Edição nº 95

Transcrição

Edição nº 95
O PATOLOGISTA
Edição nº 95
Março
Ano 27 / 2009
ISSN1807-1740
visite nosso site
www.sbp.org.br
Consultoria com o Expert
com o Dr. Oscar Lin: “Punção
Aspirativa por Agulha Fina de
Linfadenopatias: Algoritmo
Diagnóstico”
Palavra do Presidente :
Vamos divulgar os benefícios que
a SBP oferece
Assessoria de Imprensa:
Relatório Mensal
Página 8
Página 2
Página 2
Rua Ambrosina de Macedo, 79 - Vila Mariana - São Paulo - SP - CEP 04013-030 - (0xx11) 5571-5298
PALAVRA DO PRESIDENTE
Caros amigos e amigas patologistas:
ecentemente temos sido abordados por associados, para que
tentemos resolver questões
que não cabem a uma Associação do
nosso tipo. Cancelamento de convênio específico com um laboratório,
desemprego, questões trabalhistas
de funcionários, necessidade de recomendações para obter concessões e
outras tantas situações embaraçosas,
de âmbito civil, judicial ou trabalhista, que só podem ser resolvidos em
outras instâncias, que não a SBP. Chegamos mesmo a receber a queixa de
que “A SBP não faz nada por mim”...
Precisamos esclarecer que os serviços prestados pela SBP são sempre
feitos no sentido geral ou institucional e não particular. Listemos alguns
desses serviços:
- Numerosos eventos científicos e congresso, com desconto aos Associados.
- Site com informações gerais, comunicações, caso do mês e calendário de eventos.
- Jornal O Patologista.
- Exclusivo serviço de assinatura on-line dos três mais importantes
periódicos da especialidade (a assinatura individual é mais cara do que a
anuidade da SBP), com acesso gratuito para os associados.
- Assessoria jurídica para orientação em caso de erro médico.
- Ouvidoria para orientação de problemas na área profissional .
- Mobilização permanente para valorização de procedimentos médicos e implantação da CBHPM.
- Participação do processo de construção do rol de procedimentos de
Patologia, junto a ANS.
IMPRENSA
R
D
esde outubro a Sociedade Brasileira de Patologia conta com uma Assessoria de Imprensa especializada em assuntos médicos. O principal
intuito desta assessoria é divulgar ao público leigo quem é o Médico Patologista, o que ele faz e para quem ele presta serviço. A assessoria
tentará inserir na mídia leiga (jornais, revistas, TV) assuntos relacionados
à Anatomia Patológica.
Caso queira contribuir ou enviar suas sugestões, acesse o site da SBP na
área Fale com a SBP e escolha a área Assessoria de Imprensa (http://
www.sbp.org.br/outros/faleconosco.aspx). Os assessores são os jornalistas
Glecinia Lopes e Roberto Souza da empresa RS Press. Você pode contribuir
também enviando fax de jornais de sua região em que a Anatomia Patológica foi citada.
- Apoio às seccionais em litígio ético com operadoras de saúde.
- Publicações diversas (consultar site), entre as quais a Revista de Patologia e Medicina Laboratorial, que facilita ao associado a publicação de
trabalhos científicos, tão importantes ao enriquecimento curricular.
- Representação junto ao Conselho Federal de Medicina para normatização da especialidade, inicialmente com a Resolução CFM 1823/2007.
- Participação efetiva no projeto de Lei da Regulamentação da Medicina (Ato Médico) para manter a Anatomia Patológica e Citopatologia como
ato médico exclusivo.
- Defesa jurídica da especialidade em associação com o CFM contra o
exercício irregular da Anatomia Patológica por não-médicos.
- Programa de Incentivo ao Controle de Qualidade - PICQ, que pode
inclusive atender exigências da Vigilância Sanitária.
- Título de Especialidade com provas e representação junto a AMB.
- Intermediação para a concessão de bolsas de estudos junto a diversos
organismos internacionais.
- Recém contratada Assessoria Jornalística, para divulgar a Patologia e
o Patologista, na imprensa leiga e em outros meios de comunicação.
Vejam bem; são muitos os benefícios que a Sociedade Brasileira de Patologia oferece aos seus associados. Por favor, você que é sócio(a), mostre
este escrito para colegas seus que não são. Use-o como argumento para
que se associem. Assim tornaremos a SBP ainda mais forte e melhor capacitada para outros investimentos, visando o bem coletivo.
Um abraço amistoso,
Celso Rubens Vieira e Silva - Presidente da SBP
Relatório de mídia: No mês de janeiro demos continuidade à divulgação do release trabalhado sobre a importância do profissional patologista.
Através desta sugestão conseguimos entrevista no programa Só Saúde da
All TV (TV pela internet). A apresentadora do programa é conhecida na área
da saúde, já foi âncora de jornais da TV Gazeta e da Rede Mulher. Também
estamos aguardando a produção da TV Tribuna para agendar entrevista. Foi
divulgada nota para os sites das associações médicas e também na grande
mídia sobre a posição da SBP em relação a suspensão da liminar do Conselho Federal de Farmácia. A nota foi publicada no site da AMB. Divulgamos
também, na grande imprensa, a posição totalmente a favor da SBP em
relação à nota da AMB e APM sobre o aumento do número de escolas de
medicina no país.
RS Press Comunicação / Roberto Souza - Diretor
2
O PATOLOGISTA
O PATOLOGISTA
Diretoria da Sociedade Brasileira de Patologia
Biênio 2007-2009
Presidente: Celso Rubens Vieira e Silva (BA); VicePresidente p/ Assuntos Acadêmicos: Leila Maria
Cardão Chimelli (RJ); Vice-Presidente p/ Assuntos
Profissionais: Carlos Alberto Fernandes Ramos (PB);
Secretária Geral: Sueli Aparecida Maeda Pereira
(SP); Secretário Adjunto: Carlos Renato Almeida
Melo (RS); Tesoureiro: João Norberto Stávale (SP);
Tesoureiro Adjunto: Paulo Sérgio Zoppi (SP).
Departamentos
Comunicação Social: Andréa Rodrigues Cordovil
Pires (RJ); Especialidades: Marco Antônio Dias Filho
(MG); Científica: Nathalie Henriques Silva Canedo
(RJ); Ensino: Myriam Dumas Hahn (RJ); Informática:
Airá Novello Vilar (SC); Defesa Profissional: Jorge
Alberto Thomé (SP); Controle de Qualidade: Régia
Maria do Socorro Vidal Patrocínio (CE); Relações
Internacionais: Marcello Fabiano de Franco (SP).
Conselho Fiscal
Emílio Marcelo Pereira (SP); Albino Verçosa de
Magalhães (DF); José Carlos Corrêa (MG); Romualdo
Correia Lins Filho (PE) (Suplente).
Presidentes das Associações Estaduais
Alagoas: Valéria de Oliveira Costa; Amazonas:
Ângela Augusta F. de Alencar; Bahia: Eduardo José
Bittencourt Studart; Ceará: Luciana Gomes da Rocha
de Arruda; Distrito Federal: Ivânia Pimenta Gouvêa;
Espírito Santo: Alex Assis de Carvalho; Goiás:
Siderley de Souza Carneiro; Maranhão: Raimunda
Ribeiro da Silva; Mato Grosso: Paulo César de
Figueiredo; Mato Grosso do Sul: Luiz Carlos Takita;
Minas Gerais: Cynthia Koeppel Berenstein; Pará:
Maria Cristina Celeira de Lima; Paraíba: Carlos Alberto
Fernandes Ramos; Paraná: Avelino Ricardo Hass;
Pernambuco: Ana Virgínia de Azevedo Guendler;
Piauí: Jucélia Saraiva e Silva; Rio de Janeiro: Sérgio
de Oliveira Romano; Rio Grande do Norte: Alexandre
de Oliveira Sales; Rio Grande do Sul: Carlos Thadeu
S. Cerski; Santa Catarina: Carlos José Serapião; São
Paulo: Emílio Marcelo Pereira; Sergipe: Sônia Maria
de Lima Marcena.
Presidente do Título de Especialista
João Norberto Stávale
Presidente do XXVII Congresso Brasileiro de
Patologia
Vera Lucia Nunes Pannain (RJ)
O
ano de 2009 para o mundo parece ter começado numa zona de tensão absoluta, onde
o preço pelas ondas de especulação financeira e a irresponsabilidade dos dirigentes
econômicos das grandes corporações está sendo pago, com juros e correções monetárias, pela população no mundo todo. Tais homens, apesar da crise que provocaram, continuam
arvorando-se os donos da verdade e, com surpresa, li uma matéria na revista “The Economist”,
intitulada “Colhendo os frutos da indolência” - que não apenas me irritou como brasileira, mas
chamou a minha atenção como cidadã do mundo.
