As opções Anestésicas para uma Cesariana
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As opções Anestésicas para uma Cesariana
As opções Anestésicas para uma Cesariana Este folheto lhe presenteará alguma reflexão sobre a dor de parto, e o que pode ser feito para torna-la menos dolorosa. As pessoas responsáveis pelos seus cuidados (por exemplo, a parteira, o anestesista, ou obstetra) lhe fornecem informações úteis e relevantes sobre as possíveis soluções e tipos de alívio de dor que o Hospital ou Centro de Nascimento lhe pode dispor. Esperamos que, se saber o que esperar e que formas e tipos de alívio de dor está disponível, ao dar à luz o seu bebé irá ser uma experiência gratificante. Ao longo deste folheto, utilizamos as referências para mostrar onde pode encontrar as nossas informações. Esta instrução se encontra listada na página 15. Texto: Obstetric Anaesthetists’ Association O que esperar da experiência de Trabalho de Parto? Durante a sua gravidez, pode sentir alguma contracção no seu útero (Ventre). Estas contracções são designadas de contracções de Braxton [Braxton Hicks]. Quando é iniciado o trabalho de parto estas contracções tornam-se regulares e muito mais fortes. Estas contracções assemelham-se à da dor do período, e geralmente se tornam mais dolorosas quando se aproxima o fim da gravidez. Todas as mulheres têm experiências diferentes em relação às dores de parto. Normalmente, o seu primeiro parto será o mais longo. Se a medicamentação ser utilizada para realizar (indução) o trabalho de parto ou aumentar a velocidade do mesmo, as suas contracções poderão ser mais dolorosas. Maior parte das mulheres utiliza uma variedade de formas para lidar com a dor de parto. (consultar referência 1, na página 15). É boa ideia ter uma mente aberta e ser flexível a novas ideias. Preparação para o trabalho de parto As aulas pré-natais para futuros pais têm por objectivo ajuda-la a se preparar para o nascimento do seu bebé. Estas aulas são geridas por parteiras e outras organizações que prestam apoio aos pais durante o processo de gravidez até dar à luz. As aulas vai ajuda-la entender o que vai suceder em trabalho de parto e ao mesmo tempo poderá ajuda-la a se sentir menos ansiosa. Nas aulas de pré-natal, a parteira lhe fornecerá informações úteis acerca do que estará disponível para reduzir a dor de parto. Se necessitar de mais informações sobre as Analgesias Epidurais (uma injecção no fundo das suas costas que vai anestesiar a parte inferior do seu corpo), a parteira pode providenciar mais instruções. Durante as aulas Pré-natais a parteira lhe informará sobre o que estará disponível para reduzir a dor de parto. Se necessitar de mais informações sobre Analgesias Epidurais (uma injecção administrada nas suas costas que tem por função atordoar a parte inferior do seu corpo), a parteira pode lhe dispor uma consulta com o anestesista para poder falar e esclarecer suas dúvidas acerca do assunto. Se por algum motivo não poder comparecer às aulas pré-natais, deverá perguntar à parteira sobre quais os meios que se encontram disponíveis para reduzir a dor. Poderá ainda discutir sobre estes meios com a parteira responsável pelos seus cuidados enquanto você estar em trabalho de parto. O local que escolher para dar à luz pode condicionar o tipo de dor. Se sentir-se à vontade no local do parto, poderá encontrar-se mais relaxada e menos ansiosa sobre o trabalho de parto. (consultar referência 2, página 15). Para algumas mulheres, isto significa dar à luz em casa, no entanto outras mulheres se sentem mais seguras e confortáveis com o apoio prestado num Hospital ou Centro de Nascimento. Muitos hospitais tentam tornar as salas de parto mais acolhedoras, e encorajam os futuros pais trazer a sua própria música de forma ajudá-los a se sentir mais relaxados. Se está a planear