Origem da vida - Colégio Santo Agostinho
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Origem da vida Professora: Reisila Migliorini Mendes - Biologia 1ª série - Ensino Médio Formação do Universo BIG-BANG – A grande explosão Argumenta sobre a expansão de um átomo primordial (todas as galáxias reunidas) e ocorreu há cerca de 13,5 bilhões de anos. Acredita-se que a temperatura era tão alta que impossibilitava a existência de elementos químicos. • Albert Einstein(1879-1955) • Edwin Hubble (1889-1953) • Lemaitre (1894-1966) • Gamow (1904-1968) A expansão do universo A formação da Terra Há evidências científicas de que nosso planeta surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos, a partir da aglomeração de poeira, rochas e gases. Durante sua formação gerou tanto calor que os materiais rochosos mais internos se fundiram e escaparam para a superfície em erupções vulcânicas violentíssimas. No esforço para compreender a realidade, somos um homem que tenta compreender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros, escuta o tiquetaque, mas não tem como abrir a caixa. Sendo habilidoso, poderá imaginar o mecanismo responsável pelo que ele observa, mas nunca poderá estar completamente seguro de que a sua explicação é, realmente, a única possível. Albert Einstein Geração espontânea ou abiogênese Os seres vivos surgem a partir da matéria bruta. Adeptos: • Aristóteles, René Descartes, Isaac Newton, Von Helmont, entre outros. Biogênese Os seres vivos surgem de outra vida preexistente. Adeptos: • Francesco Redi, Lázaro Spallanzani, Louis Pasteur, entre outros. Geração espontânea ou abiogênese Surgimento dos gansos Surgimento dos sapos Geração espontânea ou abiogênese Surgimento de libélulas Surgimento de insetos O pirá-brasília vive em lagoas rasas que se formam uma vez por ano, durante o período das chuvas, e secam com a estação seca. Quando as lagoas secam, os peixinhos morrem, mas deixam escondida embaixo da terra a garantia de seu retorno assim que voltar a chover – os ovos. Lagoas rasas em solo arenoso e veredas de buritis Francesco Redi (1627-1697) Cientista que demonstrou que os vermes da carne em putrefação eram originados de ovos deixados por moscas e não da transformação da carne. Experimento de Redi Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723) Comerciante de tecidos holandês, tinha como passatempo polir lentes e construir microscópios. A partir de 1674, começou a observar bactérias, protozoários e leveduras que isolava da água da chuva, de lagos, poços, de tecidos da boca, dentes, saliva e de vinagre. John Needham (1713-1781) Pesquisador que colocou caldo nutritivo em diversos frascos, ferveu-os por 30 minutos e, imediatamente, vedou-os com rolhas de cortiça. Depois de alguns dias os caldos estavam repletos de seres microscópicos. A fervura matou todos os seres vivos do caldo e nenhum ser vivo penetrou através da rolha, os microrganismos surgiram por geração espontânea. Lázaro Spallanzani (1729-1799) Padre e cientista que refez os experimentos de Needham e demonstrou que o aquecimento de frascos até a fervura (esterilização), se mantidos hermeticamente fechados, evitava o aparecimento de micróbios. Portanto, o experimento de Needham estava refutado. A indústria de enlatados No final do séc. XVIII, ao tomar conhecimento das pesquisas sobre o origem dos microrganismos, o confeiteiro francês Nicholas Appert (1749-1841) passou a ferver os alimentos e guardá-los sob vedação hermética, como fez Spallanzani. Appert acabou desenvolvendo a tecnologia para produzir alimentos enlatados, hoje largamente utilizada em todo o mundo. Louis Pasteur Cientista que demonstrou que germes microscópicos estão no ar e com experiências com frascos tipo "pescoço de cisne demonstrou que uma solução nutritiva, previamente esterilizada, mantémse estéril indefinidamente, mesmo na presença do ar (pausterização). Teorias modernas sobre a origem da vida A queda definitiva da teoria da geração espontânea levou a uma nova questão: se os seres vivos não vêm da matéria inanimada, como surgiram na Terra? A ciência moderna admite três hipóteses para a origem da vida em nosso planeta: A Criação Divina; A panspermia; A evolução química. Criação Divina Relaciona-se aos mitos da “criação”, que afirmam que a vida foi criada por uma força suprema ou ser superior; essa hipótese, evidentemente, foge ao campo de ação do raciocínio científico, não podendo ser testada e nem refutada pelos métodos usados pela