1 Semaine Internationale du Corps
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1 Semaine Internationale du Corps
1ère Semaine Internationale du Corps Organisée par : L’EA 3625 TEC « Techniques et Enjeux du corps » LE LABORATOIRE ESTESIA - UFRN / NATAL BRÉSIL Le GDRI 836 CNRS « Body Ecology by Adapted Physical & Sportive Activities » Avec la contribution de : E. laboratory HUMAN TRACE COMPLEX SYSTEM DC UNESCO UniHavre & IDEES/CNRS 6266 Bernard Andrieu Terezinha Petrucia da Nóbrega Avelino Aldo de Lima Neto Luiz Arthur Nunes da Silva Organisation COMISSÃO ORGANIZADORA Coordenação Geral Prof. Dr. Bernard Andrieu Université París-Descartes Prof.ª Drª Terezinha Petrucia da Nobrega Universidade Federal do Rio Grande do Norte Me. Luiz Arthur Nunes da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte Prof. Dr Avelino Aldo de Lima Neto Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Comitê de Organização dos Anais Luiz Arthur Nunes da Silva Avelino Aldo de Lima Neto Paula Nunes Chaves Laís Saraiva Torres S471 Semaine Internationale du Corps (1. : 2016 : Paris, França) Anais da 1ª Semaine Internationale du Corps / Organizado por Bernard Andrieu...[et al], 27 de junho a 01 de julho de 2016, Paris, França, 2016. 104 p. ISBN: 978-85-8333-204-6 Evento realizado pelo L’EA 3625 TEC ”Techniques et Enjeux du Corps” e pelo Grupo de Pesquisa Estesia – Corpo, Fenomenologia e Movimento, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ficha elaborada pela Seção de Processamento Técnico da Biblioteca Central Sebastião Fernandes do Campus Natal Central do IFRN. 1. Emersiologia – Anais. 2. Artes corporais – Anais. 3. Estesiologia – Anais. 4. Filosofia do corpo – Anais. 5. Arte do movimento – Consciência – Anais. 6. Educação física – Anais. I. Andrieu, Bernard. II. Título. CDU 793.32:111.8 APRESENTAÇÃO NO MOMENTO DA SUA MORTE, MERLEAU-PONTY NÃO TRABALHAVA EM UM LIVRO QUE FOI PUBLICADO SOB O TÍTULO DE O VISÍVEL E O INVISÍVEL, MAS EM UM TEXTO MAIOR, QUE FOI CHAMADO DE SER E MUNDO, O VISÍVEL E O INVISÍVEL (SAINT-AUBERT, 2013, P. 28). SEM ESTE TRABALHO CRÍTICO, HOJE NÓS NÃO PERCEBERÍAMOS COMO O CORPO VIVO NÃO SE SEPARAVA, DESDE ENTÃO, DA PERCEPÇÃO DE SI DO ESQUEMA CORPORAL. A FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY NÃO REDUZ BIOLOGICAMENTE O CORPO VIVO AO CORPO VIVIDO. DESDE O PRIMADO DA PERCEPÇÃO, O VIVO ULTRAPASSA A FISIOLOGIA E ANATOMIA DOS REFLEXOS NO MOVIMENTO. A ESTESIOLOGIA É O SENTIR MESMO COM OS VÍNCULOS DO CORPO, COMO PODEMOS COMPREENDER A PARTIR DA DANÇA (NÓBREGA, 2015). A EMERSIOLOGIA (ANDRIEU, 2015, 2016) É UMA CIÊNCIA REFLEXIVA NASCIDA DA EMERSÃO DOS SENSÍVEIS VIVOS NA CONSCIÊNCIA DO CORPO VIVIDO. A EMERSÃO É, EM NOSSO CORPO, O MOVIMENTO INVOLUNTÁRIO DE REDES, HUMORES E IMAGENS DOS QUAIS A NOSSA CONSCIÊNCIA NÃO CONHECE SENÃO A PARTE EMERSA. O CORPO VIVO PRODUZ SENSÍVEIS ATRAVÉS DE SUA ECOLOGIZAÇÃO COM O MUNDO E COM OS OUTROS. MAS POR CAUSA DO TEMPO DE TRANSMISSÃO NERVOSA DE 450 MS ATÉ A CONSCIÊNCIA DO CORPO VIVIDO, O CORPO VIVO SEMPRE É CONHECIDO EM ATRASO PELA CONSCIÊNCIA DO CORPO VIVIDO. MESMO SENDO IMPOSSÍVEL DE SE VIVER, POR VEZES CHEGANDO ATÉ AO DESACORDO DO CORPO, O VIVO AFIRMA AÍ A SUA VITALIDADE PELA EMERSÃO DE SUA INTENSIDADE NO VIVIDO JÁ INCORPORADO, O NÚCLEO MNÉSICO DAS SENSAÇÕES – ESTA ESTESIOLOGIA QUE COMPÕE O ESQUEMA CORPORAL. O VIVO PASSADO ATRAVESSA A FRONTEIRA DO VIVIDO PARA RENOVÁ-LO INDEFINIDAMENTE PELO EFEITO DE SUA ECOLOGIZAÇÃO. A VITALIDADE TRANSBORDA O VIVIDO PELA INFORMAÇÃO QUE AÍ EMERGE INVOLUNTARIAMENTE. ESTA ATIVIDADE VITAL PRODUZIDA PELO VIVO DESPERTA A CONSCIÊNCIA DO VIVIDO PARA AS EXPERIÊNCIAS PRIMEIRAS E MEMORÁVEIS. UMA NOVA ORGANIZAÇÃO DE SEU CORPO VIVO EMERGE SEM QUE O SUJEITO SEJA CAPAZ DE COMPREENDER OS SEUS MEANDROS. NESTE I CONGRESSO INTERNACIONAL DE EMERSIOLOGIA, MOSTRAREMOS COMO SENTIR SEU CORPO VIVO É UMA EXPERIÊNCIA ESTESIOLÓGICA QUE DESPERTA EM NÓS IMAGENS, SENSAÇÕES, EMOÇÕES, MAS TAMBÉM NEURÔNIOS-ESPELHOS, EMPATIA, IMAGINAÇÃO E GESTOS INVOLUNTÁRIOS, ATÉ MESMO INCONSCIENTES. ARGUMENT Au moment de sa mort, Merleau-Ponty ne travaillait pas à un livre qui a été publié sous le titre Le Visible et l’invisible mais à un texte plus vaste qui devait s’appelait Etre et Monde, Le visible et l’Invisible (Saint-Aubert, 2013, 28). Sans ce travail critique nous ne percevrions pas aujourd’hui comment le corps vivant ne se séparait pas alors la perception de soi du schéma corporel. La philosophie de Merleau-Ponty ne réduit pas biologiquement le corps vivant au corps vécu, dès le primat de la perception le vivant est sur-éminent à la physiologie et l’anatomie des réflexes dans le mouvement. L’esthésiologie c’est le sentir même avec les attaches corporels comme on peut comprendre a partir de la danse (Nóbrega, 2015). L’émersiologie (Andrieu, 2015, 2016) est une science réflexive née de l’émersion des sensibles vivants dans la conscience du corps vécu. L’émersion est le mouvement involontaire dans notre corps des réseaux, humeurs et images dont notre conscience ne connaît que la partie émergée. Le corps vivant produit des sensibles par son écologisation avec le monde et avec les autres. Mais, en raison du temps de transmission nerveuse de 450 ms jusqu’à la conscience du corps vécu, le corps vivant n’est connu qu’avec retard par la conscience du corps vécu. Aussi invivable soit-il, parfois jusqu’à mon corps en désaccord, le vivant affirme là sa vitalité par l’émersion de son intensité dans le vécu déjà incorporé, le noyau mnésique des sensations, cette esthésiologie qui constitue le schéma corporel : le vivant passé traverse la frontière du vécu pour le renouveler indéfiniment par l’effet de son écologisation. La vitalité déborde le vécu par l’information qui en émerse de manière involontaire. Cette activité vitale produite par le vivant éveille la conscience du vécu à des expériences premières et mémorables . Une nouvelle organisation de son corps vivant émerge sans que le sujet soit encore en capacité d’en comprendre les tenants et les aboutissants. Dans ce 1er Congrès International d’Émersiologie, nous montrerons comment sentir son corps vivant est une expérience esthésiologique qui vient éveiller en nous des images, des sensations, des émotions mais aussi des neurones miroirs, des empathies, l’imaginaire et des gestes involontaires voir inconscient. PROGRAMME | PROGRAMAÇÃO 27 JUIN – JUNHO 9h-10h45 – Bienvenue par le Pr Luc Collard, Doyen de l’UFR Staps UnivParis Descartes | Boas-vindas Conférence d’Ouverture | Conferência de Abertura: “Corps et portance” | “Corpo e sustentação” Emmanuel de Saint Aubert Directeur de recherche CNRS UMR 8547 – Archives Husserl École Normale Supérieure Médiation: Petrucia da Nóbrega Université Fédérale du Rio Grande do Norte. Chercheuse du CNPq Brésil / ENS-Paris 10h45 – Pause 11h -13h – Communications / Atelier | Comunicações / Ateliê 1. Choréosophie – Médiation : Karenine Porpino (UFRN) Choreosophy : poetic dwellings of labanian work Marcilio de Souza Vieira (UFRN) – [email protected] Africanidade brasileira: por uma estética da dança nas aulas de Educação Física Maria Elizabete Sobral Paiva de Aquino (IFRN) e Karenine de Oliveira Porpino (UFRN) [email protected] Ausência-imaterial visível: poética de expressão do corpo a partir de memórias/lembranças Géssyca Thais Martins Monteiro dos Santos [email protected] O Corpo Ensaiado para a Rua-Palco Francisco Moreira (Universidade de Évora) Pedro Paulo Alves Pereira (Universidade de Évora) Carmem Izabel Rodrigues Universidade Federal do Pará (UFPA) [email protected] Fenomenologia da Percepção e Educação Somática: vivências a partir do método GYROKINESIS Rosana Lobo Rosário (UFPA/Doutoranda na Universidade de Lisboa) [email protected] 2. Epistémologie – Médiation : Iraquitan Caminha (UFPB) Fisiologia, biomecânica e arte: por uma fenomenologia do movimento humano na Educação Física Laís Saraiva Torres (UFRN) e Terezinha Petrucia da Nóbrega (UFRN) [email protected] O corpo queer como experiência estesiológica: contribuições estéticas para a Educação Paula Nunes Chaves (UFRN) e Terezinha Petrucia da Nóbrega (UFRN) [email protected] A vida enquanto fenômeno: aproximações antropológicas entre Blumenberg e Foucault Maria Veralúcia Pessoa Porto (UERN), Iraquitan de Oliveira Caminha (UFPB) e Michel Dupuis (Université Catholique de Louvain) [email protected] A pesca com a cabrita, um corpo fenomenológico Walter Chile R. Lima (Universidade do Minho), Maria Manuel Baptista (Universidade de Aveiro) e Wladilene Sousa Lima (UFPA) [email protected] 13h – Buffet en commun / Almoço coletivo 13h45 – Visite de l’exposition de peinture de Maeva 14h15 – Conférence “Body Modification” Philippe Lyotard Université de Lyon 1 Médiation: Avelino Neto Institut Fédéral d’Éducation, Science et Technologie du Rio Grande do Norte – Natal / Brésil 15h15-16h30 – Table-ronde | Mesa-redonda “Esthésiologie et Émersiologie” | “Estesiologia e Emersiologia” Nicolas Burel Doctorant / Université Paris Descartes “Libido, promiscuidade e desejo: a Estesiologia no oitavo esboço do curso A Natureza” Avelino Neto Institut Fédéral d’Éducation, Science et Technologie du Rio Grande do Norte – Natal / Brésil 16h30 – Pause 16h45 au 18h30 – Communications Atelier | Comunicações / Ateliê 3. Emérsiologie– Médiation : Karenine Porpino (UFRN) Dos sentidos e da consciência enquanto relação entre o vivido e o vivo em Rousseau Telmir de Souza Soares (UERN) [email protected] Empathie de la douleur et formes d’émersion Francisco Mujica (Université Catholique de Louvain) [email protected] Entre o corpo vivo e o corpo vivido do sujeito jogador: uma ontogênese estética e estesiológica nos jogos eletrônicos e esportivos Bruno Medeiros Roldão de Araújo (UFCG) Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas (UPE) [email protected] A experiência da leitura estesiológica: uma cartografia de letramentos como mapa do visível Adeilza Gomes (UFRN) e Karenine Porpino (UFRN) [email protected] Taekwondo: uma experiência do corpo como fenômeno educativo Arthur Nunes (UFRN) e Terezinha Petrucia da Nóbrega (UFRN) [email protected] 18h30 – Evenèment artistique : Anízia Marques Cia de Dança (Natal/Brasil) (…)… Le corps apparaît de plus en plus faible et instable – il est situé à côté du beau et du laid , il est placé comme indésirable et aussi comme quelque chose qu’on peut éliminer … Par conséquent il y a des efforts et des procédures pour modifier les aspects des corps laids et leurs apparences. Pequeno Mundo Vermelho propose une provocation et une réflexion esthétique et politique; non seulement sur des conditions de résistance à la tyrannie de la beauté dans notre culture mais aussi par rapport â l’expression créatrice de la subjectivité dans notre temps. Chorégraphie: Clébio Oliveira Interprètes: Anízia Marques et Ana Claudia Viana Scénographie: Clébio Oliveira e Daniel Torres 19h30 Apéritif dinatoire et barbecue | Aperitivos 28 JUIN – MARDI 9H-10H30 – TABLE-RONDE: “CORPS, CHAIR ET ART” | “CORPO, CARNE E ARTE” KARENINE DE OLIVEIRA PORPINO UNIVERSITÉ FÉDÉRALE DU RIO GRANDE DO NORTE, NATAL / BRÉSIL ET IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA UNIVERSITÉ FÉDÉRALE DE PARAÍBA, JOÃO PESSOA / BRÉSIL MICHEL DUPUIS UNIVERSITÉ CATHOLIQUE DE LOUVAIN / BELGIQUE 10H30 – PAUSE 10H45 -13H – COMMUNICATIONS ATELIER | COMUNICAÇÕES / ATELIÊ 5. EPISTÉMOLOGIE 2 – MÉDIATION: AVELINO NETO (IFRN) O CORPO SABE DO QUE É CAPAZ, O PORTADOR DELE, NEM SEMPRE! BENE MARTINS (UFPA) E MARÍA VIRGINIA ABASTO (UFPA) [email protected] BOSQUEJO SOBRE LOS ESTUDIOS SOCIALES SOBRE CUERPOS Y EMOCIONES EN LATINOAMÉRICA ADRIÁN SCRIBANO (UNIVERSIDAD DE BUENOS AIRES) E MARÍA NOEL MIGUEZ (UNIVERSIDAD DE LA REPÚBLICA/URUGUAI) [email protected] IMAGEM CORPORAL E RELIGIÃO: A PERCEPÇÃO NO DISCURSO DE IDOSAS DA CIDADE DE JOÃO PESSOA GIULYANNE MARIA SILVA SOUTO (UFPB) E IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA (UFPB) [email protected] A EXPERIÊNCIA DE SER PROFESSORA TECELÃ DESVELADA NO PORTFÓLIO COMO EXPRESSÃO DO CORPO MARIA JOSÉ CAVALCANTE DE LIMA (UFRN) E MARIA DA PENHA ALVES CASADO (UFRN) [email protected] 6. ESTHÉSIOLOGIE 2 – MÉDIATION: KARENINE PORPINO (UFRN) A EXPERIÊNCIA DO ANDAR EM ROUSSEAU, MAUSS E HILLMAN SANDRA B. COSTA (UFPB) E PIERRE N. GOMES-DA-SILVA (UFPB) [email protected] O CORPO BARROCO DE ONQOTÔ: UMA LEITURA FENOMENOLÓGICA THAYS RAMOS (UFRN) [email protected] AS BANDEIRINHAS DE TOUROS/RN: A ARTE DE EDUCAR PELA TRADIÇÃO CECÍLIA BRANDÃO (UFRN) KARENINE PORPINO (UFRN) [email protected] CORPS PROPRE ET PHÉNOMÉNOLOGIE CLINIQUE: CONTRIBUTIONS DE MERLEAU-PONTY ET TATOSSIAN LUCAS BLOC (UNIFOR/UNIVERSITÉ PARIS VII) E VIRGINIA MOREIRA (UNIFOR) [email protected] 13H – BUFFET EN COMMUN | ALMOÇO COLETIVO 15H-16H – LES DIX ANS DE LA REVUE CORPS ED. CNRS / PRÉSENTATION DE L’ACCORD DE CONVENTION UFRNATALUNIVERSITÉ PARIS-DESCARTES ET DU PROGRAMME LES SOMATICIENS / 2ÈME A.G. DE LA SOCIÉTÉ FRANCOPHONE DE PHILOSOPHIE DU SPORT 16H-17H30 – CONFÉRENCES DE CLÔTURE “S’ÉPROUVER DANS LE MOUVEMENT. POUR UNE ÉCOLOGIE PRÉPERCEPTIVE DU SOI CORPOREL.” | “TESTAR-SE NO MOVIMENTO. POR UMA ECOLOGIA PRÉ-PERCEPTIVA DO SI CORPORAL.” FRANÇOIS FÉLIX (UNIVERSITÉ DE POITIERS) ÉMERSION DU VIVANT EN VIE EN OSMOSE | EMERSÃO DO VIVO EM VIDA EM OSMOSE BERNARD ANDRIEU (UNIVERSITÉ PARIS-DESCARTES) ET PETRUCIA DA NÓBREGA (UFRN) UNIVERSITÉ DE LAUSANNE MÉDIATION: IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA UNIVERSITÉ FÉDÉRALE DE LA PARAÍBA, JOÃO PESSOA / BRÉSIL 17H30 – 18H30 – DISCUSSION ET PERSPECTIVES | DISCUSSÃO E PERSPECTIVAS 18H30 – 18H30 – IMPROVISATION FLORENCE GUÉRIN ET SYLVAIN HANNETON Performance danse, son et capture de mouvement : spatialisation sonore du geste dansé. Avec Sylvain Hanneton (dispositif) et les danseurs de l’atelier chorégraphique de ParisDescartes. Lieu : UFR STAPS, salle de danse, 4ème étage. 20H – DINER DE GALA SUR LA SEINE | JANTAR DE GALA NO RIO SENA Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 CORPS ET PORTANCE Emmanuel de Saint Aubert Directeur de recherche CNRS, École Normale Supérieure, Archives Husserl Résumé: À partir d’un double contexte, clinique et philosophique, nous introduirons le sens et les enjeux d’une notion qui touche aux fondements mêmes de notre rapport au monde et à autrui : la portance. Nous envisagerons plus particulièrement ce qui relie étroitement corps et portance, en tentant notamment d’évaluer dans quelle mesure il n’y a pas de portance sans corps. Une telle réflexion engage et nourrit une approche renouvelée de la corporéité, dont on pourra repérer les proximités comme les écarts avec la conception merleau-pontienne de la chair. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 CHOREOSOPHY: POETIC DWELLINGS OF LABANIAN WORK Marcilio de Souza Vieira, e-mail: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte Choréosophie Keywords: Body, choreosophy, Laban. Abstract: The Labanian work is interconnected by three major fields, namely: the study of Efforts, of Space, of Body and of Shape in which is called Movement Analysis System, the Labanotation which is responsible for the graph of the movement and Choreosophy understood in interrelations with two others Labanian areas. The experiences accumulated by Laban throughout his life, associated with the fascination he felt for human movement and his need to understand the laws governing it, were determining in the development of his proposal for Movement Analysis System, as well as his experiences in graphing such human movement and the interconnection of Choreosophy in his system. To realize an ontology in Labanian work it is found in his vast thinking about human movement three dear concepts to your system, namely: Festive Culture, the Silent World and the Action and Recovery. Such concepts are not systematized in his works, but are diluted in his writings. The research is to develop the first reflections around Laban studies and their interconnections with the Choreosophy. This is a descriptive qualitative research. Therefore we use the qualitative research and by adopting it we remove an attitude supported in a rationalist linear logic. Using descriptive qualitative research to be thinking of the methodological framework of this study is also to be thinking of a methodology that points contributions to the study of Labanian references, although it is known that this methodological approach does not point specifications about the studies of Laban, however, it can contribute to the understanding of this phenomenon. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 AFRICANIDADE BRASILEIRA: POR UMA ESTÉTICA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Maria Elizabete Sobral Paiva de Aquino, e-mail: [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grade do Norte Karenine de Oliveira Porpino Universidade Federal do Rio Grane do Norte Choréosophie Palavras-chave: Africanidade, dança, educação. Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar a estética da dança de matrizes afro movida por uma estética do olhar cuja contemplação e arrebatamento nos dá a ver uma estética de identidade étnica junto às experiências de dança com estudantes da Educação Básica. Ressalta a dimensão sensível do reconhecer-se negro, como possibilidade de operar a emergência de saberes inscritos no corpo, instaurando um tipo de racionalidade aberta, inconclusa, que permite a criação e ressignificação dos trajetos epistemológicos, éticos e estéticos no processo de compreensão do corpo, da cultura e da educação por esses estudantes. Essa provocação será abordada pelos aspectos culturais (história, costumes, ritos, símbolos, mitos) presentes nas danças afro-brasileiras (Samba, Coco-de-Roda) e em uma dança africana (Kiebé-Kiebé). Partimos da problemática com as seguintes questões: Quais os processos pedagógicos para se construir uma estética da identidade étnica? Quais as contribuições da estética da identidade étnica para a educação? De que forma as danças da tradição com matriz afro e uma dança africana podem contribuir para uma estética da dança aos alunos da educação básica? Como metodologia, o estudo propõe articular uma discussão entre os conceitos de corpo, dança, estética e educação com os alunos através de oficinas, da degustação de textos literários, da apreciação de filmes e vídeos, da vivência em dança, situando-os no cenário das danças. A discussão leva a possibilidade de enfocar diversos aspectos sociais, antropológicos, históricos, porém será na leitura estética para uma compreensão da identidade étnica que o estudo priorizará. É com a compreensão da estética fenomenológica que o estudo irá se deter, em uma compreensão da experiência estética que se constrói pela relação de imanência entre sujeito e objeto. Essa pesquisa será desenvolvida através da abordagem fenomenológica de Merleau-Ponty (1971; 2006; 2007) como a possibilidade de reaprender a ver o mundo, reconvocar por Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 inteiro à sensibilidade e criar novas perspectivas. Até o momento, a recente pesquisa se encontra na revisão bibliográfica. BRAZILIAN AFRICANITY: FOR AN AESTHETICS OF DANCE IN PHYSICAL EDUCATION CLASSES Keywords: Africanity, dance, education. Abstract: This work aims to present the aesthetics of African matrix dance moved by an aesthetic look whose contemplation and rapture gives us to see an ethnic identity aesthetics together to dance experiences with students of basic education. It emphasizes the sensitive dimension of being recognized black as the possibility of operating the emerging knowledge enrolled in the body establishing a kind of open rationality, unfinished, allowing the creation and reframing of the epistemological, ethical and aesthetic paths in the body's process of understanding from culture and education for these students. This challenge will be addressed by the cultural aspects (history, customs, rites, symbols, myths) present in the African-Brazilian dances (Samba, Coco-deRoda) and an African dance (Kiebé-Kiebé). We start from the problem with the following questions: What are the pedagogical processes to build an aesthetics of ethnic identity? What are the contributions of the aesthetics of ethnic identity for education? How the dances of tradition with African matrix and an African dance can contribute to an aesthetics of dance to the students of basic education? As methodology, the study proposes joint discussion between the body concepts, dance, aesthetics and education with students by mens of workshops, tasting of literary texts, enjoyment of films and videos, the dance experience, placing them in the scenario the dances. The discussion leads to the possibility of getting various social, anthropological and historical aspects, but will be in the aesthetic reading for an understanding of ethnic identity that the study will give priority. It is with the understanding of phenomenological aesthetics that the study will hold an understanding of the aesthetic experience that is built by the immanence of relation between subject and object. This research will be developed through the phenomenological approach of MerleauPonty (1971; 2006; 2007) as the ability to relearn how to see the world, reconvening in full sensitivity and create new perspectives. Until now recent research is the literature review. Referências CANDAU, Vera (Org.). Reinventar a escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000 Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 DOURADO, Luiz Fernandes (Org.). Plano Nacional de Educação: avaliação e perspectivas. – 2.ed. – Goiânia: Editora UFG; Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. – 3ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2006. __________. A prosa do Mundo. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2007. __________. O Visivel e o Invisivel. Tradução de José Artur Gianotti e Armando Moura d’Oliveira. São Paulo: Editora Perspectiva, 1971. MUNANGA, Kabengele. Identidade étnica, poder e direitos humanos. In: Revista Thot África, São Paulo, n. 80, p. 19-30, 2004. __________ ; GOMES, Nilma. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2006. NÓBREGA, Terezinha Petrucia. Sentir a dança ou quando o corpo se põe a dançar... Natal: IFRN, 2015. PORPINO, Karenine de Oliveira. Dança é educação: interfaces entre corporeidade e estética. – Natal, RN: EDUFRN, 2006. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O CORPO ENSAIADO PARA A RUA-PALCO Francisco Moreira, e-mail: [email protected] Universidade de Évora Pedro Paulo Alves Pereira Universidade de Évora Carmem Izabel Rodrigues Universidade Federal do Pará Choréosophie Resumo: O presente artigo discorre sobre o corpo ensaiado, preparado e criativo para a cena na Comissão de Frente nos desfiles carnavalescos realizados pelas escolas de samba em Belém do Pará, Brasil. O corpo do artista traz aos ensaios suas experiências pessoais que são divididas pelo grupo em laboratórios de criação artística para a cena performática da Comissão de Frente. Este corpo é concebido e compreendido a partir das experimentações que têm os sentidos como principal indutor cênico na construção de um corpo único, vivo e performático. Como suporte teórico e metodológico em seu desenvolvimento deste ensaio, temos o corpo fenomenológico a partir das noções filosóficas de Merleau-Ponty (1945/2015) em sua Fenomenologia da Percepção, pensando o corpo como sensível ao todo cercante, corpo somático, corpo esse como conectivos de significantes e significados, ensaiado e apresentado na concepção da Comissão de Frente, onde as ações corpóreas dos artistas são trabalhadas a partir de suas experiências adquiridas, do corpo desconstruído, imaginário, que nos permite viver e sonhar o corpo constituinte da cena caminhante e performatica no carnaval brasileiro. Para os laboratórios de criação corpórea e da cena, estão as noções de performance experimentadas por Schechner (2013), a partir das noções de “comportamentos restaurados” pensando esse corpo como ação, ensaiado, disposto para o jogo do “fazer” entre si e dialogando com espectadores, e as contribuições de Glusberg (2013), em seus estudos da arte da performance, vendo este corpo como “processos de trabalho, sua sequência, seus fatores constitutivos”, prática utilizada para a preparação cênica da performance apresentada pela Comissão de Frente nos desfiles de carnaval brasileiros. THE REHEARSED BODY FOR RUA-PALCO Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Abstract: This article discusses about rehearsed body, prepared and creative to the scene in the “Front Comitee” in carnival parades conducted by the samba schools in Belem of Pará, Brazil. The artist's body brings to rehearse their personal experiences that are shared by the group in artistic creation of laboratories for the performative scene of the Front Committee. This body is designed and understood from the trials that have their senses as the main inducer scenic in the construction of a single body, alive and performative. As theoretical and methodological support in their development of this test, we have the phenomenological body from the philosophical notions of MerleauPonty (1945/2015) in his “Phenomenology of Perception”, thinking the body as sensitive to all surrounding, somatic body, body such as connective of signifiers and meanings, tested and presented in the design of the Front Committee, where the bodily actions of artists are worked from their acquired experience, the body deconstructed imagery that allows us to live and dream the constituent body of the walker scene and performative in the Brazilian carnival. For laboratories body creation and scene are the performance notions experienced by Schechner (2013), from the notions of "restored behavior" thinking this body as action, tested, ready for the game "do" to each other and dialoguing with spectators, and the contributions of Glusberg (2013) in their study of performance art, seeing this body as "work processes, their sequence, its constituent factors," practice used for scenic preparation of the performance presented by the Front Committee in shows of Brazilian carnival. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO SOMÁTICA: VIVÊNCIAS A PARTIR DO MÉTODO GYROKINESIS® Rosana Lobo Rosário Universidade de Lisboa Choréosophie Resumo: Na obra Fenomenologia da Percepção, Merleau Ponty (1945/2015) apresenta a compreensão da percepção a partir do conceito de sensação e a relação do corpo com o movimento. Para o autor, a percepção está relacionada com o movimento corpóreo, e não pela causalidade linear estímulo-resposta fundada pelo empirismo. Esta compreensão da fenomenologia de Merleau Ponty impulsionou a utilização de diversas práticas corporais nas aulas de dança, como também, estimulou a busca de novas maneiras de se movimentar para além do deslocamento mecânico das partes do corpo no espaço, dos conteúdos e dos métodos de ensino tradicional, entre outros aspectos que configuram as práticas educativas do corpo. Dentro desse universo, encontram-se as práticas somáticas, as quais propõem um processo investigativo de aprendizado através do movimento. Assim, este trabalho tem como objetivo dissertar sobre o uso das práticas somáticas, em especial o método GYROKINESIS®, vivenciada nos alunos do Curso Técnico de Dança Clássica da Universidade Federal do Pará - Brasil, a partir da concepção fenomenológica de Merleau Ponty sobre a percepção, em diálogo com a noção de autopoiésis produzido por Maturana e Varela (1995), a qual destaca a interação entre organismo, o meio e a importância do movimento na ação. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 MOVIMENTO HUMANO: UM DIÁLOGO ENTRE A BIOMECÂNICA E A FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY Laís Saraiva Torres, e-mail: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte Terezinha Petrucia da Nóbrega Universidade Federal do Rio Grande do Norte Epistémologie Palavras-chave: Movimento humano, biomecânica, fenomenologia. Resumo: Tratar da Educação Física como área epistemológica, permite compreender que o conhecimento sobre movimento humano não se reduz apenas à ciência, mas se configura por meio da relação entre diferentes conhecimentos. Refletir sobre o movimento humano como objeto da ciência na Educação Física, nos remete as análises e explicações da Biomecânica, que observa meus movimentos, analisando-os através das leis da física e explicando-os como sendo uma soma de vetores que mantém ou tira meu corpo da inércia ou de outro estado de movimento. Porém, eu, como sujeito, percebo mais do que isso: considero meus movimentos como uma maneira de me dispor no mundo, o que torna impossível pensar o aspecto motor separado do momento vivido, como afirma Merleau-Ponty (2011, p.196): “não é apenas a experiência do meu corpo, mais ainda uma experiência de meu corpo no mundo”. Diante disso, consideramos que ambos conhecimentos acerca do movimento humano se interpenetram, expressando no homem um imbricar simultâneo entre o biológico, o cultural e a experiência vivida. Pautado nisso, temos como objetivo traçar uma relação entre a ciência, a fenomenologia e a arte como perspectiva de ampliar os conhecimentos sobre o movimento humano na Educação Física, posto que essa abordagem, em particular no pensamento de Merleau-Ponty, articula conhecimentos científicos, filosóficos e estéticos. Com base nesse referencial e em nosso objetivo de pesquisa, questionamos: qual a concepção de movimento humano da biomecânica? Que leituras podemos fazer do movimento humano pelas ciências do vivo, notadamente a biomecânica? Como é possível pensar o movimento humano por meio da análise fotográfica do movimento? Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Sendo Maurice Merleau-Ponty interlocutor principal, destacamos A Estrutura do Comportamento (1942), a Fenomenologia da percepção (1945) e O olho e o espírito (1964) como obras importantes para a escrita desta pesquisa. E, somando-se ao filósofo, outros autores também subsidiarão nossos diálogos, tais como: Humberto Maturana e Francisco Varela (1997;2001), Marcel Mauss (1936), Georges Didi-Huberman (1998; 2013). No que se refere a biomecânica destacamos a leituras de livros e artigos científicos dessa área para compor a construção desse trabalho, principalmente a aplicabilidade do conhecimento dessa ciência na Educação Física. Para pensar o movimento humano por meio das imagens, utilizaremos a cronofotografia de Eadweard Muybridge, que captou o movimento humano em diversas situações, como por exemplo, no esporte e na dança. Nesse estudo utilizaremos a atitude fenomenológica de Merleau-Ponty como referência metodológica para compreender o movimento humano. As estratégias que serão utilizadas como recurso da reflexão são a migração conceitual (MORIN, 1995) e as fotografias. Diante disso, apresentamos uma estrutura inicial para a dissertação que se organiza em três momentos: 1) dissertar sobre as categorias de análise: movimento e corpo; e movimento e técnica. Tratar do corpo e da técnica na biomecânica e fazer uma interpretação através da fenomenologia, tendo o fisicalismo ontológico do corpo como fio de ligação entre os dois, propondo a reversibilidade do movimento objetivo (mecânico) e movimento subjetivo. 2) dissertar sobre as categorias de análise: movimento e percepção; e movimento e estética. Tratar da percepção e da estética na biomecânica e fazer uma interpretação através da fenomenologia, tendo a percepção do movimento como fio de ligação entre os dois, apontando um caminho para a reversibilidade entre o movimento mecânico (objetivo) e o movimento subjetivo. 3) fazer uma relação da consciência corporal com o movimento do corpomáquina e com o movimento do corpo estesiológico, compreendendo sua reversibilidade a partir dos principais conceitos utilizados nos dois primeiros momentos. HUMAN MOVEMENT: A DIALOGUE BETWEEN BIOMECHANICS AND PHENOMENOLOGY OF MERLEAU-PONTY. Keywords: Human movement, biomechanics, phenomenology. Abstract: Treat the Physical Education as an epistemological area allows us to understand that knowledge about human movement is not limited only to science, but is shaped by the relationship between different knowledge. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Reflecting on the human movement as a science object in Physical Education, leads us to analyzes and explanations of Biomechanics, that observes my movements, analyzing them through the laws of physics and explaining them as a sum of vectors that maintains or take my body inertia or another movement state. But I, as a subject, I realize more than that: I consider my movements as a way to have me in the world, which makes it impossible to think of the motor aspect separated of the lived moment, as stated by Merleau-Ponty (2011, p.196) "it is not only the experience of my body, but still an experience of my body in the world." Therefore, we consider that both knowledge about human movement intertwine, expressing on the man a simultaneous lap between the biologic, the cultural and the lived experience. Guided by this, we aim to draw a relationship between science, phenomenology and art as a prospect of expanding knowledge of human movement in physical education, since this approach, particularly in MerleauPonty, articulates scientific, philosophical and aesthetic knowledge. Based on this reference and our research goal, we ask: what is the concept of human movement of biomechanics? What readings we can do of the human movement by the sciences of living, especially the biomechanics? How can we think the human movement through the photographic analysis of the movement? Being Maurice Merleau-Ponty the main interlocutor, we highlight The Behavior Structure (1942), the Phenomenology of Perception (1945) and The Eye and The Spirit (1964) as important works for the writing of this research. And adding to the philosopher, other authors also will subsidize our dialogues, such as Humberto Maturana and Francisco Varela (1997;2001) , Marcel Mauss (1936), Georges Didi-Huberman (1998,2013). Regarding the biomechanics we highlight the readings of books and scientific articles in this area to compose the construction of this work, particularly the applicability of the knowledge of this science in Physical Education. To think human movement through the images, we will use the chronophotography of Eadweard Muybridge, which captured the human movement in various situations, such as in sports and dance. In this study we will use the phenomenological attitude of Merleau-Ponty as a methodological reference for understanding human movement. The strategies that will be used as a resource of reflection are the conceptual migration (MORIN, 1995) and the photographs. Therefore, we present an initial framework for the dissertation that is organized in three stages: 1) Lecture on the analysis categories: movement and body; and movement and technique. Treating the body and technique in biomechanics and make an interpretation by phenomenology, having the body ontological physicalism as a link between both of them, suggesting the Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 reversibility of the objective movement (mechanical) and subjective movement. 2) Lecture on the analysis categories: movement and perception; and movement and aesthetics. Dealing with perception and aesthetics in biomechanics and make an interpretation by phenomenology, having the perception of movement as a link between both of them, pointing a path for the reversibility of the mechanical movement (objective) and subjective movement. 3) Make a relationship of body awareness with the body-machine movement and the movement of the esthesiologic body, understanding the reversibility from the main concepts used in the first two times. Referências DIDI-HUBERMAN, G. O que vemos, o que nos olha. Tradução: Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 2010. ______. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013. MATURANA, H; VARELA, F. De máquinas e seres vivos: autopoiesis – a organização do vivo. Tradução: Juan Acanã Llorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. ______. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Tradução: Jonas Pereira dos Santos. Campinas: Palas Athena, 2011. MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2012 MERLEAU-PONTY, M. La Nature: notes cours ao Collège de France. Tradução livre: Terezinha Petrucia da Nóbrega. Établi par Dominique Segland. Paris: Seuil, 1995. ______. Conversas – 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004. ______. A Estrutura do comportamento. São Paulo: Martins Fontes, 2006. ______. Fenomenologia da Percepção. Tradução: Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2011. ______. O olho e o espírito. Tradução: Paulo Neves e Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Cosac Naify, 2013. MORIN, E. Os meus demônios. Tradução: Fernando Martinho. Lisboa: Europa-América, 1995. MUYBRIDGE, E. The human figure motion. London: Chapman & Hall, LD, 1907. NÓBREGA, T.P. Corporeidade e Educação Física: do corpo-objeto ao corposujeito. Natal: EDUFRN, 2000. ______. Uma fenomenologia do corpo. São Paulo: Livraria da física, 2010. