Ebook Comunicação no Ambiente de Trabalho
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COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO Coordenação Daniel Spinelli Sumário — CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO 1 2 3 4 Uma Breve História da Comunicação Humana Comportamento e Comunicação Página: 10 4 Ferramentas de Comunicação Página: 15 Mas afinal, o que fazer com essa informação? Página: 12 Ferramenta 1 - Escuta Ativa Página: 16 Página: 03 Mas afinal, o que significa Comunicação? Página: 09 Processo de comunicação Página: 09 Que tendências são essas e como reconhecê-las? Página: 12 Melhore sua comunicação e colha os resultados Página: 28 Benefícios de uma comunicação eficaz Página: 29 Ferramenta 2 - Comunicação Assertiva Pagina: 19 Ferramenta 3 - Comunicação Contextualizada Página: 21 Ferramenta 4 - Os 5 C’s da Comunicação Página: 24 É proibida a reprodução mesmo que parcial do conteúdo deste livro sem autorização expressa do autor. Direitos autorais de Sucesso na Carreira.com 02 Uma Breve História da Comunicação Capítulo 1 — Humana 03 Acredita-se que a comunicação humana tenha surgido com o primeiro ancestral da família homo, o Homo habilis. Como o próprio nome sugere, esse hominídeo possuía mais habilidades do que os outros existentes até então, visto que fabricavam instrumentos simples de pedra e construíam cabanas. Desenvolveram uma comunicação semelhante a dos demais mamíferos, fazendo uso de berros, urros, gritos e posturas corporais para expressar suas necessidades, como as de alimentação, acasalamento, exposição ao perigo, entre outros. Cientistas acreditam que a origem da fala está associada principalmente ao Homo erectus, descendente do Homo habilis, já que possuíam um tipo de comunicação rudimentar e eram capazes de produzir vogais, como a, e, i, u. Seria a dificuldade de comunicação a razão da extinção do homem de Neandertal? O hioide, um osso em forma de U, que permite a articulação da língua e tem grande importância para a fala, foi encontrado em Homens de Neandertal, possíveis descendentes do Homo erectus. Porém, esses homens tinham a base da língua muito acima da garganta, o que provavelmente os fazia emitir sons muito anasalados, lentos e de difícil compreensão. Para muitos antropólogos, essa dificuldade na comunicação pode ter sido a causa da extinção dos Neandertais. 04 A comunicação foi acompanhando a evolução humana, sendo gradativamente sofisticada. Com o surgimento do homem de Cro-Magnon, considerado o ancestral direto do Homo sapiens, há aproximadamente 40.000 anos até cerca de 10.000 mil anos atrás, houve um desenvolvimento maior nessa área, considerando que os Cro-Magnons foram os precursores das pinturas rupestres, consideradas os primeiros “escritos” da história da comunicação. O impulso da comunicação na história do homem Já com a existência do Homo sapiens, foram desenvolvidas técnicas de comunicação capazes de gravar o cotidiano em ossos, pedras e madeiras. Nessa fase da evolução, o homem começou a espalhar-se pela Terra. Com o tempo, estendeu suas fronteiras e passou a trocar mercadorias com habitantes de outras regiões. Desse modo, provavelmente por motivos comerciais, aparece a escrita baseada em pictografia, onde figuras representavam a quantidade de animais e objetos a serem negociados. 05 A origem da comunicação escrita Os sumérios, habitantes da Mesopotâmia, considerada o centro do mundo antigo por muito tempo, foram pioneiros na tentativa de caracterizar os sons da língua falada, dando origem à escrita silábica, em meados de 3000 a.C. Os registros eram feitos em tabuletas de argila e usavam para isso instrumentos cujas pontas tinham formato de cunha, motivo pelo qual esse tipo de escrita recebeu o nome de cuneiforme. A escrita cuneiforme permitia que fossem expressadas não apenas representações de objetos, mas também pensamentos, sonhos, experiências, ideias, etc. Essa invenção foi o ponto de partida para o surgimento de livros, escolas e códigos de lei. Pouco tempo depois, os egípcios criaram a escrita hieroglífica, que era ao mesmo tempo pictográfica e ideográfica, ou seja, imagens simplificadas eram capazes de representar tanto objetos concretos como ideias abstratas. A necessidade de disseminar a informação e a origem do jornal e do livro Pensando em uma alternativa para a transportabilidade dos registros, por volta de 2500 a 2200 a.C., os egípcios criaram o papiro, uma espécie de papel que tinha como matéria-prima a planta de mesmo nome. O papiro foi adotado por povos gregos, romanos, bizantinos e árabes. Com o passar do tempo, as escritas cuneiforme e hieroglífica passaram a não atender mais as necessidades dos povos, devido, talvez, à grande quantidade de caracteres de que necessitavam. Entre os anos 2000 e 1700 a.C., os fenícios criaram e disseminaram um alfabeto que foi adotado por vários povos, inclusive os gregos, responsáveis pela inserção de vogais no alfabeto fenício, o que contribuiu para grandes feitos nas ciências, artes e religião. Algumas invenções foram revolucionárias na história da comunicação. O jornal, por exemplo, surgiu em Roma, em 59 a.C., por ordem de Júlio César. Eram registros sobre trabalhos do Senado, fatos administrativos, notícias militares, obituários, esportes, entre outros, feitos em tábuas de pedra e afixados em locais públicos. 