FM-Brasil _Março 2012
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FM-Brasil _Março 2012
Mercados informação global Brasil Ficha de Mercado Março 2012 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Índice 1. País em Ficha 3 2. Economia 4 2.1 Situação Económica e Perspectivas 4 2.2 Comércio Internacional 7 2.3 Investimento 10 2.4 Turismo 11 3. Relações Económicas com Portugal 13 3.1 Comércio 13 3.2 Serviços 18 3.3 Investimento 19 3.4 Turismo 21 4. Relações Internacionais e Regionais 22 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 25 5.1 Regime Geral de Importação 25 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 28 5.3 Quadro Legal 30 6. Informações Úteis 32 7. Endereços Diversos 34 8. Fontes de Informação 44 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 44 8.2 Endereços de Internet 46 2 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) 1. País em Ficha 2 Área: 8.547.400 km (5º país em extensão territorial) População: 192,8 milhões (estimativa 2011) Densidade populacional: 22,6 habitantes por km Designação oficial: República Federativa do Brasil Chefe do Estado: Dilma Rousseff, desde Outubro de 2010, para o período 2011-2014 Vice-Presidente: Michel Temer Data da actual constituição: Outubro de 1988, com alterações posteriores Principais partidos políticos: Governo: Partido dos Trabalhadores (PT) 2 Oposição: Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); Partido Social Democrático (PSD); Democratas (DEM); Partido Progressista (PP); Partido Socialista Brasileiro (PSB); Partido Democrático Trabalhista (PDT); Partido da República (PR); Partido Comunista do Brasil (PC do B); Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); Partido Verde (PV); Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) As próximas eleições presidenciais, estaduais e parlamentares (Senado e Câmara dos Deputados) estão agendadas para Outubro de 2014 Capital: Brasília – 2,5 milhões de habitantes Outras cidades importantes: São Paulo (10,9 milhões), Rio de Janeiro (6,1 milhões), Salvador (2,9 milhões), Fortaleza (2,4 milhões), Belo Horizonte (2,4 milhões) Religião: A maioria da população professa a religião Católica Romana (73,6%), embora a Constituição consagre a livre prática de todas as religiões Língua: Português Unidade monetária: Real do Brasil (BRL) 1 EUR = 2,3778 BRL (13 de Março de 2012) Risco País Risco geral – BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco político – BBB Ranking em negócios: Índice 6,71 (10 = máximo) Ranking geral – 38 (entre 82 países) (EIU – Março 2012) Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Março 2012 - http://cgf.cosec.pt) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2011): Exp. + Imp. / PIB = 24% Imp. / PIB = 12,7% Imp. / Imp. Mundial (2010) = 1,24% Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); World Trade Organization (WTO); UNCTAD; Banco de Portugal; COSEC 3 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas O Brasil é, actualmente, a primeira economia da América Latina e ocupa o sétimo lugar no ranking das maiores economias mundiais. É de assinalar que, fruto do progresso alcançado com as reformas económicas, das condições extremamente favoráveis a nível internacional e do desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes, muito superiores às verificadas nas três décadas anteriores. Em Outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, tornando-se na primeira mulher na história do país a ocupar tal cargo. Subjacente a esta vitória estiveram a recuperação económica e a popularidade do seu antecessor, Lula da Silva, que abriram o caminho a Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores para continuar no Governo e cumprir um terceiro mandato (2011-2014). Dilma assegura a continuidade das políticas macroeconómicas preconizadas por Lula da Silva e do papel intervencionista do Estado na economia. A política económica recente pode ser dividida em duas fases, que correspondem, grosso modo, aos dois governos do anterior Presidente, Lula da Silva. A primeira, durante o primeiro mandato (2002-2006), teve como objectivo prioritário alcançar a estabilidade macroeconómica com a correcção de alguns desequilíbrios, como a inflação, através de uma política monetária e fiscal restritiva. Alcançada a estabilidade macroeconómica, o actual Governo pretendeu acelerar o crescimento económico através de um ambicioso programa de investimentos públicos (Programa de Aceleração do Crescimento – PAC), cuja 2ª fase foi lançada no final de Março de 2010, e que contempla, sobretudo, as infraestruturas, o meio ambiente e a energia. O abrandamento da economia brasileira – ligeira contracção do PIB no 3º trimestre de 2011, conjugada com um clima económico global mais fraco – levou o Executivo a inverter o ciclo de contenção iniciado em Janeiro do ano transacto, perspectivando-se um novo pacote de estímulos. Num contexto de sólidos resultados fiscais e de contenção da despesa, o Banco Central aliviou a política monetária, baixando a taxa de referência em 200 pontos percentuais entre Agosto de 2011 e 18 de Janeiro do corrente ano. Tendo em vista impulsionar o crédito, foram alteradas as restrições que vigoravam desde o final de 2010 – quando o Brasil corria o risco de um crescimento descontrolado – e introduzido um conjunto de medidas que visam tornar o crédito mais barato e estimular o crescimento. Resta, pois, o abrandamento global da economia para mitigar a pressão inflaccionista o que envolve riscos, resultantes da elevada inflação nos serviços e do aumento de 14,3% no salário mínimo a que se juntam as pensões do sector público e outros benefícios. À medida que a política fiscal se vai tornando, no corrente ano, mais expansionista, menor será a margem para cortar na taxa de referência do Banco Central. 4 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) No entanto, e na eventualidade de se concretizarem os riscos para a economia, sobretudo os de uma grande recessão nos países desenvolvidos e que afectem o crédito externo ao Brasil, o país está bem colocado para atenuar esse choque, uma vez que dispõe de mais de 350 mil milhões de dólares em reservas internacionais, de alguma margem de manobra para introduzir medidas fiscais contra-cíclicas e de um sistema bancário confortavelmente capitalizado. O desenvolvimento continuará a assentar num modelo estatista, em especial no que respeita ao sector energético. A estratégia definida para a empresa estatal, Petrobrás, aponta para que esta duplique a produção petrolífera até 2020. Não obstante, existe espaço para a participação de empresas privadas num novo quadro legal que rege as reservas petrolíferas na vasta área pré-sal (área que se situa sob uma profunda camada de rocha salina, e que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho. As reservas no litoral do Brasil são as maiores - superiores a 50 mil milhões de barris - e mais profundas onde alguma vez foi detectada a existência de petróleo), e com cerca de 70% ainda por adjudicar. A Presidente Rousseff pretende aumentar a participação do sector privado em áreas como a construção e gestão de portos, estradas e aeroportos (no passado mês de Fevereiro foram atribuídas concessões para 3 importantes aeroportos, um encaixe financeiro de 14 mil milhões de dólares) melhorando, assim, um conjunto de infraestruturas bastante carenciadas. Ao mesmo tempo, o banco estatal de desenvolvimento – BNDES – continuará a desempenhar um papel crucial na política industrial através de um forte pacote de crédito ao investimento a baixas taxas de juro subvencionadas pelo Estado. O recente imposto adicional de 30% sobre os veículos importados reflecte um proteccionismo crescente. Com o lançamento do Programa Brasil Maior, o Governo pretende, igualmente, reforçar a competitividade da indústria brasileira, oferecendo uma série de deduções fiscais, financiamento e de medidas de apoio à actividade. Segundo o EIU (Economist Intelligence Unit), o saldo primário do sector público atingirá, em média, 2,7% do PIB entre 2012 e 2016, pese embora alguma derrapagem, que deverá acontecer no ano eleitoral de 2014. No ano transacto este fixou-se em 3,1% do PIB, graças a um crescimento das receitas e de alguma contenção na despesa que superou as melhores expectativas. Depois de um crescimento estimado de apenas 2,9% em 2011, a economia irá recuperar no corrente ano. A substancial subida do salário mínimo fará disparar o consumo e os efeitos da actual política monetária, incentivadora do crédito, contribuirão para um crescimento do PIB até 5% em 2014, impulsionado pela despesa fiscal em ano de eleições e pela organização do Campeonato do Mundo de Futebol. Um natural ajustamento póseleitoral deverá fazer baixar, ligeiramente, o crescimento do PIB. Embora a taxas mais baixas, o consumo privado irá crescer de forma sustentada até 2016, a uma média de 4,9%, sustentado pela criação de postos de trabalho, pelos ganhos reais nos salários e pelas facilidades de acesso ao crédito. O investimento, em parte de origem estrangeira, deverá crescer a uma taxa que quase que duplicará a da subida do PIB. Num contexto de uma moeda forte, o que terá um efeito negativo nas exportações, o crescimento das importações superará o das vendas ao exterior, eliminando o saldo positivo registado durante grande parte da década anterior. De acordo com as projecções do EIU, o défice da balança corrente continuará a crescer até 2016. 5 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Do lado da oferta, a maioria dos sectores deverá crescer a taxas idênticas às do PIB, muito embora o comércio a retalho, os serviços financeiros, o comércio e a construção devam crescer ainda mais. Em anos de condições atmosféricas normais, a agricultura irá crescer, impulsionada pela inovação tecnológica, um uso mais intensivo dos solos, a extensão do crédito e uma crescente procura por parte de mercados em vias de desenvolvimento. A indústria transformadora beneficiará das crescentes oportunidades existentes, quer no mercado interno quer nos mercados regionais, mas muito subsectores irão sentir os efeitos da concorrência (importações causadas por uma moeda forte e por uma fraca procura externa). O sector do serviços será impulsionado pelo crescimento do consumo privado. No que diz respeito à inflação, as expectativas estão acima do pretendido pelo Banco Central, com uma previsão de 5,3% em 2012 e de 5% para o ano seguinte. Em Janeiro do corrente ano, os preços subiram 0,56% em relação ao mês anterior, o que fez baixar a inflação anual para 6,22% (6,5% em Dezembro de 2011), muito embora a inflação no sector dos serviços permaneça, consistentemente, elevada. Este ciclo de moderação nas restrições económicas só agora começa a ter impacto na procura. Depois de uma incipiente recuperação no 3º trimestre de 2011, o PIB foi ligeiramente negativo em termos sequenciais e a produção industrial contraiu 0,6% em Outubro. Em Novembro, e invertendo uma contracção de 3 meses consecutivos, a produção cresceu 1,3% para no mês seguinte registar uma subida de 0,6%. A recuperação da economia brasileira reflecte-se nas tendências da sua produção industrial, que agrega as indústrias transformadora e extractiva, bem como as vendas a retalho. No passado mês de Dezembro, esta cresceu 0,9% em relação ao mês anterior, graças à forte retoma dos sectores automóvel e dos bens de consumo duradouros e ao impulso suplementar decorrente do alívio da carga fiscal. No entanto, esta subida não foi suficiente para que a actividade industrial, globalmente, registasse um resultado positivo no 4º trimestre de 2011 (descida de 1,4% em relação ao trimestre anterior). Em 2011, a produção industrial cresceu 0,3%, significativamente abaixo do crescimento médio de 3,8% registado entre 2004 e 2010. Graças à subida do salário mínimo, as vendas a retalho encentaram em Dezembro, igualmente, uma recuperação de 0,3% em termos reais e de 6,7% no ano de 2011. Em termos nominais, esse crescimento foi de 11,5%. Em Janeiro de 2012, e pela primeira vez nos últimos 12 meses, a balança comercial de bens apresentou um saldo negativo de 1,3 mil milhões dólares. As exportações atingiram 16,1 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões no período homólgo de 2011), enquanto as importações passaram de 14,8 para 17,4 mil milhões de dólares. O desempenho das vendas foi afectado pela quebra na produção e transporte marítimo de minério de cobre na sequência das severas cheias que assolaram o Estado de Minas Gerais. Ainda assim, em 2012 deverá assistir-se a uma redução do saldo da balança comercial. 