Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico
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Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico
Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico 31 de maio e 1 de junho de 2012 - Santander (Cantábria, Espanha) ATA Laurent Beauvais, Presidente da Comissão Arco Atlântico e Presidente da Região da Baixa Normandia, deu as boas-vindas a todos os participantes e agradeceu à Cantábria o facto de acolher em Santander a Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico da CRPM. Apresentou a ordem do dia e deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal de Santander. Iñigo da Serna, Presidente da Câmara Municipal de Santander, pronunciou breves palavras de boas-vindas, num lugar tão emblemático como o Palácio da Madalena. Depois de apresentar rapidamente a cidade de Santander, passou a palavra ao Presidente do Governo de Cantábria. Ignacio Diego Palacios, Presidente do Governo de Cantábria, agradeceu ao Presidente Laurent Beauvais e ao Presidente da Câmara Municipal de Santander. Sublinhou que a vontade da Cantábria de suceder à Baixa Normandia na Presidência da Comissão Arco Atlântico demonstrava o seu firme compromisso europeísta. O espaço marítimo europeu, em todas as suas dimensões, era essencial à prosperidade europeia. A estratégia marítima atlântica era, pois, uma oportunidade única, bem como um desafio que seria preciso vencer para o bem-estar de todos os cidadãos das Regiões atlânticas. Balanço da Mesa Política da Comissão Arco Atlântico, por Laurent Beauvais, Presidente da Comissão Arco Atlântico e Presidente da Região da Baixa Normandia Relatório de atividades de 2011-2012 Laurent Beauvais pormenorizou a ordem do dia desta primeira sessão da Assembleia Geral. Saudou a presença de Alain Cadec, interlocutor privilegiado da Comissão Arco Atlântico no Parlamento Europeu, de Matthew King, chefe de Unidade na DG MARE (Comissão Europeia), de Paul O’Donoghue, relator do Comité das Regiões, e de Pedro Augusto Almeida Freire, membro do Comité Económico e Social Europeu, que interviriam sobre a estratégia atlântica. O Presidente resumiu os debates havidos na Mesa Política, que se tinham articulado principalmente em torno da composição da nova Mesa Política e da eleição da nova Presidência. O Presidente recordou as principais ações da Comissão Arco Atlântico levadas a cabo durante o seu mandato: trabalhar no sentido de reforçar a governação no Arco Atlântico graças à cooperação, defender e fomentar a coesão territorial, valorizar o potencial do mar mediante projetos concretos (Atlantic Power Cluster, NEA2, etc.) e posicionar a Comissão Arco Atlântico na futura estratégia atlântica da UE. Laurent Beauvais voltou a referir os objetivos que esta estratégia devia perseguir: coesão territorial e crescimento económico sustentável (cf. Declaração política adotada). Formulou o desejo de continuar a trabalhar neste dossiê depois da transmissão da Presidência, pilotando o novo grupo de trabalho “Estratégia atlântica” da Comissão Arco Atlântico, criado em Caen a 22 de março de 2012. -1- O Presidente referiu igualmente as dificuldades das Regiões atlânticas no contexto da crise económica, recordando que três Regiões inglesas tinham deixado a Comissão Arco Atlântico. Saudou em especial a Região irlandesa de Border, Midland & Western que aderiu à Comissão Arco Atlântico em 2011. A Mesa Política abordou as questões financeiras e validou a proposta de um pequeno aumento da quota para a Comissão Arco Atlântico em 2013 (+ 140 € por Região, isto é, um aumento de 2,9%). A Mesa ratificou igualmente as propostas da nova Presidência em matéria de austeridade, que seriam especificadas durante a apresentação do programa de trabalho da futura Presidência. O Presidente deu conta seguidamente da renovação da Mesa Política, integrada por 11 Regiões: França: Basse-Normandie, Bretagne e Pays de la