dar à luz num hospital ou num centro de nascimento, pode ser útil visitar esses mesmos estabelecimentos de forma a ter conhecimento acerca das alternativas e instalações que dispõem. Ter um amigo, ou parceiro a acompanha-la durante o trabalho de parto pode ser benéfico para si (consultar referência 3, página 15). É importante comunicar com o seu parceiro acerca das suas preocupações e sobre o que deseja, de forma a poder ser ajudada a focar-se durante o nascimento do seu bebé. Que tipos de alivio de dor se encontra disponível? É difícil saber que tipo de alívio de dor poderá ser a mais indicada para si. A parteira, que está a acompanhá-la durante o trabalho de parto deverá ser a melhor pessoa para lhe transmitir conselhos. Aqui está alguma informação acerca dos principais métodos de alívio de dor disponíveis. Métodos de auto-ajuda Respirar calmamente pode aumentar o oxigénio que é fornecido aos seus músculos, tornando assim, a dor menos intensa. Está mais concentrada na sua respiração e menos distraída pela dor. Poderá ser mais difícil se encontrar relaxada quando está a sentir dor, por isso mesmo a prática de técnicas de respiração assume um papel relevante antes do trabalho de parto. Existem diferentes formas de você aprender a relaxar. Uma massagem quando está em trabalho de parto é muito reconfortante e animadora. Uso da piscina de “parto” durante o parto Não há muitos estudos que consigam averiguar os benefícios ou riscos da utilização da piscina de “parto”. Contudo, tem se verificado que se o parto for realizado na água você poderá comprovar que será menos doloroso, sendo desnecessário administrar substâncias (via epidural) para a redução da dor. (consultar referência 4, página 15). Existem algumas preocupações acerca se a água está quente demais, pois o bebé pode apresentar sinais de sofrimento durante o parto, mas os estudos demonstraram que ao dar a luz, seja dentro de água ou fora da mesma, os riscos serão os mesmos. A parteira vai continuar a acompanhar o seu progresso e o bem-estar do seu bebé. A maioria das maternidades possuem piscinas de parto, mas estas podem não estar disponíveis quando necessárias. Vale a pena verificar previamente com a sua parteira se há uma piscina disponível e se existe condições de ser utilizada. Teorias Complementares (Estas não usam medicamentos) As Terapias complementares (por exemplo, aromaterapia) pode ajudar algumas mulheres a lidar com a dor durante o parto. Se está pensando em usar estes métodos, é importante que obtenha o conselho de uma pessoa treinada nessa terapia. Este folheto não abrange a homeopatia (utilização de ingredientes diluídos para reduzir a dor) e fitoterapêuticos – Remédios naturais (produzido a partir de plantas). Aromaterapia envolve o uso de óleos essenciais concentrados para reduzir o medo, melhorar o bem-estar e incentivá-la a continuar. Reflexologia baseia-se na ideia de que os pontos localizados nas suas mãos e pés se relacionam com outros pontos espalhados pelo resto do seu corpo. Nós não sabemos como esta terapia funciona, mas pode trabalhar de forma semelhante ao da acupunctura (consulte abaixo). Normalmente um reflexologista massaja os pontos dos seus pés que se relacionam com as partes do seu corpo que normalmente costumam ser dolorosas em trabalho de parto. Hipnose e Acupunctura Estas duas terapias estão a ser utilizadas cada vez pelas mulheres para ajudalas com a dor de parto. Poucas maternidades fornecem estes serviços nas NHS (National Health System – Sistema Nacional de Saúde), sendo assim você vai precisar de conhecer um terapeuta qualificado antes de realizar trabalho de parto. A Hipnose pode distrai-la da dor. Pode estar a ser treinada para fazer a hipnose a si mesma (auto-hipnose), a qual vai necessitar de praticar enquanto estiver grávida. Caso contrário, uma hipnoterapeuta