ricardo_carvalho_monografia final
Transcrição
ricardo_carvalho_monografia final
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Pontifícia Universidade Católica de São Paulo O desafio de utilizar a comunicação jornalística para a promoção de direitos da infância e juventude: uma análise de conteúdo da Revista Viração e seu impacto social. RICARDO PAES DE BARROS TEIXEIRA DE CARVALHO São Paulo Agosto de 2010 RICARDO PAES DE BARROS TEIXEIRA DE CARVALHO O desafio de utilizar a comunicação jornalística para a promoção de direitos da infância e juventude: uma análise de conteúdo da Revista Viração e seu impacto social. Orientação: Prof. Me. Rodrigo Ratier Monografia de Conclusão de Curso de Especialização em Jornalismo Social, exigência para a obtenção do grau de especialista em Jornalismo Social. Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão Pontifícia Universidade Católica de São Paulo São Paulo, Agosto de 2010 Para a minha mulher, Adriana, pelo apoio, compreensão, ensinamentos, filhos e amor incondicional. Resumo Essa monografia se materializa no ressoar da comunhão entre comunicação e educação. Como consequente som que se movimenta e difundi, temos os direitos da infância e juventude. Escolhida a Revista Viração como objeto de pesquisa, o que era mero e inanimado objeto, se desvela no decorrer do trabalho como sujeito ativo e transformador. Refletindo sobre os potenciais da comunicação jornalística e considerando seu importante processo histórico de formação, informação, recepção e influência em seu público, a monografia revela a possibilidade de ampliar essas conquistas do jornalismo ao se fundir com a educação. Sustentada pelo sólido alicerce pedagógico de Paulo Freire, eclode-se então nessa monografia a Educomunicação. Remetendo à complexidade de ecossistemas comunicacionais, encontra seu reflexo na ousadia jovem de uma Revista chamada Viração, cuja proposta é justamente uma transformação socioambiental. Nessa inter-relação e dialogismo entre educomunicação, jornalismo, juventude e direitos é explorada a análise de conteúdo de seis meses de publicação da revista, um pequeno estudo de recepção e uma investigação de sua organização interna, procurando verificar: 1- de que forma o propósito de promover os direitos da infância e da juventude se materializa nas páginas da revista e 2- qual o impacto social que efetivamente a publicação provoca nos jovens que dela fazem parte e no público leitor a que ela se destina. Uma vez estabelecido esse foco, a monografia desbrava o entorno da revista, incluindo seu processo de trabalho, sua gestão, suas relações internas e externas, o que remete a revista à uma práxis, uma vez que ela transita pela reflexão e ação. _______________________________________________________________ Palavras Chave: Jornalismo, Educação, Educomunicação, Direitos, Juventude Abstract This monograph consists of the materialization of the communion between communication and education . As a consequent sound that moves and diffuses, we have got the children and adolescents`rights. After choosing as a research object the magazine “Viração”, what was a mere and static object, turns into an active and transformer subject through out the work. Reflecting on the potencial of journalistic communication and considering its important historic process of formation, information, reception and influence in its audience, the monograph reveals the possibility to enhance these journalism achievements when joining with education. Sustained by the solid pedagogic basis of Paulo Freire, Edocommunication emerges in this monograph.. Addressing to the complexity of communicational ecosystems, it finds the reflection on the daring magazine named “Viração”, whose proposal is exactly the social environement transformation. On this inter-relationship and dialogue between educommunication, journalism, youth and rights is explored through the content analysis of six numbers of the monthly magazine. After some study on the reception and an investigation about its internal organization I have tried to verify: 1- How the intention to promote the rights of children and youth come out in the pages of the magazine and 2- What social impact the publication definitely provokes on youth and its readers. Once this axis is established, the monograph explores its surroundings, concerning the work process of the magazine such as its management, the internal and external relationship, allowing to be praxis, since it goes through reflection and action. _______________________________________________________________ Key words- Journalism, Education, Educommunication, Rights, Youth Sumário Capítulo 1 - Introdução ............................................................................... 7 Capítulo2 - Análise da relação entre jornalismo e educação................... 10 Capítulo 3 - A Revista Viração .................................................................... 24 Capítulo 4 - Uma análise de conteúdo...................................................... 32 Capítulo 5 - Um estudo de recepção ......................................................... 56 Capítulo 6 – Conclusão ................................................................................ 65 Referências Bibliográficas ........................................................................... 67 Anexo 1 – Estudo de análise de conteúdo das revistas............................ 70 Anexo 2 – questionários utilizados nas entrevistas ............................... 232 Capítulo 1 - Introdução “Sentado em um dos bancos da Praça da Sé, bem ao lado do chafariz que naquele instante estava sendo esvaziado para limpeza, encho-me de alegria ao me ver com um grande peixe nas mãos (sim, é verdade, não fazemos idéia das coisas que têm dentro daquele enorme chafariz da Sé, de roupas, tênis, brinquedos quebrados e até peixes, e do tamanho de um palmo quase...), rodeado por meninos, meninas e adolescentes que tomam as ruas como espaço de moradia e sobrevivência, todos muito atentos às explicações que dava sobre as brânquias e como os peixes fazem para respirar debaixo d’água. Tudo bem que, momentos antes, todas essas crianças e adolescentes estavam dentro do chafariz, com seus pés descalços, atolados em um lodo sujo e viscoso, mas felizes por estarem brincando, pegando peixes que se debatiam na pouca água e muito lodo que se acumulava ao fundo. Por mais que eu, do lado de fora e sem muito sucesso, sob um sol escaldante, continuasse com a minha ladainha de educador social, dizendo que aquela água lodosa era muito suja e que eles poderiam até pegar alguma doença, acabava entregando-me a toda diversão que aquela situação oferecia. Mais do que isso, pude junto com eles fazer algo além da brincadeira, pois ensinava biologia com um peixe na mão que os próprios meninos pegaram no meio do lodo do chafariz da praça da Sé, em pleno marco zero da cidade de São Paulo. Foram cenas como essas que durante seis anos me enriqueceram muito, tanto como indivíduo quanto educador social.” 1 1 Carvalho, Ricardo P.B.T, "Terceiro Setor: Experiências e Rumos", artigo publicado na coleção Inovação e Tecnologia lançada pelo Instituto Uniemp - São Paulo - 2004 Esse trecho faz parte de um texto que escrevi em 2004, logo após minha saída da Fundação Projeto Travessia. Uma ONG que defende os direitos de crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, ou pessoas também denominadas como crianças em alta vulnerabilidade social, mas muito mais conhecidas por toda a população como crianças de rua. Também recebem as classificações mais pejorativas como “menor”, “trombadinha”, mendigos, “rodinho” (em referência ao rodo para limpar para brisas nos sinais de trânsito), “pedrinhas” (em referência ao uso da “pedra” de crack), maltrapilhos, dentre muitos outros. Percebi, com o passar do tempo, que todas as formas de classificação têm em comum um único objetivo: manter essas problemáticas crianças e adolescentes à distância. Pois eu tomei o caminho oposto, ou seja, trazê-las para o mais perto possível, e não só para mim, mas para toda uma sociedade de um país continental como o Brasil. Como disse no trecho citado, foi grande o aprendizado convivendo cotidianamente com essas crianças e adolescentes nas ruas dessa megalópole que é a cidade de São Paulo. As pessoas rotineiras das ruas, os transeuntes, comerciantes, até mesmo os marreteiros, todos, não fazem a menor idéia do potencial desses meninos e meninas. A capacidade de contornar as dificuldades do dia a dia e a criatividade imensa. Eles conseguem montar uma rede absurda de contatos para os mais variados fins. Conhecer os restaurantes e os melhores horários para conseguir comida, os locais e horários de melhor esmola, espaços para brincadeiras, para dormir, para a prática de pequenos furtos, técnicas para se proteger dos infindáveis perigos e violências das ruas, para se comunicar um com o outro, inclusive com o caos urbano, linguagem própria, soberbos desenhos. Enfim, Poderia escrever páginas e páginas apenas sobre os dons, capacidades e potencialidades desses pequenos, mas o objetivo aqui é outro. Foi essa oportunidade de observar e participar ativamente desse cotidiano que me remeteu à necessidade de compartilhar essa desesperadora e perversa situação dessas crianças, bem como toda a riqueza de suas potencialidades com toda sociedade. Assim, decidi cursar jornalismo. Para quem vivia um cotidiano comum, embora extremamente intenso com essa população e percebendo que uma riqueza de conhecimentos, relações, ações e até metodologias ficavam represados em ONGs e projetos sociais governamentais específicos, fui ao encalço da narrativa, na esperança de possibilitar relações, mesmo que intermediadas por um texto, já que o contato físico direto com crianças e adolescentes de rua é completamente ignorado pela maioria da sociedade. Mais do que seu potencial difusor, o jornalismo é a narrativa do cotidiano, “A arte de narrar acrescentou sentidos mais sutis à arte de tecer o presente. Uma definição simples é aquela que entende a narrativa como uma das respostas humanas diante do caos. Dotado da capacidade de produzir sentidos, ao narrar o mundo, a inteligência humana organiza o caos em um cosmos” 2 . Pois é sabendo o que ocorre no mundo e com seus iguais que o ser humano poderá sanar outra necessidade vital, a sua comunicação. Desse modo, poder ler e escrever permite não só a comunicação, mas também possibilita a organização mental, individual e coletiva. Contar histórias e posteriormente escrever e ler essas histórias faz parte do cotidiano humano desde seus primórdios. É uma das maneiras que o ser humano encontrou para identificar-se em seu mundo, para nele se reconhecer e para com ele estabelecer laços de pertencimento. Fazendo o uso da narrativa, o ser humano foi capaz de transmitir experiências de vida, conhecimentos e informações até a atualidade. Foi através da narrativa jornalística que pude me encontrar no mundo e, uma vez o tendo reconhecido e aceito como uma busca pela harmonia com a 2 47 Medina, Cremilda. In A arte de tecer o presente: narrativa e cotidiano, São Paulo, Summus,2003.p realidade, pude então sentir a possibilidade de recriá-lo e, assim, atingir uma transformação necessária para seu balanceamento justo e pleno. Associando a grande difusão jornalística e transcendendo seu viés informativo, o jornalismo pode ser educativo e mobilizador, interferindo na história individual ou até mesmo na própria identidade para, através dessa introspecção, encontrar o outro, o sujeito que vai além de si mesmo, e depara-se com o coletivo, na sua origem social. Este seria o caminho vislumbrado para atingir sujeitos ativos e leitores de um material jornalístico. Uma vez tocados pela mensagem, que ela pudesse não só informar, mas problematizar, conscientizar, educar e proporcionar uma mobilização social para grandes causas sociais, sendo a minha a da infância e juventude. Não é um percurso fácil, muito menos indolor, mas é o jornalista trabalhando a si próprio em prol, verdadeiramente, do outro. Este trabalho pretende investigar a tentativa de concretizar esse jornalismo questionador e mobilizador, em que jornalismo e educação atuam em conjunto para a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Com a análise da Revista Viração, pretendo apresentar, nas dimensões da produção, veiculação e recepção, os alcances e os limites dessa iniciativa. Uma iniciativa valorosa e valiosa não apenas porque nada contra a corrente, mas porque tem a coragem de mostrar que um outro jornalismo mais humano está ao alcance das mãos, corações e mentes. Capitulo 2 – Entre encontros e desencontros: uma análise da relação entre jornalismo e educação. “Enunciar um texto que espelhe o dramático presente da história é, a princípio, um exercício doloroso da inserção no tempo da cidadania e da construção de oportunidades democráticas. Ao se dizer, o autor se assina como humano com personalidade; ao desejar contar a história social da atualidade, o jornalista cria uma marca mediadora que articula as histórias fragmentadas; ao traçar a poética intimista, que aflora do seu e do inconsciente dos contemporâneos, o artista conta a história dos desejos.” 3 Uma vez formado como jornalista, recaio em outro obstáculo. Apropriando-me teoricamente dessa “quase” ciência, percebo o grande potencial do jornalismo atual, mas, ao mesmo tempo, seu grande definhamento e subestimação, principalmente no importante tema em que sempre trabalhei que é a educação. Entretanto, seja o jornalismo ou mesmo a educação da atualidade, ambos enfrentam diversas crises. Apesar de essa crise ser quase intrínseca a ambos, focalizarei neste trabalho a crise do jornalismo, embora não possa descartar uma breve reflexão sobre a crise da educação brasileira. Assim como ocorre na sociedade, a desigualdade entre os sistemas de ensino público e privado é ululante. O completo abandono governamental das periferias e total desprezo aos direitos básicos como saúde, educação, habitação e até mesmo alimentação, projetam na educação esse precipício sectário, “Diante da grande desigualdade social, a universalidade do acesso à educação ganha grande relevância no Brasil. No entanto, apesar da garantia do acesso à escola pública, muitos alunos são reprovados e abandonam seus estudos. Entre os fatores responsáveis por essa situação, muitos estudos e muitas pesquisas têm apontado a baixa qualidade do ensino e a inadequação da escola aos jovens das camadas populares que freqüentam majoritariamente. Seja porque se desconhece esse público, seja porque o professorado é submetido a condições de trabalho incompatíveis com a formação continuada e com o aprimoramento pessoal, pode-se dizer que o ensino público ainda não garante aos seus alunos as condições necessárias e suficientes para o desenvolvimento de uma relação 3 48 Medina, Cremilda. In A arte de tecer o presente :narrativa e cotidiano, São Paulo, Summus,2003.p pessoal significativa com o(s) saber(es), tão relevante para o êxito da Aprendizagem (Charlot, 1992 e 1996).” 4 Percebem esses precipícios na educação, inclusive na sua raiz social, uma vertente de pensadores da educação, tendo Paulo Freire como expoente. Um advogado que virou professor da língua portuguesa, para depois firmar-se como pedagogo, filósofo e pensador da educação, jamais deixou de ser um exemplo de vida manifestado em um verdadeiro cidadão, com o comprometimento ético de combinar o pensamento teórico com a atuação prática. Desenvolveu uma teoria que o torna um brilhante ativista político, na sua essência, pois a política de Freire não ocorre no conforto dos gabinetes ou na supremacia dos palanques, palácios ou câmaras, mas sim junto às minorias que, na realidade, representam a grande maioria de um povo sofrido, excluído, oprimido. Ao invés de lutar por eles, Paulo Freire luta junto com eles, buscando uma transformação social efetiva e não uma política sectária, proselitismos e discursos vazios. Debruçou-se sobre a realidade que vivia para construir seus argumentos e conhecimentos, enfim, para atingir seu objetivo de uma transformação social e alcançar uma sociedade menos desigual e muito mais justa. Paulo Freire nunca perdeu de vista um de seus maiores valores: o ser humano. Para atingir sua meta, centrou toda sua energia para sugerir contundentes ações voltadas para agir na educação, o ponto nevrálgico de uma nação que, para ele, estava doente. Mesmo assim, Freire não aceitou simplesmente essa situação doentia e disseminada como algo notoriamente verossímil e imutável. Pelo contrário, direcionou seu trabalho de alfabetizar milhões de brasileiros justamente através da conscientização de cada indivíduo sobre sua situação que ocupa na sociedade. Dizia que o corpo social, apesar de doente, situação que degenerava inclusive a própria identidade de muitos de seus integrantes, não é uma situação imobilizada, muito menos inexorável. 4 Charlot, Bernard (org) in Os Jovens e o Saber, Perspectivas Mundiais, Trad. Fátima Murad, Artmed Editora, Porto Alegre, 2001 “Os homens são porque estão em situação. E serão tanto mais quanto não só pensem criticamente sobre sua forma de estar, mas criticamente atuem sobre a situação em que estão.” 5 Fazendo das palavras uma animação, a filosofia e metodologia freiriana traz como protagonista o próprio educando que, em um processo dialógico com o educador, permite-se emergir de seu contexto oprimido e imobilizador. Dessa forma consegue associar seu aprendizado à sua própria existência e conseqüentemente aos seus próprios valores e conhecimentos, para então libertar-se de suas amarras. Pois é através dessa percepção de que as palavras não estão presas ao papel, mas que existe uma ação protagonista do ato de ler, do juntar os significantes de letras e palavras, que o educando torna-se capaz de atingir a liberdade para encontrar os infindáveis significados da vida, os quais vão ao encontro de outros significados já existentes no próprio educando. Essa dinâmica da descoberta com a re-significação promove um reencontro do sujeito com ele mesmo, mas desta vez sem as amarras e opressões de antes Começa então uma nova vida, agora como sujeito de sua própria história. “O método de Paulo Freire refaz criticamente esse processo dialético da historicização. Como todo bom método pedagógico, não pretende ser método de ensino, mas sim de aprendizagem; com ele, o homem não cria sua possibilidade de ser livre, mas aprende a efetivá-la e exercê-la. A pedagogia aceita a sugestão da antropologia: impõe-se pensar e viver ‘a educação como 6 prática da liberdade’.” . Tendo a práxis como base de sua teoria, ou seja, A reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo, a tão ansiada e aguerrida liberdade de Paulo Freire só se concretizará no momento em que o homem se encontrar como sujeito no contexto de sua vida, encarando, reconhecendo e agindo sobre suas dificuldades e suas potencialidades, 5 Freire, Paulo. In Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005, p 118. Fiori, Ernani Faria, introdução de Freire, Paulo. In Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005,p 18. 6 “...esta superação exige a inserção crítica dos oprimidos na realidade opressora, com que, objetivando-a, simultaneamente atuam sobre ela.” 7 O autor enfatiza ainda o fato deste reconhecimento não poder ser meramente observado ou percebido, mas que gere realmente uma ação definitiva, “...o mero reconhecimento de uma realidade que não leve a esta inserção crítica (ação já) não conduz a nenhuma transformação da realidade objetiva, precisamente porque não é reconhecimento verdadeiro.” 8 Empoderando o educando como um sujeito ativo e capaz de mudar a sua própria realidade e a do mundo o tornando o centro desse processo criativo, Freire oferece o Construtivismo como uma importante ferramenta e excelente alternativa teórico-metodológica para a supressão de um país socialmente desigual e com uma educação bastante debilitada. Embora a teoria de alfabetização construtivista de Paulo Freire tenha sido utilizada no governo brasileiro e até em outros países desde a década de 70 até os dias atuais, a sua aplicação conforme foi descrito ainda exige uma equipe muito bem capacitada para atingir o aprofundamento reflexivo dessa metodologia, além de exigir uma apropriação da visão de mundo de cada região na qual ela é aplicada, uma vez que os protagonistas desse processo são os próprios educandos. Em um país continental que segundo IBGE tem mais de 180 milhões de habitantes e uma estimativa de quase 230 milhões para 2025, como atingir essa multidão? No caso do analfabetismo que, segundo pesquisa de 2008 do Pnad (Pesquisa Nacional de Atendimento a Domicílio), contabilizou 14, 2 milhões de analfabetos no Brasil, o que significa quase 10% da população do país, como superar isso? O próprio governo trabalha com a idéia de diminuir os índices, mas não tem demonstrado condições de erradicar o analfabetismo. 7 8 Freire, Paulo. In Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005 , p 42 Freire, Paulo. In Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005, p 42-43 Dessa maneira fica evidente a necessidade de convergir ações para propósitos nobres e essenciais para o desenvolvimento da população brasileira. Para se alcançar o impacto e resultados necessários para uma real transformação social, a utilização de uma comunicação educativa e humanista é imprescindível. educomunicação ilumina, valoriza e respeita seu receptor, um A sujeito coparticipante de um processo colaborativo de informação e desenvolvimento cognitivo, “Já no final do século XX, especialmente após os anos 80, a pesquisa em comunicação abriu novas perspectivas, acompanhando a mudança de paradigma pedagógico da "transmissão" para a "mediação", ressaltando-se o interesse pelo trabalho do "receptor" transformado em co-construtor da mensagem, valorizandose a idéia de que, na comunicação educativa, o conhecimento construído pelo sujeito resulta, antes de tudo, das suas interações com os outros atores humanos, assim como com todos os componentes do contexto de aprendizagem, inclusive do contexto midiático.” 9 Mas a recuperação educomunicativa da luz iluminista que brilha nas origens do jornalismo ainda é uma chama trêmula, frágil e portanto, insuficiente para impedir a derrocada do jornalismo. Mais do que perder leitores, o jornalismo atual perdeu qualidade. Posso citar alguns pontos que serão aprofundados posteriormente tais como a mercantilização da notícia e do apagamento das fronteiras do jornalismo com o entretenimento e a publicidade. Mesmo assim, ainda contém grande força e impacto social, principalmente pelas elevadas audiências que atinge. Embora o maior poder de difusão esteja com as TVs as tiragens de jornais e revistas ainda representam um número bastante significativo. Principalmente quando comparado com o limitado número de participantes em movimentos sociais ou qualquer outra forma de participação popular, sejam elas públicas, institucionais ou de Organizações não Governamentais. O número de pessoas 9 Soares, Ismar de Oliveira (Coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) in Uma Educação para a Cidadania. engajadas em uma causa social ainda é bastante pequeno em comparação com toda a sociedade civil, sem mencionar a grande dificuldade originária do tamanho e complexidade das respectivas demandas e necessidades sociais, frutos da imensa desigualdade social de nosso país. O suporte da comunicação, mesmo sendo de uma mídia impressa aparentemente reduzida, poderia melhorar e muito a situação. Infelizmente, o jornalismo, com suas características atuais que serão aprofundadas posteriormente, fragiliza todo esse potencial o colocando numa posição aquém de suas possibilidades, “... a oficina narrativa se confronta com limitações que vão dos reducionismos técnicos de uma racionalidade monádica ou maniqueísta, um autoritarismo não solidário, muitas vezes aético, ou mesmo irresponsável, até uma incapacidade estética para produzir novos sentidos do acontecimento humano. A razão treinada para resultados imediatos perde a força do afeto e não dá margem a um insight criativo.” 10 Entretanto, há saídas à vista. Sendo a criação o motor propulsor do novo e o gatilho disparador para uma atitude geradora de transformação em uma sociedade, defendo que o jornalismo, hibridizado com a educação, pode ter a chance de deixar de ser o coadjuvante num superficial ritual rotineiro, para se tornar protagonista no roteiro cotidiano e ativo de toda uma sociedade agora entendida como sujeito criativo, potente e transformador. Nesse movimento de transformação, jornalismo e educação se aproximam da arte: “Há um momento que os gestos de ruptura dos artistas que não conseguem converter-se em atos (intervenções eficazes em processos sociais) tornam-se ritos.” 11 Não menosprezando a importância histórica dos ritos em nossa complexa sociedade, algumas transformações só ocorrem no cotidiano quando levadas ao 10 Medina, Cremilda. In A arte de tecer o presente: narrativa e cotidiano, São Paulo, Summus,2003.p 48 11 Canclini, Nestor Garcia, Culturas Hibridas, Estratégias para entrar e sair da Modernidade, Trad. Heloisa P. Cintrão e Ana R Lessa, São Paulo, EDUSP, 2008 plano da ação. Tomemos uma atitude então, tomando como instrumento a arte, a educação e a comunicação. Como referência maior na essência da educação, temos Paulo Freire, cuja filosofia e reflexão pedagógica extrapola a educação formal pelo simples fato de não aceitar que o ato de ensinar seja um despejar de conteúdos que não fazem sentido algum para os educandos, naquilo que denominou educação bancária. Vale insistir: é um processo rico e que vai muito além disso. Primeiro, é necessário que o educando perceba-se capaz de aprender: para isso, ele tem que não só conscientizar-se sobre sua própria realidade, mas também tornar-se crítico dela mesma e, conseqüentemente, de si próprio. “Assim é que, enquanto a prática bancária, como enfatizamos, implica uma espécie de anestesia, inibindo o poder criador dos educandos, a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica um constante ato de desvelamento da realidade. A primeira pretende manter a imersão; a segunda, pelo contrário, busca a emersão das consciências, de que resulte sua inserção crítica na realidade.” 12 Mas esse complexo processo de ensino e aprendizado não ocorre a esmo e muito menos de uma maneira unidirecional. Eis o ponto em que o jornalismo, em parceria com a educação, tem muito a colaborar. Em meio a tantas transformações do jornalismo desde sua origem até a contemporaneidade, a maioria das pesquisas sobre esse tema sustenta-se na sua transformação tecnológica, ou seja, nas diversas formas advindas da evolução humana que foram aplicadas em fenômenos comunicacionais: “Embora os fenômenos da comunicação certamente já existissem antes da cultura de massas, esses fenômenos não eram tão abundantes nem tão diversificados como passaram a ser. No mundo grego, denominado pela cultura da oralidade, a comunicação era estudada sobe o nome de retórica, arte, especialmente oratória, de persuadir (ver Barthes, 1970). A invenção de Gutemberg, no século XV, que trouxe consigo a cultura do livro, foi revolucionária e inaugural de um novo tipo de 12 Freire, Paulo. In Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005, p 80. cultura, a cultura do livro, das belles lettres. Entretanto, não chegou a produzir um pensamento especulativo, teórico ou reflexivo sobre a comunicação.” 13 Sem essa reflexão aprofundada e de conteúdo, o jornalismo, como um dos primeiros representantes da comunicação de massa e fruto direto de uma revolução industrial, social, política, econômica e tecnológica, não conseguiu contemplar sua própria revolução e, consequentemente, sua transformação, pois se satisfez em tornar-se trampolim, ou mesmo, pegar carona com as outras revoluções. “Na invenção da fotografia e do telégrafo, que se tornaram aliados diretos do jornal, no século XIX, encontram-se os germens da revolução comunicacional, que, tendo emergido na revolução industrial, cresceu exponencialmente com os meios eletrônicos de comunicação massiva, rádio e TV, em meados do século XX, para alcançar surpreendentes dimensões planetárias com a revolução ciberespacial, na virada do século XX para o XXI.” 14 Da sua origem na Revolução Francesa até os dias de hoje, embora não devesse ser dessa maneira, foram poucos os movimentos introspectivos, questionadores e transformadores do jornalismo que produziram resultados em larga escala e por longo tempo. Vale lembrar que o jornalismo origina-se como um serviço público, e sobre ele também é depositada a nobre tarefa da democratização da informação para, através dela, propiciar o debate público, os conflitos que geram reflexão e acabam por conduzir a uma ação cidadã, uma interferência na sociedade, instigando conseqüentemente transformações sociais. Esse cenário levaria também a uma transformação do próprio jornalismo, pois, instigando a transformação social, garante-se que o cotidiano do cidadão também se amplie, mude e conheça novos horizontes. Os sujeitos-leitores, portanto, teriam uma postura menos passiva e mais exigente diante da informação e do noticiário, cobrando mais ousadia, contextos, 13 Santaella, Lucia, Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado, São Paulo, Hacker Editores, 2001, pág. 24 14 Idem, pág. 25 explicações e criação. A noticiação poderia assumir um caráter mais envolvente, sedutor, propulsor de uma energia que alimentasse o leitor e fizesse com que este se sentisse motivado para interferir na sua realidade na busca por uma ação que culmine numa posição de melhoria social. Inicia-se o ciclo virtuoso que se retroalimenta entre o grande público leitor e o jornalismo. Aliás, essas são características que o jornalismo já teve, ainda que de forma limitada, justamente no seu berço, na sua origem. “O primeiro jornalismo, de 1789 à metade do século XIX, foi, assim, o da ‘iluminação’, tanto no sentido da exposição do obscurantismo à luz quanto de esclarecimento político e ideológico.” 15 O jornalismo não tinha uma função distante das ações sociais, muito pelo contrário, estava contaminado por elas. Não era apenas um serviço público, mas fazia parte dos movimentos públicos. “Nessa época do jornalismo literário, os fins econômicos vão para segundo plano. Os jornais são escritos com fins pedagógicos e de formação política.” 16 Desse modo, a primeira fase do jornalismo ultrapassava a limitação informativa. O próprio jornal impresso era vivo e interativo, “...um jornalismo que lembra a conversação, bem parecido com o jornalismo original que ocorria nos bares e cafés há quatrocentos anos.” 17 Essa vivacidade e efervescência popular fez eclodir centenas de jornais e clubes jornalísticos, principalmente na Europa. Era o jornalismo acompanhando e refletindo a intensidade dos movimentos sociais da época. O debate político e a própria política em si desenvolveram-se em demasia, devido inclusive a esta exposição frenética de idéias, posições, partidos, leis, dentre tantos outros Infelizmente, essas características tão consolidadas na sua origem foram praticamente apagadas com a segunda fase do jornalismo, conforme reflexão apresentada por Marcondes Filho. 15 Marcondes Filho, Ciro. Comunicação e Jornalismo, A saga dos cães perdidos.São Paulo, Hacker Editores, 2002, p. 11 16 Idem, p. 12 17 Kovach, Bill e Rosentiel, Tom. Os elementos do jornalismo,São Paulo, Geração Editorial,2004. “O segundo jornalismo, o do jornal como grande empresa capitalista, surge a partir da inovação tecnológica da metade do século XIX nos processos de produção do jornal. (...) A fase romântica em que o valor pedagógico era financiado pela falência do jornal (Habermas) cede espaço à imprensa moderna e sintonizada com as exigências do capital”. 18 Ocorre também, enfatiza o autor, a inversão dos valores intrínsecos do jornalismo. Seu caráter social voltado para o serviço público, informando, questionando, educando, instigando uma sociedade a ter uma posição crítica do mundo e estimulando sua intervenção e transformação, perde terreno para o comércio, o mercado informativo e a consolidação da livre concorrência entre empresas informativas. “A grande mudança que se realiza nesse tipo de atividade noticiosa é a inversão da importância e da preocupação quanto ao caráter de sua mercadoria: seu valor de troca – a venda de espaços publicitários para assegurar a sustentação e sobrevivência econômica – passa a ser prioritário em relação ao seu valor de uso, a parte puramente relacional-noticiosa dos jornais – é fazer do jornal progressivamente um amontoado de comunicações publicitárias permeado de notícias.” 19 Seria um erro discorrer sobre esse período com uma visão generalista. Afinal, como reflexo desse mesmo movimento devastador industrial capitalista, surgiu também a imprensa sindical. Trabalhadores explorados pelo sistema capitalista vigente da época desenvolveram uma imprensa de oposição ao grande segmento da época. Retomando as características revolucionárias e de protesto iluministas e guiados pela ideologia socialista utópica ou anarquista, ofuscaram com seu brilho as sóbrias casacas pretas dos grandes empresários e industriais do período: “... a imprensa sindical ou partidária, que se transforma em voz uníssona, sem o noticiário diário ou o formato ‘puramente informativo’- e superficial – que marca a imprensa comercial. Esses jornais tornaram-se veículos de persuasão, doutrinação e 18 Marcondes Filho, Ciro. Comunicação e Jornalismo, A saga dos cães perdidos.São Paulo, Hacker Editores, 2002, p.13 19 Idem, p13-14 confirmação de idéias; vão ficando muito mais analíticos e teóricos e participam cada vez mais das discussões programáticas e estratégicas.” 20 Foi uma oxigenação temporária para um jornalismo que já começava a agonizar. Mesmo assim, severamente perseguido e pressionado social, econômica e politicamente, o jornalismo sindical teve uma vivência contada. Esse respiro jornalístico foi o suficiente para possibilitar o grito expressivo de uma classe explorada e oprimida e ecoou para os quatro cantos do mundo, inclusive no Brasil. Sempre acompanhando sua antagônica força motriz, a indústria capitalista, se firmava no contraponto, na negação de uma exploração imposta pelo capitalismo no qual poucos enriqueciam, às custas do sofrimento e exploração de muitos. O enriquecimento fenomenal brasileiro através da cafeicultura possibilitou a industrialização de um país agrícola. E para trabalhar nas novas fábricas brasileiras, vieram estrangeiros do mundo inteiro, principalmente da Itália e Espanha; com eles, desembarcou também a luta aguerrida anarquista, tendo como principal ferramenta dessa luta a imprensa operária. Com o passar e pesar dos anos, essa modesta, mas batalhadora classe acaba por ser engolida pelo gigante capitalista. Continuando a marcha decadente do jornalismo, o autor anuncia a terceira e quarta fases do jornalismo como verdadeiros golpes de misericórdia. Estamos falando, respectivamente, da formação dos grandes monopólios da comunicação e de sua fusão com a publicidade, que enterram de vez o iluminado jornalismo natal. “Entretanto, o mais importante desse século será o desenvolvimento, após a grande Depressão americana – e como forma de reação às crises similares – da indústria publicitária e de relações como novas formas de comunicação que competem com o jornalismo até descaracterizá-lo, como vai acontecer no final do século XX.” 20 21 Marcondes Filho, Ciro. Comunicação e Jornalismo, A saga dos cães perdidos.São Paulo, Hacker Editores, 2002, p 22 21 Marcondes Filho, Ciro. Comunicação e Jornalismo, A saga dos cães perdidos.São Paulo, Hacker Editores, 2002, p.14 Ciro Marcondes Filho ainda crava algumas palavras explicativas dessa degeneração jornalística, como uma manchete póstuma sobre uma lápide fria: “Não havendo mais bandeiras por que lutar, não existindo mais ‘destino feliz da humanidade’, não havendo mais diferenças nítidas entre as culturas e os países, todos eles sob o manto conciliador (não raro totalitário) do neoliberalismo, a civilização planetária torna-se uma totalidade sem amanhã.” 22 Mas em movimento inversamente proporcional à pratica, a teoria do jornalismo foi muito bem estudada e aprofundada, fazendo-se crítica ao ponto de postar-se ao lado das grandes ciências acadêmicas, como pudemos acompanhar na reflexão de Ciro Marcondes Filho. Infelizmente, essa mesma e profunda reflexão não se desdobrou à pratica, ao cotidiano jornalístico, não se tornando práxis, como diria Paulo Freire, defensor da dialética reflexão e ação. Desse modo, as redações se atracaram muito mais às estruturas mercadológicas do que à teoria acadêmica. Sendo a maioria das atenções voltadas para sua estética, forma e mercado, foi apenas nos anos 60 que alguns jornalistas nos EUA buscaram novas experiências de linguagem no jornalismo: “Era a descoberta de que é possível na não-ficção, no jornalismo, usar qualquer recurso literário, dos dialogismos tradicionais do ensaio ao fluxo de consciência, e usar muitos tipos diferentes ao mesmo tempo, ou dentro de um espaço...para excitar tanto intelectual como emocionalmente o leitor.” 23 Confrontando uma sólida formação e/ou formatação do jornalismo clássico, esses jornalistas do New Journalism sofreram fortes taxações não só de seus colegas como de todo o público leitor, “Minha reação instintiva, defensiva, foi achar que o sujeito tinha viajado, como se diz...improvisado, inventado o diálogo...Nossa, ele talvez tenha criado cenas inteiras, o nojento inescrupuloso... O engraçado é que foi precisamente a reação que incontáveis jornalistas e intelectuais da literatura teriam ao longo dos nove anos seguintes, à medida 24 que o Novo Jornalismo ganhava força.” . 22 23 24 idem, p.27 Wolfe, Tom, Radical Chique e o Novo Jornalismo, São Paulo, Cia. Das Letras, 2005, pág. 28 Idem, pág. 22 Apesar dessa força e crescimento do Novo Jornalismo, a essência de origem do jornalismo foi muito bem sedimentada. A rígida herança da revolução industrial associada à intensa política social da Revolução Francesa atribuiu ao jornalismo conceitos muito bem definidos e cristalizados além de funções profissionalmente divididas, “ surge a redação como setor específico, o diretor torna-se uma estância diferente da do editor, impõe-se o artigo de fundo e a autonomia redacional.” 25 Toda essa argumentação não é pura e simplesmente uma desconstrução que denigra ou destrua o jornalismo, ao contrário. A idéia é potencializar o caráter informativo e até mesmo transcendê-lo, uma vez que seus conceitos básicos sejam reconfigurados perante uma perspectiva mais ampla e abrangente bem como seu impacto social e a efetividade na elaboração, transmissão e recepção da informação para com seu público. “ Assim, é defensável que o jornalismo, ao contrário do que muitos preconizam, deve ser nãoneutro, não imparcial e não isento diante dos fatos da realidade. E em que momento o jornalismo deve tomar posição? Na orientação para a ação. O órgão de comunicação não apenas pode mas deve orientar seus leitores/espectadores, a sociedade, na formação da opinião, na tomada de posição e na ação concreta como seres humanos e cidadãos.” 26 Seria essa “orientação para a ação” citada por Perseu Abramo algo realmente efetivo? Para orientar, devemos levar em conta que já existe um posicionamento, um conceito, uma apropriação do conhecimento que necessita apenas de um direcionamento, de uma orientação, mas seria essa a realidade da população brasileira, ou no mínimo do público leitor? Pois, então, apesar de bem vinda essa orientação citada por Perseu Abramo, infelizmente, ainda não é o suficiente para atingir o leitor de uma forma reflexiva, problematizadora e atuante. Para isso, é necessário lançar mão da educação. Esse movimento, que abrange não só a informação e comunicação, mas também a educação, a sociedade, o espaço e 25 Marcondes Filho, Ciro, Comunicação e Jornalismo. A saga dos cães perdidos, São Paulo, Hacker Editores, 2002, pág. 12 26 Abramo, Perseu, Padrões de Manipulação na grande imprensa, São Paulo, Ed. Fund. Perseu Abramo, 2003, pag. 38. tudo isso por um viés teórico e prático, perpassando pelo tecido social e o seu know how adquirido através dos movimentos sociais e sua luta por um espaço, por uma cidade, por uma identidade, por um país mais justo e democrático e atingindo assim, a práxis e a plenitude cidadã. Muitos teóricos se debruçam sobre este tema, distanciando-se do tecnicismo e ao mesmo tempo não descartando a força da tecnologia, “...num primeiro movimento, o que aparece como estratégico, mais que a intervenção dos meios, é a aparição de um ecossistema comunicativo que se dá convertendo em algo tão vital como o ecossistema verde, ambiental”. Para o autor, a primeira manifestação e materialização do ecossistema comunicativo é a relação das novas tecnologias; “ desde o cartão magnético que substitui ou dá acesso ao dinheiro até as grandes rodovias da internet – gerando sensibilidades novas, muito mais claramente visíveis 27 entre os jovens” . Com esse impulso intelectual agregado a um suporte prático, nasce a educomunicação, unindo definitivamente essas duas grandes forças, a educação e a comunicação. União selada e reconhecida oficialmente pela academia neste ano de 2010, quando é aberto o primeiro curso superior de Educomunicação na USP. A educomunicação tem com base o conceito de gestão comunicativa, “As práticas de gestão comunicativa buscam convergência de ações, sincronizadas em torno de um grande objetivo: ampliar o coeficiente comunicativo das ações humanas. Para tanto, supõe uma teoria de ação comunicativa que privilegie o conceito de comunicação dialógica; uma ética de responsabilidade social para os produtores culturais; uma recepção ativa e criativa por parte das audiências; uma política de uso dos recursos da informação de acordo com os interesses dos pólos envolvidos no processo de comunicação (produtores, instituições mediadoras e consumidores de informação), o que culmina com a ampliação dos espaços de expressão.” 