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EXPERI ÊNCIA COM U M PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA PACI ENTES DIAB É TICOS COM BAIXO N íVEL SÓ CIO-ECON Ô M I CO" Roselee Pozzan" Edna Ferreira Cunha"" Emilson Souza Portela"··· Kátia Cristina Magalhães Barbosa+ Ana Lúcia Magalhães+ Maria Stella Rodrigues da Cunha++ Cândida Miriam Vasconcelos Souza+++ Clenir Bastos Marra Pereira++++ Marflia de Brito Gomes+++++ RESUMO: Desenvolveu-se um prog ram a m u ltiprofissional para pacientes dia béticos com o objetivo de conscientizá-los sobre o sign ificado de sua doença e a i m portância de a uto contro l e . N o período d e estudo d e 1 6 m eses, pa rtici para m d o prog ra ma 26 d i a béticos insu l i n o dependentes (1 00M) com m éd i a de idade de 1 7,4 ± 7 , 0 anos e m éd i a de d u ração d a doença de 39,4 ± 44 , 8 meses. O g ru po controle foi com posto por 24 1 00M atend idos regu l a rmente no a m bu latório de d ia betes n o mesmo período , porém que não partici para m d a s atividades educativas. A o fi nal do período a n a l isado o bservou-se, que o s ítens mais faci lmente aprend idos foram pesq uisa d e g licosúri a , reco n h ecimento e cond uta em casos de h i pog l icem i a e reaproveitam ento de seri ngas. A com pa ração do g ru po estudado a ntes e após a i m plementação do prog ram a educativo, bem com o a comparação do g ru po estudado com o g ru po controle não revelou d iferenças estatísticamente sig n ificativas nos parâmentros cl ín icos e m etabólicos anal isados, sendo e ntretanto relevante a não ocorrên cia de casos d e cetoacidose no grupo estudad o . Conclu ímos que o programa educativo foi i m portante pa ra faci l itar o acesso d os pacientes às i nformações necessá rias ao seu trata mento, o que talvez a longo prazo ven h a a se refleti r n u m melhor controle m etabólico d a doença. ABSTRACT: In orderto su pport a beUe r cl i n ica l and m eta bol i c control fordiabetic patients and i m prove their q u a l ity of l ife , a m u lti professional d i abetes ed ucation prog ram was established . We iritended to make the patients aware ofthe mea n ing ofthe d isease and help them to d evelop self management ski l ls. D u ring the study period (1 6 months) we followed a g ro u p of26 Type I d i a betic patients with mean age of 1 7,4 ± 7,0 years and mean diabetes d u ratio n of 39,4 .± 44 , 8 months. The contro l g ro u p was com posed of 24 1 0 0 M patients reg u larly aUended at the d iabetic cli n i c i n the study period , who did not engage the ed ucation prog ra m . At the end of the study, patients were able to perform u rinary g l i cose tests and to Traba l ho realizado na Seção de Diabetes e Metabologia do H ospital U niversitário Pedro E rnesto ( H U P E) da U n ivers id a de do Estado do R i o de J a n e i ro ( U E R J ) com a u x i l i o do C N P q , processo nO 4 1 1 560/88-3. Prof' Assistente do Departamento de Medicina Interna da U E RJ . Prof' Assistente d o Departamento d e Pediatria d a U E R J . Prof. Auxiliar do I nstituto de N utrição d a U ER J . + Residente de Enfermagem do H U P E- U E R J . ++ Psicóloga - doutoranda - U E RJ +++ Assistente Social do H U P E-UERJ ++++ Prof' Assistente do DeptO de Enfermagem Médico-Cirúrgica da U E R .J . +++++ Prof' Adjunta d o Departamento d e Medicina I nterna d a U E RJ R. Bras. Enferm. Brasília, v, 47, n.3, p. 2 4 1 -249, jul./set. 1 994 24 1 recogn ize and act correctly i n cases of hypog l i cae m i a ; moreover they were capable of reusing disposable syringes. We didn't find any statistica l ly sign ifica nt differen ce i n cli nicai a nd metabolic parameters among the study group before the beg i nn i ng ofthe progra m o The same was true for com pa risons betwee n the study and the control g roup. l1's i m portant to notice h owever that we reg istered n o cases of ketoacidosis in the study g ro u p . We concluded that the Diabetic Ed ucation program was i m portant to faci l itate patie nts' access ' to the necessary i nformation to their treatment what, at a long term fol low-up, could be reflected i n a beUer meta bolic control of the disease . U N ITERMOS: Diabetes m e l l itus - Programa educativo - Abordagem m u ltiprofissional. 