6 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População Milhões PIB a preços de mercado 10 BRL PIB a preços de mercado 10 USD PIB per capita 2009 a 2010 a b 2011 2012 c 2013 c b 2014 188,6 190,8 192,8 194,7 196,5 198,2 9 3.293.4 3.770,1 4.165,2 4.556,6 4.971,5 5.470,7 9 1.621,7 2.141,9 2.486,8 2.652,1 2.847,9 3.044,9 8.600 11.230 12.900 13.620 14.490 15.360 USD Crescimento real do PIB Var. % -0,3 7,5 2,9 3,3 4,5 5,0 Consumo privado Var. % 6,1 6,2 7,9 6,5 5,6 5,1 Consumo público Var. % 8,9 11,4 6,6 5,3 5,2 0,8 Formação bruta de capital fixo Var. % -6,8 21,5 5,2 6,0 8,0 9,0 Taxa de desemprego % 8,1 6,7 6,0 6,0 5,8 5,9 Taxa de inflação % 4,9 5,0 6,6 5,3 5,2 4,9 Dívida pública % do PIB 25,9 24,2 22,9 22,7 22,3 21,7 Saldo do sector público % do PIB -3,1 -2,0 -2,0 -1,9 -1,6 -1,4 Balança corrente 10 USD -24,3 -47,4 -50,2 -74,6 -100,9 -117,0 Balança corrente % do PIB -1,5 -2,2 -2,0 -2,8 -3,5 -3,8 Taxa de câmbio – média 1USD=xBRL 2,00 1,76 1,67 1,72 1,75 1,80 Taxa de câmbio – média 1EUR=xBRL 2,78 2,34 2,33 2,17 2,16 2,21 9 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Notas: (a) Valores reais (b) Estimativas (c) Previsões BRL – Real do Brasil 2.2 Comércio Internacional O Brasil assume um lugar de alguma relevância no contexto do comércio mundial, ocupando, em 2010, a 22ª posição do ranking de exportadores, com uma quota de 1,33% e a 20ª enquanto importador, com uma quota de 1,24% (últimos dados disponíveis). A balança comercial passou a apresentar saldos positivos a partir de 2001, sendo que entre 2006 e 2010, as exportações do país registaram um crescimento médio anual de 14,8%, enquanto as importações tiveram um acréscimo médio de 19,7%, evoluções bastante afectadas pelos fracos valores alcançados em 2009, em ambos os fluxos. De notar a diferença, ao longo destes 5 anos, entre a subida das exportações e o das importações, sendo que neste caso a elevada taxa média verificada se fica muito a dever à fase de desenvolvimento que o país atravessa. 7 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Na sequência das expectativas de crescimento da economia brasileira, tanto as importações como as exportações, retomaram uma recuperação em 2010, continuada em 2011. Trata-se de uma evolução que, segundo as projecções do EIU, a partir de 2014 poderá apresentar saldos negativos na balança comercial, pelo que o crescimento das exportações constitui uma grande preocupação para o Governo. Assim, e para o caso concreto das vendas ao exterior, em Dezembro passado o Executivo anunciou uma nova medida para estimular as exportações, o Program Reintegra, que reembolsará até 3% do valor total comercializado com outros países, pretendendo-se com esta medida incentivar a exportação de produtos manufacturados, actualmente menor que a de produtos básicos. Evolução da Balança Comercial 9 (10 USD) 2007 2008 2009 2010 2011 Exportação fob 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 Importação fob 126,6 182,4 133,7 191,5 226,2 34,0 15,5 19,3 10,4 29,8 126,9 108,5 114,4 105,4 113,2 Como exportador 24ª 22ª 24ª 22ª n.d. Como importador 28ª 24ª 25ª 20ª n.d. Saldo Coeficiente de cobertura (%) Posição no ranking mundial Fontes: World Trade Organization (WTO); WTA Nota: n.d. – não disponível Nos últimos anos, o Brasil desenvolveu uma política activa de diversificação dos parceiros comerciais – a chamada Nova Geografia Comercial – com o objectivo de diversificar os países mais tradicionais no seu comércio externo. Por regiões de destino, destaque para a Ásia, para onde, em 2011, as vendas aumentaram cerca de 25%, colocando esta região na primeira posição de mercado comprador de produtos brasileiros, superando a União Europeia e a América Latina e as Caraíbas. Por outro lado, começa também a tornar-se evidente o interesse crescente do Brasil por África, com valores já assinaláveis, concretamente nos casos do Egipto, Argélia, Nigéria e Angola (24º, 39º, 41º e 42º mercados de destino das suas exportações em 2011, respectivamente). No que se refere ao ranking dos principais clientes do Brasil entre 2009 e 2011, destaca-se desde já a ascenção vertiginosa da China que em 2009 alcançou o lugar de 1º cliente, depois de ter ocupado o 3º lugar nos dois anos anteriores, traduzindo-se num acréscimo de 43,9% entre 2010 e 2011. Seguem-se os EUA, que em 2009 cairam para a 2ª posição, a Argentina, a Holanda e o Japão que, destronando a Alemanha do 5º lugar, tem vindo a aumentar a sua quota. Portugal tem uma posição muito reduzida no ranking de clientes (ocupou sempre o 32º lugar nos últimos três anos), verificando-se uma ligeira subida do peso relativo no último ano que, ainda assim, não foi além de 0,80% da quota do mercado. 8 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Principais Clientes 2009 2010 2011 Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição China 13,20 1º 15,25 1ª 17,31 1ª EUA 10,20 2º 9,56 2ª 10,08 2ª Argentina 8,36 3º 9,17 3ª 8,87 3ª Holanda 5,33 4º 5,07 4ª 5,33 4ª Japão 2,79 6º 3,54 6ª 3,70 5ª Portugal 0,84 32ª 0,75 32ª 0,80 32ª Fonte: World Trade Atlas (WTA) Relativamente aos países fornecedores, os EUA continuam a ocupar a primeira posição do ranking, representando 15% do total importado pelo Brasil em 2011, seguidos da China (14,5%), país que tem vindo a ganhar quota de mercado ao longo dos últimos anos, ao contrário do que acontece com os outros grandes fornecedores, tais como a Argentina (7,47%) e a Alemanha (6,72%) que têm vindo a perder quota. A União Europeia (UE27), no seu conjunto, tem vindo a perder posição como fornecedor do Brasil. Portugal, ao invés, em 2011 apresenta a melhor posição do ranking (41ª), ao longo do período em análise. Principais Fornecedores 2009 2010 2011 Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição EUA 15,69 1ª 14,89 1ª 15,01 1ª China 12,47 2ª 14,09 2ª 14,49 2ª Argentina 8,84 3ª 7,94 3ª 7,47 3ª Alemanha 7,73 4ª 6,91 4ª 6,72 4ª Coreia do Sul 3,78 6ª 4,64 5ª 4,46 5ª Portugal 0,34 45º 0,32 46ª 0,37 41º Fonte: World Trade Atlas (WTA) No que se refere aos produtos mais comercializados pelo Brasil, o ano de 2011 não trouxe alterações substanciais, quer se trate de exportações ou de importações: os cinco principais grupos de produtos exportados pelo Brasil – minérios, combustíveis, grãos, açúcar e maquinaria – mantêm praticamente inalteradas as suas posições e apresentam valores mais elevados, acompanhando a evolução global deste fluxo; assim, a exportação de minério em 2011 subiu cerca de 44%, a exportação de combustíveis cresceu 35%, enquanto os valores de exportação de grãos, sementes e frutos e de açúcar subiram, respectivamente, 47,9% e 17%; a maquinaria subiu mais de 27%. A subida global registada, face aos valores de 2010, cifrou-se em 26,81%. 9 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Sobre as importações e comparativamente ao ano de 2010, as relativas aos combustíveis também assinalaram uma subida considerável (+40,09%), em consonância com o que se verificou com a maior parte dos produtos. Das principais compras do Brasil ao exterior apenas os produtos siderúgicos registaram uma quebra de 16,23%. De referir que estas subidas vão de encontro à evolução das importações brasileiras em 2011 que, face ao ano anterior, aumentaram o seu valor global em 24,55%. Principais Produtos Transaccionados – 2011 Exportações / Sector % Importações / Sector % 26 – Minérios, escórias e cinzas 17,27 27 – Combustíveis/óleos minerais e derivados 18,55 27 – Combustíveis/óleos minerais e derivados 10,46 84 – Maquinaria 14,90 12 – Grãos, sementes e frutos 6,46 85 – Máquinas eléctricas e partes 11,67 17 – Açúcar 5,92 87 – Veículos automóveis, tractores, suas partes e acessórios 10,00 84 – Maquinaria 5,50 29 – Químicos orgânicos Fonte: 4,04 World Trade Atlas (WTA) O processo de desenvolvimento em curso justifica a estrutura importadora do Brasil, com as máquinas e aparelhos (mecânicos e eléctricos e suas partes) a totalizarem mais de 26,5% das importações em 2011. Os combustíveis também representam uma expressiva parcela das importações brasileiras, até porque o Brasil é um país historicamente dependente do óleo diesel, não tendo ainda alcançado a sua autosuficiência em petróleo e derivados. Nos próximos anos, são esperadas algumas alterações na composição do comércio exterior brasileiro propiciadas pela descoberta de importantes reservas petrolíferas, o que pode transformar o país, no médio prazo, num dos grandes exportadores mundiais de petróleo. 2.3 Investimento O investimento directo estrangeiro (IDE) tem desempenhado um papel determinante no desenvolvimento económico recente do Brasil, país que se converteu num importante destino do IDE a nível mundial (14º em 2009 e 5º em 2010). A maior atractividade do país na captação de capitais decorre, em grande medida, da situação criada no âmbito do Plano de Estabilização (Plano Real), do Programa Nacional de Privatizações e da implementação de reformas económicas. Entre 2000 e 2005, o país atraiu mais de 100 mil milhões de USD de investimento directo estrangeiro, ainda que em 2002 e 2003 se tenha registado uma diminuição significativa dos valores, em virtude da incerteza gerada pela transição presidencial e por uma forte retracção do investimento na América do Sul. Importa, sobretudo, destacar que, até ao final de 2010, o stock total de IDE atingiu mais de 660 mil milhões de dólares, o equivalente a 30,8% do PIB. 10 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Investimento Directo 6 (10 USD) 2006 2007 2008 2009 2010 Investimento estrangeiro no Brasil 18.822 34.585 45.058 25.949 48.438 Investimento do Brasil no estrangeiro 28.202 7.067 20.457 -10.084 11.519 Como receptor 17ª 15ª 11ª 14ª 5ª Como emissor 13ª 37ª 20ª 179ª 25ª Posição no ranking mundial Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2011 Em 2009, último ano disponível com informação mais detalhada, os principais países investidores foram a Holanda (20,6%), os EUA (15.5%), a Espanha (10,8%) e a Alemanha (7,8%), e os sectores de actividade económica mais relevantes na aplicação do capital estrangeiro foram, por ordem de grandeza, os serviços (43%), a indústria (42,5%) e a agricultura, pecuária e extracção mineral (14,5%), com destaque para a metalurgia, para os serviços financeiros, para a extracção de petróleo e de gás natural e para o comércio, excepto veículos. Por stock de investimento até 2010, a lista dos principais investidores não difere muito da acima indicada. Assim, a liderança cabe à Holanda com 25,6% do total, seguida dos EUA (19%), Espanha (12%) e Luxemburgo com 5%. Portugal surge colocado na 16ª posição com 1,1% do stock total. Por sectores de actividade, os serviços e a indústria concentram 83% do total, com especial incidência nos serviços financeiros, extracção de petróleo e produção de bebidas. Segundo os dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, em 2011 o investimento estrangeiro cifrou-se em 66.600 milhões de dólares, uma subida de mais de 37% em relação ao ano anterior. Para tal facto, não será decerto alheio a realização do Campeonato Mundial de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. O investimento directo do Brasil no estrangeiro revela uma evolução muito irregular, ao longo dos últimos anos, sendo de realçar os valores atingidos em 2006 e em 2008 – 28,2 e 20,5 mil milhões de USD, respectivamente – sendo 2006 o primeiro ano em que o investimento do Brasil no estrangeiro superou o montante do investimento directo estrangeiro no país. Tal facto ficou a dever-se, essencialmente, à compra de 75,66% do capital da empresa canadiana Inco (uma das maiores, a nível mundial, na produção de níquel e de outros metais) pela empresa brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). 2.4 Turismo O turismo é uma actividade fundamental para a economia do país, devido não só à sua contribuição para o crescimento do PIB, como ainda pelo potencial que oferece na criação de emprego e consequente acréscimo de rendimento, com impactos muito positivos na melhoria da qualidade de vida da população. 