06 Outro grande avanço para a humanidade foi a descoberta da tipografia, em aproximadamente 1438, quando o ferreiro alemão Gutenberg desenvolveu a prensa que revolucionou toda a impressão de documentos, multiplicando e barateando os custos dos escritos. Comunicação a distância Com a Revolução Industrial surgiram também novos meios de comunicação, como o telégrafo, que passou por várias evoluções, e o telefone, que teve seu primeiro modelo lançado em 1876. O modelo para residência surgiu em meados de 1892. O homem conseguiu fazer com que a comunicação tivesse um alcance muito superior ao que já havia conseguido até então. Em aproximadamente 1901 foi emitido o primeiro sinal de rádio capaz de atravessar longas distâncias. Em 1895 surge o cinematógrafo e, impulsionada por essa inovação, a televisão é criada. A primeira emissão televisiva é datada de 1936, na Inglaterra. A evolução nos levou ao computador Chegamos então na era da tecnologia, onde o computador e a internet revolucionaram a comunicação mundial. O primeiro computador do mundo foi criado em 1943, ocupava uma sala inteira e tinha o objetivo de auxiliar o exército norte-americano nos cálculos de precisão necessários para a balística. Em 1971 surge o primeiro microcomputador, que está até hoje em constante evolução. 07 Enfim, a internet A internet teve início em 1969. Funcionava como um sistema de comunicação entre as bases militares dos EUA. Em 1971, passou a ser usada por acadêmicos e professores universitários, recebendo o nome de Internet. Em 1990 se dá a popularização e disseminação da rede, tornando-se hoje um elemento praticamente indispensável para o estudo, trabalho e até mesmo diversão do homem moderno. Por trás de toda a tecnologia, um elemento fundamental... você! Ao analisar a história notamos que a comunicação sempre foi uma preocupação do ser humano, que conseguiu revolucionar essa área durante os anos. Paradoxalmente, ainda hoje, apesar de tanta tecnologia que temos à nossa disposição, são inúmeros os problemas que as falhas de comunicação geram, tanto na vida pessoal quanto profissional. Muitas amizades e relacionamentos entram em crise e até mesmo acabam por esse motivo. No ambiente de trabalho, as falhas nessa competência podem gerar severos danos para empresas e profissionais em geral, interferindo na capacidade de produção, no clima organizacional e, consequentemente, nos resultados. Reflexão A boa comunicação é um fator essencial para o sucesso. De forma sincera, pergunte-se: Como está meu processo de comunicação? Que resultados estou obtendo com ele? 08 Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar, participar algo, tornar comum". Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade. Comunicar = Tornar Comum Processo de comunicação Mas afinal, o que significa Comunicação? O emissor transmite a mensagem que é decodificada pelo receptor, causando-lhe determinada reação. Geralmente, a mensagem transmitida não é exatamente a mesma entendida pelo receptor, devido à interferência das variáveis intervenientes, que podem distorcer a compreensão. ·Re ceptor Mensagem Emissor Ideia Codificação Decodificação Codificação Reação Processo de comunicação Entrada O processo de comunicação é formado por quatro componentes principais: Em i s so r ·Rece p tor ·Mensa ge m ·Re a ç ã o Mensagem enviada Variáveis Intervenientes Ideias preconcebidas Significados personalizados Motivação e interesse Credibilidade da fonte Recusa de informação contrária Habilidade de comunicação Clima organizacional Problemas e conflitos pessoais Saída Mensagem recebida 09 COMPORTAMENTO E COMUNICAÇÃO Capítulo 2 — 10 Comportamento e comunicação Sua forma de comunicar-se em algum momento já causou uma reação que você não esperava? Alguma vez você próprio se surpreendeu com alguma coisa que você falou “sem pensar” e se perguntou de onde veio isso? Sabemos que nossa comunicação e comportamentos causam reações diversas nas pessoas com as quais interagimos, por isso é importante conhecermos e estarmos atentos a ela. LEMBRE-SE DE CONSIDERAR AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO: - Verbal – quando falamos. - Não Verbal – corporal, expressões faciais, escrita, etc. Uma nova visão sobre como nos comunicamos Você sabia que a Análise Transacional foi criada pelo psiquiatra canadense Eric Berne, que propõe compreender o comportamento das pessoas, suas variações e complexidade? Essa teoria considera a ideia de que adotamos uma tendência de comportamentos com base em mensagens recebidas e interpretadas por nós durante nossa infância. Com o passar do tempo criamos formas de nos relacionar que estão ligadas a essas mensagens e