Loire. Portugal: Centro, Alentejo e Norte. Irlanda: Border, Midland & Western. Reino Unido: Argyll & Bute Council. Quanto à Espanha, a Mesa Política adotou uma disposição relativa à concessão de um novo estatuto à Presidência, excluindo-a do contingente nacional. Se a Cantábria for eleita, os novos membros da Mesa Política seriam Andaluzia, Galiza e País Basco. Esta disposição pressupunha, porém, uma modificação do regimento da Comissão Arco Atlântico que deveria ser aprovada pela próxima Assembleia Plenária da Comissão Arco Atlântico e pela Assembleia Geral da CRPM em outubro de 2012. O Presidente frisou a necessidade de uma participação real e ativa dos elementos eleitos das Regiões membros da Mesa Política da Comissão Arco Atlântico. A Assembleia Geral validou a composição da nova Mesa Política para a França, Irlanda, Portugal e Reino Unido. Quanto à Espanha, a composição ficou pendente de uma eventual modificação do regimento da Comissão e da sua validação pela Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico. Apresentação das candidaturas à Presidência e votação Em nome da Mesa Política, o Presidente Laurent Beauvais propôs a candidatura da Cantábria à Presidência da Comissão Arco Atlântico e solicitou a aprovação desta nomeação pela Assembleia Geral. A Cantábria foi eleita Presidente da Comissão Arco Atlântico pela Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico. Programa de trabalho da nova Presidência da Comissão Arco Atlântico: A Cantábria, depois de ter agradecido à Baixa Normandia o seu trabalho à frente da Comissão Arco Atlântico desde 2008, apresentou o programa de trabalho para os dois próximos anos: - Contribuir para a implementação da estratégia atlântica insistindo nas duas principais oportunidades para as Regiões atlânticas: energias marinhas renováveis (EMR) e turismo costeiro, dentro de uma lógica de sustentabilidade (luta contra a alteração climática prioritariamente); a estratégia atlântica deveria permitir desenvolver indústrias marítimas inovadoras, competitivas e sustentáveis e aumentar o poder de atração dos “empregos azuis”; também deveria ter em conta a perifericidade dos territórios atlânticos e trabalhar em prol do desenvolvimento dos hinterlands. - Fomentar a internacionalização da estratégia atlântica: ao invés de outras estratégias marítimas, a estratégia atlântica dispunha de abertura internacional para lançar ações conjuntas com a outra margem do Atlântico (Estados Unidos, Canadá, América Latina) no quadro de programas europeus (Erasmus Mundus, por exemplo). Propôs a criação de uma nova iniciativa “Encontros atlânticos de cooperação empresarial” para analisar o potencial de cooperação entre as Regiões e as empresas de ambos os lados do Atlântico. - Lobby institucional e político sobre a estratégia atlântica e sobre o próximo programa Interreg-Espaço Atlântico de 2014-2020 para um desenvolvimento equilibrado dos territórios europeus. Tratava-se de acompanhar a implementação da estratégia atlântica para que o plano de ação integrasse os temas prioritários identificados pela Comissão Arco Atlântico. Desejava igualmente prosseguir o trabalho iniciado com o Parlamento Europeu através do Intergrupo Mares e Zonas Costeiras (cujo secretariado -2- estava a cargo da CRPM), com a Comissão (DG MARE e DG REGIO) e com os Estados-Membros da fachada atlântica. - Promover o Atlântico como imagem de marca, mediante a criação de um novo grupo “Turismo e cultura atlântica” na Comissão Arco Atlântico, para atrair investimentos e aumentar o poder de atração dos territórios atlânticos. Os territórios atlânticos possuíam características comuns, que era crucial valorizar. - Funcionamento e metodologia de trabalho: a Cantábria propôs que as reuniões técnicas se realizassem em Bruxelas não só por motivos de facilidade de acesso para todas as Regiões, mas também para permitir aos representantes das Regiões aproveitar as deslocações organizando