projecto oralidades - relatório final
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projecto oralidades - relatório final
PROJECTO ORALIDADES - RELATÓRIO FINAL Novembro 2008 a Maio 2013 DADOS DO PROJECTO: Título do projecto: Oralidades / Oralities Projecto integrado no Programa Cultura 2007-2013 Projecto financiado a quatro anos Coordenador do Projecto: Câmara Municipal de Évora (Portugal) Co-organizadores parceiros do projecto: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova (Portugal); Câmara Municipal de Mértola (Portugal); Câmara municipal de Ourense (Espanha); Câmara Municipal de Ravenna (Itália); Câmara Municipal de Birgu (Malta) e Câmara Municipal de Sliven (Bulgária) Objectivos do Projecto Oralidades: 1. Valorização da cultura tradicional e do património imaterial num quadro de inovação; 2. Promoção do diálogo intercultural e cooperação entre os parceiros seguindo um programa de acções a partir das oralidades, englobando as várias formas de comunicação desde as verbais até às sonoridades musicais. 3. Circulação transnacional entre agentes culturais e artísticos, investigadores, técnicos e parceiros institucionais; 4. Intervir tendo por base: a memória; a identidade; a partilha; 5. Três eixos de intervenção: • Circuitos e Festivais de Música Tradicional e Popular • Circuitos e Festivais de Música Antiga da Renascença e do Barroco • Tradição Oral, Cidades da Tradição Oral, Centro de Recursos da Tradição Oral; 6. A implementação do projecto incide sobre as oralidades na tradição e na modernidade tendo como objectivo as Histórias de Vida, os Contos Populares, os Cancioneiros, os Romanceiros, a Música Tradicional e a Música Antiga, da Renascença e do Barroco. DESCRIÇÃO DAS ACÇÕES REALIZADAS: Reuniões de Monitorização / Avaliação/ Contactos A implementação do projecto é regularmente acompanhada, pelas cidades co-organizadoras, de reuniões de monitorização e de avaliação dos objectivos e das acções desenvolvidas no decurso do projecto. 1 1ª Reunião em Évora (Portugal) 28 e 29 de Novembro de 2008, com todos os parceiros do projeto: Arles (França), Birgu (Malta), Évora (Portugal), Idanha-a-Nova (Portugal), Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália) e Sliven (Bulgária). Primeiro contacto entre os diferentes parceiros. Apresentação das cidades parceiras e suas propostas. Apresentação do Projecto Oralidades. Objectivos, actividades e financiamento. 2ª Reunião em Sliven (Bulgária) 13 e 14 de Fevereiro de 2009, com todos os parceiros do projeto: Arles, Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. Apresentação e discussão da proposta de orçamento. Programação física para 2009. Materiais de promoção e plano de comunicação. Na reunião de Sliven, de 13 e 14 de Fevereiro de 2009, ficou definida a forma para encontrar uma solução conclusiva sobre a questão da continuidade da participação, ou não, de Arles no projecto Oralidades. Dando cumprimento ao que ficou decidido, os parceiros de Arles enviaram a sua proposta sobre as condições em que poderiam participar no projecto. Évora, na qualidade de líder, analisou profundamente a proposta e o seu enquadramento no projecto, tendo enviado uma proposta, com duas alternativas, para resolver esta questão, tendo solicitado a todos os parceiros que se pronunciassem de forma a haver uma posição da parceria sobre este assunto. Neste quadro e tendo em conta o conteúdo das posições enviadas pela maioria dos parceiros, ficou decidida a impossibilidade da continuação de Arles no projecto. De acordo com o Grant Agreement toda a programação para 2009, física e financeira, continuou como estava definida, agora sem Arles. 2 1.ª Reunião em Bruxelas: Évora deslocou-se a Bruxelas, a 14 de Maio 2009 e contactou com a Education, Audiovisual & Culture Executive Agency de modo a solucionar a saída oficial de Arles. Na sequência da saída de Arles, Évora procedeu a uma reprogramação física e à revisão da programação financeira, proposta que vai apresentar detalhadamente na próxima reunião de parceiros, dias 4 e 5 de Setembro de 2009 em Birgu, Malta. 3ª Reunião em Birgu (Malta) 4 e 5 de Setembro de 2009, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. Foi apresentada informação pelo líder do projecto sobre o processo de saída da Associação SUDS à Arles. Sendo referido que a associação formalizou a sua saída e que devolveu o montante que tinha recebido. Entre os parceiros ficou decidido como se redistribuía o montante entregue por Arles. Nesta reunião ficou assumido por todos a elaboração de um conjunto de conjunto de documentos a ser enviados para Bruxelas: A carta da Associação SUDS à Arles a formalizar a saída do projecto Uma declaração conjunta da parceria, assinada pelo representante legal de cada município, que indique que o orçamento da associação é distribuído entre os parceiros interessados em reforçar o seu orçamento. O líder apresentou uma proposta de reprogramação física e financeira que foi aprovada por todos os parceiros, aspectos mais relevantes: Cada parceiro passa a ter um Festival de Música Antiga e do Renascimento (ampliação do repertório até ao período barroco); Reforço da atribuição de 10% para cachets, alojamento e transporte dos grupos; Reforço das verbas para equipamentos; Organização de duas conferências sobre a tradição oral, uma em Ourense e outra em Évora O parceiro de Ravenna apresentou uma proposta para a realização de uma Exposição de divulgação e promoção das produções culturais de cada parceiro. Ficou decidido que a Exposição seria inaugurada em Ravenna em simultâneo com a próxima reunião de monitorização e de avaliação agendada para 19 e 20 de Fevereiro de 2010. Informações sobre a gestão financeira do projecto, nomeadamente ao nível da engenharia financeira e logística. Informações sobre o calendário de apresentação dos pedidos de reembolso. Fornecimento de dados e informações sobre as iniciativas a realizar até ao final do ano de 2009. 3 4ª Reunião em Ravenna (Itália) 19 e 20 de Fevereiro de 2010, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. Como resultado da saída da Associação Les SUDS à Arles, Évora, cidade líder do projecto começa por apresentar a proposta de reprogramação física e financeira. A proposta traduziu-se: Na redistribuição financeira do orçamento devolvido pela Associação Les SUDS à Arles e na sua incidência na programação física; No reforço das verbas para a logística, cachets e comunicação social; Ao nível da reprogramação física introduziram-se algumas alterações: Cada parceiro passa a ter um Festival das Três Culturas, num total de sete festivais, quando inicialmente estavam aprovados apenas três; foi proposta a realização de duas Conferências Internacionais da Tradição Oral, a 1ª Edição a realizar em Novembro 2010 em Ourense e a 2ª a realizar em 2012 na cidade de Évora. Relativamente à Conferência Internacional da Tradição Oral, Ourense apresentou a estrutura organizativa do congresso e definiu a data da sua concretização, tal como as normas e os prazos de inscrição para participação na conferência. O link da página da conferência http://dnn.cm-evora.pt/oralidades/ ou http://oralities.eu . Todos foram igualmente informados que, de acordo com o Grant Agreement, o período de implementação do projecto pode ir até 30 de Setembro de 2012. Foi estabelecido entre todos os parceiros um itinerário de circulação da “Mostra fotográfica: Oralities – Our Common Heritage”, exposição inaugurada em Ravenna, no dia 19 de Fevereiro, coincidente com a reunião técnica do projecto. Nesta reunião foram criados dois grupos de trabalho, um dos grupos que se dedicou às questões relacionadas com a reprogramação financeira do projecto, no qual estiveram presentes os responsáveis financeiros de cada cidade e um outro grupo que se centrou nas questões técnicas relacionadas com o tema central do projecto: a oralidade, a tradição e o património. Na reunião financeira ficou estabelecido que o líder enviaria por correio electrónico, a todos os parceiros, uma nova reformulação do orçamento do projecto e que após a apreciação e a aprovação de todos, a proposta seria apresentada à Agência Education, Audiovisual & Culture Executive em Bruxelas. Na reunião técnica, na qual foram abordadas as questões que se relacionam com a concretização dos objectivos que estão na base do projecto Oralidades, ficaram aprovadas e agendadas as seguintes propostas: A dinamização do Centro de Recursos da Tradição Oral, o seu espaço físico que terá a sua sede em Évora e o seu espaço online, através da manutenção e divulgação da sua plataforma digital http://www2.cm-evora.pt/oralidades ou http://www.oralities.eu A realização de produtos finais entre a parceria tais como: a Antologia de Contos Populares; a edição de CDS de Música Tradicional e de Música Antiga, da Renascençae do Barroco; a 4 criação de uma Maleta Pedagógica da Tradição Oral que será posteriormente colocada à disposição da comunidade escolar. 2.ª Reunião em Bruxelas: Évora deslocou-se a Bruxelas, a 18 de Maio 2010 para participação em worshop internacional para Coordenadores de Projectos Multianuais, a convite da Education, Audiovisual & Culture Executive Agency. Contacto com o gestor do Projecto Oralidades. 5ª Reunião em Ourense (Espanha) 10 de Novembro de 2010, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. O líder do projeto começou por dar informações relativamente à situação financeira. Referiu que no âmbito do Acordo de Parceria (Grant Agreement) assinado por todos os parceiros em Outubro de 2008, o pagamento do cofinanciamento será efetuado por tranches. Informou que durante o ano de 2011, cada parceiro irá auferir o equivalente ao recebido na primeira tranche. Referiu ainda que a reprogramação proposta por todos os parceiros foi entregue, em mão, em Bruxelas ao Gestor do Projeto no dia 17 de Maio de 2010. O Município de Évora propõe que o Relatório Intercalar seja apresentado em Évora em finais de Fevereiro ou princípios de março de 2011, de modo a que todos os parceiros tenham conhecimento dos conteúdos dos documentos intercalares. Relativamente às atividades realizadas no decorrer do projeto foi considerado que o balanço do último ano foi bastante positivo, tendo sido cumprida a programação estabelecida. Foi referido, por parte dos parceiros, que é importante continuar a reforçar a coordenação entre as cidades para que os eventos tenham coerência e qualidade. Évora deu conhecimento aos parceiros da realização da exposição “Michel Giacometti, 80 anos, 80 imagens. Projeto Oralidades ao encontro de Giacometti”, que se dedicou a um importante etnomusicólogo que recolheu e divulgou a música tradicional portuguesa e outros aspetos antropológicos. Esta exposição foi desenvolvida no âmbito do trabalho do Centro de Recursos da Tradição Oral. Foi revista entre todos os parceiros a programação física do projeto para o ano de 2011 e foram acordadas as datas de realização dos eventos musicais em cada uma das cidades. Ravenna 5 ficou de apresentar na próxima reunião uma proposta de programa para o evento “Encontro das Cidades da Tradição Oral”. No âmbito do Centro de Recursos da Tradição Oral Évora apresentou uma proposta de Maleta Pedagógica da Tradição Oral com uma importante componente lúdica que inclui a música e os instrumentos musicais, jogos, contos tradicionais e diversas atividades no âmbito do património e da oralidade. O objetivo é que cada cidade faça a sua maleta e que todas as maletas partilhem materiais de todos os parceiros, o que permite identificar as semelhanças e as diferenças entre a parceria, numa perspetiva de intercâmbio de saberes e experiências. Sobre a edição dos CD’S ficou assente que relativamente à Música Tradicional, os Municípios de Mértola e de Ourense apresentariam uma proposta na próxima reunião. No que diz respeito ao CD de Música Antiga, da Renascença e do Barroco ficou de ser apresentado por Idanha-a-Nova. A Antologia de Contos Tradicionais ficou a cargo do Município de Évora que está a compilar os contos que tem recebido dos outros parceiros e que apresentará também uma proposta final no próximo encontro. 