com isso criamos nossas tendências de comportamento. Isso pode ser um problema? Muitas vezes, em função de nossa falta de conhecimentos e experiência, realizamos de forma imatura e não consciente a interpretação das mensagens recebidas em nossa infância e, em função disso, adotamos algumas tendências de comportamentos de forma automática e isso nem sempre é benéfico para nossas relações. Este tipo de situação já aconteceu com você? – nem pensei, quando vi já tinha respondido. Essas interpretações nos levam a ter uma tendência de comportamentos que geram: sentimentos, ações, reações muitas vezes previsíveis, nesse sentido é aí que ligamos nosso “piloto automático”. Os comportamentos que adotamos são aparentemente construtivos e socialmente aceitáveis, porém a realidade é que muitas vezes causam: 11 Sentimento de inadequação Tensão Ansiedade Desgaste de energia autênticas, possibilitando através disso o uso de nossas potencialidades – como consequência melhorando o processo de comunicação e relacionamentos. Que tendências são essas e como reconhecê-las? Os autores ligados à Análise Transacional, Taibi Kahler e Hedges Capers, desenvolveram um estudo sobre as tendências de comportamento que costumamos adotar. Esses são alguns dos efeitos que interferem e podem ser percebidos em nossa comunicação, influenciando nosso padrão de relacionamento. Mas afinal, o que fazer com essa informação? O grande desafio é mudar nosso comportamento para atuarmos de forma consciente em nossa maneira de nos comunicar. A sugestão é a adoção de comportamentos baseados no aqui e agora, com escolhas conscientes, espontâneas e · Ser perfeito: busca a perfeição em tudo que se propõe a fazer. Em função disso, tende a sentir-se insatisfeito ou então a abandonar ou desistir de suas metas para não ter que se confrontar com situações de limitações e/ou frustração onde a perfeição desejada não foi alcançada. Comunica-se com maior preocupação em escolher as palavras do que com a mensagem que será transmitida. Recomendamos: Utilize mais simplicidade e objetividade com o que precisa ser dito, afinal nenhum ser humano é infalível. Lembre-se da dica de assertividade de ser espontâneo. · Ser forte: evita contato com as próprias emoções, tem dificuldade de pedir ajuda, costuma reprimir suas reações e tende a ficar menos sensibilizado com o que acontece à sua volta. Comunica-se de forma direta e objetiva o que pode transmitir pouca empatia pelos demais dificultando assim seus relacionamentos. 12 Recomendamos: lembre-se que você é um ser humano, tem direito de falar e transmitir suas emoções. Use de empatia para entender o impacto de sua forma de falar ao outro. · Agradar sempre: sente-se no dever de atender aos desejos, necessidades e expectativas dos outros, desrespeitando os seus próprios. Muitas vezes abdica do direito de tomar decisões autônomas, passando a viver em função dos outros. Comunica-se de forma a não colocar sua opinião, costuma ser solícito, tem dificuldade em dizer não. Recomendamos: Considere suas necessidades e opiniões, coloque-as em primeiro lugar, transforme a comunicação passiva em assertiva. Lembre-se que, utilizando essa comunicação, você não estará desrespeitando o outro e sim respeitando a você. · Esforçar-se: tende a confiar pouco em suas capacidades, não se sente capaz de atingir metas, assumir responsabilidades ou mesmo desafios. Comunica-se de forma pouco clara, tende a repetir várias vezes a mesma coisa, coloca as informações de forma a reforçar que tudo é difícil ou complicado. Recomendamos: Cuidado com prolixidade, o interlocutor tende a não entender ou a se perder no meio deste tipo de comunicação. Lembre-se de ser conciso e claro. · Apressar-se: tendência a agir num ritmo incompatível com as capacidades individuais, o que resulta em estresse, tensão e ansiedade. Tende a ter dificuldade de desfrutar o momento presente, desperdiçando tempo e energia. Comunica-se de forma apressada, impaciente, nem sempre termina as frases que inicia, podendo criar um ambiente de tensão, atropelando as coisas ao tentar explicar tudo de forma rápida. Recomendamos: Faça as coisas de forma a dar tempo para que você e as pessoas à sua volta assimilem o que você está querendo transmitir. Lembre-se de usar a escuta ativa de forma assertiva. Acreditamos que conhecer essas tendências de comportamento e a forma como elas influenciam a sua comunicação pode ajudá-lo a entender melhor seus “pilotos automáticos”. Desta forma, com base nas nossas recomendações, você poderá praticar outras formas de se comunicar. Acreditamos que se você conhecer melhor suas tendências e tiver conhecimento de formas alternativas de se comunicar, poderá aplicar com mais eficácia as ferramentas que ensinaremos a seguir. Seguindo o processo acima, sua habilidade de comunicação subirá para um novo patamar. MAIOR AUTOCONHECIMENTO = MAIOR CAPACIDADE DE SE DESENVOLVER 13 Indícios de comunicação com as tendências de comportamento Palavras Tom de Voz Gestos Postura Expressão