pectivos consumidores uma declaração de quitação anual de débitos. De acordo com a legislação, as empresas devem enviar o documento todo mês de maio. Ela é válida para as contas de água e energia, telefonia e TV a cabo e compreende os meses de janeiro a dezembro do ano anterior. De acordo com o advogado tributarista Jacques Veloso, as empresas são obrigadas a emitir a quitação anual. É um papel que Fotos: Raphael Carmona LANUZA SILVA GUARDA OS COMPROVANTES POR CINCO ANOS Saiba mais substitui os 12 comprovantes. “O consumidor não precisa requerer esse direito, pois é obrigação da empresa emitir”, aponta o especialista. Mas ele alerta, caso a empresa descumpra a norma, o consumidor pode entrar em contato e solicitar o documento sem custo nenhum. O prazo limite para emitir a declaração é o mês de maio do ano posterior ao ano de referência da declaração. Veloso explica que essa declaração permite que o consumidor substitua os comprovantes de quitação por um único documento que comprove sua adimplência e também facilita o exercício da sua defesa em caso de cobrança indevida. Ainda segundo ele, o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição da despesa, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros. A lei diz que concessionárias de energia elétrica, água, operadoras de telefonia, planos de saúde, cartão de crédito, cartão de loja, financeiras e escolas são alguns dos fornecedores obrigados a enviar a declaração ao consumidor. Lanuza Silva, 53 anos, é uma consumidora atenta, sempre guarda seus comprovantes de pagamento. “Eu conheço essa lei e exijo os meus direitos, mas as empresas não mandam a quitação anual como deveria ser feito. Na maioria das vezes eu que entro na internet por meio do site da empresa e imprimo a minha declaração”, aponta. Lanuza também guarda os comprovantes por cinco anos, pois segundo ela, já teve problemas no passado de ser cobrada por uma conta que já tinha sido paga e, por precaução, prefere guardar os documentos. Para ela, o cidadão precisa ficar atento aos seus direitos. “Os órgãos responsáveis pela fiscalização dessa lei não estão velando pelo nosso direito, pois as empresas descumprem e não recebem nenhum tipo de punição. Mas se o contribuinte deixa de pagar qualquer conta pública, como água ou luz, é apenado de forma imediata”, desabafa Lanuza. Para a consultora de finanças pessoais Tathiana Del Aguila, o papel é uma ferramenta do passado. Agora o ideal é digitalizar os comprovantes - a digitalização de documentos é o processo de conversão de documentos físicos em formato digital. “É preciso guardar os comprovantes de pagamento como forma de prevenir de eventuais cobranças indevidas, mas isso não necessariamente precisa ser guardando os papéis, também pode-se conservar os documentos em forma digital”, afirma a especialista. Aguila acredita que esse será o futuro, pois a digitalização evita o gasto de papel e ainda facilita a consulta de documentos, além, claro, de ser mais benéfico para o meio ambiente. Outro ponto que favorece essa prática é que os dados podem ser acessados de qualquer dispositivo conectado à internet. A Lei 12.007/2009 dispõe sobre a emissão de Declaração de Quitação Anual de Débitos pelas pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados. - As pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados são obrigadas a emitir e a encaminhar ao consumidor declaração de quitação anual de débitos. - A declaração de quitação anual de débitos compreenderá os meses de janeiro a dezembro de cada ano, tendo como referência a data do vencimento da respectiva fatura. - Somente terão direito à declaração de quitação anual de débitos os consumidores que quitarem todos os débitos relativos ao ano em referência. - Caso o consumidor não tenha utilizado os serviços durante todos os meses do ano anterior, terá ele o direito à declaração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos. - Caso exista algum débito sendo questionado judicialmente, terá o consumidor o direito à declaração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos. - A declaração de quitação anual deverá ser encaminhada ao consumidor por ocasião do encaminhamento da fatura a vencer no mês de maio do ano seguinte ou no mês subsequente à completa quitação dos débitos do ano anterior ou dos anos anteriores, podendo ser emitida em espaço da própria fatura. - Da declaração de quitação anual deverá constar a informação de que ela substitui, para a comprovação do cumprimento das obrigações do consumidor, as quitações dos faturamentos mensais dos débitos do ano a que se refere e dos anos anteriores. - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará os infratores às sanções previstas na Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, sem prejuízo daquelas determinadas pela legislação de defesa do consumidor. Revista Fecomércio DF 47 jisesc Futuros olímpicos //Por Sacha Bourdette Foto: Cristiano Costa Competições em 16 modalidades esportivas do JISESC começam em maio nas unidades do Sesc C om o objetivo de despertar novos atletas e promover o esporte, o Sesc realiza, de 16 de maio a 28 de junho, os Jogos de Integração Crianças e Adolescentes do Sesc-DF (JISESC/2015). A competição ocorre nas unidades de Ceilândia, Taguatinga Norte e Sul. Participam estudantes e usuários de clubes ou associações desportivas nascidos entre 2000 e 2003. Segundo o presidente do SescDF, Adelmir Santana, a instituição oferece condições para que jovens despontem no cenário esportivo. “O JISESC é uma competição que possibilita a integração de jovens e crianças por meio da prática esportiva em diversas modalidades. O Sesc reconhece o papel do esporte para a saúde física e mental de todos. Por isso, promove diversas atividades utilizando uma estrutura moderna composta de ginásios esportivos, quadras e piscinas. Com o JISESC queremos incentivar competições saudáveis, contribuindo para a educação integral de futuros atletas”, afirmou. De acordo com o supervisor de Atividades do Sesc Taguatinga Norte e responsável pela organização do evento, Júlio Rocha, a expectativa é que mais de cinco mil atletas participem. “Buscamos com o JISESC integrar a comunidade esportiva e contribuir para a formação de novos talentos”, contou. As inscrições se encerram no dia 7 de maio nas unidades do Sesc e o Congresso Técnico da Competição está marcado