proposta curricular anos finais
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proposta curricular anos finais
Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PROPOSTA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAIS MONTES CLAROS 2012 2 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS Luiz Tadeu Leite Prefeito Tereza Cristina Pereira Antunes Vice-Prefeita Mariléia de Souza Secretária Municipal de Educação Telma Veloso Santos Costa Secretária Adjunta de Administração e Finanças Marta Aurora Mota e Aquino Secretária Adjunta Técnico-Pedagógica Bernadete Alves de Aguiar Santos Diretora Administrativo-Financeira Elisângela Mesquita Silva Diretora Técnico-Pedagógica Nailde Dorisday Pereira de Queiroz Chefe de Divisão - Ensino Fundamental Leonardo Rodrigues Vieira Chefe de Seção - Ensino Fundamental/Anos Finais 3 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros EQUIPE TÉCNICA Cláudia Nascimento Analista de Conteúdo Curricular: Matemática Edmara Moreira Cerqueira Analista de Conteúdo Curricular: Educação Física Leonardo Rodrigues Vieira Analista de Conteúdo Curricular: Língua Portuguesa e suas Literaturas Lilian Soraya Ribeiro Santos Viviane Ramos Ribeiro Analistas de Conteúdo Curricular: Língua Inglesa Luiz Carlos Vieira Júnior Analista de Conteúdo Curricular: Artes Patrícia Rosa Aguiar Analista de Conteúdo Curricular: Geografia Paulo Ricardo Antunes Abreu Analista de Conteúdo Curricular: Ciências Rômulo Ferreira da Silva Analista de Conteúdo Curricular: História Valdiva Coimbra Oliveira Analista de Conteúdo Curricular: Educação Religiosa Shirley Patrícia Nogueira Castro e Almeida Colaboradora MONTES CLAROS, Secretaria Municipal de Educação. Proposta Curricular do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros – Ensino Fundamental – Anos Finais. Montes Claros: Fevereiro 2012. ISBN 978-85-65592-00-0 1. Proposta Curricular. 2. Ensino Fundamental. 3. Montes Claros. 4. Educação Projeto Gráfico: Anízio Rafael Pereira Rocha. Revisão Linguística: Mariléia de Souza. 4 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros SUMÁRIO Apresentação........................................................................................................................6 1. Introdução........................................................................................................................7 2. Justificativa ...................................................................................................................10 3. Objetivos ......................................................................................................................12 4. Histórico da Educação de Montes Claros.....................................................................13 5. Avaliação.......................................................................................................................16 6. Temas Transversais.......................................................................................................23 • Meio Ambiente..................................................................................................23 • Sexualidade........................................................................................................25 • Drogas................................................................................................................26 • Tecnologia.........................................................................................................29 • Preconceito........................................................................................................30 • Violência............................................................................................................32 • Cultura Regional................................................................................................33 • Trânsito..............................................................................................................35 7. Propostas Curriculares por Disciplina...........................................................................38 • Artes..................................................................................................................39 • Ciências.............................................................................................................56 • Educação Física.................................................................................................70 • Educação Religiosa...........................................................................................82 • Geografia...........................................................................................................95 • História............................................................................................................111 • Língua Inglesa.................................................................................................132 • Língua Portuguesa e suas Literaturas..............................................................148 • Matemática......................................................................................................175 8. Referências..................................................................................................................201 5 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros APRESENTAÇÃO Para se construir um processo educativo com distribuição do poder não é suficiente pedir sugestões e aproveitar aquelas que pareçam simpáticas ou que coincidam com pensamentos e expectativas dos que coordenam: é necessário que a proposta se construa com o saber, com o querer e com o fazer de todos. (Danilo Gandin) Esta proposta tem ligação com a elaborada anteriormente. Não é continuação da outra, muito menos muda o básico proposto. Melhor dizer que elas se completam e que em alguns momentos, reprisam de forma diferente, conceitos fundamentais. Acredito que esta proposta vai intermediar o caminho entre o pensar e o fazer, entre a teoria, o sonho e a prática, entre os fins e os meios. O enfoque desta proposta é no sentido de contribuir para a superação de incertezas. Não basta fazer bem as coisas, é preciso fazer bem as coisas certas; nem basta solucionar problemas que tenderão a voltar sob formas diversificadas; é preciso aproximar-se da realidade como um cientista, para que se tenha resultado na transformação-construção da realidade; e indo mais além, o processo precisa ser coletivo, porque assim o exigem os sinais do tempo; coletivo e participativo. Há um vácuo entre o pensar e o agir em quase todos os campos ligados ao social. É necessária uma proposta clara, que seja uma verdadeira construção da realidade de nossas escolas a partir das aspirações, pensamentos, desejos e saberes de cada pessoa que compõe o Sistema Municipal de Educação de Montes Claros. À equipe pedagógica da secretaria, meus cumprimentos e agradecimentos pelo esforço e pelo resultado do trabalho. Ainda há muito por fazer e sabemos que outros “caminheiros” virão pela estrada, refazendo e repensando esta proposta que representa o momento que vivemos. Ao passado... agradecemos, ao futuro... deixamos nossas contribuições. Prof.ª Mariléia de Souza 6 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 1. INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, instituiu a educação como um direito de todas as pessoas, sendo dever do estado e da família promovê-la, a fim de favorecer o pleno desenvolvimento humano, o preparo para o exercício da cidadania, além da capacitação e qualificação profissional. A Lei nº 9.394 de 1996, que estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, considera que a ação de educar deve envolver os processos formativos pelos quais o indivíduo passa ao longo de sua vida. Esses processos se dão nas instituições de ensino, bem como no seio da família, no trabalho e nos diversos ambientes sociais. Dessa maneira, a escola deve ser entendida como mais um espaço, e não o único, em que as pessoas terão a oportunidade de, a partir do processo de ensino-aprendizagem e da interação com os outros, adquirirem os conhecimentos que lhes garantam a possibilidade de relacionar com o mundo de maneira autônoma e independente. O ambiente escolar deve favorecer a criação de espaços democráticos, nos quais os alunos possam expor seus posicionamentos e ideias de maneira livre e sem discriminações. Portanto, a escola se apresenta como um dos mais importantes lugares de aprendizagem, em que crianças, jovens e adultos têm a chance de se tornarem pessoas melhores para a sociedade em que vivem. O ensino institucional brasileiro apresentou dificuldades ao longo de sua história, e ainda apresenta, então, visando melhorar a qualidade da educação e preocupado com a valorização do magistério, o Ministério da Educação criou o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 (PNE 2011-2020). Ele é uma diretriz para todas as políticas educacionais do País e foi elaborado e fundado nas seguintes premissas: erradicar o analfabetismo, universalizar o atendimento escolar, superar desigualdades educacionais, melhorar a qualidade do ensino, valorizar os profissionais da educação, entre outras. Nessa perspectiva, esta Proposta Curricular destinada aos Anos Finais do Ensino Fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano, foi elaborada no intuito de ser um instrumento de cunho pedagógico, que tem por finalidade orientar todos os sujeitos envolvidos no processo educacional, no âmbito do Sistema Municipal de Ensino, na busca pela concretização de um ensino que realmente seja capaz de garantir aos alunos conhecimentos e habilidades que os 7 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros possibilitem um comportamento crítico e independente frente às situações sociais do cotidiano. A partir da análise da Matriz Curricular, Ciclo da Juventude, do ano de 2008, a Equipe Pedagógica dos Anos Finais do Ensino Fundamental, da Secretaria Municipal de Educação, pôde perceber que determinados aspectos desse documento necessitavam de uma reformulação para atender melhor aos anseios e necessidades, sobretudo dos professores, que apresentaram dificuldades relacionadas ao uso prático da Matriz. Dessa maneira, iniciou-se em março de 2011, pelos Analistas de Conteúdos Curriculares, a construção do projeto de reformulação da referida Matriz Curricular, sendo que as principais modificações resultam das percepções elencadas abaixo: • A Matriz Curricular proposta para o então ciclo da juventude vinha atendendo, parcialmente, às necessidades dos professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental, tendo em vista o seu caráter, demasiadamente teórico, em detrimento do prático; • A necessidade de se estabelecer uma Proposta Curricular unificada para o Sistema Municipal de Ensino, no que se refere ao estabelecimento de conteúdos e habilidades, por ano de escolaridade (6º ao 9º ano), para cada uma das disciplinas do currículo; • A parte teórica da Matriz Curricular deveria ser reelaborada, pois havia a necessidade da inserção de temas considerados de grande relevância social (saúde, meio ambiente, sexualidade, violência, entre outros). Assim, a partir dessas comprovações, procedeu-se à construção da presente Proposta Curricular dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Esse trabalho foi desenvolvido com base na cooperação de diversos profissionais, diretamente responsáveis pelo Sistema Municipal Ensino. Destaca-se a participação dos professores, os quais consideramos os maiores interessados neste trabalho, pois esse auxiliará de maneira significativa o planejamento de suas aulas. Esta Proposta Curricular é composta da seguinte forma: • Fundamentação teórica; • Histórico da educação em Montes Claros; • Avaliação; 8 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Avaliações externas que os alunos do Sistema Municipal de Ensino realizam; • Temas transversais: Meio Ambiente, Sexualidade, Drogas, Tecnologia, Preconceito, Violência, Cultura Regional e Trânsito; • Proposta Curricular para as seguintes disciplinas: Artes, Ciências, Educação Física, Educação Religiosa, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e suas Literaturas e Matemática. Por fim, espera-se que esta Proposta Curricular sirva de suporte prático e teórico, sobretudo para o professor, durante o desenvolvimento da docência, dentro e fora da escola, e que construa, junto a outros documentos, um referencial de conhecimentos, capaz de provocar uma significativa melhoria da qualidade do ensino oferecido pelo Sistema Municipal de Ensino. 9 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 2. JUSTIFICATIVA Por considerarmos, de maneira geral, que existem certos aspectos do desenvolvimento pessoal que são entendidos como importantes, variando de acordo com a cultura de um povo e que muitos deles necessitam de orientações específicas para serem atingidos, é preciso pensar num currículo que tenha esse alcance. Por isso, a escola precisa de um plano de ação determinado, um projeto educacional que conduza para os objetivos almejados. A razão desta Proposta Curricular que ora se apresenta é justamente indicar as intenções para o currículo do Sistema Municipal de Ensino quanto a suas atividades educativas. O currículo do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros atualmente não possui de maneira clara um projeto curricular que defina exatamente o que deve ser ensinado e desenvolvido durante cada ano escolar. Desse modo, as únicas orientações para os professores são os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os Conteúdos Básicos Comuns (CBCs) e a Matriz Curricular Municipal de 2008. Os PCNs orientam apenas de maneira geral cada disciplina e os CBCs, muitas vezes, estão fora da realidade do município de Montes Claros. A Matriz Curricular Municipal de 2008 privilegia a parte teórica em detrimento da prática e não auxilia de maneira efetiva os professores no planejamento de suas aulas. Entendemos que o professor do Sistema Municipal de Ensino precisa de algo mais objetivo e direcionado para a realidade de nossa cidade. Portanto, esta nova Proposta Curricular justifica-se pela necessidade de se definir parâmetros para o ensino em todas as escolas municipais, através de uma orientação específica para cada disciplina do currículo. Redefinindo, assim, de maneira clara e objetiva, para toda equipe pedagógica municipal, o que se espera que o educando aprenda durante sua estadia na escola. Entendemos que uma orientação didática dessa forma é extremamente importante, pois possibilita a conscientização dos processos educacionais, sendo um auxílio efetivo ao professor na elaboração de suas aulas. Esta Proposta Curricular, portanto, apresenta as intenções e proporciona um guia de ações adequadas e úteis aos professores, que são os responsáveis diretos pelo ensino. Devido às particularidades do município de Montes Claros, uma proposta curricular específica para o Sistema Municipal de Ensino é muito importante, pois possibilita 10 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros abordagens pedagógicas mais adequadas à realidade, proporcionando um aprendizado mais efetivo. Acreditamos que o currículo deve levar em conta as condições reais nas quais o ensino acontecerá, por isso deve ser eliminada a distância entre teoria e prática. Apesar disso, os referenciais tanto nacionais, quanto estaduais foram os principais norteadores. Essa é mais uma oportunidade para que a comunidade escolar repense o processo de ensino e aprendizagem em nossas instituições de ensino, reavaliando os pressupostos teóricos em todas as áreas de atuação. Esse processo de reconstrução e avaliação é essencial para a melhoria da educação. Sempre que necessário, é preciso retomar as discussões para que o currículo esteja cada vez mais adequado as nossas necessidades e às reais condições sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade contemporânea. 11 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral • Assegurar à comunidade escolar do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros um currículo escolar unificado, que favoreça o desenvolvimento cultural, intelectual e humano dos educandos, de modo a transformar a escola em um espaço de ampliação da experiência humana. 3.2. Objetivos Específicos • Proporcionar aos professores um referencial de orientação didática que sirva como proposta norteadora no planejamento escolar; • Possibilitar aos educandos uma proposta pedagógica adequada a sua realidade e, ao mesmo tempo, em consonância com os PCNs e os CBCs; • Reavaliar os pressupostos teórico-pedagógicos em todas as disciplinas do currículo; • Repensar o processo de ensino e aprendizagem nas instituições municipais de ensino de Montes Claros; • Propiciar condições para a melhora significativa da qualidade da educação nas escolas municipais de Montes Claros; • Unificar a proposta pedagógica relacionada a conteúdos e habilidades a serem desenvolvidos em cada ano escolar, em todas as escolas municipais; • Priorizar a formação integral, voltada para o desenvolvimento de capacidades e competências adequadas, para que todos possam enfrentar as transformações existentes na sociedade; • Implementar currículos flexíveis, diversificados e participativos, que sejam definidos a partir das necessidades e dos interesses de cada grupo escolar; • Possibilitar ao aluno a aquisição de conhecimentos que favoreçam o acesso a outras modalidades de ensino. 12 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS A cidade de Montes Claros é mais uma, das tantas, que tem sua origem associada às incursões de bandeirantes paulistas pelo interior do Brasil. Com o sucesso do cultivo da cana-de-açúcar, ainda nos primórdios da colônia, era cada vez mais inviável a convivência entre a cultura da cana e a criação de gado. Diante dessa circunstância, temos o fortalecimento do processo de interiorização do território, que, associado à necessidade de desenvolvimento econômico da região de São Paulo, configura-se um panorama que incentiva e leva à organização de expedições. Um dos primeiros homens a se estabelecer na região foi Antônio Gonçalves Figueira, que hoje dá nome a um logradouro no município. Estabelecendo-se aqui, em meados do século XVIII, construiu as fazendas Jaíba, Olhos D’água e Montes Claros. Já no século XIX, verificamos considerável evolução, a fazenda Montes Claros é elevada à categoria de arraial. Logo em seguida vila, e por último, simplesmente Montes Claros. Esse processo de evolução foi acelerado, em razão do grande número de pessoas que passaram a se abrigar na propriedade, especialmente em função do sucesso da criação de gado. Paralelamente a isso, temos em curso, nesse mesmo período, um processo de organização política e administrativa, que leva a formação da primeira Câmara Municipal na década de 1830 do século XIX. É também nessa década que temos a criação da primeira escola pública, cujo primeiro professor foi o capitão Joaquim José de Azevedo. (PAULA, 2007, p. 116). Tempos depois, o senhor Luís José de Azevedo é convidado a lecionar em substituição ao capitão, mas é denunciado como sendo pouco afeito a compromissos. Então, durante algum tempo, as poucas oportunidades de educação formal se restringiam a escolas e professores particulares. É esclarecedor: Em Montes Claros o que podemos perceber foi que a maioria da população não teve acesso aos educandários, pois as raríssimas escolas que existiam eram particulares e os preços das mensalidades exorbitantes para a época, deixando assim uma leva considerável de filhos de trabalhadores rurais e urbanos à margem desse benefício. (BRITO, 2006, p.116) Na década de 1870, temos a criação de duas escolas, dentre elas a Escola Normal, mas ambas foram suprimidas por força de Decreto. A Escola Normal só seria reaberta na 13 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros década de 1910, já no século XX. Segundo o memorialista Hermes de Paula, até 1909 só existiam em Montes Claros escolas isoladas e particulares, sendo suprida tal carência por meio da instalação do Grupo Escolar Gonçalves Chaves. Ainda no período mencionado, temos a implantação do Colégio Imaculada Conceição, coordenado pelas irmãs Berlaar e vinculado à Igreja Católica. Outras instituições de ensino surgiram no município especialmente a partir da década de 1930, como, por exemplo, o Instituto Norte-Mineiro de Educação; o Colégio Diocesano Nossa Senhora Aparecida; Grupo Escolar Carlos Versiani e Grupo Escolar Francisco Sá (PAULA, 2007, p.116-122). Listamos aqui apenas algumas das instituições criadas até a década de 1950, pois consideramos esse período como momento de consolidação da política municipal, e ainda, de graves discrepâncias, uma vez que o acesso à educação não era um bem comum a todos. A educação em Montes Claros era limitada a poucos, apenas aqueles que tinham melhores condições econômicas desfrutavam de instrução escolar organizada e regular. Os filhos da classe dominante, invariavelmente, faziam seus primeiros estudos nas escolas existentes na cidade, e os complementavam nas capitais, onde concluíam seus cursos de graduação. Existia de fato situação de segregação que impedia as classes menos privilegiadas de terem acesso à educação formal, levando-se em conta que existiam poucas instituições públicas. Infelizmente, dispomos de poucas e esparsas fontes sobre a implantação da educação, no que se refere às responsabilidades do município, o que não permite fazermos considerações e reflexões sobre sua contribuição para difundir a educação regular. Entretanto, as políticas públicas implementadas pelo Ministério da Educação têm contribuído para disseminar o acesso às escolas, garantindo que a quase totalidade das crianças brasileiras frequente a sala de aula, e as escolas municipais estão inseridas nesse contexto. Segundo dados de 2005, informados no Plano Municipal Decenal de Educação, Montes Claros possui 89 estabelecimentos municipais de ensino, 54 estabelecimentos vinculados ao estado de Minas Gerais e 76 escolas privadas, totalizando 219 unidades de ensino, desde a alfabetização até o ensino médio. Além disso, uma unidade federal de ensino profissionalizante; uma unidade privada de ensino técnico; uma unidade do SENAI e pelo menos nove instituições de ensino superior. 14 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Nesse contexto, uma das observações mais relevantes que podemos fazer fica em torno do perfil do aluno que frequenta as instituições municipais de ensino. De maneira geral, o público atendido pelas escolas municipais são crianças provenientes de família de baixa renda e moradoras de comunidades distantes. Quando consideramos que essas escolas estão localizadas, em sua grande maioria, em regiões periféricas, o estigma daquela educação restrita a poucos é rompido, já não temos mais uma educação voltada puramente para os abastados, e, certamente, apesar dos problemas, avanços significativos têm sido feitos. 15 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 5. AVALIAÇÃO A avaliação na escola está intimamente ligada à necessidade de verificar se os objetivos educacionais foram atingidos. Ela é um dos mais importantes elementos educacionais, pois se constitui como complemento do processo de ensino e aprendizagem, permitindo a construção de uma ideia geral ou específica dos avanços dos educandos. Por esse motivo, o processo avaliativo deve ser pensado e construído a partir dos objetivos propostos para o ensino de cada disciplina, de forma que sejam estabelecidos todos os procedimentos e critérios de avaliação do aluno, não podendo, portanto, serem concebidos sem ter em vista os propósitos que fundamentam o ensino. Avaliar não é meramente atribuir notas ou conceitos, a partir do desempenho obtido em determinada atividade, trabalho ou prova. Não se pode conceber a avaliação pautada como mero instrumento legitimador do fracasso ou do sucesso escolar. Avaliação, principalmente, deve servir para apontar quais os caminhos têm sido percorridos com êxito e quais devem ser redirecionados. Há três questões básicas no processo avaliativo: • É preciso deixar claro para os educandos o que está sendo trabalhado e em que os alunos estão sendo avaliados, além de permitir que eles saibam reconhecer quais métodos e recursos estão sendo utilizados; • Não se pode esquecer que o processo de avaliação deve ser revisto ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, pois nesse percurso os objetivos vão se tornando mais claros, na medida em que é observada a interação dos educandos com o conhecimento; • Deve-se acompanhar o desempenho do educando para verificar se ele está realmente desenvolvendo as habilidades necessárias. Pode acontecer que ele saiba discorrer sobre o conteúdo, mas não consegue atingir as capacidades esperadas. Os PCNs dispõem o seguinte sobre o processo avaliativo: No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de 16 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos. (BRASIL, 2001, p.62) Desse modo, entende-se que o processo avaliativo deve funcionar de maneira integral para ser eficaz, ou seja, deve ocorrer em todas as etapas do ensino de forma adequada. Cabe então ao professor considerar os conhecimentos prévios e a realidade de vida dos educandos, quando da introdução de novos conteúdos; acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem ao logo de todo o ensino, ficando atento às necessidades individuais de cada um; e, por fim, ao concluir semestres ou anos letivos, realizar as avaliações, no intuito de confirmar se os alunos conseguem ou não assimilar os conteúdos aprendidos, para desempenhar as habilidades mínimas exigidas para cada ano de escolaridade. Existem várias maneiras de se avaliar a aprendizagem, de forma que o mais importante é que isso ocorra durante todo o processo educativo, sendo possível assim verificar a real situação do aluno no que se refere à aprendizagem. A avaliação deve: • Pautar-se num processo de aprendizagem que desenvolva e capacite o aluno a crescer intelectualmente e com autonomia, e não apenas na promoção de um ano ao outro, baseado simplesmente nas notas mínimas estabelecidas; • Focar o processo de ensino-aprendizagem nas habilidades desejadas e não na atribuição de notas em provas e trabalhos; • Centrar-se na qualidade do ensino e no desempenho obtido, e não apenas em resultados estatísticos; • Estar, intrinsecamente, ligada ao objetivo geral e aos objetivos específicos da proposta de ensino. Os processos avaliativos podem acontecer de diversas formas, de acordo com a finalidade almejada. A avaliação pode ser: • Diagnóstica: quando se quer averiguar quais conhecimentos o educando detém no início de um processo. Com esse tipo de avaliação, pode-se dar um tratamento mais particularizado aos alunos, tendo em vista que eles são egressos de diferentes realidades. Além disso, pode-se haver um nivelamento 17 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros da turma, em relação aos conhecimentos mínimos necessários para tal escolaridade; • Formativa: quando se quer verificar se os objetivos propostos nos planejamentos estão sendo alcançados pelos alunos. Analisa a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados obtidos. Permite ao estudante conhecer seus erros e acertos. Favorece a definição de novos objetivos e métodos para o que foi considerado deficiente; • Somativa: quando se quer proporcionar a exteriorização de uma classificação final do aluno frente a todo processo de ensino-aprendizagem, já que ocorre ao final do processo, apresentando o grau de domínio do aluno em relação aos objetivos propostos e as competências desejadas. Aponta-se que essa função é amparada pelas anteriores citadas, sendo necessária assim uma aproximação das três funções para a efetivação de um processo avaliativo eficiente. É significativo observarmos o quanto a avaliação é complexa, repleta de aspectos intrincados e que jamais devem ser desprezados. Se tempos atrás, era um instrumento que cabia apenas ao professor administrar e tinha um caráter meramente classificatório, de indicar os “bons” e “maus” alunos, hoje, não deve mais ser entendida com base nesses parâmetros. O processo avaliativo deve envolver discentes e docentes, no sentido de repensar práticas, analisar os aspectos que interferem na boa qualidade do processo ensinoaprendizagem. Os resultados das provas e atividades não devem servir para separar os alunos de acordo com seu grau de sucesso, mas para diagnosticar suas dificuldades e as fragilidades do processo e, ainda, possibilitar a elaboração de um plano de ação no sentido de proporcionar melhorias no ensino. Como fica nítido, é um processo baseado na reflexão, a responsabilidade deve ser compartilhada por todos, uma vez que consideramos que professor e aluno são componentes indissociáveis do processo de construção do conhecimento. Pensando sob esse ponto de vista, a avaliação deixa de ser um instrumento de coação, que, simplesmente, afere resultados e passa a representar uma possibilidade efetiva de transformar a maneira como se dá o ensino, tornando-o menos hierarquizado, com base em princípios sociais, culturais e políticos. 18 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 6. AVALIAÇÕES EXTERNAS 6.1. Avaliação Externa Municipal O Sistema de Avaliação Municipal de Ensino (SAME) é um instrumento pedagógico da Secretaria Municipal de Educação para diagnosticar os níveis de aprendizagem dos educandos das escolas municipais. Foi criado pela Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros em 2006 e trata-se de uma avaliação sistêmica, censitária, aplicada a todos os alunos do 3º, 5º, 7º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 5º e 6º períodos da EJA. O SAME foi idealizado para fornecer dados que sejam capazes de revelar, o mais próximo possível, a realidade de cada turma e das Unidades de Ensino, proporcionando aos docentes, aos gestores e à comunidade escolar acompanhar, sistematicamente, o desempenho de seus alunos. O SAME representa um progresso na pesquisa educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), e seus resultados indicam, principalmente aos docentes, os caminhos a seguir em estudos e práticas educacionais pontuais, ações significativas para o redirecionamento das questões pedagógicas em sala de aula, sobretudo, com vistas a melhorar os índices de desempenho dos alunos e seus níveis de conhecimento. O resultado do SAME de 2010 será publicado como Revista digital, com ISSN: 2236-6075. As avaliações passaram a ser aplicadas duas vezes ao ano, como instrumento comparativo semestral: • No início do ano letivo, para que o professor tenha um diagnóstico do nível de proficiência de seus alunos e conhecimento dos descritores e habilidades que precisam ser enfatizados nos conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática e Produção de Texto, contextualizados com os demais conteúdos escolares; • No final do ano letivo, a aplicação do SAME permite verificar a aprendizagem da turma a partir da intervenção realizada pelo professor e compará-la com o resultado anterior, apontando novas perspectivas na construção de uma educação melhor para todos. 19 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Após a aplicação das avaliações, os dados são entregues digitalizados para cada unidade escolar, a fim de que diretores e supervisores divulguem amplamente para os professores os resultados da avaliação censitária aplicada aos alunos. Por meio de relatórios detalhados, apresentam-se dados quantitativos de forma clara, em planilhas e gráficos para que toda comunidade escolar possa conhecê-los e analisá-los, para se destacar a aprendizagem de cada aluno, bem como ser utilizado como instrumento para nortear os trabalhos pedagógicos em novas práticas de intervenção. Para uma melhor compreensão dos resultados do SAME são utilizados descritores de proficiência que orientam a elaboração das avaliações. Esses descritores têm como base a matriz de referência do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita – CEALE, o Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB e a Proposta Curricular Municipal. A escala de proficiência utilizada pela SME vai de 0 a 100, divididas em três níveis: 1. Recomendável – 80% a 100% - Configura a aquisição satisfatória de capacidades para o nível de escolaridade; 2. Intermediário – 50% a 79% - Configura a aquisição parcial de capacidades básicas para o nível de escolaridade; 3. Baixo Desempenho – 0 a 49% - Configura pouca ou nenhuma aquisição de capacidades básicas para o nível de escolaridade. A SME espera que os profissionais da educação, que atuam diretamente na escola e principalmente na sala de aula, apropriem-se dos resultados do SAME para melhorar suas práticas e intervenções pedagógicas. 20 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 7. AVALIAÇÕES EXTERNAS ESTADUAIS E FEDERAIS DE RESPONSABILIDADE LOGÍSTICA DA DIVISÃO DE AVALIAÇÃO SISTÊMICA 7.1. Avaliações Estaduais SIMAVE (PROEB): é uma avaliação que contempla alunos da rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas Gerais, cujo objetivo é avaliar competências e conhecimentos dos alunos para produzir informações criteriosas, que possibilitem aos gestores identificar problemas e tomar decisões fundamentadas, destinadas à melhoria da qualidade dos serviços educacionais. Essa avaliação acontece uma vez por ano para os alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental. PROALFA: é uma avaliação que contempla alunos da rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas Gerais. Ela tem como objetivo determinar o nível de leitura e escrita alcançado, para que sejam realizadas intervenções pedagógicas com alunos de oito anos de idade, a fim de que possam ler e escrever plenamente. Essa avaliação também acontece uma vez por ano para o 3º ano do ensino fundamental, sob a forma censitária e amostral com alunos de baixo desempenho. 7.2. Avaliações Federais PROVINHA BRASIL: é um instrumento pedagógico, sem finalidades classificatórias, que fornece informações sobre o processo de alfabetização aos professores e gestores das redes de ensino. Tem o objetivo de avaliar o nível de alfabetização dos alunos/turma nos anos iniciais do Ensino Fundamental, bem como diagnosticar possíveis insuficiências das habilidades de leitura e escrita. Essa avaliação acontece em dois momentos do ano letivo, sendo no início e no final de cada ano para os alunos do 2º ano de alfabetização do ensino fundamental. PROVA BRASIL: é uma avaliação para diagnóstico em larga escala, desenvolvida pelo INEP/MEC, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo Sistema 21 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Educacional Brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Essa avaliação ocorre de dois em dois anos para os alunos dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental da rede pública ensino. Sua aplicação, bem como todo o processo de correção e divulgação dos resultados é de inteira responsabilidade do MEC. A prova é construída pautada em competências mínimas que os alunos devem obter em cada ano de escolaridade em que ela é aplicada. Essas competências são representadas por descritores de Matemática e de Língua Portuguesa. 22 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8. TEMAS TRANSVERSAIS Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao tratarem dos temas transversais, indicam que a cidadania deve ser um eixo norteador da educação escolar. O mesmo documento ainda indica que agir e acolher essa noção de cidadania implica na promoção de um ensino voltado para defesa de princípios éticos, que prontamente se coloquem em oposição às perspectivas e decisões que caminhem na direção contrária. Ao refletir sobre essa posição, e na tentativa de entender o processo de ensinoaprendizagem como algo mais amplo do que o simples domínio de conteúdos, esta Proposta Curricular, em consonância com os PCNs, apresenta temas de grande relevância social, de interesse local, que são necessários para a vida e formação social dos educandos, a fim de que possam ser trabalhados em todas as disciplinas do currículo escolar, perpassando pelos conteúdos propostos. As temáticas abordadas aqui são: Meio Ambiente; Sexualidade; Drogas; Tecnologia; Preconceito; Violência; Cultura Regional e Trânsito. Esses são assuntos prementes na sociedade brasileira, e como tal, não devem ser relativizados. Levando em conta que o Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros está inserido nesse contexto mais amplo e procura assegurar a defesa de valores democráticos, levar essas discussões para as nossas salas de aula, proporcionará a integração entre escola e o mundo no qual esses alunos estão inseridos. 8.1. MEIO AMBIENTE Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Observar e analisar fatos e fenômenos ambientais, criticamente, identificando a necessidade e as oportunidades de intervenção, a fim de garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida; 23 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Respeitar os diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural, valorizando a diversidade natural e sociocultural; • Promover a mudança de posturas na escola, na casa do aluno e em sua comunidade, de maneira que os levem a práticas construtivas e ambientalmente sustentáveis; • Utilizar as noções básicas relacionadas ao meio ambiente, contextualizando-as com os demais conteúdos; • Perceber que os problemas ambientais afetam a qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - Meio Ambiente - a principal função de trabalhar com essa temática é a contribuição para a formação de pessoas conscientes, que estejam aptas a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e com a sociedade local e global. Para que isso ocorra é preciso que as escolas, além de trabalharem com conceitos e diversos conteúdos referentes a essa temática, proponham-se a trabalhar atitudes, formação de valores, e o ensino e aprendizagem de procedimentos. É nesse contexto que surge a educação ambiental no currículo escolar. Essa temática pode ser trabalhada de várias formas, tais como: desenvolvimento de projetos multidisciplinares, campanhas na comunidade, palestras nas escolas, gincanas ecológicas, debates em sala de aula, vídeos (filmes, documentários, entrevistas), dentre outras. Uma das alternativas para a inclusão da temática ambiental no meio escolar é o trabalho com projetos, trazendo para a realidade escolar o estudo de problemas do dia a dia do educando. Por ser um tema muito abrangente, os projetos devem abordar assuntos mais específicos, de forma que a sua aplicação não fique restrita apenas ao espaço escolar. Assim, considerando a importância da temática e a visão integrada de mundo, tanto no tempo como no espaço, a proposta deverá oferecer meios efetivos para que os alunos adotem posturas pessoais e comportamentos sociais que lhes permitam viver em uma relação construtiva consigo e com o meio, colaborando, portanto, para que a sociedade seja ambientalmente sustentável e socialmente justa, preservando as manifestações de vida no planeta, garantindo as condições para que ele prospere em toda a sua força, abundância e diversidade. 24 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8.2. SEXUALIDADE Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Informar sobre os riscos e perigos do sexo sem proteção; • Conhecer os diversos métodos contraceptivos, suas vantagens e desvantagens; • Preparar para o desenvolvimento de uma vida sexual saudável; • Conscientizar sobre os riscos e consequências de uma gravidez precoce; • Alertar sobre os riscos do aborto para a saúde da mulher; • Orientar sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Para falar sobre sexualidade na escola muitas vezes temos de romper tabus, mitos e preconceitos. É necessário estabelecer diálogos francos em sala de aula, que versem de maneira clara sobre o assunto e que, principalmente, possibilitem aos alunos falar de suas vivências, deixando sempre claro para eles que discutir educação sexual, não é o mesmo que tratar de sexo, mas sim, de uma temática mais abrangente que orienta sobre métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, etc. O tema educação sexual deve ser trabalhado de forma contínua pela escola, isso não influenciará o adolescente a iniciar mais cedo sua vida sexual. Pelo contrário, desse modo, ao debater o assunto de maneira clara, com informações corretas, as dúvidas e curiosidades sobre sexualidade poderão ser esclarecidas pelo professor, propiciando aos alunos conhecimentos consistentes, diminuindo assim os riscos da desinformação. Um assunto tão importante como esse não pode ser negligenciado pela comunidade escolar, tendo em vista que a gravidez precoce, por exemplo, é uma das causas de evasão escolar, morte por aborto provocado, de desagregação familiar, entre outras consequências. Segundo a Organização Mundial de Saúde, muitas mulheres que se submetem ao aborto clandestino, sem acompanhamento médico, acabam ficando com sequelas permanentes ou até mesmo morrendo. O aborto é hoje a 4ª causa de morte entre as mulheres no Brasil, fato esse, que por si só já mereceria uma abordagem mais efetiva dentro do tema sexualidade na escola. 25 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros A puberdade na espécie humana é marcada por diversas transformações físicas e psicológicas. Como uma metamorfose, ela modela e transforma o corpo do jovem em um maduro sexualmente, sendo esse o período da vida em que meninas e meninos começam a se interessar mais pelo sexo. Assim, a escola do Ensino Fundamental tem uma oportunidade ímpar para exercer sua função de conscientizar, informar e esclarecer aos alunos suas dúvidas e angústias sobre sexualidade. O tema poderá ser trabalhado de várias maneiras, tais quais: aulas expositivas; vídeos; grupo de discussão e palestras. Nesse último caso, o trabalho poderá ser desenvolvido em conjunto com o Programa de Saúde da Família (PSF) do bairro onde a escola se encontra, pois o PSF dispõe de profissionais da saúde, os quais auxiliarão melhor os professores. 8.3. DROGAS Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Informar aos alunos sobre as diversas drogas conhecidas e os problemas que elas causam à saúde, à família e à sociedade; • Alertar sobre o problema da dependência química e os entraves que isso pode causar na vida do indivíduo; • Propiciar informações sobre a ilegalidade do comércio de drogas, as punições e os problemas que o tráfico causa à sociedade; • Envolver toda a comunidade escolar no combate ao uso de drogas; • Conscientizar que a melhoria na qualidade de vida passa pela rejeição ao uso de drogas e adoção de hábitos saudáveis. Drogas podem ser definidas como aquelas substâncias que produzem mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional das pessoas. As alterações que elas ocasionam variam de acordo com as características físicas do usuário, o tipo escolhido para consumo, a quantidade utilizada, a frequência, a expectativa e a circunstância de uso. 26 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Incluem-se nesse rol as substâncias que têm a fabricação e utilização proibidas por lei, tal como a maconha, a cocaína, o crack, o ecstasy, entre outras, bem como as tidas por drogas lícitas, que, independente de não possuírem impedimento legal quanto à distribuição, provocam inúmeros prejuízos para a saúde, sendo elas: as bebidas alcoólicas, os cigarros, medicamentos, etc. De acordo com governo federal (2009, p.15) a droga mais consumida no Brasil é o álcool, seguido pelo tabaco, pelos solventes, pelos medicamentos, pela maconha e por último pela cocaína e seus derivados, como o crack, o qual, hoje, é motivo de grande preocupação das políticas públicas de prevenção, combate e recuperação de usuários. Isso ocorre devido ao seu efeito devastador para a saúde e ao rápido crescimento de seu consumo no Brasil. Outro problema relacionado à dependência química é o alcoolismo. Trata-se de uma doença crônica que, apesar de não ter cura, pode ser controlada com o tratamento específico e, para uma recuperação completa, o indivíduo não pode fazer uso, mesmo que social, de qualquer tipo de bebida alcoólica. Atualmente, o alcoolismo afeta parcela considerável da população brasileira , o que acarreta grandes custos financeiros para o país. Segundo o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), do instituto de pesquisa do Hospital das Clinicas de São Paulo, o Brasil perde mais do que ganha com a bebida alcoólica. Enquanto as indústrias de bebidas movimentam 3,5% do PIB, o país gasta 7,3% por ano, para cuidar de problemas relacionados com o álcool. Sabe-se que considerável parcela da população, sobretudo os mais jovens, procura as drogas por curiosidade ou por influência de alguém que já fez uso de alguma substância entorpecente. Dessa maneira, uma boa alternativa para diminuir o uso dessas substâncias é a informação, sendo preciso falar, esclarecer, exemplificar, questionar e discutir o problema. Devemos nos conscientizar da necessidade e urgência de evidenciar não apenas o fato de que as drogas são maléficas, mas o que elas são de fato, de onde vêm, quais as consequências de seu consumo, bem como o que é dependência química e a dificuldade do seu tratamento. Isso, na maioria das vezes, os alunos não sabem, usam as drogas por curiosidade e acabam muitas vezes se tornando dependentes. Para abordar as questões das drogas e desenvolver ações de prevenção na escola, é necessário se ter um planejamento que envolva diretores, supervisores, professores, pais, funcionários, estudantes e toda comunidade. O trabalho deve ocorrer durante todo o processo 27 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros escolar, por meio de métodos interativos, integrado ao currículo escolar e às ações de promoção à saúde. É consenso entre os especialistas que apenas alertar os jovens dos efeitos maléficos das drogas produz resultados pouco significativos no que se refere à prevenção. A adolescência é uma fase em que a aventura, a contestação, a exposição ao perigo são extremamente atraentes. A abordagem mais eficaz, reconhecida pelas Nações Unidas, por médicos e por psicólogos, é a valorização da vida: falar de saúde, natureza, incentivar a prática de atividades esportivas e oferecer outras formas saudáveis de lazer e de prazer. Já se sabe também que falar de drogas na escola somente dentro da disciplina de ciências, como uma questão isolada, não funciona muito bem. O ideal é que esse assunto seja abordado nas diversas disciplinas como tema transversal. A temática das drogas na escola pode ser trabalhada de várias maneiras pelo professor, tais como: vídeos (filmes, documentários, entrevistas), palestras, grupos de discussão, relatos de experiências e também encontros entre pais, professores e alunos. Não existe uma fórmula mágica para trabalhar esse tema em sala de aula, mas as experiências mostram que alguns princípios e abordagens surtem mais efeitos que outros. Citamos abaixo alguns: • Apresente informações fundamentadas sobre drogas de maneira isenta e honesta; sem usar exagero ou estratégia de amedrontamento, pois isso só faz com que os jovens desenvolvam uma visão deformada da realidade; • Inclua também informações sobre os riscos de se usar drogas, mencionando ainda os benefícios de não usá-las; • Discuta atividades que as pessoas poderiam ter escolhido como alternativa ao invés de usar as drogas; • Envolva seus alunos ao máximo, com aulas atrativas, usando as opiniões e visões que eles oferecem. 28 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8.4. TECNOLOGIA Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Conhecer e fazer uso dos recursos tecnológicos, apropriando-se de novas formas de produzir o conhecimento; • Analisar e relacionar informações, permitindo uma atitude crítica frente às fontes de informações; • Dominar o básico dos diversos recursos tecnológicos, desenvolvendo habilidades e atitudes necessárias para ser um usuário das ferramentas disponíveis; • Utilizar a tecnologia como forma de favorecer o ensino-aprendizagem, possibilitando a melhoria da qualidade do ensino; • Conhecer e compreender a evolução das tecnologias da comunicação e informação e sua importância na sociedade. De acordo com o Parâmetro Curricular Nacional, a tecnologia é entendida como o estudo das técnicas, ou seja, da maneira correta de executar qualquer tarefa. Ensinar tecnologia é algo de vital importância para preparação do futuro profissional do cidadão, já que ela o prepara para o trabalho, proporciona o acesso à informação, além de outros benefícios. O PCN cita ainda que um dos objetivos do ensino fundamental é que os alunos sejam capazes de saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Assim, a escola necessita utilizar tipos diferentes de tecnologia para proporcionar um processo de ensino e aprendizagem integrado à sociedade em que vivemos. Há pouco tempo, as tecnologias educacionais eram voltadas para o professor e suas exposições, reforçando o seu papel centralizador. Com a difusão das novas tecnologias digitais, o computador ganhou, na educação, um papel significativo, passando a contribuir para a construção do aprendizado de forma mais autônoma, levando aluno a buscar seus próprios caminhos. 29 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Entende-se que a melhor maneira de abordar essa temática é com a prática pedagógica, ora centrada no professor (através do editor de apresentação de slides), ora centrada no aluno (através dos livros, páginas HTML), ora centrada no grupo (através dos fóruns de discussão) e centrada na comunidade (através redes sociais, blogs). As tecnologias educacionais podem ainda ser classificadas em: distributiva (televisão, livro, documento em PDF, páginas HTML, DVD e CD áudio), interativa (correio, CD com programas educativos) e colaborativa (fórum, e-grupo e wiki). Além de ser possível também trabalhar com conteúdos teóricos em sala de aula, tais como evolução tecnológica, trabalho e consumo, tecnologia na escola e mídias na educação, o professor, após diagnosticar a realidade de sua escola, deve escolher o melhor recurso tecnológico que auxilie suas aulas, podendo fazer uso do laboratório de informática; criação de um blog da escola, da turma; realização de feiras de ciência e tecnologia; utilização de programas de televisão, filmes, documentários, dentre outros. Com isso, o professor deve buscar, cada vez mais, desenvolver a sua prática pedagógica em ambientes de ensino mediados pela tecnologia. Para tanto, ele precisa conhecer e saber utilizar os diversos recursos existentes no computador, tanto no software quanto na web. Além de conhecer as ferramentas e os recursos disponíveis, ele precisa adotar uma postura crítica e consciente diante dessas novas possibilidades de ensino-aprendizagem, afinal a inserção da tecnologia no ambiente escolar só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. 