Facial “Temos que nos apressar.” “Comecemos já.” "... E aí?” Fala rápido. Sobe e desce Trêmula Impaciente Vai e volta Se retorce Bate com os dedos Sacode a perna Se mexe rapidamente Alto Choroso Sedutor Suplicante Envolvente Mãos estendidas Cabeça inclinada Agrade Sempre “Você sabe” “Você podia...” “Por favor” “O que lhe custa?” “O que faz?” “Como não?” Concorda com a cabeça repetidas vezes Sobrancelha levantada Desvia o olhar Seja Forte “Sem comentários.” “Não me importa.” “Eu me viro.” “Tem de agüentar.” Duro Monótono Mãos rígidas Braços cruzados Rígida. Pernas Cruzadas. Dura Fria Modelar “Sim, claro.” “Exatamente.” “Eficazmente.” “Obviamente.” “Claramente.” Completamente “Informação relevante.” Controlado Exigente Erguido Conta com os dedos. Ereta Rígida Coça a cabeça Severa Sentado p/ diante Aflitos Movendo os punhos Cotovelos sobre as pernas Sobrancelhas levemente franzidas Aparência perplexa Apressa-te Seja Perfeito Esforça-te “Detalhamento” “É duro...” “É difícil...” “Não posso” “Não sei” “Vou tentar” “...Hãaaaa” “...Huuummm” “Bem...” Lastimoso Impaciente Sobrancelhas franzidas Olhos que se movem rapidamente. Quadro retirado do livro"Trabalhabilidade" de Rosa R. Krausz, pg 156 14 Capítulo 3 4 FERRAMENTAS da Comunicação — 15 Neste capítulo estão reunidas algumas das ferramentas mais poderosas para o aprimoramento da comunicação. Nesse processo, tão importante quanto a fala é a escuta e, por isso, o capítulo é iniciado com o tema “escuta ativa”. Em seguida você irá conhecer a “comunicação assertiva” e os benefícios que a clareza e o respeito podem trazer. A terceira ferramenta é a “comunicação contextualizada”, responsável por conferir sentido ao que está sendo dito. Finalmente, mas não menos importante, serão apresentados os princípios básicos para uma boa comunicação, denominados de os “5 C's”. Ferramenta 1 Ferramenta 2 Ferramenta 1 ESCUTA ATIVA Quando se pensa no tema comunicação, o que primeiro vem à nossa mente é o aperfeiçoamento da linguagem falada. Nos esquecemos que nesse processo, tão essencial quanto falar é OUVIR. Você sabia que existem técnicas para ser um bom ouvinte? Por que nascemos com dois ouvidos e uma boca? ESCUTA ATIVA COMUNICAÇÃO ASSERTIVA Ferramenta 3 Ferramenta 4 COMUNICAÇÃO CONTEXTUALIZADA OS 5 C'S DA COMUNICAÇÃO Segundo o filósofo grego Epíteto, é para que possamos ouvir o dobro do que falamos. Quando ouvimos com atenção o outro, além de obtermos informações úteis e precisas que nos ajudam a resolver situações diárias, entramos em contato e ganhamos a simpatia do outro. Saber ouvir não é apenas útil para se alcançar um bom desempenho no trabalho; é, antes de tudo, uma atitude básica de vida, que ajuda uma pessoa a ter bons relacionamentos. 16 Obstáculos para uma boa escuta Fatores externos: Ruídos no ambiente, falta de clareza do emissor da mensagem, idiomas diferentes. Fatores internos: São os que dependem principalmente do próprio receptor. São eles: Avaliação prematura – São pressuposições e inferências, levando o receptor a chegar a conclusões incompletas e inadequadas; Escuta seletiva – Seleciona o que quer ouvir, conforme seu padrão de crenças e valores, e não capta o verdadeiro conteúdo da mensagem; Escuta parcial – Outro tipo de mau ouvinte, porque ele só escuta parte do que foi falado. O resto do tempo ele ocupa pensando no que vai responder ou contra-argumentar; Preconceitos e estereótipos – Consiste em descartar opiniões de pessoas consideradas “menores”, que não merecem ser ouvidas porque não têm nada a contribuir. Por exemplo: o estereótipo de um trabalhador braçal pode ser o de um profissional que executa e não pensa. Assim, não tem contribuição a dar para resolver um problema de trabalho; Comportamento defensivo – O receptor “pressente” na mensagem uma ameaça ao seu eu, e a partir daí sua capacidade de ouvir diminui, e se torna incapaz de escutar e compreender as palavras, motivações, sentimentos e valores do emissor da mensagem. À medida que as defesas diminuem, a capacidade de ouvir aumenta, direcionando a atenção do receptor para a estrutura, o conteúdo e os significados cognitivos da mensagem. "Quando você interrompe as pessoas no meio de uma frase, você envia algumas mensagens negativas. Número um, se você me interrompeu, é porque não estava prestando muita atenção ao que eu dizia, já que sua cabeça estava ocupada com a resposta. Número dois, se você se recusa a me ouvir, não está valorizando minha opinião. Finalmente, você deve acreditar que o que tem a dizer é muito mais importante do que eu tenho a dizer. Essas mensagens são desrespeitosas, e (...) você não pode enviá-las.” James Hunter – "O monge e o Executivo" Como se tornar um Bom Ouvinte? Escuta Ativa é uma técnica que ajuda você a não cometer os erros que atrapalham sua comunicação. A Escuta Ativa contribui para o desenvolvimento da confiança e do respeito mútuo. 