Mata do CIMNC, Pernambuco, Brasil
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Mata do CIMNC, Pernambuco, Brasil
Mata do CIMNC, Pernambuco, Brasil Projeto Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco CONSULTOR Msc. Marcelo Sobral Leite Apresentação Ações conservacionistas estratégicas e sustentáveis em nível local e regional são construídas a partir de conhecimentos essenciais sobre a biodiversidade da(s) área(s) que se pretende conservar. Tais conhecimentos são acessados através de inventários detalhados da riqueza biológica, ótimo indicador na escolha de áreas prioritárias para conservação e premissa para direcionar medidas de manejo e conservação em longo prazo. Nesse contexto, este relatório apresenta informações consolidadas sobre a riqueza de dois importantes indicadores de biodiversidade universalmente utilizados, os grupos biológicos das aves e dos vegetais. Estas informações têm o propósito de subsidiar a criação de Unidade de Conservação (UC) dentro do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, a Mata do CIMNC. Informações complementares sobre o registro de espécies de anfíbios, répteis e mamíferos também estão disponibilizadas, agregando valor biológico e enfatizando a necessidade de implementação de medidas conservacionistas para o local. Este trabalho oferece ainda dados sobre o meio físico, como clima, geomorfologia, pedologia e hidrografia e aponta os principais serviços ambientais prestados pela área em questão, local e regionalmente, assim como ameaças a biodiversidade e recomendações para o seu manejo. SUMÁRIO 1. Introdução______________________________________________________________ 01 2. Metodologia_____________________________________________________________ 02 3. Meio Físico______________________________________________________________ 02 3.1. Localização e acesso______________________________________________________ 02 3.2. Classes de altitude_______________________________________________________ 03 3.3. Relevo______________________________________________________________ 03 3.4. Geologia _____________________________________________________________ 03 3.5. Geomorfologia ________________________________________________________ 03 3.6. Pedologia____________________________________________________________ 04 3.7. Clima_______________________________________________________________ 04 3.8. Hidrografia___________________________________________________________ 04 Biodiversidade___________________________________________________________ 05 4.1. Vegetação____________________________________________________________ 05 4.2. Flora________________________________________________________________ 05 3.3. Fauna________________________________________________________________ 06 4.4. Espécies de relevante interesse para a conservação_____________________________ 07 4.4.1 Espécies ameaçadas de extinção__________________________________________ 07 4.4.2. Espécies endêmicas___________________________________________________ 08 4.4.3. Espécies bioindicadoras________________________________________________ 08 4.4.4. Espécies invasoras____________________________________________________ 09 4.4.5. Outras espécies de interesse especial para conservação________________________ 10 4.5. Status de conservação da área_____________________________________________ 11 4.6. Principais fatores de ameaça a biodiversidade_________________________________ 12 4.7. Potencial da área em manter biodiversidade e serviços ambientais_________________ 13 4. Referências Bibliográficas_____________________________________________________ 14 Tabelas____________________________________________________________________ 20 Imagens____________________________________________________________________ 34 1 1. Introdução Conservar a biodiversidade não se resume apenas na salvaguarda das espécies de uma determinada região, está também intrinsecamente associada à manutenção de processos e serviços ambientais essenciais a humanidade (Kerr et al., 2001; GalindoLeal et al., 2005). Estes benefícios incluem ar puro, água limpa, solo fértil, polinização de culturas agrícolas e uma variedade de plantas e animais, dos quais os seres humanos dependem para alimentação, vestuário, combustível, medicamentos e abrigo (Kerr et al., 2001; Facetti, 2005; Galindo-Leal et al., 2005). Logo, a perda de biodiversidade causa mudanças em processos ecossistêmicos, e, à medida que os ecossistemas empobrecem, seus produtos e serviços ambientais diminuem, afetando diretamente a subsistência das populações humanas (Galindo-Leal et al., 2005). A Floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco apresenta um longo histórico de perturbação (Tabarelli et al., 2006) e, como em toda a extensão desse bioma, a maior parte da diversidade biológica atualmente se concentra em fragmentos florestais, pouco estudados e marginalizados pelas iniciativas conservacionistas (Viana & Pinheiro, 1998). A maioria das UC’s deste setor da Floresta Atlântica, que representa o Centro de Endemismo Pernambuco, é pequena (<100 ha), carece de implementação e financiamento regular e está rodeada por atividades antrópicas que representam ameaça constante (Tabarelli et al., 2005). O Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcante (CIMNC) denominado inicialmente Campo de Instrução de Aldeia, teve sua criação pelo Aviso N.º 134, de 29 de Janeiro de 1944, do Ge. Eurico G. Dutra, Ministro da Guerra. A área da Mata do CIMNC possui 7.324 ha. de remanescentes florestais que representam o maior bloco de florestas ao norte do rio São Francisco (Guimarães, 2008; Lucena; 2009; Pereira, 2009). Dentro do cenário atual de conservação da Floresta Atlântica Nordestina, os remanescentes do CIMNC se revestem de extrema importância para a biodiversidade regional, embora ainda não conte com respaldo legal de proteção como Unidade de Conservação. 2 2. Metodologia Para a confecção do presente relatório foram realizadas buscas intensivas por trabalhos já publicados para a região, tanto no âmbito biológico (Cáceres & Lücking, 2002; Monteiro da Cruz et al., 2002; Silveira et al., 2003; Guimarães, 2008; Lucena, 2009; Pereira, 2009; Moura et al., 2010), quanto relativos às características do meio físico (Veloso et al., 1991; Silva et al., 1993; CPRH, 2004; Andrade et al., 2005; Beltrão et al., 2005; Guimarães, 2008; ITEP, 2010), enfocando no trecho onde se localiza a Mata do CIMNC. Para tanto, foram acessadas bibliotecas eletrônicas ou não, por meio das quais, além das características gerais da área e das comunidades biológicas, foram inferidos os atributos relevantes dos táxons ocorrentes. Por sua vez, os dados substanciais sobre a biodiversidade da área foram obtidos a partir de inventários biológicos rápidos executados em campo na primeira etapa da segunda fase do projeto “Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco” (Lucena, 2009; Pereira, 2009), somadas a informações de banco de dados (CEPAN; M. Sobral-Leite) e inventários biológicos realizados previamente. 