terá de estar perto de si durante o parto. Acupunctura envolve a colocação de agulhas em pontos do seu corpo para ajudar a reduzir a dor. O terapeuta terá de estar presente durante o seu trabalho. Alguns estudos indicam que mulheres que usaram estas terapias sentiram mais controle das dores de parto e usaram menos medicação para reduzir a dor (visualizar referência 5, página 15). No entanto, nem em todas as partes do país têm terapeutas com estas técnicas/estratégias/capacidades, e o seu tipo de apoio pode ser muito dispendioso. Estimulação Eléctrica Transcutânea (TENS) Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) A TENS é uma máquina que aplica pulsos de energia que por sua vez é transmitida através de quatro planos de almofadas presas às suas costas. Estes pulsos de energia criam uma sensação de formigueiro. Você pode controlar a intensidade da corrente. Às vezes é útil no inicio do trabalho de parto, particularmente para a dor de costas. Se optar por esta terapia, você pode começa-la em casa. Alguns hospitais podem empresta-las. Não tem efeitos nocivos conhecidos para o seu bebé. Enquanto você controla o seu trabalho de parto apenas com a ajuda do TENS, é mais provável que necessite mais tarde de outros tipos de alívio de dor, em trabalho de parto. Entonox Entonox é um gás composto por 50% de óxido nitroso e 50% de oxigénio. O Entonox é também chamado de gás e ar Respire o Entonox através de uma máscara ou bocal. É simples e rápido para agir, e evapora em poucos minutos Poderá se sentir com tonturas ou náuseas por um curto período de tempo. Não prejudica o seu bebé e lhe fornece algum oxigénio extra, o que pode ser bom para si e o seu bebé. Não vai fazer com que a dor desapareça completamente, mas pode ajudar Pode usa-lo a qualquer momento durante o parto. Pode controlar a quantidade de Entonox que pretende usar, mas para obter o melhor efeito o “timing” é importante. Deve começar a respirar Entonox assim que sentir uma contracção chegar, deste modo obterá o efeito completo quando a dor atingir o seu auge. Não deve usa-lo entre as contracções ou por longos períodos de tempo, pois nesta situação pode fazer você se sentir sem orientação. Em alguns hospitais, outras substâncias podem ser adicionadas ao Entonox de forma a torna-lo mais eficaz, mas essas mesmas substâncias pode fazer você se sentir sonolenta. Opiáceos: A Morfina em forma de Analgésicos Os Opiáceos incluem analgésicos como a petidina (pethdine), bem como a diamorfina (diamorphine) (que esta sendo cada vez mais utilizado no Reino Unido). Exemplos de outros opiáceos incluem morfina, fentanil (fentanyl), remifentanil (remifentanil) e meptazinol (meptazinol). Estes analgésicos agem de forma idêntica à morfina. Os Opiáceos são servidos por uma parteira, esta injecta-os num músculo do seu braço ou perna. O alívio da dor é muitas vezes limitado. Os efeitos começam depois de meia hora e pode durar algumas horas. O efeito sobre a dor é menor do que o Entonox. Apesar do alívio da dor ser limitada, algumas mulheres dizem que os opiáceos as fazem sentir mais relaxadas e menos preocupadas com a dor (consultar referência 6, na página 15). Outras mulheres estão decepcionadas com o efeito dos opioides no controlo da dor e dizem que se sentem com menos controle. Efeitos Secundários Os opioides podem provocar sonolência. Podem fazer com que se sinta doente, mas normalmente é atribuído medicação anti-doença para anular o processo. Os opioides retardam o esvaziamento gástrico, o que pode ser um problema se você necessitar de uma anestesia geral. Os opioides podem retardar a sua respiração. Caso esta situação suceda, poderá lhe ser fornecido oxigénio a partir de uma máscara facial e os seus níveis de oxigénio serão monitorizados. Os opioides podem retardar o seu bebé de iniciar a sua primeira respiração, mas