Exploração `verde` no azul profundo
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Exploração `verde` no azul profundo
HYDRO INSIDE Revista global para os empregados da Hydro – N.o 3 – 2007 Exploração ‘verde’ no azul profundo e mais >>> Eo vencedor é… > 6-7 Despedida em Bécancour > 14-17 Proteja bem as informações > 26-29 Boas ações recompensadas pelo mundo afora > 34-35 Gostaria de agradecer aos competentes e dedicados gerentes e demais empregados da nossa fábrica de magnésio em Bécancour, Canadá, que em março entrou em processo de encerramento da produção, depois de 20 anos em funcionamento. Apesar dos magníficos esforços feitos para administrar uma das mais modernas fábricas de magnésio do mundo, não foi possível competir com os baixos preços dos concorrentes da Ásia. Agora, eles estão preparando a fábrica para o fechamento e também organizando os próprios futuros com a nossa ajuda. Você poderá ler mais sobre os empregados de Bécancour neste número da revista. Juntese a mim para desejar a todos eles muita sorte nesses tempos de grandes desafios. Como todos sabem, nós já descobrimos o “petróleo fácil”. Para atender à demanda de um mundo cada vez mais ávido por energia, temos de procurar petróleo em lugares e sob condições de dificuldade até agora nunca antes experimentados. Às vezes os desafios são meramente técnicos; mas também podem ser políticos e ambientais. Ou uma combinação destas três ordens. O poço de exploração Nucula, no Mar de Barents, ao norte da Noruega, é um bom exemplo. Nós demos prosseguimento aos trabalhos, levando em consideração as preocupações que muitos tinham com o frágil equilíbrio ambiental dessa região. A liderança da Hydro, em termos de competência e tecnologia de exploração do mais alto grau, contribuiu para a conclusão bem-sucedida do projeto de perfuração. Embora ainda seja muito cedo para determinar se a descoberta é comercialmente viável, estamos muito entusiasmados com os dados preliminares. A perfuração do poço Nucula foi um sucesso em muitos aspectos: achamos o que estávamos procurando, e tudo foi feito sem causar nenhum dano ao meio ambiente da região Ártica. A operação assegura um perfil ambiental que nos enche de orgulho. Meus parabéns a todos os envolvidos no projeto. conteúdo there! hi&lo 13 hi5 40 4-5 Segurança ao invés de incerteza. Mesmo que ultimamente você não tenha sofrido nenhum acidente – ou sobretudo em caso negativo – você não pode esquecer-se de cuidar da segurança. 6-7 Duas vezes vencedora. Para a Hydro Polymers em Aycliffe, vencer o Prêmio da Presidência para Segurança, pela segunda vez, é um trampolim, não um pedestal. 8-12 Exploração ‘verde’ no azul profundo. O projeto de perfuração Nucula, no Mar de Barents, corresponde ao que há de melhor em exploração ambientalmente correta. 14-17 O último adeus. Empregados dão um triste adeus à fábrica de magnésio em Bécancour. 18-23 Água e luz. Quando as atividades de petróleo e gás da Hydro se unirem à nova empresa StatoilHydro, conforme planejado para este ano, as operações de energia hidrelétrica – que agora fazem parte da Oil & Energy – vão permanecer na Hydro. 24-25 Operadores apontam o caminho na Acro. Dizem que os aprimoramentos começam a acontecer quando a pessoa se olha no espelho. Uma equipe de operadores da unidade de Precision Tubing da Hydro, no Brasil, está fazendo isso mesmo – e o rendimento está aumentando. 26-29 Perdeu alguma coisa? Você trata a informação como um bem valioso? Como não? 30-31 Outra novidade em sondas de petróleo e gás. A “sonda slug” permite que pesquisadores em terra reproduzam fielmente as condições de alto-mar. 32-33 Recuperação do desempenho das fundições – grandes vantagens. O Centro de Referência em Alumínio ajuda a solucionar os problemas das fundições e otimiza as práticas de operação. 34-35 Ajudar faz bem. As contribuições que a Hydro fez a instituições de ajuda humanitária estão produzindo resultados benéficos em muitos lugares pelo mundo afora. 36-37 Uma vida de sucesso em alumínio. 38-39 Cartão-postal de Honningsvåg conteúdo hi!>equipe Editor-chefe > Cecile Ditlev-Simonsen Editor Geral > Craig Johnson ([email protected]) Conselho Editorial > Halvor Molland (Aluminium Metal), Ole Johan Sagafos (Aluminium Products), Bjørn Otto Sverdrup (Oil & Energy), Ragnvald Bertheussen (Other Businesses). Design e produção > item ltd e Media Center (3700160) >>> 6 26 8 32 14 próximo número Hydro demonstra como a exploração de petróleo e gás pode ser compatível com preservação ambiental. junho 2007 idéias? contatar: Craig Johnson Hydro (F472B) NO-0240 Oslo, Noruega craig.johnson@ hydro.com Foto: Samfoto/Bård Løken hi! 3 Segurança ao invés de incerteza Mesmo que ultimamente você não tenha sofrido nenhum acidente – ou sobretudo em caso negativo – você não pode esquecer-se de cuidar da segurança O chefe de segurança Gerhard Salzmann, o segundo à direita, e os membros da equipe de segurança fazem uma inspeção no departamento de acondicionamento. Da esquerda para a direita: Lorenz Zech, Christan Suppan, Daniele Drexel, Brunhilde Beck, Gerhard Salzmann e Christof Konzett. “O trabalho de um gerente de segurança se torna mais árduo quando não acontece nenhum acidente, pois é aí que fica mais difícil manter-se vigilante”, observa o gerente de segurança Gerhard Salzmann, da fábrica de extrusão da Hydro em Nenzing, na Áustria. “Quanto menor a incidência de quase-acidentes, maior a necessidade de ação e comprometimento quando se trata de saúde, meio ambiente e segurança”, são as palavras usadas por Salzmann. Pois se formos esperar que alguma coisa saia errado, aí já é tarde demais. Essa empresa, localizada na região de Vorarlberg, na Áustria, vem assumindo a liderança nas áreas de produtividade, eficiência, segurança e lucratividade, características freqüentemente atribuídas a essa que foi a primeira fábrica de extrusão da Hydro. Desde junho de 2004, Nenzing passou a estar ligada em termos organizacionais à fábrica de extrusão em Bellenberg, na Alemanha, uma parceria geralmente conhecida por Austria Nenzing Bellenberg (ANB). Para o gerente Gerhard Salzmann, é uma questão de usar a criatividade para identificar medidas cujo objetivo seja o de manter a concentração dos colegas firmemente focada na segurança. O empregado já reconhece que há uma conexão bem nítida entre grau mais alto de segurança e operação lucrativa. Foi criada uma equipe especial para cuidar da segurança no trabalho. Essa equipe, cujos membros receberam treinamento específico, executa inspeções regulares na fábrica. Além disso, estão programadas reuniões mensais sobre o assunto com os operadores. Diversas ações também foram implantadas. As medidas mais eficazes são quando os empregados ilustram as situações de perigo com fotografias que eles mesmos tiraram, ou passam recomendações sobre segurança diretamente aos colegas. “Acreditamos que a comunicação entre colegas é em geral mais eficaz do que aquela que parte da administração central. Para as suas campanhas de segurança, a ANB adotou, portanto, o seguinte lema: ‘Segurança ao invés de incerteza’ pois, como se sabe, o comportamento das pessoas somente pode ser mudado se for influenciado para uma direção positiva”, ressalta Salzmann. Uma fábrica de extrusão é o tipo de ambiente de trabalho em que podem surgir vários riscos. Todos os que trabalham no grupo de extrusão da Hydro foram relembrados disso quando receberam a trágica notícia do acidente fatal ocorrido em Birtley: “Esse incidente específico nos afetou profundamente. Nunca antes tínhamos ficado tão abalados. Isso tanto pode significar que está mais forte o sentido de comunidade com nossos colegas de todo o grupo de extrusão, como também que já assimilamos que a segurança não pode ser entendida como coisa sem importância. E acidentes sempre podem ocorrer mesmo em fábricas que implementam medidas de segurança de forma contínua.” Tanto a fábrica de Nenzing como a de Bellenberg passaram por treinamento completo em rotinas, normas e padrões de segurança. “Temos orgulho de pertencer à elite da Áustria e da Alemanha, quando se trata de segurança no trabalho”, comenta Salzmann, que cita o que um colega norueguês declarou dois anos atrás: “Nenzing está bem mais avançada, porque lá tudo é feito de forma completa. Deixam pouco espaço para fatalidades. Os empregados da empresa são altamente capazes e os investimentos em treinamento avançado são bem altos. Quer seja em razão da segurança, da produtividade ou da qualidade, o que importa é que o sucesso é a marca dessa organização.” Andre Fey, responsável pelo departamento de saúde, segurança e meio ambiente da Extrusion Europe e da Hydro Building Systems, vem confirmar que a fábrica de Nenzing exerce o papel de protagonista quando se trata de segurança: “As qualidades distintivas dessa fábrica estão em seus funcionários altamente motivados, que demonstram sólido espírito de equipe e que trabalham em harmonia e de forma sistemática, sobretudo em períodos de grande atividade. Além disso, são muito bons em identificar novas maneiras de trabalhar e demonstram alto grau de