27 28 Martin-Barbero, Jesus, “ Retos culturales de la educacion” in Comunicacion, educacion y cultura.Relaciones aproximaciones y nuevos retos. Bogotá, Catedra UNESCO de Comunicación Social. Facultad de Comunicación y Lenguaje, Pontificia Un. Javeriana,1999, in Caminhos da educomunicação, Ismar de Oliveira Soares, São Paulo, Ed Salasiana, 2001 28 Oliveira Soares, Ismar de, Caminhos da educomunicação, São Paulo, Ed Salasiana, 2001 Sob esta ótica da educomunicação, talvez a mecânica e profilática leitura superficial de notícias em meio ao caótico bombardeamento midiático que sofremos hoje, poderá um dia, proporcionar um aprofundamento questionador, reflexivo, uma construção de um vínculo afetivo, social e político necessário para o engajamento por uma causa social e assim, provocador de uma ação intervencionista e transformadora. A constatação esperançosa, porém, é de que já existem veículos que, de uma forma ou de outra, com méritos e limitações, conseguem operar a problematização e o engajamento. Um desses veículos será objeto de nossa análise nos capítulos que vêm a seguir. Capítulo 3 – Um jornalismo humano em prol da juventude: a Revista Viração Como adiantamos no capítulo anterior, a idéia da pesquisa é analisar uma produção midiática que consiga unir jornalismo e educação numa perspectiva que questione a sociedade atual e direcione para o engajamento social e sua consequente transformação. Vislumbrando a grande dificuldade que seria fazer essa análise de conteúdo e estudo de recepção utilizando um veículo da grande mídia, uma vez que este está completamente imerso em um mercado, além de direcionado e posicionado econômica e politicamente em favor de um segmento social específico, a opção desse trabalho foi por uma revista que surge de uma ONG criada para a defesa dos direitos da infância e juventude. Eis que o educador social de rua transcende seu cenário e parte para o ecossistema comunicativo, tendo como porta de entrada, a teoria. Na bagagem, muita prática, questionamentos dignos de um jornalista recente e ávido por uma nova narrativa de mundo e a esperança reflexiva de ser mais. Nesse contexto, surge o encontro com a revista Viração. A revista Viração foi idealizada em março de 2003 como um projeto da Associação de Apoio a Meninas e Meninos da Região Região Sé (AAMM) – entidade que atua há mais de 10 anos na defesa dos direitos de crianças, jovens e adolescentes da capital paulista. O suporte escolhido para somar à causa e luta pela infância e juventude foi o jornalismo, através da revista impressa Viração. Foram seis anos dessa maneira, tempo suficientes para a Viração crescer muito e ser reconhecida tanto entre os jovens e o movimento da criança e do adolescente, quanto no meio da comunicação, educação e governo. Dessa maneira, em agosto de 2009, tornou-se juridicamente uma Organização não-Governamental. Essa nova estrutura e representação legal permitem à Viração abarcar projetos maiores e, consequentemente, atingir maiores e melhores resultados. Resultados e objetivos bastante ousados, tanto quanto sua juventude, o que é projetado no seu estatuto social, documento criado para assumir sua pessoa jurídica como Organização Não Governamental (ONG) onde consta a complexidade de sua proposta no Artigo 3: Artigo 3° A VIRAÇÃO tem como finalidades fomentar e divulgar processos e práticas de educomunicação e mobilização entre jovens, adolescentes e educadores para o efetivo cumprimento do direito humano à comunicação e transformação social, tendo em vista: a. conferências, Promover e realizar publicações, pesquisas, fóruns, editorações, seminários, cursos e ciclos de debates, objetivando a prevenção, educação e comunicação, inclusive em convênio com outras entidades, visando a defesa de direitos da pessoa e do exercício do direito humano à comunicação; b. Trabalhar para que a Comunicação seja um direito exercido por todos e se transforme em instrumento indispensável à construção de uma verdadeira ordem democrática; c. Instituir e manter órgãos e veículos de comunicação impressa, radiofônica, televisiva, cinematográfica, literária, de dados e eletrônica, bem como de produção e publicação de periódicos, produção teatral, fotográfica, cultural, esportiva, ambiental, social e de lazer; Apoiar, estimular, desenvolver, sistematizar e divulgar d. atividades de promoção humana, social, cultural e educacional, em especial junto a crianças, adolescentes e jovens; Desenvolver mecanismos e formas de difusão das e. experiências dos que atuam junto aos movimentos de defesa dos direitos de crianças, adolescentes e jovens, ou ainda daqueles que possam contribuir com seu conhecimento àqueles movimentos; Articular-se ou filiar-se a entidades ou organizações f. nacionais e/ou internacionais com objetivos afins; Implantar e manter unidades que desenvolvam projetos g. e ações educomunicativas junto a crianças, adolescentes e jovens. Contribuir para a formação política dos cidadãos, h. disseminando valores da democracia, dos direitos sociais, da educação à paz e não violência, da solidariedade entre os povos, do respeito à diversidade étnico/racial, de gênero, sexual, cultural, ambiental e religiosa. Contribuir com a promoção do saber intelectual, técnico i. e científico, em todas as áreas do conhecimento humano; Realizar a propositura de ações e intervenções civis j. públicas e demais ações coletivas; Idealizar, conceber, instituir, organizar e incrementar k. sob sua égide prêmios, ordens honoríficas, medalhas, troféus, comendas, colares e láureas, certificados territorial nacional ou internacional, oficializando-as ou não perante os poderes e órgãos constituídos e outorgando aos agraciados em solenidades cívicas; l. Promover o desenvolvimento de empreendimentos voltados à divulgação dos valores de uma mídia livre, colaborativa, libertadora e cidadã, inclusive utilizando-se da legislação federal, estadual, distrital e municipal para financiamento dessas atividades. A Viração conta ainda com apoios institucionais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), da Agência Internacional pela Paz (IPAZ), do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP). As doações, patrocínios, venda de anúncios (que apesar de raros, devem assumir perfis coerentes com sua linha editorial) e assinaturas, também são importantes para fechar as contas. Os exemplares não são vendidos em bancas de jornais e revistas, sendo a captação de recursos através de assinaturas ou pedido feitos em seu próprio site. A Viração é uma publicação mensal com uma tiragem de 10.000 exemplares. A maior parte é distribuída gratuitamente em escolas, entre os conselhos virajovens (que serão detalhados mais adiante) ou mesmo entre governos parceiros (Ministério da Educação, por exemplo, que compra parte da tiragem para distribuição em escolas) e para os assinantes, que representam 10% da tiragem. A revista é vendida por R$5,00. Por nascer de um movimento social e defender uma importante causa, a Revista Viração surge com grandes desafios, a começar por sua missão, “Fomentar e divulgar processos e práticas de educomunicação e mobilização entre jovens, adolescentes e educadores para a efetivação do direito humano à comunicação e para a transformação social.” 29 Desse modo, não se trata apenas de uma orientação, mas um envolvimento pleno e legítimo ao ponto de fomentar e problematizar em seus leitores e profissionais a causa da infância e juventude, ampliando a participação da sociedade civil como um todo e fazendo com que estes tomem atitudes significativas em prol da mesma. Princípios nobres e aguerridos, registrados no Artigo 4° de seu Estatuto; Artigo 4° São princípios da VIRAÇÃO: a. Participação efetiva e qualificada de adolescentes e jovens; b. Valorização das potencialidades e habilidades de adolescentes e jovens; c. 29 Respeito às diversidades humanas; In Planejamento Estratégico 2009-2013, Projeto/Revista Viração e Estatuto Social da Viração d. Fomento da dignidade do ser humano; e. Defesa da justiça social; f. Respeito ao ambiente em defesa de um desenvolvimento integral, justo e solidário; g. Promoção de ações e projetos colaborativos e cooperativos; h. Defesa e valorização da esfera pública; i. Autodeterminação dos povos; j. Percepção de uma comunicação integral e integradora; k. Valorização de uma cultura institucional holística e sinérgica e do desenvolvimento integral de seus colaboradores e públicos envolvidos. Apesar de ser considerada o carro chefe da ONG Viração, a revista Viração não é a única ação da ONG. Paralelamente à revista impressa, outro importante veículo utilizado é a internet. O Portal da Viração (www.revistaviracao.org.br) acaba se tornando uma extensão da revista impressa, uma vez que as matérias das revistas impressas também estão à disposição do público no portal. Diferente da revista, que possui 36 páginas, o portal na internet é ilimitado, o que permite aprofundar matérias apresentadas na revista além de disponibilizar textos e livros para download, potencializando assim o perfil educativo da revista. O portal também se concretiza como mais uma forma de apresentação e acesso ao conteúdo da revista, o que possibilita uma maior difusão e, consequentemente, maior difusão e alternativa de captação de assinantes, parceiros e instituidores. A integração entre a revista impressa e virtual é tão grande que, conforme analisaremos no próximo capítulo, as intersecções são constantes. Como se pode constatar na revista impressa, são comuns as referências de endereços eletrônicos de organizações parceiras, sites de hospedagem de músicas e textos, para acompanhar a Viração no Twitter e redes sociais, além do próprio site da Viração. Potencializando as ações da Revista Viração, ela conta ainda com um Conselho Editorial e Equipe Pedagógica para o apoio, suporte e assessoria no trabalho da revista Viração. Trata-se de uma reunião deveras especial de profissionais e especialistas da área da comunicação, educomunicação e pedagogia, sendo eles: No Conselho Editorial: Eugênio Bucci, Ismar de Oliveira, Izabel Leão, Imaculada Lopes, João Pedro Baresi, Mara Luquet e Valdênia Paulino Na Equipe Pedagógica: Aparecida Jurado, Isabel Santos, Lula Ramires, Nayara Teixeira, Roberto Arruda e Vera Lion. O que mais chama a atenção nesses dois suportes da revista, além da notoriedade de seus integrantes, é o fato de existir uma equipe pedagógica para o que seria, em tese, uma revista jornalística. Mas como já foi citado anteriormente nesse trabalho, a revista transcende seu propósito informativo comunicacional, adentrando nas veredas educativas e para tanto existe essa estrutura pedagógica. Desse modo, além de colaborar nas sugestões de pautas, referências pedagógicas para entrevistas, esse corpo de especialistas também colabora nas outras ações da revista. Seguindo os princípios de seu Estatuto, na sua proposta de utilizar o direito da comunicação como instrumento democrático, fortificar atividades para a promoção e o desenvolvimento humano, desenvolver mecanismos e formas de divulgação da experiência de movimentos sociais, a Viração também atua em projetos que convergem com esses princípios. É o caso de projetos como: o Jornal Mural, desenvolvido com algumas escolas municipais na promoção dos direitos da comunicação e da criança e do adolescente; a Plataforma dos Centros Urbanos, parceria da Viração com uma iniciativa do UNICEF, cujo o objetivo é promover o desenvolvimento humano pleno da criança e do adolescente em regiões de alta vulnerabilidade de São Paulo (envolvendo a capacitação de jovens em educomunicação para atuação em suas respectivas comunidades – são mais de 60 ao todo no projeto - em prol do desenvolvimento humano); o Quarto Mundo, um programa de TV em parceria com o canal a TV USP, no Canal Universitário, diversificando a sua forma de veiculação e divulgação; a Escuta Soh, uma revista paralela à Viração sobre HIV/AIDS e em conjunto com a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/aids – RNAJVHA, desde 2007; a Agência de Notícias da Vira, que desde 2007 atua na cobertura jovem de grandes eventos e produção de notícias além de participação ativa na formulação de políticas públicas da comunicação como nas Conferências de Comunicação e encontros nacionais dos Virajovens. Todas essas ações surgiram da espinha dorsal da Viração, ou seja, a revista. Como já foi dito, essa multiplicidade e diversidade de ações contam com o apoio de um conselho editorial formado por jornalistas, acadêmicos e especialistas da área da comunicação e educomunicação, e de uma equipe pedagógica que, além de pedagogos, conta com pessoas que também atuam na sociologia. Essa multidisciplinariedade também é reflexo na redação da revista, outro pilar importante na estrutura da revista Viração. A redação também é formada por jovens profissionais da área de comunicação, educomunicação, do direito, da pedagogia e sociologia. É importante discorrer um pouco mais sobre essa Redação e sua particular forma de gestão, cuja metodologia interna já expressa os especiais contornos do produto final, a revista Viração. Pode-se dividir a gestão da Viração em três grandes eixos: Diretoria Executiva, Diretoria da ONG, sendo o papel dessas duas primeiras mais institucional, e o grande corpo formado pelo Administrativo, Movimento Virajovem e Laboratório de Educomunicação Comunitária. As duas últimas áreas permeiam praticamente todas as ações e projetos citados. E para dar conta de tudo, cada ação tem um profissional correspondente como se pode observar no quadro abaixo: NOME FUNÇÃO ÁREA Paulo Lima Diretor Executivo Institucional Lilian Romão Diretora Executiva Institucional Carol Lemos Coordenadora Pedagógica Institucional Gisella Hiche Coordenadora de Área Laboratório de Educação e Comunicação (LEC) Maria Rehder Sistematizadora Laboratório de Educação e Educação e Educação e Educação e Comunicação (LEC) Rafael Lira Articulador Laboratório de Comunicação (LEC) Vania Correia Educomunicadora Laboratório de Comunicação (LEC) Elis Cordeiro Educomunicadora Laboratório de Comunicação (LEC) Norma Lemos Educomunicadora Administrativo Administrativa-Financeira Danilo Azevedo Estagiário Administrativo Administrativo Gilliane Queiroz Auxiliar de Serviços Gerais Administrativo Vivian Ragazzi Coordenadora de Área Movimento Ana Paula Educomunicadora de Arte Movimento Rafael Silva Educomunicador de Produtos Movimento Eric Silva Mobilizador Jovem Movimento de Mobilizador Jovem Movimento Mobilizador Jovem Movimento Luciano Souza Mica Cirino (in Relatório de Planejamento Estratégico 2010 – Viração) Através dessa distribuição é possível notar todo o trabalho já descrito de mobilização, formação, articulação, redação, criação, dentre outros desenvolvidos pela Viração. Agora, é importante enfatizar outro importante fator nesse processo de trabalho, o qual é sua forma. Buscando sempre uma gestão compartilhada, seja entre os profissionais, seja entre os Virajovens desenvolvedores das matérias, a Viração resolve todas as suas questões através de reuniões. Desde as pautas, trabalho gráfico, fotos e capa da revista, através de e-groups ou chats numa abrangência nacional, até reuniões dos profissionais para decidir as parcerias e projetos a serem firmados e/ou desenvolvidos, conforme descrição dos Conselhos Virajovens da pesquisadora Amanda Proeti: “Cada Virajovem é instituído à base do voluntariado, possui um mobilizador que atualmente, na maior parte dos casos, é um jornalista ou estudante de jornalismo, ou ainda um agente ou educador da organização de apoio. Este mobilizador é orientado e acompanhado pela equipe da sede da Viração, em São Paulo, por meio de contatos telefônicos, virtuais e periodicamente, pessoalmente, por meio do Encontro Nacional de Virajovens, quando os mobilizadores dos XX conselhos se reúnem para um momento de avaliação e formação para fins de reciclagem e estruturação das próximas ações de cada Conselho Jovem. Para ajudar nesse processo de formação e consolidação de um Virajovem, existe um guia com um passo-a-passo. O Virajovem conta com o apoio de uma organização não-governamental e tem reuniões presenciais – alguns até mais de uma vez por mês – em espaços cedidos por alguma instituição que tenha localização central na cidade para o fácil acesso. Nessas reuniões fica claro o caráter comunitário de produção. Nelas, há participação constante dos adolescentes e jovens na sugestão de pautas, apuração de matérias, redação de textos e produção de imagens: bem como sugestões quanto à administração, diagramação, vendas e publicidade da revista. Os participantes colaboram para que se redesenhe um novo discurso jornalístico sobre a juventude e para a juventude. “ 30 Participação que culmina e se multiplica numa revista peculiar cuja análise faremos a seguir. Capítulo 4 – Por dentro da Viração: uma análise de conteúdo Analisar a Revista Viração não é uma tarefa fácil, uma vez que são muitas as variáveis e condicionantes para isso. Como já foi dito nesse texto, a essência e 30 Proetti, Amanda Céspede, in PRÉ-DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE COMUNICAÇÃO/CULTURA, Pré-Diagnóstico de projeto de pesquisa, desenvolvido sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Castilho Costa e apresentado como instrumento pré-requisitado para aprovação no Núcleo Diagnóstico e Planejamento de Projetos de Comunicação/Cultura, integrante do 1° Módulo do curso de especialização lato sensu Gestão da Comunicação: Políticas, Educação e Cultura - Turma 26., ECA/USP - 2010 existência da comunicação atual estão muito intrínsecas ao mercado, à grande difusão para o lucro, à objetividade e síntese para o acelerado ritmo contemporâneo, à subordinação à publicidade, aos interesses de grandes empresas da comunicação, e tudo isso reflete na estrutura, na maneira de fazer comunicação na atualidade. Essas características não são convergentes à missão e proposta da Revista Viração, mas ao mesmo tempo, não podem ser desprezadas, uma vez que sua sobrevivência também está ligada a esses fatores comerciais. Apesar dos perigos e desvantagens, a publicidade ainda é indispensável para a continuação de qualquer publicação. Eis a matéria prima de análise dessa pesquisa: a comunicação em conjunto com a educação em defesa de uma causa social. Seria o complexo arranjo descrito no capítulo anterior o suficiente para a transformação social necessária? O alcance e impacto social atingido hoje pela revista é proporcional ao tamanho e capaz de atenuar a desigualdade que temos na cidade de São Paulo, ou mesmo no Brasil? Buscar analisar se a revista cumpre os objetivos de buscar melhores condições para a promoção dos direitos da infância e juventude através da educomunicação, e observar a efetividade de seu impacto social é a grande meta desse trabalho. Para a análise de conteúdo da revista Viração, optei por um período de seis meses e, por se tratar de uma publicação mensal, foram seis revistas analisadas. O período foi de outubro de 2009 até abril de 2010. O total de meses chega a sete porque a edição de dezembro e janeiro foi uma publicação dupla, com duas capas e abrangendo os dois meses. Apesar da escolha do período analisado ter sido casual, foi também muito proveitosa uma vez que as edições trataram de vários temas importantes e até mesmo polêmicos. Mais do que isso, foi neste período que o projeto Revista Viração se desligou da Associação Meninos e Meninas da Região para se tornar uma ONG. Portanto, foi um período repleto de temas complexos, direitos, transformações institucionais e claro,muita juventude. Comecemos pelo título e subtítulo da revista: - Viração – Mudança, Atitude e Ousadia Jovem. Numa conversa com os idealizadores da revista, Paulo Lima e Juliana Barroso, Viração surge da capacidade da juventude em “se virar”, em contornar as dificuldades para atingir seus objetivos. Para “se virar”, o jovem tem que fazer uso de sua flexibilidade, além de utilizar o termo em forma de gíria, como por exemplo, “a festa vai virar” no sentido de acontecer, realizar. A palavra separada em duas se torna Vir ação, no sentido de defender a ação, movimento, atitude. Tudo isso convergindo com o subtítulo da revista, a capacidade de mudança, transformação em conjunto com a ousadia jovem. Paralelamente, mas não ocasionalmente, esse título e subtítulo vão ao encontro do Artigo VI do Estatuto da Criança e do Adolescente, onde se trata sobre a proteção integral da criança e do adolescente: “Art. 6° Na interpretação dessa Lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.”31 Portanto, já no título a revista apresenta toda sua seriedade e postura social. No decorrer de suas 36 páginas, reportagens, entrevistas e até quadrinhos dão substância a sua proposta. Como se trata de uma revista feita por jovens, sobre jovens e para jovens, cada detalhe da revista remete e esse lema. Inclusive em sua estrutura, que de certa maneira, podemos dizer que também é protetiva. Assim como o ECA é baseado na doutrina de proteção integral, a revista também traz este fundamento no olhar sobre a criança e o adolescente como sujeitos de direitos, pessoas em condição peculiar de desenvolvimento. Ou seja, age na perspectiva de que sociedade, Estado e família têm a responsabilidade de 31 Estatuto da Criança e do Adolescente – Doutrina e Jurisprudência, versão comentada por Ishida, Valter Kenji, Editora Atlas, 11° Edição, São Paulo, 2010 assegurar esses direitos, o que exige uma mudança cultural no entendimento do lugar da criança e do adolescente na sociedade. Formada por uma diversificada redação de 19 profissionais, sendo eles jornalistas, pedagogos, advogados, sociólogos, já demonstra seu caráter multidisciplinar, criando seu próprio ecossistema comunicativo, culminando na sua identidade educomunicativa. Toda essa estrutura assume proporções maiores quando incluímos a essência da revista, os jovens, organizados em Conselhos Virajovens (detalhados logo adiante), distribuídos em 28 municípios de 24 estados do Brasil e envolvendo mais de 300 jovens. Para a concretização e funcionamento desses conselhos há a necessidade de instituições parceiras, sendo, atualmente, 24 instituições e cada uma delas em um estado diferente. Tamanha a importância dessas parcerias é demonstrada na contracapa de cada exemplar da Revista Viração, onde estão os 24 logos de cada instituição parceira e o seu estado de origem. O mesmo ocorre na página 3 de cada publicação da revista, onde se encontra o editorial e uma coluna denominada “Quem Somos”, esclarecendo e informando sobre o histórico da revista, os apoiadores e ações da Viração. Ela inclui uma explicação sobre os Conselhos Editoriais Jovens, ou como são conhecidos, os Conselhos Virajovens: “reúne representantes de escolas públicas e particulares, projetos e movimentos sociais”. São, na sua maioria, jovens de 15 a 25 anos, estudantes ou que foram estudantes de escolas públicas portanto, pertencentes à classe C. Não se trata de um direcionamento a esse público, mas o fato é que há uma identificação maior com ele, como revela o idealizador da revista, Paulo Lima: “A proposta inicial da revista sempre foi a união dos jovens de escolas públicas e particulares. O que ainda acontece, embora os jovens de classe A e B das escolas particulares signifiquem uma parcela menor. O programa Quarto Mundo, em parceria com o canal a cabo USP, é um bom exemplo dessa reunião. Mas isso ocorre principalmente por dois motivos: o primeiro porque a revista tem maior circulação além de uma maior utilização em trabalhos escolares na rede pública e segundo porque o foco e opção política da Viração é principalmente voltado para os jovens que estão socialmente organizados, fato com maior incidência entre jovens de classe C e D.” Ainda nessa coluna da página 3, ocorre a informação sobre os prêmios recebidos e o ranking da Agência de Notícias de Direitos da Infância (ANDI), que apresenta a Viração como a mais bem classificada entre as revistas voltadas para jovens, assunto que retomaremos posteriormente. A coluna conta ainda com um convite ao leitor jovem para fazer parte desse projeto e apresenta a coluna ao lado para contatos, onde estão todos os 24 Conselhos Virajovens e seus respectivos Estados com os devidos endereços eletrônicos. A coluna é assinada pelo idealizador e Coordenador Executivo da revista Viração, Paulo Pereira Lima. Percebe-se que a própria abertura da revista já dá uma demonstração do seu direcionamento ao público jovem e o incentivo por uma atitude participativa confirmando o lema da revista de ser “de, para e sobre jovem”. Ao mesmo tempo não descarta outros públicos cujo interesse cívico e de direitos são os mesmos. O compromisso socioambiental da revista também é explicitado nessa página através de alguns selos, como o Creative Commons, um movimento que permite copiar e distribuir o conteúdo, além de permitir criar obras derivadas desde que credite a revista Viração. O selo vem acompanhado da frase “copie sem moderação”. O objetivo de ampliar a difusão e disseminar uma idéia converge os movimentos da revista Viração e o Creative Commons. Outro selo vem se somar a esse posicionamento socioambiental, o da FSC, indicando que o papel provém de florestas bem manejadas e outras fontes controláveis. Os logos de apoio institucional também estão presentes nessa página. São 10 ao todo (A.A., Criança, ANDI, TV USP, UNESCO, UNICEF, Ministério da Cultura, Ashoka Empreendedores Sociais, NCE/USP, IPAZ, IIDAC). Ainda há dois boxes com informações técnicas da revista, endereço e atendimento ao leitor, com contatos e horários de atendimento. Como se pode perceber, o leitor é “recebido” logo no início da revista de uma maneira aconchegante, aberta e clara. Tudo isso culmina com o editorial, um espaço que aparece na maioria dos veículos impressos de forma séria, tradicional e pesada. Na Viração, ao contrário, é apresentado de uma forma moderna e instigante, a começar pelo fato de o texto estar inserido em uma forma circular e não quadrada (Box) como costuma ser. Assim como sua forma, o texto também não tem arestas, fluindo em uma conversa direta com o leitor. Utilizando gírias algumas vezes, não faz perder a seriedade com que apresenta as reportagens e os temas tratados. Opina e exalta alguns temas importantes tratados nos conteúdos como o alto índice de homicídios de adolescentes e jovens, responsabilidade e trabalho entre adolescentes, analfabetismo, HIV/AIDS, comunicação, drogas, cultura, políticas públicas, dentre vários outros temas que analisarei posteriormente. Muitos dos editoriais examinados em nossa amostra finalizam enfatizando o convite ao leitor para participar da revista. Na sequência, temos na pagina 4 o Mapa da Mina. Trata-se do índice da revista, novamente com um tratamento acolhedor, a começar pelo título instigante e chamativo que, associado com um cuidadoso trabalho gráfico de fundo, com um mapa do Brasil e rotas traçadas à lápis vermelho, com pequenos boxes coloridos por cima. Esses boxes são as chamadas das reportagens da revista em forma de índice e orientação ao leitor. Todos os boxes contêm um título instigante (que não necessariamente é o mesmo que o da manchete da matéria), utilizando-se muitas vezes da forma coloquial além de muitas vezes utilizar gírias, visando a linguagem e aproximação do público jovem, por exemplo: “O fumo da discórdia”, sobre a discriminalização da maconha ou “Conta Zerada”, sobre gastos, contas e dívidas entre adolescentes e jovens, ambas as reportagens no número 60 da revista; “Sem frescura”, na entrevista de Paulo César Pereio, no número 61; “Galera Cidadã” sobre participação de jovens na Conferência sobre Direitos da Criança e do Adolescente no número 58; “Sobe o Som”, sobre novo cantor e compositor no número 59. Além do título chamativo, um pequeno texto explicativo seguindo a mesma linha da linguagem do título do Box, ou seja, proporcionando a maior aproximação e envolvimento possível do jovem leitor. Também nessa seção, outro Box de um tamanho maior intitulado como Sempre Na Vira, constando os títulos e respectivas seções fixas na revista Viração. Apesar de o título demonstrar que estas seções estão sempre presentes na revista, na análise das seis publicações, percebeu-se que existe certa flexibilidade. Isso porque de um número para outro, embora a maioria das seções estejam realmente presentes, pode acontecer de se acrescentar ou suprimir alguma seção de um número para o outro. A denominação de cada seção também reflete o perfil jovem da revista, além de apresentar o conteúdo das reportagens de uma maneira muito peculiar, carismática e convergente com a postura da revista. Tais características merecem uma exposição e análise mais detalhada conforme quadro abaixo: NOME DA SEÇÃO BRVE ANÁLISE PRESENÇA NOS NÚMEROS ANALISADOS Manda Vê Seção de participação, autonomia Presente nos seis e protagonismo juvenil pleno da números revista. Em cada fascículo um tema novo é tratado e debatido por adolescentes e jovens de todo o Brasil. Escuta Soh! Questões sobre HIV/Aids – saúde Presente apenas nos entre os jovens De Olho no ECA números 60 e 61 Questões sobre o ECA – direitos e Presente leis sobre as crianças e números nos seis adolescentes Rango da Terrinha Matéria sobre gastronomia local – Ausente apenas no cultura, costumes locais através número 57 – edição da comida especial sobre analfabetismo No Escurinho Matéria sobre cinema e Presente vídeo/DVD alternativo e temático Todos os Sons nos seis números Matéria sobre música e cultura Presente apenas nos jovem em geral números 60 e 61 Sexualidade e saúde – entrevista Ausente apenas no número 57 – edição de jovens com algum especialista especial Sexo e Saúde Parada Social analfabetismo Instituições , Movimentos e Presente acontecimentos sociais Rap Dez sobre HQ em forma de nos seis números Rap com Ausente apenas no mensagens sociais importantes e número 57 – edição críticas especial sobre analfabetismo Que estilo Cola Reportagem sobre o estilo e Presente apenas no comportamentos dos jovens Fazedores de Vídeo Galera Repórter Reportagens sobre número 56 vídeos Presente apenas nos desenvolvidos por jovens números 56 e 57 Entrevista pontual feita por jovens Presente números não nos seis (embora apareça no índice SEMPRE NA VIRA nos números 61 e 60 Que Figura Matéria sobre personalidade que Presente teve um desempenho importante números para a sociedade no mundo não nos seis (embora apareça no índice SEMPRE NA VIRA nos números 61) Imagens que Viram Foto reportagens desenvolvidas Presentes por jovens apenas nos números 58 e 59 Vale lembrar que essas seções expostas, foram aquelas que estavam presentes na revista Viração no período analisado, ou seja, de outubro/2009 a abril/2010. No decorrer dos sete anos de existência da revista, ocorreram várias outras seções (Economês, Viração Social, Diga lá, Coluna Verde, Revele-se, Vira ou não Vira, Entre Aspas, Mais Igual, Desafio, Vira Língua, Viratudo, Tesão, Turma da Vira), um processo que converge com a constante flexibilização e transformação da revista e seu ideal freiriano, “Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou consciente.” 32 Dessa maneira, na revista Viração, cujo princípio e propósito é ter o jovem sempre como protagonista, seja como autor das reportagens, seja como sujeito ativo no processo de construção da revista, a imersão na juventude é constante. Como esta também é um ser em desenvolvimento, formando-se como um sujeito no mundo e para o mundo, suas transformações são cotidianas e refletem na revista. Quanto às seções citadas no quadro, podemos discorrer um pouco mais sobre elas. Como é possível observar, as 14 seções foram agrupadas em 6 blocos temáticos, sendo eles: 32 Freire, Paulo, in Pedagogia da Autonomia, Saberes Necessários à prática educativa, São Paulo, Paz e Terra,1996 1. Protagonismo juvenil e apropriação político social - envolvendo as seções MANDA VÊ e DE OLHO NO ECA 2. Saúde e Sexualidade- envolvendo as seções ESCUTA SOH e SEXO E SAÚDE 3. Cultura – envolvendo as seções RANGO DA TERRINHA, TODOS OS SONS, FAZEDORES DE VÍDEOS, IMAGENS QUE VIRAM, NO ESCURINHO 4. Cultura Geral – envolvendo a seção GALERA REPÓRTER 5. Social – envolvendo as seções PARADA SOCIAL, RAP 10 e QUE FIGURA 6. Comportamental – envolvendo a seção QUE ESTILO COLA Os temas informação e educação não aparecem circunscristos a uma seção específica porque são temas transversais da revista, perpassando todas as seções e matérias específicas. Como se pode observar através do agrupamento temático das seções, já na estrutura da revista está inserido a promoção de um debate público sobre os direitos básicos do cidadão. Saúde, educação, alimentação, cultura são direitos básicos garantidos constitucionalmente. Somados a uma politização através da informação, discussão, apreensão e compreensão das leis e espaços públicos de expressão democrática, e também dos exemplos de pessoas e instituições que conseguem transformar essa reflexão em uma ação e intervenção social concreta, obtem-se uma postura editorial que instiga e incentiva o jovem a participação cidadã. E não só aquele que participa diretamente do processo de desenvolvimento da revista, mas o que lê e recebe as informações também. Uma vez que no ato de multiplicá-la, o jovem leitor e receptor legitima sua posição de sujeito ativo e colabora, solidariza e sociabiliza o conhecimento recebido. Outro ponto importante a se colocar é a capacidade da revista de tratar de temas complexos e polêmicos de forma a não afastar os jovens. É o caso da seção Galera Repórter do N° 56, onde os Virajovens entrevistam o cineasta e documentarista Joel Zito Araújo, cujo filme “Cinderela, lobos e um príncipe encantado” trata sobre o pesado tema da exploração sexual. Essa reportagem e entrevista ilustram bem essa capacidade da Viração em falar de temas difíceis e ásperos, mas de uma maneira envolvente e interessante. Essa forma, digamos, indireta de abordar temas complexos e difíceis, fugindo da linguagem complicada ou do didatismo escolar, é muito bem desenvolvida na revista Viração, o que permite uma discussão muito ampla com seu público leitor, por fazê-la de uma maneira sedutora e intimista. Mais do que falar sobre lançamentos de filmes (de dentro e de fora do circuito comercial), sobre pratos típicos de cada região do Brasil e peças de teatro, a opção da revista é usar essas produções culturais como porta de entrada para discussões mais profundas. O comportamental, assim, não se esgota na discussão de costumes ou modismos, como em outras revistas jovens, mas é pautado pela promoção dos direitos das crianças e adolescentes. Portanto, pode-se dizer que em todas as seções – e também na grande maioria das reportagens – estão presentes os debates sobre direitos humanos, da mulher, da criança e do adolescente, dos deficientes, GLTB, HIV/Aids, Afro descendentes, juventude, além de importantes temas como democracia, comunicação, meio ambiente, cultura de paz, de não-violência dentre tantos outros expostos no já citado artigo 3° de seu Estatuto Social. O que varia é a forma em que são abordados e tratados. Um levantamento que fiz por cada revista analisada pode demonstrar as formas de apresentação dos direitos na publicação: Matérias Matérias Matérias sobre sobre direitos abordagem direitos indiretamente Revista 14 6 matérias N°56 matérias direitos sem de Revista 14 5 matérias N° 57 matérias Edição especial Revista 15 2 matérias N°58 matérias Revista 10 N°59 matérias Revista 16 N°60 matérias Revista 14 N°61 matérias 1 matéria comportamental 7 matérias 4 matérias 4 matérias 2 matérias comportamentais Também podemos concluir através do último quadro sobre as matérias é a incidência quase que plena na revista de temas abordando os direitos humanos. São raras as matérias apenas comportamentais, mas ao mesmo tempo, são temas intrínsecos à juventude como as matérias citadas que tratam sobre os skatistas, viajantes mochileiros e como os jovens que trabalham conseguem se virar sem adquirir dívidas mas pagando suas contas. Uma segunda tabela indica o nível de participação dos jovens na revista: Matérias Total com matérias de participação na revista ou autoria Jovem 13 matérias 20 matérias 12 matérias 19 matérias 11 matérias 18 matérias 12 matérias 17 matérias 13 matérias 20 matérias 14 matérias 20 matérias Segundo Paulo Lima, desde o início a proposta da revista era constar no conteúdo da Revista a seguinte proporção: 70% de matérias dos Virajovens, 20% de matérias de jovens em geral e 10% de matérias de adultos, sejam eles profissionais da revista ou não. Analisando o quadro acima, podemos dizer que realmente a proposta de predominância jovem na revista se aproxima da realidade atual, sendo a maioria das matérias. Mesmo as seções desenvolvidas por colaboradores fixos, como é o caso das seções No Escurinho, escrita pelo crítico e jornalista Sérgio Rizzo e de Olho no Eca, desenvolvida pelo parceiro da Viração, o Portal Pró-Menino, cada uma com sua particularidade, também tratam de direitos humanos. A primeira através de comentários e críticas de filmes que fogem do grande circuito seja por serem alternativos ou estrangeiros. No caso da coluna de Rizzo, filmes como o argentino “El Secreto de Sus Ojos” ou o uruguaio “Gigante” lembram o leitor sobre a existência de um eixo sul americano na produção cinematográfica (Numero 61); Já a matéria intitulada “ Vá ao cinema, mas também leia” traz livros que viraram filme, editada na edição especial sobre analfabetismo; outro exemplo é “O encanto da palavra”, matéria sobre documentários brasileiros e estrangeiros publicada no número 60 dentre várias outras situações. Já a seção de olho no ECA, traz matérias sobre seu conteúdo, ou seja, leis. Com uma abordagem e tratamento diferenciado, como por exemplo, publicar na íntegra o conto vencedor do quinto concurso Causos do ECA, promovido pelo portal Pró-menino/Fundação Telefônica, escrito por um jovem de Brasília no número 59 ou uma curiosidade sobre o que diz a lei brasileira sobre relações sexuais com adolescentes. Com essa diferenciação, assuntos pesados ou enfadonhos tornam-se interessantes para os leitores. Aproveitando que falamos sobre a seção sobre o ECA, ela costuma ter uma página (embora a extensão seja flexível de acordo com a importância da matéria), sempre com um Box ao final chamado Tá na mão, cuja presença ocorre em várias outras seções. Nele, indicações de endereços eletrônicos para maior aprofundamento sobre o tema tratado. Dessa maneira, além de um conteúdo, a Viração apresenta uma oportunidade educativa (no que diz respeito a possibilidades de expandir a informação tratada). É construtivista no sentido de não simplesmente dar a informação “de mão beijada”, mas também por incentivar o protagonismo na pesquisa. A esse respeito, acho válido lembrar de Paulo Freire novamente. Assim como não existe a educação bancária para Freire, onde o conhecimento é despejado ou mesmo transmitido, na revista Viração encontramos não apenas o convite para a pesquisa autônoma, mas também para o colaborativo (especialmente no que se refere à construção da pauta de cada edição, sugerida pelos conselhos virajovens). Um processo que vem desde a discussão democrática e aberta, na busca por um consenso no que se refere a uma pauta, um tipo de reportagem ou capa, exaustivamente discutida e elaborada num processo dialógico exercido de uma forma protagonista intra (um grupo de um mesmo local) e entre virajovens (vários grupos de vários locais). Ocorre o mesmo na relação entre a redação e os virajovens, quando os respectivos trabalhos são lidos, comentados, discutidos, orientados (para mais referências, fontes, especialistas) e dialogicamente editados. É um longo percurso a formação do texto a qual merece uma descrição através das palavras de Paulo Lima; “Através da internet, no chat, os virajovens conversam e debatem sobre as pautas e matérias. Uma vez com o texto pronto, o mesmo é encaminhado para a redação que analisa, corrige e faz edições de acordo com a necessidade específica, mas nunca interferindo no conteúdo e compreensão do texto. Feito esse trabalho o texto retorna às mãos dos autores virajovens, mantendo assim o processo dialógico. Mexido e adaptado de novo, o texto retorna para redação para nova “limpeza” e diagramação. Praticamente pronta a matéria, esta segue para virajovens para dicas gráficas e revisão. Por fim, novamente na redação ocorre a finalização e encaminhamento para publicação.” O fato das matérias não se apresentarem como “atividade fim”, uma vez que a valorização do processo é ainda maior, além da matéria trazer elementos e indicações para o aprofundamento das informações e conhecimento, tratando tanto os virajovens e protagonistas em geral da revista como os próprios leitores como sujeitos ativos e com potencial, faz de todo esse trajeto um processo educativo pleno. Podemos considerar ainda a instrumentalização e apropriação do público leitor de todo o conteúdo oferecido e sua aplicação no meio social, concluindo-se assim um processo educativo de reflexão e ação, tornando-se práxis. Outro elemento educativo da revista é o fato de apresentar seções fixas, o que significa tratar constantemente de alguns mesmos temas. É uma forma de sistematizar a informação e, assim, propiciar o aprofundamento do conhecimento de determinados temas (sobretudo os direitos humanos). Da mesma forma que a educação formal se subdivide por disciplinas para proporcionar um conhecimento complexo, a revista também traz esse ponto que é de certa maneira metódico, mas também essencial para o aprendizado. Assim a educação e a comunicação se entrelaçam, “A comunicação implica uma reciprocidade que não pode ser rompida. Portanto, não é possível comprreender o pensamento sem referência à sua dupla função: cognicitiva e comunicativa. (...) O que caracteriza a comunicação enquanto este comunicar comunicando-se é que ela é diálogo, assim como o diálogo é comunicativo.