3. Meio Físico 3.1. Localização e acesso A Mata do CIMNC está inserida na área militar do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcante (07°50'00"S-35°06'00"W, Figura 1), microrregião da mata setentrional, mesorregião da zona da mata norte pernambucana (Guimarães, 2008). Seu conjunto de remanescentes florestais abrange os municípios de Araçoiaba, Igarassu, Paulista, Paudalho e Tracunhaém, totalizando 7.324 ha de área (Guimarães, 2008; Lucena, 2009). A sede do CIMNC dista cerca de 42 km da capital Recife e o acesso é feito pela BR-232/408 (Beltrão et al., 2005), sendo cortada por uma estrada que liga Araçoiaba a Chã de Cruz (Andrade et al., 2005; Guimarães, 2008). 3 3.2. Classes de altitude O ponto mais elevado da Mata do CIMNC é o Morro de Miritiba com 254 m de altitude, sendo que a menor elevação encontra-se no leito do riacho Catucá, bacia hidrográfica do rio Botafogo (CPRH, 2004), com cerca de 60 m de desnível em relação ao nível do mar (Guimarães, 2008). 3.3. Relevo O relevo predominante na região é o da unidade dos Tabuleiros Costeiros que compreende platôs de origem sedimentar com graus variáveis de entalhamento, vales estreitos e encostas abruptas a abertos com encostas suaves e fundos com amplas várzeas (Beltrão et al., 2005). Na área da Mata do CIMNC, o relevo é forte ondulado, ou seja, com numerosas elevações de baixas amplitudes (Guimarães, 2008). 3.4. Geologia A área está inserida geologicamente na Província Borborema, constituída pelos litotipos dos Complexos Salgadinho e Vertentes da Formação Moura e dos Depósitos Aluvionares (Beltrão et al., 2005; Guimarães, 2008). Encontra-se dentro dos domínios hidrogeológicos Intersticial e Fissural, sendo o primeiro composto de rochas sedimentares dos depósitos aluvionares e Formação Moura e o segundo por rochas do embasamento cristalino, sub-domínio rochas metamórficas dos Complexos Vertentes e Salgadinho (Beltrão et al., 2005). 3.5. Geomorfologia A área da Mata do CIMNC se encontra nos Tabuleiros Costeiros, fazendo parte da Formação Barreiras, unidade que acompanha o litoral de toda a região nordeste e possui altitudes que variam entre 50 e 100 m (Silva et al., 1993; Beltrão et al., 2005). Esta formação compreende platôs de origem sedimentar com vales estreitos e encostas abruptas. De Alagoas até próximo a Natal (RN), se apresenta pouco dissecado com 4 predomínio de mata úmida, observando-se no trecho de João Pessoa (PB)-Natal, cerrados em áreas de solo arenoso (Silva et al., 1993). 3.6. Pedologia Os solos da região são representados pelos Latossolos e Podzólicos nos topos de chapadas e residuais; Podzólicos com Fregipan, Podzólicos Plínticos e Podzóis nas pequenas depressões nos tabuleiros (Beltrão et al., 2005). Já nas zonas dissecadas e encostas, e nas várzeas, são encontrados os Podzólicos Concrecionários e os Gleissolos e Solos Aluviais, respectivamente (Beltrão et al., 2005; Guimarães, 2008). 3.7. Clima O clima local é do tipo tropical chuvoso com verão seco, com temperatura média anual de 25,2ºC (Beltrão et al., 2005). O período chuvoso começa no outono tendo início em fevereiro e término em outubro, estando à média de precipitação anual por volta de 1.634.2 mm (Beltrão et al., 2005; Guimarães, 2008; ITEP, 2010). 3.8. Hidrografia A hidrografia da área da Mata do CIMNC é bastante diversificada com vários riachos dentro de seus limites (CPRH, 2004; Beltrão et al., 2005; Guimarães, 2008), de maneira geral, com regime de escoamento perenizado e padrão de drenagem dendrítico (Beltrão et al., 2005). Entre os principais mananciais da área se destacam: os riachos Catucá, Vargem d’Água, Dobrão, D’Aldeia, Barrocas, Timbó, Pilão, Pau Amarelo, Cabocá e Moreninha e o açude Campo Grande (Guimarães, 2008). Os riachos Catucá e Pilão fazem parte da bacia hidrográfica do rio Botafogo (CPRH, 2004; Guimarães, 2008), sendo que “riacho” Catucá é a primeira denominação do rio Botafogo, cujas águas são responsáveis por parte do abastecimento da região metropolitana do Recife (Guimarães, 2008; Lucena, 2009). O açude Campo Grande apresenta cerca de 200.000 m² de superfície e é utilizado no abastecimento do Campo de Instrução e nos treinamentos em superfícies aquáticas (Guimarães, 2008). 5 4. Biodiversidade 4.1. Vegetação A vegetação da área do CIMNC encontra-se dentro do domínio da Floresta Atlântica Brasileira (Veloso et al., 1991), e corresponde a dois de seus subtipos; a Floresta Ombrófila Aberta e a Estacional Semidecidual, ambos das Terras Baixas (Veloso et al., 1991; Lucena, 2009). 4.2. Flora A Mata do CIMNC apresenta um conjunto florístico expressivo, sobretudo se levado em consideração seu histórico de perturbação (Guimarães, 2008; Lucena, 2009). A maior parte da área compreende remanescentes florestais com 60 anos de regeneração, cujas fisionomias se expressam como mosaicos em diferentes estágios de sucessão (Lucena, 2009). Ao ser adquirido pelo Exército brasileiro, em meados da década de 40, as áreas utilizadas para cultivo de cana-de-açúcar foram abandonadas, permitindo que o processo de regeneração natural da vegetação fosse iniciado (Guimarães, 2008; Lucena, 2009). São conhecidas para a área do CIMNC 51 espécies de liquens foliícolas distribuídas em 22 gêneros e 12 famílias (Tabela 1), sendo as mais ricas Porinaceae (9 spp.), Ectolechiaceae (8) e Strigulaceae (7) e os gêneros Porina (8 spp.), Strigula (7) e Echinoplaca e Mazosia com quatro espécies cada (Cáceres & Lücking, 2002). Para as angiospermas são registradas 145 espécies distribuídas em 113 gêneros e 51 família (Tabela 2). As famílias com maior riqueza específica são: Fabaceae (18 spp.), Melastomataceae (11), Myrtaceae (8), Euphorbiaceae (7), Boraginaceae, Rubiaceae e Sapotaceae (6), Arecaceae, Malvaceae e Moraceae (5) e Anacardiaceae e Clusiaceae (4). Os gêneros com maior número de espécies são: Miconia (9 spp.), Cordia e Inga (5), Casearia, Brosimum, Protium e Solanum com 3 espécies cada (Lucena, 2009). Entre as angiospermas da área, ocorre maior proporção de espécies com dispersão biótica (Figura 2). 