Junho 2014 - Junta de Freguesia dos Olivais
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Junho 2014 - Junta de Freguesia dos Olivais
ano XXIV, mensal distribuição gratuita Diretora: Rute Lima www.jfsmo.pt | [email protected] Siza Vieira O Hóquei era o seu sonho, mas acabou arquiteto p. 3 EQUIPA ESPAÇO PUBLICO Brigada Operacional para intervenções rápidas CENTRO DE DIA DOS OLIVAIS 10.º aniversário Olivais em férias Atividades abrangem 800 crianças por semana p. 5 proporciona dia especial Inscrições foi com muita alegria que se sopraram as velas desta instituição FESTIVAL DE FOLCLORE CAF p. 11 2014/ 2015 p. 12 p. 8 p. 15 p. 7 JornalOlivais Junho, 2014, n.º 255 ENTREVISTA Padres Paulo Malícia e Vasco Oliveira Paróquia de Santo Eugénio Mega Pic-Nic com desfile etnográfico e ranchos Reunião Junta de Freguesia com intervenção do Publico A próxima reunião da Junta de Freguesia com intervenção do público terá lugar no dia 28 de Julho, pelas 19h30, mediante inscrição prévia (até 48 horas de antecedência) editorial | JornalOlivais Junho, 2014, n.º 255 ESCOLAS BÁSICAS 2 ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA e ARCO-IRIS Rute Sofia Florêncio Lima Presidente da Junta de Freguesia de Olivais Pelouros: Organização e Recursos, Segurança e Proteção Civil, Ação Social, Saúde e Prevenção da Toxicodependência, Urbanismo e Habitação Atendimento (por marcação): 6.ª feira, das 10h30 às 12h30. E-mail: [email protected] | executivo Informo todos os pais e encarregados de educação de todas as crianças destas duas escolas, do Jardim de Infância ao primeiro ciclo, que no próximo ano letivo (2014/2015) a JFO irá assegurar a Componente de Apoio à Família (CAF), a exemplo do que é feito em todas as outras escolas do ensino básico dos Olivais. Tendo por base critérios rígidos de igualdade de tratamento no acesso ao serviço público, bem como a necessidade da uniformização das atividades e dos preços que cada agregado paga pelo serviço de ocupação dos tempos extra curriculares, torna-se imperativo promover e criar condições para que todas as nossas crianças e respetivos agregados familiares usufruam dos mesmos serviços, aos mesmos preços e com a mesma qualidade. Desta forma, informo que as inscrições para a CAF se encontram abertas a partir do dia 15 de Julho até ao dia 31 de Agosto, pelo que solicito a todos os pais e encarregados de educação das escolas EB Adriano Correia de Oliveira e EB Arco Iris que se dirijam entre as referidas datas à Junta de Freguesia e procedam à inscrição dos seus educandos. Mais informo que os monitores dos vossos educandos se manterão, não só pelo excelente trabalho já desenvolvido de forma comprovada, como pela importância da manutenção dos laços afetivos entre as crianças e os seus tutores. Abaixo descrimino tabela de preços praticados pela JFO em todos os outros equipamentos escolares, os quais serão adotados também para estas duas escolas. Em prol da igualdade de todos! Em prol de um serviço público de qualidade! Aguardo por si! CAF PRÉ-ESCOLAR Horário Acolhimento e/ou Prolongamento (8h às 9h e 15h30 às 17h30) Prolongamento II (17h30 às 19h00) Interrupções letivas * (8h às 19h00) CAPITAÇÃO MENSALIDADE Escalão A € 5,00 Escalão B € 15,00 Escalão C € 25,00 Escalão A € 5,00 Escalão B € 15,00 Escalão C € 25,00 Escalão A *Acresce 1 €/dia à mensalidade Escalão B *Acresce 2 €/dia à mensalidade Escalão C *Acresce 2 €/dia à mensalidade CAF – 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Horário Acolhimento ou Prolongamento (8h às 9h ou 17h30 às 19h00) Acolhimento + Prolongamento (8h às 9h e 17h30 às 19h) Interrupções letivas/Férias escolares * (8h às 19h00) CAPITAÇÃO MENSALIDADE Escalão A € 5,00 Escalão B € 10,00 Escalão C € 15,00 Escalão A € 7,00 Escalão B € 20,00 Escalão C € 30,00 Escalão A *Acresce 1 €/dia à mensalidade Escalão B *Acresce 2 €/dia à mensalidade Escalão C *Acresce 2 €/dia à mensalidade | ficha técnica JornalOlivais Ano XXIV, mensal — distribuição gratuita Junho, 2014, n.º 255 Diretora: Rute Lima Hugo Miguel Mateus Gaspar Tesoureiro Pelouros: Espaço Público, Finanças e Património Atendimento (por marcação): 5.ª feira, das 17h às 19h. E-mail: [email protected] Anabela Pereira da Silva Secretário Pelouro: Educação Atendimento (por marcação): 2.ª feira, das 15h às 19h. E-mail: [email protected] Duarte Albuquerque Carreira Pelouros: Desporto e Associativismo Atendimento (por marcação): 4.ª feira, das 17h às 19h. E-mail: [email protected] Diretor de arte: Samuel Pereira Redação: Cometa Mágico Fotografia: José Filipe; Cometa Mágico Propriedade e edição: Junta de Freguesia de Olivais Rua General Silva Freire, Lote C 1849-029 Lisboa Telefone: 218 540 690 | Fax: 218 520 687 Email: [email protected] | Web: www.jfsmo.pt Registo: 120411 Depósito Legal:57254/92 Tiragem: 18.000 exemplares Por motivos de clareza ou de espaço, reservamos o direito de selecionar os temas e publicar só o que considerarmos de interesse coletivo. Junta de Freguesia de Olivais ATENDIMENTO: 2.ª a 6.ª das 9h às 17h30 Telefone: 218 540 690 | Fax: 218 520 687 E.: [email protected] | W.: www. jfsmo.pt Atendimento Jurídico: 5.as feiras das 15h às 17h30 (gratuito/ com marcação) Cátia Patrícia Pinto Rosas Pelouros: Higiene Urbana, Amb. e Espaços Verdes Atendimento (por marcação): 5.ª feira, das 17h às 19h. E-mail: [email protected] João Pedro Dias da Costa Pelouros: Comércio, Serviços e Turismo, Mobilidade e Transportes, Juventude Atendimento (por marcação): 3.ª feira, das 9h30 às 12h30. E-mail: [email protected] Ana Catarina de Jesus Crista Pelouro: Cultura Atendimento (por marcação): 2.ª feira, das 14h30 às 17h30. E-mail: [email protected] Assistente Social: 4.as feiras das 15h às 17h30 (gratuito/ com marcação) Contactos úteis: PSP: 218 547 210 | Bombeiros: 218 533 632 EDP: 800 506 506 | EPAL: 800 222 425 3 Junho, 2014, n.º 255 | em foco JornalOlivais EQUIPA ESPAÇO PÚBLICO Brigada Operacional para intervenções rápidas A Junta de Freguesia passou a dispor de uma equipa operacional de quatro elementos cuja missão é responder com maior celeridade a necessidades pontuais por toda a Freguesia, desde o arranjo da calçada à reparação de um muro . A Presidente da Junta de Freguesia de Olivais, Rute Lima, esclarece a lógica subjacente à criação desta equipa: “qualquer entidade pública quer prestar serviços no imediato, e esse é também o nosso desejo”. Lembrando que “a reforma administrativa da cidade deixou as juntas de freguesia com capacidade de gestão autónoma”, o que permite “uma ação mais célere”, a Presidente refere como “vantajoso” ter “uma equipa de pessoas credenciadas a trabalhar no terreno, pronta a avançar para realizar pequenos trabalhos diários”. “Estes trabalhos”, continua Rute Lima, “podem ser um arranjo na calçada, um pilarete que está torto, uma boca de rega que tem uma rotura… desde que saímos de casa até chegarmos ao nosso local de destino encontramos sempre algo que é preciso arranjar, e é por isso que precisamos desta equipa. Temos as ferramentas, os equipamentos e agora temos o pessoal, sem depender de empresas exteriores”. Criada ainda no mês de Junho, no âmbito da reforma administrativa da cidade de Lisboa, esta Brigada Operacional “tem um conjunto de competências técnicas e profissionais que lhe permite atuar de forma rápida e eficaz, sempre que for necessário, perante as necessidades identificadas pela Junta de Freguesia”, explica o vogal com o pelouro do Espaço Público, Hugo Gaspar. A Presidente conclui afirmando que a Brigada Operacional “é uma solução mais eficaz e também mais económica”, na medida em que “poupa tempo e dinheiro”. Permite ainda a realização de trabalhos relacionados com a manutenção dos equipamentos sob alçada da Junta de Freguesia de Olivais: “um problema elétrico na Junta de Freguesia, um cano rebentado numa escola primária, etc.” Para o futuro, fica um desejo: “ficaria bastante contente se conseguíssemos criar uma segunda equipa operacional para trabalhar connosco. É um objetivo que