A PrAiA dos B rcos
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A PrAiA dos B rcos
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito santo 300 classificados para você comprar um barco usado edição nº 3 | fevereiro 2014 | r$ 12,00 A PrAiA dos B Em AngrA, ninguém rcos rEsistE à tEntAção dA PrAiA do dEntistA coMo coMbAtEr o EnJoo Tudo o que você pode fazer para (tentar) não enjoar no mar vElA pArA crIAnçAS As escolas do Rio e de São Paulo que ensinam a velejar E MAIS... As outras praias ainda mais bonitas de AngrA doS rEIS BOAT_40.4x266.indd 1 12/19/13 11:20 AM Editorial NESTA TERCEIRA EDIÇÃO... Aconteceu... FOTOS ALBERTO SODRÉ, MOZART LATORRE E FERNANDO MONTEIRO POR JORGE DE SOUZA AS OUTRAS ALBERTO SODRÉ POR JORGE DE SOUZA ANGRA São mais de 100 ilhas. Praias? A perder de vista SEMPRE CHEIA A Praia do Dentista, na Ilha da Gipóia, em Angra, num típico feriadão: mais de 300 barcos na água e muita animação INTERMARINE CELEBRATION DAY A Praia do Dentista é parada quase obrigatória BRACUHY ILHA DE CARAS ILHA DE PAQUETÁ FOTOS OTTO AQUINO E JORGE DE SOUZA ILHA DE CATAGUÁS JOEL DASSO O mais tradicional fabricante de lanchas do país reuniu amigos e clientes para um dia inteiro de festa, na Ilha Grande NÁUTICA SUDESTE OTTO AQUINO MARCOS OGASAWARA OTTO AQUINO “ Na festa, muita música e muitos barcos O MAPA DA MINA SORRIA, VOCÊ ESTÁ NA PRAIA DO DENTISTA Quem quer ver e ser visto nas águas de Angra dos Reis, precisa vir para esta praia, FOTOS DIVULGAÇÃO LUGAR DE CRIANÇA É NA ÁGUA! STAND UP PADDLE, A MINEIRA BIANCA As principais escolas que ensinam os pequenos a velejar e outras coisas mais V elejando, uma criança convive com a natureza, ganha auto-confiança, faz novos amigos e pratica atividade física. Por isso, cada vez mais, mesmo os pais que não têm barco nem muita afinidade náutica andam matriculando seus filhos em escolinhas de vela. Qualquer criança, menino ou menina, a partir dos 7 anos já pode aprender a velejar e, ao contrário dos que os pais tanto temem, não há riscos de afogamento, porque as boas escolinhas tem know how nisso e colocam a segurança acima de tudo — também como outro aprendizado para os pequenos. Quase sempre o Optimist, um pequeno barco com formato de caixote e pou- 104 96 ca área vélica, serve de porta de entrada para as crianças no mundo da vela. Seguro, estável e barato, ele não permite grandes velocidades e, por isso, é um veleiro de iniciação por excelência. Por isso, convém checar o histórico da escola (que precisa ser reconhecida pela Marinha), ter bons barquinhos e equipamentos de segurança em perfeito estado. Algumas informações podem ser obtidas nos sites ou pelo telefone, mas é fundamental visitar o local. Em geral, escolas mais antigas têm um modelo pedagógico mais consolidado e professores com melhor didática. As aulas devem ser práticas e teóricas. Mas, quanto menor for a criança, mais práticas devem ser as aulas. “O sucesso do velejador está na perfeita harmonia com o vento, com a água e com o barco, ao contrário de outras atividades em que se compete para saber quem corre mais, quem faz mais gols ou mais pontos”, diz a psicanalista Silvana Rabelo. “E isso agrada até os não competitivos. Quem não conhece bem o mundo da vela, pode julgar que velejar é uma atividade cara. Mas não é nada disso. Um cursinho para crianças, em São Paulo, custa, em média, R$ 300 por mês, o que é pouco para o muito que a criança aprende. E não apenas sobre barcos. ESCOLA Yacht Club Santo Amaro Yacht Club Paulista Marina Sylvestre Escola BL3 Búzios Vela Clube CIDADE PREÇO MÉDIO São Paulo R$ 350 mensalidade São Paulo R$ 300 mensalidade São Paulo Ilhabela R$ 500 curso R$ 850 curso CONTATOS 11 5687-8847 www.ycsa.com.br 11/5514-6911 www.ycp.com.br 11/3798-0055 www.auladevela.com.br 12/3896-5885 www.bl3.com.br 22/2623-0508 Búzios R$ 700 curso www.buziosvelaclube.com.br Clube Naval Charitas Niterói R$ 200 mensalidade www.cncharitas.com.br C&L Vela Rio de Janeiro R$ 1 200,00 curso www.clvela.com.br Iate Clube Rio de Janeiro NÁUTICA SUDESTE Rio de Janeiro R$ 350 mensalidade 21/2109-8100 21/2556-1720 pág. 98 LOPES MENDES 21/3223-7200 pág. 108 PRAIA DOS MEROS 55 Classificados VELEIROS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 E se o fogo começar? No mar ou na represa? Não importa. Importante é começar em águas tranquilas, com pouca correnteza, para se familiarizar com o barco. Nas represas, há maior variação de rajadas. Já no mar, aprende-se a trabalhar com correntes e marés. O ideal é unir as duas coisas. O ABC da emergência A B C Desligue imediatamente a chave geral do barco Corte a passagem de combustível para o motor Dispare o extintor e feche o ambiente, para abafar o fogo www.icrj.com.br 105 110 Curto-circuitos são a principal causa de incêndios em barcos. E os maiores motivos, mal estado dos fios e sobrecarga de energia. CARIBE 16 Motor Mercury 3.6 hp. R$ 10.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7877-3593 c/ Rodrigo. Todos os fios devem ser estanhados, para evitar a corrosão. E os circuitos devem ser protegidos por disjuntor ou fusível. Álcool perto da churrasqueira e da cozinha é sempre um perigo. Mantenha-o longe e prefira o gel em vez do líquido. Botijões de gás, quando inevitáveis a bordo, devem ficar nas áreas externas do barco, mas protegidos do sol. Mantenha sempre um extintor perto do piloto. Nos barcos maiores, o ideal são três: um com ele, outro na proa e um terceiro na popa. 114 pág. 110 MINAS RIO DE ESPÍRITO GERAIS 2014 | R$ SANTO 300 OS ADRAR SSIFICCOMP CLA O PARA VOCÊO USAD 3 perguntas “NAVEGAR NÃO É SÓ NO MAR” O entusiasta da navegação em água doce Paulo Fax fala por que os donos de barcos deveriam olhar com atenção para o interior, onde há bem mais água do que no litoral O navegador Paulo Fax tem um veleiro de cruzeiro, mas prefere velejar na água doce do que no mar. Com ele, nos fins de semana, costuma dormir a bordo numa enseadinha qualquer da represa de Avaré e capitanea a flotilha que, uma vez por ano, navega pelo Rio Tietê, justamente para mostrar como é doce e surpreendente navegar no rio que injustamente é o mais mal falado do país. Não por aca- BRASÍLIA 32 1990. Motor Volvo Penta, 18 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP. Tel. 12/8179-0707 c/ Rogerio. POMAR 26 Motor Mercury 8 hp. R$ 40.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9846-0009 c/ Roberto Rodrigues. Com broker ou diretamente? Os brokers têm conhecimento do mercado náutico e podem apresentar boas opções, além de dar orientação para a compra. Mas se você prefere agir sozinho, frequente marinas e clubes náuticos e converse bastante com marinheiros e donos de outros barcos, antes de 3 Novo ou usado? Um barco novo você pode montar da maneira que quiser, escolhendo o motor e os equipamentos. Também terá a certeza da procedência, garantia e ainda pode pagar a prazo. Já a principal vantagem do barco usado é o preço (bem) mais acessível. E na hora de revender você não perde tanto dinheiro. No entanto, quase sempre tem que pagar à vista. 4 A vela ou a motor? Veleiros exigem muito mais conhecimento, ou seja, será necessário aprender a velejar. Eles não fazem barulho, tornando a navegação mais BRASÍLIA 23 R$ 36.000.00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9987-6022 c/ Luís Fernando. BRASÍLIA 32 1980. Motor Volvo, 17 hp. R$ 90.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 11/7683-1385 c/ Luis. prazerosa, porém são também mais lentos, impossibilitando visitar vários lugares no mesmo passeio. Já com os barcos a motor o custo é mais alto, tanto para comprar quanto para manter. 5 À vista ou parcelado? Não empate todo o seu dinheiro na compra de um barco. Até porque você terá que gastar com equipamentos (no caso de modelos novos) ou com pequenas reformas (no caso dos usados). A maioria dos estaleiros oferece opção de parcelamento, com taxas especiais. Mas se for um usado, compre à vista, já que, parcelado, os juros são altos. 6 ATOLL 23 Motor Marine 5 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98175-6947 c/ Paulo. Proa aberta ou fechada? A maioria das lanchas pequenas, de até 23 pés, tem a proa aberta. Com elas, os passeios ficam bem mais ao ar livre, mas não podem ser muito longos. Já as lanchas com cabine, ou de proa fechada, permitem até dormir a bordo e tendem a ser mais confortáveis. 7 Motor de popa ou de centro-rabeta? Motor de popa é mais barato, não ocupa espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais econômico, mais silencioso, facilita as NÁUTICA SUDESTE atracações de popa, dá mais estabilidade ao casco, além de valorizar o barco. Mas custa mais caro, embora parte do que você paga a mais, recupera na hora de 8 1 2 3 vender o barco. A diesel ou a gasolina? Se a lancha for usada para esquiar, o motor deve ser a gasolina para dar arrancadas mais rápidas. Por outro lado, o consumo e a autonomia são bem melhores com diesel. No momento da compra, o motor a gasolina leva vantagem, pois é mais barato. Em compensação, na manutenção, os motores a diesel são melhores. NÁUTICA SUDESTE so, Paulo Fax, é diretor da divisão interior da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, entidade que, apesar do nome, congrega também os donos de lanchas interessados em descobrir as belezas das águas interiores da região Sudeste do país. “Promovemos passeios, palestras e encontros em diversas represas”, diz Paulo. “E todo mundo está convidado a fazer parte”, como ele conta nesta rápido papo. 115 pág. 114 O interior tem tanto lugar assim para se navegar? Não é complicado levar um barco até lá? No que as águas interiores são melhores que as do mar? “Os litorais paulista, carioca e capixaba somam, juntos, 1 692 quilômetros enquanto a malha fluvial navegável das hidrovias des- “Quando alguém compra um barco, a primeira dúvida é para onde levá-lo e em qual marina encontrará o melhor custo-bene- “O litoral do Sudeste já estão ficando pequenas pra tanta gente. Eu vejo as pessoas sofrendo horas nas estradas conges- tes mesmos estados é três vezes maior e se estende por mais de 5 000 quilômetros. Só em São Paulo, as represas e reservatórios navegáveis somam mais de 50 e, em Minas Gerais, esse número é ainda maior — os mineiros fício na região escolhida. Mas, já que se trata do aluguel temporário de uma vaga, porque não conhecer também outras águas? Se ele for de pequeno porte, até 24 pés ou 2.70 de largura o transporte, por rodovia, é bem tran- tionadas, gastando o precioso tempo de descanso só para tentar chegar ao mar, enquanto, no interior, há um vasto mar de água doce para ser explorado — inclusive com navegação mais fácil e segura, porque não têm mar, mas têm muita água para oferecer! E não é só para quem gosta de pescar que rios, lagoas e represas da região Sudeste são atraentes. Sobram praias, enseadas, ca- quilo, até porque as estradas da região Sudeste estão entre as melhores do país. E se a pessoa não quiser rebocá-lo, qualquer caminhão-plataforma, desses que as seguradoras as águas abrigadas são sempre mais tranqüilas. Na Europa e Estados Unidos, as famílias viajam com seus barcos pelas hidrovias e represas de uma cidade para a outra. Mas choeiras e paisagens cinematográficas pouco visitadas. Além de um povo hospitaleiro, com uma imensa vontade de receber pessoas e mostrar a beleza de sua região. Sem falar das comidas típicas, que são muitas e deliciosas, usam para rebocar os carros avariados, dá conta do recado. Quem compra um barco é porque não é muito fã de sofá no fim de semana. Então, porque não usar o próprio barco para mudar ainda mais a rotina e desco- aqui, todo mundo sempre quer ir para o litoral, como se navegar fosse sinônimo de mar. Isso deveria mudar. E a ABVC-Interior está aqui para orientar, ajudar e convidar todos os donos de barcos. Sejam eles lanchei- tudo a preços módicos.” brir outros paraísos por aí?” ros ou velejadores. Como eu próprio sou.” 130 Venha visitar nosso showroom com mais de 700m² especialmente projetado pra você! AV. D O S B A N D E I R A N T E S , NÁUTICA SUDESTE pág. 130 VERSÃO ELETRÔNICA GRÁTIS s PrAiA do B rcos Em , ningu cAo Em AngrA tA E A tEntA Entis rEsist do d P dA MAIS.. rAiA VELA ATER COMB COMO ENJÔO O pode que você Tudo o para (tentar) fazer no mar não enjoar PARA ÇAS CRIAN do Rio que As escolas Paulo e de São a velejar ensinam . E praias As outrasmais ainda de bonitas REIS ANGRA DOS 5.000 ...E O QUE DISSERAM SOBRE A ANTERIOR “Gostaria de parabenizar pela ótima reportagem sobre a represa de Avaré, mas, em nome da precisão, vale retificar que a cascata conhecida como “Salto do Macuco”, pertence ao município de Cerqueira César, e que o hotel Farol do Lago e a barragem, citados como sendo de Itaí, ficam dentro dos limites do município também vizinho de Piraju. De resto, só elogios”. Luiz Renato Ramos P h an t o m 3 0 3 Experimente o novo... “A respeito da nota “A Confusão dos Sorvetes”, publicada na reportagem sobre o litoral de São Sebastião, é importante deixar claro que as sorveterias Rocha e Rochinha são empresas realmente distintas. Ambas têm tradição no Litoral Norte de São Paulo, mas nenhuma correlação”. Juliana Lopes lucyla Garrido [email protected] leide Ortega [email protected] PARA AnunCIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022 NÁuTica SudeSTe é uma publicação da G.R. um Editora ltda. — ISSn 1413-1412. Fevereiro 2014. Jorn. resp: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados. CAPA Foto Alberto Sodré CTP, Impressão e Acabamento — IBEP Gráfica 12,00 A 83 UM BARC JANEIRO SÃO PAULO Nº 3 | FEVEREIRO ExECuTIVOS DE COnTAS Eduardo Santoro [email protected] Eduardo Saad [email protected] Glauce Gonçalez [email protected] 2 escolher. Se permitir que fumem a bordo, faça com que isso aconteça apenas do lado de fora, jamais dentro da cabine. NÁUTICA SUDESTE Comprar antes ou depois do verão? você perderá a melhor época para usá-lo. Nem sempre vale a pena esperar. O que convém saber antes de escolher DIRETORA DE mERCADO náuTICO mariangela bontempo [email protected] NÁUTICA SUDESTE pág. 85 BB 36 1999. Motor Yanmar 3JH4SD. R$ 205.000,00. Niterói, RJ, 21/8667-9853 c/ Alexandre. FAST 395 R$ 250.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9982-8144 c/ José Luiz. POMAR 18 1984. R$ 11.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9975-6540 c/ Otavio. BRUCE FARR 38 Motor 36 hp. R$ 180.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9604-7674 c/ Renan Após o verão, os preços dos barcos usados tendem a baixar um pouco. Mas dúvidas na hora de comprar um barco Vistorie todas as braçadeiras das mangueiras por onde passa o combustível a cada seis meses. E use duas em vez de apenas uma. Os tanques de gasolina devem ficar bem afastados do motor, a fim de evitar o contato com o calor gerado por eles. DIRETOR COmERCIAl Afonso Palomares [email protected] EDIÇÃO 1 Prefira tanques de alumínio ou polietileno. Os de aço inox podem causar vazamento nas soldas se as chapas forem finas demais. REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 3 064, 10o andar, CEP 01451-000, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000 COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Haroldo Rodrigues (arte), Homero letonai (imagens), maitê Ribeiro (revisão) 8 .À A bateria deve ficar longe do motor, bem presa e sempre acima da linha d’água do casco. Bateria solta e molhada é risco na certa. V DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] CAL 9.2 1987. 28 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, Tel. 13/9751-9640 c/ Carlos. Nada de gambiarras na parte elétrica do barco. Fios e conectores são os principais gatilhos na maioria dos incêndios a bordo. publicidade 75 FAST 230 1981. Motor Evinrude 8 hp. R$ 33.000,00. Campinas, SP, Tel. 19/8177-0885 c/ Jorge ALADIN 30 1997. Motor Yanmar, 21 hp. R$ 200.000,00. Guarujá, SP. Tel. 13/8125-0404 c/ Manoel. DRAKKAR VIKING R$ 59.000,00. Vitória, ES, Tel. 27/92970282 c/ Rodrigo Silva. Se o barco tiver motor de centro, instale um exaustor no paiol, para eliminar os vapores do combustível, principal risco de explosões. ta fica martelando na cabeça: por que eu vim? Geralmente, o enjôo começa com um ou outro bocejo, acompanhado de uma leve tontura. Em seguida, o rosto vai ficando pálido e o corpo, pesado, como se estivesse fatigado. Logo depois, vêm as náuseas — que tanto podem ser leves quanto evoluírem para o vômito, dependendo do organismo de cada pessoa. E o pior é que vomitar nem sempre traz alívio imediato. Muitas vezes, não traz alívio algum e ainda faz com que as outras pessoas também fiquem enjoadas. Ou seja, acaba o passeio de todo mundo e não apenas de quem está mareado. É um transtorno só. MAGNUM 595 1995, 19 pés, motor 85 hp, R$ 14.000,00, Igaratá, SP, Tel. 11/99573-1310 c/Isaac. BB 35 1999. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 180.000,00. Santana de Parnaíba, SP. Tel. 11/99934-0389 c/ Leonel. Jamais guarde gasolina nos paióis, especialmente dentro de embalagens plásticas, que nem de longe são apropriadas para isso. O motor de arranque precisa ter fusível próprio, para que, em caso de pane, não haja curto-circuito. POR REGINA HATAKEYAMA S ó quem já sentiu na própria pele – ou, melhor dizendo, no estômago, embora o principal causador não seja ele - o desconforto causado pelo balanço intermitente de um barco na água, sabe o quanto o enjôo incomoda. E raros são os que nunca sentiram isso, já que a grande maioria das pessoas enjoa no mar. Mas só mesmo quem já teve vontade se atirar na água e voltar nadando em busca de alívio instantâneo sabe, de fato, o quanto o enjôo no mar pode perturbar - bem mais do que apenas “incomodar”. Quando isso acontece, tudo o que se quer é sair dali. E uma pergun- DAKINI R$ 90.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9125-7209 c/ José Soares. Antes de dar a partida no motor, respire fundo. Se sentir cheiro de combustível a bordo, não ligue. ocê iria para uma praia onde quase ninguém fica na areia, só na água? Iria mesmo se soubesse que uma multidão de pessoas fará o mesmo e o mar virará uma muvuca só? Pois praticamente todos os donos de barcos da região de Angra dos Reis não pensam duas vezes antes de dizer “sim”, se a praia em questão for a de Jurubaíba, que, no entanto, ninguém conhece pelo nome e sim pelo apelido “Praia do Dentista”. Quem pega o barco e vai para lá (até porque não existe outra maneira de chegar a não ser pelo mar) sabe bem o que irá encontrar: muitos outros barcos, repletos de pessoas animadas, ancorados diante de uma praia fantástica – e que, por isso mesmo, virou sinônimo de “praia da balada” no Brasil inteiro. A Praia do Dentista é para onde quase todos gostariam de ir (ou, pelo menos, “dar passadinha para ver o movimento”) no Carnaval que se aproxima. Nós fomos no último Réveillon e mostramos o que rola na praia náutica mais falada — e desejada — do país, a partir da página 28. Veja, leia e responda: você não iria? Jorge de Souza VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy ALADIN 30 2012. Motor Yanmar 3ym20, 21 hp. R$ 190.