Nesta reportagem é dito que “essas políticas lamentáveis repentinamente parecem distantes e deram à crise global uma cor diferente no Brasil”... Então, se em algum lugar a crise não
é tão devastadora e cruel quanto nas economias evoluídas, ouviremos críticas raivosas falando
sobre uma suposta indolência econômica e não sobre “vamos lá, no Brasil aprender a cuidar
melhor do coletivo econômico humano e reavaliar nossas posições sobre competição impiedosa e trabalho escravo em países asiáticos”. A palavra “crise” na rubrica medicina do dicionário
Houaiss é definida como: “o momento que define a evolução de uma doença para a cura ou
para a morte”. Tomando isso por base, esse momento precioso da história pode ser uma grande
oportunidade, especialmente para nós brasileiros, porque pela primeira vez na história contemporânea nossa crença coletiva na importância da pessoa se refletiu em algo positivo, ainda
que seja um momento muito difícil para vários. Precisamos confiar mais em nós e naquilo que
somos como pessoas, como profissionais e não naquilo que os jornais/internet trazem como
“verdade incontestável”. A física quântica nos mostra o quanto de poder nosso pensar e o nosso
agir têm sobre a nossa realidade e o quanto podemos influenciá-la, especialmente se dominarmos nossa tendência ao pessimismo e alimentarmos a sobriedade da confiança em nosso
poder como pessoas. Nós podemos acordar e dizer que seremos pessoas melhores só por hoje,
ou podemos acreditar na inveja e participar como pagantes de um circo de horrores. A escolha
é nossa e é importante. Podemos escolher a cura ou a morte. Como patologistas, temos a experiência da dificuldade diagnóstica das doenças, como médicos temos um compromisso com a
cura, como seres humanos nosso compromisso pode ser a difícil arte de se fazer melhor a cada
dia, e como brasileiros temos agora a obrigação de acreditar muito mais em nós mesmos.
Este mês, trazemos no jornal notícias positivas sobre o Congresso Brasileiro de Patologia
deste ano, na paradisíaca cidade de Búzios, sobre o Congresso da IAP, no próximo ano, na imponente cidade de São Paulo, comentários sobre os programas de residência médica, grandes
avanços na defesa profissional e a consultoria com o expert Dr. Oscar Lin.
EDITORIAL
Expediente
Andréa Rodrigues Cordovil Pires,
Coordenadora do Departamento
de Comunicação Social
JORNAL “O PATOLOGISTA”
Editor Responsável: Andréa Rodrigues C. Pires
Conselho Editorial: Diretoria da SBP
Diagramação: Gráfica Mister Color do Brasil
Administração e Publicidade:
Rua Ambrosina de Macedo, 79
São Paulo/SP – CEP 04013-030
Tel. (0xx11) 5571.5298 / Fax (0xx11) 5572.5349
Home page: www.sbp.org.br
Secretaria: Carmen Sílvia Leite Varoli, Dirce Marforio,
Luciana Cabrini Cerqueira, Rosana Gomes da Silva e
Sidnei de Oliveira Souza
Tiragem: 1.500 exemplares
Periodicidade:
trimestral
O jornal “O Patologista”, órgão informativo da Sociedade
Brasileira de Patologia, presta-se à integração de seus
associados e profissionais que atuam na área: médicos
patologistas (anatomopatologistas), residentes de
Anatomia Patológica e profissionais relacionados (médico
citopatologista, veterinários, odontólogos, biomédico,
biólogo e outros de nível superior que tenham a Patologia
dentro de suas atividades). Distribuído gratuitamente aos
sócios da SBP, instituições de ensino, bibliotecas e outras.
Qualquer matéria pode ser reproduzida, desde que citada
a fonte. As colaborações assinadas expressam unicamente
a opinião de seus autores.
O PATOLOGISTA
3
N
DEPARTAMENTO DE ENSINO
a edição anterior, informamos que as respostas ao Roteiro para as visitas de verificação e
acompanhamento dos Programas de Residência Médica (PRM), foram tabeladas e identificadas de acordo com cada programa de RM. Essas
respostas resultaram em várias planilhas e serviram
de base para a elaboração do Instrumento de Avaliação para os Programas de RM.
Divulgamos, ainda, o resultado do primeiro
item, que teve como objetivo conhecer a atuação
do Serviço, por meio da identificação do número de
exames por ano, de vários procedimentos, como:
citopatologia ginecológica; citopatologia geral; histopatologia; biopsia de congelação; necropsia fetal;
necropsia de adulto; imuno-histoquímica; imunofluorescência; a existência ou não de laboratório de
patologia molecular e microscopia eletrônica.
Nessa edição, iremos fazer algumas pequenas
considerações sobre os demais 05 itens questionados, totalizando 88 perguntas, e na próxima edição
divulgaremos a tabela com todas as informações.
O termo preceptor foi considerado como sinônimo de supervisor e o corpo de assistente definiu
todos os médicos envolvidos diretamente na residência médica independente do cargo.
A análise das respostas nos mostrou que a
maior parte dos programas possui infraestrutura
apropriada e que esses programas estão adequadamente preparados no que tange a estruturação
e organização da rotina de funcionamento da residência médica.
Verificamos também, que cerca de 73% dos
preceptores e, num percentual variando de 33 a
100%, os médicos que compõem o corpo de assistente possuem título de especialista.
Com relação aos mecanismos para qualificação
dos residentes, a maioria dos programas respondeu
de forma positiva, notando-se, contudo, alguns
itens que merecem serem incentivados como a
participação dos residentes no PICQ, a criação de
uma política clara sobre a necessidade de aperfeiçoamento constante ou a elaboração de um sistema
de controle interno de qualidade do diagnóstico.
Apesar de termos um resultado bastante favorável quanto ao desempenho dos vários programas
de residência médica, temos plena consciência dos
problemas existentes, como o número cada vez
mais reduzido das necropsias de adulto, pediátricas
e/ou fetais, o baixo índice de inscritos para residência em anatomia patológica e/ou o desmonte
dos Hospitais Universitários/Públicos que possuem
serviço de residência médica.
4
O PATOLOGISTA
Na edição de número 93 já tecemos alguns
comentários sobre essas dificuldades, mas creio
oportuno trazer essa discussão novamente.
Um dos comentários que fizemos, abordou o
ensino de graduação. Atualmente, a maior parte
das Faculdades de Medicina optou por uma grade
curricular, na qual a Patologia Geral está inserida
num módulo que reúne várias outras consideradas como disciplinas “básicas”, e denominado, por
exemplo, de Mecanismos de Agressão e Defesa ou
Bases anátomo funcionais das doenças.
Nessa etapa do curso, não é difícil encontrar
docentes não médicos responsáveis por ministrar
a Patologia Geral. Alegam os coordenadores e/ou
diretores de curso que são disciplinas básicas, não
levando em consideração que a presença de professores médicos é fundamental para que os conhecimentos básicos possam ser integrados à clínica.
Ou seja, ficaria muito mais fácil para os alunos
entender e memorizar o conceito, por exemplo, de
processo inflamatório agudo ou crônico, se durante a aula exemplos clínicos fossem usados, como
correlacionar os achados histopatológicos com o
resultado de um simples hemograma.
A Patologia Especial/Anatomia Patológica está,
em geral, inserida numa disciplina, por exemplo,
chamada de Medicina do Adulto e do Idoso ou
Saúde da Criança e do Adolescente. Nesse momento, ministramos uma aula integrada à clínica e/ou
à cirurgia, e passado algum tempo, o aluno sequer
lembra quem deu a aula.
Com a redução cada vez maior do número de
necropsias, menos chance tem o aluno de ver uma
necropsia e, conseqüentemente, de acompanhar o
seu paciente para saber a causa de morte, apesar
do tratamento feito.
A redução do número de necropsias significa uma perda em todos os níveis: para o hospital
que deixa de ter um controle de qualidade; para o
aluno de graduação que deixa de exercitar o raciocínio clínico patológico, seja numa sessão clínica
patológica ou pela verificação da causa de morte
e doenças identificadas na necropsia; para o residente da patologia que perde uma das etapas mais
importante do seu treinamento, no qual estuda-se
a histologia dos órgãos, aprende-se a reconhecer as
lesões de forma global por estar lidando com um
órgão, associando de forma objetiva o exame macroscópico ao microscópico; o corpo de assistente/
professores que deixa de ter material para pesquisa
e publicação de trabalhos.