uma injecção pode ser administrada para que o bebé aja normalmente. Os opioides podem tornar o seu bebé sonolento, e esta situação poderá significar que não o pode amamentar como o normalmente o faria (especialmente se tiver sido administrado petidina [pethidime]). Se lhe for dado opioides um pouco antes de dar à luz ao bebé, o efeito no seu bebé é muito pequeno. Analgésica controlada pelo paciente (PCA) Patient-controlled analgésica (PCA) Os Opioides também podem ser administrados por via intravenosa para um efeito mais rápido, utilizando uma bomba para controlar, premindo um botão localizado na própria bomba. Esta analgésica (PCA) se encontra disponível em alguns hospitais se a Analgésica epidural (injecção administrada em suas costas para adormecer a parte inferior do seu corpo) não for possível, ou não seja opcional. Esta analgésica (PCA) permite que se auto administre com pequenas doses de opioides, quando sentir necessidade. Você detém o controlo sobre a quantidade de opioides que utiliza. Por questões de segurança, a analgésica (PCA) tem um mecanismo que evita que utilize demasiados opioides. No entanto, se utilizar analgésica (PCA) por longos períodos de tempo, os opioides poderão acumular-se em seu corpo fazendo com que aumente os efeitos colaterais (ou secundários) sobre si própria e seu bebé. Em algumas maternidades, poderá lhe ser entregue um analgésico (PCA) com outro opioide chamado remifentanil [remifentanil] (consultar referências 7 e 8 na página 15). O seu corpo ressente-se do uso de remifentanil, por isso mesmo, os efeitos de cada dose não duram muito tempo. Estes opioides têm um forte efeito sobre a dor, mas também é mais provável que abrande a sua respiração, por isso mesmo a sua respiração precisa de ser cuidadosamente monitorizada. No entanto, os efeitos do remifentanil podem ser revertidos rapidamente e não afecta o seu bebé. Epidurais e Raquidianas Epidurais e raquidianas são os métodos mais complicados para o alívio da dor, e estes mesmos são realizados por um anestesista. Um anestesista é um médico especialmente treinado para proporcionar um alívio de dores preceituando medicamentos para você descansar. O alívio da dor durante as operações pode ser fornecidos através de uma anestesia geral, analgésicos epidurais ou raquidianas. Para mais informações sobre estes tipos de anestesia para um caso de Cesariana, por favor leia o nosso folheto “Seu Anestésico para a Cesariana” [Your Anaesthetic for Caesarean section]. A última página deste folheto dizlhe como obtê-lo. As Epidurais e as Raquidianas são o método mais eficaz de alívio da dor. Para uma Epidural, o anestesista coloca a agulha na parte inferior das suas costas e usa-a para colocar um cateter epidural (um tubo muito fino) perto dos nervos da sua coluna. O cateter epidural é deixado no lugar enquanto a agulha é retirada, nesta fase é lhe dada analgésicos durante o trabalho de parto. Os analgésicos podem ser anestésico local (que entorpece os nervos), pequenas doses de opioides, ou uma mistura de ambos. Um Epidural pode levar 40 minutos para aliviar a dor (inclui o tempo de colocação do cateter epidural e a espera até que os medicamentos comecem a actuar). Um epidural não deve fazer com que se sinta sonolenta ou doente. Ter um epidural aumenta a chance do seu obstetra precisar de usar uma ventosa (uma tampa de sucção sobre a cabeça do bebé) ou fórceps para entregar o seu bebé. Um Epidural também pode ser usado para ajudar com alívio da dor se necessitar de uma ventosa, fórceps ou uma cesariana. Um Epidural não terá praticamente nenhum efeito sobre o seu bebé. Raquidianas e espinhal epidural combinada (CSE) [Spinal and combined spinal-epidural] As epidurais demoram bastante a actuar, especialmente se teve uma tarde em trabalho de parto. Se os analgésicos forem colocados directamente