8.5. PRECONCEITO Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Adotar atitudes inclusivas, reconhecendo que todos são seres humanos únicos, importantes e com qualidades a desenvolver na relação com os outros; • Ser tolerante às diferenças dentro e fora do ambiente escolar; • Conhecer e valorizar a diversidade étnico-cultural do país; 30 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conviver com ideias, culturas, religiões e estilos de vida diferentes dos considerados predominantes. Socialmente, o termo preconceito é usado em caso de discriminação, exclusão, racismo, intolerância religiosa e cultural e outras formas de agressão ao ser humano. Apoiado em seus costumes e crenças, o ser humano faz interpretações sobre situações e pessoas, julgando-as corretas ou incorretas conforme acredita. Tais interpretações preconcebidas podem ser aceitas, cultivadas, reconhecidas e praticadas coletivamente como verdades incontestáveis, o que é um problema para a sociedade. Movidos por uma mentalidade antidemocrática e desumana, as pessoas preconceituosas agem de forma raivosa, agressiva e intolerante, vitimando pessoas por julgarem essas inferiores e ou por agirem incorretamente conforme sua crença. De tempos em tempos, os meios de comunicação transmitem notícias de atos violentos, decorrentes de preconceito, crime contra indígenas, moradores de rua, pessoas obesas, homossexuais e tantos outros. Para viver democrática e pacificamente em uma sociedade plural, como o Brasil, é preciso respeitar as diferenças, superar o preconceito, combater atitudes e ações discriminatórias. Vivenciar valores que fazem valer os direitos humanos é um desafio para a sociedade como um todo. A escola que é também um espaço de convivência, de transmissão de valores e de promoção da pessoa humana, deve investir na superação de todas as formas de preconceito. Para isso será necessário o desenvolvimento de práticas e ações que levem o educando a conhecer, valorizar e respeitar a beleza da diversidade etnocultural do nosso país, dentro e fora da escola. Palestra com pessoas de diferentes etnias, culturas e religiões, entrevista com pessoas que já foram vítimas de algum tipo de preconceito, seminários, análise e discussão de filmes, músicas, textos, documentários, pesquisas referentes ao tema são alguns meios que podem ser utilizados para atingir esse objetivo. Dessa forma, teremos cidadãos comprometidos com os direitos humanos e com a construção de uma cultura de paz. 31 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8.6. VIOLÊNCIA Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Refletir sobre a violência, seus tipos, causas e consequências; • Reconhecer quais são os tipos de violência existente, sobretudo, no meio em que vive; • Adotar posturas que combatam à violência; • Refletir sobre os fatores sociais, psicológicos, econômicos e físicos que possibilitam a existência da violência na sociedade; • Respeitar o outro como um ser provido de direitos individuais inalienáveis. A violência, ao longo anos, tem-se revelado como um dos maiores problemas vivenciados pela sociedade brasileira, a qual encontra, inúmeras vezes, dificuldades na busca por soluções eficazes, que favoreçam a redução das diversas práticas tipificadas como atos violentos e que sejam capazes de proporcionar às pessoas uma melhor qualidade de vida, no que diz respeito a uma convivência social mais harmoniosa, em que se possa conviver com as diferenças, discutir e solucionar os problemas de maneira pacífica. Pode-se conceituar a violência, de maneira bem simples, como a prática de determinadas ações que atentam contra a integridade física, psicológica e moral das pessoas, que causam algum tipo de dano, que muitas vezes podem ser irreversíveis, ocasionando uma série de prejuízos que podem limitar ou tirar a possibilidade que o outro teria de realizar algum tipo de atividade pessoal ou profissional. Pode-se resumir os tipos de violência em dois grandes grupos, de modo que suas peculiaridades vão variar de acordo com o lugar social em que ocorrem - o lar, a escola, o ambiente de trabalho, as ruas, os espaços públicos, e ainda, conforme suas vítimas - criança, adolescente, mulher, idoso, homossexual, etc: • Violência física: é propriamente o uso da força com o objetivo de ferir, machucar, atingir a integridade física de alguém. É largamente utilizada, sobretudo, contra crianças, mulheres e idosos, pelo fato de, a princípio, essas pessoas serão mais vulneráveis às agressões. Torna-se potencializada quando o 32 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros agressor utiliza de algum material cortante, arma de fogo, metais ou está sobre o efeito de alguma droga. Ainda, enquadra-se nesse tipo, a violência sexual, praticada, principalmente, contra crianças e adolescentes devido à sua vulnerabilidade. • Violência psicológica: são as praticas discriminatórias, ofensas, calúnias, injúrias, difamações, desrespeito, humilhações, punições exacerbadas, que, apesar de não deixarem marcas pelo corpo das vítimas, acarretam sérios prejuízos psicológicos para a vítima, tais como: paranóia, síndrome do pânico, depressão, excesso de timidez, crises de ansiedade, etc. Uma das formas de violência psicológica, que está em maior evidência no ambiente escolar é o bullying. Depreende-se, então, que a violência está presente nos diversos espaços sociais em que crianças, jovens, adultos e idosos estão inseridos. Que ela pode se materializar de modo evidente, a partir das marcas deixadas no corpo de alguém, mas que também pode ocorrer silenciosamente, por meio da opressão dissimulada, da pressão psicológica, do assédio moral, da humilhação, entre outros. Por isso, essa temática deve possuir um espaço privilegiado durante as aulas, uma vez que favorecerá a discussão dos seus principais problemas, suas causas e consequências, as vítimas em potencial, o perfil dos principais agressões e quais são as possíveis formas de se combatê-la. Importante ainda é a contextualização dos atos violentos, cabendo aos professores debater com seus alunos as questões relacionadas à violência, que estão mais próximas de suas realidades, procurando estratégias que torne, por exemplo, pelo menos o convívio no espaço escolar mais pacífico, baseado no respeito às diferenças e na concretização dos direitos individuais e coletivos. 8.7. CULTURA REGIONAL Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: 33 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conhecer e valorizar as várias formas de expressão cultural montesclarense; • Reconhecer nas obras artísticas locais os modos de perceber, pensar, aprender, recordar, imaginar, sentir, expressar e comunicar próprios da população local; • Reconhecer as manifestações artísticas regionais como elementos fundamentais da estrutura da sociedade; • Perceber as relações entre a arte e a realidade na produção artística local; • Conviver com as diversas formas de expressão artística cultural de Montes Claros. Montes Claros é uma cidade com fortes tradições artístico-culturais, tanto eruditas como populares. Percebe-se um grande entusiasmo pela música, pelas danças, festas, literatura e artes em geral. A preservação dessas manifestações é de responsabilidade de toda a sociedade e do poder público. A educação tem um importante papel nesse processo, pois é na escola que os cidadãos são formados. No contexto desta Proposta Curricular, Cultura Regional é entendida como conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais próprias do povo de Montes Claros e da região, ou seja, a música, o teatro, os rituais religiosos, a língua falada e escrita, os mitos, os hábitos alimentares, as danças, a arquitetura, as invenções, os pensamentos, as formar de organização, etc. Todas essas manifestações distinguem o povo de Montes Claros dos outros povos do mundo. Esse patrimônio cultural oferece identidade ao povo, possibilitando que ele se reconheça como comunidade e reencontre seu papel como guardião das tradições. Essa fusão entre o patrimônio cultural e o povo permite a construção de valores ligados à cidade e região, à ética e ao exercício da cidadania. É por esse motivo que a preservação dessas tradições garante a continuidade dos valores culturais de um povo. Portanto, é necessário que os educandos das escolas municipais de Montes Claros conheçam profundamente o modo de vida e de expressão da população local. Isso permitirá o desenvolvimento da identidade cultural, através do sentimento de pertencer a um grupo. Assim, o educando poderá reconhecer-se como uma pessoa social e culturalmente inserida, por mais que esteja exposto ao caldeirão da cultura contemporânea. Além disso, queremos estimular atitudes de respeito e solidariedade diante do patrimônio cultural local que são extremamente necessárias para preservação e continuidade dos elementos da cultura regional. 34 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Elementos culturais preferencialmente indicados para o trabalho nas escolas municipais: • Grupos musicais, grupos de teatro, grupos de dança, poetas, artistas em geral; • Festas Populares: Festa Nacional do Pequi, Festas Juninas, Festas de Agosto (Marujos, Caboclinhos, Catopês, Pastorinhas), Exposição Agropecuária Regional, Festa dos Santos Reis (Folia de Reis), etc.; • Músicas Regionais; • Histórias Regionais; • Comidas típicas: arroz com pequi, feijão tropeiro, beiju; • Variações Linguísticas; • Artesanato; • Arquitetura: prédios tombados como patrimônio histórico. Esses assuntos podem se integrar nas mais variadas disciplinas, como História, Geografia, Artes, Língua Portuguesa, Educação Religiosa, tanto de maneira isolada como em projetos multidisciplinares. Esses conteúdos podem ser trabalhados de várias maneiras: os alunos podem conferir in loco as manifestações artísticas, festas, monumentos e locais importantes; as pessoas de destaque, que sejam profundas conhecedoras da cultura regional, podem ser convidadas para conversar sobre o que fazem; podem ser organizadas festivais, festas, concursos, seminários, apresentações artísticas baseadas nesses elementos regionais. É preciso transpor os muros da escola e permitir integração e troca de experiências entre a comunidade escolar e a cultura local. 8.8. TRÂNSITO Espera-se com este tema que os educandos sejam capazes de: • Questionar a realidade do trânsito junto à comunidade escolar, criando ações preventivas que possibilitem o exercício de uma postura crítica, reflexiva, consciente e solidária, na busca da preservação e melhoria da qualidade de vida; 35 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conhecer e respeitar as leis de trânsito; • Reconhecer os agentes de circulação (pedestre, ciclista, motorista e passageiros) e a responsabilidade de cada um na divisão e organização do espaço viário; • Assumir atitudes cidadãs no trânsito embasado na ética, na solidariedade, no respeito com vistas ao bem comum; • Adotar novos comportamentos que eliminem ou minimizem os riscos enfrentados diariamente no uso do espaço viário; • Enfatizar o fato de que a solução dos problemas do trânsito requer, em primeiro lugar, um olhar interdisciplinar que privilegie não só as intervenções técnicas, mas também dimensões de ordem sócio-cultural. Segundo Rodrigues (2007, p. 15), a educação para o trânsito deverá estar atrelada à educação para o exercício da cidadania, garantindo o direito de ir, vir e estar em espaços e vias públicas, com segurança. É, também, assumir com responsabilidade os deveres, respeitar o direito dos outros e cooperar para transformar as vias em locais de convivência saudável e fraterna. O Código de Transito Brasileiro (CTB), Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, artigo 76, estabelece que: A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. (BRASIL, 1997, p.34) Portanto, o CTB define e reconhece a educação para o trânsito mediante ação efetiva das escolas de ensino infantil, fundamental e médio, de forma sistemática e organizada. No que se refere aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), esse dá oportunidade às escolas elegerem – além dos temas transversais estabelecidos – temas locais, o que torna viável a menção do trânsito nas escolas, no sentido de desenvolver atividades que possibilitem a sua análise e reflexão. Daí, a importância da autonomia oferecida às escolas que, ao elaborar seu projeto pedagógico, têm a liberdade de atender às necessidades pertinentes à sua realidade. 36 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Nesse contexto, o município de Montes Claros institui o ensino de normas e educação para o trânsito nas escolas municipais através do Projeto de Lei nº 4.212 de 23 de abril de 2010. A fim de que o trânsito seja conscientemente respeitado, faz-se imprescindível uma mudança conceitual e atitudinal nas pessoas que compõem a sociedade, provocada especialmente por meio da educação. O trabalho de educação para o Trânsito deverá ser organizado de maneira a possibilitar que os alunos sejam capazes de compreender o trânsito como espaço de comunicação e convivência social, estabelecendo relações de respeito pela vida e assegurando o direito de ir, vir e estar com segurança. A metodologia utilizada deverá ser concebida como forma de desenvolver atitudes e valores voltados ao respeito, à cooperação e à valorização da vida. Sugere-se que a escola promova seminários, palestras, teatros, exposições, vídeo aula, visita à transitolândia, análise de gráficos por região e demais possibilidades, ressaltando que cada bairro ou lugar possui necessidades e características específicas e, por isso, caberá ao professor criar situações de ensino-aprendizagem que atendam tais necessidades. Aos alunos será dado a oportunidade vivenciar experiências, debater e refletir sobre conteúdos referentes ao trânsito sendo capazes de transformar a realidade imediata. Por fim, o intuito da proposta escolar será mostrar à sociedade a importância de educar crianças e jovens para o exercício da cidadania no espaço público, como pedestres, passageiros, ciclistas, motoristas, entre outros. A escola, ao promover a implementação de um projeto de Educação para o Trânsito, ancorado sobre um enfoque educacional, fundamentado em princípios éticos, firmados na convivência social e no respeito mútuo, contribuirá para assegurar o direito humano de ir e vir, de conviver e, sobretudo, de viver em espaços e vias públicas. 37 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros PROPOSTAS CURRICULARES POR DISCIPLINA 38 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 39 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros ARTES INTRODUÇÃO O Parâmetro Curricular Nacional (PCN) – Arte1 preconiza que esta área, como componente curricular, refere-se a quatro linguagens artísticas: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. A arte visa conhecer e desenvolver aspectos essenciais da criação e da percepção estética que são imprescindíveis para a cultura do cidadão contemporâneo. Nesse mesmo sentido, a LDB 9.394/96, no seu Art.26 §2º, diz que a arte aponta para “o desenvolvimento cultural dos alunos”. Hoje entendemos que arte em nossas escolas proporciona a quebra dos paradigmas positivistas e tradicionais da educação e conduz a uma formação mais humana e integral. Possibilita o desenvolvimento cultural dos alunos ao mesmo tempo em que permite que as capacidades de sentir, pensar e agir, de modo integrado, sejam desenvolvidas. É trabalho do professor envolver toda comunidade escolar em um movimento de valorização da arte na educação, salientando que ela não é um momento lúdico sem importância prática, mas sim um conhecimento necessário às pessoas que construirão o país do futuro. A visão positivista consolidou a ciência como principal ramo de conhecimento. No entanto, muitos vêm reconhecendo que a Arte é um modo de se compreender o homem e o mundo. Entendemos que ela, na escola, deve ser encarada dessa maneira, como revelação das relações entre o ser humano e a sociedade. A Arte é conhecimento, possibilidade de compreensão da singularidade e da universalidade da condição humana. Os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam para a formação do cidadão que possa situar a produção de Arte como objeto sócio-histórico intimamente contextualizado com a cultura. São três os eixos de aprendizagem em arte: produzir, apreciar e contextualizar. Produzir se refere ao fazer artístico, como expressão, construção e representação. O apreciar 1 Nesta proposta, quando arte for grafada com letra maiúscula diz respeito à área de conhecimento, quando for grafada com letra minúscula refere-se ao componente curricular. 40 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros relaciona-se ao âmbito da recepção, interpretação e fruição. Já contextualizar, situa a obra de arte no tempo, relacionando-a como produto histórico e social. A Arte sempre esteve presente em todas as sociedades antigas, em suas manifestações culturais. Como era de se esperar, os processos de ensino e aprendizagem, ao longo da história, transformaram-se de acordo com as diferentes sociedades e suas respectivas mudanças. No Brasil, também, o ensino passou por várias fases, como, por exemplo, o ensino por meio das relações entre mestres e aprendizes, o ensino meramente técnico com vistas a suprir a necessidade industrial, as concepções baseadas nos princípios de livre expressão, entre outras. Por motivos históricos e políticos a disciplina de artes sempre foi mantida à margem das áreas curriculares tidas como mais “nobres”. No entanto, isso vem mudando aos poucos, pois há uma maior compreensão da importância da arte na formação do cidadão. Exemplo disso é a Lei 11.769/2008 que obriga o ensino de música nos estabelecimentos educacionais no Brasil. Na prática, a concepção de arte que se tem atualmente é influenciada pelos momentos históricos precedentes, pode-se encontrar sem dificuldade a prática polivalente e professores sem formação superior na área, ou ainda membros da comunidade escolar que encaram as aulas como um momento de recreação ou diversão, ou como um componente sem importância, que ninguém sabe ao certo por que está no currículo. No que diz respeito à polivalência é importante salientar que a maioria das universidades entendeu que não há como formar um professor que domine essas quatro áreas artísticas. Desse modo, elas passaram a oferecer cursos superiores em áreas artísticas distintas. Mas, essa ideia não foi incorporada a alguns sistemas de ensino, gerando um descompasso entre a formação acadêmica e o currículo escolar. Hoje, em muitos lugares, um professor licenciado na área de música assume as aulas de artes sem ter conhecimento específico em nenhuma das outras áreas. Dessa maneira, não são garantidos ao aluno os conhecimentos e experiências em todas as áreas artísticas. Recomenda-se que os professores de artes do município ministrem suas aulas de acordo com sua formação acadêmica e evitem aulas de linguagens artísticas das quais não têm formação. Por isso, o professor, nos quadros de conteúdos e habilidades, deverá usar apenas aqueles referentes à sua graduação. Tal medida tem o objetivo de valorizar o currículo escolar de artes em suas quatro linguagens, permitindo que o professor direcione melhor suas aulas. Acreditamos que isso fortalecerá a área, possibilitando conquistas futuras. 41 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros OBJETIVOS Objetivo Geral • Possibilitar o desenvolvimento de competências estéticas e artísticas nos educandos, nas diversas modalidades da área de Artes (Visuais, Música e Teatro/Dança), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possam, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e emitir juízo sobre os bens artísticos de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da história e na contemporaneidade. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Experimentar e explorar as diversas possibilidades artísticas, utilizando a arte como linguagem; • Articular percepção, imaginação, emoção, investigação, sustentabilidade e reflexão ao realizar e fruir produções artísticas; • Conhecer e experimentar materiais, instrumentos e procedimentos nas diversas linguagens artísticas, utilizando-os em seus trabalhos pessoais e identificando-os na apreciação e na contextualização artística; • Compreender as relações entre produção de arte e a realidade; • Compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural; • Compreender as diversas funções da arte nos movimentos artísticos, nas produções individuais e nos meios de comunicação; • Reconhecer e compreender a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias. 42 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Sugere-se que os professores de artes ministrem suas aulas de acordo com sua formação acadêmica (Música, Teatro e Artes Visuais), evitando a prática da polivalência em nossas escolas. Isso tem como objetivo consolidar a área de atuação do professor e possibilitar ao educando uma abordagem artística mais profunda e que possa realmente auxiliar na sua formação integral. Os conteúdos foram distribuídos por área levando em conta os conhecimentos próprios da linguagem artística e as habilidades básicas que deverão ser desenvolvidas. No entanto, o professor não deve encarar essa divisão como um roteiro que deve ser acompanhado cegamente. Ao contrário, essa é uma proposta norteadora das atividades pedagógicas, ou seja, explicita apenas o que é essencial na disciplina, restando ao professor a tarefa de elaborar seus planos de aula e escolher a metodologia adequada à realidade de seus alunos. A fim de favorecer os processos criativos nas aulas de artes, é preciso romper com os procedimentos mecânicos e reprodutores, como modelos prontos, atividades fragmentadas e sem proposta clara, o que gera apatia na aprendizagem e impede que os educandos construam um conhecimento consistente na disciplina. Sugere-se ainda que alguns conteúdos de cada linguagem artística sejam trabalhados de maneira conjunta, integrando os conteúdos de produção, contextualização e apreciação. Tal atitude proporcionará um aprendizado mais abrangente e consistente, até porque as aulas de artes são poucas e os objetivos podem não ser alcançados. O município de Montes Claros é rico em artistas e grupos artísticos. Sugerimos que os professores enfatizem a cultura local, propondo atividades de pesquisa e proporcionando momentos de aprendizado e troca de experiências junto aos produtores de arte da comunidade. Isso é importante para fortalecer os laços da comunidade artística com a comunidade escolar e proporcionar ótimos momentos de integração. Outra coisa importante é a visita a exposições de arte, apresentações musicais, apresentações de peças teatrais e festas populares, no intuito de apreciar e conhecer a arte local. É preciso que a escola e os professores estabeleçam parcerias com museus, centros culturais, universidades, fundações, empresas, prefeituras e instituições que possam colaborar na formação do apreciador de arte. 43 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Trabalhar com projetos é uma ótima opção em todas as disciplinas, pois permite a criação de novas possibilidades de pensar e agir de forma a construir um conhecimento participativo, que pode redesenhar concepções e novas práticas educativas. No entanto, é preciso repensar essas práticas na área de artes, para que os conhecimentos e habilidades sejam realmente atingidos em sala de aula. Trabalhar com vários projetos desconexos durante o ano não cumpre os objetivos da disciplina. É preciso que o professor leve em consideração os conteúdos e as habilidades a serem desenvolvidos em cada ano de escolaridade. É fundamental para efetividade das aulas que o educador, apesar das limitações de ambiente e de material didático, tente aprofundar ao máximo as habilidades artísticas dos educandos, focalizando o quanto possível os trabalhos práticos em cada linguagem artística. Isso é muito importante para que a comunidade escolar passe a entender e valorizar mais as aulas. Entretanto, é preciso lembrar que apesar de ser possível o despertar de talentos, o objetivo não é formar artistas profissionais, mas proporcionar ao educando formação artística que possa favorecer seu desenvolvimento pessoal e social. Uma ideia interessante para a apreciação artística pode ser a utilização de fichas e relatórios em que os educandos possam descrever, de acordo com orientações prévias, observações e análises acerca das obras apreciadas. Essas orientações devem ser bem claras, ressaltando pontos relevantes da obra, para que o foco do aprendizado não seja desarticulado. Apreciar tecnicamente e criticamente obras artísticas deve ser uma prática habitual nessas aulas. Isso pode ser feito de várias maneiras e é uma ótima atividade para desenvolver a capacidade de apreciação. O professor do século XXI não pode ficar alheio à informatização das escolas, deve o quanto antes buscar maneiras de usar a tecnologia na sala de aula, possibilitando um aprendizado mais interessante e unido à realidade dos educandos. As novas possibilidades da informática permitem várias maneiras de contato e interação com a arte. O professor deve conhecer as diversas ferramentas que podem facilitar o aprendizado artístico como: museus virtuais, pesquisa de imagens, pesquisas de vídeos, fóruns de discussão, blogs, comunidades virtuais, programas de edição de imagem, som e vídeos, etc. Outro aspecto que o professor deve estar atento é processo de avaliação. Avaliar em artes não é tão diferente quanto em outras disciplinas, já que hoje valorizamos não apenas a capacidade de guardar conhecimento, mas também a capacidade de recriá-lo e relacioná-lo. O trabalho avaliativo do professor de artes não deve se focar totalmente na capacidade de 44 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros produzir arte, mas sim na capacidade de entender, conhecer, avaliar e recriá-la. Um trabalho artístico pode não estar tecnicamente perfeito, mas pode ter sido muito bem pensado desde a escolha da técnica, até as referências artísticas. Nesse sentido, ao avaliar em artes, o professor deve levar em consideração se o educando é capaz de: • Compreender a arte como processo histórico que está intimamente ligada ao tempo em que foi produzida; • Analisar diversas obras artísticas, utilizando-se de termos técnicos e referências históricas; • Criar obras de arte a partir de estímulos diversos; • Estabelecer relações entre as obras criadas em sala de aula e obras estudadas anteriormente; • Expressar-se artisticamente; • Reconhecer diversas técnicas e estilos artísticos; • Conhecer a arte local; • Produzir obras de arte coletivamente. Instrumentos de avaliação preferencialmente indicados em Artes: • Portfólio: documento produzido pelo educando, no qual se reúne toda a produção artística desenvolvida durante as aulas de artes. Poderá conter ainda materiais para futuras produções ou estudos. Esse instrumento permite o registro constante do processo de aprendizagem, possibilitando que o professor tenha uma ideia geral do desenvolvimento do educando; • Testes e Questionários: são aferições escritas ou orais, aplicados de tempos em tempos, no intuito de avaliar o domínio dos vocabulários e os conceitos referentes à área de artes; • Pesquisa de Campo: são pesquisas relacionadas às linguagens artísticas junto à comunidade. Tem como objetivo conhecer a produção artística local, bem como os agentes culturais envolvidos nestes processos; • Produção Coletiva: são as produções artísticas criadas em grupos e apresentadas à comunidade escolar como produto das aulas de artes. Permite ao 45 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros professor compreender o grau de domínio da linguagem artística dos educandos, bem como sua capacidade de produzir em grupo; • Relatórios e Fichas de Apreciação: são documentos redigidos e/ou preenchidos pelos educandos, nos quais eles fazem observações sobre as produções artísticas apreciadas. Permite compreender o desenvolvimento das capacidades de apreciação do educando e o domínio do vocabulário artístico; • Autoavaliação: pode ser oral ou escrita; nela o educando relata o que aprendeu, seu comportamento e suas atitudes em relação às aulas. Tem como objetivo refletir sobre o processo de aprendizagem, buscando novas metodologias de trabalho, mais adequadas à realidade dos educandos. TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES Artes Visuais 8º ANO CONTEÚDOS 1. Introdução • Linguagens Artísticas: Música, Teatro, Artes Visuais e Dança. • Utilidade e Possibilidade da Arte. 2. Leitura e Elementos da Linguagem Visual • Elementos visuais: ponto, linha, cor, luz e volume. • Ponto: densidade, localização e representação. • Linha: direção, extensão, modulação, criação de planos e volumes. • Cor: primária, secundária, terciária, complementar, análoga, quente e fria. • Escala: monocromática e policromática. • Luz: contraste, claro/escuro e som- HABILIDADES • Diferenciar as diversas modalidades artísticas. • Reconhecer a importância da formação artística para a vida. • Conhecer as possibilidades da arte, enquanto produto social e histórico. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras visuais. • Compreender e identificar os diversos elementos formais nas produções visuais. • Identificar os significados expressivos e comunicativos dos elementos da linguagem visual. • Reconhecer e analisar as formas visuais presentes na natureza e nas diversas culturas. • Ler obras visuais, levando em consideração os elementos básicos da linguagem visual. • Produzir obras plásticas, utilizando-se dos elementos básicos da linguagem visual. 46 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros bra. • Luminosidade cromática. • Volume: dimensões e profundidade. • Profundidade: sobreposição, justaposição, diminuição dos elementos e perspectiva. o Profundidade com cor: modelado, modulado e cores em chapa. o Textura: natural, artificial, própria, produzida, condensação e rarefação. o Proporção: altura, largura e profundidade. o Posição da forma no espaço: horizontal, vertical e diagonal. o Formas: bidimensionais e tridimensionais. 3. Leitura e Representação de Imagens • Desenho. • Pintura. • Colagem. • Gravura. • História em quadrinhos. • Artesanato. 4. Contextualização • Conceito e origem das Artes Visuais. • História das Artes Visuais: o Pré-história; o Mesopotâmia; o Arte Egípcia; o Arte Grega; o Arte Romana; o Arte na Idade média; o Renascimento; o Barroco; o Rococó; o Neoclassicismo; o Romantismo; o Realismo; o Modernismo; o Arte Contemporânea. 5. Produção Artística • Gêneros artísticos: paisagens e natureza morta. • Desenho de imaginação e memória. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras visuais. • Identificar e reconhecer técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais. • Conhecer, identificar e diferenciar diversos modos de representação visual. • Observar e experimentar a leitura de obras visuais em diversos meios de comunicação. • Produzir obras visuais, utilizando-se de diversas técnicas e materiais. • Conhecer e valorizar os artistas plásticos brasileiros de diversas épocas e estilos. • Reconhecer a importância das artes visuais na sociedade e na vida dos indivíduos. • Compreender e saber identificar a Arte como fator histórico contextualizada nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos. • Observar, estudar e compreender diferentes obras de artes visuais, artistas e movimentos artísticos produzidos em diversas partes do Brasil. • Compreender linguagens artísticas em suas dimensões estética, histórica e social. • Conviver com textos, imagens, informações orais sobre artistas, suas biografias e suas produções. • Produzir releituras de obras visuais nacionais. • Produzir obras visuais levando em consideração a poética pessoal. • Considerar os elementos básicos da linguagem visual, nas imagens produzidas. • Reconhecer as propriedades expressivas e construti47 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros vas dos materiais na produção de obras visuais. • Utilizar uma variedade de materiais e técnicas artísticas nas produções visuais. 9º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. Leitura e Elementos da Linguagem Visual • Planos: sobreposição, justaposição, diminuição dos elementos e perspectiva. • Planos básicos: figura e fundo. • Tempo: movimento (estático, dinâmico), sequência, repetição e alternância. • Direção: esquerda, direita, para frente e para trás. • Ritmo: calmo, lento e nervoso. • Movimento: vertical, horizontal, inclinado, circular, extensão, contração e alteração. • Situação: perto, longe, acima, abaixo, interior e exterior. • Semelhanças e diferenças das formas. • Pontos de vista: frontal, de perfil e de topo. • Distância: longe, perto, em cima e embaixo. • Articulação das partes com o todo. • Equilíbrio, tensão e unidade. • Simetria e assimetria. • Harmonia. • Deformação e estilização. • Estudo das formas geométricas e orgânicas. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras visuais. • Compreender e identificar os diversos elementos formais nas produções visuais. • Identificar os significados expressivos e comunicativos dos elementos da linguagem. • Reconhecer e analisar as formas visuais presentes na natureza e nas diversas culturas. • Ler obras visuais levando em consideração os elementos básicos da linguagem visual. • Produzir obras plásticas, utilizando-se dos elementos básicos da linguagem visual. 2. Leitura e Representação de Imagem • Escultura. • Modelagem. • Instalação. • Vídeo. • Fotografia. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras visuais. • Identificar e reconhecer técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais. • Conhecer, identificar e diferenciar diversos modos de representação visual. • Observar e experimentar a leitura das obras visuais em diversos meios de comunicação. 48 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • 3. • Grafite. Produções Informatizadas. Contextualização Matrizes Culturais brasileiras (Indígena, africana e europeia). • Artes Visuais no Brasil: o Arte rupestre brasileira; o Arte na Colonização; o Barroco no Brasil; o Rococó; o Artes Visuais em Minas Gerais; o Arquitetura Mineira; o Artes Visuais em Montes Claros; o Arquitetura Montesclarense; o Neoclassicismo; o Modernismo e Semana de 22; o Vanguardas. 4. • • • Produção Artística Releitura. Gêneros artísticos: Figuras Humanas. Desenho de Observação (objetos, ambientes, figuras humanas). • Escultura e Modelagem. • Produzir obras visuais, utilizando-se de diversas técnicas e materiais. • Conhecer e valorizar os artistas plásticos locais e regionais, reconhecendo sua importância para construção da nossa identidade cultural. • Conviver e valorizar as produções visuais locais e regionais, bem como suas concepções estéticas. • Reconhecer a importância das artes visuais na sociedade e na vida dos indivíduos. • Compreender e saber identificar a Arte como fator histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos. • Identificar os elementos da linguagem visual em obras artísticas locais ou regionais. • Pesquisar e conviver junto das fontes vivas (artistas) e obras para reconhecimento e reflexão sobre a arte presente no entorno. • Compreender linguagens artísticas em sua dimensão estética histórica e social. • Conviver com textos, imagens, informações orais sobre os artistas, suas biografias e suas produções. • Produzir releituras de obras visuais locais e regionais. • Produzir obras visuais baseadas em releituras. • Produzir obras visuais que contemplem a figura humana. • Produzir obras visuais baseadas e observação. • Produzir obras visuais tridimensionais. Música 8º ANO CONTEÚDOS 1. Introdução • Linguagens Artísticas: Música, Teatro, Artes Visuais e Dança. • Utilidade e Possibilidade da Arte. HABILIDADES • Diferenciar as diversas modalidades artísticas. • Reconhecer a importância da formação artística para a vida. • Conhecer as possibilidades da arte enquanto produto social e histórico. 49 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Elementos da Linguagem Musical Som. Silêncio. Ruído (poluição sonora). Fontes Sonoras: localização, direção, distância. Qualidades Sonoras: duração, intensidade, altura e timbre. Duração: longo, médio e fraco. Altura: grave, médio e agudo. Timbre: textura dos sons naturais orgânicos e provocados, de sons culturais, de objetos. Voz: timbre, altura, respiração, dicção. Andamentos rítmicos: rápido, médio e lento. Organologia: timbre dos instrumentos. Organologia: instrumentos de percussão, de corda, de sopro e elétrico. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras musicais. • Perceber e identificar os elementos da linguagem musical em diferentes possibilidades de composição. • Identificar o timbre de diversos instrumentos musicais. • Diferenciar vários elementos da linguagem musical em uma música. • Identificar, nas produções musicais, como os elementos básicos da linguagem musical são utilizados para comunicar esteticamente, sentidos e significados. • Perceber e analisar os elementos da linguagem musical presentes em músicas de diversas culturas. 3. Apreciação Musical • Gêneros musicais: popular, folclórico, erudito (religioso, popular), sacra. • Formas musicais populares no Brasil: sertaneja, marcha (hinos musicais), samba, samba-enredo, choro, caipira, vanerão, frevo, lundu, modinha, tropicalismo, samba-canção, bossanova, Jovem Guarda, rock e funk. • Usar Vocabulário adequado ao analisar obras musicais. • Conhecer e diferenciar os gêneros musicais. • Conhecer e diferenciar as formas musicais populares brasileiras. • Reconhecer, respeitar e valorizar dentro do âmbito familiar, do escolar e do regional, a diversidade cultural. • Perceber o artista como ser social, protagonista de discursos em uma determinada cultura e época. • Articular percepção, imaginação, sensibilidade e conhecimento na apreciação artística (individual ou coletiva). 4. Contextualização • História da Música: o Conceito e origem de Música; o Música Medieval; o Musica renascentista; o Música Barroca; o Era Clássica; o Era Romântica; o Música Moderna: Impressionismo; Expressionismo; Dodecafonismo; Atonalismo. o Música de Vanguarda. • Conhecer os músicos locais e regionais e reconhecer sua importância na constituição de nossa identidade cultural. • Reconhecer a música como componente significativo na sociedade e na vida dos indivíduos. • Conviver com as produções musicais locais e regionais, bem como suas concepções estéticas. • Compreender a linguagem musical em suas dimensões estéticas, históricas e sociais. • Identificar, respeitar e valorizar o patrimônio histórico, artístico e cultural, percebendo-o como uma produção social e humana. 2. • • • • • • • • • • • • 50 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 5. • • • Produção Artística Cantar em Grupo. Percussão. Sonorizando situações, fatos, imagens, representações gráficas e partituras. • Interpretar músicas existentes, vivenciando um processo de expressão individual ou grupal, dentro e fora da escola. • Experimentar, selecionar e utilizar instrumentos, materiais sonoros, equipamentos e tecnologias disponíveis em arranjos, composições e improvisações. • Perceber e identificar os elementos da linguagem musical em atividade de produção, explicitando-os por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros e de instrumentos disponíveis. • Utilizar o sistema modal/tonal na prática do canto e a uma ou mais vozes. • Ser capaz de emitir sons vocais, utilizando-se de técnica vocal adequada à sua idade. • Ser capaz de participar de conjuntos musicais vocais, respeitando os valores e capacidade musicais de seus colegas. 9º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. Elementos da linguagem Musical • Elementos da música: ritmo, melodia e harmonia. • Notação musical: valores de notas musicais (sons e silêncios). • Partitura: pauta, clave de sol, distribuição das notas musicais. • Ritmo: orgânico (natural), cultural (provocado). • Ritmo: andamento (rápido, médio, lento), pulsação (tempo forte médio e fraco). • Ritmo musical: ritmo, compasso, andamento. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras musicais. • Conhecer e diferenciar ritmo, melodia e harmonia. • Utilizar de forma progressiva a notação tradicional da música relacionada à percepção da linguagem musical. • Conhecer, identificar e utilizar elementos de interpretação presentes na notação musical. • Identificar, nas produções musicais, como os elementos básicos da linguagem musical são utilizados para comunicar, esteticamente, sentidos e significados. • Perceber em diversas músicas as diferentes possibilidades de composição e expressão musical. 2. Apreciação Musical • Formas musicais folclóricas: cantigas de roda, de ninar, comemorativas, festivas, religiosas, para dançar e para exaltar personalidade. • Formas musicais eruditas: polca, valsa, sonata, sinfonia, ópera e contemporânea. • Usar Vocabulário adequado ao analisar obras musicais. • Conhecer e diferenciar as formas musicais folclóricas em diversos contextos culturais. • Conhecer e diferenciar as formas musicais eruditas. 51 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 3. Contextualização • Matrizes Culturais Brasileiras (Indígena, africana e Europeia). • História da Música no Brasil: o Primórdios na Música no Brasil; o Séc. XVIII e Escola Mineira; o Música em Minas Gerais; o Música em Montes Claros; o Romantismo; o Nacionalismo; o Modernismo; o Música de Vanguarda; o Música Popular no Brasil. • Reconhecer a importância das matrizes culturais (indígena, africana e europeia) na formação das bases musicais brasileiras. • Conhecer os movimentos musicais e obras de diferentes épocas e culturas, associados a outras linguagens artísticas no contexto histórico, social e geográfico, observados na sua diversidade. • Reconhecer os profissionais da música como agentes sociais. • Reconhecer a música como componente significativo na sociedade e na vida dos indivíduos. • Perceber e diferenciar músicas brasileiras de diferentes épocas. 4. • • • • Ser capaz de produzir música através de processos de composição individual e grupal. • Ser capaz de participar de conjuntos musicais vocais, respeitando os valores e capacidade musicais de seus colegas. • Interpretar músicas existentes, vivenciando um processo de expressão individual ou grupal, dentro e fora da escola. • Perceber e identificar os elementos da linguagem musical em atividade de produção, utilizando-os por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros e de instrumentos disponíveis. • Ser capaz de se expressar por meio da música, seja através de composições próprias, seja de composições consagradas. Produção Artística Improvisação musical. Pequenos Grupos Musicais. Cantando em Grupo. Teatro/Dança2 8º ANO CONTEÚDOS 1. Introdução • Linguagens Artísticas: Música, Teatro, Artes Visuais e Dança. • Utilidade e Possibilidade da Arte. 2. Elementos da Linguagem Teatral • Personagem. 2 HABILIDADES • Diferenciar as diversas modalidades artísticas. • Reconhecer a importância da formação artística para a vida. • Conhecer as possibilidades da arte, enquanto produto social e histórico. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras teatrais e de dança. Os conteúdos de dança aqui relacionados são facultativos aos professores de teatro. 52 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Espaço cênico. • Ação Dramática. • Texto teatral. 2.1. Elementos da Dança • Espaço. • Ritmo. • Dinâmica. • Forma. 3. • • • • • Apreciação Teatral Mímica. Monólogo. Esquete. Tragédia. Teatro de Rua. 3.1. Apreciação de Dança • Dança Clássica. • Dança de Salão. • Dança Moderna. • Dança contemporânea. 4. Contextualização • História do Teatro: o Conceito e Origem do Teatro; o Teatro Grego; o Teatro Medieval; o Teatro Renascentista; o Teatro Barroco; o Classicismo; o Romantismo; o Realismo; o Simbolismo; o Teatro do século XX. • História da Dança. 5. Produção Artística • Jogos dramáticos e Jogos Teatrais. • Improvisação em Dança. • Saber identificar, analisar e conceituar termos específicos do teatro e da dança. • Compreender, identificar e distinguir os elementos teatrais e as diversas possibilidades de composição dramática. • Compreender, identificar e distinguir os elementos da dança e as diversas possibilidades de criação em dança. • Produzir obras teatrais e de dança levando em consideração os elementos básicos. • Apreciar obras teatrais e de dança, levando em consideração os elementos básicos. • Ser capaz de apreciar criticamente espetáculos teatrais e de dança ao vivo, em vídeo, DVD, TV ou pela Internet. • Identificar ações dramáticas em diferentes manifestações artísticas teatrais e no cotidiano. • Conhecer e distinguir e experimentar os diversos estilos e gêneros teatrais. • Identificar a relação entre espaço, tempo, ritmo e movimento em espetáculos teatrais e de dança. • Identificar as principais características das danças regionais e folclóricas. • Usar vocabulário adequado ao analisar obras teatrais e de dança. • Reconhecer e compreender as propriedades comunicativas e expressivas das diferentes formas dramatizadas. • Produzir pequenos espetáculos teatrais baseadas nos estilos apreciados. • Identificar e contextualizar produções teatrais em suas diferentes manifestações em diversos períodos no Brasil. • Compreender que relações entre o teatro em diferentes épocas históricas não se dão somente por linearidade, mas pela herança cultural e pelo contexto atual. • Ser capaz de apreciar criticamente espetáculos teatrais e de dança ao vivo, em Vídeo, DVD, TV ou pela Internet. • Relacionar imagens e textos correspondentes aos diversos períodos da produção artística, bem como desses em relação à arte contemporânea. • Compreender, apreciar e analisar as diferentes manifestações teatrais e de dança no Brasil. • Participar e criar jogos de atenção, observação e improvisação. • Estimular a atenção, concentração, criatividade e espontaneidade. • Produzir pequenas cenas teatrais a partir dos exercí53 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • • • • • cios experimentados nos jogos. Produzir cenas curtas de teatro e dança, levando em consideração os elementos básicos da linguagem teatral e dança. Ser capaz de criar, construir e interpretar personagens em diferentes espaços cênicos. Experimentar e articular as expressões corporais, plásticas e sonoras. Improvisar a partir de estímulos diversos (temas, textos dramáticos, poéticos, jornalísticos, objetos, máscaras, situações, imagens e sons). Experimentar improvisação com estabelecimento de regras. Experimentar a improvisação em dança, considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho do corpo no espaço. Improvisar na dança, inventando, registrando e repetindo sequências de movimentos criados. Estimular o desenvolvimento da consciência corporal e vocal. 9º ANO CONTEÚDOS 1. • • • • • Elementos da linguagem teatral Figurino. Adereços. Som (trilha sonora e efeito sonoro). Iluminação. Maquiagem. 1.1. Elementos da Dança • Locomoção. • Gesto. • Frase Corporal. • Motivo. 2. • • • • • Apreciação Teatral Drama. Teatro de Bonecos. Melodrama. Comédia. Musicais. 2.1. Apreciação de Dança • Danças Brasileiras. HABILIDADES • Usar vocabulário adequado ao analisar obras teatrais. • Compreender, identificar e distinguir os elementos teatrais e as diversas possibilidades de composição dramática. • Compreender, identificar e distinguir os elementos da dança e as diversas possibilidades de criação em dança. • Produzir obras teatrais e de dança, levando em consideração os elementos básicos. • Apreciar obras teatrais e de dança, levando em consideração os elementos básicos. • Ser capaz de apreciar criticamente espetáculos teatrais e de dança ao vivo, em Vídeo, DVD, TV ou Internet. • Identificar ações dramáticas em diferentes manifestações artísticas e no cotidiano. • Conhecer e distinguir os diversos estilos e gêneros teatrais. • Identificar a relação entre espaço, e tempo ritmo e movimento em espetáculos de dança locais e regio54 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • nais. Usar vocabulário adequado ao analisar obras teatrais e de dança. Reconhecer e compreender as propriedades comunicativas e expressivas das diferentes formas dramatizadas. Produzir pequenas peças teatrais nos estilos apreciados. Conhecer a variedade cultural de danças folclóricas existentes no Brasil. 3. Contextualização • História do Teatro no Brasil: o Origens do Teatro no Brasil; o Dramaturgia da Catequese; o Transição para o Teatro Nacional; o Época Romântica; o Época Realista; o Teatro Moderno no Brasil; o Vanguardas no teatro contemporâneo; o Teatro em Minas Gerais; o Teatro em Montes Claros. • História da Dança no Brasil: o Dança Moderna no Brasil; o Dança em Minas Gerais; o Dança em Montes Claros. • Compreender o desenvolvimento do teatro no Brasil. • Identificar e contextualizar produções teatrais e de dança em suas diferentes manifestações em Minas Gerais e na cidade de Montes Claros. • Compreender que relações entre o teatro em diferentes épocas históricas não se dão somente por linearidade, mas pela herança culturas e pelo contexto atual. • Identificar as manifestações e produtores em teatro nas diferentes culturas e épocas. • Compreender, apreciar e analisar as diferentes manifestações dramatizadas locais. • Pesquisar junto aos grupos de teatro e de dança, as manifestações populares e os espetáculos realizados em Montes Claros. 4. Produção Artística • Introdução ao texto teatral. • Ensaio e apresentação de pequenos textos teatrais. • Execução de pequenas Coreografias. • Criar apresentações teatrais a partir do texto teatral. • Elaborar e utilizar cenário, figurino, maquiagem, adereços, objetos de cena, iluminação e som em ensaios e apresentações teatrais. • Elaborar e utilizar máscara, bonecos e outros modos de apresentação teatral. • Ser capaz de explorar as competências corporais e de criação dramática. • Reconhecer e utilizar a expressão e comunicação na criação teatral. • Selecionar e organizar movimentos para a criação de pequenas coreografias. • Reconhecer e desenvolver a expressão em dança. 