11 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Os dados mais recentes indicam uma subida de 7% no número de turistas, o que situa o ano de 2010 como o melhor do período em análise. Em termos de receitas, regista-se uma tendência de crescimento ao longo destes últimos 5 anos, tendo totalizado mais de 5,9 mil milhões de USD em 2010, ou seja, uma subida de cerca de 11% relativamente ao ano anterior. Indicadores do Turismo 2006 3 2007 2008 2009 2010 Turistas (10 ) 5.017 5.026 5.050 4.802 5.161 6 4.316 4.953 5.785 5.305 5.919 Receitas (10 USD) Fontes: World Tourism Organisation Quanto aos principais mercados emissores, a Argentina continua a liderar o ranking, com 27,2% do total dos turistas em 2010, seguindo-se os EUA (12,4%), a Itália (4,8%), a Alemanha (4,4%), o Chile (3,9%), a França (3,9%) e Portugal (3,7%). O ano de 2009 revelou-se negativo para o sector no Brasil. O número de turistas novamente caiu mais de 5%, colocando o Brasil como 43 º destino turístico mundial, perdendo posições para a Indonésia, a Índia e a Tunísia. Assim, o objectivo do Ministério do Turismo de posicionar o Brasil entre os vinte primeiros destinos turísticos em 2020 parece cada vez mais improvável. Para isso, o Governo Federal, através da EMBRATUR, em parceria os governos estatuais e municipais e com a participação do sector privado, encetou a restruturação do sector, merecendo destaque o crescimento do sector hoteleiro, com importantes entradas de capital estrangeiro e melhoria de infraestruturas. O sector atravessa uma fase de franco desenvolvimento estrutural, permitindo elevadas expectativas de crescimento. A este propósito evidencia-se o facto do Brasil, além de organizar o Campeonato Mundial de Futebol em 2014 (evento que proporciona no país onde se realiza, em média, um crescimento do PIB entre 2%-2,5%), também acolher os Jogos Olímpicos em 2016, ocasiões que muito contribuirão para o crescimento do turismo no país. Relativamente ao Campeonato Mundial de Futebol, foi lançado o projecto “Olá! Turista”, com o objectivo de proporcionar formação profissional em várias áreas do sector do turismo, para que possa existir um bom acolhimento aos estrangeiros que, nestas ocasiões, visitarão o Brasil. Analisando os fluxos contrários, constata-se que as saídas de turistas brasileiros para o estrangeiro têm vindo a aumentar significativamente nos últimos anos (5,3 milhões em 2010). A Europa é o destino mais procurado pelos brasileiros, seguida dos EUA. Dos destinos europeus, destacam-se Portugal, França, Espanha e Itália. 12 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio As relações comerciais com o Brasil revestem-se de grande importância para Portugal, quer pelos laços históricos existentes, quer pelo actual posicionamento internacional deste mercado, sendo que após a crise financeira internacional iniciada em 2008, ou seja, nos últimos três anos, ganharam ainda uma maior dimensão. Entre 2007 e 2011, o Brasil passou de 17º a 10º cliente de Portugal, representando as vendas para este mercado 1,4% do total exportado em 2011 (0,7% em 2007). A partir de 2010, o Brasil passou a integrar o TOP 10 dos maiores clientes de Portugal, colocando-se também como o terceiro maior mercado de destino das nossas exportações, fora do espaço da União Europeia nos últimos dois anos (o 4º cliente foi Angola e o 8º os EUA). Importância do Brasil nos Fluxos Comerciais de Portugal 2007 Como cliente 2008 2009 2010 2011 Posição 17ª 13ª 11ª 10ª 10ª % 0,7 0,8 0,9 1,2 1,4 Posição 8ª 9ª 10ª 10ª 10ª % 2,3 2,1 1,7 1,8 2,5 Como fornecedor Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Como fornecedor de Portugal, o Brasil ainda se reveste de maior importância, sendo o nosso 10º maior fornecedor nos últimos três anos, representando 2,5% do total importado em 2011 e tendo também sido o nosso terceiro maior fornecedor fora da UE27 (7º fornecedor a Nigéria e 9º a China). Para o Brasil, as exportações portuguesas efectuadas em 2011, colocaram Portugal como o seu 41º fornecedor, representando apenas 0,4% do total importado por este país nesse ano, enquanto que as nossas compras posicionaram o nosso país como 32º cliente do Brasil (0,8% do total dos produtos brasileiros exportados). Convém referir que estes resultados em 2011, nos respectivos rankings do Brasil, colocaram Portugal a par de outros fornecedores deste país, como a Turquia (37º), Israel (39º), Singapura (42º), a Noruega (43º) e de clientes como Hong Kong (30º), os EAU (31º), a Tailândia (33º), a Indonésia (34º) ou a África do Sul (35º). Ainda é de salientar que, no espaço da União Europeia, são importantes fornecedores do Brasil, a Alemanha (4º maior fornecedor em 2011), a Itália (8º), a França (10º), o Reino Unido (15º), a Espanha (16º) e ainda que, tanto a Holanda como a Bélgica exportaram para o Brasil quase três vezes mais do que Portugal em 2011. 13 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Não obstante a importância já referida dos fluxos comerciais entre os dois países, verifica-se que ao longo dos anos a balança comercial bilateral tem sido tradicionalmente desfavorável a Portugal sendo, no entanto, de realçar a redução do deficit nos últimos cincos anos (-22,1% entre 2007 e 2011) e consequentemente o aumento dos coeficientes de cobertura das exportações face às importações (40% em 2011 contra 19% em 2007). A diminuição do deficit ocorrida ficou a dever-se ao facto de as exportações terem crescido em média mais do que as importações entre 2007 e 2011, cerca de +25% e de +5%, respectivamente. Evolução da Balança Comercial Bilateral a 3 (10 EUR) 2007 2008 2009 2010 2011 Var % 07/11 Exportações 258.186 319.807 294.500 440.171 585.575 24,6 Importações 1.381.192 1.363.316 887.528 1.046.500 1.459.874 5,3 -1.123.006 -1.043.509 -593.028 -606.329 -874.299 -- 18,7% 23,5% 33,2% 42,1% 40,1% -- Saldo Coeficiente de cobertura Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2007-2011 As exportações portuguesas para o Brasil atingiram 585,6 milhões de euros em 2011, quando o valor médio das exportações nos quatro anos anteriores tinha rondado os 328,2 milhões de euros e os 186,0 milhões de euros entre 2000 e 2006. Enquanto que as importações provenientes dos Brasil atingiram os 1,5 mil milhões de euros em 2011, o valor médio dos quatro anos anteriores aproximou-se de 1,2 mil milhões e de 775,7 milhões de euros entre 2000 e 2006. Em 2011, da estrutura das exportações portuguesas para o Brasil, por grupos de produtos, destacam-se três: os produtos agrícolas, as máquinas e aparelhos e os minerais e minérios, que no seu conjunto representaram 62% das nossas vendas para este mercado (69% em 2010 e 60% em 2007). Exportações por Grupos de Produtos 3 2007 Produtos agrícolas 118.719 46,0 191.128 43,4 219.769 37,5 15,0 33.704 13,1 76.813 17,5 78.406 13,4 2,1 3.034 1,2 35.707 8,1 62.952 10,8 76,3 Subtotal 155.457 60,2 303.649 69,0 361.127 61,7 18,9 Total 258.186 100 440.171 100 585.575 100 33,0 Máquinas e aparelhos Minerais e minérios Fonte: % Tot 2010 % Tot 2011 % Tot Vara 10/11 (10 euros) INE – Instituto Nacional de Estatística Os produtos exportados mais representativos dos grupos mencionados foram as maçãs, as peras e os marmelos frescos (6% do total exportado), os peixes secos e salgados (4,5% do total), os peixes congelados (3,5%), os minérios de cobre e seus concentrados (6,2%), os cimentos hidráulicos (3,0%) e as caixas fundição, placas para moldes; modelos para moldes; moldes para metais (1,1%). 14 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Dos restantes grupos, destacam-se ainda as exportações de combustíveis minerais (7,1% do total exportado para o Brasil), de produtos alimentares (6,3%) e de metais comuns (5,9%). Dentro destes grupos e numa análise mais detalhada (quatro dígitos da Nomenclatura Combinada), salienta-se a exportação dos seguintes produtos: o azeite de oliveira (19, 0% do total exportado), os vinhos de uvas frescas (5% do total), os óleos de petróleo ou minerais betuminosos (3,7%), os óleos/produtos da destilação de alcatrões de hulha (3,4%) e os fios de ferro ou aço não ligado (1,1%). Exportações por Grupos de Produtos (cont.) a 3 (10 euros) 2007 % Tot 2010 % Tot 2011 % Tot Var 10/11 Combustíveis minerais 10.830 4,2 12.409 2,8 41.376 7,1 233,4 Produtos alimentares 20.258 7,8 30.529 6,9 36.698 6,3 20,2 5.707 2,2 19.629 4,5 34.798 5,9 77,3 Plásticos e borracha 10.167 3,9 13.895 3,2 24.241 4,1 74,5 Matérias têxteis 15.645 6,1 8.403 1,9 23.967 4,1 185,2 4.694 1,8 11.471 2,6 14.105 2,4 23,0 14.663 5,7 9.657 2,2 12.632 2,2 30,8 Pastas celulósicas e papel 5.361 2,1 6.181 1,4 10.249 1,8 65,8 Vestuário 2.879 1,1 7.284 1,7 6.895 1,2 -5,3 Madeira e cortiça 4.868 1,9 4.904 1,1 6.654 1,1 35,7 Instrumentos de óptica e precisão 1.546 0,6 2.188 0,5 3.065 0,5 40,1 Calçado 170 0,1 26 0,0 705 0,1 § Peles e couros 453 0,2 163 0,0 674 0,1 312,4 5.067 2,0 3.969 0,9 5.872 1,0 47,9 421 0,2 5.813 1,3 2.518 0,4 -56,7 Subtotal 102.729 39,8 136.522 31,0 224.448 38,3 64,4 Total 258.186 100 440.171 100 585.575 100 33,0 Metais comuns Veículos e outro mat. transporte Produtos químicos Outros produtos Valores confidenciais Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Nota: § - Coeficiente de variação> = 1000% ou valor zero no período anterior Em termos de evolução, destaca-se o seguinte: A maioria dos grupos de produtos exportados para o Brasil registou aumentos, quer entre 2010 e 2011, quer entre 2007 e 2011, sendo apenas de assinalar a quebra das exportações dos produtos químicos (-13,9% entre 2007 e 2011), embora em 2011 voltasse a crescer (+30,8% face a 2010), mas ficando aquém do nível atingido em 2007. As exportações do grupo do vestuário também decresceram entre 2010 e 2011, mas registam uma evolução bastante positiva entre 2007 e 2011 (+139,5%). Os grupos de produtos exportados que mais cresceram entre 2007 e 2011 foram os minerais e minérios (o valor em 2011 aumentou mais de vinte vezes face ao de 2007); os combustíveis minerais (+282% entre 2007 e 2011 e +233,4% entre 2010/2011), os metais comuns (+ 509,7% entre 2007 e 2011 e 15 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) +77,3% entre 2010 e 2011), os produtos alimentares (+81,1% entre 2007 e 2011 e +20,2 % entre 2010/2011) e os veículos e outro material de transporte (+200,5% entre 2007 e 2011 e + 23,0% entre 2010/2011). Os produtos agrícolas e as máquinas e aparelhos merecem também algum destaque, embora com uma dimensão menor, porque embora tenham crescido apenas +15% e 2,1%, respectivamente, entre 2010 e 2011, também registaram acréscimos significativos entre 2007 e 2011, respectivamente, +85,1% e +132,6%. 1 Segundo o GEE , cerca de 58% dos produtos industriais exportados de Portugal para o Brasil, em 2010, continham um grau de intensidade tecnológica baixa, 24% média-alta e 5% alta. Em 2006, 68% dos produtos tinham um grau de intensidade baixa, 19% média-alta e 4% alta. De acordo com os dados publicados pelo INE, em 2010 cifrou-se em 1.302 o número de empresas em Portugal que exportaram para o Brasil, mais 215 do que as registadas em 2006. Em relação à estrutura das nossas importações do Brasil em 2011, destaca-se, por um lado, o peso das compras de combustíveis minerais que correspondeu a mais de 52% do total importado e, por outro, aos grupos de produtos agrícolas e alimentares que, em conjunto, representaram perto de 27% do total comprado a este mercado. Estes três grupos de produtos totalizaram cerca de 79% do total importado do Brasil. Importações por Grupos de Produtos a 3 2007 Combustíveis minerais 448.565 32,5 443.432 42,4 761.824 52,2 71,8 Produtos agrícolas 434.393 31,5 303.587 29,0 214.507 14,7 -29,3 43.227 3,1 59.242 5,7 173.739 11,9 193,3 926.185 67,1 806.261 77,0 1.150.069 78,8 42,6 1.381.192 100 1.046.500 100 1.459.874 100 39,5 Produtos alimentares Subtotal Total Fonte: % Tot 2010 % Tot 2011 % Tot Var 10/11 (10 euros) INE – Instituto Nacional de Estatística Dentro destes grupos mencionados e numa análise mais detalhada, verifica-se que foram os óleos brutos de petróleo, os açúcares, a soja, o milho e os bagaços, os produtos com maior representatividade na estrutura de importações a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada. Dos restantes 20% dos produtos importados do Brasil em 2011, salienta-se ainda o grupo dos metais comuns que representou 6,1% do total, mas que em 2007 registara um peso de 11,2%, assim como, os plásticos e a borracha (3,4% do total em 2011), as máquinas e aparelhos (2,8% em 2011, mas representou 4,5% em 2007) e a madeira e cortiça (1,2% em 2011, mas em 2007 representara 4,4%). 