(...) A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados.” 33 33 Freire, Paulo, in Comunicação ou Extensão, Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1977, pag. 67, 68,69 Conforme já havia citado, a mesma educação ocorre em outros boxes da revista como “Para saber mais” ou “Para ler no Busão”, que pode ser uma indicação de leitura na internet ou um livro, ou explicações sobre a gíria moçambiquenha (N 59, pag. 15), o significado de uma palavra estrangeira (pinhole – N 59 – pag. 14); Box “Se liga” explicando a origem do movimento Pop e o artista das pinturas utilizadas na matéria e capa, Andy Warhol (N 59 – pag21). Mas esse olhar e abordagem criativa da educação pela Viração não se limita aos Boxes. A utilização de linhas do tempo, presentes na seção Galera Repórter para mostrar o histórico de um artista e seus trabalhos (Paulo Cesar Pereio no n61 – pag14) ou das conferências internacionais Infato-juvenil sobre meio ambiente já ocorridas (N59 – pag. 24) ou ainda gráficos mostrando a taxa de analfabetismo em quatro regiões do mundo, numa comparação entre os anos de 1950 e 2000 como acontece na seção especial analfabetismo do número 57. Tudo isso demonstra uma atenção muito especial da Viração no cuidado em ser atrativa e educativa. Associado a um projeto gráfico com um colorido forte, com desenhos bem elaborados e ao mesmo tempo “descolados”, utilizando diversas fontes diferentes (a manchete sempre utiliza uma letra diferente da utilizada no corpo da matéria), assim como uma disposição moderna de fotos (um desalinhamento, como se estivessem em uma espécie de mural jovem), uma linguagem jovem bem definida marcada pelo uso de gírias e palavras do universo jovem, faz de uma revista que trata basicamente de direitos (algo que deveria soar chato e enfadonho se recebesse o tratamento tradicional da educação formal e dos manuais de direitos humanos) uma publicação dinâmica, interativa, envolvente e de grande conteúdo. Seguindo com a análise das páginas fixas da revista, na página 4 está a seção “Fale com a gente”. Com uma disposição do texto em forma de balões, remetendo ao diálogo de Paulo Freire, uma relação igualitária e dialógica, comentários, elogios e até críticas são apresentados de uma forma simpática. É nessa página que é colocada um Box de errata com o título “Ops! Erramos” e novamente algo que poderia ser apresentado de forma sisuda, cumpre sua função de errata de uma maneira simples e leve. Há ainda outros quatro boxes na página: um contendo cinco logos (PróMenino, Revista Fórum, Setor 3, Envolverde, Brasil de Fato) intitulado Parceiros de Conteúdo; outro chamado de Participe da Vira, clamando a participação do leitor na Viração e mostrando os contatos da “Vira” para encaminhamento de material; outro ainda com o passarinho símbolo do Twitter e a frase “Siga a Vira no Twitter” com o respectivo endereço e novamente reforçando a conectividade da Viração à rede e, por último, um pequeno mas importante Box, intitulado Ponto G com o seguinte conteúdo: “Para garantir a igualdade entre os gêneros na linguagem da Vira, onde se lê ‘o jovem’ ou ‘os jovens’, leia-se também ‘a jovem’ ou ‘as jovens’, assim como outros substantivos com a variação de masculino e feminino.” Novamente fica claro a influência freiriana na Viração, que sempre se preocupou com essa questão de gênero e a importância da linguagem, ressaltando que a mudança de mundo passa, sim, pela mudança do vocabulário no discurso. A preocupação sobre gênero e sexualidade são temas com bastante ênfase na revista e é abordado de diversas formas. A começar pela seção Escuta Soh. Como já foi dito, trata-se de um projeto paralelo à revista Viração, com edição própria, mas faz parte da parceria, publicar duas páginas da Escuta Soh na revista Viração. Analisemos algumas dessas publicações. O tema central dessa seção é sempre juventude e HIV/AIDS, mas são diversas as formas de abordagem. Na edição 56, o recorte sobre o tema foi uma reportagem nas páginas 22 e 23, sobre a exposição de crianças e adolescentes em situação de rua a doenças sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS. Matéria que reflete a grande dificuldade que é conscientizar essa população que tem vários de seus direitos violados, como moradia e saúde. A própria manchete já traz essa reflexão, “Sem CEP e sem Proteção” A matéria chama a atenção para não apenas a questão da saúde e HIV/AIDS mas também sobre as agruras de crianças e adolescentes em situação de rua. Mostra a ausência de pesquisas sobre HIV/AIDS com essa população justamente pela dificuldade de analisá-la e o fator preocupante do perfil dessas crianças e adolescentes, que por se acharem “distorcidamente” livres, praticam sexo sem proteção ampliando as chances de contaminação. No número 58, que traz a particularidade de uma revista com duas capas, uma delas é com o tema aqui discutido: “De porta em porta contra a AIDS”. É uma matéria sobre uma ONG que capacita os jovens para um trabalho de prevenção em HIV/AIDS para várias regiões brasileiras. Percebendo que os jovens não vão aos postos se informar sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, essa ONG colocou o próprio jovem como protagonista, o capacitando e o direcionando para o encontro com outros jovens. A reportagem também chama a atenção de uma pesquisa do Ministério da Saúde que demonstra que o preconceito e exclusão do portador de HIV/AIDS ainda é bastante alta. Uma matéria que conscientiza e provoca o debate e reflexão sobre o tema. (“De porta em porta contra AIDS” – pgs. 23-24-25 e 26 – No. 58 – LINHA; Se o problema é o jovem não ir ao posto de saúde buscar informações sobre DST, tem quem vá até eles; do outro lado, dados do Ministério de Saúde mostram que preconceito com quem vive com HIV ainda é grande.) Além da seção Escuta Soh, que tem o enfoque nesse tema e traz diferentes abordagens (“Pela mesma causa, Sem fronteiras”, sobre encontro de ativistas do movimento HIV/AIDS no Peru, para discussão de políticas públicas - No. 59 POSITIVOS E ATUANTES, reportagem sobre Documentário que trás história e vivências de sete mulheres que vivem com HIV/AIDS, um importante debate jovem com enfoque atrativo e diferenciado, pois apresenta um documentário que trata do tema – No. 61 – “MULHERES E HIV – UM ENCONTRO PELA VIDA”, evento no Rio de Janeiro reúne mulheres para discutir equidade de gênero e com um enfoque ao público feminino além do educativo, pois informa e explica como utilizar camisinha feminina – No.60” ) a revista ainda tem outra seção sobre sexualidade, que é a Sexo e Saúde. Essa seção segue sempre o mesmo molde que consiste em um grupo de jovens entrevistando um especialista em saúde. Trata-se de uma seção de uma página mas bastante interativa pois as perguntas são encaminhadas para a revista e feitas por jovens, realçando assim o protagonismo juvenil. A forma de perguntar e o tipo de dúvida gera bastante identificação com o jovem leitor. Há ainda matérias de outros grupos de jovens que discutem sobre sexualidade, como por exemplo, a matéria “Debate para Todos”, uma reportagem de quatro jovens da RAJCES – Rede de Adolescentes e Jovens contra a Violência Sexual Infanto-Juvenil – do No. 58, sobre a necessidade de uma discussão aberta sobre o tema de exploração sexual. Um tema difícil de discutir mas que é facilitado pela interlocução jovem. Para encerrarmos o tema, não poderiam ficar de fora os quadrinhos do colaborador Marcio Baraldi. Em uma página dividida em seis quadros, o cartunista explora seu personagem, o Rap 10, que sempre apresenta, em forma de rima, um tema importante de política, passando por meio ambiente até sexualidade e aborto, que é o tema de seu quadrinho no No. 60, discutindo sobre sexualidade e prevenção de gravidez. Ressalta de uma forma crítica que aborto é última saída, pois muitas mulheres pobres morrem em aborto caseiro e nas clínicas só vai quem tem dinheiro. Recrimina a igreja que considera aborto um pecado, pois considera um problema social e não religioso, além de promover o debate sobre o assunto. Vale dizer que essa HQ, que critica a igreja, fica ao lado de uma matéria sobre a campanha da fraternidade, na seção Parada Social, o que demonstra o ecletismo da revista. Outro tema recorrente na revista, seja através de uma seção específica, seja através de matérias esporádicas, é a promoção e exaltação de movimentos sociais, através de reportagens sobre ONGs que defendem uma causa social, ou através da cobertura de encontros, eventos e Conferências. É o caso da democratização da informação. Tema presente nas matérias “Mídia Consciente”, do No. 58, sobre o 6.o. Encontro Mundial Legal. Neste, a discussão sobre as discriminações frequentemente reproduzidas pela mídia sobre deficiência e juventude além do lançamento de uma cartilha para colaborar com o setor e “Democratizando Tudo”. O debate em pauta é sobre o direito à comunicação e conscientizando e promovendo sua apropriação e execução. Ainda lembra do dia 17 de Outubro, dia nacional pela Democratização da Informação. Portanto, além de elaborar uma linguagem própria da revista, podemos dizer que também há uma sistematização de temas recorrentes ou mesmo transversais que colaboram com sua linguagem geral. Aliás, linguagem esta que consegue ser coletiva e ao mesmo tempo individual. Coletiva por ser a linguagem da juventude, com seus vocábulos e gírias praticamente universais, mas individual devido ao seu regionalismo, pois é uma revista nacional que envolve vários grupos de jovens, cada um com sua influência regional, conforme comentário do Virajovem Rafael Biazão (em entrevista para o estudo de recepção que será mostrado no capítulo seguinte): “O jovem fala de formas diferentes em cada região, e isso é muito legal. Na revista isso fica muito visível, é um barato, você pode ler em uma página uma gíria gaúcha e na outra um dialeto baiano, enfim, dá um toque especial na revista. Isso é mais uma coisa que deve ser valorizada, a forma como cada região fala, devemos incentivar essa cultura. E mesmo com toda essa variedade linguística o jovem consegue entender o que o outro quis dizer.” Rafael vai além, enfatizando essa dialética da revista e encorpando ainda mais o seu caráter jovem, pois consegue se concretizar única, individual e autoral e ao mesmo tempo coletiva através de uma cultura, um pensamento, um posicionamento da juventude: “Acho que a revista reflete a postura e o pensamento de alguns jovens. Mesmo a revista sendo produzida coletivamente e por jovens de diferentes estados, não tem como refletir o pensamento de todos, ainda mais em um país como o Brasil com tamanha diversidade. A revista tenta mostrar que o jovem é diferente, e a forma de mostrar isso é buscando essa diversidade para produzir a revista ou ao menos citar essas diferenças.” Uma vez contextualizada e conceituada essa linguagem tão presente e marcante na revista Viração e como ela é criada e recebida, não posso encerrar esse capítulo sem antes apresentar mais algumas reflexões sobre a linguagem gráfica da revista convergindo com o texto jovem, a oscilação emocional textual é acompanhada por um dégradé de cores. O branco, quando se apresenta, é para introduzir a seriedade no assunto, tal qual a capa da edição especial 57, sobre analfabetismo. Sem as palavras, a não ser pelo título da revista, o branco se apresenta em forma de protesto e indignação, recusando o preto fúnebre. O mesmo acontece em outras matérias cujo apelo à seriedade se faz necessário. Por outro lado, na grande maioria das matérias, as cores bailam com o texto e desenhos abstratos dão um importante movimento às vibrantes palavras, mas impressas e imóveis no papel. A presença de fotos deslocadas e desafiadoras ao padrão retilíneo, também quebram paradigmas e comungam com a tão latente ousadia jovem. Ilustrações de personalidades e temáticas de acordo com respectivas reportagens conferem um cuidado muito especial no que tange a representação do real, seja ele uma pessoa importante, uma tribo específica de jovens ou uma referência territorial, que no caso da Viração é a linguagem gráfica da rua ou o seu próprio cenário, o qual se apresenta e acolhe seu principal personagem, o jovem. Com essas particularidades, é possível entender como uma revista jovem que fala sobre direitos e que a princípio se demonstra politicamente correta se desvela rebelde ou mesmo revolucionária. A transgressão se concretiza em seu princípio, que é colocar a voz da juventude em primeiro plano, potencializando sua diversidade, sua tolerância, sua flexibilidade e capacidade em meio a sua complexidade aparentemente caótica, se harmonizar sem atenuar seu fervoroso desejo de transformação. “No meio de uma sociedade hierárquica e ‘adultocêntrica’, onde a fala do adulto sempre vale mais do que a do jovem, a palavra do especialista sobrepõe a experiência e o discurso do jovem. A rebeldia da Viração está aí: Dar voz ao adolescente e ao jovem, trazer sua fala para o primeiro plano, tratar de assuntos e temas que grandes veículos impressos juvenis desprezam, agir em um processo criativo e colaborativo, em grupo, contrariando uma lógica individualista da sociedade atual, exaltar a diversidade no combate ao preconceito, enfim, ter o protagonismo juvenil como rebeldia social”, como declara Paulo Lima, idealizador e diretor executivo da revista Viração. Mas se o jovem é a prioridade na revista, tanto no seu processo de desenvolvimento e concretização como no seu público leitor, que jovem é esse exatamente? Juliana Barroso, também idealizadora do projeto e atual presidente da ONG Viração Educomunicação o define de uma maneira peculiar: “A Viração foi pensada para um público que já é formado para comprá-la”. Inversamente proporcional às revistas que buscam formar um público para seu conteúdo, muitas vezes de uma forma veladamente impositiva ou mesmo autoritária, a Viração opta por uma contra mão, tendo como princípio a potencialidade, a individualidade, a identidade, a diversidade, o conhecimento e envolvimento de seu público jovem com os temas propostos e abordados na revista. Enfim, a Revista Viração consegue ser dialógica com seu público e, portanto, educativa. Claro que o grande diferencial que permite esse dialogismo e até mesmo uma práxis, pois se trata literalmente de um processo de reflexão e ação, é justamente o processo de construção desse “movimento” Viração. A participação direta de jovens que são na sua maioria, de classes baixas cujo envolvimento pessoal e ideológico social parte de sua própria experiência de vida, geralmente difícil, mas transformando essa dificuldade em propulsão por busca de um mundo melhor, ampliando seu olhar ao outro e assim, perpetuando-se no contínuo ato de formarse como um ser ativo e transformador. É ao que Juliana Barroso se referia como o público jovem já formado para Viração, seja para leitura da revista, seja para participação direta do desenvolvimento da mesma. Tudo isso fica muito claro na fala de um dos primeiros Virajovens da revista, o Douglas Lima: “A grande contribuição da Viração não acho que seja no sentido de provocar mudanças, mas acredito que ela favorece algumas mudanças de conduta, que estão diretamente relacionadas à visão de mundo e de vida que as pessoas passam a ter, quando começam a se relacionar com outros segmentos da sociedade de forma mais ampla e democrática. Tenho acompanhado vários exemplos de jovens com vidas transformadas após terem um primeiro contato com a educomunicação, e especialmente com a Viração, onde o mínimo de colaboração faz parte da dinâmica do início ao meio, pois não acreditamos que tenha um fim. As conquistas que envolvem a metodologia do projeto são muito ligadas umas as outras. As coletivas e as individuais estão divididas por uma linha muito fina, e invariavelmente se encontram. Muitas vezes percebemos que assim como a Viração favorece uma mudança nas atitudes dos jovens, as histórias de vida deles são grandes contribuições que também tornam a linguagem e a vida do projeto mais ativos, dinâmicos e vivos, passíveis de mudanças e que têm ligação direta com suas histórias a todo o tempo”. Portanto, não dá para dizer que a revista é limitada a um público A, B ou C, mas se direciona ao público jovem cuja visão de mundo transcenda o individualismo, o consumismo, as frivolidades, entretenimentos gratuitos e vazios, o comportamento banal, sexualidade exacerbada, modismo, dentre tantos outros temas já tratados em outras revistas direcionadas à juventude. Não se trata de um julgamento de valor entre as revistas, nem mesmo a defesa incondicional da revista Viração, mas apenas a caracterização de seus respectivos perfis e públicos. Espaço no mercado existe para todas as revistas jovens que, aliás, em termos de tiragem, a Viração não está entre as mais vendidas, nem só vende assinaturas. O primeiro lugar no ranking de revistas jovens citado na página três da revista é relativo a um Relatório da Mídia Jovem da ANDI, Agência de Notícias dos Direitos da Infância, tendo como critério a Relevância Social, um critério criado para analisar a presença de notícias que colaborassem para a formação cidadã do leitor. Com esse recorte, a revista Viração ficou em primeiro. O que não desfaz o mérito desse título, uma vez que o propósito da Viração não é ser a primeira revista em número de fascículos vendidos, mas por seu sólido e propositivo conteúdo. Estar dentro de um grande mercado é algo que provoca uma certa reflexão dentro da Viração, principalmente no momento atual em que a Viração Educomunicação firmou-se como ONG, crescido bastante e com ímpetos de ampliar o impacto social a que se propõe. É uma reflexão e discussão interna áspera e difícil, uma vez que já discutimos aqui a incompatibilidade entre os princípios da Viração e o grande mercado que, no caso da Viração, seria o grande público. “Não estar no grande mercado é uma desvantagem, pois deveríamos estar; principalmente pela importância dos temas tratados na Revista Viração. É um espaço que foi ocupado, e de uma maneira que não permite uma participação que é característica da Viração. É uma coisa pra se pensar, a Viração deveria entrar na grande mídia? Porque não estar também permite algumas vantagens como uma maior liberdade, independência, não ser formatado ao mercado”, afirma Paulo Lima, jornalista e idealizador da revista. Ele acrescenta com mais uma reflexão: “Ocupar espaços públicos de grande escala, bom, um dos caminhos já tomamos que é partir para veículos de grande escala e mantendo os ideais da Viração. É o caso do programa Quarto Mundo, desenvolvido em parceria com o canal a cabo TV USP. É um programa com um processo de desenvolvimento muito próximo da revista Viração, pois todo o programa é desenvolvido por jovens e para jovens e atinge um público maior pela questão do veículo utilizado. Outro passo é talvez investir mais na Agência Jovem de Notícias, que já tivemos algumas experiências em eventos públicos de grande porte e utiliza a internet para a grande difusão.” Percebe-se que mantendo sua ideologia a Viração ainda consegue encontrar caminhos para se transformar e adaptar aos novos contextos que vão surgindo e permanecendo com seu maior diferencial, o processo. Mas talvez, essa constante atenção e ênfase ao processo, embora seja uma escolha consciente e respaldada, possa fazer com que se distancie de alguns resultados concretos. No decorrer de todas as revistas analisadas, a crítica sempre se explicitou claramente nas suas matérias, trazendo informações e elementos que instrumentalizasse o leitor, para que este apreendesse as informações e tirasse suas próprias conclusões. O que é coerente com sua proposta construtivista freiriana. Mas não seria sua função como veículo de comunicação denominar as pessoas, instituições, governos envolvidos ou mesmo causadores dessa problemática Na matéria de capa da revista número 61, por exemplo, sobre os homicídios de jovens no Brasil. É uma reportagem bem feita, com declarações de familiares de jovens assassinados, estatísticas, pesquisas, mas tem uma abordagem muito genérica, distante, diluindo uma discussão importante em um grande coletivo ou em representações governamentais. Isso se agrava quando as declarações dos familiares e amigos dos jovens assassinados afirmam que as mortes, na sua maioria, foram de responsabilidade da polícia militar de seu respectivo estado. Na matéria ainda é citada a organização de familiares em grupos para fortificar e concretizar as necessárias ações contra o Estado. Mas faltou explicitar algumas questões: quem era o Secretário de Segurança na Época? E o governador, quem era? Qual procurador do Ministério Público entrou com uma ação contra o Estado? A quantas anda o processo? São questões “fim” importantes a serem respondidas ou no mínimo denunciadas, mas que não aparecem na matéria. Até mesmo porque a denúncia não será o fim da ação, mas a meta a ser atingida em tão delicado assunto, fazendo-se, assim, também parte de um processo. O mesmo ocorre na polêmica matéria, também de capa, do número 60, sobre a discriminalização da maconha. Está muito bem explicada e ilustrada a matéria com várias declarações de especialistas e instituições que trabalham com drogadição, declarações pessoais, inclusive no balanceamento dos prós e contras da temática central. Agora é uma matéria discutindo uma questão legal sobre a maconha, mas não apresenta nenhuma entrevista ou mesmo posicionamento de nenhum dos poderes governamentais tais como executivo e principalmente legislativo e judiciário. Assim a matéria fica numa discussão social e institucional, mas o ponto nevrálgico de debate e posicionamento que seria o legislativo e judiciário, não aparece. Pode-se levar em conta a dificuldade de se conseguir determinadas fontes, ou então a credibilidade, ou interesse desse público em aparecer em uma revista de menor repercussão, mas também não justifica a inexistência. Essas são algumas críticas que poderiam compor e não contradizer os princípios e a ideologia da Viração. Principalmente porque o jornalismo denunciativo ou mesmo a denúncia não necessariamente se esgota por si só, mas pode também ser o início ou meio de um processo. Quanto ao trabalho dos virajovens em conjunto com a redação ocorre em vários momentos da revista. Trabalho que se dá de uma forma coesa e complementar como o próprio virajovem Rafael descreve: “existem os profissionais que trabalham na redação, que recebem todo material e fazem uma edição apenas para consertar possíveis erros, levando em consideração que a revista é feita por jovens, adolescentes e até crianças. Mas a edição não muda a idéia que os virajovens quiseram expressar.”. Convergente com o que é mostrado e até instigado aos jovens leitores, a relação interna dos jovens com os profissionais da redação também é de uma forma harmônica, protagonista e complementar. O mesmo olhar e relação com a redação encontramos na fala de Douglas Lima: “A redação, como em qualquer outro veículo, é que orienta e de certa forma norteia o desenvolvimento do trabalho, oferecendo um acompanhamento para evitar a perda de prazos e facilitando ou orientando como fazer contato com pessoas e organizações. Portanto, todo o conteúdo publicado pela Viração, mesmo que tenha sido produzido por uma pessoa da equipe, pode ser considerado colaborativo, já que da capa ao interior da revista, tudo que é produzido permanece em aberto para que possamos aprimorar e editar algo mesmo que de última hora.” Capítulo 5 – Um estudo de recepção sobre a Revista Viração. A revista Viração não é vendida em bancas, sendo que as vendas ocorrem apenas através de assinaturas ou por distribuição feita pelas instituições parceiras à ONG. Dessa maneira, sua difusão direta, embora seja nacional e com uma tiragem de 10.000 exemplares, não é tão ampla assim. Para esse estudo de recepção, utilizarei uma amostra, fruto de uma pesquisa de público desenvolvida pela própria revista Viração em 2006. Outras entrevistas feitas com os jovens participantes de Conselhos Virajovens também darão suporte para essa análise de recepção. Vale dizer que essa análise de recepção ficou um tanto restrita não só pelo pouco material disponível conseguido na instituição, mas também pelo exíguo tempo disponível para essa pesquisa. Esse tema é de profundo interesse deste pesquisador ao ponto de afirmar que será objeto de pesquisa em trabalhos acadêmicos futuros. Retomando, a pesquisa para a análise de recepção consistiu no encaminhamento de um questionário com 18 perguntas de múltipla escolha para os assinantes da revista. Desses, a revista recebeu de volta apenas 37, que serão a base deste estudo. Cinco deles foram descartados por insuficiência de informação (questões não respondidas), deixando para essa amostra o parecer de 32 assinantes. Das 18 perguntas do questionário, selecionei 11 que convergiam com o interesse de reflexão dessa pesquisa: idade (agrupadas em 10 a 20, 21 a 30 e assim por diante) o 10 a 20 – onze o 21 a 30 – cinco o 31 – 40 - cinco o 41 – 50 - três o 51 -60 - dois o 61 – 70 - três o 71 – 80 - dois o 81 – 90 - um gênero o M - 17 o F – 15 escolaridade o Fundamental - 4 o Médio - 12 o Superior – 16 estado de origem - 12 de SP, CE, 4 de MG,PA, 2SC, PI, PE, 4 do RJ,AM, 2 da BA , RS renda familiar o até R$500,00 - 4 o de R$501,00 a R$1000,00 – 12 o de R$ 1.001,00 a R$2.000,00 – 5 o de R$2.001,00 a R$ 3.000,00 – 3 o Acima de R$ 3.000,00 – 6 o NÃO RESPONDEU – 2 acesso à internet o Sim - 23 o Não – 9 o quantidade de pessoas que lêem a mesma revista o até 5 pessoas – 25 o de 5 a 10 pessoas - 2 o de 10 a 20 pessoas - 0 o acima de 20 pessoas – 3 o NÃO RESPONDEU – 2 pertinência da linguagem da revista o Boa - 24 o Regular - 7 o Ruim – o NÃO RESPONDEU apresentação visual da revista o Boa – 26 o Regular – 5 o Ruim – o NÃO RESPONDEU – 1 envolvimento com entidades (na especificação do envolvimento, a pessoa pode escolher mais de uma opção) o sim – 21 religioso – 13 cultural - 5 movimento social – 7 ONGs – 6 Organizações Governamentais - 1 o não – 11 utilização da revista em grupos, trabalho ou escola o Sim - 23 (grupos de jovens,congregações juvenis, discussão entre amigos, sala de aula, encontros da comunidade) o Não – 7 o NÃO RESPONDEU – 2 Analisando estes números podemos confirmar algumas das hipóteses levantadas e argumentadas no decorrer desse trabalho. A amostra explicita que a maioria dos assinantes é de classe C e na faixa etária de 10 a 30 anos, demonstrando um público realmente de adolescentes e jovens. A maior parte tem acesso à internet, seja em casa ou no trabalho OU estabelecimento de ensino. E um dos pontos mais significativos: a grande maioria tem envolvimento com movimentos sociais, sejam eles religiosos ou não. Quase a totalidade gosta do projeto gráfico da revista e acha que a linguagem é pertinente, independentemente da idade do leitor. Em outro questionário com perguntas dissertativas cujo foco era o projeto editorial e gráfico, quando é perguntado aos jovens se gostam da revista Viração, a resposta sim é unânime, sendo, dos “porquês”, os mais interessantes: “ela tem uma cara jovem, uma expressão popular com a qual o jovem se identifica”, diz Anderson da Costa de 15 anos; “Ela tem um estilo próprio, único e alternativo”, Tainá Borges, 15 anos; “Ela tem um visual diferente, com cores alegres e fortes”, Bárbara Manso, 17 anos; “Porque ela não é igual a todas as revistas comuns, tem um visual bacana que tem a ver com os jovens e não com crianças”, Márcia C. Almeida, 17 anos; “Porque tem o rosto do jovem, alegre, e sempre está abordando temas importantes”, Deimerson S. Silva, 17 anos; “Aborda muitos assuntos que o próprio jovem fala, faz ou deixa de fazer. É uma opinião colocada por eles mesmos”, Jaqueline R. Sobrinho, 17 anos. Quanto à linguagem e sua boa recepção para todos os públicos, Douglas Lima definiu de muito bem: “Existe sim uma linguagem universal dos jovens. A atual. A linguagem é um recurso completamente mutante e está em constante atualização. Muitas dessas atualizações interferem no sistema de forma global, e outras em âmbito local. Não achamos que é necessária uma linguagem universal para tratar a juventude na Viração, somente uma linguagem compreensível e acessível é o suficiente, pois nunca objetivamos nos massificar... Porém digamos que estar em um ambiente que seja confortável é mais agradável do que quando não se entende a mensagem, ou informações então subjetivas são deixadas de lado.” E quando perguntado se existe um perfil editorial na revista Viração limitando seus participantes virajovens, a resposta também vem afiada : “Entendo que essa aparente linha editorial, ou linguagem padrão se dê naturalmente... Felizmente não temos medo de mudar, ter atitude e ousar, tendo em vista que se há unicidade no resultado final, isto se dá pelo fato de estarmos falando uma língua compreensível e explorando de forma efetiva nossos potenciais e capacidades para que as coisas aconteçam. Todavia, há um grande esforço para que, diante de toda essa mutação que ocorre na Viração diariamente, nós consigamos nos fortalecer na sociedade, nos movimentos sociais e também, não prioritariamente, no mercado editorial concorrente, cuja formatação já foi reconhecida pela relevância social diversas vezes, e destacada por ser o primeiro veículo de comunicação a ter efetiva participação e colaboração do público alvo na produção editorial, sem que para isso seja necessária a imposição de regras editoriais e/ou supervisão ditatorial de profissionais de comunicação, que estejam ali para orientar de forma segmentada e interesseira os assuntos abordados. Este conjunto de esforços serve para reafirmar, antes de qualquer linha editorial ou objetivos, a nossa fibra ética, nossos compromissos, nossa missão e função social.” A fala impactante de Douglas, um jovem de 20 anos e participante da Viração desde os 16, me remete à constatação de que boa parte da força transformadora da revista se manifesta nos virajovens. Neles, sim, é possível encontrar ecos do que seria uma ação para a transformação social motivada pela revista. Gostaria de me debruçar um pouco sobre esse aspecto. As palavras de Douglas Lima refletem o quão complexas estão as reflexões e ações de cada componente da Viração. A preocupação no fortalecimento humano e a dedicação, integração e colaboração com o outro, seja ele um colega da Viração, seja um indivíduo imerso numa sociedade. A forma com que essa metodologia surge, solidifica não apenas o texto final da revista, mas todo o processo de desenvolvimento, inclusive seus indivíduos participantes, logo, de uma maneira extremamente protagonista. Portanto, essa liberdade criativa e criadora não termina quando a do outro começa, mas se encontra e toma forma no outro, tornando-se, assim, infinita. É curioso notar que esse mesmo mecanismo de envolvimento, conexão e deflagração ocorre também numa situação de movimento. Pode-se observar através do discurso de Douglas Lima como estão conectadas a ação ocorrida na revista e a ação na sociedade. “Acho importante dizer que eu trabalho pela educomunicação e que minha contribuição para a infância e juventude parte inicialmente de minha própria mobilização, por ter começado ainda adolescente e ter me tornado um jovem dentro desse processo... Acho que isso automaticamente me coloca como uma pessoa preocupada com as questões da infância e adolescência. Eu costumo deixar muito claro que, quando falamos em Viração, falamos em diversidade e participação. Nada mais importante que ter em mente que, embora hoje eu não faça parte de forma intensiva de uma militância ou de outra, estou direta ou indiretamente ligado a elas, e que nossas lutas, além de se identificarem, se completam. Eu posso centrar esforços em uma linha específica de trabalho, enquanto tenho outra pessoa muito boa no que faz e defende aquele assunto muito melhor do que eu e vice versa. O mais importante é que sempre o mais valorizado na Viração é o processo que surge deste ambiente e nem tanto seus produtos e projetos”. Dessa forma processual de encontrar a si no outro, do indivíduo se alcança o coletivo e, consequentemente, a instituição. “Temos um calhamaço de iniciativas desenvolvidas a partir não só da revista, mas de todo o conjunto de propostas pedagógicas oferecidas pela Viração... Certamente grandes iniciativas podem ser pontuadas, como a distribuição e utilização expressiva das edições especiais publicadas quase que periodicamente nos últimos anos, como a da "Aids", ou a maciça participação de jovens em grandes eventos de elevado impacto social, como o Fórum Social Mundial, Fórum Mundial da Educação, Conferências Nacionais de Juventude, e de Comunicação... Participações anteriormente vistas de forma tímida, e frequentemente individualizada, desconectada... Porém levamos em consideração que uma grande parcela de adolescentes e jovens não tem habilidade e facilidade, tão pouco interesse em ser grandes oradores, e/ou comunicadores. Eles querem somente ser ouvidos e ter marcada a sua participação de forma mais respeitosa na sociedade em que estão inseridos. Conhecemos jovens que nesses 7 anos passaram pela Viração e voltaram, outros que infelizmente perdemos o contato, mas que certamente tiveram a possibilidade de transformar sua comunidade com ações simples, ou somente incentivando outros atores sociais a terem suas mobilizações mais intensificadas, dando a estes lugar de destaque na comunidade. Alguns adolescentes que foram convidados por jovens colegas para vir à Viração, hoje têm participação política e engajamento forte, enquanto estes jovens que os convidaram estão concentrados em suas faculdades, trabalhos e famílias. Entendemos, sob linhas gerais, que mesmo os jovens que não deram continuidade a um trabalho de mobilização social ampla, e não tem uma participação política extremamente relevante, levaram para seus lares experiências antes desconhecidas pelas suas famílias e suas comunidades. Vivenciaram aprendizados que os tornarão melhores filhos, pais, amigos, irmãos e humanos.” Douglas traz com essa fala não só a questão de organização, mobilização e intervenção social jovem, mas também o processo de divulgação que não é contabilizado no número de exemplares distribuídos ou vendidos. É a força do contato pessoa a pessoa, o velho boca a boca potencializado por uma compreensão e apreensão de mundo, um discurso afinado e muita energia, ações que a primeira vista parecem ínfimas e pequenas, crescem e encorpam em grandes resultados e impactos na sociedade civil. A declaração de outro Virajovem, o Rafael Biazão, que começou na Viração com 16 anos através de outro projeto social e hoje, por influência de sua vivência na revista Viração, cursa Comunicação Social, Jornalismo, converge e fortifica a defesa de Douglas: “Acredito que a revista mostra a força que a juventude tem para buscar mudanças. E muitas vezes o que falta para o jovem é acreditar no seu poder de mudança. Como disse, no meu bairro a revista não tem circulação, mas em uma comunidade que essa revista chegue e um jovem tenha mais alguém para discutir, isso pode se transformar numa ação na própria escola, por exemplo. A transformação se concretiza muitas vezes nos pequenos atos. Não devemos esperar grandes eventos realizados por esses jovens, o que pode sim acontecer, mas se um jovem lê a revista e resolve implantar um jornal mural na sua escola, ou junta uma galera do bairro pra realizar uma ação mesmo que pequena, já temos uma transformação. Aquela idéia do "trabalho de formiguinhas" é muito válido nesse contexto”. Toda essa articulação e integração inter/intra e extra Viração promovem uma apropriação de uma singular visão de mundo e instigando uma equalização cíclica de compreensões e questionamentos entre virajovens, jovens e público leitor da revista, além da sociedade e instituições governamentais ou não. Talvez seja através desse peculiar processo que uma linguagem específica e universalizante como a utilizada pela revista Viração surja com tanta naturalidade conforme a descrição de Douglas Lima. Um processo também explicado por este mesmo protagonista, cuja própria história se funde à Viração, buscando razões para acontecimentos tão emotivos: “Foram várias as razões na verdade... Primeiro porque eu já havia começado um processo de rompimento com alguns paradigmas que inviabilizavam a articulação do meu grêmio com a comunidade escolar, e muitas vezes não encontrava o apoio dentro da própria escola, embora houvesse ali um movimento favorável à permanência de um grêmio. Embora as coordenadoras se dissessem amplamente favoráveis, muitas vezes soava como se fosse uma certa afronta, ou tivesse um ar desconfortável de “inversão de papéis”. Acho normal que isso aconteça, já que as pessoas não estão acostumadas com a autonomia, e quando se dizem favoráveis a ela não estão verdadeiramente ambientadas a isto... Depois de algumas participações, comecei a perceber que dezenas de jovens como eu estavam por aí tentando se encontrar, e que aquele espaço amplo, plural e democrático era exatamente o ambiente correto para isso.” Lima continua descrevendo sua epopéia: “Foram tantas as problemáticas levantadas, que muitas vezes questionava-me sobre minha atuação, por ter saído de minha realidade e de certa forma deixado de colaborar para o desenvolvimento local do grupo onde eu havia iniciado tudo... Quando percebi que na, verdade, eu estava absorvendo conhecimentos que não tinha antes, e pude então oferecer ao meu bairro uma contribuição diferente, levei o nome da minha comunidade para fora dela e mostrei os problemas que haviam ali, dando a ela visibilidade e abertura em outros ambientes. Em outra mão, passei a ser um dos jovens mais atuantes no projeto Viração, por ter me sentido tão amplamente inserido naquela linguagem e metodologia que invariavelmente acabara me tornando parte daquele organismo, levantando suas bandeiras e estando em todos os ambientes possíveis junto a ela.” Tendo a educomunicação como bandeira e ferramenta para ser e estar no mundo, os virajovens se instrumentalizam avidamente e sempre numa relação dialógica, inclusive com a sociedade e sua forma de organização, como novamente Douglas discorre: “Esta apropriação claramente se dá a partir do momento em que a pessoa em questão descobre ter o acesso, o direito e o dever. E para gerenciar estes três pilares, ele precisa estar conectado a eles, de forma dialógica. Daí a idéia de que a política é o fio condutor desta descoberta. Pois é necessário primeiro conhecer estas três muito bem. Depois entender de que forma e a partir de que momento elas se inter-relacionam. Para então poder levar uma mensagem adiante. Entendemos