1 . I NTRODUÇÃO A abordagem clássica do Diabetes Mellitus com enfoq ues apenas cu rativos tem revelado e l e v a d a freq u ê n c i a de i n t e r n a çõ e s p o r complicações agudas e crô n i cas 6,7,8,9. Mesmo em centros especia l izados, menos de vi nte e cinco por cento dos pacientes, conseg u e manter n íveis de hemoglobina g l i cosi l ada (HG) dentro da normal idade 6. A estratég ia que vem sendo adotada nacional e i nternacionalmente é a i m plementação de pro gramas ed ucativos, com a partici pação de eq ui pes m u ltiprofissionais 2,3. Objetiva-se desta m a neira , atuarde forma a brangente na problemática do paciente d i a bético , q u e no B rasi l é ag ravada por · se i nseri r n u m contexto sócio-econômico adverso , e pelas ca racterísticas estrutu rais do nosso Sistema de Saúde 4 , 1 2, 1 3 . A prática ed ucativa em saúde , para maior efetividade deve considerar a concepção maior d o que seja o processo de ed ucar, não se restri ngindo a penas à sim ples transferência de con h e ci m e ntos , habil idades ou adestramento 1 8 . A ed ucação deve ser u m proces so dinâmi co , onde os elementos da eq u i pe de saúde se sintam compromissados com o q u e Stotz afirma , seg u nd o PERE I RA 1 4 a este respei to: ". . . orientação dirigida a encontrar métodos que influenciem o educando a participar no alcance de no controle da doença , motivou-se na estruturação d e u m a e q u i p e c o m c a r a ct e ríst i cas m u ltid isciplinares para a operacional ização de um projeto de ed ucação. Feitos os contatos nas U n idades de Ensino S u perior, constitui u-se um g ru po formado por m édicos, enfe rm e i ras, assis tente soci a l , psicó logas e u m n utricion ista . Foi possível ampliar os consu ltórios, conseg u i u-se u m a s a la m a i s a m p l a , q u e , c o m aj u stes necessá rios, transform ou-se e m sala de aula, com TV, vídeo, m u rais e demais recu rsos que cou bessem . Conseg u i u-se sensi bil izar a d i reção do h ospital pa ra a l i beração de medicamentos específicos e os demais necessários para o "grupo educativo': (assim convencionado na Far mácia pa ra a l i beração dos m esmos) . Ela borou se, com a partici pação dos pacientes, um prog ra m a , sendo estabelecidos a lg u ns critérios de par ticipação n o que chamamos "programa educativo ': O presente trabalho a presenta a ava l iação de um períOdO de dezesseis m eses de atividade (setembro de 1 99 1 a dezem bro de 1 992) . 2. CAsuíSTICA E MÉ TODOS 2 . 1 N úmero de s ujeitos do g rupo experimental e critérios para a i n c l usão - sua liberdade". Há cerca de u ma década o Serviço de Diabetes e Metabolog ia do H ospital U n i versitário Pedro Ernesto da U n iversidade do Estado do Rio de J a n e i ro , v e m d e s e n v o l v e n d o de fo rm a assistemática a ed u cação d e sua cliente l a . As d ificu ldades de recu rsos h u m a n os , local apropri ad o , med ica m e ntos e reage ntes v i n h a m se somando às da clientela n o aprend izado para o seu autocu idado. A eq u i pe de m éd i cos, frente à expressiva n ecessidade de orientação específica 242 R. Bras. Enferm. Brasília, v, Estabelecel,l-se em um máxi m o de tri nta o n ú mero tota l dos dia béticos no prog ra m a , restri n g i ndo-se nesta fase i n icial para pacientes com diabetes d o tipo I (insu l i n o dependentes) 1 1 , e que aflu issem ao serviço , o u já estivessem em acompa n h a m ento , q u a n d o da rea l ização do programa . Deviam assu m i r o com prom isso de fre qüentar as atividades prog ramadas. Aceitaram partici par26 pacientes: 1 6 do sexo mascu l i no e 1 0 do sexo feminino, cuja média de idade era de 1 7,4 47, n,3, p, 2 4 1 -249, jul./set. 1 994 7 , 0 a n os (va riação d e 6 a 35 a n os) e cujo tem po de d u ração d o d i a betes e ra de 39,4 .± 44,8 m eses (va riação de zero a 1 56 m eses) . ± 2.2 - Número de s ujeitos no g ru pode controle e critérios para a i n c l u são Constit u i u-se um g ru po de contro l e , de 24 pacientes, 1 4 de sexo m ascu l i n o e 1 0 do sexo fem i n i n o , cuj a méd i a de idade era de 25 , 3 .± 1 2 , 3 a n os (variação d e 2 a 53 a n os) , e a méd i a d e d u ração d o d i abetes e ra de 8 4 , 3 .:t 6 0 , 5 m eses (variaçãode zero a 228 meses) . Estes pacientes era m os demais a rrolados no Serviço , i n su l i n o dependentes, e q ue freqüentava m n ossos consul tórios nos a m b u l atórios com reg u l a ridad e . 