1 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e do Emprego. Convém referir que os produtos expedidos industriais transformados para o Brasil representaram 87,6 do total em 2010 e 72,5% em 2006 16 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Importações por Grupos de Produtos (cont.) 3 2007 Metais comuns 154.898 11,2 32.647 3,1 88.995 6,1 172,6 Plásticos e borracha 41.635 3,0 42.394 4,1 50.237 3,4 18,5 Máquinas e aparelhos 61.908 4,5 45.723 4,4 41.540 2,8 -9,1 Produtos químicos 34.539 2,5 25.990 2,5 26.039 1,8 0,2 Madeira e cortiça 61.230 4,4 26.006 2,5 17.269 1,2 -33,6 Peles e couros 25.002 1,8 12.146 1,2 15.392 1,1 26,7 Pastas celulósicas e papel 13.051 0,9 11.632 1,1 12.019 0,8 3,3 Calçado 18.009 1,3 11.162 1,1 8.779 0,6 -21,3 Matérias têxteis 10.638 0,8 5.234 0,5 8.123 0,6 55,2 Instrumentos de óptica e precisão 4.717 0,3 5.187 0,5 5.617 0,4 8,3 Vestuário 7.686 0,6 5.646 0,5 4.335 0,3 -23,2 Minerais e minérios 3.843 0,3 2.757 0,3 2.225 0,2 -19,3 Veículos e outro mat. transporte 4.256 0,3 4.282 0,4 1.573 0,1 -63,3 12.025 0,9 7.732 0,7 27.382 1,9 254,1 Valores confidenciais 1.570 0,1 1.699 0,2 280 0,0 -83,5 Subtotal 455.007 32,9 240.238 23,0 309.804 21,2 29,0 1.381.192 100 1.046.500 100 1.459.874 100 39,5 Outros produtos Total Fonte: % Tot 2010 % Tot 2011 % Tot Vara 10/11 (10 euros) INE - Instituto Nacional de Estatística Em termos de evolução, destaca-se o seguinte: Os grupos de produtos que registaram aumentos, quer em 2011 face ao ano anterior, quer entre 2007 e 2011, foram os produtos alimentares (+193,1% em 2011 e +301,9% entre 2007 e 2011), os combustíveis minerais (+71,8% em 2011 e +69,8% entre 2007 e 2011), os plásticos e borracha (+18,5% em 2011 e 20,7% entre 2007 e 2011) e os instrumentos de óptica e precisão (+8,3% em 2011 e +19,1% entre 2007 e 2011). Dos grupos de produtos que registaram decréscimos, são de realçar os agrícolas (-29,3% entre 2011 e -50,6% entre 2007 e 2011), as máquinas e aparelhos (-9,1% em 2011 e -32,9% entre 2007 e 2011), a madeira e cortiça (-33,6% em 2011 e -71,8% entre 2007 e 2011), o calçado (-21,3% em 2011 e -51,3% entre 2007 e 2011) e o vestuário (-23,2% em 2011 e -43,6% entre 2007 e 2011). 2 Segundo o GEE , cerca de 47% dos produtos industriais importados do Brasil, em 2010, continham um grau de intensidade tecnológica baixa, 35% média-alta e 14% média-baixa (em 2006, 40% registara um baixo grau de intensidade tecnológica, 37% média-baixa e 21% média-alta). 2 GEE – Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e do Emprego. Convém referir que os produtos industriais transformados importados do Brasil representaram 29,4% do total em 2010 e 34,8% do total em 2006. 17 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Segundo o INE, em 2010 foram contabilizadas 1.404 empresas em Portugal importadoras de produtos do Brasil, sendo que em 2006 o número assinalado fora de 2.914 (-51,8% entre 2006 e 2010). 3.2 Serviços Nos últimos vinte anos, a balança comercial de serviços foi tradicionalmente favorável a Portugal, à excepção do ano de 2003, atingindo um superavit na ordem dos 628,9 milhões de euros em 2011 e consequentemente uma taxa de cobertura elevada (270,2%, a mais alta do período de 2007 a 2011). 3 O Brasil foi o 6º maior cliente de serviços portugueses em 2011, quando nos dois anos anteriores tinha ocupado o 5º e o 10º lugar, respectivamente, no ranking dos clientes de Portugal. As vendas de serviços portugueses ao Brasil, nos últimos dois anos, representaram cerca de 5% do total (3 % em 2007). Como fornecedor, o Brasil ocupou o 8º lugar do ranking em 2011, representando cerca de 3% do total importado por Portugal. Balança de Serviços com o Brasil 3 (10 euros) a 2007 2008 2009 2010 2011 Var % 07/11 Exportações 560.761 606.470 594.798 882.627 998.468 16,9 Importações 357.085 331.261 289.827 375.262 369.560 2,1 Saldo 203.676 275.209 304.971 507.365 628.908 -- Coef. Cob. 157,0% 183,1% 205,2% 235,2% 270,2% -- Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2007-2011 (b) Taxa de variação homóloga As exportações de serviços para o Brasil cresceram em média cerca de 17% nos últimos cinco anos, enquanto que as importações em média aumentaram aproximadamente 2%. À excepção do ano de 2009, em que as exportações de serviços decresceram (-1,9% face a 2008), nos restantes anos foi registada uma evolução sempre crescente (+78,1% entre 2007 e 2011). As exportações de serviços atingiram os 998,5 milhões de euros em 2011, quando o valor médio fora de 620,9 milhões de euros entre 2006 e 2010 e de 305,0 milhões de euros entre 2000 e 2005. A evolução das importações de serviços entre 2007 e 2011 foi diferente, com quebras em 2008 (-7,2% face a 2007) e em 2009 (-12,5% em relação a 2008), crescendo em 2010 (+29,5%) e reduzindo novamente em 2011 (-1,5% face a 2010). As importações em 2011 foram na ordem dos 369,6 milhões de euros, quando o valor médio entre 2006 e 2010 fora de 339,3 milhões e de 264,6 milhões de euros entre 2000 e 2005. 3 Posição num conjunto de 55 mercados 18 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Os transportes e as viagens e turismo foram os tipos de serviços que mais contribuíram para um saldo positivo desta balança, pois representaram 90, 2% do total dos serviços exportados em 2011, registando aumentos na ordem dos 11,3% e 13,4%, respectivamente. Por outro lado, os serviços importados incidiram principalmente nas viagens e turismo (42,3% do total), nos transportes (33,2%) e em outros serviços fornecidos às empresas (7,5%) sendo que, tanto o primeiro tipo de serviços como o terceiro, registaram quebras face ao verificado em 2010 (-8,5% e -33,8%, respectivamente). 3.3 Investimento No período de 2007 a 2011, o Brasil continuou a ser um dos importantes destinos do investimento directo de Portugal no estrangeiro (IDPE), chegando a representar, em 2010, cerca de 17% do total do investimento bruto realizado por Portugal no estrangeiro (3,6% em 2011 e 45,7 % em 1998, a mais elevada dos últimos quinze anos). Convém salientar que o Brasil foi o primeiro mercado de destino do investimento português no final da década de 90 e início de 2000 e, após algumas oscilações ao longo do tempo, atingiu o segundo e terceiro lugares nos últimos dois anos. Importância do Brasil nos Fluxos de Investimento para Portugal 2007 Portugal como receptor (IDE) Posição % b Posição Portugal como emissor (IDPE) % Fonte: Notas: a a b 2008 2009 2010 2011 17ª 16ª 11ª 8ª 14ª 0,4 0,2 1,0 4,6 0,3 3ª 4ª 5ª 2ª 3ª 4,5 4,7 6,7 17,2 3,6 Banco de Portugal (a) Posição do mercado enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total num conjunto de 55 mercados (b) Com base no investimento bruto Em relação ao investimento directo brasileiro em Portugal, verifica-se que em 2011 este teve uma dimensão mais reduzida, representando apenas 0,3% do total do IDE realizado em Portugal, sendo, no entanto, de realçar os anos de 2009 e 2010, por terem atingindo um peso na ordem dos 1% e 4,6%, respectivamente, em relação ao total. De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal para o período de 2007 a 2011, o investimento bruto brasileiro em Portugal atingiu os 1,8 mil milhões de euros em 2010, valor recorde face ao histórico dos últimos 15 anos e face à média de investimento bruto realizado nos restantes anos do período em análise (158,3 milhões de euros). 19 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Investimento Directo do Brasil em Portugal a 3 (10 EUR) Investimento bruto 2007 2008 2009 2010 2011 Var % 07/11 114.340 81.075 328.415 1.834.042 109.231 160,1 Desinvestimento 80.464 49.701 116.042 1.243.085 176.990 245,2 Investimento líquido 33.876 31.374 212.373 590.957 -67.759 -- Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2007-2011 É, no entanto, de salientar que o desinvestimento foi muito elevado ao longo do período de 2007 a 2011, representando na maioria dos anos mais de 60% do investimento bruto, excepção apenas para o ano de 2009, e ainda para o ano de 2011, onde o desinvestimento foi superior ao investimento bruto (+62%), resultando um investimento líquido negativo. Do investimento brasileiro em Portugal, destaca-se o da Embraer, que tem vindo a impulsionar o desenvolvimento de um cluster aeronáutico no nosso país e ainda outros investimentos que devem ser relevados, tais como a CSN-Companhia Siderúrgica Nacional, a Weg Motores, a Marcopolo, o anterior investimento da Embraer nas OGMA, a Odebrecht, a Camargo Correa e a Andrade Gutierrez (construção civil e obras públicas) e a Haco (etiquetas), entre outros. O Brasil considera que "Portugal é a porta de entrada para a União Europeia", tendo demonstrado interesse em várias empresas públicas inseridas no actual processo de privatizações. O investimento bruto português no Brasil ao longo do período de 2007 e 2011, registou também oscilações, atingindo perto de 1,7 mil milhões de euros em 2010, um montante superior a qualquer dos registos anuais verificados a partir do ano de 2002, mas aquém da média do investimento bruto realizado entre 1998 e 2001 que rondou os 3,5 milhões de euros. Investimento Directo de Portugal no Brasil a 3 (10 EUR) 2007 2008 2009 2010 2011 Var % 07/11 Investimento bruto 665.733 539.194 518.356 1.681.061 554.905 33,6 Desinvestimento 326.848 271.107 75.980 1.780.201 216.011 516,5 Investimento líquido 338.885 268.087 442.376 -99.140 338.894 -- Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2007-2011 O desinvestimento também foi elevado em relação a este fluxo de investimento, correspondendo em 2007 e 2008 em cerca de 50% do investimento bruto, atingindo em 2010 os 106%, o que resultou um investimento líquido negativo. 20 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) De acordo com as informações do Banco de Portugal, em 2011, as actividades financeiras e de seguros (39,9% do total), o comércio por grosso e a retalho (22,4%) e ainda as industrias transformadoras (16,9%) foram os principais sectores de incidência dos fluxos de IDPE no Brasil que, em conjunto, totalizaram aproximadamente 79% do total do investimento realizado neste mercado. Em termos de evolução, destaca-se a diminuição do peso das actividades financeiras e seguros que representavam 48% do total investido em 2007, das de consultadoria (8,5% em 2007 e 4,7% em 2011) e das relacionadas com a electricidade, gás e água (10,3% em 2007 e 2,9% em 2011). As actividades do comércio por grosso e a retalho ganharam importância relativa (12% em 2007 e 22,4% em 2011) e as relacionadas com a construção mantiveram a sua quota (5% em 2007, 5,8% em 2008 e 5,4% em 2011). Existem muitos exemplos de investimentos portugueses no Brasil, desde os turísticos, dos quais se destaca os desenvolvidos pelo Grupo Vila Galé, pelo Grupo Espírito Santo, pelo Grupo Pestana, pelo Aquiraz Golf & Beach Villas, pelo Grupo Dom Pedro e pelo Solverde. Para além dos investimentos já referidos na área do turismo, apontamos outros realizados por empresas portuguesas que, pela sua importância, merecem destaque: a hidroeléctrica de Peixe Angical (no Estado do Tocantins) cuja construção foi da responsabilidade da EDP Energias do Brasil em parceria com a estatal Furnas, constituindo uma grande obra infraestrutural. Mais recentemente, novos investimentos da EDP e da GALP avolumam esta área de internacionalização, enquanto outras grandes parcerias estão em perspectiva. 3.4 Turismo 4 De acordo com o Turismo de Portugal , em 2010 Portugal posicionou-se no 4º lugar dos países de destino de férias dos brasileiros em mercados externos, acolhendo 362 mil turistas que representaram 5 uma quota de 7,3% e registaram um crescimento médio anual de 3,9%, entre 2008 e 2010. O Brasil é dos principais mercados emissores para Portugal fazendo parte do TOP 10. Em 2011, Portugal acolheu cerca de 459,1 mil hóspedes brasileiros (+ 22,9% face a 2010), registando cerca de um milhão de dormidas (+ 23,8%) e 382 milhões de euros em receitas (+ 13,4% face a 2010). Em 2011, o número de dormidas registadas na hotelaria global posicionaram este mercado no 6º lugar do ranking face a outros países, com uma quota de 3,9% e o 5º lugar quer em relação às receitas geradas em Portugal, quer quanto ao número de hóspedes. No período de 2007 a 2011, constata-se, por um lado, que todos os indicadores de turismo mencionados registaram taxas médias anuais positivas (entre os 17% e os 24%) e, por outro lado, quebras em 2009, as receitas uma redução na ordem dos 12% face a 2008, o número de hóspedes registado decresceu cerca de 12% e as receitas diminuíram também aproximadamente 12%. 