6ª Reunião em Évora (Portugal) 11 e 12 de Março 2011, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. A reprogramação financeira foi trabalhada em reuniões parcelares entre cada parceiro e o líder do projeto. No plenário geral foram tratados aspetos relacionados com a reprogramação física para os anos 2011 e 2012 e foram apresentadas as diferentes propostas relativamente aos produtos finais. Ravenna apresentou a sua proposta para o “Encontro Cidades da Tradição Oral”, o que foi aceite por todos os parceiros. Cada parceiro enviaria contadores de contos ou grupos de marionetistas que assegurariam a realização de espetáculos. Seria também organizada uma exposição com marionetas, objetos e fotos de todos os participantes que seria animada com workshops e tertúlias. 6 Évora propôs a metodologia que seria seguida na elaboração da Antologia de Contos da Tradição Oral e referiu que enviaria em breve o orçamento final. Mértola apresentou uma proposta concreta e com orçamento para a edição de dois CD’s da Música Tradicional e Popular. Idanha-a-Nova expôs também a sua proposta para o CD da Música Antiga e da Renascença e do Barroco, no entanto como ainda esperava o orçamento final, ficou de enviar a todos os parceiros a proposta para aprovação até ao final de Abril de 2011. Ourense apresentou o relatório da Conferência Internacional da Tradição Oral, que decorreu de 11 a 13 de Novembro de 2010, em Ourense e que contou com a participação de especialistas de todas as cidades parceiras. Foram também abordados aspetos relacionados com o funcionamento do Centro de Recursos da Tradição Oral. O projeto da maleta pedagógica da tradição oral foi debatido entre os parceiros e voltou a ser referida a importância deste tipo de trabalhos, na medida em que proporciona aos mais jovens o contato e a partilha com as suas tradições orais, permitindo também o conhecimento de outras culturas, nomeadamente dos parceiros do projeto. No entanto, no que diz respeito à dinamização da maleta pedagógica nem todos os municípios parceiros tem facilidade legal e logística para acompanharem um projeto desta natureza, nomeadamente porque alguns dos parceiros nem têm a tutela das escolas. Os parceiros disponibilizaram-se para colaborar e apoiar esta iniciativa, mas terá de ser Évora a protagonizar a dinamização prática da maleta junto das escolas e das crianças do seu município. No segundo dia da reunião foi realizada uma sessão plenária sobre a apresentação metodológica financeira. Fez-se um balanço sobre o atual desenvolvimento do projeto e foi abordada a possibilidade de novas propostas a serem refletidas e aprovadas pelos parceiros. 7 7ª Reunião em Ravenna (Itália) 2 e 3 de Dezembro 2011, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. O Município de Évora começou por abordar as questões financeiras do projeto. Explicou como tinha sido redistribuído, pelos parceiros, o pagamento da primeira tranche recebida de Bruxelas e informou da necessidade de organizar a nova documentação necessária para a solicitação do pagamento da segunda tranche. Ficou acordado entre os parceiros que a programação agenda para Novembro e Dezembro de 2011 passaria para 2012. O que incluía o Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco que seria realizado em Évora, Idanha-a-Nova e Mértola e o Encontro da Cidade da Tradição Oral que se concretizaria em Ravenna. Estes eventos seriam incluídos na nova reprogramação física e financeira futuramente apresentada pelos parceiros à apreciação de Bruxelas. Foi também analisada, como proposta de reprogramação, a organização da II Conferência Internacional da Tradição Oral, a realizar-se em Évora, em Novembro de 2012. Foram discutidas as propostas apresentadas relativamente aos produtos finais resultantes do projeto tais como: o CD de Música Antiga, Renascença e do Barroco; o CD de Música Tradicional; os DVD’s; a Antologia dos Contos Tradicionais e a Maleta Pedagógica da Tradição Oral. Sendo acordada a criação de um Set Box onde serão incluídos todos estes materiais. Ao Set Box deu-se o nome de Oralities Digipack. 3.ª Reunião em Bruxelas: Évora deslocou-se a Bruxelas, a 4 de Fevereiro de 2012 para contactar directamente com a Education, Audiovisual & Culture Executive Agency de modo a equacionar aspectos práticos da Reprogramação física e financeira necessárias para o Projecto Oralidades. 8 8ª Reunião em Sliven (Bulgária) 24 e 25 de Fevereiro 2012, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. Os parceiros foram informados pelo município de Évora dos resultados da reunião realizada em Bruxelas, no dia 2 de Fevereiro de 2012, entre o líder do projeto e o representante da Education, Audiovisual & Culture Executive Agency (EACEA). A Agência referiu que se o prazo do projeto for prorrogado para Dezembro de 2012, existe a possibilidade de cumprir com a atual programação física e de incluir a II Conferência Internacional da Tradição Oral, em Évora, em Novembro de 2012 e o Encontro das Cidades da Tradição Oral em Ravenna, em Dezembro de 2012. Por outro lado, para a futura implementação e conclusão do projeto, haveria também a possibilidade de prorrogar o prazo adicional para agosto 2013 o que permitiria propor uma nova grelha de programação e aproveitar os recursos orçamentais remanescentes. Em relação à futura conclusão do projeto Oralidades foram apresentados, aos parceiros, os dois possíveis caminhos, de modo a que numa futura reunião pudesse ficar decidida a reprogramação final proposta a Bruxelas. Évora informou ainda que a proposta do “Oralities Digpack”, aprovado na última reunião em Ravenna não compromete os objetivos iniciais do projeto, podendo ser concretizado e que o segundo pagamento intercalar será solicitado a Bruxelas muito em breve. 9ª Reunião em Évora (Portugal) 28 de Maio 2012, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. Évora começou por fazer um ponto de situação da implementação física e financeira do projeto. Cada parceiro pôde verificar a sua situação real, à data de 31 de Março e, também, os cenários possíveis até à conclusão do projeto e respetivo orçamento. Verificou-se também que a programação física do projeto está quase concluída, faltando apenas realizar duas iniciativas: a 9 “II Conferência Internacional da Tradição Oral”, a realizar em Évora, em Novembro de 2012 e o “Encontro das Cidades da Tradição Oral”, a realizar em Ravenna, em Dezembro de 2012. No sentido de apresentar um pedido de reprogramação a Bruxelas que vise a aplicação das verbas disponíveis em orçamento, os parceiros tiveram de acordar uma data para a conclusão do projeto. Foram colocadas duas datas alternativas, a de 31 de Dezembro de 2012 e a de 29 de Agosto de 2013. A primeira data permitiria a realização das duas iniciativas previstas para Novembro e Dezembro de 2012, a segunda permitiria o reforço da programação. Nesta reunião acabou por ficar acordado entre todos os parceiros que a conclusão do projeto passaria para Agosto de 2013. Cada parceiro ficou ainda de enviar a proposta de eventos a realizar nas respetivas cidades, sendo que cada verba gasta na programação para além de Dezembro será assumida unicamente pelo parceiro que a promove. 10ª Reunião em Ourense (Espanha) 23 de Abril 2013, com todos os parceiros do projeto: Birgu, Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense, Ravenna e Sliven. O 10º encontro entre os parceiros do projeto, realizado em Ourense, assinalou a reunião de encerramento do projeto. Foi feito um balanço bastante positivo de todas as atividades, espetáculos, eventos, encontros, reuniões, sendo considerado de extrema importância o diálogo e intercâmbio conseguido entre os parceiros do projeto, os artistas, os investigadores, os técnicos e a comunidade que de um modo geral, nos vários municípios, participou e vivenciou dos vários eventos proporcionados pelo projeto. Como o prazo de prorrogação do projeto se estendeu até 30 de Maio de 2013, foi pensado um novo programa de atividades, a fim de aproveitar os recursos do orçamento ainda existentes. Foram também delineados os últimos pormenores relativamente aos produtos finais e ao seu formato de apresentação em Digipack. No final do encontro, todos os parceiros fizeram um breve balanço do projeto, daquilo que tinha proporcionado aos seus municípios e apresentaram as suas considerações relativamente a esta experiência de trabalho conjunto. 10 CIRCUITOS DE MÚSICA ANTIGA, RENASCENÇA E DO BARROCO 1º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Ourense (Galiza, Espanha) Os Circuitos são encontros de música nos quais se partilham linguagens musicais e artísticas dos diferentes parceiros. Promoção da música Antiga e da Renascença da Tradição da Europa do Sul e do Mediterrâneo, de Inspiração cristã, judaica e árabe. Em cada Circuito participam apenas 4 cidades, a cidade que acolhe o evento e mais 3 cidades parceiras. No ano de 2009 todas as cidades têm um circuito, excepto Birgu que organiza um Festival de Música Antiga e da Renascença. O 1º Circuito de Música Antiga realizou-se na cidade de Ourense, de 3 a 6 de Abril 09. Cidades participantes foram: Birgu, Sliven, Ravenna e Ourense. Os espectáculos realizaram-se na Igreja de Santa Eufémia. Grupos participantes: Coro das Vozes Mistas Hakzhi Dimitar (Sliven); Fiona Cauchi and pianist Kris Spiteri (Birgu); Associação Polifónica de Ravenna (Ravenna) e o grupo Resonet (Ourense) 11 O Circuito teve uma sessão de abertura e de boas vindas que contou com a presença das delegações dos municípios presentes. 2º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Ravenna (Itália) Nos dias 24, 25 e 26 Julho 2009 realizou-se na cidade de Ravenna o Circuito de Música Antiga e da Renascença. Os espectáculos aconteceram no Spazio Europa, na Piazza San Francesco, localizada em frente à Basílica. Participaram os seguintes grupos: Dia 24 Julho Jackson’s Pipe Band (Birgu); Dia 25 Julho Quarteto Intermezzo (Évora); Dia 26 Julho Resonet (Ourense). 12 3º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Sliven (Bulgária) Nos dias 19, 20 e 21 de Outubro 2009 realizou-se na cidade de Sliven o Circuito de Música Antiga e da Renascença. Participaram com os seus grupos as seguintes cidades: Ravenna, Birgu e Sliven. 4º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Évora, Idanha-aNova e Mértola (Portugal) De 28 de Novembro a 19 de Dezembro 09 foi organizado em simultâneo em Évora, Idanha-aNova e Mértola, o Circuito de Música Antiga, da Renascença e Barroco. Os grupos que participaram e que circularam entre os três municípios foram: Grupo Resonet (Ourense), Grupo Gukulari Ensemble (Birgu), Grupo Trifony (Mértola), Companhia Alforge (Idanha-a-Nova), Grupo Vocal Trítono, o Quarteto de Guitarras de Évora e o Eborae Música, Coro Polifónico (Évora). Em Mértola os espectáculos aconteceram nos dias 28 de Novembro, 5, 13 e 19 de Dezembro, em Évora nos dias 6, 12 e 19 de Dezembro e em Idanha-a-Nova, nos dias 8, 12, 19 e 20 de Dezembro. 13 5º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Ourense (GalizaEspanha) De 25 a 28 de Março de 2010 realizou-se em Ourense o Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco, evento integrado no XXII Certame de Música Sacra de Ourense. Os espectáculos realizaram-se na Igreja de Santa Eufémia às 20h30. O circuito foi inaugurado no dia 25 com o concerto de Capela Madrigalista, a cargo da soprano de Ourense Manuela Soto. No dia 26, actuou o grupo Sílvio e Ramona, com um recital de música antiga de Malta. No dia 27 houve um recital de voz e órgão, a cargo dos portugueses Joana Godinho e Rafael Reis, em representação de Évora. No último dia, 28 de Março, actuou o grupo de Eduardo Ramos que interpretou música medieval, sefardita e árabe, grupo enviado por Mértola. 14 6º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Sliven (Bulgária) De 7 a 9 de Abril de 2010 realizou-se em Sliven, na Bulgária, o Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco. Neste circuito participaram grupos de Portugal, Espanha e um grupo da Bulgária. No dia 7 de Abril actuou o grupo de Mértola Companhia Alforge e de Ourense Resonet. Dia 8 de Abril participaram de Évora, o grupo de cordas Intermezzo e de Mértola o grupo de Eduardo Ramos: O circuito fechou com a participação do grupo de Sliven Coro das Vozes Mistas Hakzhi Dimitar. 7º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Birgu (Malta) Nos dias 4 e 5 de Setembro de 2010, na cidade de Birgu realizou-se mais um Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco. Neste circuito participaram os seguintes grupos: Gukulari de Birgu (Malta); Laura Mirri no Violino e Stefano Rossi no Violino de Ranenna (Itália); Triphony 15 & Driss Nigra de Mértola (Portugal); Ars Anterga de Ourense (Espanha) e Quarteto de Guitarras de Évora (Portugal). 