estamos a avaliar, de acordo com a evolução da execução orçamental”. FREGUESIA DE OLIVAIS MOBILIDADE E TRANSPORTES Colocação de corrimãos na Freguesia Sinalização recuperada ou substituída em nome da segurança rodoviária No âmbito da segurança nos espaços públicos, a Junta de Freguesia procedeu à colocação de corrimãos e gradeamentos em diversos locais. Hugo Gaspar, vogal com o pelouro do Espaço Público, explica que “a colocação de corrimãos corresponde à identificação de um conjunto de locais com necessidades nesta área e resulta de pedidos feitos pelos olivalenses”. Estes locais são a Avenida Francisco Luís Gomes, a Rua Cidade de Cabinda, a Rua Cidade Vila Cabral e a Rua General Silva Freire. Reconhecendo que se encontra na Freguesia um número significativo de “pessoas com dificuldades de movimentação, nomeadamente a população sénior e de mobilidade reduzida”, Hugo Gaspar justifica a ação como “uma forma de contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas”. O vogal acrescenta ainda que “assim o orçamento permita, mais destes equipamentos podem vir a ser colocados”. Para o efeito, podem ser submetidos pedidos por escrito aos serviços da Junta de Freguesia. A JFO procedeu à recuperação e/ ou substituição de 92 sinais de trânsito da Freguesia, um trabalho que ainda não deu por terminado, para maior segurança da população olivalense. Além de a JFO ser uma das mais antigas de Lisboa, é também uma das áreas geográficas em que as artérias mais cresceram. “Temos uma pressão de trânsito muito grande, por isso temos de ter muita atenção à sinalização de trânsito, para garantir a maior segurança das pessoas”, aponta João Pedro Costa, vogal do Pelouro da Mobilidade e Transportes. O passar do tempo, as condições climatéricas e outros fatores deixaram muitos sinais de trânsito a carecer de intervenção: “numa primeira fase recuperámos 55 sinais verticais, e numa segunda fase mais 37. Eram sinais derrubados, danificados, vandalizados ou apenas impercetíveis, e procedemos à sua recuperação ou substituição”, explica o vogal. Paralelamente a este levantamento, também está a ser preparada a sobrelevação de algumas passadeiras, particularmente junto às escolas da Freguesia. “Queremos obrigar os condutores a reduzirem a velocidade nas zonas onde há maiores fluxos no atravessamento de crianças, e é um investimento que consideramos essencial”, conclui. notícias | JornalOlivais 1 OLIVAIS CUP Torneio de futebol jovem foi um sucesso A primeira edição da Olivais Cup foi considerada um enorme sucesso por todas as partes envolvidas na sua organização: o pelouro do Desporto da Junta de Freguesia e os três clubes da Freguesia: ADCEO, CCD Olivais Sul e Sport Lisboa e Olivais. O torneio decorreu ao longo de três dias, entre 20 e 22 de Junho, e foi disputado nas instalações dos três clubes organizadores, englobando os escalões de iniciados, juvenis e juniores. O objetivo fundamental foi a promoção da formação desportiva, proporcionando ao mesmo tempo um ambiente de são convívio competitivo entre diversas equipas de diferentes origens. Foram convidados clubes de freguesias e municípios vizinhos, de que são Junho, 2014, n.º 255 4 exemplo o Alcochetense, Almada, Linda-aVelha, Alverca, Tenente Valdez, Lourel ou Atlético do Cacém. Duarte Carreira, vogal do Desporto da Junta de Freguesia, confessa-se “extremamente satisfeito com a organização da Olivais Cup, depois do convite feito pela JFO aos três clubes da Freguesia”. Salientando a presença de “mais de 500 jovens atletas, divididos por 21 equipas” que puderam “praticar futebol nos três campos da Freguesia”, descreve a competição como “um evento histórico, desde logo pela dimensão que alcançou na sua primeira edição e também porque pela primeira vez estes três clubes, com as rivalidades naturais que têm, organizaram um evento em conjunto”. O vogal sublinha que esta estreita colaboração entre as coletividades “orgulha bastante a JFO enquanto entidade promotora” e remata: “a Olivais Cup tem tudo para continuar a ser um sucesso nos próximos anos”. Equipa organizadora do Olivais CUP 2014, com o vereador do Desporto da CML, Jorge Máximo, os vogais da JFO Duarte Carreira e Anabela Silva e os presidentes da ADCEO, SLO e CCD Olivais Sul. 2 AULAS DE INFORMÁTICA Diplomas entregues a todos os alunos Com o fim do ano letivo terminam também as aulas de informática promovidas pela Junta de Freguesia. Mais de 80 alunos receberam um diploma de participação que certifica os conhecimentos adquiridos. O projeto “informática.pt”, ou seja, “para todos”, permitiu a seis turmas de alunos de idades variadas passar a dominar um instrumento que nunca tinham tido oportunidade de aprender a utilizar: o computador. Para assinalar a iniciativa, realizou-se no dia 26 de Junho uma pequena festa de encerramento do ano, que teve lugar no auditório da Escola Secundária António Damásio, precisamente a escola onde decorreram as aulas. Nesta pequena cerimónia, que se seguiu a um lanche oferecido pela Junta de Freguesia, cada um dos alunos recebeu um diploma das mãos dos professores voluntários e da vogal da Educação, Anabela Silva. Rute Lima, Presidente da Junta de Freguesia, lembrou a importância das aulas de informática no âmbito da luta contra a info-exclusão e garantiu que o projeto voltará no próximo ano letivo. Agradeceu ainda à Escola António Damásio, na pessoa do seu Diretor, António Pinto da Cruz, pela disponibilização das salas e pronta colaboração. A ajuda dos professores voluntários também não foi esquecida: são eles Alcina Ventura, Ana Filipa Graça, Diogo Castro, Idália Gomes e Luís Bonfim. A Junta de Freguesia estende os seus agradecimentos, além dos professores voluntários do projeto “informática.pt”, aos restantes voluntários que tornaram possíveis outras iniciativas do Pelouro da Educação: Ana Monteiro e Teresa Maurício, voluntárias no apoio ao estudo do 6.º ano, Fátima Coelho, voluntária no apoio ao estudo do 9.º ano e Isabel Veríssimo, voluntária na alfabetização para idosos. 5 Junho, 2014, n.º 255 3 HÁ FADO NO CORETO Paróquia de Olivais Sul junta-se à festa O último sábado do mês de Junho foi dia de Festa no Coreto, inundando mais uma vez a Praça Viscondessa dos Olivais com o som da guitarra portuguesa e as vozes do fado. O Coreto de Olivais Velho foi novamente o “palco” onde todas as atenções | notícias se centraram, tendo os guitarristas João Costa e José Lucas brindado os presentes com um desempenho de alto gabarito. Os fadistas convidados não desiludiram e souberam puxar pela animação do público, dando um colorido especial à noite. A vogal da Cultura da Junta de Freguesia de Olivais, Ana Crista, revelou-se bastante satisfeita com o evento, que mais uma vez teve lugar “nesta praça nobre da nossa Freguesia, tão propícia à realização deste tipo de iniciativas”. Participação da Paróquia Ana Crista louva a presença da comunidade paroquial de Olivais Sul na exploração do bar: “consideramos importante que, ao mesmo tempo que fazemos os nossos eventos, possamos convidar instituições e entidades da Freguesia para participarem ativamente nos eventos, numa perspetiva de parceria em que todos saem a ganhar”. “Temos todo o gosto em ter connosco a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Olivais Sul e de Santa Maria dos Olivais, bem como o seu Agrupamento de Escuteiros”, continua a vogal, “é um reforço muito positivo dos laços institucionais”. O Padre Bruno Machado, pároco da Paróquia, salienta o “ambiente muito saudável, festivo, de bairro popular”. Ao Jornal Olivais, o Padre Bruno Machado confessa a necessidade de dinamizar a comunidade paroquial de Olivais Sul, revelando-se bastante satisfeito com o resultado da Noite de Fados. 