2.3 - Estratég ias para o desenvolvimento d o programa Fora m defi n idas três i nstâ ncias para o d esen volvimento d o prog rama ed ucativo : n o a m b u l ató rio , d u ra nte as i nternações, e na sa l a do serviço, com reu n iões agendadas. A) N o a m b u l atório d u ra nte as consu ltas C o n v e n c i o n ou-se q ue a p a rt i r do g ru po estrut u rado , h averia u m a "consulta de primeira vez"com as seg u i ntes ca ràcterísticas: o paciente era atendido de forma seq uencial pelos médico , n utricion ista , e nferm e i ras e psicólogas. N esse contato , preten d ia-se q u e a lém d a ava l iação cl í n i ca , o paciente adq u i risse noções m íni mas sobre o a uto contro l e d o m i ci l i a r. As psicó l o gas atuavam em conj u nto com as e nferm e i ras e , s e necessá rio , agend ava-se consu lta i ndivid u a l com elas. N a seg u nd a consu lta e ntrava em atu a çã o o outro profissi o n a l - a assistente soci a l , q u e a l é m do atendimento específico , fazia um leva ntamento sóci c-eco n ô m i co i nd i vid u a l de ca d a c l i e nt e agendado . O s o utros elementos d a eq u i pe atendi a m ao paciente com o d escrito a nteriorm e nte , e o prog ra m a ed ucativo ia sendo i m pl a ntad o de a cor do com as n e cessidades de cada u m . Nas consul tas su bseq üentes a esta seg u n d a , ava l i ava-se o conteúdo abordado a nteriormente q u e e ra i n d is pensável à rot i n a d e a uto controle d o m i ci l i a r d o paciente . De forma individ ua l izad a , ensinava-se a d osagem de i n su l i n a , o m a n useie da seri n g a , mist u ras, locais de apl icaçã o , i m portânci a d o rod ízi o , con centra ção, etc. Ensinava-se a pesq ui sa da g l i cosúria (glicofita ou Benedict) ou glicemia, confo rm e o caso e n ecessidade. O pró prio pacien te "de volvia "o ensi n a mento , demonstrando assi m sua i ndependênci a , e oportu n izando correções n os proced imentos. Todos os membros da equ i pe participavam do progra m a , cada u m n a sua rotina de atend i m e nto e atentos às possíveis fa l h as n o conteúdo não aprendido. Enca m i n h avam recipro came nte aqueles nos quais encontrava m d úvidas. O agenda m e nto das consu ltas e ra feito de acordo com as necessidades de cad a paciente . A consu l ta m éd i ca n o rteava o agend a m e nto das demais, q u e deveri a m ser coi ncide ntes, por medida eco n ô m ica e viabil idade para o paciente , q u e não pod i a fa ltar a o seu traba l h o , o u esco l a , m u itas vezes no mês. Esta beleceu-se nas consu ltas a ava l i ação da g l ice m i a ca p i l a r e pesq u isa d e ceton ú ri a , pa ra todos os pacientes com g l i cose em n íveis su pe rio res a 400 mg/d l . A partici pação dos fa m i l i a res n o prog ra m a ed ucativo era estimulada, pri ncipa l m ente aqueles d i reta mente envolvidos n o cuidado ao paciente . B) Nas u n idades de i nternação - pacientes i nternados P ri o rizava-se notadamente os recém d iagnos ticados para a i nclusão n o prog ra m a , tendo em vista os mesmos o bjetivos dos atendidos n o a m b u l atóri o . A captação precoce e ra ;J m a estratég i a preventiva . Q u a nto m a i s cedo desen volvess·em atitudes de a uto contro l e , melhor seu convívio com as pecu l i a ridades d o d i a betes. O ate n d i m e nto aos pacientes i nternados com suspeita o u d i a betesjá confi rmado, era notificado ao Serviço de Diabetes por i nterméd io do encami n h a m e nto dos m éd i cos assistentf's de outros serviços d o h ospita l , porq u e o serviço não d ispõe de u m a u n idade d e i ntern a ção específicas para o d i a betes. E m resposta aos ped idos d e parecer a o setor, reg istravam-se os casos n ovos. A s orienta ções nas u n idades de i ntern a ção não d iferi a m m etodo logica m e nte das rea lizadas n os consultó rios d o a m bu l atório. Tam bé m , sempre q u e possí vel , est i m u lava-se a ida do paciente à sala C J serviço , onde, com a presença dos m u ltimeios, as estratégias do processo ensino-aprendizagem eram reforçadas. A atividade d e ensino aos pacientes R. Bras. Enferm. Brasília, v, 47, n.3, p. 24 1 -249, jul.lset. 1 994 243 .. i nternados era prioritariamente atribu ição d e dois elementos da eq u i pe (méd ico e e nferm e i ra) . Os outros profissionais atendiam ao eg resso da i nternação, após