8º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Ravenna (Itália) De 24 a 27 de Julho de 2011 realizou-se em Ravenna (Itália), o Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco. Os espetáculos que integraram o circuito ocorreram na Praça San Francesco, no chamado “Spazio Europa - Oralities 2011”. Os grupos participantes foram: no dia 24 Julho: Sete Lágrimas (Idanha-a-Nova, Portugal), no dia 25 Julho: Eduardo Ramos Ensemble Moçarabe (Mértola, Portugal), no dia 26 Julho: Yulangelo (Sliven, Bulgária) e no dia 27 Julho: Brass Quartet Associazionene Corelli (Ravenna, Itália). 16 9º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Birgu (Malta) No dia 7 de Outubro de 2011 Birgu organizou mais uma edição do Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco. Os espetáculos que integraram o circuito aconteceram no âmbito do evento: “BirguFest 2011”. Os grupos participantes foram: Yulangelo (Sliven, Bulgária); Pax Antiqua (Mértola, Portugal); Sete Lágrimas (Idanha-a-Nova, Portugal); Novum Ensemble (Birgu, Malta), entre outros grupos de Birgu. 10º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Évora, Idanha-aNova e Mértola (Portugal) Durante o primeiro trimestre de 2012 foi organizado em Évora, Idanha-a-Nova e Mértola, o Circuito de Música Antiga, da Renascença e Barroco. Tendo sido este, o último Circuito organizado em simultâneo pelos três municípios. Os grupos que integraram esta iniciativa foram: Sete Lágrimas (Idanha-a-Nova, Portugal); Orquestra Barroca da ESART – Escola Superior de Música de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Idanha-a-Nova, Portugal); Coro Polifónico Eborae Música (Évora, Portugal); Pax Antiqua 17 Ensemble (Mértola, Portugal); Resonet (Ourense, Espanha); Grupo de Câmara do Centro Comunitário de “Hadzhi Dimitar” (Sliven, Bulgária); Quarteto de Metais de Ravenna (Itália). Em Idanha-a-Nova os espetáculos aconteceram nos dias 21 de Janeiro, 2, 16 e 23 de Março de 2012. Em Mértola nos dias 18 Fevereiro, 3, 17 e 23 de Março de 2012 e em Évora nos dias 11, 17, 18 e 24 de Março de 2012. 11º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Birgu (Malta) No dia 7 de Setembro de 2012 Birgu organizou mais uma edição do Circuito de Música Antiga, da Renascença e do Barroco, no âmbito do evento: “BirguDay 2012”. A iniciativa realizou-se na Praça Principal de Birgu e contou com a participação do grupo de música “Cuerdas”. 12º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Mértola (Portugal) Mértola organizou mais um conjunto de concertos que integraram o Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco. No dia 24 de Março de 2012, no Cineteatro da Mina de S. Domingos, apresentação do espetáculo: “O musical” com o grupo Pax Antiqua Ensemble (Mértola, Portugal). No dia 24 de Novembro de 2012, no mesmo local, o espetáculo “Arte das Musas”, com 18 o grupo Sete Lágrimas (Lisboa, Portugal). No dia 1 de Dezembro do mesmo ano, no Cineteatro Marques Duque, o grupo Lisboa Stockolm Project (Lisboa e Estocolmo, Portugal e Suécia). Por último, no dia 21 de Dezembro de 2012, na antiga Mesquita de Mértola, realizou-se um concerto de Natal com os cantores líricos Carlos Guilherme e Filipa Lopes e o pianista Pedro Vieira de Almeida (Lisboa, Portugal). 13º Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco – Idanha-a-Nova (Portugal) De 26 a 29 de Abril 2013, o Município de Idanha-a-Nova, organizou mais um Circuito de Música Antiga, Renascença e do Barroco com o grupo Baroque Orchestra (Idanha-a-Nova) que realizou 3 espectáculos sendo um deles um concerto pedagógico no qual participaram um conjunto de jovens músicos. 19 FESTIVAL TRÊS CULTURAS 1º Festival das Três Culturas – Birgu (Malta) Para além dos circuitos de música, o Projecto Oralidades promove anualmente um Festival das Três Culturas (festival de música Antiga, da Renascença e Barroco) que procura ser uma iniciativa de impacto, de maior dimensão e com uma maior diversidade de grupos e de participantes. No Festival participam todas as cidades parceiras. No dia 9 de Outubro de 2009 realizou-se em Birgu o 1º Festival das Três Culturas. Este evento contou com a participação de 6 grupos de música de cada uma das cidades parceiras e um grupo local, em representação do município de Birgu. Resonet (Ourense); Ensemble Moçárabe (Mértola); Companhia Alforge (Idanha); Joana Godinho e Rafael Reis (Évora); Madzhi Dimitar (Sliven); Michaela Gardini e Filippo Pantieri (Ravenna) e de Birgu o grupo Gukulari Ensemble. 20 2º Festival das Três Culturas – Ravenna (Itália) De 13 a 19 de Julho de 2010, ocorreu em Ravenna, Itália, o 2º Festival das Três Culturas que contou com a participação de grupos de todos os municípios parceiros do projeto oralidades. Os espetáculos foram realizados na Praça de San Francesco, num palco ao ar livre em frente à Basílica de San Francesco. O evento foi integrado no âmbito do Festival Ravenna Bella di Sera – Spazio Europa. Os grupos participantes foram os seguintes: Dia 13 de Julho, Collegium Musicum Classense de Ravenna (Itália); dia 14, Gukulari Band de Birgu (Malta); dia 15, Pax Antiqua Ensemble de Mértola (Portugal); dia 16, Carmin’ Antiqua de Idanha-a-Nova (Portugal); dia 17, Chamber Ensemble Community Center Hadzhi Dimitar de Sliven (Bulgária); dia 18, Grupo Vocal Trítono de Évora (Portugal) e dia 19, no último dia do festival, esteve presente a Associação Ricardo Courtier de Ourense (Espanha). 3º Festival das Três Culturas – Ourense (Espanha) De 10 a 14 de Novembro de 2010, a cidade de Ourense acolhe o 3º Festival das Três Culturas. Festival que em simultâneo com a Conferência Internacional da Tradição Oral organizada pelo município de Ourense também no âmbito do Projeto Oralidades. Nesta edição do festival estiveram presentes os seguintes grupos: 10 de Novembro Trío Corelli (Ravenna, Itália) e Carmin Antiqua (Idanha-a-Nova, Portugal); 11 de Novembro Happy Guitars (Birgu, Malta); 12 de Novembro Yulangelo (Sliven, Bulgária) e Pax Antiqua (Mértola, Portugal); 13 de Novembro Resonet (Ourense, Espanha) e 14 de Novembro Coro Polifónico Eborae Música (Évora, Portugal). 4º Festival das Três Culturas – Idanha-a-Nova, Évora e Mértola (Portugal) De 25 a 28 de Novembro de 2010, os três municípios portugueses organizaram em conjunto a 4ª 21 Edição do Festival das Três Culturas. Os grupos que participaram no festival realizaram espetáculos nos três municípios. Estiveram presentes: Quarteto de Guitarras de Évora e Ensemble Vox Antiqua (Évora, Portugal); Carmin Antiqua (Idanha-a-Nova, Portugal); Ensemble Moçárabe e Pax Antiqua Ensemble (Mértola, Portugal); Jackson’s Zaqq u Tanbur Folk Group (Birgu, Malta); Hadzhi Dimitar Communitary Centre Music Ensemble (Sliven, Bulgária); Elena Sartori and Giovanna Casanova (Ravenna, Itália); Ars Anterga (Ourense, Espanha). Os espectáculos ocorreram em diversos locais, maioritariamente em igrejas. No município de Idanha-a-Nova, os espetáculos aconteceram em diferentes freguesias do concelho. 5º Festival das Três Culturas – Sliven (Bulgária) A 5ª edição do Festival Três Culturas decorreu na cidade de Sliven, nos dias 12, 13, 14 e 26 Abril de 2011. De 12 a 14 de Abril os espectáculos realizaram-se no Teatro “Stephan Kirov”. No dia 26, o último espetáculo do festival, decorreu na Galeria de Arte “Dimitar Dobrovich”. Todos os parceiros do projeto foram representados pelos seus grupos de música. Os grupos participantes foram: Dia 12 de Abril: Quartet Cuerdas de Birgu (Malta) e Quarteto de Guitarras de Évora (Portugal); dia 13 de Abril: Sete Lagrimas de Idanha-a-Nova (Portugal) e Ensemble Resonet de Ourense (Espanha); dia 14 de Abril: Ensemble Pax Antiqua de Mértola (Portugal) e Ravenna Brass Quartet de Ravenna (Itália); dia 26 de Abril: Chamber Ensemble at Community Centre Hadzhi Dimitar de Sliven (Bulgária). 22 6º Festival das Três Culturas – Idanha-a-Nova (Portugal) A 6ª edição do Festival Três Culturas foi organizada em Idanha-a-Nova, de 1 a 15 de Dezembro de 2012 e intitulouse: “Fora do Lugar. Festival Internacional de Músicas Antigas”. Foi uma iniciativa que decorreu em vários locais do Município: Idanha-a-Nova, Monsanto, Medelim e Ladoeiro. Durante o festival foram realizados vários concertos com os grupos: Les fin’amoureuses (França); Eborae Musica, (Évora, Portugal); Sete Lágrimas e Adufeiras de Monsanto (Lisboa e Monsanto, Portugal); Diana Vinagre (Portugal); Eva Parmenter e Denis Setsenko (Portugal e Ucrânia) e Concerto Campestre (Portugal). Para além dos concertos houve também lugar a uma conferência com a participação de Rui Vieira Nery e a dois Workshops, um de “Danças Europeias” e outro sobre o instrumento tradicional de percussão intitulado Adufe. 23 CIRCUITOS DE MÚSICA POPULAR E TRADICIONAL 1º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ourense (Galiza – Espanha) Os Circuitos são encontros de música nos quais se partilham linguagens musicais e artísticas dos diferentes parceiros. Perspectivar e estimular o surgimento de novas sonoridades dentro da tradição que possam suscitar outras formas de criação, novos grupos e um maior intercâmbio neste domínio. Neste caso são Circuitos de Música Tradicional. Em cada Circuito participam apenas 4 cidades, a cidade que acolhe o evento e mais 3 cidades parceiras. No ano de 2009 todas as cidades tiveram um circuito, excepto as três portuguesas que organizaram um Festival de Música Tradicional. 24 O 1º Circuito de Música Tradicional e Popular aconteceu em Ourense, dia 2 e 3 de Maio 2009 e integrou a tradicional Festa dos Maios. A praça Bispo Cesareo acolheu as diferentes actividades. Grupos participantes: Dia 2 Maio: Vozes do Imaginário (Évora) e Saca Sons (Idanha-a-Nova); Dia 3 Maio: AOFT Gomes Mouro (Ourense). 2º Circuito de Música Tradicional e Popular – Birgu (Malta) A 9 de Maio de 2009 na cidade de Birgu realizou-se o Circuito de Música Tradicional e Popular, no qual participou o Grupo de Música Portuguesa Roda Pé (Évora); Os Alentejanos (Mértola); Klez (Ravenna) e Ruth Sammut Casingena (Birgu). 3º Circuito de Música Tradicional e Popular – Sliven (Bulgária) Nos dias 18 e 19 Maio de 2009 aconteceu mais um Circuito de Música Tradicional na cidade de Sliven, neste circuito participaram: No Mazurca Band (Évora); Saca Sons (Idanha-a-Nova); um grupo de Ravenna e um grupo de Sliven. 25 4º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ravenna (Itália) O Circuito de Música Tradicional e Popular teve lugar nos dias 5, 6 e 7 de Junho de 2009 em Ravenna, integrado no Festival delle Culture. Estiveram presentes os grupos: Uxu Kalhus (Évora), a 5 Junho; Folklore Song and Dance Ensemble (Sliven), dia 6 Junho e a Asociación Ourensá de Folclore Tradicional (Ourense), dia 7 Junho. 5º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ourense (Galiza, Espanha) O Circuito de Música Tradicional de Ourense foi integrado na Festa dos Maios de Ourense e decorreu no dia 2 de Maio de 2010 nos Jardins do Padre Feijoo, na cidade de Ourense. O programa da Festa dos Maios incluiu o tradicional concurso de Maios e Coplas, contou com jogos populares e comida tradicional e com o circuito de música no qual estiveram presentes os seguintes grupos: Modas e Adufes, grupo etnográfico de Idanha-a-Nova (Portugal); as Cantareiras do C.C. Xaquín Lourenzo - Castro Floxo (Ourense) e o grupo de música tradicional de Sliven (Bulgária). 26 6º Circuito de Música Tradicional e Popular – Évora, Mértola e Idanha-a-Nova (Portugal) De 15 a 30 de Maio de 2010 entre os municípios de Évora, Mértola e Idanha-a-Nova realiza-se o Circuito de Música Tradicional no qual participam os seguintes grupos: Bevano Est, Banda de EtnoJazz de Ravenna (Itália); o grupo de danças e cantares tradicionais do centro comunitário “Dr. Petar Beron” – de Topolchane, no Município de Sliven, (Bulgária); Os Caldeireiros de S. João, Grupo Coral de Mértola (Portugal); Cantares de Évora, Grupo Coral e Etnográfico (Portugal) e os Uxu Kalhos, grupo de Trad-Folk-Rock de Évora (Portugal). 7º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ravenna (Itália) De 20 a 22 de Julho de 2010 aconteceu em Ravenna mais um Circuito de Música Tradicional e Popular. O Circuito decorreu na Praça de San Francesco no âmbito do Festival Ravenna Bella di Sera – Spazio Europa. Os grupos participantes foram: Grupo Coral Cantares de Évora (Portugal); Aoft Gomes Mauro de Ourense (Galiza, Espanha) e Canterini Romagnoli de Ravenna (Itália). 