5 MARCHAS NOS OLIVAIS 50 idosos e 140 crianças desfilam trajados a rigor Quase 200 marchantes, desde os mais pequeninos aos mais idosos, percorreram as ruas dos Olivais, levando o espírito das Festas de Lisboa e a tradição bairrista às pessoas com quem se cruzavam. Esta é já uma tradição de vários anos, da iniciativa da Junta de Freguesia dos Olivais, e merece o carinho dos olivalenses não só na altura do desfile, mas igualmente no terminar do percurso com uma pequena festa junto ao Mercado da Encarnação Sul, em frente da sede da Junta de Freguesia. De resto, o desfile passou por dentro das instalações do Mercado, proporcionando um momento especial aos seus clientes e comerciantes, e também pelo interior da sede da Junta de Freguesia, como é costume. Participaram no desfile cerca de 50 idosos de três centros de dia – Olivais, Santo Eugénio e Nossa Senhora da Conceição – que foram acompanhados por 140 crianças de sete escolas do 1.º ciclo, abrangidas pelo CAF (Componente de Apoio à Família): Sarah Afonso, Paulino Montez, Santa Maria dos Olivais, Escola n.º 36, Alice Vieira, Vasco da Gama e Parque das Nações. A Presidente Rute Lima descreve o evento como “uma festa muito alegre” e destaca o carácter intergeracional da iniciativa, que “junta crianças e seniores numa única parada”. JornalOlivais 4 CENTRO DE DIA DOS OLIVAIS 10.º aniversário proporciona dia especial O Centro de Dia da Junta de Freguesia dos Olivais comemorou em junho uma década de existência. E foi com muita alegria que se sopraram as velas desta instituição que acolhe com tanto carinho os idosos olivalenses. Esta é uma festa que se repete todos os anos, mas não é todos os dias que se comemoram números redondos, e como tal impunha-se uma festa especial… Foi no dia 1 de Junho de 2004 que foi inaugurado o Centro de Dia da Junta de Freguesia dos Olivais, localizado na Rua Acúrcio Pereira. Helena Sobral é a diretora deste Centro desde o primeiro dia, pelo que sentiu esta data de forma duplamente especial. A maior surpresa da tarde não foi o almoço – uma grelhada mista deliciosa – nem o lanche variado com doces à mistura – que os idosos adoram… Foi a presença de três acordeonistas que fizeram as delícias dos utentes do Centro de Dia, verdadeiros apreciadores de um tipo de música que lhes evoca as memórias de outros tempos e dos locais do país de onde são oriundos. E as artes não se ficaram por aqui, com a interpretação de uma peça de teatro, “A Cinderela”, por parte dos idosos do Centro de Dia, com direito a acompanhamento musical de um músico da Casa da Cultura. A tarde foi correndo ao som do acordeão e ao ritmo do bailarico, até que se cantou os parabéns e se provou o bolo de anos, na presença da Presidente Rute Lima e de vários membros do seu executivo. 6 “RELVINHAS” Iniciativa entusiasma as crianças As crianças da Escola n.º 175 – Olivais Norte puderam experimentar o contacto com a natureza de uma forma bastante original: juntando a originalidade à reciclagem de materiais. Uma parceria da Junta de Freguesia com a Gebalis – Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa permitiu a realização de um workshop em que a missão foi a elaboração dos “Relvinhas”, pequenos amigos engraçados de cabelo verde, como se pode ver na foto. Num ambiente de partilha e boa disposição, as crianças adoraram a iniciativa e puderam constatar os “cabelos” dos seus relvinhas a crescer nos dias seguintes. notícias | JornalOlivais 7 SANTOS POPULARES Visitamos os arraiais da Freguesia para medir o pulso à festa Junho, 2014, n.º 255 6 de que “não ficamos atrás dos grandes arraiais da cidade de Lisboa”. Mais à frente, esta mesma noite, temos karaoke aberto à participação de todo o público. Isto promete! O mês de Junho é sinónimo de festas populares, de alegria e festa, de sardinha assada, bifanas e enchidos na grelha. A Freguesia dos Olivais é pródiga na oferta de alternativas para uma noite muito bem passada! Os Ingleses O Pobrezinho Os Forever Na primeira paragem da noite, ainda vemos muita gente a jantar. Ainda é possível conversar calmamente às mesas, antes de as colunas de som inundarem a Praça Casas Novas com os primeiros acordes, mesmo em frente do Mercado da Encarnação Sul. Este é o primeiro ano que o Grupo de Amigos Os Forever organiza um arraial de santos populares. Pedro Costa, Presidente, conta-nos que “o ambiente tem sido ótimo, muito agradável”, para confessar a seguir que “ultrapassou todas as expectativas”, dada a grande afluência de pessoas, “mais do que a organização estava à espera”. Com uma panóplia de alternativas que inclui farturas e churros, algodão doce, serviço de mesas e de bar, e outros, Pedro Costa tem a convicção profunda de que “não vamos deixar mal a Freguesia” e 8 128.º ANIVERSÁRIO DA SFUCO Associação mais antiga da Freguesia comemora 128 anos A SFUCO – Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense fez a festa de aniversário na sua sede, com uma sessão solene, entrega de emblemas aos associados mais antigos e um concerto da sua banda filarmónica. Joaquim Silva, Presidente da SFUCO, não escondeu a emoção neste dia tão especial, classificando-o como “histórico”: foi o dia em que, na presença de dirigentes e representantes de associações congéneres, bem como numerosos amigos e familiares, a SFUCO não só assinalou o seu aniversário como inaugurou uma placa comemorativa de homenagem à Junta de Freguesia dos Olivais e estreou o novo fardamento da banda. Esta homenagem foi frisada por Joaquim Silva ao convidar a Presidente Rute Lima e o seu Executivo a descerrar a placa, onde pode ler-se: Seguimos para o Grupo Musical O Pobrezinho, na Rua Chibuto, onde a festa já está ao rubro. Inúmeros pares de dança enchem o espaço em frente do palco, rodopiando incansavelmente ao som da música. Porfírio Martins, Presidente da coletividade, diz-nos que a festa “está com um bom espírito” e que “tem corrido muito bem, com uma adesão bastante boa”. Segundo as suas contas, já passaram pelo Pobrezinho “à volta de 1000 pessoas desde que começaram as festas”. E o que procuram elas? Caldo verde, morcela, chouriço, uma pinguinha… “só não correu bem no primeiro dia, em que choveu tanto que acabamos por não fazer a festa”. “O arraial é a alegria do povo, e esta zona precisa bastante”, explica Porfírio Martins. O Pobrezinho já tem santos populares há cinco anos, sem interrupções. “Já toda a gente procura o arraial daqui”, afirma orgulhoso o responsável. “Aliás, Junho é sinónimo de arraiais!” “Homenagem e agradecimento à Junta de Freguesia de Olivais pela colaboração prestada à Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense”. Rute Lima aproveitou a oportunidade para saudar “todos os dirigentes que já passaram pela SFUCO”, a “associação mais antiga dos Olivais, verdadeiro exemplo de como os Olivais têm história, vida e cultura”. Elogiando depois o “esforço enorme” de quem mantém “esta casa de portas abertas e a banda filarmónica a tocar com esta qualidade”, Rute Lima lembrou que a SFUCO leva a Freguesia dos Olivais “além-fronteiras”. Finalizou referindo: “é meu ponto de honra que a Junta de Freguesia estará sempre ao lado da SFUCO, numa relação não só de parceiros institucionais mas também de amigos”. Os sócios com 50, 40 e 25 anos de dedicação associativa foram premiados com um pin comemorativo, tendo sido destacado Carlos Baltasar, o mais longevo dos sócios, que leva já 81 anos de associado! Seguiu-se um concerto, sempre muito aplaudido, da banda dirigida pelo maestro Luís Ferreira. A terceira paragem da nossa noite de santos populares leva-nos à sede d’Os Ingleses Futebol Clube, na Rua Acúrcio Pereira, Olivais Sul. Manuel Almeida, Tesoureiro do Clube, conta-nos o que já esperávamos: “o ambiente tem sido bastante agradável, tem decorrido tudo sem problemas”. Aponta apenas que “a afluência podia ser maior, mas de qualquer das formas tem corrido muito bem”. Esta é uma festa que já leva décadas de tradição na coletividade: “já perdemos a conta aos anos dos arraiais… desde 1983 que fazemos esta festa”. No entanto, não se realizou em 2010 nem em 2011. “Voltamos a apostar nos santos populares nos últimos dois anos e não estamos arrependidos”, nota Manuel Almeida. “Reparamos que as pessoas agora vêm mais tarde, cerca das 22h/ 23h, para dar um