55 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 56 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros CIÊNCIAS INTRODUÇÃO A disciplina de Ciências passou a ser contemplada como componente curricular obrigatório, de todos os anos do Ensino Fundamental, somente a partir do ano de 1971, por meio da Lei 5.692. Anterior a isso, estava presente apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial. Além disso, as práticas educacionais relacionadas ao ensino das Ciências Naturais limitavam-se à mera transmissão de conteúdos, baseadas, predominantemente, através de aulas expositivas. O conhecimento científico era tido por verdade absoluta, sendo, assim, algo inquestionável. Esse modelo educacional retrógrado começa a sofrer alterações, a partir do advento da Escola Nova: Com o movimento da Escola Nova, passou-se a valorizar também os aspecto psicológico e a participação ativa do estudante no processo de aprendizagem, o que resultou em uma preocupação em desenvolver atividades práticas. Aos objetivos informativos, foram acrescidos objetivos formativos. A intenção fundamental do ensino de Ciências era dar condições para o aluno vivenciar o que se denominava método cientifico, representado, na escola, pelo método da descoberta. Criou-se nos meios educacionais, uma certa confusão entre os métodos de se fazer ciência e os para ensinar Ciências. (ALVARENGA,2008,p.) Dessa forma, as aulas referentes à disciplina passam por uma redefinição, a qual propõe que a construção do conhecimento seja pautada na discussão, no diálogo, na participação ativa dos alunos, ficando para trás, assim, a concepção pedagógica da Escola Tradicional, a qual concebia o professor como o detentor de todo o saber. Para entender melhor as ideias que serão apresentadas ao longo desta Proposta Curricular, torna-se necessário entender cada um dos termos abaixo, a fim de que eles não sejam confundidos: • Ciência: é um conjunto de conhecimento organizado, relativo a um determinado assunto, obtido mediante a observação, a experiência e a comprovação; 57 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Ciências: é a disciplina que trata dos conteúdos e habilidades relacionados à área de Ciências Naturais no Ensino Fundamental. Essa área aborda conhecimentos relativos à astronomia, à biologia, à física, à química e a geociências. A ciência moderna, baseada no método científico, teve origem no final do século XVI e início do XVII, afirmando-se como modelo de produção científica que perdura até hoje. Ela foi fundamental para o progresso da humanidade ao longo do tempo, consolidando o conhecimento científico como um dos mais importantes para a evolução e progresso das sociedades, desmistificando antigas ideias ou até as confirmando. O ensino desta disciplina deverá ter como ponto de partida a concepção de que a Ciência, além de ser um modo de pensar, de chegar a conclusões coerentes a partir de proposições, de questionar preconceitos e hipóteses e de propor novas ideias a partir do que já existe, é também uma construção humana que envolve relações com os contextos cultural, ambiental, socioeconômico, histórico e político. Por isso, suas metas são explicar escolhas, repensar posturas e sugerir estratégias de ação que promovam a ampliação da capacidade de pensar dos educandos. Ensinar Ciências pode ser um desafio, mas é também oportunidade de grandes realizações para o educador, que tem a chance de proporcionar ao estudante ganhos conceituais, procedimentais e atitudinais, que poderão perdurar por toda a sua vida, influenciando decisões cotidianas e até mesmo escolhas profissionais. Em nosso tempo, o conhecimento científico é muito valorizado. Comumente, considera-se verdadeiro e incontestável algo que provém de pesquisas científicas ou que foi cientificamente comprovado. Esse valor atribuído à ciência e a seus produtos se fundamenta nas origens da própria ciência moderna. Assim, [...] quando o professor de ciências, por exemplo, orienta seus alunos a depositarem um grão de feijão sobre um algodão que deve estar sempre umedecido, ele conhece, previamente, o resultado da experiência, e é por isso que pode ensiná-la. Saber, portanto, é condição indispensável para produzir, ampliar e transmitir conhecimento [...]. (MICELI, 2011, p.38-39) É nesse saber que a ciência apoia as suas bases. Por isso, conseguimos explicar por que um objeto cai quando jogado para cima, fenômenos como trovão, raio e chuvas, por que o sangue circula pelo corpo ou até mesmo por que adquirimos alguma doença. 58 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Entendemos, também, que toda teoria poderá ser repensada ou modificada, pois a ciência assim como todo conhecimento é algo dinâmico e muitas teorias que são consideradas verdadeiras hoje, amanhã poderão não ser. A valorização da ciência em nossa sociedade e seu papel destacado no desenvolvimento tecnológico não nos isenta da tarefa de justificar a presença da disciplina no currículo escolar. Sendo assim, espera-se que o ensino de Ciências possa promover uma compreensão acerca do que é a ciência e como o conhecimento científico interfere em nossas relações com o mundo natural. Além disso, o ensino fornece ao educando uma base para entender as relações dos seres humanos com os demais seres e com o meio ambiente, a compreensão de teorias científicas e suas aplicações. O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza, pela ciência, pela tecnologia, pela realidade local e universal tornam-se um campo fértil para o ensino de Ciências, favorecendo o envolvimento e o clima de interação entre os atores do processo ensino-aprendizagem e a disciplina, no qual podemos aliar os conhecimentos sobre o mundo natural aos do mundo tecnológico, tornando assim, mais dinâmico o nosso trabalho. Esta proposta para a área de Ciências não pretende homogeneizar as práticas docentes, mas sugerir caminhos que possibilitem a promoção da autonomia de cada professor no desenvolvimento do seu planejamento, em harmonia com o Sistema Municipal de Ensino. OBJETIVOS Objetivo Geral • Desenvolver competências que permitam ao aluno compreender o meio ambiente e os seres nele inseridos, utilizando e valorizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica, de modo que ele possa atuar como sujeito crítico na sociedade. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: 59 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conhecer os saberes das várias disciplinas que compõe a área das Ciências Naturais, de modo que possa aplicá-los no dia a dia; • Associar reflexões sobre a natureza das Ciências e suas relações com a tecnologia e a sociedade contemporânea; • Reconhecer o ensino de Ciências como uma forma de interagir o conhecimento científico com a prática cotidiana; • Relacionar o ensino das Ciências Naturais com o desenvolvimento humano e tecnológico; • Compreender a importância da preservação da natureza para a melhoria da qualidade de vida; • Saber utilizar os conhecimentos adquiridos sobre algumas doenças como meio de evitálas; • Compreender os modos adotados pela ciência para agrupar e classificar os seres vivos; • Conhecer os diversos sistemas do corpo humano e suas fisiologias; • Entender a Química como ciência dos materiais e sua presença no cotidiano; • Diferenciar proposições filosóficas da teoria científica; • Compreender a ocorrência dos fenômenos físicos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a área de Ciências Naturais inclui ramos da Astronomia, Biologia, Física, Química e da Geociência. No Ensino Fundamental, a área de Ciências é contemplada em uma única disciplina escolar: Ciências. Atualmente, já se reconhece a importância da valorização dos conhecimentos prévios dos alunos na construção do saber científico. Esses saberes desenvolvidos pelos alunos, independentemente do ensino escolar, são muitas vezes conflitantes com os conhecimentos científicos, porém não devem ser ignorados. Há um grande consenso entre os educadores acerca da importância do método experimental, o qual se tornou, ao longo dos anos, instrumento privilegiado para os alunos aprenderem a observar, discriminar, organizar, classificar, medir, experimentar e avaliar, 60 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros permitindo-lhes desenvolver habilidades, capacidade de estabelecer relações, compreender princípios e conceitos. Esse método deve propiciar, a partir do estreitamento dos limites do conhecimento teórico e prático, momentos de valorização da vida em sua diversidade, desenvolvendo valores e atitudes. Dessa forma, propõe-se o trabalho através de aulas expositivas, trabalho de campo, visitas a parques, zoológicos, vídeos com filmes relacionados a algum tema específico da ciência. Poderá ser demonstrado que o lixo orgânico pode ser transformado em húmus através de um pequeno minhocário. Parcerias podem ser firmadas com a equipe do Programa Saúde da Família (PSF) do bairro onde a escola se encontra, pois o programa possui profissionais qualificados para informar sobre temas relacionados à saúde, como métodos contraceptivos, diabetes, hipertensão e outros. A ideia de se montar pequenas exposições com material recolhido pelos próprios alunos como, por exemplo, exposição de insetos, de rochas, sementes, plantas, é uma excelente opção para desenvolver a capacidade de os alunos trabalharem em grupo. Os trabalhos em grupo e as atividades práticas, além de motivar o aluno e facilitar a aprendizagem, sugerem troca de ideias, debates e trabalhos cooperativos, que incentivam o convívio social e o respeito ao próximo. Contribuem, dessa forma, para uma maior socialização do aluno. Ainda, os alunos poderão ser avaliados individual e coletivamente. Para tanto, o professor poderá utilizar prova oral e escrita, relatórios, produção de textos, trabalho de pesquisa, ente outros. TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES 6º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. A vida nos ecossistemas brasileiros • O cerrado. • O pantanal. • Identificar ambientes brasileiros aquáticos e terrestres a partir de características animais e vegetais presentes nesses ambientes, dando ênfase ao cerrado, 61 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • A floresta amazônica. Relações ecológicas. A caatinga. A mata atlântica. • • • 2. • • • A água Os estados físicos da água. A qualidade da água. A água e a nossa saúde: doenças transmitidas pela água. • Aproveitamento da água como fonte de energia. • • • • • • • • 3. O solo • Formação, fertilidade e conservação do solo. • Tipos de solo. • A erosão do solo. • Doenças relacionadas com o solo. • • • • • • • 4. O lixo • A ação de micro-organismos na ciclagem de materiais. • O destino correto do lixo. • Reciclagem do lixo no Brasil. • • • ecossistema predominante do norte de Minas. Reconhecer a importância da água, do alimento, da temperatura e da luz nos ambientes. Associar as estruturas e comportamentos de adaptação dos seres vivos aos ambientes que eles habitam. Reconhecer a adaptação como um conjunto de características que aumentam a chance de sobrevivência dos seres vivos. Identificar em textos e esquemas a natureza cíclica das transformações da água na natureza. Reconhecer as mudanças de estado da água em situações reais. Associar a importância da água às suas propriedades específicas, como, por exemplo, a presença de água no estado líquido, a temperatura ambiente e como solvente. Reconhecer a importância da água para os seres vivos. Descrever as etapas de tratamento, origem (captação) e tipos de tratamento. Avaliar a importância da água tratada para o consumo humano. Relacionar a água como fonte de energia limpa e barata. Relacionar, em situações problema, a ocorrência de doenças veiculadas pela água, como a diarreia; a aglomeração humana ao descuido com o saneamento ambiental e a existência de esgoto não tratado. Identificar as doenças mais comuns relacionadas com o solo. Relacionar as doenças com os meios de prevenção. Associar a formação dos solos com a ação do intemperismo e dos seres vivos. Relacionar a presença de húmus com a fertilidade dos solos. Relacionar as queimadas com a morte dos seres vivos e do solo (perda de fertilidade). Analisar a permeabilidade do solo e as consequências de sua alteração em ambientes naturais ou transformados pelo ser humano. Analisar ações humanas e efeitos do intemperismo em relação à erosão do solo. Reconhecer a importância da reciclagem do lixo para o meio ambiente. Compreender a importância econômica da reciclagem. Relacionar o lixo com o papel dos micro-organismos e de uma ampla fauna (vermes, larvas, insetos, moluscos) na decomposição de alimentos, restos de seres vivos e outros materiais. 62 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 5. • • • • O ar Propriedades e composição do ar. Pressão atmosférica. Os ventos. Doenças relacionadas com o ar. • Examinar o problema do lixo nas sociedades modernas e discutir alternativas. • Identificar as doenças mais comuns veiculadas pelo ar. • Identificar problemas causados pela poluição do ar. • Compreender o ar atmosférico como mistura de gases. • Reconhecer a presença de componentes do ar atmosférico em reações químicas como a combustão, fermentação, fotossíntese e respiração celular. • Reconhecer que o ar exerce pressão em todas as direções nos objetos nele inseridos. • Explicar fenômenos diversos envolvendo a pressão atmosférica e pressão em líquidos. 7º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. Organização celular • Obtenção de energia pelos seres vivos: fotossíntese, fermentação e respiração celular. • Seres vivos produtores e seres vivos consumidores. • Características gerais dos seres vivos: reprodução, metabolismo, capacidade de reagir aos estímulos. • Reconhecer a célula como unidade formadora de todo ser vivo. • Reconhecer os vegetais como seres produtores de alimento. • Identificar o sol como fonte básica de energia na Terra, a presença de vegetais no início das teias alimentares. • Relacionar produção de alimento (glicose) pela fotossíntese com transformação de energia luminosa e de transformação de materiais (água, gás carbônico e sais minerais). • Identificar o alimento como fonte de energia. • Relacionar respiração e fermentação com processo de obtenção de energia a partir de alimentos. 2. Evolução dos seres vivos • Fósseis como evidências da evolução. • Seleção natural. • Adaptações reprodutivas dos seres vivos. • Teoria da geração espontânea. • Compreender o trabalho de Redi como um marco sobre a origem dos seres vivos. • Relacionar informações obtidas através do estudo dos fósseis a características da Terra no passado, seus habitantes e ambientes. • Comparar as explicações de Darwin e Lamarck sobre a evolução. • Associar processos de seleção natural à evolução dos seres vivos, a partir de descrições de situações reais. • Compreender o papel da reprodução sexuada na evolução e diversidade das espécies. • Diferenciar reprodução sexuada e assexuada. 63 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 3. • • • Classificação dos seres vivos Conceito de espécie. Nome científico dos seres vivos. Divisão em espécie, gênero, família, ordem, classe e filo. • Sistema de cinco reinos: monera, protista, fungi, plantae e animália. 4. • • • Os vírus Características gerais dos vírus. Principais viroses humanas. Vacinas e soros. • Reconhecer diferentes comportamentos de localização e atração de parceiros, compreendendo sua importância evolutiva para a espécie. • Reconhecer a importância da nomenclatura científica para a ciência. • Conhecer as principais doenças causadas por bactérias, fungos e protozoários e relacionar os modos de evitá-las. • Compreender os modos adotados pela ciência para agrupar os seres vivos. • Utilizar como características para agrupamento dos seres vivos os seguintes critérios: modo de nutrição, modo de obtenção de oxigênio, modo de reprodução e tipo de sustentação do corpo. • Formar uma ideia geral sobre os grandes reinos: monera, protista, fungi, plantae, animália. • Reconhecer alguns padrões adaptativos de grandes grupos de animais por meio de exemplares, com ênfase nas relações entre as estruturas adaptativas e suas funções nos modos de vida do animal em seu ambiente. • Conhecer as estruturas que formam os vírus. • Compreender os principais meios de contágios das diversas viroses humanas. • Conhecer os meios de prevenção das diversas viroses. • Relacionar a doença à proliferação de vetores. • Conscientizar sobre a importância das campanhas de vacinação. • Relacionar a dengue à água parada. 5. Micro-organismos e produção de alimentos • Bactérias e produção de iogurte e vinagre. • Fungos e produção de queijos, pães e cerveja. • Relacionar os fatores: presença de ar, luz, calor e umidade ao desenvolvimento de micro-organismos, e a ação dos micro-organismos às transformações dos alimentos, como produção de pães, coalhadas, iogurte, queijos, etc. • Reconhecer, através da comparação entre sistemas, fatores que alteram a rapidez das reações químicas, como: temperatura, superfície de contato, catalisadores orgânicos e inorgânicos. • Identificar aspectos relacionados com o consumo, embalagem e estocagem de alimentos. 6. • • • • • Identificar os principais peixes da fauna brasileira. • Compreender a importância da piscicultura na economia. • Compreender a importância da proibição da pesca na piracema. • Comparar as diferenças entre as espécies. Animais vertebrados: peixes Os peixes. Características gerais dos peixes. Peixes ósseos e cartilaginosos. Reprodução dos peixes. 64 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 7. • • • Animais vertebrados: anfíbios. Características gerais dos anfíbios. Anuros, urodelos e ápodes. A reprodução dos anfíbios. 8. Animais vertebrados: répteis • Características gerais dos répteis. • Quelônios; crocodilianos e escamosos. • Reprodução dos répteis. 9. Animais vertebrados: aves • Características gerais das aves. • Alimentação e digestão. • Reprodução das aves. • Classificação por ordens. 10. Os mamíferos • Características gerais dos mamíferos. • Classificação dos mamíferos por ordem. • Reprodução dos mamíferos. 11. • • • Os invertebrados Os poríferos e cnidários. Os platelmintos e nematelmintos. Anelídeos e moluscos. 12. • • • • Os invertebrados: artrópodes Os insetos. Os crustáceos. Os aracnídeos. Quilópodes e diplópodes. 13. Os invertebrados: equinodermos • Características gerais dos equinodermos. • Classificação dos equinodermos. 14. Os vegetais • Briófitas e pteridófitas. • Gimnospermas. • Angiosperma. • Compreender a importância dos anfíbios no controle de insetos nocivos. • Compreender a importância da água no seu ciclo de vida. • Diferenciar os vários grupos de anfíbios. • Saber separar os répteis de acordo com sua estrutura esquelética e habitat. • Identificar espécies peçonhentas e não peçonhentas. • Entender como é produzido o soro antiofídico. • Compreender a importância do combate ao tráfico de animais. • Identificar as aves de acordo com suas ordens. • Associar os impactos ambientais do desmatamento na vida das aves. • Conscientizar sobre a preservação dos seus habitats. • Compreender a importância econômica das aves. • Compreender a importância da preservação dos ecossistemas para a vida dos mamíferos. • Conhecer os mamíferos aquáticos, diferenciando-os dos peixes. • Reconhecer a importância dos morcegos na disseminação de sementes e controle de insetos. • Diferenciar mamíferos carnívoros e herbívoros. • Compreender a digestão dos ruminantes. • Associar os cnidários com risco de queimaduras. • Relacionar hábitos de higiene como meio de evitar verminoses. • Conhecer o ciclo de vida dos vermes. • Relacionar as minhocas com fertilização do solo. • Relacionar os insetos com a transmissão de doenças. • Identificar as relações ecológicas dos insetos com as plantas e outros animais. • Diferenciar insetos de aracnídeos. • Conhecer aracnídeos peçonhentos e vetores de doenças. • Entender a importância econômica dos crustáceos. • Relacionar a poluição dos oceanos com a vida dos equinodermos. • Conhecer a importância do aparelho ambulacrário para os equinodermos. • Compreender a importância dos pequenos vegetais para o desenvolvimento de outros vegetais maiores. • Diferenciar uma briófita de uma pteridófita. • Diferenciar gimnosperma de angiosperma. • Conhecer as estruturas dos vegetais: raiz, caule, folhas, flores e fruto. • Conhecer a importância da semente para a adaptação dos vegetais à vida terrestre. 65 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. • • • • • A célula Os tecidos. Tecido epitelial. Tecidos conjuntivos. Tecido muscular. Tecido nervoso. • Reconhecer a célula como unidade formadora dos tecidos. • Reconhecer os tecidos como unidades formadoras dos órgãos. • Identificar características peculiares a cada tipo de tecido. • Relacionar cada organela celular com uma função da célula. 2. • • • Reprodução humana Anatomia e ação hormonal. Os métodos contraceptivos. Doenças sexualmente transmissíveis. • Identificar os órgãos do sistema reprodutor no corpo humano. • Diferenciar o sistema reprodutor masculino do feminino em relação aos órgãos e suas funções. • Associar mudanças hormonais ao amadurecimento sexual durante a puberdade, surgimento de características sexuais secundárias e possibilidade de gravidez. • Caracterizar o ciclo menstrual regular, conhecendo sua duração média e os principais eventos durante a menstruação e ovulação. • Identificar os principais métodos contraceptivos, relacionando-os às doenças sexualmente transmissíveis. • Reconhecer e discutir mudanças físicas e psicológicas na adolescência. • Diferenciar identidade pessoal e coletiva e sua importância da vida em sociedade. • Reconhecer e valorizar hábitos de saúde relacionados à alimentação, exercícios físicos e higiene corporal. 3. Funções de nutrição no corpo humano • Carboidratos. • Proteínas. • Lipídios. • Vitaminas e sais minerais. • Reconhecer a importância dos alimentos na constituição do corpo. • Reconhecer a importância da passagem de nutrientes e água do tubo digestório para os capilares sanguíneos. • Reconhecer a importância do transporte e da absorção de nutrientes na nutrição humana. • Reconhecer que o sangue é composto, principalmente, por água, onde se encontram dissolvidos materiais e resíduos metabólicos. • Associar a manutenção das condições internas do corpo com a eliminação de resíduos através da urina e suor. 66 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. Sistemas do corpo humano e suas integrações • Sistema digestório. • Sistema respiratório. • Sistema cardiovascular ou circulatório. • Sistema excretor/urinário. • Sistema endócrino. • Sistema nervoso. • Sistema sensorial. • Sistema locomotor: ossos e músculos. • Identificar alguns sistemas ou órgãos do organismo humano em representações figurativas. • Analisar mecanismos de integração de sistemas em situações cotidianas. • Reconhecer os fatores de risco associados às doenças circulatórias e formas de prevenção. • Reconhecer fatores ambientais (fumo e poluição) em doenças do sistema respiratório. • Identificar hábitos alimentares saudáveis. • Examinar problemas do sistema excretor, formas de tratamento e cuidados de prevenção. • Compreender a estrutura do sistema nervoso. • Explicar a transmissão de impulsos nervosos. • Relacionar os efeitos das drogas com a alteração do funcionamento do sistema nervoso. • Identificar drogas que alterem o sistema nervoso. • Avaliar as consequências do uso das drogas no convívio social. 9º ANO CONTEÚDOS 1. Genética • Características herdadas e influência do meio ambiente. • Primeira lei de Mendel. • Clonagem e transgênicos. 2. Introdução ao estudo do átomo • A estrutura do átomo. • Identificação dos átomos: número atômico e número de massa. • Isótopos, isótonos e isóbaros. • A tabela periódica dos elementos químicos. 3. O comportamento elétrico na matéria • As ligações químicas. • Ligações iônicas e ligações covalen- HABILIDADES • Compreender que o meio ambiente pode alterar o fenótipo de um indivíduo. • Associar o processo da hereditariedade como a transmissão de características de pais para os filhos. • Analisar o trabalho de Mendel, sobre a transmissão dos caracteres hereditários e a possibilidade de sua manifestação em gerações alternadas. • Compreender informações básicas sobre clonagem e transgênicos, considerando implicações éticas e ambientais envolvidas. • Identificar e caracterizar as partículas constituintes do átomo e sua organização. • Reconhecer elementos químicos como constituintes básicos dos materiais. • Identificar por meio de consulta à tabela periódica, elementos químicos e seus respectivos números atômicos e de massa. • Explicar as diferenças entre condutores e isolantes elétricos como resultado da mobilidade de cargas elétricas nos condutores. • Compreender a importância das ligações químicas na formação das substâncias. • Compreender que o mesmo tipo de átomo pode formar substâncias diferentes. 67 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros tes. 4. Modelo científico molecular • Substâncias simples e compostas. • Misturas homogêneas e heterogêneas. • Interpretar carga elétrica como propriedade essencial de partículas que compõe a matéria (elétrons e prótons). • Interpretar fenômenos eletrostáticos simples como resultado de transferência de elétrons entre materiais. • Relacionar os estudos físicos da matéria ao modelo científico molecular: movimento, distância e organização das partículas. • Reconhecer os seguintes aspectos do modelo de partículas e utilizá-los para interpretar fenômenos: a matéria é feita de muitas partículas e espaço vazio entre elas; as partículas estão em constante movimento em todas as direções; as partículas interagem umas com as outras. • Explicar fenômenos diversos: como dissolução, crescimento dos cristais, difusão, transferências de calor, dilatação e mudanças de estado físico, usando o modelo cinético de partículas. Funções químicas Ácidos. Bases. Sais. Óxidos. • Compreender a formação da chuva ácida. • Compreender por que algumas frutas têm sabor azedo e outras a sensação de “apertamento” nos tecidos. • Compreender por que soluções salinas conduzem eletricidade. • Conhecer a importância e utilidade dos ácidos no cotidiano. • Entender a função do oxigênio na formação dos óxidos. • Entender como é formado a ferrugem. 6. Força e inércia • Movimento dos corpos. • As leis de Newton. • Compreender a importância do estudo da mecânica. • Reconhecer a importância da força na realização do trabalho. • Relacionar o uso do cinto de segurança com as leis de Newton. 7. Produção de energia elétrica: custos ambientais e alternativas • Transformação de energia. • Novas formas de energia: a energia eólica. • Impactos ambientais das grandes represas. • Descrever o funcionamento de usinas hidro e termelétricas em termos de transformações e transferência de energia. • Analisar e comparar impactos ambientais de usinas geradoras de energia elétrica. • Associar impactos ambientais ao uso intensivo de energia e examinar alternativas energéticas disponíveis. 8. • • • • • Entender como funciona as lentes dos óculos. • Compreender como é formado o arco-íris. • Associar a formação de sombras com a propagação retilínea da luz. • Associar a reflexão da luz com as cores dos objetos e com a formação de imagens em espelhos. 68 5. • • • • Luz e visão Cores. Espelhos. Lentes. Defeitos da visão. Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 9. Produção e percepção dos sons • Ondas mecânicas e eletromagnéticas. • As ondas sonoras. • Analisar o processo de visão como resultado da reflexão da luz pelos objetos, da ação da retina quando estimulada por luz, e do processamento e coordenação das informações pelo cérebro. • Entender como acontece o eco. • Calcular a velocidade do som. • Identificar a presença de vibração em fenômenos de produção de sons. • Utilizar o modelo ondulatório para descrever a propagação dos sons. • Reconhecer as qualidades dos sons (altura, intensidade e timbre) e associá-las a características do modelo ondulatório (frequência, amplitude e forma de onda). • Descrever estruturas e funcionamento do ouvido humano. • Analisar o problema de perdas auditivas relacionadas a ruídos. 69 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 70 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros EDUCAÇÃO FÍSICA INTRODUÇÃO É fundamental definir e contextualizar o papel da Educação Física no universo escolar. Entende-se que o desenvolvimento das atividades corporais e lúdicas tem a sua devida importância no processo de formação global dos educandos, garantindo a inserção e permanência da Educação Física no processo ensino-aprendizagem formal. No entanto, para uma melhor compreensão das relações estabelecidas entre essa disciplina e o conjunto de ações pedagógicas, deve-se olhar com mais apuro para a escola, entendida enquanto espaço social de transmissão e construção de saberes sistematizados. Nas palavras de Dayrell, [...] a escola não possui um significado único, pois como constructo sóciocultural é produzido e se desvenda a partir de práticas e apropriações. Assim, cabe à escola não apenas trazer o cotidiano do aluno para o seu interior, mas também conhecer e respeitar a diferença cultural e a heterogeneidade de experiências sociais. Desta maneira, a escola seria um espaço privilegiado na medida em que possibilitaria o contato entre atores com diferentes visões de mundo, podendo promover o seu encontro e a troca de vivências e significados. (DAYRELL, 1996, p.12) Reconhecer a pluralidade dialética que constitui o cotidiano escolar torna-se especialmente necessário e relevante para a Educação Física. Nesse sentido, é inegável o valor da contribuição dos conteúdos da cultura corporal de movimento para a constituição de uma sensibilidade ampliada na formação e construção dos conhecimentos reconhecidamente fundamentais. A Educação Física possibilita a apropriação de espaços e práticas que propiciam mudanças significativas na capacidade crítica e de participação social dos alunos, tendo em vista as diversas situações em que os dados da realidade cotidiana, associados à cultura de movimentos podem (e devem) ser utilizados como objetos privilegiados de reflexão. No entender de Bracht, 71 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros [...] se considerarmos que a Educação Física escolar é parte de um empreendimento educativo, sua referência básica é a cultura. Porém, para que seja possível caracterizar a especificidade da Educação Física na sua relação com os outros componentes curriculares, é preciso indicar qual dimensão dessa cultura a justifica no currículo escolar como um saber diferenciado, porém não desligado, dos outros. Temos denominado essa dimensão de cultura corporal de movimento. É fundamental que compreendamos que é responsabilidade primeira da Educação Física elaborar e transmitir saber como elemento da cultura, para superarmos os reducionismos que permeiam nossa área. (BRACHT, 2003, p.165) A Educação Física, enquanto componente curricular da educação básica, deve introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. (BETTI, 1992, p. 282-287) Portanto, é tarefa da Educação Física Escolar preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte espetáculo, levando-o a uma visão crítica do sistema esportivo profissional. Instrumentalizar o aluno para uma apreciação estética e técnica, fornecer as informações políticas, históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É preciso preparar o cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica, musculação, natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua saúde e bem-estar. É preciso preparar o aluno leitor/espectador para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento. (BETTI, 1992, p. 282-287) Por fim, cabe aos professores a tarefa de se apropriarem de uma sensibilidade que ultrapasse a lógica funcionalista/reducionista, muitas vezes presente nas práticas pedagógicas do cotidiano escolar. No caso da Educação Física, práticas historicamente enraizadas, que reforçam um estereótipo negativo sobre essa área do conhecimento, reproduzindo comportamentos distantes do ideário concebido no interior da cultura corporal de movimento, deverão ser extintas. Apenas o envolvimento comprometido de todos os atores pertencentes ao processo educativo é que promoverá a transformação da realidade, com a formação de sujeitos notadamente críticos e participativos. 72 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros OBJETIVOS Objetivo Geral • Conhecer, vivenciar, valorizar e respeitar a pluralidade das manifestações da cultura corporal, estabelecendo relações entre teoria e prática nas aulas, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Conhecer a história da Educação Física e suas transformações, relacionando-a às necessidades atuais; • Conhecer os processos históricos e a evolução pelos quais passaram os esportes; • Conhecer os modos corretos de execução das práticas corporais das modalidades esportivas, não evidenciando a performance; • Vivenciar alguns fundamentos básicos do esporte, danças, lutas e demais atividades relacionadas à área; • Vivenciar diferentes ritmos e movimentos relacionados às danças; • Vivenciar variados jogos e brincadeiras, contribuindo para integração entre as pessoas e diferentes grupos sociais e étnicos; • Reconhecer a relevância das aulas teóricas associadas às práticas e à melhoria da sua qualidade de vida; • Reconhecer e respeitar as características físicas e de desempenho de si e dos outros, valorizando atitudes não preconceituosas relacionadas à habilidade, ao sexo, à religião, e a outras; • Adotar atitudes de não violência, respeitando os adversários, colegas e demais envolvidos nas atividades, incentivando o respeito mútuo e a solidariedade; • Analisar criticamente os padrões de beleza, saúde e alto rendimento divulgados pela mídia, evitando o consumismo e o preconceito. 73 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que não existe um caminho a ser seguido, determinado a priori por um conjunto de práticas e ações idealizadas. A “fórmula” mágica para se dar (ou o “como se dar aula”), a receita adequada das condutas pedagógicas, devem ser urgentemente substituídas pela noção da particularidade que envolve cada contexto: a que escola se refere, quais alunos, quais espaços possíveis, quais materiais estão disponíveis, dentre outros. Nesse sentido, é prudente adotar o tom do respeito à diversidade de elementos que constituem o rol das intervenções pedagógicas no campo da Educação Física. Orientações didáticas aqui propostas devem ser entendidas como um conjunto geral de parâmetros, princípios e referências, no intuito de auxiliar os atores que atuam no cenário da Educação Física, explicitando critérios gerais que podem ser tomados na constituição de quaisquer métodos pedagógicos: • Desenvolver ações pedagógicas calcadas nos princípios e valores da cultura corporal de movimento, reconhecendo-a enquanto estratégia metodológica de intervenção pedagógica; • Promover a inserção dos diversos conteúdos culturais no planejamento didático; • Reconhecer que o planejamento das aulas deve contemplar a participação de todos os alunos, permitindo a inclusão e privilegiando a perspectiva da coletividade; • Perceber que, no universo dos alunos, a singularidade e a diversidade são características marcantes, portanto, deve-se levar em consideração o princípio da particularidade, trabalhando e desenvolvendo o respeito às diferenças; • Quanto aos conteúdos, tanto os teóricos quanto os práticos, devem ser considerados na lógica da complexidade crescente, observando-se as condições de desenvolvimento biopsicossocial dos alunos; • Por fim, a construção do método deve permitir o envolvimento de todo um conjunto de sujeitos ativamente envolvidos no processo (pais, alunos, professores, supervisores, etc.). 74 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros No que se refere à avaliação em Educação Física escolar, a discussão que paira não é algo recente (nem muito menos consensual). Problematizar essa questão torna-se fundamental na elaboração desta Proposta Curricular. Desempenho ou envolvimento? Habilidade física ou compreensão do processo? Que critérios devem estar envolvidos no momento da avaliação dos alunos? Na concepção de BETTI (2002) & ZULIANI (2002), a avaliação deve contemplar um amplo espectro de valores, notadamente, a partir da cultura corporal como parâmetro privilegiado de ação. Os mesmos autores formularam uma série de orientações avaliativas, que podem ser consideradas na atribuição de conceitos (ou notas) aos alunos, recomendando que: • A avaliação deve ser contínua, compreendendo as fases que se convencionou denominar diagnóstica ou inicial, formativa e somativa; • A avaliação deve englobar os domínios cognitivo, afetivo ou emocional, social e motor; • A avaliação deve referir-se às habilidades motoras básicas, ao jogo, esporte, dança e práticas de aptidão física; • A avaliação deve referir-se à qualidade dos movimentos apresentados pelo aluno, e aos conhecimentos a ele relacionados; • A avaliação deve referir-se aos conhecimentos científicos relacionados à prática das atividades corporais de movimento; • A avaliação deve levar em conta os objetivos específicos propostos pelo programa de ensino; • A avaliação deve operacionalizar-se na aferição da capacidade do aluno expressarse, pela linguagem escrita e falada, sobre a sistematização dos conhecimentos relativos à cultura corporal de movimento, e da sua capacidade de movimentar-se nas formas elaboradas por essa cultura. (BETTI; ZULIANI, 2002, p.73-81) Da mesma forma, DARIDO (2007), sugere que a avaliação deverá ser contemplada nas suas três dimensões: cognitiva (competências e conhecimentos), motora (habilidades motoras e capacidades físicas) e atitudinais (valores), possibilitando ao aluno expressar sua sistematização dos conhecimentos relativos à cultura corporal em diferentes linguagens – corporal, escrita e falada. Ela ainda defende que os alunos, desde o início do período letivo, deverão ser informados por que, como, quando e de que modo serão avaliados, diversificando os instrumentos de acordo com as situações e os objetivos do ensino. Assim, a avaliação deve ser concebida na medida em que intenta problematizar a ação pedagógica, reorientando o processo de ensino e promovendo a autoavaliação do docente. Nesse particular aspecto, a atribuição de conceito (ou nota) ao aluno acaba sendo válido para norteá-lo em relação ao seu desenvolvimento, bem como ao atendimento das demandas institucionais e culturais. A avaliação, assim compreendida, não se atrela 75 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros necessariamente à passagem do aluno para uma série ou etapa seguinte, embora possa servir para tal fim. TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES 6º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático I - Manifestações Lúdicas e Esportivas 1. 2. 3. • • • • 4. • 5. 6. Jogos pré-desportivos Jogos recreativos Esportes coletivos Futsal; Handebol; Voleibol; Basquete. o História – contextualização. o Reconhecimento da quadra e suas marcações. o Noção dos fundamentos das habilidades motoras básicas. o Noção de regras básicas. Esporte individual Atletismo o Histórico; o Introdução às corridas e saltos. Manifestações esportivas Esporte e mídia – municipal e estadual HABILIDADES • Vivenciar as atividades lúdicas que envolvam as capacidades motoras: coordenação agilidade, equilíbrio dinâmico, estático e recuperado. • Vivenciar jogos e brincadeiras. • Entender e contextualizar a historia de cada modalidade. • Compreender e desenvolver os fundamentos das modalidades desportivas. • Conhecer as regras de cada modalidade. • Compreender o esporte na perspectiva de inclusão. • Reconhecer o potencial do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores. • Identificar, compreender e respeitar as diferenças de gênero relacionadas ao desempenho nas atividades esportivas. • Vivenciar ações corporais de acordo com suas possibilidades visando ao êxito nas mesmas. • Entender e contextualizar a história do atletismo. • Vivenciar corridas e saltos do atletismo. • Reconhecer seu próprio desempenho e dos demais, tendo como referência o esforço realizado. • Perceber e respeitar as diferenças individuais e os limites do outro para uma convivência coletiva e segura. • Reconhecer e valorizar as experiências trazidas pelos colegas do seu meio sociocultural. • Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias. • Analisar notícias e reportagens esportivas como processo pedagógico. 76 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Eixo Temático II - Expressão e Ritmo 1. 2. • 3. Jogos rítmicos Danças folclóricas Manifestações folclóricas regionais. Manifestações artísticas Eixo Temático III - O Movimento e a Saúde 1. Introdução à Educação Física Escolar 2. Higiene corporal 3. Vestuário 4. Hidratação 5. Benefícios da prática esportiva • Vivenciar diferentes manifestações culturais e rítmicas. • Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais. • Identificar estereótipos da dança. • Reconhecer o corpo, não como um conjunto de partes, mas como um corpo emotivo e sensível que se localiza e movimenta. • Compreender a dança como meio de desenvolver valores e atitudes. • Vivenciar a dança em eventos escolares. • Compreender a importância da Educação Física no ambiente escolar. • Desenvolver hábitos saudáveis. • Conhecer às noções básicas de saúde. • Identificar o vestuário adequado a cada prática esportiva. • Reconhecer e aplicar os conhecimentos sobre hidratação durante a atividade física. • Identificar e analisar os efeitos da atividade física sobre o organismo e a saúde: benefícios, riscos, indicações e contraindicações. 7º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático I - Manifestações Lúdicas e Esportivas 1. • • • • Esportes coletivos Futsal – condução e chute; Handebol – passe e drible; Voleibol – saque e manchete; Basquete – drible e arremesso. o Fundamentos específicos de cada modalidade – teórico/prático. o Regras específicas de cada modalidade. 2. Esporte individual • Atletismo o Introdução ao arremesso e lançamentos. 3. Jogos cooperativos HABILIDADES • Vivenciar os fundamentos específicos de cada modalidade. • Conhecer as regras específicas de cada modalidade. • Construir identidade de grupo, respeitando os outros em noções de coletividade e respeito às regras. • Entender a história do atletismo. • Vivenciar os arremessos e lançamentos do atletismo. • Ter compromisso pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades específicas relacionadas aos jogos. • Desenvolver o trabalho em equipe. • Construir a identidade de grupo, respeitando os outros a partir das noções de coletividade e respeito às regras. • Compreender o esporte como direito social. • Realizar ações corporais de acordo com suas possibilidades visando ao êxito nas mesmas. 77 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. 5. • • Esporte de participação Jogos de tabuleiro Damas; Xadrez. o História – contextualização. o Noção de regras básicas. o Práticas. Eixo Temático II - Expressão e Ritmo 1. 2. • 3. Expressão corporal Danças folclóricas Manifestações folclóricas nacionais. Manifestação artística Eixo Temático III - O Movimento e a Saúde 1. • • • 2. Drogas e doping Entorpecentes; Anabolizantes; Malefícios do uso. Saúde e qualidade de vida • Reconhecer e interagir com diferentes grupos sociais e étnicos vivenciando manifestações esportivas. • Identificar, compreender e respeitar as diferenças de gênero relacionadas ao desempenho nas atividades motoras. • Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias. • Interagir adequando-se ao contexto seja ele competitivo, recreativo, seja cooperativo. • Entender e contextualizar a história do xadrez. • Conhecer e aplicar regras do xadrez. • Conhecer e compreender o jogo de xadrez no seu contexto. • Analisar jogos de outros enxadristas e suas estratégias. • Conhecer e interagir com diferentes grupos sociais e étnicos, vivenciando manifestações da cultura popular como fonte de aprendizagem de movimentos e expressões. • Compreender a importância das manifestações folclóricas. • Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais. • Compreender as danças folclóricas como meio de desenvolver valores e atitudes. • Vivenciar danças folclóricas em eventos escolares. • Identificar os efeitos das drogas mais conhecidas. • Analisar os efeitos das drogas mais conhecidas no meio esportivo. • Conhecer os efeitos das drogas no organismo. • Compreender atividade física na promoção de saúde e na qualidade de vida. • Compreender os ciclos de exercícios como possibilidade de ganho de qualidade de vida. 78 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático I - Manifestações Lúdicas e Esportivas 1. Esportes coletivos • Futsal – Fundamentos do futsal teórico/prático o Passe; o Recepção; o Drible; o Condução – consolidar; o Chute – consolidar; o Marcação; o Posturas defensivas. • Handebol – Fundamentos do handebol - teórico/prático o Empunhadura da bola; o Passe – consolidar; o Recepção; o Drible – consolidar; o Arremessos - em apoio e em suspensão; o Posturas defensivas. • Voleibol – Fundamentos do voleibol - teórico/prático o Saque – consolidar; o Manchete – consolidar; o Toque; o Levantamento; o Cortada; o Bloqueio e rodízio. • Basquete - Fundamentos do basquetebol - teórico/prático o Drible – consolidar; o Passe; o Bandeja; o Arremesso – consolidar; o Posturas defensivas. • Consolidação das regras de cada modalidade. 2. Esporte individua/ dupla • Peteca o História – contextualização. o Noção de regras básicas. o Práticas. HABILIDADES • Vivenciar os fundamentos de cada modalidade. • Vivenciar e reforçar as modalidades já trabalhadas. • Entender as regras de cada modalidade, consolidando as já trabalhadas. • Entender e contextualizar a história da peteca. • Conhecer e aplicar as regras do jogo de peteca (dupla e individual). • Vivenciar a prática do jogo de peteca (dupla e individual). • Compreender o esporte nas diversas manifestações culturais. • Adotar atitudes éticas em qualquer situação de jogo. • Compreender a possibilidade do esporte como opção de lazer. • Reconhecer e valorizar as experiências trazidas pelos colegas do seu meio sociocultural. • Reconhecer as limitações de si mesmo e do outro nas diversas situações corporais. • Identificar, compreender e respeitar as diferenças de gênero relacionadas ao desempenho nas atividades motoras. • Ter responsabilidade pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades específicas relacionadas aos jogos. 79 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Eixo Temático II - Expressão e Ritmo 1. Expressões corporal • O corpo na dança e nos movimentos expressivos. 2. Capoeira • História – contextualização; • Músicas; • Instrumentos. Eixo Temático III - O Movimento e a Saúde 1. 2. 3. 4. 5. Saúde e alimentação Sedentarismo IMC – Índice de Massa Corporal Sobrepeso, obesidade, anorexia Alimentação, nutrição e atividade física • Expressar sentimentos e ideias utilizando as múltiplas linguagens do corpo. • Vivenciar processos de criação dos passos na dança. • Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais da dança. • Compreender a pluralidade das manifestações culturais. • Compreender a dança como meio de desenvolver valores e atitudes. • Vivenciar a dança em eventos escolares. • Conhecer a origem e a historia da capoeira, bem como suas músicas e instrumentos. • Vivenciar elementos da capoeira. • Conhecer os malefícios do sedentarismo. • Conhecer, calcular e analisar o Índice de Massa Corporal (IMC). • Compreender a influência da mídia nos padrões corporais. • Reconhecer e entender as doenças relacionadas à obesidade. • Compreender a anorexia como prejuízo à saúde. • Desenvolver hábitos alimentares saudáveis. • Analisar os efeitos da atividade física no seu organismo. 9º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático I - Manifestações Lúdicas e Esportivas 1. • • • • Esportes coletivos Futsal; Handebol; Voleibol; Basquete. o Consolidação dos fundamentos das modalidades. o Combinação de fundamentos. o Técnicas e táticas das modalidades. o Regras de cada modalidade HABILIDADES • Vivenciar os fundamentos de cada modalidade em situações de jogo. • Vivenciar os elementos técnicos e táticos básicos de cada modalidade esportiva. • Saber aplicar táticas em situações de jogo. • Reconhecer as regras de cada modalidade aplicadas durante o jogo. • Vivenciar os fundamentos das provas de atletismo, consolidando-os. • Desenvolver as técnicas e táticas das provas do atletismo. • Reconhecer as regras das provas do atletismo. • Vivenciar os fundamentos da peteca, consolidandoos. • Desenvolver os elementos técnicos e táticos básicos 80 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros aplicadas durante o jogo. 2. Esporte individual • Atletismo; • Peteca. o Retomar dos fundamentos das modalidades. o Técnicas e táticas das modalidades. o Retomar as regras de cada modalidade aplicadas durante o jogo. 3. Esporte e mídia – estadual e nacional. Eixo Temático II - Expressão e Ritmo 1. Expressão corporal • Diversidade cultural brasileiras. 2. Capoeira • Significação. • Luta ou dança. nas danças Eixo Temático III - O Movimento e a Saúde 1. Primeiros socorros • Noções básicas de primeiros socorros. 2. Funcionamento fisiológico do corpo • Crescimento, postura e exercício físico. • Noções básicas do processo de contração muscular. • Sistema cardiorrespiratório. • • • • • • • • da peteca. Reconhecer as regras da peteca durante o jogo. Adotar atitudes éticas em qualquer situação de jogo. Vivenciar o lúdico na pratica esportiva. Compreender o esporte e as implicações da mídia sobre ele. Adotar atitude de respeito mútuo, resolvendo situações conflitantes com seus pares, convivendo de forma equilibrada com a diversidade. Reconhecer e valorizar as experiências trazidas pelos colegas do seu meio sociocultural. Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias. Entender a regra do desporto e sua aplicação em ambientes diversos. • Compreender as relações sociais entre homens e mulheres na dança. • Identificar as características das danças e dos movimentos expressivos. • Identificar a dança como possibilidade de superação de preconceitos. • Compreender a pluralidade das manifestações culturais. • Vivenciar a dança em eventos escolares. • Reconhecer e interagir com diferentes grupos sociais e étnicos, vivenciando manifestações da cultura popular como fonte de aprendizagem de movimentos e expressões. • Compreender a capoeira e sua significação. • Reconhecer a capoeira enquanto luta ou dança. • Conhecer as noções de primeiros socorros. • Conhecer as variações fisiológicas promovidas pela atividade física. • Reconhecer e compreender o sistema cardiorespiratório. • Avaliar seu próprio desempenho e dos demais, tendo como referência o esforço realizado. • Reconhecer limitações de si e do outro nas diversas situações corporais. • Reconhecer e compreender o corpo humano em suas partes e em suas funções. • Identificar e analisar os efeitos da atividade física sobre o organismo e a saúde: benefícios, riscos, indicações, e contraindicações. • Conhecer as variações fisiológicas promovidas pela atividade física. 