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/9723-0626 c/ Walter. ATOLL 23 Motor Mercury, 15 hp. R$ 36.000,00. São Paulo, Tel. 12/8100-2755 c/ Ricardo. 3 h, se o Constantino estivesse vivo...” pág. 75 15 cuidados para evitar o inimigo número um dos barcos — que, não, não são os naufrágios! Aula em turma ou sozinho? Em turma é sempre mais divertido. Mas, quanto mais alunos, mais a atenção do professor ficará dividida. O ideal é até quatro alunos por professor. “A Dependendo da situação, a grande maioria das pessoas enjoa no mar. E o maior problema é que, depois que o mal estar começa, não há remédio que dê jeito. Mas prevenir é possível. Veja como Os turistas que chegam ao Cais de Santa Luzia, no centro de Angra dos Reis, para embarcar nas escunas que fazem passeios pela baía, costumam notar, logo na entrada do trapiche, um grande e antigo barco de madeira, clamando por uma reforma. Seu estado é deplorável. A proteção de ferro da proa está solta e torta, parte da amurada carcomida, o casco está encardido que só, o barco parece ligeiramente adernado na água e a pintura, que um dia já foi azul, hoje está desbotada e descascada pelo tempo e pelo descaso. Panos sujos costumam ficar pendurados no seu casario, que, como há muito não é usado, foi transformado em varal pelos pescadores dos barcos vizinhos. E, vira e mexe, algum mendigo dorme a bordo ou alguém atira um saco de lixo no seu convés. Só mesmo a tábua de proa com o nome do barco continua em razoável bom estado. Ela diz: “Tenente Loretti” — o que, no entanto, para os turistas, também não diz nada. Mas, para os antigos moradores da vizinha Ilha Grande, aquele velho barco (que, para as outras pessoas não passa de um barco velho) é histórico. E, para um deles em especial, foi bem mais do que isso: foi um fiel amigo, que não merecia estar do jeito que está. Muito menos caminhando para o mesmo fim que teve o homem que passou a vida inteira cuidando dele: Constantino Cokotós, morto no ano passado —para muitos, de desgosto, por ver aquele barco de tantas façanhas abandonado num píer de Angra. NÁUTICA SUDESTE A bAdAlAdA prAiA dA bAlAdA PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik E, sem ele, a histórica lancha Tenente Loretti está morrendo também PRAIA DO DENTISTA Sempre no rumo de quase todos os barcos. Mesmo que seja só para dar “uma olhada” encarte 2 NÁUTICA SUDESTE NÁUTICA SUDESTE Constantino Cokotós, morreu. PRAIA DE PARNAIOCA FOGO É perigoso? Não, desde que as normas de segurança sejam respeitadas e os professores, preparados. Mas é comum que algumas crianças tenham receios iniciais tão intensos quanto os de alguns pais, por ficarem sozinhas no barco. Mas isso logo passa, nas primeiras aulas. Para filhos e pais. ALBERTO SODRÉ É uma mistura, a princíG U I M A R Ã E S É , TA M B É M , P I O N E I R A pio, incompatível: a da insN O B R A S I L D O S U P YO G A , A tabilidade das pranchas de stand up paddle com a precisão da ioga, que exige, IMPROVÁVEL UNIÃO acima de tudo, muito equilibrio. Mas é justamente na DA IO GA COM combinação destas duas características antagônicas que reside à essência — e o maior benefício para a saúde física e A PRANCHA mental — da mais nova, digamos assim, “atividade náutica” do DE SUP país: o supyoga, a improvável união da ioga com as pranhas de sup, cuja pioneira e maior praticante da novidade no Brasil é a bonita mineira de Belo Horizonte, Bianca Guimarães, uma campeã das corridas de stand up paddle que resolveu levar os movimentos da ioga para cima de uma prancha e assim criar uma nova atividade para ser feita na água. E que, com treino e persistência, permite executar movimentos assim... PRAIA DE PROVETÁ O PIOR RISCO NA ÁGUA 1 ENSEADA DAS PALMAS CACHADAÇO SACO DOIS RIOS Você e seu barco SUP ZEN ABRAÃO PRAIAS DO LESTE E DO SUL 3 dúvidas que os pais sempre têm ALÉM DE CAMPEÃ NAS COMPETIÇÕES DE SÍTIO FORTE pág. 55 Você e seu barco Uma emocionante história de amor entre um homem e um barco ganhou contornos dramáticos. No ano passado, o guardião do barco mais famoso da Ilha Grande, SACO DO CÉU LAGOA VERDE PRAIA DE ITAGUAÇU PRAIA DO AVENTUREIRO Além de tudo, alternativa para chegar à Praia de Lopes Mendes por terra a mais badalada pelos donos de barcos do país. E que, ainda por cima, é linda pág. 30 SUPIOGA AS PRAIAS E ILHAS ONDE A REGIÃO DE ANGRA DOS REIS É AINDA MAIS BONITA Com mais de 100 ilhas, a Baía de Ilha Grande tem muito mais a oferecer para quem tem um barco do que apenas o agito da Praia do Dentista. A começar por estas ENSEADA outras praias, onde quem dá o espetáculo é a natureza DAS PALMAS NÁUTICA SUDESTE pág. 10 RIO VISTO DE OUTRO JEITO Para a maioria das pessoas, subir na prancha já é dificil, que dirá plantar uma bananeira! Mas Bianca Guimarães faz isso com naturalidade, e usa o equilíbrio da ioga para neutralizar a natural instabilidade da prancha. Ela pratica o supyoga em qualquer água. Até nas da Baía de Guanabara O VELHO E O BARCO ENSEADA DAS ESTRELAS ARQUIVO PESSOAL 10 PRESENÇAS ILUSTRES Acima, Rodrigo Garcia, Ernani Paciornik, Marco Antonio Castello Branco, Suzana Costa, Alencar Burti e Eduardo Colunna recepcionam o governador Geraldo Alckmin, que também prestigiou o salão de São Paulo. No alto à esquerda, a equipe do estaleiro Sedna Yachts, comemorando os bons resultados num salão que teve bastante movimento O MAL DO MAR ILHAS BOTINAS FREGUESIA SALÃO CHEIO Paulo Saad e Lionel Chulam (ao lado) estiveram entre as milhares de pessoas que visitaram o São Paulo Boat Show este ano E NJÔO Como conviver bem com PRAIA DO DENTISTA LAGOA AZUL OTTO AQUINO EM FAMÍLIA No alto, os amigos Manoel Carlos Maia, Jetro Barbosa e Luiz Rosenfeld. Acima, a família Martolio, Thomas, Edgardo e Gabriela “ O encontro aconteceu no charmoso, mas descontraído, restaurante Reis e Magos OTTO AQUINO OTTO AQUINO OTTO AQUINO PRESENÇAS ILUSTRES Acima, Rodrigo Garcia, Ernani Paciornik, Marco Antonio Castello Branco, Suzana Costa, Alencar Burti e Eduardo Colunna recepcionam o governador Geraldo Alckmin, que também prestigiou o salão de São Paulo. No alto à esquerda, a equipe do estaleiro Sedna Yachts, comemorando os bons resultados num salão que teve bastante movimento (ao lado) ONTEM E HOJE Constantino, pouco antes de morrer, e a lancha a qual dedicou boa parte de sua vida, antes (ao lado) e agora (abaixo), abandonada num trapiche de Angra: sem o seu guardião, a histórica Tenente Loretti está apodrecendo FRADE ÁGUAS DE ANGRA Acesse www.nautica.com.br/nauticasudeste e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUdeSTe FONE: (11) 2737-5050 www.vipnautica.com.br Loja exclusiva Schaefer Aconteceu... FOTOS OTTO AQUINO E RICARDO RODRIGUES iNteRMaRiNe ceLeBRatiON daY O mais tradicional fabricante de lanchas do país reuniu amigos e clientes para um dia inteiro de festa, na Ilha Grande ANFITRIÕES DA FESTA Suzana Costa e Allysson Yamamoto, da Intermarine (também na foto do alto com Roberta e Mariza, filha e viúva do criador do estaleiro, Gilberto Ramalho), recepcionaram os donos dos muitos barcos da marca que foram ao evento. Como Juliana e Vanessa Parkebicius (ao lado) MUITOS AMIGOS Os casais Roberto e Rosangela Addad e Lineu e Ada Correa, com Wagna Oliveira ao centro (acima), e Ernani Paciornik e Denise Godoy (abaixo, à direita), com Gilza Velloso e Joacyr Reynaldo 10 Náutica SudeSte DUPLA DO BARULHO João Benet, dono do animado Reis e Magos, e o músico George Israel, que pôs todo mundo para dançar, com o seu saxofone “ Na festa, muita música e muitos barcos O encontro aconteceu no “ charmoso, mas descontraído, restaurante Reis e Magos CLIMA DESCONTRAÍDO A música animou ainda mais a festa, que teve clima descontraído e muitos clientes da marca, como os casais Edson e Andrea Silva e Carlos e Regina Bucalon (acima), e os amigos Ronaldo Neves, Marcela Mamprim, Karem Boer e Ana e Luiz Viersa (ao lado) BeNeteau daY Aproveitando o encontro anual de proprietários da marca, a Beneteau apresentou o novo Lagoon 39, em Paraty NA ILHA Marcos Soares, CEO da Beneteau Brasil, e Chico Fragoso, da Sailing, recepcionaram os convidados na simpática ilha-restaurante Kontiki FOTOS FERNANDO VALGODE/DIVULGAÇÃO Aconteceu... O evento aconteceu “nacercaIlha Kontiki e reuniu de 200 convidados EVENTO FAMILIAR As águas em torno da ilha ficaram repletas de veleiros dos convidados, que, uniformizados, chegaram com suas famílias para curtir o dia 12 Náutica SudeSte Lagoon 39 tem mastro recuado e é “umaOnova concepção de catamarã a vela NOVO BARCO Por ter o mastro recuado, o novo Lagoon 39 navega melhor. E os clientes sentiram isso nos test-drives realizados no dia Náutica SudeSte 13 Aconteceu... NOVa LOJa aLL FLaGS FOTOS DIVULGAÇÃO A revenda All Flags cria loja-conceito para o maior grupo náutico do mundo, a Brunswick, em São Paulo All Flags existe desde 1993 e é uma “dasAmaiores lojas náuticas da cidade AVAL DE FÁBRICA Paulo Kinoshita, um dos diretores da All Flags (no alto, à direita), recebeu o diretor-geral da Brunswick no Brasil, Jorge Valdes, e muitos convidados na inauguração da loja BARCOS À VISTA A loja da Avenida Bandeirantes é a primeira do gênero da Brunswick no mundo e expõe diversos barcos, de três marcas do grupo 14 Náutica SudeSte “ Na loja, barcos de três marcas: Sea Ray, Boston Whaler e Bayliner Aconteceu... MAIS UMA NA RUA A nova loja fica na “Rua dos Barcos” de São Paulo, a Avenida Washington Luís, número 4 521 iNauGuRaÇÃO LOJa VeNtuRa aMPro4 O estaleiro mineiro Ventura Marine cria revenda autorizada em São Paulo SÓCIOS E CONVIDADOS Os empresários Celso Von Zastrow e Rubens Espallargas (abaixo) apostam no crescimento ainda maior da marca Ventura, que já tem muitos clientes na cidade e atraiu muita gente na inauguração da loja showroom da marca, uma das que mais crescem no mercado náutico nacional 16 Náutica SudeSte FOTOS OTTO AQUINO A loja também “servirá como Aconteceu... PROJetO VeRÃO Na MaRiNa iGaRaRecÊ Evento da cerveja Itaipava agitou a marina mais central de São Sebastião FESTANçA A bonita marina de Sérgio, Marcos (ambos abaixo) e Camila Moraes (à esquerda) recebeu uma grande festa, que teve até a presença do prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci e do secretário de finanças, Mauricio Calil (à direita, na foto ao lado, com o diretor da Igararecê, Nelson Avellar) “ O evento fez parte do calendário do Projeto Verão Itaipava 2014 “ A marina ganhou palco. E nele aconteceu um show de Diogo Nogueira FOTOS RObERTA AVELLAR/DIVULGAÇÃO TURMA ITAIPAVA Ao lado, Hecttore e Bruno Henrique, da Itaipava. No canto, Débora Rodrigues, que ajudou a montar a festa Aconteceu... Embarcações a partir de R$ 34.100,00 FOTOS RICARDO RODRIGUES Concessionária Autorizada Ventura Marine São 196 “vagas no seco, para barcos de até 60 pés iNauGuRaÇÃO BR MaRiNaS BRacuHY ANFITRIÕES E EqUIPE Acima, os anfitriões Antonio Carlos Lobato, Berardino Fanganiello e o gerente da nova marina, Luiz Palastri Júnior. Ao lado, a equipe completa, comemorando a inauguração de mais uma marina BR Av. Washington Luis, 4521 - São Paulo, SP - Telefone: 5096-1581 www.aventuranautica.com.br - [email protected] Instagran: @aventura_nautica - #navegarepreciso FOTOS RICARDO RODRIGUES A mais nova marina do maior grupo do gênero no Brasil foi inaugurada recentemente, em Angra dos Reis GENTE DO MERCADO No alto, Vasco Trindade e a equipe da Princess Yachts. Acima, Rodrigo Pinheiro e Giuliano Lemos, com Vagner Ferreira, da Marinha Náutica SudeSte 21 Aconteceu... Paixão e Confiança SEU SEGURO NAS MÃOS DE QUEM VOCÊ CONFIA “ A nova marina tornou Bracuhy um lugar ainda mais náutico Contrate a empresa referência em seguros náuticos no mercado e descubra que dedicação, atendimento especializado, conhecimento e paixão pelo mar são marcas registradas nos 15 anos de atuação de nossa corretora. MUITA GENTE No alto, Artur Peixoto e Denise Lobato, acima, Hugo Sérgio e Vania Soares, e, ao lado, Percio Talarico, Graça Moreira, Rita Costa, Carlos Peruelo, Altair Filho e Neusa Neves. Muita gente prestigiou a abertura da nova marina de Bracuhy Assim é a Safe Boat. Empresa inovadora, que busca a solução ideal para cada um de seus clientes. Parceria Safe Boat & Multiplus Ao contratar o seguro da sua embarcação, o valor é revertido em pontos. Guarujá . SP . 13 3354 5540 Rua Francesca Sapochetti Castrucci, 805 . Marina Astúrias São Paulo . SP . 11 3672 6060 Rua Vergueiro, 2.045 . 5º andar - Conjs. 504/505/506 . Vila Mariana www.safegroup.com.br Aconteceu... NOVa LOJa tuttO a BORdO oferece automação residencial e a Fahrer, móveis feitos a mão FOTOS DIVULGAÇÃO Na “mesma loja, a Avantime BONITA E MODERNA A decoradora de barcos Tânia Ortega (ao centro), dona da Tutto a Bordo, com alguns convidados (Augusto Bordini, Bianka Mugnatto, Ana Tavares e Olegário de Sá), e a fachada e interior da loja Fone:: +55.19.3515-5500 / Fax: +55.19.3856-4279 .com.br A famosa marca de tecidos náuticos ganha espaço nobre em São Paulo CONHEÇA NOSSA COLEÇÃO 2014 CIMITARRA 380 HT Aconteceu... A COMPRA INTELIGENTE aPReSeNtaÇÃO JetcO FECHAMENTO EM VIDRO TRASEIRO ÚNICA 7 GARANTIA N O CASCO EXCELENTE NAVEGABILIDADE 100 95 75 UNIVERSO NÁUTICO / SP - Av. dos Bandeirantes, 4065 - São Paulo - SP / CEP 04071-010 (11) 5093-1124 / (11) 99617-6035 / ID 80*4653 TEDESCO MARINA - Av. Norman do Tedesco, 1350 / Sala 4 Balneário Camboriú - SC / CEP 88330-123 / (48) 9111-1040 25 CONTATO DA FÁBRICA - (51) 3718-4044 / 9618-3500 5 0 / universonautico universonautico.com.br ELÉTRICA COM mais potente que o anterior ANOS DE O novo Yamaha “FX Cruiser SVHO tem um motor 20% MAR DE JETS Muitos proprietários de jets foram conhecer e testar a novidade. Mais de 100 testdrives foram realizados FOTOS DIVULGAÇÃO A maior concessionária de jets Yamaha do país apresentou, no Guarujá, o mais novo modelo da marca MarCos oGasaWara sempre cheia A Praia do Dentista, na Ilha da Gipóia, em Angra, num típico feriadão: mais de 300 barcos na água e muita animação alberto sodré Por jorge de souza sorria, você está na praia do dentista Quem quer ver e ser visto nas águas de Angra dos Reis, precisa vir para esta praia, a mais badalada pelos donos de barcos do país. E que, ainda por cima, é linda A conteceu no último feria- alberto sodré praia do dentista dão do réveillon. Convidada por um amigo que tem casa numa das ilhas, aquela família mineira, que nunca havia ido a Angra dos Reis, saiu para passear de barco com o anfitrião, logo na manhã do te e outro pequeno, todos mais ansiosos do que um peixe para entrar no mar, fizeram a habitual pergunta “pra onde vamos?”, esperando ouvir em troca o nome de alguma praia ou ilha. Mas a resposta do amigo foi como um balde de água fria no entusiasmo da turma: — Primeiro, vamos dar uma passadinha no Dentista... — disse ele, já acelerando a lancha. — Dentista? —entreolhou-se o casal, achando muito estranho aquele convite. — Pai, eu num quero ir — resmungou, baixinho, o filho pequeno, com a espontânea sinceridade das crianças. — Eu também não! — fez coro o irmão, já fechando a cara por conta do suposto adeus à tão sonhada praia. Mas o dono do barco nem ouviu os comentários, por causa do barulho do motor do barco. E seguiu em frente. — Querido — disse, por fim, a mulher, no ouvido do marido. Ninguém merece vir a Angra para ir ao dentista. Ainda mais assim, de biquíni! O episódio rendeu ataques de gargalhadas das duas partes pelos dias que se seguiram e foi revelado pela própria família, com a tradicional brejeirice mineira, quando a lancha finalmente dobrou uma ponta aparentemente deserta da Ilha da Gipóia e deu de cara com um estupendo mar de barcos repletos de pessoas animadas, diante de uma linda faixa de areia: a tal “Praia do Dentista” — que, obviamente, nada tinha de consultório dentário! Mas. mesmo assim, deixa todo mundo de boca aberta. Especialmente quando está lotada. O que geralmente acontece. 32 Náutica SudeSte Mozart latorre primeiro dia. Ao embarcarem, pai, mãe, um filho adolescen- ilhas de barcos Quem chega, encosta no barco ao lado e assim vão surgindo as “ilhas de iates”, que juntam ainda mais as pessoas, todas em busca de diversão P nhuma casa à vista, fincada ao fundo de uma enseada ainda milagrosamente virgem na região mais esplendorosa da Baía de Ilha Grande (se é que dá para eleger um só lugar em meio a tantos outros sensacionais que há por lá — veja alguns exemplos dessa abundância de beleza mais adiante nesta edição), quase ninguém frequenta suas areias fininhas e branquinhas, porque o lance ali é ficar dentro do barco, curtindo o que se passa nos outros barcos. Por fim, quem conhece ou já esteve “no” Dentista (para aumentar ainda mais a confusão na cabeça dos recém-chegados, como aquela família mineira, a praia ainda é chamada no masculino, o que remete ainda mais a odontologia), sabe, também, que nos seus grandes dias (leia-se fim de ano, feriados prolongados e, agora, no Carnaval) ela vira uma espécie de balada náutica, com muita música e gente dançando nos barcos. 