para 9 48 Revista Fecomércio DF de maio. A abertura oficial ocorre no dia 16 de maio no Sesc de Taguatinga Norte. No dia seguinte, 17, será dada a largada aos jogos. As modalidades disputadas são: basquetebol, caratê, futebol society, futsal, handebol, jiu-jitsu, judô, kung fu, natação, queimada, taekwondo, voleibol, xadrez, tênis de mesa e de campo. As competições são organizadas por categorias individuais e coletivas, além de divididas conforme a faixa etária – infantil, para os que nasceram entre 2000 e 2001, e mirim, para os nascidos entre 2002 e 2003. As equipes classificadas do primeiro ao terceiro lugar serão premiadas com troféus e medalhas. Em 2014, a equipe de futebol society mirim do Sesc se sagrou campeã. O instrutor do Sesc de Taguatinga Sul, Germando Costa, conta como foi: “Todos ficaram muito orgulhosos com o resultado obtido pelos alunos. As crianças treinam nas unidades duas vezes por semana e, se necessário, realizamos três treinos. O Sesc se preocupa em realizar jogos internos e amistosos, o que colabora no aprimoramento das habilidades dos jovens. Participamos também de jo- gos interclubes”. Para o estudante da EduSesc e jogador do time de futebol society, Gustavo de Chagas, 12 anos, foi emocionante a vitória. “O nosso time ficou muito feliz em vencer e este ano vamos participar de novo. Quando crescer quero ser jogador profissional”, revelou. Além dos times do Sesc, participam clubes e associações de outras instituições. O Colégio Ideal é uma delas. O diretor e coordenador de Esporte do colégio, Carlos Henrique Martinez, elogia a iniciativa. “Participamos desde o início do JISESC e em quase todas as modalidades. No ano passado, por exemplo, conseguimos destaque no basquete, vencemos nas duas categorias. A competição é democrática e incentiva os alunos. Todos saem ganhando, pois integramos os jovens e instituições”, apontou. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Cristiano Costa mercado imobiliário Merecido reconhecimento //Por Daniel Alcântara Empreendimento em parceria com a Mirante Incorporações e a Brookfield homenageia pioneiros da cidade Brasília completou 55 anos mês passado e muitos pioneiros foram homenageados nos últimos meses. Um deles foi o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, que emprestou seu nome a um prédio localizado na quadra 204 de Águas Claras. A torre que leva o nome de Adelmir faz parte do Quattro Mirante Residence, fruto de uma parceria entre as empresas Mirante Incorporações e a Brookfield. Construído em um terreno de 9 mil metros quadrados, o residencial conta com mais duas torres: Sebastião Silva e Nélson Cagai. A inspiração para intitular os prédios do empreendimento partiu da vontade de homenagear Brasília por meio de seus empresários e pioneiros que fizeram a diferença na capital. As torres Sebastião Silva e Adelmir Santana têm 17 pavimentos, o edifício Nélson Cagai conta com 16 andares. Cada um dos prédios disponibiliza duas unidades duplex. O estacionamento tem 294 vagas em dois subsolos. A ampla área conta com 61 itens de lazer, como salão de jogos, espaço para realização de festas, cinema, praça do xadrez, piscina adulto com hidromassagem, solarium de pedra, caminho de seixos sob a água, deck molhado, brinquedoteca e painel com cascata e espelho d’água estão entre as atra- ções do imóvel. O projeto paisagístico é assinado por Benedito Abbud. As áreas co- muns decoradas ficaram a cargo da Mezzo Arquitetura. O valor médio dos apartamentos é de R$ 1,5 milhão. HISTÓRIA DE SUCESSO Nascido em 19 de abril de 1945, em Nova Iorque, Maranhão, Adelmir Santana chegou a Brasília em 1964 e se formou em Administração de Empresas pelo Centro Unificado de Brasília (UniCeub). Foi funcionário público até 1971. Em seguida, ingressou em uma multinacional da área da indústria farmacêutica, onde desenvolveu suas atividades profissionais até 1986. Nesse mesmo ano, iniciou suas atividades como empresário proprietário no segmento farmacêutico, consolidando a rede de Drogarias Vison. Adelmir também ocupou o cargo de senador entre os anos de 2007 e 2011, quando foi relator da Lei do Micro Empreendedor Individual (MEI), que contempla os empreendedores com receita bruta de até R$ 60 mil ao ano. É o caso de costureiras, sapateiros, manicures, barbeiros, marceneiros, encanadores, mecânicos e pintores de parede. Graças a essa lei, hoje esses trabalhadores têm mais facilidade para legalizar o negócio e direito à aposentadoria, entre outras vantagens. Revista Fecomércio DF 49 agenda fiscal Novidades que merecem atenção A primeira trata das novas regras para a concessão do Seguro-Desemprego. Desde o dia 1º de abril (Resolução CODEFAT 742/2015) passou a ser exclusivamente pelo programa Empregador Web, não havendo mais o formulário Comunicado de Dispensa, ainda que seja necessário imprimir o documento. Destaca-se que a informação sobre a demissão será enviada aos órgãos fiscalizadores de imediato. A segunda Calendário novidade trata do restabelecimento das alíquotas de contribuição para o PIS/ Pasep e a COFINS incidentes sobre receitas financeiras obtidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa (Decreto 8.426/2015). A Lei 10.865/2004, autorizou o governo a reduzir (Decreto 5.442/2005) e restabelecer as alíquotas, o que ocorreu agora. Assim, a partir de 1º de julho, prepare-se para o aumento da car- ga tributária em sua empresa, com o PIS de 0,65% e a COFINS de 4%. A terceira novidade foi a implantação da NFe 3.10. As mudanças contemplam o formato da data, que agora traz a hora de sua emissão (padrão UTC); a identificação do destino da operação (venda ao consumidor final, venda pela internet e outros meios que não o presencial); a indicação de devolução; e a autorização de download em XML. 7 a 31/5/2015 O QUÊ e QUANDO pagar? 7/5 15/5 20/5 25/5 29/5 • Data limite para pagamento dos Salários referente a 4/2015 • FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 4/2015 • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/4/2015 • Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 4/2015 • Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 4/2015 • Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 4/2015 SIMPLES NACIONAL referente a 4/2015 • ISS e ICMS referentes a 4/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações) • PIS e COFINS referentes a 4/2015 • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 4/2015 • 2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado • Carnê Leão referente a 4/2015 • IRPJ e CSLL referentes à 04/2015, por estimativa • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/5/2015 • Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado) O QUÊ e QUANDO entregar? 