erosão marinha e as modificações na paisagem da praia de

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erosão marinha e as modificações na paisagem da praia de
EROSÃO MARINHA E AS MODIFICAÇÕES NA PAISAGEM DA PRAIA
DE CAPONGA EM CASCAVEL-CE
SILVA, Maria Daniele Pereira Bessa ¹
1 – Aluna do 8º Semestre do Curso de Geografia Licenciatura da Universidade
Estadual do Ceará e-mail :[email protected]
INTRODUÇÃO
Do ponto de vista geoambiental, a zona costeira é composta pelos diversos
sistemas físico-naturais, incluindo a faixa litorânea, o seu entorno continental
imediato e a plataforma continental adjacente, seguindo os critérios estabelecidos
pelo Macro diagnóstico da Zona Costeira do Brasil (BRASIL/MMA, 1996).
Esta área possui ambientes importantíssimos, considerados frágeis como os
estuários e os manguezais que graças a uma desordenada expansão urbana em
áreas irregulares tem contribuído para agravar impactos ambientais. Entre eles estão
o lançamento de esgotos e a ocupação de áreas permanentes em ambientes
marcados por diversos sistemas de paisagens. Este impacto é sentido não só no
ambiente marinho, mas também no terrestre e na comunidade local.
As atividades desenvolvidas nestes ambientes tem um grande reflexo nas
atividades econômicas locais dentre eles destaca-se o turismo que de acordo com
sua necessidade de infraestrutura causas vários impactos nos resíduos sólidos, na
distribuição de água e energia elétrica, ou seja, no uso geral dos recursos naturais
nestes ambientes necessitando, portanto de organização de gestão e planejamento
para seu uso e conservação.
A ocupação da praia da Caponga vem sendo feita de forma desordenada
impulsiona pela ocupação urbana e pela atividade do turismo. A Praia da Caponga
está localizada no município de Cascavel no estado do Ceará com aproximadamente
3,0 Km de extensão, limitada a sudoeste pela barra do canal mal Cozinhado e a
nordeste pela barra da Caponga a 4º07’51” de latitude sul e 38º14’11” de longitude
oeste, distando 64 km de Fortaleza. .
A Caponga teve uma considerada ocupação nos últimos tempos, até meados da
década de 70 sobrevivia da atividade pesqueira assim como, a outras comunidades
do litoral cearense. Na década de 80 ocorre um acentuado número de construções
em áreas como os manguezais e dunas assim como, na sua faixa de praia, este
processo resultou em uma perda em metros de praia ocasionada pela erosão
costeira em um curto espaço de tempo, colocando em situação de risco as
estruturas urbanas instaladas.
Na década de 90 a urbanização com a ocupação do sistema de duna e a
retirada de rochas do pontal que protegiam e eram importantíssimos ambientes para
o fornecimento de areia para a faixa de praia ocasionou acentuado processo erosivo
com mudanças no gradiente da praia que afetou na posição da zona de
arrebentação e espraiamento.
Tendo expansão da região urbana com a ocupação de varias áreas e lagoas
aos redores por pousadas e conjuntos residenciais. Foi nesta época também que
ocorreu a expansão de projetos de loteamentos dos terrenos a beira mar provocando
a terraplanagem das áreas de dunas e de mangues, principalmente nos setores
localizados nas imediações do Riacho Caponga Roseira, impactados também pela
retirada da areia para fins comerciais. Essas intervenções interferiram negativamente
na dinâmica costeira e no balanço sedimentar locais, resultando no avanço
destrutivo do mar sobre as ruas, estabelecimentos e residências (Pinheiro et al.,
2000).
Figura 02: Avanço do mar sobre as residências e estabelecimentos
Fonte: Autoria própria (2014)
METODOLOGIA
Para composição desse trabalho foram realizadas visitas de observação na
comunidade de Caponga-Ce, foram fotografadas as intervenções destinadas para
amenizar os avanços marítimos, como exemplo principal as obras detentoras
denominadas de espigões e os murros de enroscamentos na faixa de praia da
Caponga em cascavel-Ce.
Foram analisados para a elaboração e execução desta pesquisa outros trabalhos
sobre a erosão marinha no litoral e suas consequências sócio-ambientais além de
fontes bibliográficas: livros, artigos, EIA e RIMA de obras da SEMACE e sites da
internet, buscando a coleta de material sobre o tema para discussão e
problematização com os alunos sobre o impacto das modificações humanas com
ênfase na relação sociedade natureza
Como forma de analisar a situação atual da zona de praia da Caponga foi
feita aulas campos com alunos do ensino médio no total de 40, com o objetivo dos
alunos perceberem a mudança na paisagem, com a destruição partir do avanço do
mar além de suas consequências nos moradores e nas atividades locais. Após o
campo foi feito uma roda de conversa onde os alunos relataram sobre as
consequências da ação do homem no meio ambiente em diversas escalas e setores
como; turismo, barraqueiros, pescadores a moradores locais. Relataram também a
falta de viabilidade das construções feitas para reter a ação do mar que além de
destruírem a paisagem não tiveram êxito em seu objetivo.
Também foram feitas entrevistas com a população local, sendo moradores,
pescadores, comerciantes e turistas locais sobre as consequências neste meio
ambiente local.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Portanto, com o desenvolvimento da urbanização o ambiente litorâneo vem
sofrendo grandes modificações nas ultimas décadas ligadas principalmente às
atividades as atividades de lazer, turismo, veraneio e ao comércio imobiliário e os
mesmos vem mudando a paisagem local.
Com a aula em campo os alunos ponderam compreender o processo de “sumiço
da praia”, ou seja, da faixa de areia que existente em consequência da transgressão
marinha e do processo erosivo. Apresentando assim sua associação com o
comércio e a procura de lazer pela a população. Analisando a paisagem os alunos
perceberam a influencia da erosão marinha com destruição de casas e muitas outras
que ainda resistem com placas de vendas.
Figura 04: Impactos da erosão marinha nas construções ao longo da linha de
praia.
Fonte: Autoria própria (2014)
Através das entrevistas com a população local foi identificando que as obras
descaracterizaram o ambiente local afetando o fluxo turístico graças à mudança da
paisagem na faixa de praia. Portanto é necessária a conscientização da população
para atitudes que mudem a relação sociedade-natureza.
CONCLUSÃO
A soma de fatores de ocupação indevida do solo, construção sobre as dunas e sobre
a zona de atuação dos ventos e das ondas juntamente com a destruição das dunas
pela retirada de pedras da ponta rochosa, desencadeou mudanças no regime
costeiro local da Caponga observando assim o avanço do mar sobre as ruas e
construções praianas com visíveis e sentidos processos destrutivas.
Diante dos diversos problemas apresentados surgiram diversos projetos com
o objetivo de resolver os problemas que estão em plena ocorrência no local. Durante
décadas foram feitos projetos para contenção da força do mar sobre as casa
comércios e barracas mais estas construções não foram bem sucedidas, não
conseguindo manter a tranquilidade dos ocupantes.
Portanto as intervenções antrópicas nestes ambientes podem acarretar
problemas socioculturais, ambientais e econômicos e que estas problemáticas são
de suma importância para ações de planejamento costeiro.
REFERÊNCIAS
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L.
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