34 Náutica SudeSte JorGe de souza tudo na água Agora, além das grandes lanchas e dos jets, a Praia do Dentista também está ficando cheia de pranchas de sup. Com elas, o pessoal desembarca e fica passeando entre os barcos, entre um mergulho e outro, para se refrescar um pouco alberto sodré “ raia do Dentist a A cada verão, cheia não é algo nada raro. Ao cono movimento trário, é o esperado. Quem conhesó aumenta. ce Angra dos Reis sabe bem que esta O tamanho praia, cujo nome oficial é Jurubaíba, mas ninguém a conhece como tal, é sinônimo de dos barcos, agitação e de muitos barcos reunidos — com pessoas idem. Sabe ainda que, a despeito de ser também uma linda praia, com mar bem verde e sem ne- alberto sodré Mozart latorre praia do dentista JorGe de souza praia do dentista 36 Náutica SudeSte S ão muito barcos. Não raro, eles passam dos 300, a maioria de bom tamanho, acima dos 50 pés de comprimento, como andou acontecendo no último réveillon — sem falar em uma ou outra escuna de passeios, os “sem-iates”, como brincam os debochados. Todos ficam mais ou menos juntos, lado a lado, costado com costado, criando assim “ilhas” de iates, habitadas por animados grupos de amigos, que vão passando de uma lancha para outra, feito uma marina sem píer ou uma espécie de passarela sobre as águas. Nenhum outro ponto da costa brasileira reúne tantos barcos numa mesma praia, com o mesmo objetivo: apenas ficar vendo o que se passa nos barcos vizinhos e se divertindo com isso. “O Dentista é a praia certa para quem gosta de gente bonita, divertida e rica”, resume um assíduo frequentador do local, dono de um dos maiores barcos da região e que, quando resolve ir para lá, sabe muito bem o que irá encontrar. “Quem quer tranquilidade e praia deserta deve passar longe daqui nos fins de semana ou, então, chegar bem cedinho e sair antes de a galera chegar, lá pelas 11 da manhã”, completa , sem nenhum exagero. alberto sodré “ Nenhum outro ponto reúne tantos barcos, com o mesmo objetivo: ficar só vendo o que se passa nos barcos ao lado olha eu, olha eu! Nos dias mais cheios, os barcos ficam colados uns nos outros. Quanto mais perto, mais divertido. Seja a bordo ou na água Náutica SudeSte 37 alberto sodré praia do dentista M JorGe de souza esmo quando há poucos barcos nas águas de Angra, as do Dentista costumam ter bom movimento. “Praticamente ninguém sai com um barco em Angra sem dar, pelo menos, uma passadinha no Dentista”, diz outro frequentador de carteirinha da praia. “Nem que seja só pra dar uma espiadinha e ver se encontra algum amigo, o que geralmente acontece”, completa. O Dentista é onde Angra bate ponto. Ninguém se cansa dessa alegre rotina. A cada verão, o movimento de barcos ali só aumenta. Há muito que a Praia do Dentista deixou de ser um refúgio secreto dos donos de barcos em busca de privacidade para se converter justamente no oposto disso: o ponto mais badalado e agitado das águas de Angra dos Reis. Virou, também, uma espécie de “praia da balada”, com todo mundo querendo ver e ser visto e com jovens de todas as idades sacudindo o esqueleto com a música que brota dos altofalantes dos barcos — é um ambiente social e náutico, ao mesmo tempo. Virou, ainda, o destino certo de muitos ricos e famosos e, no rastro deles, também dos que querem entrar para a turma. Tornou-se, enfim, a praia náutica mais falada do país. E não apenas por causa de tudo isso. Acima de tudo, a Praia do Dentista é linda. Muito linda. E foi a sua beleza na- 38 Náutica SudeSte “ alberto sodré em turma é mais gostoso Jovens de todas as idades chegam de barco para encontrar os amigos ou achar companhia. No Dentista, sempre acham A Praia do Dentista é onde Angra bate ponto. Quem vai para lá quer ver e ser visto Náutica SudeSte 39 JorGe de souza JorGe de souza praia do dentista “ Na praia mesmo, ninguém desce. O lance aqui é ficar tural que começou a atrair os donos de barcos para lá — até porque, como ela fica numa ilha, (só) dentro não há outra maneira de chegar, a não ser pelo mar. Trata-se de uma enseada em forma de suave do barco meia-lua, com água clara e areia branca, que se es- Fotos Mozart latorre famosos ou não Entre os frequentadores assíduos do Dentista está Eike Batista (acima). No último réveillon, ele até levou para lá seus dois iates (ao lado), um deles para o filho. Já quem não é famoso, tenta aparecer de outro jeito. Mulheres bonitas é o que não falta na água 40 Náutica SudeSte tende por uns 400 metros de comprimento, emoldurada por uma faixa de Mata Atlântica quase intocada. Não há nenhuma construção à vista, embora a praia esconda uma — e só uma! — casa: a do discretíssimo doutor Olympio Faissol, o tal “dentista”, que (suprema ironia, já que é totalmente avesso a badalações), acabou servindo para (re)batizar a praia náutica mais festejada do país. C om idade avançada e irritado com o movimento constante e incômodo de barcos na água (felizmente, para ele, poucos desembarcam na praia), o respeitado dentista carioca dono daquele pedaço de ilha abençoado pela natureza praticamente parou de frequentar “Jurubaíuba” — possivelmente, ele é a única pessoa no mundo que ainda chama aquela praia assim, em total desprezo pelo apelido que a tornou famosa. E até pôs a propriedade à venda: uma estupenda área de 400 000 m2, que engloba a praia inteira. Mas, com tamanha frequência de barcos na água nos fins de semana, não surgiram interessados em pagar o que tudo aquilo vale. Nem mesmo menos. Hoje, o dentista que virou sinônimo de praia continua tentando passar o seu outrora paraíso particular adiante. Mas não tem sido fácil. Apesar da beleza da praia. O apelido “Praia do Dentista” veio do hábito dos donos de barcos de perguntar aos amigos para onde eles estão indo — e ir junto. Um levou o outro, que convidou o vizinho e assim o movimento foi aumentando. Rapidamente. Hoje, Náutica SudeSte 41 praia do dentista “ J Mozart latorre á a família Corrêa, do Paraná, veio navegando a própria Phantom 38 de Paranaguá até lá, só para curtir “o famoso Dentista”. Gastaram um dia inteiro de navegação para chegar — e outro para voltar —, mais de 1 000 litros de diesel em locomoção, mas não se arrependeram nem um pouco. “Na nossa região, não tem nada igual”, diziam, animadíssimos, no meio daquela alegre muvuca. “Alías, em nenhum outro lugar”. Outro que também adora a animação do Dentista é Eike Batista, que sempre aparece por ali, com seu iate prateado, de 115 pés. No último réveillon, além dele, Eike levou também outra lancha, uma Azimut 70, para o filho Thor e seus amigos e que tinha até um DJ profissional a bordo, tocando no flybridge, Mozart latorre boa parte dos frequentadores do DenA fama do tista, especialmente nos meses de vevem de longe, atraídos pela fama que Dentista extrapolou estarão,praia já conquistou país afora. Como um conterrâneo daquela família mineira (mas Angra. Hoje, muito melhor informado...), que, todos os veboa parte dos rões, costuma trazer sua linda lancha da represa de Furnas, porque, como ele explica, “chegar no frequentadores Dentista sem barco é o mesmo que tomar vinho em copo de requeijão; não tem a menor graça”. E ele comvem de longe pleta, em bom mineirês: “Isso aqui é bom demais, sô!”. 42 Náutica SudeSte JorGe de souza alberto sodré JorGe de souza cenas de praia Churrasquinho no barco sempre houve. Mas as novas ondas no Dentista são passear de sup e ter um DJ a bordo, para animar ainda mais a moçada Náutica SudeSte 43 praia do dentista Mozart latorre Mozart latorre A Praia do Dentista não é mesmo como outra praia qualquer. Quase sempre, quem sai para passear de barco quer curtir o mar. Mas não é o caso de quem a frequenta. Ali, o negócio é ficar parado, só vendo o que se passa em volta do barco. E passam muitos outros barcos, quase todos com bonitas mulheres tomando banho de sol nos solários e homens se divertindo com isso. Quase todos a bordo empunham copos e muitos beliscam as delícias do primeiro e até hoje mais famoso barco-bar do Brasil, o Jango´s (leia mais sobre ele adiante). Há até quem aproveite o entusiasmo dos frequentadores por aquele inusitado mundo náutico para fechar negócios. Paulo Renha, dono do estaleiro Real Powerboats e que frequenta a Praia do Dentista há mais de 30 anos, já perdeu a conta de quantos barcos vendeu ali, em meio à empolgação dos fins de semana de sol. “É a minha praia-escritório”, brinca. JorGe de souza barcos sempre cheios Em cada barco, uma turma. Praticamente ninguém vai para a Praia do Dentista sozinho. E, se for, logo trata de arranjar companhia, o que ali não é nada difícil para animar ainda mais a moçada, inclusive nos barcos vizinhos. Bem ao lado dela, a lancha da socialite Val Marchior (aquela do reality show das mulheres endinheiradas) fez o possível para chamar a atenção dos demais barcos, mas a concorrência estava forte nos últimos dias do ano, naquela praia. Quem olhava para um lado, perdia vários lances no outro. “Na minha região, o pessoal usa o barco pra pescar; aqui é pra azarar”, dizia, meio surpreso, mas muito entusiasmado, um dono de barco do interior de São Paulo, cheio de amigos a bordo. JorGe de souza “ Quem olha para um lado, perde vários lances que estão acontecendo no outro 44 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 45 praia do dentista “ Barcos cheios, areia vazia. A Praia do Dentista é diferente até nisso 46 Náutica SudeSte Mozart latorre alberto sodré isso ou aquilo? O mar é tão verde quanto a vegetação que emoldura a praia e contrasta violentamente com o branco da areia. Mas quase ninguém desembarca, porque nos barcos é mais divertido Náutica SudeSte 47 “ Mesmo quem não chega tão animado, logo é contagiado pelo clima de festa nos barcos 48 N o universo da Praia do Dentista, há um pouco de tudo: famílias reunidas, solteiros à caça de companhia, rodas de amigos fazendo churrasquinho no barco, muita gente bebendo cerveja e champanhe a bordo, crianças brincando na água e por aí afora. Mesmo quem não chega tão animado, logo acaba envolvido pela atmosfera de festa de praia — e também embarca nela. Com isso, logo a faixa de mar diante da praia se transforma num formidável formigueiro de gente e de lanchas reluzentes, que, a cada ano, ficam maiores — tanto o movimento de pessoas quanto o tamanho dos barcos. Mas não há farofadas explícitas, porque tudo acontece a bordo. Mesmo assim, funks de gosto duvidoso ultimamente têm transbordado de algumas lanchas repletas de homens com medalhões de ouro no pescoço e mulheres popozudas em busca de minutos de estrelato. E os donos dos outros barcos ficam embasbacados. No Dentista, até o picolé chega pelo mar, de canoa, trazido por dois curiosos sorveteiros remadores, que vão de barco em barco, atendendo a clientela. Um deles, Seu Raimundo, há vários anos na praia, até mandou instalar uma capota no seu caiaque, para proteger o sorvete do sol. “Antes, ele derretia rápido e eu tinha que voltar Náutica SudeSte só alegria Turmas animadas, gente até fantasiada e muita mulherada. Até quem só quer curtir o mar ou está trabalhando, como Raimundo, o canoeiro sorveteiro, se diverte. Seja na água ou nas mesas do flutuante Casa do Mar (no alto, à esquerda), que só não é o único bar da praia porque o outro fica dentro de um barco Mozart latorre Fotos JorGe de souza Mozart latorre praia do dentista Náutica SudeSte 49 praia do dentista Quando o Dentista vai bombar ainda mais lanchas e bem grande São 400 metros de mar tranquilo e praia linda. Mas o Dentista só fica assim, paradisíaco, antes de os barcos chegarem e ocuparem todos os espaços na água (foto ao lado) As datas de maior agito na Praia do Dentista este ano, para você se programar. Ou ficar bem longe de lá... Carnaval: 1 a 4 de março Feriadão da Páscoa: 18 a 21 de abril n Feriadão do Dia do Trabalho: 1 a 4 de maio n Feriadão de Corpus Christi: 19 a 22 de junho n Réveillon: 26 de dezembro n Fotos alberto sodré n para Angra, para buscar mais. Agora, os picolés duram até o final da bagunça”, dizia às vésperas do réveillon, mas não completamente satisfeito porque, de tempos para cá, as baladas na água passaram a acontecer também à noite e não apenas durante o dia — para frustração ainda maior do pobre dentista dono da praia. “Agora, alguns barcos chegam ao pôr do sol e esticam até de madrugada, como uma espécie de sunset party na água”, diz outro que trabalha onde os outros se divertem, o carioca Alexandre, dono do flutuante Casa do Mar, que passa o ano inteiro ancorado nas águas do Dentista e oferece mesas e um ceviche de respeito, para quem quiser desembarcar e curtir a praia de outro jeito. As baladas (também) noturnas prometem ser a nova mania no Dentista, depois do recente fenômeno das pranchas de sup, que também invadiram a praia — cada lancha chega com as suas pranchas e o pessoal sai para passear entre os outros barcos, remando. Ou de jet ski. É tudo muito fácil. Até porque a praia fica relativamente perto das principais marinas de Angra e tem águas bem abrigadas e seguras — basta jogar a âncora ou encostar no barco ao lado. E foi esta rara combinação de praia bonita com acesso tranquilo que também ajudou a transformar o Dentista em um point náutico e tanto. No último réveillon, a praia bombou como nunca e deve repetir a dose agora, nos feriados do Carnaval — oba! Aproveite. Ou fique longe. Depende do seu gosto. 50 Náutica SudeSte Mozart latorre a 4 de janeiro angra Praia do dentista Ilha Grande onde fica o agito? A Praia do Dentista fica na Ilha da Gipóia, uma das maiores da Baía de Ilha Grande, a cerca de meia hora de lancha do centro de Angra dos Reis. Todo mundo sabe onde fica e indica o caminho, mas não há outro meio de chegar lá a não ser com barco próprio ou a bordo de uma eventual escuna de passeios. Para não errar, digite no seu gps: 23°03,821’S e 044°21,322’W. “ Acima de tudo, a praia é linda. Especialmente quando está assim, vazia Náutica SudeSte 51 praia do dentista Até o bar é um barco! o Jango´s, que está sempre ancorado na Praia do Dentista, foi o primeiro barco-bar do Brasil e é o mais famoso de todos, até hoje 52 Náutica SudeSte Fotos JorGe de souza e Mozart latorre A lém da peculiaridade de ser uma praia frequentada praticamente só dentro d´água, o Dentista também oferece o mais sui-generis restaurante de Angra dos Reis. A começar pelo fato de que ele não é bem um restaurante, não fica na areia da praia nem tampouco tem mesas. É o Jango´s, o primeiro e mais famoso barco-bar do país, que funciona dentro de uma traineira de pesca, sempre ancorada nas águas do Dentista. A rigor, ele não passa de uma cozinha adaptada na cabine do antigo pesqueiro, de onde partem pratos e petiscos fumegantes, que são entregues, com lanchinhas-garçonetes, nos barcos dos clientes, que, por sua vez, fazem os pedidos pelo rádio vhf. Mas, na prática, o Jango´s faz parte da paisagem daquela praia. Quem teve a ideia foi o ex-pescador Jovino Luiz Rosa, o Jango, muitos anos atrás. Ao notar que o movimento de lanchas na praia do Dentista crescia a cada fim de semana, ele resolveu ancorar ali a sua traineira, para vender os peixes e frutos do mar que pescava na região. Mas não crus, como qualquer pescador faria, e sim já prontos para comer, preparados pela mulher, Carlinda, como em qualquer restaurante de terra firme. O negócio deu tão certo que Jango logo parou de pescar Jeito de praia Jango (no canto) já está aposentado. Mas suas filhas tocam em frente o barcobar mais famoso do país, onde o prato principal é o camarão, entregue de barco em barco com lanchinhasgarçonetes (abaixo) e passou a comprar dos colegas pescadores a matéria-prima do seu cardápio — que tem no camarão, seja ao alho ou na forma de irresistíveis pasteizinhos fritos na hora, o seu carro-chefe, embora prepare até lagostas cinematográficas. H oje, Jango já está aposentado, quase não aparece mais no Dentista, mas o seu pioneiro barco-bar, que fez escola, foi copiado Brasil afora e virou uma verdadeira instituição nas águas de Angra dos Reis, segue firme, tocado pelas duas filhas — que, de rádio em punho, vão anotando os pedidos, enquanto entregam os pratos já prontos de barco em barco, num frenesi náutico capaz de deixar qualquer marinheiro (ou garçom) alucinado. “Tem muita gente que vem até o Dentista só por causa do Jango´s”, atesta um dos clientes mais fiéis do mais famoso barco-bar do Brasil. “É ótimo e muito prático, porque você come bem e nem precisa sair do barco”, completa. fotos AlBerto soDré, mozArt lAtorre e fernAnDo monteIro Fotos: Marcio Dufranc Um pedaço do paraíso para saborear a melhor moqueca de Angra dos Reis as outras águas de angra Mais que um restaurante, o Coqueiro Verde localizado no Saco do Céu é um ponto de apoio aos navegantes de Angra dos Reis. Um lugar para ancorar, relaxar e se deliciar com as saborosas moquecas e risotos, a especialidade da casa. E quem quiser, ainda pode se hospedar na pousada integrada ao restaurante. Restaurante, Pousada, Pier, Poitas, Abastecimento de água e gelo Contatos Telefone: (24) 3361.4394 / (21) 2685.0346 - Rádio VHF Canal 16 [email protected] www.coqueiroverdepousada.com.br Com mais de 100 ilhas, a Baía de Ilha Grande tem muito mais a oferecer para quem tem um barco do que apenas o agito da Praia do Dentista. A começar por estas outras praias, onde quem dá o espetáculo é a natureza Náutica SudeSte 55 angra ? onDe fICA? Do lado de dentro da Ilha Grande, na ponta mais próxima do centro de Angra “ Não é bem uma lagoa, mas quem se importa? no GPs 23o 05,020’S 044o 14,300’W lagoa azul lagoa e arredores A Lagoa Azul é apenas o canalzinho entre as duas pequenas ilhas à esquerda, onde há sempre barcos ancorados. Mas, ao redor, também vale o passeio Parece cenário de filme A pesar do nome copiado do filme homônimo (aquele da Brooke Shields ainda menininha...), vale a ressalva: a Lagoa Azul da Ilha Grande não é azul nem tampouco uma lagoa. É verdinha, quase transparente, e uma espécie de canal entre duas ilhotas, onde a água rasa e o fundo de areia branca lembram os dos filmes de Hollywood. Não por acaso, nove em cada dez barcos que vão passear na Ilha Grande dão pelo menos uma passadinha aqui e muitos ficam o dia inteiro, até porque sempre encontram ancorado o famoso barco-bar Petisco da Ilha, do Seu Pedro, que serve tira-gostos deliciosos – e num cenário realmente de cinema. 56 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 57 angra praia da parnaioca mais do que isso Atrás da areia, outra surpresa: uma cachoeira No outro lado da grande ilha A Parnaioca fica na parte de mar aberto da Ilha Grande, mas nem parece. Suas águas são tão tranquilas para os banhistas e abrigadas para os barcos que a sensação é a de uma gigantesca piscina — até na cor bem clara da água. Principalmente nos cantos. Tem, também, uma cachoeira não muito distante, uma pequena vila de moradores e (sempre) alguns barcos de pesca na paisagem, já que é uma das mais antigas comunidades da ilha. Um bom lugar para tomar banho de mar e sentar para admirar. ? onDe fICA? No lado de fora da Ilha Grande, logo após a Ponta dos Meros no GPs 23o 11,625’S 044o 15,202’W praia da feitiçeira todo mundo se encanta t ? onDe fICA? Na parte de dentro da Ilha Grande, no caminho de acesso ao Saco do Céu no GPs 23o 07,080’S 044o 11,360’W 58 Náutica SudeSte N ão é por acaso que há sempre um ou outro barco parado diante desta bonita praia da Enseada das Estrelas, no lado de dentro da Ilha Grande. E quem fizer o mesmo e desembarcar nela, entre grandes pedras fincadas na areia, logo descobrirá por quê – basta seguir uma pequena trilha que parte da praia e desemboca numa cachoeira com uns 15 metros de altura, de água fresca e cristalina, no meio da mata. É um passeio completo: mar e cachoeira na mesma praia. Entendeu por que tem sempre alguém por lá? Pois vá, também. melhor ainda No cantinho da Parnaioca, o mar é ainda mais clarinho. E irresistível Náutica SudeSte 59 angra saco dois rios A praia do presídio agora é sua! ? onDe fICA? No lado de fora da Ilha Grande, mais ou menos no caminho da Praia Lopes Mendes L Linda, não? Pois foi exatamente aqui, nesta cinematográfica praia, do lado de fora da Ilha Grande, que foi erguido, no passado, o famoso e famigerado presídio da Ilha Grande, depois desativado e implodido. Hoje, não existe mais nada dele para ser visto, mas a sua praia — e que praia! — continua a mesma de antigamente, quando o acesso público era proibido: vazia, fascinante e com dois riozinhos, um em cada extremidade (os tais “dois rios” que batizam a praia), que, se penetrados, levam os visitantes até duas pequenas cachoeiras. no GPs poucos vão Mais um motivo para conhecer a antiga “Praia do Presídio” 23o 11,121’S 044o 10,874’W “ o saco Dois Rios tem uma praia e muitas histórias para contar 60 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 61 angra poder, não pode O desembarque é proibido, mas dar um mergulho já vale o passeio mar ou riacho? Aqui ao lado, um riacho de água doce deságua na praia praia da camiranga Água doce ou salgada? ? onDe fICA? Na Enseada das Estrelas, na parte de dentro da Ilha Grande no GPs 23o 07,111’S 044o 11,928’W 62 Náutica SudeSte A praia da Camiranga é mais um dos pequenos segredos da Ilha Grande. Não é grande nem muito frequentada pelos barcos (que preferem parar na vizinha Praia da Feiticeira ou seguir em frente, rumo ao Saco do Céu), mas