capacidade inovadora quando se trata de trabalhar de forma segura”. Incêndio em Sunndal Um incêndio na fundição de lingotes para extrusão em Sunndal começou na manhã de 13 de abril. Ninguém se machucou, mas a produção de ambas as fundições foi paralisada por quatro horas. O fogo começou na mangueira hidráulica e se propagou para a cobertura. O Corpo de Bombeiros local e a brigada de incêndio da própria fábrica tiveram muito trabalho para apagar o fogo. Logo em seguida, foi instaurada uma comissão de investigação para que fossem determinadas as causas do acidente. Vazamento de gás em Heimdal No dia 6 de abril, foi detectado um vazamento de gás de um duto de ventilação na plataforma Heimdal. O problema foi rapidamente identificado e sanado. O grupo de prontidão para atender às emergências foi mobilizado, e se procedeu à paralisação regular da produção. Não houve nenhum dano. Fogo atinge Oseberg hi! > Dag Sunnanå fotos > Terje S. Knudsen Os empregados da empresa são altamente capazes e os investimentos em treinamento avançado são bem altos. Quer seja em razão da segurança, da produtividade ou da qualidade, o que importa é que o sucesso é a marca dessa organização. Gerhard Salzmann segurança em primeiro lugar As exportações de petróleo e gás do Campo Central de Oseberg recomeçaram pouco depois de uma paralisação em virtude do incêndio em uma turbina, no final de março. É que o Campo Central de Oseberg opera com vários compressores de exportação de gás em condições de processar o gás necessário para exportação, até que o compressor da turbina avariada possa retomar as operações. Um grupo de averiguação da Hydro começou imediatamente a apurar as causas do acidente, o qual foi relatado às autoridades de acordo com as normas regulamentares. Ninguém saiu ferido. hi! 5 Os engenheiros Eldred Dixon e Justin Smith cuidam para que a fábrica funcione a contento – com toda segurança. Duas Por que eles ganharam: Veja o que o júri disse sobre a Hydro Polymers Aycliffe • Sólido desempenho • No geral, de acordo com as exigências da Hydro • Administração altamente empenhada • Política sistemática de melhoria • Sistema excelente de treinamento para todos os níveis • Forte mentalidade proativa para implantar medidas de segurança e atividades de avaliação de risco • Ótimo sistema de saúde já implantado, e cuidados com as pessoas dos empregados • Projetos de sustentabilidade proativos e em andamento • Excepcional padrão de limpeza e manutenção Veja na quarta capa desta revista, no artigo Hi5, o que os empregados da Hydro Polymers em Aycliffe têm a dizer sobre o Prêmio da Presidência para Segurança. Outros candidatos >>> O Prêmio da Presidência para Segurança Innovation vezes vencedora Para a Hydro Polymers em Aycliffe, vencer o Prêmio da Presidência para Segurança, pela segunda vez, é um trampolim, não um pedestal A Hydro Polymers em Aycliffe, no Reino Unido, ganhou o Prêmio da Presidência para Segurança de 2006; contudo, essa não foi a primeira vez que a fábrica sentiu o prazer da vitória: recebeu a mesma premiação em 1997 e esteve na lista de candidatos ao prêmio nos anos de 2002, 2003 e 2005. “Podemos afirmar com segurança que a Aycliffe mereceu ser a vencedora”, garante Jack Simensen, vice-presidente de Saúde, Proteção, Segurança e Meio Ambiente da Hydro e líder do júri da premiação. Todos na fábrica reconhecem que é um feito e tanto, argumentando que as conquistas obtidas em segurança fazem parte de um processo contínuo e não terminam quando se ganha um prêmio. “É uma grande honra termos sido selecionados, no conjunto da organização Hydro, para concorrer ao prêmio”, diz John Edmondson, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da fábrica de Aycliffe. “Nós nos considerávamos ótimos quando recebemos o prêmio dez anos atrás; mas desde então fomos ficando cada vez mais fortes. Trata-se de dar seguimento, sem interrupções, à melhoria contínua, o que significa que o bom desempenho de hoje pode vir a parecer um quase nada, vamos dizer, em 2017. Já aprendemos um bocado e precisamos continuar aprendendo e pondo em prática as lições. Por isso, o prêmio é um trampolim, não um pedestal. Aluminium Metal Kurri Kurri, Austrália Aluminium Metal Deeside, Reino Unido “Algumas empresas apenas falam sobre segurança; a Hydro transforma palavras em ação”, afirma o operador Mick Anderson (à direita), em conversa com o gerente John Edmondson. A cada ano, nossas metas em segurança ficam mais difíceis de serem batidas. Tenho um pôster na parede do meu escritório no qual se lê: ‘Se quer que algumas coisas mudem na sua vida, você vai ter de mudar algumas coisas na sua vida’. Então, continue mudando – não substituindo –, mas construindo sobre o que já fazemos bem. Por exemplo, em 1995, introduzimos o programa STOP da Dupont. Não apenas houve redução nas taxas de acidentes, mas esse programa também serviu para nos ajudar a ganhar o Prêmio da Presidência para Segurança de 1997”, ressalta Edmondson. “Desde aquele ano, continuamos a desenvolver o programa STOP em sua integridade, e depois passamos para o projeto Segurança Baseada em Comportamento. Demos continuidade à implantação qualitativa e quantitativa das observações da Segurança Baseada em Comportamento, que vem complementar a eficiência do trabalho em equipe. Sob esse aspecto, eu gostaria de ver contempladas mais observações do programa, entre os colegas.” Edmondson continua: “A organização em Aycliffe é estruturada sobre o elemento humano. Somos reconhecidos como indivíduos e, como empregados da empresa, recebemos apoio e treinamento.” Isso é demonstrado pelos longos anos de serviço prestados à empresa (30% da mãode-obra tem 25 anos ou mais de casa), pelas poucas ausências por doenças (2,5%) e por iniciativas tais como programas de saúde. Aluminium Products La Roca, Espanha Aluminium Products Hydro Building Systems, Alemanha “Gozar de boa saúde para estar apto a trabalhar faz tão bem a nossa vida pessoal, que cuidar e promover a saúde passam a ser atividades do tipo em que todos saem ganhando”, ele assegura. No que se refere à segurança, acho que gostamos de ser vistos, na região, como a fábrica de mais baixa taxa de acidentes, apesar da inevitável alta exposição a perigos. Dedicamos grandes esforços ao gerenciamento dos riscos, muito embora quase toda essa dedicação passe, em geral, despercebida. Mas os esforços foram recompensados com o Prêmio da Presidência para Segurança. hi! > Tom K. Andersen fotos > Terje S. Knudsen Oil & Energy Ormen Lange Offshore, Noruega Oil & Energy Oseberg East, Noruega hi! 7 Nucula North Cape Hammerfest Exploração Bergen Oslo O projeto de perfuração Nucula, no Mar de Barents, corresponde ao que há de melhor em exploração ambientalmente correta Foto: Scanpix/Aune Forlag/Ole P. Rørvik hi! 9 ‘verde’ no azul profundo A perfuração exploratória na área Nucula, no Mar de Barents, revelou a presença de petróleo e gás. Trabalhando em conjunto com o governo, grupos de interessados e parceiros, a Hydro provou que a atividade petrolífera pode ser realizada sem ameaçar o meio ambiente no extremo norte do planeta. O poço exploratório foi perfurado até atingir a profundidade final de 1.592 m abaixo do nível do mar, alcançando rochas do primeiro período Triássico. Foram encontrados hidrocarbonetos no chamado Grupo Realgrunnen e na formação Kobbe. Embora o poço não tenha passado por teste de produção, foram realizadas inúmeras coletas de dados e de amostras. “É muito positiva a descoberta de uma nova e promissora área de exploração nessa parte do Mar de Barents. Entretanto, é importante salientar que os dados coletados ainda têm de ser avaliados e analisados, a fim de se determinar se a descoberta é economicamente viável”, adverte Tore Lilloe-Olsen, chefe do setor Exploration in Development Norway. A licença de produção foi adjudicada na 19ª rodada de licenciamento, em março de 2006, e o Nucula é o primeiro poço de exploração operado pela Hydro no Mar de Barents, após o Obelix, entre o final de 2004 e o início de 2005. “Estamos satisfeitos por termos perfurado o poço assim que foi recebida a licença”, afirma Lilloe-Olsen. “Foi necessária muita preparação antes de começarmos, e vários profissionais da Hydro deram o máximo de si para estarmos prontos para ação em tão curto espaço de tempo. Tanto o departamento de perfuração em Bergen quanto os escritórios em Harstad demonstraram ser mais do que capazes de achar boas soluções para as dificuldades do projeto”. >>> Exploração ‘verde’ no azul profundo >>> O prospecto Nucula está 45 km ao norte do Cabo Norte, o ponto mais extremo da Noruega e também um pólo de turismo que recebe em torno de 200.000 visitantes por ano. Não muito longe dali, encontra-se uma das maiores colônias de pássaros do norte da Europa, lugar de procriação de cerca de dois milhões de aves marinhas. Por essas razões, o processo de perfuração ficou sujeito a regras severas de proteção ambiental, tanto no que se refere ao estado de prontidão para atendimento de emergências, como às emissões poluentes. As únicas descargas no mar foram as do poço superior, em