81 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 82 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros EDUCAÇÃO RELIGIOSA INTRODUÇÃO A Constituição Federal, artigo 210, parágrafo 1º; a nova Lei de Diretrizes e Bases (9.394/96), alterada em seu artigo 33 pela Lei 9.475/97; a Constituição Estadual de Minas Gerais, artigo 200, parágrafo único; e a Lei Orgânica Municipal de Montes Claros nº 3.855/2007, artigo 29, parágrafo VI, legitimam a Educação Religiosa, antes tida por Ensino Religioso, no currículo das escolas públicas de Ensino Fundamental. A busca da sua identidade foi motivada pela implantação da Lei 5.692/71. A existência do Ensino Religioso no Brasil é de quase 500 anos. Sua história coincide com a própria história do país. No contexto da educação escolar, é iniciada com os jesuítas na segunda metade dos anos de século XVI e continua durante o regime republicano até os dias atuais. O Ensino Religioso foi vítima de um excessivo controle por parte da Igreja Católica e do Estado durante o período colonial, imperial, até a Proclamação da República, na qual foi extinto o chamado regime de padroado. Com o passar do tempo, o Ensino Religioso encontra dificuldades para se estabelecer como disciplina componente do currículo escolar, pois continua sendo considerado como elemento eclesial, de interesse das igrejas ou entidades religiosas, que continuam ensinando religião nas escolas. Isso dificultou a sua legalização e efetivação do ponto de vista dos princípios democráticos que abarcam o pluralismo religioso e filosófico. O Ensino Religioso, compreendido como ensino da religião, trazia em si uma abordagem catequética, doutrinária e prosélita. Isso gerava um mal-estar no desenvolvimento do mesmo e criava situações embaraçosas que dificultavam a sua plena realização. Elaborado pelo Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, composto por pessoas de várias tradições religiosas, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso de 1997, assim como as leis citadas, asseguram um ensino que respeite a pluralidade religiosa e garanta a liberdade do educando sem proselitismo. 83 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Hoje, constituído por lei e compreendido como área do conhecimento, a Educação Religiosa, traz em si um novo jeito de abordagem: relacional, valorativa, ecumênica e interreligiosa, (assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedada qualquer forma de proselitismo). Portanto, essa disciplina vai se preocupar em trabalhar o ser humano, integralmente, nas suas dimensões relacionais, isto é, no relacionamento consigo, com o outro, com o transcendente e com o cosmos. A história do povo brasileiro é marcada por aspectos religiosos, manifestados nas diversas formas culturais existentes no país. O sagrado e a vivência de valores são fundamentais para a plena realização desse povo. Nesse sentido, a disciplina de Educação Religiosa possibilita ao educando o desenvolvimento das suas potencialidades, inclusive a dimensão religiosa e a vivência de valores comuns a todas as religiões. A religião, por se tratar de um conhecimento elaborado, é patrimônio da humanidade, devendo o Estado garantir a presença da Educação Religiosa no currículo escolar, para que todas as crenças sejam valorizadas e respeitadas. A escola, ambiente privilegiado de estabelecimento de relacionamentos, deverá criar condições para que o educando, gozando de seus direitos e deveres como cidadão, adquira o conhecimento relacionado às dimensões relacionais, numa atitude de respeito ao diferente e cresça na vivência de valores éticos e morais, por meio de relações saudáveis, harmoniosas e equilibradas, visando ao exercício da cidadania para a construção de uma sociedade mais humana, fraterna, que valorize o ser, desconstruindo a cultura do individualismo e isolamento, cultivando uma cultura de paz. OBJETIVOS Objetivo Geral • Trabalhar o ser humano em sua totalidade, nas suas dimensões relacionais, isto é, no relacionamento consigo, com o outro, com o transcendente e com o cosmos, possibilitando o autoconhecimento e uma convivência harmoniosa, saudável e 84 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros equilibrada, valorizando a compreensão, o entendimento, o respeito, a tolerância para com a experiência do sagrado de cada um e a vivência da ética do cuidado. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Perceber que o ato de conhecer a si é essencial para uma convivência saudável, harmoniosa e equilibrada consigo, para então ir em direção ao estabelecimento de relações com o outro, com o transcendente e com o cosmos; • Entender que o outro é um igual, portanto, deve-se relacionar com ele na autenticidade, sinceridade, verdade, honestidade, bondade, compaixão, solidariedade, fraternidade e,sobretudo, respeitando-o seu jeito de ser; • Conhecer o universo das tradições religiosas, percebendo como se dá o jeito de relacionar com o transcendente de cada um, adotando atitudes de respeito, tolerância e reverência para com a experiência do sagrado de cada pessoa, primando pelo diálogo ecumênico e inter-religioso; • Empenhar-se no estabelecimento de relacionamentos cuidadosos para com tudo que o rodeia, começando do lugar onde está; • Preservar e cuidar da vida no planeta terra para todas as gerações, adotando atitudes de consumo responsável, reciclando, gerando menos lixo e desenvolvendo uma consciência planetária; • Construir e cultivar uma cultura de paz, percebendo que a paz que se quer é a paz que se constrói com atitudes, gestos, palavras e as escolhas que se faz; • Desconstruir a cultura do individualismo e isolamento; • Cuidar e respeitar a sua vida, valorizando acima de tudo aquilo que se é e não apenas aquilo se tem; • Reconciliar e perdoar sempre, para estabelecer relações saudáveis; • Valorizar e desenvolver gestos de gratidão; • Respeitar as diferentes práticas religiosas e os sentimentos religiosos de cada pessoa; • Perceber a importância da interação na convivência grupal. 85 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS A metodologia de ensino da Educação Religiosa deve contemplar a análise das dimensões relacionais humanas (eu comigo, eu com o outro, eu com o transcendente e eu com o cosmos), em um “fazer pedagógico” dinâmico, permitindo a interação, o diálogo no processo de construção, socialização do conhecimento e do estabelecimento de relacionamentos harmoniosos, saudáveis e equilibrados com todos e com tudo. Desse modo, busca-se decodificar e analisar os elementos básicos que compõem as dimensões relacionais humanas, enfocando os conteúdos em uma rede de relações, de forma dinâmica, progressiva e interativa, propiciando uma ampliação de visão, compreensão e aplicação por parte do educando em sua vida diária, a partir do contexto sociocultural. Essa construção e socialização do conhecimento das dimensões relacionais humanas são subsidiadas pela mediação do professor, pela troca de experiências entre os educandos, pelos relacionamentos estabelecidos dentro e fora do espaço escolar, pela pesquisa em fontes variadas, pela leitura e interpretação de textos diversos, produções de textos, poemas, paródias, entrevistas, relatórios, seminários, palestras, análise de fotos, ilustrações e objetos simbólicos, murais, painéis, filmes, documentários, propagandas, dramatizações, músicas, dinâmicas, confecção de cartazes, maquetes, álbuns, entre outros. Dessa forma, o processo de compreensão das dimensões relacionais humanas será o norte para o estabelecimento de relacionamentos saudáveis, harmoniosos e equilibrados, salvaguardando o respeito, o diálogo, a tolerância, a partir de sua realidade sociocultural. No tratamento didático dos conteúdos é preciso considerar: • O planejamento das aulas/atividades de acordo com o ano de escolaridade e a realidade de cada escola; • A organização do espaço (sala de aula), facilitando o diálogo e a interação entre educando e professor, de acordo com o conteúdo e a metodologia; • O esclarecimento aos pais ou responsáveis acerca da proposta da disciplina de Educação Religiosa, focando a característica dessa área do conhecimento que visa trabalhar as dimensões relacionais humanas, modificando assim uma mentalidade que ainda vigora de que a mesma é o ensino de Religião; 86 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • A interdisciplinaridade da disciplina de Educação Religiosa, contextualizando e estabelecendo a inter-relação dos conteúdos; • O estabelecimento de relações entre os saberes, facilitando a interação, o diálogo na mediação de conflitos em busca e construção de uma cultura de paz; • O estabelecimento de relacionamentos saudáveis, harmoniosos e equilibrados, a partir das dimensões relacionais humanas; • A percepção de como se dá o jeito de relacionar com o transcendente de cada um, adotando atitudes de respeito, tolerância e reverência para com a experiência do sagrado de cada pessoa, primando pelo diálogo ecumênico e inter-religioso; • Os conhecimentos, vivências e experiências anteriores do educando, como ponto de partida para a construção e socialização do processo de conhecimento da disciplina de Educação Religiosa; • A necessidade de múltiplas leituras no estudo da pluralidade religiosa; • A possibilidade de um aprofundamento gradativo, dada a amplitude dos assuntos a serem trabalhados sobre as dimensões relacionais humanas; • A seleção criteriosa dos materiais a serem trabalhados (objetos simbólicos, fotos, textos, filmes, dentre outros) e os recursos didáticos. Propõe-se, ainda, o trabalho com descritores da Prova Brasil, concomitante às capacidades a serem desenvolvidas ao longo dos anos de escolaridade, uma vez que todas as disciplinas preveem o desenvolvimento de habilidades e procedimentos de leitura, produção de textos e raciocínio lógico-matemático, garantindo uma articulação entre elas. 87 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros TÓPICOS CONTEÚDOS E HABILIDADES 6º ANO CONTEÚDOS 1. Quem Sou Eu? • Educação Religiosa X Religião X Religiosidade. • Sou gente. • Tenho qualidades e defeitos. • Estou em constante crescimento. • Sou um ser em construção. • Sou capaz de amar. • Tenho sonhos a realizar (projeto de vida). • Sou um ser de relações. 2. Eu e os outros • Não vivo sozinho, preciso das outras pessoas. • Fraternidade. • Minha família. • Meus vizinhos. • Meus amigos. • Meus colegas. • Meus professores. 3. Meio Ambiente • Casa. • Escola. • Bairro. • Cidade. • País. • Natureza. • Universo. 4. Valores humanos • Amor. • Compaixão. • Amizade. • Solidariedade. • Honestidade. • Responsabilidade. • Obediência. • Bondade. • Justiça. HABILIDADES • Perceber a diferença entre Educação Religiosa, Religião e Religiosidade. • Reconhecer-se como ser importante que tem qualidade a desenvolver e defeitos a superar, num processo de crescimento e construção constantes. • Construir o seu projeto de vida (caso não tenha construído). • Perceber que somos capazes de estabelecer relações saudáveis, harmoniosas e equilibradas. • Compreender que precisamos de várias pessoas ao longo da nossa vida. • Estabelecer relações de fraternidade, solidariedade e bondade para com todos que convivemos. • Respeitar e preservar o lugar onde se vive. • Integrar-se na família, na escola e na comunidade como alguém que se realiza na convivência com os demais em dar e receber. • Adotar atitudes, ações, gestos de cuidado para com tudo que nos rodeia. • Perceber a importância de vivenciar os valores humanos no dia a dia. 88 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • 5. • • • 6. • • • • 7. • • • • • • Respeito. Gratidão. Cultura de paz A paz que eu quero e a paz que eu construo. A paz é possível. Eu sou da paz. Livros Sagrados Religião X Religiosidade X Educação Religiosa. Vários livros sagrados. Nomes dados aos livros sagrados. A Bíblia, livro sagrado dos cristãos. Cultura e religiosidade Carnaval, festa de alegria. Páscoa, vida nova. Festas juninas. Festas de Agosto (folclore). Natal, nascimento de Jesus Cristo. Outras. 8. Diferentes, mas iguais em dignidade e direito • Cada um tem o seu jeito de ser. • Brasil, país de muitas raças, cores e religiões. • Consciência negra. • Construir e cultivar uma cultura de paz. • Diferenciar o conceito de Religião, Religiosidade e Educação Religiosa. • Saber que existem vários livros sagrados. • Conhecer outros nomes que identificam os livros sagrados. • Saber que a Bíblia é o livro sagrado dos cristãos. • Conhecer a história das festas culturais e religiosas. • Reconhecer que as festas religiosas proporcionam momentos de integração e encontros, alegria e diversão para os participantes. • Respeitar a manifestação religiosa e a cultura de cada um; • Saber que o carnaval proporciona alegria para quem dele participa com responsabilidade; • Ver a Páscoa como tempo de mudança. • Valorizar e respeitar as diferenças. • Saber que não existe uma raça melhor que outra. Todas são iguais. • Adotar uma cultura de inclusão e evitar o preconceito. 7º ANO CONTEÚDOS 1. Leis e regras: caminho para a paz • Vivemos numa sociedade repleta de leis e regras a cumprir. • Regras X Infração X Punição. 2. • 3. • • Meio Ambiente Cultura do cuidado. Construção da identidade Quem sou eu? Liberdade e responsabilidade (tudo me é permitido, mas nem tudo me convém). • Limite. • Projeto de vida. HABILIDADES • Conhecer e respeitar as leis e regras impostas pela sociedade. • Cumprir as normas da escola. • Saber que o desrespeito às leis e às regras geram punição. • Agir com responsabilidade em relação à preservação da vida no planeta Terra. • Sentir-se gente, imagem e semelhança de Deus. • Usar a liberdade com responsabilidade para não perdê-la. • Saber que minha liberdade termina quando começa a do outro. • Entender que posso e devo agir sem prejudicar a mim e ao outro. 89 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. • • • • • • Valores morais Justiça. Igualdade. Liberdade. Responsabilidade. Direito. Dever. 5. Afetividade e sexualidade. • Amizade. • Desenvolvimento do corpo (o que mais me incomoda?). • Namorar ou ficar? (Há tempo para tudo). 6. Cultura e festas religiosas. • Carnaval, saber brincar. • Páscoa, tempo de mudança. • Festas Juninas. • Festas de Agosto. • Natal • Outras. 7. • • 8. • 9. • • 10. • • • O valor da vida humana A dignidade do ser humano. Os deveres e os direitos humanos. Patrimônio público Escolas, praças, hospitais, parques, utensílios diversos, entre outros. Amizade Crescendo com os amigos. Cultivar boas amizades. Família A família e o crescimento pessoal. Várias famílias. Abrigo. 11. Livros sagrados • As grandes religiões têm o seu livro sagrado. • A Bíblia, livro sagrado dos cristãos. • Refletir sobre o projeto de vida construído no 6º ano, fazendo os acréscimos necessários. • Conhecer e vivenciar os valores essenciais para a vida humana. • Perceber os valores que fundamentam o comportamento humano e norteiam o nosso agir, favorecendo uma convivência mais humana e fraterna. • • • • Criar laços de amizade. Perceber e valorizar seu corpo em desenvolvimento. Respeitar o seu corpo e o corpo do outro. Despertar para a importância do relacionamento afetivo. • Conhecer a história das festas culturais e religiosas. • Reconhecer que as festas religiosas proporcionam momentos de integração e encontros, alegria e diversão para os participantes. • Respeitar a manifestação religiosa e a cultura de cada um. • Perceber a cultura e a religiosidade popular como espaço privilegiado de aprendizado, integração e encontro; • Perceber os pontos positivos e os pontos negativos ao brincar o carnaval; • Valorizar a Páscoa como tempo de reflexão e mudança. • Reconhecer a importância da vida, esforçando-se para melhorar a própria vida e a dos demais. • Cumprir com seus deveres e usufruir seus direitos. • Conservar, preservar e cuidar dos bens que são de todos. • Compreender que os amigos nos ajudam a crescer. • Saber cultivar boas amizades. • Descobrir na relação familiar pontos de referência pessoal. • Conhecer a formação da família atual. • Respeitar a formação das famílias de cada um. • Perceber o abrigo como um lar de acolhimento e estabelecimento de relacionamentos saudáveis, harmoniosos e equilibrados. • Saber que existem vários livros sagrados e que todos são importantes para aqueles que neles creem. 90 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 12. Brasil, país de várias raças e cores • Todos somos iguais em dignidade e em direito. • Cidadania. • Todas as raças formam a raça humana. • Perceber que não existe uma raça melhor que outra. Todas são iguais. • Exercer a cidadania pautada por valores éticos e morais. • Valorizar e respeitar as diferenças. 8 º ANO CONTEÚDOS 1. Quem sou eu? • Sou um ser social em constante mudança. • Sou capaz de cumprir regras. • Tenho sentimentos, qualidades e defeitos a superar. • Sou capaz de controlar minhas emoções. • Sou capaz de enfrentar e superar as contrariedades da vida. • Tenho sonhos a realizar (projeto de vida). 2. Eu e o outro • O outro é um igual. 3. Família base • Tipos de família. • Cresço na família. 4. Adolescência • Crise na adolescência. • Autenticidade. • Afetividade. • Relacionamento homem/mulher (gravidez na adolescência/ aborto/DSTs). 5. • • • 6. • • • Sexualidade Gênero masculino e feminino. O corpo humano. O meu sexo é parte da minha identidade. Namoro O que é namoro? Diferença entre namorar e ficar. Relações de amizade no namoro. HABILIDADES • • • • • Fazer autoavaliação. Ser capaz de conviver em harmonia. Superar as dificuldades. Controlar as emoções. Revisar o projeto de vida e fazer os acréscimos necessários. • Perceber que o outro deve ser tratado como um “igual”. • Perceber que não importa como é formada uma família, ela é sempre lugar de acolhimento, convivência e crescimento plenamente feliz. • Reconhecer que a adolescência é apenas uma fase/ passagem para a vida adulta. • Estabelecer relacionamentos baseados na autenticidade. • Criar laços afetuosos. • Perceber que no estabelecimento de relações homem/mulher está a responsabilidade mútua nas consequências das vivências/experiências a dois. • Respeitar as diversidades no âmbito sexual. • Respeitar o próprio corpo e o corpo do outro. • Compreender o namoro como uma relação afetiva constante, compromissada e responsável. • Valorizar a relação de namorar. • Diferenciar namorar de ficar. • Criar laços de amizade. 91 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 7. • • • • • • Cultura e festas religiosas Carnaval, festa popular brasileira. Páscoa. Festas Juninas. Festas de Agosto. Natal. Outras. 8. Cidadania 9. Religiões monoteístas e seus livros sagrados • Judaísmo. • Cristianismo. • Islamismo. • Respeitar a cultura e religiosidade expressas nas diversas manifestações festivas do povo. • Conhecer a história das festas culturais e religiosas. • Reconhecer que as festas religiosas proporcionam momentos de integração e encontros, alegria e diversão para os participantes. • Respeitar a manifestação religiosa e a cultura de cada um. • Perceber a cultura e a religiosidade popular como espaço privilegiado de aprendizado, integração e encontro; • Conhecer as cidades brasileiras que mais festejam o carnaval; • Saber o significado da palavra Páscoa e o que ela representa para judeus e cristãos. • Agir como cidadão brasileiro que valoriza sua pátria, cumprindo seus deveres e exigindo seus direitos. • Conhecer os livros sagrados do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. 10. Símbolos religiosos • Símbolo e vida. • Símbolos religiosos: sintonia com o sagrado. • Respeitar os símbolos da sua religião e da religião dos outros. 11. • • • • Reconhecer que não existe uma raça inferior ou superior. Todas são iguais. • Adotar atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas, valorizando suas particularidades. • Incluir sempre. Excluir jamais. Igualdade racial Muitas raças um só povo. A grande família humana. Cultura de inclusão. 9° ANO CONTEÚDOS 1. • • • Regras e leis: caminhos de paz. É preciso respeitar as regras. Infração gera punição. Em todas as sociedades e instituições existem leis e regras a cumprir. 2. Cultura de paz • O que é a paz? • Construção de uma cultura de paz. HABILIDADES • Respeitar as leis e as regras. • Compreender que através do cumprimento das leis e das regras poupamos nossa vida e a vida dos outros de aborrecimentos e até mesmo da morte. • Perceber que em todo lugar existem leis e regras a cumprir. • Saber que a paz que eu quero começa em mim. • Compreender que a paz é possível. • Conhecer as personalidades que promoveram e pro92 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Personalidades que promoveram e promovem a paz no mundo. movem a paz no mundo. 3. Educação Religiosa: um caminho para religar • A si. • Ao outro. • Ao transcendente. • Ao cosmos. • Perceber a Educação Religiosa como um caminho de religar as dimensões relacionais humanas. 4. • • • • • Construção da vida Sou produto das minhas escolhas. Consumismo. Os caminhos da vida sem drogas. Projeto de vida. Resiliência (capacidade de lidar com as adversidades da vida). • Adotar atitudes de consumo com responsabilidade. • Perceber que a vida é construída pelas escolhas feitas. • Identificar as drogas como fuga infrutífera, irresponsável e ilusória nos caminhos da vida. • Rever e avaliar o projeto de vida, fazendo as mudanças necessárias. • Saber lidar com as adversidades, frustrações, problemas e desafios próprios da vida. 5. • • • • • • Cultura e festas religiosas Carnaval. Páscoa. Festas juninas. Festas de Agosto. Natal. Outras. • Conhecer a origem das festas culturais e religiosas. • Perceber que estas festas promovem integração, alegria e encontro para os participantes. • Respeitar as manifestações da cultura e da religiosidade local. • Conhecer a origem das festas culturais e religiosas. • Analisar criticamente as festas culturais e religiosas. 6. Vocação X Trabalho • Quem sou eu? (Relacionamento intrapessoal). • Tendências natas (habilidades pessoais). • Realização profissional (Eu e o mundo do trabalho). • Compreender que é protagonista da sua própria história, responsável pela vida, pelo crescimento e pela formação harmoniosa de todo o seu ser. • Perceber as habilidades pessoais. • Conhecer os processos de inserção no mercado de trabalho. 7. O que pretendo como ser social. • Eu e o outro (Relacionamento interpessoal). • O saber cuidar (meio ambiente). • Ética do bom exemplo. • Despertar para atitudes autênticas que estabelecem relacionamentos saudáveis, harmoniosos e equilibrados na vivência em grupo. • Desenvolver, adotar atitudes e gestos de cuidado para com tudo e com todos os seres vivos. • Perceber que gestos, ações e atitudes falam mais do que palavras. 8. Tradições religiosas • Judaísmo. • Cristianismo (multiplicidade denominacional). • Islamismo. • Perceber que as experiências do sagrado estão expressas em atos, nas diferentes religiões. • Perceber que as Tradições Religiosas representam a fé das pessoas ou grupos, merecendo todo respeito e compreensão. 93 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Budismo. • Umbanda, candomblé e indígenas. 9. Vivências religiosas e cidadania • Consciência e respeito aos direitos humanos (exercer a cidadania). • Gestos, atitudes e ações que promovem a vida. 10. Cultura afro-brasileira • Consciência negra. • A formação do povo brasileiro. • Não ao preconceito. • Cultura de inclusão. • Respeito às diferenças. • Respeito mútuo. • Promover o bem comum. • Exercer a fraternidade, solidariedade, bondade, compaixão em gestos, atitudes e ações concretas que promovem a vida. • Tomar consciência que todos são iguais, independente da raça ou da cor. • Valorizar /admirar as raízes étnicas do povo brasileiro. • Eliminar o preconceito. • Incluir sempre. Excluir jamais. • Adotar atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas, repudiando as injustiças e discriminações. • Conhecer a Lei 10.639/03 e percebê-la como uma resposta a questão do negro no Brasil. 94 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 95 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros GEOGRAFIA INTRODUÇÃO É indiscutível a contribuição das correntes do pensamento geográfico no avanço do processo de ensino-aprendizagem. Em especial, a Geografia crítica trouxe uma mudança no ensino da disciplina, estimulando a criticidade na educação. A Geografia cultural ou humanística, por sua vez, contribuiu para a valorização da experiência vivida, do grupo ou do indivíduo, buscando entender o comportamento e a relação das pessoas com os lugares. Hoje não temos uma corrente geográfica em destaque, mas sim representantes de diferentes correntes que formam a evolução do pensamento geográfico. Contudo, é de entendimento da maioria dos estudiosos que, no processo de ensino da Geografia, deve-se levar em conta três grandes conceitos fundamentais: as categorias geográficas (onde ocorrem os diversos fenômenos naturais e sociais: espaço, paisagem, lugar, território e região), o tempo (ao se tratar dos fenômenos naturais, deve-se analisar o tempo geológico e se tratando dos fenômenos sociais, analisa-se o tempo histórico) e a escala (que nos mostra a dimensão dos fenômenos, podendo ser de abrangência local, regional, nacional, internacional e global). Assim, toda discussão geográfica necessita levar em conta tais conceitos. É importante ressaltar também que a Geografia ganhou uma nova dimensão, que é o espaço virtual, no qual as relações existentes, em determinado lugar físico, ganham diversas representações no espaço da internet, permitindo ao educando, dentro das suas capacidades cognitivas, colocarem-se numa posição de observador crítico, diante de todas as atualidades do planeta. É nessa perspectiva que a Alfabetização Cartográfica tem fundamental importância para a disciplina. Para JARDIM (2010, pg. 19), “[...] a cartografia (linguagem gráfica) é a arte e a ciência mais eficiente de se expressar corretamente informações sobre a superfície terrestre por meio de mapas [...]”. Hoje, com a sociedade da informação, a cartografia vive um novo estágio, uma nova forma de representação cartográfica, foi concebida, conforme explica Lencioni: 96 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros A nova representação cartográfica é física e dinâmica. Numa tela do computador, a imagem do mundo pode girar e a escala se contrair ou se expandir em questão de segundos. O universo pode ser visto em todas as escalas possíveis, não mais por aqueles que fazem o mapa, mas também pelos usuários. Pode-se passar de um tipo de representação a um outro em questão de segundos [...] (LENCIONI apud NASCIMENTO JUNIOR, 2011, pg.53) Nesta Proposta Curricular, foram elencados os conteúdos a serem trabalhados pelos professores por ano de escolaridade, bem como as habilidades a serem atingidas pelos educandos. Os conteúdos temáticos foram definidos baseados na análise dos conteúdos apresentados em diversas obras didáticas de Geografia, na análise de diversas Propostas Curriculares Municipais, nos Conteúdos Básicos Comuns de Minas Gerais (CBCs), nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e através de discussões, sugestões e críticas apresentadas pelos professores do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros – MG, colaborando assim para essa atual versão, que deverá ser revista periodicamente. Propõe-se também o trabalho concomitante com os Descritores de Português e Matemática e a inserção dos Temas Transversais ao conteúdo. Não se pretende aqui reduzir os conhecimentos a serem abordados, mas sim indicar os limites, os quais os alunos teriam certa dificuldade em prosseguir com os estudos. É importante também que o professor aborde os temas transversais sugeridos nessa Proposta, bem como aqueles de interesses predominantes da faixa etária dos educandos e/ou outros que o professor julgar necessário. De modo geral, os conteúdos temáticos dessa Proposta Curricular apresentam a seguinte estrutura: o 6º ano explicita uma compreensão geral do espaço geográfico, que se divide entre as categorias geográficas, a cartografia e o estudo dos aspectos físicos gerais do Planeta Terra; o 7º ano aborda o espaço geográfico brasileiro e o 8º e 9º anos abordam a regionalização do espaço mundial sob duas óticas - a compreensão dos processos gerais e globais que interferem de modo articulado em todo o seu âmbito e a compressão dos processos e características regionais. Nesses dois últimos anos de escolaridade, optou-se pela divisão do mundo em continentes, visando a uma melhor compreensão pelo educando. Dada a importância dos conceitos fundamentais em cartografia, buscou-se inserila nos demais conteúdos abordados no 7º, 8º e 9º anos. Observa-se que não se trata de abordar o conteúdo temático cartografia por completo, conforme estudado no 6º ano, mas sim utilizar- 97 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros se da leitura, interpretação, análise de textos cartográficos, mapas, tabelas e gráficos em outros conteúdos temáticos. Espera-se, portanto, que as ideias contidas nessa Proposta, voltadas para a construção do conhecimento, sirvam de apoio aos professores, norteando o seu planejamento, contribuindo para a formação de um aluno crítico, participativo e que reconheça a importância da Geografia para a compreensão do lugar onde vive. OBJETIVOS Objetivo Geral • Compreender o papel e as possibilidades das práticas sociais na configuração do espaço geográfico, construindo a autonomia no exercício do pensamento complexo e na busca de respostas para soluções de problemas locais, regionais e internacionais. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Compreender a relação implícita entre a lógica do consumo, consumismo e cidadania, formando atitudes e valores com vistas à construção de sociedades sustentáveis; observando a importância do desenvolvimento de habilidades relacionadas ao tratamento da informação na reflexão e ação cotidiana do espaço globalizado; • Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de como as paisagens, os lugares, os territórios, os espaços e as regiões se constroem; • Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedades e suas consequências em diferentes espaços e tempos, de modo que se construa referenciais que possibilitem uma participação positiva e recreativa nas questões socioambientais locais; • Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na construção do espaço geográfico; 98 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Analisar a espacialidade, a temporalidade e a dimensão dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações; • Perceber que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por toda a sociedade e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se na contribuição de sua democratização; • Conhecer e saber utilizar os procedimentos de pesquisa da Geografia, para compreender as categorias geográficas, seus processos de construção e identificação de suas relações, problemas e contradições; • Entender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem, a partir de imagens, músicas, literatura, leitura de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o espaço; • Saber utilizar a linguagem gráfica, de mapas e de tabelas para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos; • Fazer uso da leitura, interpretação e análise de textos cartográficos, extraindo deles informações explícitas e implícitas; • Apropriar-se do espaço virtual como forma de contribuição para o seu conhecimento e posicionamento diante do espaço geográfico local, regional, nacional e global; • Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Ensinar e aprender exigem atualmente processos mais abertos de pesquisa e de comunicação e cada vez menos conteúdos fixos. O acesso às informações e aos dados depende cada vez menos do professor. As tecnologias trazem, hoje, dados, imagens, informações, resumos, notícias, tudo de forma muito rápida e fascinante. Entretanto, os educandos têm informações demais, das mais variadas fontes e formas de acesso, o que gera 99 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros dificuldades na hora de escolher quais são significativas para eles e quais eles conseguem e devem integrá-las ao seu desenvolvimento, a sua vida. É nesse contexto que o professor exerce uma importante função no ensino, sendo que o primordial é ajudar o educando a interpretar essas informações, a relacioná-las e a contextualizá-las. Isso requer tanto o domínio do conhecimento teórico quanto o da prática docente. Um dos grandes desafios dos professores de Geografia, no papel que lhes cabe no processo de ensino, é desenvolver em sala de aula atividades que prendam a atenção dos educandos, deixando a aula mais dinâmica e participativa, para que eles tenham interesse pelo assunto trabalhado e os auxiliem nas suas curiosidades diversas. O Guia de Livros Didáticos – PNLD 2011 – Geografia, através da análise e aprovação de 10 coleções didáticas de Geografia, amplamente utilizadas pelos professores tanto da rede pública de ensino como da privada, identificou a utilização de cinco enfoques metodológicos básicos e dois procedimentos metodológicos complementares, sugeridos ao professor de Geografia em sua prática docente. Constatou-se que algumas dessas metodologias são utilizadas como referência básica por uma coleção, enquanto que outras são consideradas complementares de uma coleção principal. As metodologias de aprendizagem sugeridas pelas coleções e constatadas pelo Guia foram: • Aprendizagem Psicogenética: os procedimentos de ensino-aprendizagem são baseados na teoria da aprendizagem psicogenética de Jean Piaget. Os conteúdos e as atividades devem se adequar aos níveis cognitivos do educando; • Espaço Vivido: adota a proposta de trabalhar conteúdos e atividades articulados com o cotidiano vivido pelo educando. Busca-se estimular continuamente as observações e percepções do educando sobre os temas em estudo e comparar com as compreensões associadas ao seu espaço vivido; • Mobilização do Aluno: enfatiza a participação ativa do educando no desenvolvimento dos estudos; • Orientações do PCN: os enfoques metodológicos abordados no PCN são a leitura da paisagem - a abordagem dos conteúdos da Geografia pode colocar-se na perspectiva da leitura da paisagem, o que permite aos alunos conhecer os processos de construção do espaço geográfico; a descrição e observação - são os pontos de partida básicos para o início da leitura da paisagem e construção 100 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros de sua explicação; a explicação e interação - que permitem responder o porquê das coisas e dos fenômenos lidos numa paisagem; a territorialidade e extensão – são fenômenos localizáveis e concretos, facilitando sua representação cartográfica; a analogia – os fatos observados devem ser comparados a outros e a representação do espaço; • Perspectiva Crítica: se caracteriza por uma abordagem que enfatiza a compreensão dos conteúdos de Geografia voltados para a reflexão sobre as desigualdades sociais, os problemas ambientais e a construção da participação ativa do educando na sociedade. A criticidade é trabalhada a partir de reflexões individuais, realização de pesquisas e discussões em grupos; • Sociointeracionismo: princípio no qual os educandos vão sendo estimulados a agir, a relacionar-se e a construir noções e conceitos. Aqui o espaço vivido é o ponto de partida para o desenvolvimento dos conteúdos. Estimula-se a percepção de suas referências socioculturais, explora-se a discussão de problemas e se favorece a formação de atitudes, como questões ambientais e formadoras de cidadania; • Leitura e uso de Mapas: a leitura, observação, análise e interpretação do mapa constituem um apoio complementar a outras metodologias de aprendizagem. É necessário que haja um equilíbrio entre planejamento e criatividade. O professor deve buscar recursos que se aproximem da realidade dos alunos, afinal os recursos auxiliam para uma aprendizagem mais significativa. No uso de suas diversas técnicas, tais como a aula expositiva, aula expositiva dialogada, trabalho em equipes, debates, discussões, dinâmicas, estudos dirigidos, estudos de caso, trabalhos de campo é interessante ao professor utilizar algumas dessas ferramentas como estratégias inovadoras. Não se trata de desprezar as ferramentas de apoio mais tradicionais como o livro didático, o globo terrestre, o atlas, os mapas, mas sim trabalhar também, sempre que possível, com algo de forma mais instigante, dinâmica e criativa. Dentre as diferentes linguagens e recursos, pode-se trabalhar com filmes, músicas e poesias como um suporte para as aulas de Geografia. O professor pode relacioná-los com os conteúdos por meio da interpretação e análise das obras. As charges, histórias em quadrinhos 101 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros e tirinhas de jornais ou revistas são recursos que auxiliam o educando na compreensão de conteúdos que envolvam a geopolítica, a globalização e o meio ambiente, contribuindo para a criticidade do educando. A televisão também é algo a ser levado em conta pelo professor, pois esse meio de comunicação atinge várias camadas sociais, transmitindo de forma eficaz informações de diferentes realidades espaciais. Cabe ao professor usá-la de maneira positiva, abordando programas e documentários que chamem a atenção dos educandos e que sejam relacionados ao conteúdo trabalhado. Os avanços tecnológicos trouxeram várias possibilidades a serem utilizadas no âmbito educacional. A informática está cada vez mais presente em nossas vidas. É preciso que os professores estejam abertos aos novos conceitos e as novas formas de ensinar. Um recurso inovador que pode ser bastante explorado pelos professores de Geografia é o Google Earth. O programa oferece a exibição de dados geográficos a partir de uma ampla variedade de fontes. Esses dados incluem imagens do mundo inteiro em diferentes resoluções, com uma grande quantidade de informações visuais interpretáveis. Os educandos podem utilizá-los para encontrar suas casas, escolas e diversos lugares no mundo, por meio de ricos dados mapeáveis oferecidos pelo servidor da Google. A internet proporciona ao educando a busca de informações recentes e atualizadas acerca dos conteúdos. O professor pode assim, junto aos educandos, fazer uso dos sites do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Educação (MEC), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), dentre outros, como forma de atualização e pesquisa de dados. Além da utilização dos mapas e demais textos cartográficos, o educando deve compreender a representação através das tabelas e gráficos, e para isso o professor pode fazer uso do Excel, auxiliando na construção de gráficos e tabelas de determinados dados estudados. Essas sugestões de recursos e ferramentas são, ao mesmo tempo, instrumentos de avaliação, pois permitem o levantamento de dados sobre o processo de aprendizagem e a autonomia do aluno no ato de compreender como se aprende. Assim, ao avaliar o aprendizado do educando em Geografia, deve-se considerar algumas dimensões, tais como: 102 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • A operacionalização dos conceitos: permite identificar se o educando possui o domínio e a utilização das categorias geográficas, da representação cartográfica e outros conceitos básicos da Geografia. O que pode ser operacionalizado através dos seguintes instrumentos - realização de pesquisas, elaboração de textos, leituras cartográficas, debates, provas oral e escrita. • Os critérios procedimentais: observa se o educando compreende e utiliza de forma adequada os instrumentos da disciplina e desenvolve um método de interpretação da realidade durante seu processo de aprendizagem. Isso pode ser avaliado através do trabalho de campo; produção e leitura de mapas, gráficos e tabelas; análise e interpretação de imagens; produção e interpretação de textos; seminários; debates; discussões, utilização dos meios tecnológicos, dentre outros. • Os critérios atitudinais: merecem uma atenção especial, pois estão atrelados à necessidade de uma postura ética, responsável, participativa e crítica do educando. Permite avaliar a participação do educando individualmente e diante do grupo. O que pode ser avaliado através de trabalhos em grupos, autoavaliação, relacionamento com o outro, o interesse, a participação, o cumprimento dos compromissos assumidos, dentre outros. TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES 6º ANO CONTEÚDOS * Temas Transversais3 3 HABILIDADES • Incorporar os temas transversais aos conteúdos. • Contextualizar os temas transversais de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, podendo sempre novos temas ser incorporados. Intercalar conteúdos marcados com (*) com os conteúdos 1, 2 e 3. 103 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 1. Categorias Geográficas • Paisagem (natural, cultural, rural e urbana) lugar, território, espaço e região. • Atividades econômicas: setor primário (extrativismo, agricultura, pecuária); setor secundário (indústria); setor terciário (comércio e prestação de serviços). 2. • • • • Cartografia Escalas e Mapas. Análise de gráficos e mapas. Orientação. Localização: pontos cardeais, colaterais, subcolaterais. • Coordenadas e fusos horários. 3. • • • • • • • • • Planeta Terra Estrutura e dinâmica da Terra. A Terra: formas e movimentos. Tempo Geológico. Os continentes, Oceanos e Mares. Litosfera, solo e relevo. Hidrografia. Clima. Vegetação. Problemas ambientais. • Identificar e conceituar os diversos tipos de paisagens. • Analisar o lugar como experiência vivida dos homens com o território e as paisagens. • Reconhecer em imagens/fotos as mudanças ocorridas na produção do espaço rural e urbano, sabendo explicar a sua temporalidade. • Interpretar as paisagens urbanas e rurais em suas oportunidades de trabalho. • Explicar o lazer na sociedade atual tendo como referência a mundialização de fenômenos econômicos, tecnológicos e culturais. • Compreender a importância do trabalho humano na modificação da paisagem e na construção do espaço geográfico. • Entender o espaço geográfico como acumulação de tempos desiguais. • Reconhecer a relação entre os fatores naturais e econômicos no espaço geográfico. • Valorizar as diferentes formas de trabalho. • Identificar as atividades econômicas e suas consequências na construção do espaço geográfico. • Compreender os conceitos básicos relativos à organização econômica da sociedade. • Ler e interpretar mapas, globo terrestre, plantas, cartas temáticas, croquis, maquetes, como portadores de texto. • Conhecer e localizar os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. • Localizar-se e orientar-se no espaço através de referências concretas e abstratas. • Exercitar as coordenadas geográficas. • Conhecer e utilizar a simbologia da construção do texto cartográfico. • Compreender a formação do sistema solar, da Terra e sua estrutura geológica. • Perceber os movimentos da Terra e suas consequências (dia, noite e estações do ano). • Identificar as características e peculiaridades de cada estação e sua influência. • Identificar a Terra como um sistema e reconhecer a importância de cada “esfera” para a preservação da vida. • Reconhecer a importância da água para o homem. • Compreender a importância dos oceanos, nomeando-os e localizando. • Conhecer a litosfera e os movimentos tectônicos. • Identificar os elementos da natureza em seus aspectos geológicos, geomorfológicos e hidrológicos. 104 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conceituar o relevo terrestre: origens e processos. • Conhecer a hidrografia brasileira: características e aproveitamento. • Perceber os elementos geomorfológicos. • Compreender o processo de formação do solo. • Identificar os elementos do tempo e do clima. • Compreender a relação entre tipos de clima e formações vegetais. • Identificar os efeitos da ação do homem sobre o planeta. 7º ANO CONTEÚDOS *Mapas, tabelas e gráficos *Leitura, interpretação e análise de textos cartográficos *Temas Transversais 4 1. Brasil: território e sociedade • O Brasil – localização geográfica no mundo, na América do sul. • Regionalização do Brasil (regionalização do IBGE, os Três Complexos Regionais e a Regionalização proposta por Milton Santos). • Urbanização. • População. 4 HABILIDADES • Compreender a importância dos conceitos fundamentais da cartografia, relacionando-os com outros conteúdos. • Perceber o mapa como instrumento de análise, interpretação e interferência na realidade. • Ler mapas temáticos, sabendo extrair deles elementos de comparação e análise dos aspectos evidenciados no tema estudado. • Utilizar a linguagem gráfica para obter a representação de informações. • Incorporar os temas transversais aos conteúdos. • Contextualizar os temas transversais de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, podendo sempre novos temas ser incorporados. • Localizar e compreender o processo de formação do território brasileiro. • Compreender questões relacionadas à divisão política, aos limites e fronteiras. • Compreender o papel do Estado na construção do espaço geográfico. • Conhecer a divisão oficial brasileira em cinco macrorregiões, segundo o IBGE. • Conhecer a divisão do Brasil em complexos regionais e a regionalização proposta por Milton Santos. • Compreender conceitos ligados à demografia, migrações e urbanização. • Construir conceitos de rede e hierarquia urbanas. • Identificar o papel da sua cidade na hierarquia Intercalar conteúdos marcados com (*) com os conteúdos 1, 2 e 3. 105 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • 2. Brasil: economia, comércio exterior • Agricultura e pecuária. • Industrialização. • Comércio interno e exterior. • Desenvolvimento econômico e social. • Transportes. • • • • • • • • 3. Brasil: paisagens naturais e ação da sociedade • Relevo e hidrografia. • Clima e Biomas. • Problemas ambientais. • • • • • urbana nacional. Entender a formação e a dinâmica da população brasileira e suas questões socioeconômicas. Comparar as características da população das diversas regiões, quanto à distribuição e condições socioeconômicas. Identificar as expressões culturais de origem europeia, africana, indígena, asiática e outras nas paisagens brasileiras. Identificar e explicar os desafios a serem superados no caminho construtivo de cidades sustentáveis. Compreender a relação entre as características econômicas da sociedade brasileira e a produção do espaço. Conceituar e tipificar as indústrias. Reconhecer a localização espacial das indústrias no Brasil. Conhecer o espaço rural brasileiro e suas principais atividades desenvolvidas. Entender as relações comerciais entre o Brasil e outros países. Reconhecer nas formas de produção regional o desenvolvimento desigual do território brasileiro. Acompanhar a dinâmica da produção do espaço nas escalas local, regional e nacional. Compreender os meios de transporte e a organização do espaço geográfico. Identificar os elementos da natureza em seus aspectos geológicos, geomorfológicos e hidrológicos e as transformações culturais regionais. Reconhecer os aspectos principais dos diferentes tipos de clima no Brasil. Reconhecer os elementos naturais com enfoque no quadro natural brasileiro, bem como seus impactos socioambientais. Explicar a relação existente entre o consumo da natureza e a sustentabilidade ambiental. Analisar os impactos ambientais produzidos pela relação sociedade e natureza nos cotidianos urbanos. 106 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8º ANO CONTEÚDOS *Mapas, tabelas e gráficos *Leitura, interpretação e análise de textos cartográficos *Panorama do mundo atual: globalização, geopolítica, economia, meio ambiente, energia, turismo, telecomunicações, desafios globais *Temas Transversais 5 1. • • • Regionalização do Espaço Mundial Evolução Histórica. Capitalismo e Socialismo. O mundo multipolar, bipolar e unipolar. • Países do norte e países do sul. • Regionalização pelo nível de desenvolvimento. • Regionalização de acordo com o IDH. 2. • • • • 5 A Economia Global Globalização. A economia mundial atual. As cidades globais e os tecnopolos. Blocos econômicos, transnacionais, países emergentes e os financiadores da economia mundial (FMI, OMC e HABILIDADES • Compreender a importância dos conceitos fundamentais da cartografia, relacionando-os com outros conteúdos. • Perceber o mapa como instrumento de análise, interpretação e interferência na realidade. • Ler mapas temáticos sabendo extrair deles elementos de comparação e análise dos aspectos evidenciados no tema estudado. • Utilizar a linguagem gráfica para obter a representação de informações. • Compreender os principais fenômenos que acontecem no espaço geográfico mundial. • Desenvolver uma postura crítica diante dos acontecimentos mundiais. • Compreender temas do panorama atual mundial e suas implicações. • Mapear as áreas de exclusão utilizando textos, gráficos, tabelas, mapas temáticos para analisar as regiões em conflitos no mundo. • Incorporar os temas transversais aos conteúdos. • Contextualizar os temas transversais de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, podendo sempre novos temas ser incorporados. • Perceber que não existe uma só forma de regionalizar o globo e que os diversos tipos de regionalização possuem aspectos positivos e negativos. • Compreender que o espaço mundial atual é resultado de um longo processo histórico. • Analisar os fenômenos culturais, ambientais e econômicos que conferem identidade às manifestações de regionalização e fragmentação do espaço mundial. • Compreender as revoluções técnico-científicas. • Reconhecer a velocidade e eficiência dos transportes e da comunicação em decorrência do desenvolvimento técnico científico e processo de globalização em curso. • Entender temas e aspectos da espacialidade das cidades que informam as transformações sob a ótica da globalização. Intercalar conteúdos marcados com (*) com os conteúdos 1, 2, 3, 4 e 5. 107 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Banco Mundial). • População Mundial. 3. • • • • • • • América Características gerais. Povos Pré-Colombianos. Formação histórica. Aspectos Físicos e Econômicos. América Latina. América Central. América Anglo-saxônica. 4. • • • • • • Oceania Aspectos gerais. Austrália. Nova Zelândia. Demais arquipélagos e ilhas. Colonização e população. Economia, recursos minerais e energia. • Aspectos físicos. 