7/5 15/5 22/5 29/5 Cristiano Costa Várias • Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente a 4/2015 • Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF referente a 3/2015 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF referente a 3/2015 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 4/2015 • Livro Fiscal Eletrônico (LFE) à SEF/DF referente a 4/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009) Adriano de Andrade Marrocos Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF 50 Revista Fecomércio DF graduação Sua chance de crescimento profissional //Por Luciana Corrêa Faculdade Senac abre vestibular com 340 vagas. Provas serão aplicadas no dia 24 de maio O segundo processo seletivo 2015 da Faculdade de Tecnologia Senac-DF está com as inscrições abertas até 22 de maio, presencialmente, na unidade 903 Sul, de segunda à sexta-feira, das 9h às 21h30. Pelo site www.facsenac.edu. br é possível se inscrever até dia 21. A taxa de inscrição é de R$ 20 e a prova será dia 24 de maio, às 10h. A faculdade reservará 10 dez vagas de cada curso, em cada turno, para os aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) com a seguinte pontuação mínima: 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e 500 pontos na redação. O período para apresentação da declaração é de 18 a 22 de maio. As vagas não preenchidas por candidatos oriundos do ENEM serão automaticamente reservadas para o vestibular tradicional. Os cursos oferecidos pela instituição são: Tecnologia em Gestão Comercial, com 45 vagas no período noturno (19h às 22h30); Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, com 45 vagas no período noturno; Tecnologia em Marketing, com 50 vagas no noturno; Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, sendo 50 vagas no matutino e 50 vagas no noturno; Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com 50 vagas no matutino (8h às 11h30) e 50 vagas no noturno. CURSOS OFERECIDOS Tecnologia em Gestão Comercial - O egresso do curso estará apto a atuar no varejo, gerenciando diversos tipos de empresas do segmento de forma empreendedora e inovadora, utilizando ferramentas como marketing, gestão de pessoas, logística, formação de preços e gerenciamento de custos e finanças. A compreensão das atividades técnicas e operacionais também lhe conferirá habilidades para criar, administrar e avaliar negócios próprios. Duração média: dois anos. Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação - O curso forma profissionais aptos a atuar na área de informática que abrange a gestão dos recursos de infraestrutura física e lógica dos ambientes informatizados, o gerenciamento de projetos e Governança de TI, de forma empreendedora e criativa, utilizando competências que envolvam avaliação de soluções inovadoras. Duração média: dois anos e meio. Tecnologia em Marketing - O curso forma profissionais aptos a atuar na média gerência de empresas e em seus próprios empreendimentos, desenvolvendo estratégias mercadológicas iniciadas com a interpretação das necessidades dos consumidores, passando pela elaboração de processos de todas as ações que envolvem a análise, pesquisa, planejamento e controle dos produtos e serviços da organização. Também estarão aptos a elaborar estratégias de comunicação com os consumidores e o mercado. Duração média: dois anos. Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos - O profissional formado no curso estará apto a atuar nos vários subsistemas da Gestão de Recursos Humanos, em organizações públicas e privadas, utilizando ferramentas e técnicas reconhecidas, planejar, executar, gerenciar e avaliar ações e projetos na área de recursos humanos. As competências do egresso permitirão que ele compreenda o trabalho como fator de inclusão social e de desenvolvimento do potencial humano, contribuindo para o aprimoramento das organizações e seus membros, gerando resultados positivos a si, a seu grupo, a organização e a sociedade, de forma ampla e sustentável. Duração média: dois anos. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas - O egresso poderá atuar em um segmento que abrange a análise e o desenvolvimento de sistemas como foco principal. Nesse sentido, será capaz de projetar, documentar, especificar, desenvolver, testar, implantar e manter sistemas computacionais de informação. Poderá gerir recursos de infraestrutura física e lógica dos ambientes informatizados, gerenciar projetos e pessoas e aplicar metodologias de Governança de TI, de forma empreendedora e criativa, com competências variadas que envolvam avaliação de soluções inovadoras que atendam as necessidades da organização, gerando melhoria na qualidade dos processos e procedimentos internos. Duração média: dois anos e meio. Mais informações sobre o 2º Vestibular 2015: (61) 3217-8821 @faculdadesenacdf /faculdadesenacdf www.facsenac.edu.br Revista Fecomércio DF 51 caso de sucesso Do estágio para o emprego //Por Sílvia Melo Foto: Cristiano Costa Aluna consegue vaga no mercado de trabalho após estágio em curso do Senac A estudante Anacláudia India Brasil Silva Sabino de Arruda, de 19 anos, conseguiu uma bolsa de estudo pelo Pronatec para o curso Técnico em Informática. Moradora de Sobradinho, fez o curso no Senac daquela cidade. Ao terminar, em fevereiro de 2015, estava empregada. A oportunidade veio da empresa onde ela fez o estágio obrigatório do curso, a C.P. Marra Inteligência Contábil. Atualmente ela trabalha com desenvolvimento de software e ocupa o cargo de Programadora Junior. Anacláudia decidiu fazer o curso porque sempre teve muita afinidade pela área de informática, porém não sabia qual ramo deveria seguir. Além do conteúdo do curso do Senac estar dentro de suas expectativas, ela se identificou com a programação. “É um curso técnico para aprender programação, e de fato foi o que eu aprendi e com o que me identifiquei. É um curso que dá uma boa base para quem quer ser programador”, afirma. “O Senac foi fundamental para mim. Antes desse curso não sabia que faculdade fazer, nem que área da informática seguir. Estava perdida. Graças a esse curso fui muito bem orientada pelos óti- 52 Revista Fecomércio DF mos professores que tive e consegui me encontrar na informática”, declara. Atualmente ela faz curso superior de Sistemas da Informação. SOBRE O CURSO A próxima turma do curso Técnico em Informática, que possui carga horária de 1.190h, incluindo estágio, está prevista para iniciar em 26 de junho, das 18h30 às 22h30, na unidade do Senac localizada no Setor Comercial Sul (Jessé Freire). Para participar é preciso ter idade mínima de 16 anos e estar cursando, no mínimo, o 2º ano do Ensino Médio ou o 3º segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O investimento é de R$ 5,5 mil, valor a ser pago em parcelas mensais, de acordo com a duração dos módulos. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. Revista Fecomércio DF 53 artigo direito no trabalho Aprovação do PL 4.330 na Câmara 54 Revista Fecomércio DF legislar no País. Logo, apesar de ainda necessitar de aprovação do Senado e uma possível nova votação na Câmara, além da sanção da presidente da República, a necessidade de regulamentação de terceirização no País, por quem de direito tem poderes constitucionais para isso, é premente, devendo o processo legislativo ser concluído o quanto antes. “Hoje existem aproximadamente 12 milhões de trabalhadores empregados nas empresas que prestam serviços terceirizados” Lirian Soares consultora jurídica Ope Legis Consultoria Empresarial Cristiano Costa No último mês muito tem se falado, às vezes de forma equivocada, sobre o Projeto de Lei 4.330, aprovado no dia 22 de abril, na Câmara dos Deputados - o chamado PL da terceirização. Cabe informar que a terceirização dos serviços de asseio e conservação existe no Brasil desde a época do Império, para a limpeza das ruas do Rio de Janeiro. Portanto, essa forma de contratação não é um fenômeno novo no Brasil. Hoje existem no País aproximadamente 12 milhões de trabalhadores empregados nas empresas que prestam serviços terceirizados que, por se tratar de uma relação de emprego, diferente da ordinária, muitas vezes não é alcançada pela legislação trabalhista de 1943, mesmo com suas atualizações. O que o texto aprovado na Câmara dos Deputados apresenta são normas específicas e mais abrangentes que as existentes atualmente, para regular as relações de emprego entre as empresas terceirizadas, seus empregados e as empresas tomadoras de serviço. Portanto, é uma real falácia que o texto do PL retira direitos dos trabalhadores. Muito pelo contrário, ele preserva esses direitos de forma voltada para o tipo de atividade exercida. De qualquer forma, não seria mais possível, que uma das atividades mais importantes do País seguisse sendo regulamentada, mediante Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em detrimento de lei específica advinda do Congresso Nacional, que é o órgão que tem poder constitucional para empresário do mês Tradição que se renova //Por Liliam Rezende Foto: Cristiano Costa Proprietário do Ki-filé cria pratos novos para garantir clientela fiel, desde 1984 R aimundo Nonato Vasconcelos chegou a Brasília quando a cidade ainda era um esboço. Foi um dos primeiros dos nove irmãos a vir de Sobral (CE) para a capital, em 1967, e trabalhou como garçom em um restaurante de comida italiana, onde aprendeu muito do que sabe hoje. Em 1984, ele e o irmão Anastácio Cavalcante, que também trabalhava no restaurante, decidiram criar o próprio empreendimento. O Ki-filé (405 Norte, 3274-6363) abriu as portas servindo pratos que viraram tradição. O filé-mignon é a especialidade do menu de viés brasileiro. Campeão de vendas, o filé à cavalo chega à mesa grelhado sob dois ovos fritos, guarnecido de arroz, feijão-preto e farofa de ovo com bacon, ao valor de R$ 28. Pelo mesmo preço, a versão francesa traz arroz com batata, presunto, ervilha e cebola. Já às sextas e aos sábados o prato do dia é a feijoada (R$ 32 por pessoa). Enquanto Raimundo cuidava da cozinha, Cavalcante recebia os clientes no salão. Graças à simpatia e contato próximo com os fregueses, o restaurante até hoje é conhecido pelo sobrenome dele. Cavalcante morreu em 2004 e seu lugar como principal garçom da casa foi assumido pelo filho, Roberto Cavalcante Vasconcelos, 37 anos. Raimundo, hoje com 67 anos, continua no comando da cozinha. “Quem pega no cabo da panela sou eu. Acho importante acompanhar de perto a saída dos pratos, para manter sempre o padrão”, relata. Grande parte dos clientes estuda ou trabalha na Universidade de Brasília (UnB), e outra boa parte são servidores públicos, funcionários da Câmara e Senado e alguns políticos. São servidas, em média, 150 refeições por dia. “Nosso público é fiel. Acredito que o custo-benefício e a qualidade dos pratos são a razão disso.” NOVIDADES Mesmo com a clientela fiel, Raimundo quis inovar e investir nos petiscos e sanduíches. “Todo mundo tem nosso restaurante como referência para o almoço, mas funcionamos à noite também com um cardápio bem variado”, destaca. Intitulado com o nome do dono, o Raimundão - sanduíche feito no pão francês com filé, queijo, presunto, ovo, alface e tomate - é a melhor pedida da noite, a R$ 12,50. “O segredo desse sanduíche é o pão fresquinho e a carne macia, que agrada a todos os gostos”. No Ki-filé o cliente tem sempre razão e sugestões são bem-vindas e atendidas. “Se o freguês preferir, fazemos de pernil, frango ou carneiro também”, conclui. Revista Fecomércio DF 55 tecnologia Renato Carvalho Gerente de Mídias Sociais & Conteúdo da ClickLab www.clicklab.com.br Maximo Migliari www.facebook.com/agencia.clicklab Diretor-Executivo da ClickLab [email protected] A publicidade no Instagram Uma das redes sociais mais populares no Brasil está prestes a ficar ainda mais interessante para empresas. Em abril, o Instagram começou a permitir posts patrocinados dentro dos feeds de seus usuários. De acordo com a rede social, inicialmente só algumas empresas selecionadas, como Avon, Closeup, Coca-Cola, entre outras, terão acesso a essa plataforma, mas, a partir de julho, ela estará disponível para qualquer anunciante. Assim como já acontece nos EUA, todo o conteúdo publicitário aparecerá marcado com a palavra “patrocinado” acima da imagem ou vídeo os usuários da rede social poderão escolher esconder esses anúncios ou interagir com eles, curtindo-os e deixando