grande parte compostas de uma mistura de água doce e sal de cozinha. Finda a perfuração, os estudos do leito do mar mostraram que a operação causou impacto mínimo ao ambiente. “Há muitos anos que a Hydro vem procurando as melhores soluções para poços de exploração em zonas sensíveis do ponto de vista ambiental. Ficamos satisfeitos com os resultados, pois as operações foram realiza- das com nível de emissão de poluentes das águas inferior ao planejado, não houve nenhum imprevisto e o impacto ao meio ambiente foi mínimo. O projeto de perfuração Nucula corresponde ao que há de melhor atualmente disponível em termos de soluções holísticas na perspectiva ambiental, com vistas à perfuração exploratória”, informa Lilloe-Olsen. Antes da perfuração, foi elaborado um extenso plano de contingência para o caso de vazamento. Muitos dos sistemas de proteção na exploração de petróleo preparados pela Associação Norueguesa para a Segurança Marítima para Empresas Operadoras estavam na área durante a operação, e também foram assinados 17 acordos com barcos pesqueiros locais, para o pronto atendimento em caso de emergência. Além dessas providências, um helicóptero e um avião de observação estavam à disposição para dar assistência, caso fosse necessário. No início de dezembro, foi realizado um intenso exercício das intervenções em caso de emergência, levado a efeito na escuridão completa do inverno no Ártico, no mar revolto e sob um frio cortante. Com ventos fortes e ondas de mais de dois metros, o serviço local de atendimento emergencial e a Hydro trabalharam juntos numa simulação o mais próximo da realidade, a qual foi projetada não só para comprovar que a Hydro seria capaz de atacar o problema de vazamento de óleo na área, senão também para demonstrar como lidar com um vazamento dessa natureza que atingisse a costa. A Agência Norueguesa de Controle Ambiental concedeu uma licença de perfuração em 6 de novembro de 2006; porém, duas organizações norueguesas para a proteção ambiental, a Bellona e a Nature and Youth, entraram com um recurso contra essa concessão. O Ministério do Meio Ambiente confirmou a decisão do Departamento e ratificou a permissão para as operações. A sonda “Polar Pioneer” começou a perfurar o poço em 16 de janeiro deste ano. A operação durou 45 dias e, durante esse período, o grupo de auditoria da Agência Norueguesa de hi! 11 Tore Lilloe-Olsen Controle Ambiental procedeu a uma inspeção de quatro dias a bordo da plataforma de perfuração. O grupo não encontrou nenhuma irregularidade nem problemas sérios relativos às operações de perfuração, que foram descritas por muitos desses auditores como “as mais amigas do meio ambiente, dentre todas que foram vistoriadas”. Quase 70 poços já haviam sido perfurados no setor norueguês do Mar de Barents. Até agora, só foram feitas duas descobertas viáveis: Snøhvit e Goliat. Entretanto, a região ao largo da costa do Cabo Norte está praticamente inexplorada. Após o sucesso da operação de perfuração do Nucula, um otimismo cauteloso e esperanças de uma rápida expansão petrolífera no norte da Noruega estão começando a se espalhar por Finnmark, o condado que ocupa o extremo nordeste norueguês. É muito positiva a descoberta de uma nova e promissora área de exploração nessa parte do Mar de Barents. Entretanto, é importante salientar que os dados coletados ainda têm de ser avaliados e analisados, a fim de se determinar se a descoberta é economicamente viável. Tore Lilloe-Olsen hi! > Britt Hage fotos > Colin Dobinson, Pål Hermansen O navio M/S Sørøysund leva para terra o equipamento referente a vazamento de óleo, para o treinamento de prontidão. Os tripulantes preparam um “skimmer” para ser usado para recolher o óleo, em caso de vazamento. >>> Cascalhos: de problema a riqueza D esde 2003, as perfurações exploratórias no Mar de Barents tinham de ser realizadas sem descarte de cascalho de perfuração, depois que o Sistema de Segurança contra Estouros (da sigla em inglês BOP) foi instalado. Até o presente, os cascalhos estavam sendo armazenados na plataforma para depois serem reinjetados ou transportados até a terra para descarte. Nenhuma dessas soluções provou, de modo geral, ser ambientalmente correta: reinjetar os cascalhos consome energia; armazená-los em terra gera um problema quase que imediato, porque o alto teor de sal pode causar danos ao lençol freático. A Hydro autorizou a empresa KMC Oiltools a desenvolver um aparelho que consiga transformar os cascalhos de perfuração em fluido de perfuração. O equipamento tritura o cascalho em diversos estágios, até que o transforma em massa líquida. Durante o processo é acrescentada água doce, e a viscosidade e o pH são ajustados, adicionando-se pequenas quantidades de aditivos químicos não poluentes do fluido de perfuração. O líquido então produzido tem as propriedades de um fluido de perfuração e pode ser usado em outras regiões da plataforma continental norueguesa. A Agência Norueguesa de Controle Ambiental concedeu à Hydro a permissão de usar o cascalho oriundo de Nucula como substituto dos fluidos de perfuração convencionais quando estiver perfurando poços superiores na área de Troll/Oseberg. O novo fluido produzido a bordo do Polar Pioneer, conhecido por “Fluido de Perfuração Ártico Puro”, é transportado para Mongstad a fim de ser armazenado antes de ser reutilizado. A Hydro acredita que esse método oferece uma excelente solução favorável ao meio ambiente, naquelas áreas em que não é permitido o descarte de cascalhos de perfuração. Por esse método, o cascalho deixa de ser um problema de descarte, e a massa rochosa pode substituir os tradicionais agentes pesados que são adicionados aos fluidos de perfuração. A Hydro recebeu elogios das autoridades norueguesas pelo alto nível de preparação para prontidão, durante a perfuração. Mais sobre Nucula > páginas 38-39 h hi&lo hi! 13 Prêmio por Exploração A Hydro foi eleita a Melhor Empresa de Exploração na Plataforma Continental Norueguesa, nos dois últimos anos. O corpo de jurados, composto de gerentes de exploração de empresas concorrentes e representantes da Agência Norueguesa de Petróleo, foi unânime nessa decisão. “Um maravilhoso reconhecimento da capacidade e competência indiscutíveis da equipe de exploração da Hydro”, afirma Tore Lilloe-Olsen, chefe do setor Exploration in Development Norway. hi & Fábrica em Worcester vendida a uma empresa do Reino Unido A fábrica Automotive Components em Worcester, no Reino Unido, está em vias de ser vendida a uma empresa privada desse país, a Holden Lightweight Ltd., como parte da reestruturação dos negócios de downstream de alumínio. Desde 1999, quando a fábrica foi inaugurada, a empresa forneceu peças para as montadoras Aston Martin, Lotus, BMW e Jaguar. O acordo prevê a garantia de emprego para cerca de 130 funcionários da fábrica. Fechamento da fábrica de extrusão em Ellenville Os 265 empregados da fábrica de extrusão de alumínio em Ellenville, estado de New York, nos EUA, foram informados de que a empresa será fechada. “Ficamos profundamente desapontados por não termos sido capazes de achar um comprador que nos pudesse garantir um futuro para a fábrica de extrusão”, disse Sally Hobbs, responsável por Recursos Humanos e Organização para o setor de negócios Extrusion Overseas da Hydro. “Agora teremos de nos concentrar em cuidar do encerramento das atividades de uma forma que minimize os efeitos negativos para nossos empregados, clientes e a comunidade local.” lo O site Hydro.com ganha prêmio da web Pela segunda vez consecutiva, a Hydro ganhou o conceituado Prêmio Farmand, na categoria de melhor página na Internet, dentre as empresas norueguesas com ações cotadas na bolsa de valores. O júri concluiu que o site Hydro.com é de fácil navegação, apesar da enorme quantidade de informações que disponibiliza. “É um sensacional reconhecimento do trabalho empenhado à nossa página na Internet”, ressalta a editora da Hydro.com, Sissel Rinde. Empregados dão um triste adeus à fábrica de magnésio em Bécancour O último hi! 15 adeus A maior e mais moderna fábrica de magnésio puro do mundo não conseguiu competir com os baixos preços do metal vindo da China. S exta-feira, 13 de abril de 2007: a Hydro convidou os 250 empregados remanescentes da fábrica de magnésio em Bécancour, no Canadá, para uma última reunião. Apareceram quase 300 pessoas. Muita gente discursou. Houve muita lágrima, centenas de abraços e milhares de apertos de mão. E, então, acabou. Os empregados cruzaram o portão da fábrica pela última vez. Desde setembro do ano passado, eles já sabiam do encerramento das atividades. Houve muita reação: uns não queriam acreditar, outros ficaram zangados ou frustrados. Mas agora era chegado o momento do último adeus, durante uma solenidade sob uma tenda, no mesmo lugar que, anteriormente, fora uma movimentada área industrial. Passou-se um mês, desde que a produção da fábrica foi suspensa. Dois grupos de empregados se desligaram nas últimas duas semanas; desses, alguns voltaram para dizer adeus. A unidade – a mais moderna fábrica de magnésio do mundo – passou por todo um processo de desmontagem e de demolição. Svein Richard Brandtzæg, chefe da Aluminium Products, põe em palavras o que vai pela cabeça de muitos deles: “Não é justo. Vocês não mereciam. Nós não merecíamos”. Mesmo assim, o fechamento era inevitável: foi uma das conseqüências da globalização – sobretudo do baixo preço das exportações da China. Durante uma entrevista à mídia canadense, após a cerimônia de encerramento, Brandtzæg afirmou: “Os motivos que deram causa ao fechamento não estão em Bécancour: estão na China. Os empregados deram tudo de si. Eles são os melhores. Estamos muito orgulhosos deles e também confiantes de que todos serão contratados por outras empresas”. O conceito de que gozam no mundo empresarial já proporcionou mais de 100 novas contratações, dentro de um universo de 300 empregados. Muito embora o nível de desemprego esteja em torno de 10%, o grupo confia em que quase todos vão encontrar um novo emprego, antes do término do pagamento da indenização previsto para daqui a mais ou menos um ano. hi! > Ole Johan Sagafos fotos > Ole Johan Sagafos >>> Os empregados deram tudo de si. Eles são os melhores. Estamos muito orgulhosos deles e também confiantes de que todos serão contratados por outras empresas. Svein Richard Brandtzæg >>> Missão impossível? Possível! A primeira impressão que se tem, quando a gente é apresentada a ele, é a de que é um “cara legal”. Contudo, seu histórico profissional faz com que ele pareça diferente do que realmente é: nos últimos anos, foi a pessoa que mais fez sumir empregos dentro da Hydro. Imagine a cena: a administração vem acompanhando de perto as atividades da empresa e já tentou de tudo. Ao cabo de grande esforço, não havia alternativa. O negócio teria de ser fechado. É nessa hora – findas todas as esperanças – que um gerente sênior decide convocar Arne Skoland. Duas semanas depois, Skoland chega à fábrica para uma tarefa que se pode chamar de “Missão Impossível”. E é nesse momento, quando as coisas vão de mal a pior, que o espírito de equipe dos empregados da fábrica é posto à mais difícil de todas as provas. “Na minha experiência, tudo se resume em cooperação e respeito, acompanhados de determinação e coragem, sem esquecer a capacidade e o desejo de perceber que a linha de ação correta é ter uma visão de longo prazo”, afirma Skoland. “Se é para eu fazer um bom trabalho, é imperativo que a decisão de fechar seja a correta. A empresa tem de ser capaz de provar que não há alternativa. Fechar uma fábrica não é uma decisão que se toma de forma leviana. A gente nunca procede assim. Muito embora a decisão seja a correta do ponto de vista objetivo, é difícil para as pessoas aceitarem que seus cargos serão eliminados. Trata-se muitas vezes de empregados que trabalharam a vida inteira na fábrica. E é por isso que é tão necessário dedicarmos bastante tempo aos empregados, explicandolhes os fundamentos da decisão.” Skoland acrescenta, porém, que tanta franqueza pode gerar frustração, irritação e raiva na fase inicial do processo. “São reações absolutamente naturais, e os gerentes têm de compreendê-las.” “É extremamente importante ganhar a con- hi! 17 “Os empregados daqui são os melhores”, garante Svein Richard Brandtzæg. Fechar uma fábrica não é uma decisão que se toma de forma leviana. A gente nunca procede assim. Arne Skoland Arne Skoland esforça-se para que o fechamento seja o mais franco, honesto e humano possível. fiança das pessoas”, diz Skoland. É vital que o diálogo seja o mais franco possível. Quanto maiores forem as informações prestadas, melhores serão os resultados do processo. Skoland cuida para não se tornar cético: “Se isso acontecer, estarei abrindo mão das próprias condições necessárias para se chegar a um processo satisfatório”. Arne Skoland suspira de preocupação. Fazer com que o fechamento se processe com o mínimo de aborrecimento possível para todos os envolvidos é uma tarefa das mais difíceis. E ele admite que não se importaria de participar de uma expansão de vez em quando. Talvez ele seja um “cara legal”, no final das contas. inside >>> Água e Água Innovation e luz Quando as atividades de petróleo e gás da Hydro se unirem à nova empresa StatoilHydro, conforme planejado para este ano, as operações de energia hidrelétrica – que agora fazem parte da Oil & Energy – vão permanecer na Hydro. Esse segmento histórico dos negócios da empresa, cuja data remonta ao seu surgimento em 1905, vai exercer um papel da máxima relevância na Hydro, daqui para frente. De fato, o setor de negócios Power, além de representar uma parcela significativa do valor dos ativos da Hydro, é uma valiosa fonte de energia renovável de baixo-custo. luz Acrescente-se que, na linha de frente das operações da energia renovável, a Hydro atua em pesquisas voltadas para a geração de energia solar. A Hydro também fez dois substanciais investimentos em empresas estrangeiras, e os avanços relacionados à tecnologia solar continuarão na Hydro, sempre alicerçados na sólida tradição de tecnologia de materiais. Água e mais água pra todo lado > 20-21 Futuro ensolarado para a energia solar > 22-23 >>> hi! 19 Água e mais A Hydro consome muita eletricidade na produção de alumínio e em outras atividades, mas sua própria produção de energia hidrelétrica também é bastante substancial. “Somos uma das três maiores geradoras de energia hidrelétrica da Noruega, com produção média de 9 Terawatt/h (TWh) por ano”, informa Siri Revelsby, gerente do portfólio energético da Hydro, o qual abrange desde as atividades de planejamento da manutenção e otimização dos recursos hídricos até as de comércio físico no mercado dos países nórdicos, conhecido por ‘Nord Pool’. A Noruega é a maior geradora de energia hidrelétrica da Europa e ocupa o sexto lugar no mundo, com capacidade de produção de 120 TWh por ano. Esse total varia de acordo com a precipitação atmosférica de um dado ano. Quase 99% da produção de eletricidade na Noruega são de geração hidrelétrica – respondendo por 95% do consumo desse país. Em 2005, a Noruega consumiu aproximadamente 112 TWh de eletricidade, conforme dados do Ministério do Petróleo e Energia da Noruega. As indústrias conhecidas como eletrointensivas consomem em torno de 36 TWh, enquanto outras indústrias pesadas, dentre elas as madeireiras e as mineradoras, fazem uso de 15 TWh. Residências e o setor de prestação de serviços consomem aproximadamente 61 TWh. Atualmente, a Hydro é a maior consumidora de energia da Noruega e está entre as cinco maiores da Europa. A Hydro opera o total de 19 usinas hidrelétricas na Noruega. “Nosso portfólio energético é a principal fonte de energia para as operações de alumínio na Noruega, as quais consomem uma média de 13,5 TWh por ano”, explica Revelsby. O restante da demanda de energia é coberto em parte por contratos de longo prazo com a maior geradora de energia da Noruega, a Statkraft, e a outra parte é comprada no mercado, no “Nord Pool”. Um terço do custo de produção de alumínio corresponde à energia. É imperativo que a Hydro esteja protegida por competitivos contratos de energia de longo prazo, com vistas a operar um empreendimento viável de alumínio. Interessante mencionar que apenas 200 Alguns dados Usinas elétricas da Hydro (* inclui usinas desativadas) 2.10.1907 1911 1911 1912 1912-16 1913 1913 Svelgfos 1* Vemork* Vemork* Såheim Vemork* Svelgfos 2* Svelgfos 2* Frøystul* Lienfos* 1915 1924-26 1948 1954 Mår Moflåt Água Innovation e luz hi! 21 É possível que uma das áreas de menos em evidência em toda a Hydro seja a da produção de energia. Temos a tendência de considerá-la como favas contadas. A verdade, porém, é a seguinte: não seríamos a Hydro sem ela água pra todo lado pessoas trabalham nas operações hidrelétricas da companhia, muito embora a unidade de negócios vá somar valores significativos ao total de receitas da nova Hydro. São três os aspectos relacionados à produção de energia hidrelétrica: manutenção, operações diárias e gerenciamento do portfólio. E os três estão conectados entre si. “Nossa tarefa é agregar valor pela água”, ressalta Revelsby. Comercializar gira basicamente em torno do antigo princípio mercadológico: comprar por menos, vender por mais. Comercializar energia hidrelétrica inclui uma dose de malabarismo com numerosas variáveis imprevisíveis – dentre elas as condições climáticas. “É uma tarefa muito fácil”, diz Revelsby com um sorriso irônico. “Você precisa ‘apenas’ ter sob seu controle 50 diferentes reservatórios, e precisa saber quanta chuva vai cair durante o ano e também determinar quais serão os preços da energia no futuro.” “Precipitação atmosférica e preços estão correlacionados. O índice de precipitação pode ser 30% a mais num ano e 30% a menos no ano seguinte. A natureza imprevisível do clima é um desafio de enormes proporções”, ela comenta. O capítulo de inauguração da Hydro, há um século, é todo sobre energia hidrelétrica. São torrentes de água se derramando num escarpado vale montanhoso em Rjukan, que depois são canalizadas e em seguida despejadas com violência para serem transformadas em energia para a produção de fertilizantes e, num momento posterior, para a fabricação de alumínio e magnésio. Nos dias de hoje, a energia hidrelétrica muitas vezes vive na sombra dos hidrocarbonetos, apesar de se manter abundante. “Sempre estivemos aqui”, sublinha Revelsby. “Desde o início.” hi! > David Burke fotos > Terje S. Knudsen, Peter Bandtholtz >>> Nossa tarefa é agregar valor pela água. Além dessas, a Hydro tem participação acionária na companhia elétrica Vest-Telemark Kraftlag e opera a Fortun, em Sogn, Noruega, que é uma das maiores usinas elétricas da Noruega. 