a a lta, o u e m casos específicos . conteúdo através d e instrumento elaborado para este fi m . Os não aptos era m de novo orientados, até conseg u i rem a optimização d o domínio no conteúdo. C ) N a sala do serviço - reu n iões de grupos com agendamento prévio B) Ava l iação da eficácia d o prog rama em rel ação a aq u isição d e u m melhor controle metaból i co Com o objetivo de facultara integração entre os pacientes e eq uipe, reu n iões de g ru po era m agendadas. Difere nte do h a bitu a l , e nfocava-se outros temas alé m d os de a uto controle, e sempre por sugestão dos pacientes, relacionados à sexu alidade, esporte, controle de natalidad e , a lternati vas de cardápi os e receitas, etc. Para as cri a nças foram elaborados jogos de acasalamento, comple mentação, dados, jogos de memóri a , fi l m es e etc. . . Todas as atividades tinham 'prémios" quando as crianças ace rtavam , e versava m sobre o autocontrole no l a r, na escola e demais atividades sociais. D) Eventos rel acionados às atividades grupais Forarr rea l izadas duas excu rsões em locais aprazíveis da cidad e , i n cl u i ndo ban hos de m a r, pisci n a , jogos de futebol , voleibo l e outros jogos, como dama e bara l h o . O la nche e a l m oço era m previamente organ izados e m u m a reu n ião d o n utricionista c o m os pacientes. Ressaltava-se nesta ocasião a corre lação d a vida a m plamente vivenciada , desde q u e tomadas as medidas ne cessári as. 2.4 - Aval iação d o p rograma - parâmetros Em 1 3 pacientes do g rupo estudado foi possí vel comparar a média das g l ice m ias de jej u m (X GJ) , a dose média d iária de i nsulina (doseX i nsl dia) e a média do índice de Massa Corpo ral (X IMC) do período estudado , com os mesmos parâmetros analisados retrospectiva mente nos 1 6 meses an teriores à im plementação do prog rama educativo . N os 1 3 pacientes restantes tal comparação não foi possível , u m a vez q u e o d i agnóstico do DM havia ocorrido h á menos de 6 m eses, por ocasião do i n ício das atividades ed ucativas. Nestes casos qualquer possível m e l hora seria certamente atribuíd a ao in ícic ja i nsuli noterapia e não ao prog rama ed ucativo em si . C) Comparação do g ru po estudado com o g ru po controle O g ru po estudado foi comparado com o g rupo controle em relação aos parâ metros cl ínicos e laboratoriais: X GJ , d ose X i nsld i a , X I MC . Em cada g ru po avaliou-se ta m bé m o n ú mero de i ntercorrências infecciosas e de i nternações por complicações agudas do D M . D ) Ava liação do custo mensal do prog rama e do orçamento fam i l i a r dos pacientes uti l izados A) Avaliação d a aq uisiçã o d e conhecimentos e medidas de a utocontrole No g ru po estudado avaliou-se a aq u isição d e determi n ad os con heci mentos ao final d o período : auto-aplicação d e insu l i n a , mistura d e insu l i n a , reaprove itame nto d e se ri ngas, pesq u isa d e gl icosú ria , substituição de a l i m e ntos e reco n h eci mento e cond uta e m casos d e h i pog l i ce m i a . O paciente era aval iado e m relação a cad a u m destes ítens e considerado apto , o u n ã o , d e acordo com a sua capacidade de demonstrar n a prática , a n ível a m bu l atori a l , o domínio daquele 244 R. Bras. Enferm. Brasília, v, O custo mensal do programa foi analisado através de levanta mento de todos os recursos materiais e h u manos necessários ao fu nciona mento do prog ra m a . Os va lores fora m expressos em dólar, para perm itir com pa rações futu ras. O orçamento fam i l i a r dos pacientes e demais cond ições do perfi l sócio-econômico foi levantado através de q u estio�ários de serviço soci a l . E ) Trata mento estatístico Util izamos o teste t-$tudent para a mostras pareadas, para com pa ração do g ru po d i a bético antes e após a i m plementação do progra m a , e o 47, n.3, p. 2 4 1 -249, jul./set. 1 994 teste t-Student, para a mostras não pareadas, n a com pa ração d o grupo d i a bético c o m o g ru po controle. - Comparação de parâmetros clín icos e laboratoriais entre o g rupo estudado e o g ru po controle: A méd i a d e idade d o g ru po estudado foi de 1 7 ,4 3. RES U LTADOS 3.1 Ocorrência de atividades p revistas e - freq uência dos pacientes Dura nte o período de 1 6 m eses em q u estão , rea l izou-se 3 excu rsões supervisionadas e 2 fes tas de Nata l . Nos 1 1 m eses em q u e não se agendou n e n h u m evento especia l conseg u i u-se real izar 9 reu n iões d e grupo. Cada paciente com pareceu e m média a 3 , 2 reu n iões. Em cada reu n i ão havia 9 , 5 pacientes e m m éd i a , o q u e i m pl i cava n u m percentual d e a bsente ísmo d e 6 3 , 4 % por reu n i ã o . A freq uência d e com pa reci mento ao a m bu l atório foi de u m a vez ao mês, em média. 