4 5 Turismo de Portugal – Brasil – Dossier de Mercado – Outubro de 2011. Em 2010, o Brasil foi responsável por cerca de 4,9 milhões de chegadas de turistas aos diversos destinos mundiais. 21 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Turismo do Brasil em Portugal a 2007 Receitas b % Total Var % 07/11 2011 209.737 336.761 381.997 24,0 c 2,4 3,2 3,0 4,4 4,7 -- d 10ª 7ª 7ª 5ª 5ª -- b 253.142 312.062 274.558 373.752 459.162 17,6 c 3,6 4,4 4,2 5,5 6,2 -- d 8ª 7ª 7ª 5ª 5ª -- b 558.749 672.970 595.511 828.510 1.025.356 18,0 c 2,1 2,6 2,6 3,5 3,9 -- d 10ª 8ª 8ª 7ª 6ª -- Posição Dormidas Posição Fontes: 2010 235.216 Hóspedes % Total 2009 176.907 Posição % Total 2008 INE - Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal Unidades: Receitas (Milhares de euros); Hóspedes e Dormidas (Unidades) Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2007-2011 (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros (d) Receitas - num conjunto de 55 mercados; Dormidas e Hóspedes - num conjunto de 18 mercados Segundo o Turismo de Portugal, Lisboa foi a principal região de destino dos turistas brasileiros, com uma quota de 64% em 2010, seguida da região do Norte (20%). 4. Relações Internacionais e Regionais A República Federativa do Brasil é membro do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial de Comércio (OMC), desde 1 de Janeiro de 1995. A nível regional, este país faz parte do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Associação LatinoAmericana de Integração (ALADI), do Sistema Económico Latino-Americano e do Caribe (SELA), da Organização dos Estados Americanos (OEA - mais conhecida pela sigla em inglês – OAS – Organization of American Sates), da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e é membro associado da Comunidade Andina (CAN). O MERCOSUL (http://www.mercosur.int/), cujos membros fundadores são o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (a Venezuela assinou tratado de adesão em 2006 e aguarda apenas pela ratificação do parlamento do Paraguai para se tornar no quinto membro deste bloco sul-americano) foi criado em 26 de Março de 1991, pelo Tratado de Assunção, e traduz-se, em termos gerais, num projecto de integração sub regional, que visa promover o progresso económico e social entre os seus membros, através da constituição gradual de um Mercado Comum. 22 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Actualmente, o MERCOSUL encontra-se, ainda, numa etapa do processo de integração definida como União Aduaneira, cujo objectivo final é evoluir à condição de Mercado Comum, compreendendo não só o livre comércio entre os países membros e a aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC) face a países terceiros, mas, também, a livre circulação dos factores de produção – capital e trabalho. A ALADI (http://www.aladi.org/) é um organismo intergovernamental que foi criado em 1980 (Tratado de Montevideu) e visa fortalecer as relações entre os seus membros, através da celebração de acordos bilaterais, modernização da estrutura produtiva dos países signatários, harmonização das respectivas políticas macroeconómicas e promoção de uma participação mais activa dos diferentes grupos sociais no processo de integração. Como objectivo final, pretende-se a criação, de forma gradual e progressiva, de um mercado latino-americano, através da aplicação de uma Preferência Tarifária Regional (PTR), ou seja, redução de direitos aduaneiros entre as partes. Para além do Brasil, integram a ALADI os seguintes países: Argentina; Bolívia; Chile; Colômbia; Cuba; Equador; México; Paraguai; Peru; Uruguai; e Venezuela. O SELA (http://www.sela.org/), formado por 28 países, foi criado em 1975 com a finalidade de acelerar o desenvolvimento económico e social dos seus membros, através da cooperação inter-regional e do estabelecimento de um sistema permanente de consulta e coordenação em assuntos de natureza económica e social. Por sua vez, a OEA/OAS (http://www.oas.org/en/default.asp), instituída em 1948 por 21 nações, alargada posteriormente a outras 14 (sendo que Cuba suspendeu a sua ligação entre 1962 e 2009, ano em que optou por não a retomar), tem como objectivos promover práticas de boa gestão governamental, fortalecer os direitos humanos, incentivar a paz e a segurança, expandir o comércio, e encontrar soluções para os problemas provenientes da pobreza, drogas e corrupção entre os “povos das Américas”. Finalmente, a CPLP (http://www.cplp.org/), criada em 17 de Julho de 1996, apresenta como objectivos gerais a concertação político-diplomática em matéria de relações internacionais, nomeadamente na defesa e promoção de interesses comuns ou questões específicas, a cooperação, particularmente nos domínios económico, social, cultural, jurídico, técnico-científico, e a materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa. Aderiram a esta Comunidade os seguintes países: Angola; Brasil; Cabo Verde; Guiné-Bissau; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe; e Timor-Leste. No que respeita ao relacionamento com a União Europeia, o quadro legal está vertido, fundamentalmente, no Acordo-Quadro de Cooperação Brasil/UE, assinado em Junho de 1992 e em vigor desde Novembro de 1995 e no Acordo-Quadro Inter-Regional de Cooperação Mercosul/UE, assinado em 15 de Dezembro de 1995 e em vigor desde 1 de Julho de 1999. 23 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Os principais objectivos que presidiram ao estabelecimento do Acordo-Quadro de Cooperação Brasil/UE (de natureza não preferencial) foram o aumento e a diversificação das trocas comerciais entre as partes, bem como a intensificação da cooperação económica, industrial, científica, tecnológica e financeira (http://eeas.europa.eu/delegations/brazil/eu_brazil/tech_financial_cooperation/bilateral_coop/index_pt.htm). Com o Acordo-Quadro de Cooperação Mercosul/UE pretendeu-se o aprofundamento das relações entre as partes e a preparação das condições para a criação de um Acordo de Associação Inter-Regional que incluirá a liberalização do comércio de bens e serviços, de acordo com as regras da OMC, entre outras matérias no domínio económico, técnico, político, institucional e cultural (http://ec.europa.eu/world/agreements/prepareCreateTreatiesWorkspace/treatiesGeneralData.do?step=0 &redirect=true&treatyId=405 / http://eeas.europa.eu/mercosur/index_en.htm). Em Maio de 2007, a UE recomendou o lançamento de uma Parceria Estratégica com o Brasil, com vista a reforçar as relações bilaterais entre as partes numa variedade de sectores e actividades de interesse comum. A primeira Cimeira teve lugar a 4 de Julho de 2007 (Lisboa), a segunda realizou-se a 22 de Dezembro de 2008 (Rio de Janeiro), a terceira a 6 de Outubro de 2009 (Estocolmo), a quarta a 14 de Julho de 2010 (Brasília) e, a quinta, a 4 de Outubro de 2011 (Bruxelas) – http://eeas.europa.eu/brazil/summit/index_en.htm / http://consilium.europa.eu/uedocs/cms_data/docs/pressdata/EN/foraff/124831.pdf. Importa também mencionar que a UE financia medidas destinadas a promover a cooperação com os países, territórios e regiões em desenvolvimento. Assim, o Regulamento n.º 1905/2006, de 18 de Dezembro (alterado pelo Regulamento n.º 1341/2011 de 13 de Dezembro), institui um instrumento de financiamento da cooperação para o desenvolvimento com aplicação entre 1 de Janeiro de 2007 e 31 de Dezembro de 2013. Para a América Latina (o Brasil consta dos países elegíveis) a assistência comunitária incide especialmente nos seguintes domínios de cooperação: • Promoção da coesão social, apoiando as políticas fiscais, o investimento produtivo para mais e melhores empregos, as políticas de luta contra a discriminação e a produção, consumo e tráfico de drogas, e a melhoria dos serviços sociais básicos, em especial a saúde e a educação; • Promoção de uma maior integração regional, nomeadamente no apoio a diferentes processos de integração regional; • Apoio ao reforço da boa governação e das instituições públicas, bem como da protecção dos direitos do Homem; • Apoio à criação de um espaço comum UE – América Latina do ensino superior; 24 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Promoção do desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, prestando especial atenção à protecção das florestas e à diversidade biológica. Para informação mais pormenorizada sobre o relacionamento bilateral entre a União Europeia e o Brasil os interessados podem consultar, o Site da União Europeia, no tema External Action – http://ec.europa.eu/external_relations/brazil/index_pt.htm 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação O mercado brasileiro caracterizou-se, até ao início dos anos 90, por um forte proteccionismo e intervenção estatal. O programa de reformas de 1990 consagrou uma progressiva liberalização das trocas comerciais e a integração da economia brasileira a nível internacional. No entanto, este país continua a apresentar uma forte (e complexa) carga fiscal incidente sobre a importação da maioria dos produtos. A exportação da generalidade das mercadorias para o mercado brasileiro não está sujeita, como regra, a restrições (licenciamento). Existem, não obstante, algumas excepções para as quais é necessária a observância de determinados requisitos e a autorização prévia das autoridades competentes. A lista de produtos sujeitos a autorização abrange as importações de bens alimentares, de bebidas, de produtos farmacêuticos e veterinários, de cosméticos e de produtos agrícolas, incluindo sementes e fertilizantes. A entrada de determinado tipo de bens, como armas, drogas e produtos agro-químicos está dependente de autorizações especiais por razões de segurança, saúde pública ou de protecção da indústria nacional. Os procedimentos de importação estão informatizados através do Sistema Integrado de Comércio Exterior, denominado SISCOMEX que, por via do estabelecimento de um fluxo único das várias informações, promove a integração das actividades de registo, acompanhamento e controlo das operações de importação/exportação. O SISCOMEX surge, assim, como um instrumento que visa agilizar e facilitar a tramitação administrativa na área do comércio externo (http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/siscomex/siscomex.htm / http://www.desenvolvimento.gov.br/portalmdic/siscomex/index-.html). Todas as mercadorias importadas no mercado brasileiro estão sujeitas a Despacho Aduaneiro, processado pelas entidades alfandegárias com base nas informações constantes na Declaração de Importação (http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/despacho-aduaneiro-de-importacao). 