5. Antártida • Aspectos Físicos. • Expedições e Pesquisas. • Reconhecer a formação dos blocos econômicos regionais como uma das características do atual estágio do capitalismo. • Perceber as diferenças entre as várias modalidades de integração econômica e ter noções básicas sobre os principais blocos de cada continente. • Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.), na representação dos fatos e fenômenos relacionados à globalização política, econômica e cultural. • Compreender que existe uma relação entre os acontecimentos econômicos nacionais e os mundiais, percebendo suas dimensões sociais e culturais e seu impacto no dia a dia de cada povo. • Compreender que a modernização dos transportes e das comunicações é a base técnica do processo de comunicação. • Entender os fluxos de capitais produtivos e sua distribuição. • Compreender que os fluxos da globalização se dão em redes, embora não atinjam todos os lugares do mundo. • Localizar o continente americano. • Identificar os países que fazem parte desse continente. • Identificar as origens das diferenças entre as formas de desenvolvimento e conhecer as formas de colonização dos países da América. • Comparar as diferentes formas de organização social, política, econômica e cultural do continente americano. • Conhecer as características naturais do continente americano. • Identificar e conhecer os países do continente americano. • Localizar a Oceania. • Identificar os países que fazem parte desse continente. • Entender a posição da Austrália e da Nova Zelândia na configuração atual. • Caracterizar a geografia da Oceania, considerando a distribuição das terras emersas, formação geológica e relevo. • Identificar elementos constitutivos dos aspectos naturais da Oceania. • Identificar as características sociais e econômicas da Oceania. • Localizar a Antártida. • Desenvolver conceitos e informações geográficas sobre os aspectos físicos, o tipos de ocupação e os 108 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros principais tratados referente à Antártida. • Identificar a Antártida como um laboratório de pesquisa dos fenômenos naturais. • Analisar a participação científica do Brasil na Antártida. • Analisar as questões ambientais concernentes à ocupação humana. 9º ANO CONTEÚDOS *Mapas, tabelas e gráficos *Leitura, interpretação e análise de textos cartográficos *Panorama do mundo atual: globalização, geopolítica, terrorismo, conflitos, economia, meio ambiente, energia, turismo, telecomunicações, desafios globais *Temas Transversais 6 1. Europa • Aspectos Gerais: localização, países, língua. • Aspectos físicos: relevo, rios, lagos, vegetação e clima. • Economia. • População. • Cultura. • Transportes. 6 HABILIDADES • Compreender a importância dos conceitos fundamentais da cartografia, relacionando-os com outros conteúdos. • Perceber o mapa como instrumento de análise, interpretação e interferência na realidade. • Ler mapas temáticos, sabendo extrair deles elementos de comparação e análise dos aspectos evidenciados no tema estudado. • Utilizar a linguagem gráfica para obter a representação de informações. • Compreender os principais fenômenos que acontecem no espaço geográfico mundial. • Desenvolver uma postura crítica diante dos acontecimentos mundiais. • Compreensão de temas do panorama atual mundial e suas implicações. • Mapear as áreas de exclusão, utilizando textos, gráficos, tabelas, mapas temáticos para analisar as regiões em conflitos no mundo. • Incorporar os temas transversais aos conteúdos. • Contextualizar os temas transversais de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, podendo sempre novos temas ser incorporados. • Localizar o continente europeu. • Identificar os países que fazem parte desse continente. • Relacionar os aspectos históricos à organização espacial da Europa. • Caracterizar os aspectos físicos do continente europeu. • Reconhecer as características da população europeia no que se refere à natalidade e expectativa de vida. Intercalar conteúdos marcados com (*) com os conteúdos 1, 2 e 3. 109 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Rússia e CEI. 2. • • • • • • • • • • 3. • • • • • • Ásia Aspectos Gerais. Localização. Formas de Regionalização. Aspectos políticos, sociais, demográficos e econômicos. Aspectos Fisiográficos. Oriente Médio: aspectos gerais. Tigres Asiáticos. China. Índia. Países subdesenvolvidos e desenvolvidos. África Histórico. Regionalização. Cultura. População. Economia. Aspectos Físicos. • Compreender a realidade dos imigrantes nos países da Europa. • Identificar e reconhecer os principais tipos de indústrias europeias. • Caracterizar o turismo na região europeia. • Identificar as características físicas da Federação Russa. • Localizar o continente asiático. • Identificar os países que fazem parte desse continente. • Caracterizar a cultura japonesa. • Compreender a pluralidade cultural da Ásia. • Analisar o desenvolvimento econômico de seus principais países. • Caracterizar o oriente médio. • Entender os grandes conflitos geopolíticos. • Compreender os movimentos terroristas. • Compreender a distribuição da população, as políticas de controle demográfico e o crescimento demográfico. • Identificar as principais características fisiográficas do continente asiático. • Localizar o continente africano. • Identificar os países que fazem parte desse continente. • Compreender a regionalização da África e suas diferenças. • Compreender o continente africano como um território diverso cultural, social e etnicamente. • Reconhecer o papel da colonização na organização do espaço africano. • Reconhecer o domínio cultural dos países europeus na África. • Analisar situações representativas das desigualdades regionais dos países africanos, do ponto de vista étnico e cultural e socioeconômico. • Investigar as raízes da segregação racial na África do Sul (Apartheid). • Caracterizar os aspectos naturais do continente africano. • Reconhecer sua organização político – administrativa. • Discutir e refletir sobre as principais causas da fome na África. • Identificar características da qualidade de vida da população por meio de análise dos indicadores socioeconômicos. 110 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 111 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros HISTÓRIA INTRODUÇÃO O ensino de História tradicionalmente foi utilizado como forma de transmitir uma série de valores, ideias e teorias de alguma forma vinculadas a grupos econômica e politicamente privilegiados. Além disso, em diversas ocasiões, os representantes de Estado também utilizaram a disciplina para incutir valores associados às ideologias que melhor lhes aprouvesse. Ao pensarmos sobre esse ponto de vista não devemos desconsiderar o fato de que a História é uma ciência, com métodos e categorias analíticas muito próprias. Assim, outro aspecto que gera desconforto está relacionado à maneira como a disciplina passou a ser trabalhada por muitos docentes, em que se criou grande distância entre o conhecimento científico e a sala de aula, estereotipada como um conteúdo maçante, um amontoado de datas, nomes e fatos a serem decorados. Analisando esses aspectos, cada vez mais se faz necessário repensarmos tais práticas. Enquanto ciência, a História deve ser problematizada e caracterizada com base em outros parâmetros. Mais do que datas, o profissional da História deve provocar, debater e discutir os fatos voltados para a relação passado-presente. Ao fazer isso, rompemos os rótulos, a História passa a ter uma função social mais efetiva, bem como mais próxima do cotidiano. Então: [...] a História tende a tornar-se uma ciência multidimensional, quando integra, em si mesma, a dimensão econômica, a antropológica (o conjunto de mores, costumes, ritos concernentes à vida e à morte), e reintegra o acontecimento, depois de achar que devia aboli-lo como epifenômeno. A História, [...], tende a tornar-se ciência da complexidade humana. (MORIN, 2003, p.32) Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os Conteúdos Básicos Comuns (CBCs) e esta Proposta Curricular devem orientar a construção de um currículo voltado para novas percepções, reflexivo e capaz de permitir a formulação de novas 112 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros concepções de cidadania, abordagens críticas e que permitam vislumbrar a historiografia sob prismas mais amplos. Esta Proposta visa possibilitar o desenvolvimento de habilidades necessárias para o exercício pleno da cidadania, da crítica e comprometimento com valores democráticos e éticos. Com isso, esse conjunto de conhecimentos e habilidades, em consonância com as transformações nas práticas do ensino de História, pretende aliar a prática docente à necessidade de alunos preparados para analisar a sociedade em que estão inseridos e atuar no sentido de efetivar transformações no meio. Além desses aspectos, é cada vez mais necessário nos atentarmos para uma ação docente que permita problematizar os conteúdos trabalhados. Dentro dessa prática reflexiva, a pesquisa ganha espaço com a elaboração de hipóteses e possíveis respostas, discutindo o material que se tem em mãos e os diversos sentidos que podem vir a adquirir. Esse tipo de prática proporciona concepções diferenciadas sobre o processo ensino-aprendizagem, e mais, cria a possibilidade de revermos a relação professor-aluno, adotando propostas de educação que rompam com modelos hierarquizados e métodos tradicionais: Os métodos tradicionais de ensino – memorização e reprodução – passaram a ser questionados com maior ênfase. Os livros didáticos difundidos amplamente e enraizados nas práticas escolares foram criticados nos conteúdos e exercícios propostos. [...] Por isso, o ensino está em processo de mudanças substantivas nos objetivos, conteúdos e métodos. Parte dessas mudanças é decorrente da ansiedade em diminuir distâncias entre o que é ensinado na escola fundamental e a produção universitária, isto é, entre o saber histórico escolar e as pesquisas e reflexões que acontecem no plano do conhecimento acadêmico. (BRASIL, 2001, p.28) Como vemos, nos últimos anos ocorreram transformações importantes no ensino da História, entretanto, nem sempre isso se faz sentir em sala de aula. Em várias circunstâncias, tais modificações passam por um processo lento até se consolidarem no cotidiano docente. Assim, torna-se preciso reinterpretar uma série de ações no sentido de abarcar essas mudanças nos objetivos, conteúdos e métodos. Compartilhando das ideias de MORIN (2003), Quantos sofrimentos e desorientações foram causados por erros e ilusões ao longo da história humana, e de maneira aterradora, no século XX! Por isso, o problema cognitivo é de importância antropológica, política, social e histórica. Para que haja um progresso de base no século XXI, os homens e as mulheres não podem mais ser brinquedos inconscientes não só de suas idéias, mas das próprias mentiras. O dever principal da educação é de armar cada um para o combate vital para a lucidez. (MORIN, 2003, p.33) 113 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros O fragmento de Morin nos adverte para os erros e ilusões presentes na história humana, derivados do natural risco de erro e apoio em ilusões, que podem vir a alterar determinados resultados. Isso implica no combate às mentiras conceituais e, por meio da educação, atentarmo-nos para vital importância do desenvolvimento da crítica e de análises mais aprofundadas. Embora seja um termo passível de diversas interpretações e definições, podemos pensar na necessidade de “tomada de consciência”, em que os atores sociais se tornem ativos e participantes na elaboração de noções críticas, na interpretação da sociedade. Segundo dados do Ministério da Educação, é notável a expansão do número de matrículas no país nos últimos anos. Curioso observar que, quando comparado ao crescimento populacional, esse número ainda é relativamente baixo. Faz-se necessário um estudo profundo que consiga caracterizar esses novos alunos que entram no sistema escolar, dessa maneira, a democratização do acesso à escola deve caminhar associada à qualidade da educação fornecida, e à constante pesquisa em torno de questões relacionadas ao ensino. É natural que surjam dúvidas ao longo do desenvolvimento dessas práticas, dentre elas, como conciliar conhecimento erudito e experiência de vida. Além disso, como dar atenção às diferentes realidades sociais presentes em nosso país. Segundo dados estatísticos, mais da metade dos alunos brasileiros matriculados abandonam a escola ainda nos anos iniciais. O desconhecimento desse aluno que entra nas escolas brasileiras leva a uma inadequação de currículo, que favorece a evasão escolar. Essa proposta curricular de História tenta, levando em consideração tais observações, minimizar os efeitos desse problema, sugerindo um currículo que se aproxime mais das dinâmicas sociais experimentadas pelos alunos do Sistema Municipal de Ensino de Montes Claros e possibilite sua permanência na escola, bem como a construção de um sólido conhecimento. Finalmente, é fundamental redefinir alguns aspectos do ensino de História aqui elencados, rompendo os estereótipos e os arcaísmos que impedem novas perspectivas de entendimento da disciplina, possibilitando seu entendimento mais amplo que possa ser caracterizado sobre outras bases, quais sejam a reflexão e criticidade. 114 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros OBJETIVOS Objetivo Geral • Fazer da História um instrumento para confrontar e analisar diferentes realidades, a partir de diferentes pontos de vista, assegurando que o aluno possa desenvolver a capacidade de compreender múltiplas dinâmicas que compõe a sociedade e interferem, direta ou indiretamente, sobre a vida das pessoas, identificando os fenômenos históricos, tentando estabelecer relação com contextos mais amplos, promovendo a tolerância para o que é diferente e, sobretudo, questionando a realidade que o cerca. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Compreender a importância da História para o desenvolvimento humano; • Verificar que toda história individual está inserida em um contexto de história coletiva; • Conhecer e discutir as diferenças e semelhanças entre as diversas civilizações, para promover o respeito entre os povos; • Questionar a realidade em que está inserido, compreendendo o funcionamento das instituições e, a partir disso, interferir em sua comunidade; • Respeitar o patrimônio cultural material e imaterial, entendendo-o como constituinte de determinado espaço, mas sim, componente indispensável para compreender as diversas histórias pessoais; • Analisar a questão da cidadania e sua importância na garantia de direitos sociais; • Identificar e distinguir as diferentes formas de trabalho em civilizações e épocas variadas; • Refletir sobre a importância política e da participação social, assegurando direitos e evitando opressão; • Problematizar as transformações tecnológicas ao longo da História, relacionando-as ao desencadeamento de processos revolucionários e a ascensão de alguns grupos sociais; • Discutir a importância da fonte histórica; • Utilizar as fontes históricas como subsídio para pesquisas e trabalhos escolares; 115 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conceituar termos familiares à História e utilizá-los para explicar aspectos do funcionamento das sociedades, da economia e cultura; • Analisar e discutir aspectos que se relacionam com dominação e as diferentes formas de poder que envolvem diferentes grupos sociais; • Debater a ascensão de grupos que lutam por direitos civis, bem como os efeitos da eclosão de conflitos no Brasil e em outras partes do mundo em diferentes períodos; • Relacionar as práticas culturais da atualidade ao processo de desenvolvimento e modernização pertinentes às sociedades; • Realizar discussões em torno da noção de memória; • Refletir sobre o papel dos meios de comunicação de massa e a influência que exercem no sentido de sedimentar ou não ideologias. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O ensino de História é repleto de aspectos complexos de se lidar. Em uma época marcada pela velocidade das informações, tratar da história de civilizações e povos pode soar como antiquado, na medida em que uma abordagem fora de contexto pode proporcionar um conhecimento sem aplicação prática. Por vezes a disciplina se torna anacrônica, sem conexão com o tempo em que está inserida e até mesmo pela falta de experiência, falta de condições de trabalho ou pela prepotência em acreditar num modelo de educação imutável e incapaz de se aproximar da realidade. Por vezes o profissional da educação não consegue vislumbrar oportunidades e meios para colocar em vigor novas ideias, que contribuam para a evolução dos métodos e técnicas pertinentes à formação dos alunos. Entretanto, é fundamental orientarmos as práticas pedagógicas e de ensino, no sentido de conseguir elaborar novos conhecimentos a partir, muitas vezes, de outros já pré-existentes. A História deve ser pensada com base em novos parâmetros, o que não significa descartar fórmulas tradicionais que obtiveram sucesso, mas modernizá-las e adequá-las a 116 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros diferentes circunstâncias. Nesse sentido, o desenvolvimento de novas experiências metodológicas promove a transformação e a oportunidade de remoçar as abordagens na área. Levando em conta o momento histórico no qual estamos inseridos, soa no mínimo estranho que o docente não consiga relacionar o ensino de sua disciplina às possibilidades oferecidas pelo grande desenvolvimento tecnológico. Ainda que a falta de recursos possa vir a dificultar sob determinados aspectos, isso não impede o uso de vídeos e pequenos documentários que possam ser discutidos a partir de temáticas atuais. Além disso, músicas e suas letras; poesias e até temáticas acadêmicas (guardadas as devidas proporções) que, certamente, contribuirão para o enriquecimento das aulas. O uso da internet, de jogos eletrônicos e outros artifícios também inserem um aspecto lúdico, mas não desprovido de potencial para discussão e elaboração de amplo conjunto de categorias analíticas. Até mesmo trechos de novelas podem ser selecionados para permitir maior contato com o universo do aluno e tentar relacionar conteúdo com algo que lhe possa ser familiar. Tais meios são considerados por muitos como algo inovador, pode ser que o sejam, mas, devemos reiterar que essas são técnicas de apoio, que as aulas jamais devem ser reduzidas ao recurso didático utilizado. Enquanto apoio, são possibilidades ricas, mas não devem servir como momentos em que o docente aproveita para se “livrar” de suas atividades em sala de aula como, por exemplo, a exibição de vídeo ou filme. Reiteramos, contudo, que isso não significa abandonar ações inerentes à construção do saber historiográfico. A análise de fontes documentais de diversos tipos é sumamente importante, o desenvolvimento de atividades ligadas à leitura e produção textual, formação de grupos de debate para elencar hipóteses e soluções. Aprender História significa proceder à compreensão de inúmeras dinâmicas sociais, relacionando conteúdos, habilidades e realidades para abordagens críticas e que possam levar a mobilizações. A promoção de questionamentos prévios dos alunos também é importante, pois consideramos que a “bagagem” do aluno pode enriquecer as aulas e proporcionar sensações de efetiva participação nesse conhecimento. É possível ainda o uso de jornais; livros; revistas; fotografias, confrontando informações e dados, problematizando questões atuais por meio da História. 117 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Dentre outras possibilidades metodológicas, listamos ainda o uso de plantas arquitetônicas; edificações; mapas e documentos oficiais; trabalhos de campo, rituais, como forma de incentivar novos olhares sobre temáticas tão amplas. Além desses instrumentos metodológicos citados acima, é preciso definir instrumentos que possibilitem a avaliação do trabalho desenvolvido e do conhecimento, supostamente, adquirido. Nessa ocasião, o docente pode utilizar uma série de estratégias que não se limite somente à avaliação escrita clássica. Podem ser utilizados debates em torno de determinadas temáticas; cinemas comentados com a exibição e discussão de filmes; produções de textos críticos; sugerimos ainda a aplicação de atividades que possam fazer com que o aluno consiga estabelecer relações e conexões entre o conteúdo e o cotidiano; o incentivo a trabalhos em grupo, que permitam o desenvolvimento da capacidade de ação coletiva. Pesquisas podem ser eficientes para a construção do conhecimento e avaliação, tendo em vista que pode ser capaz de fazer com que o aluno se sinta instigado a descobrir novas informações, desde que feita com orientação, e não apenas a cópia de um livro ou site. Avaliar é um ato complexo e cercado de subjetividade, os poucos instrumentos aqui elencados servem apenas para ilustrar as diversas possibilidades de elementos capazes de auxiliar o docente no processo de aferição das habilidades adquiridas no processo ensinoaprendizagem. Diante dessa perspectiva, o professor pode ou não utilizar tais sugestões, adequá-las à sua realidade e, também, criar métodos e instrumentos próprios para avaliar. Por fim, concluímos que tais ações também podem ser prejudicadas quando o professor se posiciona de maneira muito hierarquizada, cabendo ao docente apresentar sua proposta de trabalho como forma de orientar e contar com intervenções dos alunos, que podem contribuir para o enriquecimento das aulas. 118 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros TÓPICOS DE CONTEÚDOS E HABILIDADES7 6º ANO CONTEÚDOS 1. • • 2. • • • 3. • • • • HABILIDADES Introdução aos estudos em História Função social da História. Fontes históricas. O tempo na História Tempo. Unidades de medida. Instrumentos de medida. Evolução do ser humano Processo de evolução. Criacionismo versus evolucionismo. História e pré-história. Fases: Paleolítico, Neolítico e Idade dos metais. 4. O povoamento do americano • Primórdios da vida. • Organização social. • Economia. • Agricultura. continente 5. Povoamento do Brasil e População de Minas Gerais • Os primeiros habitantes do Brasil. • Sociedade. • Sítios arqueológicos. • População Mineira. 6. Mesopotâmia • O surgimento. • Povos mesopotâmicos. • • • • • • Conceituar História. Compreender a função social da disciplina. Analisar a importância da fonte histórica. Conceituar tempo. Identificar instrumentos de medição. Reconhecer as unidades de medida. • Analisar o processo de evolução do homem. • Conhecer a versão criacionista do surgimento do homem. • Refletir sobre as teorias evolucionistas. • Contrapor o criacionismo ao evolucionismo. • Problematizar e diferenciar História e pré-história. • Diferenciar o Paleolítico, Neolítico e Idade dos metais. • Analisar a chegada do homem ao continente. • Compreender o modo de vida dos primeiros habitantes. • Caracterizar as atividades econômicas desenvolvidas pelos primeiros homens do continente americano. • Identificar e problematizar o surgimento e desenvolvimento da agricultura. • Identificar e discutir as diferenças entre a vivência dos primeiros habitantes para hoje. • Analisar as peculiaridades daquela sociedade. • Caracterizar um sítio arqueológico. • Debater sobre o caso de Lagoa Santa e o sítio arqueológico do Piauí. • Analisar e caracterizar o processo que levou a formação da população mineira. • Identificar o princípio dessa civilização. • Distinguir os povos mesopotâmicos. • Analisar as principais atividades econômicas. 7 Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira, bem como História e Cultura dos Indígenas, devem ser feitos de maneira contextualizada, inseridos ao longo de todas as séries dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Tal estratégia é adotada no sentido de tentar apresentar tais conteúdos rompendo com o estigma de os trabalhar apenas em datas comemorativas, atribuindo-lhes significado mais amplo. 119 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • 7. • • • • • • • • Economia. Sociedade. Cultura. Egito e Povos Africanos O rio Nilo. Sociedade. Política. Os faraós. Religião. Cultura. Desenvolvimento da escrita. Outras Sociedades Africanas. 8. • • • • • • China Os primórdios. As dinastias. Economia. Sociedade Cultura. Filosofia. • • • Grécia Creta. Cidades-estados. Fases históricas. Expansionismo grego. Democracia. Política. Sociedade. Cultura. Escravidão. Guerras. Religião e Olimpíadas. Roma Formação. Monarquia. República. Império. Crise. Invasões bárbaras. Fragmentação. • Identificar a importância econômica e social do mar. • Perceber o papel de Creta para a formação da Grécia. • Analisar o surgimento das cidades-estados. • Caracterizar a aristocracia e seu papel político. • Analisar o processo de expansão territorial grego. • Distinguir Esparta e Atenas. • Conceituar democracia. • Perceber a subjetividade da cultura e religião. • Compreender o papel escravidão na Grécia. • Interpretar as guerras médicas e do Peloponeso. • Analisar a importância do helenismo. • Caracterizar o processo de formação de Roma. • Analisar a consolidação da Monarquia. • Compreender os meios pelos quais a República se estabeleceu. • Compreender a importância da expansão territorial romana. • Caracterizar os conflitos de caráter social. • Identificar o contexto de implantação do Império. • Perceber as disputas políticas inerentes ao período imperial. • Perceber a participação dos povos bárbaros na ocorrência da crise. • Identificar e caracterizar a importância do cristianismo para a crise de Roma. 9. • • • • • • • • • • • 10. • • • • • • • • Compreender o funcionamento da sociedade. • Caracterizar a cultura mesopotâmica. • • • • • • • • • • • Compreender a importância do Rio Nilo. Analisar o funcionamento da sociedade. Identificar as dinâmicas da política egípcia. Analisar o papel dos faraós. Caracterizar a religião dos egípcios. Entender as peculiaridades da cultura egípcia. Analisar o surgimento e a relevância da escrita hieroglífica. Analisar o processo de formação dos povos. Compreender as dinâmicas presentes nessas sociedades. Compreender a importância do Rio Amarelo. Identificar as dinastias. Analisar o desenvolvimento das atividades econômicas. Identificar as características do período imperial. Averiguar as peculiaridades da arte, cultura e filosofia chinesa. 120 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 7º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES 1. • • • • Povos Bárbaros Os germânicos. Crise do Império Romano. Ruralização. Fragmentação do Império. • Relacionar as invasões bárbaras à crise do Império Romano. • Analisar o processo de ruralização da economia. • Identificar e caracterizar a ação dos povos germânicos. • Analisar o desenvolvimento da economia. • Interpretar o processo de funcionamento da sociedade. • Caracterizar os avanços do conhecimento e cultura. • Investigar a gestão de Carlos Magno. • Contextualizar a crise que levou à fragmentação do Império Carolíngio. 2. • • • • • • • • • • Feudalismo Crise do Império Romano. Ruralização da economia. Fragmentação territorial. Sociedade. Religião. Economia. As cruzadas. O comércio e as cidades. Crise medieval. Conhecimento e saber medieval. 3. • • • • • Os árabes, o Islã e o povo Hebreu Península arábica. O deserto. O Islamismo. Maomé e o Corão. A formação do judaísmo: o povo Hebreu. 4. • • • Formação dos Estados Modernos Contexto histórico. Centralização de poder. Os casos de Portugal, França e Ingla- • Analisar os fatores que levaram à formação do Feudalismo. • Caracterizar a ruralização da economia. • Relacionar a crise do Império Romano à fragmentação territorial. • Conceituar o Feudalismo. • Identificar os estratos que compunham a sociedade feudal. • Analisar o papel social da religião. • Analisar o fenômeno das cruzadas. • Identificar e caracterizar o renascimento urbano e comercial. • Conhecer os fatores que levaram a crise da Idade Média. • Interpretar a interferência da peste negra e da fome para a crise. • Averiguar o conhecimento e as artes no período medieval. • Compreender as dinâmicas da Península Arábica. • Reconhecer a importância do deserto para os árabes. • Analisar o processo de consolidação do islamismo. • Verificar a ação de Maomé enquanto líder religioso e político. • Reconhecer a importância do Corão para a religião islâmica. • Relacionar o processo de formação do povo hebreu à consolidação do judaísmo. • Compreender o contexto histórico que levou à formação dos Estados Modernos. • Analisar os processos que conduzem à unificação territorial. 121 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros terra. • Aliança entre Rei e Burguesia. • Identificar os fatores que ocasionaram a centralização de poder. • Analisar as disputas que concorreram para a formação do Estado Moderno em Portugal, França e Inglaterra. • Caracterizar a influência da burguesia para o sucesso da centralização política. 5. • • • • • • • • O Renascimento cultural Transformações sociais. Economia. Características do Renascimento. Mecenato. Artistas. A nova mentalidade renascentista. A imprensa. A crise do Renascimento. • Analisar as transformações sociais e econômicas da Europa. • Contextualizar o momento histórico que levou a ampliação do conhecimento científico. • Identificar as principais características renascentistas. • Caracterizar o mecenato. • Debater a construção de uma mentalidade mais racional e o papel da imprensa na difusão dessas transformações. • Reconhecer as diferenças do Renascimento entre os países europeus. • Analisar os fatores que concorreram para a crise. 6. Reforma Protestante e Contrarreforma Católica • Contexto histórico. • Crise religiosa. • Doutrinas protestantes. • Consequências. • Contrarreforma. • Contexto histórico. • Reação católica. • Elementos da Contrarreforma. • Consequências da Contrarreforma. • Apontar os antecedentes da reforma. • Analisar os aspectos pertinentes a crise religiosa. • Discutir as doutrinas elaboradas por Lutero, Calvino e Henrique VIII. • Analisar os impactos da reforma na Europa. • Elencar as causas que fizeram com que a Igreja reagisse ao avanço protestante. • Analisar os instrumentos da Contrarreforma. • Compreender a atuação da Companhia de Jesus. • Averiguar as consequências da reação católica. • Relacionar o processo que levou à Reforma Protestante e à Contrarreforma ao contexto religioso atual. 7. • • • • Absolutismo Monárquico Fortalecimento do poder real. Mercantilismo. Teóricos. Consequências. • Caracterizar a forma como se deu o fortalecimento do poder real. • Compreender a importância do mercantilismo como base do Absolutismo. • Analisar a importância do fenômeno para a política europeia até o século XVIII. 8. • • • • • Expansão marítima europeia Contexto. Fatores para a expansão. Pioneiros. Razões para o pioneirismo. Consequências. • Identificar o contexto da expansão marítima. • Caracterizar os fatores que levaram à necessidade do processo. • Identificar e analisar os países pioneiros. • Analisar os fatores do pioneirismo. • Averiguar as consequências do processo expansionista. 122 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 9. • • • Civilizações americanas Astecas. Maias. Incas. 10. • • • • • • • Colonização espanhola Contexto histórico. Violência. Política. Disputas coloniais. A Igreja. Sociedade. Metais preciosos. 11. • • • Colonização inglesa Inglaterra. Disputas políticas e religiosas. A formação das XIII Colônias. 12. Colonização portuguesa • O primeiro contato entre portugueses e indígenas. • Pau-brasil. • Colonização. • Política e administração. • Escravidão. • Açúcar. • Invasões estrangeiras. • Interiorização. • Pecuária. • Identificar e caracterizar as civilizações. • Analisar aspectos políticos, sociais, econômicos e religiosos. • Compreender o significado do contato com os europeus e as consequências disso. • Analisar o processo de colonização espanhola no continente americano. • Compreender o uso da violência como coação do indígena. • Caracterizar a política administrativa colonial. • Identificar as diferenças entre colonos e europeus. • Analisar a intervenção da Igreja. • Perceber e discutir a exploração de metais na América. • Conhecer as disputas políticas internas na Inglaterra e seus reflexos. • Identificar a intolerância religiosa como elemento que conduz à imigração. • Analisar o processo de consolidação colonial. • Caracterizar e distinguir as colônias da região Norte e Sul. • Caracterizar o choque entre europeus e indígenas. • Indicar a relevância da exploração do pau-brasil como primeira atividade econômica. • Analisar a colonização tardia do Brasil. • Distinguir as políticas administrativas da colônia portuguesa e da colônia espanhola. • Analisar o modo de vida das sociedades indígenas brasileiras e contrapô-la ao português. • Diferenciar a escravidão do indígena e do africano. • Distinguir o modelo de escravidão aplicado na América Portuguesa daquele implementado na América Espanhola. • Analisar as práticas administrativas coloniais. • Compreender a sociedade formada a partir do açúcar. • Identificar as invasões estrangeiras. • Analisar o processo de interiorização do Brasil e a relevância da pecuária. 8º ANO CONTEÚDOS 1. Expansão da América • Crise do comércio. • Interiorização. HABILIDADES • Averiguar a crise do comércio ultramarino e as saídas para a mesma. • Analisar a expansão para o interior. 123 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Entradas e bandeiras. • Missões jesuíticas. • Rebeliões nativistas. 2. • • • • • • • • O ouro no Brasil Descoberta do ouro. Cobrança de impostos. Rebeliões. Vida urbana. Vida social. Ordens religiosas. O barroco. A importância econômica do Norte de Minas. 3. Revoluções burguesas: revoluções inglesas do século XVII • Contexto. • Absolutismo. • Revolução Puritana. • Revolução Gloriosa. • Revolução Industrial. • O surgimento. • Emergência do capitalismo. • Transição campo/cidade. • O tempo. • Movimento operário. 4. • • • • • Iluminismo Contexto. Características. Teóricos. Despotismo esclarecido. Liberalismo. 5. • • • • • Independência dos Estados Unidos Antecedentes. Relações colônia/metrópole. Economia colonial. Política. Constituição. • Compreender e diferenciar entradas e bandeiras. • Avaliar as missões jesuíticas e sua função na catequização. • Identificar as rebeliões nativistas. • Analisar as primeiras descobertas e seus desdobramentos. • Identificar as características da exploração de metais e a regulamentação através da cobrança de impostos. • Averiguar o desenvolvimento da vida urbana, bem como os aspectos sociais e culturais. • Compreender a importância das ordens religiosas no contexto das transformações coloniais. • Analisar a constituição do barroco e sua influência na arte mineira e brasileira. • Reconhecer a importância da região Norte de Minas para a região mineradora. • Contextualizar o cenário político inglês. • Analisar o absolutismo inglês e suas crises. • Compreender os aspectos que levaram à Revolução Puritana e seus impactos políticos. • Interpretar a implantação da República e a restauração monárquica. • Averiguar as características da Revolução Gloriosa e relacionar com a política inglesa atual. • Caracterizar o surgimento da revolução. • Conceituar a emergência do capitalismo. • Analisar o surgimento dos cercamentos. • Avaliar o processo de transição campo/cidade. • Averiguar as transformações nas concepções de tempo. • Investigar o surgimento do movimento operário. • Identificar e analisar as transformações da Europa do século XVIII. • Caracterizar o Iluminismo. • Identificar os principais teóricos. • Conceituar Despotismo Esclarecido. • Averiguar o desenvolvimento das doutrinas liberais e seus teóricos. • Interpretar os fatos que antecedem a independência. • Caracterizar as relações entre EUA e Inglaterra. • Discutir o desenvolvimento econômico colonial e suas implicações. • Analisar as disputas políticas que desencadearam a independência. • Caracterizar a Constituição promulgada e as influências iluministas. 124 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 6. • • • • • • • • Revolução Francesa A França pré-revolução. Crise econômica. Grupos sociais envolvidos. Fases da revolução. Consequências. Era napoleônica. Governo dos Cem Dias. Congresso de Viena. 7. Independência dos países América • Iluminismo. • Dominação metropolitana. • Sociedade. • Organização administrativa. • Bolívar e San Martín. • Separatismo e união. • México. 8. • • • • • • da O Brasil do século XVIII Pacto colonial. Era Pombal. Decadência do ouro. Inconfidência mineira. Conjuração baiana. Cidadania. 9. A Independência do Brasil • A vinda da Família Real portuguesa. • Abertura dos portos às nações amigas e tratados de 1810. • Modernização e Reino Unido. • Identificar os antecedentes. • Discutir as crises econômicas francesas. • Identificar e caracterizar cada uma das fases da revolução. • Analisar as implicações da revolução nas atuais práticas políticas e sociais. • Relacionar a ascensão da burguesia à crise do Absolutismo e influências iluministas. • Tipificar o legado da Revolução Francesa nos séculos posteriores. • Caracterizar a ascensão política de Bonaparte. • Relacionar a recuperação econômica às medidas implantadas por Napoleão. • Conceituar o Código Civil Napoleônico. • Analisar o império e a política externa do país. • Analisar a derrota francesa na Rússia e relacioná-la ao declínio de Bonaparte. • Caracterizar o governo dos Cem Dias. • Analisar o Congresso de Viena e a reação conservadora. • Analisar a influência iluminista. • Avaliar as práticas políticas da metrópole com a colônia. • Caracterizar a política e economia colonial. • Analisar a importância de Bolívar e San Martín para desencadear o separatismo. • Relacionar separatismo e as propostas de pan-americanismo. • Diferenciar o caso mexicano dos demais. • Distinguir o processo de independência da América Espanhola daquele que ocorreu no Brasil. • Conceituar pacto colonial. • Analisar o aumento da opressão e a era pombalina. • Compreender a decadência da produção do ouro e suas conseqüências. • Descrever e problematizar a Inconfidência Mineira e seus participantes. • Discutir a Conjuração Baiana e os fatores que ocasionaram a revolta. • Relacionar Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana à luz do Iluminismo e das revoluções nos EUA e França. • Analisar a noção de cidadania naquele período e problematizá-la. • Analisar a vinda da Família Real para o Brasil. • Debater a abertura dos portos, os tratados de 1810 e o favorecimento aos ingleses. • Caracterizar o processo de ascensão da colônia a reino unido e a modernização decorrente da presença 125 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • A revolução de 1817. A revolução de 1820. Pedro I e as elites. A proclamação. • • • • 10. • • • • • • Primeiro Reinado Consolidação da independência. Projeto constitucional da Mandioca. Constituição de 1824. O Poder Moderador. Crise política e revoltas. Abdicação. • • • • • • • • da Família Real. Analisar a revolução de 1817, relacionando-a à centralização imposta por D. João VI. Relacionar a Revolução de 1820 à aceleração do processo político da independência. Identificar e caracterizar a atuação de Pedro I e das elites. Discutir a proclamação da Independência enquanto arranjo político e suas consequências políticas, sociais e econômicas. Caracterizar o processo de consolidação da independência. Analisar as limitações impostas pelo projeto constitucional da Mandioca. Caracterizar a constituição centralizadora de 1824 e conceituar a cidadania. Conceituar Poder Moderador. Averiguar a Confederação do Equador e o contexto no qual acontece. Relacionar a crise da Província Cisplatina e as crises econômicas e políticas do Primeiro Reinado. Interpretar os acontecimentos da Noite das Garrafadas. Analisar a abdicação de Pedro I e a permanência de Pedro II como futuro monarca. • • • • • 11. • • • • • • Período regencial Política. Governos regenciais. Guarda nacional. Ato adicional. Revoltas regenciais. Golpe da Maioridade. Conceituar a regência. Analisar as dificuldades políticas da regência. Caracterizar e distinguir os governos regenciais. Diferenciar regência trina e uma. Analisar a criação da Guarda Nacional como instrumento de poder político local. • Interpretar o Ato Adicional e a descentralização política resultante disso. • Discutir e caracterizar as revoltas regenciais, assim como seus objetivos e envolvidos. • Analisar os processos políticos que conduziram ao golpe da maioridade. 12. • • • • • • Revoluções europeias Ideias liberais. Nacionalismo. Revoluções de 1830 e 1848. Socialismo. Anarquismo. Comuna de Paris. • Compreender o avanço das ideias liberais. • Analisar o desenvolvimento das práticas nacionalistas. • Caracterizar a revolução de 1830. • Averiguar os ideais da Primavera dos Povos e da revolução de 1848. • Conceituar e caracterizar o socialismo. • Analisar e compreender as principais características do anarquismo. • Conhecer a Comuna de Paris e seu significado simbólico. 126 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 13. • • • • • • • Estados Unidos no século XIX A Segunda Guerra de Independência. A marcha para oeste. O massacre sobre os indígenas. Economia. Embates entre Norte e Sul. A escravidão. A guerra de Secessão. 14. • • • O Segundo Reinado Ascensão de Pedro II. Alternância política. Lei Eusébio de Queiroz, Lei Bill Aberdeen e Lei de Terras. Guerra do Paraguai. O exército. O abolicionismo. O café. Imigração. • • • • • 15. Unificação da Itália e Alemanha • Unificação italiana. • Unificação alemã. • Caracterizar a Segunda Guerra de Independência. • Analisar o movimento da marcha para oeste e a interiorização do país. • Entender o massacre realizado sobre as populações nativas norte-americanas. • Caracterizar a economia colonial e as rivalidades entre Norte e Sul. • Analisar as características da escravidão praticada na América do Norte. • Analisar a guerra de Secessão e os desdobramentos para a sociedade americana. • Avaliar as primeiras ações de Pedro II e a alternância política. • Averiguar as leis Eusébio de Queiroz, Bill Aberdeen e de Terras. • Caracterizar os antecedentes da Guerra do Paraguai. • Relacionar a situação do Paraguai à derrota na guerra. • Analisar a situação política, economia e social após o conflito. • Destacar a postura do exército após a guerra. • Conhecer o movimento abolicionista e as leis antiescravidão. • Analisar a situação social dos negros após a abolição. • Compreender o desenvolvimento e implantação da lavoura cafeeira. • Analisar e contextualizar o processo de imigração para o Brasil no século XIX. • Analisar as disputas e interesses que conduziram à unificação italiana. • Caracterizar o processo de unificação alemã. • Reconhecer os principais “personagens” das unificações. • Relacionar o processo de unificação dos países à ocorrência da Primeira Guerra Mundial. 9º ANO CONTEÚDOS 1. • • • • • Imperialismo Desenvolvimento econômico. Justificativas para o colonialismo. Meios de dominação. Resistência dos dominados. Belle époque. HABILIDADES • Analisar o processo de desenvolvimento industrial das nações europeias. • Conceituar o Imperialismo. • Identificar os elementos que justificaram a expansão europeia rumo ao continente africano e asiático. • Caracterizar as estratégias de dominação. 127 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 2. • • • • • • • • O Brasil Republicano Crise do Império. A república. Oligarquias. Revoltas. Coronelismo. Política do café-com-leite. A indústria. A década de 1920: a Semana de Arte Moderna e o Movimento Tenentista. 3. • • • • • • • • Primeira Guerra Mundial Contexto Histórico. Países envolvidos. Tecnologias. Evolução. A participação da Rússia. A participação dos EUA. O resultado da guerra. As consequências. 4. • • • • • • • • • • Revolução Russa Economia. Sociedade. Política. Guerra russo-japonesa. O Czar. Domingo sangrento. Bolcheviques e mencheviques. A Primeira Guerra. A Revolução. Consequências. • Relacionar Imperialismo à Primeira Guerra Mundial. • Interpretar as formas de resistência dos povos colonizados. • Contextualizar o forte desenvolvimento cultural da Belle époque. • Analisar o governo de Pedro II, suas crises e a campanha abolicionista. • Compreender os fenômenos que levaram ao enfraquecimento do governo imperial e a ascensão das ideias republicanas. • Identificar o contexto em que se deu o fortalecimento dos militares. • Caracterizar o golpe que implantou a república e a República da Espada. • Analisar a hegemonia política das oligarquias rurais. • Identificar e caracterizar os movimento revoltosos urbanos, messiânicos e o banditismo social. • Conceituar o coronelismo. • Analisar a importância da política do café-com-leite. • Relacionar o processo de industrialização ao surgimento do movimento operário e à Primeira Guerra Mundial. • Discutir e contextualizar a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Tenentista. • Identificar os antecedentes da guerra. • Caracterizar os fatores que levaram ao conflito. • Identificar os países envolvidos. • Analisar as tecnologias que surgiram no decorrer da guerra. • Analisar a evolução do evento. • Analisar a participação e a retirada russa do conflito. • Relacionar a participação norte-americana e sua ascensão econômica no pós-guerra. • Analisar as consequências da derrota alemã e do conflito. • Analisar e caracterizar a situação econômica, social e política. • Identificar os fatores e as consequências da guerra russo-japonesa. • Problematizar o governo de Nicolau II. • Relacionar o Domingo Sangrento como reflexo da insatisfação popular. • Averiguar a ascensão política de Lenine as disputas entre bolcheviques e mencheviques. • Caracterizar bolcheviques e mencheviques. • Reconhecer como se deu a participação russa na guerra. • Analisar os mecanismos políticos e ideológicos que levaram à deposição do Czar e à revolução de feve128 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • 5. • • • • • • • Crise de 1929 Conceito. Fatores para a crise. A crise nos EUA. A crise no Brasil. Efeitos da crise. O New Deal. Recuperação econômica. 6. • • • • • • A revolução de 1930 Crises. Transformações no cenário político. Novos atores políticos. Causas. Estado de compromisso. Consequências. 7. • • • • • • • • • • Era Vargas Conceito. Política. Totalitarismo. A revolução de 1932. A constituição de 1934. As leis trabalhistas. Comunistas e fascistas. O Estado Novo. A nova identidade nacional. A indústria e a Segunda Guerra Mundial. • Propaganda ideológica. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 8. • • • O nazifascismo Ascensão do totalitarismo. Contexto histórico. Hitler e Mussolini. • • reiro. Verificar os desdobramentos da revolução de fevereiro. Identificar e caracterizar os acontecimentos que desencadearam a revolução de outubro. Determinar as consequências da revolução e o processo modernizador implantado por meio da NEP e as disputas no seio do grupo bolchevique. Analisar a repercussão da revolução no Brasil. Conceituar crise. Analisar os fatores que levaram ao “crack” da bolsa de Nova York. Verificar os reflexos no Brasil. Identificar os reflexos da crise pelo mundo. Caracterizar as reações à crise. Compreender os efeitos da crise nos EUA. Analisar os mecanismos de recuperação aplicados pelo governo americano. Analisar o processo de crise das oligarquias. Relacionar as transformações políticas à ascensão de grupos fora da política oligárquica paulista. Identificar as novas forças políticas e econômicas em ascensão na década de 1920 e 1930. Caracterizar os fatores que concorreram para a revolução. Compreender o que foi o Estado de compromisso e sua importância para o período. Relacionar a revolução e a Era Vargas. Conceituar a Era Vargas. Identificar as ambiguidades das práticas políticas do ditador. Relacionar o autoritarismo à ascensão dos regimes totalitários. Analisar a revolução paulista de 1932 e seu contexto. Compreender os meios pelos quais de deram a cessão de direitos sociais. Contrapor cessão de direitos ao autoritarismo. Caracterizar o Estado Novo. Analisar as disputas entre comunistas e fascistas. Analisar o processo de construção nova identidade nacional. Relacionar industrialização à Segunda Guerra Mundial. Discutir os usos da propaganda oficial na difusão de ideias nacionalistas. Analisar o processo de ascensão dos regimes totalitários na Alemanha e Itália. Relacionar os resultados da Primeira Guerra, Crise de 1929 aos regimes totalitários. 129 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Características dos regimes. • Influência sobre outros países. • A influência para a guerra. 9. • • • • • • • Segunda Guerra Mundial Causas. O conflito. Pearl Harbor. EUA e Rússia. Bombas nucleares. A participação do Brasil. O Holocausto. 10. • • • • • • • O populismo Conceito. Características. O populismo no Brasil. O populismo na América. Os partidos políticos no Brasil. A política na década de 1950. Jânio Quadros e João Goulart. 11. • • • • • • • • • • • • Guerra Fria Conceito. Polarização ideológica. ONU e Israel. Revolução chinesa. Guerra da Coréia. Conferência de Bandung. Descolonização afro-asiática. Revolução cubana. Guerra do Vietnã. Conflitos árabes-israelenses. Crise na URSS. Muro de Berlim. 12. Ditadura militar e Redemocratização • Governo João Goulart. • Caracterizar o nazismo e o fascismo. • Compreender a influência desses regimes sobre países como o Brasil. • Conhecer a influências do nazifascismo para desencadear a Segunda Guerra Mundial. • Analisar as causas do conflito. • Conhecer os eventos que ocorreram ao longo do conflito. • Compreender a interferência norte-americana e russa no conflito. • Compreender o bombardeio à Pearl Harbor como justificativa para a intervenção norte-americana. • Analisar o significado dos bombardeios nucleares. • Analisar as consequências da guerra. • Caracterizar a participação do Brasil. • Conceituar Holocausto. • Conceituar o populismo. • Caracterizar populismo. • Discutir os governos de orientação populista no Brasil. • Comparar o populismo no Brasil e na América. • Compreender o significado do populismo no Brasil. • Analisar a constituição dos partidos políticos e as políticas desenvolvimentistas da década de 1950. • Interpretar os embates políticos e ideológicos nos anos 1960. • Analisar a política de Jânio Quadros e Joao Goulart. • Conceituar Guerra Fria. • Analisar os processos de polarização ideológica. • Contextualizar a criação da ONU e Estado de Israel. • Estabelecer relação de causas e consequências da revolução chinesa. • Reconhecer a importância histórica da Conferência de Bandung para os países subdesenvolvidos. • Analisar o processo de descolonização afro-asiático. • Interpretar a ascensão de Fidel Castro e o sucesso da revolução cubana, bem como seus reflexos. • Discutir a Guerra do Vietnã e a derrota dos EUA. • Compreender as dinâmicas políticas que levaram ao acirramento dos conflitos árabes-israelenses. • Analisar o processo de crise da URSS. • Conceituar Perestroika e Glasnost. • Identificar e caracterizar a revolução iraniana e os conflitos do Oriente Médio. • Identificar o significado simbólico da queda do Muro de Berlim e relacioná-lo ao fim da URSS. • Reconhecer os elementos que levaram a crise política e a consequente reação dos militares. • Analisar o governo Goulart e sua oposição. 