oferece a deliciosa possibilidade de tomar banho de água salgada e doce quase ao mesmo tempo. Um cristalino riacho serpenteia a mata até chegar à praia, onde forma poços de água geladinha e doce. Ou seja, você sai do mar, caminha uma dúzia de passos e — tchibum! — mergulha no riacho. Ô coisa boa! praia dos meros o paraíso parcialmente proibido ? onDe fICA? Do lado de fora da Ilha Grande, escondida entre dois costões, entre as praias de Provetá e Aventureiro no GPs 23o 13,133’S 044o 20,542’W M eros é um dos maiores tesouros da Ilha Grande: uma praia com um mar sempre claro e vazio, porque, como fica dentro de outra reserva ambiental da ilha, o desembarque é proibido. Ancorar o barco também não pode, embora um ou outro mergulho seja tolerado, desde que a pessoa não chegue até a areia — o que exige grande esforço, porque a praia é irresistível. Mas o mergulho numa das águas mais limpas da ilha já vale o passeio. Ele só exige alguma atenção na entrada e saída, contornando a Ponta dos Meros a uma respeitosa distância das pedras. Náutica SudeSte 63 angra ilhas botinas “ As Botinas têm as águas mais claras de Angra Visual que não cansa N ão tem jeito. Você pode já ter ido lá uma dúzia de vezes, que, sempre que se aproximar com o barco das duas ilhotas gêmeas que formam as Botinas se impressionará com a cor do mar entre elas — como mostra a foto, que nada tem de photoshop. As Botinas ficam bem pertinho do centro de Angra, quase propositalmente no caminho de quem vai para qualquer canto e, por isso mesmo, costumam ser visitadas por muitos barcos, o que exige certa sorte para ficar assim, com as ilhas só para si. Mas, de manhã cedinho ou no finalzinho do dia (quando, inclusive, oferecem um por do sol magnífico), suas águas costumam estar vazias. Fica a dica. ? onDe fICAm? Bem perto do centro de Angra, entre o continente e a Ilha Grande no GPs todos curtem O mar é sempre transparente. Difícil é não ter muita gente 23o 03,240’S 044o 19,779’W 64 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 65 angra praias de leste e sul Pena que é só para ver... V iu? Pois saiba que olhar (e bem de longe, sem sequer parar o barco para ver melhor) é tudo o que você poderá fazer nestas duas praias ma-ra-vi-lho-sas da parte de fora da Ilha Grande. Elas fazem parte de uma reserva biológica e, por isso, em nome da preservação, sua visitação é proibida. Não é permitido navegar perto da praia, ancorar, que dirá desembarcar —portanto, só vale a pena ir até lá se o destino for algum local vizinho. Mas, neste caso, só o visual dos cinco quilômetros de areias imaculadas das praias de Leste e Sul, separadas apenas por uma ilha e um caprichoso riacho, valem como um bônus no passeio. ? onDe fICAm? Do lado de fora da Ilha Grande, entre as praias de Parnaioca e Aventureiro no GPs 23o 05,020’S 044o 14,300’W de encher os olhos Como é uma reserva biológica, nem parar o barco pode. Mas dá para olhar de longe 66 Náutica SudeSte “ o acesso é proibido, mas por um bom motivo Náutica SudeSte 67 angra grande praia Lopes Mendes é grande em tudo. Especialmente na beleza praia do aventureiro imagem de calendário O charmoso coqueiro do Aventureiro é o símbolo da praia praia de lopes mendes Quem resiste a este coqueiro? É assim, do começo ao fim arece foto de calendário de parede: um gracioso coqueiro caprichosamente debruçado sobre a areia da praia, diante de um mar limpo e claro. A praia do Aventureiro, um pequeno povoado na parte de fora da Ilha Grande, hoje com acesso controlado de visitantes para não encher de gente, não chega a ter uma praia como nenhuma outra, mas o seu conjunto de pedras na beira d´água, que represam o mar e formam piscinas na maré baixa, é algo que não se encontra em qualquer canto – muito menos com um coqueiro desses na paisagem! Para completar o passeio, quem caminhar até as pedras da costeira do outro lado da praia poderá ver, de longe, o visual das praias Leste e Sul, ambas (ao contrário do Aventureiro) com acesso proibido. egue esta imagem e a multiplique por três quilômetros de extensão. É, mais ou menos, o que você irá encontrar na grande (nos dois sentidos) praia Lopes Mendes, a última da parte de mar aberto da Ilha Grande. “Mais ou menos” porque ainda faltaria acrescentar a mata virgem que acompanha toda a extensão desta praia sem construção humana alguma, os três riachinhos que a atravessam para desaguar no mar ao longo disso e a areia, fininha feito farinha, que emite gostosos “ics, ics” sob os pés. Lopes Mendes é tudo de bom. O único inconveniente é que, para chegar lá de barco, é preciso navegar um bocado. Mas há uma saída: ancorar na bem mais próxima Enseada das Palmas, na parte de dentro da ilha e no lado oposto da praia, e caminhar alguns minutos por uma trilha. Vale qualquer esforço. P 68 Náutica SudeSte ? onDe fICA? Na parte de fora da Ilha Grande, não muito distante da Ponta dos Meros no GPs 23o 11,233’S 044o 18,885’W P ? onDe fICA? Na parte de fora de Ilha Grande, quase na ponta oposta à de Angra. no GPs 23o 10,630’S 044o 07,560’W Náutica SudeSte 69 angra bracuhy ilha de caras frade ilha de paquetá ilha de cataguás praia do dentista ilhas botinas lagoa azul freguesia enseada das estrelas o mapa da mina As PRAiAs e ilhAs oNDe A Região De ANgRA Dos Reis É AiNDA mAis BoNitA saco do céu lagoa verde sítio forte abraão enseada das palmas praia de itaguaçu praias do leste e do sul cachadaço saco dois rios praia de provetá lopes mendes praia do aventureiro praia de parnaioca praia dos meros 70 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 71 angra A Praia do Dentista é parada quase obrigatória são mais de 100 ilhas. Praias? A perder de vista enseada das palmas Além de tudo, alternativa para chegar à Praia de Lopes Mendes por terra 72 Náutica SudeSte praia do dentista Sempre no rumo de quase todos os barcos. Mesmo que seja só para dar “uma olhada” Náutica SudeSte 73 angra presente de deus Os barcos entram e ficam tranquilos. Tanto de dia quanto de noite saco do céu Para visitar e ficar E is aqui um ótimo lugar para passear com o barco ou – melhor ainda! – dormir a bordo. O Saco do Céu, uma fechadíssima baía na parte de dentro da Ilha Grande, não tem esse nome por acaso: é quase um presente celestial para quem gosta de tranquilidade, inclusive para ancorar sem nenhum risco, já que ele tem as águas mais abrigadas de toda a ilha. O mar ali é tão tranquilo que, nas noites de lua, reflete as estrelas na superfície, daí, aliás, o seu nome. E, de dia, oferece algumas prainhas (não muitas, é verdade, mas com água à prova de sustos) e pelo menos três bons restaurantes (Almirantado, Reis e Magos e Coqueiro Verde), para quem quiser almoçar no paraíso, agradecendo aos céus só por estar ali. ? onDe fICA? Na parte de dentro da Ilha Grande, um pouco antes da Vila do Abraão. no GPs 23o 06,690’S 044o 11,900’W 74 Náutica SudeSte “ Não existe água mais abrigada. e isso não é tudo Náutica SudeSte 75 angra quem procura, acha Atrás dos coqueiros da Frequesia, há uma igreja histórica descubra também Itaguaçu é pequena e pouco conhecida. Mas pode ser só sua praia de itaguaçu Para quem não precisa de muito I taguaçu é uma pequena prainha na parte de mar abrigado da Ilha Grande, com uma faixa de poucos metros de areia amarelada, que contrasta bem com o verde da água e com as pedras escuras que brotam na beira-mar. Não é grande nem famosa, mas costuma fascinar quem sonha em encontrar uma praia sem viva alma por perto, mas com muita natureza ao redor — a começar por grandes palmeiras que geram generosas sombras na areia. Uma praia do jeito que você gosta e para chamar de sua. 76 Náutica SudeSte ? onDe fICA? Na parte de dentro da Ilha Grande, bem perto da Lagoa Verde no GPs 23o 09,462’S 044o 20,806’W freguesia de santana Além da praia, tem mais o que ver O lhando assim não dá para ver. Mas, logo atrás da orla de coqueiros que decora esta praia, há uma igreja, de 1802, que é um dos mais antigos monumentos da Ilha Grande. É a igreja de Santana (contração de “Santa Ana”), nome que complementa o desta praia, a da Freguesia, que fica na parte abrigada da ilha, bem pertinho da Lagoa Azul, o que é outro motivo para esticar o passeio até lá. E há mais um: suas águas são muito tranquilas, ótimas para barcos e crianças. ? onDe fICA? No lado de dentro da Ilha Grande, pertinho da Lagoa Azul no GPs 23o 05,323’S 044o 13,983’W Náutica SudeSte 77 angra ilha de paquetá e ainda fica pertinho... A pesar da aparência de paraíso (uma ilha verdejante dividida ao meio por uma praia de areias branquinhas, que permite banhos de mar dos dois lados dela), Paquetá fica bem perto das principais marinas e condomínios da Baía da Ribeira, em Angra —portanto a um tirico de barco delas. Mal saiu, você já chegou. Perfeita para quem não quer ir longe. As crianças adoram e os donos de barcos também, porque as águas de Paquetá são bem protegidas. Um passeio rápido e muito gostoso. “ Dá para tomar banho de mar dos dois lados da ilha capricho da natureza Entre os dois morros, uma prainha. E com mar na frente e atrás ? onDe fICA? Praticamente em frente ao Bracuhy e ao Frade, em Angra no GPs 22o 59,566’S 044o 24,386’W 78 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 79 angra ilhas de cataguás “ Nem precisa ir longe, porque fica diante de Angra Perfeita para banhos de mar A té tempos atrás, a linda praia que se forma entre as duas ilhotas de Cataguás, praticamente em frente ao centro de Angra, era muito frequentada pelos barcos e escunas de passeios, o que lotava suas águas e areias. Mas, depois que o acesso dos barcos até a praia foi restringido por cordões de isolamento na água, o movimento despencou e a formosa Cataguás voltou a ser o que sempre foi: um idílico banco de areia branquinha, cercado pelo verde do mar de Angra por todos os lados. E como não há mais barcos pertinho da praia, os banhos de mar ficaram ainda mais gostosos. É só parar o barco um pouco distante e ir nadando até a praia. ? onDe fICA? Quase em frente ao centro de Angra mantenha distância Os barcos não chegam até a areia. Mas é só mergulhar e antecipar o banho de mar no GPs 23o 01,341’S 044o 16,976’W 80 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 81 Por jorge de souza fotos otto AQUIno e joRGe De soUZA ontem e hoje Constantino, pouco antes de morrer, e a lancha a qual dedicou boa parte de sua vida, antes (ao lado) e agora (abaixo), abandonada num trapiche de Angra: sem o seu guardião, a histórica Tenente Loretti está apodrecendo O VELHO E O BARCO Uma emocionante história de amor entre um homem e um barco ganhou contornos dramáticos. No ano passado, o guardião do barco mais famoso da Ilha Grande, Constantino Cokotós, morreu. E, sem ele, a histórica lancha Tenente Loretti está morrendo também “A h, se o Constantino estivesse vivo...” Os turistas que chegam ao Cais de Santa Luzia, no centro de Angra dos Reis, para embarcar nas escunas que fazem passeios pela baía, costumam notar, logo na entrada do trapiche, um grande e antigo barco de madeira, clamando por uma reforma. Seu estado é deplorável. A proteção de ferro da proa está solta e torta, parte da amurada carcomida, o casco está encardido que só, o barco parece ligeiramente adernado na água e a pintura, que um dia já foi azul, hoje está desbotada e descascada pelo tempo e pelo descaso. Panos sujos costumam ficar pendurados no seu casario, que, como há muito não é usado, foi transformado em varal pelos pescadores dos barcos vizinhos. E, vira e mexe, algum mendigo dorme a bordo ou alguém atira um saco de lixo no seu convés. Só mesmo a tábua de proa com o nome do barco continua em razoável bom estado. Ela diz: “Tenente Loretti” — o que, no entanto, para os turistas, também não diz nada. Mas, para os antigos moradores da vizinha Ilha Grande, aquele velho barco (que, para as outras pessoas não passa de um barco velho) é histórico. E, para um deles em especial, foi bem mais do que isso: foi um fiel amigo, que não merecia estar do jeito que está. Muito menos caminhando para o mesmo fim que teve o homem que passou a vida inteira cuidando dele: Constantino Cokotós, morto no ano passado —para muitos, de desgosto, por ver aquele barco de tantas façanhas abandonado num píer de Angra. Náutica SudeSte 75 LANCHA DA ILHA GRANDE “ fotos ARQUIvo pessoAl Para Constantino, não era apenas um barco. Era um fiel amigo, que ele cuidava como se fosse um filho “A velhos mARInheIRos Uma das tripulações da Tenente Loretti, ainda nos tempos do presídio. Constantino passou 60 anos comandando o barco que era o único elo da Ilha Grande com o resto do mundo 76 h, se o Constantino estivesse vivo...”, diz, em tom de lamento, um dos velhos moradores da Vila do Abraão, na Ilha Grande, Evanir Vargas, exinspetor de segurança do extinto presídio da ilha, excompanheiro de trabalho de Constantino e também admirador daquele barco, que agora jaz, abandonado e moribundo, no cais de Angra. “Se ele estivesse vivo, ´a´ Loretti não estaria desse jeito”, garante”. Constantino, morto no ano passado, aos 82 anos, de complicações cardíacas, foi comandante “da” Tenente Loretti durante seis décadas e, como todos na ilha, sempre se referiu ao barco no feminino, porque era “a lancha da Ilha Grande”, o único elo e ligação da ilha com o mundo, durante muito tempo. Para ele, a Tenente Loretti não era apenas a lancha na qual trabalhava, levando e trazendo praticamente tudo para a Ilha Grande — de detentos e sacos de cimento para o antigo presídio, a quem ela pertencia, a moradores doentes e mulheres grávidas para dar à luz em Angra, embora isso, às vezes, acabasse acontecendo no próprio barco, no meio da travessia. “Nasceu muita gente dentro desse barco”, atesta Seu Natalino, outro velho morador da ilha. Por essas ou outras, uma imagem da Loretti adornava um porta-retrato sobre a antiga mesa de trabalho de Constantino, na Vila do Abraão, mantida como tal pelos amigos, até hoje. “Nas noites de tempestade, cansei de ver meu pai sair de casa para ir dormir na Loretti, temendo que ela soltasse da âncora”, recorda um dos filhos de Constantino, de quem herdou até o mesmo nome. “Eu praticamente cresci vendo ele chegar Náutica SudeSte RecoRDAções Do pAssADo Quando a Tenente Loretti chegou a Ilha Grande, ainda havia carroças na Vila do Abraão (foto mais antiga). Depois, virou barco de resgate. Constantino tinha tanto amor por ela que colocou sua imagem num porta-retrato (ao lado). Em 2007, ele foi escolhido pela comunidade para levar a tocha dos Jogos Panamericanos, como uma homenagem “ Pela Tenente Loretti passaram todos os presos da Ilha Grande. E praticamente tudo o que há na Vila do Abraão e partir da ilha com aquele barco, feliz da vida”. Ele e todos os antigos moradores da Ilha Grande. Praticamente todo mundo da ilha tem uma história ou recordação da Tenente Loretti para contar. “Quando eu ouvia, lá de casa, o barulho do motor da Loretti chegando, sabia que vinham novidades para a Ilha Grande”, recorda Vânia Neves, num dos muitos comentários de um site dedicado à história da ilha e à infeliz situação da Loretti. “Esse barco tem a ver com algumas das mais doces lembranças da minha infância”, completa a mensagem. “A Loretti fez parte da história da minha família”, diz outro descendente da ilha, Rodrigo Fiúza, cujo avô também trabalhou no barco, com Constantino. “Quando saí da ilha, foi a Loretti que me trouxe para o Rio”, completa outro saudoso ex-ilhéu, Roberto Gama, hoje tão amargurado quanto os demais com o triste destino do barco. A história da Tenente Loretti (que, por sinal, ninguém na ilha sabe dizer quem foi o homenageado com o nome do barco) está diretamente ligada à do extinto presídio da Ilha Grande. Foi para atendê-lo que ela, depois de ter sido construída pela Marinha, foi transferida para a ilha, de onde passou a fazer viagens quase que diárias ao Rio de Janeiro, para buscar novos presos e tudo o mais que a ilha precisasse — sempre com Constantino no comando. Naquela época, ela era a “lancha-cadeia”, uma espécie de camburão náutico, pelo qual passaram bandidos famosos, como o infame Madame Satã, e presos políticos do calibre do escritor Graciliano Ramos. Os detentos iam no porão, sob a guarda de poli- ciais armados no convés. O hoje deputado Fernando Gabeira foi um deles, na época da repressão militar. Recentemente, Gabeira voltou a encontrar a lancha que o levou para a prisão, durante a gravação de um documentário sobre a sua vida, para a televisão. D epois, com o fim dos presídios na ilha, a lancha foi transferida para o serviço Salvamar, que, anos depois, foi incorporado ao Corpo de Bombeiros, que, por sua vez, transferiu o barco para o governo do estado do Rio de Janeiro, que o delegou à Defesa Civil de Angra dos Reis, que, no início do ano passado, o repassou à Prefeitura da cidade, que a delegou as suas secretarias, até que chegou num ponto em que ninguém mais sabia ao certo quem era o “dono” da lancha, até Náutica SudeSte 77 LANCHA DA ILHA GRANDE “ O atual responsável pelo barco já decretou: ele está condenado. Constantino morreria de novo, de desgosto porque ela nunca teve documentos. Menos, claro, Constantino, que não tinha dúvidas disso: a Loretti era dele, pelo menos sentimentalmente. Hoje ela está sob a responsabilidade da Turisangra, órgão de turismo da Prefeitura de Angra dos Reis, e, segundo seu diretor, Afif Nahim, o plano é transformá-la numa espécie de museu flutuante permanentemente ancorado, com painéis contando a história daquele barco repleto delas para contar. Só que, para isso acontecer — se acontecer... —, é preciso, primeiro, levantar recursos para reformar o barco. E é aí que mora o problema, porque dinheiro para uma reforma desse vulto não é algo que se consiga da noite para o dia. E, talvez, a Tenente Loretti não tenha mais tanto tempo assim para esperar... entRe pResos e náUfRAGos Com o fim do presídio, a Tenente Loretti passou para o Corpo de Bombeiros e salvou muita gente. Inclusive Roberto Marinho. Sempre sob o comando de Constantino 78 Náutica SudeSte fotos ARQUIvo pessoAl O desejo dos moradores do Abraão é que a lancha volte para lá, para tornar a navegar ou virar monumento na praça da vila. Mas, de acordo com Afif, nem uma coisa nem outra vai acontecer. “A Loretti não tem mais condições de navegar e uma operação para tirá-la da água e colocá-la num pedestal seria, além de cara demais, inviável, porque o próprio casco não aguentaria o esforço”, explica. “Estruturalmente, ela está condenada”, decreta. Ah, se o Constatino ouvisse isso... Até pouco tempo antes de morrer, ele ainda nutria esperanças de ver a Loretti navegando de novo. Para isso, pressionava os vereadores de Angra, cobrava das autoridades a promessa de uma reforma que nunca aconteceu, e, quase todos os dias, ia até o píer da cidade, cuidar pessoalmente Um resgate histórico o dia em que a Tenente Loretti salvou o dono da rede Globo A conteceu numa virada do tempo, no verão de 1970. Constantino Cokotós estava em casa, na Vila do Abraão, quando recebeu uma chamada do presídio, pedindo o comparecimento de uma lancha para resgatar uns pescadores, que estavam ilhados