17 Escutar ativamente implica: · Escutar as palavras do outro, abrindo seus ouvidos, prestando atenção na fala do outro, ocupando sua mente com as palavras do emissor; · Escutar os sentimentos do outro, tendo sensibilidade para perceber quais são os sentimentos que existem por detrás daquelas palavras. Ser empático, ou seja, colocar-se no lugar do outro, entender o outro (colocar-se dentro da sua “tenda”), entendendo o que ele realmente quer dizer, seus valores, seus interesses e suas necessidades. Thomas Gordon mostra que, para ouvir alguém, é necessário estar despido de julgamentos, aceitando-o como ele é. Estar totalmente disponível ao outro “como ele é” e não “como o vejo” ou “como gostaria que ele fosse”. Escuta ativa implica também: · Participação, fazendo perguntas esclarecedoras. · Não interromper, anotando pontos que não quer esquecer. · Expressar suas opiniões e manifestar o seu interesse pelo que o outro está dizendo, por meio de uma expressão corporal aberta e receptiva. A Escuta Ativa oferece benefícios tanto para quem ouve como para quem é ouvido, melhorando e muito a comunicação entre as pessoas. · A pessoa que ouve demonstra respeito por quem fala e ajuda-a cocriando soluções e benefícios mútuos aos problemas. · A pessoa ouvida perde o medo de ser criticada, fica mais aberta para enxergar seus próprios defeitos como comunicador, diminuindo suas resistências a mudanças. O que é escutar? Escutar é uma habilidade treinável que envolve autoconhecimento. Escutar é mais do que ouvir palavras, é ouvir os sentimentos expressos pelo corpo todo, pelo olhar e pela entonação da voz. A escuta ativa é expressão transparente e verdadeira, ou seja, uma comunicação ética que acontece entre as pessoas, pautada por respeito, empatia e tolerância. Dicas para aplicar Escuta Ativa: · Faça perguntas sobre o assunto para ter certeza que está acompanhando a linha de raciocínio do interlocutor. · Utilize expressões que afirmam que você está 'junto' com a pessoa como, "sim", "ahã", "estou entendendo". 18 · Cheque ao final da informação se a pessoa quis dizer o que você compreendeu sobre o assunto. "Então você está me falando que...". "Vou falar do meu jeito para ver se entendi direito..." · Negocie - quando você está realmente corrido e sabe que não pode dar a devida atenção para a pessoa, tente negociar um outro momento para a conversa, ou explique que você só pode disponibilizar cinco minutos, então ela precisa ser bem objetiva. Mas lembre-se, neste tempo dedique a ela toda a sua atenção. Lembre-se que escuta ativa não é ser passivo, é você estar presente no diálogo, é estar com a atenção voltada ao seu interlocutor Ferramenta 2 COMUNICAÇÃO ASSERTIVA Comunicação agressiva Comunicação passiva · Caracterizado pela necessidade de dominar o outro · É rude, intimidativo, impõe ideias, desrespeito, intolerante, autoritário, deprecia o outro · Não ouve/interrompe · Arrogante, carrancudo, nervoso · Caracterizado por não querer desagradar o outro. (Subestima-se) · Dificuldade em dizer NÃO · Foge dos conflitos · Confuso, vítima, não encara os problemas Comunicação assertiva · Constrói relações eficazes, bom negociador · É autêntico, direto · Expressão de ideias/ sentimentos · Empático, honesto · Voz firme, ouvinte, descontraído Dentro do processo de comunicação, os estudiosos separam em três categorias a forma de comunicação que um indivíduo pode adotar. 19 A comunicação assertiva é considerada a mais efetiva pois ela é clara e direta, sem deixar de ser respeitosa. Sendo assim é a forma de comunicação que não deixa margem para dúvidas, ela é franca e há uma coerência entre pensamentos, sentimentos e atitudes. Sobre assertividade: “O comportamento assertivo permite a você expressar suas necessidades, pensamentos e sentimentos de forma honesta e direta, sem violar os direitos dos outros.” (SHELTON, Nelda e BURTON, Sharon. Assertiveness Skills). “O estilo assertivo é claro e poderosamente comunicativo, baseado no pensamento analítico e no autorrespeito.” (O'BRIEN, Paddy, Como ser Assertivo como Gerente). Comportamento Assertivo • É ter controle de si mesmo, tomar as suas próprias decisões. • É ser confiante e capaz de agir sem hostilidade. • É ser aberto e flexível. • É ter sentimento positivo a respeito de si mesmo. • Ser responsável pelos seus erros ou enganos. • É dizer não compreendo. Linguagem corporal dos estilos de comunicação O quadro abaixo traz as principais tendências da linguagem corporal de acordo com o estilo do emissor. É importante ressaltar que são tendências, não regras, e que o principal objetivo de tê-lo aqui é a autopercepção e o aprimoramento pessoal. Tom de voz Agressivo Passivo Assertivo Alto, sarcástico, arrogante, insolente e condescendente. Manso, baixo, tímido, voz trêmula, comprimida no tórax, ansioso, angustiado e inseguro. Seguro, confiante, calmo, uniforme, modulado e relaxado. Postura corporal Intimidativa, nervosa, rígida, impaciente, dedos em riste, batidas de pé, soco na mesa, peito erguido, braços para trás e olhar por cima, fixo no outro, mãos na cintura. Expressões faciais Fria, zangada, ameaçadora, carrancuda, olhos arregalados. Cabeça e olhos abatidos, tímida, acanhada e insegura Diretas, autênticas, risonhas e ar de feliz. Dedo em riste, movimentos agressivos, acelerados e tremor nas mãos. Mãos nervosas, movimentos de retorcer, mãos juntas no meio das pernas. Abertos, informais, espontâneos e despreocupados. Mãos e braços Submissão, Descontraída e vergada, ombros relaxada, com caídos, movimentos mostrando abertos. Natural, insignificância, bem posicionada, olhar baixo, sem inclinada pra se fixar no olhar frente, ereta, do outro, baixa olhar firme. energia. 