e valorizamos a cultura de paz como principal caminho para favorecer a aproximação dessa juventude, e através dessa comunicação não violenta é que entendemos os limites do que seria um empoderamento, como retomada dos direitos e compreensão dos “deveres”. Capítulo 6 – Conclusão O desenvolvimento dessa monografia foi uma verdadeira Viração. Sendo mais específico, no decorrer da análise das revistas, matéria por matéria, dos documentos gentilmente cedidos pelos idealizadores das entrevistas, do contato humano, do acolhimento proporcionado por todas as pessoas envolvidas neste intrincado mas, ao mesmo tempo, tão natural processo criativamente e colaborativamente construído pela Viração e que toda essa ação acabou por me virar do avesso. De um mero pesquisador, fui percebido ecossistema, “individualmente somos um ecossistema comunicativo, o que nos faz educomunicadores”, disse Paulo Lima em sua harmoniosa e ritmada humildade. Talvez tenha sido esse um dos principais processos que tive o prazer de desfrutar em todo o percurso. Legitimar um sentimento de ser indivíduo, para ser coletivo e vice versa, em um movimento constante e pulsante, eternamente. Na busca por uma forma comunicativa de promover os direitos da infância e juventude, fui surpreendido por conteúdo, por conceito, atitude, reflexão, por respeito, por ousadia, energia, desejo, prazer, paz, colaboração, por humanidade. A concretização disso tudo em uma revista também foi uma agradável (apesar de quase esperada) surpresa. No entanto, também ficou claro que tudo isso que foi citado não está contido em uma revista impressa jornalística. É muito mais do que isso. Como disse o valoroso virajovem Douglas, os maiores ganhos da Viração não estão no seu resultado, no seu produto final, mas no seu processo. É a intensa vivência que esses jovens experimentam e degustam no seu cotidiano de conversas, reuniões, chats na internet, vivendo, participando e protagonizando a informação e criando, assim, uma espécie de jogo dos espelhos da juventude, quando se cria um ambiente, um ecossistema comunicacional infinito. Quando suas imagens retroalimentadas, reconhecidas e potencializadas se multiplicam intermitentemente e não como mera reprodução e projeção de si mesmo, mas encontrando a difícil sustentação e equilíbrio da diversidade em uma igualdade jovem. É uma proeza e tanto. Por esses motivos é que fica mais fácil compreender o porquê da pedagogia em uma redação jornalística como a da Viração. Não pela causa óbvia de que muitos outros projetos sociais desenvolvidos pela Viração Educomunicação carecem dessa orientação, mas pelo simples motivo de que tudo nesse fértil ambiente respira educação e, com isso, as idéias, as reflexões, as ações germinam, crescem e frutificam de uma maneira esplendorosa . É devido a essas características que uma linguagem, uma gestão, uma ideologia, uma atitude e ousadia jovem, como o próprio subtítulo da revista traz estampado na capa de cada fascículo, emergem da Viração rotineiramente. Para promover vida, entendendo que direito é sinônimo de vida, é preciso cultivá-la nas menores ações do dia a dia, e isso, a Viração faz com grandes méritos. Referências Bibliográficas Abramo, Perseu. “Padrões de Manipulação na Grande Imprensa”, São Paulo, Ed. Fundação Perseu Abramo,2004 Bakhtin, Mikhail Mikhailovitch, Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo, Ed. Hucitec, 2006 Bakhtin, Mikhail Mikhailovitch, Problemas da poética de Dostoievski, Trad. Paulo Bezerra, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2008 2009 Brait, Beth (org),” Bakhtin e o Círculo”, São Paulo, Ed. Contexto, Brait, Beth (org),” Bakhtin, dialogismo e construção do sentido, São Paulo, Editora Unicamp, 2005 Bucci, Eugênio, A imprensa e o dever da Liberdade, São Paulo, Ed. Contexto, 2009 Canclini, Nestor Garcia, Culturas Híbridas: Estratégias para entrar e sair da Modernidade, Trad. Heloisa Pezza Cintrão, Ana Regina Lessa, São Paulo, Editora USP 2008 Canela, Guilherme (org), Políticas públicas e os desafios para o jornalismo, realização ANDI, São Paulo, Editora Cortez, 2008 Chauí, Marelena, Simulacro e poder, uma análise da mídia. Ed. Fund. Perseu Abramo, 2006 Chaparro, Manuel Carlos, Pragmática do Jornalismo:buscas práticas para uma teoria da ação jornalística, São Paulo, Sammus 2007 Charlot, Bernard, “Os jovens e o saber, perspectivas mundiais”, Porto Alegre, Artmed Editora, 2001 Hernandes, Nilton, A mídia e seus truques, o que o jornal, revista, TV, rádio e internet fazem para captar e manter a atenção do público, Contexto, 2006 Kovach,Bill e Rosentiel,tom. “Os elementos do jornalismo”,São Paulo, Geração Editorial,2004 Kucinski, Bernardo, “Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética.”, São Paulo, Ed. Fund. Perseu Abramo, Ed. UNESP, 2005 Lima, Venício A. de, “Mídia, teoria e política, São Paulo, Ed. Fund. Perseu Abramo, 2001 Marcondes Filho, Ciro. “Comunicação e jornalismo - a saga dos cães perdidos”, São Paulo, Hacker, 2000. Medina, Cremilda, A arte de tecer o presente:narrativa e cotidiano, São Paulo, Summus,2003 Medina, Cremilda, Notícia: Um produto a venda:jornalismo na sociedade urbana industrial. São Paulo, Alfa Omega, 1978 Noblat, Ricardo, A arte de fazer um jornal diário, São Paulo, Contexto, 2003 Orofino, Maria Isabel, “Mídias e mediação escolar: pedagogia dos meios, participação e visibilidade.” São Paulo, Cortez, Inst. Paulo Freire, 2005 Penteado, Heloisa Dupas, “ Comunicação Escolar, uma metodologia de ensino,Ed. Salesiana, 2002 Ponzio, Augusto, A revolução Bakhtiniana, o pensamento de Bakhtin e a ideologia contemporânea, São Paulo, Contexto, 2008 Ribeiro, José Hamilton. “Repórter do Século: as sete reportagens que ganharam Prêmio Esso e a mais famosa; Viatnã. São Paulo, Geração editorial,2006. Coleção Vida de repórter. Santaella, Lucia, Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado, São Paulo, Hacker Editores, 2001 Sodré, Nelson Werneck. A História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 1999. Wolfe, Tom, Radical Chique e o Novo Jornalismo, São Paulo, Cia. Das Letras, 2005 ANEXO 1 – Análises de conteúdo dos números 56, 57, 58, 59, 60 e 61 da Revista Viração. Análise de conteúdo – Revista Viração 56 – 1)Dados. Nome da Revista: Viração Sub título: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 56 Outubro de 2009 CAPA 1 J0VEM RESPONSA –Para ganhar autonomia e ajudar em casa, tem gente que começa a trabalhar cedo. Conheça os dois lados dessa história. o Foto de uma adolescente com balão de pensamento de suas obrigações como contas, casa, escola, supermercado, consumo, cartão de crédito o 1 chamada com foto – Nova lei de adoção – Legislação busca evitar abandono e facilitar adoção o 1 chamada com foto – GALERA REPÓRTER – Cineasta Joel Zito declara: “ Maior parte das mulheres no turismo sexual são afrodescendentes” o Fundo em amarelo com palavras que faz parte do universo das responsabilidades dos adolescentes PÁGINA 2 VEJA QUEM FAZ A VIRA PELO BRASIL Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. REPRESENTATIVIDADE NO PAÍS – CADA INSTITUIÇÃO PERTENCE A UM ESTADO DIFERENTE PÁGINA 3 EDITORIAL: Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete; NOVA FASE, NOVOS DESAFIOS. Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Renascimento da Vira nesse semestre, pois desligou-se da Associação de Apoio à Meninas e Meninos da Região Sé, depois de 7 anos Tornou-se ONG Nova autonomia da Vira tem tudo a ver com reportagem de capa Alerta para não se aproveitarem do trabalho de adolescentes Aproveite para conhecer seus direitos e histórias de que “já pega no batente” Nova lei de adoção que começa a vigorar em nov/2009 Em mês da criança, é legal que nova legislação busca evitar abandono. QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 24 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos 24 Estados contribuintes e parceiros da revista. O incentivo a participação é constante. Assinatura e MTB do Coord. Executivo da Vira Paulo Pereira de Lima Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração PÁGINA 4 - MAPA DA MINA Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA (ORDEM DAS SEÇÕES NA REVISTA NÃO SÃO FIXAS): Manda Vê ECA Que estilo cola Galera Repórter Rango da Terrinha Que Figura Fazedores de vídeo No Escurinho Sexo e Saúde Parada Social Rap Dez Novamente a nomeação de cada seção trás não só uma linguagem coloquial e até mesmo de gíria proporcionando uma aproximação com leitor, mas também apresenta os principais assuntos tratados rotineiramente na revista sendo eles respectivamente; Seção de participação, autonomia e protagonismo pleno da revista. O tema tratado em cada fascículo é debatido por adolescentes e jovens de todo o Brasil Questões sobre o ECA – direitos e leis sobre as crianças e adolescentes Comportamentos dos adolescentes Entrevistas pontuais Comidas típicas de várias regiões do Brasil História de personalidades importantes na História Social Imagens/VÍDEOS adquiridas por jovens Cinema e cultura jovem em geral Dúvidas e informações sobre sexualidade Movimentos e acontecimentos sociais Quadrinhos sobre temas sociais e saúde Além das seções fixas da revista num índice por página, em blocos com os títulos conta de chamada breve resumo dasde reportagens da revista com número da da A página aindaecom um quando expediente com todos os dados página. revista intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 – FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. Elogios e comentários de leitores e parceiros sobre matérias de edições anteriores - OPS! ERRAMOS – BOX - Pisamos na bola na reportagem de capa da edição de agosto(54) sobre o toque de recolher. O crédito não foi publicado. Foi mal - PONTO G – QUESTÃO DE GÊNERO Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freire na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Pró-menino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PÁGINA 6 E 7 MANDA VÊ AUTORES: 1 Virajovem do Recife (PE); 2 do Virajovem Goiânia (GO); 5 do Virajovem Acre (AC)* TEMA – EXISTE NAMORO À DISTÂNCIA? ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado às declarações dos jovens. Cita as novas tecnologias e assim o aumento dos relacionamentos a distância. Questiona se contato físico não faz falta. As opiniões variam sendo algumas delas, Relação virtual pode ser frustrante Saudável Virtual pode ser bom se não demorar para se ver pessoalmente Pode-se encontrar pessoas interessantes na rede Namoro virtual pode criar sentimento concreto e relacionamento de confiança Perfeitamente possível Não tão intensa quanto presencial Pode existir bom relacionamento, dependendo do envolvimento e sinceridade DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: São 07 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. São 1 de São Paulo, 4 de Rio Branco, 1 de Recife e 1 de Goiânia BOX – PARA LER NO BUSÃO Indicação de livro “Amor na Internet, quando o virtual cai na real” Alice Sampaio – Ed. Record. Discrição de como a jornalista escreveu o livro, que cotem 18 histórias, depoimentos de especialistas, além de dicas para aqueles que procuram namorados na rede. BOX – FAZ PARTE Global Market Insite – pesquisou o comportamento de homens e mulheres de 18 paises que se relacionam virtualmente e apurou que brasileiros são os que mais buscam a rede para relações casuais com intenção sexual na net. Outros dados da pesquisa.... PÁGINAS 8 E 9 MANCHETE: AIDS E DEFICIÊNCIA: QUE RELAÇÃO É ESSA? LINHA: Evento em João Pessoa (PB) reúne movimentos para aprofundar discussão sobre sexualidade, juventude e diversidade. AUTORES: 5 Virajovens de João Pessoa e 1 Redação MATÉRIA: Demandas dos movimentos sobre aids e deficiência vêm se juntando Devido ao aprofundamento das discussões sobre sexualidade na deficiência e deficiências conseqüentes da aids Seminário Aids e Deficiência em João Pessoa – agt/2009 Vira presente para facilitar a comunicação Cita instituições organizadoras do evento Discussão sobre: políticas de saúde, jovens, sexualidade, Resiliência, Articulação e prevenção. BOX – EM DEBATE Bate-bola entre jovens sobre tema do Seminário – cita todos os jovens participantes e devidas instituições que fazem parte o Ensino de libras o Ocupação dos espaços de aprovação de legislação o Organização de eventos como esse seminário o Papel d família na questão de sexualidade o Participação e direitos BOX TÁ NA MÃO - 7 ENDEREÇOS ELETRÔNICOS DAS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS NO EVENTO DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Matéria de 2 pgs. Manchete e linha diferentes 4 ilustrações distribuídas pelo texto 1 foto do encontro dos jovens CONCLUSÃO: Matéria sobre seminário discutindo aids, deficiência e seus direitos e participação e inclusão social PÁGINA 10 DE OLHO NO ECA MANCHTE: LINHA: ECA na Escola: que papo é esse? AUTOR: Equipe do Portal Pro-menino * (asterisco explica parceria no fim da matéria) MATÉRIA: Preconceito com ECA –“ protege infratores” o Desinformação Lei n.o.11.525, da senadora Patrícia Saboya (PDT/CE) – inclusão obrigatório do ECA nas grades curriculares das escolas o Aprendizagem e prática o Direito corresponde a um dever o CT e Escola devem ser uma dupla BOX TÁ NA MÃO – WWW.PROMENINO.ORG.BR Diagramação e projeto gráfico Logo da seção Ilustração de adolescentes PÁGINA 11 MANCHETE: PATRIMÔNIO NA TELA LINHA: Plugados, jovens do município de Sabará (MG) participam de oficinas de audiovisual, fotografia e animação para aprenderem e disseminarem a História e a cultura do Município AUTORES: 1 Virajovem Sabará (MG)* Fotos: equipe Virajovem MATÉRIA: Aulas interativas no bairro de General Carneiros, periferia de Sabará – MG Projeto Memória Emotiva: olhares sobre o Patrimônio, iniciativa da Associação Faça uma Família Sorrir (AFFAS) em parceria com prefeitura. Educação patrimonial através de tecnologias Mudança de olhar – até a avelã tem lugares bonitos – sem preconceitos e discriminação BOX – JULGAMENTO E CONSCIÊNCIA PATRIMONIAL AULAS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL BOX – TÁ NA MÃO www.olharesobrepatrimonio.blogspot.com – para saber mais do projeto DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. MANCHETE DENTRE DE tv Linha em destaque 2 fotos das atividades com legenda Fundo verde PÁGINAS 12 E 13 QUE ESTILO COLA MANCHETE: PORCOS SÃO AMIGOS NÃO COMIDA LINHA: Já imaginou não comer nada de origem animal? Impossível? Não para os Vegans, ou Veganos, que, por muito respeito aos animais, não consomem produtos como carne, ovos, laticínios, leite, couro e lã. AUTORES: 1 Virajovem Recife, 2 da Redação MATÉRIA: ESPECISMO - termo co Box explicando a origem – inglês na dec. 70 que definiu como discriminação de outras espécies Histórico do mov. Vegan 28% de brás. Tem comido menos carne – Insights Beyond Statistics Portal vegetarianismo.com. br Veganos.org – essência da filosofia do veganismo Fiscalização anti-animal não é só na comida Crítica de nutricionista – expostos a colesterol tbém (massas e doces) Demonstram força política – PL – 01/2009 – obrigar aparecer no rótulo de produtos se origem animal. Também fazem mobilização pela internet RELATO DE VEGANO Box – para saber mais – Tipos de alimentação do vegetariano e vegano BOS – TÁ NA MÃO – End. Eletrônicos de vídeos e sites veganos e vegetarianos. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete diferente e ocupando as 2 pags. Linha com fundo diferente Ilustração de rosto feito com vegetais e de porco Foto de balcão de restaurante com produtos veganos Tarja no topo indicando seção Fundo verde quadriculado PÁGINAS 14 E 15 MANCHETE: PAIS DE CORAÇÃO LINHA: Lei Nacional de adoção limita tempo que crianças podem ficar em abrigos. Pessoas com mais de 18 anos de qualquer estado civil poderão adotar AUTORES: 2 Virajovem Lavras (MG), 1 Virajovem Curitiba (PR) MATÉRIA: LEI VIGORA EM NOVEMBRO 2009 Aceleração no processo de adoção – bom para crianças abrigadas 80 mil cças em abrigos no país e 3 mil em condições de ser adotada Dados do ministros Patrus Ananais, Desenvolvimento Social INTERTÍTULO – MÃE DE 25 Historia de Mirandolina, Lavras, mantém uma casa-abrigo há 40 anos INTERTÍTULO – ADOTADA POR UMA CRIANÇA o História de Rossana que preferiu adotar a ter um filho e sua dificuldade pra isso BOX – E O ECAC COM ISSO – Nova lei baseada no ECA, cça é sujeito de direitos e com proteção integral BOX – O QUE ESTABELECE A NOVA LEI 6 tópicos de Especificações da lei BOX TÁ NA MÃO – Mude seu destino (Campanha da AMB em favor da adoção consciente) – end. Elet. DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRÁFICO Manchete e linha diferenciadas 2 fotos – de uma cça brincando e da mãe que adotou citada na matéria Papel com desenho de criança da família CONCLUSÃO: Matéria esclarecedora e informativa sobre a nova lei de adoção PÁGINAS 16 E 17 GALERA REPÓRTER MANCHETE: CONTO DE FADAS? LINHA: Em entrevista à Vira, o cineasta Joel Zito Araújo, fala sobre seu documentário mais recente. Cinderela, lobos e um príncipe encantado, sobre o turismo sexual no Brasil: “80% das meninas e meninos explorados são afrodescendentes”, revela. AUTORES: 2 DO Virajovem do Rio de Janeiro MATÉRIA: Documentário apresenta diversas dimensões do turismo sexual Diretor faz filmes complexos para público pensar Entrevista o Cinderelas – mulheres que vêem o turismo sexual como maneira de encontrar um homem que irá tira-la da miséria e conquista de autoestima o Exposição à violência e tráfico de seres humanos o Cita campanha federal contra exploração sexual de criança e adolescente LINHA DO TEMPO - 4 FILMES de Joel com foto da Capa e pequena sinopse (1997,2000,2005 e 2009) DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete e linha diferentes Linha do tempo Foto do cineasta Fundo azul e verde colorido CONCLUSÃO: matéria de entretenimento mas com tema forte e importante a ser discutido PÁGINA 18,19, 20 E 21 CAPA MANCHETE: JOVEM RESPONSA LINHA:: Veja o exemplo de Bia, Elis, José e de uma galera caom mais de 16 anos que começou cedo no batente. AUTORES: 1 virajovem Lavras (MG); 1 Virajovem Maceió (AL); 3 da Redação MATÉRIA: HISTÓRICO DE ADOLESCENTES E JOVENS QUE TRABALHAM Realidade de grande parte de adolescentes trabalhadores não é tão doce. Além do fantasma do desemprego que assola jovens de 15 a 24 anos de acordo com OIT Muitos largam estudos pelo trabalho Relatório 2005 OIT – desemprego juvenil no mundo aumentou 11,7% Lembra da proibição do trabalho para menores de 14 anos, a não ser como Aprendiz – lei 10.097/2000 Prática de trabalho informal entre adolescentes menores de 14 Dados do Relatório Jovens e Trabalho no Brasil – Desigualdade e desafios para as políticas públicas (2008) – Inst. Ibi e Ação Educativa Adolescente arrimo de família BOX – PARA GANHAR RESPONSABILIDADE TEXTO AUTORAL DE Ana Beatriz de Lavras-MG. BOX TÁ NA MÃO Relatório Jovens e Trabalho no Brasil – autores, instituições envolvidas e endereço eletrônico de acesso. Relatório Trabalho Decente e Juventude no Brasil– autores, instituições envolvidas e endereço eletrônico de acesso DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete e linha diferenciadas 3 fotos dos adolescntes e jovem citados na matéria com balão de pensamento e figuras indicando responsabilidades Tarja vermelha indicando seção Fundo branco com palavras claras e leves de fundo citando obrigações dos adolescentes CONCLUSÃO: Matéria informativa e educativa. Oferece exemplos de adolescentes que trabalham e estudam tanto no âmbito rural como urbano. Dicas e precauções também presentes além de dados de estudos e relatórios no Brasil e no Mundo. PÁGINAS 22 E 23 ESCUTA SOH MANCHETE: SEM CEP E SEM PROTEÇÃO LINHA: Falta de proteção aos jovens sem moradia os deixam mais expostos às doenças sexualmente transmissíveis e HIV/aids AUTOR: 1 Escuta Soh Matéria: Sensação de liberdade relatada por jovens em situação de rua traz preocupação na Saúde – maior exposição a doenças como tuberculose e HIV/aids, além de gravidez não planejada. Declaração de jovens do RJ Poucos estudos sobre soropositivos em situação de rua Declaração de educadora Sem acesso a educação e informações Direito à saúde está no ECA e Constituição Agt/2009 – Vira e Unicef – no RJ – Jornada, crianças, Jovens, Rua e Aids – construção de metodologia social para prevenção da aids para público em situação de rua Jovens presentes Cita instituições realizadoras do evento DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete e linha diferenciados Logo Escuta Soh Fundo em cinza e desenhos de rua, prédios 3 fotos dos adolescentes em situação de rua em atividades durante o evento CONCLUSÃO: Chama atenção não só para questão de saúde mas também social na problemática de jovens em situação de rua PÁGINA 24 MANCHETE: UMA LUZ EM CABO VERDE LINHA: Durante o IV Encontro Etnicidades Brasil, em Alagoas, o embaixador do Cabo Verde falou sobre as dificuldades e soluções que o país africano vem encontrando desde sua independência, em 1975 AUTOR: VIrajovem Maceió (AL)* MATÉRIA: Debate sobre questões de gênero, raça e religiosidade Necessidade do desenvolvimento do capital humano em Cabo Verde Investiu no próprio país para melhorar – escolas e educação – cai o índice de analfabetismo Virou nação exemplo na África DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete e linha diferenciadas Foto das celebridades do encontro Fundo em laranja da página PÁGINA 25 MANCHETE: DEMOCRATIZANDO TUDO LINHA: Direito à comunicação é de todos. Você está exercitando o seu? AUTORES: 1 virajovem Salvador (BA)* FOTOS: 1Viravovem Brasília MATÉRIA: 17 DE Outubro – Dia Nacional pela Democratização da Comunicação Declaração do UNICEF Bahia – “direito a comunicação é igual a qualquer outro” Mobilização da Rede de Adolescentes e Jovens Comunicadores e Comunicadoras nesse dia Não só receber mas produzir e veicular conteúdos DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas 3 fotos de atividades comunicativas entre jovens com a legenda “ Arte e texto são formas de fazer valer o direito à Comunicação” PÁGINAS 26 E 27 MANCHETE: SEMPRE COM UM SORRISO NO ROSTO LINHA: A apresentadora de televisão inglesa Cat Deeley visita comunidades em São Paulo e se encanta com a alegria dos brasileiros AUTORES: 19 adolescentes comunicadores da PCU MATÉRIA: Conta a visita e especificidades de cada local/comunidade Encontro com jovens educomunicadores na Viração Box – Comissários e pilotos da British Airways marcam presença Encontro com comissários que também acompanharam visitas DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas 4 Fotos dos locais visitados e dos encontros Fundo branco de bolinhas PÁGINA 28 MANCHETE: VIRAÇÃO AGORA É ONG LINHA: Projeto de educomunicação iniciado em 2003 já atingiu cerca de 6 milhões de jovens pelo Brasil AUTOR: Redação MATÉRIA: Depois de 6 anos como projeto da AAMMS, em 31 de agosto de 2009 a Viração torna-se ONG Estatuto com contribuição de parceiros Juventude representada no Conselho Executivo Juliana Rocha Barroso, idealizadora com Paulo Lima e agora presidente Luciano Souza – primeiro e representante dos Virajovens como PrimeiroSecretário Acessos a certificados sociais junto a secretarias e ministérios Lílian Romão e paulo Lima – diretores Educomunicação na revista – diferenciadas práticas educativas que utilizam a produção de comunicação como processo formativo de adolescentes e jovens Ismar/NCE presente o “já se abre edital para contratar educomunicadores, admitindo sua existência” DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciados 2 Fotos dos participantes da ONG PÁGINA 29 QUE FIGURA MANCHETE: MODERADO NO DISCURSO E RADICAL NA AÇÃO LINHA: Este era o lema de Dom Luciano Mendes de Almeida, religioso jesuíta e bispo católico que lutou até o fim da vida pelos direitos das crianças e adolescentes. AUTOR: CLM, do Centro de Referência da Criança e do Adolescente Casa Dom Luciano e coordenadora da casa MATÉRIA: HISTÓRICO Fundou em 77 a Pastoral do Menor Ilustração do Bispo PÁGINA 30 RANGO DA TERRINHA MANCHETE: O SABOR DO PANTANAL LINHA: Como fazer arroz carreteiro AUTOR: 2 DO Virajovem campo Grande (MS) Matéria: Histórico do prato popular do Mato Grosso do Sul Ingredientes modo de preparo DIAG. E PROJ. GRAF manchete diferenciada fundo quadriculado em azul e branco imitando toalha tarja no topo indicando a seção 2 fotos do preparo e do prato PÁGINA 31 NO ESCURINHO MANCHETE: O GRITO DA PERIFERIA AUTOR: IDEM Matéria: Movimento de cineastas italianos em 60 preocupados com a miséria de parte da pop. E fluxo de migração do sul para o norte industrializado Filme – Rocco e seus irmãos de Luchino Visconti Novo Mundo, 2006 Brasil com cinema Novo – Viramundo,1968 Estômago, 2007, de Marcos Jorge O Homem que virou suco, 1980 – sai em DVD – pequena sinopse. DIAG. E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciada Fotos dos filmes em forma de película de cinema PÁGINA 32 TODOS OS SONS MANCHETE: O REPENTE QUE SURGE DO CERRADO LINHA: “O rapper é aquele que faz apenas rap. Não sou rapper porque não faço apenas rap, faço repente”, afirma Rapadura AUTOR: Virajovem Brasília (DF)* MATÉRIA: Brasília – capital da diversidade cultural Cearense MC Rapadura chegou no DF em 97 e conheceu o repente – rap com embolada Faz oficinas nas periferias ‘Mc de verdade não apenas canta, ele age. O MC é porta voz do seu povo e da cultura.” BOX TÁ NA MÃO Ouça o Mc Rapadura – www.myspace.com/rapadura DIAGRAMAÇÃO E PROJ GRAF Manchete e linha diferenciadas Foto torta do rapper Fundo colorido em tons de roxo e amarelo PAGIANA 33 SEXO E SAÚDE Linha introdutória: Ejacular na perna pode engravidar? Esta e outras perguntas da galera de Boa Vista(RR) foram respondidas pelo ginecologista Carlos Eduardo Badilla Arevalo. Confira 4 perguntas e respostas sobre sexualidade DIAGRAMAÇÃO E P. G. MATÉRIA EM 2/3 DA PÁGINA PARA 1/3 PARA O CUPON DE ASSINANTES Ilustração de casal e ela grávida PÁGINA 34 PARADA SOCIAL MANCHETE: 350 – PARA TRANSFORMAR O PLANETA LINHA: Campanha 350.org busca inspirar o mundo e líderes governamentais para o desafio das mudanças climáticas MATÉRIA: Campanha idealizada por ativistas e voluntários Conta com mais de 200 organizações 350ppm – limite máximo de segurança para CO2 Cita COP 15 Internet – ferramenta importante Para participar basta acessar plataforma na rede BOX TÁ NA MÃO – www.350.org/pt DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. MATÉRIA EM 2/3 DA PÁG. PARA I/3 TER O CUPOM Tarja no topo indicando seção Foto de movimento nas ruas PAGINA 35 RAP DEZ – PRECONCEITO EU NÃO ACEITO Por Marcio HQ em 6 vinhetas recriminando toda forma de preconceito. – “diversidade é o maior barato” PÁGINA 36 Chamada para VOZ DO ADOLESCENTE. Com logo do projeto que tem apoio do IIDAC e UNICEF. Com endereço eletrônico para acessar e linha direta 0800. A frase “ promovendo participação cidadã dos adolescentes brasileiros. Análise de conteúdo – Revista Viração 57 – EDIÇÃO ESPECIAL 1)Dados. Nome da Revista: Viração Subtítulo: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 57 – EDIÇÃO ESPECIAL Novembro de 2009 Edição sobre analfabetismo juvenil CAPA 1 CAPA EM BRANCO – Apenas com o nome da revista e subtítulo. No rodapé a mensagem, “ Falta alguma coisa? Essa é a realidade de 14 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever No canto no final da página – EDIÇÃO ESPECIAL – ANALFABETISMO JUVENIL, em box vermelho PÁGINA 2 VEJA QUEM FAZ A VIRA PELO BRASIL Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. REPRESENTATIVIDADE NO PAÍS – CADA INSTITUIÇÃO PERTENCE A UM ESTADO DIFERENTE PÁGINA 3 EDITORIAL: Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete; SEM TEMPO A PERDER Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Demonstração de tristeza em o Brasil ainda não ter extinto o analfabetismo, tanto jovem como adulto. Pesquisas recentes confirmam sua existência Especial com apoio do Inst. Paulo Freire Assunto a ser discutido por toda sociedade e prioritariamente pela juventude Reportagens da edição acompanham as múltiplas faces do analfabetismo respeitando a realidade das pessoas que fazem parte dessa estatística Tais como adolescentes em conflito com a lei, das comunidades tradicionais e deficientes, sem esquecer a especificidade de cada um Inclui também a educação fora da escola com matéria s sobre bibliotecas públicas com acesso à internet, jornais gratuitos e dicas de como fazer um jornal mural Espera um dia não precisar fazer uma edição especial sobre esse tema QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 24 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos 24 Estados contribuintes e parceiros da revista. O incentivo a participação é constante. Assinatura e MTB do Coord. Executivo da Vira Paulo Pereira de Lima Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São Paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração PÁGINA 4 - MAPA DA MINA Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA (ORDEM DAS SEÇÕES NA REVISTA NÃO SÃO FIXAS): Manda Vê Galera Repórter ECA Que Figura A página conta ainda com um quando de expediente com todos os dados da revista intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 – FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. Elogios de leitores e parceiros sobre matérias de edições anteriores PONTO G – QUESTÃO DE GÊNERO Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freire na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Pró-menino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PÁGINA 6 E 7 MANDA VÊ AUTORES: 3 do Virajovem Vitória (ES)*, 1 do virajovem Florianópolis (SC)*, 3 adolescentes comunicadores da PCU TEMA – COMO GARANTIR A PERMANÊNCIA DO ADOLESCENTE NA ESCOLA? ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado às declarações dos jovens. Dados do MEC/Inep – alto índice de abandono escolar Quanto mais cresce o adolescente maior é sua reprovação e consequentemente, abandona Vários fatores contribuem, sendo algum deles: pobreza, discriminação, falta de acesso, gravidez na adolescência DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: São 09 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. São 5 de São Paulo, 3 do Espírito Santo, e 1 de Minas Gerais Posicionamento geral ; cada um tem sua especificidade para responder a questão colocada, sendo algumas opiniões; o Aulas mais dinâmicas e divertidas/iniciativas dos adolescentes dentro da escola/aulas mais interessantes/mudar forma de passar o conteúdo na escola e salário do professor/atualização e valorização do conhecimento/trabalho voluntário/contextualização/jovem não como espectador mas como parte do processo/incentivo BOX – PARA LER NO BUSÃO Indicação de livro “ Comédias para se ler na escola” de Luiz Fernando Veríssimo – despertar o prazer pela leitura BOX – NÃO É DE HOJE Histórico da escola da ponte, surgida nos anos 70 em Portugal. Idealizado por José Pacheco, e respeita as características individuais de cada estudante. Para saber mais acesse: www.tinyurl.com/yg3fbj3 PÁGINAS 8 E 9 GALERA REPÓRTER MANCHETE: ERRADICAR É DIFÍCIL LINHA: Coordenador do Programa Brasil Alfabetizado afirma que a meta é reduzir analfabetismo em 50% até 2015 AUTORES: 2 do Virajovem Brasília (DF)* MATÉRIA: INCORPORAR EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A EDUCAÇÃO BÁSICA Perguntas e respostas: o Fortalecer redes públicas estaduais e municipais para incorporação o Entrada a educação de jovens ao Fundeb o Criação da Comissão Estadual de Alfabetização e a Educação de jovens e adultos o 14 mi de analf. = 10% da pop. Brasileira – devido a dificuldade de acesso a escola – exclusão o Diminuiu índice de analfabetismo juvenil o Principalmente no nordeste, onde houve mais investimento gog. Atenção na preparação dos professores para educar jovens e adultos Capacitação Não trabalha na perspectiva de erradicação do analfabetismo devida a tamanha dificuldade Necessidade de escola atraente e que acolha as demandas culturais locais Em breve BR chegará ao patamar do Peru 2015 – chegar nos 7% Garantia do direito de estudar o quanto quiser e o que quiser (técnico ou superior), mas a decisão é do jovem DIAGRAMAÇÃO E P.G. Manchete e linha idem Logo da seção Linha do tempo mostrando índice de analfabetismo em 1950 e 2000 em vários países (África, Ásia, América Latina e Caribe e Outras Regiões 1 foto do coordenador CONCLUSÃO: Entrevista bem preparada com pesquisa de dados dando suporte para a entrevista. Linha do tempo dá uma noção mundial do problema de analfabetismo. PÁGINAS 10 E 11 MANCHETE: RESPEITO E TRADIÇÃO LINHA: Apesar das dificuldades, algumas comunidades tradicionais vêm conseguindo driblar o analfabetismo e, de quebra, valorizar suas culturas. AUTORES:Colaboradora e Redação MATÉRIA: Educação pública é ainda mais difícil em comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhas e caiçaras) e zona rural Doc. Panorama da Educação no Cmpo/Inep 2007 o Índice da pop. Rural é metade da urbana Comunidade caiçara em Picinguaba/Ubatuba-SP tenta contornar dificuldade – longe da escola o Tenta inserir a realidade no contexto escolar Aldeia Bakairi – Piratininga – MT – escola indígena conquistada através da mobilização da comunidade. Todos os professores índios. BOX – PARA SABER MAIS – Explicação da origem tupi da palavra CAIÇARA. DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete e linha diferenciados Foto de meia página de jovem caiçara na praia Fundo laranja Foto de adolescente citada na matéria com legenda Foto de classe bakairi citada na matéria Box para saber mais traz pontilhado até palavra utilizada no texto CONCLUSÃO – Matéria sobre a educação de minorias Páginas 12 e 13 MANCHETE: LIBERDADE PARA APRENDER LINHA: Escolaridade baixa e problemas de alfabetização são comuns entre adolescentes em conflito com a lei Autores: Virajovem Curitiba e 2 da Redação FOTOS: Eliel Nascimento MATÉRIA: Declaração de interno, 15 com nomes trocados para proteção – alfabetizado há 1 ano na Fund, Casa. Ipea 2003 – 51% dos adolescentes em privação de liberdade não freqüentavam escola no memento do ato infracional e 6% são analfabetos Estudo continua na internação ligada a escolas públicas da região Dois projetos do PR, um gov. e outro não gov. desenvolvem formas diferentes de aprendizado e alfabetização, utilizando habilidade dos próprios jovens e adolescentes Que cumprem medida sócio educativa BOX – NOVA CHANCE Depoimento de um interno de Curitiba SOM DA CASA Rap feito por um interno de Curitiba DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete e linha diferenciados 3 fotos de adolescentes internos em aula e atividades SEM MOSTRAR O ROSTO Páginas 14 e 15 MANCHETE: HISTÓRIAS DE CIDADANIA LINHA: Dois jovens, duas trajetórias de aprendizado, objetivos de vida e perseverança. Um é Diogo, de 18 anos, de Maceió, que busca a independência e não quer parar de estudar. A outra é Letícia, paulistana de 16 anos, que luta para concretizar o sonho de aprender a ler e escrever AUTORES: 2 do Virajovem Maceió e 3 da Redação MATÉRIA: Histórico de vida de Diogo, 18, em Maceió. Histórico de Letícia (nome fictício para proteção) que mora em abrigo em São Paulo. Na terceira, luta pela alfabetização. Termina com entrevista bate-bola com Letícia DIAGRAMAÇÃO E PJ. GRAF. Cada história é escrita sobre uma folha de caderno espiral arrancada Foto do primeiro protagonista Poema de segunda protagonista + foto da frente do abrigo PÁGINAS 16 E 17 MANCHETE: ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA LINHA: Um veículo de comunicação eficiente, coletivo e criativo, o jornal mural pode ser alternativa para uma escola melhor. AUTORES: 3 DA EQUIPE Jornal Mural MATÉRIA: Abre criticando o sistema escolar atual – modelo ultrapassado, sem interação, organização hierárquica Tecnologia passa a fazer parte Deve criar diálogo entre diferentes atores da escola Projeto Jornal mural na Escola organizou o 1.o. Fórum sobre analfabetismo Juvenil o Projeto realizado na Viração desde 2007 o Capacitaram 160 escolas da rede pública o Veículo democrático e colaborativo Dicas de como fazer um jornal mural BOX TÁ NA MÃO – endereço eletrônico para textos na íntegra sobre Jornal Mural DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas 2 fotos de alunos confeccionando seu jornal mural Matéria com 2 intertítulos e um Depoimento de aluna Texto distribuído em 6 recortes de papeis diferentes presos com pins sobre um quadro de cortiça ao fundo CONCLUSÃO: Matéria bastante prática e educativa ensinando uma nova forma de comunicação e transformação na escola. PÁGINAS 18, 19, 20, 21 CAPA MANCHETE: DESTINOS REESCRITOS LINHA: Enquanto você lê essa reportagem, muitos adolescentes e jovens não conseguem compreender um texto simples ou escrever um bilhete. São Marias, Julianas, Pedros e Felipes que, diariamente, enfrentam o analfabetismo. Mas dá para reescrever essa história com criatividade e solidariedade. AUTORES: 4 DO Virajovem Belém; 2 do Virajovem São Paulo; 1 do Virajovem Goiânia MATÉRIA: Pnad 2009 – 14,2 mi de jovens de 15 ou mais analfabetos – 10% da população Br não garante um direito básico da constituinte – educação Relatória da UNICEF – O Direito de Aprender – Potencializar Avanços e reduzir desigualdades Secad – responsável pela alfabetização e educação o Eja –educ. de jovens e adultos – programa de alfabetização Pequenas iniciativas podem fazer a diferença o Caso de uma jovem em GO que ensinou sua empregada a ler e escrever o CIEJA – em São Paulo- alfabetização de jovens e adultos – projeto da Ação Educativa, Casa do Zezinho em parceria com a Prefeitura Jovem do tráfico se alfabetiza e deixa a vida marginal BOX – TIPOS DE ANALFABETISMO Definição da UNESCO e MEC – absoluto e funcional (estudo concluído até 4.a. série, mas sem habilidade de leitura e escrita) BOX – PROFESSORA, AGORA CONSIGO LER A BÍBLIA Texto de uma Virajovem de Goiânia, estudante de letras e educadora maravilhada com o trabalho de alfabetização BOX – A ESCOLA IDEAL Texto de educador do Grupo Cultural Entreface – MG Troca e compreensão de educadores e educandos DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete com letras formada pela ligação dos pontos Linha com fundo em Destaque 2 intertítulos Matéria em tons de cinza e fundo branco Tarja preta indicando seção 3 ilustrações remetendo a incorporação do universo das letras – pontos que se ligam e formam letras formando e preenchendo a pessoa Matéria abre informando que para saber o objetivo da matéria é só o leitor ligar os pontos dentro de cubos no topo das páginas seguinte – forma-se a palavra ALFABETIZAÇÃO . Interatividade com o leitor CONCLUSÃO: Matéria denunciadora da alfabetização baseado com dados concretos de instituições nacionais e internacionais. Discrição de casos específicos também personaliza e pessoaliza a matéria. PÁGINAS 22 E 23 MANCHETE: BRASIL QUE ARREGAÇA AS MANGAS LINHA: Inúmeras foram as tentativas de combate e erradicação pelo governo ao longo das décadas. No entanto, a história dessas políticas de educação de jovens e adultos brasileiros é marcada por iniciativas da sociedade civil. AUTORES: Uma Virajovem de Salvador e 1 da Redação MATÉRIA: Abre com dados da pesquisa do Pnad/IBGE Aponta efetividade maior de ONGs e projetos pessoais de alfabetização o Programa Nacional prioriza Nordeste – PBA – Prog. Brasil Alfabetizado, desde 2003 – Alfabetizadores recebe 250 reais – grande crítica. o Alfabetização Solidária – desde 96, já atendeu 5,5 mi – parceira da unesco desde 2005 o Todos pela Educação – sociedade civil, empresas e governo o Paulo Freire – Mova – metodologia própria – hoje em 10 Estados BOX – TÁ NA MÃO www.paulofreire.org/programas/movabrasil www.todospelaeducação.org.br www.alfabetizacao.