numa das pedras da costeira. Como sempre fazia, quando a questão era ajudar, partiu rapidamente com a Tenente Loretti para lá. Eram três homens lutando para não ser levados pelas ondas, depois que o bote virou e afundou. Um deles, já de certa idade, tinha dificuldade até para ficar em pé. Mas todos foram resgatados e levados para bordo da lancha, inclusive àquele senhor, que não se cansava de agradecer a ajuda. Em seguida, recuperado, ele pediu que, se possível, quando o mar acalmasse, seus pertences de pesca submarina fossem resgatados do barco virado, pois ele tinha grande apreço por eles — o que também foi feito, mais tarde, por Constantino. Teria sido apenas mais um caso de ajuda humanitária, das tantas que Constantino fez com a Tenente Loretti, se o senhor em questão não fosse o então dono da Rede Globo, Roberto Marinho — que retribuiu o resgate com uma carta de agradecimento, elogiando sobremaneira a ação de Constantino. Ele guardou a carta pelo resto da vida, mas não porque fosse de alguém poderoso e sim porque era a comprovação de algo que muito o orgulhava: o gesto de ajudar quem precisasse, com a sua Loretti. Muitos anos depois, ao saber que a lancha que salvara o fundador da empresa na qual trabalhava estava abandonada e sendo destruída pelo tempo, um diretor da Globo ofereceu recursos para reformá-la. Mas, inexplicavelmente, a proposta foi recusada pela administração carcerária do Rio de Janeiro. Por quê? O velho Constantino morreu sem saber. fotos joRGe De soUZA e tURIsAnGRA LANCHA DA ILHA GRANDE vIsItAntes espoRáDIcos Recentemente, Fernando Gabeira, que no passado, foi levado por este barco para a prisão na Ilha Grande, visitou os porões da Loretti, no qual foi transportado. Em bom estado só restou o nome do barco do barco. Acionava o motor, ligava as bombas, lavava o convés e voltava para a ilha, amargurado. Quando, no réveillon de 2010, um barranco desmoronou na Ilha Grande, causando mortes e destruições, Constantino, ao ver a complexidade da operação de resgate, que exigia vários barcos para transportar o material de socorro até lá, olhou saudoso para o porta-retrato na sua mesa e lamentou com os amigos: “Se a Loretti estivesse aqui, levava tudo numa só viagem”. Era verdade. Barcos, como se sabe, têm alma. Por isso, tendem a ser tratados como um ente querido pelos seus donos. É assim com muitas pessoas e seus barcos. Mas, no caso de Constantino e a Tenente Loretti, esta relação era bem mais do que apenas a de um homem com sua máquina. Era quase de pai para filho, embora, nas duras travessias do Rio para a ilha, fosse a robustez do barco que cuidava dele. “Não tinha mar que a Loretti não encarasse”, garante Evanir. “Quando ela trazia material para as obras do presídio, vinha só com o bico de proa fora d´água, o resto quase afundado, mas não parava nem em dias de Sudoeste brabo”, recorda. “E, no “ Constantino tinha ciúmes do barco. Quando chegava um novo piloto, dava um jeito de o motor não pegar 80 Náutica SudeSte leme, vinha o Constantino, todo orgulhoso do barco, que era mesmo pau pra toda obra”. Era tamanho gosto pelo barco, que Constantino nutria ciúmes da Loretti. Se alguém novo designado pelo presídio chegasse para pilotá-la, ele, marotamente, dava um jeito de o motor não pegar. “A lancha tinha um macete na ignição, que ele não contava pros novatos. Daí, o sujeito tentava, tentava e desistia, achando que o motor estava com defeito. E devolvia o barco pra ele”, recorda, rindo, o amigo. A lém do presídio, praticamente todas as casas da Vila do Abraão foram erguidas ou reformadas com tijolo, areia e cimento trazidos, do continente, pela Tenente Loretti. E quando alguém precisava levar algo de volta, era sempre nela que embarcava, depois de pedir a gentileza a Constantino — que, mais gentil ainda, raramente recusava um pedido. O pessoal da ilha só se aborrecia quando Constantino enchia a Loretti com os vira-latas famintos que recolhia em Mangaratiba e os levava para o Abraão. Em compensação, ele era, também, o sanfoneiro número 1 da vila na hora do forró e teve a admiração dos moradores reconhecida quando foi escolhido, pela comunidade, para a condução simbólica da chama dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, na ilha, anos atrás. Naquela época, a Tenente Loretti já não navegava mais e havia sido levada para Angra dos Reis, depois que o motor pifou de vez e Constantino não tinha mais como pagar o conserto — porque, durante muito tempo, ele tirou dinheiro do próprio bolso para manter o barco em bom estado. A transferência foi bem dolorosa para ele, que já es- LANCHA DA ILHA GRANDE fotos ARQUIvo pessoAl velhos tempos A antiga frota do presídio da Ilha Grande, da qual a Loretti era a maior lancha, e Constantino, ainda jovem, mas já seu comandante, com o filho, que praticamente cresceu dentro daquele barco “ Além de tudo, a Tenente Loretti, que foi construída em 1910, é um dos barcos mais antigos do Brasil tava aposentado, mas ainda se sentia guardião do barco no qual trabalhara a vida inteira. No começo, contudo, tudo correu bem. O motor foi trocado e havia promessas de que o barco seria todo reformado, para levar turistas para passear pela baía. Mas, logo a Tenente Loretti foi esquecida no píer e começou a definhar. Constantino, então, passou a ir ver o barco, como um pai visitando o filho hospitalizado. Até que a sua saúde, já debilitada, passou a impedir isso. Os amigos, então, começaram a se revezar na função, o que, de certa forma, fazem até hoje — mas, agora, como mera homenagem ao velho Constantino, porque sabem que, no estado em que o barco se encontra, só ligar o motor e as bombas já não bastam. Um casco de madeira exige manutenção constante e os gusanos, uma espécie de craca, já ameaça o fundo do casco. “Se a Loretti afundar no píer da cidade vai ser um desastre também ambiental, porque os seus tanques estão cheios 82 Náutica SudeSte de óleo diesel”, alerta Evanir, acrescentando mais um detalhe dramático a uma triste história, que começou com um caso de amor entre um homem e um barco. A brava Loretti ainda flutua. Mas, a julgar pelo estado de abandono em que se encontra, talvez não muito mais tempo. M esmo se não tivesse um apelo emotivo para toda uma ilha, ainda assim a Tenente Loretti seria um barco histórico. Pela própria idade. Ela foi construída em 1910, com vigorosas tábuas de peroba, que, apesar dos pesares, ainda resistem bravamente ao tempo. Tem, portanto, mais de 100 anos na água, o que, por si só, justificaria ser preservada. “Meu sonho é que ela ganhasse o mesmo status e bom trato do rebocador Laurindo Pitta, da Marinha, que foi restaurado e hoje faz passeios pela Baía de Guanabara”, diz outro admirador da Tenente Loretti, o carioca (e ilhagrandense por opção) Marcos Velloso, dono do restaurante Almirantado, no Saco do Céu, que viveu muito anos no Abraão, vendo a lancha da janela de sua casa. “Até porque os dois barcos têm exatamente a mesma idade”. A diferença, no entanto, é que um está em perfeito estado (e ganhou a justa classificação de “histórico”) enquanto o outro, atualmente, não passa de um “barco velho”, na opinião de quem o vê abandonado no cais de Angra. A lancha que, no passado, ajudou tanta gente da Ilha Grande, agora clama por ajuda. Ah, se o Constantino estivesse vivo... E NJOO Como conviver bem com O MAL DO MAR Dependendo da situação, a grande maioria das pessoas enjoa no mar. E o maior problema é que, depois que o mal-estar começa, não há remédio que dê jeito. Mas prevenir é possível. Veja como Por Regina Hatakeyama S ó quem já sentiu na própria pele — ou, melhor dizendo, no estômago, embora o principal causador não seja ele — o desconforto causado pelo balanço intermitente de um barco na água, sabe o quanto o enjoo incomoda. E raros são os que nunca sentiram isso, já que a grande maioria das pessoas enjoa no mar. Mas só mesmo quem já teve vontade de se atirar na água e voltar nadando em busca de alívio imediato sabe, de fato, o quanto o enjoo no mar pode perturbar — bem mais do que apenas “incomodar”. Quando isso acontece, tudo o que se quer é sair dali. E uma pergun- ta fica martelando na cabeça: por que eu vim? Geralmente, o enjoo começa com um ou outro bocejo, acompanhado de uma leve tontura. Em seguida, o rosto vai ficando pálido e o corpo, pesado, como se estivesse fatigado. Logo depois, vêm as náuseas — que tanto podem ser leves quanto evoluírem para o vômito, dependendo do organismo de cada pessoa. E o pior é que vomitar nem sempre traz alívio imediato. Muitas vezes, não traz alívio algum e ainda faz com que as outras pessoas também fiquem enjoadas. Ou seja, acaba o passeio de todo mundo e não apenas de quem está mareado. É um transtorno só. Náutica SudeSte 85 enjOO Além disso, surge uma sensação de cansaço, tão insuportável que tira a disposição até mesmo para conversar. Por isso, a pessoa enjoada quase sempre fica calada e recolhida num canto do barco (muitas vezes na cabine, o que é pior ainda, porque a falta de ventilação só agrava o mal-estar), na esperança de que o enjoo vá embora sozinho. Até porque a “vergonha” de estar naquela situação constrangedora, enquanto todos os outros a bordo se divertem, é ainda mais humilhante. Nessas horas, tudo o que se quer é chegar logo onde quer que seja ou tentar dormir, sonhando em acordar como quem desperta de um pesadelo. E xagero? Quem costuma sofrer deste mal, que os médicos chamam de “cinetose” ou “enjoo do movimento”, sabe muito bem que não existe exagero algum nisso. E quem já testemunhou alguém profundamente mareado a bordo sabe o quanto os outros passageiros sofrem junto. Seja pela preocupação com a vítima (que pode até desidratar seriamente, se não parar de vomitar, especialmente se for criança) ou porque o próprio passeio pode terminar mais cedo, justamente por causa disso — já que, às vezes, a única saída é retornar ao porto e desembarcar a pessoa. Mas, uma vez em terra firme, tudo passa em questão de minutos. Porém, nem todo mundo enjoa da mesma maneira. Há os que sentem apenas uma leve zonzeira, enquanto outros desabam logo nos primeiros balanços do barco. Estes, em geral, padecem do mal desde a infância, quando até as curvas de uma estrada sinuosa ou certos brinquedos de ação do parquinho de diversões transformavam-se em pesadelos instantâneos. 86 Náutica SudeSte A diferença é que, naqueles casos, bastava parar e descer. Já num barco fica mais difícil e, por isso, é preciso estar preparado para lidar com a própria propensão a enjoar. Antes de mais nada, é preciso saber que dormir pouco, beber muito ou comer exageradamente antes ou durante a saída de barco são um atalho certeiro para a indisposição. Além disso, recomenda-se evitar fumar, comer doces, tomar café ou qualquer outra bebida à base de cafeína, como a Coca-Cola, que, inclusive, erroneamente costuma ser sugerida como antídoto para os desarranjos estomacais. Nada poderia ser mais bombástico para um mareado… O correto é: quem costuma marear deve procurar um médico, que, muito provavelmente irá receitar um antiemético, nome que se dá aos medicamentos contra enjoo. Ele deve ser tomado bem antes de embarcar no barco, de preferência já no dia anterior, porque depois que o enjoo começa os remédios são de pouca serventia. O enjoo é o típico caso em que prevenir é mesmo o único remédio. Deve-se, também, ficar sempre fora da cabine e onde o balanço do barco seja menos perceptível, como na popa e jamais na proa. Mas é necessário fugir de cheiros fortes, como o de combustível ou comida, e tentar olhar só para o horizonte, evitando movimentar a cabeça. Outro cuidado importante é sentar-se perto da borda de sotavento (ou seja, por onde o vento “sai” do barco), para, caso precise vomitar, o vento levar tudo para a água — e não para dentro do barco, o que fatalmente fará com que os outros passageiros enjoem e até vomitem também. Entrar na cabine, ficar olhando para baixo ou tentar ler é tudo o que não se deve fazer. Procedimentos assim funcionam como um gatilho para o enjoo e levam, inevitavelmente, ao mal-estar estomacal, embora não exista nada de errado com o estômago e sim com o cérebro, porque é ele que está recebendo informações contraditórias, principalmente dos olhos e do labirinto, uma parte do ouvido responsável pelo equilíbrio do corpo. Assim, enquanto o labirinto informa ao cérebro que a cabeça está se Monica sobral “ Quando alguém no barco enjoa, todo mundo sofre. Ou, pior ainda, enjoa junto Náutica SudeSte 87 enjOO “ O que causa o enjoo é o desencontro de informações entre o que os olhos vêem e os labirintos dos ouvidos sentem movendo, os olhos mostram que tudo está parado. E é este conflito que embaralha o sistema nervoso central, que tem como uma de suas funções comandar os movimentos e a postura do corpo. O resultado dessa confusão é uma espécie de pane de comandos e uma série de alterações orgânicas, como contração do estômago, secreção de sucos gástricos, tontura, suor frio, mal-estar, vômitos, fraqueza e palidez — que podem piorar muito se o enjoo for prolongado e o mareado acabar ficando desi- dratado. Daí a recomendação de, após seguidos vômitos, servir água para a pessoa mareada. “A causa mais comum do enjoo do movimento é a hipersensibilidade do labirinto, mas o problema pode, também, ser provocado por uma labirintopatia, aquilo que de maneira geral chamamos de labirintite”, explica Fernando Ganança, especialista em otoneurologia, ciência que estuda a audição e o equilíbrio do corpo. “Mas este problema só é encarado como doença quando traz limitações sérias ao cotidiano da pessoa, como quando uma criança não consegue sequer ir para a escola sem ficar enjoada no carro”. Portanto, relaxe: não há nada de errado com o fato de você, eventualmente, ficar enjoado. Mesmo quem vive na água está sujeito ao “mal do mar”. Se serve de consolo, grandes navegadores também enjoam. Amyr Klink, por exemplo. Mas também é verdade que, com o tempo, o corpo se “acostuma” aos movimentos do barco e a pessoa passa a enjoar cada vez menos. Tanto que já existe até um tipo de treinamento para isso, chamado “reabilitação vestibular”. Remédios: para prevenir, não para remediar S e você sabe ou suspeita que pode ficar mareado, deve tomar algum remédio contra enjoo um bom tempo antes mesmo de embarcar. A tontura, náusea, suores frios, palidez e outros sintomas ligados ao enjoo do movimento são causados pelo aumento de uma ou mais substâncias no organismo, chamadas receptores neurais, como a dopamina, histamina, serotonina e acetilcolina, que afetam as estruturas relacionadas ao vômito e ao equilíbrio. São nestes receptores neurais que agem os medicamentos — boa 88 Náutica SudeSte parte deles vendidos livremente nas farmácias, embora com um ou outro efeito colateral. Por isso, o correto é sempre consultar previamente um médico, para que ele indique o medicamento mais eficaz e o modo mais seguro de usálo. Esta regra se aplica, também, aos medicamentos fitoterápicos e homeopáticos. Os primeiros podem provocar efeitos tóxicos, se não administrados corretamente. Já os homeopáticos podem simplesmente não surtir efeito algum — mas, em situações de emergência, podem ser tomados em conjunto com os convencionais, pois não ‘brigam’ com eles. De todos os medicamentos do gênero, o mais popular é o Dramin, que é considerado seguro, mas com o inconveniente de provocar sonolência, o que pode acabar com a graça dos passeios. Mas também são bastante usados o Dramamine, Plasil, Meclin, Stugeron e até Buscopan e Racutan. As reações (boas ou ruins) aos fármacos, contudo, variam de uma pessoa para outra. Por isso, algumas preferem alternativas como os adesivos de escopolamina, que liberam o medicamento gradualmente por até três dias, ou, ainda, acupuntura e outros métodos naturais. Certo mesmo é que não adianta tomar o remédio que for quando o enjoo já começou. O correto é tomá-lo sempre antes, bem antes, de embarcar, para dar tempo de fazer efeito. enjOO “ Para os que enjoam, uma boa notícia: já existem exercícios que “acostumam” o corpo aos balanços de um barco T rata-se de uma forma de terapia ainda pouco conhecida, baseada em exercicios frequentes para os olhos, cabeça e corpo, que estimulam a parte do labirinto que responde pelo equilíbrio — como uma espécie de simulação do balanço do mar. “Normalmente, são necessárias cerca de oito a doze sessões no consultório de um otoneurologista para surgirem os primeiros resultados”, diz Fernando Ganança. “Depois disso, o paciente aprende os exercícios e pode fazê-los em casa mesmo”. “Com a reabilitação vestibular, o organismo da pessoa se acostuma de tal forma com a movimentação que o balanço do barco vira apenas mais um deles e o corpo nem sente”, completa a otorrinolaringologista Maria Cristina Cury, professora da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. É um sopro de esperança para quem vive dependente de medicamentos contra enjoos (Dramin, adesivos de escopolamina, etc., etc.), que por atuarem no sistema nervoso quase sempre causam sonolência. E sonolência, tal qual o próprio enjoo, também tira a graça de qualquer passeio no mar. Portanto, o negócio é prevenir, porque, depois que o enjoo começa, nem remédio ajuda. Só mesmo voltar para terra firme. enjOO 1 15 Tome remédio contra enjoo no mínimo uma hora antes de embarcar, para dar tempo de fazer efeito, já que os medicamentos são preventivos, não corretivos. truques 2 para (tentar) não enjoar Durma bastante e bem no dia anterior e não tome nenhum tipo de bebida alcoólica na véspera. Cansaço e ressaca não combinam com o balanço do mar. 3 Alimente-se normalmente antes do passeio, mas sem exageros. Estômago cheio provoca enjoo. Vazio demais, também. 4 A bordo, evite gorduras, temperos, coisas demasiadamente salgadas ou bebidas com cafeína, como, por exemplo, Coca-Cola. Fumar também pode. 5 Evite entrar na cabine ou olhar para baixo. Pode dar tontura na hora. Se for sair para pescar, apronte todo o material antes de subir no barco. 6 Se tiver que entrar na cabine, evite fazê-lo no início do passeio, a fim de permitir que seu organismo, LINHA NÁUTICA O desumidificador de ar é responsável por proteger os equipamentos eletroeletrônicos e instrumentos, reduzindo a umidade. Minimiza a formação de zintabre (oxidação) nas conexões em geral. Além disso, evita a formação de bolor nos estofados, carpetes e outros utensílios no interior da embarcação. 11 5681-8000 www.thermomatic.com.br pelo menos, se acostume um pouco com o balanço do corpo. 7 Nem tente ler, fotografar, cozinhar, olhar pelo binóculo e ficar mandando mensagens pelo celular, porque tudo isso acentua o mal-estar. 8 Escolha um lugar confortável e bem ventilado do convés para ficar. Mas sempre do lado de fora! É melhor sentir frio do que ficar zonzo dentro do aconchego da cabine. 9 Mantenha o olhar fixo no horizonte, quando o barco estiver em movimento, sem ficar olhando para a água, e tente não pensar em nada. 10 Não tente ficar compensando o balanço natural do barco com o seu corpo. Faça como se estivesse montado num cavalo: suba e desça com o movimento dele. 11 Fique na popa, onde balança menos nos barcos pequenos, mas bem longe de qualquer tipo de fumaça de motor, o que, infelizmente, é frequente nas lanchas. 