20 Sou assertivo? Sou assertivo? Se você não nasceu dotado de um grau de assertividade, é possível aprender; aliás, tudo na vida é questão de aperfeiçoamento. O importante é buscar uma postura de resultado ganha-ganha. A boa comunicação, a assertiva, precisa de cinco componentes: 1. Falar a coisa certa. 2. Da forma certa. 3. Na hora certa. 4. No local certo. 5. Para a pessoa certa. Entender se sua comunicação tende a ser agressiva, passiva ou assertiva é fundamental para ter uma comunicação consciente. Os estudos nos mostram que para ter relacionamentos mais saudáveis é importante praticarmos a comunicação assertiva. E como isso pode ser feito? Dicas para aplicar Comunicação Assertiva: · Respeito com suas ideias e com o outro - essa é dica de ouro da assertividade. Sempre que terminar um diálogo avalie: Falei o que precisava, o que tinha planejado? E para isso respeitei a outra pessoa e seu ponto de vista? Respeitei-me durante a conversa, a minha opinião ou meu ponto de vista? · Planeje sua comunicação: Antes de falar pense se o momento é adequado, se o lugar é o correto, quanto tempo tem disponível para este diálogo, como fará esta comunicação mantendo o respeito ao outro e a você. · Seja espontâneo - No momento da conversa fale com espontaneidade e autenticidade, não tente ser outra pessoa. Ferramenta 3 COMUNICAÇÃO CONTEXTUALIZADA Você já teve a sensação de comunicar uma mensagem a alguém e depois de um tempo descobrir que aquela pessoa não entendeu o que você estava querendo dizer? Para ajudar a evitar esse tipo de situação que, aliás, é uma das principais fontes de improdutividade, nós podemos fazer melhor uso de algumas ferramentas. Para o exemplo acima, uma ferramenta importante é a contextualização. 21 engajam mais quando sentem que não são apenas demandados, mas que são envolvidos no processo e passam a entender o contexto (propósito, importância e significado) dos afazeres que lhes são confiados. O que é Comunicação Contextualizada? A contextualização é um dos elementos fundamentais para uma boa comunicação, já que é responsável por conferir sentido ao que está sendo dito. Segundo o biólogo e antropólogo inglês Gregory Bateson, “toda comunicação necessita de contexto”, pois “nada tem sentido a não ser que seja contextualizado”. O ato de contextualizar pode ser entendido como uma forma de transmissão de conhecimento e informação, onde o ouvinte adquire a visão holística da situação. Em uma organização, a comunicação contextualizada pode fazer toda a diferença no desempenho dos colaboradores. Para o Líder: Quando o líder esclarece o porquê de determinado trabalho ser demandado e porque para aquela pessoa, além de explicar claramente os detalhes referentes à demanda, faz com que o colaborador saia do papel de espectador e se torne o protagonista, assumindo a capacidade de decisão e de resolução de possíveis problemas e contratempos. Além de sentirem-se mais motivados, os funcionários se Para o Líder: Explicar o contexto ao invés de simplesmente dizer “faça isso”, abre caminho para discussões produtivas que podem resultar no surgimento de novas ideias ou eventuais dúvidas, além de fortalecer o comprometimento dos funcionários. Esses benefícios são percebidos pelo mercado, pois são o reflexo da participação e valorização de um dos principais recursos responsáveis pela evolução de uma empresa – os colaboradores. Exemplos: Observe a diferença entre a comunicação passada para os colaboradores e o possível efeito causado nos mesmos, nas seguintes situações: Situação 1: Sem contextualização: - Preciso que você trabalhe na máquina de cortes durante esta semana. Comunicação contextualizada: - Precisamos aumentar a nossa produção para cumprirmos o prazo de entrega para o nosso principal cliente, o que nos fará bater a meta deste mês. 22 Como sabemos que você já trabalhou com a máquina de cortes algumas vezes, eu gostaria que você trabalhasse nela durante esta semana. Situação 2: Sem contextualização: - Na semana que vem, toda a área de pós-venda fará um treinamento. Comunicação contextualizada: - Fizemos uma pesquisa de satisfação dos clientes e o indicador de atendimento do pós-venda está abaixo de nossa meta. Com o objetivo de reverter esta situação, e também para desenvolver nossa equipe, na semana que vem toda a área de pós-venda fará um treinamento. Situação 3: Sem contextualização: - Preciso que você fique até mais tarde hoje. Comunicação contextualizada - Precisamos entregar um