Revista 24 - APCD da Saúde
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Revista 24 - APCD da Saúde
As armadilhas O temor das radiografias panorâmicas da cadeira odontológica RWISO Cursos APCD Saúde Roth/Williams International Society of Orthodontists Formação profissional 2º semestre de 2009 Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas REGIONAL SAÚDE www.apcd-saude.org.br Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Abril | Maio | Junho | 2009 | nº 24 cirurgia Ortognática IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT PCD Saúd sA re Curs o ção: Aten tadas. i s lim suas Vaga á j m Faça ições. s in cr e correção de deformidades dentofaciais, aliam bem-estar, função mastigatória e estética 2º semest Editorial expediente | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 Índice Dr. Sérgio Yunes - Editor “As armadilhas das radiografias panorâmicas”, “O temor da cadeira odontológica”, ” Usinagem: confecção de elementos em zircônia” e “Tracionamento de canino anquilosado por meio da osteotomia segmentar”. O colega também deve estar atento aos cursos do 2º semestre e as palestras gratuitas, sendo: “Emergências médicas em odontologia”, dia 22 de junho de 2009, às 19h e “Cirurgia Ortognática” - vagas limitadas, dia 25 de junho de 2009, das 8h30 às 17h30. Radiografias panorâmicas...................... 4 Cursos - 2º semestre - 2009................ 18 Cirurgia ortognática.............................. 6 Emergências médicas em odontologia..... 20 Tracionamento de canino..................... 10 Planejamento na odontologia.............. 12 Roth/Williams International................ 14 Mestrado do Dr. Hiroshi M. Junior....... 21 Festas de aniversário.......................... 22 Usinagem em zircônia......................... 16 Aniversariantes................................... 24 O temor da cadeira odontológica......... 17 Indicador Profissional......................... 26 6 10 12 Reabilitação Presidente Gilberto Machado Coimbra 1º Vice-Presidente Takashi Yagui 2º Vice-Presidente Wagner Nascimento Moreno Secretária Geral Arne Aued Guirar Ventura 1º Secretário Durval Paupério Sério Tesoureiro Geral Ossamu Massaoka 1º Tesoureiro Kunio Shimabokuro Depto. Assessor de Rel. Internacionais Admar Kfouri Depto. Assessores E.A.P. Milton de Souza Teixeira Samuel Cecconi Depto. Assessor de Benefícios Auro Massatake Minei Depto. Assessores Científico Cheng Te Hua Luci Finotti Depto. Assessor de Comunicações Moacyr Nunes Leite Depto. Assessores de Congressos e Feiras Luis Ide Luis Afonso de Souza Lima Depto. Assessores de Defesa de Classe Helenice Formentin Ikegami Elizabeth Aparecida Braga Depto. Assessores de Esportes Carlos Teruo Itabashi Mauricio Fazura Depto. Assessores de Patrimônio Paulo Nagamine Shindi Nakajima Depto. Assessores de Turismo Ricardo Ugayama Arnaldo Baptista Ferreira Junior Depto. Assessores de Cultural Sonia Maria Moraes Ceccone Depto. de Prevenção Nicola Bempensante Depto. Assessores Social Julia Uchida Mauricio Nishimura Depto. Assessor de Tecnologia e Informação Sérgio Yunes Depto. Assessores da Presidência Valsuir José Vessoni Admar Kfouri Depto. Assessor Cultural Marta Tashiro Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156 Edição de Arte Guilherme Gonçalves Impressão GT Editora e Gráfica A nossa querida Regional Saúde comemorou, em sua sede, os 28 anos de fundação, com a presença de diretores, associados e familiares. Também fica o registro pelos 98 anos da APCD Central, na qual várias Regionais compareceram à festa temática dos anos 60, 70 e 80, no dia 21 de março, no Ginásio Poliesportivo da entidade. Vejam as fotos nas páginas 22 e 23. Felicitamos o nosso colega Dr. Hiroshi Miasiro Junior pela dissertação de mestrado que aconteceu na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp), na qual obteve o título de Mestre, com louvor, pelo programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas - Área de concentração: Ortodontia, com o tema: “Avaliação da morfologia craniofacial de indivíduos com deformidades dentofaciais de Classe lll por meio de tomografias computadorizadas de feixe cônico”. Vários artigos de renomados especialistas aguardam os colegas para uma boa leitura, entre os temas destacamos: “Cirurgias Ortognáticas”, Cirurgia Foto capa: Adriana Poveda Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Fone (11) 5078-7960 www.apcd-saude.org.br [email protected] [email protected] Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h Traumatologia Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas REGIONAL SAÚDE 28 anos de nossa Regional APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 | Raio-X As armadilhas das radiografias panorâmicas P assados mais de trinta anos do advento e obtenção das primeiras radiografias panorâmicas no Brasil, encontramo-nos num estágio, que nos remete a imprescindibilidade deste método imaginológico, no tocante as suas vantagens. Tendo as mais diversas indicações em nossa área de atuação contemplando de maneira plena a toda e qualquer especialidade odontológica, a radiografia panorâmica, pode se dizer é o carro chefe, em qualquer serviço especializado, sendo responsável por mais da metade dos procedimentos do dia a dia. Uma radiografia tecnicamente boa irá mostrar de maneira clara todo o complexo maxilo mandibular. Podemos ainda observar áreas adjacentes como cavidades sinusais maxilares (hiperpneumatizações, cistos mucosos, tumefações de mucosa, etc.), calcificações de ligamentos estilo mandibulares/hióideos, este último achado tão importante, pois aliado a uma condição ligamentar hipertrófica dos mesmos, associada a erosão da cabeça da mandíbula, leva como nós sabemos, a um diagnóstico de Síndrome de Eagle. Nós radiologistas que trabalhamos em centros especializados de radiodiagnósticos, frente a uma requisição que vem com um “x” no item panorâmico, poderíamos executar um laudo com mais propriedade, se houvesse da parte do cirurgião-dentista requisitante, algumas informações que o levaram a executar o pedido de tal radiografia e delegando liberdade também de outras tomadas radiográficas que se fizerem necessário, para elucidar o caso, permitindo assim um laudo mais criterioso. Os exemplos a seguir devem ilustrar de maneira inconteste o que pensamos a respeito, pois para nós a máxima na utilização de uma radiografia, corresponde a um pedido com pormenores que levaram o (a) profissional a realizar tal solicitação. Caso 1: mostra fratura da cabeça da mandíbula do lado esquerdo, com “degrau” em corpo mandibular direito: fratura? Puro engano, pois na repetição, não ocorreu movimento do paciente, que levou a este tipo de artefato, em corpo de mandíbula. Caso 2: mostra a área radiolúcida no ápice do incisivo central superior direito, sugestiva de cisto. Em não havendo qualquer informação do (a) profissional a respeito, optou-se por uma periapical da região, que acabou revelando fossa incisiva atípica e ectópica. Caso 3: mostra região de pré molares inferiores do lado direito, com os mencionados dentes em processo de apinhamento, sem outras intercorrências. Instado a colaborar na elucidação do caso o paciente nos relatou antecedentes de trauma ( não constava esse tipo de informação no pedido), o que nos levou a obter uma | APCD SAÚDE | jan | fev |mar | 2009 tomada oclusal da região, a qual para nossa satisfação profissional revelou um caso de fratura, com traço mostrando desvio para vestibular. Enfatizamos que é de grande valia para os serviços especializados que todo e qualquer pedido registre o tipo de procedimento solicitado, acompanhado de outras incidências, sempre a critério do radiologista que, com competência e sabedoria, dosará o número de imagens, procurando se orientar por aquela velha máxima em imaginologia, ou seja, custo benefício, pois para um diagnóstico preciso, a disponibilização de