27 8º Circuito de Música Tradicional e Popular – Birgu (Malta) De 8 a 10 de Outubro de 2010 realizou-se em Birgu o Circuito de Música Tradicional, iniciativa que foi integrada no evento cultural intitulado Birgu Fest. Os grupos presentes foram: Grupo de Violas Campaniças de Mértola (Portugal); Società Canterini di Ravenna – Grupo Coral Pratella Martuzzi de Ravenna (Itália); Saca Sons de Idanha-a-Nova (Portugal) e o grupo local Jackson`s Zaqq u Tanbur de Birgu (Malta). 9º Circuito de Música Tradicional e Popular – Idanha-a-Nova, Évora e Mértola (Portugal) Nos dias 14 e 15 de Maio e nos dias 5,6 e 20 de Agosto de 2011 realizou-se mais uma edição do Circuito de Música Tradicional, edição que se distribuiu pelos três municípios portugueses. Os grupos presentes foram: Jackson`s Zaqq u Tanbur de Birgu (Malta); Xestreu de Ourense (Galiza- Espanha); Grupo Coral Cantares de Évora (Portugal); No Mazurka Band de Évora (Portugal); Modas à Campaniça de Mértola (Portugal); Modas e Adufes de Idanha-a-Nova (Portugal) e o Coro de Mulheres Folklore Song and Dance Ensemble de Sliven (Bulgária). 28 10º Circuito de Música Tradicional e Popular – Sliven (Bulgária) Nos dias 17, 18 e 23 de Maio de 2011 realizou-se na cidade de Sliven mais um Circuito de Música Tradicional e Popular. Nos dias 17 e 18 de Maio, no Teatro “Stephan Kirov” realizaram-se os seguintes espectáculos: Fiona Cauchi de Birgu (Malta); Sons do Vagar de Évora (Portugal) e Os Tocadores de Mértola (Portugal). No dia 23 de Maio, o espetáculo foi assegurado pelo grupo local Folklore Song and Dance Ensemble e contou com a especial participação da cantora de folclore búlgaro Hristina Anastasova. O espectáculo decorreu ao ar livre na praça Hadzhi Dimitar. 29 11º Circuito de Música Tradicional e Popular – Mértola (Portugal) No dia 25 de Agosto de 2012, o Município de Mértola organizou um concerto integrado no Circuito de Música Tradicional. O espetáculo realizou-se no Anfiteatro da praia fluvial da Mina de S. Domingos, no concelho de Mértola. Bacoustic é o nome do grupo que participou na iniciativa. 12º Circuito de Música Tradicional e Popular – Birgu (Malta) De 19 a 21 de Outubro de 2012, a cidade de Birgu organizou mais um Circuito de Música Tradicional integrado no “BirguFest 2012”. Foram vários os grupos locais que participaram no evento que aconteceu em diferentes espaços da cidade, em grande parte ao ar livre. 30 13º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ourense (Galiza, Espanha) No dia 11 de Novembro de 2012, Ourense organizou o Circuito de Música Tradicional integrado nas tradicionais festas do Magusto (Magosto) que deste há muito se realizam em Ourense. O município colabora com várias associações que participam na festa e organiza uma atividade central na “Plaza Mayor”. A festa é comemorada na rua com música, animação, castanhas e fogueira. Destina-se a crianças e adultos e atrai público de outras zonas de Espanha e do norte de Portugal. 14º Circuito de Música Tradicional e Popular – Ourense (Galiza, Espanha) De 7 a 13 de Fevereiro de 2013, Ourense dinamizou o Circuito de Música Tradicional integrado na Festa do Entrudo, (Entroido). Evento no qual participaram vários grupos de música da região e várias associações culturais. Na festa não faltaram as tradicionais 31 comadres e compadres, a “Pita”, “Seixalbo” e “Frei Canedo”, muita animação musical e muita folia. 15º Circuito de Música Tradicional e Popular – Mértola (Portugal) Nos dias 23 e 24 de Março de 2013, o Município de Mértola organizou mais um Circuito de Música Tradicional no âmbito do “Festival do Peixe do Rio”. Todo o evento foi realizado no Pomarão, antigo e importante porto do Rio Guadiana. 32 16º Circuito de Música Tradicional e Popular – Mértola (Portugal) De 26 a 28 de Abril de 2013, o Município de Mértola dinamizou o Circuito de Música Tradicional integrado na “Feira do Mel, Queijo e Pão”. Um evento em trono dos produtos tradicionais da região. 17º Circuito de Música Tradicional e Popular – Mértola (Portugal) De 16 a 19 de Maio de 2013 Mértola integrou o Circuito de Música Tradicional no “Festival Islâmico de Mértola”, evento que já vai na sua 7ª edição e que tem como objetivo a valorização e a divulgação da herança islâmica e mediterrânea do Município de Mértola. Durante quatro dias, o centro histórico de Mértola foi animado por um conjunto de iniciativas entre elas: a recriação de um mercado de rua, o chamado “Souk”, no qual estiveram presentes artesãos de diferentes zonas da bacia do Mediterrâneo; houve também lugar para a Gastronomia mediterrânica; para exposições; espetáculos de música e de teatro, conferências, animação de rua, contadores de contos, cursos de cerâmica e oficinas de dança, de canto e de instrumentos tradicionais. 33 FESTIVAL EUROPEU MÚSICAS DO SUL 1º Festival Europeu Músicas do Sul – Évora, Mértola e Idanha-a-Nova (Portugal) Para além dos circuitos de música, o Projecto Oralidades promove anualmente um Festival Europeu Músicas do Sul (festival de música tradicional) que procura ser uma iniciativa de impacto, de maior dimensão e com uma maior diversidade de grupos e de participantes. No Festival participam todas as cidades parceiras. Nos dias 10, 11 e 12 de Junho de 2009, em Évora, Mértola e Idanha-aNova, concretizou-se, em simultâneo, o 1º Festival Europeu Músicas do Sul que contou com a participação de grupos musicais de todas as cidades que integram o projecto. Em Évora as três noites de espectáculos realizaram-se num palco ao ar livre na Praça do Giraldo. Em Mértola o festival aconteceu em dois espaços, no Castelo de Mértola e no Anfiteatro da Praia Fluvial da Mina de São Domingos. Em Idanha-a Nova os espectáculos centraram-se no Centro Cultural Raiano, nos seus auditórios exterior e interior. No festival participaram 10 grupos de música tradicional e 3 Bandas Filarmónicas. O grupo Coanhadeira (Ourense); Folklore Song and Dance Ensemble (Sliven); Società Canterini di Ravenna – Grupo Coral “Pratella Martuzzi” (Ravenna); Ruth sammut Casingena (Birgu); Alma Plana (Évora); Os Tocadores (Mértola); Sons do Vagar (Évora); Saca Sons (Idanha-a-Nova); Cordas Soltas (Évora) e Modas e Adufes (Idanha-a-Nova). 34 35 As Bandas Filarmónicas participaram apenas no Festival de Évora, os grupos de música tradicional integraram, de forma rotativa, os festivais de Évora, Mértola e Idanha-a-Nova. O Festival em Évora contou com a presença das três Bandas Filarmónicas do seu concelho ao som das quais se dava início às noites de espectáculo. As filarmónicas começavam a sua apresentação com uma arruda até à Praça do Giraldo, terminando a tocar alguns temas em frente ao palco onde se seguiam os espectáculos. Estiveram presentes: a Banda Filarmónica da Casa do Povo de Nossa Senhora de Machede, a Banda da Associação Filarmónica 24 de Junho e a Banda Filarmónica do Grupo União e Recreio Azarujense. 36 2º Festival Europeu Músicas do Sul – Ourense (Galiza - Espanha) Nos dias 17, 18, 19 e 20 de Junho de 2010, em Ourense, aconteceu o 2º Festival Europeu Músicas do Sul que contou com a participação de grupos musicais de todas as cidades que integram o projecto. No dia 17 de Junho, às 22H30, na Praça Maior, realizou-se um espectáculo musico – literário que contou com a participação de vários grupos de Ourense. As três noites seguintes realizaram-se num palco ao ar livre no Xardíns Padre Feijoo. Nos dias 18 e 19 os espectáculos tiveram início às 21H, no dia 20, às 20H30. No festival participaram no dia 18 de Junho os Gukulari Ensemble (Birgu, Malta) e os Bevano Est (Ravenna, Itália). No dia 19 de Junho estiveram presentes os grupos dos parceiros portugueses: Rancho Etnográfico do Ladoeiro (Idanha-a-Nova), Grupo Coral Guadiana de Mértola e Sons do Vagar (Évora). No dia 20 de Junho participaram as Vozes Búlgaras (Sliven, Bulgária). 37 3º Festival Europeu Músicas do Sul – Sliven (Bulgária) De 12 a 15 de Outubro de 2010, em Sliven, aconteceu o 3º Festival Europeu Músicas do Sul que contou com a participação de grupos musicais de todas as cidades que integram o projeto. No dia 12 de Outubro o Festival começou com a apresentação do grupo local Folklore Song and Dance Ensemble de Sliven. No dia 13, participaram os grupos: Firelight de Birgu (Malta) e Entr’o Cante de Évora (Portugal), no dia 14 de Outubro: Alenfole de Mertola (Portugal) e Modas & Adufes de Proença-a-Velha (Idanha-a-Nova, Portugal) e no dia 15 de Outubro: La Carampana de Ravenna (Itália) e Musica Rabeosa de Ourense (Espanha). Todos os espetáculos se realizaram no Teatro “Stefan Kirov”, no primeiro dia às 18H e nos restantes às 17H. 38 4º Festival Europeu Músicas do Sul – Ravenna (Itália) De 15 a 21 de Julho de 2011 realizou-se em Ravenna o 4º Festival de Músicas do Sul. No festival participaram grupos de todos os municípios parceiros. Os espetáculos realizaram-se na Praça de San Francesco ao ar livre, num palco montado em frente à Basílica de San Francesco. Os grupos que participaram foram os seguintes: Canterini Romagnoli (Ravenna, Itália) dia 15 de Julho; Folklore Song and Dance Sliven (Sliven, Bulgária) dia 16 de Julho; Firelight Birgu (Birgu, Malta) dia 17 de Julho; Duarte, Fadista (Évora, Portugal), dia 18 de Julho; Grupo de Cantares da Aldeia de Santa Margarida (Idanha-a-Nova, Portugal) dia 19 de Julho; Os Alentejanos (Mértola, Portugal) dia 20 de Julho e Musica Rabeosa (Ourense, Espanha) dia 21 de Julho. 39 5º Festival Europeu Músicas do Sul – Birgu (Malta) De 7 a 9 de Outubro de 2011, a cidade de Birgu organizou o 5º Festival de Músicas do Sul. No festival participaram grupos de todos os municípios parceiros. Os espetáculos integraram-se no evento “BirguFest 2011” que se realizou em vários palcos no centro de Birgu. Os grupos que participaram foram os seguintes: o Grupo de Penha Garcia (Idanha-a-Nova, Portugal); Ravenna Brass Quartet (Ravenna, Itália); Musica Rabeosa (Ourense, Espanha); Folklore Song and Dance Sliven (Sliven, Bulgária); Modas à Campaniça (Mértola, Portugal); GiGaru (Évora, Portugal) e Plato’s Dream Machine e Fiona Cauchi (Birgu, Malta). 40 6º Festival Europeu Músicas do Sul – Idanha-a-Nova (Portugal) No dia 13 de Maio de 2012, o Município de Idanha-a-Nova dinamizou mais um evento no âmbito das Músicas do Sul, integrado no “Festival das Sopas”. 7º Festival Europeu Músicas do Sul – Sliven (Bulgária) De 24 a 26 de Agosto de 2012, Sliven organizou mais uma edição do Festival Músicas do Sul, no âmbito da iniciativa “Regional Folkfest”. No evento participaram vários grupos de música e dança tradicional, num total de 866 elementos. Realizaram-se concertos ao ar livre, com Folklore Orchestra e Folklore Song and Dance Ensemble de Sliven, concursos de coros e de solistas, no qual participaram 38 grupos e num dos dias, os técnicos do Museu de Sliven organizaram uma palestra sobre os lugares históricos e os caminhos e percursos seguidos pelos “Haidouks” durante o domínio Otomano. 41 8º Festival Europeu Músicas do Sul – Idanha-a-Nova (Portugal) Nos dias 10 e 24 de Novembro 2012, Idanha-a-Nova, organizou no auditório do Centro Cultural Raiano mais uma edição do Festival Músicas do Sul. Esta edição, integrada na Iniciativa “Outonalidades”, contou com a participação de dois grupos de música: a Fanfarra Alfares e A Jigsaw. 42 9º Festival Europeu Músicas do Sul – Idanha-a-Nova (Portugal) No dia 3 de Fevereiro de 2013, Idanha-a-Nova, organizou no auditório do Centro Cultural Raiano um concerto integrado no âmbito do Festival Músicas do Sul. O concerto contou com a participação da cantora Né Ladeiras e com o Grupo de Adufes do Rancho de Penha Garcia. Foi um concerto de homenagem à cantadora e tocadora de adufe Ti Catarina Chitas. 10º Festival Europeu Músicas do Sul – Ourense (Galiza, Espanha) No dia 5 de Maio de 2013, Ourense, dinamizou o Festival Músicas do Sul integrado na Festas dos Maios 2013. Durante a festa realizou-se o tradicional concurso de Maios e Coplas, promoveram-se jogos tradicionais e houve animação de rua com grupo de música Gomes Mouro e a Banda de Música Municipal de Ourense. 43 11º Festival Europeu Músicas do Sul – Sliven (Bulgária) Nos dias 6 e 7 de Maio de 2013 Sliven organizou mais uma edição do Festival Músicas do Sul, no qual se integrou o evento: “International Folkfest”. No total participaram 536 artistas, entre músicos, cantores e bailarinos. O FolkFest é um festival que se centra estritamente no folclore mais tradicional e que se costuma realizar todos os anos na cidade de Kermen, a segunda cidade do Município de Sliven. Nesta edição, a organização resolveu dinamizar algo diferente. Neste sentido, estabeleceu uma ponte entre as duas cidades do município, Kermen e Sliven e uma ponte entre o folclore mais tradicional e o folclore mais moderno. Como tal, convidou o grupo Five Seasons, por ser um grupo inovador que interpreta o folclore búlgaro já com uma série de novos elementos. Com esta iniciativa, Sliven apostou na inovação e na revitalização do seu folclore. 