6 4.3. Fauna Embora a Mata do CIMNC careça de inventários de grupos faunísticos, com exceção das aves, são reconhecidas algumas espécies de anfíbios, répteis e mamíferos na área (Guimarães, 2008; Moura et al., 2010). O local é um dos únicos sítios de ocorrência na Floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco do anfíbio anuro Stereocyclops incrassatus Cope, 1870 (Microhylidae), até recentemente conhecido apenas dos remanescentes florestais ao sul daquele rio (Moura et al., 2010). Entre os répteis com registros de ocorrência na Mata do CIMNC (Tabela 3) estão nove espécies distribuídas nas seguintes famílias: Amphisbaenidae (1 spp.), Boidae (1 spp.), Colubridae (4 spp.), Elapidae (1 spp.), Iguanidae (1 spp.) e Teiidae (2 spp.). As aves são representadas por 119 espécies distribuídas em 107 gêneros e 40 famílias (Tabela 4), sendo as famílias mais representativas: Tyrannidae (23 spp.), Thraupidae (11), Emberizidae, Furnariidae, Thanophilidae e Trochilidae (5) e Columbidae, Cuculidae, Icteridae, Pipridae e Rallidae (4). Na Mata do CIMNC, a maior parte da avifauna é nativa residente, reproduzindo-se na região ou realizando migrações curtas. Sessenta e três porcento do total de aves registradas é dependente ou semidependente do ambiente florestal, necessitando da mata para manutenção de parte importante de suas atividades biológicas. Insetívoros, frugívoros e onívoros são os grupos tróficos mais ricos com 48, 28 e 16 espécies, respectivamente, estando às aves predadoras e detritívoras pouco representadas na área (Pereira, 2009; Figura 3). Para os mamíferos têm-se registros de ocorrência na área para 30 espécies pertencentes a 18 famílias (Guimarães, 2008; Tabela 3). As ordens e famílias estão assim distribuídas: Artiodactyla (Cervidae), Carnivora (Procyonidae, Canidae, Felidae e Mustelidae), Cingulata (Dasypodidae), Chiroptera (Emballonuridae, Molossidae, Phyllostomidae e Vespertilionidae), Didelphimorphia (Didelphidae), Lagomorpha (Leporidae), Pilosa (Myrmecophagidae), Primate (Callithrichidae) e Rodentia (Agoutidae, Dasyproctidae, Echimyidae e Hydrochoeridae). Alguns elementos da fauna e flora dos remanescentes florestais da Mata do CIMNC estão ilustrados nas Figuras 4-11 (angiospermas) e 12-17 (fauna). 7 4.4. Espécies de relevante interesse para a conservação 4.4.1. Espécies ameaçadas de extinção Stereocyclops incrassatus é uma anfíbio anuro categorizado como em declínio (DE) de acordo com a lista global da IUCN (2009) (Tabela 5). Esta espécie é típica da serrapilheira da mata e parece ser sensível a mudanças nas condições microclimáticas de seu habitat, provocadas pela fragmentação (IUCN, 2009; Moura et al., 2010). Cinco espécies/subespécies de aves ameaçadas de extinção foram registradas na Mata do CIMNC (Tabela 5). Destas, quatro estão citadas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Machado et al., 2008) e uma na lista global da IUCN (2009). Entre as aves ameaçadas, o pica-pau-anão-de-pintas-amarelas Picumnus exilis pernambucensis Zimmer, 1947 (Picidae) e o espanta-raposa Thamnophilus caerulescens pernambucensis Naumburg, 1937 (Thanophilidae) apresentam tolerância a ambientes perturbados. Ambas as espécies são encontradas em pequenos fragmentos de mata, sendo que a primeira também ocorre nas áreas arborizadas do centro do Recife. O chupa-dente Conopophaga lineata cearae (Cory, 1916) (Conopophagidae) e o bicovirado-miúdo Xenops minutus alagoanus (Pinto, 1954) (Furnariidae) são facilmente avistados, o primeiro nas árvores do interior da mata e o segundo próximo ao solo, na borda. Já os indivíduos de apuim-de-cauda-amarela Touit surdus (Kuhl) 1820 (Psittacidae) preferem o dossel, alimentando-se de pequenos frutos em bandos pouco numerosos ou sobrevoando a floresta (Pereira, 2009). Estes cinco táxons estão ameaçados de extinção principalmente, devido à destruição de seu hábitat nativo (Machado et al., 2008; Pereira, 2009). Entre os mamíferos, há evidências da ocorrência do Gato-do-mato ou Lagartixeiro Leopardus tigrinus Schreber, 1775 (Felidae, Carnívora), felino cujo estado de conservação é vulnerável a extinção (MMA, 2003; Machado et al., 2008; Tabela 5). Entre as principais ameaças sofridas pela espécie, estão à caça para o comércio ilegal de peles (Monteiro da Cruz et al., 2002) e a captura para criação como animal de estimação (Monteiro da Cruz et al., 2002; Machado et al., 2008). 8 4.4.2. Espécies endêmicas Do conjunto florístico da Mata do CIMNC, dezoito espécies são endêmicas da Floresta Atlântica brasileira (Stehmann et al., 2009), sendo a arbórea Connarus blanchetii Planch. (Connaraceae) restrita ao setor desta floresta ao norte do rio São Francisco (Santos, 2006). Veja a Tabela 6. Os registros de ocorrência atuais de S. incrassatus indicam que este anfíbio é endêmico da Floresta Atlântica brasileira encontrado em poucos remanescentes ao sul e ao norte do rio São Francisco (Moura et al., 2010; Tabela 5). Para a avifauna dos remanescentes do CIMNC são registradas seis espécies endêmicas, quatro delas restritas ao Centro Pernambuco (Floresta Atlântica litorânea de Alagoas ao Rio Grande do Norte) e duas à Floresta Atlântica brasileira (Pereira, 2009; Tabela 5). 4.4.3. Espécies bioindicadoras Herbáceas de diversas famílias de angiospermas (e.g. Araceae, Heliconiaceae e Marantaceae) típicas de locais sombreados e úmidos (esciófilas) foram registradas na localidade “estante de tiro”, além de avencas e samambaias (Lucena, 2009). A ocorrência destes táxons indica que este sítio apresenta bom estado de conservação, pois plantas esciófilas são intolerantes a condições ambientais adversas, como as encontradas em habitats hiper-fragmentados (Siqueira-Filho et al., 2006). Anfíbios são reconhecidos como bons bioindicadores da qualidade ambiental em função de sua intolerância a mudanças microclimáticas (Santos & Carnaval, 2002; Gascon et al., 2007). O registro de S. incrassatus para os remanescentes do CIMNC sugere a ocorrência de locais em bom estado de conservação, propícios a anurofauna (Gascon et al., 2007). Neste grupo merece destaque as aves frugívoras de maior porte, como o surucuáde-barriga-vermelha Trogon curucui Linnaeus, 1766 (Trogonidae), importantes dispersoras das sementes de árvores nativas (Silveira et al., 2003; Pereira, 2009). As espécies de menor porte deste grupo trófico, como a guriatã Euphonia violacea (Linnaeus) 1758 (Fringillidae) também atuam na dispersão de sementes, sendo presença constante nas áreas arborizadas próximas a sede do Campo de Instrução (Pereira, 2009). 9 Animais frugívoros (geralmente aves e mamíferos) são fundamentais para a continuidade do processo ecológico-chave de dispersão de sementes, mantenedor do reflorestamento natural das áreas em regeneração (Silveira et al., 2003). A evidência de ocorrência de predadores de topo de cadeia alimentar como o Gato-do-mato L. tigrinus, sugere a presença de habitats em estado de maturidade. Predadores de topo de cadeia precisam de amplas áreas para território e forrageamento, assim como da presença de presas, atributos disponíveis apenas em áreas em bom estado de conservação (Mazzolli, 1993; Machado et al., 2008). 