outras reuniões com as instituições europeias. As reuniões políticas continuariam a ter lugar nas Regiões atlânticas. Dentro da mesma ótica, propôs que o Secretariado Executivo se situasse em Bruxelas (nas instalações da CRPM) num contexto de interação constante com as instâncias europeias, tanto para a implementação do Fórum Atlântico como para a negociação dos próximos programas da UE. Tal permitiria evitar os custos de viagem e assegurar uma presença constante da Comissão Arco Atlântico em Bruxelas, centro das negociações e decisões europeias. - Na próxima Assembleia Plenária da Comissão Arco Atlântico em outubro de 2012 seria proposto um novo regimento que precisaria, em particular, o estabelecimento de uma rotação das Regiões coordenadoras dos grupos de trabalho e a posição da Presidência da Comissão Arco Atlântico na Mesa Política. Sobre este último ponto, a proposta da Cantábria consistia em excluir a Presidência do contingente nacional de Regiões membros da Mesa Política (11 Regiões membros + 1 Região Presidente). O Presidente Ignacio Diego Palacios agradeceu a todos os membros da Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico a confiança manifestada e reiterou a sua motivação em prosseguir com entusiasmo e eficácia o trabalho realizado pela Baixa Normandia na Presidência da Comissão Arco Atlântico. A Assembleia Geral aprovou o programa de trabalho da Cantábria, eleita Presidente da Comissão Arco Atlântico para 2012-2014. Mesa redonda sobre a estratégia atlântica Alain Cadec, eurodeputado e relator sobre a estratégia atlântica, sublinhou o compromisso das Regiões e o trabalho realizado em estreita colaboração com a Comissão Arco Atlântico da CRPM. Apresentou seguidamente as grandes linhas do seu relatório: fazer da estratégia atlântica uma estratégia macrorregional e não só marítima como sugerido pela DG MARE; utilizar o potencial dos setores emergentes como as EMR que tinham a vantagem de respeitarem o ambiente e de serem fonte potencial de milhares de empregos; garantir a manutenção de atividades tradicionais como a pesca, o turismo e o transporte marítimo; melhorar a acessibilidade das Regiões atlânticas (transportes norte-sul e esteoeste), desenvolver o interior do território e reforçar as ligações terra/mar; criar uma estrutura permanente de ordenamento espacial marítimo à escala do Atlântico. Quanto à realização do plano de ação da estratégia, Alain Cadec advogou uma orientação obrigatória dos diferentes fundos. Cf. relatório de Alain Cadec Matthew King, da DG Mare (Comissão Europeia), apresentou a estratégia europeia para a região atlântica. Matthew King insistiu no objetivo da estratégia que era criar crescimento e emprego em toda a fachada atlântica, tanto nos setores tradicionais como nos emergentes. A estratégia fomentaria os investimentos de longo prazo na economia marítima e na economia azul em todo o Arco Atlântico, em relação com a estratégia Europa 2020. Matthew King recordou a necessidade de atrair investidores privados e propor projetos para o plano de ação. A Comissão Europeia publicaria no final de junho um documento de consulta destinado a sintetizar os eixos já identificados pelos Estados-Membros para que sejam debatidos por todas as partes interessadas. O plano de ação (na versão provisória) deveria estar pronto em abril de 2013 para ser integrado nos contratos de associação Estados-Membros/Comissão a meio de 2013, e refletido nos programas operacionais. O Conselho deveria aprovar o dito plano de ação em 2013. -3- Matthew King assinalou igualmente que o plano de ação poderia revestir a forma de posições políticas para alterar textos legislativos europeus, como o enquadramento dos auxílios estatais à construção naval. Cf. apresentação de Matthew King Paul O’Donoghue, membro do Comité das Regiões e relator sobre a estratégia atlântica, expôs as principais linhas do seu relatório: à semelhança do Parlamento, apoiava