comentários. Consideramos essa novidade muito animadora, pois sabemos o quão difícil é para os pequenos negócios conseguirem angariar seguidores e aumentar o engajamento de suas postagens organicamente. Por outro lado, é necessário lembrarmos de um ponto muito importante. Por mais que os anúncios facilitem a vida do pequeno empresário, ele não pode se esquecer de que o conteúdo de qualidade ainda é a melhor forma de divulgação. Como o Instagram é uma propriedade do Facebook, não duvidamos que, no futuro, ele tenha as mesmas restrições que já encontramos neste último. Por esse motivo, se o conteúdo produzido não for de qualidade, os resultados, mesmo com patrocínio, continuarão insatisfatórios. Não podemos esquecer também que o próprio 300 milhões número de usuários de Instagram em todo o mundo usuário tem o poder de esconder o conteúdo publicitário de sua timeline. Então, mais do que nunca, é necessário que o empresário tenha cuidado com aquilo que está publicando. Hoje o Brasil já é o segundo maior mercado para o Instagram no mundo, perdendo apenas para os EUA, o que nos faz acreditar que veremos cada vez mais novidades chegando por aqui. Com a popularização cada vez maior dos smartphones, o que aumenta ainda mais o potencial dessa rede, sugerimos que todos que ainda não consideraram o Instagram em suas estratégias de marketing aproveitem o momento e saiam na frente de seus competidores. Saiba mais sobre as novidades do Instagram em blog.instagram.com. Cadê meu celular? Não tem nada mais chato do que perder o celular, não é mesmo? Mas, se você possui um Android 2.2 ou superior, o Google pode te ajudar nesses momentos de desespero. De forma similar ao que já ocorre em iPhones, o Gerenciador de Dispositivos dos Androids permite descobrir a localização de seu celular, bloqueá-lo ou, até mesmo, fazê-lo tocar. Para acessá-lo, basta digitar “find my phone” no Google 56 Revista Fecomércio DF e, em questão de segundos, você verá um mapa com a localização de seu aparelho. Algumas restrições: você deve estar logado em seu navegador com a mesma conta Google do seu smartphone e você precisa usar o Google em Inglês. Para ativar esse recurso, abra o app “Config. Google” em seu celular, toque em “Segurança” e ative as opções “Localizar remotamente” e “Permitir bloqueio”. Um novo conceito de relógio? Depois de muita espera, no dia 24 de abril chegou às lojas de alguns países do mundo o Apple Watch, relógio inteligente que promete revolucionar o mercado. Com um corpo de alumínio, tela que remete ao iPhone 6 e grande variedade de pulseiras, o aparelho deve agradar aos mais variados gostos. O Apple Watch poderá ser sincronizado com iPhones e terá uma série de aplicativos exclusivos. Disponível em dois tamanhos, 38mm ou 42mm, o aparelho inaugura um novo sistema operacional, o WatchOS. Estamos curiosos para testar. O aparelho ainda não tem data de lançamento no Brasil. Valor: entre US$ 349 e US$ 17 mil (versão em ouro). Para os apaixonados por fotos O aplicativo ProCamera 8 foi feito para aqueles que querem uma qualidade melhor em suas fotos. Com diversas funcionalidades como configuração de exposição, foco, velocidade do obturador e mais, o app possibilita que entusiastas consigam dar uma versão mais profissional para suas fotos mesmo não tendo uma câmera DSRL. App exclusivo para iPhone. Valor: US$ 3,99 Ainda sobre fotos Você sabia que pode comprar uma lente removível para o seu smartphone? As opções são variadas, e você pode encontrar de lentes zoom até lentes fisheye com preços bem acessíveis. E, o melhor de tudo, é que a grande maioria delas se adapta a qualquer celular. Valor: entre R$ 40 e R$ 100 40% dos celulares vendidos no Brasil hoje são smartphones Revista Fecomércio DF 57 perfil Exemplo de superação //Por Liliam Rezende Foto: Cristiano Costa Paranaense competirá etapa Brasília do Sesc Triathlon na companhia do filho cadeirante O bombeiro hidráulico, massoterapeuta e triatleta, José Rosa das Neves, de 47 anos, é um exemplo no esporte e na vida. Há 22 anos ele passou por uma provação, já que o seu filho mais velho, Elkier, nasceu com hidrocefalia e má formação óssea da coluna. Apesar das dificuldades, Neves nunca desistiu. Quando Elkier tinha 6 anos, a esposa pediu o divórcio e deixou os três filhos - Elkier, Ildyane de 5 anos e o recém-nascido Iran, sob sua guarda. Desempregado, vivendo à custa do subsídio oferecido pelo governo a Elkier, de R$ 720 mensais, Neves decidiu que precisava mudar. Mesmo passando por dificuldades, soube desdobrar-se no papel de pai e mãe. Quando Iran cresceu e Ildyne aprendeu a cuidar melhor de Elkier, José conseguiu um emprego. “Não tinha e nem oferecia às crianças tudo do melhor, mas não deixava faltar nada.” Determinado e com a carteira assinada, José batalhou para melhorar a vida dos filhos e para oferecer momentos especiais ao primogênito. “Quando tudo parecia bem, surgia outro problema de saúde e meu filho ficou internado cinco dias. Depois do susto, veio a decisão de que precisava curtir mais momentos com ele. Foi quando resolvi fazer um duatlo em novembro, e o triatlo em dezembro”, relembra emocionado. Sem os equipamentos necessários para realizar as três modalidades (natação, ciclismo e corrida), Neves, em 2014, limitou-se a nadar e correr com Elkier nas provas, deixando-o na 58 Revista Fecomércio DF área de transição durante o ciclismo. Já em 2015, na etapa do Sesc Triathlon de Caiobá, no Paraná, José Rosa concluiu com o filho, pela primeira vez, uma prova completa de triatlon. “Não foi fácil. Primeiro você pensa nas dificuldades, depois você supera todas elas. O barco inflável, por exemplo, eu ganhei de uma amiga. A cadeirinha, eu tive que adaptar. E por aí vai.” Motivo de orgulho, Luis Iran, o filho mais novo, segue os passos do pai e do irmão. Presente na prova do Sesc em Caiobá, o garoto foi campeão na categoria 16-19 anos, terminando o percurso conhecido como short triatlo em 1h7min1seg. “É muito gratificante ver que, apesar de todas as dificuldades, nossa família segue unida e meu filho está se destacando nesse esporte que eu tanto amo.” Ansioso pela etapa Brasília do Sesc Triathlon, Neves, que nunca saiu do Paraná nem viajou de avião, está ansioso. “Essa oportunidade é única. Poder andar de avião e fazer mais uma prova com meu filho vai ser inesquecível. Espero também conseguir um patrocínio, para continuar nesse