um ou mais incidências, redundará em benefícios para todos. É o que pensamos a respeito. Foto 1 Foto 4 Prof. Dr. Helio Giácomo Papaiz Diretor Clínico da Papaiz Associados, Diagnósticos por Imagem Foto 2 Prof. Dr. Reinaldo José de Oliveira Foto 5 Prof. de Radiologia Odontologia e Imaginologia da UNG e Uniban e Diretor Clínico da Papaiz Associados, Diagnósticos por Imagem Foto 3 Foto 6 APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 | TRAUMATOLOGIA Cirurgia ortognática A cirurgia ortognática é a especialidade da Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, que tem como objetivo principal corrigir as deformidades dentofaciais, resultantes de algum tipo de deformidade, como por exemplo ossos da face em relação à base do crânio estarem mal posicionados, interferindo na aparência estética dos pacientes e comprometendo, muitas vezes, o funcionamento das articulações e resultando numa função inadequada e indesejável. As deformidades dentofaciais apresentam-se de diversas formas podendo se destacar: • Micrognatismo ou Retrognatismo: situação clínica em que a mandíbula apresenta tamanho menor do que a maxila. Esta deformidade é conhecida como Classe II, de Angle; Deformidade Classe III Assimetria • Prognatismo: A mandíbula é maior do que a maxila. Esta deformidade é conhecida como Classe III, de Angle; • Assimetria: Os maxilares apresentam desvios em relação à linha mediana do paciente podendo ser para a direita ou para a esquerda; • Deficiência transversal: A maxila esta menor que a mandíbula no sentido horizontal; • Mordida aberta: Os dentes superiores anteriores não se aproximam dos dentes interiores anteriores; • Mordida profunda: Os dentes inferiores anteriores encostam no palato do paciente. Planejamento cirúrgico - A avaliação destas deformidades inicia-se com a observação cuidadosa da face do paciente, sendo antes depois Deformidade Transversal antes depois Mordida Aberta Deformidade Classe II antes depois antes Deformidade Classe III antes antes depois Deformidade Classe II antes | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 depois depois Mordida Profunda depois o exame clínico de fundamental importância para a realização deste procedimento. Estudos cefalométricos e programas de computação auxiliam nesta avaliação. A cirurgia é realizada por dentro da boca, ou seja, as incisões são internas e os pontos são reabsorvíveis. Possui duração de duas a quatro horas, realizada em âmbito hospitalar sob anestesia geral, onde o paciente permanecerá internado por 24 horas. O que será feito na cirurgia? - Este procedimento resume-se em reposicionar os ossos considerados mal posicionados na posição correta. Podendo ser realizado na maxila, mandíbula, mento e articulação temporo mandibular. Após o reposicionamento, a maxila ou a mandíbula, serão fixados através de mini-placas de Titânio. antes depois Planejamento da cirurgia - Cada tipo de deformidade requer um planejamento e um tipo de cirurgia diferente. O ideal é que o cirurgião buco maxilo e o ortodontista façam este planejamento juntos, já que na maioria dos casos, a utilização de aparelhos ortodônticos se faz necessária, tanto no pré quanto no pós-operatório. É preciso colocar aparelhos nos dentes para fazer a cirurgia ortognática? - Sim, é preciso em quase todos os casos realizar a ortodontia em conjunto com o tratamento cirúrgico, geralmente dentro da seguinte seqüência: ortodontia inicial que pode ter um tempo de 4 a 18 meses de preparo ortodôntico antes da cirurgia, realização da cirurgia com o aparelho instalado, e depois aproximadamente 10 meses para realizar o término do tratamento APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 | TRAUMATOLOGIA ortodôntico, chamado também de refinamento ortodôntico. O aparelho melhorará a mordida antes da cirurgia? Normalmente não, pelo contrario o ortodontista com o aparelho ortodôntico reposiciona os dentes nas bases óssea o que resulta