4.4.4. Espécies invasoras As arbóreas exóticas ocorrentes na Mata do CIMNC ocupam densamente o interior e trechos de borda de vários de seus remanescentes florestais. Entre elas se destacam: o dendê Elaeis guineensis L. (Arecaceae), a jaqueira Artocarpus heterophyllus Lam. (Moraceae), a mangueira Mangifera indica L. (Anacardiaceae), o sabiá Mimosa caesalpinifolia Benth. (Fabaceae) e a azeitona-preta Syzygium jambolanum (L.) DC. (Myrtaceae). As quatro primeiras são consideradas invasoras em Pernambuco (CEPAN, 2009), sendo o dendê, a jaqueira e a mangueira de origem africana e asiática e o sabiá oriundo da caatinga (CEPAN, 2009; Lucena, 2009). Trechos da vegetação encontram-se descaracterizados em função da dominância destas árvores sobre as nativas, comprometendo a fisionomia e as funções ecológicas desempenhadas pela vegetação natural (Lucena, 2009). Entre as aves, o pardal Passer domesticus (Linnaeus) 1758 (Passeridae), nativo da Eurásia, foi à única espécie animal exótica invasora registrada, sendo abundante nas proximidades do quartel, no estábulo e na vila dos militares. O pardal compete com as aves nativas que apresentam modo de nidificar similar, no entanto, é mais prolífero que as espécies nativas, nidificando várias vezes por ano, ocasionando crescimento desenfreado de suas populações (Pereira, 2009). 10 4.5. Outras espécies ou dados de interesse especial para conservação Abaixo, estão descriminadas outras espécies ou dados relevantes para o desenvolvimento de estratégias de conservação dos remanescentes florestais da Mata do CIMNC. Elevada riqueza de plantas que oferecem frutos e/ou sementes para a fauna: Acrocomia intumescens Drude, Attalea oleifera Barb. Rodr., Bactris ferruginea Burret (Arecaceae), Cordia spp. (Boraginaceae), Gurania acuminata Cogn., Psiguria triphylla (Miq.) C. Jeffrey (Cucurbitaceae), Erythroxylum spp. (Erythroxylaceae), Inga spp., Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. (Fabaceae), Ocotea glomerata (Ness) Mez. (Lauraceae), Gustavia augusta L., Lecythis pisonis Cambess. (Lecythidaceae), Byrsonima sericea DC. (Malpighiaceae), Miconia spp. (Melastomataceae), Myrcia spp. (Myrtaceae), Manilkara salzmannii (A.DC.) H.J.Lam, Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. Pouteria grandiflora (A.DC) Baehni (Sapotaceae), Solanum spp. (Solanaceae), (Smith et al., 2004), entre outras. O registro de ocorrência de morcegos indica a existência de fauna promotora de serviços ambientais chave para a continuidade das matas, como a polinização e dispersão das plantas (Sazima et al., 1999; Giannini & Brenes, 2001); O registro de ocorrência de predadores de topo de cadeia alimentar como o Gato-do-mato L. tigrinus, indica habitats maduros, nos quais áreas amplas e adequadas e presas estão disponíveis (Machado et al., 2008); O único local em Pernambuco onde ocorrem os liquens Dimerella usambarensis Vezda & Farkas (Coenogoniaceae) e Fellhanera lambinonii (Sérus) Sérus & Lücking (Pilocarpaceae), esta última espécie considerada rara (Cáceres & Lücking, 2002); 11 Elevada riqueza da flora Micota-liquenizada (Cáceres & Lücking, 2002), organismos indicadores da qualidade do ar (Ribeiro et al., 2000), o que sugere a atuação da vegetação local na redução da poluição do ar; O registro de S. incrassatus evidencia a ocorrência de locais em bom estado de conservação, sugerindo a ocorrência de sítios com potencial para o encontro de outras espécies raras e/ou endêmicas da anurofauna (Gascon at al., 2007). 4.5. Status de conservação da área A Mata do CIMNC sofreu regeneração substancial nas décadas em que se sucedeu a fundação do quartel, o que pode ser verificado através da comparação entre as imagens da época da construção do quartel e as atuais (Guimarães, 2008). O estado atual de conservação de seus remanescentes florestais é, em sua maioria, homogêneo formado por florestas secundárias em estágio médio a avançado de regeneração (Lucena, 2009; Pereira, 2009). Entretanto, muitos trechos dos remanescentes florestais da área apresentam em estágios iniciais de regeneração e sinais de perturbação recente (Pereira, 2009). As matas no entorno do estande de tiro situado sobre relevo íngrime e com a presença de córregos tem fitofisionomia mais densa e úmida com árvores mais altas e de maior biomassa. Nesse trecho, arbóreas como o jatobá Hymenaea courbaril L. a jaguarana Macrosamanea pedicellaris (DC.) Kleinh. in Pulle, o visgueiro Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. (Fabaceae) e a munguba Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns (Malvaceae) se destacam. Além das arbóreas, herbáceas como Aráceas, Heliconiáceas, Marantáceas, avencas e samambaias esciófilas também ocorrem (Lucena, 2009). Há trilhas no interior dos fragmentos, mas áreas de pasto destinadas à criação do gado e extensas várzeas são encontradas, destacando-se o vale do riacho Catucá utilizado para o treinamento da artilharia, onde a vegetação aquática está bem conservada (Pereira, 2009). 12 4.6. Principais fatores de ameaça a biodiversidade A escassez de recursos humanos envolvidos na fiscalização expõe à biodiversidade da Mata do CIMNC a ameaças, tendo em vista sua proximidade dos perímetros urbanos municipais (Lucena, 2009); Presença de arbóreas exóticas e invasoras que impossibilitam o estabelecimento da vegetação nativa e comprometem o funcionamento do ecossistema (CEPAN, 2009; Lucena, 2009); As placas sobre as árvores para servir de alvo para tiros, pudesse talvez ser melhor redefinidas para evitar danos aos troncos de espécies mais frágeis (Lucena, 2009); A fragmentação das matas é uma das principais ameaças as aves que habitam os remanescentes do CIMNC. Esses fragmentos são separados, principalmente, por estradas trafegáveis por veículos do quartel e civis (Pereira, 2009); A intensa perturbação sonora promovida pela prática de tiro no interior da mata pode alterar a biologia das aves mais sensíveis durante a época da nidificação, fazendo com que elas abandonem os ninhos assustadas (Pereira, 2009); A presença excessiva de pessoas no interior dos fragmentos pode ameaçar espécies vegetais como as árvores em fase de plântula e herbáceas do subbosque. O pisoteio ocasionado pode dificultar ou impossibilitar seu crescimento na serrapilheira em função da compactação do solo. De maneira semelhante, os animais que se mimetizam, difíceis de serem avistados, também podem ser prejudicados (Pereira, 2009); O TNT (2,4,6 trinitrotolueno) presente em explosivos pode contaminar o solo e a água (Travis, 2007). Esta substância polui o ambiente e diminui a atividade de desnitrificação microbiana do solo, comprometendo o ciclo do nitrogênio e prejudicando todo o ecossistema (Siciliano et al., 2006; Pereira, 2009). 