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas Fundo branco com bandeira do Brasil 3 fotos dos projetos citados na matéria CONCLUSÃO – História sobre a luta contra o analfabetismo no Brasil PAGINA 24 MANCHETE: LEVE, LEIA E PAGUE NADA LINHA: Jornais diários distribuídos em grandes centros podem ajudar a população a criar o hábito de ler e buscar informações AUTORES: 2 do Virajovem Rio de Janeiro e 1 da Redação MATÉRIA: Gratuidade incentiva leitura Notícias reduzidas servem de incentivo para aprofundamento Comunidades populares também têm jornal gratuito DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas Ilustração de jornaleiro 2 fotos de 2 jornais gratuitos sem mostrar o nome PÁGINA 25 MANCHETE: UM MAR DE CONHECIMENTO LINHA: Para incentivar a leitura, a prefeitura de Curitiba (PR) criou a 15 anos os Faróis do Saber, bibliotecas comunitárias com acesso a internet, contação de histórias e livros em braile. AUTORES: 1 Virajovem de Curitiba (PR) MATÉRIA: Instaladas em escolas municipais e locais públicos Obj. de diversificar as oportunidade de acesso ao conhecimento e expandir a educação formal BOX – DESIGUALDADE BR – 4 mil bibliotecas públicas – 15 mil seria o necessário segundo especialistas Relatórios Indicadores Básicos da Cidade de São Paulo 2009 – Nossa São Paulo – alem de poucas em SP os acervos são inadequados o Periferia tem pouco acesso - nenhum livro disponível para o público de 7 a 14 anos o Meta da UNESCO é ter 2 livros para cada pessoa nessa idade DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas Fundo em azul degradê 2 fotos: Farol do Saber e livros na estante de biblioteca PÁGINAS 26 E 27 MANCHETE: EDUCAÇÃO ACESSÍVEL LINHA: Discriminação e falta de informação estão entre os problemas que mais dificultam o acesso de jovens com deficiência à educação de qualidade AUTORES: 1 do Virajovem Salvador; 4 adolescentes comunicadores da PCU MATÉRIA: FALTA DE ACESSIBILIDADE NAS ESCOLAS Exclusão História de deficiente Gilvã Mendes que lançou livro e entrevista com Carla Mauch, especialista em inclusão educacional BOX – MESMAS OPORTUNIDADES Entrevista Carla – coord. Da ONG Mais Diferenças – sobre dificuldades do deficiente no âmbito escolar DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciados Duas fotos do jovem deficiente vencedor citado na matéria a segunda com a legenda, “ A dificuldade tem que nos fazer criativos, pensantes, e não medrosos, murmuradores, porque a dificuldade nos faz crescer.” Fundo como folha pautada com desenhos com caneta bic PAGINA 28 MANCHETE: COM A PALAVRA OS ESTUDANTES LINHA: Adolescentes vão a Brasília acompanhar o Seminário de Políticas Públicas para o Ensino Médio e dialogam com o Ministro da Educação por meio de teatro. AUTORES: adolescentes comunicadores da PCU/SP MATÉRIA: 2009 – Seminário Nacional de Políticas Públicas para o ensino Médio Relato dos próprios adolescentes e 2 BOXES Preparo anterior com Ação Educativa BOX TÁ NA MÃO – www.acoeducativa.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. LINHA E MANCHETE DIFERENCIADOS Fundo branco trabalhado graficamente no topo 1 foto da reunião dos adolescentes PÁGINA 29 MANCHETE: ANALFABETISMO JUVENIL E EXCLUSÃO ESCOLAR LINHA: Mesmo com maior acesso à escola nos centros urbanos, continuamos assistindo um cenário no qual os jovens vivenciam um processo de exclusão escolar na forma de exclusão na escola AUTOR: Monica M. de O. Braga Cukierkorn – pedagoga responsável pela política de formação dos profissionais da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – CASA MATÉRIA: PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS DAS CAMADAS POPULARES que freqüentam as escolas públicas nos grandes centros urbanos Exclusão escolar na forma de exclusão na escola Matéria mais blocada, com muito texto e formato acadêmico. DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferenciadas Nenhuma imagem Página 30 DE OLHO NO ECA MANCHETE: NÃO TEM LINHA: Freqüentar a escola é garantia de aprendizado de leitura e escrita? Equipe Portal Pró-Menino MATÉRIA: Def. de analfabeto BR – oitava posição no ranking de analfabetismo no mundo BOX TÁ NA MÃO – seção de direitos e deveres do Portal Pro-Menino – www.promenino.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Tarla e logo da seção Manchete diferente Ilustração de jovem com caderno aberto e letras caindo PÁGINA 31 QUE FIGURA MANCHETE: O TEATRO COMO TRANSFORMADOR SOCIAL AUTOR: 1 Virajovem Campo Grande (MS)* MATÉRIA: Augusto Boal e o teatro do oprimido Teatro como local de discussão possibilitando a identificação e conscientização do público a respeito das questões abordadas Criado em 1970 Fábrica de teatro Popular - 1986 – linguagem teatral acessível a todo cidadão – Centro do Teatro do Oprimido Publicações e prêmios DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete letra diferente Ilustração do Boal Tarja escura indicando seção Fundo da página laranja de bolinhas PÁGINA 32 NO ESCURINHO MANCHETE: Vá ao cinema, mas também leia Autor: Sérgio Rizzo Fotos: divulgação MATÉRIA: Cinema com a missão de incentivar a leitura Cita alguns films e livros DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. MANCHETE DIFERENTE TARJA DA SEÇÃO FOTOS DE LIVROS QUE VIRARAM FILME PÁGINA 33 FAZEDORES DE VÍDEO MANCHETE: A DESCOBERTA DAS LETRAS LINHA: Vídeo aborda alfabetização de crianças em povoado de forma poética e ganha Prêmio Jovem Comunicador no Maranhão. AUTOR: Redação Matéria: Vídeo Eu já Sei Ler – desenvolvidos por jovens comunicadores da Agência de Comunicação Educativa de Matinha (MA) Ficha técnica do vídeo Sinopse BOX TÁ NA MÃO – MANDE SEU VÍDEO PRA GENTE! END. VIRAÇÃO DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Matéria em 2/3 da página pois 1/3 é para cupom de assinantes Matéria em box com fundo verde Manchete e linha diferentes Foto da protagonista do filme Página 34 PARADA SOCIAL MANCHETE: EDUCAÇÃO É DIREITO LINHA: Campanha Nacional pelo direito a educação completa 10 anos de defesa do direito à educação pública de qualidade no País. Rede é composta por mais de 200 entidades. AUTOR: 1 Virajovem Recife (PE)* MATÉRIA: CONQUISTAS NESSES 10 ANOS DE CAMPANHA: REGULAMENTAÇÃO DO Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da educação (FUNDEB) – agenda oficial com Conferências de Educação Campanha em 21 Estados brasileiros e DF, 19 comitês regionais, 200 grupos no país Vira também é parceira BOX TÁ NA MÃO – CAMPANHA – www.campanhaeducacao.net DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAF. Manchete e linha diferentes Logo da campanha Tarja indicando seção Matéria em 2/3 da pag. 1/3 é o cupom PÁGINA 35 MANCHETE: EXEMPLO BRTASILEIRO LINHA: Para fechar essa edição especial, nada mais apropriado do que dividir com vocês ensinamentos e reflexões de Paulo Freire, um dos maiores educadores que já existiu. AUTORES: 2 DA REDAÇÃO MATÉRIA: 1 parágrafo com histórico do educador Frases com pensamentos e reflexões freirianas BOX TÁ NA MÃO – INST. PAULO FREIRE – www.paulofreire.org DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRAFICO Manchete e linha diferenciados Ilustração de Paulo Freire Frases dispostas “tortas” Página 36 Logo do projeto Mova Brasil – desenvolvimento e cidadania- citação de Paulo Freire e apoiadores do projeto Análise de conteúdo – Revista Viração 58 - 1)Dados. Nome da Revista: Viração Sub título: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 58 Dez de 2009 e Jan/2010 Edição de 2 capas CAPA 1 3 CHAMADAS DE MATÉRIAS o PÉ NA ESTRADA – não é preciso muita grana para conhecer o Brasil e o mundo o MUITO DIÁLOGO – adolescentes realizam fóruns em suas comunidades o PREVENÇÃO NAS RUAS – Juventude informa sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos ESCOLHA POR ONDE COMEÇAR! EDIÇÃO “VIRADA” E COM DUAS CAPAS DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO UM TURISTA FOTOGRAFANDO NUMA ESTRADA E A CHAMADA DA MATÉRIA ESTÁ NUMA PLACA OUTRAS DUAS CHAMADAS COM FOTOS PÁGINA 2 VEJA QUEM FAZ A VIRA PELO BRASIL Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. REPRESENTATIVIDADE NO PAÍS – CADA INSTITUIÇÃO PERTENCE A UM ESTADO DIFERENTE PÁGINA 3 EDITORIAL: Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete; FELIZ, OUSADO E CORAJOSO 2010 Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Inicia falando sobre 2009, um importante ano cheio de mudanças pra Vira e agradecendo leitores Conquistas; centro de democratização digital e uma Redação Livre – libertação de programas proprietários Revista com novo projeto gráfico – processo colaborativo Parcerias consolidadas, articulações políticas se ampliando em nível local, estadual e nacional – 24 Estados e DF – amplo movimento colaborativo Direito humano à comunicação e à Participação – razão de viver como movimento perene Estarmos juntos no mundo realizando um “inédito-viável”, como dizia Paulo Freire – a Viração. Feliz 2010 com mais projetos “inéditos-viáveis” PS: Informa da surpresa das duas capas QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 24 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos 22 Estados contribuintes e parceiros da revista. O incentivo a participação é constante. Assinatura e MTB do Coord. Executivo da Vira Paulo Pereira de Lima Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração PÁGINA 4 - MAPA DA MINA Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA (ORDEM DAS SEÇÕES NA REVISTA NÃO SÃO FIXAS): ECA Imagens que viram Rango da Terrinha No Escurinho Rap Dez Sexo e Saúde Parada Social Galera Repórter Que Figura Manda Vê Novamente a nomeação de cada seção trás não só uma linguagem coloquial e até mesmo de gíria proporcionando uma aproximação com leitor, mas também apresenta os principais assuntos tratados rotineiramente na revista sendo eles respectivamente; Questões sobre o ECA – direitos e leis sobre as crianças e adolescentes Imagens adquiridas por jovens Gastronomia local – cultura, costumes locais através da comida Cinema e cultura jovem em geral HQ em forma de Rap com mensagens sociais importantes e críticas Sexualidade e saúde Movimentos e acontecimentos sociais Entrevistas pontuais História de personalidades importantes na História Social Seção de participação, autonomia e protagonismo pleno da revista. O tema tratado em cada fascículo é debatido por adolescentes e jovens de todo o Brasil. Além das seções fixas da revista num índice por página, blocos com os um títulos de chamada e breve resumo das reportagens da revista com número da página. A página conta ainda com um quando de expediente com todos os dados da revista intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 – FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. Elogios de leitores e sobre matérias de edições anteriores - OPS! ERAMOS! Box com errata das edições anteriores. - PONTO G – QUESTÃO DE GÊNERO Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freire na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Pró-menino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PÁGINA 6 MANCHETE: MÍDIA COSCIENTE LINHA: 6.o. Encontro da Mídia Legal discutiu discriminações frequentemente reproduzidas pela mídia sobre deficiência e juventude. Cartilha com análises e propostas será lançada em 2010 AUTOR:4 COLABORADORES DA VIRA MATÉRIA: Tema do encontro – universitário pelas políticas de Juventude – RJ Evento vinculado a política – iniciou com audiência pública convocada pela Comissão de Cultura da Ass. Legisl. Do RJ – tema : acessibilidade para a democratização das Políticas Culturais – também para divulgar a campanha – Acessibilidade, Siga essa idéia!/CONADE Seminários: - Políticas públicas da Juventude: O que são? A quem se dirigem? – Comunicação e participação juvenil – Educação inclusiva: Direito humano dos jovens – Juventude e vulnerabilidade: Diferenças e desigualdades Evento muito participativo, inclusive com Libras Cita criação da Séc. Nac. da Juventude em 2005 – marco legal Educação – base para extinguir com preconceitos ao jovem INTERTÍTULO: agentes de inclusão Grupo de estudantes de diversos cursos analisaram a mídia – para produzir MANUAL DA MÍDIA BOX TÁ NA MÃ O manual da mídia legal 6 – Universitários (as) pelas Políticas de Juventude, será publicado em 2010. Para conseguir o seu acesse: www.escoladegente.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letra diferente Linha com fundo em destaque 1 foto grande abrindo matéria com legenda: Univ. acompanham 6 encontro da mídia legal no RJ 1 foto mostrado roda no encontro com legenda: Seminários servirão de base para Manual de Mídia legal Fundo com recortes de jornal CONCLUSÃO: Matéria informativa e educativa na maneira de fazer política pública para jovens. PÁGIA 8 DE OLHO NO ECA MANCHETE: NÃO TEM LINHA: O que a lei brasileira diz sobre relações sexuais com adolescentes? AUTOR: Equipe do Portal Pró-Menino MATÉRIA: Nova redação do código penal brasileiro – relações sexuais com menores de 14 anos é ESTUPRO DE VULNERÁVEL – não basta o adolescente querer. Antes a lei colocava que estupro é apenas com a consumação da relação sexual e a vítima sempre mulher – agora o estupro é: qualquer pessoa/sexo que pratique ato libidinoso ou sexo com menor de 14, do sexo masculino também, estupro de Vulnerável Libidinoso: carícias nas partes íntimas Assunto delicado – erotização da infância pelos meios de comunicação A lei é pra proteger Asterisco cita a lei 12015/09 art 217-A BOX TÁ NA MÃO – ENTRE NA SEÇÃO ECA DO Portal Pro-Menino, www...... DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Tarja e logo indicando seção Ilustração de braço infantil segurando urso com algemas Pontilhado no entorno da página CONCLUSÃO – Assunto delicado e importante da lei envolvendo sexualidade. Linguagem clara e acessível e fácil interpretação da lei PÁGINA 9 VOZ DOS ADOLESCENTES MANCHETE: CIDADE DOS DIREITOS LINHA: Crianças e adolescentes participam de atividades para refletir sobre cidadania AUTOR: Assessoria de Comunicação do Inst. Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC) MATÉRIA: 8 Conferência Nacional sobre os Direitos da Criança e do Adolescente em Brasília em dez/2009 Iniciativa do Conanda Seminário 20 anos da Criança e Adolescente - concomitante Redação de carta para plano Decenal 6.500 crianças participara na Cidade dos Direitos idealizado pelo IIDAC o Matéria repetida Promovido pelo IIDAC também 1 Seminário – A voz dos adolescentes do Semiárido DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Idem Manchete e Linha Tarja no topo e Logo A voz do adolescente 2 fotos dos eventos a primeira com a legenda – “Jovens de todo país acompanham mobilização Nacional de Participação dos Adolescentes” CONCLUSÃO – Matéria sobre importante evento da Infância e Juventude – Conferência. Cita outros eventos concomitantes tendo C&A como protagonistas. O tópico sobre cidade dos direitos do IIDAC, foi repetido. PÁGINA 10, 11, 12 E 13 CAPA 1 MANCHETE: DINHEIRO LIMITADO, LIBERDADE ILIMITADA LINHA: Uma mochila nas costas e uma idéia na cabeça. É só o que você precisa para ampliar os seu horizontes. A cultura mochileira faz parte da juventude mente aberta, interessada em viagens alternativas, independentes, no melhor estilo lado B. AUTORES: 2 DO Virajovem Maceió(AL)*; 2 do Virajovem Curitiba (PR)* , 3 do Virajovem Campo Grande (MS) e 1 colaboradora da Vira. Fotos: Arquivo Pessoal Matéria de 4 páginas e 2 intertítulos Matéria exaltando a turismo de mochileiro e usuário de albergues. Colocando as vantagens como, liberdade, estar perto da natureza e do mundo, conhecer mais gente supera o turismo tradicional e o dinheiro limitado. Linguagem jovem utilizando gírias – grana, o mantra, saber rebolar Cita várias experiências de mochileiros e albergues Bem direcionada ao público jovem, ou mesmo, ao público adulto que consiga se depreender de sua vida rotineira e materialista para se jogar no mundo 5 boxes o FILOSOFIA INDEPENDENTE - Enumerando as 7 filosofias de como ser independente o VIAJANTE PROFISSIONAL – Dicas de professor universitário que viajou de carona até de avião. 3 perguntas e respostas. o HOSTELLING INTERNATIONAL ara antes o International Youth Hostel Federation. Prezam solidariedade e desejo de viajar. Mais de 4 mil albergues no mundo – SITES: www.hostel.org.br – www.hihostels.com o CINCO ITENS ESSENCIAIS DA MOCHILA - enumerando e descrevendo – documentos/guia/seguro/livro/coragem o COUCH SURFING – programa de intercâmbio – www.couchsurfing.org – trocas de sofás – 3 fotos de um viajante desvendando o Piauí DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO No estilo jovem - bem poluída, com fundo de mapa e ilustrações de carimbos de países estrangeiros. Os pontilhados em algumas páginas remetem ao mapa Manchete ocupando as 2 páginas Linha em destaque CONCLUSÃO: Matéria com o espírito jovem através do mochileiro. Muitas dicas de como fazer e utilização de várias uma linguagem jovem. PÁGINAS 14 E 15 IMAGENS QUE VIRAM MANCHETE: DE PARAISÓPOLIS À CONSOLAÇÃO LINHA: Grupo de adolescentes comunicadores vista a Avenida Paulista e registra suas impressões sobre a região. AUTORES: 3 DO JORNAL Comunidade em ação MATÉRIA: Texto descritivo do trajeto feito pelos autores conforme manchete Visitaram Redação da Viração Fotos do percurso DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Tarja vermelha no topo indicando seção Ilustração de prédios 6 fotos expostas modernamente/tortas com respectivas legendas indicando os locais fotografados PÁGINA 16 RANGO DA TERRINHA MANCHETE: TEMPERO ÁRABE AUTOR: Elisángela Nunes, da Redação MATÉRIA Pequeno texto em BOX sobre origem e história do quibe BOX – COMO FAZER UM QUIBE VEGETARIANO – ingredientes e modo de preparo DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Tarja e logo indicando seção Manchete diferente Fundo imitando toalha quadriculada verde e branca 2 fotos das comidas e outra do tipo ilustração de vegetais PÁGINA 17 NO ESCURINHO MANCHETE: FALA, TU Autor: Sérgio Rizzo, crítico de cinema. Fotos: Divulgação Crítica do filme CONTRATEMPO, documentário dos jovens que participam da orquestra do Projeto Villa Lobinhos Dedica-se a saber quem sãop esses jovens Remete a outros documentários – Fala Tu e Pro dia Nascer Feliz DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Tarja indicando seção Fundo bege Manchete com letra diferente 1 foto do Cartaz de Contratempo 2 fotos de cenas do filme CONCLUSÃO: A manchete é de um filme que é apenas citado na matéria, pois a maior parte é do filme Contratempo. PÁGINA 18 RAP DEZ – OUTRA ENERGIA É POSSÍVEL Por – Marcio Baraldi HQ em seis quadros e em rima falando sobre formas diferenciadas e sustentáveis de energia. Finaliza dizendo: “Vontade política e tecnologia; esse é o caminho para uma nova energia!” FIM DO PRIMEIRO LADO DA REVISTA. A NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS CONTINUAM. DESSE MODO, DECIDO VIRAR A REVISTA E CONTINUAR AS PÁGINAS CONFORME INDICE INICIAL. PÁGINA 19 SEXO E SAÚDE MANCHETE: NÃO TEM LINHA: O opessoal do Virajovem Goiânia (GO)* conversou sobre sexualidade e prevenção às DST/aids com Elaine Gonçalves, Joana Plaza, Kemle Semerene e Lenise Borges do grupo Transas do Corpo* (asterisco para rodapé com explicação sobre a ONG MATÉRIA: 2 PERGUNTAS SOBRE SEXO E SUAS RESPOSTAS. BOX TÁ NA MÃO – TRANSAS DO CORPO – www.transasdocorpo.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – Tarja indicando seção. Ilustração de casal se abraçando – Matéria em 2/3 da página sendo o 1/3 para cupom de assinaturas PÁGINA 20 PARADA SOCIAL MANCHETE: É HORA DE CONTAR LINHA: Projeto Eu nunca contei a ninguém estimula que adolescentes e jovens do Pará discutam violência doméstica AUTOR – Virajovem de Belém (PA) MATÉRIA: PROJETO DA ONG Movimento da Promoção da Mulher no Pará Arte educação para promover o diálogo Foco em bairros com maior incidência de violência doméstica – 110 adolesc. De 15 a 21 anos e 160 famílias Desnaturalizar a violência Atividades de geração de renda também DIAGRAMAÇÃO E PG Matéria em 2/3 da pag. Para caber cupom assinantes Manchete diferente do texto Linha com fundo em destaque Fundo em bege 2 fotos das atividades desenvolvidas 1 foto do produto para geração de renda CONCLUSÃO: violência domestica e ONG que trabalha com isso Página 21 MANCHETE: O DIVINO COMO AMIGO LINHA; A Virajovem Leandra Barros, de Vitória (ES)*, venceu concurso de vídeos produzidos por integrantes dos Conselhos Jovens da Vira. Ela relembra como foi participar do Festival de Cinema Religion Today em outubro de 2009 MANCHETE: Ganhou o concurso e foi para Trento, Itália exibir o vídeo em festival Tema; “ Como você se comunica com o Divino?” Trabalho – “ Em busca d’O ELO perdido Tema do festival – “Explorando a Diferença” Cita passagem da bíblia BOX – Conta como foi o concurso e festival BOX ta na mão – assista o vídeo – www............ DIAGRAMAÇÃO E P. G. Manchete diferente Linha com fundo de destaque 1 foto da protagonista no evento Fundo branco com ilustrações de filme de cinema e torre de Pizza CONCLUSÃO: Matéria de concurso na Vira com fundo religioso católico PÁGINAS 22 E 23 GALERA REPÓRTER MANCHETE: PLUGADO E IRREVERENTE LINHA:Rafael Cortez, repórter do CQC, é aficionado por internet e mídias sociais, mas alfineta:“ É preciso diferenciar o que serve de verdade e o que não é tão válido assim na web” AUTORES: 8 do Conselho Jovem do Jornal Radcal, 3 do Virajovem Brasília (DF)* e 2 da Redação MATÉRIA: Conversa durante Fórum Radcal de Mídia e Juventude em Brasíla sobre democratização da comunicação, irreverência e cultura Entrevista Muita oferta de mídia dificultando a seletividade DIAGRAMAÇÃO E P.G. Manchete com letra diferente Linha com destaque de fundo Linha do tempo mostrando trajetória de Rafael da infância até atualidade 2 fotos que ele com figurino do CQC BOX COM FALA DO RAFAEL COM LETRAS DIFERENCIADAS PÁGINAS 24, 25, 26, 27 CAPA 2 MANCHETE: DE PORTA EM PORTA CONTRA A AIDS LINHA: Se o problema é o jovem não ir ao posto de saúde buscar informações sobre dst, tem quem vá até eles; do outro lado, dados do Ministério de Saúde mostram que preconceito com quem vive com HIV ainda é grande. AUTORES: 1 DO Virajovem Recife (PE)*; 1 do Virajovem de Lavras (MG)*; 2 da Escuta Soh MATÉRIA: Projeto da ONG Reprolatina em 96 de capacitação de jovens para trabalho de precenção em regiões brasileiras o 98 – grupo de Vigilantes da Saúde e dos Direitos Sexuais Reprodutivos – rede de jovens o 2008 – capacitações – MG – RJ – PE - SP – ocorrida em campinas o Jovens descobriram falhas do sistema de saúde em PE, SP o População sem informação Governo federal fez campanha na televisão – casal sorodiscordante (só um da relação tem o vírus) se beijando Mídia criticou e Ministério respondeu que “suor, lágrima e saliva concentram apenas anticorpos do HIV e partículas virais não infectantes – fragmentos de proteínas virais” Pesquisa do Ministério da Saúde demonstrou haver ainda muito preconceito e exclusão de portadores de HIV Artista Vik Muniz – colaborador da campanha BOX – RELATÓRIO DA ONU Relatório da ONO e OMS – Nível de contaminação reduziu 17% desde 2000, porém 2008 foi o ano de maior contaminação nesse período. 33 milhões com HIV/aids no mundo Elogio ao trabalho do Brasil No Br – 2 milhões de casos BOX – Informa que dados da reportagem foram retirados da pesquisa do Min. Da Saúde (sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST/aids na pop. Brasileira de 15 a 64 anos e Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009) DIAGRAMAÇÃO E P. G. As 4 páginas da reportagem com tarja laranja no topo da página indicando seção – Capa – Logo da Escuta Soh Manchete com letra diferente Linha com fundo de outra cor destacando Págs. 26, 25 e 24, nas laterais do texto, há um caminho imitando jogo de tabuleiro por casas, sendo que em 10 casas, há informações sobre DST/aids, além de desenhos da cidade, camisinhas no caminho 2 fotos dos grupos de jovens 4 fotos de trabalhos com o tema dsr/aids feitos pelo artista plástico e fotógrafo Vik Miniz que foi entrevistado na reportagem – legenda – “Com o preconceito não dá!”: Mosaico produzido por Vik Miniz reproduz um beijo de casal, considerando um símbolo de aceitação, acolhimento e da proximidade” CONCLUSÃO – Matéria bastante didática e informativa. Como os protagonista é um grupo de jovem no trabalho contra HIV/aids torna o assunto mais acessível e interessante para o público jovem. Teor crítico bastante alto também do sistema de saúde. PÁGINA 28 MANCHETE: DEBATE DE TODOS LINHA: Rede de Adolescentes e Jovens contra a Violência Sexual infantojuvenil acredita que o tema da exploração sexual deva ser abertamente discutido em todos os espaços AUTORES: 4 da Rede de Adolescentes e Jovens contra a violência Sexual Infantojuvenil (RAJCES) MATÉRIA: Exploração sexual de cça e adol – crime previsto no ECA – Art 244 Rede de proteção registrou 3.390 casos de violência contra C&A em Curitiba 90% aocorrida no âmbito familiar e a cças de 5 a9 anos Unicef – 150 mi de meninas e 70 mi de meninos vitimas de exploração sexual no mundo Se coloca como revoltante Não adianta ser reacionário com agressores mas trata-los Pensar em prevenção – conscientização popular – divulgação de dados BOX TÁ NA MÃO Para saber mais informações e participar da RAJCES, entre em contato com ...email e telefone e mais o site DIAGRAMAÇÃO E P. G. MANCHETE COM LETRA DIFERENTE LINHA com fundo pra destaque Fundo em amarelo e desenhado além de desenhos infantis de crianças tristes com giz de cera Logo do disque 100 – para denuncias de violência sexual e domestica CONCLUSÃO: Matéria de forte conteúdo e explicativa. Demonstrou consciência e tolerância quanto ao tratamento do agressor e não apenas punição. PÁGINA 29 QUE FIGURA! MANCHETE: GUERREIRO SEM ARMAS LINHA: Martin Luther King, ativista político estadunidense, lutou pelos direitos civis dos negros e das mulheres. Ele sonhava com um mundo onde houvesse liberdade e justiça para todos. Sua figura ficou marcada na História da humanidade como símbolo da luta não-violenta. AUTORES: 6 ADOLESCENTES DO Projeto Cidadanias/TABA – Virajovem São Paulo e 2 educadores MATÉRIA: Inicia descrevendo seu assassinato Seguidor de Gandhi – também pacifista Histórico Discurso famoso Nobel em 64 Diagramação – Manchete com letras diferentes – Linha com fundo de destaque – tarja no topo indicando seção - ilustração de Luther King - PÁGINA 30 E 31 MANCHETE: MOBILIZAÇÃO URBANA LINHA: Comunidades discutem melhorias para crianças e adolescentes dos centros urbanos AUTORES: Adolesc. Comunicadores da PCU * (asterisco remete a box no fim da matéria com nomes dos 54 adolescentes participantes da PCU) MATÉRIA: 46 FÓRUNS DA COMUNIDADE REALIZADOS Box – explicando o que é a PCU BOX – FORÇA DO PROCESSO ENTREVISTA COM Renato e Ana Paula, do Ação Educativa, parceira no projeto e responsável pelos fóruns Fóruns gerarão Plano de Ação Força do processo participativo Diálogo entre poder público e sociedade civil BOX – NA COMUNIDADE 3 Matérias/Notas de adolescentes sobre o trabalho em suas comunidades Jardim Keralux - Conta como foi o fórum Heliópolis – 2 adolescentes – Fórum Jardim Clímax Itaquera – 2 adolescentes da Parada XV de Novembro DIAGRAMAÇÃO E P.G. Manchete e linha – idem Fundo em verde e com desenhos de comunidade e pipas com desenhos de comunicação PÁGINA 32 e 33 MANDA VÊ AUTORES: 2 do Virajovem São Paulo (SP)* TEMA – “ QUAL A SUA PAZ IDEAL?” ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado as declarações dos jovens. O assunto é DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: São 6 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. São 5 de São Paulo e 1 de Minas Gerais. O assunto é a marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência, que ocorre no dia do nascimento de Ganghi. Criada pelo Movimento Humanista, percorre 90 países e 100 cidades em 90 dias. No percurso são realizados Fóruns, festivais e eventos culturais. Declarações: Cultura de respeito ao ser humano, direitos humanos – discurso e prática. O que quer e onde chegar com isso – espiritual e interior Aceitação das diferenças Respeitar e ser respeitado Vida longa e com saúde Nunca vamos alcançar a paz BOX = PRA LER NO BUSÃO – site Movimento humanista disponibiliza livros pra download.http://.......... BOX – FAZ PARTE – Conta a história de Mahatma Gandhi PÁGINA 34 MANCHETE: LUGAR PARA CRESCER LINHA: Centro de Defesa da Criança e do Adolescente promove atividades que conscientizam a comunidade sobre seus direitos AUTOR: Redação MATÉRIA: Abre descrevendo rotina de adolescente o o que inclui CEDECA Sé Cedeca existe a 12 anos e filiado a Associação de Apoio aos Meninos e Meninas da Sé, do qual a Viração fez parte como projeto por 6 anos Atendimento a pop. De alta vulnerabilidade Usuários conhecem o local como Casa 20 Equipe multidisciplinar BOX TÁ NA MÃO Endereço, contato e funcionamento do Cedeca Sé DIAGRAMAÇÃO PG MANCHETE E LINHA DIFERENCIADOS Fundo branco com margem trabalhada 1 foto de atividade com legenda – “Adolescentes participam de oficinas e debates sobre questões sociais no Cedeca Luz PAGINA 35 LOGO ECSUTA SOH E CHAMADA PARA ACESSAR O SITE (END) PAGINA 36 – CAPA 2 Tendo um muro de tijolos no fundo com a fita símbolo da Luta contra aids pixada, um casal de adolescentes se beijam na frente. Chamada – Juventude informa sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos Chamada com foto da matéria pé na estrada (outra capa) Chamada com foto da Galera Repórter com Rafael Cortez “Escolha por onde começar! Edição Virada e com duas capas!” Análise de conteúdo – Revista Viração 59 - 1)Dados. Nome da Revista: Viração Sub título: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 59 Fevereiro de 2010 Capa – pagina 1: MANCHETE: NÃO PERCAM, MENTES ENLATADAS. LINHA: CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO QUER MUDAR O SABOR DA MÍDIA DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Utilizando a referência da crítica a uma sociedade consumista e industrial, o desenho utilizado lembra a pintura de Andy Warhow, com latinhas na prateleira do supermercado. No rótulo de cada lata de sopa de “mídia condensada” (em inglês) uma palavra e um desenho relacionado a mídia (televisão, rádio, celular, internet) sendo as “palavras enlatadas”: mesmice, sensacionalismo, fofoca, exploração, erotismo, consumismo, preconceito, apelação, baixaria, alienação, violência, voyeurismo, humilhação, estereotipo, elitismo, influência, homofobia PAGINA 2 VEJA QUEM FAZ A VIRA PELO BRASIL Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. REPRESENTATIVIDADE NO PAÍS – CADA INSTIOTUIÇÃO PERTENCE A UM ESTADO DIFERENTE PÁGINA 3 EDITORIAL: Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete;COMUNICAR E MUDAR. Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Utilizando uma linguagem direta e informal com o leitor, abre o texto informando a 1.a. Conferência Nacional da Comunicação, CONFECOM, ocorrida em Brasília, em dez. de 2009. Vira esteve presente em massa. “parte da produção você encontra a partir da pagina 18. Cita a cobertura completa no site feito pela agência jovem de notícias – site viração Essa edição – assunto sério. Conferência climática da ONU foi uma decepção e por isso fizeram 3 reportagens com o tema – Manda Vê – Galera Repórter, entrevista com Rangel Mohedano e uma matéria da virajovem mineira, sobre Children Climate Fórum, uma semana antes da COP-15. Novidade – a partir dessa edição, no fim da Vira, traremos a ilustração de algumas personalidades do QUE FIGURA. Nessa será o Cartola QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 24 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos 22 Estados contribuintes e parceiros da revista. O incentivo a participação é constante. Assinatura e MTB do Coord. Executivo da Vira Paulo Pereira de Lima Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São Paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo Selo da FSC – Grupo de produto proveniente de florestas bem manejadas e outras fontes controladas – certificado no BV-COC 96725 APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração PÁGINA 4 - MAPA DA MINA Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA: Manda Vê ECA Imagens que viram Galera Repórter Que Figura Rango da Terrinha No Escurinho Sexo e Saúde Parada Social Rap Dez Novamente a nomeação de cada seção trás não só uma linguagem coloquial e até mesmo de gíria proporcionando uma aproximação com leitor, mas também apresenta os principais assuntos tratados rotineiramente na revista sendo eles respectivamente; Seção de participação, autonomia e protagonismo pleno da revista. O tema tratado em cada fascículo é debatido por adolescentes e jovens de todo o Brasil. Questões sobre o ECA – direitos e leis sobre as crianças e adolescentes Imagens adquiridas por jovens Entrevistas pontuais História de personalidades importantes na História Gastronomia local – cultura, costumes locais através da comida Cinema e cultura jovem em geral Sexualidade e saúde Movimentos e acontecimentos sociais HQ em forma de Rap com mensagens sociais importantes e Além das seções fixas da revista num índice por página, blocos com os um títulos de chamada e breve resumo das reportagens da revista com número da página. A página conta ainda com um quando de expediente com todos os dados da revista intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 – FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. Elogios de leitores e sobre matérias de edições anteriores - OPS! ERAMOS! Box com errata das edições anteriores. - PONTO G – QUESTÃO DE GÊNERO Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freire na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Pró-menino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PÁGINA 6 E 7 MANDA VÊ AUTORES: Alessandro Muniz e Diana Coelho, do Virajovem Natal (RN)*, e Rafael Stemberg, da Redação TEMA – “ E VOCÊ, QUAL SUA ATITUDE PELA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE?” ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado as declarações dos jovens. O assunto é Meio Ambiente, impacto e atitudes no mundo. Cita as conferências mundiais de ECO 92-RJ,África do Sul em 2002 e COP15 em 2009 em Copenhague, essa última em substituição ao Protocolo de Kyoto (explica o que é o protocolo). A luta é fortificada por ONGs no mundo. – Greenpeace DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: São 10 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. São 5 de Belém/PA e 3 de São Paulo Posicionamento geral: Por ser um questionamento sobre atitudes em prol do meio ambiente, não há posicionamento, mas ações dos jovens, sendo elas; Plantar árvores; governo; pensamentos diferentes em relação ao ambiente, dificultando sua proteção; usar luz natural; pequenas medidas que fazem diferença; reciclar; economizar água, separar lixo; modismo atrapalha; melhor utilização da mídia;; atentar a poluição do mar; investir em tecnologias limpas; não jogar lixo;reduzir carros; andar mais a pé, bicicleta, transporte público;maior adesão da sociedade no cuidado ao meio ambiente; maior investimento governamental. BOX – PARA LER NO BUSÃO Indicação de livro – Mundo Sustentável – Abrindo espaço na Mídia, André Trigueiro, Ed. Globo. Livro é uma seleção de artigos e entrevistas feita pelo autor sobre o meio ambiente e maneira de adotar modo de vida mais sustentável. Indicação também do site do do autor – www.mundosustentável.com.br DEMOCRATIZANDO A INFORMAÇÃO BOX – FAZ PARTE Curiosidade – “cuide do meio ambiente ao mesmo tempo que utiliza a internet”. Sites que convertem numero de acessos em árvores plantadas. CONFIRA: WWW.ECO4PLANET.COM TWITTER.COM/ECO4PLANET. ATITUDE PELA INTERNET CONCLUSÃO: Regiões DE Origem das declarações são: 7 de RN – 2 de SP e 1 de PR Texto de declarações baseados nas atitudes em prol do ambiente. Sem teorizar, o que se pode fazer e o que cada um está fazendo. Convergência com perfil jovem. Conscientização e informação sobre meio ambiente – cita leis, protocolos e conferências mundiais. PÁGINA 08 VOZ DOS ADOLESCENTES MANCHETE: GRANDES CIDADÃOS LINHA: Reprodução em miniatura de cidade busca explicar aos jovens como assegurar seus direitos AUTORES: Assessoria de Comunicação do Instituto internacional de Desenvolvimento para a Cidadania (IIDAC) MATÉRIA: Mini cidade – parte da 8.a. Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente em Brasília Trabalhando de forma lúdica coma as crianças sobre, acessibilidade, sustentabilidade, educomunicação, tecnologia, lazer, esporte, cultura, e participação Entender a importância do ECA Parceria com a Séc. Esp. De DH e CONANDA Desenvolvida para proporcionar aprendizagem, conhecimento e vivência Cidade dos Direitos recebeu 30 escolas do ens. Fund. E méd. e crianças de abrigos de Br e 600 do Brasil Aprendem práticas de políticas públicas e órgãos públicos Cada inst. Que visitou recebeu um “baú dos direitos” com livros, jogos, cds e materiais didáticos para a continuação dos estudos do Sistema de Garantia de Direitos Cita patrocínios : Petrobrás, BB e Fund. Telefônica BOX – TÁ NA MÃO SAIBA MAIS SOBRE O TRABALHO DO IIDAC EM www.iidac.or DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO Logo seção – A VOS DOS ADOLESCENTES Manchete com letra diferente Linha com fundo em vermelho Fundo de página em laranja, e tarja mais escura indicando a seção. Foto torta do local com legenda – “Cidade em miniatura reproduz instituições de defesa dos direitos da criança e do adolescente” CONCLUSÃO Matéria que informa maneira diferenciada o ato de aprendizagem sobre os direitos da criança e do adolescentes. Uma matéria lúdica sobre evento lúdico e aprendizado divertido e importantíssimo sobre órgãos e política pública da cça e adol. PÁGINA 09 MANCHETE: UM MUNDO DE MARIAS LINHA: Participação feminina em movimentos populares é cada vez mais forte. Processo se intensificou a partir dos anos 80 AUTORES: Gardene Leão de Castro Mendes, do Virajovem Goiânia (GO)* MATÉRIA: Mulheres conquistando espaço Dec. De profa. Da Univ. de PE – “participação em movimentos sociais se firmou em meados dos 80” Dec. Valdete Boni, profa. Da UFSC – movimento rural é historicamente masculina, e aceitação da mulher só foi nos anos 80 Alice Maria de Jesus – uma mulher batalhadora e do Cons. Local de Saúde do Conjunto Vera Cruz II em GO – busca melhorias em saúde e trabalha vol. Com a comunidade INTERTÍTULO: Voluntária Universal Sebastiana de Lima – conselheira titular local de saúde e da Associação de Donas de Casa de Goiás e fundadora do grupo Esperança, presidente do Grupo Renascer e faz parte do grupo Oficina do Amor, e participa do grupo Economia Solidária Conquistou aprovação da aposentadoria das donas de casa com mais de 60 que não contribuem com INSS DIAGRAMAÇÃOE PROJETO GRÁFICO Fundo de página em rosa em ref. À mulher com pontilhados delicados na borda Manchete com letra e cor diferente Linha com fundo em vinho dando destaque Foto torta em PB de protagonista com Legenda – “Sebastiana de Lima ajudou a aprovar a aposentadoria das donas de casa que não contribuem para INSS”. CONCLUSÃO: MATÉRIA SOBRE A MULHER E SUA IMPORTÂNCIA NA PARTICIPAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS POPULARES. EXEMPLO E INCENTIVO PÁGINA 10 DE OLHO NO ECA MANCHETE: DE OLHO NO ECA AUTOR: Nesta edição, a Vira publica um dos “causos” finalistas do 5.o. concurso Causos do ECA, promovido pelo portal Pró´Menino/Fundação Telefônica. A história é do jovem Pedro Henrique Couto Neves, de Brasília (DF), Confira abaixo! LINHA: As sete chaves: segredo, direitos e orçamento público ILUSTRAÇÃO – Beth Kok O CAUSO: Cita artigos do Eca, brincando com a palavra Compara o sujeito do ECA e o objeto de punição do código do menor, referente a cça e adol. Contato no colégio através de projeto de ONG Realização da dificuldade de implementação do ECA Orçamento para C&A é ínfimo Marcaram audiência, questionaram orçamento e conseguiram auditório na sua escola Importância da participação na política pública e orçamentária “O ECA não pode ser mais segredo nem mistério” BOX – TÁ NA MÃO – logo em preto e amarelo de uma mão Paulo Lima, coordenador executivo da Vira, comentou este “causo” confira em: http://tinyurl.com/yed7ky6 BOX – PARA SABER MAIS – logo de livro Para mais informações sobre o concurso de causos do ECA, acesse: http://tinyurl.com/ycgry8t DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO MATÉRIA DE 2 PAGIAS com fundo branco 1 ilustração Logo de seção – menino lendo eca Manchete colorida e com letras diferentes Autor do Pro-menino – asterisco identificando instituição CONCLUSÃO: Excelente forma de falar, informar e ensinar o ECA através desse concurso do Pro-menino. Criança como protagonista de uma lei para criança PÁGINA 12 -13 QUE ESTILO COLA MANCHETE: NA PAZ DE JAH LINHA: Saiba mais sobre o rastafarianismo, filosofia que prega o respeito à natureza, ao próximo e a Deus AUTORES: Simone Moura, do Virajovem de Belo (BH)* e Vivian Ragazzi, da redação FOTOS: Divulgação MATÉRIA: Muito além dos dreadlocks Dec. De banda brasiliense, – Tropas de Selassie – integrante Xarada admira e se identifica com a cultura rasta Histórico do rastafarianismo o Início na dec. De 20 com Marcus Garvey, na Jamaica Bob Marley disseminou no mundo INTERTÍTULO: BASES DO Movimento Importância política –luta por opressão aos negros Muito vegetarianos, não bebem álcool e usam maconha como forma de ritual Cores do movimento – vermelha – amarela – verde – refere a bandeira da Etiópia, lembrando o sangue, a natureza e ouro da mãe África Não uma religião mas um modo de vida Ainda existe discriminação contra adeptos BOX – PARCERIA FIRME Para conhecer melhor o trabalho do grupo, acesse – http........ Tel: 31 32213582 e-mail – [email protected] BOX – TA NA MÃO Mais informações sobre rastafarianismo GELEDÉS INSTITUTO DA MULHER NEGRA – http://tinyoul.com/yallg6m DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Letras e cores da manchete diferentes Linha com fundo vermelho Fundo de página em verde quadriculado e tarja mais forte no topo indicando seção Ilustração com legenda – Harvey Gavey iniciou o movimento na Jamaica na década de 20 Foto Rastafari com legenda – As cores do movimento rastafari referem-se a bandeira da Etiópia, e não da Jamaica Foto de grupo de jovens com legenda – Jorge Fernando, o Xarada, com Simone Moura e integrantes de oficina do rap Foto do Bob Marley com legenda – Bob é o maior expoente da cultura rastafari CONCLUSÃO: Matéria com enfoque de curiosidade e entretenimento mas TRATANDO DE DIVERSIDADE, RESPEITO, PRECONCEITO, HISTÓRIA PÁGINA 14 MANCHETE: ARTE FOTOGRÁFICA LINHA: Aprenda, ensine e participe! Jovens do Ceará se unem para fazer fotografias participativas pelas ruas da cidade AUTORES: TEXTO E FOTOS: Aline dos Santos, Aline Fernandes, Anália Alencar, Aurineide Silva, Gleiciane Oliveira, Josieldo Santos, Josué Gomes e Thaylane Torres, do Virajovem Fortaleza (CE)* MATÉRIA: ONG Vista Boa Boa Vista – ensinam crianças e adolescentes do bairro a utilizar a técnica pinhole de fotografia Explica como fazer a câmera artesanal INTERTÍTULO: CALENDÁRIO EUA – dia mundial da fotografia pinhole – WPPD convida a todos a utilizar essa técnica. Site recebe imagem de participantes No Brasil o WPPD é em 26 de Abril BOX – PARA SABER MAIS Significado da palavra Pinhole e como se faz uma máquina manualmente BOX – TÁ NA MÃO Endereço de acesso para blog com fotos do evento em Fortaleza DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letras imitando costura Linha com fundo vermelho dando destaque Fundo listrado em branco e verde claro 3 fotos “tortas” sem legenda – uma menina com uma máquina pinhole nas mãos, uma foto PB de pinhole e uma com o material necessário para fazer uma máquina pinhole CONCLUSÃO – Matéria que poderia ser vista apenas como entretenimento é apresentada como uma atividade de uma ONG em um bairro de alta vulnerabilidade em Fortaleza PÁGINA 15 MANCHETE: - DE: MOÇAMBIQUE – PARA: BRASIL LINHA: Jovens contam como é a vida por lá AUTOR: Lílian Romão *, enviada especial a Moçambique (Asterisco remete ao Box Ta na Mão) MATÉRIA: 16 voluntários da área de educação e saúde vão para comunidade de Gilê, na província de Zambézia para atividades na região Dois jovens toparam escrever para Viração INTERTÍTULO – A VIDA DOS JOVENS EM GILÊ Idalina, 20 anos – pretende se freira. Conta dificuldades do jovem por lá desemprego Benjamim, 23 anos – também fala das dificuldades enfrentadas pelos jovens africanos. Escolas distantes, em outra cidade. Teve apoio da igreja. Sem condições para cursar faculdade. Muitos jovens se prostituem e ele apóia por não ter emprego. Saúde deficitária dos jovens. BOX – PARA SABER MAIS – GÍRIAS DE MOÇAMBIQUE Sentar – ficar sem fazer nada, nem estudar ou trabalhar Raparigas - meninas BOX TÁ NA MÃO Lílian é coord. Executiva da Vira, está em Moçambique integrando a “ Missão Moçambique” do Projeto Claretiano Solidário, iniciativa do Centro Claretiano de Batatais. A Meta é o desenvolvimento local da região. Para saber mais: www.claretiano.edu.br e www.claretianosnaáfrica.com.br DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete indicando comunicação por e-mail – de – para - Linha com fundo azul escuro dando destaque Fundo de uma carta escrita a mão com dobras 1 foto – de um moçambicano escrevendo com a legenda – “sem padrinho, nada se fará” escreve jovem moçambicana aos brasileiros Box indicando próxima matéria – Confira nos Imagens que Viram (pag 16 e 17) mais fotos do projeto CONCLUSÃO: Jovens moçambicanos protagonizam a matéria contando as dificuldades que passam em seu país e cidade. Novamente uma referência à religião, por ser um Projeto dos Clarentianos e sua influência na África, “Os padrinhos” são os padres e freiras Páginas 16 e 17 IMAGENS QUE VIRAM MANCHETE: MAGIA E CORES LINHA: Moçambique é nosso país-irmão. Mais do que falarem a mesma língua, herança dos colonizadores portugueses, as semelhanças entre Brasil e aquele pedaço da África estão no povo forte e que não deixa de sorrir. Caixa de texto: Inês Calixto, pedagoga e fotógrafa – fez essas fotografias. Integra o Projeto Histórias de Alice – viagens pelo Brasil para registrar as narrativas orais e fotografias em comunidades populares. Alice é o nome da Kombi que circula pelas cidades – jornada começa em maio de 2010. na sua preparação, teve oportunidade de participar do projeto de alfabetização m Gilê, norte de Moçambique. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letras diferentes ao do corpo da matéria Linha com fundo em vermelho dando destaque Tarja vermelha no topo da página indicando a seção – Imagens que Viram Fundo imitando papel reciclado colorido 5 fotos sendo elas: o Menino olhando no espelho com legenda “crianças participam de atividade com espelho” o Rosto de Menino moçambicano sorrindo com legenda – “foto feita pelas crianças de Gilê” o 2 meninos mostrando seus trabalhos em argila com legenda – “Alegria com as novas descobertas” o Rosto de menino utilizando sua máquina de argila – “Criatividade não é o problema” o Foto de corpo inteiro de 5 meninos brincando a beira do rio. Dois deles pelados com a legenda – “ O Rio Molócue também fornece o peixe e o banho para todos os moradores. É pura diversão..” FOTOS COMPREOCUPAÇÃO DE PROTEGER AS CRIANÇAS, NÃO MOSTRANDO EXPLICITAMENTE O ROSTO QUANDO FOTOGRAFADOS DE PERTO. A ÚLTIMA E ÚNICA FOTO QUE MOSTRA MAIS DISTANTE OS MENINOS E SUA NUDEZ É SINGELA, INGÊNUA E PUERIL, NÃO SENSASIONALIZANDO MUITO MENOS APELATIVA. CONCLUSÃO – Continuação da reportagem anterior em forma de imagem, DIÁLOGO ENTRE REPORTAGENS. Apresenta outro interessante projeto, o que deixa o leitor curioso em querer saber mais sobre ele ou mesmo, não ter fotos. PÁGINAS 18-19-20-21-22 CAPA MANCHETE: A HORA DA VIRADA LINHA: Brasileiros discutem nova política de comunicação no País Autores: Textos e fotos: Amanda Nogueira, do Virajovem Fortaleza (CE)*, Felipe Campos do Virajovem Vitória (ES)*, Ionara Talita, do Virajovem Brasília (DF), Juliana Cordeiro e Douglas Moreiria, do Virajovem Curitiba(PR), Jaqueline Lima e Leonardo Cordeiro, do Virajovem São Paulo (SP), Lílian Romão, Luciano de Sálua e Vânia Correia, da Redação MATÉRIA: Confecom – primeira Conferência Nacional de Comunicação em dezembro em Brasília. 1684 delegados que participaram eleitos nas conferências estaduais representando sociedade civil, empresários e poder público 672 propostas aprovadas – devem orientar ações do governo Confecom – reivindicação histórica dos movimentos sociais – batalha com reis da mídia Desligamento de instituições que temiam a apropriação social da mídia e atual regulamentação – Abert, ANJ, Aner, ABTA, Adjori, Abranet Apenas duas empresas permaneceram – Telebrasil e Abra (esta representante da Bandeirantes e RedeTV, tentaram inviabilizar e deslegitimar o processo alegando cerceamento de liberdade de expressão Propostas aprovadas representam grande avanço para setor – mecanismo de fiscalização através do controle social – divisão do espectro radioelétrico evitando monopólios Confecom – vitória para o país mas ainda precisa muita luta para efetivas propostas Necessidade de pressão social e controle da agenda pública, comenta Carrolina Ribeiro da Intervozes INTERTÍTULO – Aplausos e vaias Integrantes da mesa da Confecom – min. Da com. E Presidente Lula “a convergência de tecnologias devem ser deve ser um estímulo à socialização dos meios de comunicação e não à concentração”, declara o presidente Ministro não teve a mesma recepção calorosa, “ Helio Costa, que papelão, o empresário é seu patrão!” gritava a platéia INTERTÍTULO – Participação juvenil Viração fez agência de notícias da Confecom Cobertura e participação dos jovens Fizeram propostas importantes como educomunicação, efetivação do direito a comunicaçãoe de combate à veiculação de propagandas voltada para crianças e adolescentes, declara Jaqueline 17 anos, delegada paulista Importância – “ foi colado em pauta assuntos que poderão mudar a história dos meios de comunicação, para humanização e construção de direitos e cidadania na era digital”, afirma Felipe 22 INTETÍTILO – Voto polêmico Voto sensível pode ser recorrido em caso de polêmica – aprovação apenas com 60% dos votos representando cada segmento Empresas apelaram para voto sensível nos grupos de trabalho o que inviabilizaria as propostas da sociedade civil segundo os movimentos comprometendo a Confecom o Gerou tensões nas votações entre empresariado e sociedade e como se esperava, nenhuma proposta com voto sensível , seja no grupo ou plenária, foi aprovada BOX TÁ NA MÃO Todo material produzido pela Agência Jovem de Notícias está disponibilizado no site – end elet - . No site do Observatório do Direito à Comunicação, produzido pelo intervozes, está disponível o vídeo Levante su Voz, em que é possível entender a concentração das mídias no País. Acesse em: -ende eletr – BOX - DE QUE LADO VOCÊ SAMBA? AUTOR – Nilton Lopes, do Virajovem Salvador (BA)* Descrição pessoa, autoral de um jovem da Cofecom – “era um terreiro” Percepção dos conchavos – “quem sambava com quem” “empresários nunca sambaram, estavam verde na roda” – ameaças de se retirar “poder público sambava quando lhe convinha” “ movimentos sociais já sambavam há muito tempo” Todos os tipos de samba “perdemos nas escolhas das músicas” Lado azul dôo terreiro X lado vermelho e sambista do terreiro, com alguns casacas que sambavam pro outro lado BOX – RÁDIO COMUNITÁRIA ITINERANTE NA CONFECOM Rádio comunitária do evento do Prtojeto Nossa Casa, no Amapá – quebra com formalismo e seriedade do evento Apenas megafone e muita irreverência e criatividade Representante do povo ribeirinho do Amapá – a reivindicação do estado é banda larga BOX – SE LIGA Explica que a capa é baseada na pintura Campbell’s Soup Cans, de Andy Warhol, de 1962. É expoentes da pop art, movimento surgido em 50 nos EUA e Inglaterra Páginas 22 e 23 – apresenta algumas (16)as propostas aprovadas pela juventude na Confecom selecionados pela Vira com os assuntos relacionados a – educomunicação – infância e juventude - controle social - democratização dos meios de comunicação. São 16 projetos de lei a serem analisados no Congresso. Indica site do governo – www.confecom.com .br - para outras 600 propostas aprovadas na Confecom. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letra diferente Linha com fundo em amarelo – destaque Tarja vermelha no topo das paginas indicando a seção Fundo das páginas como um fotografia borrada – dá movimento 4 fotos sobre o evento Quadros em forma de balão imitando propaganda comercial junto com a lata utilizada na capa e em cada página um conteúdo: o Página 18 – Telecompras – na TV brasileira a propaganda deveria ocupar 25% de toda programação conforme decreto n. 52.795 – Art28, mas não é o que acontece, pois vende-se de tudo a toda hora... o Página 18 – Balão vem com a palavra em vermelho OFERTAS, sendo seu conteúdo:Art 54 da constituição federal – nenhum político pode ter uma empresa concessionária de serviço público, só que são mais de 271 políticos tem um veículo de imprensa. No site www.donosdamídia.com.br pode-se saber quem são. o Página 20 – Ética na TV – campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, da comissão dos direitos humanos. Recebe denuncias da pop. Sobre programas de TV que atentam contra os valores humanos. Faça sua denuncia grátis: 0800 619 619 o Página 21 – Novo balão de oferta – pedido de rádio comunitária chega a demorar 10 anos. Para comercial também mas é cedido uma licença para funcionamento enquanto pedido é avaliado. Páginas 22 e 23 – Tarja em vermelho continua o Fundo branco e cinza para as propostas Pls o Logo da Confecom no topo de cada página CONCLUSÃO – Matéria altamente crítica mas também positiva e incentivadora. Auto grau de participação e autonomia jovem. Educativa, ao citar Warhole e suas latinhas, numa crítica ao mercado e consumo. PÁGINA 24 – 25 GALERA REPÓRTER MANCHETE: DE OLHO NO PLANETA LINHA: Rangel Mohedano, coordenador do programa Juventude e Meio Ambiente da Coordenação Geral de Educação Ambiental do MEC, fala sobre sua história de vida e a Conferência Internacional infanto-juvenil – Vamos cuidar do Planeta – AUTORES: 5 jovens do Virajovem SP*, 1 jovem da PCU/SP FOTOS: Virajovem São Paulo MATÉRIA: Conferência Internacional Infanto-juvenil do Meio Ambiente – “vamos cuidar do planeta” – Jun/2010 – Brasília Prevê participação de 900 jovens do Brasil e do mundo Rangel – Engenheiro Ambiental, músico e educador o Sua história o Criador do projeto Organismo com 16 anos ENTREVISTA: TRAJETO DE 3 CONFERÊNCIAS PARA CHEGAR NESSA DE 2010-0616 Documento base – CARTA DE RESPONSABILIDADE HUMANA - além dos DHs Começou a mobilização nas escolas Compartilhar responsabilidades com jovens Conferência internacional não teve a abertura junto às escolas como na nacional – política entre ministérios da educação O processo de criação da ONG Organismo BOX – TÁ NA MÃO Para ficar por dentro da Conferência Internacional Infanto-juvenil acesse: http://............ DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Logo da seção – galera repórter Manchete com letra diferente Linha com fundo de cor diferente ao da página Fundo da página em verde remetendo ao Ambiennte/Ecologia Linha do tempo de todas as e conferências nacionais do ambiente com pequeno texto explicativo e fotos de cada uma (2003/2006/2009) 2 fotos de Rangel durante entrevista, a segunda com a legenda “ Quando era adolescente, percebi que o que fazia tinha impacto no mundo.” CONCLUSÃO: Entrevista politicamente correta e ambientalista ressaltando o processo de políticas públicas do meio ambiente através da juventude, o que incluiu a mobilização das escolas. O histórico/linha do tempo das Conferências também trazem esse teor. PÁGINA 26 MANCHETE: A JUVENTUDE ESTÁ NO CLIMA LINHA: Facilitadora do Fórum de Adolescentes sobre Mudanças Climáticas em Copenhague (Dinamarca), Fernada Winter ressalta a força da participação dos jovens nas questões ambientais AUTOR: Fernanda Winter, do Virajovem Lavras (MG)* MATÉRIA: 2009 – MIDIA COM A cop-15 Mobilização e pressão mundial Grande mobilização juvenil, antes, durante e depois Ex; Fórum de Adolescentes organizado pelo UNICEF, uma semana antes da COP-15 Adolescentes de 14-17 de mais de 40 países – 2 representantes do Brasil Vários temas climáticos discutidos INTERTÍTULO: Envolvimento com o planeta Declarações dos adolescentes envolvidos no mundo Fracasso da COP não pode desanimar “é hora de decidir: ou a mudança é nossa ou é climática!” DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letra diferente Linha com fundo de destaque Fundo em azul e verde e fotos das mudanças de clima como pessoas em alagamento com guarda-chuvas , o sol forte Foto torta do Fórum com legenda – “Embaixadores do clima mandam seu recado aos políticos de fachada” CONCLUSÃO: Nova matéria demonstrando a mobilização juvenil perante COP15. Teor crítico alto PÁGINA 27 MANCHETE: FORMATURA EDUCOMUNICATIVA LINHA:Representantes de diversas comunidades que integram a Plataforma dos Centros Urbanos concluem curso promovido pela Viração e pelo Núcleo de Comunicação e Educação da USP AUTORES: Maria Rehder, Gisella Hiche, da Redação e Izabel Leão do NCE-USP MATÉRIA: As variadas estratégias de mobilização social nas comunidades 30 cursistas se formaram em dez/2009 Formar educomunicadores para auxiliar sua comunidade em ações de mobilização e comunicação 6 meses de curso pela Vira e NCE Último encontro foi apresentação dos projetos dos cursistas e avaliados pelos profissionais das 2 instituições BOX – LICENCIATURA EM EDUCOMUNICAÇÃO Informe sobre o curso de licenciatura em Educomunicação a iniciar em 2011 Entrevista curta (3 questões)com Ismar de Oliveira de Soares, coord do NCE, sobre educomunicação e adolescentes BOX – PARA SABER MAIS Saiba mais sobre educomunicação:www.usp.br/nce DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRAFICO Manchete com letra diferente Linha com fundo diferente Fundo em laranja e desenhos de fundo 1 foto do encontro com legenda – “ participantes aprenderam ações de mobilização para suas comunidades” CONCLUSÃO: Matéria sobre projeto em comunidades de São Paulo e a diferenciada forma de intervenção para o desenvolvimento através da educomunicação PÁGINA 28 ESCUTA SOH! MANCHETE: PELA MESMA CAUSA, SEM FRONTEIRAS LINHA: No Peru, ativistas do movimento HIV/aids articulam rede latinoamericana para cobrar o fortalecimento e a prioridade de políticas públicas na América do Sul e Caribe AUTORES: Aryane Gabriella (Fortaleza – CE) do Peru para Escuta Soh MATÉRIA: Primeiro Encontro da América Latina e Caribe de Adolescentes vivendo com HIV – nov/2009 no Peru Oficinas com temas de políticas públicas de saúde e capacitação de profs Utilização de filmes – boa ferramenta com adolescentes Produção de carta de princípios a ser entregue a governantes de cada país Criação da rede Latino-Americana de Jovens Apresentação de algumas propostas DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letra diferente Linha com fundo em destaque Logo Escuta Soh! 1 foto de mural com a legenda “ troca de experiências entre países latinoamericanos foi destaque no encontro CONCLUSÃO: Matéria sobre importante encontro internacional de adolescentes com HIV. Destaca a metodologia do encontro voltada para construção de políticas públicas de saúde para esse segmento social. PÁGINA 29 QUE FIGURA MANCHETE: O ESTADO NOS PERTENCE LINHA: Político e guerrilheiro, Plácido de Castro teve papel importante no início dos anos 1900, quando liderou o movimento de revolução pela independência do Acre. AUTOR: 4 DO Virajovem Rio Branco (AC)* e Rafael da Redação MATÉRIA: Histórico e feitos de Plácido de Castro no Brasil e principalmente no Acre onde lutou pela independência do estado, tornando-se herói Brasileiro Uma ilustração do herói nacional e personagem histórico PÁGINA 30 RANGO DA TERRINHA MANCHETE: O ARROZ DO MARANHÃO AUTOR: Sidnei, Virajovem São Luiz (MA)* MATÉRIA: Como fazer CUXÁ – prato típico da culinária maranhense Histórico e origem do prato Artur de Azevedo descreveu o prato em poesia Estudante de gastronomia do Centro Universitário do Maranhão dá a receita e deixa contato eletrônico para dúvidas] Receita do prato (Cuxá e arroz de cuxá) – ingredientes e modo de preparo DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO TARJA PRETA NO TOPO INDICANDO SEÇÃO Letras Manchete diferentes Logo da seção 2 fotos, do cuxá e do arroz de cuxá Fundo quadriculado em vermelho e branco imitando toalha PÁGINA 31 NO ESCURINH0 MANCHETE: BRINCAR COM FOGO Autor: Sérgio Rizzo, crítico de cinema Fotos: Divulgação MATÉRIA: Filmes obrem a segunda guerra – tema ainda freqüente na telona Fime A Onda – professor que meche com o nazismo Diagramação e Projeto Gráfico: Tarja no topo indicando seção Manchete com letra diferente Fundo trabalhado em verde Fotos do filme imitando fotograma de cinema e claquete PÁGINA 32 TODOS OS SONS MANCHETE: MUSICALIZANDO O BRASIL LINHA: A produção mais recente do músico pernambucano Adriano Salhab, O Sol rodando Vermelho, faz parte da peça Os Sertões, de Euclides da Cunha AUTOR: 2 DO Virajovem São Paulo(SP) MATÉRIA: Histórico do cantor pernambucano Adriano Salhab Acabou no teatro oficina de Zé Celso apresentando Os Sertões (rabequista) Segundo CD Divulgou suas musicas na internet “ser independente é o que viabiliza a existência de muitos cantores por aí” BOX TÁ NA MÃO – END. ELETRÔNICO DE SUA MÚSICA DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO TARLA PRETA INDICANDO SEÇÃO Manchete com letra diferente Linha com fundo de outra cor destacando 1 foto trabalhada do cantor em ação 1 foto da capa do CD PÁGINA 33 SEXO E SAÚDE MANCHETE: Não tem LINHA: (explicativa) Você sabe dizer quando a puberdade chega ao fim ou o que causa a sensibilidade nos seios das mulheres? O Virajovem de Vitória (ES)* e o colaborador Leonardo Hodina, de Blumenau (SC), consultaram o ginecologista Jorge Luiz Gobbi, que tirou esses dúvidas. ENTREVISTA: 2 QUESTÕES PARA O Dr. Já introduzidas na linha da matéria BOX – IDEM – MANDE SUAS DÚVIDAS – END ELET. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Idem outros números – 2/3 da página para box da entrevista 1/3 da página para cupom de assinaturas Ilustração no box da entrevista – mulher fazendo ligue-pontos de outra mulher – se reconhecendo PÁGINA 34 – PARADA SOCIAL MANCHETE: UM MUNDO SEM BARREIRAS...CAMINHOS POSSÍVEIS LINHA: Campanha busca conscientizar sociedade sobre importância da acessibilidade AUTOR: 1 do Virajovem RJ_RJ MATÉRIA: Acesso a deficientes – mesmas oportunidades CONADE – Conselho nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência , ligado a SEDH lança campanha – Acessibilidade: siga essa idéia – conscientização social BR – 25 mil com alguma deficiência além de 17 mil de idosos com dificuldade de locomoção RJ – ONGs e Inst. Aderiram a campanha – peça de teatro envolvendo a linguagem de deficientes Dec. De cantor que teve paralisia infantil o Incentivo a denuncia ao não cumprimento da lei aos deficientes BOX TÁ NA MÃO Para saber mais sobre a campanha Aacesse o site.................................. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Matéria em box de 2/3 da página Tarja azul indicando seção Manchete com letra diferente Linha com fundo azul dando destaque Logo de deficiente 1/3 da pg. para cupom de assinantes PÁGINA 35 EDIÇÃO SEM A SEÇÃO DE REP 10 – NO LOGAR O LOGO E CHAMADA PARA ACESSO NA INTERNET DO ESCUTA SOH! – WWW.ESCUTASOH.COM,BR – PAGINA 36 – CARICATURA DO CARTOLA COM A CITAÇÃO: “ Quem gosta de homenagem é estatua. Eu quero continuar vivo e brigando pela nossa música.” – Agenor de Souza, 1908 – 1980, cantor e sambista carioca Análise de conteúdo – Revista Viração 60 - 1)Dados. Nome da Revista: Viração Sub título: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 60 Março 2010 Capa – pagina 1: MANCHETE: O BARATO SAI CARO? LINHA: Especialistas e militantes discutem discriminalização da maconha DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Foto de um beco na rua com grafite de mulher fumando maconha entre pixações Foto de especialista sobre chamada sobre Haiti – Moldura imitando fotos de internet com – anterior e próxima – Foto de representante indígena sobre chamada sobre Fórum Social Mundial – Moldura imitando fotos de internet com – anterior e próxima – CHAMADAS: S.O.S HAITI – Economista Sandra Quintela fala sobre ocupação internacional no Pais MUNDO POSSÍVEL – Fórum Social Mundial completa 10 anos PAGINA 2 VEJA QUEM FAZ A VIRA PELO BRASIL Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. REPRESENTATIVIDADE NO PAÍS – CADA INSTIOTUIÇÃO PERTENCE A UM ESTADO DIFERENTE PÁGINA 3 EDITORIAL: Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete; VIRAVELHO. Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Utilizando uma linguagem direta e informal com o leitor abre o texto dizendo que a VIRA está completando 7 anos nessa edição de março e que tem muito a comemorar. De um projeto em 2003 veio a se tornar um movimento da juventude que vai muito além dessa revista e do portal da internet. Ressalta; a presença em 22 Estados e DF e a participação direto dos virajovens em iniciativas políticas, na defesa de vários temas, contribuindo com a mudança social do Pais. Presença em importantes momentos e ajudamos nas construções de propostas para conferências nacionais da juventude e de Comunicação que ajudarão na construção de programas do governo “mas chega de confete e vamos para a edição que está em suas mãos...” Tema complexo na reportagem de capa – discriminalização da maconha o Em quatro páginas de reportagem você terá diferentes pontos de vista de especialistas e militantes que defendem ou são contra a possibilidade de regulamentar o uso da “ VERDINHA” - USO DE GÍRIA NO TEXTO o Quais os efeitos que a CANNABIS pode trazer aos usuários – USO DE TERMO CIENTÍFICO TAMBÉM “FOMOS AS RUAS PARA SABER O QUE A GALERA ACHA DE BAIXAR FILMES, MÚSICAS E LIVRES PELA INTERNET” “você recebe na última página uma ilustração da Pagu, assinada por Novaes como homenagem ao Dia internacional da Mulher” QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 22 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos 22 Estados contribuintes e parceiros da revista. O incentivo a participação é constante. Assinatura e MTB do Coord. Executivo da Vira Paulo Pereira de Lima Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo Selo da FSC – Grupo de produto proveniente de florestas bem manejadas e outras fontes controladas – certificado no BV-COC 96725 APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração PÁGINA 4 - MAPA DA MINA Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA: Manda Vê Escuta soh! De olho no Eca Rango da Terrinha No Escurinho Todos os Sons Sexo e Saúde Parada Social Rap Dez Novamente a nomeação de cada sessão trás não só uma linguagem coloquial e até mesmo de gíria proporcionando uma aproximação com leitor, mas também apresenta os principais assuntos tratados rotineiramente na revista sendo eles respectivamente; Seção de participação, autonomia e protagonismo pleno da revista. O tema tratado em cada fascículo é debatido por adolescentes e jovens de todo o Brasil. Questões sobre HIV/Aids – saúde entre os jovens Questões sobre o ECA – direitos e leis sobre as crianças e adolescentes Gastronomia local – cultura, costumes locais através da comida Cinema e cultura jovem em geral Música e cultura jovem em geral Sexualidade e saúde Movimentos e acontecimentos sociais HQ em forma de Rap com mensagens sociais importantes e Além das sessões fixas da revista um índice por página, um título de chamada e breve resumo das reportagens da revista. A página conta ainda com um quando de expediente com todos os dados da revista intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 – FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. Muitas parabéns (em 140 caracteres) pelos 7 anos de revista, principalmente as frases publicadas no twitter da Vira - OPS! ERAMOS! Box com errata das edições anteriores. - PONTO G – QUESTÃO DE GÊNERO Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freire na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Pró-menino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PÁGINA 6 E 7 MANDA VÊ AUTORES: Alex Pamplona e Sâmia Maffra, do Virajovem Belém*(idem) TEMA – “ O QUE VOCÊ ACHA DA IDEIA DE BAIXAR ARQUIVOS PELA INTERNET?” ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado as declarações dos jovens. O assunto é baixar arquivos pela internet de musicas, filmes e sérias e com várias opções e sem gastos. Download criou cultura FREE, aproximando consumidores e autores. Tem os que acham que prejudica indústria fonográfica e direitos autorais e outros que acham que não. Cita a lei dos direitos de propriedade intelectual do Brasil (Lei 9.610, de fev. de 1998). Cita tramitação de projeto de lei no congresso, de autoria do senador Eduardo Azeredo PSDB-MG, para controle da internet e até punição para downloads proibidos (2 a 4 anos de detenção). DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: São 8 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. São 5 de Belém/PA e 3 de São Paulo Posicionamento geral: 1 não x 7 sim Cada posicionamento tem sua argumentação aparecendo temas como, alternativa para quem não tem condições econômicas para compra de CD, muitos aprovam apenas para conteúdos educativos ou liberados mas condenam pirataria, vêem download como diferencial para artista – divulgação, não ser a única forma de adquirir cultura e informação BOX – PARA LER NO BUSÃO Sugestão de site governamental – www.dominiopublico.gov.br que tem obras de domínio publico disponíveis para download. Uma verdadeira biblioteca digital párea baixar sem “peso na consciência” de violar uma lei. Espaço desenvolvido com software livre composto por vídeos, áudios, livros e imagens de domínio público DEMOCRATIZANDO A INFORMAÇÃO BOX – FAZ PARTE Curiosidades sobre o tema debatido. Gravadora Trama disponibiliza álbuns inteiros em seu site aquecendo o mercado e sem onerar artistas, pois remuneração vem de patrocínios encima da quantidade de downloads. http://albumvirtual.trama.uol.com.br. SERVIÇO PÚBLICO PÁGINA 8 DE OLHO NO ECA MANCHETE: DE OLHO NO ECA AUTOR: Equipe Pro-menino* Asterisco leva a nota no pé da página explicando: “ O Portal Pró-Menino, parceiro da Vira, é uma iniciativa da Fundação Telefônica em conjunto com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (CEATS/FIA) LINHA: Como deve acontecer o abrigamento de adolescentes? O que acontece quando eles e elas completam 18 anos? A MATÉRIA: Adolescência já é uma fase complicada, imagina pra quem mora em abrigos. Desafio: obrigatoriamente ter que se desligar aos 18 anos Abrigo ou ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL – NOVA NOMENCLATURA NA NOVA LEI DE ABRIGAMENTO o Medida protetiva prevista no ECA – não vale para maiores de 18 o Necessidade de autonomia e independência até os 18 – adolescente precisa de muito apoio da instituição onde está Rodas de conversa, apoio psicológico, fortalecimento dos estudos, preparação para vida profissional e inserção em programas de moradia em repúblicas – DOMÍNIO DO COTIDIANO DA ÁREA SOCIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE Principal diretriz – Inserção familiar Cita Nova Lei de Adoção, aprovada em 2009 – obrigatório restringir a no máximo dois anos o tempo de abrigamento, incentivando-se a volta ao lar ou adoção Durante abrigamento – trabalho com famílias para receber criança/adolescente Nova lei – abordagem contemporânea – moderno conceito de família que acolhe meninos e meninas: “seja composta não só pelos seus pais e mães, mas também por seus avós, tios, madrinhas, primos, irmãos mais velhos, todos aqueles com quem eles tenham vínculo de afinidade e intimidade” POPULARIZAÇÃO DE NOVOS E IMPORTANTES CONCEITOS DA ÁREA SOCIAL Levanta a necessidade de o abrigo analisar cada caso para um retorno o mais breve possível “Crescer em instituição não é coisa boa pra ninguém” Época da FUNABEM, governo militar (1964-1985) – institucionalização era prática corriqueira. o ECA rompeu com isso o “ o acolhimento institucional é uma medida que, apesar de muito necessária em alguns momentos da vida familiar de crianças e adolescentes, já vem com prazo de validade.” CRÍTICA CONSCIENTE DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE E EXALTAÇÃO DA NOVA LEI. LEVANTA CARÁTER HISTÓRICO DA FUNABEM (EDUCATIVO) COMO EXEMPLO RUIM QUE DEVEMOS NOS AFASTAR BOX – TÁ NA MÃO Para aprofundar ainda mais esse debate, vale conferir: Nova Lei de Adoção – lei 12.010/2009 Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária (doc. Construído pelo Conanda) Os documentos estão disponíveis na seção “legislação” do portal Pró-menino – www.promenino.org.br PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO – LETRAS DA MANCHETE DIFERENTE AO DO CORPO DA MATÉRIA LOGO DA SEÇÃO – MENUINO DE BONÉ LENDO O ECA EM CORES VIVAS Uma charge de uma adolescente de 18 anos sendo expulsa do abrigo Pontilhado em torno de toda a página – destaque para o texto PÁGINA 9 MANCHETE: GOL DE MUDANÇA LINHA: Na África, jovens em situação de rua, de oito países, participam de copa de futebol para a defesa dos direitos da criança e do adolescente AUTORES: Camila Andrade Vaz, do Virajovem São Paulo (SP)* (Idem) MATÉRIA: Gosto pelo futebol – o que atraiu meninos e meninas em situação de rua e participantes do Projeto QXT fossem convidados a disputar a Deloitte Street Chield World Cup, primeira copa de mundo de crianças de rua. Jogos em Durban – África do Sul – mesma cidade que receberá a Copa do Mundo Time brasileiro – jovens que já foram de rua e hoje estão em abrigos – “afiado no futebol e defesa de seus direitos” Oito times/países – Brasil, África do Sul, Índia, Ucrânia, Nicarágua, Filipinas, Reúno Unido e Tanzânia) o 2 momentos: Os jogos e Conferência para debater direitos dos jovens Produção de Manifesto da Criança de Rua Complementos de políticas públicas Declaração dos jovens protegendo os nomes – APENAS INICIAIS DOS NOMES Evento organizado por: Amos Trust, Consorcium for Street childrens, Street Action, Global Goals e a sul Africana Umthombo Street Children Utilizaram blog para expor idéias debatidas Apoio do Aprendiz na formação dos jovens em comunicação BOX – TÁ NA MÃO Confira todas as novidade e notícias sobre a copa em : http://streetchildworldcup.org/ DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Letras da manchete diferentes das do corpo da matéria “Fotos “tortas” de uma adolescente jogando bola com a legenda “ os oito países participantes disputarão os jogos em times mistos” e outra foto do time brasileiro em formação com a legenda “Equipe brasileira está em Durban para a criação do ‘Manifesto da Criança de rua’” Fundo imitando um gramado verde de futebol CONCLUSÃO: Chama atenção para a criança em situação de rua de uma maneira diferenciada que é a Copa. PÁGINA 10 GALERA REPÓRTER MANCHETE: SITUAÇÃO EMERGÊNCIA LINHA: A economista Sandra Quintela fala sobre a ocupação internacional no Haiti AUTORES: Alex Ferreira e Gizele Martins, do Virajovem Rio de Janeiro (RJ)* (idem asterisco) A MATÉRIA: Texto de apresentação do Haiti e seu trágico estado após terremoto que matou mais de 200 pessoas “para completar o problema social que já enfrentava a tempos.” País mais empobrecido das américas, maior taxa de mortalidade infantil, Ditadura de Papa Doc em 1957 Tirou o Filho Doc em 86 País imerso na corrupção e baixo desenvolvimento Eleições livres em 90 – nove golpe militar 2004 – intervenção da ONU contra violência no país o Brasil com 1300 soldados Sandra Quintela – economista do Inst. De Políticas Alternativas para o cone sul (PACS), sediado no RJ. Surgiu em 1986 atuando com Educação Popular e Pesquisa Socioeconômica. PACS tenta pressionar o governo brasileiro a retirar as tropas militares por testemunhar cenas de opressão do então presidente, Minustah. Formato de pergunta e resposta: Trabalho do PACS no Haiti – fim das tropas e cancelamento d dívida externa do país Brasil e militares – não é solidariedade, mas contenção e violação de direitos humanos Mulheres haitianas na frente dos protestos Militares fazem do Haiti um campo de treinamento – parte da militarização das periferias urbanas (favelas do RJ por exemplo) Haiti – pobre e IDH muito baixo (153 lugar) – EXPLICAÇÃO DO QUE É IDH Situação alarmante – sem condições mínimas de saúde, educação, SANEAMENTO BASICO, SALÁRIOS DIGNOS Após terremoto – necessidade de recursos básicos, reconstrução do pais, precisa de profissionais para reconstrução e não militares Estado do país é consequencia do colonialismo, dominação e exploração da França e EUA Primeiro país a decretar o fim da escravidão e destroçado por grande potências capitalistas da época Mídia brasileira – silêncio perante atuação das tropas, cobertura superficial, só mostra tragédia e não causas políticas e econômicas, o Não dá conta por si só dos problemas, pois demanda uma intervenção política efetiva BOX - TÁ NA MÃO CONTA DO UNICEF PARA DOAÇÕES AO PAÍS. LINHA DO TEMPO Histórico do Haiti desde 1492, no descobrimento e exploração colonial espanhola. 1665, ocupação da França e levados mais escravos além do que Espanha tinha levado. 1794 – assinada a ebulição da escravatura. 1802 – tentativa francesa de reinstituir a escravidão levando a conflito com nativos no qual França perde e primeira independência decretada em 1804. EUA tomam o controle em 1915. 1957-1986 é a ditadura de Papa Doc. 1995 – Aristides eleito presidente. 