no saco de líquido em torno dos nervos de suas costas, eles agem mais rapidamente. Isto é designado de raquidiana. É dada uma injecção “one-off”, sem um cateter, ao contrário de um epidural. Se um cateter é colocado ao mesmo tempo, então neste caso designa-se de espinhal epidural combinada. Em alguns hospitais a espinhal epidural combinada é dado a quase todas as mulheres que querem o alívio da dor forte, em vez de um epidural. Em outros, a espinhal epidural combinada é utilizada e apenas para um pequeno número de mulheres. Quem pode e não pode tomar um epidural? Um Epidural pode ser tomado pela maioria das pessoas, mas alguns condicionamentos médicos (como a espinha bífida, uma operação anterior nas suas costas, ou problemas a nível de coagulação do sangue) podem significar que não pode tomar um epidural. O melhor momento para descobrir se pode ou não tomar um epidural é antes de estar em trabalho de parto. Se tiver um trabalho de parto complicado ou longo, a sua parteira ou anestesista pode sugerir que você tome um epidural, pois pode ajudar você e seu bebé. Se você ter excesso de peso, os efeitos do epidural pode tornar-se mais dificultado e demoroso. No entanto, uma vez administrado você terá todos os seus benefícios. O que um Epidural envolve? Primeiro, uma cannula (tubo de plástico fino) será colocado em uma veia da sua mão ou braço, e normalmente vai ter um saco de soro (fluido intravenoso) circulando também (também pode precisar de soro, também caso se sinta doente, em trabalho de parto, como suplemento de medicação o que vai acelerar o trabalho de parto). Sua parteira ira pedir-lhe para se colocar de lado e sentar-se para frente, seu anestesista irá limpar as suas costas com um anti-séptico. Seu anestesista irá injectar um anestésico local em sua pele, assim colocar o epidural, não a ira magoar muito. O cateter epidural e’ colocada em suas costas perto dos seus nervos da coluna vertebral. Seu anestesista terá de ter cuidado para evitar a perfuração do saco de fluido que envolve a espinal-medula, pois neste caso pode lhe provocar uma dor de cabeça. É importante manter-se quieta enquanto o anestesista esta colocando o epidural, mas após o cateter epidural ser colocado no lugar com fita, você pode mover-se livremente. Uma vez que a cateter epidural está colocada, será dados analgésicos através da cateter. Geralmente leva cerca de 20 minutos para a preparação do epidural e 20 minutos para começar o alívio da dor. Enquanto o epidural está começando a funcionar, a sua parteira medirá regularmente a sua pressão arterial. O seu anestesista irá verificar se os analgésicos estão a sortir efeito nos nervos, colocando um cubo de gelo na sua barriga e pernas, perguntando-lhe se sente algum frio. Às vezes, a epidural pode não funcionar bem nas primeiras tentativa e seu anestesista precisa de ajusta-lo ou até mesmos tirar o cateter epidural e coloca-lo novamente. Durante o trabalho de parto, pode ter doses extras de analgésicos através do cateter epidural ou através de uma injecção rápida (top-up), um fluxo lento e constante através do uso de uma bomba controlada pelo paciente – analgésico epidural. (PCEA) Sob controlo da analgésica epidural, você pode administrar-se com doses de analgésico quando necessita, pressionando um botão que localiza-se na bomba. Em cada hospital haverá apenas um ou dois desses métodos para manter o alívio da dor epidural. Depois da epidural top-ups, a parteira medirá a sua pressão arterial de forma regular da mesma forma aquando o epidural foi iniciado. O objectivo do epidural passa por eliminar a dor das contracções. Normalmente, a epidural elimina completamente a dor durante o nascimento do bebé. Algumas mulheres preferem ter algum sentimento/pensamento durante o parto para que tenham uma boa ideia de como empurrar o bebé para fora. O