13 4.7. Potencial da área em manter biodiversidade e serviços ambientais A Mata do CIMNC, de maneira análoga a todas as florestas tropicais, oferece serviços ambientais essenciais para a população local e regional, como redução da poluição do ar, seqüestro de carbono e regulação microclimática (Young & Fausto, 1997, Kageyama et al., 2001). Os remanescentes florestais e os mananciais do CIMNC, no entanto, são os seus principais valores de uso, visto que a cobertura vegetal presta serviço ambiental por possibilitar a permeabilidade da chuva no solo e devolvê-la para o ambiente pela evapotranspiração (Young & Fausto, 1997). A transformação dos remanescentes do CIMNC em Unidade de Conservação é uma importante medida conservacionista para a Floresta Atlântica. Sobretudo para as formações de terras baixas do litoral pernambucano, que estão entre as mais impactadas pelas atividades antrópicas neste setor florestal (Siqueira-Filho et al., 2006; Tabarelli et al., 2006). A extensa área da Mata do CIMNC representa uma amostra considerável da biodiversidade para as próximas gerações, e juntamente com os fragmentos da Usina São José (Alves-Araújo et al., 2008), são os mais representativos remanescentes florestais do litoral norte de Pernambuco (Lucena, 2009). 14 Referências bibliográficas Alves-Araújo, A.; Araújo, D.; Marques, J.; Melo, A.; Maciel. 2008. Diversity of Angiosperms in Fragments of Atlantic Forest in the State of Pernambuco, Northeastern Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2: 14-26. Andrade, M.S.; Valença, H.F.; Silva, A.L. Da; Almeida, F. De A.; Almeida, E. L.; Brito, M.E.F. De & Filho, S. P. B. 2005. 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Família Asterothyriaceae Coenogoniaceae Ectolechiaceae Gomphillaceae Monoblastiaceae Pertusariaceae Pilocarpaceae Porinaceae Pyronemataceae Ramalinaceae Roccellaceae Strigulaceae Espécie Psorotheciopsis premneella (Rehm) R. Sant. Coenogonium subluteum (Rehm) Kalb & Lücking Dimerella usambarensis Vezda & Farkas Calopadia fusca (Müll. Arg.) Vezda Calopadia puiggarii (Müll. Arg.) Vezda Calopadia subcoerulescens (Zahlbr.) Vezda Sporopodium antonianum Elix, Lumbsch & Lücking Sporopodium citrinum (Zahlbr.) Elix, Lumbsch & Lücking Tapellaria leonorae Céceres & Lücking Tapellaria nana (Fée) R. Sant. Tapellariopsis octomera Lücking Actinoplaca strigulacea Müll. Arg. Asterothyrium monosporum Müll. Arg. Asterothyrium rotuliforme (Müll. Arg.) Sérus Asterothyrium sp. Bullatina aspidota (Vain.) Vezda & Poelt Calenia phyllogena (Müll. Arg.) R. Sant. Echinoplaca epiphylla Fée Echinoplaca leucotrichoides (Vain.) R. Sant. Echinoplaca marginata Lücking Echinoplaca tricharioides Kalb & Vezda Gyalectidium filicinum Müll. Arg. Caprettia amazonensis Bat. & H. Maia Phyllophiale alba R. Sant. Byssoloma chlorinum (Vain.) Zahlbr. Byssoloma subdiscordans (Nyl.) P. James Fellhanera fuscatula (Müll. Arg.) Vezda Fellhanera lambinonii (Sérus) Sérus & Lücking Porina actomera (Müll. Arg.) F. Schill Porina atrocoerulea Müll. Arg. Porina distans Vezda & Vivant Porina epiphylla (Fée) Fée Porina fulvella Müll Arg. Porina mirabilis Lücking & Vezda Porina nitidula Müll. Arg. Porina tetramera (Malme) R. Sant. Trichothelium sipmanii Lücking & Sérus Tricharia urceolata (Müll. Arg.) R. Sant. Tricharia vainioi R. Sant. Bacidina pallidocarnea (Müll Arg.) Vezda Mazosia dispersa (Hedr.) R. Sant. Mazosia melanophthalma (Müll. Arg.) R. Sant. Mazosia phyllosema (Nyl.) Zahlbr. Mazosia rotula (Mont.) A. Massal. Strigula antillarum (Fée) Müll. Arg. Strigula concreta (Fée) R. Sant. Strigula nemathora Mont. Strigula nitidula Mont. Strigula orbicularis Fr. Strigula phyllogena (Müll. Arg.) R.C. Harris 21 Strigula smaragdula Fr. Fonte: Cáceres & Lücking (2002). 22 Tabela 2 – Famílias, espécies e nomes populares de Angiospermas encontradas na Mata do CIMNC, Pernambuco. Hábito: Arv.=Árvore, Arb.=Arbusto, Erv.=Erva, Ep.=Epífita, Trep.=Trepadeira, Hemi=Hemiparasita. Família Espécie Hábito Nome popular Anacardiaceae Anacardium occidentale L. Arv. Caju Mangifera indica L. Arv. Manga Tapirira guianensis Aubl. Arv. Cupiúba Thyrsodium spruceanum Benth. Arv. Caboatã-de-leite Annona sp. Arv. – Guatteria sp. Arv. – Xylopia frutescens Aubl. Arv. Embira-vermelha Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson Arv. Banana-de-papagaio Mandevilla scabra (Hoffmanns. Ex Roem. & Schult.) K. Schum. Trep. – Araceae Monstera adansonii Schott Epi. Costela-de-adão Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Manguire Arv. Sambaquim Arecaceae Acrocomia intumescens Drude Arv. Macaíba Attalea oleifera Barb. Rodr. Arv. Palmeira-pindoba Bactris ferruginea Burret Arb. Coquinho Elaeis guineensis L. Arv. Dendê Syagrus cearensis Noblick Arv. Coco-catolé Bacharis oxiodonta DC. Erv. – Emilia sonchifolia (L.) DC. ex Wight Erv. – Eupatorium ballotaefolium Kunth Erv. – Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sandwith Arv. Ipê-branco Boraginaceae Cordia multispicata Cham. Arb. – Cordia nodosa Lam. Arb. Grão-de-galo Cordia sellowiana Cham. Arv. Gargaúba Cordia superba Cham. Arv. – Cordia trichotoma Vell. ex Steud. Arv. Freijó Heliotropium angiospermum Murray Arb. – Protium aracouchini March. Arv. Amescla Protium giganteum Engl. Arv. Amescla Protium heptaphyllum March. Arv. Amescla-de-cheiro Bromeliaceae Aechmea constantinii (Mez) L.B.Sm. Epi. Bromélia, gravatá Chrysobalanaceae Hirtella racemosa Lam. Arb. – Licania sp. Arv. – Caraipa densifolia Mart. Arv. Camaçari Clusia nemorosa G. Mey. Arv. Pororoca Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Arv. Bacupari Symphonia globulifera L.f. Arv. Bulandi Cochlospermaceae Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. Arv. Algodão-da -mata Commelinaceae Commelina erecta L. Erv. – Connaraceae Connarus blanchetii Planch. Arv. – Annonaceae Apocynaceae Asteraceae Burseraceae Clusiaceae 23 Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Erv. – Costus sp. Erv. – Gurania acuminata Cogn. Trep. – Psiguria triphylla (Miq.) C. Jeffrey Trep. – Curatella americana L. Arv. Pau-lixa Tetracera breyniana Schltdl. Trep. – Elaeocarpaceae Sloanea guianensis Benth. Arv. Mamajuda Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. Arv. – Erythroxylum mucronatum Benth. Arv. Cumixá Euphorbia hyssopifolia L. Erv. – Euphorbia hirta L. Erv. – Chaetocarpus myrsinites Baill. Arv. – Cnidoscolus loefgrenii (Pax & K. Hoffm.) Pax & K. Hoffm. Arb. Urtiga Maprounea guianensis Aubl. Arv. Vaquinha-vermelha Mabea occidentalis (Benth.) Mull. Arg. – – Pogonophora scomburgkiana Miers Arv. Cocão Abarema jupunba Britton & Killip Arv. Saboeiro Balizia pedicellaris (DC.) Barneby & J.W.Grimes Arv. Jaguarana