3.2 3.4 Da aq uisição de conhecime ntos específicos - Ao final do período, a ava liação da aqu isição de conhecimentos específicos revelou que 1 00% dos pacientes era m capazes de recon hecer e ag i r adeq uadamente e m caso de h i pog lice m i a , 1 00% estavam aptos a pesquisarglicosúria e reaproveitar seri ngas, 85,7% a se a uto aplicar insu l i n a , 1 9% a su bstit u i r a l i m e ntos e 9 , 5% a rea l izar misturas de insu l i nas. (Tabela 1 - Anexo) . 3.3 Com paração do g rupo estudado antes e � 7 , 0 anos, sendo sign ificativamente menor do q u e a do gru po controle, que foi de 2 5 , 3 ± 1 2 , 3 (p 0 , 05±. (Ta bela 3 - Anexo) . A média de d u ração da doença no g ru po estudado foi de 39 ,4 + 4 , 8 m eses, sendo significa tivamente menordo que a do g rupo controle q ue foi de 84 , 3 + 6 0 , 5 m eses (p < 0 , 0 1 ) (Ta bela 3) . As m éd i a s d e g l icemia de j ej u m , a dose média de i n s/d ia e a m éd i a do índice de Massa Corpora l d u ra nte o período e m estudo fora m , respectiva mente, para o g ru po estudado: 1 .77 , 8 ±. 78,8 mgl d i ; 0 , 9 ±. 0 , 5 U/kg ; 20 , 5 ±..3 , 1 kg/m2; e para o g rupo contro l e : 1 88 ,4 ± 84,4 mg/d l ; 1 , 2 ± 0,7 U/kg ; 25,3 ± 1 2 , 3 kg/m2 (Ta bela 3 - Anexo) . A anál ise esta tísti ca não revelou d iferença sig n ificativa entre o g ru po estudado e o grupo contro l e , em relação a n e n h u m dos 3 pa râmetros aci m a . Tanto n o g ru po estudado, como n o g rupo, controle, o bservamos apenas h i pog lice m ias es porád icas, q u e não i m pl ica ra m em i nternações. N o g ru po estudado não se conseg uiu q ualquer caso d e cetoacidose , havendo 1 paciente no g ru po controle q u e foi i nternado 2 vezes por esta causa . (Tabela 3 - Anexo) . < Como intercorrências i nfecciosas observamos no g ru po estudado: 2 casos de estafi lococcia cutânea e 1 caso de tu bercu lose , e n o g ru po contro l e : 3 casos de i nfecção cutânea e 1 caso d e tubercu lose pul m onar. A ba ixa freq uência dos eventos aci m a não perm iti u a anál ise estatística dos dados. - após a i m p lementação do p rograma Em 1 3 pacientes d o g ru po estudado a m éd i a da g l icemia d e jej u m n o período d e 1 6 m eses a nterior à i m plementação do prog ram a foi de 1 60,2 ± 57, 1 mg/d l , sendo de 1 77 , 8 ± 7 8 , 8 mg/d l n o período de estudo. A d ose m éd i a ins/dia foi de 1 ,2 ± 0 , 6 U/kg a ntes e d e 0,9 ± 0,5 U/kg d u ra nte o período de estudo. A média d o í ndice d e Massa Corpora l foi de 21 ,2.:r 3 , 0 kg/m2 d u ra nte o período de estudo. A anál ise estatística não revelou diferença significativa n a com pa ração dos 3 pa râ metros aci ma discri m inados. (Tabela 2 - Anexo) 3.5 Custo mensal do p rograma - O custo m ensal do prog rama e orça mento fa m i l i a r e ncontra-se a baixo d i scri m i nado (em d ó lar) e foi tota l m e nte assumido pelo Hospital . a) m aterial pa ra rea lização d e g l i ce m i a capilar a cad a consu lta : R. Bras. Enferm. Brasília, Glucostix Algodão Álcool Guardanapo de papel Ag u l h a 1 3 x 4 , 5 49,76 2, 1 8 2,59 0 ,91 2 ,66 Suttotal 58,1 0 v, 47, n.3, p. 2 4 1 -249, jul.lset. 1 994 245 b) material fomecido aos pacientes para trata mento e pesq u isa de g l icosúri a : Insulina Seringa Reagente de Benedict .2567,95 1 44,08 23,66 Subtotal, .2735 ,69 _______ ____ c) despesas para pagamento d os profissionais envolvidos (de acord o com o n ú mero d e horas d ispendidas ao prog ra ma) . 1 667 ,64 3 médicos (1 O h cada) 1 psicóloga(bolsista)_não remunerada 1 assistente socia l (6 h) 271 ,48 2 enfermeirasresidentes(40 h)_91 2, 1 4 1 enferm e i ra (1 O h) 555 , 89 1 n utricion ista (20 h) 733, 1 0 __ Sub total, 41 40,25 ______ Total Geral 6934 ,04 ______ o orça mento fa m i l i a r do g ru po de d i a béticos analisado situou-se entre U S$ 50,00 eUS$ 1 00,00 mensais. 