epidural pode não ser ajustado de forma exacta, por isso mesmo, você obter um sentimento/pensamento aquando do nascimento do bebé, haverá mais possibilidade de você ter uma sensação desagradável. Actualmente é possível reduzir a dor de parto sem adormecer a parte inferior do seu corpo e suas pernas. Este método moderno é chamado de mobile epidural. Se sentirá capaz de amamentar seu bebé após a epidural. E se eu precisar de uma operação? Se você precisar de uma cesariana, a epidural é muitas vezes utilizada em vez de uma anestesia local. Um anestésico forte é injectado no cateter epidural no local de forma a adormecer o seu corpo e prepara-lo para a operação. É uma forma mais segura para si e o seu bebé do que ter uma anestesia local. Para mais informações sobre as epidurais e raquidianas para a cesariana, por favor leia o nosso folheto “ Seu Anestésico para a Cesariana” [Your Anaesthetic for Caesarean section]. A última página deste folheto informa-lhe como obtê-lo. Benefícios e os riscos dos epidurais Como obtemos os nossos factos? Obtemos os nossos factos a partir de estudos randomizados e estudos observacionais. Estudos randomizados são quando as mulheres têm um ou outro tipo de tratamento e os efeitos dos diferentes tratamentos são comparados. Os estudos normalmente comparam mulheres que tomaram um epidural com as mulheres que utilizam outro tipo de analgésicos (como os opioide ou o Entonox) durante o parto. A referência 9 na página 15 é uma revisão de todos os artigos publicados e estudos randomizados sobre o uso de epidurais no trabalho de parto. Foi realizado pela base de dados Cochrane, uma organização científica independente. Os efeitos do epidural que abaixo são mencionadas fazem parte desta revisão, a menos que nós daremos uma referência diferente. Em alguns estudos randomizados, todas as mulheres administraram um epidural, mas a quantidade de opioides, que é usado no epidural foi decidido aleatoriamente. Estudos observacionais verificaram que um grande número de mulheres tomaram uma epidural para ver o que sucedia durante e depois. Está era a única maneira de encontrar o risco de eventos muito raros. A seguinte informação é baseada em resultados de estudos randomizados. Benefícios em tomar uma Epidural? Os Epidurais diminuem a dor durante o trabalho de parto mais do que qualquer outro tratamento. Com um epidural, há menos ácido no sangue do bebé recém-nascido (consultar referência 10 na página 15). Com os epidurais, há menos necessidade do uso de medicação para fazer com que o bebé comece a respirar quando nasce, em comparação aos opioides dados de outras formas (no musculo ou na veia). Coisas que um epidural não faz a diferença Com um epidural, você tem uma maior chance de não ter uma cesariana. Não há dor nas costas a longo prazo. Dor nas costas é comum durante a gravidez e, muitas vezes prolonga-se. Pode ter um ponto sensível em suas costas depois de um epidural, que raramente pode durar meses (consultar referência 11 na página 15). Riscos enquanto a epidural esta sendo usada Com um epidural, a chance de o obstetra usar uma ventosa ou fórceps para dar à luz o seu bebé é de 14%. Sem um epidural é de 7%. Com um epidural, a segunda fase do trabalho (quando o colo do útero esta dilatado) é maior, e é provável que necessite de medicação (oxitocina) [oxytocin] para tornar as contracções mais fortes. Tem mais hipótese de ter a pressão arterial baixa. As suas pernas podem sentir-se fracas, enquanto o epidural está actuando. Poderá ter dificuldade em urinar. Provavelmente necessitará de ter um tubo na bexiga (cateter de bexiga) para drenar a urina. Pode sentir um formigueiro Poderá desenvolver uma febre, que pode estar associada com a angústia do bebé. Se for dadas altas doses de opioides através do epidural, o seu bebé recémnascido, pode necessitar