130 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • • • • • • • • • • • • Oposição. O golpe. Bases jurídicas. Repressão. Resistência. Política e economia. Governos militares. Restrições de direitos. A cultura. Guerra Fria. Ditaduras na América. Anistia e Diretas já! Redemocratização. Constituição de 1988. Eleições, partidos políticos e o plano Real. • Movimentos sociais e eleições de 2002. 13. • • • • • • Neoliberalismo Conservadorismo. Práticas neoliberais. O Brasil dos anos 1990. Blocos econômicos. Neoliberalismo. O fim da História? A crise do socialismo. • Compreender as bases jurídicas de sustentabilidade do governo militar. • Analisar o aparato repressor e o apoio da sociedade civil. • Identificar os movimentos de resistência da esquerda. • Caracterizar as transformações políticas e econômicas implantadas durante a ditadura. • Caracterizar as restrições e/ou limitações de direitos. • Caracterizar o contexto cultural brasileiro antes do golpe e sua transformação pós AI-5. • Relacionar a ditadura brasileira à Guerra Fria. • Descrever e problematizar a implementação de ditaduras na América. • Identificar e caracterizar os governos militares. • Compreender como se deram os movimentos pelas eleições diretas e anistia. • Analisar o processo de redemocratização e a eleição de Tancredo. • Contextualizar economia, sociedade, e a elaboração da Constituição de 1988. • Analisar as eleições de 1989, a ascensão do PT e o Plano Real. • Reconhecer o fortalecimento dos movimentos sociais, sua importância e a eleição de 2002. • Analisar a ascensão de governos conservadores. • Compreender as práticas neoliberais e privatizações. • Analisar implementação de práticas neoliberais no Brasil dos anos 1990. • Contextualizar a criação de blocos econômicos locais. • Contrapor a ascensão neoliberal ao fim do socialismo. 131 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 132 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros LÍNGUA INGLESA INTRODUÇÃO O aprendizado de uma língua estrangeira pode possibilitar que o processo de formação do aluno seja mais integral, sendo que a aquisição dos conhecimentos de um novo idioma, para ser significativa, não pode está limitada apenas ao domínio das formas e estruturas linguísticas em um código diferente. Ao aprender uma nova língua, o sujeito aumenta sua compreensão acerca da linguagem e de seu funcionamento, desenvolvendo maior consciência sobre a língua materna, ampliando a sua capacidade de agir discursivamente no mundo e de compreender as manifestações culturais de outros povos. A inclusão de uma língua estrangeira nesta Proposta Curricular está fundamentada na legislação brasileira vigente, em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases/96, que assegura a aprendizagem de outra língua, junto com a língua materna, e nos Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Estrangeira – 5ª – 8ª séries: “Cabe a cada comunidade escolar escolher que língua irá priorizar como obrigatória, tendo por base fatores históricos, fatores relativos às próprias comunidades e fatores relativos à tradição”. (BRASIL, 1998) O ensino da Língua Inglesa, nas escolas municipais, justifica-se pelo fato de seu aprendizado ter se tornando imprescindível em quase todo mundo, devido a sua presença nos diversos segmentos da sociedade, tais como: em nome de lojas e de produtos; nas músicas que tocam nas rádios; nos programas que assistimos na televisão; nos eventos esportivos; nos cinemas; nos restaurantes; nos hotéis; nos negócios comerciais; nos aeroportos; em congressos; nos meios científicos; na publicidade; e, claro, na internet. O ensino-aprendizagem do Inglês, durante muitos anos, esteve baseado apenas na transmissão de conhecimentos ligados à competência linguística no campo léxico-sistêmico, tendo como base textos elaborados para fins didáticos, tornando o ensino muitas vezes desconexo e abstrato. Ainda, outros componentes da competência comunicativa do aluno eram deixados em segundo plano, como, por exemplo, não se valorizava a língua oral e a 133 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros escrita. Com isso os alunos não conseguiam relacionar o que estava sendo ensinado com a sua real aplicação. Assim sendo, faz-se necessário que o ensino da Língua Inglesa tenha como objetivo principal o desenvolvimento de todas as competências comunicativas, ou seja, listening, speaking, reading e writing, levando em consideração as situações reais de comunicação, e que a prática pedagógica esteja pautada no desenvolvimento de aulas dinâmicas, envolvendo recursos lúdicos e tecnológicos que motivem os alunos para o aprendizado mais efetivo. Esta Proposta Curricular tem como finalidade orientar e servir de base para o estabelecimento de planos e metas que auxiliem os professores no planejamento e desenvolvimento de suas aulas, tendo a Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados como eixo, ao qual devem estar ligados os seguintes tópicos: compreensão escrita, compreensão oral, produção escrita e a produção oral. Tendo como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira e os Conteúdos Básicos Comuns/MG, foi feita uma divisão dos conteúdos a serem ensinados e das habilidades a serem desenvolvidas ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental. Salienta-se que os conteúdos foram organizados por ano de escolaridade e divididos por tópicos, para que haja uma aprendizagem mais efetiva e auxilie o docente. O primeiro tópico trata da Compreensão Escrita de Gêneros Textuais Diversificados, que visa possibilitar ao aluno ler e compreender textos autênticos de diferentes gêneros. O segundo refere-se à Produção Escrita/vocabulário, que tem como objetivo a produção de textos diversificados, evitando as produções controladas, frases soltas e reescritas de textos. O terceiro tópico diz respeito à Compreensão Oral de Textos de Gêneros Diversificados, com o intuito de levar o aluno a compreender e inferir o significado das palavras e expressões no nível fonético-fonológico presentes nos textos. O quarto tópico refere-se à Produção Oral de Gêneros Textuais Diversificados, visando possibilitar ao aluno/falante utilizar a linguagem oral, adequando seu uso à situação comunicativa. Já o quinto tópico, refere-se ao Conhecimento Léxico-Sistêmico - Estruturas Gramaticais, a fim de compreender e produzir textos orais e escritos. Logo, espera-se que esta Proposta Curricular para o ensino da Língua Inglesa possa auxiliar os professores durante a preparação e o desenvolvimento de suas aulas, servindo como importante instrumento pedagógico. Ressalta-se que as ideias aqui 134 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros apresentadas são, na realidade, orientações que buscam a melhoria da qualidade do ensino oferecido aos nossos alunos. De maneira alguma, devem ser tomadas como algo fechado, estagnado, não suscetível a alterações e mudanças por parte dos docentes, quando essas se fizerem necessárias para melhor atender às necessidades dos educandos. OBJETIVOS Objetivo Geral • Desenvolver habilidades necessárias para que o aluno possa lidar com as situações práticas do uso da Língua Inglesa, tendo em vista sua competência comunicativa, tanto na modalidade oral quanto na escrita, pautando-se pela flexibilidade nas escolhas dos procedimentos didáticos, no estudo e na automatização das estruturas básicas do idioma, de modo a permitir que o aluno não somente compreenda, mas que também seja capaz de se expressar, utilizando corretamente as estruturas aprendidas. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo; • Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo; • Despertar o interesse para o estudo da Língua Inglesa, possibilitando assim o contato com outras culturas; • Vivenciar uma experiência de comunicação humana pelo uso da Língua Inglesa, no que se refere às novas maneiras de se expressar e ver o mundo, refletindo sobre os costumes e maneiras de agir e interagir; • Construir consciência linguística e crítica do uso que se faz da língua que está aprendendo; 135 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Perceber a importância de estudar a Língua Inglesa, como meio de adquirir informação; • Utilizar a Língua Inglesa como forma de expressão de pensamentos, ideias e convicções; • Ler e compreender textos produzidos em Inglês; • Escrever textos em Inglês; • Desenvolver a capacidade de compreender os diversos tipos de textos que escuta em Inglês. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O ponto de partida para o ensino da Língua Inglesa é o desenvolvimento de habilidades para o uso da língua em situações reais de comunicação nas modalidades oral e escrita. Todos os procedimentos pedagógicos devem centrar-se na integração dessas habilidades: compreensão escrita, compreensão oral, produção escrita, produção oral e os aspectos linguísticos que se referem ao uso das estruturas gramaticais. Ressaltando que elas não devem ser ensinadas de forma estagnada, mas em situações significativas de engajamento discursivo nas práticas do dia a dia. Sabe-se das inúmeras dificuldades que os alunos enfrentam na aquisição de uma segunda língua, tais como: o ouvir, a pronúncia correta, o escrever, e a leitura. A fim de facilitar e tornar esse processo mais eficiente, pode-se pensar em uma mudança de postura metodológica por parte do professor, que poderá utilizar as novas tecnologias, permitindo aos alunos terem acesso a uma grande variedade de materiais autênticos e atuais, como por exemplo: ouvir uma emissora internacional, assistir a trailers de filmes, ter acesso a letras de músicas, participar de jogos online, conversar nas salas de bate papo com pessoas de outros países, enviar e receber e-mails, dentre outros, tornando o ensino aprendizado da Língua Inglesa efetivo e prazeroso. Dessa forma, seguem algumas orientações didáticas para o ensino da Língua Inglesa, cabendo enfatizar que as sugestões aqui fornecidas não têm caráter prescritivo, devendo ser adaptadas ou reelaboradas a partir do contexto específico de atuação do professor: 136 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • O texto deve ser o elemento principal em torno do qual todos os tópicos (compreensão oral, compreensão escrita, produção oral, produção escrita, aspectos linguísticos) devem ser desenvolvidos. Os textos podem ser de gêneros diferentes (anúncios publicitários, cartas, histórias em quadrinho, horóscopos, biografias, charges, poemas, receitas, slogans, convites, listas de compras) retirados de suportes variados (jornais, revistas, internet, TV, rádio, vídeos); • No que se refere à compreensão e produção de textos deve-se priorizar a utilização de textos autênticos, tal como eles se apresentam no original, evitando os que são artificialmente produzidos para a situação de aprendizagem; • A produção textual dever ser entendida como um processo e não apenas como produto, priorizando o ensino de gêneros que fazem parte do cotidiano do aluno, criando situações comunicativas significativas, de forma a ampliar sua competência linguística e discursiva; • No que diz respeito à compreensão oral de textos de gêneros diversificados, vale ressaltar a importância do trabalho com atividades lúdicas, tais como músicas, filmes e jogos, pois além de despertar o interesse do aluno, é um ótimo recurso para o desenvolvimento da oralidade; • No que se refere à produção oral o trabalho com a linguagem deve ser desenvolvido através de atividades como: criação de diálogos, dramatizações, simulações, apresentações artísticas e musicais, utilizando a internet. Podendo ainda trabalhar aspectos como entonação, dicção, gesto e postura; • Valorizar o desenvolvimento do aluno sempre que o mesmo desenvolver uma atividade; • Projetos de leitura, compreensão, interpretação e produção de textos que desenvolvam a capacidade dos alunos no trabalho em grupo; • Priorizar, sobretudo no início da proposta, a leitura de textos literários cujas obras possuam linguagem acessível aos alunos; • Propiciar aos alunos momentos de exposição do pensamento e de suas ideias por meio de seminários, mesas redondas, debates, a fim que seus 137 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros posicionamentos possam ser valorizados, além de se possibilitar a prática e valorização da oralidade em situações de fala planejada. TÓPICOS DE CONTEÚDOS E HABILIDADES EIXO TEMÁTICO: Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados 6º ANO CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático: Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados • Ler e localizar informações gerais e específicas nos textos. • Ler, compreender, analisar e interpretar: pequenos diálogos nos quais são utilizados os greetings. • Utilizar os recursos verbais e não verbais, assim como palavras cognatas para auxiliar na leitura e compreensão dos textos. • Inferir o significado de palavras desconhecidas com base nos recursos linguísticos e não linguísticos. • Identificar expressões referentes à caracterização dos personagens, do cenário e do tempo da narrativa. • Diferenciar personagens, reconhecendo sua função na narrativa. • Reconhecer a importância da Língua Inglesa na sociedade atual. • Selecionar a acepção mais adequada de palavras e expressões em verbete de dicionário ou de enciclopédia. Tópico I: Compreensão Escrita 1. Recepção e compreensão de textos escritos de gêneros textuais diversificados: • Narrativas; • Diálogos, utilizando os greetings (cumprimentos e despedidas em inglês); • Descrição e identificação pessoal: nome, idade, endereço e telefone. 2. Palavras estrangeiras presentes no cotidiano (camisetas, embalagens, manuais, cartões de jogos, nomes de lugares, marcas de produtos, equipamentos, jogos, internet, etc.). 3. Palavras cognatas. 4. Uso do dicionário. Tópico II: Produção Escrita/vocabulário 1. Produção de textos escritos de gêneros diversificados: • Diálogos; • Cartões postais; • Cartões (dia das mães, dia dos pais, do professor e natal); • Produzir pequenos diálogos utilizando os cumprimentos em inglês. • Elaborar cartões postais com os lugares mais interessantes da cidade onde vive. • Entrevistar os colegas para saber nome, idade e a profissão que seus pais ou os responsáveis por eles exercem. (Escrever as perguntas em inglês e português). • Escrever slogans que abordem a importância de estu138 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Entrevistas. 2. Produção de textos, usando o vocabulário estudado: • Meses do ano, estações do ano e dias da semana; • Denominações de diferentes tipos de moradia e dos de espaços de uma casa; • Cores; • Animais; • Nacionalidade; • Meses e estações do ano e dias da semana; • Horas; • Objetos Escolares. • • • • • • • • Tópico III – Compreensão Oral • 1. Compreensão e produção de textos orais com marcas de entonação e pronúncia que permitam a compreensão do que está sendo dito. 2. Compreensão de diálogos. 3. Articulação correta das palavras. 4. Identificação do grau de formalidade na fala. 5. Músicas. • • Tópico IV - Produção Oral 1. Produção de textos orais de gêneros diversificados: • Produção de diálogos usando os cumprimentos; fazendo apresentações e solicitando informações. 2. Pronúncia correta do vocabulário estudado (meses do ano, dias da semana, estações do ano, nacionalidade, cores, animais, moradia e horas). 3. Pronúncia adequada dos elementos gramaticais abordados: (verbo to be, pronomes pessoais, preposições, pronomes interrogativos, artigos). • • • • • • • • • dar inglês. Escrever corretamente os meses, as estações do ano e os dias da semana, utilizando o vocabulário adquirido para enriquecer as produções escritas e orais. Escrever e identificar os objetos escolares corretamente e fazer uso adequado do vocabulário apreendido em produções orais e escritas. Formular perguntas e respostas em inglês sobre informações pessoais, tais como nome, idade, endereço e telefone. Reconhecer e utilizar corretamente o vocabulário relacionado aos espaços da casa, as cores, aos animais em inglês, nas produções orais e escritas. Identificar as nacionalidades em inglês e escrevê-las corretamente. Conhecer e utilizar corretamente o vocabulário relacionado aos dias da semana, meses e estações do ano. Expressar corretamente valores, datas e horas. Utilizar corretamente o vocabulário relacionado aos objetos escolares. Escutar e compreender as palavras estudadas do vocabulário utilizado nas aulas. Escutar e compreender perguntas simples. Escutar e compreender pequenas frases adequadas às situações de interações comunicativas em sala de aula. Escutar e compreender pequenos diálogos nas diversas situações de interações comunicativas na sala de aula. Ouvir canções e reconhecer diferenças entre sons específicos. Identificar e reproduzir o som de "m" como em I am. Cumprimentar e despedir-se. Fazer e responder a uma apresentação. Treinar a pronúncia ao pedir para ir beber água, sair da sala de aula e ir ao banheiro, utilizando a Língua Inglesa. Encenar uma conversa pelo telefone, explicitando o local e a hora de um evento ou encontro. Cantar canções populares e folclóricas em língua estrangeira. Pronunciar corretamente o vocabulário estudado (meses do ano, dias da semana, estações do ano, nacionalidade, cores, animais, moradia, horas). 139 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Tópico V - Conhecimento LéxicoSistêmico - Estruturas Gramaticais 1. Numerais Cardinais. 2. Pronomes pessoais e adjetivos possessivos. 3. Verbo to be na forma afirmativa. 4. Preposições. 5. Adjetivos usados para descrever casas e seus espaços. 6. Pronomes Interrogativos (words when, what, where). 7. Pronomes Demonstrativos (This,That). 8. Artigos Definidos e Indefinidos. 9. O uso do imperativo em textos de diferentes gêneros. 10. Substantivos/Agrupamento de palavras. • Reconhecer e/ou produzir a forma escrita de valores, numerais cardinais, ordinais, datas e números de telefone. • Reconhecer o uso de he/his e she/her para referir-se a homens e mulheres, respectivamente. • Conhecer, identificar e usar adequadamente as formas do verbo to be (am, is, are). • Reconhecer o significado de preposições que descrevem a localização dos objetos no espaço. • Identificar o uso de preposições de lugar. • Reconhecer o significado de preposições que descrevem a localização dos objetos. • Usar os adjetivos em textos descritivos. • Fazer uso adequado “wh-words” (when, what, where, etc.) no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Diferenciar e fazer uso correto dos pronomes demonstrativos. • Reconhecer o uso do apóstrofo (’s) como marca de posse. • Reconhecer o uso de “the + sobrenome + s” como expressão que indica uma família. • Reconhecer a origem estrangeira de nomes próprios e sobrenomes. • Identificar nomes e sobrenomes em inglês. • Reconhecer e/ou produzir as funções comunicativas do imperativo, assim como os efeitos de sentido que ajudam a construir vários gêneros textuais. • Fazer uso adequado do plural dos substantivos no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Formar pares de sinônimos, de antônimos e de palavras relacionadas. • Formar conjuntos lexicais com itens do mesmo campo semântico. 7º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático: Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados Tópico I: Compreensão Escrita HABILIDADES • Ler e localizar informações gerais e específicas nos textos. • Identificar semelhança nas informações apresentadas em diferentes textos. • Inferir o significado de palavras desconhecidas com base nos recursos linguísticos e não linguísticos. 140 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 1. Recepção e compreensão de textos escritos de gêneros textuais diversificados: • Rótulos, embalagens e pequenos manuais – evidenciando os estrangeirismos; • Diálogos; • História em Quadrinhos; • Descrição; • Entrevistas; • Perfis online; • Receitas. • Utilizar os recursos verbais e não verbais assim como palavras cognatas para auxiliar na leitura e compreensão dos textos. • Ler, compreender, analisar e interpretar: entrevistas, perfis online, conversas em salas de bate-papo (internet), diálogos, inferindo seus traços característicos, bem como suas finalidades e usos sociais. • Estabelecer relação entre conhecimento prévio e informações do texto. Tópico II: Escrita/Vocabulário • Agrupar palavras e expressões em categorias de acordo com um tema. • Escrever corretamente o vocabulário estudado. • Produzir texto descritivo com base em um tema. • Fazer anúncios, contendo as programações das atividades da escola e da cidade, especificando: local, ponto de referência e horário. • Identificar, reconhecer e utilizar os nomes de países na língua inglesa. • Utilizar e reconhecer os nomes de lugares, espaços de lazer e atividades correlacionadas na Língua Inglesa. • Reconhecer e utilizar as palavras relacionadas ao esporte, correlacionando-as com as palavras em inglês. • Reconhecer palavras em atividades de audição e saber grafá-las. • Escutar e compreender as palavras e perguntas simples estudadas nas aulas. • Escutar e compreender pequenas frases adequadas às situações de interações comunicativas em sala de aula. • Escutar e compreender pequenos diálogos nas diversas situações de interações comunicativas na sala de aula. • Ouvir textos-canção e reconhecer suas características principais. • Avaliar a influência da cultura local em uma produção musical. • Ampliar o vocabulário, relacionando léxico com contexto de produção da canção. Produção 1. Produção de textos escritos de gêneros diversificados: • Texto descritivo; • Anúncios. 2. Produção de textos e frases utilizando o vocabulário estudado: • Espaços comerciais e comunitários (banco, padaria, escola); • Países, nacionalidades; • Família; • Espaços e atividades de lazer; • Modalidades de esportes. Tópico III – Compreensão Oral 1. Compreensão e produção de textos orais com marcas de entonação e pronúncia que permitam a compreensão do que está sendo dito. 2. Diálogos. 3. Articulação correta das palavras. 4. Identificação do grau de formalidade na fala. 5. Músicas. Tópico IV - Produção Oral 1. Pronúncia e entonação apropriadas do vocabulário estudado (espaços comerciais, espaços de lazer e • Interagir por meio da Língua Inglesa, utilizando gradativamente o vocabulário estudado. • Fazer uso da linguagem oral para dramatizar diálogos e situações do dia a dia utilizando o vocabulário estudado. 141 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros modalidades esportivas). 2. Pronúncias corretas das estruturas gramaticais estudadas. 3. Dramatizações usando as expressões estudadas. 4. Músicas. Tópico V - Conhecimento LéxicoSistêmico - Estruturas Gramaticais 1. Verb to be - formas interrogativa e negativa) no presente. 2. Verb to be – formas: afirmativa, interrogativa e negativa no passado. 3. Verbo there to be. 4. Presente (presente simples e presente Continuos) nas formas afirmativa, interrogativa e negativa. 5. Passado (simples, contínuo) em textos de diferentes gêneros. 6. Futuro Simples e Futuro com going to. 7. Funções sociocomunicativas dos marcadores do discurso em textos de diferentes generous. 8. Preposições em textos de diferentes gêneros 9. Formação de palavras. 10. Verbo modal – poder -forma interrogativa. 11. Adjectives. 12. Função comunicativa de How much e How many. • Cantar canções populares e folclóricas em língua estrangeira. • Produzir e revisar relatos orais. • Identificar e reproduzir o som do verbo to be. • Identifica e reproduzir o som do sufixo “s, es e ies” na 3ª pessoa do singular do Simple Present. • Identificar e reproduzir o som do sufixo ed nos verbos regulares. • Fazer uso adequado do presente e do passado do verbo to be em suas formas afirmativa, negativa e interrogativa. • Utilizar as estruturas corretas do verbo to be em respostas longas e curtas. • Utilizar adequadamente o verbo there to be no presente e no passado. • Reconhecer o uso apropriado das formas verbais there is/isn’t; there are/aren’t. • Reconhecer o uso do tempo verbal presente simples para indicar rotinas e informações factuais. • Reconhecer o uso do presente contínuo para indicar ações em progresso. • Fazer uso adequado do passado simples e do passado contínuo no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Fazer uso adequado do futuro simples, do futuro com “going to” no processo de recepção /produção do texto oral e escrito. • Fazer uso adequado de expressões no futuro que indicam sugestões e convites. • Identificar e/ou fazer uso adequado dos marcadores do discurso (palavras de ligação) e das relações semânticas que ajudam a estabelecer. • Fazer uso adequado das preposições no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Formar novas palavras pelo acréscimo de prefixos e sufixos. • Reconhecer o uso do verbo modal can para indicar habilidades. • Usar os adjetivos para descrever as pessoas, os animais os objetos. • Diferenciar o uso de How much and How many. 142 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático: Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados Tópico I: Compreensão Escrita 1. Recepção e compreensão de textos escritos de gêneros textuais diversificados: • Textos descritivos; • Cardápios; tabelas de nutrientes, rótulos de produtos; • Textos informativos; • Notícia de revistas; • Textos poéticos; • Injunções; • Biografias; • Entrevistas; • Artigos. 2. Datas comemorativas. Tópico II: Produção Escrita/Vocabulário 1. Produção de textos escritos de gêneros diversificados: • Receitas. 2. Produção de textos e frases utilizando o vocabulário estudado: • Frutas e vegetais; • Denominações das diferentes refeições, alimentos e bebidas; • Identificação dos hábitos alimentares em diferentes culturas; • Palavras relacionadas à linguagem do computador e da internet; • Música e tecnologia. HABILIDADES • Identificar o tema geral de textos de diversos gêneros textuais. • Localizar as informações de acordo com os objetivos da leitura. • Estabelecer relação entre conhecimento prévio e informações do texto. • Utilizar os recursos verbais e não verbais, assim como palavras cognatas para auxiliar na leitura e compreensão de mensagens dos diferentes gêneros discursivos propostos. • Ler, compreender, analisar e interpretar: cardápios, infográficos, tabelas de nutrientes, rótulos de produtos, diálogos, inferindo seus traços característicos. • Fazer relações entre o tipo de texto, o gênero textual em que se insere o texto e o(s) domínio(s) discursivo(s) ao(s) qual(is) o texto pertence. • Identificar as escolhas lexicais características do gênero textual em que o texto se insere. • Estabelecer relações entre as datas comemorativas, (dia dos namorados, ano novo, independência) do Brasil com os de outros países, enfocando os aspectos socioculturais. • Escrever corretamente o vocabulário estudado. • Produzir sentenças simples utilizando o vocabulário estudado. • Elaborar cardápios de lanchonetes e restaurantes; • Fazer listas de compras. • Mapear os lugares onde os produtos alimentícios estejam mais baratos e elaborar cartazes e panfletos para divulgar esses lugares. • Distinguir alimentos saudáveis e não saudáveis; (junk food / healthy food). • Conhecer o vocabulário relacionado à alimentação e aplicá-los corretamente na construção de frases escritas, e na resolução de exercícios propostos. • Conhecer as palavras em inglês usadas no computador e na internet e usá-las corretamente. • Conhecer palavras relacionadas a músicas populares em Língua Inglesa. • Conhecer e utilizar palavras relacionadas às novas tecnologias. 143 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Tópico III – Compreensão Oral 1. Pronúncia e entonação apropriadas do vocabulário estudado (espaços comerciais, espaços de lazer e modalidades esportivas). 2. Contrações dos itens gramaticais. 3. Músicas. 4. Diálogos. Tópico IV - Produção Oral 1. Produção de textos orais de gêneros diversificados: • Produção de diálogos usando os cumprimentos; fazendo apresentações e solicitando informações. 2. Pronúncia correta do vocabulário estudado (Frutas, vegetais, comidas, bebidas, palavras relacionadas ao computador e a internet); 3. Instruções ligadas a situações de sala de aula; 4. Peças teatrais; 5. Músicas. Tópico V - Conhecimento LéxicoSistêmico - Estruturas Gramaticais 1. Passado simples, contínuo, perfeito em textos de diferentes gêneros. 2. Verbos modais em textos de diferentes gêneros. 3. Preposições em textos de diferentes gêneros. 4. Funções sociocomunicativas dos graus dos adjetivos. 5. Numerais ordinais. 6. Futuro Imediato to be e going to. 7. Conectivos (and, but, so). 8. Advérbios de tempo, frequência, lugar e modo. 9. Diferentes significados dos pronomes indefinidos (quantificadores): much, many, a lot,a little,few,some,any,no. • Escutar e compreender perguntas diversas, comandos, orientações, histórias, piadas e anedotas. • Escutar e compreender conversas adequadas às situações de interações comunicativas em sala de aula. • Perceber as contrações de itens gramaticais e lexicais em textos orais diversos. • Ouvir canções, diálogos, conversas e retirar informações gerais e especificas. • Interagir por meio da língua inglesa, utilizando gradativamente as funções básicas da conversação diária, para a comunicação oral em sala de aula. • Solicitar e fornecer informações nos tempos presente e passado. • Perguntar e responder preços. • Aceitar e recusar ofertas de bebidas e comidas. • Encenar um pedido em um restaurante ou lanchonete. • Encenar peças teatrais envolvendo as datas comemorativas. • Cantar músicas populares em inglês. • Relacionar o uso de passado simples (verbos regulares e irregulares) com acontecimentos passados, ações completas, hábitos e estados finalizados. • Solicitar e fornecer informações nos tempos presente e passado. • Inferir o significado de palavras e de estruturas gramaticais desconhecidas a partir do contexto, da análise morfológica de palavras (formação de verbos regulares no passado simples através do acréscimo do sufixo ed, formação de advérbios de modo através do acréscimo do sufixo ly) e de analogia/contraste com a língua materna. • Diferenciar estruturas afirmativas, negativas e interrogativas que indiquem ações e fatos no presente e no passado. • Reconhecer os numerais ordinais. • Usar conectivos (and, but, so) para organizar o texto. • Reconhecer expressões adverbiais de tempo. • Reconhecer o significado de a lot of, many, some, little, para indicar quantidades. • Reconhecer advérbios e expressões adverbiais de tempo. • Reconhecer e usar corretamente os pronomes indefinidos. 144 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 9º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático: Produção e Recepção de Textos de Gêneros Textuais Diversificados Tópico I: Compreensão Escrita 1. Recepção e compreensão de textos escritos de gêneros textuais diversificados: • Textos jornalísticos e publicitários; • Propagandas; • Textos dissertativos; • Textos Narrativos; • Textos Descritivos. 2. Recursos linguísticos e não linguísticos no texto: • Coesão e Coerência. Tópico II: Produção Escrita/Vocabulário 1. Produção de textos orais de gêneros diversificados: • Descrição; • Diálogos; • Bilhetes; • Cartas; HABILIDADES • Relacionar o gênero (finalidade do texto, públicoalvo) e os recursos linguísticos e não linguísticos (figuras, gráficos, números, etc.), utilizadas pelo autor. • Utilizar conhecimento prévio para definir o tipo de gênero discursivo estudado. • Ler e localizar informações gerais e específicas no texto. • Distinguir informação de opinião. • Reconhecer recursos argumentativos na apresentação de opinião. • Diferenciar personagens, reconhecendo sua função na narrativa. • Perceber a ordenação do tempo da narrativa: anterioridade/posterioridade dos fatos narrados; causas e consequências dos acontecimentos. • Identificar expressões referentes à caracterização das personagens, do cenário e do tempo da narrativa. • Utilizar conhecimento prévio sobre o assunto do texto na formulação de hipóteses. • Utilizar os recursos não verbais, assim como palavras cognatas para auxiliar na leitura e compreensão de mensagens dos diferentes gêneros textuais propostos. • Expandir a análise para o nível da organização coesiva do texto, estabelecendo relações entre termos que constituem os elos de significado semântico. • Desenvolver a habilidade de leitura de textos originais, sem a necessidade de compreender todos os vocábulos novos. • Estabelecer relações entre termos, expressões e ideias que tenham o mesmo referente, de modo a construir os elos coesivos gramaticais. • Produzir sentenças utilizando o vocabulário estudado. • Produzir pequenos textos utilizando as estruturas gramaticais estudadas (diálogos, bilhetes, cartas, convites, mensagens, cartões postais, etc.). • Criar listas telefônicas com endereços e números úteis. • Ampliar o vocabulário usando as palavras relacionadas a profissões. 145 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • • • • • 2. Cartões Postais; Convites; Mensagens; Lista telefônica; Anúncios publicitários; Resenhas de filmes; E-mails; Miniconto. Escrita adequada do vocabulário estudado: • Profissões; • Cognatos e falsos cognates; • Ambientes; • Datas comemorativas. Tópico III – Compreensão Oral 1. Pronúncia e entonação correta do vocabulário estudado. 2. Filmes. 3. Diálogos. 4. Contração dos itens lexicais. 5. Músicas. Tópico IV - Produção Oral 1. Produção de textos orais de gêneros diversificados: • Produção de diálogos usando os cumprimentos; fazendo apresentações e solicitando informações. 2. Pronúncia correta do vocabulário estudado. 3. Cognatos e falsos cognates: • Ambientes; • Datas comemorativas. 4. Pronuncia adequada dos itens léxicosistêmicos estudados. 5. Músicas. 6. Filmes. Tópico V - Conhecimento LéxicoSistêmico - Estruturas Gramaticais 1. Presente Simples, Presente • Descrever os ambientes. • Escrever e responder mensagens. • Escrever um e-mail para um colega contando / perguntando sobre uma novidade. • Escrever um miniconto a partir de um fato curioso. • Produzir resenhas, aprimorando a redação de textos e o enriquecimento do vocabulário. • Relacionar os feriados e datas comemorativas do Brasil com as dos países que tenham a Língua Inglesa como primeira língua. • Escutar e compreender as palavras estudadas do vocabulário dentro de um contexto comunicativo. • Inferir o significado de palavras desconhecidas com base nos recursos linguísticos e não linguísticos e nas estruturas gramaticais já aprendidas. • Compreender pequenas frases e pequenos diálogos adequados às situações de interações comunicativas em sala de aula. • Perceber as contrações de itens gramaticais e lexicais em textos orais diversos. • Ouvir canções, diálogos, conversas e retirar informações gerais e especificas. • Desenvolver a compreensão auditiva. • Assistir a filmes, sem legendas, evidenciando a compreensão oral. • Produzir diálogos utilizando os itens léxicosistêmicos aprendidos. • Treinar a pronúncia ao pedir para ir beber água, sair da sala de aula e ir ao banheiro, utilizando a Língua Inglesa. • Entrevistar os colegas para saber nome, idade e a profissão que seus pais ou os responsáveis por eles exercem. • Cantar canções populares e em língua estrangeira, treinando a pronúncia. • Fazer uso adequado do presente perfeito no processo de recepção /produção do texto oral e escrito. • Solicitar e fornecer informações sobre ações e fatos passados. 146 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Contínuos, Presente Perfeito em textos de diferentes gêneros (revisão). Passado - simples, contínuo, perfeito em textos de diferentes gêneros. (review – revisão). Vários tipos de futuro em textos de diferentes gêneros. Funções sociocomunicativas dos marcadores do discurso em textos de diferentes gêneros. Funções sociocomunicativas dos modais em textos de diferentes gêneros. Advérbios. Graus dos adjetivos. Pronomes reflexives. • Reconhecer o uso do presente perfeito. • Diferenciar frases e perguntas que tratam do presente e aquelas que tratam do passado. • Diferenciar estruturas afirmativas, negativas e interrogativas que indiquem ações e fatos no presente e no passado. • Fazer uso adequado do passado perfeito no processo de recepção /produção do texto oral e escrito. • Relatar experiências vividas ou acontecimentos, adequando a sequência temporal. • Reconhecer o uso do futuro (will). • Reconhecer o uso de estruturas verbais para expressar desejos e expectativas (hope to,wish to, would like to). • Fazer uso adequado de expressões no futuro que indicam sugestões e convites. • Identificar e/ou fazer uso adequado dos marcadores do discurso (palavras de ligação) e das relações semânticas que ajudam a estabelecer. • Fazer uso adequado dos modais no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Fazer uso adequado dos advérbios no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Reconhecer expressões adverbiais de tempo. • Diferenciar os advérbios e usá-los corretamente. • Reconhecer as formas comparativas dos adjetivos. • Fazer uso adequado do grau dos adjetivos no processo de recepção/produção do texto oral e escrito. • Nomear sentimentos e sensações. • Usar adequadamente os Pronomes Reflexivos. 147 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 148 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS LITERATURAS INTRODUÇÃO O ensino da Língua Portuguesa é destinado a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e formas de manifestação. O domínio da língua materna faz-se fundamental para que se possa adquirir e dominar os conhecimentos das mais diversas áreas do saber humano. O processo de ensino-aprendizagem das habilidades linguísticas implica trabalho voltado para: a leitura compreensiva e crítica dos mais variados tipos de textos, para produção escrita em linguagem padrão, para análise e manipulação da organização estrutural da língua, para percepção dos diferentes tipos de linguagens, bem como das várias formas de percepção do mundo. A compreensão dos conceitos de linguagem, língua e fala é de fundamental importância para o estudo, análise e domínio da nossa língua, tendo em vista que a abstração e materialização desses conhecimentos contribuem para que o processo comunicativo seja realmente eficaz. A linguagem refere-se à capacidade que os seres humanos têm de manifestar algo por meio da utilização de signos, os quais são disponibilizados como suporte para a comunicação. Podemos expressar nossas ideias, pensamentos, intenções e desejos por meio da linguagem verbal, ou seja, da utilização da palavra escrita ou oral, e ainda por meio da linguagem não verbal, como por meio dos gestos, sinais e expressões corporais. A língua ou idioma é um sistema de signos, conjunto de regras e normas formado ao longo da história de um povo, que serve justamente para que as pessoas de determinado lugar, país ou região possam se comunicar bem. A língua possui uma dimensão coletiva, social, histórica, existindo antes do nascimento de qualquer indivíduo, em razão disso não permite mudanças arbitrárias. No entanto, vale lembrar que as línguas são dinâmicas, com o passar dos anos elas vão também se modificando para melhor atender aos seus falantes. Por último, a fala é algo estritamente individual, é a maneira peculiar de cada indivíduo utilizar a própria língua. Está relacionada, intimamente, com o lugar social em que as pessoas estão inseridas. 149 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros As práticas docentes relacionadas ao ensino do Português pautaram-se, durante muitos anos, na mera transmissão de conhecimentos gramaticais, amiúde, afastadas da realidade vivenciada pela maioria dos alunos e baseadas na memorização de regras, tornandose assim, várias vezes, muito abstratas, uma vez que os aprendizes não conseguiam relacionar o que era ensinado, com sua aplicabilidade prática. Além disso, dentro da sala de aula, o desprestígio dos níveis de linguagem que se afastam da norma padrão, funciona como fator desmotivador para os alunos, por eles, a princípio, não conseguirem se identificar com um tipo de linguagem tão distante de suas realidades. Dessa maneira, é preciso que o ensino da nossa língua materna seja pautado em práticas pedagógicas que levem em consideração a origem dos alunos, atendendo cada um em suas particularidades. A sala de aula não pode ser compreendida como um bloco homogêneo, pois deve levar em conta a história de vida e a origem de cada discente. A grande necessidade dos alunos é de fato possuir uma gama de conhecimentos sobre a Língua Portuguesa que lhes garanta um comportamento crítico nas suas relações sociocomunicativas, seja como falante, seja como ouvinte. Que os conhecimentos linguísticos adquiridos garantam aos alunos compreender aquilo que ouvem e que leem, que possam expressar seus posicionamentos de forma oral e escrita, adequando seus textos às diversas situações da comunicação. O aluno deve usar a língua como instrumento de legitimação dos seus direitos de cidadão, como sujeito capaz de mudar a sua realidade de vida, minimizando as desigualdades sociais e favorecendo a construção de uma sociedade mais justa. A Proposta Curricular desta disciplina tem por finalidade orientar e servir de suporte para os docentes do Sistema Municipal de Ensino no planejamento e desenvolvimento de suas aulas, ao longo de todo o ano letivo. Essa visa priorizar a leitura, a compreensão, a interpretação e a escrita dos mais variados tipos de textos, como proposta pedagógica fundamental para aquisição dos conhecimentos mínimos necessários para a utilização da nossa língua. A partir da análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais, dos Conteúdos Básicos Comuns/MG, de Matrizes Curriculares de outros municípios, foi elaborada uma divisão de conteúdos a serem ensinados ao longo dos Anos finais do Ensino Fundamental. Ainda, estão relacionadas, para os conteúdos previstos, as respectivas habilidades que se esperam que os alunos desenvolvam. Ressalta-se que os conteúdos foram organizados por ano de escolaridade e, especificamente, a proposta de divisão de conteúdos de Língua Portuguesa foi dividida por 150 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros eixos temáticos, tendo em vista facilitar e tornar mais prático o trabalho dos professores na hora da elaboração de suas aulas. Os eixos temáticos foram elaborados a partir de assuntos considerados como basilares no processo de ensino-aprendizagem de Português. São saberes e conhecimentos fundamentais que o estudante deve possuir, a fim de utilizar a língua, em sua forma escrita e oral, de maneira autônoma e que atenda às suas necessidades do cotidiano. São os eixos: a Oralidade, Leitura e Compreensão Textual, Conhecimento e Domínio de Textos Literários, Conhecimentos Linguísticos aplicados ao Texto e Produção de Textos. OBJETIVOS Objetivo Geral • Ampliar, desenvolver e aperfeiçoar as habilidades de leitura, compreensão, interpretação e produção dos diversos tipos textuais, a fim de que o aluno possa posicionar-se criticamente frente às várias situações comunicativas vivenciadas, sendo capaz de adequar os registros da língua de acordo com as exigências do ambiente em que ele se encontre. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Compreender e utilizar a língua falada como instrumento de manifestação de ideias e pensamentos; • Adequar a fala às diversas situações comunicativas; • Ler fluentemente textos de qualquer tipo e gênero textual; • Compreender a leitura de textos escritos e a escuta dos textos orais; • Interpretar os textos lidos e posicionar-se criticamente frente a eles; • Produzir textos (orais e escritos) com coesão e coerência, que sejam adequados aos objetivos propostos; 151 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Conhecer e utilizar os conhecimentos literários e linguísticos, a fim de relacionar-se com o mundo de maneira crítica e independente; • Valorizar as variações linguísticas existentes; • Distinguir os níveis de registro da língua; • Ter domínio mais amplo e rico da linguagem verbal, como um recurso fundamental de interação humana, uma vez que o seu uso se realiza na forma de discursos, cuja unidade material é o texto. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Fundamentais para o sucesso da aprendizagem escolar são as práticas metodológicas escolhidas pelos professores na hora do ensino de suas disciplinas. Como dito anteriormente, o ensino da Língua Portuguesa deve fugir a mera transmissão e memorização de regras gramaticais, totalmente afastadas da realidade dos alunos. Essa prática mecanizada, na maioria dos casos, além de desestimular a busca pelo conhecimento, não garante o aprendizado dos conhecimentos necessários para o bom uso da língua. As nossas salas de aulas necessitam, quando se trata do ensino do Português, de práticas metodológicas que tornem a aprendizagem e o domínio da língua materna em algo prazeroso, permitindo aos alunos reconhecerem o quanto é necessário e possível adquirir conhecimentos e habilidades que os levem a utilizar a língua de forma autônoma. Aquilo que é aprendido deve-se aproximar da realidade de cada um, que seja algo prático e utilizável no dia a dia. Seguem algumas orientações didáticas para o ensino da Língua Portuguesa, as quais os docentes podem utilizar, a fim de facilitar a aprendizagem dos alunos: • Contextualização das práticas de leitura, compreensão, interpretação e produção de textos, aproximando os textos trabalhos ao dia a dia dos alunos; • Ensino dos conhecimentos gramaticais dentro de estruturas textuais maiores, a fim de se fugir a práticas que se baseiam apenas no estudo e análise de competências linguísticas em frases soltas, esvaziadas de significado; 152 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Trabalho com gêneros textuais mais atualizados, que incitem a curiosidade e despertem o interesse dos alunos, tais como: quadrinhos, tirinhas, charges, textos produzidos em ambientes virtuais, crônicas, contos fantásticos, teses, entre outros; • Projetos de leitura, compreensão, interpretação e produção de textos que desenvolvam a capacidade dos alunos no trabalho em grupo; • Priorizar, sobretudo no início da proposta, a leitura de textos literários cujas obras possuam linguagem acessível aos alunos; • Aprendizagem sobre conhecimentos linguísticos e estruturação do texto por meio de letras musicais, podendo essas serem executadas dentro da sala de aula; • Propiciar aos alunos momentos de exposição do pensamento e de suas ideias por meio de seminários, mesas redondas, debates, a fim que seus posicionamentos possam ser valorizados, além de se possibilitar a prática e valorização da oralidade em situações de fala planejada; • Utilizar ferramentas de interação disponíveis na internet, para estimular e desenvolver as capacidades de leitura e produção de textos. Exemplos: o Blogs: são sites que permitem que qualquer usuário dê sua opinião ou comente acerca de um tema ou assunto específico. O próprio professor ou mesmo os alunos podem criar os blogs, para que assuntos de interesses da turma, vídeos, textos, informações, possam ser compartilhadas no ambiente virtual, em tempo real; o Wiki: é uma ferramenta de produção de texto coletiva disponível na internet, muito utilizado pela Educação a distância; o E-mail: devido à expansão da utilização do correio eletrônico, o domínio e utilização dessa ferramenta tornaram-se imprescindível na vida de qualquer pessoa. O professor de português deve aproveitar o avanço desse meio de comunicação, para o incentivo à elaboração de textos que estejam adequados às normas da língua culta, tendo em vista o seu destinatário, a finalidade do contato, os fatores de textualidade, dentre outros. 153 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Tendo em vista a importância das avaliações externas, entre elas a Prova Brasil e o SAME, os professores, ao perceberam que seus alunos estão com certa dificuldade em determinados descritores, podem trabalhar questões, principalmente em exercícios, que busquem recuperar e sanar as defasagens; • Em relação à produção de textos, o professor não deve deixar de valorizar tudo aquilo que o aluno apresenta em sua escrita, não supervalorizando os aspectos meramente gramaticais, em detrimento dos fatores de textualidade, tais como: coerência, coesão, intencionalidade, situacionalidade, entre outros. DESCRITORES DA PROVA BRASIL – LÍNGUA PORTUGUESA / 9º ANO A prova Brasil é uma das principais ferramentas utilizadas pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o rendimento das escolas públicas de Ensino Fundamental em escala nacional. Além disso, essa prova é parte integrante do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), devendo, dessa maneira, ter atenção especial de todos aqueles comprometidos com a melhoria da qualidade da educação oferecida pela Prefeitura Municipal de Montes Claros, por meio de sua Secretaria Municipal de Educação. O público-alvo da Prova Brasil são os alunos de 5º e 9º ano das escolas públicas que possuam mais de 20 estudantes matriculados em cada um desses anos. As provas ocorrem a cada dois anos. Por essa Proposta Curricular ser voltada para os Anos Finais do Ensino Fundamental, abordaremos apenas os descritores que dizem respeito ao 9º ano. São objetivos da Prova Brasil, de acordo com o caderno PDE|PROVA BRASIL de 2011: • Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, redução de desigualdade e democratização da gestão do ensino público; • Buscar o desenvolvimento de uma cultura avaliativa que estimule o controle social sobre os processos e resultados do ensino. A Prova Brasil é construída baseada em uma matriz de referência nacional, no entanto a matriz não estabelece conteúdos para a elaboração das provas, mas sim competências e habilidades que todos os alunos submetidos às provas devem adquirir em cada 154 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros ano de escolaridade do Ensino Fundamental. Essas competências e habilidades são representadas por descritores. Visando contribuir para o trabalho docente ao longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental, os descritores da Prova Brasil foram relacionados àquelas habilidades previstas na Proposta Curricular que exigem a mesma competência do descritor. Dessa forma, o professor perceberá mais facilmente que, ao utilizar os conteúdos e habilidades, ele já estará preparando os alunos para realização da Prova Brasil. Vale destacar que os conteúdos e habilidades apresentados vão além dos descritores, tendo em vista que a Proposta Curricular não está pautada apenas nas avaliações externas, mas sim no pleno desenvolvimento dos alunos. Ainda, o fato de os descritores já estarem relacionados a habilidades, nada impede o professor de realizar um trabalho mais específico com um deles, quando julgar necessário. São descritores da Prova Brasil para o 9º ano, subdivididos em seis tópicos de conteúdos: Descritores Língua Portuguesa Tópico I- Procedimento de leitura: • D1- Localizar informações explícitas em um texto; • D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão; • D4- Inferir uma informação implícita no texto; • D6- Identificar o tema do texto; • D14- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. Tópico II- Implicações do suporte, do gênero e ou/ enunciador na compreensão do texto: • D5- Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso; • D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Tópico III- Relação entre textos: • D20- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em será recebido; 155 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. Tópico IV- Coerência e coesão no processamento do texto: • D2- Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto; • D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa; • D11- Estabelecer relação de causa/consequência entre partes e elementos do texto; • D15- Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc; • D7- Identificar a tese de um texto; • D8- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-las; • D9- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. Tópico V - Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido: • D16- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados; • D17- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações; • D18- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão; • D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. Tópico VI - Variação Linguística: • D13- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 156 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES 6° ANO CONTEÚDOS Eixo temático I: Oralidade 1. Linguagem e cultura. 