4. DISCUSSÃO No Brasi l , a m á estrutu ração do Sistema de Saúde tem sido responsável pelo fato de que, ainda hoje, mu itos paci entes evoluem pa ra o óbito por cetoacidade d i a béti ca , tanto por d ificu ldades no diagnóstico , como por i m possibilidade de aten dimento hospitalar adequado. Por o utro l ado, m u i tos diabéticos, q u e poderi a m sertratados na red e primári a , persistem sobrecarregando os ambula tórios de centros especia l izados. Nesse contexto, a i m plantação d e prog ramas educativos h i e ra rq u izados e reg ional izados con tribuiria para m i n i m izar os problemas no atendi mento ao paciente d i a bético . As d ificuldades de transporte seriam red uzidas e h averia estímulo à partici pação de u m maior n ú mero de pacientes, viabilizando os custos do programa e possi bi litan do uma atenção mais efetiva a cada ind ivíd u o 5 , 6 . Lamentave l me nte, a fa lta d e verbas, recu rsos e essencialmente a ideo log ia nas U n idades de Saú de, afasta a cl ientela d a sua á rea prog ramática . N ã o h á co n s c i ê n c i a d o p r o c e s s o d e 246 R. Bras. Enferm. Brasília, v, munici palização, percebendo-se também obstru ções autoritárias e b u rocráti cas dos blocos hegemôn icos do aparelho estatal . Estudo re a l izado n o H ospital d a Lagoa (I NAM PS) - Rio de Janeiro , concl u i u que o custo do tratamento do diabetes é incom patível com o orça mento familiarda população brasi leira 4 , con cordante com o levantamento rea l izado no nosso g ru po de diabéticos. Caso o paciente tivesse que adq u i ri r por conta própri a , o material para seu tratamento e controle (item b do custo mensal do programa) , ele gastaria por mês aproxi madamen te US$ 1 1 4 ,OO, incom patível com seu orça mento fam i l iarde US$ 50,OO a U S$ 1 00,OO. É im porta nte considerarmos que para os d i a béticos o acesso à insulina não é paternalismo, é sobrevivência. C o m c o n d i ç õ e s e co n ô m i c a s de q u a se m iserabilidade, é i m possível a observância da compra de pelo menos 1 frasco de i nsulina por mês, que d i rá 3 ou 4 ! ! Estes fatores apontam para a i m portância de uma contín ua revisão nos modelos d e atendimen to ao paciente diabético no nosso meio, uma vez que o modelo atual não está supri ndo as necessi dades de saúde da popu lação em q uestão . No período estudado do programa educativo do HUPE - U E RJ , evid e n ci a m os um ba ixo índice de com pareci mento às reu n iões mensais, o que cred itamos em parte, ao a lto preço dos tra nspor tes u rbanos, u m a vez q u e , se o paciente partici passe de todas as atividades, ele teria que com parecer cerca de três vezes ao mês ao hospital (exame l aboratori a l , consu lta e reu n ião do g rupo e d u ca t i v o o u e v e n t o e s p e c i a l ) . A n ã o conscientização por parte dos pacientes d a i m portância de um program a ed ucati vo no acompa nhamento de uma doença crôn ica , principalmente no que se refere às atividades em g ru po , é u m aspecto que t e m sido descrito 6, 1 5, 1 7 e q u e certa mente tem g rande relevância neste contexto . I ndependente da Justifi cativa para o fato, estes resu ltados são preocupantes, se considerarmos o elevado custo do prog rama ed ucativo , especial mente no toca nte ao gasto com forneci mento de insuli nas e seri ngas. Caso o Sistema de Saúde não assuma de forma efetiva o enca rgo de fornecer o material necessário ao tratamento do diabético , consideramos como certo o fato de q u e as insti tuições não poderão arcar com a manutenção dos programas ed ucativos. A captação de recu rsos j u nto a i nstituições 47, n.3, p. 2 4 1 -249, jul./set. 1 994 privadas e associ a ções de d i a béti cos tem sido pro posta . Entretanto , a s experi ê n ci a s d o n osso serv i ço n este sentido não têm sido favoráveis. Observa m os u m suba proveitamento dos recu r sos h u m a nos i n vestidos, havendo e m m é d i a u m profissi onal d e n ível su perior para cada 2 , 9 pacien tes, demonstra n d o que a cont i n uidade d os prog ra maseducativos só se justificaria caso a abrangência dos m esmos fosse a m pl ia d a . O baixo g ra u d e i n strução do s d i a béticos i nseridos n o prog ra m a i m possi b i l itou a a p l i cação de q u esti o n á rios d i d át i cos p a ra a ava l i ação d os resu ltados a l ca n çados, con d uta rot i n e i ra e m pa í ses desenvo l v i d os 2. 