1995 – Intervenção militar da ONU DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO: Letras da manchete diferentes das do corpo da matéria Fotos “tortas” Da economista citada na matéria com a legenda “A situação é alarmante e o país precisa mais do que nunca de solidariedade internacional” O fundo da legenda em vermelho enfatiza ainda mais o apelo. Linha do tempo com fundo preto e ilustração sobre a colonização da Ilha, foto da bandeira dos EUA quando cita o domínio norte americano e dos militares brasileiros quando ONU intervém. CONCLUSÃO: Matéria forte e a entreviste deixa transparecer as duras críticas da especialista quanto a intervenção da ONU, as tropas Brasileiras e a falta de apoio político e econômico. Assunto de extrema importância. Trazer o histórico do Haiti além de pedagógico também ajuda a entender a situação atual em convergência com a fala da economista. PÁGINA 12 MANCHETE: NO AR: COMUNIDADE DA QUADRA LINHA: Moradores de São Vicente de Paulo, no Ceará, utilizam rádio comunitária e jornal de bairro como instrumento de participação AUTORES: Thé, André Ítalo, Camille Viana, Carlos Mazza, Caroline Brito, Hayanne Narlla, Isadora Rodrigues, Maurício Moreira, Marina Fernandes, Raiana Soraia e Rones Maciel, do Virajovem Fortaleza (CE)* (idem asterisco) MATÉRIA: Jovens do projeto Agência Torpedo de Notícias – projeto da ONG Catavento – visitaram a comunidade da Quadra em Fortaleza – CE o Obj era conhecer de perto o que pesquisaram durante formação na Agência – torpedos SMS como ferramenta de comunicação social o Comunidade possui atividades de comunicação próprias – jornal comunitário e programas alternativos de rádio que contam com a participação dos moradores o 600 famílias de baixa renda na comunidade o Crescimento desorganizado se dá verticalmente devido a falta de espaço – construções de até 3 andares o INTERTÍTULO: CIDADANIA EM RÁDIO Radio Comunitária Latitude 40 graus - criada em 1993 por Chico Cambista e Zequinha o Hoje com 2000 ouvintes – serviços de utilidade pública, entretenimento e mensagens políticas conscientizadoras o Inst. De comunicação para alertar sobre as necessidades da região INTERTÍTULO: POR MEIO DAS PALAVRAS Jornal VOZ DA QUADRA – INICIADO EM 2005 com apoio da ONG Catavento Comunicação e Educação e jovens da comunidade o Primeira edição surgiu após oficina de com. E comunidade deu continuidade. o Estilo próprio da comunidade – diferencial o Distribuído sem custos o Espaço para morador que faz a diferença na comunidade e informações sobre problemas locais e festas da comunidade o “A vontade de incentivar a comunidade a se conhecer melhor é o maior estímulo para os jovens que participam do jornal.” o “ Muitos desses colaboradores não são estudantes e nem graduados em jornalismo, mas buscam por meio de palavras dar a voz à comunidade em que moram” DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO Letras da manchete diferentes das do corpo da matéria Fotos “tortas” de duas capas do Jornal Voz da Quadra (com as manchetes -Onde brincar – e – Susto na comunidade - ) citado na matéria com a legenda; “Jornal iniciado em 2005 é produzido por jovens da comunidade.” Fundo da LINHA em verde escura – destaque para conteúdo da matéria Fundo da matéria em azul claro em degrade CONCLUSÂO: Matéria mostra o potencial de mobilização social através da comunicação com jornal e rádio. Apesar de curta, tem dois intertítulos o que areja a matéria sem perder a consistência. Bons personagens/protagonistas e um ótimo final dão mais força ao conteúdo. PÁGINA 13 QUARTO MUNDO MANCHETE: SINTONIA EM CAPÍTULOS LINHA: Em formato de seriado, programa Quarto Mundo estréia terceira temporada ambientado em escola pública. AUTOR: Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo (SP)* (idem asterisco) MATÉRIA: 2008 a revista anunciou o programa na TVUSP feito por jovens chamado QUARTO MUNDOI Formato de entrevista – recebeu várias personalidades, artistas e líderes de movimentos Mesma equipe produzirá um seriado Uma escola pública será o cenário Roteiro, produção e gravação feitos pelos jovens, “ESSA GALERA” Conta sobre produção do seriado Declaração de participante, Camila Andrade Vaz, 18 – engajada, participante da ONG Rede Interferência Estréia em março – famílias em ecolas – os grupos – como tema INTERTÍTULO: FORMAÇÃO Jovens de várias regiões de SP e participantes da Vira farão parte dos próximos programas Passarão por uma formação antes – hist. Da TV, roteiro, operação de câmera, luz e técnicas de jornalismo Dec. Diretora de jornalismo da TVUSO , Ana Paula Chineli, - produtivo compartilhar TV com jovens , “ conseguimos desenvolver um produto em que os participantes puderam fazer mídia do ponto de vista deles” BOX – TÁ NA MÃO – VOCÊ PODE ASSISTIR À SERIE QUARTO MUNDO NA ESCOLA NA TV USP (CANAIS 11 DA NET, 71 DA TVA E 187 DA TVA DIGITAL) DENTRO DO TERRITÓRIO DE sp, TODAS AS QUINTAS, ÀS 22HRS DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO - Manchete com letra diferente a do corpo. Fundo colorido por faixas imitando TV - Foto da equipe “torta” com legenda, “Elenco do programa em festa de lançamento de nova temporada” - Linha com fundo vermelho – destaque CONCLUSÃO: Matéria sobre mídia compartilhada com jovens. Uso de gírias. Exploração de vários veículos. PÁGINA 14 MANCHETE: PRIMEIRO EMPREGO SEM SUSTO LINHA: Adolescentes da Plataforma dos Centros Urbanos realizam roda de conversa sobre mercado de trabalho na Viração, em São Paulo AUTORES: Estefania Souza e Silva, Lucas da Silva Pontes, Nayara Souza Lima, Luana Teixeira, Jéssica Indalina Ribeiro e Silva Ariel de Carvalho, adolescentes comunicadores da PCU e Vânia Correia, da redação MATÉRIA: Encontro de 20 adolescentes comunicadores da PCU se reuniram na Viração para receber o Séc. Mun. Do Trabalho de SP – Marcos Cintra - Séc. ouviu os adolescentes “galera desenvolta” que até escondia nervosismo e insegurança Secretario foi simpático e receptivo – “quebrando o gelo” Proposta: abordar temas da agenda 2012 e apresentar propostas dos jovens para o trabalho – extensão da lei do aprendiz para órgãos públicos e aumento de vagas em cursos de capacitação para mercado de trabalho Adolescentes estabeleceram diálogo aberto com Séc. Séc. considerou propostas ao Projovem – ênfase para formação específica por faixa etária, principalmente 16 anos Séc. declara que gostaria de repetir a experiência e conversar mais com jovens Explicação do que é a PCU BOX – VOCÊ SABIA QUE EXISTE A LEI DO JOVEM APRENDIZ? Lei 10.097/2000 – lei do jovem aprendiz – explica a lei BOX – PERGUNTA RÁPIDA Como deve ser a preparação do jovem ao mercado de trabalho. Duas perguntas em destaque sobre isso. o Como jovem deve se portar diante das exigências do merc. De trab. Algumas profissões exigem conhecimento e o barrar não é pela falta de experiência mas de estudo o O trabalho edifica ou modifica? DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letras diferentes ao corpo da matéria Linha com fundo próprio dando destaque 2 fotos na página 14 tortas e com respectivas legendas; 1. Marcos Cintra ouviu propostas dos adolescentes para a área de trabalho (foto do Séc. com adolescente), 2. Adolescentes pedem ênfase para formação específica (foto de mãos no teclado) 1 foto na pagina 15 sem legenda – adolescentes se apresentam para Séc. Fundo imitando papel reciclável em bege CONCLUSÃO: Matéria Que enfatiza o protagonismo e autonomia dos adolescentes além de sua eficácia e potencial em receber, entrevistar e propor mudanças ao Séc. do Trabalho. Informação e educação na apresentação da lei do aprendiz. Uso de gírias. BOX pergunta rápida permitiu aprofundamento do Séc. em assuntos importantes. PÁGINA 16 ESCUTA SOH MANCHETE: MULHERES E HIV – UM ENCONTRO PELA VIDA LINHA: Evento no Rio de Janeiro reúne mulheres para discutir equidade de gênero AUTORES: Camila Pinho, de Belo Horizonte (MG) e Micaela Cyrino, de São Paulo(SP) da ESCUTAH SOH! Colaborou o Grupo de Mulheres da ONG Pela Vidda Rio MATÉRIA: 2009 – ONG Pela Vidda Rio realizou um encontro com uma TURMA interessada em compartilhar vivências. Surge o tema pela equidade Alguns temas ainda difíceis de circular entre as mulheres e homens – talvez um motivo pelo o aumento de casos de pessoas com HIV/aids – uso de camisinha pelo parceiro por exemplo – Muitas histórias e diversidades entre participantes do evento Impactos entre gerações e gêneros – costumes, hábitos, culturas diferentes – diferenças bem vindas para a discussão. Conta ainda com a participação de 2 homens Surgem contornos de uma nova proposta para universo feminino Ficou acordado a participação dos homens para enriquecer o debate BOX – NOSSS IDEAIS Participação de outros Conhecer o corpo onde temos prazer Jovens e adultas precisam conversar mais Juntas conseguiremos mais mudanças Somos mulheres independentes BOX – NÃO TEM DESCULPA Fala sobre a importância da camisinha e chama a atenção da camisinha feminina, ensinando a utilizar. DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Manchete com letras diferentes ao corpo da matéria Fundo roxo, remetendo a mulher Linha – fundo branco dando destaque ao seu conteúdo Logo do Escuta Soh! No topo a direita Texto sobre fundo imitando papel levemente torto em relação ao fundo roxo e com detalhes de flor tipo patch CONCLUSÃO: Matéria mais hermética, destinada a um grupo específico – mulheres- sem o olhar universalizante e envolvente, mais comum na revista. Utilização de gírias. Muito educativo na questão sexual citando a camisinha feminina e como e quando utiliza-la PAGINA 17 MANCHETE: VIDAS RECONSTRUÍDAS LINHA: Em Belo Horizonte, projeto social foi criado para levar atividades e cursos de humanização às crianças em situação de risco AUTORES: Felipe Campos Borges, do Virajovem Vitória(ES)* (idem astericos) FOTOS: Divulgação MATÉRIA: “um dos maiores aglomerados de favelas de BH” – contexto vulnerável de difícil Local de intervenção local de jovens há 5 anos Projeto Reconstruir – nasceu pq um proprietário não conseguia vender devido a violência e emprestou a instituição Início “SURREAL” tamanho as necessidades locais – muitas e diferenciadas demandas Foco nas crianças – drogadição e violência Atividades – pano de fundo: valorização da vida, respeito ao próximo, dignidade e direitos humanos Muitas atividades orientadas por voluntários – valor da amizade, importância da dedicação e perseverança. BOX TÁ NA MÃO Endereço telefone e endereço eletrônico e site do projeto DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Fundo colorido, alegre em tons de verde e amarelo Letras da manchete diferente ao corpo Linha com fundo laranja dando destaque 3 fotos tortas das crianças do projeto em atividades – FOTOS MOSTRAM O ROSTO DAS CRIANÇAS CONTRADIZENDO O ECA – legenda: “No projeto, crianças participam de oficinas lúdicas com temas educativos PÁGINA 18 REPORTAGEM DE CAPA MANCHETE: CAUSA E EFEITO LINHA: Quando o assunto é descriminalizar o uso da maconha, o Brasil se divide sobre o que de fato uma mudança na lei poderia trazer AUTORES: Alex Ferreira, do Virajovem RJ(RJ)*, Daniel Libarde, do Virajovem Vitória (ES)*, Gabriel Viture, colaborador da Vira em São Paulo(SP) e Rafael Stemberg, da Redação MATÉRIA: Abre citanda curiosa matéria no YOUTUBE (CONVERSÃO DE MÍDIAS, CITA ENDEREÇO DA MESMA) sobre cidadezinha Cruzeta (RN) que pop. Tinha o habito de plantar planta “diamba” em casa, ou seja, maconha, para fins medicinais Delegado descobre e faza lei, proíbe, acabando com tradição local “Pop. Cruzetenses não foram os primeiros, e nem serão os últimos , a utilizar a maconha como erva de cura” Humanidade utiliza há mais de 5000 anos plantas alucinógenas Histórico da maconha: surgiu em 2.300ª.c. na China; 2000ac. “Pelos indianos e africanos para rituais sagrados; Romanos queimavam na sauna, para relaxamento e prazer; No Brasil, até 1905, podia-se comprar o “cigarro de índio”, mistura de tabaco e maconha, “ para combater asma, insônia e catarros” dizia a embalagem “Atualmente, a produção, o consumo e o comércio da maconha são ilegais no Brasil” INTERTÍTULO: MACONHA NA BERLINDA Dados técnicos: fumo contém THC (tetra hidrocarboneto) – efeitos psíquicos ou físicos – responsável por ações agudas (instantâneas) ou crônicas (longo prazo) o Aguda – descrição de efeitos imediatos o Crônica - descrição de efeitos imediatos “ A droga, assim como a bebuida alcoólica e o cigarro comum, também causa dependência. Dados do Cebrid/Unifesp – alto índice de uso da maconha (quase 10% de 8.000 entrevistados). 13 e 14 anos – começa a utilizar a droga Discriminalizar é diferente de legalizar – este pressupões produção, distribuição e comercialização da maconha em território nacional. O primeiro remete a não punição ou processo judicial a quem for flagrado consumindo droga. Discriminalizar – A FOVOR:droga como questão de saúde pública e não segurança e criminal. Contribui com o fim do comércio ilegal; CONTRA: Facilitaria acesso a droga aumentando número de usuários Declar. Especialista –cientista social, Marco Magri – participa da marcha da maconha em São Paulo – a favor da regulamentação para fins medicinais e ind. Têxtil INTERTÍTULO: LIBERDADE DE EXPRESSÃO Coletivo Marcha da Maconha – no Brasil desde 2002 Desde 2008 – briga na justiça por passeata ser declarada ilegal (SP, João Pessoal, Salvador). Pedem a discussão do tema sobre discriminalização o Marcha faz apologia ao uso de maconha – daí a proibição Maio – cinco cidades brasileiras com data marcada para a passeata o Pedem liberação através dos princípios constitucionais de livre manifestação do pensamento (Art. 5.o., parag. IV d Constituição) e direito de reunião (Art. 5.o. parag. XVI da const. E Art. XX da Declaração Universal dos Direitos Humanos) INTERTÍTULO: FORA DA LEI Caso da Argentina – inconstitucional pena para adultos usuários ONU – acordo na prevenção do consumo e fim do tráfico Muitos países toleram o uso da maconha – Holanda, Alemanha e Portugal Lei brasileira - crime o uso e comercialização – algumas ressalvas a partir de 2006 – Lei 11.343 – usuário com penas mais leves – tráfico com pena maior de 5 a 15 anos e multa o Problema que lei não define a quantidade para enquadro como traficante ou usuário o RJ – juiz liberou produtor de 10 vezos de maconha enquadrando como usuário o Dept. fed. Paulo Teixeira – projeto de lei que propõe mudanças na lei; pena menor para pequenos traficantes – 90% dos presidiários do país INTERTÍTULO: ERVA POLÊMICA Jornalista Mauro Borges – coord. Há 17 anos campanha de conscientização contra uso de drogas no Brasil – PROJETO DROGA MATA. Destaca a falta de atenção política para equipamentos de saúde para tratamento de drogaditos Contra a discriminalização – a favor de penas maiores aos usuários por ajudar a financiar o trafico – movimento de 500 bi. De dólares Luiz Eduardo – Cientista político e antropólogo – defende a legalização. Também acha que descriminalização pode fazer aumentar usuários, mas apenas no início e depois estabiliza, se baseia em estudos internacionais o Atual política não diminui o uso apenas criminaliza principalmente jovens pobres o Cita autos gastos no combate as drogas nos EUA e tudo inutilmente, sem resultados expressivos. o Cita obras que escreveu – política pública de segurança Aroldo Gomes da Silva, morador da comunidade da Maré, RJ – presencia diariamente o drama de famílias com filhos dependentes químicos. o Contra mudanças na lei o Denuncia falta de apoio gov. Para tratamento o Contra discriminalização Luiz Paulo Guanabara, psicólogo e fundador da ONG Psicotropicus o Proibição agrava ainda mais a violência, corrupção e mercado ilícito o Defende política mais branda para usuário o Realça briga comercial entre empresas – maconha é um tratamento mais barato que remédios industrializados – pressão para não regulamentação da droga o Ong – redução de danos entre usuários de drogas ilícitas o Defende a discriminalização Tema ainda polêmico – buscar informações e discutir o tema é muito importante Realidade não pode ser ignorada, independente de seu posicionamento quanto discriminalização BOX – SE LIGA! Apresentação dos dados em enquête feita pelo portal da internet da Vira e sem valor de amostragem científica: 57% a favor da discriminalização; 33% o tema deve ser mais debatido; 9% contra discriminalização BOX - TÁ NA MÃO “ O assunto continua no portal da Vira na internet. Lá você encontra informações sobre a droga no mundo, entrevistas com outros especialistas e a cobertura da Marcha em São Paulo. Acesse:www.viracao.org.” DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO - Matéria de 4 páginas – capa – todas as páginas com traja vermelha demarcando a sessão de reportagem de Capa - Manchete com letras diferentes ao corpo – fundo vermelho - destaque -Linha – fundo cinza - destaque - fundo da matéria – muro de tijolos pintados de branco com ilustrações em grafite – remete a um tema marginal - texto em box de fundo branco – não prejudicar a leitura CONCLUSÃO: Matéria de tema polêmico, mas posicionando muito bem ambos os lados. CRÍTICA:O projeto gráfico remetendo à rua, vinculou o tema a marginalidade e rua e este é um assunto que abrange todas as classes. Didática no sentido de informar sobre leis sobre o tema Página – 22 e 23 MANCHETE: PARA RELEMBRAR O SER LEMBRADO LINHA: 10.a. edição do Fórum Social Mundial tem forte presença de juventudes brasileiras AUTORES: Felipe Correa, do Virajovem Vitória (ES)*, Gizele Martins, do Virajovem Rio de Janeiro (RJ)*, Leonardo Nora, do Virajovem Rio Branco (AC)*, Rones Maciel, do Virajovem Fortaleza (CE), Luciano de Sálua e Simone Nascimento, da Redação MATÉRIA: Espaço de troca de idéias, experiências e formulação de propostas e articlações de ONGs e movimentos sociais Porto Alegre – Sede 10.0. FSM 35 mil presentes Não centrado apenas no Brasil mas no mundo – ao mesmo tempo em 2010os fóruns de: Benin, Espanha, El Salvador, Repúblia Tcheca , Japão e Alemanha Tema : “busca e construção permanente de alternativa às políticas neoliberais” – conforme carta de princípios – principal doc. Do fórum, 2001 Agencia de notícias presente – cobertura juvenil do evento para site 2 textos de jovens que estiveram em Porto Alegre e Salvador – MAIS NOTÍCIAS PODEM SER LIDAS EM WWW.REVISTAVIRACAO.ORG.BR/FSM INTERTÍTULO: NA TERRA DE TODOS OS SANTOS Bahia- 29 a 31 de janeiro – tema: Diálogos, diversidade cultual e crise civilizatória. o Programação diversificada – étnico-racial, políticas públicas para quilombolas e ribeirinhas, direito à terra e moradia e questões educacionais, qualidade de ensino médio e superior o Pouco envolvimento de moradores locais apesar de divulgação o Passeata pró Haiti contou com 800 pessoas o No fórum – muita ação indígena – “sem diferença entre periferias e aldeias indígenas, reflitam” o Não é mobilização e articulação política o FSM ma sim, sensibilização sobre o que acontece na sociedade, seja ela indígena, ribeirinha, urbana caiçara, caipira ou quilombola o “e foi nesse misturado junto ao gingado baiano que o Fórum aconteceu...” BOX – SERÁ QUE “OUTO MUNDO ACONTECE” AUTORA: Leandra Barros, do Virajovem Vitória (ES)* Tema do FSM – Outro Mundo Acontece “FOI NESSA VIBE QUE CHEGUEI AO ACAMPAMENTO INTERCONTINENTAL DA JUVENTUDE (AIJ), EM NOVO HAMBURGO, PORTO ALEGRE “fui com R$30,00 na carteira para passar a semana....preocupada....mas não tanto quanto saber que o índice de estupro e roubos nos AIJs foi bem alto nos anos anteriores) fui consciente que não passaria grandes perrengues...” “Almoço 4 pilas. Com isso almoçaria 4 dias na minha cidade em restaurantes populares” – “solução, miojão o mercado a uma hora e meia do acampamento” Cozinha era compartilhada e miojo não era bem vindo Banheiros sujos e mal cuidados “passei a semana bem, comi todos os dias” “votrei com 2,30 no bolso” “mundo nã está tão perdido assim, mas falta muito pra dizer que outro mundo acontece. Fé em Deus e mãos na massa!” DEPOIMENTO AUTORAL E PESSOAL DE UMA VIVÊNCIA NO FSM. BASTANTE PERSONALIZADO E BEM CRÍTICO COM NARRATIVA EM PROMEIRA PESSOA E AGRADÁVEL À LEITURA DIAGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO GRÁFICO Matéria de 2 páginas – FSM Texto em 2 blocos – 1 sobre Salvador e outro sobre Porto Alegre Manchete com letra diferente do corpo o Trabalho gráfico ao fundo em laranja – mapa mundi Linha – fundo em laranja – destaque 2 fotos: 1. Jovem com cartaz protestando contra tropas brasileiras no Haiti com legenda, “Participantes saíram as ruas em solidariedade ao Haiti”, 2. 2 baianas com pulseirinhas do Bonfim nas mãos e legenda, “ Pela primeira vez, Fórum é realizado em diversos locais ao mesmo tempo” BOX com fundo laranja – destaque para texto autoral CONCLUSÃO – BASTANTE DIFERENCOA ENTRE OS DOIS TEXTOS. ENQUANTO SALVADOR FOI MAIS JORNALÍSTICO E DISTANTE O DE PORTO ALEGRE FOI AUTORAL E ENVOLVENTE. PÁGINA 24 MANCHETE:GERAÇÃO ENDIVIDADA LINHA: Jovens com dívidas de “gente grande”. Esse cenário se repete cada vez mais no Brasil Autora: Vânia Correa, da Redação MATÉRIA: JUVENTUDE – ALVO DE MARKETING PUBLICITÁRIO DO MUNDO Difícil manter equilíbrio qdo não se tem dinheiro para comprar tudo que anunciam Fernanda, 18 – não resistiu as vitrines – gasta mais que recebe – não resiste compras o Compras cartão de crédito o Quase nome incluso no CPC o Entrou para estatística de jovens endividados – aumento a cada dia o 20% dos cartões em nome de jovens – 18 a 29 o 40% dos endividados tem até 30 anos e a metade de cheques sem fundo Educador e terapeuta financeiro – Reinaldo Domingos – “facilidade de crédito e associado ao marketing publicitário compõem um cenário perigoso para os jovens” Família é importante na ajuda ao trato ao dinheiro Especialista em finanças – Gustavo Cerbasi – consumo impulsivo – questão de conscientização INTERTÍTULO: PLANEJAR É O CAMINHO Planejamento é necessário; comprar a vista facilita; Dicas não só pra jovens – adultos também se endividam Livro; “ Filhos inteligentes enriquecem sozinhos” Cebasi – aprender com a família é importante “Consumir com responsabilidade é fundamental para o planeta” “adotar modelo de vida mais simples, consciente e sustentável. O planeta agradece.” BOX – CIRE BEM DE SEU DINHEIRO Dicas para controlar seu dinheiro com Reinaldo Domingos, autor de livros; “Terapia financeira” e “ O menino do dinheiro” PLANEJAMENTO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Letras de manchete diferente do corpo Linha com fundo amarelo – destaque Charge – jovem passando encima de dinheiro Foto – cortando cartões de crédito Foto: - cofrinho de porquinho Foto – notas de dinheiro Foto – BOX – Jovem com compras Conclusão – Matéria pedagógica, informativa e preventiva na questão de gastos entre jovens e adultos. Indicações de leitura e dicas de gastos PÁGINA 26 MANCHETE: UNIVERSIDADE: UM SONHO POSSÍVEL LINHA: Corsinhos comunitários e bolsas em instituições particulares podem ajudar a preparar melhor os vestibulandos para as provas AUTORES: Emanuelly Batista, do Virajovem Maceió (AL)*, Adriana Martins, do Virajovem São Paulo(SP)*, Maria Camila da Silva, colaboradoras da Vira em Recufe (PE), Maria Rehder, Luciano de Salua e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Vivian Ragazzi, da Redação MATÉRIA: Jovens universitários no Brasil – 13% - muito baixo Dificuldade de ingressar na faculdade Pública Dec. Camila Fernanda Pinto Salvador – passou em medicina USP mesmo feito escola pública e cursinho André Vinícius Kaled Segato – do PR e não entrou em Odonto. Mas continua tentando INTERTÍTULO – CURSINHOS POPULARES SÃO OPÇÃO FACULDADE PÚBLICA COM MUITOS ESTUDANTES DE ESCOLA PARTICULA Dados do IBGE - 60% dos que entram pertencem a camada dos 20% mais rica 20% dos mais pobres, apenas 3,4% vem de escola pública Realidade educacional brasileira – uma das piores do mundo Curso pré-vestibular populares ou comunitários para alunos de escola pública é opção Inteção dos cursinhos – democratizar a universidade Outra opção – provas de bolsas em inst. Particulares Cursos de faculdades fechados pelo MEC – sem qualidade 588 faculdadesestão ameaçadas de fechamento pelo MEC Decl. De prof. Unesp – “Mec só deve aprovar as que atingem a qualidade necessária” Perigo de escolher um curso superior com qualidade duvidosa Aceitação do curso no mercado de trabalho – muito desempregado com diploma ruim Analisar dados do MEC – única segurança do aluno NOTA: Reportagem publicada originalmente na revista Sem Terra – ed 54 – saiba mais em : http://www.mst.org.br BOX – TÁ NA MÃO No site da Vira, Sérgio José Custódio, pres. Nac. do mov. Dos Sem Universidade (MSU) comenta soibre o assunto: http://tinyurl.com/yegtop8 DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO LETRA MANCHETE DIFERENTE Fundo trabalhado com desenhos a lápis e a mão Foto de classe com legenda: “ No Brasil, 737 mil universitários estudam em estabelecimentos reprovados CONCLUSÃO: Matéria prática, crítica, educativa e informativa sobre a questão universitária brasileira Página 28 MANCHETE: COMUNICAÇÃO REALMENTE SOCIAL LINHA: Descobrimos em Portugal adolescentes e jovens que produzem uma revista como a nossa: por, para e com jovens. AUTOR: NÃO TEM CRÉDITO Dois parágrafos explicativos sobre a entrevista apresentada Revista Bué Fixe – Lisboa , Portugal, muito parecido com a Escuta Soh! Da Vira Entrevista com criador da revista – Dynka Amorim, 25, São Tomé e Príncipe o Melita ongs que lutam contra aids o Entrevista Informações sobre HIV Se auto bancaram no início Pub.- aleém HIV/aids, pois falam de esporte, musica, tecnologia Viajou muito fazendo palestras – 16 paises BOX TÁ NA MÃO - BAIXE DA INTERNET O pdf DA REVISTA Bué Fixe: http://.......... DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO LETRA DA MANCHETE DIFERENTE AO CORPO Cita a proximidade de 2 revistas em países diferentes Sem muito aprofundamento Página 29 QUE FIGURA! MANCHETE: SOLIDARIEDADE INSPIRADORA LINHA: Indicada ao prêmio nobel da paz, Zilda Arns dedicou sua vida à luta pelo fim da mortalidade infantil no Brasil AUTORES: Honislaine Rubik, Juliana Cordeiro e Ninícius Gallon, do Virajovem Curitiba (PR)* (asterisco idem) MATÉRIA: Abre com depoimento de Ciça, voluntária na Pastoral e amiga de Zilda, “ 23 nos e nunca a vi sendo boazinha.” Histórico Médica –profissão como instrumento de mudança social durante seus 75 anos de vida Criadora da pastoral da cça – CNBB Morreu no terremoto do Haiti DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Tarja em laranja na prte superior da página indicanco a seção QUE FIGURA Letra manchete diferente 1 página de reportagem Fundo linha em laranja – destaque Ilustração de NOVAES de Zilda Arns CONCLUSÃO Apresenta importante personalidade da CNBB Zilda Arns PÁGINA 30 RANGO DA TERRINHA MANCHETE: BRASÍLIA: TODOS OS RANGOS E NENHUM LINHA: NÃO TEM AUTOR: Glauber Coradesque, do Virajovem Brasília (DF)* idem Reportagem sobre a curiosidade dos pratos típicos de todas as regiões do Brasil em Brasília. Foto de churrasco pastel e pizza. “ Nosso rango é parte da nossa identidade. E nessa multiplicidade de sabores, sons e rebeldias, Brasília vai construindo a sua.” DIAG. E PROJ. GRAF. – Fundo quadriculado imitando toalha em amarelo. Logo da panela com fumaça, letras da manchete diferentes PÁGINA 31 NO ESCURINHO MANCHETE: O ENCANTO DA PALAVRA LINHA: NÃO TEM AUTORES: Sérgio Rizzo, crítico de cinema FOTOS: Divulgação MATÉRIA: Análise de seriados – “cabeças falantes” Documentários podem ser atraentes e complexos – “Santiago”,brasileiro e “O Equilibrista” americano, Palavra (EM)cantada, bra. – Carmem Miranda, Bananas is my busieness”, “Vida de Menina”, que envolve vários artistas e cantores brasileiros Atenta para o bônus em DVD para atividades em classe 5 Fotos dos artistas e cantores que aparecem nos filmes – SEM LEGENDA OU CITAÇÃO DIAGRAMAÇÃO – Manchete com letra diferente CONCLUSÃO – INFORMATIVO, EDUCATIVO PELA INDICAÇÃO PÁGINA 32 TODOS OS SONS MANCHETE: Game e música: Uma coisa só LINHA: Tentaremos explicar qual o tipo de som que a banda alagoana My Midi Valentine toca: para quem curti jogos antigos, a nostalgia é total! AUTORES: Jhonathan Pino, do virajovem Maceió (AL)* MATÉRIA: ABRE APRESENTANDO INSTRUMENTOS DA BANDA 2 pessoas tocam – Marcos e Tales Maia Não tem gênero definido a banda Experimentação BOX TÁ NA MÃO – ENDEREÇO DA BANDA DIAGRAMAÇÃO E PROJ. GRÁF. – TARJA PRETA NO TOPO INDICANDO SEÇÃO Letras manchete diferentes Trabalho gráfico com desenhos de vídeo game Foto da dupla/banda CONCLUSÃO: Banda de Maceió e Alagoas que não toca forró mas POP INDIE PÁGINA 33 SEXO E SAÚDE NO SEXO E SAÚDE DESSE MÊS, QUEM RESPONDE ÀS DÚVIDAS DOS LEITORES É A PSICÓLOGA KÁTIA TEIXEIRA, DA EDAC (EQUIPE DE DIAGNÓSTICO E ATENDIMENTO CLÍNICO), EM SÃO PAULO. ELA FALA SOBRE COMO OS JOVENS PODEM INICIAR UMA CONVERSA DE SEXUALIDADE COM OS PAIS E SE É PSSÍVEL VIVER SEM SEXO.. CONFIRA! AUTOR: Rafael Stemberg, da Redação MATÉRIA EM FORMAS DE PERGUNTA E RESPOSTA (3 DÚVIDAS) OCUPANDO 2 TERÇOS DA PÁGINA DEIXANDO UMA COLUNA A DIREITA PARA CUPOM DE ASSINATURA DA VIRAÇÃO ILUSTRAÇÃO DE UMA ADOLESCENTE CARREGANDO UM SACO DE DÚVIDAS NAS COSTAS BOX COM ENDEREÇO PARA ENCAMINHAR PERGUNTAS À SEÇÃO PÁGINA 34 PARADA SOCIAL MANCHETE: POR UMA CULTURA DA JUSTIÇA LINHA: Campanha da fraternidade discute o consumismo na sociedade AUTORES: Vanessa Correia, colaboradora da Vira em São Paulo MATÉRIA: Campanha da Fraternidade – “ Fraternidade e economia, vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.” Massa de empobrecidos desprovidos Todas as igrejas cristãs da am. Latina em prol de um novo projeto de vida “viabilização de uma política econômica e social que se converta em produtora de justiça e direito e não de desigualdades e privilégios.” “olhar a realidade a partir dos excluídos” DIAGRAMAÇÃO E PROJ. Graf. Trabalha em duas colunas da página, terceira é cupom de assinatura Linha com fundo preto – destaque Manchete com letra diferente Foto de cartaz da Campanha – torta Tarja vinho indicando seção fixa – PARADA SOCIAL CONCLUSÃO Matéria com tema sobre campanha da Fraternidade – embora religioso a matéria não faz apologia a religiosidade, muito pelo contrário, é bastante consciente e crítica de nossa sociedade e realidade. Fala em direitos e critica modelos impostos. PAGINA 35 RAP 10 MANCHETE: ABORTO É ÚLTIMA SAÍDA! AUTOR: MARCIO BARALDI ROTEIRO: Maria Camila Florêncio, colaboradora da Vira em Recife (PE) HQ em 6 quadros falando sobre sexualidade e prevenção de gravidez. Informa que aborto é última saída, pois muitas mulheres pobres morrem em aborto caseiro e nas clínicas só vai quem tem dinheiro. Recrimina a Igreja que considera aborto um pecado e prega o debate sobre o assunto. CONCLUSÃO: Excelente crítica, abordagem e consciência do problema. Educativo ÁGINA 36 – CONTRA CAPA ILUSTRAÇÃO DE PAGÛ – 1919-1962 Legenda: “Um anjo anárquico que veio ao mundo para nos enquietar”, palavras do dramaturgo Plínio Marcos sobre a escritora, atriz e militante do Partido Comunista (PC) Patrícia Rehder Galvão, ou simplesmente Pagu. Em 1962, um câncer arrebatou a vanguardista, que deixou um extenso exemplo anticonservador para mulheres e homens brasileiros. Análise de conteúdo – Revista Viração N.o. 61 Período – Agosto/2009 – Abr/2010 1)Dados. Nome da Revista: Viração Sub título: Mudança, atitude e ousadia jovem Ano 7 N: 61 Abril 2010 Capa – pagina 1: Manchete: Vidas interrompidas – Homicídios de jovens engrossam estatísticas no Brasil Análise – Destaque para um tema de extrema importância no meio político, social e de Direitos Humanos. A escolha de palavras e a forma de tratar o tema, colocando “vidas interrompidas” além do cuidado em associar com o desenho de diferentes origens e estilos de jovens, não faz nenhuma referência estereotipada e sectária conforme grande mídia costuma fazer, quando o jovem que faz parte da faixa de altos índices de homicídios é associado à miséria, alta vulnerabilidade e violência. Chamada: Galera Repórter – Jovens de São Paulo entrevistam Paulo César Pereio A chamada já demonstra o grau participativo e o protagonismo jovem, pois são os próprios jovens que fazem a entrevista ao ator. A) Contra Capa – página 2 B) – Veja quem faz a Vira pelo Brasil Logo das 24 ONGs/Instituições ligadas à comunicação e parceiras da Viração. Já demonstra o alcance federal e seu perfil colaborativo e solidário. Primeira Página Em uma caixa de texto com forma circular no topo da página a manchete; ALERTA MÁXIMO. Como uma espécie de editorial da revista, mas quebrando literalmente com suas tradições e formas estanques, um pequeno texto apresenta o conteúdo da revista. Utilizando uma linguagem direta e informal com o leitor, frisa a seriedade do assunto a ser tratado no conteúdo da revista. Com dados numérico e utilizando um tom mais forte, utiliza termos como “extermínio dede adolescentes e jovens”. A proposta da matéria também é explicitada, “não apenas apresentar fatos que já permeiam o conhecimento público, mas a de chamar atenção dos órgãos de governo e da sociedade civil para se mobilizarem, com maior intensidade, na busca por soluções que possam diminuir muito essa estatística”. Lembra de que 2010 é ano eleitoral e esse assunto é de extrema importância. Faz uma chamada sobre a entrevista e já deixa o convite ao leitor para integrar a equipe da Viração. No fim do BOX circular ainda há o logo de todos os instituidores D) QUEM SOMOS Explica quem é a Viração, sua existência, quais os seus parceiros e instituidores, e que também fazem capacitação em comunicação para jovens e por jovens em comunidades, escolas e grupos. Informa a participação de conselhos editoriais jovens de 22 Estados para a produção da Revista. Informa seus prêmios conquistados no Brasil e no Mundo. E novamente convida mais jovens para participar da revista, inclusive indicando os contatos de e-mails ao lado dos Na lateral direita da página ainda há 3 boxes: Selo de Creative Commons dizendo: copie sem moderação! Você pode: Copiar e distribuir, criar obras derivadas, basta dar os créditos para a Vira Forma de popularização da revista além sua intenção solidária, colaborativa e cooperativa. Selo da FSC – Grupo de produto proveniente de florestas bem manejadas e outras fontes controladas – certificado no BV-COC 96725 Em conjunto com Ambiental e sustentabilidade APOIO INSTITUCIONAL – Logo de todas as instituições que apóiam a Viração Selo da Viração com informações técnicas da revista: publicação mensal em São paulo e filiada ao Sindicato das empresas Proprietárias de jornais e revistas (SINDJORE) Selo de atendimento ao leitor – endereço, contatos e horários da redação em São Paulo Mapa da Mina – Página 4 Trata-se do índice da revista e novamente com um tratamento acolhedor e envolvente, a começar pelo título e um mapa do Brasil ao fundo. As chamadas pelo número da página e Manchete facilitam a leitura. Uma box em destaque apresentando as seções fixas da Revista intitulado: SEMPRE NA VIRA: Manda Vê Escuta soh! De olho no Eca Rango da Terrinha No Escorinho Todos os Sons Sexo e Saúde Parada Social Rap Dez Novamente a nomeação de cada sessão trás não só uma linguagem coloquial e até mesmo de gíria proporcionando uma aproximação com leitor, mas também apresenta os principais assuntos tratados rotineiramente na revista sendo eles respectivamente; Seção de participação, autonomia e protagonismo juvenil pleno da revista. O tema tratado em cada fascículo é debatido por adolescentes e jovens de todo A página conta ainda com um quando de expediente com todos os dados da revista, intitulado de RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL, tendo ao fundo um tratamento gráfico de um RG. Nele as informações de; Conselho Editorial, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Coordenação Executiva, Equipe, Administração Assinaturas, Mobilizadores da Via, Colaboradores, Consultor de Marketing, Projeto Gráfico, Jornalista Responsável, Divulgação, Email Redação e Assinatura. Dentro desse quando, outro pequeno quadro contendo os preços de assinatura anual da revista. PÁGINA 5 -FALE COM A GENTE Espaço de conversa direta com o leitor. Diagramado com balões em referência a um diálogo, leitores trazem críticas, elogios e dúvidas e tem sua resposta direto da redação. - OPS! ERAMOS! Box com errata das edições anteriores. - PONTO G Preocupação com a linguagem da revista em todos os seus textos e demonstração de uma influência de Paulo Freira na questão de Gênero, Em um box trás a explicação “ para garantir a igualdade de gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens” leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino” -PARCEIROS DE CONTEÚDO Box com os logos dos Parceiros de conteúdo – Setor 3, Prómenino, Revista Fórum, Envolverde e Brasil de Fato - SIGA A VIRA NO TWITTER Endereço eletrônico para seguir a vira no twitter – confluência de mídias impressa e eletrônica PARTICIPE DA VIRA Box com texto incentivando a participação do leitor na revista. Texto envolvente e simples, deixando claro que não é preciso ser um profissional de jornalismo, basta gostar de escrever reportagens, de fotos, poesias, artigos e charges. Deixa endereço eletrônico para encaminhar o material e end. Da redação da Vira. PAGIANA 04 E 07 – SEÇÃO – MANDA VÊ AUTORES: Anderson Ramos, do Virajovem Teresina, Piauí (Um dos conselhos Vira Jovens) e Douglas Lima, colaborador da Vira Junto com autores um asterisco informando endereço eletrônico do conselho de PI dentre os 22 existentes – incentivo ao contato. TEMA – “ Alistamento Militar deve ser obrigatório? ESTRUTURA: Um curto texto informativo no início explicando sobre o tema, sem um posicionamento explícito da revista. O opinativo é direcionado as declarações dos jovens. Fala sobre o Plano estratégico de Defesa do país e que a obrigação ao alistamento militar foi um dos pontos discutidos. Coloca uma apreensão de meninos e meninas quanto a situação do alistamento obrigatória e cita uma revolta por essa obrigatoriedade por ser antidemocrática e uma afronta a liberdade de escolha. Os jovens que se posicionam sobre o tema são de Teresina e São Paulo. São 7 declarações de um parágrafo, todos em boxes redondos em primeiro plano, com nome e sobrenome, idade e região de origem. Ao fundo, fotos tratadas em cores únicas e alegres de seus respectivos autores. Posicionamento geral: 4 não x 3 sim Cada posicionamento tem sua argumentação aparecendo temas como disciplina, segurança, experiência, formação profissional, independência financeira, direitos, liberdade de escolha, imposição, obrigação, democracia, autonomia, falência do exercito, carreira militar BOX – PARA LER NO BUSÃO Sugestões para livros de leitura sobre o tema debatido. BOX – NÃO É DE HOJE Curiosidades sobre o tema debatido. Situações na história do Brasil que envolvem situações militares. Contexto histórico na utilização e formação militar no Brasil. Das capitanias hereditária, séc xv à lei do serviço miliatar em 1964. PÁGINA 08 E 09 Matéria – M DE MOBILIZAÇÃO Autores – Simone Nascimento e Rafael Lira, da Redação Reportagem sobre a geração M(Mobilização, Multimídia, Movimento) - jovens mobilizadores que utilizam todos os veículos da mídia. Novas ferramentas para a mobilização e promoção de ações e direitos. Webcidadania – mobilização de pessoas através da internet Crítica a passividade da juventude nos anos 80/90 Cita sites – www.cidadedemocratica.com.br: apontar problemas, propor soluções e buscar apoios para melhoria de suas cidades o CRIADOR CITADO SEM IDADE – RODRIGO BANDEIRA/DIRETOR DO INST. SEVA (TEM 40 – NÃO É JOVEM) Ferramentas que facilitam o internauta a encaminhar reclamações em sua localidade Aproximação dos cidadãos e poder público Ação colaborativa para solucionar problemas Henrique Parra, 20 – verdadeiro da geração M votoconsciente.ning.com Agenda Cidadã – www.cidadedemocratica.com.br/topico/310-agendacidada o Documento com protocolo na prefeitura de Jundiaí, além de apoio dos parlamentares e com resultados concretos (ciclovia e participação em plano diretor) Bruno Barreto, 20 – criador do SAC-SP – sacsp.mamulti.com – sistema de acompanhamento das reclamações feitas pelos cidadãos paulistas ao Serviço de Atendimento ao Cidadão da prefeitura Diagramação e projeto gráfico – o Apenas 1 intertítulo – “Agentes de Mudança o Fotos dos jovens em ação com disposição “modernas” (tortas) o Cópias das páginas dos sites citados o Diferente tipos de letras – título e corpo da matéria BOX – FAÇA VIRAR – Como logo parecido com placa “homens trabalhando” o chamado para participação de todos que já fizeram parte de uma rede social, mobilização pela internet para relatar sua experiência na Viiração. Novamente o endereço eletrônico da redação daViração. PÁGINA 10 E 11 – QUE ESTILO COLA Coluna de comportamento, moda, estilo de vida Título da matéria: SK8 – ADRENALINA SEMPRE Linha: Esporte conquista jovens e adultos de todo mundo há décadas. Mesmo assim, preconceito contra praticantes persiste. AUTORES: Alex Araújo e Michael de Oliveira – Virajovem São Paulo (também com asterisco indicando a informação no rodapé: “um dos conselhos jovens da Vira presentes em 22 estados e DF – [email protected]” E Plataforma dos Centros Urbanos (não tem asterisco explicando o que é Plataforma dos centros urbanos) A Matéria: o Histórico da origem do skate o Modalidades do skate o Apesar de popular é difícil viver do esporte no Brasil o Pouco incentivo do governo e de empresários segundo o entrevistado,André Bozato,31, o Magriça, que trabalha como tecn. De inform. E participa de competições e atividades do esporte Intertítulo: LIÇÕES DO SKATE o Histórico do skatista Magriça o Esporte funciona como terapia o Skate ensinou a ser cidadão, ter humildade e companheirismo o Cair e levantar para fazer a manobra novamente é uma lição de vida o Skatista iniciante – Michel de Oliveira, 16, o Preto Skate é liberdade, o que acha também Alex dos Santos, 17 o Ainda tem preconceito contra o skate no Brasil. Menos que nos anos 90, quando tinham problemas com a polícia o Melhorou pois aparece com freqüência na mídia o Preto – preconceito dobrado, por ser skatista e negro o Preto dá Dicas pra ser skatista ; “ não deixe os estudos nem as responsabilidades. Não use drogas o Magriça – “Ande de skate, divirta-se, sempre por prazer. Tenha humildade e estude bastante” BOX – CONHEÇA AS MODALIDADES DO SKATE Discrição das modalidades de skate – street, freestyle, jump, slalon, big air, overall Diagramação e projeto gráfico – o Apenas 1 intertítulo – “ Lições do skate” o Fotos dos skatistas em ação com disposição “modernas” (tortas) o Fundo verde e quadriculado, quase poluído o Diferente tipos de letras – título e corpo da matéria CONCLUSÃO: Matéria pertinente ao público e com mensagens positivas sobre o esporte e sobre comportamento. Apesar de ser um esporte de risco, praticado por um grupo de gueto, excluído e portanto, cheios de preconceitos, também é democrático e grande receptividade no público jovem. A mensagem dos entrevistados como incentivar os estudos, ser humilde e perseverante compõe o enfoque da matéria. PÁGINA 12 E 13 TÍTULO: PARA ALÉM DO QUE A MÍDIA MOSTRA LINHA: Adolescentes e jovens se encontram com jornalistas para discutir a apropriação das informações e as histórias das comunidades apresentadas na mídia grande. AUTORES: Cleber Souza e Jéssica Idalina da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU)* (O asterisco remete a um quadro no fim da matéria, pg 13, explicando o que é a PCU) E Luciano de Sálua, da Redação A MATÉRIA: o Encontre de jornalistas e adolescentes comunicadores do PCU o Objetivo: mostrar a realidade de suas comunidades para além do que é mostrado na mídia o Treinamento prévio com jornalista do UNICEF, Adriana Alvarenga,com análise da mídia e propostas para encontro o Apresentação dos jovens do diagnóstico participativo/consulta de suas comunidades BOS EXPLICATIVO SOBRE O QUE É UM DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO Intertítulo: OLHAR DA COMUNIDADE o Dados da consulta em destaque o Segurança Saúde – pré-natal, cuidado ao bebê, espaço para brincar Educação – falta creche Jornalistas solicitam às comunidades que levem suas histórias a redação, por cartas, e-mail, ligações o Declaração de jornalistas como colaboradores na multiplicação da informação Intertítulo: PRECONCEITO E INFORMAÇÃO o Surpresa dos jornalistas ao saber do preconceito que jovens passam devido a imagem das comunidades construída pela mídia o Ser tratado com inferioridade e diferença pelo local onde se mora – preconceito o Encontro importante para diálogo entre comunidade e mídia o Apenas com a aceitação da diversidade social é que será possível uma participação efetiva de todos. o Apresentação de vários boxes demonstrando alguns resultados da pesquisa/consulta o BOX – TÁ NA MÃO – Leia mais dados da pesquisa em: http://tinyurl/37u6bw7 Diagramação e projeto gráfico – o 2 intertítulos – Embora a matéria não seja muito grande e até menor que outras, mas lida com muitos dados numéricos o Foto dos jovens comunicadores com camiseta do projeto PCU e outra mostrando o encontro com jornalistas (também com disposição jovem, tortas) o Fundo verde e quadriculado, quase poluído. o Diferentes tipos de letras – título e corpo da matéria o Página mais limpa, com fundo branco e utilizando tons de azul, convergindo com cores do projeto PÁGINA 14 E 15 – GALERA REPÓRTER – TÍTULO: SEM MEIOS TERMOS LINHA: Polêmico e debochado, o ator Paulo César Pereio abre as portas de sua casa para falar sobre carreira, cinema e todas as coisas que surgiram na hora AUTORES: Sâmia Pereira e Fernando Lana, do Virajovem São Paulo (novamente asterico para indicar “Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e DF e e-mail de contato”) Camila Luz, Luciano de Sálua e Rafael Stemberg, da Redação A MATÉRIA: Texto de apresentação para a entrevista: Histórico de Pereio Cita correntes artísticas que passou; Cinema Novo, Cinema Marginal e pornochanchadas da dec. 70 Prestes a completas 70 anos já fez mais de 80 filmes, além de minesséries e novelas Declara que se não fosse ator seria jornalista – dom de comunicar o Trabalha também como apresentador do canal Brasil desde 2004 Dica do ator para aqueles que querem trabalhar com artes cênicas – “trabalhe a técnica” Aprendeu trabalhando nos bastidores A entrevista: o Mudanças do cinema no decorrer da sua carreira – como ator otimista, está melhorando, como telespectador acha que não, falta idéia nova o Como lida com sua personalidade polêmica – “as vezes você precisa manifestar algo até mesmo para alguém dizer o contrário, o inverso, isso é polêmica” o Nunca se arrependeu do que disse, “o equívoco é saudável” o Proximidade entre ator e personagem – publicada a frase “os (personagens) que falam muita MERDA não me interessam.” o Posição sobre download de arquivos o Fala sobre documentário, PEREIO, EU TE ODEIO – em conclusão o A favor da implosão do Cristo Redentor o Sobre posicionamento da classe artística na política – teatro é maior espaço de oposição, diferente da TV que é presa a instituição e prop. Cita pça. Roosevelt e atores da Educação, os profs. Em protestos nas ruas, tbém atores importantes. o Maior dificuldade de fazer cinema no Brasil – a universal, não só do Brasil, é a de lidar com o ser humano DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria/entrevista montada em texto de apresentação e perguntas e respostas o Foto de Peréio torta (crédito de um dos repórteres) com declaração ao lado o Linha do Tempo com foto e pequeno texto explicativo de 3 trabalhos do ator, nas décadas de 70, 80 e 2004 o Fundo preto e letras brancas – ar mais soturno, marginal, conforme carreira do ator o Diferentes tipos de letras – título,corpo da matéria e declaração ao lada da foto do ator CONCLUSÕES Escolha de uma pessoa polêmica e desbocada para entrevista. Primeiro palavrão publicado na revista, e sem pudores. A conversa perpassa por experiências pessoais, indicações para futuros atores e sua visão de mundo. O fundo preto trás o ar soturno do Cinema Novo e Pornochanchada e utilização de linha do tempo remete ao público juvenil. PÁGINA 16 TÍTULO: MUROS DA VERGONHA LINHA: Estruturas são construídas em favelas do Rio de Janeiro com a desculpa de possibilitar proteção ambiental e acústica, além de aumentar a segurança. AUTORES: Gizele Martins, Renata Souza e Alex Ferreira, do Virajovem do Rio de Janeiro (mesmo asterisco explicativo e indicação do Conselho de Jovens) NÃO TEM PARTICIPAÇÃO DE NINGUÉM DA REDAÇÃO A MATÉRIA: o Contradição brasileira – quinta economia do mundo e também um dos mais pobres o Crítica – péssimas políticas públicas para pop. De baixa renda. o Muro da vergonha em 13 favelas próximas a grandes vias expressas da cidade. Desculpa de proteção ambiental, de segurança e até de isolamento acústico o Cita matéria do Estado de São Paulo Projeto de 40 milhões de reais, cobrirá 11 km,material do muro, altura do muro-3 x 38 m Isolando comunidades Separando moradores de conjuntos habitacionais Segurança Pública – muro isolará favelas e diminuirão arrastões nas vias INTERTÍTULO: IDÉIA ANTIGA o Jogos Panamericanos – já se tinha essa idéia além de outras excludentes o Favelas ocupadas pelo exército durante evento o Favela como inimigo na política de segurança o Com copa 2014 e olimpíadas 2016 o muro retorna o Compara com guerra fria e muro de Berlim – BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE O MURO DE BERLIM o ONU – considera muro carioca como estratégia de segregação da favela o Crítica do dept. Marcelo Freixo/PSOL – sem investimento público nas regiões, apenas o muro INTERTÍTULO: EM DISCUSSÃO o Moradores não aceitam o muro o Declaração de moradores, “ Maria Joaquina, que mora na comunidade há 50 anos – Querem esconder a gente? – questiona” João Silva – SEM IDADE OU REFERÊNCIA – “ O que aconteceu com as favelas no vídeo que Brasil concorreu às Olimpíadas de 2016? Simplesmente sumiram com elas do mapa. Eles não entendem que favela é um lugar de aprendizado.” Carlos dos Santos Barroso – SEM IDADE OU REFERÊNCIA – Concorda com proteção de motorista mas não com isolamento da favela Antonio Costa – SEM IDADE OU REFERÊNCIA – “muro protege mas não resolve a segurança do Estado. Sinto-me descriminado, com certeza, pois estão me escondendo enquanto favelado. A assistente social Rachel Mizael também discorda do muro, “É mais uma forma de exclusão e discriminação das minorias. Murar é mais fácil que implementar políticas públicas, pois exige compromisso dos políticos e estes não querem NOTA DIZENDO QUE ESSA MATÉRIA FOI PUBLICADA ORIGINALMENTE NA EDIÇÃO 61 DO JORNAL O CIDADÃO, PARCEIRO DA VIRA DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria opinativa de uma página o Foto do Muro (torta)e utilização de uma charge de José Henrique dos Santos o Fundo branco e trabalho com cor cinza – trás seriedade o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras escritas com arame farpado e corpo da matéria CONCLUSÕES: Matéria opinativa e um tanto tendenciosa. Não segue regra básica do jornalismo de ouvir os dois lados, uma vez que há declarações apenas de moradores da favela ou profissionais contra o muro. Apesar de ser justo esse posicionamento, não se ouviu o governo do RJ, os trabalhadores do muro ou e Secretário de Segurança. Alguns depoimentos estão soltos, sem referência de idade, profissão e origem, ficando descolado do contexto. ATENTAR PARA SABER SE TEM INFLUÊNCCIA A FALTA DE PROFISSIONAIS DA REDAÇÃO – COMO LIDAR COM ERROS E EDIÇÕES?? PÁGINA 17 MANCHETE – LIBERTE SUA MENTE AUTORES: Mayara Mantovani, Wagner Oliveira, Laiza Castro, Marina Alves, Laís Rodrigues, Gabriel dos Santos e Geslaine Alves, do Virajovem Campinas (SP)* o Mesmo asterisco explicativo dos conselhos e contato A MATÉRIA: o Sobre ONG TABA, Espaço de Vivência e Convivência do Adolescente o Criada em 1996 o Atua com educação, saúde, sexualidade e direitos humanos o Projetos de formação e inclusão ocorrem em campinas – sp o Para crianças e jovens em situação de risco pessoal e social – participação cidadã o Ong mandou um RAP para a Viração – PARTICIPAÇÃO DIRETA o Rap SOBRE PRECONCEITO BOX – TÁ NA MÃO – CONTATO DIRETO COM ISTITUIÇÃO “ Conheça mais sobre os projetos da ONG TABA em www.espacotaba.