Em resumo, o ensino da Patologia Geral e da
Patologia Especial/Anatomia Patológica e, por
conseguinte, o professor, perdeu e está perdendo
cada vez mais a sua identidade. Com esse distanciamento, não há como sensibilizar o aluno para a
nossa especialidade e menos ainda, que esse aluno
possa ter no professor de Patologia um exemplo a
ser seguido. Como resultado, uma diminuição cada
vez maior de recém graduados interessados pela
residência médica em Patologia.
Quais são as ações que estamos fazendo junto
aos nossos coordenadores de curso ou chefes de
departamento para trazer de volta ao currículo médico as disciplinas de Patologia Geral e Anatomia
Patológica, mas sem perder a interdisciplinaridade?
É necessário que façamos uma análise crítica e
realista, para saber se mesmo com todas essas dificuldades estamos “vendendo bem o nosso peixe”,
isto é, estamos atraindo os nossos alunos para a
nossa especialidade? Estamos dando aula que despertem o interesse dos nossos alunos ou as nossas
aulas “pesam” nos detalhes macro e microscópicos,
nos fazendo esquecer que estamos diante de alunos
de graduação e não residentes ou especializandos?
Nesse cenário, precisamos identificar e rever
todos os itens para que possamos pensar como
abordá-los e reverter a perda de interesse pela
residência médica em Patologia e uma idéia interessante seria receber sugestões, para que pudéssemos realizar um fórum de discussão ainda nesse
primeiro semestre.
E os nossos atuais residentes preparem os trabalhos porque teremos Congresso Brasileiro, a ser
realizado no período de 28 a 31 de outubro desse
ano, na cidade de Búzios. Para quem não conhece,
um município do Rio de Janeiro, com ilhas e 26 lindas praias. Praias para os poucos momentos livres,
porque haverá muitas atividades, muitas delas com
a participação de clínicos, radiologistas e cirurgiões,
além de bolsa/auxílio para os melhores trabalhos
inscritos a serem apresentados por residentes (data
limite para envio 15/06), uma categoria especial
para os trabalhos com material de autópsia, e também para os casos selecionados para o seminário
de lâminas dos residentes, que será a penúltima
atividade científica, antes da conferência magna e
encerramento.
Consultem o site do Congresso: www.congressodepatologia.com.br.
Dra. Myriam Dumas Hahn - Diretora do Departamento de Ensino
RESIDÊNCIA MÉDICA
A Sociedade Brasileira de Patologia disponibilizará até 50 bolsas no valor de R$1000,00
(um mil reais) para os trabalhos aprovados que tenham como primeiro autor um médico
residente em patologia e está, obrigatoriamente, condicionada à participação do médico
residente no evento e ser ele o apresentador do trabalho.
Serão premiados os melhores trabalhos analisados pela comissão científica do congresso,
havendo uma categoria especial (10 das 50 bolsas) para os trabalhos realizados com material de autópsia.
Além dessas bolsas, haverá bolsas, também no valor de R$1.000,00 (um mil reais), para os
melhores casos a serem apresentados no seminário de lâminas dos residentes, obedecendo
os mesmos critérios acima para a premiação.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira (28/10)
8:00 – 12:00 – Inscrições e distribuição do
material
13:30 – 16:30 – Jornada de abertura,
parte I
“O aprimoramento do diagnóstico através da
correlação”.
1.Patologia mamária
2.Patologia digestiva
3.Patologia cutânea
4.Patologia ginecológica
5.Hematopatologia
6.Neuropatologia
7.Patologia de partes moles
8.Patologia cardíaca
16:30 – 17:00 – Coffee break
17:00 – 19:30 – Jornada de abertura,
parte II
1.Patologia mamária
2.Patologia digestiva
3.Patologia cutânea
4.Patologia ginecológica
9.Uropatologia
10.Patologia hepática
11.Patologia óssea
12.Patologia renal
20:00 – 21:00 – Cerimônia de Abertura
Quinta-feira (29/10)
8:30 – 11:00 – Minissimpósios - “A correlação continua”.
MS1 - A contribuição da citologia e sua correlação com o diagnóstico histopatológico:
tumores da infância, cabeça e pescoço e ginecológica.
MS2 - A correlação entre a biópsia e a peça
cirúrgica: patologia mamária, urológica e
digestiva.
MS3 - Dermatopatologia – a importância da
correlação clínico-patológica
MS4 - Hematopatologia – a importância da
correlação clínico-patológica
MS5 - Neuropatologia – a imagem como suporte do diagnóstico anátomo-patológico.
MS6 - Patologia óssea – a imagem como suporte do diagnóstico anátomo-patológico.
MS7 - Nódulos hepáticos, diferentes olhares
para uma mesma lesão: a visão do clínico, do
radiologista e do patologista.
MS8 – Desafios no diagnóstico patológico da
biópsia renal
11:00 – 11.30 – Coffee break
11:30 – 12:30 – Conferências internacionais (3)
12:30 – 14:00 – Almoço
14:00 – 15:00 – Visita aos pôsteres
15:00h – 16:30 – Temas livres (parte I) –
apresentação oral
15:00h – 16:30 – Temas livres (parte II) –
apresentação oral
16:30 – 17:00 – Coffee break
17:00 – 19:00 – Seminário de lâminas
1.Patologia ginecológica
2.Uropatologia
3.Hematopatologia
4.Patologia de partes moles
5.Patologia hepática
6.Patologia feto-placentária
7.Patologia endócrina
19:00 – 20:00 – Conferências internacionais (3)
Sexta-feira (30/10)
Mesas redondas
“Ensino de Patologia”
8:00 – 9:30 – Ensino de Graduação: Onde
estamos e para aonde vamos?
9:30 – 11:00 – Pós-graduação: Lato e
stricto sensu - Onde estamos e para onde
vamos?
“Atividade profissional”
8:00 – 10:15 – Mesa redonda: atividade
profissional
10:15 – 11:00 – Conferência: Gestão laboratorial
11:00 – 11:30 – Coffee break
11:30 – 12:30 – Assembléia Geral
14:00 – 15:30 – Conversa com o especialista
1.Patologia ginecológica
2.Patologia digestiva
3.Hematopatologia
4.Uropatologia
5.Patologia pulmonar e mediastino
6.Citopatologia
7.Patologia renal
15:30 – 16:00 - Coffee break
16:00 – 17:30 – Conversa com o especialista
1.Patologia mamária
2.Neuropatologia
3.Dermatopatologia
4.Patologia hepática
5.Patologia de partes moles
6.Patologia cirúrgica/congelação
7.Patologia óssea
17:45 - 18:45 – Conferências internacionais (3)
19:00 – 20:00 – Sessão interativa
Sábado (31/10)
08:30 – 10:30 – Seminário de lâminas
8.Patologia digestiva
9.Dermatopatologia
10.Patologia mamária
11.Patologia óssea
12.Neuropatologia
13.Patologia pulmonar e mediastino
14.Patologia pediátrica
10:30 – 11:30 – Coffee break e visita aos
pôsteres (parte II)
11:30 – 12:30 – Conferências internacionais (3)
12:30 – 13:45 – Almoço
14:00 – 16:30 – Minissimpósios
MS9 – Imuno-histoquímica na conclusão
diagnóstica
MS10 – Aplicação de técnicas moleculares
na patologia diagnóstica
MS11 - Mimetismo em patologia cirúrgica
MS12 – Controvérsias em patologia oral
MS13 – Controvérsias em patologia pulmonar
16:30 – 17:00 – Coffee break
17:00 – 18:30 – Seminário dos Residentes
18:30 – 19:30 – Conferência Magna e
encerramento
O PATOLOGISTA
5
DEFESA PROFISSIONAL
UNIDAS E SBP: ACORDO NO RIO GRANDE
DO NORTE
Em 12 de fevereiro, foi assinado convênio
entre a AMB e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece a elaboração
• Em casos de peças cirúrgicas é imprescindível a especificação de suas estruturas anatômicas, incluindo a peça cirúrgica principal, linfonodos, estruturas vizinhas e margens cirúrgicas.
• Exames anatomopatológicos devem ser
encaminhados exclusivamente a laboratórios de Patologia e executados por médicos
patologistas (Resolução CFM 1823/2007).
Sobre o tema, o Conselho Federal de Medicina manifestou-se, na Resolução CFM 1823/07
RESOLUÇÃO CFM 1823/2007 - Art. 5º - O
preenchimento das requisições de procedimentos diagnósticos deve expressar de forma completa e clara todos os procedimentos solicitados.
Tais normas ético-legais têm por objetivo
resguardar a boa prática médica, exigindo o exame de todos os órgãos/estruturas encaminhadas
para exame anatomopatológico. Fazer diferente
não seria atitude responsável e, posteriormente,
UNIMED-JP DIVULGA CARTA DE AD- poderia motivar ações nas esferas ética e civil.