1 0. P o r este motivo , fi ava l i a ção fo i fe ita d e form a prática a cada co nsu lta a m bu latori a l . Em re l a çã o à a q u isição d e con h eci m e ntos específico s , d etect a m os q u e os íte ns m a i s facil m e nte a p re n d idos fora m : reaproveita m e nto de seri n g a s , pesq u i sa d e g l i cosúria e cuidados em re lação a h i po g l i ce m i a . Já os itens onde se o bser vou m a i o r d ifi culdade d e a pre nd izag e m fo ra m : s u bstit u i çã o d e a l i m entos e m i st u ra d e i nsu l i n a s . C a be ressaltar, entret a nto , q u e o fato d o pacie nte d o m i n a rd eterm i n ad a técnica d e autoco ntro l e , n ã o i m p l ica n ecess a ri a m e nte q u e esta sej a i n co rpora d a à sua rot i n a d i á ri a , o que pudemos con stata r e m re l a çã o à pesq u isa d e g l i cosúri a . Deve-se considera r a atuação d e fato res m u ltica us a i s d a s m a i s d iversas o rdens (sócio eco n ô m i ca , cultu ra l e biológica) i nterferindo n a q u estã o d a apreensão d e con h eci m e nto e n a i n co rporação d os mesmos e m termos d e m ud a n ça d e co m po rta m e nto 1 6 . Tais fatos são re l eva ntes p ri n ci pa l m e nte e m re l a çã o a d o e n ças crô n i ca s , e pri n c i pa l m e nte e m rel ação a o d i a betes e s u a s pecu l i a ridades 1 4 . N os pacie ntes e m q u e a com p a ra çã o a ntes e a pós a i mplementação do progra m a educativo foi possível , obse rvarmos q u e n ã o h o uve di fe re nça estatistica mente s i g n ificante n a dose m éd i a i n s/d i a , n a méd i a d a g l i ce m i a d e j ej u m e n a m éd i a d o índ i ce de M assa C o rpo ra l . É ce rt a m e nte q u e stio n á v e l a uti l ização d a m éd i a d a s g l i ce m i as d e j ej u m com o pa râmetro d e a v a l iação d o contro l e m eta b ó l i c o , poré m e l a foi por n ós uti l izad a , u m a v e z q u e o H U P E n ã o d i spõe d a d osagem d e h e m o g l o b i n a g l icos i l a d a n a s u a rot i n a l aboratori a l . D e q u a l q u e r form a , o s resultados o btidos estão em co ncord ân cia co m o de o ut ros a utores 2.9. 1 5 , que nem sem pre conseg u i ra m m e l hora no controle m etaból ico dos diabetes co m o e m prego d e prog ram a ed u cativos . .: \. R. Bras. Enfcr'". É i m po rta nte e nfatizar q u e , m e s m o n o m a i o r estudo sobre efeito do contro le estrito do Diabetes M e l l itus sobre o desenvol v i m e nto de com p l i ca ções crô n i ca s (DCCT) , a pesa r das e n o rmes so mas d e d i n h e i ro i nvestidas e da aten çã o m a ci ça q u e cad a paci ente recebia a q u a lq u e r h o ra d o d i a , i n c l u sive a n ível d o m i ci l i a r, a m éd i a d e g l i ce m i a a l ca n ça d a foi d e 1 55 mg/d l ' . A d ose d e i n su l i n a uti l izada pelos paci e ntes a ntes da e nt rada no progra m a edu cativo já e ra de ce rca de 1 U/kg/d i a , ou sej a , suficientem e nte a lta p a ra que se pudesse considera r o d escontro l e matabó lico como decorrente de h i po i n su l i nizaçã o . Possi ve l m ente , o q u e os pacientes necessitava m e o programa ed u cativo não foi capaz de esti m u l a r, e ra u m a m a i o r aderên c ia à d i eta e a os exe rcícios físicos. Quando com pa ra m os o g rupo contro l e , o bser v a m os q u e o g ru po caso a presentava m e n o r m é d i a d e idade e m e n o r m é d i a d e d u ração d a d o e n ça . J u lg a m os q u e tal resu ltado refl ita o fato do indivíd u o , no i n ício d o seu trata m ento , m ostrar se ávido por i nformaçóes a respeito d e sua doença , e portanto, por a bord ag e ns de trata mento voltadas p a ra o aspecto ed u cativo . Desse m o d o , os paci e ntes que se e n g aj a ra m n o prog ra m a ed u cati v o , fora m a q u e l e s co m d i ag n óstico m a i s recente . A m éd i a d a g l i ce m i a de j ej u m , a d ose m éd i a i n s/d i a e a m éd i a d o índ i ce de Massa Co rporal não d iferi ram entre o g ru po estudado e o g ru po contro l e , d e m o n st ra n d o a i m possi b i l i d a d e d e prog ra m a ed ucativo e m consegu i r u m a m e l h o ra n o contro l e meta bó l i co , n u m c u rt o período d e t e m p o . E m rel a ção às i nterco rrências cl ín i cas, a ba ixa freq uência d a s m esmas nos 2 grupos, n ã o perm i t i u esta belecer d i fe re n ças estat ísticas; j u l g a m os contudo re leva nte a i n existê n c i a d e casos d e cetoacidose n o g ru po estud ado . O p resente tra b a l h o d e ixou para o serv i ço , profiss i o n a i s e cl i e ntes a l g u m as certezas q u e d e v e m continuar norteando ativid adef semelhan tes. Ressa lta mos: a) A captação precoce dos d i a bét i cos recém d i ag nosticados, devido ao tra bl a l h o rea l i zado com pacientes i ntemados. b) A melhor i nteg ra ção dos d i a béticos com a i n stit u i çã o , u m a vez q u e o paciente s a i ba poder conta r com uma eq u i pe d e a po i o p a ra q u a l q u e r Bras í l i a. v, 4 7 . Id . p . 