25 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) O licenciamento dos bens pode ser automático (para produtos que não carecem de licença de importação ou autorizações especiais, nomeadamente as operações efectuadas ao abrigo do regime aduaneiro de drawback) ou não automático (abrange todas as mercadorias para as quais é obrigatória a emissão de uma Licença Prévia de Importação - LI, como sejam, certos produtos alimentares, agro-pecuários, brinquedos, equipamentos electrónicos e têxteis, entre outros). A exportação de produtos de origem animal (ex.: produtos da pesca; carnes de suíno; leites e seus produtos) para o Brasil está sujeita ao cumprimento dos seguintes procedimentos: • O estabelecimento português deverá entrar em contacto com os Serviços Veterinários da respectiva Região (Direcções de Serviços Veterinários Regionais – DSVR) da Direcção Geral de Veterinária (DGV) http://www.dgv.min- – agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=216328&cboui=216328); • As DSVR efectuam um controlo ao estabelecimento para verificação do cumprimento dos requisitos legais. A legislação brasileira pode ser consultada no seguinte Site: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=abreLegislacaoFederal& chave=50674&tipoLegis=A; • Se o operador observar as regras em vigor, a DGV solicita à autoridade brasileira a inclusão do estabelecimento na lista de estabelecimentos aprovados a exportar para o Brasil. Esta lista pode ser consultada no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) – Sistemas de Informação – SIGSIF – Sistema de Informações Gerências do Serviço de Inspecção Federal – Listas de Estabelecimentos Estrangeiros Habilitados à Exportação para o Brasil (http://sigsif.agricultura.gov.br/sigsif_cons/!ap_exportador_hab_pais_rep_net); • O operador pode, então, iniciar o processo de registo de rótulos, ou seja, para cada tipo produto que pretende exportar para o Brasil, necessita de preencher um formulário. Este formulário terá que ser conferido e assinado pela respectiva DSVR antes do operador o submeter à apreciação da autoridade brasileira (MAPA); • Quando concluído o processo do registo do rótulo e inclusão do estabelecimento na lista de estabelecimentos habilitados a exportar para o Brasil, o operador poderá começar a exportar, solicitando o certificado de salubridade à DSVR. No que respeita aos vinhos, importa referir que os exportadores já não necessitam de se “cadastrar” previamente, junto do MAPA, nem de proceder ao registo das respectivas marcas desde Novembro de 2009 (Instrução Normativa n.º 54, de 18.11.2009). De qualquer modo, mantém-se a premissa de que a autorização para a importação de vinhos só é permitida se os mesmos respeitarem o previsto na legislação específica, nomeadamente, Lei n.º 7.678/88, de 8 de Novembro (dispõe sobre a produção, circulação do vinho e derivados da uva e do vinho) e no Decreto n.º 99.066/90, de 8 de Março (regulamenta a Lei n.º 7.678). 26 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) O Brasil adoptou, em 1 de Janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), baseada no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). Com a entrada em vigor da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, o Brasil passou a aplicar, na maioria dos produtos importados de países terceiros, o mesmo nível de direitos alfandegários que os restantes parceiros; periodicamente são estabelecidas listas de excepções para os produtos considerados sensíveis. As mercadorias comunitárias estão sujeitas aos impostos constantes na TEC. Os dois blocos estão em negociações (após anos de suspensão do diálogo as partes voltaram às conversações no final de 2009/início de 2010) com vista à eliminação das barreiras tarifárias, no âmbito do Acordo Inter-Regional de Cooperação entre a UE e o Mercosul, assinado em Dezembro de 1995, sem que no entanto haja data certa para a conclusão das mesmas. O Imposto de Importação (II) é calculado numa base ad valorem sobre o valor CIF das mercadorias e pode ser consultado no Site Market Access Database, da responsabilidade da União Europeia – http://madb.europa.eu/ (clicar em Applied Tariffs Database). Para além das imposições alfandegárias, há, também, lugar ao pagamento dos seguintes encargos: • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – em geral, é calculado numa base ad valorem, embora para certos produtos (por exemplo, da indústria vitivinícola e cervejeira) seja calculado por um valor fixo por unidade; • Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – as taxas deste tributo, similar ao IVA, variam consoante o Estado de destino das mercadorias (em São Paulo, por exemplo, a taxa normal é de 18%, com excepção de alguns produtos previstos em lei própria); • Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Património do Servidor Público (PIS/PASEP) – taxa de 1,65%; • Contribuição para o Financiamento da Segurança Social (COFINS) – taxa de 7,60%. A aplicação destes impostos é feita em cascata, ou seja, de forma cumulativa: • Valor CIF x II (Imposto de Importação) = A • A x IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) = B • B + PIS + COFINS (determinados pela tabela oficial da Receita Federal) = C • C + taxa do SISCOMEX (sistema informático de comércio exterior, que é de R$ 40, mais $ 10 por cada adição, ou seja, por cada produto com classificação pautal diferente) = D • D / ICMS (Imposto sobre a Circulação de Bens e Serviços, calculado por dentro, i. e. no caso do ICMS ser 18% - taxa normal, em vez de multiplicar por 18%, divide por 0,82; já se o ICMS for 12%, divide por 0,88) = Resultado dos principais impostos aduaneiros. 27 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) A este resultado há ainda que adicionar taxas aduaneiras (que em média oscilam até 6%), tais como: • FRMM – Frete para Renovação da Marinha Mercante, que é 25% do valor do frete internacional; • Taxa de capatazia; • Taxa de armazenagem; • Desconsolidação; • Desembaraço; • Serviços do despachante; • Liberação do bill of lading. Os interessados podem aceder ao Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações (Receita Federal) para identificar o exacto valor das taxas de importação e eventuais exigências administrativas na entrada de produtos – http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/. 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro No Brasil, o investimento externo é regulado pelas Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962, alterada pela Lei n.º 4.390, de 29 de Agosto de 1964, ambas regulamentadas pelo Decreto n.º 55.762, de 17 de Fevereiro de 1965 (objecto de modificações posteriores). Com as alterações introduzidas na Constituição em 1995 foi eliminada a distinção entre capital nacional e estrangeiro. Os investidores apenas necessitam de registar a transacção no Banco Central do Brasil (BCB), o qual emite um certificado reflectindo o investimento em moeda estrangeira e o correspondente em Reais. A maioria das áreas de actividade está aberta à iniciativa privada, com excepção de alguns sectores. Com efeito, algumas actividades económicas como saúde pública, correios e telégrafos, energia nuclear, voos domésticos, saneamento e indústria aeroespacial, não podem ser exercidas por empresas de capital estrangeiro. Em instituições financeiras e em companhias de seguros, assim como em actividades relacionadas aos média é permitida apenas uma participação minoritária, existindo também restrições à participação estrangeira em actividades sujeitas ao controlo da segurança nacional e à posse de propriedades rurais e negócios em zonas de fronteira (http://www.apexbrasil.com.br/portal/publicacao/engine.wsp?tmp.area=460&tmp.texto=33). Todos os investimentos estrangeiros estão sujeitos a registo no Banco Central do Brasil e toda a informação prestada integra o Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN). Desde Setembro de 2000 o BCB apenas admite registos efectuados on-line, no endereço – http://www.bcb.gov.br/. O capital estrangeiro deve, assim, ser registado no BCB, através do Sistema de Registo Declaratório Electrónico de Investimento Externo Directo (Módulo RDE-IED) – http://www.bcb.gov.br/htms/firce/rde/manual-RDE-IED.pdf. 28 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) O registo do investimento será efectuado em declarações prestadas pelo representante da empresa brasileira receptora e/ou pelo representante do investidor externo, através do Módulo RDE-IED, no prazo de 30 dias após o evento que lhe deu origem ou, até 90 dias, após o desembaraço alfandegário, no caso de investimento em bens. O retorno do capital investido pode concretizar-se a qualquer momento, sem necessidade de autorização prévia, sendo que os montantes superiores ao registado são considerados ganhos de capital em benefício do investidor estrangeiro e, portanto, sujeitos a uma taxa de 15% de Imposto de Renda retido na fonte e à aprovação do Banco Central. Com vista à abertura de uma empresa no Brasil os interessados necessitam de constituir uma sociedade, o que implica a escolha de uma forma jurídica de acordo com o Direito brasileiro, a elaboração dos respectivos Estatutos ou Contrato Social e o registo da sociedade recém-criada, entre outras formalidades. A lei brasileira não impõe um limite mínimo de capital social para a constituição das duas principais formas de sociedades: sociedade limitada; sociedade anónima. Também não é obrigatório o recurso a sócio brasileiro, embora em muitas situações, a inclusão de parceiro local possa ser considerada uma mais valia para o bom sucesso do negócio, ainda que não signifique qualquer simplificação de procedimentos legais a observar. A página Web do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) disponibiliza informações úteis sobre como abrir um negócio – http://www.sebrae.com.br/atender/momento/queroabrir-um-negocio; assim como os procedimentos a observar quando da criação de uma empresa – http://www.sebraepr.com.br/portal/page/portal/PORTAL_INTERNET/BEMPR_INDEX/BEMPR_ARTIGO? _dad=portal&_boletim=3&_filtro=239&_artigo=3669. Mais informação sobre as diversas fases a cumprir para o estabelecimento de uma sociedade pode ser consultada no Site do Banco Mundial – Doing Business: Starting a Business in Brazil – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil/starting-a-business. Relativamente aos incentivos ao investimento estrangeiro no Brasil, não existe, como regra, um quadro normativo que estabeleça os sectores que poderão usufruir de benefícios a nível Federal – não obstante, estão disponíveis ajudas ao investimento nas zonas menos desenvolvidas das regiões Norte e Nordeste e nas actividades orientadas para a exportação e outros projectos enquadrados nos programas especiais de desenvolvimento sectorial. As atribuições são efectuadas, geralmente, sob a forma de isenções fiscais ou de benefícios ao nível das condições de financiamento. Os apoios existentes são decididos, essencialmente, a nível estadual e local, tendo em conta a qualidade do investimento e o impacto para a região. Praticamente todos os Estados dispõem de mecanismos fiscais e financeiros para captar e atrair novos projectos de investimento; em função do grau de desenvolvimento económico de cada um, os incentivos revestirão diferentes formas, como por 29 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) exemplo: isenções fiscais no pagamento de impostos indirectos (ex.: ICMS); concessão de financiamento às novas empresas; participação do Estado no capital da empresa promotora do investimento; doação de terrenos; etc. A APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, enquanto entidade responsável pela angariação Investimento Directo Estrangeiro, poderá ser abordada por potenciais promotores externos interessados em investir no Brasil – http://www.apexbrasil.com.br/portal/publicacao/engine.wsp?tmp.area=457. Por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foi assinado entre Portugal e o Brasil o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíproca de Investimentos, que aguarda a troca de instrumentos de ratificação para a respectiva entrada em vigor. Finalmente, referir que foi celebrada entre ambos os países a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor desde 5 de Outubro de 2001. 5.3 Quadro Legal Regime de Importação • Resoluções da CAMEX 2011 e 2012 – Relativas à Lista Brasileira de Excepção à Tarifa Externa Comum do MERCOSUL (http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=1&menu=434). • Decreto n.º 6.759/2009, de 6 de Fevereiro – Regulamenta a administração das actividades aduaneiras, a fiscalização, o controlo e a tributação das operações de comércio exterior. • Portaria n.º 35, de 24 de Novembro de 2006 – Consolida as Portarias SECEX (Secretaria de Comércio Externo) – Importações. • Decreto n.º 660, de 25 de Setembro de 1992 – Cria o Sistema Integrado de Comércio Externo (SISCOMEX) – Registo, acompanhamento e controlo das diferentes etapas das operações de comércio externo. • Lei n.º 8.078, de 12 de Setembro de 1990 – Dispõe sobre a protecção do consumidor. • Lei n.º 4.886, de 9 de Dezembro de 1965 (alterada pela Lei n.º 8.420, de Maio de 1992) – Regula a actividade de representação ou agência comercial. 30 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Regime de Investimento Estrangeiro • Decreto n. 12.382, de 23 de Dezembro de 2011 – Fixa o salário mínimo a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2012 em R$ 622,00. • Lei n.