pezinho de dança, mais que outra coisa”, conclui. Encontramos Susana Oliveira na Quermesse da festa, e perguntamos como está a correr. “Está a sair muito, as pessoas participam bastante”, conta. “Os nossos brindes são todos doados pelos moradores dos Olivais e pelos sócios. Temos sempre uma quermesse nos santos populares, um misto de tradição com angariação de fundos. Este ano melhorou muito em relação ao ano passado e ao anterior, agora é para manter”. ADCEO E chegamos ao nosso último destino da noite, nas instalações da ADCEO, bairro da Encarnação. Aí encontramos António Felizardo, Presidente da coletividade, muito satisfeito com o sucesso da festa. “Este ano, temos uma equipa fantástica, com 25 pessoas todos os dias e uma alegria enorme”, explica-nos. “As pessoas gostam de vir aqui à noite comer a sua sardinha e beber a sua sangria, brincar um bocadinho… Chega o mês de Junho e regressa a alegria dos arraiais”. E o que define o arraial da ADCEO? “Boa comida, principalmente”, responde António Felizardo. “Pelo que se diz, é aqui na ADCEO que se come melhor”, atira com um sorriso. “O baile também tem corrido bem, com muita gente”. Em seguida, confessa-nos que acaba de ter uma visita de uma equipa de fiscalização da Câmara, que elogiou a organização… “é um motivo de orgulho para a coletividade. Olivais sem Santos Populares já não é Olivais!” 7 Junho, 2014, n.º 255 | publicidade institucional JornalOlivais Inscrições CAF 2014/ 2015 15 de julho a 30 de agosto na Junta de Freguesia, das 9h às 17h30 solicite o NOVO Regulamento, Fichas de Inscrição e Nota Explicativa Escola Adriano Correia de Oliveira Escola Alice Vieira Escola Arco-Íris Escola Paulino Montez Escola Santa Maria dos Olivais Escola Sarah Afonso Escola EB1 36 Rua General Silva Freire, Lote C – 1849-029 Lisboa | Telefone 21 854 06 90 | Fax 21 852 06 87 | E-mail: [email protected] JornalOlivais São poucos, muito poucos os que não Siza Vieira decidiu então dar algum créconhecem o nome de Siza Vieira. Uns dito aos pedidos familiares, e como que conhecem-lhe a obra, outros reconhe- matando vários coelhos de uma cajadada cem-lhe o mérito, outros haverá que o só, inscreveu-se na escola de Belas Artes reconhecem pela polémica. O que é difí- do Porto, onde havia pintura, escultura cil é ficar-lhe indiferente. Em boa regra e arquitetura. Inscreveu-se em arquiteÁlvaro Siza Vieira, não é muito dado a falar tura que como ele diz “embora não muito, de si mesmo, mas desta vez, a conversa sempre era um pouco mais respeitável, foi longa e Siza abriu o livro da vida numa pensando que depois, de forma pacífica conversa distendida onde sem nunca dei- mudaria de curso, uma vez que a “casa” xar de escrevinhar e desenhar nas folhas era a mesma. em branco à sua frente, acabou por conCerto é que Siza nunca mais inverteu a tar segredos. marcha, viveu em Belas Artes momentos Poucos serão os que sabem, que o pri- muito bons estimulantes e interessantes meiro Pritzker português, espécie de na escola que o acolheu. Acabou mesmo nobel da arquitetura, recebido em 1992… por se interessar pela arte e pela arquipela sua vasta obra como arquiteto é um tetura e por aí ficou. Não que a escultura talento que o país e a arquitetura pode- tenha ficado definitivamente para trás riam ter perdido, se ele tivesse cumprido pois, de quando em vez, Siza ainda faz outros sonhos: o de ser hoquista. Sim, isso uma perninha “de vez em quando ainda mesmo. Siza Vieira adorava ser hoquista, faço uma peça ou outra, mas a minha prochegou a jogar federado, mas um pro- fissão é mesmo a arquitetura”. Uma profisblema sério na retina levou os médicos a são que abraçou sobre grandes influências afastá-lo do sonho. Digamos que a vista e e fortes tempos de mudança. Em 1949, a a vida lhe trocaram as voltas e por isso ele faculdade de Belas Artes do Porto, data da deslizou para outros caminhos. Caminhos entrada de Siza Vieira na instituição, tinha que pairavam no ar e já lhe estariam na o seu corpo docente com elevado limite alma, mas que ele desconhecia. de idade, tendo por isso sido chamada Álvaro era uma criança e desde cedo gente jovem para o corpo docente. Para começou a desenhar, ao colo de um tio diretor foi chamado um jovem recusado que muito o estimulava a desenhar, diz em Lisboa de seu nome “Mestre” Carlos Siza “não saber porquê, porque o tio não Ramos assim se lhe refere Siza Vieira “ele desenhava nada, se calhar eu seria o subs- escolheu e muito bem gente recém-fortituto para a sua falta de habilidade”. E nes- mada como o arquiteto Távora, o arquitas coisas de falta e habilidade hoje Siza teto Felgueiras mais tarde Arnaldo Araújo, Vieira não se escusa a dar opinião: “muita enfim um conjunto de jovens à procura gente diz que não tem jeito nenhum para da modernidade, algo difícil de conseguir o desenho e desiste disso, mas no fundo pelos condicionalismo que então eram o desenho treina-se e aprende-se, não é vividos. Alguns, como o arquiteto Távora, assim uma vocação, ou pelo menos não tinham contactos no estrangeiro. “Ora o só isso”. Para o arquiteto não há pessoas entusiasmo e essa abertura ao exterior inaptas para o desenho, “repare, todas as numa escola pequena como era a nossa crianças – a não ser em caso de doença na altura traziam em direto e quase ao – fazem desenhos maravilhosos, a um vivo nesse período rico e fecundo do fim ponto tal que dizia o Picasso que levou da guerra o que demais novo corria pelo anos a aprender a desenhar como uma mundo. Era o tempo das grandes discriança com total e livre espontaneidade. cussões e debates sobre a reconstituiO que acontece é que depois há os filtros ção das cidades europeias. O tempo em como é o caso das escolas onde come- que surge um vento de esperança e optiçam a desenhar muito mal porque são mismo que levava a que dentro da escola enjeitados assim com uns tiques como o do Porto se vivessem momentos muito de desenhar temas, o que as faz perder a estimulantes”. Talvez como diz Siza seja espontaneidade. É isso que está errado, por esses momentos, que apesar de haver porque as crianças desenham natural- bons arquitetos em todo o pais, os frutos mente bem. Podem não ser o Picasso mas de grande qualidade de arquitetos que lá que desenham bem, desenham!” há no Porto. Recuando no tempo, a verdade apesar No Porto, em Belas Artes, respirava-se de tudo é que a arquitetura estava bem jovialidade e modernidade, era fácil tralonge da cabeça do pequeno Álvaro, “em balhar antes do 25 de Abril com todo esse miúdo queria ser cantor rock, bombeiro, bichinho de liberdade que já lhe estava cantor de ópera, sei lá mais o quê, queria incutido pelas relações com o exterior? ser o que todos os “De uma certa Todas as crianças fazem desenhos miúdos queriam forma era menos ser, atraídos por maravilhosos. Acontece é que depois há difícil, mas por alguma ideia….” os filtros como é o caso das escolas onde outro lado faziaEm determinada começam a desenhar muito mal, como -se muito pouco. altura e já depois Obras públicas de vencido o des- o de desenhar temas, o que as faz perder eram algo que não a espontaneidade. gosto do hóquei, havia e a que se “queria ser esculfazia era feita por tor mas não fui por aí, é que na altura um grupo já com experiencia e boa aceihavia a ideia de que a vida de escultor tação em todos os sentidos. era muito boémia e de muita miséria, de “Eu comecei a trabalhar mesmo antes de modo que a família muito preocupada acabar o curso, e comecei como todos por com isso, pediu-me que por favor isso não uma casinha encomendada por alguém e tal….” da família ou conhecido da família, grande reportagem | portanto era muito pouco. A minha primeira obra foi em Matosinhos foram umas casas de gente conhecida da minha família. Foi para mim, um período muito intenso, todos os dias, como não tinha outro trabalho, ia á obra, falava com os pedreiros os carpinteiros, aprendi muito com essa obra”. Foi a obra que mais gostou de fazer? “Não, não diria isso, sabe nós ao longo da vida vamos fazendo várias obras, mas no nosso espirito é como se fosse uma obra só”. “Mas deixe-me que recue um pouco e lhe diga que antes do 25 de Abril não havia o peso burocrático que hoje existe e que é brutal, esta coisa de meter um projeto e esperar pela aprovação durante meses ou até anos não havia. Não havia este peso que hoje há, para o bem e para o mal, de regulamentos a cumprir e esta fobia de regulamentação em mudança mensalmente, a tal ponto de que com um trabalho quase acabado, sai nova regulamentação e é preciso modificá-lo, nisso estamos piores que antes. Siza Vieira adianta um exemplo crítico e recente: “O parque escolar cumpriu todos os regulamentos, tinham obviamente mesmo que os cumprir, ar condicionado em todas as escolas, aparelhagem de Junho, 2014, n.