12 Só coma alimentos fáceis de digerir e em pequenas porções de cada vez, durante o passeio. E beba bastante água. Ficar sem ingerir nada deixa a pessoa debilitada. 13 Deitar logo após comer pode provocar náusea intensa. Dê um tempo após cada lanche. Mas, se o enjoo apertar, deite e fique de olhos fechados. 14 Se enjoar, tente dormir. O sono ajuda a recuperar as forças, faz passar o tempo e permite conviver melhor com o mal-estar. 15 Se resolver dar um mergulho no mar, evite beber água salgada, porque ela costuma provocar enjoo imediato — apesar de muitas pessoas dizerem o contrário. O que pode e o que não pode! ExERcíciOs cOntRa O EnjOO o que você pode praticar, em casa, para não sofrer no barco As comidinhas e bebidas que fazem bem — ou bem mal — para os mareados 94 Pode Não Pode Pão Salgadinhos Bolacha água e sal Biscoitos em geral Banana Doces em geral Melão Carne Granola Maionese Arroz Camarão Água sem gás Cerveja Suco de fruta Refrigerante Água de coco Bebidas destiladas Náutica Sul 1 Com a cabeça fixa, movimente seguidamente, por dez vezes, os olhos para a direita e a esquerda. Depois, repita o exercício erguendo os olhos para cima e para baixo. 2 Com um dos braços estendido, aproxime e afaste o dedo indicador do nariz, acompanhando o movimento com os olhos. Faça isso até que sinta um ligeiro desconforto, ou seja, quando seu braço começar a perder força e coordenação. 3 Movimente a cabeça alternadamente para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo. Faça isso o mais rápido que conseguir. 4 Dando uma de malabarista, jogue uma pequena bola de uma mão para a outra, fazendo-a passar por cima da cabeça. O mais importante é acompanhar os movimentos da bola com os olhos. 5 Com um dos braços estendidos, acompanhe com os olhos e a cabeça fixa, o dedo indicador em um movimento que descreva um grande círculo, nos sentidos horário e anti-horário. 6 Sentado, jogue uma bolinha para cima, pegando-a com a mesma mão. Acompanhe o movimento com os olhos. Faça isso 20 vezes. E repita o processo em pé. ilustrações andre valente enjOO 7 Novamente de pé, jogue a bolinha na parede e pegue-a de volta, sem desgrudar os olhos dela. 9 8 É o exercício mais simples — e o mais cansativo. Sente e levante de uma cadeira por dez vezes seguidas. Fique descalço e ande em linha reta, tomando o cuidado de manter a cabeça erguida e olhando sempre para a frente, como uma modelo na passarela. Faça isso entre três e cinco minutos. 10 Em seguida, sem parar, ande por mais alguns minutos em linha reta, olhando para os lados, alternadamente para a direita e a esquerda. 12 11 Continue andando em linha reta, só que agora olhando para cima e para baixo, alternadamente. De pé, levante um dos joelhos e passe uma bolinha por baixo da coxa. Repita o movimento, com o lado oposto. Náutica SudeSte 95 enjOO Enjoo: o que é mito e o que é verdade? Embarcar de estômago vazio evita o enjoo. MiTo O certo é alimentarse normalmente antes, mas apenas com refeições leves. Fechar os olhos diminui o desconforto causado pelo enjoo. VErDADE porque cessa o conflito entre as informações vindas da visão e do labirinto. Beber refrigerante alivia a náusea, já que provoca arrotos. MiTo As bebidas gasosas aumentam a sensação de estômago cheio e, por isso, fazem o enjoo piorar. É possível habituar-se ao balanço dos barcos. VErDADE porque, com o tempo e as saídas frequentes de barco, o organismo se adapta aos estímulos que provocam o enjoo do movimento. Os medicamentos são inúteis depois que o enjoo já começou. VErDADE Eles devem ser tomados preventivamente antes dos estímulos conflitantes que desencadeiam o enjoo. Depois, pode ser difícil até reter o medicamento no estômago. Bebês não sofrem de enjoo causado pelo movimento. VErDADE Crianças recém-nascidas não têm, ainda, o sentido da visão completamente desenvolvido e, por isso, não sofrem com o “equívoco” das informações. Conversar evita enjoar. MiTo Conversar apenas distrai. Mas pode atenuar o desconforto se a pessoa ficar olhando para fora do barco e não para a outra pessoa diretamente. Pilotar o barco é bom para combater o enjoo. VErDADE porque o piloto tem o controle parcial da situação e isso ajuda a diminuir o conflito de informações que gera o enjoo. Tudo para WAKEBOARD www.wakenaveiaboats.com.br • www.wakenaveia.com.br • 11 5506.5860 • 11 5507.3307 supioga sup zen É fotos divulgação Rio visto de outRo jeito Para a maioria das pessoas, subir na prancha já é difícil, que dirá plantar uma bananeira! Mas Bianca Guimarães faz isso com naturalidade, e usa o equilíbrio da ioga para neutralizar a natural instabilidade da prancha. Ela pratica o supyoga em qualquer água. Até nas da Baía de Guanabara 98 Náutica sudeste Além de cAmpeã nAs competições de stAnd up pAddle, A mineirA BiAncA uma mistura, a princíG u i m A r ã e s é , tA m B é m , p i o n e i r A pio, incompatível: a da insn o B r A s i l d o s u p yo G A , A tabilidade das pranchas de stand up paddle com a precisão da ioga, que exige, improvável união acima de tudo, muito equilíbrio. Mas é justamente na dA io GA com combinação destas duas características antagônicas que reside a essência — e o maior benefício para a saúde física e A prAnchA mental — da mais nova, digamos assim, “atividade náutica” do de sup país: o supyoga, a improvável união da ioga com as pranchas de sup, cuja pioneira e maior praticante da novidade no Brasil é a bonita mineira de Belo Horizonte, Bianca Guimarães, uma campeã das corridas de stand up paddle que resolveu levar os movimentos da ioga para cima de uma prancha e assim criar uma nova atividade para ser feita na água. E que, com treino e persistência, permite executar movimentos assim... supyoga fazendo aRte A Lagoa dos Ingleses, em Minas Gerais, é onde Bianca mais pratica o supyoga, cujo segredo está na respiração e não na força 100 Náutica sul sudeste “ O objetivo é executar os ássanas da ioga sobre uma prancha instável, já que ela fica sobre a água. Para Bianca, algo fácil Náutica sudeste 101 supyoga O supyoga é difícil? Não vou dizer que é fácil nem que se aprende na hora. Mas, com algum treino, qualquer pessoa que já pratique ioga consegue e até os iniciantes chegam lá, depois de algum tempo. Eu mesma achava impossível fazer uma invertida, como é chamado, na ioga aquele ássana que as pessoas costumeiramente chamam de “ficar de cabeça pra baixo”, até que comecei a tentar reproduzir sobre a prancha o que fazia no solo. Pensei: se consigo fazer isso no chão, por que não na prancha? E o desafio me levou a conseguir. A ioga é isso: usar a mente para controlar o corpo. Ele faz o que ela manda. Mesmo que, a princípio, pareça algo impossível. Mas as posições não parecem nada fáceis… Fáceis, fáceis, nem todos os ássanas são, mas é só uma questão de treinamento, persistência e controle da mente. Alguns, nem eu ainda consigo fazer sobre a prancha, como a parada invertida sobre os antebraços. Mas sei que, se continuar tentando, conseguirei. Outros ássanas de força, como o apoio do corpo apenas sobre as mãos, também cansam um pouco no começo, mas o corpo humano tem uma capacidade impressionante de superação. Basta estimulá-lo. Qual a maior vantagem de fazer ioga sobre uma prancha? A instabilidade natural da prancha sobre a água exige ainda mais equilíbrio, potencializando a autoconfiança e a consciência corporal. Além disso, a respiração abdominal, que é a correta para qualquer pessoa, é exigida mais intensamente do que nos ássanas no solo, para controlar o equilíbrio do corpo sobre um meio líquido e em movimento — portanto, bem mais desafiador do que sobre o tapete. Com isso, a pessoa aprende a respirar direito mais rapidamente, além de trabalhar intensamente a musculatura do abdomen, o que é o sonho de todo mundo preocupado em perder a barriga (rindo). A respiração é o segredo do supyoga. É ela que dá o equilíbrio ao corpo — não os braços ou as pernas. sup na natuReza O contato direto com a água e a possibilidade de executar os ássanas em paisagens como estas tornam o supyoga ainda mais gostoso do que no solo De que forma o supyoga pode ajudar quem já rema sobre uma prancha? Na força, na resistência e, principalmente, no equilíbrio. Quem pratica supyoga cai bem menos da prancha — geralmente nem cai, mesmo que a água esteja agitada. Eu descobri isso no dia que venci minha primeira competição de stand up paddle, o que aconteceu logo na minha estreia no esporte. O mar estava bem agitado e todas as meninas, em algum momento, caíram na água. Menos eu, que, por isso, venci a prova. Supyoga é atividade ou esporte? “ Na água, a ioga potencializa os benefícios, porque desenvolve ainda mais o equilíbrio 102 Náutica sudeste Atividade. Como a própria ioga, que não tem propósito competitivo, ao contrário das corridas de sup, que são puro esporte. A única competição da ioga é com você mesmo, usando a força da mente. Náutica sudeste 103 supyoga “ de peRnas pRo aR Entre um movimento e outro, Bianca não desce da prancha. nem sequer se molha 104 Náutica sudeste A ideia de levar a ioga para cima de uma prancha de sup veio para melhorar o condicionamento físico Náutica sudeste 105 supyoga O que é melhor: ioga ou supyoga? O supyoga permite praticar yoga num ambiente mais agradável, sob ar puro e em contato direto com a água, o que revitaliza e renova as energias. Você sente o vento e vê a natureza ao seu redor. Outro dia, havia uma tartaruga nadando em volta da minha prancha. Quando saio da água, me sinto revigorada e nem um pouco cansada. Aliás, o objetivo do supyoga não é cansar e sim relaxar. Por isso, sempre medito um pouco antes e depois dos exercícios, mas em cima da própria prancha. É muito relaxante e gostoso. Mas o melhor de tudo é que o supyoga une as duas coisas, na mesma atividade. É uma atividade altamente saudável e explico isso no meu site, o www.supyogabrasil.com.br. Eu uso o supyoga como treinamento e aperfeiçoamento para as competições de stand up paddle. Costumo dizer que no supyoga você respira energia e expira equilíbrio, o que tem tudo a ver com a água. Guia de Barcos 2014 Já nas bancas O que as pessoas falam quando veem você de cabeça para baixo na prancha? Elas ficam curiosas e se aproximam, pensando que é coisa de circo (rindo). Até o pessoal dos barcos chega perto. Mas prefiro praticar o supyoga em locais tranquilos, porque o movimento na água atrapalha o equilibrio e também porque ele exige concentração, já que envolve, também, meditação. Não é algo que se faça para dar espetáculo e sim prazer pessoal. A prancha para supyoga é diferente das convencionais? Não precisa ser, mas é claro que uma prancha mais larga e com a borda mais alta ajuda nos movimentos. Se ela tiver bico arredondado, melhor ainda, porque terá mais estabilidade. A minha eu uso tanto para praticar o supyoga quanto competir nas provas. Quem já tem uma prancha de sup não precisa comprar outra só para fazer os exercícios. Com qual frequência você pratica o supyoga para manter a forma? “ Comecei a fazer ioga há apenas cinco anos e a remar com uma pancha de stand up paddle há três. Portanto, ninguém precisa ter larga experiência nas duas coisas para praticar o supyoga. Atualmente, tento fazer alguns minutos de alongamento, meditação e movimentos da ioga no solo diariamente e vou para a água da Lagoa dos Ingleses, aqui perto de Belo Horizonte, três vezes por semana. Mas ninguém precisa ter o mar ou uma lagoa por perto para praticar o supyoga — uma boa piscina já basta, desde que a prancha fique longe das bordas. Porque, no começo, todo mundo cai. Como também cai quando se está aprendendo a remar. O negócio é ter força de vontade e não desistir jamais. O que parece impossível, muitas vezes, é apenas uma questão de persistência. Antes dos movimentos, Bianca alonga. Depois, medita. Tudo sem sair de cima da prancha 106 Náutica sudeste A mais completa publicação sobre barcos nacionais e estrangeiros. Tudo sobre as lanchas, veleiros, jets e infláveis à venda no Brasil, além de marinas, equipamentos e os principais estaleiros no país. Adquira no site: www.shoppingnautica.com.br/guiadebarcos Você e seu barco 3 dúvidas que os pais sempre têm 1 É perigoso? Não, desde que as normas de segurança sejam respeitadas e os professores, preparados. Mas é comum que algumas crianças tenham receios iniciais tão intensos quanto os de alguns pais, por ficarem sozinhas no barco. Mas isso logo passa, nas primeiras aulas. Para filhos e pais. alberto sodré Lugar dE crIaNça é Na água! As principais escolas que ensinam os pequenos a velejar e outras coisas mais V elejando, uma criança convive com a natureza, ganha autoconfiança, faz novos amigos e pratica atividade física. Por isso, cada vez mais, mesmo os pais que não têm barco nem muita afinidade náutica andam matriculando seus filhos em escolinhas de vela. Qualquer criança, menino ou menina, a partir dos 7 anos já pode aprender a velejar e, ao contrário dos que os pais tanto temem, não há riscos de afogamento, porque as boas escolinhas tem know how nisso e colocam a segurança acima de tudo — também como outro aprendizado para os pequenos. Quase sempre o Optimist, um pequeno barco com formato de caixote e pou108 Náutica SudeSte ca área vélica, serve de porta de entrada para as crianças no mundo da vela. Seguro, estável e barato, ele não permite grandes velocidades e, por isso, é um veleiro de iniciação por excelência. Por isso, convém checar o histórico da escola (que precisa ser reconhecida pela Marinha), ter bons barquinhos e equipamentos de segurança em perfeito estado. Algumas informações podem ser obtidas nos sites ou pelo telefone, mas é fundamental visitar o local. Em geral, escolas mais antigas têm um modelo pedagógico mais consolidado e professores com melhor didática. As aulas devem ser práticas e teóricas. Mas, quanto menor for a criança, mais práticas devem ser as aulas. “O sucesso do velejador está na perfeita harmonia com o vento, com a água e com o barco, ao contrário de outras atividades em que se compete para saber quem corre mais, quem faz mais gols ou mais pontos”, diz a psicanalista Silvana Rabelo. “E isso agrada até os não competitivos. Quem não conhece bem o mundo da vela, pode julgar que velejar é uma atividade cara. Mas não é nada disso. Um cursinho para crianças, em São Paulo, custa, em média, R$ 300 por mês, o que é pouco para o muito que a criança aprende. E não apenas sobre barcos. eSColA CidAde Preço Médio ContAtoS Yacht Club Santo Amaro São Paulo r$ 350 mensalidade www.ycsa.com.br Yacht Club Paulista São Paulo r$ 300 mensalidade www.ycp.com.br 11/5687-8847 11/5514-6911 Marina Sylvestre São Paulo r$ 500 curso escola Bl3 Ilhabela r$ 850 curso Búzios Vela Clube Búzios r$ 700 curso www.buziosvelaclube.com.br Clube naval Charitas Niterói r$ 200 mensalidade www.cncharitas.com.br C&l Vela rio de Janeiro r$ 1 200,00 curso www.clvela.com.br iate Clube rio de Janeiro rio de Janeiro r$ 350 mensalidade 11/3798-0055 www.auladevela.com.br 12/3896-5885 www.bl3.com.br 22/2623-0508 21/2109-8100 21/2556-1720 21/3223-7200 2 Aula em turma ou sozinho? Em turma é sempre mais divertido. Mas, quanto mais alunos, mais a atenção do professor ficará dividida. O ideal é até quatro alunos por professor. 3 No mar ou na represa? Não importa. Importante é começar em águas tranquilas, com pouca correnteza, para se familiarizar com o barco. Nas represas, há maior variação de rajadas. Já no mar, aprende-se a trabalhar com correntes e marés. O ideal é unir as duas coisas. www.icrj.com.br Náutica SudeSte 109 Você e seu barco Fogo o pior risco na água 15 cuidados para evitar o inimigo número um dos barcos — que, não, não são os naufrágios! E se o fogo começar? O ABC da emergência A B C Desligue imediatamente a chave geral do barco Corte a passagem de combustível para o motor Dispare o extintor e feche o ambiente, para abafar o fogo 110 náutica sudeste 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Antes de dar a partida no motor, respire fundo. Se sentir cheiro de combustível a bordo, não ligue. Se o barco tiver motor de centro, instale um exaustor no paiol, para eliminar os vapores do combustível, principal risco de explosões. Jamais guarde gasolina nos paióis, especialmente dentro de embalagens plásticas, que nem de longe são apropriadas para isso. Nada de gambiarras na parte elétrica do barco. Fios e conectores são os principais gatilhos na maioria dos incêndios a bordo. Curto-circuitos são a principal causa de incêndios em barcos. E os maiores motivos, mal estado dos fios e sobrecarga de energia. Todos os fios devem ser estanhados, para evitar a corrosão. E os circuitos devem ser protegidos por disjuntor ou fusível. O motor de arranque precisa ter fusível próprio, para que, em caso de pane, não haja curto-circuito. A bateria deve ficar longe do motor, bem presa e sempre acima da linha d’água do casco. Bateria solta e molhada é risco na certa. O melhor conteúdo náutico, agora no seu iPad. Baixe agora a versão digital para iPad da Revista Náutica. Toda a informação que você já conhece em 26 anos de história com muita interatividade através de vídeos, galeria de fotos e outros conteúdos exclusivos. Álcool perto da churrasqueira e da cozinha é sempre um perigo. Mantenha-o longe e prefira o gel em vez do líquido. Botijões de gás, quando inevitáveis a bordo, devem ficar nas áreas externas do barco, mas protegidos do sol. Mantenha sempre um extintor perto do piloto. Nos barcos maiores, o ideal são três: um com ele, outro na proa e um terceiro na popa. Os tanques de gasolina devem ficar bem afastados do motor, a fim de evitar o contato com o calor gerado por eles. Prefira tanques de alumínio ou polietileno. Os de aço inox podem causar vazamento nas soldas se as chapas forem finas demais. Vistorie todas as braçadeiras das mangueiras por onde passa o combustível a cada seis meses. E use duas em vez de apenas uma. Se permitir que fumem a bordo, faça com que isso aconteça apenas do lado de fora, jamais dentro da cabine. www.nautica.com.br facebook.com/revistanautica Você e seu barco Já nas bancas! 3 nós para nunca esquecer No barco, eles são tão importantes que todos deveriam saber fazer 1 Nó de defensa Além de prender os protetores de casco (defensas), serve para qualquer tipo de amarração. Tempo para aprender: 1 minuto 2 Volta de cunho É o que se usa para amarrar um cabo a um cunho. Tempo para aprender: 1 minuto 3 Lais de guia Para fazer alças e para prender o cabo em qualquer lugar. Tempo para aprender:: 2 minutos A Revista Mergulho é leitura indispensável para o amante do mundo subaquático. Conheça animais e lugares exóticos, mergulhe na história através dos naufrágios, conheça os segredos do fundo do mar. Dicas de viagens, equipamentos, cursos e principais acontecimentos. Classificados veleiros alaDin 30 2012. Motor Yanmar 3ym20, 21 hp. R$ 190.