2. A língua falada como símbolo de cultura e identidade. 3. Processos de interação e comunicação social. 4. Padrões linguísticos de maior prestígio social. 5. O uso da linguagem nas mais diversas ocasiões sociais e suas estratégias de aplicação. 6. Escuta orientada de textos. 7. Leitura expressiva. 8. Exposição oral do pensamento. 9. Leitura dramatizada. 10. A paralinguagem. CONTEÚDOS Eixo temático II: Leitura e Compreensão Textual 1. Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos, histórias em quadrinhos, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas de curiosidades, cartões, cartas pessoais, bilhetes, e-mails, resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, textos não verbais (fotos, imagens), contos, contos de fada, lendas, romances, fábulas, novelas, poemas, letras de música, charges, entre outros. 2. Abordagem e contextualização de tema; discussão do conteúdo; levan- HABILIDADES • Compreender a fala como instrumento e manifestação cultural de um povo. • Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade de cada um. • Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências em sala de aula. • Conhecer os padrões linguísticos mais prestigiados. • Otimizar, em situações de fala planejada, o uso de vocabulário e de estruturas sintáticas mais complexas. • Realizar leitura de poemas, como forma de praticar os recursos expressivos da fala. • Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos realizados. • Dramatizar a leitura de textos. • Ler textos produzidos em voz alta, utilizando-se dos recursos paralinguísticos. HABILIDADES • Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles. • Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles. • Interpretar textos utilizando os recursos gráficos dispostos nesses. (D5) • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros literários. • Identificar os fatores de textualidade. • Reformular as hipóteses pré-estabelecidas. • Construir sínteses do que foi lido. • Diferenciar partes principais e secundárias dos textos. (D9) • Fazer aproximações entre o texto lido, o conheci157 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. tamento de hipóteses; abordagem das relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação de tempos (cronológico e psicológico), bem como da utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de assuntos; tradução de imagens e símbolos; diferenças entre partes principais e secundárias dos textos. Elementos que constituem os gêneros textuais. Tipos de textos: narração, descrição, dissertação e injunção. A semântica: sinonímia, homonímia, heteronímia, polissemia. Denotação e conotação. A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos textos verbais e não verbais. Leitura compreensiva e interpretativa. Ampliação vocabular. Variedades linguísticas. Os fatores de textualidade: coerência, coesão, situacionalidade, aceitabilidade, informatividade, intertextualidade e intencionalidade. O sentido dos vocábulos nos dicionários e os assumidos nos textos. • • • • • • • • • • • • • • • • • CONTEÚDOS Eixo Temático III: Conhecimento e Domínio de Textos Literários 1. Gêneros literários propostos para lei- mento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico. Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas; informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos. (D1 e D4) Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias. (D3 e D6) Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos. Identificar a partir das conjunções e de outras expressões: as relações de causa e consequência; de tempo; de modo; de adversidade; de proporcionalidade; de comparação; de localização; de temporalidade; de concessão; de adição; de explicação; entre outras. (D11) Distinguir: fatos de opiniões. (D14) Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas. (D16) Conhecer as especificidades de cada tipo textual. Reconhecer o entrelaçamento dos tipos textuais, a partir da leitura de textos. Identificar o efeito de sentido produzido no texto, decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. (D19) Ler textos com autonomia. Praticar exercícios de compreensão textual. Realizar pesquisas complementares em dicionários, enciclopédias, internet, etc. Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos. Ampliar o vocabulário pessoal, a partir do conhecimento de novas palavras e expressões. Conhecer as variedades de uso da língua portuguesa. Reconhecer, nos textos, as marcas dos fatores de textualidade. HABILIDADES • Ler, refletir e analisar os gêneros literários propostos. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) 158 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. tura, reflexão e análise: contos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas, letras musicais, gêneros literários orais. Construção das condições de produção e recepção dos gêneros literários propostos: contexto, autoria, interlocutor, finalidade, lugar, momento, entre outros. Elementos constitutivos da organização dos gêneros literários: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, formatos que caracterizam os padrões organizacionais e estruturais dos gêneros. Estudo dos textos literários estruturados em prosa. Estudo dos textos estruturados em verso. O texto narrativo: tipos narradores, de enredo, de tempo, os personagens, cenários, discursos, clímax. Recursos da linguagem poética. Entrelaçamento da narração com a descrição. Intertextualidade temática. A literatura mineira, norte-mineira e de Montes Claros. A literatura brasileira e universal. CONTEÚDOS Eixo IV: Conhecimentos Linguísticos aplicados ao Texto 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Acentuação de palavras. Ortografia. Divisão de sílabas. Paragrafação. Margens e translineação. Uso da norma padrão. Sinais de pontuação. Frase: estrutura e tipos. Letra e fonema; encontros vocálicos e consonantais; dígrafos; dífonos; sílaba. 10. Categorias morfossintáticas: substantivo; adjetivo; artigos; numeral; verbo (modos indicativo, subjuntivo e imperativo); interjeição; introdução • Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos. • Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguístico, expressivos, textuais, entre outros. • Conhecer as teorias que fundamentam os textos estruturados em prosa e verso. • Conhecer os elementos que compõem o texto narrativo. (D10) • Identificar o efeito de sentido produzido em um texto literário, decorrente: do uso de pontuação expressiva; de determinada palavra ou expressão. (D17) • Inferir o efeito de sentido produzido em um texto literário, decorrente da exploração de recursos gráficos, ortográficos e morfossintáticos. (D19) • Entrelaçar narração e descrição. • Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários. • Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo. • Valorizar a literatura produzida em Minas Gerais, no Norte de Minas e em Montes Claros. • Valorizar a literatura produzida no Brasil e no mundo. HABILIDADES • Adquirir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema linguístico relevante para as práticas de escuta, leitura e produção de textos. • Acentuar corretamente as palavras. • Identificar e diferenciar os modos e os tempos verbais, percebendo os significados assumidos por eles dentro dos textos. • Classificar as palavras pelo número de sílabas e pela tonicidade, a fim de solucionar problemas de acentuação. • Resolver problemas de ortografia ou de pontuação, em determinado enunciado, aplicando os conhecimentos da norma padrão da língua portuguesa. • Consultar o dicionário e a gramática tradicional para resolver problemas relativos à análise e descrição gramatical, à análise e compreensão de textos, à produção de seu próprio texto. 159 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 11. 12. 13. 14. ao pronome. Uso de dicionário e gramática. Variação linguística. A linguagem coloquial. Regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões e gírias. • Conhecer e identificar as variações linguísticas, reconhecendo a peculiaridade de cada uma delas, bem como as suas marcas, tais como: históricas, sociais, culturais, geográficas, etc. • Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. (D13) CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático V: Produção de Textos • Produzir textos de acordo com as características de cada tipo textual e suas finalidades. (D12) • Adequar a linguagem, ao contexto sociocomunicativo da produção textual. • Utilizar procedimentos para a elaboração do texto: estabelecer o tema; pesquisar ideias, contextualizar e estruturar os argumentos. • Utilizar e pensar sobe os fatores de textualidade na hora da escrita de textos. • Manter, na produção do texto, a continuidade do tema e ordenação de suas partes. • Desenvolver os tópicos e informações do texto em relação ao tema e pontos de vista assumidos. • Selecionar e adequar o léxico ao tema escolhido. • Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. • Utilizar os conhecimentos de pontuação e acentuação de palavras na produção de textos. • Utilizar os diversos tipos de discursos, reconhecendo seus efeitos na produção textual. • Realizar revisão dos textos produzidos. 1. Produção dos mais variados gêneros textuais: cartões, carta, recados, bilhetes, e-mail, relatos, resumos, contos, paródias, paráfrase, letras de músicas, quadrinhos, entre outros. 2. Estruturação textual: título, subtítulo, parágrafos, estrofes, versos. 3. Tipos de discursos. 4. Utilização de recursos estilísticos: seleção lexical, aspectos figurativos e ilustrativos. 5. Estabelecimento de temáticas. 6. Aplicação dos fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, interterxtualidade e aceitabilidade. 7. Escrita de palavras e pontuação de acordo com a norma padrão de escrita. 8. Revisão textual. 7° ANO CONTEÚDOS Eixo temático I: Oralidade 1. Linguagem e cultura. 2. A língua falada como símbolo de cultura e identidade. 3. Gêneros discursivos orais e suas peculiaridades. 4. A verbalização de opiniões e conhe- HABILIDADES • Compreender a fala como instrumento e manifestação cultural de um povo. • Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade de cada um. • Conhecer os gêneros discursivos orais e suas particularidades. • Verbalizar, frente às questões levantadas, opiniões e conhecimentos. 160 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros cimentos. 5. Processos de interação e comunicação social: a prática de leitura e debate. 6. Uso da linguagem verbal: objetivos, regras e estratégias. 7. Padrões linguísticos de maior prestígio social. 8. O uso da linguagem nas mais diversas ocasiões sociais e suas estratégias de aplicação. 9. Escuta orientada de textos. 10. A paralinguagem. • Ler textos em voz alta (poemas e narrações), bem como realizar debates de ideias. • Otimizar, em situações de fala planejada, o uso de vocabulário e de estruturas sintáticas mais complexas. • Escutar a fala do outro. • Identificar os diversos recursos utilizados na fala e suas finalidades. • Expor trabalhos oralmente. • Utilizar os recursos da paralinguagem na construção da fala. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo temático II: Leitura e Compreensão Textual 1. Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos, histórias em quadrinhos, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas de curiosidades, cartões, cartas pessoais, bilhetes, e-mails, resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, textos não verbais (fotos, imagens), contos, contos de fada, lendas, romances, fábulas, novelas, poemas, letras de música, entre outros. 2. Abordagem e contextualização do tema; discussão do conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação dos tempos (cronológico e psicológico), bem como da utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de assuntos; tradução de imagens e símbolos; diferenças entre partes principais e secundárias dos textos. 3. Elementos que constituem cada gênero textual e suas especificidades. 4. Tipos de textos: narração, descrição, dissertação e injunção. 5. A semântica: sinonímia, homonímia, heteronímia, polissemia. 6. Denotação e conotação. • Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Interpretar textos utilizando os recursos gráficos dispostos nesses. (D5) • Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles. • Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros literários. • Diferenciar partes principais e secundárias dos textos. (D9) • Identificar os fatores de textualidade. • Reformular as hipóteses pré-estabelecidas. • Construir sínteses do que foi lido. • Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido. • Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico. (D3) • Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas; informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos. (D1 e D4) • Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias. (D3 e D6) • Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos. 161 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 7. A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos textos verbais e não verbais. 8. Leitura compreensiva e interpretativa. 9. Ampliação vocabular. 10. Variedades linguísticas. 11. Os fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 12. Instrumentos de suporte à leitura: jornais, revistas, folhetos, livros, internet, bulas de remédio, leis, etc. • Identificar a partir das conjunções e de outras expressões: as relações de causa e consequência; de tempo; de modo; de adversidade; de proporcionalidade; de comparação; de localização; de temporalidade; de concessão; de adição; de explicação; entre outras. (D11) • Distinguir: fatos de opiniões. (D14) • Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas. (D16) • Conhecer as especificidades de cada tipo textual. • Reconhecer o entrelaçamento dos tipos textuais, a partir da leitura de textos. • Identificar o efeito de sentido produzido no texto decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. (D19) • Ler textos com autonomia. • Praticar exercícios de compreensão textual. • Realizar pesquisas complementares em dicionários, enciclopédias, internet, etc. • Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos. • Ampliar o vocabulário pessoal, a partir do conhecimento de novas palavras e expressões. • Conhecer as variedades de uso da Língua Portuguesa. • Reconhecer, nos textos, as marcas dos fatores de textualidade. • Utilizar materiais de suporte à leitura. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo temático III: Conhecimento e Domínio de Textos Literários 1. Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: contos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas, letras musicais, gêneros literários orais. 2. Construção das condições de produção e recepção dos gêneros literários propostos: contexto, autoria, interlocutor, finalidade, lugar, momento, entre outros. 3. Elementos constitutivos da organização dos gêneros literários: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, formatos que caracterizam os padrões • Ler, refletir e analisar os gêneros literários propostos. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos. • Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, entre outros. • Conhecer as teorias que fundamentam os textos estruturados em prosa e verso. • Interagir e posicionar-se dentro do diálogo. • Identificar os elementos do teatro. • Participar de projetos coletivos de dramatização. • Identificar o efeito de sentido produzido em um texto literário, decorrente: do uso de pontuação expressiva; de determinada palavra ou expressão. (D17 162 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. organizacionais e estruturais dos gêneros. Estudo de textos literários estruturados em prosa. Estudo de textos estruturados em verso. O diálogo. O teatro e sua representação. Elementos da estrutura dos textos poéticos. Recursos estilísticos do texto literário. Dramatização. Recursos da linguagem poética. Intertextualidade temática. A literatura mineira, norte-mineira e de Montes Claros. A literatura brasileira e universal. CONTEÚDOS Eixo temático IV: Conhecimentos Linguísticos aplicados ao texto 1. Variação linguística: aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos. 2. Variantes linguísticas de pronúncia, de uso de palavras, de flexões, entre outros. 3. Relações lógico-discursivas decorrentes do uso das conjunções, advérbios e outras palavras/locuções. 4. Elementos de coesão e coerência textual. 5. Tipos de discurso. 6. Tipos de pronome. 7. Verbo: regulares, irregulares, auxiliares, formas nominais. 8. Advérbio e suas locuções. 9. Preposição. 10. Pontuação: a expressiva e seu uso no discurso direto. 11. Ortografia: uso das maiúsculas e das minúsculas; acentuação. • • • • e D18) Inferir o efeito de sentido produzido em um texto literário, decorrente da exploração de recursos gráficos, ortográficos e morfossintáticos. (D19) Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo. Valorizar a literatura produzida em Minas Gerais, no Norte de Minas e em Montes Claros. Valorizar a literatura produzida no Brasil e no mundo. HABILIDADES • Perceber e avaliar os valores e os preconceitos atribuídos a determinados modos de utilizar a língua, em função da variação linguística. • Construir um acervo de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários para a análise e reflexão linguística, delimitação e identificação de unidades linguísticas, para compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e as funções discursivas associadas a elas no contexto. • Estabelecer relações de sentidos a partir da presença das conjunções, advérbios, e outras palavras/expressões. (D15) • Utilizar os elementos de coesão e coerência para boa escrita do texto. • Conhecer os discursos direto, indireto e indireto livre. • Conhecer e utilizar corretamente os pronomes. • Compreender as inúmeras possibilidades de se utilizar os verbos. • Conhecer a função exercida pelos advérbios e preposições. • Utilizar a pontuação expressiva no discurso direto. • Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. (D13) • Identificar e comparar os fenômenos linguísticos observados na fala e na escrita. • Usar corretamente as maiúsculas e minúsculas. 163 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Acentuar corretamente as palavras. • Reconhecer as marcas linguísticas dos: anafóricos, de tempo, operadores de argumentação, entre outros. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo temático V: Produção de Textos • Produzir textos de acordo com as características de cada gênero textual e suas finalidades. (D12) • Utilizar procedimentos para a elaboração do texto: estabelecer o tema; pesquisar ideias. Contextualizar e estruturar os argumentos. • Utilizar e pensar sobre os fatores de textualidade na hora da escrita de textos. • Manter, na produção do texto, a continuidade do tema e ordenação de suas partes. • Desenvolver os tópicos e informações do texto em relação ao tema e pontos de vista assumidos. • Selecionar e adequar o léxico com o tema escolhido. • Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. • Utilizar os conhecimentos de pontuação e acentuação de palavras na produção de textos. • Utilização dos tipos de discursos, reconhecendo seus efeitos na produção textual. • Realizar revisão dos textos produzidos. 1. Produção dos mais variados gêneros textuais: cartões, carta, recados, bilhetes, e-mail, relatos, resumos, contos, paródias, paráfrase, letras de músicas, quadrinhos, charges, entre outros. 2. Paráfrase e paródia. 3. Produção e descrição de cenários e personagens. 4. Elementos de coesão: pontuação, conectivos, expressões de tempo e causalidade, substituição lexicais, anafóricos. 5. Utilização de recursos morfossintáticos: manutenção do tempo verbal, uso de pronomes, flexão de palavras, concordância nominal e verbal (regras básicas). 6. Os tipos textuais: narração e descrição. 7. Tipos de linguagem. 8. Tipos de discursos. 9. Estabelecimento de temáticas. 10. Utilização de: títulos, subtítulos, parágrafos, versos, estrofes, entre outros elementos. 11. Escolhas estilísticas (elementos lexicais, figurativos e ilustrativos). 12. Aplicação dos fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 13. Escrita de palavras e pontuação de acordo com a norma padrão de escrita. 14. Revisão textual. 164 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 8° ANO CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático I: Oralidade 1. Processos de interação social e comunicação. 2. Língua falada e ideologia. 3. A variedade do português falado. 4. A língua falada: patrimônio cultural dos povos. 5. Variantes linguísticas: a utilização da língua falada, nas mais diversas situações comunicativas. 6. O uso da língua falada: objetivos, regras e estratégias. 7. Gêneros discursivos orais. 8. Situações de escuta e prática da fala planejada e não planejada. 9. O contexto dos atos da fala e os interlocutores: a progressão do tema no discurso e os recursos de sustentação (paralinguagem). CONTEÚDOS Eixo Temático II: Compreensão Textual • Utilizar a língua falada como instrumento de interação e comunicação social. • Descobrir a língua falada como manifestação cultural dos povos, bem como notar sua utilização como forma de construção de ideias, opiniões, ideologias, etc. • Reconhecer e respeitar as diferentes maneiras que as pessoas utilizam o português falado. • Valorizar a língua falada como patrimônio cultural. • Conhecer as variações no uso do português falado, sendo capaz de adequar a fala às diversas situações comunicativas. • Conhecer os objetivos da fala planejada e utilizar os seus recursos e estratégias. • Conhecer e trabalhar com os gêneros discursivos da oralidade. • Escutar e praticar situações planejadas e não planejadas de fala, percebendo e utilizando seus recursos. • Perceber a construção do discurso a partir do interlocutor e ser capaz de utilizar os recursos de apoio à fala, como forma de sustentação do discurso. HABILIDADES Leitura e 1. Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: romances, críticas literárias, relatos, histórias em quadrinhos, manuais, artigos de opinião, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas de curiosidades, textos vinculados a ambientes virtuais, resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, textos não verbais (fotos, imagens), romances, charges, cartuns, editoriais, novelas, poemas, letras de música, entre outros. 2. Estratégias de leitura e compreensão textual: explicitação do conteúdo implícito. • Ler, compreender e analisar os variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Interpretar textos utilizando os recursos gráficos dispostos nesses. (D5) • Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos textos, a partir do conhecimento das características dos gêneros, da biografia do autor, do contexto, sobre: o conteúdo textual, a forma, a finalidade, entre outros. • Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles. • Reconhecer a tese ou assunto principal de um texto. (D7) • Estabelecer relação de sentido entre a tese ou assunto principal de um texto com os argumentos utili165 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 3. Abordagem e contextualização do tema; discussão do conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação dos (tempos cronológico e psicológico), bem como da utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de assuntos; tradução de imagens e símbolos; diferenças entre partes principais e secundárias dos textos. 4. Elementos que constituem os gêneros textuais e suas especificidades. 5. Tipos de textos: narração, descrição, dissertação e injunção. 6. A semântica: sinonímia, homonímia, heteronímia, polissemia. 7. Denotação e conotação. 8. A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos textos verbais e não verbais. 9. Leitura compreensiva e interpretativa. 10. Ampliação vocabular. 11. Variedades linguísticas. 12. Os fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 13. Pontos de vista do autor e narrador. 14. Condições culturais, sociais e políticas em que os textos são produzidos e as diferentes posições, opiniões e posicionamentos em relação a um mesmo assunto ou tema de um ou de textos comparados. 15. Reconstrução dos sentidos. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • zados para sua sustentação. (D8) Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros literários. Diferenciar partes principais da secundária dos textos. (D9) Identificar os fatores de textualidade. Reformular as hipóteses pré-estabelecidas. Construir sínteses do que foi lido. Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico. Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas; informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos. Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias. (D3 e D6) Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos. Identificar a partir das conjunções e de outras expressões: as relações de causa e consequência; de tempo; de modo; de adversidade; de proporcionalidade; de comparação; de localização; de temporalidade; de concessão; de adição; de explicação; entre outras. (D11) Distinguir: fatos de opiniões. (D14) Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas. (D16) Conhecer as especificidades de cada tipo textual. Reconhecer o entrelaçamento dos tipos textuais, a partir da leitura de textos. Identificar o efeito de sentido produzido, no texto, decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. (D19) Ler textos com autonomia. Praticar exercícios de compreensão textual. Realizar pesquisas complementares em dicionários, enciclopédias, internet, etc. Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos. Ampliar o vocabulário pessoal, a partir do conhecimento de novas palavras e expressões. Conhecer as variedades de uso da Língua Portuguesa. Reconhecer, nos textos, as marcas dos fatores de tex166 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros tualidade. • Diferenciar pontos de vista nos textos (autor X narrador (eu - lírico). • Reconhecer as maneiras distintas de se processar uma informação apresentada em textos que tratam do mesmo assunto, em função de sua origem e das condições do receptor. (D20 e D21) • Reconstruir sentidos a partir do conhecimento de mundo e de outras referências. CONTEÚDOS Eixo Temático III: Conhecimento e Domínio de Textos Literários 1. Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: contos, crônicas, romances, poemas, teatro, letras de músicas, paródias, gêneros literários orais. 2. Construção das condições de produção e recepção dos gêneros literários propostos: contexto, autoria, interlocutor, finalidade, lugar, momento, entre outros. 3. Elementos constitutivos da organização dos gêneros literários: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, formatos que caracterizam os padrões organizacionais e estruturais dos gêneros. 4. Estudo de textos literários estruturados em prosa. 5. Estudo de textos estruturados em verso. 6. Crítica literária. 7. Semântica: sinônimos, antônimos, homônimos, polissemia, conotação, denotação. 8. Valores produzidos no texto: pela denotação e conotação; ambiguidades; ironias; opiniões; implícitos e subentendidos. 9. Intertextualidade temática. 10. A literatura mineira, norte-mineira e de Montes Claros. 11. A literatura brasileira e universal. HABILIDADES • Ler, refletir e analisar os gêneros literários propostos. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos. • Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguístico, expressivos, textuais, entre outros. • Estudo das teorias que fundamental os textos estruturados em prosa e verso. • Realizar leitura de resenhas, ensaios e críticas dos textos literários lidos. • Reconhecer nos textos lidos os diversos sentidos construídos, pelo uso dos elementos da semântica. (D18) • Descobrir as marcas textuais da denotação, da conotação, de ambiguidade, da ironia, das opiniões, dos implícitos e subentendidos. (D16) • Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários. • Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo. • Valorizar a literatura produzida em Minas Gerais, no Norte de Minas e em Montes Claros. • Valorizar a literatura produzida no Brasil e no mundo. 167 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros CONTEÚDOS Eixo Temático IV: Conhecimentos Linguísticos aplicados ao Texto 1. Variantes linguísticas contextualizadas. 2. Marcas linguísticas do coloquialismo. 3. Níveis de registro da língua: formal e informal. 4. Os sentidos produzidos pelo uso dos tempos e modos verbais. 5. Relações lógico-discursivas devido ao uso de conjunções e preposições. 6. Processos de coesão e coerência textual. 7. Conotação e denotação. 8. Morfossintaxe: termos essenciais da oração (sujeito e predicado); termos integrantes da oração (objetos, complemento nominal e agente da passiva); termos acessórios da oração (adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo). 9. Frase, oração e período. 10. Período simples: oração absoluta. 11. Transitividade verbal. 12. Predicação verbal. 13. Uso dos porquês. 14. Colocação pronominal. CONTEÚDOS Eixo Temático V: Produção de Textos 1. Produção dos mais variados gêneros textuais: cartões, carta, recados, bilhetes, e-mail, relatos, resumos, contos, paródias, paráfrase, letras de músicas, quadrinhos, charges, entre outros. 2. O texto dissertativo: tese, intenção do autor, argumentos, contra-argumento, conclusões. 3. Elaboração e divulgação de projetos de pesquisa. HABILIDADES • Perceber e avaliar as variações linguísticas dentro dos textos, levando em conta suas contextualizações. • Verificar nos textos as marcas do coloquialismo. • Identificar os níveis de registro da língua, observando as situações comunicativas em que cada nível é mais adequado. • Conhecer os tempos e modos verbais, bem como os efeitos produzidos pelo uso desses. • Conhecer elementos que garantem coesão ao texto. • Estabelecer relações lógicas entre partes do texto, a fim de notar como os elementos de coesão e coerência favorecem sua compreensão e sentido global. (D2) • Adquirir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema linguístico relevante para as práticas de escuta, leitura e produção de textos. • Construir um acervo de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários para a análise e reflexão linguística, delimitação e identificação de unidades linguísticas, para compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e as funções discursivas associadas a elas no contexto. • Conhecer a correta disposição dos pronomes no texto. HABILIDADES • Produzir textos de acordo com as características de cada gênero textual e suas finalidades. (D12) • Produzir textos dissertativos, a fim de defender opiniões e pontos de vista. • Elaborar projetos de pesquisa e expor os resultados. • Utilizar os elementos coesivos na escrita dos textos. • Aplicar aos textos os recursos morfossintáticos. • Desenvolver os tópicos e informações do texto em relação ao tema e pontos de vista assumidos. • Selecionar e adequar o léxico ao tema escolhido. • Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. • Utilizar e pensar sobe os fatores de textualidade na 168 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 4. Elementos de coesão: pontuação, conectivos, expressões de tempo e causalidade, substituição lexicais, anafóricos. 5. Utilização de recursos morfossintáticos: manutenção do tempo verbal, uso de pronomes, flexão de palavras, concordância nominal e verbal. 6. Seleção vocabular. 7. Princípios gerais de concordância verbal. 8. Aplicação dos fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 9. Escrita de palavras e pontuação de acordo com a norma padrão de escrita. hora da escrita de textos. • Utilizar os conhecimentos gerais de concordância verbal. 9° ANO CONTEÚDOS Eixo temático I: Oralidade 1. Linguagem e comunicação. 2. Língua falada e ideologia. 3. Identidade e diversidade do português falado. 4. O uso da língua falada: objetivos, regras e estratégias. 5. Gêneros discursivos orais: debates e entrevistas. 6. Normas regulamentadoras do discurso. 7. Seminário. 8. Verbalização de opiniões e comentários. 9. Dramatização. 10. Contextualização da fala em relação ao interlocutor. HABILIDADES • Entender a fala como maneira de se utilizar a língua e a importância de se dominar suas estruturas e recursos nos processos de comunicação social. • Descobrir a língua falada como manifestação cultural dos povos, bem como notar sua utilização como forma de construção de ideias, opiniões, ideologias, etc. • Conhecer as mais diversas maneiras que o Português falado é utilizado e as variações de maior prestígio social. • Ser capaz de adequar sua fala aos diversos contextos sociocomunicativos. • Respeitar e valorizar as diferentes maneiras que a língua falada é utilizada. • Conhecer os objetivos da fala planejada e utilizar os seus recursos e estratégias. • Realizar debates e entrevistas em sala de aula. • Conhecer as normas que regulam o processo discursivo, levando em conta o contexto de produção e recepção: saber ouvir sem interromper; interromper na hora correta; ordenar as ideias; progredir com o pensamento; mensurar o tempo disponível; entre outros. 169 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Apresentar trabalhos oralmente para públicos maiores, utilizando os variados recursos didáticos. • Posicionar-se verbalmente em relação às questões levantadas, deixando evidente seu ponto de vista. • Apresentar trabalhos de dramaturgos, utilizando a linguagem oral de maneira expressiva. • Adequar a fala ao seu interlocutor. CONTEÚDOS Eixo temático II: Leitura e Compreensão Textual 1. Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: romances, críticas literárias, relatos, histórias em quadrinhos, manuais, artigos de opinião, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas de curiosidades, textos vinculados a ambientes virtuais, resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, textos não verbais (fotos, imagens), romances, charges, cartuns, editoriais, novelas, poemas, letras de música, entre outros. 2. Estratégias de leitura e compreensão textual: explicitação do conteúdo implícito. 3. Abordagem e contextualização do tema; discussão do conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação dos tempos (cronológico e psicológico), bem como da utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de assuntos; tradução de imagens e símbolos; diferenças entre partes principais e secundárias dos textos. 4. Elementos que constituem cada gênero textual e suas especificidades. 5. Tipos de textos: narração, descrição, dissertação e injunção. 6. A semântica: sinonímia, homonímia, heteronímia, polissemia. 7. Denotação e conotação. 8. A expressividade e os aspectos estilísticos contidos presentes nos textos verbais e não verbais. HABILIDADES • Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Interpretar textos utilizando os recursos gráficos dispostos nesses. (D5) • Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos textos, a partir do conhecimento das características dos gêneros, da biografia do autor, do contexto, sobre: o conteúdo textual, a forma, a finalidade, entre outros. • Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles. • Reconhecer a tese ou assunto principal de um texto. (D7) • Estabelecer relação de sentido entre a tese ou assunto principal de um texto com os argumentos utilizados para sua sustentação. (D8) • Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros literários. • Diferenciar partes principais e secundárias dos textos. (D9) • Identificar os fatores de textualidade. • Reformular as hipóteses pré-estabelecidas. • Construir sínteses do que foi lido. • Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido. • Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico. • Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas; informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos. • Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias. (D3 e D6) 170 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 9. Leitura compreensiva e interpretativa. 10. Ampliação vocabular. 11. Variedades linguísticas. 12. Os fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 13. Construção da argumentação. 14. Processos persuasivos. 15. O discurso metafórico e o irônico. 16. Condições culturais, sociais e políticas em que os textos são produzidos e as diferentes posições, opiniões e posicionamentos em relação a um mesmo assunto ou tema de um ou de textos comparados. 17. Reconstrução dos sentidos. 18. Leitura crítica. • Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos. • Identificar a partir das conjunções e de outras expressões: as relações de causa e consequência; de tempo; de modo; de adversidade; de proporcionalidade; de comparação; de localização; de temporalidade; de concessão; de adição; de explicação; entre outras. (D11) • Distinguir fatos de opiniões. (D14) • Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas. (D16) • Conhecer as especificidades de cada tipo textual. • Reconhecer o entrelaçamento dos tipos textuais, a partir da leitura de textos. • Identificar o efeito de sentido produzido, no texto, decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. (D19) • Ler textos com autonomia. • Praticar exercícios de compreensão textual. • Realizar pesquisas complementares em dicionários, enciclopédias, internet, etc. • Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos. • Ampliar o vocabulário pessoal, a partir do conhecimento de novas palavras e expressões. • Conhecer as variedades de uso da língua portuguesa. • Reconhecer, nos textos, as marcas dos fatores de textualidade. • Identificar nos textos a construção dos processos argumentativos e persuasivos. • Reconhecer os processos metafóricos e irônicos nos textos. • Reconhecer as maneiras distintas de se processar uma informação apresentada em textos que tratam do mesmo assunto, em função de sua origem e das condições do receptor. (D20 e D21) • Avaliar criticamente os discursos, confrontar opiniões e estabelecer pontos de vista. • Realizar leitura crítica. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo temático III: Conhecimento e Domínio de Textos Literários 1. Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: contos, crônicas, romances, poemas, teatro, le- • Ler, refletir e analisar os gêneros literários propostos. • Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. (D12) • Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos. 171 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. tras e músicas, paródias, gêneros literários orais. Construção das condições de produção e recepção dos gêneros literários propostos: contexto, autoria, interlocutor, finalidade, lugar, momento, entre outros. Elementos constitutivos da organização dos gêneros literários: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, formatos que caracterizam os padrões organizacionais e estruturais dos gêneros. Estudo de textos literários estruturados em prosa. Estudo de textos estruturados em verso. Poemas: uso do espaço e da forma nos textos poéticos. Introdução a figuras de linguagem. Elementos de intencionalidade implícita: humor, sentido figurado, valores e preconceitos. Intertextualidade. Intertextualidade temática. A literatura mineira, norte-mineira e de Montes Claros. A literatura brasileira e universal. CONTEÚDOS Eixo Temático IV: Conhecimentos Linguísticos aplicados ao Texto 1. Tipos de linguagem e suas funções: conotativa, denotativa, emotiva, apelativa, poética e fática. 2. Marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor. 3. Intenções do uso das gírias e expressões coloquiais. 4. Processos de coesão: relações e substituições, causa e consequência, relações morfossintáticas, anaforismos, pronomes demonstrativos, relativos e oblíquos. 5. Progressão temática pela mudança de locutor, parágrafos, subtítulos, estrofes e versos. • Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, entre outros. • Conhecer as teorias que fundamentam os textos estruturados em prosa e verso. • Utilizar os recursos espaciais, bem como os elementos formais, na elaboração de poemas. • Utilizar as figuras de linguagem, para dar expressividade aos textos, bem como notá-las na hora da leitura de textos literários. • Ser capaz de notar nos textos as informações implícitas, carregadas de: humor, ironia, preconceitos, valores, sentido figurado. (D4) • Reconhecer as intertextualidades existentes nos textos. • Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários. • Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo. • Valorizar a literatura produzida em Minas Gerais, no Norte de Minas e em Montes Claros. • Valorizar a literatura produzida no Brasil e no mundo. HABILIDADES • Conhecer os tipos de linguagem e suas funções. • Reconhecer as marcas textuais que evidenciam o locutor e o interlocutor. (D13) • Estabelecer as possíveis intenções do autor/narrador ao utilizar gírias e expressões coloquiais. • Estabelecer a relação existente entre as partes dos textos, em função do uso dos elementos coesivos. (D2) • Construir um acervo de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários para a análise e reflexão linguística, delimitação e identificação de unidades linguísticas para compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e as funções discursivas associadas a elas no contexto. • Consultar o dicionário e a gramática tradicional para resolver problemas relativos à análise e descrição gramatical, à análise e compreensão de textos, à produção de seu próprio texto. 172 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 6. Uso de dicionários e gramáticas normativas. 7. Paráfrase e paródia. 8. Estrutura e formação das palavras. 9. Sentidos figurados, conotações, ambiguidades, ironias, opiniões, valores, intenções explícitas e implícitas. 10. Emprego dos pronomes. 11. Pontuação. 12. Concordância verbal e nominal. 13. Regência verbal. 14. Relações de subordinação e coordenação. 15. Orações coordenadas e suas conjunções. 16. Orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais. 17. Sinal de crase. • Reconhecer e produzir paráfrases e paródias a partir de textos e letras musicais. • Conhecer a estrutura e os processos de formação de palavras. • Notar os diversos sentidos construídos nos textos, devido ao uso dos diversos recursos sintáticos, semânticos e estilísticos. (D16, D17, D18 e D19) • Empregar corretamente os pronomes nos textos. • Reconhecer a finalidade do uso da crase. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo temático V: Produção de Textos • Produzir textos a partir dos diferentes gêneros textuais e suas finalidades. (D12) • Produzir textos oficiais. • Conhecer e construir propagandas. • Elaborar projetos de pesquisas e realizar pesquisas em grupo. • Utilizar outros recursos como suporte do texto escrito. • Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção. • Utilizar os conhecimentos de pontuação e acentuação de palavras na produção de textos. • Dividir o texto em unidades menores de sentido. • Utilizar os elementos coesivos nos textos. • Utilizar os recursos morfossintáticos. • Organizar os textos com: título, subtítulos, parágrafos, versos, estrofes. • Escolher os elementos estilísticos mais adequados a cada tipo ou gênero textual. • Utilizar os fatores de textualidade nas produções de textos. • Realizar revisão dos textos escritos. 1. Produção de textos de diferentes gêneros textuais: narrativos ficcionais, narrativos de experiências, dissertativos, argumentativos, epistolares, poemas, letras de música, quadrinhos, charges, dramas, paráfrases, paródias, etc. 2. Princípios da redação oficial: ofício, memorando, convite, relatório, currículo e formulário. 3. Propagandas. 4. Elaboração de projetos e formação de grupos de pesquisa. 5. Complementação do texto escrito: uso de gráficos, tabelas e dados. 6. Fragmentação do texto em frases, orações, períodos e parágrafos. 7. Elementos de coesão: pontuação, conectivos, expressões de tempo e causalidade, substituição lexicais, anafóricos. 8. Utilização de recursos morfossintáticos: manutenção do tempo verbal, uso de pronomes, flexão de palavras, 173 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros concordância nominal e verbal. 9. Utilização de: títulos, subtítulos, parágrafos, versos, estrofes, entre outros elementos. 10. Escolhas estilísticas (elementos lexicais, figurativos e ilustrativos). 11. Aplicação dos fatores de textualidade: coesão, coerência, situacionalidade, intencionalidade, informatividade, intertextualidade e aceitabilidade. 12. Escrita de palavras e pontuação de acordo com a norma padrão de escrita. 13. Revisão textual. 174 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 175 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros MATEMÁTICA INTRODUÇÃO O ensino da Matemática pressupõe três campos de estudo: a aritmética, a geometria e a álgebra, os quais estão relacionados, respectivamente, aos números e às operações possíveis entre eles, às formas planas e espaciais que podem ocupar o espaço e suas propriedades e à manipulação simbólica das equações, suas operações e generalizações. Assim, o conhecimento matemático desenvolve abstração, organização mental, raciocínio lógico quantitativo e geométrico, inserindo o aluno na dinâmica das diversas ciências, respondendo à demanda social crescente por indivíduos capazes de empreender novas técnicas com autonomia para tomada de decisões. A história da Matemática indica que é imprescindível para o homem relacionar-se por meio dos números, dentro das diversas situações sociais em que ele está inserido. O processo de ensino-aprendizagem das habilidades matemáticas engloba resolução de problemas através de cálculo mental e escrito, levantamento de hipóteses, interpretação gráfica, pensamento lógico e probabilidades, preparando o aluno para as diversas formas de leitura do mundo, favorecendo a aquisição das competências sociais ao longo do processo construtivo do conhecimento matemático, desenvolvendo a capacidade de organização de ideias. Dessa maneira, os conteúdos e as habilidades adquiridas pelos alunos, são determinantes na formação da cidadania ativa e crítica e possibilitarão significativas mudanças em seu comportamento social. No ensino da Matemática, o aluno precisa perceber o vínculo dos conteúdos abordados com as situações do cotidiano, propiciando o surgimento de atitudes ativas, como a busca de resultados, minimizando as reações de insegurança e desinteresse, que são características da adolescência. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, cabe considerar que os alunos têm enfrentado algumas dificuldades em aprender a matemática devido ao fato de, progressivamente, o ensino ir se afastando das questões concretas e práticas, as quais são prazerosas pela proximidade de seu cotidiano, e ir se aproximando de situações abstratas, as 176 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros quais os educandos têm maiores dificuldades no aprendizado. Assim, o professor deve preocupar-se em tornar o ensino dos conteúdos, por mais abstratos que sejam, em algo prazeroso, estimulante, que propicie conhecimentos que contribuam para o enriquecimento e aperfeiçoamento intelectual. O matemático Georg Polya, um dos criadores da metodologia de resolver problemas, aponta em sua obra A arte de resolver problemas qual o caminho os professores podem seguir, a fim de estimular a curiosidade e o desejo de aprender matemática: Se ele (o professor) preenche o tempo [...] a exercitar seus alunos em operações rotineiras, aniquila o interesse e tolhe o desenvolvimento mental dos estudantes [...]. Mas se ele desafiar a curiosidade dos alunos, apresentando-lhe problemas compatíveis com os conhecimentos destes, auxiliando-os por meio de indagações estimulantes, poderá incutir-lhes o gosto pelo raciocínio independente [...]