VERTÊNCIA DA SBP-PB SOBRE PREEN- Por outro lado, é preciso salientar que as
CHIMENTO DE GUIAS – EXEMPLO QUE sanções pela desobediência às normas da ANS,
PODERIA SER ADOTADO POR OUTRAS podem ser conferidas no site: http://www.ans.
SINGULARES
gov.br/portalv4/site/noticias/noticia_25299.
asp?secao=Home .
Com a justificativa de facilitar o atendimento aos usuários da UNIMED-JP, em fun- Negativa de cobertura
ção do preenchimento de guias SP/SADT, a
seccional paraibana da SBP-PB conseguiu Com a entrada em vigor do Rol de Procedimenda cooperativa a divulgação entre os coo- tos, o consumidor que tiver negada a cobertura
perados de carta-circular advertindo que: de algum item constante na lista, pode contatar
• As guias de convênio devem obrigatoria- a ANS para fazer uma denúncia pelo Disquemente especificar todos os procedimentos ana- ANS: 0800 701 9656 ou em um dos 12 Núcleos
tomopatológicos a serem realizados, conforme a de Atendimento e Fiscalização - Nurafs - distriCBHPM e rol ANS 2008 (Portaria ANS 167/2008). buídos pelo Brasil. As multas referentes à ne• As quantidades devem ser indica- gativa de cobertura podem chegar a R$ 80 mil.
das nas guias e as amostras de topogra- Para detalhes da legislação referenfias diferentes acondicionadas em fras- ciada, consultar o Jornal O Patologista,
cos separados, devidamente identificados. edição 91/2008 (em www.sbp.org.br).
• A USCAP está disponibilizando em seu site
o programa Anatomic Pathology Electronic Case
Series (APECS). São casos digitais para diagnóstico e estudo, com resposta imediata, gráficos
comparativos, discussões e links. Um caso de
exemplo e informações sobre a assinatura estão
disponíveis em:
http://www.uscapeacademy.org/ .
• Dica do colega Henrique Costa: no site da
UNIFESP tem um tutorial de preenchimento de
atestado de óbito bem interessante - o responsável permite uso em ensino. No final, há indicações de outros sites versando sobre o mesmo
tema - inclusive estrangeiros. Vale a pena a conferir: http://atestadodeobito.unifesp.br .
As últimas reuniões realizadas entre a SBPRN e a UNIDAS -RN, finalmente, estabeleceram
um pacto que reativará os contratos para prestação de assistência médica às empresas de autogestão, na especialidade Patologia, no Rio Grande
do Norte. O dissídio já entrava no seu quarto ano,
pela recusa dessas operadoras à implantação da
CBHPM, não obstante as denúncias ao Ministério
Público, também veiculadas amplamente pela
imprensa local. No dia 13/02/2009, as representações estaduais receberam uma minuta de
termo de acordo, proposto pelas entidades nacionais (SBP e UNIDAS), conforme encontro realizado em São Paulo, este ano, em 30 de janeiro.
A reunião foi encerrada com a assinatura do documento pelos representantes estaduais da SBP
e UNIDAS e pelo vice-presidente para assuntos
profissionais da SBP, ficando decidida a implantação da CBHPM no Rio Grande do Norte. Esse encontro ocorreu em Natal, na sede da UNIDAS-RN.
É importante assinalar que para a finalização desse acordo SBP-UNIDAS, há um histórico
de muitas reuniões, entre as representações das
entidades, inclusive com os seus diretores nacionais, em São Paulo, que puderam interferir
positivamente nas negociações. Nesse ponto, foi
extremamente relevante a participação do presidente e do tesoureiro da ABRALAPAC, os patologistas Paulo Sérgio Zoppi e Luís Vitor Salomão.
NOTAS
SBP PARTICIPA DO PROGRAMA DE DIRETRIZES DA AMB
6
O PATOLOGISTA
de diretrizes clínicas voltadas para o sistema de
saúde suplementar. José Luiz Gomes do Amaral,
presidente da AMB, e Fausto Pereira dos Santos,
diretor presidente da ANS, formalizaram o acordo na sede da AMB. O contrato prevê em um ano
a elaboração de 80 diretrizes referentes a temas
prioritários previamente selecionados, reestruturação de algumas diretrizes já existentes, a
forma de utilização deste material na saúde suplementar, avaliação e monitoramento do uso e
treinamento. Wanderley Bernardo, coordenador
de Programa Diretrizes da AMB/CFM, será o responsável por conduzir os trabalhos na AMB junto
às Sociedades de Especialidade. A SBP será representada junto a AMB, no programa de diretrizes, pelos patologistas Carlos Alberto Fernandes
Ramos (PB), Nathalie Henriques Silva Canedo
(RJ), Ester Nei Aparecida Martins Coletta (SP).
• O Professor Marcello Franco, Professor
Titular do Departamento de Patologia da
UNIFESP/EPM é o novo Vice-Presidente
para a América do Sul da International
Academy of Pathology.
SBP, com o apoio do Ministério da Saúde
através do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV,) está desenvolvendo
um projeto na forma de curso online, para dar
continuidade à atuação conjunta que vem sendo
desenvolvida desde a Gestão anterior a fim de
atender à crescente necessidade de profissionais
capacitados no diagnóstico e na interpretação
das alterações histopatológicas do fígado.
Para a execução do projeto, a SBP buscou
o desenvolvimento de uma parceria com o Ministério da Saúde, apoiando-se num sistema de
financiamento do Fundo Nacional de Saúde/
Ministério da Saúde, logístico (Programa Nacional de Hepatites Virais/ Ministério da Saúde)
e de contra-partida (SBP: Professores, monitores
e execução das atividades). Este projeto, sob a
Coordenação das Professoras Vera Lucia Nunes
Pannain e Adriana M. Caroli de F. Bottino, especialistas em Patologia Hepática da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, conta com o apoio e
participação de especialistas de outras Sociedades médicas envolvidas no manejo dos por-
tadores de hepatites crônicas, como a Sociedade
Brasileira de Hepatologia, a Sociedade Brasileira
da Gastroenterologia e a Sociedade Brasileira de
Infectologia.
O curso que integra esse projeto de educação continuada será disponibilizado via Internet, e terá caráter eminentemente prático com
ênfase na análise histopatológica de lâminas de
biópsias hepáticas digitalizadas com tecnologia
de Telepatologia Dinâmica (aquela que permite
movimentar o campo do preparado histológico
na tela do computador como se faz em um microscópio). As bases conceituais, teóricas e a atualização serão fornecidas por meio de textos que
irão compor o material instrucional. Ao término
do estudo, questões serão aplicadas referentes
aos temas abordados. O curso será realizado em
três módulos instrucionais com questões ao final
de cada um deles e um último módulo somente
de avaliação, fornecendo certificado de participação aos que responderem às questões dos
quatro módulos e somando pontos para o processo de recertificação aos que possuírem título
de Especialista pela CNA/AMB.
O curso tem início previsto para Junho deste
ano, e poderá ser acessado via inscrição no site
da SBP (www.sbp.org.br). Manteremos nossos
associados informados sobre esta inovadora proposta de aprendizado e atualização via email e
no site da SBP.
Contamos com a participação de todos, para
que o sucesso deste empreendimento impulsione a organização de novos cursos neste modelo, que não tem fronteiras de alcance e permite
que o participante faça seu próprio horário de
estudo, facilitando assim a atualização daqueles
que residem longe dos grandes centros mas tem
interesse em participar de cursos de educação
continuada.
É mais uma vez a SBP reforçando seu compromisso de expandir o alcance de suas atividades e benefícios a todos os seus associados.
biópsia renal é instrumento diagnóstico
altamente valioso no estudo das doenças renais, em particular daqueles processos que envolvem dano glomerular. Para a
compreensão da epidemiologia das doenças
glomerulares, diferentes registros têm sido
realizados em todo o mundo. No Brasil ainda
não existe registro a nível nacional, já que a
maioria correspondem a casuísticas regionais,
e não segue protocolo para uniformidade de
terminologia diagnóstica.
O Clube do Rim, entidade associada a SBP,
coordenada pelo Prof. Marcello Franco, da UNIFESP, reuniu seus membros e está em processo
de estabelecimento de um registro nacional
diagnóstico de doenças renais. No grupo vários estados estão representados e qualquer
patologista que queira participar registrando
os diagnósticos de sua região deverá contactar o Prof. Marcello Franco (m.franco@unifesp.
br) para receber assim que estiver disponível
os protocolos para inclusão de seus casos no
registro. Os dados finais estarão armazenados
na SBP a cada ano e à disposição para consulta
de qualquer especialista da área médica. Desta
forma, a incidência a nível nacional de diversas
glomerulopatias ou outras doenças renais em
nosso meio, será disponibilizada como importante instrumento da avaliação epidemiológica
das doenças renais no Brasil.