dos maiores projetos da história da nossa empresa até amanhã às 10h. Para conseguirmos terminar dentro do prazo, gostaria que você ficasse até mais tarde hoje. pessoal em quatro times diferentes para a gincana esportiva. Preciso que você encomende camisetas de quatro cores distintas, de preferência as cores da marca da empresa. Se isso não for possível traga as opções para avaliarmos juntos. Da próxima vez em que você sentir falta de comprometimento nas pessoas para quem você direciona tarefas ou orientações, se pergunte: “Quanto meu pessoal está sendo bem contextualizado por mim?” Lembre-se: a contextualização pode fazer toda diferença! A comunicação contextualizada normalmente é deixada de lado pela justificativa de falta de tempo, ou de que 'para um bom entendedor, meia palavra basta'. O que muitas pessoas desconsideram é o tempo que uma tarefa levará para ser refeita por falta de um bom entendimento inicial. Situação 4: Sem contextualização: - Preciso que você encomende camisetas azuis, vermelhas, verdes e amarelas. Comunicação contextualizada: - Na nossa festa de confraternização, vamos dividir o 23 Dicas para aplicar Comunicação Contextualizada: · Prepare o contexto que será dado - Pense o que você precisa comunicar, quais informações serão necessárias para que a pessoa entenda e 'compre' sua ideia. · Responda os porquês - Imagine uma conversa com uma criança que está na fase dos 'porquês', se você fizesse uma comunicação simples ela iria perguntar todos os porquês até ficar satisfeita com a resposta. Então planeje sua comunicação considerando as respostas para estes porquês. · Leve em conta o seu interlocutor - saber quem é, qual o grau de estudo, como ele interpreta as informações podem ajudar a personalizar a sua comunicação. Uma pessoa mais simples ou sem experiência precisará de mais contextualização e exemplos. Numa reunião para a diretoria, a contextualização precisa ser mais objetiva e vinculada a estratégias. · Seja moderado - Cuidado com o excesso de informação, ao contextualizar algumas pessoas podem se perder em sua própria história e acaba não ficando claro o que quer. Então reforce qual o objetivo daquela comunicação e seja conciso. Contextualizar não significa ser prolixo ou encher o outro com informações desnecessárias. Ferramenta 4 OS 5 C’S DA COMUNICAÇÃO Para alcançar uma mensagem mais eficaz é importante ficar atento a alguns princípios específicos que são facilitadores da comunicação. São eles: Concisão Consideração Concretude Clareza Cortesia 24 Concisão Concisão A mensagem concisa economiza tempo e dinheiro, tanto para o emissor quanto para o receptor. Concisão esclarece o que você tem a dizer com o menor número possível de palavras sem sacrificar os outros “C”s. Concisão contribui para dar ênfase. Ao eliminar palavras desnecessárias, você automaticamente destaca as ideias mais importantes. Dicas para ser mais conciso: · Elimine expressões prolixas; · Inclua apenas declarações relevantes; · Evite a repetição desnecessária. "A simplicidade é a sofisticação final" Leonardo da Vinci Consideração Consideração significa que você prepara cada mensagem tendo o destinatário em mente e procura se colocar no lugar dele. Busque visualizar seus leitores (ou ouvintes) com os seus desejos, problemas, circunstâncias, emoções e reações prováveis à sua solicitação. Em seguida, trate do assunto a partir do ponto de vista deles. Esta consideração pensativa também é chamada de empatia, o toque humano e entendimento da natureza humana. (Isso não significa, porém, que você deve ignorar as suas necessidades e as da sua organização). Em um sentido amplo, mas verdadeiro, a consideração ampara os outros C´s para uma boa comunicação profissional. Você adapta a sua linguagem e conteúdo da mensagem às necessidades do seu receptor quando você faz a sua mensagem completa, concisa, concreta, clara, cortês e correta. Dicas para aplicar a consideração na sua comunicação: • Concentre-se em "você" e “nós” em vez de "eu"; • Mostre benefício ao interlocutor ou interesse nele; • Enfatize fatos agradáveis e/ou positivos; • Baseie sua comunicação em princípios éticos, como integridade e verdade. Concretude Comunicar concretamente significa ser específico, definido e intenso ao invés de vago e genérico. As seguintes diretrizes devem ajudar a compor concretamente mensagens convincentes: Use fatos e números específicos; Ex: Falando especificamente do cliente x, temos uma queda de 10% na avaliação de qualidade do produto. 