1955 1957 Neverdalsåga Mæl Siri Revelsby 1958 1960 1965 Svelgfos 3 Sundsfjord Røldal Suldal Nytt Vemork Røldal Suldal Røldal Suldal Sundsfjord 1971 1971 1977 1980 1995 2004 Nytt Frøystul Nye Tyin Futuro ensolarado para a energia solar Uma nova era de energia solar está raiando na Hydro H á muito tempo que a Hydro reconheceu a energia solar como uma área interessante para se investir, tanto em razão do crescimento acelerado que o setor vem experimentando nos últimos anos, como também pela expectativa de que esse crescimento vá continuar”, salienta Einar Glommes, chefe da unidade Solar. A energia solar está crescendo mais rápido do que se podia imaginar – atualmente na faixa de 40% ao ano. Os especialistas prevêem que essa fonte alternativa de energia estará competindo em igualdade de condições com a energia de fontes convencionais já no ano de 2010. Não faz muito tempo, a Hydro investiu 150 milhões de Coroas Norueguesas na empresa NorSun, fabricante de componentes das células solares. Essa empresa está se instalando em Årdal, e contratando aproximadamente 100 pessoas do local; por sinal, as mesmas pessoas que foram atingidas pelo fechamento da linha de produção Søderberg da fábrica “ Água Innovation e luz hi! 23 Nosso envolvimento com a energia solar é alicerçado no know-how acumulado pela Hydro em tecnologia de materiais. Einar Glomnes de alumínio da Hydro, em meados do ano passado, nessa cidade localizada a noroeste da Noruega. “Nosso envolvimento com a energia solar é alicerçado no know-how acumulado pela Hydro em tecnologia de materiais”, lembra Glomnes. “Nós acreditamos que as qualificações indispensáveis para o sucesso estão e manutenção, mas também em razão da flexibilidade, o que abre um leque bem mais amplo de aplicações potenciais no futuro”, atesta Glomnes. “Nosso propósito é o de intensificar as atividades nos setores de energia solar e sistemas para arquitetura e construção civil. A Ascent Solar está entre as líderes do entre as competências-chave da Hydro que dão condições para que a organização siga adiante, e não apenas aquelas relacionadas com as qualificações como empresa petrolífera na exploração e produção de hidrocarbonetos.” Em março, a Hydro assinou um contrato de investimento no valor de US$9,2 milhões, com a Ascent Solar Technologies, Inc., a empresa americana de energia solar, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia da célula solar superfina e flexível. O investimento transfere à Hydro 23% do capital da Ascent Solar. “Esse filme fino e flexível da Ascent Solar é bastante promissor, não só pelo pouco peso, o que facilita o transporte, instalação mercado de filmes finos. Estamos, portanto, procurando oportunidades para desenvolver soluções integradas de construção em conjunto com a Ascent Solar”, revela Glomnes. Em 2008, a Ascent Solar Technologies vai montar uma unidade-piloto de 1,5 Megawatt (MW) em Denver, estado do Colorado, e em 2010 vai dar início à produção em larga escala de uma fábrica de 25 MW. hi! > David Burke fotos > Terje S. Knudsen, Kåre Foss Einar Glomnes assumiu o cargo de chefe da unidade Solar, em 1º de maio. O uso de uma abordagem de produção mais sistemática trouxe bons resultados para a Acro, no Brasil. Nossos negócios estão crescendo, e não temos espaço para expandir. Torna-se assim imprescindível o uso de todas as técnicas disponíveis, além do aproveitamento de toda a criatividade dos empregados, a fim de maximizar nossas operações dentro de um ambiente seguro de trabalho. Sergio Luiz Vendrasco Alguns dados Kaizen Originariamente um conceito japonês de gestão empresarial, “Kai” significa “mudança” e “zen” significa “boa.” A tradução usual para o português é “melhoria contínua”. Kanban Kanban é um sistema de sinalização relacionado à Fabricação Enxuta ou Fabricação “Just-in-time”. Serve para ajudar a organizar a fabricação com base nos pedidos dos clientes. hi! 25 Operadores apontam o caminho na Acro O s empregados que trabalham na linha de produção sob medida vinham, há tempos, enfrentando dificuldades com o fluxo irregular de trabalho, com as freqüentes mudanças de sistema operacional e com a grande quantidade de itens em estoque, que tomavam valioso espaço no chão de fábrica. Era preciso mudar. No ano passado, a administração da unidade, sob a liderança de Sérgio Luiz Vendrasco, convocou a equipe para uma reunião, e juntos decidiram pôr em prática várias ferramentas de melhoria contínua, dentre elas os sistemas Kaizen e Kanban. “É sempre a mesma história”, afirma Vendrasco. “Aqueles que estão executando os trabalhos são os que sabem qual a melhor maneira de fazê-lo.” “A chave do sucesso é encontrar métodos que proponham, além da delegação de poderes de baixo para cima, total responsabilidade pessoal e comprometimento. No instante em que você encontra as ferramentas corretas, temse um processo de aprendizado que resulta em melhoria contínua.” Fez parte do processo de aprendizado mandar os operadores às instalações dos clientes para serem treinados. Um exemplo disso: a Delphi colaborou para que os empregados da Hydro aprendessem a usar a ferramenta Kaizen nas tarefas diárias. Agora a Acro tem dois engenheiros integralmente qualificados nas técnicas de Fabricação Enxuta, e eles são capazes de aplicar o que aprenderam diretamente no local de trabalho. “Nossos negócios estão crescendo, e não temos espaço para expandir”, revela Vendrasco. “Torna-se assim imprescindível o uso de todas as técnicas disponíveis, além do aproveitamento de toda a criatividade dos empregados, a fim de maximizar nossas operações dentro de um ambiente seguro de trabalho.” Essas abordagens estão em sincronia com a visão geral proposta para a Precision Tubing pelo Presidente do Setor, Salvador Biosca. Faz parte dessa visão o desenvolvimento de uma cultura Dizem que os aprimoramentos começam a acontecer quando a pessoa se olha no espelho. Uma equipe de operadores da unidade de Precision Tubing da Hydro, no Brasil, está fazendo isso mesmo – e o rendimento está aumentando de aprendizado que se converta em resultados tangíveis no desempenho comercial. “Alcançamos alguns resultados favoráveis”, declara Wellington Alves, o líder do projeto, que menciona especificamente a melhoria dos níveis de estoque e da produção de peças/hora. hi! > Kevin Widlic fotos > Sergio Luiz Vendrasco, Ana Carolina Fernandes Os membros da equipe são os que merecem a maior parte dos créditos pelos aprimoramentos ocorridos na Acro. Em pé, da esquerda para a direita: Rubens Macedo, Marcel Franco, Flávio Gusi, Damião de Oliveira e Dirceu Inocêncio; primeira fila, da esquerda para a direita: José Cantil, Roberto Oliveira, Alisson Santos, Marcílio Campos e Luis Carlos Segatto. Perdeu alguma coisa? segurança da informação hi! 27 Você trata a informação como um bem valioso? Como não? A maioria de nós toma todo cuidado com os bens que possui. Se perder seus cartões de crédito, você sempre pode pedir que sejam cancelados. No caso de chaves e fechaduras, elas podem ser trocadas. Mas o que dizer da informação? Você não tem as mesmas opções. A informação é uma das mais preciosas riquezas das empresas que, como a Hydro, funcionam alicerçadas no conhecimento. E caso uma informação vá parar em mãos erradas, pode causar estragos em nossos negócios e também em nossa reputação. “Sempre temos de considerar a necessidade de preservar informações, tanto internamente quanto no contato com terceiros; quer sejam elas escritas, orais ou em formato eletrônico”, avalia John Ove Ottestad, Diretor Financeiro. “Para que alcancemos um nível adequado de segurança da informação, é imprescindível que todos conheçam as normas e os regulamentos, e que obedeçam a ambos.” Conforme a tecnologia vai, a cada dia, nos proporcionando novos meios de compartilhar informações, vão também surgindo >>> Sempre temos de considerar a necessidade de preservar informações, tanto internamente quanto no contato com terceiros; quer sejam elas escritas, orais ou em formato eletrônico. John Ove Ottestad >>> mais perigos. Telefones celulares, computadores pessoais, e-mails, CDs, cartões de memória USB – a lista é longa. Seu PC na Hydro é considerado seguro e, em situações cotidianas, não coloca em risco as informações nele contidas, mesmo em caso de perda, roubo ou furto. O disco rígido é criptografado, o que impede o acesso de pessoas não-autorizadas às informações nele contidas. Mesmo assim, você deve proteger suas senhas e também escolher aquelas que não possam ser adivinhadas com