A
A
A
AMB
informativo e do texto da diretriz.
Periodicamente, a AMB oferece às Sociedades
oficinas cujo objetivo é capacitar os médicos
interessados a elaborar diretriz. As Sociedades
escolhem os temas que serão abordados e são
orientadas a estruturar questões clínicas relevantes. Acesse o site do Programa por meio do
link no site da AMB: www.amb.org.br
DEPARTAMENTO CIENTÍFICO
o raciocínio e a tomada de decisões. As diretrizes devem ser submetidas à avaliação e à
crítica do médico, pois não são protocolos que
imobilizam a medicina e impedem a individualização da prática clínica.
Até agora já foram publicadas 280 diretrizes.
As Sociedades de Especialidade filiadas à AMB
são responsáveis pela elaboração do conteúdo
Nathalie Henriques Silva Canedo
Coordenadora do Departamento Científico
CLUBE DO RIM
Programa Diretrizes: as melhores evidências científicas disponíveis
AMB, CFM e a Fenam lançaram o 7º. volume do Programa Diretrizes em novembro de 2008. A edição reúne 40 diretrizes
de Ortopedia e Traumatologia. O Programa Diretrizes foi lançado em outubro de 2000 com o
objetivo de padronizar condutas que auxiliem
Maria Lucia R Caldas
Clube do Rim, SBP.
O PATOLOGISTA
7
CONSULTORIA COM O EXPERT
Punção Aspirativa por Agulha Fina de Linfadenopatias: Algoritmo Diagnóstico
D
r. Oscar Lin, patologista
formado na Universidade
de São Paulo é citopatologista e patologista cirúrgico
no Memorial Sloan-Kettering
Cancer Center, EUA, onde atualmente é Medical Director of the
MSKCC Cytotechnology School
e Associate Director of the Cytopathology Fellowship
Program.
A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é
excelente método para avaliação de lindadenopatias,
sendo pouco invasivo, de custo reduzido e seguro.[13] Seu principal papel na avaliação de linfadenopatias é no diagnóstico dos linfomas, sendo porém não
restrito a essa função. Como é método pouco invasivo, também é importante no estadiamento dos linfomas e na avaliação de uma possível transformação,
principalmente em pacientes com história prévia de
linfoma e uma nova lesão detectada pela tomografia
de emissão de positron (PET). A questão se a lesão é
um linfoma de baixo grau ou de alto grau pode ser
facilmente respondida pela PAAF.
A avaliação da morfologia da população linfóide
é o primeiro passo no processo diagnóstico da PAAF.
Inicialmente, é necessário que se avalie o tamanho
predominante das células linfóides presentes. É possível classificá-las em células de tamanho pequeno,
intermediário e grande. O tamanho das células é
definido tendo as hemácias como base de medida.
Os linfócitos pequenos, intermediários e grandes medem até duas vezes, duas a três vezes e pelo menos
quatro vezes o tamanho de uma hemácia, respectivamente. Convém lembrar que nucléolo proeminente nao é observado em linfócitos pequenos, porém é
comum nos linfócitos grandes.
O diagnóstico diferencial em população representada predominantemente por linfócitos pequenos
inclue uma população linfóide benigna, linfoma de
baixo grau e linfoma de Hodgkin (LH). O LH é incluído nesta categoria porque as células predominantes
são de natureza benigna apesar das células malignas
serem grandes em tamanho, porém escassas.
Os linfonodos reacionais apresentam tipicamente
uma população polimórfica, com a presença de linfócitos pequenos, de tamanho intermediário e grandes.
Os linfócitos são frequentemente acompanhados de
macrófagos de corpos tingíveis. A citometria de fluxo
(CF) demonstra população policlonal de células B,
enquanto as células T não apresentam fenótipo anormal. No entanto, esta população polimórfica não está
8
O PATOLOGISTA
sempre presente e são, nestas situações, que a CF tem
papel muito importante.
Ela é essencial no diagnóstico diferencial entre
linfonodo reacional e linfoma de baixo grau, nos casos compostos predominantemente de linfócitos pequenos, como podemos observar na Figura 1. [4,5]
Uma vez identificada a presença de uma população
clonal de células B, é possível firmar o diagnóstico
definitivo de linfoma. Permite também classificar o
linfoma de baixo grau na grande maioria dos casos
ou pelo menos limitar o diagnóstico diferencial com
um pequeno painel de anticorpos, como podemos
ver na Tabela 1.[6]
A presença de uma população monótona de linfócitos pequenos redondos com cromatina agrupada,
na qual se observa co-expressão de CD20, CD5 and
CD23, na CF, é suficiente para o diagnóstico de linfoma de pequenos linfócitos. A presença de linfócitos
de núcleo clivados com expressão de CD20 e CD10 é
consistente com linfoma folicular.
Um dilema que encontramos em linfomas foliculares é a determinação do grau. O grau é determinado pelo número de centroblastos em material
histológico, mas não existe um padrão que esteja
bem estabelecido em material citológico. De acordo
com a literatura, é possível fazer a diferenciação entre
grau 1 e grau 3 com certa facilidade, porém existe
uma sobreposição muito grande do grau 2 com os
outros graus.[7,8]
Os linfomas das células do manto são compostos por linfócitos pequenos com cromatina grosseira
e membrana nuclear irregular, os quais expressam
CD20 e CD5 e não apresentam expressão de CD23.
Convém lembrar que nos casos de linfomas de células do manto, é necessário que se obtenha material
para a confirmação da presença da expressão de ciclina D1 por imunocitoquímica (ICQ) ou hibridização
fluorescente in situ da t(11;14)(q13;q32).
Os linfomas de zona marginal são também compostos por linfócitos pequenos, porém seu diagnóstico citológico é muito difícil, pois a população linfóide
maligna é frequentemente associada a linfócitos
reativos de fundo e com certo grau de diferenciação
plasmacitóide. Infelizmente, os linfomas da zona
marginal não têm um fenótipo específico; assim a CF
ajuda apenas na demonstração de uma população
clonal de linfócitos B.
O LH apresenta normalmente população linfóide polimórfica, composta predominantemente de
linfócitos pequenos e plasmócitos, encontrando-se
algumas células grandes atípicas, com nucléolo proeminente. A CF não ajuda no diagnóstico do LH pois
o número de células neoplásicas é muito pequeno e
a CF demonstra uma população policlonal que pode
levar a um diagnóstico errôneo de linfadenopatia
reativa. No LH clássico, é necessário que se obtenha
material para confirmação, por ICQ, que as células
atípicas são células de Reed-Sternberg, pois as células grandes podem ser interpretadas erroneamente
como células foliculares dendríticas, centroblastos ou
imunoblastos. O painel de preferência para a caracterização das células de Reed-Sternberg inclue os marcadores CD15, CD30 e EBV (EBER). A presença isolada
de expressão para CD30 em células grandes deve ser
interpretada com cuidado, pois imunoblastos reativos
podem também expressar CD30 com o mesmo padrão que as células de Reed-Sternberg.
Os linfomas compostos de células de tamanho
intermediário são linfomas agressivos e incluem linfomas linfoblásticos, linfomas de células T e linfomas
de Burkitt. Os linfomas linfoblásticos são compostos por células de tamanho intermediário, relação
núcleo-citoplamástica alta e cromatina de padrão
fino, com ocasionais nucléolos proeminentes. Linfomas de Burkitt, por outro lado, são representados por
células de tamanho intemediário, núcleo redondo
com cromatina grosseira, contendo 1 a 3 núcléolos
proeminentes. Nos preparados corados pelo Giemsa
(ou modificações da mesma), as células apresentam
vacúolos citoplasmásticos pequenos.
Os linfomas de células T também são predominantemente de tamanho intermediário e as células
têm membranas nucleares irregulares e cromatina
grosseira.
Além dos achados morfológicos, o fenótipo das
células é muito importante para a classificação correta destas lesões. Os linfomas linfoblásticos podem ter
fenótipo de células T ou B, mas ambos os fenótipos
expressam TdT, o qual é ausente nos outros dois tipos
de linfoma.
O linfoma de Burkitt é constituído de células B
que expressam CD10 e têm atividade proliferativa
elevada, próxima de 100%.
Os linfomas de células T podem ser identificados
por CF, ICC e/ou por estudos moleculares. A ausência
de um ou mais marcadores pan T (CD2, CD3, CD5 ou
CD7) por CF ou por ICQ sugere lesão linfoproliferativa
de células T [9,10], que pode ser confirmada com
análise molecular da clonalidade dos receptores T.