uma forte dimensão territorial. Quanto às prioridades estratégicas que o plano de ação devia frisar, Paul O’Donoghue afirmou concordar com as propostas da Comissão Arco Atlântico. Coincidia com a Comissão na necessidade de atrair o setor privado e advogava uma aproximação ao Banco Europeu de Investimento. Quanto ao financiamento dos projetos inscritos no plano de ação, para que não sejam postos em causa, o relator desejava que existisse um compromisso precoce dos Estados e Regiões de modo que o plano de ação se refletisse nos contratos de associação e programas operacionais. Isso poderia materializar-se mediante critérios de seleção favoráveis aos projetos inscritos no plano de ação. Paralelamente, Paul O’Donoghue solicitou um programa Interreg-Espaço Atlântico mais forte que possa servir de plataforma de acompanhamento, controlo e avaliação para a realização do plano de ação. À luz da experiência da estratégia báltica, o relator considerou que era importante afetar à realização do plano de ação meios humanos e técnicos suficientes e que seriam igualmente necessários pontos de coordenação nacionais e regionais. Pedro Augusto Almeida Freira, membro do Comité Económico e Social Europeu (CESE), representou o seu colega, Luis Miguel Pariza Castaños, relator sobre a estratégia atlântica. O CESE pronunciou-se igualmente a favor de uma forte dimensão territorial para converter a estratégia atlântica numa verdadeira estratégia macrorregional e participativa que integre as universidades, os centros de investigação, etc. O projeto de parecer deveria defender um estreito vínculo entre o plano de ação e a estratégia Europa 2020 (economia inteligente, sustentável e inclusiva) e a manutenção do Fórum depois de 2013. Cf. apresentação de Pedro A. Almeida Freire Debate com as Regiões: Jesús Gamallo Aller, da Galiza, interveio, em primeiro lugar, para felicitar o novo Presidente e manifestar a sua concordância com o programa de trabalho apresentado e, especialmente, com a necessidade de intensificar o lobby em Bruxelas e aprofundar o posicionamento do Secretariado Executivo. Insistiu, contudo, que as Regiões deviam continuar envolvidas na Comissão Arco Atlântico, contribuindo para a redação dos documentos de trabalho. Lembrou que havia outros temas importantes a tratar como as RTE-T, as energias, a tecnologia digital, para os quais era preciso procurar novos parceiros. A Galiza desejava defender uma estratégia territorial e, por isso, insistia na necessidade de uma maior coordenação entre a DG MARE e a DG REGIO da Comissão Europeia. A Conferência das Cidades do Arco Atlântico (CCAA), representada pelo seu Secretário-Geral, Charles Nicol, manifestou-se igualmente a favor de uma estratégia com uma forte dimensão territorial. Sublinhou que a Comissão na comunicação de novembro tinha esquecido a questão dos portos e das cidades portuárias, quando constituíam as portas de entrada e saída da Europa e eram os únicos que dispunham de infraestruturas para a instalação de parques eólicos off-shore. A Rede Transnacional Atlântica (RTA), representada pelo seu Presidente, Luc Paboeuf, do CESER da Aquitânia, formulou o desejo de que se mantivesse o Fórum Atlântico para velar pela realização do plano de ação. A RTA propôs igualmente a criação de um “Espaço público atlântico”, plataforma de intercâmbio da sociedade civil à escala do Atlântico. Laurent Beauvais, Presidente da Região da Baixa Normandia, lembrou que, já que participariam no financiamento dos projetos inscritos no plano de ação, as Regiões representadas pela Comissão Arco Atlântico deviam integrar o Comité Diretivo do Fórum Atlântico, felicitando-se ao mesmo tempo pela presença da Comissão Arco Atlântico no Comité de Pilotagem do Fórum. Em resposta a estas intervenções, Alain Cadec reafirmou o seu posicionamento favorável à manutenção do Fórum. Matthew King, da Comissão Europeia, associou-se à ideia de uma estrutura capaz