24 1 -249, juL s�t. 1 994 247 eventualidade. c) A m a i o r i nteg ração dos d i a béticos entre si devido às atividades desenvolvidas em g ru po . d ) A maior faci l idade n a ass i m i lação d e i nfor mações devido às formas de a bordagem adaptadas à rea l idade dos pacientes. e) A maior i ntegração da fa m í l i a n o trata m e nto do dia bético , contri b u i nd o para a d i m i n u i ção dos confl itos que esta doença cost u m a g e ra r n o n ú cleo fa miliar. f) A facil itação d o trabalho d e cada profissiona l , devido a atuação conj u nta d a eq u i pe . Dentre a s propostas para a cont i n u idade d o p ro g ra m a , ci t a m o s a i m p l e m e nt a ç ã o d a s atividades n a sa l a d e espera com m a i o r atuação da psicóloga e d a assistente soci a l , visando aumentar a ca ptação e conscie ntização dos paci e ntes. Pretendemos reestrutura r o g ru po ed u cativo , desenvolvendo re u n iões paralelas de pais, adoles centes, adu ltos jovens e cri a n ças, pois o bserva mos q u e cad a u m detes g ru pos se ressente em se expressa r n u m g ru po heterogêneo. Tal fato foi n itidamente evidente em relação ao g ru po de pais. J u lgamos que a i m p l a ntação d e prog ramas ed ucativos nos dife re ntes n íveis d o Sistem a de Saúde é essen ci a l pa ra asseg u ra r as condições m í n i mas n ecessárias ao t ratamento do paciente d i a bético . Concl u i mos que o prog ra m a ed ucativo nos moldes com o foi por n ós adotado e no curto período a n a l isado , não foi ca paz de m e l hora r o control e g l i cêm ico dos pacientes, sendo entretan to i m portante para asseg u ra r a e l es u m acesso mais a m pl o e fácil às i nformações necessá rias ao seu tratam e nto e contro l e . Possivel m e nte seria necessário um período de atuação mais abrangente para q u e a conscie ntização do paciente em rela ção à sua doença se refletisse n u m melhor controle m etabó l i co d a mesm a . REFERÊNCIAS BI BLIOG RÁFICAS A M E R I CAN DIABETES ASSOCIAT I O N , I m plications of the diabetes control and complication trial. Diabetes Spectrum v. 6 , n . 4, p .255-227 , 1 993. 2 . ASSAL, J. P H . , AVI LSAT E S , J . G . , HALE M I , D . The teaching lelters. I N : ASSAL, J . P . , AVI LSAT E S , J . G . , HALEM I , D . Education Study Group ofthe European Association for Study of Diab etes. iÍJ e ully-su r s e n n e , 1 988, p. 1 . 3 - B RAS I L - M . Saúde. Ação educativa em saúde - diretrizes do M . S . Secretaria N acional de Ações Básicas de Saúde - Divisa0 N acional de Educaçao em Saúde. Brasflia, D . F . , 1 98 9 . 4 - C LA U PA U C H , R . O custo do tratamento do Diabetes Mellitus tipo I no B rasil. Diabetes & Metabolismo. 1. 1 :8-1 0, 1 989. - C O R D E I R O , H. 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ANTES PARÂMETROS ANALISADOS APÓS NíVELDE SIGNIFICÂNCIA Glicemia de jejum 160,2±57,1 (mg/dl) 177,8±78,8 (mg/dl) NS Dose média diária insulina 1,2±0,6 (U/kg/dia) 0,9±0,5 (U/kg/dia) NS índice de massa corporal 21,2±3,0 (kg/m2) 20,5±3,01 (kg/m2) NS Tabela 3 Comparação de parâmetros clínicos e laboratoriais entre o grupo estudado e o grupo de controle ( X :!: DP ). GRUPO GRUPO ( NíVELDE ESTUDADO CONTROLE SIGNIFICÂNCIA Idade (anos) 17,4±7,0 23,3±12,3 p<0,05 Duração do DM (meses) 39,4±4,8 84,3±60,5 p<0,01 177,8±8,8 188,4 ± 84,8 0,9 ± 0,5 1,2±0,7 p= N S 20,5±3,0 25,3± 12,3 p=NS PARÂMETROS ANALISADOS Glicemia de jejum (mg/dl) Dose insulina/dia (U/Kg/dia) índice de massa corporal (Kg/m2) p=NS N° de infecções cutãneas e pulmonares 3 4 N° de internações por CAD ° 2 não realizada não realizada N° de internações por hipoglicemia O O não realizada R. Bras. Enferm. Brasília, v, 47, n.3, p. 241-249, juLset. 1994 249