facilidade. Senhas compostas de números e uma combinação de caracteres em caixa-alta e caixa-baixa aumen- tam as chances de você frustrar as ações de ladrões e hackers. Fique atento a pessoas que estiverem sentadas por perto e que consigam ler a tela de seu PC. Desconecte o PC quando não o estiver usando ou ative o protetor de tela ou a função “Bloquear Estação de Trabalho”. Quando estiver usando seu PC na presença de outras pessoas, você deveria usar uma película protetora de dados de monitor, a fim de dificultar a vida dos curiosos. Preste atenção quando estiver abrindo e-mails. Sempre há o risco de conterem vírus ou softwares perigosos. Não envie documentos confidenciais para seu endereço particular de e-mail, no caso, por exemplo, de querer trabalhar em casa. Mantenha informações dessa natureza dentro das dependências da Hydro. E mesmo dentro da empresa, tome cuidado para não enviar informações para pessoas erradas. Muitos colegas têm o mesmo sobrenome e fica fácil se equivocar e mandar um e-mail para um outro destinatário. Caso seja necessário enviar informações confidenciais para fora da Hydro, criptografe-as antes de enviá-las. Quando estiver trabalhando de casa, use sempre o Acesso Remoto da Hydro, que é uma conexão de Rede Privada Virtual segura. É proibido o uso de CDs não criptografados, disquetes ou cartões USB para arquivar informações confidenciais. Você sempre deverá usar os cartões de memória USB criptografados da Hydro, considerados seguros. Muitos cartões de memória USB que estão no mercado não têm nenhuma proteção e, em caso de extravio, o conteúdo dos mesmos torna-se disponível a qualquer um. Com os cartões de memória protegidos da Hydro, a história é outra. São seguros porque são criptografados, o que significa que é preciso uma senha para se ter acesso às informações neles armazenadas. Mesmo que você não tenha um PC nem acesso a e-mail no trabalho, esteja ciente de que até as mais simples e aparentemente inocentes situações demandam cuidados. Nos nossos supostos “escritórios sem papel”, ainda há muito papel espalhado por todo lado. Cuide para que documentos importantes não vão parar nas mãos erradas. De modo geral, não fazemos a menor idéia do alcance do som da nossa voz. Fique atento à possibilidade de que alguém possa estar ouvindo ou vendo você. Evite mencionar nomes, valores e acontecimentos, seja em conversas pessoais, seja ao telefone. Pode haver concorrentes, clientes ou representantes da mídia por perto, até mesmo nos lugares menos prováveis. Reflita sobre o que vai dizer – até um comentário despreocupado que você faça enquanto espera na fila do caixa do supermercado pode acarretar reflexos negativos para a empresa. hi! > Ole Snerte fotos > Kåre Foss, Colin Dobinson segurança da informação Algumas dicas sobre como lidar com as informações Sistema “Notes mail” Criptografe todos os e-mails Confidenciais! Recorra ao guia do usuário à disposição no nosso site da Internet. Caso receba um e-mail criptografado, você vai precisar ativar o controle de criptografia antes de encaminhar o e-mail para outra pessoa. Se estiver enviando um e-mail Confidencial para fora da empresa, use o programa Safeguard Private Crypto. Telefone As informações classificadas como Confidenciais não devem ser discutidas, salvo sob circunstâncias das quais você tenha absoluto controle. Informações consideradas Estritamente Confidenciais não poderão, em nenhum caso, ser discutidas por telefone. Fax A máquina de fax (interna e externa) pode ser usada para informações classificadas como Internas. Contudo, não pode ser usada para informações com graus mais altos de confidencialidade. Impressora Cuide para que pessoas não-autorizadas não tenham acesso a documentos Confidenciais ou Estritamente Confidenciais durante a impressão. A impressão de documento desse tipo deve ser previamente aprovada pelo proprietário da informação, e todas as vias que forem impressas devem ser registradas. Copiadora Cuide para que pessoas não-autorizadas não tenham acesso a documento Confidencial ou Estritamente Confidencial enquanto esse estiver sendo copiado. A cópia de documento Estritamente Confidencial também deve ser previamente aprovada pelo proprietário da informação, e todas as cópias devem ser igualmente registradas. Uso de PCs fora das dependências da Hydro Seu PC está protegido pelo programa de criptografia SafeGuard Easy. Use uma senha segura, cuide para que ela permaneça secreta e ative o protetor de tela quando não estiver usando o PC. Consiga uma película protetora de dados do monitor, para evitar que outras pessoas consigam enxergar o que está na sua tela. Cartão de memória USB Use os cartões de memória da Hydro que já foram criptografados. É proibido usar cartões de memória nãocriptografados, pois as informações neles contidas são de fácil acesso, e eles podem guardar até mesmo dados que já tenham sido deletados. CDs Se tiver de copiar arquivos para um CD, use o programa Safeguard Private Crypto, a fim de criptografar os arquivos antes de serem salvos. hi! 29 Outra novidade em sondas A “sonda slug” permite que pesquisadores em terra reproduzam fielmente as condições de alto-mar U ma nova aparelhagem do Centro de Pesquisas de Porsgrunn, localizado na cidade de mesmo nome, na Noruega, é conhecida pelo nome de “sonda slug”, uma sonda de testes para estabilização de fluxo instável. Com ela, cientistas-pesquisadores conseguem estudar as condições do fluxo instável que pode ocorrer durante a produção de petróleo e gás no mar. “A sonda é, na realidade, um processo de produção em alto-mar, em miniatura, permitindo-nos recriar as condições do fluxo instável que observamos nos dutos que ligam os poços às plataformas”, afirma o pesquisador sênior, Vidar Alstad. Alstad, em companhia dos cientistaspesquisadores Kristin Hestetun e Glenn-Ole Kaasa, explica que, para construírem a sonda, eles se valeram da experiência obtida durante o trabalho que realizaram em estreita colaboração com as unidades de operação em altomar e as equipes multidisciplinares do Centro de Pesquisas. Conforme a produção do poço vai aos poucos diminuindo, começam a aparecer problemas devido ao fluxo instável. Isso significa que os gases não têm pressão para expelir o óleo, levando à formação de “slugs”, grandes volumes de petróleo acumulado nos dutos, que impedem o fluxo do gás. A pressão do gás sob esses “slugs” vai aumentando até que finalmente faz com que sejam expelidos grandes volumes de petróleo na unidade de separação na plataforma. Eventos como esses se repetem de forma cíclica, acarretando consideráveis flutuações no fluxo e conseqüente redução da produção. A equipe de controle de processo do Centro aceitou o desafio de estabilizar o fluxo. Essa equipe trabalha com técnicas avançadas, por meio das quais os computadores controlam automaticamente as válvulas da plataforma, a fim de estabilizar o fluxo. Os pesquisadores criaram modelos matemáticos de fluxo instável, que são usados para desenvolver conceitos de controle que previnem a formação de “slugs”. “Trabalhamos muito estreitamente com o pessoal de operações, facilitando os caminhos entre a pesquisa e a efetiva instalação hi! 31 de petróleo e gás Kristin Hestetun, Glenn-Ole Kaasa e Vidar Alstad, todos eles cientistas-pesquisadores, coletam dados gerados pela “sonda slug”. das soluções na plataforma”, ressalta Alstad. “Precisamos da sonda de teste para que possamos executar ensaios controlados, o que nos vai permitir uma melhor compreensão dos fenômenos.” A “sonda slug” ficou pronta no ano passado. O desenvolvimento dessa sonda polifásica e hidrata propiciou um desdobramento positivo: foi gerado, no Centro, um estimulante e avançado ambiente tecnológico nos setores de petróleo e gás. Tanto as empresas petrolíferas quanto os fornecedores do exterior que executaram testes-ensaio nas nossas instalações reconheceram que o Centro de Pesquisas de Porsgrunn, da Oil & Energy, é uma instituição de nível internacional. “A finalidade é extrair mais petróleo”, salienta Alstad. “A estabilização do fluxo tem o potencial de aumentar a produção entre 2% e 5%, propiciando maiores ganhos.” hi! > Tom K. Andersen fotos > Gisle Nomme Os pesquisadores examinam as fórmulas matemáticas que foram desenvolvidas durantes os testes. Recuperação do desempenho das fundições – grandes vantagens No âmbito global da Aluminium Metal, o ‘conglomerado tecnológico’ congrega as melhores competências em tecnologia de fundição e de material do mundo inteiro. Dávur Jacobsen hi! 33 O Centro de Referência em Alumínio ajuda a solucionar os problemas das fundições e otimiza as práticas de operação C inco dólares a tonelada não é lá grande coisa – até que você os multiplique por 1,6 milhão. “Na melhor das hipóteses, temos a possibi- lidade de eliminar US$5,00 do custo de cada uma das 1,6 milhão de toneladas de metal líquido que a Hydro produz todos os anos”, afirma Dávur Jacobsen, chefe do Centro de Referência e Apoio às Fundições da Hydro, na cidade de Sunndal, Noruega. O Centro de Referência foi criado para desenvolver melhores processos de