de assegurar o acompanhamento e a avaliação da realização do plano de ação, sem que fosse uma “nova estrutura europeia”. Quanto ao financiamento, Matthew King reconheceu que poderia ser possível uma orientação de fundos, mas não de maneira obrigatória. -4- Imagem e bases económicas do espaço atlântico Relativamente à vontade da Cantábria de criar um grupo de trabalho “Cultura e turismo atlântico”, Ángel Herrero Crespo, titular da cátedra “Imagem e projeção regional” da Universidade da Cantábria, fez uma apresentação sobre a imagem de marca do Atlântico. Realçou duas especificidades dos territórios atlânticos: - Perifericidade - Vocação marítima: pesca, portos, desportos náuticos, paisagem e ambiente (economia e estilo de vida, turismo sustentável, EMR), Regiões imigrantes (numerosas comunidades no outro lado do Atlântico) Fez duas perguntas: - Existe uma identidade atlântica (interna)? - Existe uma marca atlântica (externa)? Sendo assim, como se pode explorá-las? → Criando um sentimento de comunidade (uma macrorregião) → Identificando as oportunidades de desenvolvimento económico → Desenvolvendo as infraestruturas → Divulgando-as no exterior (investimento estrangeiro, turismo e comércio externo) Miguel Marques, da Price Waterhouse Cooper, lembrou que a Europa não tinha o monopólio do Atlântico que compartilhava com África e as Américas. Se as Regiões atlânticas criassem uma marca atlântica, teriam que mostrar-se vigilantes quanto a uma possível rivalidade com os outros continentes. Cf. apresentação de Miguel Marques A Região dos Açores interveio para dar a conhecer as suas impressões sobre este projeto: afirmou-se interessada e curiosa, mas cética, devido principalmente às Regiões ultraperiféricas. A Aquitânia mostrou-se muito interessada e propôs que as Regiões aproveitassem os Open Days para debater o projeto. A Região Norte manifestou não só interesse, mas também desejo de chefiar o novo grupo de trabalho “Cultura e turismo atlânticos”, com a ideia de criar uma plataforma sobre a marca atlântica com África e as Américas. Atualidade sobre os projetos atlânticos Daniel Clément, diretor do Secretariado Interreg-Espaço Atlântico, apresentou os resultados do programa para 2007-2014: 63 projetos selecionados com um financiamento total de 28 M€, dos quais 98,6% procedentes do Feder, e com 671 parceiros. 67% dos projetos estavam relacionados com o mar. Para Daniel Clément, o plano de ação da estratégia atlântica deveria inspirar-se nas realizações passadas do programa Interreg-Espaço Atlântico e alimentar o programa para o período de 2014-2020. Para tanto, era necessário exercer mais pressão junto das autoridades nacionais, do Parlamento e do Conselho de Ministros. Foram apresentados quatro projetos emblemáticos do programa: - Atlantic Power Cluster - NEA2 - CFA Effiplat - Marnet -5- O Fórum Atlântico Vicente Rodríguez Sáez, Chefe de unidade adjunto da DG REGIO (Comissão Europeia), apresentou os novos mecanismos de coordenação dos fundos europeus e as ferramentas ao dispor das Regiões para levarem a cabo os projetos inscritos no plano de ação. - A cooperação reforçada (geográfica e transsetorial); - A combinação estratégica dos diferentes fundos e instrumentos financeiros europeus (política de coesão, fundos nacionais e regionais, Horizonte 2020, financiamento privado). - Prioridade à investigação, aos projetos piloto, às parcerias. - Referência especial na nova proposta de regulamento sobre a cooperação territorial europeia (CTE) às estratégias macrorregionais. A Comissão Europeia propôs assim rever com regularidade as estratégias e favorecer a integração das prioridades dos planos de ação nos programas operacionais correspondentes. Vicente Rodríguez Sáez assinalou que, no quadro da futura política de coesão (2014-2020), a cooperação territorial europeia tinha sido a única política cujo orçamento aumentara. Cf. apresentação de Vicente Rodríguez Sáez Pauline