Dialium guianensis Benth. Arv. Pau-ferro Hymenaea courbaril L. Arv. Jatobá Inga blanchetiana Benth. Arv. Ingá Inga capitata Desv. Arv. Ingá Inga edulis Mart. Arv. Ingá Inga dysantha Benth. Arv. Ingá-peludo Inga marginata Benth. Arv. Ingá Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Arv. Espinheiro Mimosa caesalpinifolia Benth. Arb. Sabiá Macrosamanea pedicellaris (DC.) Kleinh. in Pulle Arv. Jaguarana Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. Arv. Visgueiro Phanera outimouta (Aubl.) L.P. Queiroz – – Pterocarpus violaceus Vogel Trep. Pau-sangue Stryphinodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. Arv. Favinha Senna georgica H.S. Irwin & Barneby Trep. – Tephrosia cinerea (L.) Pers Erv. – Gentianaceae Coutoubea spicata Aubl. Erv. – Heliconiaceae Heliconia psittacorum L. f. Erv. Paquevira Lauraceae Nectandra sp. Arv. Louro-amarelo Ocotea glomerata (Ness) Mez. Arv. Louro Gustavia augusta L. Arv. Japaranduba Lecythis pisonis Cambess. Arv. Côco-sapucaia Malpighiaceae Byrsonima sericea DC. Arv. Murici Malvaceae Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns Arv. Munguba Luehea ochrophylla Mart. Arv. – Costaceae Cucurbitaceae Dilleniaceae Euphorbiaceae Fabaceae Lecythidaceae 24 Luehea speciosa Willd Arv. Açoita-cavalo Sida linifolia Cav. Erv. – Urena lobata L. Arb. – Calathea cf. cylindrica (Roscoe) K. Schum. Erv. – Stromante porteana Griseb. Erv. – Clidemia hirta (L.) D. Don Erv. – Henriettea succosa (Aubl.) DC. Arv./Arb. Pêlo-de-cutia Miconia albicans (Sw.) Triana Arv. – Miconia amacurensis Wurdack Arv. – Miconia calvescens DC. Arv. Caramondé Miconia ciliata (Rich.) DC. Arb. – Miconia compressa Cogn. Arb. – Miconia hypoleuca (Benth.) Triana Arv. – Miconia multiflora Naudin Arb. – Miconia nervosa (Sm.) Triana Arv. – Miconia prasina (Sw.) DC. Arb. – Artocarpus heterophyllus Lam. Arv. Jaqueira Brosimum discolor Schott Arv. Quiri Brosimum guianensis (Aubl.) Huber Arv. Quiri Brosimum rubescens Taubert Arv. Conduru Sorocea hilarii Gaudich. Arv. Amora-da-mata Myristicaceae Virola gardneri (A. DC.) Warb. Arv. Urucuba Myrsinaceae Ardisia sp. Arb. – Myrtaceae Calyptranthes sp. Arv. – Campomanesia sp. Arv. – Campomanesia xanthocarpa O. Berg in Mart. Arv. Guabiraba Myrcia fallax (Rich.) DC. Arv. Coração-de nêgo Myrcia sp. Arv. Goiabinha Myrciaria tenella (DC.) O.Berg Arv. Cambuí Psidium guineensis Sw. Arb. Araçá-do mato Syzygium jambolanum (L.) DC. Arv. Azeitona-preta Nyctaginaceae Guapira opposita (Vellozo) Reitz Arv. João-mole Ochnaceae Ouratea polygina Engl. Arv. Macaxeira Picramniaceae Picramnia gardneri Planch. Arv. – Piperaceae Piper aduncum L. Arb. – Piper marginatum Jacq. Arb. – Polygonaceae Coccoloba mollis Casar. Arb. – Proteaceae Roupala paulensis Sleumer Arv. Carne-de-vaca Rubiaceae Coutarea hexandra J.R. Johnston Arv. Guiné-do-mato Genipa americana L. Arv. Genipapo Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. Arv. Veludo Palicourea crocea Sw. Arb. – Psychotria colorata (Willd. ex Roem. & Schult.) Müll. Arg. Arb. – Marantaceae Melastomataceae Moraceae 25 Sabicea grisea Cham.& Schltdl. Arb. – Rhamnaceae Colubrina glandulosa Perkins Arv. Suruagi Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. Arv. Limãozinho Salicaceae Casearia arborea Urb. Arv. Espeto Casearia javitensis Humb. Bonpl. & Kunth Arv. Cafezinho Casearia sylvestris Sw. Arv. – Manilkara salzmannii (A.DC.) H.J.Lam Arv. Maçaranduba Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. Arv. Buranhen Pouteria grandi lora (A.DC) Baehni Arv. Leiteiro Allophylus edulis Niederl. Arv. Fruta-de-pombo Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Arv. Caboatã Cupania revoluta Radlk Arv. Caboatã-de-rego Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Arv. Praíba Solanaceae Solanum asperum Rich. Arb. – Solanum paludosum Moric. Arb. – Solanum paniculatum L. Arb. – Aegiphila pernambucensis Moldenke Arb. Salgueiro Lantana camara L. Erv. Chumbinho Violaceae Payparola blanchetiana Tul. Arb. Japaranduba Urticaceae Urera baccifera (L.) Gaudich. Ex Wedd. Arb. Urtiga Sapotaceae Verbenaceae Fonte: Lucena (2009). 26 Tabela 3 – Répteis e mamíferos com registro de ocorrência para os remanescentes florestais da Mata do CIMNC, Pernambuco. (*) Espécie incluída por apresentar registros de ocorrência confirmados dentro das áreas de abrangência municipal da Mata do CIMNC (Araçoiaba, Igarassu, Paudalho, Paulista e Tracunhaém). Classe/ordem/família Espécie Reptilia Nome popular Referência Squamata Amphisbaenidae Amphisbaena alba Linnaeus Cobra-de-duas-cabeças 2 Boidae Boa constrictor Linnaeus Jibóia 2 Colubridae Oxyrhopus guibei Hoge & Romano Coral-falsa 2 Philodryas nattereri Steindachner, 1870 Cobra-cipó 2 Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) Cobra-verde 2 Elapidae Micrurus corallinus (Merrem, 1820) Coral-verdadeira 2 Iguanidae Iguana iguana Linnaeus Lagarto, camaleão 2 Teiidae Ameiva ameiva Linnaeus Calanguinho 2 Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) Teju, teiú 2 Mazama gouazoupira (G. Fischer, 1814) Veado 2 Nasua nasua (Linnaeus, 1766) Quati 2 Procyon cancrivorus (G. [Baron] Cuvier, 1798) Guará, cassaco 2 Canidae Cerdocyon thous (Linnaeus, 1758) Raposa 2 Felidae Leopardus pardalis mitis (Cuvier, 1820) Maracajá-açu, jaguatirica 2 Mustelidae Lontra longicaudis (Olfers, 1818) Lontra 2 Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-peba 1, 2 Emballonuridae Saccopteryx leptura (Schreber, 1774)* Morcego 1, 2 Molossidae Molossus molossus (Pallas, 1766)* Morcego-pescador 1, 2 Phyllostomidae Anoura geoffroy Gray, 1838* Morcego 1, 2 Artibeus cinereus (Gervais, 1856)* Morcego 1, 2 Artibeus jamaicensis Leach, 1821* Morcego 1, 2 Artibeus lituratus (Olfers, 1818)* Morcego 1, 2 Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758)* Morcego 1, 2 Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810)* Morcego-vampiro 1, 2 Glossophaga soricina (Pallas, 1766)* Morcego-beija-flor 1, 2 Phyllostomus discolor Wagner, 1843* Morcego-beija-flor 1, 2 Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767)* Morcego-beija-flor 1, 2 Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810)* Morcego 1, 2 Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810)* Morcego 1, 2 Mammalia Artiodactyla Cervidae Carnivora Procyonidae Cingulata Dasypodidae Chiroptera 27 Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821)* Morcego 1, 2 Didelphis albiventris Lund, 1840 Timbu Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Lebre, tapiti Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) Tamanduá-mirim 2 Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758) Sagui 2 Dasyproctidae Cuniculus paca (Linnaeus, 1766) Paca 2 Agoutidae Dasyprocta aguti (Wagn.) Cutia 2 Hydrochoeridae Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) Capivara 2 Echimyidae Thrichomys apereoides (Lund, 1841) Punaré 2 Didelphimorphia Didelphidae 2 Lagomorpha Leporidae 1, 2 Pilosa Myrmecophagidae Primate Callithrichidae Rodentia Fonte: 1. Monteiro da Cruz et al. (2002); 2. Guimarães (2008). 