º 255 8 segurança dos incêndios etc., etc., chegou-se ao primeiro mês de uso os diretores de algumas dessas escolas não tinham dinheiro para pagar a eletricidade. Por estas e por outras é que eu acho que as coisas deveriam entrar no campo do bom senso em desprimor da regulamentação desenfreada”. Situações que Abril e a Comunidade Europeia criaram. Abril de 74 apanha Siza Vieira como ele diz com graça “na cama, lembro-me muito bem de um amigo telefonar às tantas da madrugada e de me dizer liga o rádio, eu pensei que ele estava ficando tolo, mas enfim era um bom amigo, liguei a rádio e ouvi a musica que estava a dar e percebi que tinha havido um golpe de estado. Uma mudança política estava em curso ou em perspectiva. E pronto, levantei-me logo, fui para rua, para a Av. Dos Aliados, onde houve assim uns conflitos e uns tiros… Eu meti-me num beiral de uma casa e reconheci que não estava fadado para revoluções ativas. Voltei para casa e fiquei a ouvir rádio”. Depois desta emissão de rádio a vida de Siza volta a mudar-lhe a carreira. Até então Siza Vieira tinha levado a cabo alguns equipamentos e pequenas habitações e até feito uma agência bancária, Junho, 2014, n.º 255 | grande reportagem JornalOlivais com Siza levaram a cabo arranjos na praça diz mesmo que a crise é nacional, geral e da Av. Dos Aliados, era um coro sem fim, que obviamente afeta necessariamente não de críticas mas de insultos e houve a arquitetura, “porque, antes de mais, há “grande” manifestação de 23 pessoas con- crise de trabalho, não há dinheiro, não se tra o projeto que ainda estava entaipado. constrói, não há projetos. É uma crise que Siza Vieira desvaloriza essas reações está a afetar profundamente muita gente, “não acho que seja uma maldição minha, a preocupar muitas gerações e a fazer isso acontece porque há uma reação sur- parar as novas gerações, porque realpresa quando aparece uma obra minha mente encontrar trabalho aqui não é fácil, que tem algo de especial que não é a emigrar é a solução para muitos, arquirepetição da média do que se constrói do tetos incluídos porque não se realizam espirito do que se constrói é só isso que aqui por falta de meios e condições. Eu se passa. Depois próprio já pensei há também as Emigrar é a solução para muitos, arquitetos em fechar o atereações daqueles incluídos porque não se realizam aqui por lier. A ver vamos que têm objetivos até quando vamos falta de meios e condições. Eu próprio já aguentar”. menos claros. Que objetivos são esses pensei em fechar o atelier. A ver vamos até Siza Vieira não não sei, é antipaconsegue ou não quando vamos aguentar tia ou podem ser diz qual a obra em outras coisas não sei não me interroguei que mais se revê, ele revê-se em todas por sobre a matéria tão profundamente”. todas as razões (mesmo naquelas que vê Álvaro Siza Vieira não parece incomo- serem destruídas, ou descuidadas) pordar-se demasiado com os críticos ou não que tal como diz “necessito de todas para fosse ele o arquiteto mais premiado em a continuidade do trabalho na totalidade Portugal. Um dado que para Siza é natural do trabalho já feito. Para ele tudo é um uma vez que começou a trabalhar muito todo, não há arquitetura de esquerda ou cedo “já tenho muita idade, tem a ver com de direita, há arquitetura ponto, muito isso”. Isso é modéstia sua Sr. Arquiteto? embora reconheça que existem arquite“Não é modéstia não, é uma constata- tos ligados aos regimes políticos. “Bom, ção, olhe por exemplo o arquiteto Souto isso faz parte da história, foi sempre Moura esta no meio da idade, é natu- assim, mas não considero que haja uma ral que venha ater mais prémios que eu, arquitetura revolucionária nem o seu conassim tenha tempo para isso.” “A propó- trário, a arquitetura para mim é uma arte sito dos prémios deixe-me dizer-lhe que que tem muito a ver com as outras artes, há grandes arquitetos anteriores a mim, a arquitetura é da mesma família, tem mais velhos que não tiveram prémios muito a ver com a música, tem a ver com porque não os havia. Só há pouco tempo o ballet, com o cinema, com os raciocínios houve este boom de prémios. Mas na que levam à conceção da criação arquitegeração anterior à minha houve grandes tónica. ”Repare que num filme há um perarquitetos que não tiveram prémio algum curso, a câmara vai seguindo, pode cortar ou tiveram um ou dois, pois só havia o e retomar, há um percurso, há uma linha Prémio Valmor em Lisboa, havia o Prémio de passeio, num filme há variações como Gulbenkian e só depois de Portugal estar há na musica e como há na arquitetura”. na Europa vieram outros”. Siza Vieira sempre em linha vai bebendo E para si que importância tem o Pritzker? dessas artes uma aprendizagem contí“Muita claro, é importante dar a conhe- nua. No cinema, Cidadão Kane “é um dos cer o premiado de uma forma mais vasta, seus preferidos “é um filme extraordinário pode criar condições de acesso a traba- que já vi não sei quantas vezes, depois há lho, faz bem ao ego, fica-se muito satis- um profundo Casablanca pela atmosfera feito, alguns são monetários e a satisfa- que cria pela beleza da Ingrid Bergman”. ção ainda é maior, mas não são para mim Mas nos gostos cinematográficos do obsessão. Mas os prémios, alguns, tam- arquiteto podem contar-se também filbém têm os seus inconvenientes, por mes italianos do neorrealismo do-pós exemplo numa primeira fase Portugal fica guerra como Roma Cidade Aberta ou o contente com o prémio, cria-se uma ale- Milagre de Milão. Em relação à música, o gria igual à que se gera quando um clube que mais ouve é jazz “gosto muito tamde futebol ganha uma taça europeia, bém, acho que tem muito a ver com a mas depois há o reverso da medalha. Em arquitetura, porque o jazz que mais aprePortugal, o gozo que dá a algumas pes- cio, não é muito vanguardistas, aquilo soas chumbarem um prémio Pritzker”. Ou que gosto profundamente tem uma parseja, fica-se mais exposto? “Sim, mas são titura e há em muitos casos uma melodia, coisas momentâneas, antes do prémio a partir disso começa-se a fazer improviPritzker quando fiz o projeto Chiado apa- sos. Os meus preferidos são o Bill Holliday reci na TV não sei quantas vezes porque e o Miles Davis. havia um grande interesse naquele traApesar destes gostos Siza Vieira nunca balho e a pessoas ficaram a conhecer-me. trabalha com música, mas não dispensa Claro que quando ia a um restaurante ouvi-la ao deitar, liga o rádio e mesmo tinha meio mundo a olhar para mim. que a música seja muito interessante Aliás uma aparição na TV nesse aspecto sabe que acaba sempre por adormecer é quase uma calamidade, porque a gente em boa companhia. pensa que ninguém vê o programa mas Por último, Sr. Arquiteto tem mesmo depois descobre que meio mundo o viu.” mau feitio como dizem? “Devo ter, se O que mais que meio mundo já viu é a assim o dizem, mas consigo abri uma crise que se instalou no país, Siza Vieira exceção e comportei-me bem, de resto não deixa por mãos alheias a sua opinião, tenho mesmo mau feitio”. Siza Vieira 9 O Hóquei era o seu sonho, mas acabou arquiteto mas Abril trouxe um projeto novo o SAL (Serviço Ambulatório de Apoio Local), Siza Vieira foi então desafiado para o projeto e não lhe voltou as costas. Tratava-se de um programa de