Caumont referiu a participação da Comissão Arco Atlântico no processo de execução de uma estratégia para o Atlântico e apresentou a sua visão do Fórum Atlântico, que, a seu ver, deveria manter-se depois de 2013 para acompanhar com eficácia a execução do plano de ação. Lembrou os “pontos essenciais” defendidos pela Comissão Arco Atlântico: participação da CRPM no Comité Diretor do Fórum; uma maior transparência e uma ampla consulta aos atores atlânticos pertinentes; manutenção de um comité de acompanhamento da estratégia atlântica para acompanhar os projetos e seguir a evolução da estratégia e a utilização do orçamento aprovado pelo Parlamento Europeu (1,7 milhões de euros) para a animação do Fórum Atlântico e não apenas para organizar eventos pontuais. A Secretária Executiva referiu-se de novo às questões pendentes relativas à execução do plano de ação: - Que financiamento? Como orientá-lo? Por orientação obrigatória ou por convocatória de projetos? - Que atores? Que autoridade de gestão? - Instauração de um mecanismo de pooling (agrupamento de vários fundos)? Pauline Caumont lembrou os cinco temas prioritários para a Comissão Arco Atlântico: Acessibilidade e transportes Economia e indústrias marítimas Clima e ambiente Investigação e inovação Poder de atração dos territórios A Comissão Arco Atlântico tinha um papel especial a desempenhar como “identificadora de projetos”, graças à experiência do programa Interreg, e podia servir de nexo de articulação entre as Regiões atlânticas e as Instituições europeias. A sua posição permitia dispor de uma visão coerente dos tipos de ação a levar a cabo no âmbito da estratégia atlântica. Cf. apresentação de Pauline Caumont Debate com as Regiões: A Região da Aquitânia indagou qual era a relação existente entre o plano de ação e o programa Espaço Atlântico. Perguntou à DG REGIO se considerava a estratégia atlântica uma verdadeira estratégia macrorregional ou uma estratégia à escala de uma bacia marítima. -6- Considerou, por outro lado, que todo o programa operacional para o Espaço Atlântico não bastaria para realizar o plano de ação e apresentou a questão da coordenação com os programas operacionais regionais, transnacionais e transsetoriais. A Cantábria quis ser informada sobre a necessidade e a possibilidade de obrigar os Estados a utilizar uma parte dos fundos estruturais para implementar a estratégia. Perguntou qual era a posição dos Estados a este respeito. Vicente Rodríguez Sáez explicou que, embora a estratégia atlântica fosse em princípio marítima (cf. comunicação da CE ‒ novembro de 2011), segundo a DG REGIO, isto não alterava a sua implementação. O novo Quadro Estratégico Comum permitia que os contratos de associação e os programas operacionais tivessem em conta a estratégia, e a Comissão Europeia velaria por isso. Assinalou que já existia um acordo no Conselho (CoRePer) a esse respeito. Balanço dos grupos de trabalho da Comissão Arco Atlântico O grupo “Transportes” (País Basco) estava a trabalhar sobre a revisão da RTE-T e as autoestradas do mar, no programa Connecting Europe Facilities para reclamar o envolvimento das Regiões. Também procedia a reflexões sobre as novas tecnologias da informação e comunicação aplicadas ao transporte. O grupo “EMR” (Cantábria) estava a trabalhar sobre o projeto APC, na agenda de 2012 com a publicação de uma comunicação da DG MARE sobre as EMR (prevista para o fim do ano) e um evento em Dublim em outubro de 2012 sobre a energia dos oceanos. O grupo “Pesca” (Galiza): dentro da reforma da PCP, o grupo estava a trabalhar sobre a atenção aos objetivos de sustentabilidade ambiental, social e económica: importância do RMS, oposição à “devolução zero” porque não realista, embora seja necessário reduzi-la ao máximo (alterações neste sentido ao regulamento de base), sobre aspetos sociais com uma proposta da Bretanha para melhorar as condições de trabalho e criar um observatório de dados