º 12.441, de 11 de Julho de 2011 – Altera o Código Civil brasileiro para permitir a constituição de empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI). • Resolução Normativa n.º 84, de 10 de Fevereiro de 2009 – Disciplina a concessão de autorização para fins de obtenção de visto permanente para o investidor estrangeiro. • Lei n.º 11.079, de 30 de Dezembro de 2004 (com alterações posteriores) – Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. • Circular n.º 2.997, de 15 de Agosto de 2000 – Estabelece o Registo Declaratório Electrónico obrigatório para as operações de investimento estrangeiro. • Lei n.º 8.955, de 15 de Dezembro de 1994 – Regula a actividade de Franchising. • Decreto n.º 365, de 16 de Dezembro de 1991 – Dispõe sobre o registo dos reinvestimentos de lucros decorrentes de investimentos de capitais estrangeiros, efectuados na forma da Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro, de 1962. • Lei n.º 6.404, de 15 de Dezembro de 1976 (com alterações posteriores) – Regulamenta as Sociedades Anónimas. • Decreto n.º 55.762, de 17 de Fevereiro de 1965 (com alterações posteriores) – Regulamenta a Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962, que disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o exterior. • Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962 (alterada pela Lei n.º 4.390, de 29 de Agosto de 1964) – Disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o exterior. A legislação brasileira pode ser consultada nas páginas Web do Senado Federal – http://www.senado.gov.br/legislacao/ e da Presidência da República Federativa do Brasil – http://www.presidencia.gov.br/legislacao. Acordos Relevantes • Decreto n.º 18/2006, de 21 de Junho – Aprova o Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre Portugal e o Brasil (em vigor desde 1 de Novembro de 2008). 31 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Resolução da Assembleia da República n.º 33/2001, de 27 de Abril – Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento entre Portugal e o Brasil. • Resolução da Assembleia da República n.º 83/2000, de 14 de Dezembro – Aprova o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Portugal e o Brasil. • Decreto n.º 24/94, de 10 de Agosto – Aprova o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíprocas de Investimentos entre Portugal e o Brasil. Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global – http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx. 6. Informações Úteis Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado brasileiro (prioritário) é a seguinte (Fevereiro 2012): Curto prazo – Aberta sem condições restritivas; Médio/Longo prazo – Clientes soberanos: Aberta sem condições restritivas. Outros clientes públicos e privados: Aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária. Indicações pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Hora Local O território brasileiro abrange três fusos horários, sendo UTC menos três horas a hora oficial do Brasil. Este fuso horário inclui o Distrito Federal, os Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e todos os Estados banhados pelo Oceano Atlântico. Assim, face a Portugal, o Brasil tem menos duas a quatro horas, em termos de fuso horário, dependendo dos horários de Inverno e de Verão nos dois países. Na nossa hora de Inverno, o Brasil tem menos duas horas e na nossa hora de Verão tem menos quatro horas. Note-se que as mudanças de horário nos dois países não coincidem, pelo que haverá diferentes situações em dois curtos períodos. 32 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 8h00 às 18h00 (segunda-feira a sexta-feira) O horário de atendimento varia de acordo com a repartição pública. Bancos: 10h00 às 16h00 (agências - segunda a sexta-feira) Há algumas cidades com horários diferentes. Os caixas electrónicos funcionam todos os dias em horários mais alargados. Comércio: Dependendo da localização, certos estabelecimentos podem ter horários diferenciados e alguns funcionam 24 horas. Tradicional 09h00 às 18h00 (segunda-feira a sábado) Centros comerciais 10h00 às 22h00 (segunda-feira a sábado) 14h00 às 22h00 (domingo - São Paulo) 15h00 às 21h00 (domingo - Rio de Janeiro) Hipermercados 07h00 às 22h00 (segunda-feira a domingo) Feriados 2012 Data Fixa: 1 de Janeiro – Dia de Ano Novo 21 de Abril – Dia de Tiradentes 1 de Maio – Dia do Trabalho 7 de Setembro – Dia da Independência 12 de Outubro – Dia de Nossa Senhora Aparecida 2 de Novembro – Dia de Finados 15 de Novembro – Proclamação da República 25 de Dezembro – Dia de Natal Data Móvel: Segunda e Terça-feira de Carnaval Paixão de Cristo Dia do Corpo de Cristo 33 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Locais: 9 de Julho – Revolução Constitucionalista de 1932 (São Paulo) 15 de Outubro – Dia do Comércio (Rio de Janeiro) 20 de Novembro – Dia da Consciência Negra (Rio de Janeiro) Corrente Eléctrica 110/220 V (embora existam variações nos vários Estados) As voltagens indicadas representam as correntes eléctricas, consoante a ligação feita seja monofásica ou trifásica. A ciclagem no país inteiro é de 60 Hz (diferente de Portugal, que é de 50 Hz). A consulta às tensões eléctricas dos vários Estados poderá ser feita através do site da ABRADEE – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Eléctrica – http://abradee.org.br Pesos e Medidas O Brasil adopta o Sistema Internacional de Unidades. 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada do Brasil Estrada das Laranjeiras, 144 1649-021 Lisboa Tel.: (+351) 217 248 510 I Fax: (+351) 217 267 623 E-mail: [email protected] | http://lisboa.itamaraty.gov.br/pt-br/ Consulado Geral do Brasil em Lisboa Praça Luís de Camões, 22 – 1º Esq 1249-190 Lisboa Fax: (+351) 21 3473926 E-mail: [email protected] | http://www.consulado-brasil.pt Consulado Geral do Brasil no Porto Avenida de França, 20 – 1º 4050-275 Porto Tel.: (+351) 226 084 070 | Fax: (+351) 226 084 089 E-mail: [email protected] | http://www.portalconsular.mre.gov.br/mundo/europa/republica-portuguesa/porto 34 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) aicep Portugal Global O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430 - 2.º 4150-074 Porto Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira Av. Conselheiro Fernando de Sousa, nº 11 - 6º 1070-072 Lisboa Tel.: (+351) 21 347 74 75 I Fax: (+351) 213 424 388 E-mail: [email protected] | http://www.ccilb.net Turismo de Portugal. I.P. Rua Ivone Silva, Lote 6 1050-124 Lisboa Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830 E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt COSEC – Companhia de Seguros de Créditos Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: (+351) 217 913 700 | Fax: (+351) 217 913 720 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) Av. Conde Valbom, 98 1069-185 Lisboa Tel.: (+351) 217 983 600 | Fax: (+351) 217 983 654 E-mail: [email protected] I http://www.asae.pt/ 35 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Direcção-Geral de Veterinária (DGV) Largo da Academia Nacional das Belas Artes, 2 1249-105 Lisboa Tel.: (+351) 213 239 500 | Fax: (+351) 213 463 518 Linha Azul – 808 202 633 E-mail: veteriná[email protected] | http://www.dgv.min-agricultura.pt Direcção Geral de Veterinária Direcção de Serviços de Higiene Pública Veterinária Dr. Miguel Cardo Rua Elias Garcia, 30 – Venda Nova 2704-507 Amadora – Portugal Tel.: (+351) 214767490 I Fax.: (+351) 214767500 E-mail: [email protected] Serviços Regionais (DSVR) http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=216328&cboui=216328 Autoridade Tributária e Aduaneira, Rua da Alfândega, n.º 5, r/c 1149-006 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 881 37 00 Linha Azul: (+351) 21 881 38 18 E-mail: [email protected] / [email protected] | https://www.e-financas.gov.pt/de/jsp-dgaiec/main.jsp No Brasil – Entidades Oficiais Portuguesas Embaixada de Portugal em Brasília Avenida das Nações, Quadra 801, Lote 2 CEP 70 402-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3032 9600 | Fax: (+55 61) 3032 9642 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br http://www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/ Secção Consular Avenida das Nações, Quadra 801, Lote 2 70402-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3032 9600 / 1/ 2 | Fax: (+55 61) 3032 9627 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede.php 36 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) aicep Portugal Global - Agência para o Investimento e Comércio Externo Edif. do Consulado Geral de Portugal Rua Canadá, 324 - Jardim Europa 01436-000 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3084 1830 / 1832 | Fax: (+55 11) 3061 0595 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Consulado Geral de Portugal em Belém Rua dos Mundurucus, 3100 – Sala 1202 e 1203 Edifício Metropolitan Tower CEP 66040-270 Belém do Pará PA Tel.: (+55 91) 3241 6666 | Fax: (+55 91) 3241 1181 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/belem.php Consulado Geral de Portugal em Belo Horizonte Avenida Álvares Cabral, 1366 – 9.º 30170-001 Belo Horizonte MG Tel.: (+55 31) 8 3291 8192 | Fax: (+55 31) 3291 8064 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/bh.php Consulado Geral de Portugal em Curitiba Rua Visconde do Rio Branco, 1358 – 20.º CEP 80420-210 Curitiba Centro Tel.: (+55 41) 3233 4211 | Fax: (+55 41) 3222 1190 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/curitiba.php Consulado de Portugal no Recife Avenida Eng.º Domingos Ferreira, 4060 – 6.º Edifício Blue Tower Boa Viagem CEP 51021-040 Recife PE Tel.: (+55 81) 3327 1514 | Fax: (+55 81) 3327 1514 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/recife.php Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro Avenida Marechal Câmara, 160 – Sala 1809 Edifício Orly CEP 20020-080 Rio de Janeiro RJ Tel.: (+55 21) 3509 1850 | Fax: (+55 21) 2544 3226 / 2511 2508 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/rj.php 37 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Consulado de Portugal em Salvador Avenida Tancredo Neves, 1632 – Edf. Salvador Trade Center – Torre Norte – Sala 109 CEP 41820-020 Salvador-Bahia Tel.: (+55 71) 3341 0636/1499 | Fax: (+55 71) 3341 2796 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/salvador.php Consulado de Portugal em Santos Rua Ana Costa, nº 25 – 5º andar – Vila Mathias 11060-001 Santos – SP Tel.: (13) 3223 6674 / 1068 / 3221-2337 I Fax: (13) 3221 3503 E-mail: [email protected] I http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/sp.php Consulado Geral de Portugal em São Paulo Rua Canadá, 324 – Jardim América 01436-000 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3084 1800 | Fax: (+55 11) 3085 5633 Emails: Nacionalidade – [email protected] Vistos – [email protected] Transcrições – [email protected] Bilhete de Identidade e Passaporte – [email protected] Apoio social – [email protected] Outros assuntos – [email protected] http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/sp.php Instituto Camões Centro Cultural Português em Brasília Avenida das Nações, Quadra 801 – Lote 2 70402-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3032 9600 | Fax: (+55 61) 3032 9634 E-mail: [email protected] | http://www.instituto-camoes.pt/centro-cultural-portugues-embrasilia/centro-cultural-portugues-em-brasilia.html No Brasil – Entidades Oficiais Brasileiras Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA SIA Trecho 5, Área Especial, 57 – lote 200 CEP 71205-050 Brasília DF – Brasil Tel.: (+55 61) 3462 6000 http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home 38 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Agência Basileira de Promoção de Exportação e Investimentos – APEX Setor Bancário Norte – SBN Quadra 2 – Lote 11 Ed. Apex-Brasil 70040-020 Brasília – DF Tel.: (+55 61) 3426 0202 I Fax.: (+55 61) 3426 0263 http://www.apexbrasil.com.br/ Câmara de Comércio Exterior – CAMEX Esplanada dos Ministérios, Bloco J – 7º Sala 700 CEP 70053-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 2109 7050/7090 | Fax: (+55 61) 2109 7049 E-mail: [email protected] I http://www2.desenvolvimento.gov.br/sitio/camex/camex/competencia.php Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR SCN – Quadra 2, Bloco G 70712-907 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3429 7777 http://www.braziltour.com Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI Rua Mayrink Veiga, nº 9 Praça Mauá, 7 – Centro – Térreo CEP 20090-910 Rio de Janeiro RJ Tel.: (+55 21) 2139 3000 | Fax: (21) 3037-3398 E-mail: [email protected] | http://www.inpi.gov.br Ministério da Fazenda Esplanada dos Ministérios, Bloco P 70048-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3412 2000/ 3000 http://www.fazenda.gov.br/ Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) Esplanada dos Ministérios, Bloco J - 8º andar – 814 70053-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 2027 7000 E-mail: [email protected] | http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5 39 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE Rua Vergueiro, 1117 – Paraíso CEP 01504-001 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 0800 570 08 00 http://www.sebrae.com.br No Brasil – Associações Associação Brasileira de Comércio Exterior – ABRACEX Alameda Joaquim Eugénio de Lima, 1467 – Jardim Paulista CEP 01403-003 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3051 8118 E-mail: [email protected] | http://www.abracex.org.br Associação de Comércio Exterior do Brasil – AEB Avenida General Justo, 335 – 4.