de ajuda para poder respirar (consultar referência 12, na página 15) e você pode ter menos probabilidade de poder amamentar (consultar referência 13, na página 15). Outros Riscos Em média tendo uma epidural não lhe atribui um maior risco de dor de cabeça. No entanto, cerca de uma em 50 mulheres que têm um epidural têm uma bolsa de líquido que rodeia a sua espinal-medula perfurado pela agulha epidural (designa-se de “punção”). Se isso acontecer com você, pode sentir uma dor de cabeça severa que pode durar dias, ou semanas, se não for tratado (consultar referência 14, página 15). Se desenvolver uma dor de cabeça severa, o anestesista deve falar consigo de forma a dar-lhe conselhos sobre o tratamento que você poderia ter. A seguinte informação é baseada nos resultados de estudos observacionais Os riscos de epidurais e raquidiana são mostrados numa tabela na página 14 (consultar referências 15-20 na página 15). Cerca de uma em cada 13.000 mulheres fica com uma lesão de longa duração no nervo após um epidural, causando problemas, tais como um músculo fraco, uma sensação de formigueiro ou demência em uma perna. Entretanto, o dano do nervo após dar à luz pode acontecer se você ter um epidural ou não, (Consultar referência 15 página 15) e é na verdade cinco vezes mais comum sem um epidural, com uma em cada 2.500 mulheres a ser afectados por esta situação Não há nenhuma evidência para mostrar que ter um epidural enquanto estiver em trabalho de parto faz com que os nervos situados na sua coluna tornem-se permanentemente inflamados (isto é, inchados e doloridos). Consultar referência 21, na página 15. Se está preocupada com o risco de problemas graves que pode acontecer com uma epidural, pode falar com o seu anestesista sobre o assunto. Risco de ter um epidural ou raquidiana para reduzir a dor de parto Tipo de Risco Com que frequência O quão comum é? acontece? Queda significativa Uma em cada 50 da pressão arterial mulheres Não funciona bem o suficiente para Uma em cada 8 Ocasional reduzir a dor de mulheres Comum suficiente para uma Uma em cada 20 Às vezes cesariana, por isso mulheres trabalho de parto, necessita de outras formas para diminuir a dor Não funciona bem o mesmo necessita de uma anestesia geral Dor de cabeça severa Uma em cada 100 mulheres (epidural) Incomum Uma em cada 500 mulheres (espinhal) Lesão do nervo Temporariamente – (adormentação uma em cada 1000 temporária, na perna mulheres Raro ou no pé) Efeitos duradouros Permanente – uma em por mais de 6 meses cada 13. 000 Raro Mulheres Abcesso epidural Uma em cada 50.000 (infecção) mulheres Muito Raro Meningite Uma em cada Muito Raro 100,000 mulheres Hematoma Epidural Uma em cada (coagulo Sanguíneo) 170,000 mulheres Inconsciência Uma em cada Acidental 100.000 mulheres Ferimentos graves, Uma em cada 250, incluindo paralisia 000 mulheres Muito Raro Muito Raro Extremamente Raro A informação disponível a partir dos documentos publicados não fornece números exactos para os riscos apresentados. A tabela apresentada em cima apresenta valores estimados que podem ser diferentes em diferentes hospitais. Referências: 1 Intrapartum care. Care of healthy women and their babies during childbirth. National Collaborating Centre for Women’s and Children’s Health. Commissioned by the National Institute for Health and Clinical Excellence. 2007 RCOG Press, London. 2 Waldenstrom U Nilsson CA. Experience of childbirth in birth center care. A randomised controlled study. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica 1994; 73: 547-554. 3 Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr G J, Sakala C. Continuous support for women during childbirth. Cochrane Database of Systematic Reviews 2003, Issue 3. Article Number: CD003766. Date of Issue: 10.1002/14651858.CD003766. 