esporte e levar esse exemplo de superação para todo o Brasil.” Mais informações @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Com o Treinamento Empresarial ´ do Instituto Fecomercio empresa ´ e funcionarios crescem juntos. Professores altamente qualificados Mais de 15 mil profissionais treinados 18 anos de experiência em treinamentos empresariais O Instituto Fecomércio oferece os cursos In Company onde consultores especializados elaboram aulas de acordo com as necessidades da empresa e desenvolvem treinamentos nas mais diversas áreas. Saiba mais: (61) 3962 2023 www.institutofecomerciodf.com.br Construir o futuro é investir no presente. sindicatos Com nova presidência //Por Por Fabíola Souza Foto: Cristiano Costa Sindhobar-DF elege o empresário Jael Antonio da Silva como presidente e escolhe quadro de diretores 60 Revista Fecomércio DF F ormado em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília (UnB), o novo presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio da Silva, possui vasta experiência no comércio. Proprietário do restaurante Carpe Diem, o empresário assumiu este ano a presidência do sindicato, no lugar do Clayton Machado. Jael já participava da antiga diretoria do sindicato e também foi o fundador da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Abrasel-DF). Ou seja, sempre esteve envolvido com o meio empresarial de Brasília. A cerimônia de posse ocorreu no dia 16 de março e a nova diretoria já começou a desenvolver algumas ações, como a Semana Gastronômica Tailandesa, que foi realizada entre os dias 13 e 20 de abril, em uma promoção conjunta do Sindhobar e da Embaixada Real da Tailândia. “Escolhemos essa data para homenagear Brasília pelo seu aniversário de 55 anos e pelo ano-novo tailandês”, conta o presidente. Atualmente, o sindicato possui 10 mil bares e restaurantes filiados, que são responsáveis por uma média de 100 mil empregos diretos. “É um dos setores que mais empregam no DF, com uma média de 10 empregados por restaurante. Só perdemos para a construção civil em relação à geração de emprego”, explica. Brasília é reconhecida nacionalmente como o terceiro maior polo gastronômico do Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. Mas segundo o presidente, também é um setor altamente fiscalizado, em todos os aspectos - trabalhista, sanitário, código de conduta, fiscal. Dessa maneira, há uma preocupação maior com a qualidade do serviço oferecido. “Nós temos realizado muitos treinamentos sobre essas questões, sem falar da manipu- lação de alimentos, tema que sempre exige reciclagens”, aponta Silva. Em relação às vagas de emprego, o presidente explica que tem muita gente não qualificada para o mercado. Entretanto, é um segmento que oferece grandes oportunidades. A pessoa pode entrar na empresa para um tipo de serviço e de repente se tornar sócio. Dessa maneira, é grande essa possibilidade de ascensão dentro do próprio estabelecimento. “Vemos isso com frequência e é um fato que valorizamos muito”, comenta. Para incentivar ainda mais a qualificação dos trabalhadores do comércio, o Sindhobar tem uma parceria com o Senac e o Sesi, que oferecem descontos nos valores dos cursos de capacitação oferecidos pelas instituições. PUXADINHOS Uma das questões que afetam o setor e que causam certa preocupação ao sindicato é a Lei dos Puxadinhos. “Não é por culpa do empresário que não sai. Existem alguns empecilhos para que a construção seja efetuada e que retardam e inibem a conclusão da obra. Por exemplo, há determinadas quadras que você tem passando no fundo uma rede de alta tensão da CEB, que compete à companhia remover”, diz Jael. Outro ponto diz respeito à aprovação de projetos de ampliação dos estabelecimentos. Segundo o presidente, alguns projetos demoram um ou dois anos para serem aprovados. Outro assunto que o setor pretende discutir com o governo local é o problema de transporte público, principalmente no período noturno. De acordo com Jael, aliado à falta de condução à noite, está a insegurança na cidade. “Vários bares e restaurantes fecham 1h da manhã. Além disso, tem o problema da insegurança, quantos funcionários chegam a suas casas e não são assaltados? Essa solução de transporte noturno é um problema geral. Tem gente que sai da faculdade tarde também e tem problemas para voltar para casa”, afirma. O horário de fechamento dos bares é outro ponto que precisa ser revisto, segundo o presidente do Sindhobar. Jael pretende criar uma diretoria regional em pelo menos cinco regiões administrativas para discutir a questão de fechamento dos bares e restaurantes das cidades. Sobre as vendas do segmento, Jael afirma que leis nacionais, como a Lei Seca e a Lei Antifumo, ajudaram na queda do movimento do setor, pois as pessoas pararam de sair para se reunirem em casa. Isso, sem citar a alta carga tributária que pesa para o empresário que se vê obrigado a repassar os valores para o consumidor. “A inflação é o principal vilão nos preços das bebidas, pois o empresário precisa repassar os valores ao cliente para sobreviver, o que acaba gerando desemprego, pois, com aumento nos preços, a primeira medida é a demissão de funcionários”, aponta. FOOD TRUCK Segundo Jael, o sindicato apoia a atividade de Food Trucks em Brasília, mas exige que os empresários cumpram as normas da Vigilância Sanitária, assim como o cuidado no manuseio e na manipulação de alimentos, da mesma maneira como se estivesse sendo feito no restaurante. Nesse sentido, o sindicato elaborou um pro- jeto, no qual foram consultados a Vigilância Sanitária, a Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Corpo de Bombeiros e a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) para discutir os novos caminhos para os Food Trucks. “A nossa preocupação é regularizar essa prática”, afirma. Para ele, é necessário que a cozinha seja arrumada com o lugar do gás, depósito de água potável em cima, embaixo um recolhimento de água usada, sistema de exaustão. “Essas são algumas das questões que contemplamos nesse projeto. Pois tem que haver regras, procedimentos, assim como também eles não podem estacionar e comercializar seu produtos em qualquer lugar”, conclui o presidente. A diretoria do Sindhobar-DF está atualmente com a seguinte composição: Presidente Jael Antônio da Silva 1º vice-presidente Nadim Haddad “É um dos setores que mais empregam no DF, com uma