fundição e equipamentos, e para fornecer serviços de treinamento em procedimentos básicos, inclusive em saúde, segurança e meio ambiente. O Centro atende às fundições da Hydro espalhadas por todo o mundo, e seus serviços terão importância especialmente relevante para o futuro projeto Qatalum, no Catar. O Centro tem como especialidade o desenvolvimento de ligas de metal, e de novas tecnologias e conceitos. Sua nova sede de 1.200 m2, em Sunndal, tem instalações para fundir ligas de alumínio para lingotes para extrusão, lingotes para chapas e ligas de fundição. Há ainda um forno com capacidade para 17 toneladas, recipiente para lavagem do metal, linha de homogeneização, serra, fundidor DC e linha CC, além de sistemas de controle de alto nível fornecidos pela Hycast. O Centro de Referência faz parte do conglomerado tecnológico da Aluminium Metal, que congrega: a rede global de fundições da Hydro; a Hycast; os Centros de Pesquisas e Desenvolvimento em Sunndal e em Karmøy (ambos na Noruega), e em Bonn (Alemanha); e o quadro de consultores de Suporte às Fundições, composto de 11 membros. “Esse conglomerado é um dos melhores centros de competência em tecnologia de fundição e de material, em todo o mundo”, salienta Jacobsen. O Centro de Referência e Apoio às Fundições está constantemente enviando técnicos especializados e equipes de treinamento para as fundições que fazem parte da organização Hydro. “O novo Centro de Referência nos ajudou a resolver sérios problemas oriundos do aparecimento de fissuras nos lingotes”, ressalta Stian Tangen, engenheiro de operações de lingotes para chapas em Årdal, Noruega. Em setembro passado, a fundição aprontou um pedido de 240 toneladas que não pôde ser aproveitado por causa de fissuras. “O Centro fez uma série de testes de fundição em Sunndalsøra, Noruega, usando nossos parâmetros e moldes de fundição, a fim de simular a entrada em funcionamento das operações de fundição. Os técnicos variaram as condições e observaram, logo de início, que erros na fase de resfriamento a água, durante a fundição, contribuíram para as fissuras no produto fundido.” A fundição de Årdal recebeu, então, uma lista de medidas corretivas. “Criamos um programa de follow-up para nossos moldes de fundição, que nos ajudaram a diminuir o problema”, diz Tangen. “Isso aconteceu no final de setembro passado e, nos três meses seguintes, tivemos em média um segmento de 77 toneladas defeituosas/mês, em virtude de fissuras. Esperamos reduzir para 70 toneladas/ mês, em 2007, o que representa uma redução total de cerca de 1.600 toneladas defeituosas, em relação a 2006. A eliminação dos erros promoveu um aumento considerável de tonelagem!” O Centro também ajudou a fundição de lingotes para chapa de Årdal a reduzir a quantidade de refugo de uma liga específica – de 20% da produção para perto de zero – mediante processos de fundição mais eficientes. Daqui para frente, o Centro de Referência tem a intenção de compartilhar muito mais sua experiência em treinamento. “Eles nos deram assistência durante o treinamento de todos os novos operadores de produção e de manutenção, antes da entrada em funcionamento da fábrica de Azuqueca, na Espanha, em janeiro de 2002. Tivemos várias reuniões em Sunndal e apenas algumas delas foram realizadas em Azuqueca”, explica o gerente da fábrica, Jose Galindo. “Posso dizer com absoluta certeza que os princípios de segurança que nos foram passados nessas reuniões de treinamento con- tribuíram de forma considerável para que não tivéssemos nenhum acidente sério relacionado com o material em estado pastoso, durante a fase inicial de operações da fábrica.” Tangen e Galindo são categóricos ao dizerem que tanto as novas organizações quanto as fábricas que passaram recentemente por fusão empresarial, e que precisem ajustar seus procedimentos de operação aos padrões da Hydro, podem se beneficiar das competências do Centro. “Eu tive a chance de enviar equipes de duas localidades diferentes para Sunndal, e ambas as viagens foram vantajosas não só em termos de aprendizado do processo e controle, mas também de formação do espírito de equipe e entendimento do aspecto intercultural”, avalia Berthold Lukat, ex-gerente da fundição. “Eu diria que, naquela oportunidade, foram assentados os alicerces do sucesso hoje representado pelos recordes de produção que estão sendo alcançados em Clervaux, Luxemburgo. Leva-se tempo para capacitar pessoas e implantar rotinas até o ponto em que estas sejam executadas automaticamente.” hi! > David Burke fotos > David Burke Os funcionários Dávur Jacobsen, à esquerda, Åge Strømsvåg e Kjell Hafsås, do Centro de Referência, querem aumentar a disponibilidade de treinamento em suas instalações. A Cruz Vermelha Norueguesa está comprometida com vários projetos de poços no Quênia, para melhorar o fornecimento de água nas regiões assoladas pela seca. U m navio-tanque pode fornecer água a centenas de adultos e crianças; um novo poço consegue dar uma vida melhor a milhares de pessoas. As autoridades governamentais do Quênia pediram auxílio a organizações de ajuda humanitária para que as populações das regiões norte e nordeste desse país tivessem mais acesso a água potável. A Cruz Vermelha Norueguesa foi uma das organizações que atenderam ao apelo e assumiram um ambicioso projeto, contando com os recursos financeiros doados pela Hydro. Os 10 milhões de Coroas Norueguesas que a Cruz Vermelha Norueguesa está gastando para melhorar as condições de vida dos habitantes de 50 comunidades é apenas uma parte da contribuição feita pela Hydro às organizações de ajuda humanitária, por ocasião da celebração do centenário da fundação da empresa, em 2005. A Fundação Save the Children e a instituição Ajuda Humanitária Norueguesa também receberam 10 milhões de Coroas Norueguesas. As áreas do Quênia que hoje estão obtendo ajuda vinham sofrendo há anos com a seca. Dentre as providências que estão sendo implantadas pela Cruz Vermelha Norueguesa estão a reforma e a perfuração de 50 poços, As contribuições que a Hydro fez a instituições de ajuda humanitária estão produzindo resultados benéficos em muitos lugares pelo mundo afora bons vizinhos Ajudar faz bem a escavação de 15 poços de água rasos, a expansão de oito barragens para represar água e a construção de oito novas barragens subterrâneas para coletar água do subsolo. Em 2006, a Fundação Save the Children lançou a campanha “Reescrevendo o Futuro”, com o objetivo de prover escola para crianças em países onde ocorrem conflitos armados. A campanha é a contribuição de caridade para se alcançar a meta da Cúpula do Milênio, promovida pelas Nações Unidas, para assegurar o ensino a todas as crianças do mundo, até 2015. Os esforços empreendidos pela Fundação Save the Children para dar educação às crianças estão concentrados no Camboja, no Nepal e em Uganda. Além de proteger as crianças, a escola lhes dá os conhecimentos e as qualificações necessárias para escaparem da pobreza, permanecerem saudáveis e terem esperança em um futuro melhor. São bem variados os desafios, com veremos a seguir. No Camboja, a Fundação Save the Children está trabalhando em regiões remotas nas quais praticamente não há escolas. Eles reformam ou constroem escolas e cuidam para que as crianças tenham condições de estudar até o final do curso. No Nepal, a instituição está trabalhando em áreas rurais e desenvolvendo sistemas para avaliar o quanto as crianças estão aprenden- do. Essa avaliação é importante para que se possa, no futuro, ampliar e melhorar ainda mais o sistema escolar. A Fundação Save the Children está trabalhando em conjunto com as autoridades responsáveis pelo ensino no Camboja e no Nepal, o que possibilita não só promover o envolvimento das autoridades locais na solução do problema, como também conscientizá-las de que as crianças têm direito à educação. O terceiro país, Uganda, ainda está sofrendo as conseqüências de 20 anos de uma guerra brutal, muito embora as negociações de paz estejam em andamento. As maiores dificuldades encontradas na devastada região norte de Uganda são garantir a integridade física das crianças e oferecer a elas a oportunidade de freqüentarem a escola. A Fundação Save the Children está reconstruindo as escolas e criando centros provisórios nos campos de refugiados, para que um número maior de crianças tenha a chance de freqüentar a escola num esquema flexível de aulas. “Graças à substancial contribuição feita pela Hydro, muitas crianças estão tendo a oportunidade de se escolarizarem; essa ajuda foi imprescindível”, declara a Secretária Geral da Fundação Save the Children, Gro Brækken. A instituição Ajuda Humanitária Norueguesa usou o dinheiro que recebeu da Hydro para criar o “Fundo Hydro”, que oferece ajuda financeira a projetos cujo objetivo seja a redução da pobreza. Em seu primeiro ano de atividade, o Fundo já transferiu aproximadamente 3 milhões de Coroas Norueguesas para quatro diferentes tipos de projetos. Os projetos no Zimbábue, na Nicarágua e na Palestina (Cisjordânia e Gaza) estão entre os que receberam ajuda financeira. As