44 ENCONTRO CIDADES EUROPEIAS DA TRADIÇÃO ORAL 1º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Mértola e Idanha-a-Nova (Portugal) O Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral é uma iniciativa integrada no projecto Oralidades que tem agendada uma realização anual. A primeira edição deste evento ocorreu de 21 a 27 de Novembro de 2009 em Idanha-a-Nova e em Mértola. Foi um Encontro que se dividiu por estes dois municípios, tendo-se realizado em Idanha-a-Nova um seminário que se centrou na temática das oralidades e em Mértola um programa também dedicado à tradição oral que contou com a participação de contadores de contos, espectáculos de marionetas, workshops, etc. Em ambos os locais se contou com a participação de todas as cidades que fazem parte do projecto e que formam a Rede das Cidades da Tradição Oral. Esta foi uma iniciativa que se dirigiu aos parceiros, mas também aos operadores culturais, aos investigadores, às instituições de ensino e à comunidade em geral. Em Idanha-a-Nova o Encontro Cidades da Tradição Oral decorreu durante o dia 21 de Novembro de 2009, sendo o local escolhido para a sua realização o Fórum Cultural. Em Mértola, a iniciativa aconteceu em simultâneo com a Feira do Livro e durou de 21 a 27 de Novembro, sendo vários os locais onde se apresentaram as sessões de contos e os espectáculos de marionetas, nomeadamente o Cine -Teatro Marques Duque, o Salão dos Bombeiros e o Centro de Recursos da Escola Eb1 de Mértola. Participantes no Encontro Cidades da Tradição Oral em Idanha: Rui Arimateia e Susana Russo (Évora, Portugal); Rui Guita (Mértola, Portugal); Paulo Longo (Idanha-aNova); Santiago Prado Conde (Ourense, Espanha); Gorg Peresso (Birgu, Malta); Tahar Lived e Barbara Morigi (Ravenna, Itália)); Bianca Benkovska (Sliven, Bulgária). Nos painéis dos convidados estiveram presentes: Luis Correia Carmelo; José Alberto Sardinha; Paulo Lima. 45 O Encontro Cidades da Tradição Oral antes de terminar contou ainda com a presença de um grupo de Idanha-a-Nova que interpretou um conjunto de canções do repertório tradicional. Participantes no Encontro Cidades da Tradição Oral em Mértola: “Histórias musicadas” Antón Castro (Ourense, Espanha); “Fuq L-ghatba” (Sketches cómicos) (Birgu, Malta); “O tempo mágico” State Puppet Theatre (Sliven, Bulgária); “Contos Ilustrados” Cépia (Évora, Portugal); “O rapto do Príncipe Carlos” Teatro del Drago (Ravenna, Itália); “Sessão de contos” Nuno Coelho (Évora, Portugal); “Sessão de contos” Carla Nabais (Idanha-a-Nova, Portugal). 46 2º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Évora (Portugal) O Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral é uma iniciativa integrada no projeto Oralidades que visa promover um conjunto de eventos tais como: seminários sobre a tradição oral, lançamento de publicações, encontros de contadores de contos e de marionetistas, espetáculos, exposições, ciclos de documentários, etc. No âmbito desta iniciativa estabelece-se uma rede entre as Cidades da Tradição Oral, na qual circulam operadores culturais, artistas, investigadores, técnicos dos municípios, entre outros, o que possibilita a partilha e o intercâmbio de experiências. O 2º encontro da tradição oral aconteceu na cidade de Évora de 25 de Maio a 3 de Junho de 2012 e contou com a participação de todas as cidades que fazem parte do projeto e que formam a Rede das Cidades Europeias da Tradição Oral. 47 A iniciativa foi integrada da Feira do Livro que se realiza anualmente em Évora na Praça do Giraldo, no centro histórico da cidade. Neste 2º encontro foram incluídos vários eventos: espetáculos de marionetas, performances de rua, projeção de documentários, seminários sobre diferentes temáticas e um concerto didático sobre instrumentos tradicionais. O programa e os participantes: “Conversa à volta das Brincas de Carnaval de Évora/ Oralidades/ Folclore/ Etnografia/ Antropologia” com Isabel Bezelga e Mestres das Brincas dos Bairros de Almeirim e Canaviais (Évora, Portugal); Grupo de Brincas de Carnaval do Rancho Folclórico Flor do Alto Alentejo (Évora, Portugal); Espetáculo de marionetas O Amor pelas Três Laranjas State Puppet Theatre (Sliven, Bulgária); Projeção do filme Sinfonia Imaterial de Tiago Pereira (Évora, Portugal); Encontro com State Puppet Theatre (Sliven, Bulgária); Projeção do documentário “De viva voz - um exercício em torno dos contextos da transmissão Oral”, realização de João Tavares (Idanha-a-Nova, Portugal); Sketches Cómicos Fuk I-Ghatba, pelo Grupo Stages (BirguMalta); “The legends and poetry of pilgrimage in the Maltese Oral Tradition” com George Peresso (Birgu-Malta); Sessão de apresentação da II Conferência da Tradição Oral a realizar-se em Évora em Novembro de 2012 com José Rodrigues dos Santos e Rui Arimateia (Évora, Portugal); Serão de Estórias com Jorge Serafim (Mértola, Portugal); Concerto didático, sobre os instrumentos na Música Tradicional Galega com Félix e Cástor Castro (Ourense, Espanha); Apresentação da experiência “Maleta Pedagógica da Tradição Oral” com Susana Russo (Évora, Portugal); “Os Cegos Músicos na Galiza e a Literatura de Cordel” com Cástor Castro (Ourense, Espanha); “Natti per Leggere (NpL): le esperienze delle biblioteche di Ravenna”, do Istituzione Biblioteca Classense com Nicoletta Bacco (Ravenna-Itália) e “Guardar a Memória: a salvaguarda do património imaterial em terras de Idanha” com Paulo Longo e Eddy Chambino (Idanha-aNova, Portugal). 48 49 3º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Ravenna (Itália) A cidade de Ravenna organizou o 3º Encontro das Cidades Europeias da Tradição Oral, a que deu o nome de: “Burattini, cantastorie e racconti viaggiando per l’Europa”. Estando a sua temática centrada nas marionetas, nos contadores de histórias e nos contos tradicionais. O encontro contou com a participação de todos os municípios parceiros no Projeto Oralidades e com a colaboração do grupo “Teatro del Drago” e da Familia Monticelli de Ravenna. De 8 de Dezembro de 2012 a 6 de Janeiro de 2013, Ravenna dinamizou um vasto programa, com espetáculos de marionetas, workshops dirigidos para crianças, projeção de documentários e uma exposição dedicada às tradições orais dos países que integram o Projeto Oralidades. O programa e os participantes: Espetáculos de Marionetas: O Mistério da Pedra Encantada (Évora, Portugal); A Serpente das Sete Cabeças (Mértola, Portugal); The Love for Three Oranges (Sliven, Bulgária); O Cego dos Monifates (Ourense, Espanha) e Il rapimento del Principe Carlo (Ravenna, Itália). Teatro de Rua: Sketch Cómico (Birgu, Malta). Projeção do documentário: Combater o esquecimento. Recitais orais e contos tradicionais de Idanha-a-Nova (Idanha-a-Nova, Portugal). Exposição: Burattini, cantastorie e racconti viaggiando per l’Europa e workshops para crianças, oficinas criativas e de animação com atividades, jogos e brincadeiras associados à tradição e folclore Romagnolo, da região da Romagna. 50 51 52 4º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Mértola (Portugal) De 18 a 24 Novembro de 2012, o Município de Mértola dinamizou o 4º Encontro da Tradição Oral. No âmbito da Feira do Livro local foram organizadas sessões de contos, lançamentos de livros, espetáculos de marionetas, realizando-se, antes do evento, um workshop de marionetas para o público em geral. 53 5º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Sliven (Bulgária) No dia 16 de Março de 2013, o Município de Sliven organiza o 5º Encontro da Tradição Oral, intitulado “Masquerade Games”. Este encontro, realizado na Vila de Gorno Aleksandrovo foi dedicado a uma festa tradicional búlgara que acontece geralmente na primavera e que simboliza a celebração da fertilidade e da produtividade agrícola. São sempre vários os grupos que participam neste evento, cada um com diferentes indumentárias e diferentes máscaras, sendo esta tradição conhecida pelo nome de “kukeri”. As máscaras são muitas vezes feitas a partir de pele e de penas de animais, têm características humanas e são em grande parte muito coloridas. À volta da cintura utilizam um conjunto de chocalhos que fazem um acompanhamento rítmico. Os grupos apresentam-se a fazer tocar os chocalhos, a dançar, ao som de instrumentos musicais da tradição búlgara e a representar pequenas performances teatrais. Os chocalhos são usados simbolicamente para espantar o diabo e incentivar a fertilidade. 54 6º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Ourense (Galiza- Espanha) No dia 17 de Maio de 2013 Ourense organizou o 6º Encontro da Tradição Oral, integrado no evento “Letras Galegas”. Iniciativa dedicada ao escritor galego Roberto Vidal Bolaño. Contou com a participação da Banda Municipal de Música de Ourense, com o Coro da Universidade de Vigo e o Coro da Capela Madrigalista de Ourense, com um concerto de Latin-Jazz e com a leitura de textos e conversas sobre Vidal Bolaño. 7º Encontro Cidades Europeias da Tradição Oral – Évora (Portugal) O 7º Encontro da Tradição Oral aconteceu na cidade de Évora de 25 de Maio a 2 de Junho de 2013. A iniciativa foi integrada, mais uma vez, na Feira do Livro que se realiza anualmente em Évora na Praça do Giraldo, no centro histórico da cidade. Neste 7º encontro foram incluídos vários eventos: espetáculos de música tradicional, espetáculos de marionetas, lançamentos de livros, uma oficina de Danças Tradicionais, uma oficina de Sons da Tradição, dirigida para crianças, uma aula aberta de Canto Alentejano, entre outras iniciativas. O Projeto Oralidades esteve também presente na Feira do Livro com um stande expositivo. 55 56 OUTROS EVENTOS NO ÂMBITO DO PROJECTO ORALIDADES Mostra Fotográfica - Projecto Oralidades A Mostra fotográfica: Oralities – Our Common Heritage. Exposição organizada por todos os parceiros do projecto, cada município seleccionou um conjunto de fotografias através das quais dá a conhecer o seu património material e imaterial. Esta exposição será itinerante, circulando por todos os municípios que integram o projecto. A sua inauguração foi na cidade de Ravenna em Itália, na Igreja de San Domenico e esteve patente de 19 de Fevereiro a 7 de Março de 2010. 57 De Ravenna a exposição Oralities – Our Common Heritage segue para Birgu em Malta onde esteve nos meses de Setembro e Outubro de 2010. Viajando depois para Ourense, na Galiza, onde esteve patente entre Novembro e Dezembro de 2010. Em Abril de 2011 apresenta-se em Sliven na Bulgária, seguindo depois para Portugal onde esteve em Mértola, depois em Idanha-aNova, terminando a sua itinerância em Novembro de 2012 em Évora. 58 APRESENTAÇÃO OFICIAL DA I CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA TRADIÇÃO ORAL No dia 30 de Março de 2010 realizou-se em Ourense, Espanha, uma conferência de imprensa na qual foi apresentada publicamente a Conferência Internacional da Tradição Oral: Oralidade e Património Cultural. A conferência irá realizar-se em Ourense nos dias 11, 12 e 13 de Novembro de 2010 e conta com a participação de especialistas na área da tradição oral de todos os municípios da parceria do projecto. Estiveram presentes: Isabel Pérez, Vereadora da Cultura do Concelho de Ourense, Rui Arimateia, em representação do Município de Évora, líder do Projeto e Santiago Prado Conde, Diretor Científico da Conferência. http://dnn.cm-evora.pt/oralidades/ ou http://www.oralities.eu I Conferência Internacional da Tradição Oral. Oralidade e Património Cultural Ourense (Galiza- Espanha) A 1ª Conferencia Internacional da Tradición Oral. Oralidade e Património Cultural, realizou-se em Ourense os dias 11, 12 e 13 de Novembro de 2010. A organização esteve a cargo do Município de Ourense, tendo a colaboração e participação dos Municípios parceiros: Sliven (Bulgária), Birgu (Malta), Ravenna (Itália), Idanha-a-Nova, Mértola e Évora (Portugal). Os objetivos da Conferência Internacional da Tradição Oral, no âmbito do Projeto Oralidades, centraram-se essencialmente na reflecção sobre a produção da oralidade, a sua importância como ferramenta de diálogo intercultural e de construção do património e, também, como realidade social que deve ser valorizada através da sua visibilidade pública. Nos dias em que decorreu a conferência criou-se um espaço no qual especialistas, técnicos, estudantes e público em geral debateram e refletiram de modo gratificante as temáticas propostas. 