28 Tabela 4 - Aves registradas na Mata do CIMNC, Pernambuco. Uso do hábitat: Dep. (Dependente), Sde. (Semi-dependente) e Ind. (Independente). Grupo trófico: Ins. (Insetívoro), Fru. (Frugívoro), Gra. (Granívoro), Nec. (Nectarívoro), Det. (Detritívoro), Pre. (Predador) e Aqu. (Aquático). Tipo de ambiente: FL (Floresta), AB (Áreas abertas) e AL (Áreas alagadas). Família Accipitridae Alcedinidae Apodidae Ardeidae Caprimulgidae Cathartidae Charadriidae Coerebidae Columbidae Conopophagidae Cuculidae Dendrocolaptidae Donacobiidae Emberizidae Espécie Rupornis magnirostris (Gmelin) 1788 Megaceryle torquata (Linnaeus) 1766 Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 Ardea alba Linnaeus 1758 Bubulcus ibis (Linnaeus) 1758 Butorides striata (Linnaeus) 1758 Caprimulgus rufus Boddaert 1783 Nyctidromus albicollis (Gmelin) 1789 Cathartes aura (Linnaeus) 1758 Cathartes burrovianus Cassin 1845 Coragyps atratus (Bechstein) 1793 Vanellus chilensis (Molina) 1782 Coereba flaveola (Linnaeus) 1758 Columbina passerina (Linnaeus) 1758 Columbina talpacoti (Temminck) 1810 Leptotila rufa1illa (Richard & Bernard) 1792 Patagioenas speciosa (Gmelin) 1789 Conopophaga lineata cearae (Cory, 1916) Crotophaga ani Linnaeus 1758 Guira guira (Gmelin) 1788 Piaya cayana (Linnaeus) 1766 Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Dendrople1 picus (Gmelin, 1788) Sittasomus griseicapillus (Vieillot) 1818 Donacobius atricapilla (Linnaeus) 1766 Arremon taciturnus (Hermann) 1783 Paroaria dominicana (Linnaeus) 1758 Sicalis flaveola (Linnaeus) 1766 Nome popular Gavião-carijó Fura-barreira Andorinhão-do-temporal Garça-branca-grande Garça-vaqueira Socozinho João-corta-pau Bacurau Urubu-de-cabeça-vermelha Urubu-de-cabeça-amarela Urubu-de-cabeça-preta Tetéu Sebito Rolinha-cinzenta Rolinha-caldo-de-feijão Juriti-gemedeira Pomba-trocá Chupa-dente Anu-preto Anu-branco Alma-de-gato Peitica Arapaçu-de-bico-branco Arapaçu-verde Xuá Salta-caminho-da-mata Galo-de-campina Canário-da-terra Uso do habitat Ind. Ind. Sde. Ind. Ind. Ind. Ind. Sde. Ind. Ind. Ind. Ind. Sde. Ind. Ind. Sde. Dep. Dep. Ind. Ind. Sde. Ind. Sde. Dep. Ind. Dep. Ind. Ind. Grupo trófico Pre. Aqu. Ins. Aqu. Aqu. Aqu. Ins. Ins. Det. Det. Det. Aqu. Nec. Gra. Gra. Fru. Fru. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Oni. Oni. Gra. FL AB AT X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 29 Família Falconidae Fringillidae Furnariidae Galbulidae Hirundinidae Icteridae Jacanidae Mimidae Motacillidae Parulidae Passeridae Picidae Pipridae Polioptilidae Espécie Sporophila leucoptera (Vieillot) 1817 Sporophila nigricollis (Vieillot) 1823 Caracara plancus (Miller, JF) 1777 Milvago chimachima (Vieillot) 1816 Euphonia chlorotica (Linnaeus) 1766 Euphonia violacea (Linnaeus) 1758 Certhia1is cinnamomeus (Gmelin) 1788 Furnarius figulus (Lichtenstein) 1823 Phacellodomus rufifrons (Wied-Neuwied) 1821 Synalla1is frontalis Pelzeln 1859 Xenops minutus alagoanus (Pinto, 1954) Galbula ruficauda Cuvier 1816 Progne chalybea (J. F. Gmelin, 1789) Stelgidoptery1 ruficollis (Vieillot) 1817 Tachycineta albiventer (Boddaert) 1783 Icterus jamacaii (J. F. Gmelin, 1788) Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) Sturnella superciliaris (Bonaparte) 1850 Jacana jacana (Linnaeus) 1766 Mimus saturninus (Lichtenstein) 1823 Anthus lutescens Pucheran 1855 Basileuterus flaveolus (Baird, SF) 1865 Passer domesticus (Linnaeus) 1758 Picumnus exilis pernambucensis Zimmer, 1947 Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) Chiro1iphia lanceolata (Wagler) 1830 Manacus manacus (Linnaeus) 1766 Neopelma pallescens (Lafresnaye) 1853 Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 Polioptila plumbea (Gmelin) 1788 Nome popular Chorão Papa-capim Carcará Carrapateiro Vem-vem Guriatã Casaca-de-couro Maria-de-barro Garrancheira Tio-antônio Bico-virado-miúdo Bico-de-agulha Andorinha-doméstica-grande Andorinha-serradora Andorinha-de-papo-branco Concriz Xexéu-de-bananeira Xexéu-bico-de-osso Sangue-de-boi Jaçanã Papa-sebo Peruinha Canário-do-mato Pardal Pica-pau-anão-de-pintas-amarelas Picapauzinho-anão Dançarino Rendeira Bate-caralho Soldadinho Gatinha Uso do habitat Ind. Ind. Ind. Ind. Sde. Dep. Ind. Sde. Ind. Sde. Dep. Dep. Ind. Ind. Ind. Sde. Sde. Sde. Ind. Ind. Ind. Ind. Dep. Ind. Dep. Sde. Dep. Dep. Dep. Dep. Sde. Grupo trófico Gra. Gra. Pre. Pre. Fru. Fru. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Oni. Oni. Oni. Oni. Aqu. Oni. Ins. Ins. Oni. Ins. Ins. Fru. Fru. Fru. Fru. Ins. FL AB AT X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 30 Família Psittacidae Rallidae Thanophilidae Thraupidae Tinamidae Tityridae Trochilidae Troglodytidae Espécie Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 Forpus 1anthopterygius (Spi1) 1824 Touit surdus (Kuhl) 1820 Aramides cajanea (Statius Muller) 1776 Laterallus melanophaius (Vieillot) 1819 Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) Porzana albicollis (Vieillot) 1819 Formicivora grisea (Boddaert) 1783 Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 Myrmotherula a1illaris (Vieillot) 1817 Taraba major (Vieillot) 1816 Thamnophilus caerulescens pernambucensis Naumburg, 1937 Cyanerpes cyaneus (Linnaeus) 1766 Dacnis cayana (Linnaeus) 1766 Nemosia pileata (Boddaert) 1783 Ramphocelus bresilius (Linnaeus) 1766 Saltator ma1imus (Statius Muller) 1776 Tachyphonus cristatus (Linnaeus) 1766 Tachyphonus rufus (Boddaert) 1783 Tangara cayana (Linnaeus) 1766 Thlypopsis sordida (Orbigny & Lafresnaye)1837 Thraupis palmarum (Wied-Neuwied, 1821) Thraupis sayaca (Linnaeus) 1766 Crypturellus parvirostris (Wagler) 1827 Pachyramphus polychopterus (Vieillot) 1818 Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Anthracothora1 nigricollis (Vieillot, 1817) Chlorostilbon notatus (G. C. Reich, 1793) Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) Pheugopedius genibarbis (Swainson) 1838 Nome popular Bico-assovelado Tapacu Apuim-de-cauda-amarela Três-côcos Cambonje Sanã-castanha Sanã-carijó Papa-formiga-pardo Chorozinho-de-chapéu-preto Choquinha-de-flanco-branco Chorró-olho-de-fogo Espanta-raposa Saíra Verdelim Saíra-de-chapéu-preto Sangue-de-boi Papa-pimenta Tiê-galo João-crioulo/maria-mulata Cavalo-melado Canário-de-folha Sanhaçu-do-verde Sanhaçu-do-azul Lambu-espanta-boiada Caneleiro-preto Beija-flor-de-banda-branca Bizunga Beija-flor-de-garganta-azul Beija-flor-rabo-de-tesoura Beija-flor-carrapato Garrinchão Uso do habitat