características principais desses projetos são a não-discriminação, a co-participação e capacidade de construção. Quase 900 mil Coroas Norueguesas já foram transferidas para os projetos no Zimbábue. Em Moçambique, também um projeto recebeu ajuda financeira. O propósito dessa iniciativa é fortalecer a posição das mulheres na sociedade, ao dar-lhes maiores oportunidades, inclusive, de serem donas de suas próprias terras. A Ajuda Humanitária Norueguesa também usou recursos do Fundo Hydro no centro de atendimento e abrigo para os sem-tetos em Oslo. hi! > Trond Aasland fotos > Kåre Foss Graças à substancial contribuição feita pela Hydro, muitas crianças estão tendo a oportunidade de se escolarizarem; essa ajuda foi imprescindível. Gro Brækken hi! 35 Kjell Øyvind Vahl diverte-se com as filhas Suzanne, 2, e Silvia, 9. Quem? Kjell Øivind Vahl Cargo? Gerente Onde? Aluminium Metal, Finanças e Estratégia, Oslo Uma vida de sucesso em alumínio “N a não ser trabalhar com alumínio”, ão consigo pensar em outra coisa, garante Kjell Øivind Vahl (46), que sempre trabalhou com o metal, desde seu primeiro emprego temporário durante as férias de verão de 1980. “Nós éramos três bons amigos lá da cidade de Bergen, Noruega, que ficamos sabendo que podíamos ganhar uma boa ‘grana’ como temporários durante o verão, nas fábricas de alumínio em Årdal, Høyanger ou Husnes. Preferimos Årdal, depois que descobrimos que a cidade era a mais populosa das três. Meu primeiro cargo foi como operador na fundição de varetas para arame. Por ter adorado tanto o meu trabalho como também a cidade, que fica no sopé das altas montanhas de Jotunheimen, no fundo do fiorde Sognefjord, decidi aceitar a oferta de emprego efetivo da fábrica, trabalhando em horário integral. Em 1986, cheguei à conclusão de que precisava estudar mais e, então, de 1986 a 1990, pedi demissão de Årdal e fui cursar economia: primeiro no Colégio Comercial de Sogndal e depois no Instituto Superior de Comércio, na cidade de Bodø. Infelizmente terminei meus estudos numa época em que o mercado de trabalho estava recessivo e, apesar de candidatar-me a 50 posições, não fui chamado para nem uma única entrevista. Ainda bem que fui ‘salvo’ por Einar Selsås e Oddgeir Steinheim, de Årdal. Eles me ofereceram o posto de economista do departamento de vendas e fundição. Durante os anos em que estive estudando, a empresa mudou de nome: passou de Årdal & Sunndal Verk AS para Hydro Aluminium. Em 1992, dei continuidade aos estudos. Fiz o mestrado em economia – em regime de tempo parcial –, na Escola Norueguesa de Administração, em Sandvika, que fica nas imediações de Oslo, a capital da Noruega, para onde fui transferido em 1993, e lá assumi uma posição no departamento meu trabalho Fico na maior agitação quando vejo os efeitos que as flutuações da Bolsa de Metais de Londres provocam no lucro da Hydro e nas fábricas. Kjell Øivind Vahl administrativo do então Metal Group, sob a chefia de Jan Ytredal. Foi nessa fase que ganhei experiência em negociações e gerenciamento de riscos, direcionando-me para três diferentes funções durante o período de quatro anos que trabalhei nos Estados Unidos, primeiro em Louisville e, em seguida, em Baltimore. Já de volta, em Oslo, agora o meu trabalho abrange contabilidade e registro financeiro dentro da assessoria administrativa da divisão Aluminium Metal. Você pode até achar que o que faço não tem nada de interessante. Com a minha experiência em alumínio, sinto que consigo chegar ao âmago de tudo que está acontecendo, tanto no mercado, quanto na linha de produção. Para mim, meu trabalho está a quilômetros de distância do tédio de processar grandes quantidades de dados. Fico na maior agitação quando vejo os efeitos que as flutuações da Bolsa de Metais de Londres provocam no lucro da Hydro e nas fábricas. É igualmente importante para a empresa melhorar seus sistemas contábeis e de controle, para entrar em sincronia com as últimas exigências oriundas do desenvolvimento de sistemas de computador e de informação. Quanto a minha vida particular, também tenho de enfrentar alguns desafios, pois sou pai solteiro de duas meninas ainda pequenas, uma de nove e a outra de apenas dois anos. Todos os dias, tento encontrar um equilíbrio entre meu trabalho, a creche e as atividades após as aulas. Felizmente, a Hydro tem uma política de flexibilidade, e eu acho que todos do departamento em que trabalho me dão a maior força: ninguém cria caso quando chego atrasado de manhã. Não tenho palavras para dizer o quanto é importante para mim trabalhar num ambiente socialmente agradável e ter colegas com os quais eu possa contar.” hi! > Informações prestadas a Dag Sunnanå fotos > Terje S. Knudsen hi! 37 Milhares de turistas viajam para o Cabo Norte, na Noruega, para ver o “Sol da Meia-Noite”. Vários navios chegam todos os dias ao porto de Honningsvåg. Escuridão e claridade, frio e calor. Tudo junto aqui no topo da Noruega Terra de contrastes Muita gente não se lembra de que a “Terra do Sol da Meia-Noite” é também a “Terra do Dia Escuro” – no inverno, quando todos os turistas desaparecem. É assim que fica a cidade de Honningsvåg em dezembro. A Hydro fez pesados investimentos em prontidão para emergência, na comunidade local. Em dezembro passado foi realizado um exercício de simulação de um grande vazamento de óleo no mar e em terra. cartão-postal de Honningsvåg Innovation A Hydro vem pesquisando petróleo no Mar de Barents, que banha o litoral norte da Noruega. O prospecto Nucula está localizado nessas águas que demandam grande perícia e esforço, e a perfuração realizou-se em pleno inverno. Durante o verão, a cidade litorânea de Honningsvåg é a terra do sol da meia-noite e fervilha de gente ao acolher, todos os dias, inúmeros navios transatlânticos apinhados de turistas, cujo destino é o Cabo Norte, a ponta mais ao norte da Europa. No dia em que escrevo este artigo, o vento forte está fustigando com lufadas de neve, e durante a perfuração, foi difícil nos mantermos em pé. Se você nunca esteve acima do Círculo Ártico nos rigores do inverno, não há como se preparar para a experiência de ver um céu totalmente escuro antes do almoço. Partindo do aeroporto de Oslo sob o sol É igual a estar em plena tundra ártica, numa planície sem árvores. O frio intenso atravessa todas as camadas quente da manhã, o avião ruma para o norte, direto para um céu de cores em transição, exibindo deslumbrantes matizes de azul, dos mais claros aos profundamente escuros. Mas isso não é nada se comparado com o passeio de montanha-russa que é a passagem entre os picos da cordilheira que lhe dão as boas-vindas quando o avião se prepara para aterrissar em Tromsø. Um pequeno avião faz a ponte-aérea até a cidade de Honningsvåg, no Cabo Norte, passando por Hammerfest e sua impressionante instalação industrial na ilha de Melkøya. Vista de cima das montanhas escarpadas, é difícil de acreditar que essa região seja habitada. Estradas vazias, esculpidas como pequenos arranhões na rocha; cidades minúsculas que brilham como bóias de luz a milhas de distância uma das outras sob o lusco-fusco do meio-dia; neve e camadas de gelo que se estendem até onde a vista alcança. É um cenário incompatível com qualquer idéia de aquecimento global. Com um baque, o avião aterrissa sobre a pista coberta de neve e, numa manobra brusca, faz uma curva em U e se prepara para parquear diante de um pequeno galpão que, depois se descobre, é o terminal do aeroporto. de roupa que você está vestindo. As ruas varridas pelo vento parecem desertas, mas os montes de neve são salpicados de carros estacionados com motores ligados. Por quê? Acontece que os proprietários desses carros, que estão se aquecendo nos bares, lembraram, primeiro, de ligar a calefação. Afinal, ninguém está a fim de entrar num carro congelado, certo? Não obstante tanto frio, quando você conhece o pessoal dali, a recepção é calorosa: “Bem-vindo a Honningsvåg, estamos torcendo para que você encontre petróleo!”. hi! > Colin Dobinson fotos > Colin Dobinson, Pål Hermansen Scanpix/Aune Forlag/Ole P. Rørvik mais sobre Nucula > páginas 8-12 hi! 39 Impressão: Kampen Grafisk, Oslo Syd Ferguson, engenheiro É um ato de reconhecimento pelo trabalho duro e ininterrupto de vários anos. John Hammond, supervisor em eletrônica e instrumentação Absolutamente certo! John Edmondson, gerente de saúde, segurança e meio ambiente O Prêmio para Segurança é uma recompensa a todos os empregados. Afinal de contas, foram eles que conseguiram os resultados. Foi o máximo termos conseguido esse respeitado prêmio, e todo o pessoal de Aycliffe está cheio de orgulho. Se você passar pela fábrica, vai reparar que o envolvimento com segurança, saúde e meio ambiente é impressionante; e cada um, de alguma forma, trabalhou para melhorar ou manter os altos padrões exigidos. Paul Gibson, tecnólogo com especialização em compostos É o que normalmente acontece quando pessoas bem treinadas trabalham em conjunto. Andy Gaskell, mecânico especializado 5 E mais > páginas 6-7 hi O que você achou de ter vencido o Prêmio da Presidência para Segurança?