59 A Conferência contou com um comité científico formado por um especialista de cada uma das cidades parceiras, excepto Ourense que, como cidade organizadora, convidou quatro especialistas. Cada especialista apresentou uma conferência plenária sobre diferentes conteúdos no âmbito da oralidade. Para além das conferências plenárias houve 28 comunicações enquadradas nos painéis temáticos propostos que se dividiram em: 1) Oralidade e construção de identidades locais; 2) Oralidade música e literatura; 3) Oralidade, socialização e educação; 4) Mulheres e outros agentes de socialização e 5. O valor cultural da oralidade. Entre conferencistas, participantes e assistententes a conferência contou sensivelmente com cento e cinquenta pessoas. No âmbito da conferência, o Município de Ourense organizou em simultâneo, o Festival da Três Culturas, com grupos de Música Antiga, da Renascença e do Barroco, representantes de todas as cidades parceiras; organizou também uma “Exposición do Traxe Tradicional Galego” e uma “Mostra do Património Cultural Imaterial” que contou inclusivamente com a presença de artesãos a trabalhar ao vivo. 60 II Conferência Internacional da Tradição Oral. Oralidade e Património Cultural (Évora- Portugal) A 2ª Conferência Internacional da Tradicão Oral. Oralidade e Patrimonio Cultural, realizou-se em Évora nos dias 8, 9 e 10 de Novembro de 2012. A organização esteve a cargo do Município de Évora, tendo a colaboração e participação dos Municípios parceiros: Idanha-a-Nova e Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Sliven (Bulgária), Birgu (Malta) e Ravenna (Itália). A II Conferência contou, como Presidente do Comité Científico, com o Professor Doutor José Rodrigues dos 61 Santos. Teve, como instituições coorganizadoras, o CIDHEUS, a Universidade de Évora e a FCT e obteve o apoio da Fundação Eugénio de Almeida que disponibilizou as suas instalações. Os objetivos da Conferência centraram-se na reflecção sobre a produção da oralidade, a sua importância como ferramenta de diálogo intercultural e de construção do património e, também, como uma realidade social que deve ser valorizada através da sua visibilidade pública. As espectativas relativamente à II Conferência internacional foram muitas e as inscrições não se fizeram esperar. O resultado foi a realização de 7 Conferências Plenárias e cerca de 40 Comunicações presenciais, de grande qualidade técnica e científica, distribuídas por seis Painéis. Painel I: Memória em Crise: oralidade e memória; Painel II: Mundos Cruzados: o erudito e o popular; Painel III: Músicas e Tradições: o papel das oralidades; Painel IV: Tradições Orais e Contextos Locais; Painel V: Formas de Transmissão; Painel VI: Problemas de Salvaguarda: o papel do arquivo. Durante os três dias, a Conferência dedicou-se à problemática das Tradições Orais e dos Saberes Tradicionais, nomeadamente ao nível da recolha, da preservação, da sistematização e da sua difusão e divulgação. Reflexões, experiências e metodologias foram partilhadas e discutidas. Em suma, a Conferência resultou num diálogo construtivo entre os parceiros do projeto, as dezenas de investigadores presentes e a assistência. O que contribuiu para a partilha de conhecimentos e por sua vez, para o enriquecimento e consolidação do Centro de Recursos da Tradição Oral, proposto desde o início do Projeto Oralidades, que tem o objetivo continuar a desenvolver trabalho na sua área de intervenção sociocultural após o término oficial do projeto. Conferência Internacional da Tradição oral: 62 O Centro de Recursos da Tradição Oral O principal objetivo e finalidade do Centro de Recursos passa pela sistematização, preservação e divulgação dos saberes e das práticas tradicionais. Uma das principais premissas do Projeto Oralidades foi a 63 criação de um Centro de Recursos da Tradição Oral, que poderá contribuir para um melhor conhecimento e partilha da identidade cultural das cidades parceiras. A criação do Centro de Recursos consistiu no desenvolvimento de um conjunto de ações que contribuíram para a valorização do património cultural imaterial de cada cidade. A partir da identificação, recuperação e valorização do património imaterial e das tradições que fazem parte da memória coletiva, o centro de recursos cria condições para devolver à comunidade as suas componentes identitárias estruturantes, tornando-se numa importante ferramenta que contribui para a reflexão e análise de como no presente as sociedades pensam e representam a sua identidade e a sua cultura. Lembramos que os objectivos principais do Centro de Recursos da Tradição Oral são: sistematizar, preservar e publicar as práticas e os saberes-fazer das culturas tradicionais. Fazendo uso de toda uma panóplia de instrumentos, como suporte técnico e científico, o Centro usará uma metodologia própria para o estabelecimento de um relacionamento permanente e equilibrado entre a tradição e a modernidade. Dentro da problemática abordada pelo projecto Oralidades, dois objectivos maiores serão trabalhados preferencialmente pelo Centro: 1. A Tradição Oral, através dos contos populares, histórias de vida, cancioneiros e romanceiros; 2. A Música Mediterrânica da Europa do Sul, nomeadamente a Música Antiga, da Renascença e do Barroco. Tendo em conta que a tradição oral é uma parte importantíssima da identidade, as tradições culturais deverão ser trabalhadas por todas as cidades parceiras, na tentativa de se encontrarem traços comuns, afinidades mas também diversidades, que poderão facilitar uma troca de ideias interculturais e uma cooperação entre cada um dos parceiros no reforço da Cidadania Europeia. Uma palavra para uma referência ao texto da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, adoptada pela UNESCO em 2003, mas que só entrou em vigor em Portugal a 21 de Agosto de 2008. No fundo esta Convenção agrupo um conjunto significativo de preocupações e indicações e orientações que nos auxiliam a problematizar e a clarificar conceitos e práticas à volta do Património Cultural Imaterial. O texto da Convenção ajuda-nos a perceber que o Património Cultural Imaterial: “São as práticas, representações e expressões, as consonâncias e o saber-fazer que as comunidades e os grupos e, em certos casos, os indivíduos, reconhecem como parte integrante do seu património cultural. O referido património, denominado por vezes “património cultural vivo”, concerne os seguintes domínios: as tradições e expressões orais, aqui incluindo a língua enquanto veículo para o património cultural imaterial; as artes do espectáculo; as práticas sociais, rituais e eventos festivos; os conhecimentos e as práticas que concernem a natureza e o universo; 64 o saber-fazer ligado ao artesanato tradicional. Transmitido de geração em geração, o património cultural imaterial, é recriado de modo permanente pelas comunidades e pelos grupos em função do meio no qual vivem, as relações que estabelecem com a natureza e da sua história. O património cultural imaterial confere às populações e aos grupos um sentimento de identidade e de continuidade; a salvaguarda deste património promove, nutre e favoriza o desenvolvimento da diversidade cultural e da criatividade.” O aparelho conceptual subjacente a esta Convenção do Património Cultural Imaterial, vem ao encontro dos grandes objectivos do Projecto Oralidades que reconhece o papel inestimável do património cultural imaterial como factor de aproximação, intercâmbio e entendimento entre os seres humanos. O Projecto Oralidades aproxima-nos uns dos outros através da compreensão mútua, do conhecimento de todos por todos os parceiros e, em última análise, do aprofundamento das relações entre diferentes povos, línguas e culturas. Ora, os objectivos do Projecto Oralidades inseriram-se dentro dos pressupostos desta Convenção da Unesco, conforme passamos a referir: valorização da Cultura Tradicional num quadro de inovação; promoção da cooperação cultural entre territórios, comunidades e agentes culturais e artísticos; intervenção sociocultural, tendo como base a promoção do diálogo entre culturas. Por sua vez, estes objectivos culturais que promovemos e desenvolvemos durante a duração do Projecto ORALITIES foram e são ambiciosos, desafiando a nossa criatividade. Mais se refere que a intervenção sociocultural que acima referimos propôs-se agir sobre a realidade específica de cada uma das cidades parceiras tendo como base três conceitos operativos fundamentais: Memória, Identidade e Partilha. Só a partir daqui compreenderemos de facto o que queremos com a criação de um Centro de Recursos da Tradição Oral, objectivo estruturante do próprio Projecto. É este um projecto e um desafio exigente e ambicioso, exigente porque não é inédito e ambicioso porque estamos a encarar o seu desenvolvimento à luz de uma intervenção autárquica e não de acordo com regras estritamente académicas e universitárias. Temos consciência de que o projecto ORALIDADES é, de facto, um projecto complexo. Sendo um Projecto que privilegia a utilização da palavra, a primeira barreira que tivemos foi a da diferenciação das línguas dos parceiros – português, galego, italiano, maltês e búlgaro. Daí que a língua comum escolhida tenha sido a língua inglesa o que de certa maneira condicionou o verdadeiro e profundo entendimento das especificidades culturais de cada região cultural envolvida. 65 Ao longo dos quase cinco anos de duração do Projecto Oralidades houve visitas e contactos de parte a parte e o diálogo começou, no prosseguimento do projecto, a surgir mais fluentemente, independentemente do condicionalismo sempre presente das línguas. Contudo, neste quarto ano de duração do Projecto sentimos uma aproximação e um carinho cada vez maior entre todos. E será este conhecimento / reconhecimento dos parceiros que nos permitirá uma construção equilibrada de um Centro de Recursos simultaneamente comum e diverso. Este trabalho de levantamento, estudo, gravação e divulgação foi desenvolvido a partir do Centro de Recursos da Tradição Oral, com sede em Évora. O Centro de Recursos também integra uma plataforma digital on-line, que constitui um Observatório da Tradição Oral, dinamizado por todos os parceiros que o querem integrar. Tanto o Centro de Recursos como a plataforma digital começaram a partir de um conjunto de infraestruturas técnicas e humanas, a fim de criar uma estrutura que se destina e desenvolve técnicas de recolha, sistematização, preservação, divulgação, estudo e criação, tornando-se um fórum onde as pessoas de países parceiros podem trocar conhecimento. Através de um conjunto de ferramentas e suportes técnicos e científicos, o trabalho a ser realizado no centro de recursos segue uma metodologia que estabelece uma relação permanente e equilibrada entre tradição e modernidade. Partilha de cultura e construção de pontes entre o passado e o presente será o apoio fundamental. A fim de implementar esta metodologia, foram realizadas as ações para incentivar a participação e envolvimento da comunidade, criadores, investigadores, agentes culturais e as várias instituições culturais, tais como escolas, universidades, instituições culturais, associações de patrimônio ou outras estruturas envolvidas na área de educação, interculturalidade e património cultural. Uma das ferramentas tem sido a plataforma digital on-line, já que permite o estabelecimento de uma rede de partilha de informação e troca de conhecimentos entre os parceiros do projeto, que podem estar interessados em desenvolver trabalhos em torno do Centro de Recursos. Além da existência da plataforma digital do centro de recursos, o site do Projeto Oralidades também tem uma seção onde todos as partes, grupos e instituições envolvidas têm acesso on-line a uma rede de contatos, links relacionados e informações sobre o trabalho a ser desenvolvido. Évora (Portugal) No âmbito do Centro de Recursos, o Município de Évora organizou de 27 de Outubro de 2010, a 26 Fevereiro de 2011, uma exposição intitulada: "Michel Giacometti, 80 anos, 80 imagens Projeto Oralidades ao encontro de Giacometti". Esta foi uma exposição que assinalou os oitenta anos do nascimento do etnólogo corso Michel Giacometti. Investigador que se dedicou ao estudo e recolha das tradições orais portuguesas e que contribuiu para a construção de um importante acervo de fotos, de gravações áudio e vídeo, de instrumentos musicais, entre outras coisas. Para além das 80 fotografias, a exposição contou com uma mostra de vários instrumentos musicais da tradição alentejana, com os “Bonecos de Santo Aleixo”, títeres tradicionais da 66 região, entre outros objetos que foram documentados por Michel Giacometti no seu trabalho de recolha no Alentejo. Durante a exposição foram dinamizadas um conjunto de iniciativas. Visitas guiadas, nos quais se incluíram grupos escolares e universitários e sessão de contos e jogo didáticos para os mais jovens. Os “Bonecos de Santo Aleixo” realizaram, no espaço da exposição, espetáculos durante o mês de Dezembro. E foram organizados um conjunto de encontros/ tertúlias sobre vários temas presentes na exposição, iniciativa que se intitulou: “memória e partilha…” e que proporcionou novos caminhos de discussão, partilha de ideias e um debate mais alargado e participado por parte dos convidados e da assistência. 