socioeconómicos, fomentar a certificação dos produtos e as indicações geográficas (IGP, DOP) e definir um enquadramento económico e financeiro que se integre no regulamento principal. O grupo “Estratégia atlântica” (Secretariado Executivo da Comissão Arco Atlântico – Região da Baixa Normandia): criado em Março, realizou reuniões regulares com o objetivo de identificar prioridades estratégicas para o plano de ação e projetos regionais que nele se possam integrar1 ; trabalhou na redação de uma posição adotada na Mesa Política de março de 2012 em Caen e de uma declaração política para a presente Assembleia Geral. O Comité de Coordenação: em colaboração com a CCAA, a RTA, a AC3A e a RUOA, reuniu em 3 de novembro de 2011 para lançar a estratégia, em 8 de fevereiro de 2012 (identificação dos cinco temas prioritários) e em 22 de março de 2012 em Caen antes da reunião da Mesa Política. Votação de uma declaração política da Comissão Arco Atlântico sobre a sua participação no Fórum e a implementação da estratégia atlântica Foi submetida a votação uma declaração política proposta pela Comissão Arco Atlântico. A declaração recapitulava as claras mensagens que a Comissão Arco Atlântico desejava transmitir a nível europeu. Recordava os objetivos essenciais para a execução da estratégia, a saber, a coesão territorial e o crescimento económico sustentável para todos os territórios atlânticos. A Comissão Arco Atlântico insistia igualmente na necessidade de reformar a governação para se aproximar do cidadão, criando um verdadeiro “pacto territorial” em torno da estratégia atlântica. A declaração foi aprovada pela Assembleia Geral da Comissão Arco Atlântico. Cf. Declaração de Santander 2012 1 Baixa Normandia: favorecer a investigação sobre a mortalidade das ostras e o aperfeiçoamento das artes de pesca -Aquitânia: resíduos flutuantes (identificação e gestão) e proteção das zonas costeiras -País do Loire: Investigação e inovação, formação, novos materiais, indústrias marítimas -Poitou-Charentes: plano de internacionalização para as PME do setor náutico - Plano Atlântico para a valorização do mar - Border Midland & Western: atividades económicas e sociais ligadas ao mar (cf. projeto MARNET) - País Basco: acessibilidade e transportes, EMR, autoestradas do mar - Cantábria: gastronomia. -7- Eventos da Comissão Arco Atlântico 4 de junho de2012 A convite da Comissão Europeia, seminário sobre especialização inteligente Qual poderá ser a especialização das Regiões atlânticas? As energias marinhas renováveis? 8 de junho de 2012 Reunião da Mesa Política da CRPM em Helsínquia (Finlândia) 15 de junho de 2012 Comité de Pilotagem do Fórum Atlântico (encontro com as instituições europeias e os Estados-Membros) 19 de junho de 2012 Grupo de trabalho “Estratégia atlântica” 3 de outubro de 2012 Plenário da Comissão Arco Atlântico no âmbito da Assembleia Geral da CRPM 3-5 de outubro de 2012 Assembleia Geral da CRPM em Bialystok (Polónia) 10 de outubro de 2012 Organização de um seminário sobre a estratégia atlântica no quadro dos Open Days A Comissão Arco Atlântico participaria nos 5 Fóruns organizados nos 5 Estados-Membros atlânticos (cf. lista online). A organização de seminários paralelos era igualmente possível. Estes aspetos seriam pormenorizados nas futuras reuniões do grupo de trabalho “Estratégia atlântica”. Para terminar, o Vice-Presidente da CCDR Norte, Carlos Neves, tomou a palavra para convidar a Comissão Arco Atlântico a celebrar a próxima Assembleia Geral no Porto, em abril ou maio de 2013. O novo Presidente da Comissão Arco Atlântico, Ignacio Diego Palacios, encerrou a Assembleia Geral agradecendo aos participantes e às equipas que tinham permitido a sua organização. Marcou a próxima Assembleia Plenária da Comissão Arco Atlântico para 3 de outubro de 2012 em Bialystok (Podláquia Polónia) no quadro da Assembleia Geral da CRPM. -8-
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