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/9723-0626 c/ Walter. magnum 595 1995, 19 pés, motor 85 hp, R$ 14.000,00, Igaratá, SP, Tel. 11/99573-1310 c/Isaac. bb 36 1999. Motor Yanmar 3JH4SD. R$ 205.000,00. Niterói, RJ, 21/8667-9853 c/ Alexandre. bb 35 1999. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 180.000,00. Santana de Parnaíba, SP. Tel. 11/99934-0389 c/ Leonel. Dakini R$ 90.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9125-7209 c/ José Soares. Fast 230 1981. Motor Evinrude 8 hp. R$ 33.000,00. Campinas, SP, Tel. 19/8177-0885 c/ Jorge atoll 23 Motor Mercury, 15 hp. R$ 36.000,00. São Paulo, Tel. 12/8100-2755 c/ Ricardo. alaDin 30 1997. Motor Yanmar, 21 hp. R$ 200.000,00. Guarujá, SP. Tel. 13/8125-0404 c/ Manoel. Drakkar Viking R$ 59.000,00. Vitória, ES, Tel. 27/92970282 c/ Rodrigo Silva. Caribe 16 Motor Mercury 3.6 hp. R$ 10.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7877-3593 c/ Rodrigo. 8 dúvidas na hora de comprar um barco O que convém saber antes de escolher 114 Náutica sudeste 1 brasília 32 1990. Motor Volvo Penta, 18 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP. Tel. 12/8179-0707 c/ Rogerio. Pomar 26 Motor Mercury 8 hp. R$ 40.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9846-0009 c/ Roberto Rodrigues. Fast 395 R$ 250.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9982-8144 c/ José Luiz. Pomar 18 1984. R$ 11.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9975-6540 c/ Otavio. bruCe Farr 38 Motor 36 hp. R$ 180.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9604-7674 c/ Renan Comprar antes ou depois do verão? Após o verão, os preços dos barcos usados tendem a baixar um pouco. Mas você perderá a melhor época para usá-lo. Nem sempre vale a pena esperar. 2 Cal 9.2 1987. 28 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, Tel. 13/9751-9640 c/ Carlos. Com broker ou diretamente? Os brokers têm conhecimento do mercado náutico e podem apresentar boas opções, além de dar orientação para a compra. Mas se você prefere agir sozinho, frequente marinas e clubes náuticos e converse bastante com marinheiros e donos de outros barcos, antes de escolher. 3 Novo ou usado? Um barco novo você pode montar da maneira que quiser, escolhendo o motor e os equipamentos. Também terá a certeza da procedência, garantia e ainda pode pagar a prazo. Já a principal vantagem do barco usado é o preço (bem) mais acessível. E na hora de revender você não perde tanto dinheiro. No entanto, quase sempre tem que pagar à vista. 4 A vela ou a motor? Veleiros exigem muito mais conhecimento, ou seja, será necessário aprender a velejar. Eles não fazem barulho, tornando a navegação mais brasília 23 R$ 36.000.00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9987-6022 c/ Luís Fernando. brasília 32 1980. Motor Volvo, 17 hp. R$ 90.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 11/7683-1385 c/ Luis. prazerosa, porém são também mais lentos, impossibilitando visitar vários lugares no mesmo passeio. Já com os barcos a motor o custo é mais alto, tanto para comprar quanto para manter. 5 À vista ou parcelado? Não empate todo o seu dinheiro na compra de um barco. Até porque você terá que gastar com equipamentos (no caso de modelos novos) ou com pequenas reformas (no caso dos usados). A maioria dos estaleiros oferece opção de parcelamento, com taxas especiais. Mas se for um usado, compre à vista, já que, parcelado, os juros são altos. 6 atoll 23 Motor Marine 5 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98175-6947 c/ Paulo. Proa aberta ou fechada? A maioria das lanchas pequenas, de até 23 pés, tem a proa aberta. Com elas, os passeios ficam bem mais ao ar livre, mas não podem ser muito longos. Já as lanchas com cabine, ou de proa fechada, permitem até dormir a bordo e tendem a ser mais confortáveis. 7 Motor de popa ou de centro-rabeta? Motor de popa é mais barato, não ocupa espaço a bordo e tem manutenção mais fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais econômico, mais silencioso, facilita as atracações de popa, dá mais estabilidade ao casco, além de valorizar o barco. Mas custa mais caro, embora parte do que você paga a mais, recupera na hora de vender o barco. 8 A diesel ou a gasolina? Se a lancha for usada para esquiar, o motor deve ser a gasolina para dar arrancadas mais rápidas. Por outro lado, o consumo e a autonomia são bem melhores com diesel. No momento da compra, o motor a gasolina leva vantagem, pois é mais barato. Em compensação, na manutenção, os motores a diesel são melhores. Náutica sudeste 115 Classificados Catamarã 53 Pés 2008. Motor Yanmar , 2 x 75 hp. R$ 389.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/38366533 c/ Armando. bruCe roberts 45 m 2000. Motor Yanmar 4JH2E. R$ 450.000,00. Santos, SP, Tel. 13/3224-1426 c/ Meire. beneteau First 47.7 2001. Motor 75 hp. R$ 640.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9828-5968 c/ Rocco. Delta 26 1994. Motor Volvo série 2000. R$ 98.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/993626000 c/ Adilson. mJ 33 2003, motor 20 hp, R$ 170.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/99937-6043 c/ José Luiz. Paturi 16 1988. Motor Suzuki 6 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99525-2350 c/ Idemir. Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando. Delta 26 1994. Motor Volvo Penta. R$ 100.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8223-3334 c/ Dariel. Veleiro 20 Pés 1989. Sem motor. R$ 23.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99190-2318 c/ Rafael. J/24 1978. Motor Mariner, 8 hp. R$ 48.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8766-4512 c/ Roberto. Delta 32 2007. Motor Yanmar. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 12/9738-6667 c/ Amador. bimini 16 2000. Motor Johnson 70 hp. R$ 19.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98565-7777 c/ Roberto. Velamar 34 1988. Motor 40 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99181-9383 c/ Andre. main 35 1993. Motor Volvo Penta, 28 hp. R$ 170.000,00. Sao Paulo, SP. Tel. 11/985362204 c/ Gianfranco. Catamarã 37 Pés em Construção 1980. Motor Control, 45 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/8294-4558 c/ Ricardo. kalmar k8 2010. Motor Yanmar 15 hp. R$ 160.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8833-3001 c/ Luís Carlos. triniDaD 37 1986. Motor Yanmar 33 hp. R$ 155.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9989-5154 c/ Marcello. Fast 29,5 1999. Motor Mariner 175 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7887-7958 c/ Genival. Fast 345 1985. Motor Volvo, 29 hp. R$ 135.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/98518-0357 c/ Marcos. Fibramar 30 1983. 20 hp. R$ 50.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7890-8654 c/ Walmir. Quanto custa cada pé? Preços médios para lanchas nacionais com pouco tempo de uso e motorização padrão alaDim 30 2004. Yanmar 27 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98354-3254 c/ Ricardo. Velamar 26 2013. Motor Mercury 8 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9794-9990 c/ Arthur. 16 a 19 pés Lanchinha de proa aberta, sem maiores luxos Até 60 R$ mil 116 Náutica sudeste moD YaCHt 30 1989. Motor 29 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, Tel. 12/9708-9133 c/ Dorval Antonio. Hobie Cat 16 2006. R$ 12.000,00. Vila Velha, ES. Tel. 27/8135-8766 c/ Gunter. Cal 9.2 1987. Motor Mold 22 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5517-8282 c/ Viau. new ZellanD 24 1993, motor 5 hp, R$ 38.000,00, Vitória, ES, Tel. 27/9874-2610, c/ Luiz Henrique Paturi 28 Motor Suzuki 8 hp. R$ 58.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99984-6827 c/ Paulo Barros. 20 a 22 pés Lancha de proa aberta ou fechada, com banheiro Até 80 R$ mil ranger 22 1980. Motor Mercury 5 hp. R$ 25.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/6885-4049 c/ Benedito. 23 a 25 pés Proa aberta ou com pequena cabine e banheiro Até R$ 110 mil Veleiro transoCeÂniCo 37 Pés 1973. 30 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98444-7780 c/ Gabriel. 26 a 28 pés Com cabine para pernoite de duas pessoas Até 29 a 31 pés Cockpit e cabine já de tamanho médio Até R$ R$ 200 mil 300 mil 32 a 34 pés Cabine completa, com pernoite para quatro pessoas Até R$ 390 mil main 35 1992. Motor Volvo , 36 hp. R$ 145.000,00. Santos, SP. Tel. 13/3273-9467 c/ Paulo. 35 a 37 pés Camas para quatro pessoas e demais cômodos Até R$ 500 mil 38 a 40 pés Com ou sem flybridge e cabine já espaçosa Até R$ 690 mil Fast 260 1998. Motor Mercury 15 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97236-0156 c/ Mauricio. 41 a 43 pés Com flybridge e camarotes para seis pessoas Até R$ 850 mil 44 a 46 pés Com flybridge e cabine completa, com dois banheiros Até 47 a 49 pés Com flybridge, cabine completa e mais espaço a bordo Até R$ milhões R$ milhões 1,5 2,5 Náutica sudeste 117 Classificados laNchas skiPPer 21 2001. Motor Mercury, 5 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/97242-4669 c/ Bernardo. As lanchas usadas mais procuradas (em ordem de tamanho) brasília 23 1981. Motor Mariner 8 hp. R$ 36.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2490-1684 c/ Luís Fernando. bb 36 2003. Motor Yanmar 27 hp. R$ 290.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9651-3198 c/ Arnaldo Turtelli. MODELO Velamar 33 1979. Motor 46 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-5892 c/ José Carlos. lanCHa 30 Pés R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/91730161 c/ Angelo Santos. Catamarã 26 Pés 2012. Motor Mariner 75 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3848-1510 c/ Yamandu. Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando. PanDa 34 1980. Motor Volvo. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 13/3222-8664 c/ Ronei. trimarã 24 Pés 2001. Motor Yamaha, 4 hp. R$ 19.100,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/6872-6200 c/ Henrique. Velamar 31 1986. Motor Yanmar, 28 hp. R$ 99.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8895-6577 c/ Carlos. Catamarã 30 Pés 2007. Motor Evinrude 75 hp. R$ 290.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/88127656 c/ Mauricio. lanCHa HD 24 2002. Mercury 200 Optimax. R$ 55.000,00. Cabo Frio, RJ, Tel. 21/9186-2446 c/ Priscilla. Carbrasmar 32 1987. Motor Volvo, 27 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea Intermarine 440 Full R$ 500 000 DM 38 R$ 200 000 Magnum 39 R$ 200 000 Oceanic 36 R$ 300 000 Runner 330 R$ 150 000 Carbrasmar 32 R$ 170 000 Phantom 290 R$ 240 000 Cimitarra 270 R$ 130 000 Focker 255 R$ 100 000 Real Summer 22 R$ 40 000 Ventura 230 R$ 50 000 Focker 222 R$ 60 000 alFa 300 2010. Motor Volvo Penta, 300 hp. R$ 230.000,00. Campinas, SP. Tel. 19/37053000 c/ Francisco. 42 oFFsHore 2013. Motor Cummins, 2 x 350 hp. R$ 650.000,00. São Bernardo do Campo, SP. Tel. 11/9953-23436 c/ Ademar. Veleiro 20 Pés 2012. Motor Mercury 8 hp. R$ 22.900,00. São Paulo, Tel. 12/9703-5011 c/ Anderson. real 26 Class 2011. Motor Mercury, 225 hp. R$ 135.000,00. Niterói, RJ, Tel. 21/8420-5898 c/ Michelle. magnum 39 sPort 2013. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98501-1369 c/ Angelo. Cruiser 24 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 12/8231-3200 c/ Marcos Dertinati. Velamar 32 1986. Motor Volkswagen, 48 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea. o’ DaY 23 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 14/3354-9600 c/ Maurício. Velamar 29 1983. Motor Volvo Penta 2002, 18 hp. R$ 85.000,00. Vitória, ES. Tel. 27/9932-9417 c/ Péricles. 118 Náutica sudeste PREÇO MÉDIO Fast 395 1991. Motor Yanmar, 40 hp. R$ 250.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea. PHantom 260 2008. Motor Mercury, 260 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/982025184 c/ Luís Fernando. braVa 35 2008. Motor Mercury, 300 hp. R$ 290.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/987680000 c/ Cleomar. rio 20 1995, motor 5 hp, R$ 18.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/3297-7024 c/ Carlos PHantom 500 FlY 2009. R$ a combinar. Bauru, SP, Tel. 14/8144-8793 c/ Airton. roC 129 1977, motor 56 hp, R$ 160.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/98556-8242 c/ Ana Velamar 26 1987. Motor 15 hp. R$ 40.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99408-5912 c/ Augusto. Cobra link 2004. Motor MWM Sprint, 260 hp. R$ 100,000.00. Ubatuba, SP, Tel. 12/7816-7341 c/ Antonio. brasília 32 1980, motor 110 hp, R$ 80.000,00, Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7740-2165 c/ Hallan FliPPer 18 2012. Motor de popa 60 hp. R$ 19.800,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7901-3722 c/ Ronaldo. baYliner CaPri 2252 1997. Motor Mercruiser, 210 hp. R$ 49.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/91049209 c/ Reynaldo. Carbrasmar DouraDo 1998. Motor 2 x 85 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99707-8737 c/ Albano. Náutica sudeste 119 Classificados 5 mandamentos do bom comprador Carbrasmar ub 25 original 1991. Motor Evinrude E-tec, 250 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7806-5101 c/ Vinicius . intermarine 55s 1999. Motor Mercedes, 720 hp. R$ 990.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/975990790 c/ Marcello. Cabrasmar 30 2003. Motor Mercedes-Benz, 2 x 320 hp. R$ 275.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/999994796 c/ Thomas. rinker 190 mtX 2011. Motor Mercury, 190 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99420-9924 c/ Armindo. 1 Ventura 190 2006. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 41.000,00. Minas Gerais, Tel. 34/9117-8283 c/ Ismael. se for um mecânico) para fazer uma avaliação do barco. Mas não o critique na frente do dono. 3 o real Power 29 2009. Motor Mercruiser, 260 hp. R$ 100.000,00. Taubaté, SP, Tel. 12/9132-1999 c/ Ricardo. Carbrasmar Xaréu 22 1978. Motor Mercury, 200 hp. R$ 40.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9974-6886 c/ Hamilton. luna 200 Motor Johnson, 175 hp. R$ 41.000,00. São Paulo, Tel. 14/9701-7575 c/ Claudis Luiz. Cigarette 1992. Motor Volvo, 2 x 210 hp. R$ a combinar. Santos, SP, Tel. 13/9764-2626 c/ Roberto. o Faça contrapropostas, se for o caso, mas não pechinche demasiadamente nem desmereça o real valor do barco. PHantom 300 2010. Motor 150 hp. R$ 340.000,00. Caraguatatuba, SP, Tel. 12/3886-6100 c/ Marcos. 5 CorisCo 20 1996. Motor Mercury,135 hp. R$ 16.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9806-5485 c/ Pedro. FoCker 200 2008. Motor Fibrafort, 150 hp. R$ 59.000,00 São Paulo, SP, Tel. 11/981824030 c/ João. Cobra marbella 22 2011. Motor Etec BRP, 150 hp. R$ 42.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/7867-4022 c/ Sergio. FisHing 21 2001. Motor Evinrude, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza. Carbrasmar 32 2013. Motor Mercedes-Benz, 2 x 250 hp. R$ 650.000,00. Vinhedo, SP. Tel. 13/9139-3198 c/ Jorge. Ao navegar, preste bastante atenção ao desempenho, mas não exija demais do barco, porque — de novo! — ele ainda não é seu. 4 Cigarette 36 1990. Motor 200 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99916-9141 c/ Pascoal. Ventura 265 ComFort 2010. R$ 140.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98208-5378 c/ Gustavo. o Leve alguém de sua confiança (especialmente Cigarette 36 1991. Motor Volvo Penta, 2 x 200 hp. R$ 105.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7888-1968 c/ André. Carbrasmar 1980. Motor 875 hp. R$ 950.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3812-5353 c/ Ronald. Deixe a família em casa na hora de fazer o test drive. Lembre-se de que não é um passeio e que o barco ainda não é seu! 2 luna 200 1997. Motor Mercury,150 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, Tel. 16/9704-2225 c/ Dante. Fast 27,5 Motor Yamaha 4 tempos, 2 x 150 hp. R$ 90.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 21/2422-0425 c/ Roberto. Dm 28 2008. Motor Mercury, 315 hp. R$ 132.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/87644482 c/ Luciano. O que fazer na hora de comprar um bom barco, sem desrespeitar quem o está vendendo o Ferretti 60 2009. Motor MAN, 2 x 900 hp. R$ 2.950.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9757-4104 c/ José. temPest 270 2008. Motor Yamaha, 275 hp. R$ 190.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/78740644 c/ José Henrique. Ferretti 500 2008. Motor MAN, 800 hp. R$ 1.890.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9965-1602 c/ Marcio. eVolVe 225 2011. Motor Mercury ,175 hp. R$ 89.990,00. São Paulo, Tel. 13/7810-0920 c/ Tiago. Cimitarra 340s 2013. 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/99449-2927 c/ Mauricio. magnum 28 1986. Motor 250 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7883-5090 c/ Raphael. Fórmula 2011. Motor Johnson, 30 hp. R$ 10.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9766-2161 c/ Junior. Coral 15 2001. Motor Suzuki, 65 hp. R$ 23.000,00. Santos, SP. Tel. 13/7803-5782 c/ Edler. o lanCHa 16 Pés 1990. Motor Johnson, 35 hp. R$ 11.999,00. Minas Gerais, Tel. 35/8898-1377 c/ Silberth. Todo acordo feito deve ser cumprido. Nada de mudar de ideia depois de já ter fechado negócio, porque o vendedor pode ter aberto mão de outros interessados. 120 Náutica sudeste maestrale 300 2007. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 210.000,00. Praia Grande, SP, Tel. 13/78076700 c/ José Carlos. tHoP Cat 180 2007. Motor Yamaha 4T, 60 hp. R$ 70.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/78395270 c/ Augusto. Ventura 190 2006. Motor 115 hp. R$ 36.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9768-2318 c/ Julio. PHantom 300 2010. Motor 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 31/8744-3743 c/ Mária de Fatima. FoCker 220 2008. Motor Mercury, 150 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, Tel. 17/9777-4333 c/ João Afonso. Náutica sudeste 121 Classificados FoCker 255 2009. Motor Yamaha, 225 hp. R$ 109.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/32117474 c/ Ildemar. Center marine 1998. Motor Johnson, 50 hp. R$ 20.000,00 São Paulo, Tel. 13/9163-2935 c/ João Gabriel. FoCker 190 eXtreme 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 54.000,00. Jundiaí, SP. 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São Paulo, SP, Tel. 11/4640-3302 c/ Ronaldo. intermarine eXCalibur 39 2002. Motor Volvo Penta, 2 x 300 hp. R$ 300.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7883-3413 c/ Leonardo. eVolVe 265 2012. Motor Mercury, 260 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, Tel. 19/9726-6582 c/ Luciano. Cabrasmar 1998. Motor Suzuki, 40 hp. R$ 13.800,00. São Paulo, Tel. 13/7817-7460 c/ Carlos. eXCalibur 39 2003. Motor Volvo, 300 hp. R$ 290.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/999817679 c/ Fábio. runner 330 2000. Motor Volvo Penta, 320 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98111-3330 c/ Marcel. 122 Náutica sudeste oCeaniC 36 1996. Motor Mercedes-Benz 366, 300 hp. R$ 290.000,00. Americana, SP. Tel. 19/9260-0445 c/ Jefferson. Ao contrário do que se imagina, o estado do casco não é o mais importante em uma lancha usada. Confira o que mais conta de fato: magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio. magnum 23 1987. 