muitas vezes em uma piora da oclusão e consequentemente na estética facial, fato que deve ser esclarecido ao paciente fazendo-o entender que tal correção se dará no momento cirúrgico e que, portanto, trata-se de uma piora transitória. A partir de que idade pode-se indicar a cirurgia ortognática? - A cirurgia ortognática pode ser realizada no momento em que o crescimento dos ossos faciais já está em fase final e já definido. Existe alguma prevenção? - Sim, caso o ortopedista/ortodontista identifique alterações na face durante o crescimento, poderá ser aplicado a ortopedia funcional e/ou ortodontia, essas técnicas ajudarão na correção do crescimento facial. Neste caso é aconselhável que o cirurgião bucomaxilo acompanhe o caso. Na maioria dos casos as correções evitam cirurgias no futuro ou reduzem a deformidade. Qual o prazo de recuperação? - Normalmente, a recuperação dos pacientes é completamente estabelecida em torno de 4 a 8 semanas, dependendo do caso. Plano de saúde cobre este tratamento? - Nem sempre, porém se o paciente possuir um plano de saúde, é possível negociar para que o convênio faça a cobertura das despesas hospitalares necessárias, para execução da cirurgia. O reembolso dependendo do caso também poderá ser utilizado. Radiografias Procedimento Cirúrgico Cirurgia de Modelos Técnica Cirúrgica Tomografia Pós Operatória Planejamento Cirúrgico Antes da ortodontia Preparo pré-cirúrgico Dr. Gustavo Henrique Mota Especialista em Cirurgia Buco Maxilo Facial; Prof. Deformidade Dento Facial - Universidade Paulista; Prof. Cirurgia Avançada da AOL; Clínica privada especializada em Cirurgia ortognática www.cirurgiaortognatica.com Planejamento Pós operatório Cirurgia de modelo Resultado final Inicial | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 Final APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 | Cirurgia Tracionamento de canino anquilosado por meio da osteotomia segmentar O s dentes são responsáveis pelo desenvolvimento harmônico dos maxilares e o equilíbrio da musculatura, permitindo aos indivíduos uma função na mastigação eficiente e impacto estético harmônico. Dentre eles o canino superior tem um papel fundamental no estabelecimento das guias dos movimentos funcionais bem como um intermediador do segmento anterior e posterior do arco dentário. Este trabalho relata um paciente do sexo feminino de 16 anos de idade, com uma má oclusão de Classe III, mordida cruzada lado esquerdo, com alguns dentes desalinhados bem como desnivelados. Ressalta-se a posição do canino superior direito que se encontra em infra-vestíbulo versão. Ao ser realizado o início do alinhamento e nivelamento, observou-se após algum tempo de tratamento que este canino superior não apresentava movimentação alguma com uma discreta movimentação indesejável dos dentes vizinhos. Era evidente na radiografia panorâmica bem como na periapical a presença de distância pode ser utilizado com a finalidade de posicionar este elemento dentário no nivelamento e alinhamento dos dentes adjacentes. Desta forma, foi realizado a corticotomia peri-radicular completa de acordo com o planejamento e após 15 dias o paciente se encontrou em um estado adequado de cicatrização dos tecidos envolventes. Sabe-se que uma das prováveis situações futuras, é a suposta presença de reabsorção radicular, uma vez, a anquilose é uma das partes do processo de apoptose (morte celular). Com este conhecimento, é oportuno fazer o acompanhamento a longo prazo do pós tratamento e informar ao paciente logo de início do tratamento dos prováveis contratempos que poderão ocorrer com este elemento dentário. Considerações Finais Com isso podemos enfatizar a importância do complemento cirúrgico que determinados tratamentos podem ser interados com a finalidade de melhores resultados. Cabe ao profissional diagnosticar precisamente e eleger de forma mais adequada qual seria o procedimento cirúrgico de auxílio na solução do problema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BIEDERMAN, W. The incidence and etiology of tooth ankylosis. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 42, n.12, p.921-6, 1956. 2. BISHARA SE, Impacted maxillary canines: A review Am J Orthod Dentofac Orthop v.101, f.2, p.159-171, 1992. 3. RODRIGUES, C.R.M.D. & MORAES, R. P. Anquilose dentoalveolar: considerações sobre etiologia, diagnóstico e possibilidades de tratamento. J Bras Odontoped Odonto Bebê, v.2, n.7, p.164-74, 1999. 4. RUBEL, I. & GROPPER, J.N. The dilemma of the ankylosed tooth: retain or extract? J Calif Dent Assoc, v.2, n.1, p.74-5, 1974. Dr. Alexandre Zanesco lâmina dura, mas em virtude dessas duas radiografias permitirem somente a observação de dois planos no espaço, optou-se por um exame mais apurado. Desta forma, sob a suspeita de anquilose, foi solicitado uma tomografia em espiral com a finalidade de observar em toda a sua extensão a presença ou não de lâmina dura. Segundo alguns autores, o procedimento de corticotomia à Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial; Mestre em Ortodontia - UMESP; Professor do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial do Centro de Qualificação Odontológica - CEQUO | FAMOSP; Professor do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da Associação Brasileira de Odontologia - São Paulo; Professor do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da Associação Brasileira de Odontologia - Campinas; Professor do Curso de Aperfeiçoamento e Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial | Odontopós - Porto Alegre Dr. Antonio Renato Sanches Colucci Mestre em Bioengenharia pela Escola de Engenharia de São Carlos - EESC - USP; Residência e Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral e Traumatologia Buco Maxilo Facial na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo durante os anos de 1993 até 1996; Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia BucoMaxilo-Facial e membro TITULAR deste; Especialização em Anatomia (Lato-Senso) pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo - ICB III - USP; Pós-graduação em Cirurgia Oral e Buco Maxilo Facial - Philadelphia - Pennsylvania - EUA; Pós-graduação em Cirurgia Ortognática - Santa Bárbara - Califórnia - EUA; Pós-graduação em Ortodontia - CEQUO - ACDESP, com ênfase em Cirurgias Ortognáticas Dra. Cristiane Bonucci Ribeiro Mestrado em Clínicas Odontológicas Área de concentração: Odontopediatria - 1997; Professora do Curso de Odontologia da Universidade São Francisco – Campus Bragança Paulista 10 | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 | 11 REabilitação Planejamento: um conceito importante na odontologia M uitas vezes a queixa principal de um paciente, está intimamente ligada a vários fatores. Para obtermos um melhor resultado, sempre temos que lançar mão não só de uma especialidade, mas de várias. O cirurgião-dentista, cada vez, precisa estar atento o que as especialidades podem promover entre si para um melhor resultado. Pensar que vamos resolver a queixa principal do paciente através de uma manobra, muitas vezes não será possível. Mesmo não tendo habilidade para uma determinada área, porém é muito importante estar por dentro, entender o que possa ser feito. Com a chegada da estética na odontologia, dente branco passou a ser obrigatório em nosso consultório. Cada vez mais, a população solicita a nós dentes brancos, seja por clareamento ou até em tratamentos mais completos e complexos como próteses. Hoje, não basta apenas fazermos um dente branco, temos que saber o tamanho ideal de um dente, se ele está na posição correta, se ao sorrir o paciente mostra muito a gengiva, se essa gengiva pode ser removida em caso de excesso. Temos aqui um caso clínico, onde atuamos em diversas áreas, como por exemplo, periodontia, dentística, prótese e também nas proporções que nosso organizamos precisa ter, como o