estudantes de arquitetura dependente do governo para restauração de bairros pobres de bairros sociais e outros pontos do País. Era o tempo das associações de moradores. “Era com eles que debatia vivamente os projetos as mudanças e funcionalidades das casas, mas a verdade é que ao fim de uns meses, tal era enriquecedor o projeto para ambas as partes que a dada altura já se discutia a cidade. Foi um período rico em boas experiências que deveria ter continuidade. Mas abruptamente o projeto acabou. Acabou porque o governo descobriu um desvio de armas para a esquerda e o projeto acabou assim sem mais nem menos, porque outros valores se levantaram. “Mas a verdade é que graças a ele comecei a minha internacionalização por assim dizer”. Quem tinha trabalhado no projeto por cá ficou marginalizado, mas a verdade é que o projeto SAL recebeu a devida atenção fora de Portugal, porque se falava muito de participação e o tema era um tema de arquitetura europeia. “Daí ter primeiro convites para a Alemanha mais concretamente Berlim, depois Holanda tendo tido aí hipóteses de trabalho muito interessante e hipóteses de construir noutros países. Ah sim a minha vida mudou muito a partir de 74, mas eu não! A internacionalização trouxe outro tipo de problemas a Siza Vieira, “lá fora há a mania da especialização”. Siza Vieira estava à data conotado como o tipo da habitação social, foi-lhe difícil libertar-se do rótulo teve de o fazer através de concursos, não que não gostasse da construção económica mas queria vivenciar outras experiências. Digamos que o 25 de Abril abriu-lhe portas e fechou-lhe outras. O ser assumidamente de esquerda tem alguma vezes feito dele um arquiteto mal amado, coisa sem importância “serei mal amado para uns e bem amado por outros”. Mas sente esse peso? “ Às vezes sinto mas não reduzo isso a ser um arquiteto mal-amado”. Certo é que cada obra de Siza Vieira faz sempre ou quase sempre notícia de jornal. O restaurante da Boa Nova foi um dos casos, choveram críticas na altura, dizia-se que era o único edifício que tinha as traseiras na fachada, mais recentemente quando com Souto Mouro em conjunto opinião | JornalOlivais Espaço Público Muito para fazer. Muito será feito. Hugo Gaspar Vogal do Espaço Público Estão a decorrer diversas empreitadas ao nível de calcetamento, colocação de pilaretes e corrimãos Um pouco por todo o lado na nossa freguesia o espaço público tem vindo a ser intervencionado, respondendo desta forma não só aos pedidos da população mas também dando seguimento a um dos compromissos que foram assumidos com todos os Olivalenses nas últimas eleições autárquicas. Muito existe para fazer. Muito será por isso mesmo feito. Os pedidos são muitos e variados e nem sempre a Junta de Freguesia dos Olivais tem os meios e sobretudo as competências para os resolver. Refiro por exemplo o estado de alguns pavimentos que sabemos necessitarem de intervenção, mas cuja responsabilidade é da Câmara Municipal de Lisboa. Também da responsabilidade da autarquia é a iluminação pública. Temos feito grande pressão para que os problemas relacionados com estas áreas sejam resolvidos, e não a deixaremos de fazer até obtermos uma resposta satisfatória. A Junta de Freguesia dos Olivais, em resultado da transferência de competências do município de Lisboa, tem neste momento no seu quadro de pessoal uma equipa que será fundamental para que o espaço público seja requalificado. Têm sido vistos em diversos pontos da freguesia e os resultados do seu trabalho além Caminhada Calendário CAMINHADAS 2014 Viver Olivais caminhar connosco! AVÓS eVenha NETOS Natureza, Exercício, Saúde e Convívio! Domingo, 21 de Setembro Parque Ecológico do Gameiro – Vila de Mora Saída da Junta de Freguesia às 08h00 e regresso pelas 15h30 Almoço: Estilo pic nic em que cada participante terá que levar o seu farnel preferencialmente em mochila individual. Recomendações: calçado/vestuário cómodo e leve, chapéu para a cabeça, água (min. 1 litro) e protetor solar. A Caminhada está acessível a todos os Avós e Netos com condição física normal. O percurso escolhido tem uma extensão aproximada de 4 Km e desenvolve-se em passadiço de madeira com piso plano, na zona envolvente ao Parque Ecológico do Gameiro, em Mora. A caminhada culminará com a visita ao Fluviário de Mora. Limite máximo de 50 participantes e é reservada aos residentes na freguesia. As inscrições dos não residentes ficarão condicionadas às vagas existentes. Carecem de inscrição prévia e têm um custo de 2,5€ por participante, referente ao seguro de atividade, pagos no dia da caminhada. O transporte em autocarro é assegurado pela autarquia. A inscrição dos avós implica obrigatoriamente a inscrição de um/a neto/a. As inscrições podem ser feitas presencialmente nos serviços da autarquia, ou enviando um email para [email protected] , onde conste o nome, morada, número de BI/CC, data de nascimento e telefone de contato. Informações disponíveis em www.jf-olivais.pt ou através do número 21 854 06 90. de serem visíveis, tem merecido rasgados elogios por parte da população. Em simultâneo estão a decorrer diversas empreitadas ao nível de calcetamento, colocação de pilaretes e corrimãos. Mais uma vez realço que os pedidos são muitos e que não é possível responder imediatamente a todos. Mas a todos daremos resposta. Dentro das possibilidades dos nossos recursos humanos e financeiros. Os desafios que temos pela frente ao nível do espaço público são difíceis. Com realismo não sei se os conseguiremos resolver na sua totalidade a todos. Existe um factor que não conseguimos Junho, 2014, n.º 255 10 controlar e que se prende com a falta de civismo de uma minoria que prejudica todos os outros: estacionamento abusivo nos passeios que danifica as calçadas, vandalização e furto de pilaretes e diverso mobiliário urbano. Custos acrescidos que se tornam um entrave no alargamento do nosso raio de ação. Mas este é o nosso objetivo: neste mandato melhorar de uma forma inequívoca a imagem da nossa freguesia ao nível do espaço público. Ao concretizá-lo sabemos estar a prestar um serviço de grande valor. Para os Olivais e para os Olivalenses. 11 Junho, 2014, n.º 255 | publicidade institucional JornalOlivais entrevista | JornalOlivais Padres Paulo Malícia e Vasco Oliveira Paróquia de Santo Eugénio Junho, 2014, n.º 255 12 Os dois responsáveis da Paróquia de Santo Eugénio têm ambos origens olivalenses. Foi esta a Freguesia que os viu crescer, partir para o Seminário e que os acolheu como párocos, depois de iniciado o exercício do seu ministério. JO – Comecemos pelas apresentações: quem são, de onde vêm, há quanto tempo foram ordenados sacerdotes e há quanto tempo estão na Paróquia de Santo Eugénio? Vasco Oliveira – Tenho 48 anos, fui ordenado em 1992 e estou na Paróquia há três anos. Fiz um percurso pela zona Oeste do Patriarcado, nomeadamente nas Caldas da Rainha. Tenho raízes olivalenses, aliás, foi deste Agrupamento de Escuteiros que parti para o Seminário… Paulo Malícia – Nasci aqui no bairro há 47 anos, fui ordenado em 29 de Junho de 1997. Estive três anos na Paróquia de Alcoentre, depois fui para a coordenação da Catequese do Patriarcado, estive quatro anos em Roma a estudar e estou desde este ano aqui na Paróquia de S. Eugénio. JO – Queremos focar nesta entrevista a ação social da Paróquia. Em que se traduz esta ação social e que formas toma concretamente? Párocos - A Paróquia tem em primeiro lugar o seu grande braço social, que é o Centro Social Paroquial de Santo Eugénio, onde estão à volta de 100 crianças. Tem duas valências para a infância: ATL e jardim infantil, com apoio ao estudo e ocupação de tempos livres e atividades de pré-escolar. Durante o Verão, com a interrupção letiva, o Centro continua em funcionamento com atividades formativas ou recreativas. O acesso é comparticipado pela Segurança Social, dependendo do escalão do agregado familiar. JO – E em termos de assistência alimentar? Párocos – O apoio alimentar é prestado através da