Em geral, a avaliação de linfomas de tamanho intermediário, tanto de linfócitos B ou T, pode ser feita por
CF ou ICQ.
Quando a população linfóide é composta predominantemente por células atípicas grandes, o diagnóstico diferencial inclue linfoma difuso de células
grandes B e linfoma anaplásico. Porém, é necessário,
em primeiro lugar, confirmar a natureza linfóide das
células, pois podem ser facilmente confundidas com
carcinoma, melanoma ou seminoma. O linfoma difuso
de células grandes B é caracterizado por população de
células grandes atípicas com cromatina grosseira, frequentemente com nucléolo proeminente. O fenótipo de
células B deve firmado por ICQ, pois a CF tem sensibilidadade relativamente baixa (aproximadamente 60%)
ao passo que a da ICC aproxima-se de 100%, com o
emprego dos marcadores adequados. [11,12]
Os marcadores mais indicados para caracterizar
uma célula como linfócito B são: CD20, CD79a e PAX-5.
Não se deve se restringir apenas ao uso do CD20, pois
esses linfomas não expressam CD20 em todos casos. É
preciso cuidado especial com os linfomas plasmablásticos, que são linfomas de células B que não expressam
nenhum marcador pan-B e têm fenótipo de plasmócitos
(expressão de CD138). O diagnóstico de um tumor de
linhagem de linfócitos B pode ser confirmado através
da análise molecular do rearranjo da cadeia pesada de
imunoglobulina.
Os linfomas anaplásicos são neoplasias de células
T e expressam CD30. São caracterizados por células
grandes, com nucléolo reniforme, ou células grandes
multinucleadas, com nucléolo proeminente. Expressam
CD30 com padrão semelhante ao observado nos linfomas de Hodgkin (padrão membrana e Golgi), mas não
expressam CD15, EBV ou nenhm marcador de linfócitos
B. A expressão de ALK-1 pode ser variada e não é necessária para o diagnóstico. A expressão ALK-1 ajuda no
diagnóstico se presente, estando mais relacionada com
o prognóstico. [13]
Podemos concluir que o uso de estudos complementares no diagnóstico de linfomas por PAAF é essencial,[14] o que não é muito diferente do que acontece
nas biópsias cirúrgicas. Devido à quantidade limitada
de material obtido por PAAF, é necessário fazer uso judicioso dos estudos complementares, ressaltando assim
a importância de se fazer uma avaliação imediata da
PAAF. Essa avaliação imediata permite que se preserve
o material de forma adequada para os estudos complementares. Na dúvida, é sempre aconselhável obter
material adicional para CF, ICC e estudos moleculares. O
material para CF poder mantido em solução RPMI, ao
passo que um emblocado de células pode ser utilizado
para ICC e estudos moleculares.
Figura 1: Algoritmo diagnóstico para preparados citológicos
compostos predominantemente de linfócitos pequenos.
Figura 2: Algoritmo diagnóstico para preparados citológicos
compostos predominantemente de linfócitos de tamanho
intermediário.
Figura 3: Algoritmo diagnóstico para preparados citológicos compostos predominantemente de linfócitos
grandes.
Linfócitos de tamanho
intermediário
Linfócitos pequenos
Citometria de fluxo-imunocitoquímica
Citometria de fluxo
Linfócito B
Ausência de
clonalidade
Linfonodo
reacional
Linfoma de
Hodgkin
Linfócitos grandes
Imunocitoquímica
Linfócito T
Linfoma difuso de
células grandes
Clonalidade
presente
Linfoma de
Burkitt
Linfoma de
células B de
baixo grau
Linfoma
linfoblástico
Linfoma
linfoblástico
Linfoma
anaplástico
Linfoma de
células T
REFERÊNCIAS:
1. Sandhaus LM. Fine-needle aspiration cytology in the diagnosis
of lymphoma. The next step. Am J Clin Pathol 2000;113(5):623-7.
2. Wakely PE, Jr. Aspiration cytopathology of malignant lymphoma: coming of age. Cancer 1999;87(6):322-4.
Tabela 1: Painel para linfomas de células B de baixo grau 3. Wakely PE, Jr. Fine-needle aspiration cytopathology in diagnosis
and classification of malignant lymphoma: accurate and reliable?
Linfomas/
CD5
CD10
CD20
CD23
Diagn Cytopathol 2000;22(2):120-5.
Marcadores
4. Katz RL, Caraway NP. FNA lymphoproliferative diseases: myths
Linfoma de
and legends. Diagn Cytopathol 1995;12(2):99-100.
+
+
+
pequenos
5. Ravinsky E, Morales C, Kutryk E, Chrobak A, Paraskevas F.
linfócitos
Cytodiagnosis of lymphoid proliferations by fine needle aspiration biopsy. Adjunctive value of flow cytometry. Acta Cytol
Linfoma de
+
_
+
_
1999;43(6):1070-8.
células do
6. Zeppa P, Marino G, Troncone G, Fulciniti F, De Renzo A, Picardi M,
manto
Benincasa G, Rotoli B, Vetrani A, Palombini L. Fine-needle cytology
and flow cytometry immunophenotyping and subclassification of
Linfoma da
_
_
+
+/non-Hodgkin lymphoma: a critical review of 307 cases with techzona marginal
nical suggestions. Cancer 2004;102(1):55-65.
7. Sun W, Caraway NP, Zhang HZ, Khanna A, Payne LG, Katz RL.
Grading follicular lymphoma on fine needle aspiration specimens.
Linfoma foli- _
+
+
+/Comparison with proliferative index by DNA image analysis and Kicular
67 labeling index. Acta Cytol 2004;48(2):119-26.
8. Young NA. Grading follicular lymphoma on fine-needle aspira-
tion specimens--a practical approach. Cancer 2006;108(1):1-9.
9. Katz RL, Gritsman A, Cabanillas F, Fanning CV, Dekmezian R, Ordonez NG, Barlogie B, Butler JJ. Fine-needle aspiration cytology of
peripheral T-cell lymphoma. A cytologic, immunologic, and cytometric study. Am J Clin Pathol 1989;91(2):120-31.
10. Yao JL, Cangiarella JF, Cohen JM, Chhieng DC. Fine-needle
aspiration biopsy of peripheral T-cell lymphomas. A cytologic and
immunophenotypic study of 33 cases. Cancer 2001;93(2):151-9.
11. Dong HY, Harris NL, Preffer FI, Pitman MB. Fine-needle aspiration biopsy in the diagnosis and classification of primary and
recurrent lymphoma: a retrospective analysis of the utility of cytomorphology and flow cytometry. Mod Pathol 2001;14(5):472-81.
12. Verstovsek G, Chakraborty S, Ramzy I, Jorgensen JL. Large Bcell lymphomas: fine-needle aspiration plays an important role in
initial diagnosis of cases which are falsely negative by flow cytometry. Diagn Cytopathol 2002;27(5):282-5.
13. Rapkiewicz A, Wen H, Sen F, Das K. Cytomorphologic examination of anaplastic large cell lymphoma by fine-needle aspiration
cytology. Cancer 2007;111(6):499-507.
14. Mourad WA, Tulbah A, Shoukri M, Al Dayel F, Akhtar M, Ali MA,
Hainau B, Martin J. Primary diagnosis and REAL/WHO classification of non-Hodgkin’s lymphoma by fine-needle aspiration: cytomorphologic and immunophenotypic approach. Diagn Cytopathol
2003;28(4):191-5.
O PATOLOGISTA
9
ASSOCIAÇÕES ESTADUAIS
São Paulo:
• Jornada de Patologia da APESP-REVISTÃO 2009
Data: 20/03/2009 - 22/03/2009 Local: Grande Hotel Águas de São Pedro Endereço: Pq. Dr. Octávio de
Moura Andrade, S/N - Horário: 19:00
• Reuniões da Associação dos Patologistas do
Estado de São Paulo - Horário: 09:00 às 18:00 Telefone: 11-5576-7853.
Site: www.patologiapesp.org.br Email: emilio@lsz.
com.br - [email protected]
Data: 09/05/2009 - Local: APESP (A229) - Botucatu
Data: 27/06/2009 - Local: APESP (A230) - São Paulo
Data: 22/08/2009 - Local: APESP (A231) - Ribeirão
OBITUÁRIO
P
10
rof. José Lopes de Faria, uma
vida dedicada à Anatomia
Patológica.