tamanho dos dentes entre si e em relação a boca/rosto. AM – consulta inicial AM – enceramento de diagnóstico AM – Faceta de Porcelana 11, 12, 13 e 24; Inceran 22, 23 A primeira etapa para um planejamento adequado, podemos citar o enceramento de diagnóstico. Só assim saberemos o que teremos de planificar para um resultado satisfatório. Nesse caso, ausência do 21, diferenças dos zênites gengivais entre os elementos na região anterior superior, trepanação cervical na vestibular do 23 e etc. Depois de estudado o caso, principalmente no enceramento, notamos que poderíamos melhorar a posição da linha mediana. Como há ausência do elemento 21 e havendo uma posição diferenciada, conseguimos planejar um aumento nas proximais dos dentes. Com esse artifício as linhas proximais poderão ser redireciondas para a direita. Gengivoplastia, na região do 12, 11 e 22 e assim instalação de Faceta de Porcelana 11, 12, 13 e 24; Inceran 22, 23. Podemos concluir que numa reabilitação, quanto mais prevenirmos, mais perto de um resultado esperado acontecerá. Dr. Luís Henrique Vinagre AM - planejamento 12 | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 Cirurgião-dentista; Ministrador e Palestrante; Graduado pela Faculdade de Odontologia de Lins; Pós graduado em Implante e Prótese; Secretário Estética APCD 2000 e 2002; Secretário APCD Pirituba/Perus; Diretor Jornal ABO SP Reabilitação RWISO Roth/Williams International Society of Orthodontists A lgum tempo depois de iniciar a prática da ortodontia, Dr. Ron Roth chegou à conclusão de que a qualidade dos resultados ortodônticos poderia ser melhor se acrescidos os objetivos de tratamento, tanto funcionais como estéticos àqueles adotados tradicionalmente. Por isso, Ron dedicou sua mente inquisitiva e ética de trabalho, em direção ao entendimento da fisiologia do sistema gnático. Longo e difícil período de estudo foi despendido com sábios e líderes pioneiros em oclusão funcional. Primeiros pesquisadores em gnatologia, tais como os Drs. Charles Stuart e Peter K. Thomas ajudaram o Dr. Roth a melhor entender os princípios sob os quais o sistema gnático funciona. Com grande persistência e compromisso, esses princípios foram gradualmente incorporados à Filosofia de Tratamento de Roth e técnicas. Durante este tempo ele começou a dar aula e a ensinar esses conceitos aos seus colegas ortodontistas. Mais tarde ele iniciou período de trabalho e ensino com o Dr. Thomas Basta, respeitado dentista reabilitador e gnatologista. Juntos, e com a ajuda de outros colegas, fundaram The Foundation for Advanced Continuing Education ou “FACE”, em 1975, em Burlingame, California. O Dr. Williams foi um aluno na primeira turma do FACE. O curso era um extenso comprometimento de mais de dois anos. Os participantes eram expostos o tempo todo aos princípios de oclusão funcional e aplicações clínicas. Nos cursos iniciais, técnicas “hands on” eram ensinadas aos reabilitadores e ortodontistas, simultaneamente, usando a instrumentação gnatológica completa. Gradualmente, os ensinamentos e escritos do Dr. Roth geraram um impacto na ortodontia americana, e ao mesmo tempo o Dr. Roth se tornou reconhecido como o portador da excelência clínica na profissão. Conforme Dr. Roth continuou seus ensinamentos e viagens, tornou-se cada vez mais óbvio para ele, que objetivos de fisiologia não eram ensinados adequadamente ou praticados no “curso principal” de ortodontia. Aliás, no momento de escrever esse texto, muito poucas escolas no mundo ensinam oclusão funcional como parte da filosofia de tratamento ortodôntico. Reconhecendo essa 14 | APCD SAÚDE | abr | mai |jun | 2009 falta na ortodontia, foi uma inspiração para o Dr. Roth acrescentar conceitos fisiológicos na ideologia ortodôntica. Está claro agora que o trabalho do Dr. Roth tinha influenciado significantemente a ortodontia americana. Além disso, os ensinamentos dos Drs. Roth e Williams têm influenciado imensamente a ortodontia