67 Como resultado da exposição e das iniciativas a ela associadas surgiu a ideia de reunir num livro, um conjunto de testemunhos e reflexões sobre algumas das temáticas presentes na exposição. A partir do trabalho desenvolvido por Michel Giacometti partiu-se para uma análise presente da forma como se pode olhar e perspetivar a oralidade e o património cultural imaterial. Ourense (Galiza, Espanha) No âmbito do Centro de Recursos da Tradição Oral, Ourense organizou uma exposição de fotografia intitulada: “Simplesmente Évora”. Esteve patente ao público de 1 de Outubro de 2012 a 28 de Fevereiro de 2013. Em "Simplesmente Évora" Telmo Rocha apresenta a cidade alentejana em 20 fotografias a preto e branco, em que explora três temas: o património, as pessoas e as atividades. Maleta Pedagógica da Tradição Oral (Évora – Portugal) No âmbito do Centro de Recursos da Tradição Oral, o Município de Évora apresentou, a todos os parceiros, uma proposta de Maleta Pedagógica preparada para trabalhar nas escolas, com crianças e jovens, permitindo uma aproximação às áreas da tradição oral. A atividade “Oficina das Oralidades” surge na sequência de integração da Maleta Pedagógica nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Évora. Projeto que começou a ser desenvolvido em Setembro de 2011 e durou até Junho de 2013. Tendo havido uma paragem, durante o período de férias, que durou de 15 de Junho de 2012 a 14 de Setembro de 2012. 68 O projeto ganhou forma no espaço da escola, integrando as atividades extracurriculares, pensadas como um complemento de aprendizagem não formal. Neste âmbito, turmas do 1º e 2º ano do ensino básico, uma vez por semana, durante 45 minutos e ao longo de todo o ano letivo, experimentaram os conteúdos propostos pela maleta pedagógica, desenvolvendo diferentes atividades e contactando com diversas áreas associadas à tradição oral. No ano letivo de 2011/2012, o projeto, a que se chamou: “Oficina das Oralidades” foi desenvolvido em 6 turmas do 1º e 2º ano e envolveu um total de 3 Escolas e de 131 alunos. No ano letivo de 2012/2013, o número de turmas aumentou para 10, envolvendo 4 Escolas e 249 alunos, sem contar com a restante população escolar e respetivas famílias que foram também integradas nalgumas iniciativas. No âmbito da Oficina das Oralidades são desenvolvidas atividades que, de forma lúdica, procuram transmitir aos mais jovens aquilo que podem aprender através das práticas e vivências orais que fazem parte da sua cultura e que vão passando oralmente de geração em geração. No primeiro período de trabalho, os jogos e as atividades são pensados de modo a que as crianças se apercebessem das diferentes formas de comunicação, nomeadamente através da linguagem gestual, da transmissão oral, da música, etc., destacando o importante papel desempenhado pela memória coletiva e individual. Na segunda fase, os jogos e as iniciativas já proporcionam o contacto com aspetos concretos da nossa cultura imaterial, tais como: a música, a literatura oral, as marionetas, as festividades tradicionais, os ofícios, o artesanato, os usos e costumes, etc. Por fim, na terceira fase são trabalhadas diferentes culturas de modo a que as crianças se apercebam que existe diversidade cultural, aprendendo a respeitar o outro e a valorizar as especificidades, nomeadamente da cultura dos municípios parceiros. No decorrer deste projeto, a Oficina das Oralidades e a sua maleta pedagógica, permitiram a aproximação à cultura de tradição oral, contribuíram para valorização do património junto dos mais jovens, da comunidade escolar e das suas famílias e proporcionaram a construção de um conjunto de trabalhos que são o resultado de uma recriação e revitalização das tradições. Das várias atividades destacamos: A abordagem e a aproximação aos contos tradicionais e a posterior criação de histórias, pelas crianças, através do jogo “Atelier dos Contos”; O contato, com os títeres tradicionais do Alentejo “Bonecos de Santo Aleixo, através de uma visita guiada ao seu espólio, o que resultou na criação de uma coleção de postais alusivos aos Bonecos e na construção de marionetas para posterior apresentação de pequenos espetáculos na escola; A aproximação às Festividades Tradicionais, nomeadamente ao Entrudo Português, e a algumas práticas tais como: as “Brincas de Carnaval de Évora”; os “Caretos Transmontanos” e os desfiles de “Cabeçudos e Gigantones”. O que originou a construção de Máscaras de Caretos; O contacto com o património gastronómico alentejano e as ervas aromáticas, no desenvolvimento de atividades sobre os sentidos: olfato e paladar A dinamização de trabalho plástico através da criação de mantas de tecidos que contam também as suas histórias; 69 A criação do “Jogo das Oralidades” que à semelhança do tradicional Jogo da Glória, coloca à disposição das equipas um conjunto de questões sobre adivinhas, lengalengas, provérbios, versos e rimas; A aproximação à música e às sonoridades tradicionais, do qual se destacam, a realização de exercícios de perceção auditiva; a construção do “Jogo da Memória com Instrumentos Musicais da Tradição Portuguesa”; a abordagem ao trabalho desenvolvido em torno da música e das tradições orais pelo etnomusicólogo Michel Giacometti e a aprendizagem de algumas “modas”, cantigas tradicionais alentejanas que foram posteriormente interpretadas para a comunidade escolar. 70 71 Maleta Pedagógica da Tradição Oral (Ravenna – Itália) A Câmara Municipal de Ravenna encomendou à “Atlantide Soc. Coop.” o desenvolvimento de uma série de oficinas educativas, estudos e atividades sobre as tradições orais e o dialeto local, a fim de conceber a maleta pedagógica para crianças, estudantes e famílias. O Projeto Oralidades, financiado pela Comissão Europeia no Programa Cultura 2007-2013, surge a partir da ideia de preservar a "oralidade", como uma herança comum dos povos. Sendo o tema principal do projeto a herança comum da oralidade e a capacidade das pessoas para testemunhar as características do seu passado: a arte de contar contos, provérbios e canções, a capacidade de as pessoas se encontrarem e se reconhecerem. Neste contexto, a maleta pedagógica de Ravenna, procura torna-se como um tesouro precioso, contendo a memória, os sons e as imagens da tradição da região. Uma mala de cartão que permitirá que essas memórias preciosas viajem até as gerações mais jovens, mantendo a autenticidade e o charme do passado. A ideia é criar uma maleta pedagógica feita e pensada de propósito para as crianças, mas também com um objetivo educacional para adultos, contendo vários tipos de materiais como: jogos, contos de fadas e diversões do passado. Todos estes materiais formaram a maleta pedagógica e serão desenvolvidos em diferentes atividades realizadas com as escolas. Optou-se por produzir a maleta numa série de atividades educativas e recreativas que devem ser desenvolvidas com as crianças porque existe a ideia de que só com a prática e o envolvimento direto das crianças é que se pode aprender o valor, o sentido e a preciosidade das coisas. Além disso, uma maleta pensada diretamente por crianças e para crianças é sem dúvida a ferramenta mais eficaz, divertida e envolvente, porque usa a sua linguagem simples e direta e centra-se nos aspetos que mais atraem a sua fantasia. O projeto da Maleta Pedagógica realizou-se de 16 de Outubro de 2012 a 5 de Janeiro de 2013. Objetivos da Maleta Pedagógica de Ravenna: a) Recuperar os jogos de simples do passado, a fim de salvar as tradições e as raízes culturais que estão associadas à região. Recuperar alguns personagens da fantasia tradicional local, como o “Mazapèdar” e estudar sua matriz mitológica, as formas deletais e as palavras ainda existentes. b) Recuperar o significado de utensílios de uso diário, doméstico e artesanal que não são mais necessários. Objetos que fazem parte da herança cultural de uma época em que eram as pessoas que construíam muitas das suas coisas. c) Compreender as razões e os problemas associados às viagens realizadas num passado recente, sem meios de transporte rápidos e confortáveis, para poder recuperar aspetos 72 simbólicos e reais. Abordagem aos textos de viagens escritos por Olindo Guerrini e Francesco Talanti. d) Recuperar a produção oral de contos de fadas locais e a tradição do folclore oral, através de símbolos, personagens mágicos, atividades sazonais, celebrações tradicionais todos programados num tempo e num mundo essencialmente agrícola. e) Permitir que as crianças, famílias e adultos se aproximem do contexto social e cultural de um passado recente, onde os animais eram vistos de uma forma diferente e os seus nomes eram dados a partir da observação cuidadosa do seu comportamento ou de algumas das suas características e aparências. Em Sant'Alberto, uma área privada, foram desenvolvidas uma série de atividades, nomeadamente o conhecimento no dialeto dos nomes das aves. f) Difundir o projeto, o valor da oralidade através do desenvolvimento de oficinas com crianças em idade escolar. Ações concretizadas: a) Workshops sobre: Jogos e Personagens simbólicos; Ofícios associados à tradição; Viagens; Jogos e Tradições; b) Tradições e dialeto de Ravenna: Contadores de contos; Visitas guiadas no dialeto; c) Maleta Pedagógica Numa primeira fase, a maleta pedagógica é formada por uma mala de cartão e pelo seu conteúdo, ou seja, todos os materiais produzidos durante as atividades descritas. Posteriormente a maleta torna-se num objeto simbólico da viagem que realizou no âmbito do projeto que contém um exemplo de cada material produzido durante as atividades descritas. No final, foram produzidas 12 maletas que foram distribuídos para as escolas envolvidas, o Museu e os parceiros do Projeto Oralidades. 