Dep. Ind. Dep. Sde. Ind. Sde. Ind. Sde. Dep. Dep. Sde. Dep. Dep. Dep. Sde. Dep. Dep. Dep. Sde. Sde. Sde. Sde. Sde. Ind. Dep. Sde. Sde. Dep. Ind. Dep. Dep. Grupo trófico Ins. Fru. Fru. Aqu. Aqu. Aqu. Aqu. Ins. Ins. Ins. Ins. Ins. Fru. Fru. Fru. Fru. Oni. Fru. Fru. Fru. Fru. Oni. Oni. Fru. Ins. Nec. Nec. Nec. Nec. Nec. Oni. FL AB AT X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 31 Família Espécie Troglodytes musculus Naumann, 1823 Trogonidae Trogon curucui Linnaeus, 1766 Turdidae Turdus leucomelas Vieillot, 1818 Turdus rufiventris Vieillot, 1818 Tyrannidae Arundinicola leucocephala (Linnaeus) 1764 Camptostoma obsoletum (Temminck) 1824 Capsiempis flaveola (Lichtenstein) 1823 Elaenia flavogaster (Thunberg) 1822 Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 Fluvicola nengeta (Linnaeus) 1766 Hemitriccus griseipectus (Snethlage, E) 1907 Lathrotriccus euleri (Cabanis) 1868 Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 Megarynchus pitangua (Linnaeus) 1766 Myiarchus ferox (Gmelin) 1789 Myiopagis caniceps (Swainson) 1835 Myiopagis gaimardii (Orbigny) 1840 Myiophobus fasciatus (Statius Muller) 1776 Myiozetetes similis (Spix) 1825 Phaeomyias murina (Spix) 1825 Phyllomyias fasciatus (Thunberg) 1822 Pitangus sulphuratus (Linnaeus) 1766 Todirostrum cinereum (Linnaeus) 1766 Tolmomyias flaviventris (Wied-Neuwied) 1831 Tolmomyias sulphurescens (Spix) 1825 Tyrannus melancholicus Vieillot 1819 Zimmerius gracilipes (Sclater, PL & Salvin) 1868 Vireonidae Cyclarhis gujanensis (Gmelin) 1789 Vireo olivaceus (Linnaeus) 1766 Fonte: Pereira (2009). Nome popular Rouxinol Surucuá-de-barriga-vermelha Sabiá-branco Sabiá-gongá Viuvinha Risadinha Marianinha-amarela Maria-já-é-dia Guaracava-grande Lavandeira Maria-de-barriga-branca Enferrujado Cabeçudo Bem-te-vi-bico-de-pato Mané-besta Guaracava-cinzenta Maria-pechim Filipe Bem-te-vi-do-pequeno Bagageiro Pássaro-fantasma Bem-te-vi Relojinho Bico-chato-amarelo Bico-chato-de-orelha-preta Bem-te-vi-de-cercado Poiaeiro-de-pata-fina Pitiguari Chorão-da-mata Uso do habitat Ind. Dep. Sde. Sde. Ind. Ind. Sde. Sde. Sde. Ind. Ind. Dep. Dep. Dep. Sde. Dep. Dep. Ind. Sde. Sde. Dep. Ind. Sde. Dep. Sde. Ind. Dep. Dep. Dep. Grupo trófico Ins. Fru. Oni. Oni. Ins. Ins. Ins. Fru. Fru. Ins. Ins. Ins. Fru. Ins. Ins. Fru. Fru. Ins. Oni. Fru. Fru. Oni. Ins. Ins. Ins. Ins. Fru. Ins. Ins. FL AB AT X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 32 Tabela 5 – Anfíbios, aves e mamíferos endêmicos e/ou ameaçadas de extinção encontrados nos remanescentes florestais da Mata do CIMNC, Pernambuco. Categorias de ameaça: DE = Declinando; VU = Vulnerável; EP = Em perigo; CR = Criticamente ameaçado. Distribuição: CEP = Centro de Endemismo Pernambuco; FAB = Floresta Atlântica Brasileira; NEO = Região neotropical. Ordem/Espécie Amphibia Stereocyclops incrassatus Cope, 1870 Aves Conopophaga lineata cearae (Cory, 1916) Picumnus exilis pernambucensis Zimmer, 1947 Ramphocelus bresilius (Linnaeus) 1766 Thamnophilus caerulescens pernambucensis Naumburg, 1937 Touit surdus (Kuhl) 1820 Xenops minutus alagoanus (Pinto, 1954) Mammalia Leopardus tigrinus Schreber, 1775 MMA (2003) IUCN (2009) Distribuição Referência – DE FAB 1, 4 VU VU – VU EP VU – – – – – – FAB CEP CEP CEP CEP FAB 1, 2, 3 1, 2, 3 3 1, 3 1, 3 1, 3 VU VU NEO 2 Fonte: 1. Ministério do Meio Ambiente (2003); 2. Monteiro et al. (2009); 3. Pereira (2009); 4. União Mundial para a Natureza (2009). 33 Tabela 6 – Angiospermas endêmicas da Floresta Atlântica Brasileira e Floresta Atlântica Nordestina, ocorrentes na Mata do CIMNC, Pernambuco. Família/Espécie Aechmea constantinii (Mez) L.B.Sm. Aegiphila pernambucensis Moldenke Attalea oleifera Barb. Rodr. Bactris ferruginea Burret Calathea cf. cylindrica (Roscoe) K. Schum. Campomanesia xanthocarpa O. Berg in Mart Connarus blanchetii Planch. Inga blanchetiana Benth. Luehea ochrophylla Mart. Miconia compressa Cogn. Paypayrola blanchetiana Tul. Picramnia gardneri Planch. Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni Roupala paulensis Sleumer Stromanthe porteana Griseb. Tetracera breyniana Schltdl. Virola gardneri (A. DC.) Warb. Xylopia frutescens Aubl. Fonte: 1. Santos (2006); 2. Siqueira-Filho & Stehmann et al. (2009). Distribuição Referência Endêmica da Floresta Atlântica Nordestina 1, 2, 3 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 1, 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 1, 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Nordestina 1 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 4 Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira Endêmica da Floresta Atlântica Brasileira 1, 4 Leme (2006); 3. Siqueira-Filho & Tabarelli (2006); 4. 34 Figura 1 – Trecho dos remanescentes florestais da Mata do CIMNIC, Pernambuco, nordeste do Brasil. Fonte: CIMNIC (2006). 35 Figuras 2 e 3 – 2. Proporção entre espécies da flora da Mata do CIMNC por tipo de agente dispersor de diásporos (frutos ou sementes): bióticos (dispersos por animais, 107 spp.) e abióticos (dispersos pelo vento ou com auto-dispersão, 38 spp. ). A maior proporção de plantas com dispersão biótica evidencia a dependencia da fauna para manutenção dos remanescentes; 3. Distribuição dos grupos tróficos da avifauna da Mata do CIMNC: Aqu – aquático (10 spp.), Det – detritívoro (3), Fru – frugívoro (28), Gra – granívoro (5), Ins – insetívoro (48), Nec – nectarívoro (6), Oni – onívoro (16) e Pre – predador (3). A partir da observação da Figura 3, fica evidente a elevada proporção de aves, principalmente, frugívoras, nectarívoras e insetívoras, mantidas pelos recursos oferecidos pela alta riqueza de plantas. 36 Figuras 4-12 – Representantes da flora dos remanescentes florestais da Mata do CIMNC, Pernambuco, nordeste do Brasil. 4. Aechmea constantinii (Mez) L.B. Sm. (Bromeliaceae); 5. Symphonia globulifera L.f. (Clusiaceae); 6. Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. (Cochloespermaceae); 7. Macrosamanea pedicellaris (DC.) Barneby & J.W.Grimes (Fabaceae); 8. Hymenaea courbaril L. (Fabaceae); 9. Apeiba tibourbou Aubl. (Malvaceae); 10. Bowdichia virgilioides Kunth (Fabaceae); 11. Xylopia frutescens Aubl. (Annonaceae). Fotos: 4, 6, 7, 8, 9, 11 - Tarciso Leão; 5, 10 - Alex Popovkin. 37 Figuras 13-20 – Representantes da fauna dos remanescentes florestais da Mata do CIMNC, Pernambuco, nordeste do Brasil. 12. Stereocyclops incrassatus Cope, 1870 (Microhylidae); 13. chupa-dente (Conopophagidae); 14. espanta-raposa (Thanophilidae); 15. pica-pau-anão-depintas-amarelas (Picidae); 16. surucuá-de-barriga-vermelha (Trogonidae); 17. gato-do-mato (Felidae) Fotos: 12 - Eliza M. X. Freire; 13, 14, 16 - Ciro Albano; 15 – Glauco Pereira; 17 - Tadeu G. de Oliveira. 38
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