no exterior. Os dois foram enormemente solicitados em muitas terras estrangeiras tais como Espanha, Itália, Alemanha, Japão, Coréia e América do Sul. A ortodontia perdeu um líder possuidor de um dom especial, além de um amigo, quando Ron Roth faleceu em janeiro de 2005. Ele deixou um legado que não tem preço – ensinando seus alunos que a ortodontia é uma profissão da saúde, e não só um serviço cosmético. A paixão dele pela “verdade” é levada para frente por aqueles que tiveram suas vidas profissionais e pessoais imensuravelmente mudadas por tê-lo conhecido. Seus alunos, do mundo todo, agora estão envolvidos em pesquisas, inovação e avanços clínicos promovendo oclusões funcionais. O Dr. Bob Williams continua a focar no ensino Roth/Williams nos centros ao redor do mundo. Dr. Roth levou seus cursos e sua filosofia a outras partes do mundo além dos EUA e os extremos esforços de ensino do Dr. Roth foram intensificados quando se juntou a ele o seu aluno de longo tempo, Dr. Robert Williams. Ambos fundaram o ROTH/WILLIAMS CENTER, uma instituição clínica e de treinamento em Burlingame, California. Lá, os ortodontistas se comprometiam a aprender por dois anos, como implementar os conceitos de oclusão funcional em seus trabalhos. A primeira turma de ortodontia nesse local começou em Fevereiro de 1991. Mais do que uma dúzia de países já possuem Centros de Ensino ROTH/WILLIAMS, e o número está crescendo. Os Conceitos de Tratamento Ortodôntico ROTH/WILLIAMS nos Estados Unidos estão sendo ensinados pelo grupo AEO, Advanced Education in Orthodontics na Universidade de Detroit-Mercy em Detroit, Michigan. No Brasil é coordenado por profissionais com pós-graduação no Roth/Williams Center for Funccional Occlusion de São Francisco - EUA, que ministram o cursos oficiais sobre a Filosofia de Roth em São Paulo. Corpo Docente: Profª. Dra. Solange Mongelli de Fantini Diretora do Roth Williams Center no Brasil; Graduada pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP; Especialista em Ortodontia pela OSEC; Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da USP; Professora da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da FOUSP, nos cursos de Graduação e Pós-Graduação; Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da FUNDECTO-USP; Membro da Sociedade Paulista de Ortodontia; Agraciada com as medalhas Panain e Arthur do Prado Dantas Dra. Marisa Gianesella Bertolaccini Formada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP; Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela SPO; Aperfeiçoada em Ortodontia para Adultos pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP; Pós Graduada no Roth/Williams Center for Functional Occlusion - San Francisco - CA; Professora no Roth/Williams Center Brasil; Participação em Congressos Nacionais e Internacionais com trabalhos; Membro da SPO, APEO e ABOR; Agraciada com medalhas de mérito da UNICAMP Dra. Mariane Couto Estácio Orsi Graduada pelo Instituto Metodista de Ensino Superior / SP; Especialista em Odontopediatria e Ortodontia pela Universidade de São Paulo; Especialista em Dor Orofacial e ATM pelo Conselho Federal de Odontologia; Pós Graduada em “Oclusão Funcional para o Ortodontista” pelo Roth / Williams Center, em San Francisco, California / USA Professores Dr. Ronald H. Roth e Dr. Robert Williams; Tradutora dos Professores: Dr. Roth, Dr. Williams e convidados em diversos cursos, palestras em diferentes países; Professora da Equipe Roth /Williams Brasil Dr. Edson Illipronti Filho Graduado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Camilo Castelo Branco; Especialista em Ortodontia - ABO - RJ; Pós graduado em Ortodontia e Oclusão funcional pelo Roth/Williams Center, San Francisco, California / USA; Pesquisador / Estagiário do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP; Mestrando em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP; Professor do Roth/Williams Center - Brasil