º CEP 20021-130 – Centro – Rio de Janeiro RJ Tel.: (+55 21) 2544 0048 | Fax: (+55 21) 2544 0577 E-mail: [email protected] | http://www.aeb.org.br Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis 01244-010 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3017 3600 E-mail: [email protected] | http://www.abnt.org.br No Brasil – Bancos Banco Central do Brasil – BACEN SBS – Quadra 3, Bloco B – Edf. Sede Segundo Subsolo 70074-900 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3414 1414 I Fax: (+ 55 61) 3414 2553 http://www.bcb.gov.br Banco Banif Brasil Rua Minas de Prata, 30 - 16.º e 17.º 04552-080 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3165 2000 | Fax: (+55 11) 3167 3960 E-mail: [email protected] | http://www.bancobanif.com.br 40 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) BES Investimento do Brasil. S.A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 6.º CEP 04538-950 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3074 7444 | Fax: (+55 11) 3074 7469 E-mail: [email protected] | http://www.besinvestimento.com.br S. Paulo – E.S. Representações Ltda. Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 6º CEP 04538-950 São Paulo SP Tel.: (+ 55 11) 3074 7444 I Fax: (+ 55 11) 3074 7469 E-mail:[email protected] I http://www.bes.pt BPN Brasil – Banco Português de Negócios Av. das Nações Unidas, 8501 – 19º CEP 05425-070 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3094 9000 | Fax: (+55 11) 3094 9009 E-mail: [email protected] | http://www.bpnbrasil.com.br Banco Caixa Geral de Depósitos Rua Joaquim Floriano, 960 - 17º 04534-004 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3509.9300 | Fax: (+55 11) 3078 2720 E-mail: [email protected] | www.bcgbrasil.com.br Finantia Brasil. Ltd. Rua James Joule, 65. 17º - CJ 1702 04576-080 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 5501 7000 | Fax: (+55 11) 5501 7001 E-mail: [email protected] | http://www.finantia.com Millennium BCP Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1726 – 15.º - Conj. 152 CEP 04543-000 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3191 0700 | Fax: (+55 11) 3707 8195 http://www.millenniumbcp.pt 41 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) No Brasil – Câmaras de Comércio Bilaterais Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil Avenida da Liberdade, 602 – 2.º 01502-001 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3340 3333 | Fax.: (+55 11) 3340 3334 http://www.camaraportuguesa.com.br e http://www.brasilportugal.org.br/sp Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Baía Rua Fonte do Boi, 216 – Hotel Pestana, Loja F – Rio Vermelho CEP 41940-360 Salvador – Bahia – Brasil Tel.: (+55 71) 2103 8073 | Fax: (+55 71) 3334 6047 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/ba Câmara Brasil-Portugal no Ceará – Comércio. Indústria e Turismo Avenida Barão de Studart, 1980 – 2.º – Edf. Casa da Indústria – FIEC CEP 60120-901 Fortaleza – Ceará Tel.: (+55 85) 3261 7423 | Fax: (+55 85) 3261 7423 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/ce Câmara de Comércio Luso-Brasileira em Minas Gerais Av. do Contorno, 4520 – 7º andar Bairro Funcionários CEP 30.110-916 – Belo Horizonte MG Tel.: (+55 31) 3213 1557 | Fax: (+55 31) 3213 1557 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/mg Câmara Luso-Brasileira de Indústria, Comércio e Serviços do Pará Travessa Quintino Bocaiúva, 1588 - Bloco A – 2.º – Sala 6 CEP 66035-190 Belém PA Tel.: (+55 91) 3241 0265 | Fax: (+55 91) 3241 0265 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/pa Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Paraná Rua Dr. Faivre, 123 – Centro CEP 80.060-140 Curitiba – Paraná – Brasil Tel.: (+55 41) 3027-3303 I Fax.: (+55 41) 3027 6565 E-mail: [email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/ 42 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil / Portugal – Pernambuco Rua da Aurora, 1225 – 1.º – Santo Amaro 50040-090 Recife PE Tel.: (+55 81) 3223 8802 | Fax: (+55 81) 3223 8802 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/pe Câmara de Comércio Portuguesa no Brasil – Rio Grande do Sul Rua Andrade Neves, 155 – Conj. 134 Cep 90010-210 Porto Alegre RS Tel.: (+55 51) 3211 1274 | Fax: (+55 51) 3211 1274 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/rs/ Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro Avenida Graça Aranha, 1 – 6 º CEP 20030-002 Rio de Janeiro RJ Tel.: (+55 21) 2563 4178 / 2533 4189 | Fax: (+55 21) 2533 4189 E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/rj Câmara Brasil-Portugal – Distrito Federal Embaixada de Portugal Av. Das Nações, lote 2 – Qd. 801 CEP 30, 120-060 Brasília DF Tel.: (+55 61) 3225 6630 I Fax.: (+55 61) 3225 6630 E-mail: [email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/df/ Câmara Brasil-Portugal do Rio Grande do Norte Rua Raimundo Chaves, 2182 – Sala 101 CEP 59064-390 Natal RS Tel.: (55 84) 3206.5362 E-mail: Câ[email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/rn/ No Brasil – Outras Entidades Bolsa de Valores do Estado de São Paulo – BOVESPA Praça Antonio Prado, 48 Rua XV de Novembro, 275 CEP – 01010-010 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 2565 4000 I Fax: (+55 11) 2565 4000 E-mail: [email protected] | http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br 43 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) Centro de Distribuição Electrónico de Produtos Portugueses no Brasil Operado pela Cisa Trading, S.A. Dr. António José L. Pargana Av. Juscelino Kubitschek, 1830 - Torre II – 8.º 04543-900 São Paulo SP Tel.: (+55 11) 3707 2800 I Fax: (+55 11) 3707 2800 http://www.exportarptbr.com Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior – FUNCEX Av. Rio Branco, 120 - Gr. 707 20040-001 Rio de Janeiro RJ Tel.: (+55 21) 2509 2662 | Fax: (+55 21) 2121 1656 E-mail: [email protected] | http://funcex.com.br 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre o Brasil • Título: “Brasil – Relações Económicas com o Brasil 2006-2011” Edição: 03/2011 • Título: “Brasil – Dicas de Internacionalização” Edição: 01/2012 • Título: “Brasil – Relações Comerciais Bilaterais (2NC e 4NC) com o Brasil 2006-2011 (Agosto)” Edição: 11/2011 • Título: “Brasil – País em Síntese” Edição: 11/2011 • Título: “Brasil – Oportunidades e Dificuldades de Mercado” Edição: 10/2011 • Título: “Brasil – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 05/2011 • Título: “Brasil – Sites Seleccionados” Edição: 05/2011 44 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Título: “Brasil – Informações e Endereços Úteis” Edição: 05/2011 • Título: “Brasil – Relações Económicas com Portugal” Edição: 11/2010 • Título: “Brasil – Guia Prático de Acesso ao Mercado” Edição: 11/2010 • Título: “Brasil – Exportar para o Brasil – Formalidades e Considerações Gerais” Edição: 10/2010 • Título: “Brasil – Dossier de Mercado” Edição: 04/2010 • Título: “Brasil – Exportações Portuguesas de Bens para o Brasil: Quota de Mercado, Complementaridade e Aproveitamento” Edição: 04/2010 • Título: “Brasil – Acordos Bilaterais Portugal/Mercosul” Edição: 03/2010 • Título: “Brasil – Sector do Mobiliário/Breve Apontamento” Edição: 01/2010 Documentos de Natureza Geral • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 09/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 03/2010 • Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 45 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 • Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 • Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 Esta informação On-line, entre outra, pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx ou no tema “Mercados Externos” – Brasil: http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=38. 8.2 Endereços de Internet • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hn d0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_AwN_Q_1wkA48Kowg8gY4gKOBvp9Hfm6qfkF2dpqjo6IiAJYj_ 8M!/dl3/d3/L2dBISEvZ0FBIS9nQSEh/ • Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI) – http://www.aladi.org/ • Banco Central do Brasil – http://www.bcb.gov.br/ • Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – http://www.cplp.org/ • Doing Business in Brazil (World Bank Group) 2012 – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil/ • Doing Business in Brazil – Law Library – Business Laws and Regulations (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/law-library/brazil • Doing Business in Brazil – Reforms 2012 (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/reforms/overview/economy/brazil • Doing Business in Brazil – Starting a Business 2011 (World Bank Group) – http://www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/brazil/starting-a-business 46 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) – http://www.funcex.com.br/ • Fundação Getúlio Vargas (FGV) – http://www.fgv.br/ • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – http://www.ibge.gov.br/home/ • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – http://www.ibama.gov.br/ • Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) – http://www.inpi.gov.br/ • Legislation Brazil (LEXADIN) – http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxwebra.htm • Market Access Database (tariffs; import formalities; trade barriers; etc.) – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm • Ministério da Fazenda – http://www.fazenda.gov.br/ • Ministério da Justiça – Direito do Consumidor – http://portal.mj.gov.br/dpdc/data/Pages/MJ5E813CF3PTBRIE.htm • Ministério das Relações Exteriores – http://www.mre.gov.br/ • Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – http://www.mdic.gov.br/sitio/ • Ministério do Meio Ambiente (MMA) – http://www.mma.gov.br/sitio/ • Organização dos Estados Americanos (OEA) – http://www.oas.org/pt/ • Parcerias Público-Privadas (PPP) – http://www.planejamento.gov.br/hotsites/ppp/index.htm • Portal Brasileiro de Comércio Exterior – http://www.comexbrasil.gov.br/ • Portal Exame (revista digital) – http://portalexame.abril.com.br • Portal Tributário – http://www.portaltributario.com.br/ • Portal das Comunidades Portuguesas (Conselhos aos Viajantes: Brasil) – http://www.secomunidades.pt/web/guest/listapaises/BR 47 aicep Portugal Global Brasil – Ficha de Mercado (Março 2012) • Portal do Governo Federal – http://www.brasil.gov.br/ • Portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – http://www.agricultura.gov.br/ • Presidência da República Federativa (legislação) – http://www.presidencia.gov.br/legislacao/ • Secretaría del MERCOSUR – http://www.mercosur.int/ • Senado Federal (legislação) – http://www.senado.gov.br/legislacao/ • Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações – http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/ • Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb2) – http://aliceweb2.mdic.gov.br/ • Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA) – http://www.sela.org/view/index.asp • Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) – http:///www.receita.fazenda.gov.br/aduana/siscomex/siscomex.htm 48 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120