No primeiro dia de janeiro de
2009 aos 91 anos de idade, faleceu o fundador do Departamento
de Anatomia Patológica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O Prof. José
Lopes de Faria formou-se na Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais em 1941 tendo
sido assistente voluntário daquela Faculdade em 1942
e 1943. Vindo a São Paulo frequentou voluntariamente
o serviço de Anatomia Patológica da Escola Paulista de
Medicina ingressando logo após como assistente no
Departamento de Anatomia Patológica da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo. O ano de
1954 foi particularmente importante para o Prof. Lopes, porque neste ano, fez estágio no mundialmente
conhecido Instituto de Patologia da Universidade de
Freiburg, Alemanha, no serviço do Prof. Büchner, onde
desenvolveu pesquisas relacionadas com a fisiopatologia do choque através do modelo experimental do
colapso ortostático em coelho.
Voltando ao Brasil, o Prof. Büchner, escreve uma
carta ao então Diretor da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo em que num dos trechos
diz: “O Prof. Lopes demonstrou em suas pesquisas uma
sutilíssima capacidade no terreno da morfologia e da
patologia experimental”. Em outra carta, endereçada
ao Prof. Richter, diz: “O Prof. Lopes é um cientista e um
professor de escola superior de primeira (até na ponta
dos dedos)”.
A vocação e talento do Prof. Lopes de Faria para
Anatomia Patológica se manifestou desde os tempos
de estudante na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Publicou no decorrer de sua
O PATOLOGISTA
Preto
Data: 28/11/2009 - Local: APESP (A232) - São Paulo
Pernambuco:
A Sociedade de Patologia de Pernambuco comunica a
realização de três novos cursos no primeiro semestre
de 2009. Os três cursos ocorrerão no Marante Plaza
Hotel, em Boa Viagem, e valerão pontos para a recertificação do título de especialista em patologia:
CAMP.
• Curso de atualização em tumores de partes moles com Dr. Antonio Nascimento, da Mayo Clinic, nos
dias 11 e 12 de junho.
• Curso de patologia ginecológica com a Dra. Esther Oliva, do Massachusetts General Hospital, Boston, nos dia 18 de junho. Este evento será promovido
pela SBP.
Bahia:
• Dermatopatologia para a rotina do patologista
e problemas diagnósticos nas neoplasias da tireóide,
nos dias 18 e 19 de abril, com as Dras. Maria Letícia
Cintra e Patrícia Sabino de Matos, ambas da UNI-
• Primeira reunião do PATOBA de 2009, dia
07/03/2009.
carreira mais de 80 trabalhos sendo cerca da metade
em revistas estrangeiras. Realizou 5 teses e várias monografias. É autor de livros didáticos destacando-se a
“Anatomia Patológica Geral” com três edições e a “Anatomia Patológica Especial” com duas edições. Em seus
trabalhos constam pesquisas originais no campo da
hanseníase, esquistossomose, aneurismas dissecantes,
alterações morfológicas no choque e aterosclerose.
Em 1965 iniciou as suas atividades na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp onde fundou
o Departamento de Anatomia Patológica. Chefe de
Departamento rigoroso conseguiu, em pouco tempo,
projetar a Unicamp no cenário da Patologia nacional.
Foi também Diretor Associado da Faculdade no período
de 1967 a 1969 e Diretor no período de 1972 a 1976.
Transmitiu aos seus assistentes conhecimentos fundamentais em Anatomia Patológica e sempre incentivando a pesquisa básica ou aplicada, o que permitiu a
todos os discípulos desenvolver em bases sólidas uma
área especializada da Anatomia Patológica.
Como professor foi estimado por todos que tiveram o privilégio de serem seus alunos, sendo homenageado quase que todos os anos pelos formandos.
Carinhosamente, os assistentes o chamavam de
“homenageado crônico”. A atuação e a dedicação ao
ensino de graduação foi tão marcante que a Faculdade
de Ciências Médicas da Unicamp instituiu o “Prêmio
Lopes de Faria” aos alunos que se destacam durante o
curso de Medicina. Aposentou-se compulsoriamente
em 1987, foi agraciado como Professor Emérito, mas
graças ao espírito dinâmico e sempre voltado ao trabalho, continuou ativo no Departamento ainda por vários
anos.
Tendo ingressado como aluno na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp em 1964, tive o privilégio
de acompanhar toda a trajetória do Prof. Lopes de Faria
no Departamento de Anatomia Patológica. Privilégio
maior, entretanto, foi ter sido seu discípulo e imensamente grato pelo conhecimento que me transmitiu.
Athanase Billis - Professor Titular
Departamento de Anatomia Patológica
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
P
rof. Donald Gleason, professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de Minnesota, em 28 de
dezembro de 2008. Patologista
autor da sistema de graduação
para o câncer de próstata que
leva seu nome, foi chefe da Patologia do VA Medical
Center em Minneapolis, desde os anos 1950 até 1986,
quando se aposentou. Segundo Akhouri Sinha, pesquisador que trabalhou com ele por 40 anos, “seu sistema
é utilizado cerca de 1 milhão de vezes por ano, em todo
o mundo – este é o número de pessoas diagnosticadas
com câncer de próstata”.
D
r. Bernard A. Ackerman, famoso dermatopatologista,
autor de inúmeros artigos
científicos e livros de dermatopatologia; já participou de diversos
congressos de Patologia e encontros científicos no Brasil. Nota
publicada no jornal New York Times: “The Department
of Dermatology at SUNY Downstate Medical Center
mourns the loss of our distinguished faculty member,
colleague, teacher and friend.”, em 06 de dezembro de
2008.
Diagnostic Cytopathology 2009 - Practical Issues for
Surgical and Cytopathologists January - 17 a 19 de janeiro,
2009 - Sandpearl Resort, Clearwater Beach, Florida. Site: http://www.uscap.org/
newindex.htm?dc2009/index.htm
United States and Canadian Academy of Pathology 98th Annual Meeting - 07 a 13 de março, John B. Hynes Convention
Center, Boston, MA. www.uscap.org
Pathology Update 2009 - in conjunction with XXV WASPaLM - 13 a 15/03/2009. Local: Sydney Convention and Exhibition Centre
Darling Harbour, Sydney – Australia. Site: http://www.rcpa.edu.au/pathologyupdate2009/
MD Anderson - Update Surgical Pathology - 24 e 25 de abril,
São Paulo, IAMSPE - Anfiteatro A Endereço: Avenida Ibirapuera, 981 - Vila Clementino Horário: 08:00 às 18:30h. Horários: 24/04/2009 - 08:30 às 17:30 horas /
25/04/2009 - 08:00 às 18:30 horas. http://www.sbp.org.br
The Asia Pacific divisons of the IAP (APIAP) meeting - 20
a 23 de agosto, Le Meridien Resort and Convention Centre, Kochi, India. http://
www.apiap2009.com e http://www.acp.cuhk.edu.hk/app
XVIII Porto Cancer Meeting & 1st Joint Meeting Bordeaux - Molecular Tools Applied to Breast, Thyroid and Hematopathology – 02 e
03 de abril, Porto, Portugal. Local: Auditorium of IPATIMUP (Institute of Molecular
Pathology and Immunology of the University of Porto) http://www.ipatimup.pt/
cancermeeting
julho, Convention Center, Graz, Austria. Telefones: 43-316-385-2423 e 43-316385-4957 Email: [email protected]
22nd European Congress of Pathology - 05 a 10/09/2009. Local: Florença, Itália - Palazzo dei Congressi and Palazzo degli Affari Piazza Adua, 1.
Site: http://www.ecp2009.org/index.php
XXVII Congresso Brasileiro de Patologia - 28 a 31 de outubro
de 2009 - Búzios, RJ.
AGENDA
2009
CONCAN 2009 - XVIII Congresso Brasileiro de Cancerologia - 28 a 31/10/2009. Local: Expo Unimed Curitiba, PR. Site: http://www.
concan2009.com/
XXVII Congreso de la Sociedad Latinoamericana de
Patologia - 02 a 06 de novembro de 2009. Antigua - Guatemala. Site:
http://www.congresoslap2009.com/
10 Congreso Virtual Hispanoamericano de Anatomia
Patologica - 01 a 20 de novembro, http://www.conganat.org/10congreso
2010
XXVIIIth Congress of the International Academy of
Pathology - 11 a 15 de outubro de 2010. São Paulo, Brasil
3º Encontro do Núcleo de Especialidades da Sociedade
Brasileira de Patologia - 04 de abril, São Paulo. Local: Departamento
de Patologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) Endereço: Rua Botucatu,
740 - Vila Clementino, São Paulo/SP Horário: 08h00 às 18h00 Obs: Não serão feitas inscrições no local. Depósitos até 02/04/09. Telefone: (11) 5571-5298 e 55725349. http://www.sbp.org.br/Eventos/eventoslista.aspx
Dermatopatologia para a rotina do patologista e problemas diagnósticos nas neoplasias da tireóide - 18 e 19
de abril, com as Dras. Maria Letícia Cintra e Patrícia Sabino de Matos, ambas da
UNICAMP. Local: Marante Plaza Hotel, em Boa Viagem, Recife.