. O problema pode ser modesto, mas se ele desafiar a curiosidade e puser em jogo as faculdades inventivas, quem o resolver por seus próprios meios experimentará a tensão e gozará o triunfo da descoberta. (POLYA, 1978 apud CENTURION, JAKUBOVIC, 2010) Desafiadora é a busca por uma educação matemática que desenvolva o raciocínio e a compreensão, em substituição a um aprendizado baseado na mera memorização e sem sentido, que vem sendo largamente praticado há séculos. É necessário que o professor esteja aberto ao uso das novas tecnologias, que estão voltadas para uma abordagem lúdica (como os jogos digitais), que transforme a sala de aula em ambiente de pesquisa e comunicação, considerando que a metodologia de pesquisa estimula o pensamento crítico. Existem diversidades nas formas de se interpretar uma situação-problema, mas é importante ressaltar que os métodos utilizados para a solução desses, convergem para uma mesma resposta, independente das várias interpretações e estratégias. A obtenção da resposta independe das diferentes realidades culturais e do tempo cronológico, já que o conhecimento matemático nos aproxima, considerando todas as possibilidades para se obter um resultado único. A Proposta Curricular de Matemática foi construída com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais, no Conteúdo Básico Comum de Minas Gerais, em Matrizes Curriculares de outros municípios e traz uma relação de conteúdos e suas respectivas habilidades, a serem adquiridas durante os Anos Finais do Ensino Fundamental. Assim, conteúdos e habilidades estão dispostos de maneira prática, por ano de escolaridade, distribuídos em eixos temáticos que visam facilitar o trabalho do professor. São eles: • Números e Operações; 177 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Álgebra; • Espaço e Forma; • Tratamento de Dados. OBJETIVOS Objetivo Geral • Proporcionar ao aluno condições para compreender e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, de forma que seja capaz de se comunicar com o mundo por meio dos números, resolver problemas, a partir da validação das estratégias e resultados empregados e favorecer a aquisição das habilidades de medir e comparar grandezas, calcular, construir e consultar tabelas e gráficos, utilizando os instrumentos tecnológicos disponíveis. São objetivos específicos desta disciplina fazer que o educando seja capaz de: • Ampliar e construir novos significados para os números naturais, inteiros e racionais, a partir de sua utilização no contexto social e da análise de alguns problemas históricos que motivaram sua construção; • Identificar, interpretar e utilizar diferentes representações dos números naturais, inteiros e racionais, indicadas por diferentes notações, vinculando-as aos contextos matemáticos e não matemáticos; • Selecionar e utilizar procedimentos de cálculo (exato ou aproximado, mental ou escrito) em função do problema proposto; • Reconhecer que representações algébricas permitem expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas, traduzindo situações-problema; • Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos, em linguagem algébrica e viceversa, generalizando regularidades e identificando os significados das letras; 178 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Resolver problemas de localização e deslocamento de pontos no espaço, reconhecendo nas noções de direção e sentido, de ângulo, de paralelismo e de perpendicularismo, elementos fundamentais para a constituição de sistemas e coordenadas cartesianas; • Resolver problemas que envolvam figuras geométricas planas, utilizando procedimentos de decomposição e composição, transformação, ampliação e redução; • Resolver problemas que envolvam diferentes grandezas, selecionando unidades de medida e instrumentos adequados à precisão requerida; • Observar a variação entre grandezas, estabelecendo relação entre elas e construir estratégias de solução para resolver situações-problema que envolvam a proporcionalidade; • Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Ao longo dos anos, com o avanço das novas tecnologias, com a expansão dos meios de comunicação, sobretudo da internet, o ambiente escolar também se viu transformado e tem procurado se adequar cada vez mais a essas mudanças. Não é mais aceitável que a escola caminhe alinhada a posturas tradicionalistas, nas quais o professor era o centro do processo de ensino, nem a posturas tecnicistas, afastadas dos conhecimentos humanísticos. Dessa forma, sugerem-se algumas orientações didáticas que têm por finalidade auxiliar o professor na preparação e realização de suas aulas. São indicações que visam contribuir para que o professor implemente em suas aulas posturas didáticas inovadoras, que envolvam e despertem o desejo do aluno em aprender, sobretudo, por se sentir envolvido no processo de ensino: • Sessões de jogos e desafios lúdicos vinculados aos objetivos definidos para cada conteúdo, que funcionem como modelos de situações reais ou imaginárias, estimulando a busca de novas estratégias para resolução de 179 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros problemas, a organização do pensamento e o desenvolvimento da criatividade, da intuição e da crítica; • Sessões de cálculo mental, inclusive por meio de jogos; • Estudos dirigidos monitorados pelo professor que possibilitem ao aluno a liberdade de levantar hipóteses e se arriscar na busca de resultados com autonomia; • Intervenções pedagógicas estruturadas com aulas de revisão, que deem acesso a recursos tecnológicos adequados (como a calculadora, celular, computador, etc.), considerando que a adolescência é a fase de maior possibilidade de compreensão e utilização desses; • Vídeos educativos com elaboração de textos matemáticos didáticos; • Elaboração de banco de questões adequado para cada ano de escolaridade, levando em consideração a realidade de aprendizado de cada turma, que possa aguçar a curiosidade e garanta o estímulo dos alunos na hora da realização dos simulados; • Construção do instrumento de autoavaliação consciente realizada pelo aluno; • Abordagem de conteúdos em espiral em sintonia com os temas transversais. DESCRITORES DA PROVA BRASIL – MATEMÁTICA / 9º ANO A prova Brasil é uma das principais ferramentas utilizadas pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o rendimento das escolas públicas de Ensino Fundamental em escala nacional. Além disso, essa prova é parte integrante do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), devendo, dessa maneira, ter atenção especial de todos aqueles comprometidos com a melhoria da qualidade da educação oferecida pela Prefeitura Municipal de Montes Claros, por meio de sua Secretaria Municipal de Educação. O público-alvo da Prova Brasil são os alunos de 5º e 9º ano das escolas públicas que possuam mais de 20 estudantes matriculados em cada um desses anos. As provas ocorrem a cada dois anos. Por essa Proposta ser voltada para os Anos Finais do Ensino Fundamental, 180 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros abordaremos apenas os descritores que dizem respeito ao 9º ano. São objetivos da Prova Brasil, de acordo com o caderno PDE|PROVA BRASIL de 2011: • Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, redução de desigualdade e democratização da gestão do ensino público; • Buscar o desenvolvimento de uma cultura avaliativa que estimule o controle social sobre os processos e resultados do ensino. A Prova Brasil é construída baseada em uma matriz de referência nacional, no entanto a matriz não estabelece conteúdos para a elaboração das provas, mas sim competências e habilidades que todos os alunos submetidos às provas já devem adquirir em cada ano de escolaridade do Ensino Fundamental. Essas competências e habilidades são representadas por descritores. Visando contribuir para o trabalho docente ao longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental, os descritores da Prova Brasil foram relacionados àquelas habilidades previstas na Proposta Curricular que exigem a mesma competência do descritor. Dessa forma, o professor perceberá mais facilmente que ao utilizar os conteúdos e habilidades ele já estará preparando os alunos para realização da Prova Brasil. Vale destacar que os conteúdos e habilidades apresentados vão além dos descritores, tendo em vista que a Proposta Curricular não está pautada apenas nas avaliações externas, mas sim no pleno desenvolvimento dos alunos. Ainda, o fato de os descritores já estarem relacionados a habilidades, nada impede o professor de realizar um trabalho mais específico com um deles, quando julgar necessário. Descritores de Matemática: Tópico I – Espaço e Forma • D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas; • D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com as suas planificações; • D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos; • D4 – Identificar relação entre quadriláteros por meio de suas propriedades; 181 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas de lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas; • D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos retos e não retos; • D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se modificam ou não se alteram; • D8 – Reconhecer propriedades dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares); • D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas; • D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos; • D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações. Tópico II – Grandezas e Medidas • D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas; • D13 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas; • D14 – Resolver problema envolvendo noções de volume; • D15 – Resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida. Tópico III – Números e Operações/Álgebra e Funções • D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica; • D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica; • D18 – Efetuar cálculos com números inteiros, envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); • D19 – Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); • D20 – Resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); • D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional; 182 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • D22 – Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados; • D23 – Identificar frações equivalentes; • D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens” como décimos, centésimos e milésimos; • D25 – Efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); • D26 – Resolver problema com números racionais envolvendo as operações (adição, subtração, divisão, potenciação); • D27 – Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais; • D28 – Resolver problema que envolva porcentagem; • D29 – Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas; • D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica; • D31 – Resolver problema que envolva equação do 2º grau; • D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em sequências de números ou figuras (padrões); • D33 – Identificar uma equação ou inequação do 1º grau que expressa um problema; • D34 – Identificar um sistema de equações do 1º grau que expressa um problema; • D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações do 1º grau. Tópico IV – Tratamento da informação • D36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos; • D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa. 183 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros TÓPICO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES 6º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático Operações I: HABILIDADES Números e • Ampliar o conceito de números naturais, fazendo comparações, agrupamentos e formando sequências. 1. Os números e os sistemas de numeração • Empregando os números para: contar, medir, codificar e ordenar. • Ampliação do conceito de número: códigos numéricos comparação, representação, agrupamento. 2. Sistema de numeração decimal • Pesquisando o sistema de numeração egípcio e outros. • Sistema de numeração romana. • Sistema de numeração indo-arábico. • Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal para leitura e escrita dos números. • Entender como romanos e egípcios escreviam números. • Comparar as características dos sistemas de numeração. 3. O Conjunto dos Números Naturais • Sequências numéricas: antecessor e sucessor de números naturais. • Números consecutivos. • A reta dos números naturais. • Reconhecer sucessores e antecessores de números naturais de qualquer ordem de grandeza. • Localizar os números naturais na reta numérica. 4. Operações com Números Naturais • Adição de números naturais. • Subtração de números naturais: o Operações Inversas; o Propriedades; o Cálculo mental; o Problemas. • Analisar, interpretar, resolver e formular situações problemas, compreendendo alguns dos significados das operações de adição e subtração de números naturais. • Reconhecer que diferentes situações-problema podem ser resolvidas por uma única operação e que diferentes operações podem resolver um mesmo problema. 5. Multiplicação Naturais: • Operações. • Propriedades. • Cálculo mental. • Problemas. • Associar a multiplicação a uma soma de parcelas iguais. • Aplicar as propriedades da multiplicação. de Números 184 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 6. • • • • Divisão de Números Naturais: Operações. Propriedade fundamental da divisão. Cálculo mental. Problemas. 7. Expressões numéricas simples envolvendo as quatro operações 8. • • • Potenciação de Números naturais Termos e leitura. Cálculos. Potências de expoente 1 e de expoente 0. • Potências de base 10. 9. • • • • • Radiciação de números naturais: Números quadrados perfeitos. Significado e conceito. Termos e leitura. Cálculo de raízes quadradas exatas. Curiosidades: raízes cúbicas, quartas e outras. • Problemas. • Expressões numéricas simples com potenciação e radiciação. CONTEÚDOS Eixo Temático II: Álgebra 1. Introdução à linguagem algébrica • Elementos geométricos: ponto, reta, plano, semirreta e segmento. • Ângulos e giros. • Figuras planas e espaciais. CONTEÚDOS Eixo Temático III: Espaço e Forma 1. • • • Figuras geométricas planas Construção. Sólidos geométricos. Poliedros. • Resolver divisões com números naturais, por meio de estratégias pessoais e do uso das técnicas operatórias convencionais, com compreensão dos processos nelas envolvidos. • Inventar e resolver problemas relativos à divisão com números naturais. • Resolver expressões numéricas simples, por meio de técnicas operatórias convencionais, com compreensão dos processos nelas envolvidos. • Participar de jogos e atividades para uma melhor fixação da resolução das expressões numéricas. • Compreender a potência como produto de fatores iguais. • Compreender a potência de expoente nulo e expoente 1 e de base 10 pela observação de regularidades. • Reconhecer a necessidade e utilidade da potenciação, para efetuar cálculos com grandes números. • Identificar a radiciação como a operação inversa da potenciação. • Calcular a raiz quadrada de quadrados perfeitos por meio de estimativas e fazendo uso de calculadoras. HABILIDADES • Traduzir informações dadas em textos verbalmente para a linguagem algébrica. • Reconhecer ângulo como mudança de direção. ou HABILIDADES • Construir e representar figuras geométricas planas em malhas e mosaico. • Perceber os elementos geométricos nas formas da natureza, nas criações artísticas e em sinais de trânsito. • Resolver problemas que envolvam o perímetro de 185 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Planificações. 2. Retas e ângulos • Noções Primitivas: ponto, reta e plano. • Semirreta. • Segmento de reta. • Noções de ângulos e giros: o Elementos; o Construção. • Retas paralelas. • Retas concorrentes. • Retas Perpendiculares. 3. Divisibilidade • Múltiplos e divisores. • Regras de divisibilidade: por 2, 3, 5 e 10. • Números primos e números compostos. • Decomposição em fatores primos. • Máximo divisor comum. • Mínimo múltiplo comum. 4. Os números racionais na forma de fração • Frações: significado, representação e leitura. • Tipos de frações: próprias, impróprias, aparentes e na forma mista. • Frações equivalentes. • Simplificação de frações. • Comparação de frações. 5. Operações com números racionais • Adição e subtração: o Frações de denominadores iguais; o Frações de denominadores diferentes. • Multiplicação. • Operação. • Fração de fração. • Números racionais inversos. • Divisão. • Problemas envolvendo as quatro figuras planas. (D12) • Construir planificações de sólidos geométricos, identificando propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com as suas planificações. (D2) • Resolver problemas envolvendo noções de volume. (D14) • Construir a noção de ângulo associado à ideia de mudança de direção ou giros e pelo seu reconhecimento em figuras planas que apresentam ângulos retos e não retos. (D6) • Identificar retas paralelas, concorrentes e perpendiculares pelas observações de objetos no espaço. • • • • • Estabelecer relações entre números naturais, tais como: “ser múltiplo de” e “ser divisor de”. Reconhecer se um número é divisível por outro através de jogos. Compreender e aplicar as regras de divisibilidade. Observar se um número dado é primo ou composto. Compreender e aplicar os conceitos de m.d.c. e m.m.c. na resolução de problemas. • Observar que os números naturais podem ser expressos na forma fracionária. • Explorar os diversos significados das frações em situações-problema: parte, todo, quociente e razão. (D22) • Ler, escrever, comparar e ordenar representações fracionárias de uso freqüente. • Identificar frações equivalentes. (D23) • Reconhecer que os números racionais admitem diferentes representações na forma fracionária: própria, imprópria, aparente e mista. • Dominar as operações com frações principalmente a multiplicação e a divisão. (D25) • Adquirir a compreensão da multiplicação de frações, utilizando desenhos e material concreto. • Resolver problemas com números fracionários, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos nelas envolvidos, utilizando a calculadora para verificar e controlar os resultados. (D26) 186 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros operações com frações. • Potenciação. • Raiz Quadrada. Expressões numéricas simples. 6. Os números racionais na forma decimal • Leitura. • Frações decimais. • Números racionais na forma decimal. • Comparação na forma decimal. • A reta numérica racional. 7. Operações de números racionais na forma decimal • Adição e subtração. • Multiplicação. • Divisão. • Potenciação. • Expressões numéricas. 8. Porcentagem • Representação e significado. • Relações entre porcentagens e frações: o Forma fracionária e forma decimal. 9. Unidades de medidas de comprimento • Sistema métrico decimal. • Metro, múltiplos e submúltiplos. • Medindo distâncias. • Medindo comprimentos. • Transformação de unidades. • Perímetros. 10. Unidade de medida de superfícies • Metro quadrado, múltiplos e submúltiplos. • Transformação de unidades. • Cálculo de Áreas. • Medidas agrárias. 11. Unidades de medida de tempo • Relógio: horas, minutos e segundos. • Fração do tempo. 12. Unidades de medidas de capacidade • Metro cúbico, múltiplos e submúltiplos. • Transformação de unidades. • Volume de um paralelepípedo. • Volume de um cubo. • Litro, múltiplos e submúltiplos. • Ler, escrever e representar números racionais na forma decimal. • Localizar números racionais na forma decimal na reta numérica. (D17) • Reconhecer que os números racionais podem ser expressos na forma de fração e decimal, estabelecendo relações entre essas representações. (D21) • Reconhecer a existência de décimos, centésimos e milésimos como uma extensão do sistema de numeração decimal. (D24) • Interpretar e utilizar o símbolo %. • Resolver problemas que envolvam o cálculo de porcentagem. (D28) • Relacionar porcentagens e frações sendo capazes de escrever porcentagens na forma decimal e de fração irredutível. (D22) • Identificar as grandezas no contexto diário. • Observar a relação entre metro, centímetro e milímetro. • Usar fita métrica para medir diversos comprimentos. • Relacionar medidas de vários comprimentos, fazendo a comparação entre as unidades usuais de medidas. (D15) • Calcular e comparar perímetros e áreas de figuras desenhadas em malhas, sem uso de fórmulas. • Compreender a noção de medida de superfície de equivalência pela decomposição e/ou composição em figuras de áreas conhecidas. • Reconhecer a relação entre o metro quadrado e seus múltiplos e submúltiplos. • Usar relógios para leitura e reconhecimento de horas, frações da hora (minutos e segundos) e 24 horas do dia. • Resolver problemas fazendo a comparação entre as medidas de capacidade de recipientes variados. • Indicar o volume de um recipiente em forma de paralelepípedo retângulo pela contagem de cubos, utilizados para preencher seu interior. • Comparar massas de diversos objetos usando uma balança. • Compreender o significado de peso. 187 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • • • • Transformação de unidades. Unidades de medida de massa Grama, múltiplos e submúltiplos. Transformação de unidades. CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático IV: Tratamento de Dados 1. • • • Tabelas e Gráficos Pesquisa de opinião. Tabela de dados. Organizando informações em tabelas e gráficos. • Construção e análise de gráficos: barras, colunas, de setores, de linhas e pictogramas. • Realizar pesquisas de opinião, coletando, analisando dados e tabulando-os. • Ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir suas representações em tabelas e gráficos. • Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e representações gráficas. (D1) • Interpretar dados apresentados por meio de tabelas e gráficos, para identificação de características previsíveis ou aleatórias de acontecimentos. 7º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático Operações I: Números 1. • • • HABILIDADES e Conjunto dos números inteiros Números positivos e negativos. Comparação de números inteiros. Representação dos números inteiros na reta numérica. • Módulo de um número inteiro. • Números inteiros opostos ou simétricos. 2. • • • • • • Operações com números inteiros Adição e suas propriedades. Subtração. Multiplicação e suas propriedades. Divisão. Potenciação e suas propriedades. Números quadrados perfeitos. • Reconhecer a necessidade da ampliação do conjunto dos números naturais através de situações contextualizadas e resolução de equação. • Localizar números inteiros na reta numérica, utilizando a ordenação no conjunto. (D16) • Explorar problemas em que os números inteiros são utilizados. • Calcular operações com números inteiros, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos nelas envolvidos, utilizando a calculadora para verificar e controlar resultados. • Analisar, interpretar, formular e resolver situaçõesproblema, compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números inteiros. 188 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Raiz quadrada. • Expressões numéricas simples. 3. Conjunto dos Números Racionais • Número racional. • Representação dos números racionais na reta numérica. • Módulo de um número racional. • Comparação de números racionais: o Forma de fração; o Forma decimal. 4. Operações com números racionais • Adição e Subtração. • Multiplicação. • Divisão. • Média aritmética. • Potenciação. • Propriedades da potenciação. • Raiz quadrada. • Expressões numéricas simples com números racionais. CONTEÚDOS Eixo Temático II: Álgebra 1. Equações • De linguagem comum para linguagem algébrica. • Cálculo de números desconhecidos. • Valor numérico de uma expressão algébrica. • Termos algébricos. • Termos semelhantes. • Redução de termos semelhantes. 2. Equações do 1º Grau com uma incógnita • Raiz de uma equação. • Conjunto universo. • Solução de uma equação. • Equações equivalentes. • Resolução de problemas. 3. Razões e proporções • Razão. • Razões Especiais. • Velocidade média, escala, consumo médio, densidade de um corpo, densidade demográfica, razões • Reconhecer os números racionais em diferentes contextos e no cotidiano, explorando de situaçõesproblema em que indicam relações parte, todo, quociente, razão ou funcionam como operador. • Localizar na reta numérica os números racionais. (D17) • Reconhecer que os números racionais podem ser expressos na forma fracionária e decimal, estabelecendo relações entre representações. (D21) • Resolver problemas que envolvam a média aritmética. HABILIDADES • Traduzir informações dadas em textos ou verbalmente para a linguagem algébrica. • Utilizar a linguagem algébrica para resolução de problemas. • Utilizar valores numéricos de expressões algébricas para constatar a falsidade de igualdade ou desigualdades. (D30) • Identificar a raiz de uma equação do primeiro grau. • Resolver uma equação do primeiro grau, inclusive na forma de problemas. • Determinar a razão entre duas grandezas de mesma espécie e de espécies diferentes. • Resolver problemas envolvendo o conceito de razões. • Aplicar a propriedade fundamental das proporções para resolver problemas. 189 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros escritas na forma percentual. • Proporção: propriedade fundamental das proporções. 4. Grandezas Proporcionais • Números diretamente proporcionais. • Números inversamente proporcionais. • A Proporcionalidade entre Grandezas. • Grandezas diretamente proporcionais. • Grandezas inversamente proporcionais. • Regra de três simples. • Compreender a noção de variável pela interdependência da variação de grandezas. • Resolver problemas que envolvem grandezas diretamente ou inversamente proporcionais por meio de estratégias variadas incluindo a regra de três. (D29) 5. • • • • • Porcentagem Cálculo. Situações-problema. Juros. Juros simples. Cálculo de aumento ou desconto. • Resolver situações-problema que envolvam cálculos com porcentagem pelo uso de estratégias não convencionais. (D28) • Calcular descontos, lucros e prejuízos. • Comparar preços à vista e a prazo. • Resolver problemas que envolvam o cálculo de prestações em financiamento com poucas prestações. Ângulos Elementos de um ângulo. Medida de um ângulo. Construção de um ângulo. Classificação: ângulo reto, agudo, obtuso, raso, nulo e ângulo de uma volta. • Ângulos congruentes. • Operações com medidas de ângulos: o Grau e subdivisões do grau. o Transformação de unidades: o Adição e subtração. o Multiplicação e divisão. 6.1. Classificação de um ângulo • Ângulo reto, ângulo agudo e ângulo obtuso. • Ângulos complementares. • Ângulos suplementares. 6.2. Bissetriz de um ângulo. • Utilizar o grau como unidade de medida de ângulo. • Construir e medir vários tipos de ângulos usando compasso, régua, transferidor e esquadros. • Expressar medidas de ângulos, usando o grau e suas subdivisões. • Resolver operações e situações-problema que envolvam medidas de ângulos. • Determinar o complemento e o suplemento de um ângulo. • Conceituar e construir bissetriz de um ângulo. • Identificar retas concorrentes, paralelas e perpendiculares. • Reconhecer simetrias de figuras em relação a uma reta ou em relação a um ponto. 6. • • • • 6.3. Posições relativas de duas retas: • Retas concorrentes. • Retas paralelas. • Retas perpendiculares. 6.4. Simetria em figuras • Simetria em relação a uma reta. 190 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático III: Espaço e Forma 1. Sólidos Geométricos • Noções de Poliedros, prismas, pirâmides, poliedros regulares, cilindros, cones e esferas; • Planificações. 2. Cálculo de Áreas e Perímetros • Considerações importantes dos quadriláteros: o Área dos paralelogramos, retângulos, quadrados, triângulos, losangos e trapézios; o Figuras equivalentes; o Perímetros. CONTEÚDOS • Reconhecer os vários tipos de quadriláteros existentes. • Construir figuras tridimensionais a partir de planificações. • Calcular a área lateral ou total de uma figura tridimensional a partir de sua planificação. • Resolver problemas que envolvam a área e/ou o perímetro de figuras planas ou figuras compostas por algumas dessas incluindo noções de volume. (D12, D13 e D14) HABILIDADES Eixo Temático IV: Tratamento de Dados 1. Tabelas e Gráficos • Tabelas: organização e apresentação de um conjunto de dados. • Gráficos de barras. • Gráficos de colunas. • Gráficos de setores. • Gráficos de segmentos. • Pictogramas. • Fazer pesquisas de opinião e representar o resultado em tabelas e gráficos. • Elaborar textos explicativos através da interpretação de gráficos. • Interpretar e utilizar conjunto de dados apresentados nos diversos tipos de gráficos. 8º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático Operações I: Números 1. Os Conjuntos Numéricos 1.1. Números naturais. HABILIDADES e • Fatorar números naturais em produto de primos. • Calcular a raiz quadrada de quadrados perfeitos. • Associar uma fração à sua representação decimal e vice-versa. • Identificar os números racionais com as dízimas 191 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros 1.2. Números inteiros: • Números quadrados perfeitos. 1.3. Números racionais • Raiz quadrada exata de um número racional. • Raiz quadrada aproximada de um número racional. • Os números racionais e sua representação decimal. • Fração geratriz. 1.4. Os números irracionais • Círculo e circunferência. 1.5. Os números reais • A reta numerada real. • Operações com números reais. • Propriedades. • Potência de expoente negativo. • Cálculo com aproximação até a 2ª casa decimal ou mais. CONTEÚDOS Eixo Temático II: Álgebra 1. Introdução ao Cálculo Algébrico 2. Expressões algébricas: • Usando incógnita para representar números. • Classificação: inteira, fracionária, racional e irracional. • Valor numérico de uma expressão algébrica. 2.1. Monômios • Grau de um monômio. • Monômios semelhantes. • Operações com monômios: o Adição e subtração; o Multiplicação; o Divisão; o Potenciação. 2.2. Polinômios • Polinômio reduzido. • Classificação: monômio, binômio, trinômio e polinômio. • Grau de um polinômio. • Operações com polinômios: o Adição e subtração; o Multiplicação; o Divisão de polinômio por periódicas. • Identificar as dízimas não periódicas com os números irracionais. • Analisar as propriedades das operações com números reais. HABILIDADES • Utilizar a linguagem algébrica para resolução de problemas. • Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica. (D30) • Construir procedimentos para efetuar operações com expressões algébricas, utilizando as propriedades conhecidas. • Resolver por meio de situações-problema, as operações com monômios e polinômios que envolvam conhecimentos de perímetro, área e volume. (D12, D13 e D14) • Somar, subtrair e multiplicar polinômios. • Dividir um monômio por um monômio. • Dividir um polinômio por um monômio. 192 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros monômio. Frações Algébricas Produtos Notáveis: Quadrado da soma de dois termos. Quadrado da diferença de dois termos. • Produto da soma pela diferença de dois termos. 5. Fatoração de polinômios: • Fatoração pela colocação de um fator comum em evidência. • Fatoração por agrupamento. • Fatoração da diferença de dois quadrados. • Fatoração do trinômio quadrado perfeito. • M.D.C. e M.M.C. de polinômios. 6. Equações do 1º grau com uma incógnita • Resolução de problemas. • Resolução de equações. 7. Inequações do 1º grau • Desigualdades: símbolos e propriedades. • Resolução de inequações de 1º grau. 8. Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas: • Equações do 1° grau com duas incógnitas. • Resolução de um sistema de equações do 1º com duas incógnitas: o Método da substituição; o Método da adição; o Resolução de problemas. 3. 4. • • CONTEÚDOS Eixo Temático III: Espaço e Forma 1. Geometria • A reta. • Posições relativas de duas retas em um plano. • Semirreta e segmento de reta. • Ponto médio de um segmento. • Ângulos: o Medida de um ângulo; o Ângulos especiais: Ângulo raso, • Aplicar as regras práticas dos produtos notáveis. • Identificar e desenvolver os produtos notáveis de expressões algébricas convencionais de cálculo, envolvendo números ou figuras. (D32) • Obter expressões equivalentes a uma expressão algébrica por meio de fatoração e simplificação. • Calcular o M.D.C. e o M.M.C. de polinômios simples. • Identificar a raiz de uma equação do primeiro grau. • Utilizar uma equação ou inequação do 1º grau para expressar situações-problema. (D33) • Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações do 1º grau. (D35) • Resolver problemas por meio de um sistema de equações do 1º grau, construindo diferentes procedimentos e discutindo o significado das raízes encontradas em confronto com a situação proposta. (D33 e 34) • Utilizar valores numéricos de expressões algébricas para constatar a falsidade de igualdades ou desigualdades. (D30) HABILIDADES • Reconhecer e representar geometricamente retas, semirretas e segmentos de reta. • Identificar os diferentes tipos de ângulos. • Utilizar os termos ângulos, paralelas, concorrentes e transversais para descrever situações do mundo físico ou objetos. • Definir e construir a bissetriz de um ângulo. • Reconhecer as relações entre os ângulos formados por retas paralelas com uma transversal. 193 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros nulo, de uma volta, reto, agudo e obtuso. • Ângulos adjacentes. • Bissetriz de um ângulo. • Ângulos complementares e ângulos suplementares. • Ângulos formados por duas retas paralelas com uma reta transversal. • Ângulos opostos pelo vértice. 2. Polígonos • Elementos de um polígono. • Nomenclatura. • Perímetro de um polígono. • Diagonais de um polígono. • Ângulos de um polígono convexo. • Relação entre ângulo interno e externo de um polígono. • Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo. • Soma das medidas dos ângulos internos e dos ângulos externos de um polígono qualquer. • Ângulos de um polígono regular. 3. Estudo dos Triângulos • Elementos de um triângulo. • Condição de existência de um triângulo. • Ângulos de um triângulo. • Classificação dos triângulos. • Altura, mediana e bissetriz de um triângulo. • Congruência de triângulos: o Figuras congruentes; o Triângulos congruentes; o Critérios de congruência de triângulos. • Propriedades do triângulo isósceles. • Propriedades do triângulo equilátero. 4. Estudando os Quadriláteros • O quadrilátero e seus elementos. • Soma das medidas dos ângulos internos de um quadrilátero. 4.1. Os Paralelogramos: • Retângulo, losango e quadrado. • Propriedades. 4.2. Os Trapézios: • Base média de um trapézio. • Propriedades. • Identificar polígonos e seus elementos. • Calcular o número de diagonais de um polígono. • Resolver problemas que envolvam ângulos internos e/ou ângulos externos de um polígono. • Identificar as grandezas no contexto diário. • Usar fita métrica e/ou outros instrumentos de medida para medir diversos comprimentos. • Observar a relação entre metro, centímetro e milímetro. • Resolver problemas que envolvam o cálculo da medida do ângulo interno, a soma dos ângulos internos e o número de diagonais, utilizando as propriedades dos polígonos. (D8) • Reconhecer as principais propriedades dos triângulos isósceles e equiláteros. • Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos. (D3) • Resolver problemas que envolvam critérios de congruência de triângulos. • Utilizar congruência de triângulos para descrever propriedades de quadriláteros. • Reconhecer e representar os principais elementos dos quadriláteros. • Estabelecer as propriedades relativas a cada tipo de quadrilátero, e aplicá-las na resolução de problemas. • Identificar relação entre quadriláteros por meio de suas propriedades. (D4) 194 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros CONTEÚDOS HABILIDADES Eixo Temático IV: Tratamento de Dados 1. • • • Estudo das Médias Média aritmética. Média aritmética ponderada. Cálculo da média numa tabela de frequências. • Moda e mediana. • Pesquisas em fontes diversas: Conab, Data folha, Ipea, IBGE, Veja, Folha de São Paulo e outros. • Utilizar diversas representações gráficas (barras, colunas, segmentos, setores e histogramas) para representar um conjunto de dados e vice-versa. (D37) • Interpretar e utilizar dados representados em tabelas e/ou graficamente para resolver situação-problema. (D36) • Resolver problemas que envolvam os tipos de médias estudadas. 9º ANO CONTEÚDOS Eixo Temático Operações I: Números HABILIDADES e 1. Os Números Reais • Números naturais, inteiros, racionais e irracionais. 1.1. Potenciação • Propriedades das potências. • Expoente natural e expoente inteiro negativo. • Transformando e simplificando uma expressão. • Notação científica. • Expoente racional. 1.2. Radiciação • Cálculo do lado de um quadrado. • Cálculo da aresta de um cubo. • Índice par e índice ímpar. 1.3. Propriedades dos radicais. 1.4. Simplificação de radicais. 1.5. Adição e subtração de radicais. 1.6. Multiplicação de radicais: • Cálculo de áreas. 1.7. Racionalização de denominadores. • Demonstrar situações e práticas em que se usam números reais. • Utilizar a as propriedades da potenciação e a decomposição em fatores primos para simplificar uma expressão. • Identificar um radical aritmético. • Simplificar radicais com a extração de fatores do radicando. • Aplicar a propriedade distributiva em expressões que envolvam a multiplicação de radicais. • Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais. (D27) • Efetuar produto e quociente de radicais de índices diferentes. • Aplicar as propriedades dos radicais para racionalizar denominadores. 195 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros CONTEÚDOS Eixo Temático II: Álgebra 1. Equações do 2º grau com uma incógnita • Características, elementos e classificação. • Equação completa e equação incompleta. • Equação do 2º grau na sua forma reduzida. 1.1. Resolução equações do 2º grau incompletas • Equações da forma ax²+bx=0. • Equações da forma ax²+c=0. 1.2. Resolução de equações completas do 2° Grau • Processo do completamento de quadrados. • Fórmula resolutiva ou fórmula de Bhaskara. 1.3. Resolução de problemas • Aplicações geométricas da equação do 2º grau. 1.4. Raízes de uma equação do 2º grau • Número de raízes de uma equação do 2º grau. • Relação entre raízes e coeficientes da equação do 2º grau. • Enunciar uma equação do 2º grau pelo conhecimento de suas raízes. 1.5. Equações biquadradas. 1.6. Equações irracionais. 1.7. Sistemas de equações do 2° grau 2. Função polinomial do 1º grau • Sistema de coordenadas cartesianas. • Aplicações do sistema cartesiano. • Plano cartesiano. • As noções de função. • Domínio e imagem de uma função. • A função polinomial do 1° grau. 2.1. Gráfico da função polinomial do 1° grau no plano cartesiano • Zero da função. • Análise do gráfico. 2.2. Função Polinomial do 2° grau (ou HABILIDADES • Identificar os coeficientes de uma equação do 2º grau. • Resolver situações-problema usando equações do 2º grau, discutindo o significado dessas raízes e, confronto com a situação proposta. (D31) • Identificar as raízes de uma equação dada por um produto de fatores do primeiro grau. • Determinar a forma reduzida de equações do 2º grau. • Resolver uma equação do 2º grau completa usando a fatoração. • Determinar o conjunto solução de uma equação do 2º grau aplicando a forma resolutiva. • Determinar o conjunto solução de uma equação biquadrada utilizando uma incógnita auxiliar e a fórmula resolutiva da equação do 2º grau. • Verificar se as raízes encontradas são raízes da equação irracional dada. • Aplicar os conhecimentos adquiridos para resolver um sistema simples de equações do 2º grau • Identificar os pares ordenados de números reais como as coordenadas cartesianas de pontos. • Localizar um ponto no plano cartesiano, dadas as coordenadas desse ponto. • Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas. (D9) • Verificar a noção de função por meio de exemplos práticos. • Determinar a imagem e o domínio de uma função. • Construir, no plano cartesiano, o gráfico de uma função polinomial do 1º grau. • Identificar o zero de uma função como o valor de x 196 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros função quadrática) • Gráfico da função quadrática. • Zeros da função polinomial do 2° grau. • A concavidade da parábola. • Ponto de mínimo e ponto de Máximo. • Os sinais da função quadrática. CONTEÚDOS Eixo Temático III: Espaço e Forma 1. Polígonos Regulares • Polígonos inscritíveis em uma circunferência. • Polígonos circunscritíveis a uma circunferência. • Elementos notáveis de um polígono regular. • Área do polígono regular. 1.1. Lado e Apótema de Polígonos Regulares • Quadrado inscrito. • Hexágono regular inscrito. • Triângulo equilátero inscrito. 2. Comprimento da Circunferência e do Arco • A circunferência e seu diâmetro. • Comprimento da circunferência. • Comprimento de um arco. 3. Área do Círculo e de suas partes • Área do círculo. • Área do setor circular. • Área da coroa circular. 4. Relações Métricas na Circunferência • Relação entre cordas. • Relação entre segmentos secantes. • Relação entre segmentos secante e tangente. 5. Segmentos Proporcionais • Razão e proporção: o Propriedade fundamental das proporções; o Outras propriedades das proporções. • Segmentos proporcionais. • Regra de três simples. que anula a função. • Determinar a imagem de um elemento por meio de uma função quadrática. • Resolver problema envolvendo noções de volume. (D14) • Identificar o vértice da parábola. • Associar os zeros da função às abscissas dos pontos onde a parábola intercepta o eixo x. HABILIDADES • Identificar os elementos de um polígono regular. • Calcular a medida do lado e do apótema dos principais polígonos regulares inscritos. • Reconhecer círculo e circunferência, seus elementos e suas relações. (D11) • Resolver problemas envolvendo o comprimento de uma circunferência. • Calcular o comprimento de um arco da circunferência. • Aplicar a propriedade entre cordas de uma mesma circunferência. • Reconhecer quando um polígono regular está inscrito em uma circunferência. • Aplicar as propriedades sobre perímetros de polígonos regulares inscritos em uma circunferência. • Calcular a área de um polígono regular. • Calcular a área de regiões circulares. • Desenvolver o conceito de congruência de figuras planas a partir de transformações, identificando as medidas dos lados, dos ângulos, da superfície. • Identificar e construir as alturas, bissetrizes, medianas e mediatrizes de um triângulo, utilizando régua e compasso. • Resolver problemas que envolvam o teorema de Tales. 197 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros • Regra de três composta. • Feixe de retas paralelas: o Propriedade. • Teorema de Tales. • Aplicações do teorema de Tales: o Nos triângulos; o Na bissetriz interna de um triângulo. 6. Semelhança • Figuras Semelhantes. • Ampliação e redução. • Polígonos Semelhantes. • Propriedades. • Semelhança de triângulos. • Teorema Fundamental. 7. Relações Métricas no Triângulo Retângulo • O Teorema de Pitágoras • Aplicações do teorema de Pitágoras: o Construções geométricas; o Diagonal de um quadrado; o Altura do triângulo equilátero. • As relações métricas no triângulo retângulo: o Aplicações. 8. Relações Trigonométricas nos Triângulos • Relações trigonométricas no triângulo retângulo. • Resolução de problemas. • Relações trigonométricas em um triângulo qualquer. • Lei dos senos. • Lei dos cossenos. 9. Cálculo de Perímetros e Áreas de Figuras Geométricas Planas • Retângulo. • Quadrado. • Triângulo. • Paralelogramo. • Losango. • Trapézio. 10. Estudo da Circunferência e do Círculo • A Circunferência. • O Círculo. • Posições relativas de uma reta e uma circunferência. • Posições relativas de duas • Identificar triângulos semelhantes a partir dos critérios de semelhança. • Reconhecer a modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas. (D5) • Utilizar a semelhança de triângulos para resolver problemas. • Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação homotética são semelhantes, identificando a conservação ou modificação de suas propriedades e/ou medidas. (D7) • Reconhecer a hipotenusa e os catetos em um triângulo retângulo. • Aplicar o teorema de Pitágoras para encontrar medidas desconhecidas dos lados de um triângulo retângulo. • Deduzir e aplicar as relações métricas no triângulo retângulo na resolução de problemas. (D10) • Entender o conceito de seno e de cosseno. • Resolver problemas aplicando as razões trigonométricas. • Conceituar seno, cosseno e tangente de um ângulo interno agudo de um triângulo retângulo. • Aplicar as razões trigonométricas no triângulo retângulo para resolver problemas. • Calcular o perímetro de figuras geométricas entendendo o seu conceito. • Observar áreas de figuras geométricas fazendo estimativas dessas. • Resolver problemas que envolvam o perímetro e/ou a área de figuras geométricas planas ou figuras compostas por algumas dessas. (D12 e D13) • Definir circunferência, círculo e seus elementos. • Relacionar medidas de ângulos centrais, inscritos e arcos em uma circunferência. • Estabelecer relações e propriedades entre os elementos de uma mesma circunferência 198 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros circunferências. • Arco de circunferência e ângulo central. • Ângulo inscrito. • Ângulos cujos vértices não pertencem à circunferência. CONTEÚDOS Eixo Temático IV: Tratamento de Dados 1. • • • • • • • • • • • 2. Noções de Estatística Coleta e tabulação de dados. Pesquisa de opinião. População e amostra. Distribuição de frequência. Frequência absoluta e relativa. Representações gráficas. Média. Mediana. Moda. Desvios. Desvio padrão. Conceitos Básicos de Probabilidade • Análise e estimativa. • Probabilidade. • As chances. HABILIDADES • Tabular dados entendendo a frequência absoluta e a frequência relativa desses dados. • Fazer pesquisas de opinião na escola e compará-las com conceitos estudados. • Saber o que é uma amostra e por que ela pode ser viciada. • Representar média aritmética, moda e mediana em situações-problema. • Resolver problemas envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. (D36) • Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa. (D37) • Fazer investigações e pesquisas para verificar as chances de ocorrer um fato qualquer. • Compreender porque as chances em concurso ou loteria são quase nulas fazendo experiência em classe. 199 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros REFERÊNCIAS ARRIGHI, Giovani. O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. São Paulo: UNESP, 1996. BELO HORIZONTE, Secretaria de Educação. Proposições Curriculares. Belo Horizonte, 2009. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. _______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. _______. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Senado Federal, 1996. Brasil. Código de trânsito brasileiro – Lei nº 9.503 de Setembro de 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm. Acesso em: 11/10/2011. ______. 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Xavier e Silva; Cláudia Aparecida Antunes Ferreira Miranda; Cláudia Kelly Domingues de Abreu Cavalcante; Clédson Teixeira Viana; Edileuza Vieira Rocha; Emanuelly de Paula Souza; Euslane Maria Alves Ruas; Geralda Antoniana Silva Souza; Janete Cruz de Barros de Brito; Maria Helena A. de Navarro Colen; Nélia Flávia Souza Santos; Nilza Maria Aguiar Abreu; Paula Ludmilla Silva Almeida; Rachel Fernandes dos Santos; Rosimeiry Rodrigues Arruda; Sandra Maria Ribeiro Alves; Sarah; Suely Pereira Gonçalves; Thaís Fernanda Brandão de Sá e Matos; Sílvia Ferreira Capuchinho; Wander Luciano Cardoso. Educação Física: Adilson Nassau Junior; Ana Paula Silva; Cândida Dias Quitério; Cláudio Abílio Mendes; Conrado Gontijo; Daniel Cristovam Pádua; Diego Diovane Araújo Reis; Djalma Gonzaga da Silva; Érica Conceição Pinheiro de Souza; Geisa Fernanda Lopes Lima; Geisa Fernanda Lopes Lima; Georgeane L. Rodrigues; Georgino Jorge de Souza Neto; Guilherme Augusto Sarmento; Hemerson Warley de Paula Silva; Jaqueline Miranda Silva; Juliana Santos Oliveira; Larissa Cardoso Lopes; Lívia Suely Souto; Marcelo de Paula Nagem; Maurício Mota Pimenta; Patrícia Greiciane Gomes Alves; Polyana Senra Pinto; José Rodolfo Oliveira; Rogério Carvalho; Rubens Emanuel Felix da Silva; Teresinha de Jesus Soares Veloso; Valnei Gomes de Assis; Vivianne M. Chaves Pereira. Educação Religiosa: André Oliveira; Ângela Maria Koerich; Conceição Aparecida Maia Gusmão; Eliana Colares de Oliveira; Hélia Clésia S. Trindade; Jader Santos Chaves; Kátia Melisse Santos Goiabeira; Luciene Rodrigues Guimarães; Maria Cleonice de Oliveira; Maria Luísa de S. Oliveira; Mariana Andrade Pereira; Paulo César Costa Silva; Reginaldo Wagner Santos; Rita Veloso Rodrigues; Romilda Rodrigues Silva; Veneranda Barbosa da Silva. Geografia: Alessandra Lopes Coelho; Alisson Miranda Machado; Analice de Souza Madureira Santos; Bernadete Messias Batista; Célia Salgado Monteiro; Clailton Pereira Oliveira; Cláudia Regina de Carvalho; Fabiane Martins Lopes; Flávio Osamu Takaki; Karine de Siqueira Camilo; Leonardo Rodrigues Leão; Maria Luísa Gomes da Silva; Miguel Inácio de Brito; Olga Cardoso da Silva; Ramon Gomes da Silva; Rita de Cássia Garcia Paiva; Solange Dias Fonseca; Tânia Carla de Abreu; Vanderléia Soares Oliveira. História: Airam Melo; Elisa Soares da Silva; Evandro Rodrigues; Fernando Soares Andrade; Glaucie Duarte; Gracielle Ramos Mendes; Jáder Santos Chaves; Laudelina Maria Lima; Leonardo Almeida Santos; Márcio Roberto da Silva; Maria Inês Santos Lima; Olga Basílio de Oliveira; Patrícia Gisélia Batista; Ronilson Dias da Silva; Sarah Alves de Melo; Shirley Nataly Oliveira Santos; Silma Eleutério de Sousa; Suely Fátima Perez Abreu. Língua Inglesa: Diassis José dos Santos; Elis Regina Afonso Alencar; Ernestina Orlinda de Cássia; Idenilda Rosa de Almeida; Jane Irley Pereira; Josie Aparecida Nogueira Amorim; 212 Proposta Curricular - Anos Finais 2012 Montes Claros Josiane Maria Soares Abreu; Josilane C.S. Oliveira; Laura Patrícia Santos Lopes; Luis Américo Rocha Ferraz; Maika Sabla Pereira Andrade; Michele Sindeaux Figueira; Minervino Moreira Silva; Kelly Cristina Durães Ferreira; Tatiane Gonçalves Caetano;Tatyane Rodrigues Mendes; Viviane de Andrade Souto; Walison Wanderley Soares Cardoso. Língua Portuguesa e suas Literaturas: Andréa Pereira da Silva; Carolina Machado e Andrade; Celi Jôse Silveira Martins; Cibele Alves de Oliveira; Clarice Nogueira Lopes; Cláudia Adriana Souza Santos; Daniele Maciel Lopes; Daniele Martins Lima; Débora Silva Freitas; Edvânia Maria Gonçalves Campanha; Élida Mariza P. Guimarães; Emília de S. Ferreira; Fábio Dias Pereira; Glauce Fernanda Freitas Nunes; Isabela Dias Moraes; Jaqueline Alves Coelho Aguiar; Kênia Ferreira Silva Fonseca; Leila Maria Costa Silva; Leila Tupinambá Silva; Márcia Valéria C.S.; Marluce Leite de Oliveira; Maria das Dores Souza Xavier; Rita de Cássia Câmara Mota; Sandra Pereira da Silva Ribeiro; Sônia Maria Pereira Souza; Valdênia Mourão Matias; Vanuza Manjélia Pereira. Matemática: Ana Cristina da S. Brito; Antônio Carlos Costa Rodrigues; Antônio Maia C. Souto; Bruna Nayara Santos Borges; Carla Patrícia Domingues Fonseca; Cleonice Gonçalves de Oliveira; Cristina Brito; Décio Nobre; Denilson A. Nobre; Edílson Felipe dos Santos; Edna Custódio Cangussu; Ellen Araújo Mendes; Eliene das Dores de Souza; Emerson Andrade Silva; Everaldo Mendes Souto; Jeane Faria Franco Ribeiro; Juliana Aparecida Oliveira Pimenta; Kátia Suzana Carvalho Faria; Kelsilene Durães Saraiva Soares; Kleber Ricardo Noronha; Laércio Leite de Souza; Lucas Diego A. Barbosa; Lúcia Marilda Lopes; Luciana Gomes Castro Coutinho; Luciana Rodrigues Fonseca Silva; Luiz Henrique Mendes Gusmão; Marcos Nobre de Souza; Maria Elionete E. C. Santos; Maria Fernanda Barbosa Campos; Ney Murilo Caldeira Veloso; Oziel Rocha Sousa; Patrícia Lopes da Silva; Renato Rodrigues Ferreira; Rosana Elisa de Fátima Oliveira; Rosane Antunes Silqueira Magalhães; Rosângela Moura de S. Souza; Teresa Cristina de Abreu Sena; Viviane de Souza Cunha; Waldeir Nei dos Santos. 213