ciência. Está descrita no livro do Gênesis. Panspermia Refere-se à possibilidade de a vida ter se originado fora do planeta Terra e ter sido “semeada” por pedaços de rochas, como meteoritos, que teriam trazido “esporos” ou outras formas de vida alienígena. Esses teriam evoluído nas condições favoráveis da Terra, até originar a diversidade de seres vivos que conhecemos. Um dado interessante: chegam todos os anos, à superfície da Terra, ao redor de mil toneladas de meteoritos. Em algumas dessas rochas, foram encontradas substâncias orgânicas, como aminoácidos e bases nitrogenadas. Defensores: Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe: defendem a ideia de que material biológico, como vírus, poderia ter chegado do espaço. Contras: o aquecimento de qualquer corpo que entrasse na atmosfera terrestre seria de tal ordem, que destruiria qualquer forma de vida semelhante às que conhecemos hoje. Por outro lado, aceitar que a vida apareceu “fora” da Terra somente “empurraria” o problema para diante, já que não esclareceria como a vida teria surgido fora daqui. Evolução química Aceita que a vida pode ter surgido espontaneamente sobre o planeta Terra, através da evolução química de substâncias não vivas. Essa terceira posição foi defendida pela primeira vez pelo biólogo Thomas Huxley (1825-1895) e retonada pelo cientista russo Oparin (1894-1980) e pelo biólogo Burdon Haldane (1892-1964). Oparin Haldane As ideias de Oparin 1) A idade aproximada da Terra é de 4,5 bilhões de anos, tendo a crosta se solidificado há uns 2,5 bilhões de anos. 2) A composição da atmosfera primitiva foi provavelmente diferente da atual; não havia nela O2 ou N2; existia amônia (NH3), metano (CH4), vapor de água (H2O) e hidrogênio (H2). 3) O vapor de água se condensou à medida que a temperatura da crosta diminuiu. Caíram chuvas sobre as rochas quentes, o que provocou nova evaporação, nova condensação e assim por diante. Portanto, um ativo ciclo de chuvas. 4) Radiações ultravioleta e descargas elétricas das tempestades agiram sobre as moléculas da atmosfera primitiva: algumas ligações químicas foram desfeitas, outras surgiram; apareceram assim novos compostos na atmosfera, alguns dos quais orgânicos, como os aminoácidos, por exemplo. 5) Aminoácidos e outros compostos foram arrastados pela água até a crosta ainda quente. Compostos orgânicos combinaram-se entre si, formando moléculas maiores, como os “proteinoides”. 6) A temperatura das rochas tornou-se inferior a 100oC, os mares estavam se formando. As moléculas orgânicas foram arrastadas para os mares. Na água, as probabilidades de encontro e choques entre moléculas aumentaram muito; formaram-se agregados moleculares maiores, os coacervados. 7) Os coacervados ainda não são seres vivos; no entanto eles continuam se chocando e reagindo. O coacervado pôde casualmente atingir a complexidade necessária. Daí em diante, se tal coacervado teve a propriedade de duplicar-se, pode-se admitir que surgiu a vida, mesmo que sob uma forma extremamente primitiva. A comprovação experimental Miller (1930 -) Fox (1912-1998) Coacervados de Oparin Microsfera de Fox Evolução dos processos energéticos Hipótese Heterotrófica: Prevê que os primeiros organismos se nutriam de material orgânico já pronto, que retiravam de seu meio. Argumento a favor: Primeiros seres vivos, por serem muito simples, não teriam desenvolvido capacidade de produzir substâncias alimentares, utilizando as substâncias orgânicas disponíveis no meio. Pode-se caracterizar os primeiros seres vivos como: Simples, unicelulares, abiogenético, heterótrofos e fermentadores anaeróbicos. Hipótese autotrófica Propõe que o primeiro ser vivo foi quimiolitoautotrófico, ou seja, capaz de sintetizar seu próprio alimento orgânico a partir da energia liberada por reações químicas entre os componentes inorgânicos da crosta terrestre. Argumento a favor: • na Terra primitiva não havia quantidade suficiente de moléculas orgânicas para sustentar a multiplicação dos primeiros seres vivos até o aparecimento da fotossíntese; • a descoberta das arqueobactérias, que vivem em ambientes inóspitos como fontes de água quente e vulcões submarinos, obtendo energia a partir de reações químicas entre componentes inorgânicos da crosta. Hipótese endossimbiótica Os tipos celulares atuais Evolução e diversificação da vida Referências Bibliográficas • AMABIS, J.M. Biologia em contexto – 1. ed. – São Paulo: ED. Moderna, 2013.
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