Conferência de São Vicente de Paulo. Temos um grupo bastante dinâmico aqui na Paróquia, sob a invocação do Divino Espírito Santo. Por um lado, os Vicentinos visitam as pessoas com mais necessidade, que precisam de algum apoio e orientação. Por outro, fazem mensalmente a distribuição dos cabazes de alimentos vindos do Banco Alimentar Contra a Fome por cerca de 100 famílias da zona de influência da Paróquia (Encarnação e Olivais Norte). Já têm ajudado em reparações, melhoramentos e reconstrução de casas degradadas. Ainda no que diz respeito ao apoio alimentar, estamos a apoiar desde a primeira reunião o Projecto Refood, que inclui as três paróquias da Freguesia dos Olivais (Santo Eugénio, Olivais Sul e Santa Maria dos Olivais). É um projeto de não-desperdício alimentar que está a dar os primeiros passos nos Olivais e que conta com paroquianos nossos entre os seus voluntários. JO – Falaram nas visitas e apoio ao domicílio. Mas não é só a Conferência Vicentina a realizar este serviço… Párocos – Temos um grupo chamado Legião de Maria, um grupo de senhoras que faz um importante serviço de visita a pessoas idosas, doentes, sozinhas... Algumas pessoas, não estando doentes, estão já impedidas de sair de casa. As senhoras da Legião de Maria visitam-nas, acompanham-nas e levam, por vezes, a sagrada comunhão, prolongando assim a vida cristã de quem por uma ou outra limitação já não pode fazê-la como antes. Os ministros extraordinários da comunhão também fazem este serviço de acompanhamento dos doentes. JO – Estamos a falar de que números? Quantas pessoas estão envolvidas diretamente nestas ações? Párocos – Na Legião de Maria existe uma distinção entre membros ativos e auxiliares, mas serão à volta de 30 pessoas em atividade permanente. Temos depois outras ajudas um pouco mais pontuais, mas regulares, como a participação nas Campanhas do Banco Alimentar, quer ao nível do Agrupamento de Escuteiros como do Movimento Juvenil. Estes jovens serão também à volta de 30. Para além da participação nas Campanhas do Banco Alimentar (BA), desenvolvem eles próprios ações de solidariedade, nomeadamente no apoio a uma casa de acolhimento de crianças que visitam com regularidade, e outras atividades pontuais. O Agrupamento de Escuteiros tem mais de 100 elementos e animadores. JO – Nos dias que correm, qual é a importância da ação social no seio da Igreja e em especial da Paróquia de Santo Eugénio? Párocos – A ação social é essencial, sobretudo neste momento em que a situação atual não é favorável. Temos pessoas a bater-nos à porta quase diariamente, alguns porque precisam de alimentos, outros que pedem assistência financeira… Temos tido a sorte de ter alguns paroquianos que, sensíveis a isso, partilham através da Paróquia alguns valores para ajuda concreta a famílias necessitadas. À medida que vamos detetando necessidades vamos encaminhando para as entidades que podem auxiliar. Pela conjuntura que vivemos, esta ajuda é mais fundamental que nunca. Concretamente nesta Paróquia temos de ter consciência de que estamos numa zona algo envelhecida. Padre Vasco Oliveira (esq.) e Padre Paulo Malícia (dir.) JO – E como veem a responsabilidade por parte da Igreja de dar uma resposta a estas necessidades? Párocos – A Igreja não vive apenas para a Liturgia, para as celebrações, procissões, etc. Vive para a ação concreta com as pessoas que dela precisam, que dela se abeiram. Esta não é uma ação secundária, antes pelo contrário, é um serviço fundamental que a Igreja presta não apenas aos cristãos, porque não fazemos esse tipo de distinção, mas a toda a população que nos procura. Estamos a chegar a um milhão e 100 mil pessoas na Diocese de Lisboa que passam pela ação social da Igreja, desde os cuidados hospitalares à assistência alimentar. Há-de ser sempre uma área prioritária porque é um mandato do Senhor. JO – Diriam que a Paróquia de Santo Eugénio tem um olhar atento à procura dessas situações... Párocos – Um olhar muito atento, sim, quer aos que passam necessidades económicas, quer aos que vivem sozinhos ou isolados, por só terem ajuda ou acompanhamento pontual por parte da família. A Paróquia tem de facto um olhar muito preocupado. Um exemplo específico é o das recolhas alimentares da Catequese, em que as crianças trazem géneros alimentares que oferecem para distribuição pelas famílias carenciadas. Incentivamos a partilha e a solidariedade desde o início da caminhada cristã, de uma forma muito concreta. JO – Qual é o sucesso da sensibilização dos mais novos? Têm integrado esta responsabilidade de cuidar dos mais velhos? Párocos – Têm. Ainda há pouco tempo os Escuteiros se envolveram numa ação de melhoramento da casa de um idoso. Também o Movimento Juvenil e um ou outro acólito que participam na distribuição dos cabazes do BA, e o exemplo das angariações de alimentos pela Catequese, como referimos há pouco. Há uma permanente atenção a essa questão, não é algo que nos passe ao lado. Não é porque temos um grupo de senhoras que faz a visita aos doentes que consideramos que o assunto está entregue. JO – Para finalizar, falemos da relação com a Junta de Freguesia de Olivais. Párocos – Vemos a JFO como uma entidade que nos pode ajudar a resolver alguns problemas. Por exemplo, a nossa Conferência de São Vicente de Paulo, está a servir-se do espaço do Centro Social Paroquial, mas pela dimensão da ajuda que dá nos dias de hoje, aquele espaço é já muito exíguo. Temos tentado ver com a JFO se conseguimos encontrar algum espaço ampliado para essa ajuda. O mesmo se passa com os Escuteiros, que contam com um efetivo alargado e precisam de um espaço para desenvolver as suas atividades. Estamos no meio de um jardim público, não podemos crescer para os lados. Precisamos de mais salas, mais espaço de arrumação e não há verba para obras. Sem dúvida que um dos problemas que temos hoje é o espaço disponível para todas as nossas atividades. 13 Junho, 2014, n.º 255 | cartoon Fado ESCOLA DE Junta de Freguesia de Olivais Aulas de Canto, Guitarra Portuguesa, Viola INSCRIÇÕES ABERTAS Informe-se na Junta de Freguesia de Oivais JornalOlivais sugestões do mês | Junho, 2014, n.º 255 14 COMER? SAIR? JornalOlivais FESTA DE VERÃO PADARIA E PASTELARIA DE FABRICO PRÓPRIO 26 de Julho Pastelaria Sorraia Encontro Moto Clube de Lisboa Quem resiste a um bom croissant, uma napolitana de chocolate ou a uma merenda mista? Quem não gosta do pão acabado de sair do forno? A Pastelaria Sorraia, situada na Praça Cidade do Luso, exibe uma montra de fazer crescer água na boca. Tem fabrico próprio e serviço de esplanada, com vista para a Praça, dominada pela representação da cabeça e chapéu de Fernando Pessoa, inaugurada aquando do centenário do seu nascimento. Visite-a à hora que quiser: pelo lanche, ao pequeno-almoço, ou apenas para um cafezinho… VISITAR? COMPRAR? O Moto Clube de Lisboa promove uma “Grande Festa de Verão 2014” a decorrer no dia 26 de Julho, a partir das 15 horas, junto à sua sede, na Rua Américo de Jesus Fernandes, junto à Av. Berlim. A música e os petiscos não vão faltar, estando a animação da festa a cargo de duas bandas convidadas: Os Brilhantina e Cão Zarolho. Traga a sua família e aproveite para abanar o capacete nesta festa onde o rock terá atenção privilegiada, em português e não só. Praça Cidade do Luso FRESCURA E QUALIDADE MOMENTOS DE DESCONTRAÇÃO Mercado da Encarnação Norte Quiosque Café & Letras A sugestão para este mês leva-nos até ao Mercado da Encarnação Norte. Com uma oferta alimentar vasta, podemos encontrar de tudo no Mercado: peixe fresco, carne, fruta, legumes, congelados, ovos, padaria, charcutaria, mercearia e cafetaria/pastelaria. Mas a oferta não se esgota aqui, porque também está à sua disposição um conjunto de lojas, desde o vestuário e a lavandaria ao cabeleireiro, estética e atelier de costura. Comprar no Mercado é uma forma de apoiar o comércio tradicional, apostando na qualidade e na proximidade. Situado entre o Jardim da Biblioteca dos Olivais e a Quinta Pedagógica, o Quiosque Café & Letras é um espaço privilegiado para descontrair na esplanada ou nos poufs à sombra das árvores e provar algumas iguarias especiais. O menu variado inclui bruschetta com queijo chèvre e mel, gaspacho com presunto, tapas alentejanas com pão e azeitonas, ou ainda algo mais substancial, como salada de grão com pimentos e atum. As tostas, torradas, sandes e pastelaria também não faltam, nem os salgadinhos. O jardim acolhedor convida à leitura, e existe um ponto de bookcrossing disponível para os leitores mais ávidos. Comércio local Aberto das 10h às 20h 15 Junho, 2014, n.