média de 10 empregados por restaurante” 2º vice-presidente João Alberto Ribeiro vice-presidente para meios de hospedagem Helder Carneiro vice-presidente para restaurantes e similares Rodrigo Freire vice-presidente para bares e similares Marcelo Marinho diretor 1º tesoureiro Sun Chia Min diretor 2º tesoureiro Thales Guimarães Furtado diretor 1º secretário Gil Mauro Guimarães Jael Antônio da Silva presidente do Sindhobar-DF diretor 2º secretário Paulo Guilherme W. Pereira Revista Fecomércio DF 61 pesquisa conjuntural Crescimento leve e inédito no ano Apenas três segmentos do comércio registraram queda nas vendas em março: Livraria e Papelaria; Material de Construção e Tecidos Desempenho de vendas Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Autopeças e Acessórios 6,06% -5,58% -1,75% Fev x Jan Marx Fev -9,78% -22,68% 4,91% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -3,77% -1,94% 4,09% -6,90% -6,85% 4,22% Calçados 6,02% 1,99% 45,71% -46,12% 5,76% 5,17% Farmácia e Perfumaria -0,97% -2,18% 6,70% -11,20% -6,55% 5,69% Floricultura 5,21% 17,45% 5,86% -23,60% -7,06% 12,57% Informática -5,00% -2,38% 23,61% -12,79% -10,28% 7,41% Livraria e Papelaria -2,39% -0,99% 60,97% -9,04% 15,73% -6,37% Lojas de Utilidades Domésticas -5,99% 5,45% 20,22% -24,04% -10,46% 9,73% Material de Construção -0,79% 5,46% -1,92% -11,37% -1,77% -3,11% Mercado e Mercearia -2,18% -0,02% -2,17% -9,05% -2,98% 12,58% Móveis e Decoração -2,82% 8,10% -7,18% -0,02% -15,33% 2,80% Óticas -1,56% 0,79% -7,84% -10,90% -2,08% 1,56% Tecidos -6,57% 31,65% 12,45% -17,67% -13,66% -1,30% Vestuário -5,17% 6,75% 43,67% -38,52% -10,40% 9,32% Total -1,44% 0,59% 9,73% -15,68% -6,34% 5,44% Academia 5,68% 5,58% -8,55% 15,22% -17,96% 5,79% Agências de Viagem -0,20% 12,96% 6,94% 9,00% -9,87% -2,01% Aluguel de Artigos para Festa 4,16% 3,54% 1,16% -23,78% 5,62% 14,76% Autoescola -5,52% 7,98% -15,02% 5,94% 17,05% 17,80% Casa de Eventos 2,08% -0,48% 1,75% -46,12% 14,97% 4,51% Clínica de Estética 2,27% 0,19% 3,06% -18,68% -13,18% -14,93% Ensino de Idiomas 0,44% 2,27% 3,06% -6,23% 1,71% 9,89% Pet Shop -2,58% 7,13% 6,39% -15,58% -11,76% 2,52% Reparação de Eletroeletrônicos -1,42% 2,82% -6,60% -2,45% -5,09% 6,64% Salão de Beleza -5,96% 2,37% 17,61% -12,46% -15,04% 5,90% Total 0,63% 4,22% 1,38% -8,92% -7,03% 5,48% Total -0,97% 1,35% 7,94% -14,34% -6,49% 5,45% Comércio 62 Revista Fecomércio DF Out x Set Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A s vendas do comércio brasiliense fecharam o mês de março com crescimento de 5,44% na comparação com fevereiro. As vendas do setor de serviços também tiveram desempenho positivo, com alta de 5,48%. No acumulado dos últimos 12 meses (março/14 – março/15), no entanto, a variação foi negativa, ficando em -9,65%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio), Adelmir Santana, esse resultado tem duas explicações: a primeira é que o mês de março não teve feriados e contemplou 31 dias. A segunda é que a regularização dos salários dos servidores do governo do DF ajudou a aquecer o comércio. “A queda no mês anterior foi intensa, de -6,49% para comércio e serviços. Por isso, apesar da boa notícia do resultado positivo em março, o valor deve ser analisado com cautela, pois não foi o suficiente para recuperação deste 5,44% foi o aumento das vendas do comércio no mês de março em comparação com fevereiro primeiro trimestre de 2015. Será necessária muita atenção nos próximos meses para saber se existe ou não uma tendência de recuperação”, analisa Adelmir Santana. Apenas três segmentos do comércio registraram queda nas vendas em março de 2015: Livraria e Papelaria (-6,37%); Material de Construção (-3,11%); e Tecidos (-1,30%). Os outros segmentos registraram alta: Mercado e Mercearia (12,58%); Floricultura (12,57%); Lojas de Utilidades Domésticas (9,73%); Vestuário (9,32%); Informática (7,41%); Farmácia e Perfumaria (5,69%); Calçados (5,17%); Autopeças e Acessórios (4,91%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (4,22%); Móveis e Decoração (2,80%) e Óticas (1,56%). Formas de pagamento // Março Serviçco 100% Comércio 100% 45,48% 28,56% 25,00% 21,10% 0,45% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Débito 39,79% 2,99% 1,41% A prazo Boleto 13,77% 10,12% Débito A prazo 9,53% 1,80% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Boleto Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 63 pesquisa conjuntural No setor de serviços, os destaques em março ficaram com os segmentos de Autoescola (17,80%); Aluguel de Artigos para Festa (14,76%); Ensino de Idiomas (9,89%); Reparação de Eletroeletrônicos (6,64%); Salão de Beleza (-5,90%); Academia (5,79%); Casa de Eventos (4,51%); e Petshop (2,52%). Os dois segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas foram: Clínica de Estética (-14,93%) e Agência de Viagem (-2,01%). Nível de emprego Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan MarxFev Autopeças e Acessórios 3,17% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 0,00% 0,91% Calçados 5,43% -4,69% Farmácia e Perfumaria 0,00% -1,01% 0,34% -5,96% -0,37% 5,99% Floricultura -8,70% 4,76% 9,09% 0,00% 12,50% -3,70% -2,15% -2,99% -6,83% 13,33% -2,94% -4,12% 0,20% -4,37% 3,99% 10,08% -16,79% 8,65% -3,42% Informática 1,23% 0,00% 16,46% -6,52% -9,30% 0,00% Livraria e Papelaria -5,19% 37,14% -2,94% 2,86% 1,90% -8,18% Lojas de Utilidades Domésticas 0,00% 6,45% -7,58% -1,67% 1,69% 0,00% Material de Construção 1,09% 6,78% -3,50% -4,19% -5,46% -8,67% Mercado e Mercearia -2,80% 0,53% -2,93% 1,59% -0,45% -0,45% Móveis e Decoração 1,37% 0,00% -26,09% 21,57% -1,54% 1,52% Óticas 7,14% 6,67% 0,00% 3,45% 0,00% 0,00% Tecidos 0,00% -7,69% -12,50% 9,52% 8,70% 32,00% Vestuário 0,40% 8,49% -4,01% -3,73% 3,50% -1,13% Total 0,19% 2,28% -2,70% -1,73% -0,68% 0,86% Academia -1,29% 4,26% -6,69% 7,63% -7,45% 5,36% Agências de Viagem 13,33% 18,00% -8,33% -8,16% 17,78% -7,55% Aluguel de Artigos para Festa -4,79% 2,72% 1,32% 10,46% -3,55% -3,05% Autoescola 3,45% 3,33% -4,84% 0,00% 9,43% -7,14% Casa de Eventos 0,00% 2,70% 0,00% 2,27% -4,44% 2,33% Clínica de Estética 3,75% 2,50% -11,84% 17,39% -16,05% 12,31% Ensino de Idiomas 0,00% 1,66% -1,71% -8,18% 3,03% 2,21% Pet Shop 4,59% 6,96% -10,66% 2,68% 1,74% 0,85% Reparação de Eletroeletrônicos -0,81% 0,00% -0,93% -0,93% 0,00% 2,83% Salão de Beleza -2,80% 5,77% 5,22% -16,81% 2,13% -1,05% Total 0,18% Total Comércio 64 Revista Fecomércio DF Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais utilizado. No comércio, a modalidade respondeu por 45,48% do montante. No setor de serviços, foi responsável por 39,79%. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio, com o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 595 do comércio e 305 de serviços. 0,18% Serviço 4,04% 2,79% -3,68% -2,99% 1,34% -0,86% -1,87% -1,02% 1,57% 1,06% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Desempenho de vendas Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -2,46% 0,44% 10,34% -13,32% -7,59% 10,47% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 6,32% -5,10% 12,93% -32,21% 4,05% 4,69% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -1,57% -1,04% 16,27% -17,46% -4,33% -0,97% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -1,50% -0,87% 0,80% -18,07% -4,25% 1,68% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -3,63% 1,99% 10,49% -19,49% -4,77% 1,36% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 1,46% 7,33% 0,91% -6,61% -12,40% 7,61% Total -1,44% 0,59% 9,73% -15,68% -6,34% 5,44% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 1,61% 2,74% 2,66% -6,58% -3,04% 7,12% -11,05% -1,51% -1,74% -19,86% -17,27% -7,93% 3,54% 0,84% -1,40% -15,32% -9,12% 3,36% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -2,60% 4,17% 6,34% -12,62% -0,80% 4,27% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -6,66% 7,58% 3,04% -12,36% -4,15% -8,40% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 3,92% 14,55% -1,59% 5,27% -16,84% 15,78% Total 0,63% 4,22% 1,38% -8,92% -7,03% 5,48% Total -0,97% 1,35% 7,94% -14,34% -6,49% 5,45% Comércio Serviço Nível de Emprego Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -1,16% 0,36% -2,11% -1,54% -2,35% 10,47% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 0,00% 4,02% 1,22% -14,47% 13,18% 4,69% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 1,17% -1,30% 0,66% 0,33% 0,83% -0,97% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 2,38% 8,43% -8,59% 1,50% -4,64% 1,68% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 4,29% -1,71% 0,35% -7,52% 4,24% 1,36% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -2,79% 13,11% -9,41% 2,37% -3,86% 7,61% 0,19% 2,28% -2,70% -1,73% -0,68% 5,44% Total Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -0,87% 4,64% -3,72% -3,75% 8,44% 7,12% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 4,00% -1,92% -3,92% 6,00% -5,77% -7,93% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -0,31% 4,95% -0,58% 4,46% -5,11% 3,36% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 0,79% 3,15% -6,02% 14,17% -4,58% 4,27% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -2,74% -1,41% -5,71% -1,49% 1,52% -8,40% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 2,44% 5,33% -6,02% -3,62% -9,86% 15,78% 0,18% 4,04% -3,68% 1,34% -1,87% 5,48% 0,18% 2,79% -2,99% -0,86% -1,02% 5,45% Total Total Comércio Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 65 WhatsApp libera ligações de voz a todos os smartphones Android Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF BOM BOM Só espero que o serviço não passe a ser cobrado depois que todo mundo se acostumar. Abertura da venda de ingressos para as Olimpíadas Diminuição da maioridade penal BOM Relacionamento gay na novela R A questão é comprar ingresso e não conseguir estadia no Rio ou pagar um absurdo. Quem é de Brasília poderá assistir ao futebol. Boa oportunidade. BOM R Não assisto à novela, mas acho que perdem chance de incluir temas de grande interesse como a falta de políticas públicas. 1 66Untitled-4 Revista Fecomércio DF Diminui a dependência dos consumidores pelas operadoras de telefonia e pode reduzir os preços das ligações. REGULAR Temos que encarar essa realidade. Os menores infratores têm a exata noção que cometem crimes e que ficarão impunes. Sou a favor. BOM Gildásio Pedrosa, sócio da Veloso de Melo Advogados Não diminuirá os índices de criminalidade, mas é necessário aumentar o tempo de internação dos menores que é de apenas três anos. REGULAR Ainda faltam informações mais detalhadas sobre as modalidades que serão disputadas e o preço não agradou. REGULAR Contribui para o processo de aceitação das relações homoafetivas, mas o tema não pode ser explorado só para gerar polêmica. Edilberto Silva, mestre e especialista na área de TI Senac-DF BOM Excelente iniciativa. O cenário de comércio está sendo alterado em várias áreas. Com o VOIP o tráfego de voz é uma realidade que tende a se expandir. BOM Há muito pessoas com 16 e 17 anos deixaram de ser inocentes e de não terem consciência de seus atos. BOM A iniciativa é excelente e espero que os compradores não tenham os mesmos problemas de quem comprou os ingressos para a Copa. RUIM “Há assunto e horário para tudo e não acho benéfico este cenário onde o assunto ‘relacionamento gay’ é tratado como um ‘tabu’. Raphael Carmona Raphael Carmona pesquisa relâmpago Marcio Vieira, secretário de imprensa da Autoridade Pública Olímpica BOM De qualquer lugar do mundo resolvo questões em minutos, sem a necessidade e perda de tempo para ser fazer uma ligação convencional. RUIM Sou completamente contra. O País precisa de uma política de saúde e educação. Simples, assim. BOM As pessoas irão participar do maior espetáculo da Terra. BOM Ficarei feliz quando o assunto não precisar mais ser tema de novela. É algo tão natural que não precisa que uma bandeira seja levantada. Bruna Cristian, vendedora RUIM É bom por um lado porque não precisa pagar, mas a qualidade deixa muito a desejar ainda. BOM Porque a maioria dos jovens se aproveita disso para aprontar e fica por isso mesmo. BOM Não acompanho esportes, mas acho que seja bom pela comodidade de poder comprar online. RUIM Sou contra esse tipo de relacionamento e acho ruim porque pode ter criança assistindo. 18/11/10 11:29 Alimentação Refeição AS MELHORES SOLUÇÕES PA R A A S E M P R E S A S D O SISTEMA FECOMÉRCIO DF Fale com a gente: (61) 3327-0897 www.planvale.com.br Uma exposição da arte brasileira que você pode levar para casa. De 1º de maio a 31 de julho de 2015, na praça central do Parkshopping. O Sebrae no DF reuniu o talento e a criatividade dos artesãos de todo o país. Cerâmica, bordado, madeira, produtos agroindustriais e muito mais em um espaço confortável e moderno. Aproveite. 0800 570 0800 | www.df.sebrae.com.br