73 Digipack Oralidades / Memória descritiva Introdução O Digipack foi concebido com o intuito de reunir num único suporte o conjunto dos produtos finais programados no âmbito do Projecto Oralidades. Os objectivos desta opção justificam-se pela limitação de custos com a multiplicação de suportes e embalagens, uma maior facilidade de manuseio dos vários produtos e a criação de uma imagem mais coerente, assente numa linguagem gráfica comum a todos. Para este efeito, o layout assentou num discurso desenvolvido a partir de um elemento gráfico comum a todos os territórios e aceite por todos os parceiros, a flor, um elemento identificado como transversal a todas as tradições que partilham este projecto. Antologia de Contos Tradicionais A presente antologia desabrochou do projecto Oralidades que se desenvolveu ao longo destes últimos quatro anos coordenada pelo município de Évora (Alto Alentejo) em parceria com as seguintes cidades: Idanha-a-Nova (Beira Interior) e Mértola (Baixo Alentejo), em Portugal; 74 Ourense (comunidade autónoma da Galiza), em Espanha; Ravena (região de Emilia-Romagna), em Italy; a “cidade invicta” de Birgu, em Malta; e a cidade de Sliven na Bulgária. Estamos pois perante uma enfiada de narrativas da Europa do Sul, que se estende do Atlântico, desce para o Mediterrâneo, o Adriático e finalmente o Mar Negro. Ao percorrê-las, vamos reconhecendo o que nos é familiar ao mesmo tempo que somos surpreendidos pela diferença – uma deliciosa mistura bem conhecida de todos os ouvidores e contadores de histórias. Dada a sua diversidade formal, foi necessário estabelecer alguns limites que se reflectem na sua apresentação em suporte de papel. No entanto e para salvaguardar o trabalho de recolha, estudo e ilustração na sua totalidade, o conjunto total foi igualmente editado, em pdf, e integrado num dos dvd’s do Digipack, reforçando, deste modo, o âmbito de divulgação deste património. Antologia de Música Antiga e Música Tradicional Booklet explicativo O trabalho de recolha, estudo e apresentação dos temas escolhidos em cada um dos territórios está patente numa pequena brochura de apoio, que efectua a síntese explicativa quer dos traços comuns, quer das particularidades dos contextos musicais em cada uma das vertentes que estruturam um dos registos mais marcantes do Projecto Oralidades enquanto iniciativa internacional de cooperação e intercâmbio cultural. Cd’s Música Antiga ( 2 unidades) O registo da música antiga, desde a Idade Média ao Barroco, constitui um contexto que tem vindo a suscitar um especial interesse ao longo das últimas décadas, não só no meio académico, como entre o público em geral. Para tal tem contribuído a investigação, com a descoberta de muitas obras e autores desse período, a par do incremento da sua interpretação na generalidade da programação musical dos nossos dias, com grupos e certames especializados a garantir o respectivo enquadramento. Testemunho das práticas musicais e sociais de tempos mais ou menos recuados, boa parte do interesse que suscita resulta da acessibilidade para o público em geral. Encontram-se aí, não raras vezes, ecos de outras sonoridades mais próximas de nós - nomeadamente, no capítulo da música popular – bem como de influências ditadas por antigas teias de relações e circuitos de contacto, cuja memória sobrevive hoje neste registo, onde a interacção da identidade cultural dos territórios que se cruzam se assume enquanto denominador comum. Cd’s Música Tradicional ( 2 unidades) A música tradicional que tem sido interpretada como: “vinculada à terra, às funções do quotidiano, à vida comunitária nas suas diversas dimensões (religiosa, festiva, laboral, etc.); [fazendo] parte integrante e inextrincável do mundo vivido das populações rurais”, pode, no presente, já não se rever nesta realidade, nomeadamente no que diz respeito à sua funcionalidade e às suas motivações; contudo, se continua a fazer sentido é porque transporta no essencial uma cultura intrínseca com a qual nos identificamos e da qual necessitamos enquanto referente identitário. É com base nesta premissa, comum a todos, que se integra a presente selecção de temas representativos da identidade de cada um dos parceiros envolvidos. 75 Elementos promocionais e de registo Dvd’s ( 2 unidades) Este suporte congrega o conjunto de informação mais alargado produzido ao longo do tempo de duração do projecto, nomeadamente o relatório extensivo de actividades, o registo dos vídeos elaborados de acordo com as linhas programáticas desenvolvidas (âmbito documental e promocional) e o registo iconográfico. O Digipack: BALANÇO FINAL DO PROJECTO Como balanço final pode dizer-se que ao longo destes quase cinco anos em que o Projeto Oralidades foi construído e dinamizado pelos sete municípios envolvidos, muitas foram as atividades e eventos desenvolvidos, muitas foram as aprendizagens e partilhas e muitos serão os testemunhos que continuaram a permanecer no tempo. De Setembro de 2008 a Maio de 2013 muitas foram as atividades dinamizadas e muitos os participantes e os espetadores. Organizaram-se uma série de reuniões técnicas entre os 76 coorganizadores do projeto; circularam entre todos os municípios, músicos, cantores, dançarinos, maestros, especialistas de Música Antiga, Renascença e Barroco e de Música Tradicional e Popular. Foram vários os Festivais de Música que juntaram representantes de todos os países envolvidos. Dinamizaram-se Encontros das Cidades Europeias da Tradição Oral, onde houve espaço para palestras, para contadores de contos e espetáculos de marionetas, entre outras performances que dinamizou uma série de ações de sensibilização. Foi criado um Centro de Recursos da Tradição Oral sediado na cidade de Évora, líder do Projeto. Realizaram-se duas Conferências Internacionais da Tradição Oral, uma em Ourense e outra em Évora que envolveram um grande número de especialistas e das quais resultaram Livros de Atas. Foram organizadas exposições de fotografia que contribuíram para a divulgação dos municípios envolvidos. Foram criadas duas Maletas Pedagógicas em Évora e em Ravenna que possibilitaram a aproximação das crianças e dos jovens ao tema das oralidades e das tradições culturais. Foi produzido, com a colaboração e com o envolvimento de todos os parceiros, um Digipack, um pacote portátil que resultou num conjunto de produtos finais, nomeadamente de um CD de Música Antiga, Renascença e Barroco e outro de Música Tradicional e Popular, um Livro de Contos Tradicionais e de um DVD promocional dos municípios e das iniciativas desenvolvidas ao longo do projeto. Foram envolvidas as comunidades de cada município e as suas associações, organizações, escolas, etc. Durante o seu percurso, o Projeto Oralidades procurou estabelecer uma relação permanente e equilibrada entre tradição e modernidade. Partindo sempre do pressuposto de que as oralidades, e o património cultural imaterial, dentro de um novo quadro globalizado de referências culturais e de ferramentas tecnológicas, continuam a ser um fator essencial para o diálogo intercultural, para a coesão social, para o desenvolvimento global e para criação e reforço da identidade e da cidadania europeia. Temos consciência de que o projecto ORALIDADES foi, de facto, um projecto complexo. Sendo um Projecto que privilegiou a utilização da palavra, a primeira barreira que tivemos foi a da diferenciação das línguas dos parceiros – português, galego, italiano, maltês e búlgaro. Daí que a língua comum escolhida tenha sido a língua inglesa o que de certa maneira condicionou um profundo entendimento das especificidades culturais e étnicas de cada região cultural envolvida. Ao longo dos seus quase cinco anos de duração do Projecto Oralidades houve visitas e contactos de parte a parte e o diálogo começou, no prosseguimento do projecto, a surgir mais fluentemente, independentemente do condicionalismo sempre presente das línguas. Contudo, neste quarto ano de duração do Projecto sentimos uma aproximação e um carinho cada vez maior entre todos. E será este conhecimento / reconhecimento dos parceiros que nos permitirá uma construção equilibrada de um Centro de Recursos simultaneamente comum e diverso. Só agora, ao fim destes anos de trabalho conjunto é que começamos a conhecer e a chamar pelos seus nomes próprios a Mónica, Isabel, Radost, Dora, Svetlana, Vanya, Anastasiya, Christine, John, Bárbara, Paulo, Maria Grazia, Matteo, Anxo, Santiago, Óscar, Paulo, Pedro, 77 Manuel, João José, Rui, Telmo, Cidolina, Susana, António e muitos outros novos amigos e amigas que connosco partilharam o espaço e o tempo europeu do ORALIDADES. Só agora começamos a saber e a compreender a riqueza cultural e etnológica de Birgu/Malta, a especificidade da língua maltesa, pois estivemos lá a ouvi-la ao vivo e a interagir com o povo de Malta. Sabemos que os investigadores de Malta se têm preocupado com a evolução e o desenvolvimento cultural da sua língua materna; sabemos que existem outros investigadores que têm trabalhado os contos tradicionais, as baladas, e as narrações folclóricas. Há que trazer para o Centro de Recursos comum toda essa riqueza, toda essa diferença cultural mas também todas as semelhanças que possamos encontrar entre as nossas culturas e as nossas línguas. Sliven/Bulgária foi outra surpresa que a pouco e pouco fomos desvendando, nomeadamente através da total disponibilidade dos nossos parceiros no contacto pessoal, no resolver os problemas, etc. Com as visitas a Sliven ficámos a perceber da riqueza imensa e das potencialidades deste parceiro para a qualificação do próprio projecto. Apercebemo-nos dos interessantíssimos institutos culturais que possuem – National Museum of Têxtil Industry, “Stefan Kirov” Dramatic Theatre, State Puppet Theatre, The Historical Museum of Sliven, etc. Contactámos com a realidade das Carnival Mascarades (os Kukeri) tão semelhantes às nossas Brincas de Évora e aos nossos Caretos de Trás-os-Montes. Qual poderá ser a sua participação pragmática no projecto ORALIDADES? De que maneira estes saberes poderão ser partilhados por todos? Conseguimos perceber a enorme importância histórica do património cultural de Ravenna/Itália, em particular através dos seus mosaicos que chegaram até nós da antiga civilização Romana até aos tempos da contemporaneidade. Eles marcaram-nos pela sua beleza e pela sua sensibilidade estética e artística. Não podemos esquecer as especificidades da rica língua 78 dialectal do Romagnol, que através das sonoridades dos contos tradicionais e da música popular nos deliciaram através das manifestações que connosco foram partilhadas durante todo o Projecto. Ourense/Galiza/Espanha, importante cidade do antigo Caminho de Santiago na Galiza, com o seu lindíssimo e antigo Centro Histórico, não esquecendo de referir a singularidade das suas Burgas (águas termais naturais) e dos seus Maios (festas tradicionais da Primavera) e ainda a extraordinária sonoridade das Gaitas de Foles que nos encantaram profundamente. Évora, Idanha-a-Nova e Mértola/Portugal, por sua vez são três cidades portuguesas que conservaram as suas idiossincrasias histórica e cultural e cujo contacto nos deixará com toda a certeza mais ricos. Compreendemos, com estas vivas realidades culturais , a continuidade e a preservação dos valores intrínsecos às três culturas que se encontram na génese do moderno espírito Europeu – o Cristianismo, o Judaísmo e o Islão. Os exemplos acima referidos explicam o porquê da importância destes projectos Europeus. O facto de técnicos, artistas, músicos e investigadores terem a possibilidade real de se visitar e a 79 partilhar realidades culturais diversificadas (e não “diferentes”), fornecendo uma mais valia extraordinária para a construção de uma Identidade Europeia, esta sim constituída por uma miríade de aspectos que vão constituir um fundo comum onde cada um de nós encontrará um pequena mas importante e única contribuição para a constituição de um luminoso espectro europeu. A Tradição como Comunicação é no fundo o principal leit-motiv deste nosso projecto. Estamos a partilhar tradições ancestrais, mas estamos principalmente a comunicar, a pôr em comum, as nossas jóias e riquezas culturais que brilharão a duplicar de cada vez que forem partilhadas, que forem oferecidas, porque retornarão a nós com um brilho mais refulgente e muitas vezes mais límpido e mais rico do que aquele que um dia saiu desinteressadamente das nossas mãos para as mãos dos nossos parceiros de projecto. O Centro de Recursos no Projecto Oralidades afinal assemelhar-se-á ao cadinho do alquimista onde os diferentes metais serão misturados a frio e aquecidos ao rubro a fim de que o Ouro possa surgir no final da Obra. Em momentos de profunda crise económica e financeira com que Portugal e a generalidade dos países do Sul da Europa se debatem, – mas também crise de valores e de sentimentos construtivos tais como os da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, bases conceptuais da construção/invenção da Europa Moderna post Revolução Francesa – o papel destes projectos culturais é fundamental. Projectos em comum de homens e de mulheres preocupados com a participação e com a assumpção da palavra, é cada vez mais importante. Um sentimento forte começa a nascer quando refletimos em conjunto nestas áreas das Ciências Humanas – o facto de sentirmos que o poder da palavra (do diálogo) cada vez mais terá de se impor perante a palavra do poder… Não podemos permitir, no fundo de nós próprios e na práxis dos nossos saberes e das nossas intervenções, que regresse uma cultura do silêncio, inquisitorial, ditatorial e castradora das nossas liberdades enquanto seres humanos dotados de palavra, livre e libertadora. A Democracia, a Liberdade de expressão, de pensamento e de participação cívica, sabemos nós, e por experiência própria, que não têm lugar neste tipo de propostas políticas retrógradas… A palavra, se bem utilizada, compreendia e partilhada é verdadeiramente libertadora. 80