25 Coloque ação em suas frases; Ex: Vamos reunir um representante de cada área para criar um plano de ação. Escolha imagens e palavras vivas. Ex: Imagine o cliente recebendo nosso material e ficando decepcionado, não é essa imagem que queremos ver. Queremos nosso cliente feliz e satisfeito toda vez que vir nosso produto. Clareza Clareza significa que a mensagem que você quer transmitir para o receptor é entendida. Você quer que a pessoa interprete suas palavras com o mesmo significado que tem em mente. Realizar esse objetivo é difícil porque, como você sabe, as experiências individuais diferem e com isso as palavras têm significados diferentes para pessoas distintas. Dicas para ajudar a tornar suas mensagens mais claras: • Escolha palavras familiares ao interlocutor; • Construa frases e parágrafos eficazes; • Inclua exemplos, ilustrações e outros recursos visuais (gesticulação e desenhos), quando conveniente. “Comunicação não é o que você fala, mas o que o outro compreende do que foi dito”. Claudia Belucci Cortesia Mensagens corteses ajudam a fortalecer amizades atuais de negócios, bem como fazer novos amigos. Cortesia provém de uma postura ou atitude sincera. Não é apenas polidez com inserções mecânicas de "por favor" e "obrigado". Para ser cortês e atencioso em suas comunicações, siga estas sugestões sobre o tom das comunicações: • Seja sincero, discreto, atencioso e agradecido; • Omita expressões que irritam, magoam ou depreciam; • Conceda e peça desculpas, com bom humor. Dicas de como colocar em prática cada um dos C's: Concisão: · Busque simplicidade na sua fala. · Dê ênfase na informação que você quer passar. · Atenha-se apenas às informações relevantes. Consideração: · Entenda a posição do seu interlocutor, coloque-se no lugar dele, considere essa informação na hora de se comunicar com ele. · Adapte sua linguagem para que o outro entenda. A mesma habilidade de ajustar a comunicação para falar com uma criança precisa ser utilizada para ajustar a sua comunicação com outras pessoas que também diferem em cultura e experiência. 26 Concretude: · Ao se comunicar use fatos e dados na informação. · Utilize frases precisas. Evite frases vagas genéricas como: “sempre é assim”, “nunca faz isso”, “todo mundo pensa assim”. uma pessoa que está feliz por estar falando. Um sorriso sincero, não de quem quer agradar, mas de quem está se sentindo bem e seguro tem o poder de abrir muitas portas. Clareza: · Use a simplicidade em sua linguagem. · Dê exemplos, e deixe que a pessoa 'visualize' a sua informação. · Faça pausas e checagens, sem exageros, mas que permitam ao outro processar a informação. Lembre-se que cada pessoa tem um jeito e um ritmo para entender e processar a comunicação. Esteja preparado para variar seu estilo conforme a característica pessoal do seu interlocutor. Cortesia: · Cuidado com as palavras - Deixe de lado pré-conceitos, pré-julgamentos e conflitos mal resolvidos, não abra mão da sua cortesia ao se comunicar. Antes de qualquer outro, isso fará bem a você. · Pratique palavras gentis como: por favor, obrigado, com licença, parabéns, etc... · Sorria – é muito melhor entender, dialogar com 27 Melhore sua comunicação e colha os resultados Capítulo 4 — 28 Falar e ser entendido, entender o que o outro quer dizer, não deixar espaço para ambiguidades, e tudo isso de forma cortês e levando em conta todo o universo do interlocutor. Isso seria ótimo, mas sabemos que não é tão fácil assim. Diversos fatores interferem na mensagem até que ela chegue ao destinatário, como a própria experiência de vida. Por isso é tão importante ter o conhecimento das ferramentas e colocá-las em prática nas comunicações que forem realizadas, mesmo nas mais simples. Com o passar do tempo, conceitos de comunicação que no princípio precisamos nos esforçar para lembrar, passam a ser automáticos e a fala tende a ir cada vez mais se adequando às circunstâncias em que nos encontramos e gerando melhores resultados. Lembre-se sempre que a comunicação é mais o que o outro entende do que o que você diz. Nossa motivação para realizar este livro e este curso é que temos acompanhado diversos profissionais e equipes que se transformaram e criaram alto poder de transformação a partir da melhoria de sua capacidade de se comunicar eficazmente. Benefícios de uma comunicação eficaz: Melhoria nas relações – Relações mais sinceras e baseadas no respeito, devido à constante prática da verdadeira escuta e à fluidez nas comunicações. Além disso, quando a comunicação acontece de modo assertivo evitam-se mal-entendidos e falas agressivas. Melhoria na qualidade de vida – A melhoria das relações afeta automaticamente a qualidade de vida, proporcionando um grande aumento na sensação de bem-estar, com mais espaço para diversão e mais momentos bons para serem guardados. Uso do tempo com mais qualidade – Uma comunicação eficaz reduz drasticamente desentendimentos, o que resulta em menos retrabalhos e erros, além de fazer com que encontros e as temíveis reuniões sejam muito mais saudáveis e produtivos. Maior poder de realização – Acreditamos que comunicação é poder. Se você se comunicar melhor, você será mais capaz de conquistar seus objetivos e deixar o mundo um lugar melhor de conviver. Esperamos que esse curso ajude você na sua caminhada para o sucesso e que os conceitos aprendidos aqui estejam sempre presentes em suas interações, colaborando com sua felicidade e realização e contagiando positivamente as pessoas que encontrar em seu caminho. Sucesso na Carreira! 29