Curso de atualização em tumores de partes moles com
Dr. Antonio Nascimento, da Mayo Clinic - 11 e 12 de junho.
Local: Marante Plaza Hotel, em Boa Viagem, Recife.
Curso de patologia ginecológica com a Dra. Esther Oliva, do Massachusetts General Hospital, Boston - 18 de
junho no Marante Plaza Hotel, em Boa Viagem, Recife e em 20 de junho em São
Paulo.
6th Summer Academy of Dermatopathology - 20 a 24 de
O PATOLOGISTA
11
A Comissão Científica do XXVII Congresso Brasileiro de Patologia – Búzios – 2009
tem o prazer de convidá-lo para submeter seus resumos de temas livres. A data
limite para o envio de resumos é 15 de junho de 2009.
Detalhes de todas estas informações você verá no site - www.
congressodepatologia.com.br - onde você poderá fazer a sua inscrição. Até o dia 30 de abril você poderá parcelar a sua inscrição
em até 4 vezes.
Não deixe de visitar o local do evento - http://www.atlanticobuzios.com.br.
BÚZIOS
Distante cerca de 180 km a noroeste do Rio de Janeiro, Armação
dos Búzios, por ser uma península rodeada de ilhas e de belas
praias, é um destino turístico internacional. A beleza das 26
praias, o charme da antiga aldeia de pescadores, os restaurantes
típicos e os internacionais, a famosa Rua das Pedras e sua natureza agreste, entre outros atrativos, nos induzem, naturalmente, a
querer conhecer essa linda cidade.
PROGRAMAÇÃO
A programação científica do Congresso será norteada pelo lema
do “aprimoramento do diagnóstico através da correlação”, consistente na contribuição proveniente das especialidades médicas
que interagem com a anatomia patológica.
Os benefícios da integração para conclusão do diagnóstico cito
e histológico serão enfocados por meio de ferramentas de apoio,
como os aspectos clínico-radiológicos, técnicas imunoistoquímicas e moleculares.
Os temas propostos serão apresentados em jornadas de abertura, mesas redondas, conversas com especialistas, seminários de
lâminas, conferências e simpósios satélites, que permitirão esclarecer dúvidas referentes à patologia de vários sistemas.
Os temas livres, incluindo os pôsteres, terão espaço para discussão em sessão plenária, prestigiando assim o trabalho dos jovens
patologistas.
O ensino da patologia e as atividades profissionais também
terão lugar de destaque. E, mais uma vez, a aguardada sessão interativa será certamente um momento de aprendizado associado
a grande descontração.
Convidados internacionais já
confirmados:
Anais Malpica (USA)
André Oliveira (USA)
Antonio Nascimento (USA)
Beatriz Lopes (USA)
Cristina Magi-Galluzzi (USA)
Edneia Tani (Suécia)
Eduardo Santini (Argentina)
Fernando Schmitt (Portugal)
Jennifer Herrick (USA)
Lori Erickson (USA)
Maria Haydee Aunchayna (Uruguai)
Mary Bronner (USA)
Massimo Roncalli (Itália)
Norma Ofélia Uribe-Uribe (México)
Philippe Vielh (França)
Saul Suster (USA)
Yasodha Natkuman (USA)
INTERNATIONAL ACADEMY OF PATHOLOGY
Notícia do XXVIII Congresso Internacional da IAP em São Paulo, 2010
Como publicado na edição anterior, a organização do Congresso continua em fase acelerada. O
Comitê Científico reúne-se com frequência na sede
da Agência SOMA (organizadora do evento).
Temos 26 sub-especialidades e no momento
muitas áreas já estão com a grade científica pronta
e com os nomes dos speakers estrangeiros confirmados.
O próximo passo é organizar a divulgação do
Passagem da bandeira da IAP para o
congresso no USCAP Annual Meeting 2009, em
Congresso de 2010
07-13 de Março. No evento o Dr. Marcello Franco,
presidente do Congresso fará contato com empresas em busca de parcerias, divulgar o
congresso e participar da “Business Meeting” com a Diretoria da IAP, com a finalidade de
apresentar os avanços da organização do IAP 2010.
Os temas das apresentações dos quatro key-note lecturers são:
KN 1 – Dra. Núbia Muñoz, M.D. – “From Causality to Prevention: The Case of Cervical
Cancer”
KN 2 – Jorge Reis Filho, M.D. – “Breast Cancer & Molecular Biology”
KN 3 – Christopher Fletcher, M.D. – “How Should Surgical Pathology Evolve?”
KN 4 – Elaine Jaffe, M.D. – “Lymphoma: The microscope as a tool for disease discovery”
Conforme já foi informado, a comissão organizadora decidiu planejar sessões plenárias no final de cada dia do congresso e alguns temas das apresentações já confirmados:
Stand de Divulgação IAP Congress 2010,
São Paulo, Brazil
PL 1 – Juan Rosai, M.D. – CDI – “Tema a ser definido“
PL2 – Jared N. Schwartz, M.D. – FCAP – ”Pathology today. The College of American Pathologists
point of view”
PL3 – Robert Osamura, M.D. – Tokai University
– “Pathology for tomorrow in personalized medicine”
PL4 – Manuel Sobrinho Simões, M.D. – IPATIMUP
– “Who are we? Poor metagenomics surgical pathologists in a globalized world”
Desde já agradecemos a contínua colaboração de todos os conveners brasileiros e
de todos os membros dos Comitês: Científico, Organizador e Social que estão realizando
um intenso trabalho para que este evento seja um SUCESSO e um marco na história da
Patologia Brasileira.
Bons trabalhos e muito obrigado por tudo.
Prof. Dr. Marcello Franco (E-mail: [email protected])
Presidente do XXVIIIth International
Congress of the International Academy of Pathology
Informações: Agência SOMA Eventos
e-mail: [email protected] ou acesse o site www.iap2010.com
JORNAL BRASILEIRO DE PATOLOGIA E MEDICINA LABORATORIAL
Prezado Associado,
O Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (JBPML) é uma publicação oficial da Sociedade Brasileira de Patologia, possui indexação no
LILACS e é integrada na base de dados SciELO.
Em contínuo esforço para que o JBPML aproxime-se, cada vez mais, dos padrões compatíveis
com as revistas científicas internacionais e para
garantir o elevado nível científico dos trabalhos
disponibilizados, foram realizadas importantes
modificações no processo editorial. Graças aos re-
12
O PATOLOGISTA
cursos de informática, todas as fases de submissão,
análise, revisão e publicação estão funcionando em
meio eletrônico, o que resulta em maior agilidade e
fidelidade do produto final.
Certamente muitos de vocês, nos últimos meses, participaram de congressos no Brasil ou no
exterior e levaram trabalhos, concluíram ou estão
realizando cursos de pós-graduação, e têm trabalhos de conclusão, dissertações e teses ainda não
publicadas.
A publicação de resultados de seus estudos no
JBPML é uma excelente oportunidade de torná-los
conhecidos e, além disso, de contribuir para que a
revista atinja nível de excelência para ser integrada
em bases de dados de circulação internacional.
Caso você já tenha algum artigo que queira publicar, acesse http://www.jbpml.org.br/sgp/ e siga
as instruções para submetê-lo à análise.
Dr. Alfredo José Afonso Barbosa
Editor – JBPML
Dra. Leila Chimelli
Vice-Presidente para Assuntos Acadêmicos

Documentos relacionados

Edição nº 99

Edição nº 99 Maria Salete Trigueiro de Araújo (PB); Albino Verçosa de Magalhães (DF); Carlos José Serapião (SC); Romualdo Correia Lins Filho (PE). Presidentes das Associações Estaduais Alagoas: Henrique de Oliv...

Leia mais

Suporte técnico e científico

Suporte técnico e científico Presidente: Carlos Renato Almeida Melo (RS); VicePresidente para Assuntos Acadêmicos: Albina M. A. Milani Altemani (SP); Vice-Presidente para Assuntos Profissionais: Carlos Alberto Fernandes Ramos ...

Leia mais

Edição nº 100

Edição nº 100 Semana passada soube, que cerca de dez internos haviam desistido da patologia, por serem apresentados à uma realidade de baixos salários e falta de perspectivas, durante o IV Fórum da Câmara Técnic...

Leia mais