º 255 | em destaque Olivais em férias Atividades abrangem 800 crianças por semana Já teve início o “Olivais em Férias”, o projeto que promove a ocupação dos tempos livres das crianças olivalenses ao longo de todo o Verão, até ao recomeço das aulas. Trata-se de uma alteração do conceito do programa de ocupação de férias, procurando dar uma resposta às necessidades das famílias dos Olivais que encontram problemas na altura de deixar os seus filhos seguros e ocupados com atividades lúdicas e formativas durante este período. “Pensámos essencialmente no bem-estar das famílias e, claro está, na diversão e formação das crianças”, explica a Presidente Rute Lima. Um dos fatores que revela esta preocupação com as famílias e que expõe o carácter social da iniciativa é a oferta de algumas das refeições, sempre que as atividades têm lugar nas escolas. O programa foi, por isso, reformatado, de modo a abranger o máximo de famílias e de crianças possível. Para isso estão a ser utilizados os equipamentos sob a alçada da Junta de Freguesia: quatro Férias dos Idosos Seniores olivalenses gozam sete semanas de praia JornalOlivais das sete escolas do primeiro ciclo existentes na Freguesia que, nas palavras de Rute Lima, “servem de «quartéis-generais» onde os pais deixam as crianças de manhã e onde as vão buscar ao fim da tarde”, mas que não esgotam o leque de atividades disponíveis. Um projeto conjunto de todos os Pelouros Iniciado a 30 de Junho, o Olivais em Férias estende-se até 12 de Setembro, ocupando todo o dia (das 8h30m às 18h30m). O programa de atividades inclui idas à praia pelo menos duas vezes por semana, atividades desportivas, culturais, intergeracionais, lúdico-expressivas e ainda relacionadas com o ambiente e espaços verdes, num esforço transversal a todos os Pelouros da Autarquia. Conforme explica a Presidente: “por exemplo, o pelouro da Intervenção Social tem programadas ações intergeracionais com as crianças e os idosos de todos os Centros de Dia da nossa Freguesia… Na área da Cultura são fomentadas atividades que têm a ver com a música, o teatro e a expressão dramática, a dança, etc. No âmbito do Desporto são feitas atividades desportivas tanto nos equipamentos escolares como no exterior, em parques públicos ou nas instalações dos clubes da Freguesia. Também integrámos os pelouros do Comércio, do Ambiente e Espaços Verdes”… No total, são cerca de 800 crianças por semana envolvidas nas atividades, facto que revela em si próprio a qualidade da oferta de atividades. Os meses de são sinónimo de praia. Para os seniores olivalenses não há dúvida que assim é: todas as semanas, um grupo de 100 idosos vai à praia com a Junta de Freguesia. Mais duas semanas em Setembro Esta é uma iniciativa que se repete na Freguesia de Olivais desde há vários anos e que regista sempre muita procura. A praia do Tamariz continua a reunir o consenso dos inscritos que, por um custo reduzido (6€ por semana), saem de casa todas as manhãs e aproveitam o sol da “Linha”. Este é um dos objetivos do projeto, que segundo a Presidente Rute Lima “visa tirar os nossos seniores de casa neste período mais quente do ano” e “acaba por ser uma forma de prevenção das doenças típicas do envelhecimento”. Os números não enganam: “conseguimos ter 100 pessoas a ir à praia todas as semanas, ou seja, todas as semanas vai um grupo diferente de olivalenses”, explica Rute Lima. “Saem de manhãzinha, pelas 8h, regressam à hora do almoço e têm a tarde por sua conta”. Para aproveitar os últimos raios do sol de Verão, a Junta de Freguesia vai promover uma nova colónia de férias de praia para seniores na primeira quinzena de Setembro. “Aí já será uma atividade de dia inteiro, com praia no período da manhã, almoço numa entidade parceira nossa e um passeio de tarde”, explica Rute Lima. Este passeio poderá ser uma visita cultural, recreativa, ou outra que encaixe na programação. O período de inscrições para duas semanas em Setembro decorre nos dias 4, 5 e 6 de Agosto, na sede da Junta (horário das 9h às 17h30). Estão disponíveis 75 vagas, mas existe a possibilidade de aumentar o número de veículos de transporte de modo a garantir a presença do maior número de pessoas possível. JornalOlivais agendafreguesia Junho, 2014, n.º 255 16 DE JULHO Consultadoria de Beleza Casa da Cultura — 19h30 às 21h “Consultadoria de Beleza II: Dicas de Automaquilhagem”. Entrada livre. 26 DE JULHO 20 DE JULHO Prova de pesca desportiva Barragem de Campilhas O Grupo de Pesca e Desporto de Santa Maria dos Olivais convida todos os aficionados da pesca para mais uma prova. Para mais informações, contactar o grupo. 26 DE JULHO Feira Alternativa e Arte Urbana “HÁ JAZZ NO CORETO” Praça Viscondessa dos Olivais — 15h O Largo do Coreto recebe a primeira edição da Feira Alternativa e arte urbana. Às 19h30, concerto de Jazz no mesmo local. 26 DE JULHO Dia da Conservação da Natureza e Dia dos Avós Festival de Folclore 18 DE JULHO Vale do Silêncio — 15h No âmbito do Dia dos Avós, Mega Pic-Nic com desfile etnográfico e ranchos. Vale do Silêncio Uma fotografia de família nos espaços verdes dos Olivais. Mais informações e inscrições através do endereço: [email protected]. Conversas de café Casa da Cultura — 21h Este mês a conversa será sobre “Desporto e Associativismo”. O convidado é o Vogal da Junta de Freguesia Duarte Carreira. Vai um café? Entrada livre. 16 FREGUESIA DE OLIVAIS 26 DE JULHO Festa de Verão do Moto Clube Lisboa Rua Américo de Jesus Fernandes O Moto Clube de Lisboa faz a sua“Grande Festa de Verão 2014” , junto à sua sede, na Rua Américo de Jesus Fernandes, perto da Av. Berlim. Participação das bandas “Os Brilhantina” e “Cão Zarolho”. PELOURO DE AÇÃO SOCIAL O P M A C A I A R P SÉNIOR 2014 19 DE JULHO FINS-DE-SEMANA DE JULHO Apresentação de livros Infantis Quinta Pedagógica Casa da Cultura — 17h Apresentação dos livros infantis: “As crónicas do capitão galo” de Jorge Ferreira com ilustrações de Patrícia Manique e “ Uma aventura na quinta dos malmequeres” de Nazaré Lobato com ilustrações de Vanda Nascimento. Atividades pensadas para as famílias Com os seguintes destaques: Oficina de Cerâmica e Yoga Sámkhya no dia 12 de Julho O Ciclo do Pão e Farmácia Rural no dia 19 de Julho e Dia dos Avós no dia 26 de Julho, com programa específico. INSCRIÇÕES ABERTAS DIAS 4, 5 e 6 DE AGOSTO 2014 das 9:00h às 17:30h TODO O MÊS DE JULHO Atividades de Verão MC Línguas, Explicações, Traduções A MC Línguas, Explicações, Traduções promove atividades de ocupação de tempos livres ao longo de todo o mês de Julho, de segunda a sexta, incluindo praia/ piscina, trabalhos manuais, passeios, visitas a museus e sessões de cinema. Contactos: 218 969 207 / 962 583 973. Documentos: Bilhete de Identidade, Nº. de Contribuinte ou Cartão Cidadão Convidamos todas as instituições da Freguesia a anunciarem os seus eventos na “Agenda da Freguesia”. Manhã Praia do Tamariz/Estoril, Almoço e à Tarde Passeio pelo Campo 20 DE JULHO II Encontro de Motorizadas e Motas Café Central da Encarnação Concentração no Café Central da Encarnação, bucha no Parque Urbano de Sta. Iria e almoço no Bar da Encarnação, com animação musical e gincana. Uma organização XF-17 Alfacinha. 01 a 05 de Setembro 2014 08 a 12 de Setembro 2014 Valor € 10,00 p/pessoa Viver Olivais Enviar e-mail ([email protected]) com: data, horário, local, título, peq. resumo e imagem (opcional), até ao dia 28 de Julho.