4 Cluett E R, Nikodem VC, McCandlish RE, Burns EE. Immersion in water in pregnancy, labour and birth. Cochrane Database of Systematic Reviews 2002, Issue 2. Article Number: CD000111. Date of Issue: 10.1002/14651858.CD000111.pub2. 5 Smith CA, Collins CT, Cyna AM, Crowther CA. Complementary and alternative therapies for pain management in labour. Cochrane Database of Systematic Reviews 2006, Issue 4. Article Number: CD003521. Date of Issue: 10.1002/14651858.CD003521.pub2. 6 Olofsson C, Ekblom A, Ekman-Ordeberg G, Hjelm A, Irestedt L. Lack of analgesic effect of systemically administered morphine or pethidine on labour pain. British Journal of Obstetrics and Gynaecology 1996; 103: 968-972. 7 Volmanen P, Akural E, Raudaskoski T, Ohtonen P, Alahuhta S. Comparison of remifentanil and nitrous oxide in labour analgesia. Acta Anaesthesiologica Scandinavica 2005; 49: 453-458. 8 Volikas I, Butwick A. Maternal and neonatal side effects of remifentanil PCA. British Journal of Anaesthesia 2005; 95: 504-509. 9 Anim-Somuah M, Smyth R, Howell C. Epidural versus non-epidural or no analgesia in labour. Cochrane Database of Systematic Reviews 2005, Issue 4. Article Number: CD000331. Date of Issue: 10.1002/14651858.CD000331.pub2. 10 Reynolds F, Sharma S, Seed PT. Analgesia in labour and funic acid-base balance: a meta-analysis comparing epidural with systemic opioid analgesia. British Journal of Obstetrics and Gynaecology 2002; 109: 1344-1353. 11 Russell R, Dundas R, Reynolds F. Long term backache after childbirth: prospective search for causative factors. British Medical Journal 1996; 312: 13841388. 12 COMET Study Group UK. Effect of low-dose mobile versus traditional epidural techniques on mode of delivery: a randomised controlled trial. Lancet 2001; 358: 1923. 13 Beilin Y, Bodian CA, Weiser J, Hossain S, Arnold I, Feierman DE, Martin G, Holzman I. Effect of labor epidural analgesia with and without fentanyl on infant breast-feeding: a prospective, randomized, double-blind study. Anesthesiology 2005; 103: 1211-1217. 14 Sudlow C, Warlow C. Epidural blood patching for preventing and treating postdural puncture headache. 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Gostaríamos de agradecer ao Dr. Michael Wee (ex-presidente, do Subcomité de informação para as Mães), Dr. Michael Bryson, Dr. Roshan Fernando e o Professor Felicity Reynolds pelos seus trabalhos em edições anteriores. As informações contidas neste guia são baseadas em evidência. Algumas das publicações que possuímos estão listadas na página 15. Produzimos também um folheto para as mães, intitulada: O seu Anestésico para uma Cesariana [Your anaesthetic for Caesarean section] e dois filmes em duplo DVD chamado Lidar com a dor do parto [Coping with Labour Pain] e O seu Anestésico para uma Cesariana [Your Anaesthetic for Caesarean section] Pode descobrir outros folhetos e em diferentes idiomas no nosso site Pode também obter informações sobre o alivio da dor em trabalho de parto através do website da National Childbirth Trust, em www.nct.org.uk, ou então o site de Midwives Information and Resource Service (MIDIRS) em: www.infochoice.org. Juntamente com Royal College of Anaesthetists produzimos mais informações sobre os epidurais incluindo Dor de cabeça após um epidural ou uma anestesia espinal e dano do nervo associado com uma espinal ou injecção epidural. Pode descarrega-las a partir de: www.youranaesthetic.info. Pode obter copias extras de ambos os folhetos (em embalagens de 50 ou 750) e o DVD duplo através do preenchimento do formulário pedido no seguinte website www.oaamothers.info OAA Secretariat Telefone: +44 (0) 20 8741 1311 E-mail: [email protected] Website: www.oaaformothers.info Registered Charity No 1111382 © Obstetric Anaesthetists’ Association 2009 3rd edition, January 2008, reprinted October 2009
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