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de apresentação da ONG e abertura de espaço para RAP o Sem fotos o Fundo branco e trabalho com cor cinza e verde – trás seriedade o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras escritas com arame farpado e corpo da matéria o Charge DIVERSIDADE – Crianças de diferentes etnias, credos, com deficiências, todas de mãos dadas CONCLUSÃO Abertura de espaço para apresentação e divulgação de ONG com mesmos ideais que revista. PAGINA 18 – ESCUTA SOH! MANCHETE: POSITIVOS E ATUANTES LINHA: Documentário trás história e vivências de sete mulheres que vivem com HIV AUTORES: Micaela Cyrino, da Escuta Soh A MATÉRIA: o Descrição do documentário POSITIVAS: sete mulheres que contraíram HIV de seus maridos e não sabiam de sua sorologia – fazem parte da rede Cidadãs Positivas o Direção de Susanna Lira, jornalista o Exibições em Brasília, RJ e SP o Apoio das nações unidas (UNAIDS), Séc da Mulher e Ministério a Saúde o Dados sobre progressão da AIDS no pais Vulnerabilidades da mulher a doença INTERTÍTULO: CONHEÇA AS PROTAGONISTAS o APRESENTAÇÃO DAS PROTAGONISTAS DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de apresentação de um documentário sobre mulheres HIV positivas. o Foto enviesada de 4 mulheres SERM LEGENDA, de frente ao cartaz do Filme o Fundo branco e trabalho com cor cinza e verde – trás seriedade o ÚNICA SEÇÃO DA REVISTA COM LOGO PRÓPRIO – ESCUTA SOHtanto que virou um projeto a parte com publicação anual e promotor de direitos dos HIVs positivos o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras com símbolo feminino e fita vermelha da luta contra AIDS, corpo da matéria CONCLUSÃO Tema importante o debate jovem com enfoque atrativo e diferenciado, pois apresenta um documentário que trata do tema. PÁGINA 19 DE OLHO NO ECA MANCHETE: DE OLHO NO ECA* Asterisco leva a nota no pé da página explicando: “ O Portal Pró-Menino, parceiro da Vira, é uma iniciativa da Fundação Telefônica em conjunto com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (CEATS/FIA) LINHA: “Inocentes até que se prove ao contrário”: esse princípio tem sido respeitado com os adolescentes? A MATÉRIA: o Inicia explicando a linha pela constituição federal “Princípio constitucional que deve ser observado sempre” o Criança e adolescente que comete ato infracional – ECA – proteção Art. 178 – adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional – presunção de inocência implícita no artigo da lei Impõem a obrigação de um processo judicial para aplicação de medida sócio educativa O próprio adolescente infrator não tem como fazer valer o limite da atuação da polícia o Flagrante – necessita de “ações enérgicas o que não significa violência” Sociedade cobra punição, no caso de flagrante, “mobilizam a ira da própria comunidade onde acontece o fato” UTILIZA TERMOS ADEQUADOS E NEUTROS – COMETE O FATO E NÃO O DELITO “questionável idéia que o castigo serve também para dar exemplo aos outros” “Conscientizar as pessoas sobre a necessidade de ouvir o lado do infrator é uma ação importante porque desencoraja a pressão social por esse tipo de atuação da polícia” Formas de diminuir abusos de autoridades com ou sem violência Relatar situações de excesso já ocorridas para a Ouvidoria ou Corregedoria da Polícia Militar ou para Ouvidorias dos Governos Estaduais o Essas instituições devem divulgar em seus sites os números de telefone e outras formas de contato para denuncias o CT - também se deve recorrer “para violações dos direitos infanto-juvenis” BOX – TÁ NA MÃO – PARA SABER MAIS SOBRE O TEMA, ACESSE A SEÇÃO “ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI” DO PORTAL PRÓ-MENINO: WWW.PROMENINO.ORG.BR BOX – NO SITE DA VIRA, VOCÊ PODE LER UMA REPORTAGEM SOBRE O ASSUNTO: http://2big.at/6dy DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de uma página sobre ECA com foco no adolescente infrator o Sem fotografia, apenas duas charges expressivas. Uma parecendo grafite de um menino com casaco escrito ECA e de boné e outra de um adolescente com um alvo no peito e um cano de arma apontando pra ele. o Fundo branco – trás seriedade o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras diferentes a utilizada no corpo da matéria CONCLUSÃO Matéria extremamente didática e informativa. Cita artigo 178 do ECA e discorre de uma maneira elucidativa e conscientizadora. O viés cidadão também está presente apresentando instituições e formas de contato para denuncias sobre violação de direitos da criança e do adolescente. POSSUE CARATER EDUCATIVO, DIDÁTICO, CIDADÃO, POLÍTICO, SOCIAL. TRABALHA ARQUÉTIPOS CONSERVADORES E REACIONÁRIOS DA SOCIEDADE DE MANEIRA LEVE E CLARA PAGINAS 20, 21, 22 E 23 CAPA MANCHETE: PÚBLICO-ALVO LINHA: Todos os dias, 54 jovens entre 15 e 29 anos são assassinados no Brasil, superando índices de países em guerra. AUTORES: Jhonathan Pino, Do Virajovem Maceió (AL)* - idem asterisco CJ Sheila Manca, do Virajovem Goiânia (GO) Fabiano Viana, colaborador da Vira em SP e Vânia Correia, da Redação ILUSTRÇÕES: Dedê Paiva, colaborador da Vira A MATÉRIA: Abre a matéria narrando o assassinato de um jovem de 21 anos, Johnny Wilter, na frente da universidade de Alagoas onde estudava. Utiliza a interjeição UFA!, NO FIM DA FRASE. o Irmão de um dos virajovens dessa matéria (JHONATHAN PINO) Relato de como foi o dia em que J. foi assassinato Morto com o tiro de uma submetralhadora 9mm de um policial militar, Eduardo Alex dos Santos, que atirou porque a moto em que estava Johnny não parou conforme ordenou. “a morte de mais um jovem que entrou para as estatísticas do estado mais violento do País” o Dados numéricos “Somam-se mais 2063 vítimas de homicídio” AL – topo no ranking de homicídios Pop. Jovem= 40% dos homicidios no estado Apresentação de estudo do Laboratório de Análises da Universidade do RJ em parceria da UNICEF e Observatório de Favelas o Estimativa é que mais de 33.000 jovens serão assassinados entre 2006 e 2013 caso não haja intervenção na atual situação de vulnerabilidade à violência em que se encontra a juventude Cita pesquisa Mapa da violência 2010 – anatomia dos homicídios no Brasil, pelo Instituto Sangari (1997 – 2007) o 512,2 mil vitimas de homicídio no Brasil o Vários dados numéricos o Entre 90 países pesquisados o Brasil está entre os quatro países em que são assassinados mais adolescentes Fonte especialista – Márcia Regina Victoriano – Dra. Em Ciências Sociais pela PUC/SP o Números indicam negligência com juventude o “ausência de direitos e cidadania” o “pais carece de uma política que efetivamente promova a inclusão social e o protagonismo juvenil” Relato/declaração de jovens e adolescentes que vivem com medo e insegurança INTERTÍTULO: VIOLÊNCIA POLICIAL o “ Os altos índices de violência no Brasil têm cor, sexo e endereço.”, é a primeira frase abrindo o bloco o Dados do relatório da ONU de 2006 confirmam a frase. o Declaração de Maricelis Santana, graduanda em psicologia. – “jovens negros estão morrendo...”, “...são vistos como potenciais suspeitos da criminalidade.” o “Grande parte dos homicídios foi praticada por policiais em serviço”, além de esquadrões da morte, milícias, assassinos de aluguel e detentos de prisões o Declaração de adolescente/SP – “a polícia me da medo” o Dec. De Rogério Souza Silva, que perdeu filha, genro e dois netos assassinados em Salvador, “ Quem que não tem medo da polícia, do jeito que está agora??” o Cita Comitê Goiano pelo fim da Violência – reúne familiares de vítimas policiais e ONGs Apoio da Casa da Juventude Pe. Burnier (CAJU), parceira da Vira e empenhada nas campanhas contra violência Unir esforços e denunciar as graves violações dos direitos humanos praticados por integrantes da Instituição Policial do Estado de Goiás Campanha “quando a dor vira resistência” Clama por profundas mudanças na ação policial, que passam tanto pela questão da formação profissional quanto pela punição rigorosa dos agressores Declaração – Leandro, 27, GO, “tenho pena o das famílias que passam por isso, pois justiça é lenta...” INTERTÍTULO: SITUAÇÃO DE GUERA Mapa de Violência 2010 – dados e comparação com outros países em guerra – homicídios no Brasil é superior o Sem punição aos autoresd o Declaração do pai de Johnny – “..pedem para esquecer porque, ‘não vai dar em nada mesmo’” Processo continua tramitando desde 2008 “não podemos deixar que a morte do meu filho fique impune” Mãe ref. Ao policial assassino, “ ele tirou a vida do Johnny no momento em que ele era mais feliz.” “Maria Cícera Pino, mãe de apenas uma das milhares de vítimas retratadas na pesquisa” PAGINA 22 BOX – JUVENTUDE EM MARCHA CONTRA A VIOLÊNCIA Lançamento no fim de 2009 pela PASTORAL DA JUVENTUDE DO BRASIL, a campanha nacional CONTRA A VIOLÊNCIA EO O EXTERMÍNIO DE JOVENS. SERVIÇO – “qq jovem pode participar da campanha realizando debates com grupos na igreja, escola, universidade, bairro, além de participar das atividades realizadas e contribuir com a campanha pelo site WWW.JUVENTUDEEMMARCHA.ORG.BR” INTERTÍTULO: DIREITOS E DEVERE Cartilha, A POLÍCIA ME PAROU. E AGORA? – lançada em 2008 pela Séc. Esp. Dos Dir. Humanos o Informações de como se comportar em uma abordagem policial o Distribuição de 1 milhão de exemplares, com foco nos adolescentes e jovens o Reprodução na matéria em forma de BOX BOX - informações comportamentais e de direitos no caso de batida policial tais como: não é crime andar sem documentos, mas recusar-se a se identificar é contravenção penal. Se tiver sem documento, forneça ao policial dados que auxiliem a sua identificação em caso de desrespeito aos direitos, anotar o nome do policial, identificação, aparência e número da viatura e testemunhas. Se for vítima de violência, tortura, extorsão, maltrato, discriminação ou humilhação praticados por policiais, procure a Ouvidoria de Polícia de seu Estado Várias outras informações úteis nessa situação No fim do BOX a fonte: Programa de Apoio Institucional às Ouvidorias de Polícia e Policiamento Comunitário – Séc. Esp. Dos DH – www.sedh.gov.br BOX II – TÁ NA MÃO “ Para ter acesso à pesquisa Mapa da Violência 2010 acesse: http://www.institut0osangari.org.br/mapadaviolencia/ DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de 4 páginas sobre violência e extermínio de adolescentes e jovens o Uma fotografia do jovem assassinado e protagonista da matéria o Ilustrações distribuídas pelas quatro páginas da matéria. Representam jovens comuns de diferentes raças, etnias, credos, profissões, mas todos sem alusão à violência ou à miséria. Todas as ilustrações trazem números ao fundo em referência às estatísticas de jovens assassinados. Todos os personagens estão com semblantes lânguidos e tranqüilos e curtindo seu cotidiano, a sua vivência. Essas características realçam paradoxalmente o tema da matéria. o Fundo branco mas uma tarja preta no topo das quatro páginas da matéria em sinal de luto pelos jovens mortos. o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras diferentes a utilizada no corpo da matéria CONCLUSÃO Matéria com tema de extrema importância e de alto teor denunciativo. Aborda o tema sem sensacionalismo, mas caracteriza bem o sentimento e angustia dos familiares das vítimas. Promove a reflexão e a ação das pessoas envolvidas, apresentado formas de reação ao problema e ONGs que surgiram desse movimento, inclusive pra acolher novas pessoas. Por esse motivo a matéria é informativa, educativa, questionadora e instigadora de mudanças políticas e sociais. Os BOX contendo campanhas e dicas de comportamento perante abordagem policial, trás o caráter cidadão ativo da matéria. PAGINA 24 E 25 MANCHETE: IDAS E “VIDAS” ESTRANGEIRAS LINHA: A casa de dona Aurélia é um encontro de nacionalidades. Pessoas dos mais diferentes países se hospedam em sua morada, com objetivos, perspectivas e visões diferentes sobre o Brasil. AUTORES: Raiana de Carvalho, do Conselho Virajovem de Fortaleza (CE)* (asterisco indicando os 22 CJ e o contato eletrônico no fim da matéria) A MATÉRIA: Estudantes estrangeiros morando juntos Compara com filme, Albergue espanhol Não é só na Europa que esse encontro de estudantes acontece o Também na casa de dona Aurélia, no bairro Benfica, Fortaleza, CE Sra. De 88 anos aluga os quartos de sua grande casa para estudantes, na sua maioria estrangeiros “Não tem preconceito, pode vir qualquer um” diz a senhora Sua casa virou indicação da Univ. Fed. Do CE Não hospeda apenas estudantes – diversos motivos acabam atraindo Casal de empresários holandeses para trabalho social voluntário o Comparações com Brasil x Holanda – “la são materialistas, casas grandes” INTERTÍTULO: CULTURA DIVERSIFICADA Estudantes marroquino e alemão, 28 e 30 anos Dividem quitinete com brasileiro viajam muito e aprendem várias línguas surfistas e procuraram pelas praias cearenses apreciam a diversidade cultural do brasil maior dificuldade é o idioma, falta de segurança – restringe a liberdade a casa hospeda 11 estrangeiros ao todo alguns não voltam mais, outro estão sempre presentes DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de duas páginas sobre um casarão de uma senhora que hospeda estrangeiros no CE o 3 fotografias, o de dois estudantes estrangeiros que dividem quitinete e são citados na matéria o foto da frente do casarão o foto do CE o uma passagem aeria para o exterior o trabalho gráfico com cartas, selos postais e carimbos do correio o A primeira página tem bastante trabalho gráfico – imita um caderno com a aspiral aparecendo e o texto e sobre uma folha pautada. Como fundo, desenho imitando madeira, como se o caderno estivesse sobre uma mesa de madeira o Diferentes tipos de letras – título, utilizando letras diferentes a utilizada no corpo da matéria CONCLUSÃO Matéria mais leve, no entanto, instiga o leitor a observar o mundo de outra forma , através do estranhamento do estrangeiro e observar uma cultura diversa e rica como o Brasil PAGINAS 26 E 27 MANCHETE: CORRIDA ELEITORAL LINHA: O prazo para adolescentes, a partir dos 16 anos, tirarem título para votação termina em maio. O documento é passo fundamental para exigir melhorias no País AUTORES: Reynaldo Gosmão, Letícia Barbosa e Maria de Fátima Ribeiro, do Virajovem (MG)* e Rafael Stemberg, da Redação A MATÉRIA: o Propaganda eleitoral começa em julho o Informa cargos eletivos: governador, dep. Fed.,senador e presidente o Trabalho específico dos candidatos na busca pelo eleitorado jovem o Prazo até 5/05/2010 o Juiz eleitoral de lavras(MG) – importante jovem votar o Decepção política dos jovens leva a pouca participação no processo eletivo o “jovem não tem dimensão exata do que é ser eleitor. É muito mais que votar” o Campanha de 2008 – “Galera do Movimento de Intercambio de Adolescentes de Lavras (MIAL), que agita o Virajovem Lavras, resolveu fazer um barulho nas escolas chamando adolescentes e jovens à “responsa” do voto” LINGUAGEM JOVEM Criaram cartilha explicativa para reforçar cidadania Acompanhar os resultados Cobrança de candidatos eleitos o São Paulo 2007 – iniciativa envolvendo 600 organizações, empresas e ONGs, criou o MOVIMENTO NOSSA SÃO PAULO Acompanhar e participar da agenda governamental Realizam levantamento de indicadores e pesquisas sobre a cidade UNICEF e Vira são parceiros – levantamento em escolas pub. e part. Jovens cobram promessas do gov. o AVISO – “fiscalização não deve acontecer apenas se seu candidato escolhido vencer nas urnas de votação. o Encerra com dec. De juiz “ o jovem tem que procurar fazer e exigir, acompanhar as sessões na câmara e as votações (dos projetos)” BOX – E SE NÃO VOTAR? Informações – Voto facultativo para 16 e 17 anos e mais de 70 e não alfabetizados o Quem tem obrigação não ir as urnas pode dar problema o Sem justificativa pode levar multa – determinada pelo juiz eleitoral o Impede participação em concursos públicos, tirar passaporte e RG, renovar matrícula em estabelecimento de ensino, obter empréstimos do governo, participar de editais do gov e praticar qualquer ato que exija certificado militar ou IR o Título é cancelado por ausência em 3 eleições consecutivas DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de duas páginas sobre participação jovem no processo eleitoral o 3 fotografias, o de juiz eleitoral da comarca de Lavras – O juiz é negro e aparece em seu gabinete com revistas da Viração. Com a legenda, “ Não é porque meu candidato não ganhou que viro as costas e não vou mais me envolver” diz Gilberto” o foto de uma urna eletrônica com um votante com a legenda – “ Voto é facultativo para quem tem 16 e 17 anos e os não alfabetizados.” o foto de modelo de cédula eleitoral para presidente (foto de Vinicius de Moraes) e vice (Paulo Gracindo) com a legenda – “ Eleitores vão votar para governador, deputado federal e Estadual, senador e presidente.” CONCLUSÃO Matéria direcionada para jovens sobre eleição. Totalmente neutra e apartidária, com incentivo apenas a participação democrática. Utiliza bastante a linguagem jovem. Apresentação de um juiz eleitoral negro também é um diferencial. Utilizou bastante gírias e linguagem da juventude. PAGINA 28 – MANCHETE: SEJA UM VIRAJOVEM VOCÊ TAMBÉM! LINHA: Dicas de como fazer parte do movimento de adolescentes e jovens presentes em todo Brasil. AUTOR: Rafael Stemberg, da Redação A MATÉRIA: o criado no inicio da revista em 2003 o “Termo Virajovem surge com a identificação aos adolescentes e jovens que pensam e participam das iniciativas de mobilização política e a produção da Vira” o Reuniões mensais em locais onde funcionam organizações parceiras da Viração Núcleos presentes em 22 estados do país e DF Especo de reflexão, planejamento e promoção a participação de jovens Produção de reportagens para os produtos de comunicação da Vira – Quarto Mundo – Escuta Soh – Site – Revista, ou trocar idéias o Pretende ampliação em 2010 INTERTÍTULO PARA FOTO NOVELA: VEJA COMO SE INCLUIR NESSA PARADA: Foto novela com 6 fotos para chamar jovens para participar ser um Virajovem o “Se você gosta de: -1.discutir assuntos sobre a juventude – 2. escrever e entrevistar pessoas – 3. se interessa por iniciativas políticas – 4. pela internet – ENTÃO VC É UM VIRAJOVEM- 5. entre em contato por fone, telefone – 6. Por carta – endereço – CONCLUSÃO Maneira lúdica, divertida e participativa de divulgar o trabalho do Virajovem e chamar por mais pessoas. A utilização de um breve texto explicativo e histórico junto com uma foto novela feita pelos próprios adolescentes criam um ambiente de trabalho convidativo, divertido, engajado, cidadão. Valoriza o potencial e o protagonismo jovem. Letras da manchete e do título da foto novela diferentes do corpo da matéria e em vermelho potencializa ainda mais o “chamamento”. PAGINA 29 QUE FIGURA! MANCHETE: ESPÍRITO DE LUZ LINHA: Em abril de 2010, Chico Xavier completaria 100 anos; espírita é reconhecido mundialmente AUTORES: Pablo Abranches, do Virajovem Belo Horizonte (MG)* --asterisco indicando nota no fim da matéria o Conselho e contato eletrônico A MATÉRIA: o Abre com as palavras; “espiritismo e solidariedade.”, dando o tom da matéria e resumindo a vida do protagonista, Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier o O histórico do espiritualista o Nascido em abril de 1910 o Perdeu a mãe aos 5 anos o Já via e conversava com espírito da mãe o Morava com madrinha que o maltratava até aos 7 quando voltou com o pai o 17 – contato com doutrina espírita o Precursor do espiritismo no Brasil o Psicografou mais de 400 livros o Conhecido no mundo o Não usava seu dom por dinheiro – todo ganho era doado o Morreu em 2002 aos 92 anos, em 2010 completaria 100 - Lançamento do filme em 2010-05-27 DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO o Traja verde claro demarcando a coluna fixa combinando com fundo da Linha o Letra da manchete diferente do corpo da matéria o Ilustração de Chico Xavier por Novais com emolduramento de foto CONCLUSÃO: Matéria informativa sem grande diferenciais, a não ser o tratamento de uma personalidade religiosa espirita PAGINA 30 RANGO DA TERRINHA MANCHETE: E NESSE DOMINGO TE...FEJOADA! LINHA: Prato típico no Rio, feijoada é sensação entre turistas AUTOR: Rafael Luz, colaborador da Vira no Rio de Janeiro MATÉRIA: o Prato carioca presente em todos os domingos em qualquer restaurante ou bar o Origem da feijoada o Pra to de mistura o Como e com o que é consumida o Declaração de Prof. De Nutrição UFRJ o Dec. - Dra. pós graduada em ciência e tecn. De alimentos, UFRJ o Lembra de feijoada vegetariana – mais saudável BOX – COMO FAZER A FEIJOADA * (NOTA: receirta: Tudo Gostoso – www.tudogostoso.com.br) o Ingredientes o Tempero o Modo de preparo o Acompanhamentos DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO o Tarja branca demarcando a coluna fixa com logo de uma panela saindo fumaça o Letra da manchete diferente do corpo da matéria o Matéria diagramada em 2 BOXES, um para o texto e outro para receita. No box da receita tem duas fotos, um tacho de feijoada e um prato já pronto o Fundo da pagina em quadriculado azul e branco imitando uma toalha de mesa o Nota de rodapé com letras miúdas– Agradecimentos: UFRJ, UFRRJ, Univ. Veiga de Almeida (UVA). Copacabana Palece hotel CONCLUSÃO: Matéria sobre um prato típico do RJ. Abordagem regionalista da sessão. Utilização de opinião de especialistas ao invés da opinião popular. PAGIANA 31 NO ESCORINHO MANCHETE: UM OLHAR PARA A VIZINHANÇA LINHA: - NÃO TEM – AUTOR: Sérgio Riso, crítico de cinema FOTOS: DIVULGAÇÃO A MATÉRIA: o Inicia brincando com o leitor sobre quantos escritores, cineastas, músicos e artistas vizinhos do Brasil ele conhece e quantos norte-americanos? CRÍTICA o Ressalta a distância brasileira dos países latino americanos o Apresenta o filme argentino O Segredo de seus Olhos – oscar de filme estrangeiro – CRITÍCA EUA MAS CITA O OSCAR o Outro filme, agora Uruguaio – O Gigante o Dados e avaliação do filme O Segredo de seu Olhos o Dados e avaliação do filme O Gigante DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO o Tarja preta remetendo ao escurinho do cinema e gráfico imitando o início de uma projeção o Letra da manchete diferente do corpo da matéria o 3 fotos o Cartaz em espanhol – El Secreto de sus Ojos o E 2 fotos de cenas sem legenda não podendo identificar de qual dos dois filmes citados na matéria elas são CONCLUSÃO: O interessante é o chamamento para o filme latino americano. PAGINA 32 TODOS OS SONS MANCHETE: SOTAQUE PARAENSE NO CENÁRIO MUSICAL LINHA: Banda formada em universidade propõe som bem-humorado e se prepara para álbum AUROR: Sâmia Maffra, do Virajovem Belém (PA)* (idem) A MATÉRIA: o SOM DIFERENTE – CARIBENHO E PARAENSE o 2004 – BANDA La Pupunha o Formada por alunos do curso de Licenciatura em Musica da Univ. Est. Do Pará – UEPA o Histórico de como surgiu a banda o Estréia no festival Rec Beat, Recife, PE o Som misturado – rock, surf music e som dançante o Elogios de grandes bandas o Muitos convites no Brasil e mundo, mas fazem ainda pequenos shows o Fazem segundo álbum o Apresentação da banda o All right penoso – primeiro álbum o Já se apresentou em vários estados brasileiros BOX TÁ NA MÃO – “Para conferir o som da banda, acesse a página deles no My Space: http://www.myspace.com/pupuna DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO – o Matéria de uma página sobre banda paraense o 3 fotografias, dispostas tortas; o 2 fotos, uma com a banda reunida e posando pra foto, outra da banda se apresentando e com a a legenda; ‘O La Pupunha vem recebendo elogios da crítica e do público’ o 1 foto da capa do primeiro cd o Trabalho gráfico estilo caribenho nas bordas da páfina CONCLUSAÕ: Matéria sobre som regional do PA que começa ganhar o país e o mundo. Indicação para ouvir o som é excelente. PÁGINA 33 SEXO E SAÚDE MANCHETE: NÃO TEM LINHA: NÃO TEM MATÉRIA ABRE APRESENTANDO SEUS AUTORES E A PROPOSTA DE ENTREVISTA o “ As virajovens Niedja Ribeiro e Jucinalva Silveira, do Conselho Jovem de João Pessoa (PB)*, entrevistaram o ginecologista e mastologista Ivanildo Tomé da Arruda, da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). As dúvidas da galera eram sobrwe doenças relacionadas aos órgãos genitais. Confira! o 3 duvidas; 2 sobre câncer de mama e uma sobre câncer de próstata BOX – Mande suas dúvidas sobre sexo e saúde, que a galera da Vira vai buscar as respostas pra você! O email é redação@revistaviração.org.br o INCENTIVO A PARTICIPAÇÃO DO PUBLICO NO QUADRO DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO o Mtéria em BOX ocupando dois terços da página em formato de entrevista o Charge com logo da campanha contra o câncer de mama como PAC MAN, comendo os fantasminhas do câncer e na frente uma jovem o Terja em vermelho no topo com o nome da sassão o COLUNA LATERAL DIVULGANDO A ASSINATURA DA REVISTA E CUPOM PARA ASSINATURA – INDICA FORMAS DE PAGAMENTO PÁGINA 34 PARADA SOCIAL MANCHETE: DOAÇÃO DE SORRISOS LINHA: É possível investir no futuro de crianças e adolescentes de todo o país. Para isso, basta doar para o Fundo dos Direitos das Crianças e Adolescentes (FIA) AUTORES: Aliana Santos e Nilton Lopes, do Virajovem Salvador (BA)* (idem) A MATÉRIA: o FALA DOS CONSELHOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (CMDCA – CEDCA – CNDCA) E SUAS CCAMPANHAS PARA RESPECTIVOS FUNDO DA CÇA E ADOL – FIA o Facilidades governamentais no IR para incentivo a doação de empresas, pessoas jurídicas e físicas o FIA – o´rgão paritário o Importante na construção de políticas publicas para infância – proteção integral o Mantem registros das entidades que trabalham com criança e adolescente. – zela pela correção do trabalho nos moldes do ECA BOX TÁ NA MÃO – ENDEREÇO DO SITE PARA SABER MAIS SOBRO O Fundo –www.direitodacrianca.org.br DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO o Matéria em BOX de 2 terços da página o Tarja no topo em laranja com o nome da sessão o Letras da manchete diferente a o corpo da matéria e em verde o Linha com fundo verde o Logo do FIA o Faixa a esquerda ocupando 1 terço da página com formulário para ser preenchido no pedido por assinatura, conforme página anterior CONCLUSÃO o Matéria importante e explicativa sobro o FIA além dos conselhos e políticas públicas o Citação de leis de dedução de imposto e ECA PÁGINA 35 QUADRINHOS – RAP DEZ – DE MARCIO BARALDI ANÁLISE RESUMO – o remédio pro oriente médio o HQ sobre a origem da palestina e Israel – 1948 pela ONU o Israel recebeu apoio dos IMPERIALISTAS CRETINOS (desenho do tio sam) para expulsar palestinos o Inicio da guerra interminável o EUA usa a desculpa da religião para sua intervenção mas o que quer mesmo é o petróleo o Último quadrinho – “Israel, cure as chagas do oriente médio. Devolva a palestina, esse é o remédio - HQ É DE 6 QUADROS E CDA UM COM 1 VERSO E RIMA - BASTANTE CRÍTICA AOS EUA - INSTRUTIVA E CRÍTICA -CORES INV0LVENTE Página 36 Charge de uma página de Che Guevara com uma rosa em uma mão e um fuzil em outra e o livro ao lado com as palavras – sem perder a ternura jamais – No pé da página – “Ser capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. É a qualidade mais bela de um militante.” Frase dita por Che Guevara, médico e guerrilheiro argentino que foi um dos líderes da revolução cubana. Seus ideais de liberdade e justiça até hoje inspiram as lutas da juventude. Che Guevara – 1928 – 1967 – ANALISE – A imagem e as palavras dizem por si. Anexo 2 – questionários utilizados nas entrevistas Questionário – Paulo Lima e Juliana Barroso- idealizadores Nome idade e profissão 1. Como surgiu a idéia e a vontade de criar a revista Viração? 2. É militante da causa pela infância e juventude? 3. Com uma tiragem de 10.000 exemplares, com distribuição em 24 estados e com 24 conselhos editoriais jovens, chegando a envolver diretamente mais de 150 jovens escrevendo na revista, toda essa estrutura e empenho é o suficiente para uma transformação socioambiental, conforme descreve a missão da Viração (Fomentar e divulgar processos e práticas de educomunicação e mobilização entre jovens, adolescentes e educadores para a efetivação do direito humano à comunicação e para a transformação socioambiental)? 4. A Viração se propõem em informar, mobilizar, educar, agir, promover e disseminar uma “cultura de direitos humanos”. Para isso, além de da revista, conta com o site, projetos parceiros, instituições parceiras, criando assim, um verdadeiro ecossistema comunicativo, conforme Martin Barbeiro definio. Esse mesmo autor chega dizer que este ecossistema comunicativo será tão vital quanto o ecossistema ambiental. A Viração já é ou esta se tornando vital à sociedade? “ num primeiro movimento, o que aparece como estratégico, mais que a intervenção dos meios, é a aparição de um ecossistema comunicativo que se dá convertendo em algo tão vital como o ecossistema verde, ambiental”. Para o autor, a primeira manifestação e materialização do ecossistema comunicativo é a relação das novas tecnologias – “ desde o cartão magnético que substitui ou dá acesso ao dinheiro até as grandes rodovias da internet – gerando sensibilidades novas, muito mais claramente visíveis entre os jovens”34. MARTIN BARBERO in Caminhos da Educomunicação – Ismar Oliveira 5. Seria possível fazer um trabalho como o da Viração sem internet? 6. Estar fora da grande mídia é uma falta ou um acréscimo para Viração? 7. Considera que a Viração está dentro do mercado da comunicação? 8. Apesar da importância e valor da Viração à diversidade social, pode-se dizer que a Viração se direciona para um público jovem mais pauperizado? Isso não seria paradoxal? Por que não trabalhar com as camadas jovens mais abastadas? 9. É possível educar e promover direitos através de uma revista jornalística ou é imprescindível a associação de outras ações? A Viração atinge esse nobre propósito? 10. Um veículo de comunicação de massa, imerso no mercado é capaz de ser educativo, promover direito e impulsionar atitude cidadãs? 11. Existem muitas matérias sobre ONGs e instituições sociais que atuam na área social ( crianças e adolescentes, ambiental, saúde – HIV/AIDS) na revista Viração. Como se dão as escolhas dessas ONGs e se ocorre um certo assédio para sair na revista? 34 Martin-Barbero, Jesus, “ Retos culturales de la educacion” in Comunicacion, educacion y cultura.Relaciones aproximaciones y nuevos retos. Bogotá, Catedra UNESCO de Comunicación Social. Facultad de Comunicación y Lenguaje, Pontificia Un. Javeriana,1999, in Caminhos da educomunicação, Ismar de Oliveira Soares, São Paulo, Ed Salasiana, 2001 12. Em algumas matérias sobre crianças e adolescentes com fotos, não há preocupação em mostrar o rosto, diferentemente de matérias com adolescentes em conflito com a lei, que segue a lei de não expor uma criança a uma situação vexatória. Qual postura da Viração neste assunto? 13. Falando em leis, a Viração tem uma posição muito clara, colocando inclusive em seu Estatuto sua defesa e valorização da esfera pública. Na revista, além da seção De Olho no Eca, são várias as matérias que remetem à leis. Acredita que o discurso da lei é absorvido pelos jovens e estes conseguem colocá-lo em prática no seu cotidiano? A noção de esfera pública, segundo Raichelis (1998), remete à construção e ao aprofundamento da democracia pela via do fortalecimento do Estado e da sociedade civil, expresso fundamentalmente pela inscrição dos interesses das maiorias nos processo de decisão política, a partir, sobretudo da criação e garantia de espaços de interlocução entre os diferentes sujeitos sociais. Na perspectiva de dar visibilidade aos interesses em disputa democrática, a esfera pública, para além da polarização estatal-privado, se afirma como comunidade politicamente organizada e baseada no reconhecimento do direito de todos à participação na vida pública (apud SALES, 2007 p. 216). 14. Eles conseguem fazer valer desse direito, liberdade de expressão e protagonismo ou acabam por reproduzir um discurso formal e abstrato da lei? Eles incorporam e atingem esses espaços público legítimos do direito humano da participação democrática? 15. Os Conselhos Virajovens, mais do que conselhos editoriais podem ser considerados como células de organização político social ao ponto de sedimentar-se como movimento social? Por movimentos sociais compreende-se “as manifestações coletivas (com vistas à transformação social) como forma de expressão populares, alternativas, independentes e espontâneas” (MACHADO DA SILVA e RIBEIRO, 1985 apud SALES, 2008). 16. Na revista Viração, feita por jovens, para jovens e sobre jovens, não falta rebeldia? Se tem, como ela se manifesta? 17. Quais foram as mudanças, físicas, financeiras, representativas e conceituais na passagem de um projeto vinculado a uma Associação para uma ONG Viração? 18. Por que um Coordenador Pedagógico? Qual seu papel na revista? 19. Por que o Escuta Soh, que trata sobre HIV/AIDS se tornou um projeto a parte? 20. Como foi explicitado na edição especial de Novembro/2009, o analfabetismo é um problema nacional, estendendo-se a dificuldades no ato de escrever em todos os lugares e profissões. A Viração sente essa dificuldade entre os virajovens? Como se dá essa relação com as edições de matérias desenvolvidas por jovens e Redação? 21. Questões técnicas: Quantos Conselhos Virajovens? Quantos municípios? Quantos Estados? Quanto jovens em média em cada e ao todo? QUESTIONÁRIO – VIRAJOVENS - EDUCOMUNICADORES – REVISTA VIRAÇÃO JULHO 2010 1. Como conheceu a Revista Viração? 2. Por que resolveu ser um virajovem? 3. Você se considera um militante da causa pela infância e juventude? 4. A revista circula por sua comunidade/bairro? 5. A revista provoca alguma mudança no seu público leitor? Como essa mudança, essa transformação se concretiza na comunidade, no bairro? 6. Muitas matérias são feitas coletivamente, inclusive entre conselhos jovens de estados diferentes, como se dá esse trabalho? 7. Outras matérias dos virajovens são desenvolvidas em conjunto com a Redação, por que e como isso acontece? Existe uma edição da Redação? Como é isso? 8. As leis como o ECA, constituição, trabalho infantil(Lei Aprendiz), direitos humanos, são pautas sempre presentes na revista. Você acha que a revista é muito politizada? 9. Acha que o empoderamento do jovem cidadão seja através do domínio e conhecimento das leis e da política? 10. Acha que a linguagem da revista é pertinente ao seu público? Diria que existe uma espécie de “linguagem universal” dos jovens? 11. A revista, apesar de ser feita por várias mãos, mantém uma mesma linha nas matérias (linguagem, formato e até o texto mesmo). Pode-se dizer que a Viração tem uma linha editorial, ou que seus princípios, objetivos, colaborações, envolvimentos são fortes o suficiente para dar essa unicidade no resultado final? 12. Como se dá a escolha das pautas? Quem participa das reuniões e quem decide os resultados finais? Tudo é feito de uma maneira coletiva mesmo? 13. Já soube de alguma ação social ou educativa que foi disparada através de uma matéria da revista? Qual? 14. Acha que a revista reflete a postura e o pensamento jovem? Existe identificação e identidade? Acha que abrange todos os segmentos sociais, jovens com mais grana e jovens com menos grana? 15. Considera os Conselhos jovens uma forma de organização e intervenção social ao ponto de se tornar um movimento social da juventude? 16. Você lê ou participa de alguma outra revista, site, blog? O que acha delas(es)? 17. Acha que é possível defender os direitos da infância e juventude através de uma revista jornalística? Informar e esclarecer dão conta do recado? Precisa fazer mais do que isso? 18. O que você acrescentaria na revista? 19. Tem alguma crítica a revista? Acha que ela tem algum defeito?