Testículo Não-Descido - Dr. Marcelo Torrente Silva

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Testículo Não-Descido - Dr. Marcelo Torrente Silva
Dr. Marcelo Torrente Silva
Cirurgia Pediátrica – Urologia Pediátrica
Araras: Rua Doutor Armando Salles de Oliveira, 525 – Ed. Doctor Center, sala 13
CEP 13600-730 - Fone: (19) 3542-6687
Leme: Rua Coronel João Franco Mourão, 647 - Espaço Santa Lydia, sala 12
CEP 13610-180 - Fone: (19) 3555-1621 e 3571-3815
Site: www.drtorrente.site.med.br
E-mail: [email protected]
Sessão “ Meu Médico Responde... “
1- O que acontece com os testículos que não estão no saquinho ao nascimento?
Entre o 6º e o 8º mês de gestação, o testículo desce em direção a bolsa escrotal, dirigido por
um músculo e incentivado por hormônios, de tal modo que 70% das crianças prematuras e 95% das
nascidas a termo (40 semanas de gestação) já tem seus testículos no escroto. Porém:
a) Prematuridade - na criança que nasceu antes de completar 9 meses de gravidez, não houve
tempo de completar “a descida” dos testículos, mas ela pode se completar nos primeiros meses após
o nascimento.
b) Criptorquia – são testículos que não completaram sua descida, permanecendo dentro da barriga
da criança ou no canal inguinal.
c) Testículos ectópicos - aqueles que, durante a sua descida, se desviam da rota principal do
músculo que os direcionaria até a bolsa escrotal, e fixam-se fora de seu local normal (na raiz da
coxa, próximo ao pênis, no outro lado da bolsa escrotal ou na virilha, mais superficiais).
d) Testículos retrateis ou migratórios - aqueles que, sob estímulos (frio, estresse,...), são
tracionados para a região inguinal (virilha) por um músculo (cremaster) hiperativo, mas que voltam
para a bolsa escrotal e permanecem lá ao serem aquecidos num banho de assento ou quando o
médico os puxa suavemente. A grande maioria destes testículos posicionam-se definitivamente na
bolsa escrotal quando o paciente atinge a adolescência, sem prejuízo de sua função.
d) Anorquia - é a não formação do testículo; o outro testículo, sendo normal, poderá assumir as
funções de produzir hormônios e espermatozóides, permitindo a masculinização e fertilidade.
2- Testículos Não-Descidos são uma doença familiar?
a) Somente 12 a 15 % dos pacientes têm história familiar.
b) Filhos de pais com testículos não-descidos tem 4 % de possibilidade de terem a mesma doença.
c) Gêmeos tem 10 % possibilidade de terem a mesma doença.
3- Existe tratamento clínico para Testículos Não-Descidos?
O uso de hormônios, em caso de Testículos Não-Descidos bilaterais, pode ser útil, sob
cuidadosa orientação médica
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Dr. Marcelo Torrente Silva
Cirurgia Pediátrica – Urologia Pediátrica
Araras: Rua Doutor Armando Salles de Oliveira, 525 – Ed. Doctor Center, sala 13
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4- Por que é necessária a cirurgia para estes testículos que não desceram?
Para seu perfeito desenvolvimento, o testículo necessita de uma temperatura 2 à 3 graus
Celsius inferior ao do corpo humano, o que ocorre na bolsa escrotal. Portanto, se o testículo não
descer espontaneamente, ou não for colocado cirurgicamente no escroto até os 2 anos de idade, ele
começa a sofrer as conseqüências desta temperatura mais alta e não vai se desenvolver
normalmente, podendo ser causa de:
a) Infertilidade – pode ocorrer diminuição na formação do hormônio masculino (testosterona) e de
espermatozóides.
b) Aumento de 3,8 a 10 % na possibilidade de câncer do testículo, após os 30 anos de vida.
c) Maior facilidade de se palpar e diagnosticar doenças no testículo.
d) Maior risco de trauma, no caso de testículo inguinais, fixos sobre os ossos da bacia!
e) Maior risco de torção de testículo, pois sua fixação é incompleta.
f) Aspectos estéticos e psicológicos, devido a deformação do escroto, causada pela ausência do
testículo, com prejuízo na imagem corporal.
5- Qual a idade ideal para o tratamento cirúrgico?
A idade ideal é entre 1 e 2 anos de idade, porque:
a) A possibilidade de descida expontânea só ocorre até 1 ano de vida.
b) A Identificação sexual ocorre geralmente entre os 2 e 5 anos de idade, quando a criança tem
maior dificuldade para aceitar e compreender tratamento cirúrgicos nos seus órgãos genitais.
c) O aumento no risco de Câncer já aumenta após os 2 anos de vida.
d) Tecnicamente, não altera os riscos da cirurgia em comparação com uma criança maior.
6- Videolaparoscopia é usada para tratamento cirúrgico desta doença?
O tratamento cirúrgico, por vídeo-laparoscopia, é muito útil quando o testículo não é
palpável na região da virilha, e portanto pode estar alto, dentro da barriga da criança.
O vídeo-laparoscópio serve para diagnóstico diferencial (confirmando se existe um testículo
intra-abdominal ou não) ou tratamento (facilitando dissecar os vasos sangüíneos do testículo até
perto do rim e levar o testículo até a bolsa escrotal).
7- Como os pais podem preparar o filho para a cirurgia?
a) Os pais devem receber orientações que lhes permitam conhecer como será realizada a cirurgia,
para que se sintam seguros e possam transmitir esta segurança para seu filho.
b) NÃO MENTIR, NEM ESCONDER do paciente o que será realizado, mas também não entrar em
detalhes que ele não possa compreender, ou que possam assustá-lo. Exemplo: evitar o uso das
palavras "cortar", "tirar fora", ...
c) Mostrar para a criança as vantagens da cirurgia. Exemplo: não terá mais dores para fazer xixi,...
d) “Diminuir o medo do desconhecido!”, demonstrando amor, segurança, respondendo
honestamente todas as perguntas feitas, e levando-o, se possível, a conhecer antecipadamente o
hospital onde será realizado a cirurgia.
9- Como é feita a anestesia?
Geralmente, anestesia geral (principalmente nos casos onde os testículos estão dentro da
barriga da criança).
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