160 hp. R$ 39.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98424-5780 c/ Eloi. oCeaniC 32 1991. Motor MWM VPI Intercooler, 250 hp. R$ 180.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/981868715 c/ Clarice. mares 45 1989. Motor Cummins, 2 x 500 hp. R$ 350.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2220-9808 c/ Luiz. HalleY 17 2008. Motor Mercury, 75 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99634-1730 c/ Luiz Carlos. intermarine PantHer 33 1991. Motor Volvo Aqad 40, 2 x 200 hp. R$ 110.000,00. Belo Horizonte, MG. Tel. 31/8588-0000 c/ Robert. alternatiVa 630 1993. Motor Johnson, 175 hp. R$ 29.500,00. Minas Gerais, Tel. 31/9981-0134 c/ Paulo. O que mais pesa no preço? Cobra marbella 22 1986. Motor Centro,170 hp. R$ 33.200,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98471-8560 c/ Marcos. FoCker 160 2012. Motor Yamaha, 60 hp. R$ 32.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7831-4560 c/ Cesar. regal lsr 1997. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7820-4223 c/ Eduardo. magna 30.5 2003. Motor Mercruiser, 120 hp. R$ 159.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/996332477 c/ Flavio. Coral 16 2010 Motor Mercury, 60 hp. R$ 37.500,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-8466 c/ Miriane. triton 260 2007. Motor Evinrude, 225 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, Tel. 12/9728-5589 c/ Renata. FoCker 215 2005. Motor Mercury, 200 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/982824400 c/ Flavio. FoCker eleganCe 255 2008. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 107.000,00. São Paulo, Tel. 19/9745-7192 c/ Walter. mestra 18.0 Plus 2012. Motor Mercury Optimax, 90 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97999-3574 c/ Maria De Lourdes. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ano de fabricação do conjunto casco-motor Número de horas de uso do motor Revisões feitas e conservação do motor Estado geral e conservação do casco Quantidade de novos equipamentos Instalações elétricas em bom estado Gerador e ar-refrigerado, se houver Instalações hidráulicas sem vazamentos Pintura com gelcoat ainda original Acessórios não essenciais à navegação Classificados santana 37 FlY 2003. Motor Volvo Penta Ad 41, 2 x 210 hp. R$ 290.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/78792314 c/ Rafael. raCer 26 2002. Motor Mercruiser, 425 hp. R$ 100.000,00. Nova Lima, MG. Tel. 31/99577454 c/ Ethevaldo. baYliner CaPri 1998. Motor Mercury, 220 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, Tel. 13/3821-4218 c/ Jovino André. runner 260 eCliPse 2013. Motor Mercury, 225 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/981222560 c/ Rubens. PHantom 375 2007. Motor Volvo D6, 2 x 370 hp. R$ 890.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/30545700 c/ Renato.. PHantom 290 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 280.000. São Paulo, Tel. 15/8116-0126 c/ Everaldo. FoCker 200 2010. Motor Yamaha, 115 hp . R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99540-5760 c/ Jeferson. runner 290 2002. Motor Mercruiser MPFI, 290 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/78931837 c/ Antonio. Cimitarra 260 Full 2000. Motor 200 hp. R$ 99.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9108-9484 c/ Jean Paul. oFFsHore intermarine sCarab 38 1994. Motor Volvo, 2 x 220 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/975988066 c/ Olavo. real 16 1995. Motor Mercury, 75 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, Tel. 16/9751-9644 c/ Plinio. Fs 230 sirena Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7835-8743 c/ Rodrigo. oCeaniC 36 1991. Motor 366 hp. R$ 240.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7833-3708 c/ Diogo. riVal 30 1997. Motor Mercruiser, 360 hp. R$ 79.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4148-6681 c/ Walter. PHantom 300 2011. Motor Mercury, 2 x 150 hp. R$ 360.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/981937910 c/ Sergio. aXtor marine 46 2006. 310 hp. R$ 650.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99701-1261 c/ Adriano. 124 Náutica sudeste Ventura 175 2011. Motor Yamaha, 90 hp. R$ 50.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/8857-0818 c/ Expedito. runner 330 1995. Motor Mariner, 2 x 225 hp. R$ 58.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/97681468 c/ Miguel. Ventura 175 2010. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/9223-6852 c/ Mauricio. regal 1900 2007. Motor 220 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-3333 c/ Rubens. triton 200 2010. Motor Mercury Verado, 150 hp. R$ 73.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/975528780 c/ Neto. intermarine PantHer 33 1985. Motor Volvo Penta, 170 hp. R$ 69.900,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/96440056 c/ Jose. real eagle 18 1998. Motor Mariner, 135 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, Tel. 19/3242-0441 c/ Tercio. real Class 24 2008. Motor Mercury, 220 hp. R$ 75.000,00. Espírito Santo, Tel. 27/99832516 c/ Yure. PHoeniX 290 2010. Motor Mercruiser 5.7, 300 hp. R$ 150.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/78666533 c/ Marcelo. intermarine 440 Full 1996. Motor 420 hp. R$ 540.000,00. São Paulo, Tel. 13/7850-7407 c/ André Neiva. tHoP Cat 180 2010. Motor Yamaha 4t, 2 x 60 hp. R$ 72.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3141-1042 c/ Shuji. regal 2400 lsr 2001. Motor Volvo 5,7 GXI, 320 hp. R$ 95.000,00. Caraguatatuba, SP. Tel. 12/38843474 c/ Nicola. magnum 29 1997. Motor 230 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4686-1280 c/ Victor. Fast 34.5 1988. Motor Volvo, 27 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/99453-9782 c/ Bruno. wCoPlam 55 1977. Motor Evinrude, 55 hp. R$ 11.500,00. São Paulo, Tel. 12/9726-8784 c/ Lucelia. trawler 55 Pés 2004. Motor Mercedes-Benz, 330 hp. R$ 195.000,00. Resende, RJ. Tel. 24/3359-0291 c/ Germano. magnum 595 1983. R$ 14.000,00. São Paulo, Tel. 14/97475357 c/ Luiz Fernando. Dm 28 2002. Motor MWM Sprinter, 260 hp. R$ 45.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/92215566 c/ Walace. trawler 80 Pés R$ 840.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/96538510 c/ Alberto . esquimar Fase i 1991. Motor 300 hp. R$ 43.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97144-9359 c/ Edmundo. runner 290 CabinaDa 2004. Motor Mercruiser, 330 hp. R$ 175.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/3941-7338 c/ Denílson. Ventura 215 2011. Motor Mercury, 150 hp. R$ 92.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99295- 8308 c/ Marcelo. Coral 16 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98561-5141 c/ Fernando. aDVenture 22 2008. Motor Mercury, 135 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/981495448 c/ Luiz. triton 280 2010. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 188.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/5182-7981 c/ Ricardo. Coral 29 Full 2006. Motor Mercury, 2 x 120 hp. R$ 172.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98136-4132 c/ Paulo. Colunna 235 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99968-0309 c/ Vicente. real 19 2008. Motor Mercury, 90 hp. R$ 43.000,00. Espírito Santo, Tel. 31/84638304 c/ Amanda Job. Náutica sudeste 125 Classificados nautika 3.60 1998. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2455-7016 c/ Ricardo. triton 280 2009. Motor Cummins Mercruiser, 230 hp. R$ 190.000,00. Niterói, RJ. Tel. 21/26228534 c/ Alberto. Cimitarra 25 1990. Motor 75 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/8135-9808 c/ Luís. Fs 210 2004. Motor Johnson, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/992186454 c/ Luís Rogério. Carbrasmar ub 22 2006. Motor Mercedes, 150 hp. R$ 50.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/78155161 c/ Vitor. wellCraFt 599 1997. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 26.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 24/7835-9182 c/ Felippe. Futura 26 1999. Motor Mercury, 225 hp. R$ 55,000.00. São Paulo, SP, 11/98928-6258 c/ Adilson. brasília 23 1987. Motor Mercury, 8 hp. R$ 34.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99133-7118 c/ Fernando Filoni. sr-760 ll 2012. Motor Mercruiser 5.0, 300 hp. R$ 165.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/9987-64935 c/ Evanildes. regal 25.5 2000. Motor 260 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza. Ventura 23 1996. 250 hp. R$ 35.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 12/97427351/38424408 c/ Enrique. tYCoon 23 1986. Motor 170 hp. R$ 32.000,00. São Paulo, SP, Tel. 19/9251-7840 c/ Carlos. 179-Ventura 265 ComFort 2007. Motor 260 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98128-1001 c/ Walter. 180-PantHer 33 1981. Motor Volvo 280, 200 hp. R$ 79.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99354-5123 c/ Antonio. FoCker 255 2008. Motor Mercury , 250 hp. R$110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7853-3139 c/ João Carlos. Ventura 190 2004. Motor Mercury, 115 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/7812 3817 c/ Leonardo. Diamar gueParDo 1987. Motor Evinrude, 90 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5575-5746 c/ Danilo. náutika targa sr 4.5 2008. Motor Mercury 4T, 50 hp. R$ 29.900,00. Rio das Ostras, RJ. Tel. 22/2760-7083 c/ Charles. FoCker stYle 190 2009. Motor Mercury 90 Optimax, 90 hp. R$ 47.900,00. São Paulo, Tel. 13/8135-3088 c/ Alcidesa. Ventura 250 2012. Motor Mercuiser, 260 hp. R$ 130.000,00. São José do Rio Preto, SP. Tel. 17/9757-5501 c/ José. Coral 20 2007. Motor Mercury, 115 hp. R$ 30.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 22/7812-4606 c/ Leonardo. magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio. esquimar Fase i 1987. Motor Dodge, 220 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98510-3963 c/ Gustavo. sunnY siDe 25 1985. Motor MWM, 230 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7885-4115 c/ Carlos Eduardo. intermarine 460 Full 2005. Motor Volvo Penta D9, 500 hp. R$ 1.400,000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-5841 c/ Luiz . magnum 39 2000. Motor Volvo Penta, 200 hp. R$ 260.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/956176005 c/ Henrique. Diamar Cimitarra 25 1987. Volvo 275, 170 hp. R$ 53.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7822-3576 c/ Carlos Henrique. FleXboat sr-15 lX 2005. Motor Evinrude, 50 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3887-5124 c/ Giuseppe. FleXboat sr-550 2013. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 110.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/98511-6105 c/ Thiago. angra 25 1999. Motor Mercury, 260 hp. R$ 54.900,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/25919700 c/ Aldrey. Carbrasmar Xaréu 22 1986. Motor MWM Sprint, 210 hp. R$ 48.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4227-2834 c/ Tomé. FleXboat sr 550 2010. R$ 75.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/96397-3888 c/ Claudio. magna 27.8 2011. Motor Mercury, 320 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2497-3551 c/ Eduardo Sá. FleXboat sr-15 lX 1995. Motor Mercury, 85 hp. R$ 18.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3229-4125 c/ Marco. magnum 28 1993. Motor 360 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99932-2943 c/ Paulo Marcio. real 26 2012. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 85.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9926-9119 c/ Mariana. FleXboat sr 15 2008. Motor Mercury, 60 hp. R$ 35.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9974-9353 c/ Fernando. FleXboat sr-550 lX mP 2008. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/2027-0777 c/ Samir. Cimitarra 25 1982. Motor 168 hp. R$ 42.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99285-2872 c/ Evaldo. Coral 28 Full 2009. Motor Mercury, 260 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/78553420 c/ Guilherme. 126 Náutica sudeste Carbrasmar Xareu 22 2013. Motor Volvo Penta, 220 hp. R$ 65.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/7835-8939 c/ Edielson. mestra 25.2 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 116.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/973590021 c/ Giuliano. malibu 2011. Motor 400 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, Tel. 12/7813-0945 c/ Rodrigo Martins. FleXboat sr 620 2007. Motor Mercruiser, 175 hp. R$ 65.000,00. Sumaré, SP. Tel. 19/9209-6328 c/ Sergio. Colunna 325 sC 2010. Motor Yamaha, 165 hp. R$ 320.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9735-11651 c/ Paulo. Náutica sudeste 127 Classificados millenium 33 s 2009. Motor Evinrude, 115 hp. R$ 140.000,00. Minas Gerais, Tel. 31/2555-3038 c/ Cesar Augusto. magnum 28 1989. Motor Volvo, 200 hp. R$ 49.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/2976-0606 c/ Jorge. Cobra sagitta 25 2008. Motor Evinrude, 2 x 115 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99616-8011 c/ Neif. FoCker 240 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 80.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9105-9968 c/ Alessandro. esCuna PHoeniX 2002. Motor MWM, 175 hp. R$ 230.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 21/7862-5114 c/ Leandro Garcia. VX Cruiser 1100CC 2012. Yamaha, R$ 39.900,00. Minas Gerais, Tel. 35/9979-2627 c/ Adão. esCuna mY mistress 14,32 metros Motor MWM, 145 hp. R$ 218.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 24/3367-3392 c/ Hugo. Cabin 630 2000. Motor Johnson, 225 hp. R$ 40.600,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/8746-2000 c/ Hamilton. aguZ marine 37 2012. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 590.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8484-2101 c/ Renata Souto. FoCker 22 eXtreme 2008. Motor Yamaha, 150 hp. R$ 68.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9979-0886 c/ Luís Delme. magnum 39 2006. Motor Volvo, 200 hp. R$ 200.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95617-6005 c/ Henrique. DiVer 20 1996. Motor Mercury, 135 hp. R$ 35.900,00. São Paulo, Tel. 12/9168-0551c/ Daniel Carvalho. 128 Náutica sudeste tango 38 2013. Motor Volvo, 300 hp. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7713-7069 c/ Ana. Carbrasmar 295 1987. Motor 250 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99462-2103 c/ Sandra. Carbrasmar 24 1974. Motor Mercedes, 140 hp. R$ 60.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95781-1033 c/ Marcos. real Class 31 2008. Motor Mercruiser, 200 hp. R$ 280.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9761-8300 c/ Renato Junger. FoCker 215 2009. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 80.000.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/96904-7772 c/ Arthur. intermarine 600 Full 2006. Motor MAN 800. R$ 2.400.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7792-2793 c/ Guilherme. oCeaniC eleganCe 36 1996. Motor Mercedes 366, 315 hp. R$ 320.000,00, Tel. 12/7850-4073 c/ Marcelino Carvalho. sea Doo gts 130 2013. R$ 33.966,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98376-0946 c/ Renato. FoCker 222 2003. Motor Mercury Optimax, 200 hp. R$ 48.000,00, São Paulo, Tel. 12/9717-5555 c/ Alcides. sea Doo rXt 2005. 215 hp, 3,33 m. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7802-4760 c/ Carlos. esCuna saVeiro 2008. Motor Mercedes, 115 hp. R$ 100.000,00. Angra dos Reis, Tel. 21/9979-9360 c/ William Soares. esquimar Fase 1 2000 Motor Dodge com carburador Quadrijet Holley com 350 horas. R$ 39.900. São Paulo, SP. 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Não por aca- so, Paulo Fax, é diretor da divisão interior da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, entidade que, apesar do nome, congrega também os donos de lanchas interessados em descobrir as belezas das águas interiores da Região Sudeste. “Promovemos passeios, palestras e encontros em diversas represas”, diz Paulo. “E todo mundo está convidado a fazer parte”, como ele conta nesta rápido papo. 1 2 3 O interior tem tanto lugar assim para se navegar? Não é complicado levar um barco até lá? No que as águas interiores são melhores que as do mar? “Os litorais paulista, carioca e capixaba somam, juntos, 1 692 quilômetros enquanto a malha fluvial navegável das hidrovias destes mesmos estados é três vezes maior e se estende por mais de 5 000 quilômetros. Só em São Paulo, as represas e reservatórios navegáveis somam mais de 50 e, em Minas Gerais, esse número é ainda maior — os mineiros não têm mar, mas têm muita água para oferecer! E não é só para quem gosta de pescar que rios, lagoas e represas da Região Sudeste são atraentes. Sobram praias, enseadas, cachoeiras e paisagens cinematográficas pouco visitadas. Além de um povo hospitaleiro, com uma imensa vontade de receber pessoas e mostrar a beleza de sua região. Sem falar das comidas típicas, que são muitas e deliciosas, tudo a preços módicos.” “Quando alguém compra um barco, a primeira dúvida é para onde levá-lo e em qual marina encontrará o melhor custo-benefício na região escolhida. Mas, já que se trata do aluguel temporário de uma vaga, por que não conhecer também outras águas? Se ele for de pequeno porte, até 24 pés ou 2,70 m de largura o transporte, por rodovia, é bem tranquilo, até porque as estradas da Região Sudeste estão entre as melhores do país. E se a pessoa não quiser rebocá-lo, qualquer caminhão-plataforma, desses que as seguradoras usam para rebocar os carros avariados, dá conta do recado. Quem compra um barco é porque não é muito fã de sofá no fim de semana. Então, por que não usar o próprio barco para mudar ainda mais a rotina e descobrir outros paraísos por aí?” “O litoral do Sudeste já está ficando pequeno pra tanta gente. Eu vejo as pessoas sofrendo horas nas estradas congestionadas, gastando o precioso tempo de descanso só para tentar chegar ao mar, enquanto, no interior, há um vasto mar de água doce para ser explorado — inclusive com navegação mais fácil e segura, porque as águas abrigadas são sempre mais tranquilas. Na Europa e Estados Unidos, as famílias viajam com seus barcos pelas hidrovias e represas de uma cidade para a outra. Mas aqui, todo mundo sempre quer ir para o litoral, como se navegar fosse sinônimo de mar. Isso deveria mudar. E a ABVC-Interior está aqui para orientar, ajudar e convidar todos os donos de barcos. Sejam eles lancheiros ou velejadores. Como eu próprio sou.” 130 Náutica SudeSte agenciaeutueles.com.br Você escolhe a melhor bebida para você, por que não escolher o melhor para o seu barco? Diesel Marina Ipiranga MÁXIMA PERFORMANCE Maior desempenho e retomada de velocidade. MENOR IMPACTO AMBIENTAL 99,8% menos exofre que o diesel marítimo convencional MAIS CONFORTO Ausência de odores característicos dos óleos comuns POSTO NÁUTICO IGARARECÊ, REVENDEDOR EXCLUSIVO DO DIESEL MARINA NO LITORAL NORTE/SP Estação Costeira Z.X.M. Mike 85 Lat 23º 46.08' S Long 045º 24.20' W Tel: +55.12.3862-1555 www.marinaigararece.com.br