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O CORPO QUEER COMO EXPERIÊNCIA ESTESIOLÓGICA: CONTRIBUIÇÕES ESTÉTICAS PARA A EDUCAÇÃO Paula Nunes Chaves, e-mail: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte Terezinha Petrucia da Nóbrega Universidade Federal do Rio Grande do Norte Epistémologie Palavras-Chave: Corpo queer, estética, estesia, educação. Resumo: Falar sobre a experiência do corpo e da sexualidade nos processos educativos na contemporaneidade é uma tarefa que envolve o desafio de considerar novas paisagens existenciais, sensíveis e estéticas para tais interfaces. E é a partir delas que elencamos para reflexão a questão do corpo queer como experiência estesiológica para a educação, a partir das pistas deixadas por esse corpo no cinema queer. Temos como hipótese que as performances corporais queer engendram a estesia dos sentidos, a inventividade e a criação, e essa estesia configura-se como educativa e inauguradora de novos horizontes estéticos. Diante deste cenário, objetivamos refletir sobre as contribuições estéticas para a educação a partir da experiência estesiológica dos corpos queer visibilizados no cinema queer. A partir desse objetivo geral, outros se desenham: apreciar comparativamente a estética do cinema queer francês e brasileiro; revelar os desdobramentos de uma estética do cinema queer para a educação; esboçar reflexões sobre a estética do cinema queer como portador de nuances para pensar experiência do corpo queer e da estesia. O estudo tem como moldura metodológica a atitude fenomenológica de Merleau-Ponty. Recorreremos ao cinema queer enquanto portador de pistas para acessar a pluralidade de sensações, expressões, afetividades, desejos e sexualidades que fazem parte da experiência corpórea queer e de sua estesia. O material empírico consiste no cinema queer e o corpus de análise é composto pelos seguintes filmes: Dzi Croquettes (2009), Madame Satã (2002), Tatuagem (2013), Tomboy (2011), Une nouvelle amie (2014) e Les Garçons et Guillaume, à table! (2013). LE CORPS QUEER COMME UNE EXPÉRIENCE ESTHÉSIOLOGIQUE: CONTRIBUTIONS ESTHÉTIQUES POUR L'ÉDUCATION Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Mots-clès: Corps queer, esthétique, esthésie, éducation. Résumé: Parler de l'expérience du corps et de la sexualité dans les processus éducatifs dans la société contemporaine est une tâche qui implique le défi de considérer nouveaux paysages existentielles, sensibles et esthétiques à ces interfaces. C’est a partir de ces perspectives que nous avons listé pour la réflexion la question du corps queer comme expérience esthésiologique pour l'éducation et nous utiliserons les indices et des pistes laissés par ce corps dans le cinéma queer. Nous avons comme hypothèse que les performances corporelles queer indiquent l’esthésie de sens, l'inventivité, la création et l’expression du corps. Et que cette expérience esthésiologique du corps queer se configure comme nécessairement éducative et inaugure nouveaux horizons esthétiques. Dans cette direction, cette recherche a pour objectif réfléchir sur les contributions esthétiques par l'éducation basé sur l'expérience esthésiologique des corps queer visualisées dans le cinéma queer. De cet objectif général, d'autres se dessinent: comparer l'esthétique du cinema queer français et brésilien; révéler les déroulements d'une esthétique du cinéma queer pour l'éducation; esquisser réflexions sur l'esthétique du cinéma queer comme porteur d’aspects pour penser l'expérience du corps queer et de la esthésie. L'étude a comme méthodologie l'attitude phénoménologique de MerleauPonty et nous utiliserons la réduction comme une ressource méthodologique. Nous allons utiliser le cinéma queer comme porteur de pistes pour accéder à la pluralité de sensations, expressions, affections, désirs et des sexualités qui font partie de l'expérience corporelle queer et de sa esthésie. Notre matériel empirique est le cinema queer et le corpus d'analyse est composé de films français et brésiliens, à savoir: Dzi Croquettes (2009), Madame Satã (2002), Tatouage (2013), Tomboy (2011), Une nouvelle amie (2014) et Les Garçons et Guillaume, à table! (2013). Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A VIDA ENQUANTO FENÔMENO: APROXIMAÇÕES ANTROPOLÓGICAS ENTRE BLUMENBERG E FOUCAULT Maria Veralúcia Pessoa Porto, e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Rio Grande do Norte Iraquitan de Oliveira Caminha Universidade Federal da Paraíba Michel Dupuis Université Catholique de Louvain Epistémologie Resumo: Em uma época que busca dominar as forças do átomo e alcançar o espaço profundo causa perplexidade que algumas coisas ainda permaneçam ignoradas como, por exemplo, a vida e o homem. Claro que definições foram tentadas, a despeito de suas várias dificuldades. Quanto ao homem, pensado como ser racional ou ser cognoscente, as dificuldades são mais marcantes do que as soluções presentes no conceito. A consciência como autoconsciência não dá conta de autofundar-se e, além disso, concepções essencialistas tendem a ver o corpo como arcabouço de uma dominação, de uma domesticação, de formas de controle. Pensado dessa forma o homem, na verdade, estaria morto. Entretanto, pensar o homem de uma forma adequada persiste enquanto desafio e necessidade. Nesse sentido as contribuições de Blumenberg e Foucault à questão permanecem importantes. Blumenberg parte de uma matriz fenomenológica, aquela que possibilita pensar o corpo enquanto subjetivo e objetivo, projeto que nasce em Husserl visto que a consciência é sempre consciência de algo. Blumenberg nos possibilita pensar o homem enquanto carne e consciência da realidade segundo categorias presentes na Description de l'homme como a de carne própria e o corpo estrangeiro. Isso implica em dar "voz" ao corpo, às suas paixões e pulsões, algo que se encontra presente em Foucault quando este considera o processo de subjetivação. Nesses dois autores esse retorno ao homem se dá a partir de pontos comuns, de aproximações: da vida enquanto riscos e como cuidado, a saber, a partir de elementos que nos possibilitam ricas abordagens antropológicas sobre no fenômeno da vida. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LA VIE COMME PHÉNOMÈNE: DES APPROCHES ANTHROPOLOGIQUES ENTRE BLUMENBERG ET FOUCAULT Abstract: Dans un moment qui cherche maîtriser les forces de l'atome et atteindre l'éspace profond nous étions perplexes qui restent des choses inconnus comme, par exemple, la vie et l'homme. Certes que il y avait des définitions malgré des difficultés. Dans les théories qui pensent sur l'homme en tant que être rationnel ou sujet qui connaît les problèmes du concept restent plus grandes que les solutions à la fois que l'auto-conscience ne peut pas se fonder tout seule et les conceptions essentialistes visent l'homme comme lieu de domination, de domestication et de contrôle. Sur ce point de vue l'homme est déjà mort. Cependant, penser sur l'homme d'une façon appropriée presiste comme un défi et un besoin. À ce sujet les contributions de Blumenberg et Foucault restent importantes. Blumenberg nous donne des éléments de l'école phénoménologique qui nous invite à penser le corps en tant que subjectif et objetctif selon le projet qui naît avec Husserl et à la fois qui la conscience est conscience de une chose, Blumenberg nous donne la possibilité, dans son livre Description de l'homme, de penser sur la conscience comme corps étranger et chair propre. Cela implique en donner "voix" au corps, à ses passions et pulsions, une chose déjà présent chez Foucault lors l'examen qu'il a fait du processus de subjectivation chez l'Hermenéutique du sujet. Chez ces deux penseurs nous trouvons un retour à l'homme a partir des points communs, des approches, à savoir, la vie comme risque et comme soin, ça veut dire, a partir des éléments qui nous donne des possibilités anthropologiques infinies sur le phénomène de la vie. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A PESCA COM A CABRITA, UM CORPO FENOMENOLÓGICO Walter Chile R. Lima, e-mail: [email protected] Universidade do Minho Maria Manuel Baptista Universidade de Aveiro Wladilene Sousa Lima (UFPA) Universidade Federal do Pará Epistémologie Palavras-chave: Corpo fenomenológico, cabrita, performatividade. Resumo: Na obra Fenomenologia da Percepção (1945/2015), Merleau Ponty reflete sobre a percepção compreendida por meio das sensações experienciadas pelo indivíduo em movimento e no mundo em que está inserido, pois a forma como este percebe o mundo e seus fenômenos estão diretamente relacionados à cultura e à sociedade pertencente, ou seja, a percepção é apreendida no dinamismo do sujeito em um tempo, espaço e contexto o qual pertence. Assim, a percepção sofre influências culturais e sociais, onde cada gesto revela percepções repletas de sentidos. Esta compreensão fenomenológica tem influenciado vários estudos sobre a percepção e a valorização de experiências cotidianas dos sujeitos envolvidos. Além disso, complementa-se a estes estudos, o corpo relacionado à ideia de consciência, a qual é dimensionada pelo corpo, através da percepção, compreendida como motricidade. Dessa forma, este artigo tem como objetivo dissertar sobre o corpo na pesca e as influências culturais e sociais desse corpo a partir da visão fenomenológica de Merleau-Ponty de percepção e sensações. O estudo concentrará na pesca que utiliza o instrumento denominado cabrita, rotineiramente realizada na ria de Aveiro em Portugal na captura de bivalves. Considerada como uma prática pesqueira de subsistência e artesanal, a pesca com a cabrita consiste em uma atividade performativa, orgânica e intencional, que requer um corpo performático do pescador e/ou da pescadora, conectados a arte de pesca, que produz movimentos ritmados em seu corpo. Estes movimentos geram sentidos perceptivos, uma vez que a percepção MerleauPontyana situa-se na dimensão corpórea e o sentimento como substrato. Dessa forma apresenta-se a pesca com a cabrita enquanto corpo fenomenológico, histórico, cultural e social. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 . FISHING WITH A CABRITA, A PHENOMENOLOGICAL BODY Keywords: Phenomenological body, cabrita, performativity. Abstract: In Phenomenology of Perception work (1945/2015), Merleau Ponty reflects on the perception understood through the sensations experienced by moving individual and the world in which it is inserted, because the way he perceives the world and its phenomena are directly related to culture and society belonging, that is, the perception is apprehended in the subject of dynamism in time, space and context which it belongs. Thus, the perception suffers cultural and social influences where every gesture reveals perceptions full of senses. This phenomenological understanding has influenced several studies on perception and appreciation of everyday experiences of those involved. Moreover, it complements these studies, the body related to the idea of consciousness, which is scaled by the body, through perception, understood as motor. Thus, this article aims to elaborate on the body in the fishing and the cultural and social influences that body from the phenomenological view of Merleau-Ponty perception and sensations. The study will concentrate on fishing using the instrument called cabrita routinely held in Ria de Aveiro in Portugal in catching bivalves. Regarded as a fishing practice subsistence and craft, fishing with cabrita consists of a performative, organic and intentional activity that requires a performatic body of the fisherman and / or fisherwoman, attached to fishing gear, which produces rhythmic movements in your body. These movements generate perceptual sense, since Merleau-Pontyana perception is located in body size and the feeling as substrate. Thus presents fishing with the cabrita as a body phenomenological, historical, cultural and social. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 L’EXPÉRIENCE DU CORPS VÉCU/VIVANT DANS LA FORMATION DES KINÉSITHÉRAPEUTES Vilma Bouratroff, e-mail: [email protected] Université Paris 8 Epistémologie Mots-clés: Corps, formation, clinique, subjectivation. Résumé: Cette communication porte sur les expériences cliniques des étudiants kinésithérapeutes en situation de stage à partir des analyses de leurs productions discursives. Nous souhaitons mettre en discussion la méthodologie de l'étude du corps dans le cadre d’une approche foucaldienne du corps anatomo-centrée et de la clinique médicale (Foucault, 1963). C’est par l’écriture du dossier clinique de psycho-sociologie, en troisième année, que les étudiants sont invités à développer une réflexion subjective autour de la relation thérapeute-patient. Quels liens entre le corps-objet de savoir et le corps-sujet vivant ? A partir de ce corpus, nous identifierons trois niveaux d’analyse du corps (Andrieu, 2010) : -le corps décrit qui est le corps énoncé en troisième personne, c’est-à-dire la description du corps posée en tant qu’objet de savoir autrement dit le savoir anatomique et biomécanique transmis (l'histoire de la maladie, les antécédents médicaux, le projet de rééducation…) -le corps vécu qui inscrit la présence d’une subjectivité en deuxième personne du patient à partir de l’explicitation du corps ressenti (l’histoire du vécu de sa maladie, ses attentes…) -le corps vivant qui est le corps à la première personne, le corps des émotions qui construit l’intersubjectivité par et dans la pratique du toucher dans la relation thérapeutique entre le corps-patient et le corps- étudiant. Notre étude s’inscrit dans une démarche de recherche à propos des processus de subjectivation (Foucault, 1980, 2001) des savoirs du corps mis en œuvre par les étudiants dans le cadre de la formation de masso-kinésithérapie. Bibliographie: Foucault, M. (1963) La naissance de la clinique, Paris, Quadrige/PUF. Andrieu, B. (2010) La philosophie du corps, Paris, J. Vrin. Foucault, M. (1980) L’origine de l’herméneutique de soi, Paris, J. Vrin. Foucault, M. (2001) L’herméneutique du sujet, Paris, Seuil/Gallimard. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A DANÇA COMO NICHO POÉTICO DO CORPO Karenine de Oliveira Porpino Universidade Federal do Rio Grande do Norte Epistémologie Resumo: A pesquisa trata das experiências de movimento do corpo dançante como horizonte poético e pedagógico para compreender a dança e atualizar as experiências de ensino. Considera-se a experiência do dançar como metamorfose incessante de temporalidades e espacialidades diversas do corpo. Com base na Fenomenologia, nos estudos de Merleau-Ponty, a pesquisa se desenvolve a partir de registros escritos (diários e depoimentos) e visuais (fotografia e vídeo) das experiências do dançar em ateliês e aulas de dança no âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal – Brasil. Discute-se que para dançar e ensinar dança faz-se necessário considerar uma do sentir, a busca de estratégias estéticas para viver um estado de presença, de atenção a si como inauguração do aqui e do agora a partir do movimento dançante. No entanto, compreende-se que a dança se dá também por uma aquiescência da ausência, das incursões do movimento cujas formas expressivas ainda não são possíveis de percepção pelo dançarino. Nesse contexto, as práticas de atenção a si ou as práticas meditativas, podem atualizar as experiências do dançar e do ensinar dança por permitirem uma percepção, sem julgamento, da circularidade osmótica das sensações e de uma atualização infinita das temporalidades e espacialidades do corpo. Nesse contexto as ações poéticas de ver, escutar e tocar, mediadas ou não pelo uso de objetos de memória, do contato com o outro e com o chão, do uso das imagens dentre outros motes de impulso para a dança, podem ser pensados como gatilhos para a produção de uma dança que considere presença e ausência como campos possíveis para o movimento. Aqui se compreende e se perspectiva a cena da dança como nicho poético, espaço maleável e enigmático, de nutrição, de incubação e de organização poético-expressiva das intensidades do corpo. LA DANSE COMME NICHE POÉTIQUE DU CORPS Résumé: La recherche traite des expériences de mouvement de corps dansant comme un horizon poétique et pédagogique pour comprendre les danse et mettre à jourdesexpériences d'enseignement. Il est Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 considérécommel'expérience de ladansecommemétamorphose incessante de temporalités et de spatialités diverses du corps. Surla base de la Phénoménologie, danslesétudes de Merleau-Ponty, larecherche se développe à partir desdocumentsécrits (journaux intimes et témoignages) et visuelle (photo et vidéo) de l'expériencedes ateliers de danse et descours de danse à l'Universitéfédérale de Rio Grande do Norte - Natal - Brésil. Il se discute que pourdanseretenseignerladanse, il est nécessaire d'envisager une approbationdu sentir, larecherche de stratégiesesthétiquespourvivreunétat de présence, l'attentionsurlui-mêmecommel'inauguration d'ici et maintenantdumouvement dansant. Cependant, se comprend que ladansedonneégalementunconsentement de l'absence, d'incursions de mouvementdontles formes expressives ne sontpaspossibleslaperception par ledanseur. Danscecontexte, les pratiques d'attention à soi ou aux pratiques méditativespeuventmoderniserl'expérience de ladanse et d''enseigner à danser par permettre une perceptionsansjugement, de circularitéosmotiquedessensations et une mise à jourinfiniedestemporalités et spatialitésducorps. Danscecontexte, les actions poétiques de voir, écouteret toucher, la médiationou non par l'utilisationd'objets de mémoire, du contact avec l'autre et avec le sol, l'utilisationd'imagesparmiautresthèmes stimulation pour la danse, ilspeuventêtreconsidéréscomme des déclencheurs pour la production d'unedanseprendre en considération la présence et l'absencecomme champs possibles pour le mouvement. Ici, s'ilcomprend et se met en perspective la scène de la dansecomme niche poétique, espace flexible et énigmatique, la nutrition, l'incubation et de l'organisationpoétique expressive des intensités du corp. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O CORPO COMO CARNE DO MUNDO E A ARTE COMO CRIAÇÃO Iraquitan Caminha Universidade Federal da Paraíba Epistémologie Palavras-chaves: Corpo, carne, arte, Merleau-Ponty, Heiddeger. Resumo: Nosso objetivo é analisar as descrições de quatro artistas (Valeria Rezende, Ronaldo Monte, Flávio Tavares e Marcelo Soares) que descrevem suas produções artísticas. Essa análise será feita a partir dos conceitos de Corpo e Carne em Merleau-Ponty e o sentido originário da arte em Heidegger. Com base nessa análise, discutiremos sobre o corpo como carne do mundo e a arte como criação. LE CORPS COMME CHAIR DU MONDE ET DE L'ART COMME CRÉATION Mots-clés: Corps, chair, art, Merleau-Ponty, Heidegger Résumé: Notre objectif est d'analyser les descriptions de quatre artistes (Valeria Rezende, Ronaldo Monte, Flávio Tavares et Marcelo Soares) qui décrivent leurs productions artistiques. Cette analyse sera faite à partir des concepts de corps et de chair chez Merleau-Ponty et le sens original de l'art chez Heidegger. Sur la base de cette analyse, nous allons discuter sur le corps comme chair du monde et de l'art comme création. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 EMERSIOLOGIE : UNE ENTRÉE PAR LES CONDUITES MOTRICES Nicolas Burel Techniques et Enjeux du Corps, EA 3625, Université Paris Descartes Sabine Cornus Faculté des Sciences du Sport, Université de Strasbourg Bernard Andrieu Techniques et Enjeux du Corps, EA 3625, Université Paris Descartes Epistémologie Résumé: Développée par et avec B. Andrieu, l’émersiologie s’affirme à l’heure actuelle comme un modèle de pensée fécond pour appréhender la complexité de l’émergence des comportements humains et de leur conscientisation. Fondée sur une ontologie de la discontinuité, structurée autour de trois niveaux corporels, elle ouvre un espace de dialogue transdisciplinaire entre différents courants scientifiques structurés isolément les uns des autres, bien que considérant tous le même objet « corps » sous un angle spécifique. Dans cette communication, nous développons une entrée dans ce modèle par le biais de l’étude des conduites motrices des enseignants d’Education Physique et Sportive en situation professionnelle. Ces enseignants ont été suivis dans le cadre d’une recherche doctorale portant sur la question de leur épanouissement et épuisement professionnels. Nous proposons ainsi de considérer leurs comportements volontaires, automatisés et spontanés comme des traces « imsertives » liées d’une part à l’effet du contexte d’enseignement sur l’agent, et d’autre part aux stratégies régulatrices qui en résultent. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LIBIDO, PROMISCUIDADE E DESEJO: A ESTESIOLOGIA NO OITAVO ESBOÇO DO CURSO A NATUREZA Avelino Aldo de Lima Neto Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologiado Rio Grande do Norte – Brasil Grupo de Pesquisa Estesia – Corpo, Fenomenologia e Movimento Esthésiologie et Emérsiologie Palavras-chave: Estesiologia; Empatia; Libido; Promiscuidade; Desejo. Resumo: Libido, promiscuidade e desejo são três categorias mediadoras do itinerário merleau-pontiano do corpo à carne, mais fortemente presentes no último esboço de 1959-1960 do curso A Natureza. Neste ano, o filósofo circunscreve os seus estudos de modo mais específico no lugar do corpo na Natureza, já investigada nos anos precedentes enquanto natureza física. Tal lugar é, na verdade, um circuito com o mundo, circuito este que a noção de empatia (Einfühlung) bem demonstra.O filósofo possibilita-nos, com esta noção, uma melhor compreensão das supracitadas categorias,das quais ele lançou mão para caracterizar a presença do corpo do mundo, corpo este que é a maneira de ser da humanidade. Ao dizer, já no primeiro esboço, que a empatia é desejo, libido e projeção, Merleau-Ponty faz corresponder à estrutura estesiológica do corpo uma estrutura libidinal, provocando uma reviravolta na análise ontológica, uma vez quetal correspondência fazdasensorialidade não uma relação meramente gnosiológica no que concerne ao mundo, mas um modo de desejo. Isto implica dizer que o desejo passa a ser definidor da maneira de ser acima aludida. O presente trabalho, porém, retomando em linhas gerais a construção destas categorias ao longo do curso, não tem o objetivo derealizar uma exegese exaustiva das mediações utilizadas pelo filósofo para caracterizar a carne e aestesiologia do corpo. Queremos, ao invés, limitarmo-nos às implicações epistemológicas do corpo estesiológico como estrutura libidinal. Fazemo-lo com vistas a, de modo geral, melhor circunscrever o horizonte epistêmico aberto pela estesiologia e, de modo específico, elencaralguns elementos teórico-metodológicos determinantes para pesquisas de abordagemestesiológica – abordagem sempre interessada em descrever a lógica erótica da vida encarnada. LIBIDO, PROMISCUITÉ ET DÉSIR : L’ESTHÉSIOLOGIE DANS LA 8ÈME ÉBAUCHE DU COURS LA NATURE Résumé: Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Le libido, la promiscuité et le désir sont trois catégories qui font la médiation du corps à la chairdans l’itinéraire de recherche de Merleau-Ponty. Elles sont plus fortement présentes dans la dernière ébauche de 1959-1960 du cours surLa Nature, occasion dans laquelle le philosophe circonscritses études plus précisément à la place du corps dans la nature, déjà étudiée au long des années précédentes en tant que nature physique. Cette place estcaractériséecomme un circuit avec le monde, dont la notion d'empathie (Einfühlung) bien le montre, en nous ouvrant une meilleure compréhension des catégories ci-dessus utilisés par le philosophe pour caractériser la présence du corps dans le monde, un corps qui est la manière d'être de l'humanité.En affirmant dès la1èreébauche que l'empathie est désir, libido et projection, Merleau-Ponty fait correspondre à la structure esthésiologique du corps une structure libidinale, ce qui provoque un tournant dans l'analyse ontologique, puisque cette correspondance faitde la sensorialité non pas seulement une relation simplement gnoséologique par rapport au monde, mais un mode de désir.Cela implique affirmer que le désir passe à définir la manière d'être susmentionnée. Ce travail, cependant, en reprenant en lignes générales la construction de ces catégories au long du cours, n’a pas pour objectif de mener une exégèse minutieuse des médiations utilisées par le philosophe pour caractériser la chair et l’esthésiologie du corps. Le but ici est d’indiquerles implications épistémologiques do corps esthésiologiqueen tant que structure libidinale. Nous faisons cela premièrement pour mieux circonscrire l'horizon épistémique ouvert par l’esthésiologie et, plus précisément, pourdésigner quelques éléments théoriques et méthodologiques déterminants pour une approche de recherche esthésiologique –approche toujours intéressée à décrire la logique érotique de la vie incarnée. Referências / Bibliographie: AYOUCH, Thamy. Maurice Merleau-Ponty et la psychanalyse : la consonance imparfaite. Paris : Le Bord de l’Eau, 2012. BARBARAS, Renaud. Lestroissenses de lachair :sur une impasse de l’ontologie de Merleau-Ponty. In: CARBONE, Mauro (org.). Chiasmi international : publication trilingue autor de la pensée de Merleau-Ponty. Milano, Paris, Memphis :Vrin, Mimesis, Universityof Memphis : 2008. CAMINHA, Iraquitan de Oliveira. O distante-próximo e o próximo-distante: corpo e percepção na filosofia de Merleau-Ponty. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2010. MERLEAU-PONTY, Maurice. A Natureza: curso do Collège de France. São Paulo: Martins Fontes, 2006. NÓBREGA, Terezinha Petrucia. Sentir a dança ou quando o corpo se põe a dançar. Natal: Editora do IFRN, 2015. SAINT AUBERT, Emmanuel. Être et chair. Du corps au désir : l’habilitation ontologique de la chair. Paris : Vrin, 2013. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 DOS SENTIDOS E DA CONSCIÊNCIA ENQUANTO RELAÇÃO ENTRE O VIVIDO E O VIVO EM ROUSSEAU Telmir de Souza Soares, e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Rio Grande do Norte Emérsiologie Resumo: Explicar a emergência do humano em meio aos outros seres ainda profundamente imersos na natureza se dá como um desafio complexo e difícil de ser realizado. Entretanto, pode-se tentar, com muito mais chances de sucesso, entender o que anima tal emergência. Certamente, em meio aos demais seres da natureza o homem é, entre todos, o que é menos provido de "ferramentas" cabendo ao mesmo, tendo em vista assegurar sua existência, elaborar meios para ultrapassar essa sua deficiência originária. A consciência de si vai ser o motor que, de forma dupla, apreende essa necessidade e suplementa essa carência. Qualquer divisão entre esses dois momentos compreende uma tentativa didática de dar conta de algo que, aparentemente, se dá de forma simultânea. Essa consciência de si se dá pela compreensão primeira de ser um corpo em meio a necessidades e vicissitudes. A emergência do humano se dá no corpo, nos sentidos, primeiro sentimos e depois pensamos, segundo a fórmula rousseauniana para expressar no Segundo discurso, a ordem dos fenômenos que tratam da consciência. Essa fórmula de Rousseau se configurou como uma "figura" baseada num "mito", o do estado de natureza. Desmerecido e desconhecido quanto ao seu real significado o mito tem sido desprezado enquanto forma de conhecimento e, ademais, de nos dar acesso a um conhecimento sobre o homem. Nosso objetivo nesse trabalho consiste em apontar em Rousseau não somente a validade de sua abordagem teórica mas da sua efetividade em mostrar a relação entre o vivo no homem e o vivido através da relação entre sensação e consciência, ou seja, que essa emergência das sensações em nós são o sinal do vivido que se expressa no vivo em seu existir. Da passagem do corpo para a consciência encontramos em Rousseau não os rastros de um passado que jamais existiu, mas um presente que nos convida a compreender o homem em sua integralidade. LES SENS ET LA CONSCIENCE EN TANT QUE RAPPORT ENTRE LE VÉCU ET LE VIVANT CHEZ ROUSSEAU Résumé: Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Expliquer l'émergence de l'homme parmi les autres êtres vivants encore immergés dans la nature est un défi complexe et dificile à surmonter. Cependent, on peut essayer, avec plus de chance de succès, de comprendre celui qui anime ce genre d'émergence de l'homme. Certainement, parmi des êtres de la nature, l'homme est le moins doué des "outils" pour assurer sa vie et survivre. Ainsi, en fonction de ce problème, l'homme a developpé des moyens a fin de vaincre cette carence originaire. La conscience de soi va se dévenir le moteur que, de une double façon, perçoit ce besoin et surmonte cette carence. La division entre ces deux moments est purement didactique car ils sont, probablement, simultanés. Cette conscience de soi est donnée par la compréhension première d'être un corps au milieu des besoins et problèmes. L'émergence de l'homme est donnée dans le corps, prémierement nous sentons et après nous pensons, selon la fórmule rousseauiste dans le Discours sur l'inégalité a fin d'expresser le phénomène de la conscience. Cette formule de Rousseau a été configuré comme une "figure", un "mythe", celui de l'état de nature. Imméritée et inconnu dans son réel significat le mythe a été méprisée en tant que forme de connaissance et, au-delá, comme un genre de connaissance sur l'homme. Notre but avec cette recherche est de pointer chez Rousseau non seulement la validité de son approche théorique mais aussi l'effectivité de sa théorie pour montrer le rapport dans la vie de l'homme entre le vivant et le vécu chez la sensation et la conscience, ça veut dire que l'émergence des sensations, chez nous, sont le signal du vécu que apparaît dans l'existence du vif. Dans le passage du corps vers la conscience nous ne trouverons pas, chez Rousseau, des vestiges d'un passé qui n'a jamais existé, mais, au contraire, un présent qui nos invite à comprendre l'homme dans sa integralité. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 EMPATHIE DE LA DOULEUR ET FORMES D’ÉMERSION Francisco Mujica, e-mail: [email protected] Université Catholique de Louvain Emérsiologie Résumé: Une des particularités de l´expérience de la douleur est son irréfutabilité : la douleur est un vécu impossible à nier. Parmi les formes d´affection immanentes, la douleur est, peut-être, la plus claire de toutes. Mais, est-ce qu´on peut soutenir la même proposition concernant la douleur d´autrui ? La question n´est pas la possibilité d’apercevoir la douleur d´autrui. Malgré tout la douleur d´autrui est un factum : l´expérience de ressentir la douleur d´un ami ou de nos parents est universelle. La recherche neurologique nous donne des évidences scientifiques de cet enjeu1. En plus, on peut dire qu´on « souffre », non pas seulement face à l´évènement de la douleur d´autrui – être témoin d´un accident de la route –, mais aussi face à la douleur des personnes dont on n´a jamais fait la connaissance, mais pour qui on ressent de la pitié, de la tristesse, de l´angoisse en ce qui concerne les difficultés dont ils pâtissent2. Même si l´empathie de la douleur n´est pas un processus exclusivement cognitif –elle présuppose une disposition vers l´autre- on réalise, par ailleurs, que la rencontre avec la douleur d´autrui n´est pas un événement qui demeure dans l´ordre de la « nature humaine » : des phénomènes comme la torture3 ou le sadisme4 seraient impossibles si l´empathie face à la douleur était un processus naturel ou une sorte de condition anthropologique. Le défi pour accéder à la douleur d´autrui consiste alors à montrer, le sens, les préconditions, les processus qui y sont impliqués et les mécanismes associés à la rencontre des vécus douloureux d´autrui. Le concept d’émersion sera tout à fait fondamental pour cette tâche car on saisit la douleur d’autrui seulement grâce aux différentes formes de mouvement interne que notre chair et notre corps adoptent. 1 Merchand, S. (2009). Le phénomène de la douleur. Comprendre pour soigner. Paris: Elsevier Masson. 2 Boltanski, L. (1993). La souffrance à distance. Paris: Métailié. 3 Danzinger, N. (2014) « Empathie et douleur » Conférence donnée lors des 20e Journées La Douleur de l'Enfant, Quelles réponses? Dans : https://www.youtube.com/watch?v=VhfCXjnR5Tg (Visionnée Octobre 2015). 4 Sartre, J.P. (2010). L´être et le néant. Essai d´ontologie phénoménologique. Paris : Gallimard. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 ENTRE O CORPO VIVO E O CORPO VIVIDO DO SUJEITO JOGADOR: UMA ONTOGÊNESE ESTÉTICA E ESTESIOLÓGICA NOS JOGOS ELETRÔNICOS E ESPORTIVOS Bruno Medeiros Roldão de Araújo, e-mail: [email protected] Universidade Federal de Campina Grande Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas Universidade de Pernambuco Emérsiologie Palavras-chave: Corpo Humano, jogos de vídeo, emersiologia, esporte, virtualização. Resumo: Entendendo que o corpo conhece a si mesmo por meio da expressão do corpo vivo no corpo vivido e com base na Emersiologia de Andrieu (2015), na qual a constituição estética e estesiológica se constitui justamente no vácuo entre os corpos vivo e vivido, esta pesquisa objetivou conhecer os processos pelos quais as tecnologias maquínicas e informacionais, constituídas na forma de jogos eletrônicos esportivos, atuam na constituição da cultura corporal de movimento. Método: Pesquisa qualitativa descritiva de campo, em que foram realizadas entrevistas semi-estruturados com 50 atores sociais, na faixa etária da juventude proposta pela Organização das Nações Unidas - ONU (2004), entre 15 e 24 anos de idade, da rede pública de Ensino Médio e Superior da Universidade de Pernambuco - UPE, Recife-PE, Brasil. As informações foram tratadas por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (2008) e utilização dos softwares Analysis of Qualitative Data - AQUAD 6 e GoDiagram. Resultados: Os dados possibilitaram a criação de quadros categóricos analíticos, que apresentaram como principais categorias sintéticas relacionadas ao entendimento de si por meio dos jogos eletrônicos esportivos, a “aprendizagem corporal/esportiva por imitação” e a "interação corporal virtual". Os discursos refletiram um processo de criação do movimento humano, por meio da reprodução de vivências virtuais, em forma de motricidade humana, agente e criadora da cultura, conforme Sérgio (2000). Diante do anacronismo de transmissão nervosa de 450 ms até a consciência no corpo vivido, tem-se o corpo vivo sempre reconhecido em atraso pela consciência do corpo vivido, neste sentido o corpo vivido seria o virtual e o corpo vivo a atualização deste na expressão de sua cultura corporal. No processo de virtualização corporal, há uma busca constante de atualização, visto que o corpo continua sendo o centro Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 do processo perceptivo, no qual artes imersivas fazem despontar a essência do "iceberg" corporal. BETWEEN THE LIVING BODY AND LIVED BODY OF THE PLAYER SUBJECT: A ONTOGENESIS AESTHETICS AND AESTHESIOLOGIC ON SPORTS GAMES Keywords: Human Body, videogames, emersiology, sport, virtualization. Abstract: Understand that the body know himself by means of the expression of living body in the lived body and based on Emersiologia of Andrieu (2015), in which aesthetics and estesiológica constitution is precisely constituted in the gap between the living bodies and lived, this research objectified understand the processes by which the machinic and information technologies, incorporated as sports video games, operate in the constitution of the culture of body movement. Method: descriptive qualitative research, in which were carried out semi-structured interviews with 50 students, aged youth proposed by the United Nations - UN (2004), between 15 and 24 years old, from public high school and higher education at the University of Pernambuco - UPE, Recife/PE, Brazil. The informations was treated by means of the Bardin Content Analysis (2008) and using the softwares Analysis of Qualitative Data - AQUAD 6 and GoDiagram. Results: The data enabled the creation of analytical Categorical frames that had as main synthetic categories related to understanding of himself through sports video games, the "bodily/sporting learning by imitation" and "virtual bodily interaction". The speeches reflected a process of creation of human movement, through reproduction of virtual experiences in the form of human movement, agent and creator of culture, according Sérgio (2000). Faced with the anachronism of nerve transmission 450 ms to consciousness in the lived body, has the living body always delayed by the body consciousness lived, that sense the lived body would be the virtual and the living body to update this expression of your body culture. In the body virtualization process, there is a constant search for updating, since the body remains the center of the perceptual process, in which immersive arts do emerge the essence of bodily iceberg. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 GINÁSTICA RÍTMICA E EDUCAÇÃO: ESTESIA, DOR E SOFRIMENTO Loreta Melo Bezerra Cavalcanti, e-mail: [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grade do Norte Karenine de Oliveira Porpino Universidade Federal do Rio Grande do Norte Emérsiologie Resumo: Afirmamos a tese de que dor e sofrimento são geridas nos processos educativos, porque se tratam de experiências inerentes à existência humana, situando-se como possibilidades de um corpo estesiológico. Acreditamos que esse gerenciamento das sensações é o cerne de algumas práticas corporais, aqui explicitadas através da Ginástica Rítmica, porque esta possui um investimento minucioso na constituição da beleza, num processo em que a administração das experiências de dor e de sofrimento perpassam e transcendem a sua prática. Temos como objetivos: Descortinar experiências de dor e sofrimento na Ginástica Rítmica a partir da descrição e interpretação da dimensão do vivido; Refletir sobre as relações entre as experiências de dor, sofrimento, beleza e a Educação. Como interlocutor principal da nossa tese, utilizaremos Merleau-ponty (Fenomenologia da Percepção, A Natureza, O olho e o Espírito, O visível e o Invisível, Psicologia e Pedagogia da Criança), que embasa nossa compreensão de corpo (do fenomenológico ao estesiológico), estesia, carne, sobretudo pelo método e a atitude fenomenológica que significam nosso objeto. A descrição de minhas experiências na Ginástica Rítmica serão abordadas sob olhares distintos: primeiro através da retomada do vivido, de forma autobiográfica, segundo através da apreciação da narrativas da obra Escola de campeãs, e, em terceiro lugar, através da apreciação das falas das experiências de quatro (04) ex-ginastas integrantes da seleção brasileira de Ginástica Rítmica. RHYTHMIC GYMNASTICS AND EDUCATION: ESTHESIA, PAIN AND SUFFERING Abstract: We affirm the thesis that pain and suffering are managed in educational processes because these are experiences inherent to human existence, being presented as possibilities of an esthesiological body. We believe that the Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 management of body sensations is the core of some body practices, here explained through Rhythmic Gymnastics, because this has a thorough investment in the creation of beauty, a process in which the administration of pain and suffering experiences pervade and transcend its practice. We have the following objectives: uncover experiences of pain and suffering in Rhythmic Gymnastics from the description and interpretation of the dimensions of the lived experiences; Reflect on the relationship between the experiences of pain, suffering, beauty and education. As main interlocutor of our thesis, we will use Merleau-Ponty (Phenomenology of Perception, The Nature, The Eye and the Spirit, The Visible and the Invisible, Psychology and Child Education), which underpins our understanding of the body (from the phenomenological to the esthesiological), esthesia, flesh, especially by the method and the phenomenological attitude that mean our subject. The description of my experiences in Rhythmic Gymnastics will be addressed under different views: first through the resumption of these experiences in an autobiographical form, secondly by examining the narratives of the work Champions of School, and, thirdly, by studying the experiences from the speech of four (04) former gymnasts members of the Brazilian team of Rhythmic Gymnastics. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A EXPERIÊNCIA DA LEITURA ESTESIOLÓGICA: UMA CARTOGRAFIA DE LETRAMENTOS COMO MAPA DO VISÍVEL Adeilza Gomes, e-mail: [email protected] Karenine Porpino Universidade Federal do Rio Grande do Norte Emérsiologie Palavras-chave: Leitura estesiológica, letramentos em visualidade, corpo. Resumo: Este trabalho objetiva discutir a leitura da visualidade como experiência estesiológica, considerando que no mapa do visível emerge experiências de Letramentos. Baseada nas noções de reversibilidade da carne referendada nas obras O visível e o invisível (2009), O olho e o espírito (2013) de Merleau-Ponty e de corpo estesiológico em Nóbrega (2010; 2015), a tese articula diálogos entre a Fenomenologia (MERLEAU-PONTY, 2006a; 2006b), a Cultura Visual (HERNANDEZ, 2007; 2010) e os Multiletramentos do The New London Group (1994). Partimos do entendimento do corpo como campo de experiência, de sensações e de afecções, em que o olhar habita. Nesse sentido, a experiência de ver já é uma leitura, ao mesmo tempo em que a modalidade do visível configura-se, também, em experiências de Letramentos em Visualidade. De abordagem fenomenológica, os filmes “Como estrelas na terra, toda criança é especial”, “O Sorriso de Monalisa” e os registros visuais e escritos oriundos da Formação Docente Continuada com professores de Artes das escolas municipais de Natal/RN são materiais de interpretação na pesquisa. Apreendese desse estudo que a intercorporeidade, a liberdade e a expressão apresentam-se como aspectos do aparecimento da leitura visual/estesiológica mediada pela dialética do jogo visual (DIDI-HUBERMAN, 2010), constituindo-se numa experiência viva da linguagem: uma cartografia de Letramentos, cujo engajamento com a cultura visual envolve o corpo estesiológico movendo-o para a construção de sentidos, a reinvenção de si e o criar imbricado no mapa do visível. L’EXPÉRIENCE DE LA LECTURE ESTHÉSIOLOGIQUE : UNE CARTOGRAPHIE DE LITTÉRATIES EN TANT QUE PLAN DU VISIBLE Mots-clés: Lecture esthésiologique, littératies en visualité, corps. Résumé: Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ce travail a pour objectif de discuter la lecture de la visualité en tant qu’expérience esthésiologique, en tenant compte que le plan du visible émerge des expériences de Littératies. Basée sur les notions de réversibilité de la chair confirmée dans les œuvres Le visible et l’invisible (2009), L’Œil et l’esprit (2013) de Merleau-Ponty et de corps esthésiologique chez Nóbrega (2010 ; 2015), la thèse articule des dialogues entre la Phénoménologie (MERLEAU-PONTY, 2006a ; 2006b), la Culture Visuelle (HERNANDEZ, 2007 ; 2010) et les Multilittératies du The New London Group (1994). On part de la compréhension du corps en tant que domaine d’expérience, de sensations et d’affections, où le regard habite. De ce fait, l’expérience de voir, c’est déjà une lecture, en même temps que la modalité du visible se configure aussi dans des expériences de Littératies en Visualité. D’approche phénoménologique, les films "Taare zameen par", "Le sourire de Mona Lisa" et les données visuelles et écrites provenant de la Formation Continuée d’Enseignants d’Arts des écoles de la ville de Natal/RN sont les matériels d’interprétation dans la recherche. On constate à partir de cette étude que l’intercorporéité, la liberté visuelle/esthésiologique intercédée par la dialectique du jeu visuel (DIDI-HUBERMAN, 2010), en se constituant dans une expérience vivante du langage : une cartographie de Littératies, dont l’engagement avec la culture visuelle implique le corps esthésiologique le poussant à la construction de sens, la réinvention de soimême et le créer impliqué dans le plan du visible. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O SERTÃO QUE EMERGE NA OBRA MUSICAL DE ELOMAR FIGUEIRA DE MELO Gilmar Leite Ferreira, email: [email protected] Universidade Federal da Paraíba Esthésiologie Palavras-Chave: Elomar, Sertão, Música, Mundo Vivido. Resumo: O presente resumo aborda o sertão que emerge na música de Elomar Figueira Mello. Fundamentado na filosofia de Merleau-Ponty, esse trabalho interpreta o fenômeno musical como a expressão mundo vivido, manifestado pela relação do compositor-poeta-cantador-músico Elomar, com o sertão. Este compositor brasileiro, de Vitória da Conquista, sertão da Bahia, é um homem profundamente entrelaçado com o mundo que vive, revelando em sua música trovadoresca, sinfônica e operística, os dizeres e fazeres do povo do sertão. O cantador poeta quase sempre viveu no sertão, só saindo uma vez para morar em Salvador, onde cursou arquitetura, na Universidade Federal da Bahia. Em sua música, emerge um sertão profundo, quase imemorial; se não fosse o trabalho de garimpeiro de palavras, de estórias, de expressões, tornando-se um arqueólogo e um cronista de um sertão dos seus antepassados, que a cada vez mais vem se esvaindo pela invasão do mundo da comunicação midiática e dos costumes urbanos. Além da expressão do humano sertanejo, na obra do cantador-poeta, emerge a experiência sensível, pela sua relação com a natureza da caatinga sertaneja; bioma único no mundo. Nas cantigas, sejam trovadorescas, ou nos cantos operísticos e sinfônicos, vamos encontrar mandacarus, xiquexiques, umbuzeiros, juazeiros, e uma infinita quantidade de plantas da caatinga. Além da vegetação e do povo da aldeia sertaneja, Elomar expressa no seu canto erudito, os bodes e ovelhas, como personagens ontológicos de um sertão onde os outros animais se assemelham com os humanos, pela relação de inerência que existem entre ambos. O vaqueiro, como um ser metafísico do sertão elomariano, se expressa e transforma-se, numa terra e num trabalho de desafios constantes que, devido a sua adversidade, provoca mudanças no homem, pelas exigências de uma vida, onde os excessos e as faltas fazem parte do cotidiano. Personagem principal nas suas composições, o poeta mostra o vaqueiro como um sujeito que está mais próximo dos outros animais, principalmente do cavalo, seu grande companheiro nas cavalgadas e pegas de alguma vaca ou novilho que fugiu para dentro caatinga fechada. Na música do poeta-cantador, o sertão antropológico, cultural, biológico, histórico, social, religioso, artístico e estético, funda um lugar extremamente paradoxal, unificado na poesia e na música de Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 um compositor que dá um tratamento sofisticado, delicado, ético e profundo ao mundo-sertão. LE SERTÃO QUI EMERGE DANS L’OEUVRE MUSICALE DE ELOMAR FIGUEIRA MELLO Mots-Clés: Elomar, Sertão, Musique, Monde Vécu. Résumé: Le présent résumé aborde le Sertão1 qui émerge dans la musique d’Elomar Figueira Mello. Basé sur la philosophie de Merleau-Ponty, ce travail interprète le phénomène musical comme l’expression du monde vécu qui se manifeste par la relation du compositeur-poète-chanteur-musicien Elomar avec le sertão. Ce compositeur brésilien, né à Vitória da Conquista dans l’Etat de Bahia, est un homme profondément entrelacés avec le monde où il vit, révélant dans ses chants troubadours, symphoniques et lyriques, les mots et les actions des gens du Sertão. Le chanteur-poète a presque toujours vécu dans le Sertão, le quittant une seule fois pour vivre à Salvador, où il a étudié l'architecture à l'Université Fédérale de Bahia. Dans sa musique, émerge un Sertão profond, presque immémorial; si ce n’était pas le travail de ‘mineur’ de mots, d’histoires, d’expressions, en devenant un archéologue et un chroniqueur d'un Sertão de ses ancêtres, qui est en train de disparaître à cause de l'invasion du monde de la communication médiatique et des coutumes urbaines. Au délà de l’expression de l’homme sertanejo, dans l'œuvre du chanteur-poète émerge l'expérience sensorielle, par sa relation à la nature de la caatinga2 sertaneja; biome unique dans le monde. Dans ses chants, que se soient troubadours, ou que se soient lyriques et symphoniques, on trouve des mandacarus, 3 xiquexiques, umbuzeiros, juazeiros et une quantité infinie de plantes de la caatinga. En plus de la végétation et les gens du village du Sertão, Elomar exprime dans ses chansons érudites, les chèvres et les moutons, comme des personnages ontologiques d'un Sertão où d'autres animaux sont semblables aux humains par la relation inhérente qui existe entre eux. Le cow-boy, en tant qu’être métaphysique du Sertão elomarian, s’exprime et se transforme, dans une terre et dans un travail de défis constants en raison de ses adversités, provoque des changements dans l'homme, par les exigences d'une vie où les excès et les pénuries font partie de la vie quotidienne. Personnage principal 1 Zone géograhpique du Nord-Est du Brésil au clima semi-aride. Son sens originel signifie l’« arrière-pays », le « fin fond », une zone éloigné des centres urbains, la campagne. (source : wikipedia.org) 2 « Un type de végétation très simple et sèche, comprenant de petites arbres qui perdent leur feuilles au cours de la longue saison de sèche »(Souce : brezilya.com.br) 3 Plantes typiques de la caatinga. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 dans ses compositions, le poète montre le cow-boy comme un sujet qui est plus proche à d'autres animaux, en particulier le cheval, son compagnon dans les chevauchés et dans les recherches des vaches ou veaux qui s’égarent dans l’épaisse broussaille. Dans la musique du poète-chanteur, le Sertão anthropologique, culturel, biologique, historique, social, religieux, artistique et esthétique, crée un endroit extrêmement paradoxal, unifié dans la poésie et dans la musique d'un compositeur qui donne un traitement sophistiqué, délicat, éthique et profond au monde-Sertão. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 CORPS ET LIBERTÉ CHEZ MERLEAU-PONTY Rafael Basso, email: [email protected] (PSL - ENS / ED 540) Esthésiologie Mots-clés: Merleau-Ponty - Liberté - Ontologie - Chair - Coexistence Résumé: Cette communication voudrait analyser la liberté chez Merleau-Ponty dans l’ontologie du sensible à partir du texte inédit La Nature ou le monde du silence, dans laquelle la liberté est toujours une relation charnelle avec autrui. Dans une note de travail de 1960, Merleau-Ponty écrit qu’ « autrui n’est plus tellement une liberté vue du dehors comme destinée et fatalité, un sujet rival d’un sujet, mais il est pris dans [un] circuit qui le relie au monde » (Le visible et l’invisible, p. 322). En ce sens, nous allons analyser la liberté au cœur même de ce circuit que Merleau-Ponty appelle « intermonde », c’est-à-dire « notre monde commun ». Il ne faut pas oublier que celui-ci est d’abord une intercorporéité irréductible à toute structure, subjectivité ou société. Chez Merleau-Ponty, la chair est le signe d’une coexistence radicale, si bien que notre relation avec autrui se fait comme un nœud dans un tissu qui relie moi, autrui et le monde. Il faut essayer de penser la vie libre dans ce tissu, dans l’intercorporéité de notre chair, de façon à ce que la coexistence ne soit pas un obstacle à liberté, mais l’horizon de sa réalisation, puisque, comme le souligne la Phénoménologie de la perception, « ma liberté, le pouvoir fondamental que j’ai d’être le sujet de toutes mes expériences, n’est pas distincte de mon insertion dans le monde » (p. 413). Pour bien comprendre la liberté incarnée de Merleau-Ponty, nous la situerons tout d’abord dans le contexte du scénario sartrien d’une liberté existentielle absolue. Nous examinerons ensuite la conception merleaupontienne de la liberté dans ses principaux travaux, en ayant notamment en vue la critique formulée par La Nature ou le monde du silence : « une philosophie de la liberté est donc curieusement incapable d’exprimer l’action, justement parce qu’elle s’installe dans la subjectivité ». Enfin, nous discuterons l’essai sur Le doute de Cézanne. Bibliographie Maurice Merleau-Ponty Le visible et l’invisible, suivi de notes de travail, Paris, Gallimard, 1964. Préface de Signes, Paris, Gallimard, 1960, pp. 7-47. « Le doute de Cézanne », in Sens et non-sens, Paris, Gallimard, 1996, pp. 1333. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 « La liberté », in Phénoménologie de la perception, Paris, Gallimard, 1945, pp. 496 sq. « L’homme et l’adversité » (conférence du 10 septembre 1951 aux Rencontres internationales de Genève), in La connaissance de l’homme au XXe siècle, Neuchâtel, La Baconnière, 1952, pp. 51-75 ; repris dans Signes, op. cit., pp. 284-308. « La Nature ou le monde du silence », in Maurice Merleau-Ponty, dir. E. de Saint Aubert, Paris, Hermann, 2008. Jean-Paul Sartre L’Être et le Néant, Paris, Gallimard, 1943 ; « Tel », 1980. L’existentialisme est un humanisme, Paris, Nagel, 1946. Emmanuel de Saint Aubert Vers une ontologie indirecte. Sources et enjeux critiques de l’appel à l’ontologie chez Merleau-Ponty, Paris, Vrin, 2006. Du lien des êtres aux éléments de l'être, Paris, Vrin, 2004, section A, chapitre 3 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A EXPERIÊNCIA RITUALÍSTICA DA CENA: O TEATRO COMO EDUCAÇÃO SENSÍVEL NO ENSINO FORMAL Thulho Cezar, email: [email protected] Karenine Porpino Universidade Federal do Rio Grande do Norte Esthésiologie Palavras-Chave: Resumo: Esta pesquisa assenta-se no campo da Educação e procura abordar uma prática educativa centrada na experiência estesiológica da construção ritualística da cena teatral como experiência de si nas atividades formativas do componente curricular Arte–Teatro. Centramos nossos estudos na relação estabelecida entre os conhecimentos obtidos em nossas experiências artísticas com o grupo Arkhétypos de Teatro e as práticas educativas vivenciadas em conjunto com os alunos da disciplina Arte–Teatro (turmas de 2º ano dos cursos integrados de informática do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Ceará Mirim) no ano letivo de 2015. A motivação para realização deste estudo surgiu da necessidade de se repensar as práticas educativas em Teatro na Escola formal, que historicamente tem relegado os corpos à condição de corpo máquina – deslocado das suas experiências no mundo e centrado num conhecimento produzido a priori. Adotaremos como aporte teórico-metodológico a Fenomenologia pensada por Merleau-Ponty. Como instrumento metodológico adotaremos os diários de registro realizados pelos participantes, que receberão, sempre que necessário, o suporte de imagens fotográficas captadas ao longo dos processos. Busca-se, de forma geral, compreender como os processos vividos nas turmas supracitadas configuram-se como proposta possível na busca da implementação de uma experiência de Educação Sensível no componente curricular Arte–Teatro. A pesquisa encontra-se em andamento, mas a observação empírica, os depoimentos em sala de aula e os escritos dos alunos apontam para a confirmação da tese de que a experiência estesiológica vivida na construção ritualística da cena teatral é capaz de, através do Encontro consigo, com os outros (colegas de cena) e com o Outro (expectadores), promover uma experiência de Educação Sensível na escola formal. Desse modo esperamos Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 contribuir para a transformação da Escola num local de descobertas das possibilidades do corpo através da experiência de ser no mundo. THE RITUALISTIC EXPERIENCE OF SCENE: THE THEATRE AS SENSIBLE EDUCATION IN FORMAL TEACHING This research is located on the field of Education and aims to discuss an educational practice centred in the esthesiologic experience of ritualistic construction of theatrical scene as an experience of one’s own self in formative activities of the curricular component Arts–Theatre. Our studies are centred in the relation between concepts taken from our artistic experiences with the theatre group Arkhétypos and the educative practices with students during Arts–Theatre classes in 2015 (students from the 2nd grade of Secondary Education in a Vocational school called Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, Campus Ceará Mirim). The motivation of this study came from the necessity of rethinking the educational practices in Theatre in Formal School, which historically has denied the bodies to the condition of body-machine – dislocated from your experiences in the world and centred in a kind of knowledge produced a priori. We will use Phenomenology, as it is thought by Merleau-Ponty, as our theoretical and metodological support. As our methodologic instrument, we will use the journals produced by the participants and, when necessary, we will also use some pictures taken during the process experienced with them. In general, we will try to comprehend how the process lived with those students can become a possible proposal to an implementation of a Sensible Education experience in the curricular component Art–Theatre. This research is still in progress, however, the empiric observation, the speeches made by the students during the classes and their journals point to the thesis’ verification: the esthesiologic experience lived in the ritualistic construction of theatrical scene is able to foment an experience of Sensible Education in the Formal School through the Encounter with one’s own self, with the others (partners of scene) and with the Other (audience). This way, we hope to contribute with the transformation of the School into a place of discoveries of the body’s possibilities through the experience of being in the world. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TAEKWONDO: UMA EXPERIÊNCIA DO CORPO COMO FENÔMENO EDUCATIVO Luiz Arthur Nunes da Silva, email: [email protected] Terezinha Petrucia da Nóbrega Universidade Federal do Rio Grande do Norte Esthésiologie Palavras-Chave: Taekwondo. Merleau-Ponty. Educação. Experiência. Resumo: Traçar novas reflexões a partir do discurso sobre o corpo em interface com a educação é pertinente em diferentes aspectos, problematizando-o em diferentes esferas e em diferentes propostas, sentidos e espaços. E é destacando um desses espaços que trazemos como plano de fundo a prática corporal do Taekwondo para pensarmos a experiência do corpo como fenômeno educativo. A fim de direcionaremos nossas reflexões pelos conceitos de experiência, partiremos da atitude fenomenológica do filósofo Merleau-Ponty. Dessa forma, traremos esse diálogo com enfoque no conceito da experiência vivida, e atrelado a isso, dialogaremos com categorias como: esquema corporal, motricidade, percepção, estesiologia e intercorporeidade. Nesse sentido, orientaremos o estudo sobre o Taekwondo a partir da historicidade, tradição, oralidade, do papel da aprendizagem e da educação, partindo da experiência do Mestre e da relação com seus Discípulos. A pesquisa terá como corpus de análise entrevistas filmadas, e buscará sistematizar a perspectiva fenomenológica a partir da expressão de movimentos e, em uma segunda etapa, da autoconfrontação, considerando a experiência vivida dos entrevistados. Dessa forma, buscaremos articular observações do corpo estesiológico e suas sensações na perspectiva do esquema corporal e da consciência do corpo, para desvendarmos como se da essa significação da experiência do corpo como fenômeno educativo no Taekwondo. Para isso, traçaremos como objetivos: compreender a experiência do corpo como fenômeno educativo a partir da leitura de Merleau-Ponty e do Taekwondo; relacionar a noção de experiência do corpo no Taekwondo com a educação; e produzir um mini-documentário a partir do corpus de análise. Dessa forma, dialogaremos com os estudos da fenomenologia de MerleauPonty e as compreensões educacionais que se pauta nos ensinamentos do Taekwondo. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TAEKWONDO: UNE EXPÉRIENCE DU CORPS COMME PHÉNOMÈNE EDUCATIF Mots-clés: Taekwondo. Merleau-Ponty. Education. Expérience. Résumé: Tracer des nouvelles réflexions a partir du discours sur l'interface du corps avec l'éducation est pertinent dans différents aspects, en plus de discuter dans différents domaines et differents propositions, directions et espaces. Nous détachons un de ces espaces et nous apportons la pratique du corps s’appelle de Taekwondo pour penser à l'expérience du corps comme un phénomène éducatif. Afin de donner une orientation à notre réflexions par les concepts d'expérience, nous partons d' l'attitude phénoménologique du philosophe Merleau-Ponty. Ainsi, nous allons apporter ce dialogue centré sur le concept de l'expérience vécue, et lié à cela, le dialogue avec des catégories comme: l'image corporelle, la motricité, la perception, l’esthésiologie et l’intercorporéité. En ce sens, nous allons guider l'étude sur le Taekwondo par l'historicité, la tradition, l’oralité, du rôle de l'apprentissage et de l'éducation, se fondant sur l'expérience du Maître et de la relation avec ses Disciples. La recherche aura comme corpus d'analyse les entretiens filmés, et elle cherchera systématiser la perspective phénoménologique par l'expression des mouvements et, dans une seconde étape, par l'auto-confrontation, et la considération de l'expérience vécu des personnes interviewé. Ainsi, nous allons chercher à articuler les observations du corps esthésiologique et ses sensations en vue de l'image corporelle et la conscience du corps, à démêler comme se passe la signification de l'expérience du corps comme un phénomène éducatif dans le Taekwondo. Pour cela, nous attirons les objectifs suivants: comprendre l'expérience du corps comme un phénomène éducatif par la lecture de Merleau-Ponty et du Taekwondo; faire une relation entre la notion d'expérience du corps dans le Taekwondo avec l'éducation; et produire un mini-documentaire a partir du corpus d'analyse. Ainsi, nous ferons un dialogue avec les études de la phénoménologie de Merleau-Ponty et la compréhension d'éducation qui est guidé dans les enseignements du Taekwondo. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O CORPO SABE DO QUE É CAPAZ, O PORTADOR DELE, NEM SEMPRE! Bene Martins, email: [email protected] María Virginia Abasto Universidade Federal do Pará Esthésiologie Palavras-chave: corpo, percepção corporal, relação corpo-mundo. Resumo: A proposta do I Congresso Internacional de Emersiologia visa demonstrar que “sentir seu corpo vivo é uma experiência estesiológica que desperta em nós imagens, sensações, emoções, mas também neurôniosespelhos, empatia, imaginação e gestos involuntários, até mesmo inconscientes”. Pois bem, para além de conceituações teóricas consultadas, optamos por ouvir uma pessoa, cujo trabalho é com a preparação do corpo, mas especificamente, desenvolvê-lo para as habilidades e atuação circense. A artista Virginia Abasto, argentina, residente em Belém do Pará, é mestre em artes, treinadora física, artista e professora de circo. Para fazer jus à referência principal do filósofo Merleau-Ponty sobre a percepção do corpo, da relação do corpo com o mundo, a ecologização do corpo, e até uma filosofia do corpo, recorremos à artista Virgínia, segundo ela, “corpo é comigo mesma”, assim, a partir de depoimentos e criações textuais da circense, demonstraremos como, na prática, esse corpo emerge a partir dos “sensíveis vivos na consciência do corpo vivido”. Perguntas abertas foram elaboradas para que ela discorra sobre as provocações, estas baseadas nos conceitos de Merleau-Ponty, permitirão aferir quão próximo ou distante o seu trabalho corporal está das ideias merlopontyanas. THE BODY KNOWS WHAT IT IS CAPABLE, HIS CARRIER, NOT ALWAYS! Keywords: body, body awareness, relation body-world. Abstract: The proposal of the First International Congress of Emersiologia aims to demonstrate that "feel yours living body is an estesiological experience that awakes in us images, sensations, emotions, but also mirrors-neurons, empathy, imagination and involuntary gestures, even unconscious." Well, in addition to the consulted theoretical conceptualizations, we decide on to listen a person whose job is to train the body, but specifically develop it for the circus skills and Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 performance. The artist Virginia Abasto, Argentina, resident in Belém of Pará, is master of arts, physical trainer, artist and circus teacher. To live up to the main reference of Merleau-Ponty philosopher about the perception of the body, the relation of the body with the world, the greening of the body, and even a philosophy of the body, we turn to the artist Virginia, she said, "body is with myself", thus, from interviews and textual creations of the circus artist, we will demonstrate how, in practice, this body emerges from the "living sensitives in the consciousness of the lived body". Open questions were prepared with the purpose she argues on provocations, these based on the Merleau-Ponty´s concepts, will assess how close or far her body training is from the merlopontyanas ideas. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 BOSQUEJO SOBRE LOS ESTUDIOS SOCIALES SOBRE CUERPOS Y EMOCIONES EN LATINOAMÉRICA Adrián Scribano, email: [email protected] Universidad de Buenos Aires María Noel Miguez Universidad de la República/Uruguai Esthésiologie Palabras clave: Cuerpos, Emociones, Producción de conocimiento. Resume: En América Latina en los últimos 20 años los estudios sociales sobre cuerpos y emociones se han multiplicado y proliferado aceleradamente. Desde el año 2002 hemos construido en Argentina y Latinoamérica un conjunto de espacios de intercambio cuyo punto en común lo constituye el aludido campo de indagación. Desde 2007 logramos institucionalizar el Grupo de Trabajo sobre Cuerpos y Emociones en la Asociación Latinoamericana de Sociología, creamos la Red Latinoamericana de Estudios Sociales sobre las Emociones y los Cuerpos y en el 2009 fundamos la Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad es en dicho contexto que escribimos el presente trabajo. La estrategia argumentativa que se ha seleccionado es la siguiente: 1) se esquematiza la impronta del trabajo a través de los cuerpos como mediación en los procesos de indagación social; 2) se sintetizan los soportes teóricos más usados; 3) se bosqueja una modalidad de clasificación de los estudios empíricos que se han efectuado en la región y se presentan de modo esquemático algunos de los grupos que forman parte de nuestra red en tanto aporte concreto a los aludidos estudios. Se finaliza argumentado a favor de la necesidad de visualizar cada vez con mayor urgencia los desafíos que plantean el desarrollo de intercambios globales en los estudios sobre los cuerpos/emociones. Mots clé: Corps, Emotions, Production de connaissance. Résumé: Au cours des 20 dernières années, en Amérique Latine, les études sociales sur les corps et émotions se sont multipliées à grand rythme tout en Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 construisant un ensemble d’espaces d’échange, soit: institutionnalisation du Groupe de Travail sur les Corps et Emotions dans l’Association Latinoaméricaine de Sociologie (2007), la création du Réseau Latino-américain d’Etudes sur les Emotions et les Corps, fondation de la Revue Latinoaméricaine d’Etudes sur les Corps, les Emotions et la Société (2009). La logique d’exposition du présent article est la suivante: 1) schéma du travail des corps comme médiation dans les processus d’enquête sociale: 2) synthèse des supports théoriques les plus utilisés: 3) ébauche des études empiriques de plus grande importante effectuées dans la région: et, 4) résumé de quelques expériences d’institutionnalisation. Dans le contexte présenté, on fait référence à la nécessité de générer des échanges globaux dans les études sur les corps/émotions. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 IMAGEM CORPORAL E RELIGIÃO: A PERCEPÇÃO NO DISCURSO DE IDOSAS DA CIDADE DE JOÃO PESSOA Giulyanne Maria Silva Souto, email: [email protected] Iraquitan de Oliveira Caminha Universidade Federal da Paraíba Esthésiologie Resumo: A imagem corporal no processo de envelhecimento sofre mudanças em decorrência de aspectos subjetivos, fisiológicos e influenciados pelo contexto sociocultural. Neste último encontram-se diferentes fatores influenciadores da percepção que o idoso tem do seu corpo, dentre os quais destaca-se neste estudo a religião. Diante disso, traçou-se o objetivo de analisar a presença de aspectos religiosos em discursos de idosas sobre a concepção de corpo e satisfação com a imagem corporal. Esta pesquisa caracteriza-se como qualitativa de natureza fenomenológica, orientada pela perspectiva da escuta interpretativa do sentido dado ao corpo pelas idosas na cidade de João Pessoa, mais especificamente do Centro de Atenção Integral à Saúde do Idoso (CAISI). As participantes do estudo realizam regularmente as atividades grupais relacionadas à escola de posturas, aulas de Educação Física e de Yoga, compreendendo 10 sujeitos, divididos conforme a quantidade de indivíduos em cada grupo. O instrumento consistiu numa entrevista semiestruturada elaborada para esta pesquisa acerca do tema percepção corporal do idoso previamente submetida a um estudo de adaptação. As entrevistas foram aplicadas individualmente às idosas selecionadas por meio de participação voluntária e concordância e assinatura do TCLE. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise do conteúdo das entrevistas. Os resultados apontaram a presença da religião nos discursos das idosas relacionados à concepção de corpo, como um fator influente na forma como o corpo é apresentado socialmente em diferentes contextos e situações e na satisfação com a imagem corporal. Diante disso, considera-se que a religião atua como fator relevante para a expressão e percepção corporal de mulheres após os 60 anos de idade. IMAGE DU CORPS ET RELIGION: LA PERCEPTION DANS LE DISCOURS DE PERSONNE AGEES DE LAVILLE DE JOÃO PESSOA Résumé: Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 L'image du corps dans le processus de vieillissement subit des changements dus à subjective, physiologique et influencé par le contexte socioculturel. Dans ce dernier, sont différents facteurs qui influent sur la perception que les personnes âgées ont le corps, parmi lesquels se distingue dans cette étude religion. Ainsi, il a élaboré en vue d'analyser la présence d'aspects religieux dans les vieux discours sur la conception de la satisfaction du corps et de l'image corporelle. Cette recherche se caractérise par la nature phénoménologique qualitative, guidée par la perspective de l'écoute d'interprétation sur le sens donné à l'organisme par les personnes âgées dans la ville de João Pessoa, en particulier le Centre de soins complets pour les personnes âgées (Caisi). Les participants à l'étude procèdent régulièrement à des activités de groupe liées aux postures scolaires, des cours d'éducation physique et Yoga, comprenant 10 sujets, répartis en fonction du nombre d'individus dans chaque groupe. L'instrument se composait d'un entretien semistructuré développé pour cette recherche sur la perception sujet du corps des personnes âgées précédemment présenté une étude de l'adaptation. Les entrevues ont été appliquées individuellement à plus âgés sélectionnés par la participation volontaire et de l'accord et en signant le formulaire de consentement. Les données ont été analysées à l'aide technique d'analyse du contenu des entrevues. Les résultats ont montré la présence de la religion dans les vieux discours liés à la conception du corps, comme un facteur d'influence dans la façon dont le corps est présenté dans différents contextes et situations sociales et la satisfaction de l'image corporelle. Par conséquent, il est considéré que la religion agit comme un facteur pertinent pour la prise de conscience de l'expression et du corps chez les femmes après l'âge de 60 ans. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A EXPERIÊNCIA DE SER PROFESSORA TECELÃ DESVELADA NO PORTFÓLIO COMO EXPRESSÃO DO CORPO Maria José Cavalcante de Lima, email: [email protected] Maria da Penha Alves Casado Universidade Federal do Rio Grande do Norte Esthésiologie Palavras-chave: Portfólio. Corpo. Professora Tecelã. Resumo: O presente trabalho tem por objetivo discutir sobre o portfólio como expressão do corpo compreendendo os sentidos de ser professora tecelã. Baseamos nosso estudo nas noções de corpo e de linguagem oriundas dos escritos de Merleau-Ponty (1945) e de Nóbrega (2015) e na concepção de Portfólio, em Halté (1998). Trata-se de um recorte de Tese, na qual também estabelecemos relações com Bakhtin e seu círculo (1992), Villas Boas (2005) e Travaglia (2003). Particularmente, neste estudo, abordamos a linguagem como a expressão de ser no mundo, considerando que nos sentidos da palavra não há separação entre pensamentos e processos corporais. Na análise, interpretamos cinco portfólios, cujas narrativas foram realizadas por professoras do 6º ao 9º ano, do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa, participantes do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II, oferecido pelo Ministério da Educação – MEC/Brasil. Apreende-se desse estudo que o portfólio desvela o ser de professora tecelã como expressão do corpo e na experiência das professoras, a passagem do ser professora fiandeira ao ser professora tecelã emerge dos sentidos atribuídos às concepções de linguagem e à forma como elaboram didaticamente os conhecimentos em sala de aula. L’EXPÉRIENCE D’ÊTRE ENSEIGNANTE TISSERANDE DÉVOILÉE DANS LE PORTFOLIO EN TANT QU’EXPRESSION DU CORPS Mots-clés: Porfolio. Corps. Enseignante Tisserande. Résumé: Cette recherche a pour but de discuter le portfolio en tant qu’expression du corps en comprenant les sens d’être enseignante tisserande. L’étude est basée sur les notions de corps et de langage provenant de Merleau-Ponty (1945) et de Nóbrega (2015) et sur la conception de Portfolio chez Halté (1998). Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Il s’agit donc d’un extrait de thèse, dans laquelle on a aussi constitué des rapports avec Bakhtine et son cercle (1992), Villas Boas (2005) et Travaglia (2003). On aborde particulièrement dans cette étude le langage en tant qu’expression d’être au monde, en considérant que, sur les sens du mot, il n’y a pas de séparation entre pensées et processus corporels. Dans l’analyse, on interprète cinq portfolios dont les narrations ont été réalisées par des enseignantes de la 6e et de la 9e année de l’Ensino Fundamental, en Langue Portugaise, ces participantes étant du Programme gestion de l’apprentissage scolaire – GESTAR II, offert par le Ministère de l’éducation – MEC/Brésil. On constate dans cette étude que le portfolio dévoile l’être d’enseignante tisserande en tant qu’expression du corps et dans l’expérience des enseignantes, le passage de l’être enseignante fileuse à l’être enseignante tisserande émerge des sens attribués aux conceptions de langage et à la façon dont on élabore didactiquement les connaissances en salle de classe. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 A EXPERIÊNCIA DO ANDAR EM ROUSSEAU, MAUSS E HILLMAN Sandra B. Costa, email: [email protected] Pierre N. Gomes-da-Silva Universidade Federal da Paraíba Esthésiologie Resumo: Ontologicamente, o andar é o gesto mais humano, na nossa espécie. Desde os tempos mais remotos, as posturas básicas do ser humano como deitar, sentar, ficar em pé e correr permanecem iguais. Mas, o caminhar mudou radicalmente; não só andamos menos que nossos ancestrais, mas quase eliminamos a necessidade de caminhar. Hoje, ficamos mais sentados do que em pé. Neste trabalho apresento como a experiência do andar bípede aparece em três ensaios: Os devaneios do caminhante solitário de Jean-Jacques Rousseau; Técnicas do Corpo de Marcel Mauss e Caminhar de James Hillmam. Foi andando longos percursos por Paris e arredores que Rousseau evoca suas memórias como fonte da verdadeira felicidade, para ele, caminhar é sossegar e devolver a si mesmo tudo o que concorre para deixar a vida bela. Mauss vislumbrou o andar em sua complexidade cultural a partir da maneira de andar da mulher “maori” da Nova Zelândia. Este antropólogo enfatiza que há uma educação do andar, já que cada grupo cultural anda de uma maneira particular. Em Hillmam, saímos para caminhar para dar rítmo orgânico aos estados mentais depressivos e esse ritmo do caminhar ganha significado simbólico ao se colocar um pé diante do outro e, há uma provável cura arquetípica ocorrendo ao caminhar, algo que afeta profundamente o substrato mítico de nossas vidas. Sendo assim, para os três autores a marcha não significa apenas a mudança de um lugar para outro, pois o movimento do andar bípede oferece informação sobre a vida, os desafios e a liberdade dos sujeitos numa relação de afetibilidade entre o ato do andar como expressão do poder de espraiamento de uma maneira sensorial e contemplativa do viver, capaz de reinventar a própria existência. L’EXPÉRIENCE DE LA MARCHE SELON ROUSSEAU, MAUSS ET HILLMAN Résumé: Ontologiquement, la marche est le geste le plus humain de notre espèce. Depuis les temps anciens, les postures basiques de l'homme comme couché, assis, debout et courrir restent les mêmes. Mais la marche a changé Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 de façon spectaculaire; nous ne marchons pas seulement moins que nos ancêtres, mais aussi nous avons presque éliminé le besoin de le fait. Aujourd'hui, nous sommes plus assis que debout. Dans ce travail, nous présentons comme l'expérience de la marche bipède apparaît dans trois textes: Les Rêveries du promeneur solitaire, de Jean-Jacques Rousseau; Les Techniques du Corps, de Marcel Mauss et marcher, de James Hillman. Rousseau marchait des longues distances à Paris et ses entours, ce que lui évoquait des souvenirs comme une source du vrai bonheur, pour lui, la marche est reposer et donner à soi-même tout ce qui contribue à rendre la vie belle. Mauss a vu la marche dans sa complexité culturelle a partir de la manière de marcher des femmes "Maori" en Nouvelle-Zélande. Cet anthropologue souligne qu'il existe une éducation de la marche, puisque chaque groupe culturel marche d'une manière particulière. Selon Hillman, nous avons commencé à marcher pour donner un rythme organique aux états dépressifs mentaux et ce rythme de marche gagne sens symbolique au moment où nous mettons un pied devant l'autre et il y a un mouvement de guérison archétypique de la marche, ce qui affecte profondément le substrat mythique de nos vies. Ainsi, pour les trois auteurs la marche est plus que l’action d’aller d'un endroit à l'autre, le mouvement de la marche bipède offre des informations sur la vie, les défis et la liberté des individus dans relation d’influence entre l’action de marcher comme une expression la puissance de diffusion d'une manière sensorielle et contemplative du vivre, capable de réinventer sa popre existence. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 O CORPO BARROCO DE ONQOTÔ: UMA LEITURA FENOMENOLÓGICA Thays Anyelle Macêdo da Silva Ramos, email: [email protected] Universidade Federal do Rio Grande do Norte Esthésiologie Resumo: O artigo em questão é um recorte da dissertação “O Corpo do Grupo Corpo: os movimentos das obras Benguelê, Lecuona e Onqotô”. Neste recorte, convidamos à reflexão através da descrição e interpretação de uma das obras da companhia de dança contemporânea Grupo Corpo. A obra em questão é “Onqotô” (2005). Pretende-se lançar um olhar fenomenológico sobre esta obra e interrogá-la: que corpo dança em Onqotô? Essa obra faz pensar o corpo e o sensível em Merleau-Ponty? O Grupo Corpo é uma companhia de dança brasileira. Começa sua trajetória em Minas Gerais e completa 40 anos de história. O Grupo tem uma linguagem corporal própria, reconhecida por estudiosos da dança, entre eles a Doutora Helena Katz da PUC-SP. São diversos Brasis que dançam no Corpo, o passado e o futuro, o erudito e o popular, a herança estrangeira e a cor local, o urbano e o suburbano, tudo ao mesmo tempo. Nesta pesquisa há a aproximação dos discursos filosófico, artístico e educacional, estes entrelaçados na descrição da obra e deste movimento de pesquisa. No primeiro discurso priorizaremos a reflexão sobre corpo e sensível em Merleau-Ponty, dando movimento aos pensamentos fenomenológicos deste filósofo, numa atitude estesiológica que me permite pela sensação compreender o mundo, mesmo que parcialmente, pois essa compreensão não pode ser total, mas sim aberta e instituinte como nos faz pensar a fenomenologia. No segundo discurso, a busca pela arte nos dá a possibilidade de interrogarmos e pensarmos a filosofia do espanto que se desloca do sobrevoo das coisas e se coloca no mundo. Merleau-Ponty insiste que o artista ensina o filósofo o que é existir como um humano, pois o corpo tem o poder de ver-se quando vê, vê-se vendo, é um vidente-visível para si mesmo. Entre as coisas táteis, o corpo é tátil, mas dotado de poder de tocar, é tocante, tátil-tocante, tem o poder de tocar-se ao tocar, é um tocante tátil para si mesmo. Entre as coisas móveis, o corpo é móvel, mas dotado de poder de mover, é movente, móvel-movente, o corpo tem poder de mover-se movendo, móvel movente para si. No terceiro discurso, pretendemos reafirmar uma educação que começa no corpo, começa em suas nuances, em seus desvios, sua complexidade, sua capacidade de sentir e que, por uma lógica positiva, tem-se sua reflexão limitada. Mas, tal conhecimento encontra sua possibilidade de Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 pensamento expandido por uma lógica sensível, mais próxima do mundo e do humano. Posto que, aberturas no conhecimento de modo geral, e na Educação especificamente, permitiram, no cenário epistemológico contemporâneo, pensar-se o corpo fenomenal, sujeito e objeto inseparável, que ao mesmo tempo em que toca é tocado, que sente e é sentido, atravessado por emoções, que permite operações e expressão. Como percurso metodológico, recorremos à atitude fenomenológica de Maurice Merleau-Ponty como caminho para alcançar as intenções de pesquisa, já que em seus estudos o filósofo lança um olhar expressivo sobre o corpo, configurando uma linguagem sensível que é expressa nos movimentos, onde aprofunda as teses da Fenomenologia num novo arranjo para o conhecimento enquanto resultado de nossa experiência no mundo vivido. Mas, a propósito, diante das descrições da pesquisa, que corpo dança em Onqotô? É o corpo barroco. Este é bárbaro, efêmero, sombrio, mutável, equívoco, belo e grandioso. Atencioso às paixões, aos afetos, a palavra, não exclui a fealdade, o excesso, o balanceio dos opostos, o mistério, reconcilia-se com a condição humana, volta-se à natureza, permite-se, em cada obra, dentro de um percurso histórico de mais de trinta anos do Grupo Corpo, desatar mais alguma amarra, jogar fora mais um pedaço das velhas roupagens, até a intenção de ficar completamente nu e vulnerável à condição humana, à sensação, ao desejo, ao outro, como podemos perceber com maior intensidade em Onqotô (2005). Pois, esse corpo barroco tem qualquer coisa de selvagem, de brutal, de teimoso, de irreprimível, de poético. Este corpo que se expressa através da dança do Grupo Corpo não é uma arte, não é uma filosofia, ele é, sim, capaz de arte, capaz de pensamento, capaz de criação, assim como percebemos nas obras apreciadas. Com efeito, usamos como referência Badiou (2002) quando afirma que a dança mostra que o corpo é capaz de arte, sem, com isso, definir uma arte singular. Esta capacidade o faz conhecimento, este poético. Segundo Mafessoli (2005), o conhecimento poético, como foi para o barroco, sensualiza o pensamento. Ele abre as portas para um “querer viver estético” (Idem, 2005, p. 192), o que favorece e conforta as emoções e as vibrações comuns, tem energia libidinal. Nesta ideia, a narrativa fenomenológica apresentada nesta pesquisa, através da arte do Grupo Corpo, possibilita um olhar libidinal sobre o corpo, mediante conceitos não cristalizados, mas abertos, principalmente pela influência fenomenológica do filósofo Maurice Merleau-Ponty, com seu olhar diferenciado sobre o corpo sensível, aonde, com o espanto de sua filosofia, aproxima-a do mundo e da condição humana. Assim, foi possível presenciar nas descrições, dando movimento a estes pensamentos, um corpo problematizador do controle, sujeito e objeto inseparáveis, que ao mesmo tempo em que toca é tocado, que sente e é sentido, deseja e é desejado, atravessado por sensações, portanto, estesiológico, que permite criação e expressão. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Assim, essa dança inaugural, essa dança que tem em si um pensamento como devir, como poder ativo, por um corpo que nega o peso, sendo este filosófico, científico, religioso, artístico, ou mesmo de qualquer outra ordem, torna-se expressão nas obras do Grupo Corpo descritas neste olhar fenomenológico. Assim, muitos desafios se impõem nas experiências sensíveis descritas aqui, entre elas, de aliar o inteligível e o sensível, o entendimento e as sensações numa compreensão do corpo. Temos, assim, uma razão sensível complexa, difícil de arbitrar, mas, mais coerente com os tumultos das ordens humanas. O que entendo, referente a isso, é que ao se arriscar neste conhecimento sensível, neste alargamento de uma razão, não é possível esgotar as possibilidades dessas compreensões, apenas tentar nos aproximar e acariciá-las. Um risco abraçado pela intenção de pesquisa e deliciosamente vivido. Segundo Tibúrcio (2009) é num corpo que é capaz de cultivar um estado de sensibilidade vibrante, um corpo atento às coisas e aos outros, que entendemos e acreditamos que a Educação Física deveria ouvir, deixar falar. Em base disso, são tais aberturas e possibilidades corporais que esta pesquisa expõe, a partir dos trabalhos artísticos aqui descritos, consistindo em desconstruir, desviar uma gama de ações atribuídas ao corpo que tanto o disciplinou e, com isso, limitando sua ação criativa. Assim, a ajuda primordial da arte, revelada aqui, é buscar criação e liberdade que nos permitem novas possibilidades de conhecimento progressivo e abrangente das formas corporais. LE CORPS BAROQUE DE ONQOTÔ: UNE LECTURE PHÉNOMÉNOLÓGIQUE Résumé: Dans l'article, on invite à la réflexion à travers de la lecture et la description d’une oeuvre artistique de la Compagnie de Danse Grupo Corpo. La danse s’appelle “Onqotô”, crée em 2005. L’objectif de la recherche est de lancer un regard phénoménologique sur l’oeuvre Onqotô et l' interroger. Quel est le corps qui danse dans l’oeuvre Onqotô? Cette oeuvre d’art fait penser le corps et le sensible dans MerleauPonty? Le Grupo Corpo est une compagnie de danse brésilienne. Il a commencé sa trajectoire professionelle em 1976 à Belo Horizonte, état du Minas Gerais. Il a une propre language corporel, reconnu par les spécialistes de la danse, par exemple la professeur Helena Katz d’université PUC à São Paulo. La danse de Grupo Corpo a plusieurs Brésils qui dansent donc dans Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 ces choreographies expriment le passé et le futur, le érudit et le populaire, la patrimoine étranger et la couleur locale, le urbain et suburbain. Dans la recherche a l’approche des discours philosophique, artistique et éducatif, tous entrelacés dans la description de l’oeuvre et dans mouvement de la recherche. Le premier discours, on va prioriser la réflexion sur le corps et le sensible dans Merleau-Ponty. Le mouvement phénoménologique de ce philosophe, son attitude esthesiologique permet par la sensation comprendre le monde, mais cette comprehension ne peut pas être complète, parce qu’elle est ouverture aux différentes possibilités, comme Merleau-Ponty affirme. Le mouvement artistique nous donne la possibilité de mettre en question la philosophie et on va penser une philosophie qui ne vole pas le monde, mais elle se met dans le monde. Merleau-Ponty dit que l’artiste enseigne à la philosophie à exister comme un humain. Le corps peut voir en même temps que il se voit, il est tactile entre les choses tactiles, em d’autres termes, le corps peut toucher em même temps qu’il est touché. Ainsi, la experience avec l’oeuvre d’art permet de penser ce corps sensible et la philosophie du visible. Ainsi, on a l’intention de repenser l’éducation qui commence dans le corps, dans la complexité de ce corps, ses deviations. Une logique positive ne peut pas atteindre la complexité de cette pensée, donc une logique sensible dilate la réflexion et se approches du monde e du humain. Cette logique converse avec l’ouverture de cette pensée. Dans scenário épistémologiques contemporaine et dans l’ouverture de connaissances, l’éducation permet penser le corps sujet et objet inséparable, en même temps qu’il touche aussi il est touché, il sent et aussi il est sens, il est traversé par des émotions et donc il permet l’operation e l’expression. La méthode de recherche de cet article prend comme principe la phénoménologie de Merleau- Ponty qui jette un regard expressif sur le corps et sa plasticité. Ce philosophe met en place un language sensible qui est exprimée dans les mouvements et approfondit la Phénoménologie dans un nouvel arrangement pour la connaissance en tant que résultat de notre expérience expressive dans le monde vécu. On affirme, dans la description de la recherche, que le corps de Onqotô est le corps baroque. Il est barbare, éphémére, sombre, mutable, equivoque, beau et grand qui est traversé par des passions, les affections, il n’excluit pas la laideur et le excés. Le corps baroque est l’harmonie des contraires, le mystère. Il se reconcilie avec la condition humaine, il se tourne vers la nature. Ce corps a quelque chose de sauvage, brutal, têtu et poétique. Le corps baroque n’est pas philosophie, n’est art, mais capable de pensée et capable de creation. Cette capacité le fait connaissance poétique. Mafessoli (2005) affirme que le connaissance poétique sensualise le pensée, comme il a eu dans l’art baroque. Il ouvre les portes pour um “vouloir vivre esthétique” (idem, 2005, p. 192). Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ainsi, la experience sensible de la recherche avec la danse Onqotô ligue l’inteligible et le sensible, aussi ligue le connaissance avec les sensations dans la compréhension sur le corps. Referências BADIOU, Alain. Pequeno manual de inestética; tradução: Marina Appenzeller. São Paulo: Estação Liberdade, 2002. BOGÉA, I (org.). 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SOARES, Carmen Lúcia., As roupas nas práticas corporais e educativas: a educação do corpo entre o conforto, a elegância e a eficiência (1920-1940), Campinas-SP: Autores Associados , 2011. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 AS BANDEIRINHAS DE TOUROS/RN: A ARTE DE EDUCAR PELA TRADIÇÃO Cecília Brandão, email: [email protected] Karenine Porpino Universidade Federal do Rio Grande do Norte Esthésiologie Palavras-chave: Bandeirinhas. Saberes da tradição. Estética. Simbolismo. Educação. Resumo: Este estudo tem por objetivos investigar e descrever a experiência estética e simbólica no contexto das Bandeirinhas de Touros/RN e sua relação com a Educação, bem como identificar saberes sensíveis envolvidos nessa manifestação. Trata-se de uma pesquisa de Mestrado em andamento, baseada nas noções de Estesia, Reversibilidade e Temporalidade a partir da fenomenologia de Merleau-Ponty (1999), os conceitos de Tradição em Almeida (2010) e de Educação Sensível conforme Medeiros (2010) e Vieira (2012), articulando diálogos, também, com Porpino (2006), Gurgel (1999), Nóbrega (2010), Viana (2009), Chianca (2007), Zumthor (2005), Eliade (2010). Metodologicamente é uma pesquisa qualitativa numa perspectiva fenomenológica, na qual adotamos a Redução Fenomenológica para compreensão dos saberes estéticos e simbólicos provenientes da experiência de brincar nas Bandeirinhas. Tradicional e exclusiva da cidade de TourosRN/Brasil, desde 1910, as Bandeirinhas são originalmente formadas por idosas que festejam e saem em cortejo pelas ruas, à meia noite, cantando, dançando e louvando os santos católicos - João, Pedro e Santana - nos meses de Junho e Julho. Apesar desta investigação encontrar-se em andamento, é notória a riqueza de saberes sensíveis que permeiam o bailar ritmado dessas animadas senhoras que se reafirmam, em meio ao preparo do festejo ao cortejo, em um “lugar” próprio delas, lugar de partilha de conhecimentos construídos a cada geração, registrados no corpo e carinhosamente partilhados pela tradição oral. São saberes da tradição imensuráveis, saberes sensíveis que educam através da voz e do gesto, compondo a história de vida destas mulheres que expressam amor e orgulho por sua Bandeirinha e a consciência da importância de mantê-la viva. THE BANDEIRINHAS OF TOUROS/RN – THE ART OF EDUCATING THROUGH TRADITION Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Keywords: Bandeirinhas. Tradition knowledge. Esthetic. Symbolism. Education Abstract: This study aims at investigating and describing the esthetic and symbolic experience in the context of the Bandeirinhas of Touros/RN and its relationship with education, as well as at identifying sensitive knowledge involved in this manifestation. The study is about a Master’s Degree research in progress, based on the notions of Esthesia, Reversibility and Temporality from the phenomenology of Merleau-Ponty (1999), the concept of Tradition in Almeida (2010) and of Sensible Education according to Medeiros (2010) and Vieira (2012), articulating dialogues, also, with Porpino (2006), Gurgel (1999), Nóbrega (2010), Viana (2009), Chianca (2007), Zumthor (2005) and Eliade (2010). Methodologically, it is a qualitative research in a phenomenological perspective, in which we adopt a Phenomenological Reduction for comprehension of the esthetic and symbolic knowledge from the experience of playing with the Bandeirinhas. Traditional and exclusive to the city of Touros/RN/Brazil, since, 1910, the Bandeirinhas are originally formed by older women who party and walk on the streets, at midnight, singing, dancing and worshiping catholic saints – John, Peter and Saint Anna – in the months of June and July. In spite of the fact that the investigation is still in progress, it is clear and easy to see the richness of the sensible knowledge that surround the rhythmic dancing of these lively ladies that reaffirm themselves, in the midst of the preparation for the walking, in their own “place”, a place of sharing of knowledge built by each generation, registered in their bodies and fondly shared by the oral tradition. This knowledge about traditions is immeasurable, sensible knowledge that educate through voice and gesture, composing the life history of these women that express love and pride for their Bandeirinha and the awareness of the importance of keeping it live. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 CORPS PROPRE ET PHENOMENOLOGIE CLINIQUE : CONTRIBUTIONS DE MERLEAU-PONTY ET TATOSSIAN Lucas Bloc, email: [email protected] UNIFOR/Université Paris VII Virginia Moreira UNIFOR Esthésiologie Résumé: Au début des années 1920, le débat initial interne à la phénoménologie philosophique a débordé le champ de la philosophie. Les travaux des psychiatres Minkowski, Binswanger, Boss, Strauss, Ey et Von Gebsattel ont été les premiers à explorer le champ clinique. La dénomination phénoménologie clinique a un sens large puisqu’elle s’applique à une clinique psychiatrique ou psychologique mais aussi aux modèles de psychothérapie de nature phénoménologique. Inspirée par la phénoménologie philosophique, elle nous permet enfin de prendre en considération la construction du discours théorique de la psychopathologie à partir du contact clinique. Compris comme un outil pour la compréhension du vécu psychopathologique et pour la constitution de la phénoménologie clinique, la notion de corps propre sera explorée à partir de la contribution de Maurice Merleau-Ponty et d’Arthur Tatossian. Selon trois axes connectés, nous présenterons tout d’abord la relation d’implication et non d’application entre les phénoménologies philosophiques et cliniques afin de situer comment ce dialogue peut être établi. Ensuite, nous explorerons la notion de corps propre chez Merleau-Ponty et surtout les éléments présents dans la Phénoménologie de la perception. Pour finir, nous exposerons l’idée du corps que je suis versus celui que j’ai dans la phénoménologie clinique d’Arthur Tatossian, inspirée par la notion de corps propre, ce qui permettra de comprendre le vécu dépressif et d’illustrer les possibilités qu’offre en clinique la notion de corps propre. En effet, on peut considérer qu’à travers la notion de corps propre, la phénoménologie clinique, inspirée par et impliquée avec la phénoménologie de Merleau-Ponty, est susceptible d’avoir une contribution importante dans le développement de traitements et d'interventions qui comprennent de façon ambiguë le corps comme sujet et objet, touchant et touché, le corps que je ne peux être que si je l’ai. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TOWARD AN EMBODIED PHILOSOPHY: A DIALOGUE BETWEEN FRENCH AND JAPANESE INVESTIGATIONS ON THE LIVING BODY Haruka OKUI (奥井遼) JSPS Postdoctoral Research Fellow at Paris Descartes, Laboratoire TEC Abstract: This paper demonstrates that Japanese bodily exercises and its reflections could develop the philosophy of body. Most Japanese reflections, from bodily practices to scholarly studies, were originally motivated from their own private interests and communities’ demands. In order to understand the evocative concepts in Japanese tradition, therefore, we have to focus not only on the specific terms, but also the cultural and body-technical background. One case would introduce the better comprehension; the case of puppet performance. The occidental marionette is manipulated by strings from above. As a German poet and dramatist Heinrich von Kleist says, this marionette takes advantages against human dancers in some points, because they “would never be affected” (von Kleist, 1810). Their movements perfectly follow the natural law of gravity, which express the excellent “symmetry, mobility, lightness” (ibid.). On the contrary, Japanese puppet performance cannot be played apart from human factors. Because a single puppet is manipulated by three puppeteers, who grasp its legs, hands, and neck from behind, the puppeteers' team can never follow the pure law of gravity, rather they should construct whole the movement out of the purity, intensively, affectively, and consciously. This is the life in "the narrow field between a fiction and reality," according to the pioneer playwright Chikamatsu (Chikamatsu, 1734). These two types of performances show us the essential difference of the bodily experience. Kleist regarded the body as a medium of ideal beauty of natural law, but Chikamatsu viewed a contradictory structure that an excessive consciousness produces an unconscious beauty. Since this difference is based on the body-technical backgrounds, comparing investigation itself is not just be an intellectual works, but is the embodied experience. It means that the philosophical investigation itself is a situated and embodied practice, which would evoke our existential renewal. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 ‘NO-MIND’ AND ‘NO-BODY’: CONSCIOUSNESS AND BODY FROM JAPANESE PHILOSOPHICAL PERSPECTIVE Pr. Nishihira TADASHI (西平直) Professor Kyoto University Abstract: We will discuss the mind-body relationship from the Japanese philosophical idea of “no-mind” and “no-body”. The first key word is ‘No-mind (mushin)’ which is a commonly understood term for Japanese, even if it has no clear definition. The term carries with it the implication of innocence, self-forgetfulness, of convergence with a particular endeavor. French dictionary shows an example; ‘enfant qui est absorbé dans son jeu.’ ‘No-mind’, however, never be identical with a state of ‘unconsciousness,’ rather it is a key point in our discussion to distinguish the ‘no-mind’ from the ‘unconsciousness’. ‘No-mind’ suggests a kind of ‘awareness without consciousness’ which must be discriminated from a state of ‘without consciousness.’ We will examine the example of the state of a virtuoso who ‘gets lost’ in his music. It is in this state of ‘no-mind’ that the instrument with which the virtuoso interacts reveals its own hidden essence, and that allows for the achievement of perfect harmony. We may understand, in this case, when one becomes of no-mind, the body gains a dominant position over the mind. But this “body of no-mind” by no means refers to the corporeal flesh, which is taken in opposition to the mind. Japanese classical philosophy provided us a special idea of ‘no-body.’ ‘No-body’ is the second key word. The term of ‘no-body’ suggests a new status which we will discuss in detail as the emergence that occurs beyond the dichotomy of mind and body. Roughly speaking, we will discuss three phases: 1) ‘mind vs. body’, that is an antagonistic relationship between mind and body in the dichotomy. 2) ‘body without mind’, that is an unconscious automatic movement of body which is usually understood as a corporeal flesh. However, we are still inside the framework of the dichotomy. 3) ‘no-mind and no-body’ suggests the status of prior to this bifurcation or the status beyond the dichotomy. We will discuss this status related to the term ‘embodied I.’ In order to examine this special ‘I’, however, we adopt the standpoint of ‘no-mind.’ When mind becomes ‘no-mind’, the body becomes ‘nobody.’ We will investigate this emergence which occurs beyond the dichotomy of mind and body. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 BODY AWARENESS AND LIVING BODY IN EMERSIOLOGY Pr. Bernard ANDRIEU Professeur Université Paris-Descartes, Directeur du TEC Abstract: In the context of the philosophy of body, with the new influence of Merleau Ponty’s archive, and the impact of the context and the biosubjective incorporation, a new alternative was born (Saint-Aubert 2006, Varela, 1996, Depraz, Varela, Vermesch, 2003). The motor corporeity would find with the sense of the effort since Maine de Biran, an experience for discovered this “property,” an intimate sense of proper body (Andrieu, 2008). The living body is not known by the subject that the increasing of sensory information which reach the consciousness ; “The body is not known by the subject, but included in him without becoming identified with him. It is nothing else than what shows itself within the subject existing as drive or effort, like that which resists this effort (Barbaras, on 2011, 139). It is good the living body which is known by the reallife body only if the subject have make a consciousness of his mental states. There would be in the physical experience the truth which does not lie. The body would not lie. He would speak about him without we are conscious of it. What escapes from my body, it is his signs which we observe from the outside but with gestures, postures and techniques which alive of our body. The alive body is already in act (Berthoz, Andrieu eds., on 2011). The strategy of the living body is to adapt the body lived most immediately in the action, this strategy is not deliberate for the consciousness which has no it one. The intuitive sensibility is subconscious, the result of the predriving ecology incorporates into the habits. This sensibility is directed by sensory plans developes in the courses of the experience and which gives this intuitive and spontaneous character to the gesture of action. By mutating by informative adaptation, the alive body makes planned without our knowledge by a precarious health and by a homeostasis in imbalance which forces us to be reorganized. The obstacle of a knowledge of our living body is mainly the consciousness of the real-life body which puts a false perception on sensory and emotional information. What we take for the living body is a perception through the real-life body? How from then on distinguish what results directly from the body living on its perception by the real-life body? The deepening bases on the capacity of mental attention on the reflectivity of the alive (breath, heart rhythm, internal sensations) but also on the physical consciousness like Richard Shusterman had developed with his concept of body awareness (Shusterman, 2008) by the practice of Feldenkrais, Pilates or Alexander body development of self. The consciousness of body is a method top-down by the attention in self of our internal contents : the request is voluntary by the search for this information produces from the alive body to the representation of him in perceived consciousness through the language. References Andrieu B. (2016). Sentir son corps vivant. Emersiologie t1, Vrin. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Andrieu B. potstface Okui. H. (2016). Apprendre de son corps, Presses universitaires de Rouen. Andrieu, Bernard. (2015). “From Phenomenology to Emersiology : The Birth of Living Body in the Philosophical Research in France among 1990.” Study on Arts and Principles of Body-Mind Transformation, no. 4. 212-216(Okui H. trans. 現象学から顕現学へ−−−1990年以降フランス哲学における「生ける身体living body」の誕生, 身心変容技法研究, 4, 207211.) Andrieu B., (2008). Der erotische Scwindel des Fleisches : La Mettrie via Merleau-Ponty, dans Ludger Scwarte ed., 2008, Philosophien des Fleisches. Das Theater der Libertinage zwischen Kunst und Wissenschafts (1680-1750), Georg Olms Verlag, p. 141-154. Barbaras R. (2011). L'ouverture du monde: Lecture de Jan Patocka, Editions de la Transparence. Berthoz A. Andrieu B. eds. (2011). Le corps en acte. Centenaire Maurice Merleau Ponty, P.U. Nancy. Depraz N. Varela F., Vermesch P. (2003). On Becoming Aware: A Pragmatics of Experiencing, John Benjamins Pub Co. Saint Aubert E. (2006). Vers une ontologie indirecte. Sources et enjeux critiques à l’appel à l’ontologie chez Merleau-Ponty, Vrin. Shusterman R. (2008). Body Consciousness: A Philosophy of Mindfulness and Somaesthetics, Cambridge University Press. Varela F. (1996). Neurophenomenology: A methodological remedy for the hard problem, Journal of Consciousness Studies 3: 330-49. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LE CORPS AU JAPON – CE QUE NOUS APPRENNENT LES ARTS GESTUELS JAPONAIS (ARTS MARTIAUX, DANSE, THÉÂTRE) Basile DOGANIS Docteur, Chercheur associé TEC Résumé: Dans la culture japonaise, le corps a toujours bénéficié d’une attention particulière et d’une véritable dignité philosophique. On le constate dans une constellation d’arts mineurs et de pratiques du quotidien visant au bien-être (gastronomie, massages, bains), mais cette importance du corps apparaît de façon plus significative dans les différents arts gestuels japonais tels que les arts martiaux, la danse ou le théâtre. Ces arts gestuels mettent à l’épreuve et approfondissent nos conceptions de l’action, de la force, de la nature ou de la croyance, et constituent à ce titre de véritables pensées du corps. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LE JUDO A TENRI, ENTRE CORPS PRETE ET CŒUR A DEVELOPPER : D’UNE TECHNIQUE DU CORPS A UNE TECHNIQUE DE CONSCIENCE DU CORPS Michael HILPRON Phd, Collegium Sciences et Techniques - département STAPS, Université d'Orléans Résumé: En tant que technique du corps (Mauss, 1936), le judo est aujourd’hui une pratique et un objet culturel qui illustre « la tension entre homogénéisation et hétérogénéisation » (Appadurai, 2008, p. 51), tant il est vrai que sa globalisation est concomitante d’une diversification locale plurielle (Hilpron & Rosselin, 2010). Tandis qu’il est souvent considéré comme un art martial en France, le judo relève davantage d’un budō au Japon : les dimensions éthiques, philosophiques et spirituelles étant particulièrement mises en avant. À Tenri, la pratique est liée au mouvement religieux Tenrikyō (Hilpron, 2012) qui considère d’une part, que le corps est une « chose prêtée-empruntée » par Oyagamisama (Dieu) et d’autre part, que le cœur est la propriété des êtres humains qui doivent mener « la vie de joie ». En rapprochant ces postulats des principes d’efficience (seiryoku zenyō) et de prospérité mutuelle (jita kyōei) corrélatifs à la pensée de Kano, ce papier propose une approche originale de l’écologie corporelle du judo en le présentant comme une technique de conscience du corps (Chenault, Hamard, Hilpron, & Grison, 2013). Conçue et cultivée dans cette perspective, la pratique invite à une réflexion corporelle permettant de développer une meilleure connaissance de soi, de l’Autre et de l’environnement par un « travail de soi sur soi, une élaboration de soi sur soi, une transformation progressive de soi sur soi » (Foucault, 2001, p. 17). Ce point de vue tisse une passerelle entre philosophies orientales et occidentales, où « les Japonais rejoignent les anciens Grecs qui disaient que pour atteindre la plénitude du soi, il fallait d’abord se connaître soimême » (Frédéric, 1993, 59). L’objectif est ici de contribuer à étoffer la réflexion anthropologique des philosophes du corps, mais aussi de mettre en exergue que les dimensions d’accomplissement, de santé et développement personnel que peuvent combiner les pratiques du sport de haut niveau et d’éducation corporelle relatives à une véritable culture de soi (Foucault, ibid.). Références bibliographiques Appadurai, A. (2008). “Disjuncture and Difference in the Global Cultural Economy”. In J. X. Inda & R. Rosaldo (éd.), The anthropology of globalization. A reader (2e éd., p. 47‑ 65). Malden: Blackwell. Chenault, M., Hamard, A., Hilpron, M., & Grison, B. (2013). Les Techniques de Conscience du Corps - Ethique non compétitive entre Orient et Occident. Corps, (11), 181‑ 194. Foucault, M. (2001). L’herméneutique du sujet. Paris : Gallimard. Frédéric, L. (1993). Dictionnaire des arts martiaux. Paris : Editions du Félin. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Hilpron, M. (2012). De « faire du judo » à « faire judo ». Approche ethnographique d’une pratique de haut niveau par la culture matérielle (Doctorat en STAPS). Université d’Orléans, UFR STAPS. Hilpron, M., & Rosselin, C. (2010). Vécu corporel du judo et globalisation du sport : une comparaison France-Japon. Journal des anthropologues, (120121), 313‑ 332. Mauss, M. (1936). « Les techniques du corps » (p. 363‑ 386). Paris: Quadrige/PUF. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 CULTIVATING THE QI Marceau CHENEAU PhD. Lecturer at East China Normal University, College of Physical Education, and head of the International Training at Shanghai Qigong Research Institute. Associated Researcher of the Lab of Cognitive and Social Anthropology and Psychology (EA7278) at Nice Sophia-Antipolis University. Anthropology of Body Awareness Techniques and globalization of Asian and European Body Techniques. Abstract: In the frame of research on the diffusion of Asian body techniques, this study focus on the self-cultivation in the practice of Qigong. Our ethnographic observations have been done during the international training organized by a Qigong Institute in Shanghai, from September 2012 to January 2016, within the context of the globalization of Chinese body techniques. We postulate that the contemporary practice of qigong is founded on the cultivation of Qi experiences, and that is the consequence of a technology of the self especially designed for modern intercultural training. Following the diffusion of a re-invented tradition, we describe the fabric of Qi sensations through the teaching-learning relations between five Chinese experts and forty-four foreign expats students: the body techniques (routines, breathe techniques, body focus), the theoretical contents from Traditional Chinese Medicine and Taoist philosophy (Jing-Qi-Shen, YinYang, Wu Xi, Meridians), and the intersubjective exchanges between students and professors (teaching-learning relations, memorization, performative experiences). These descriptions of group relations bring elements to clarify the articulation of the mains forces from a macro- to a micro-level (ontological references, transnational spirituality, cultural orientalism, national policies, and community of practice) which constitute a technology for learner to commodify their self-embodiment into a global “Qi-Self”. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 SHENFA, OU L’EFFICACE DU CORPS VIVANT DANS LES PRATIQUES CHINOISES : FAUT-IL ETRE CHINOIS POUR COMPRENDRE LA NOTION ? Alexandre LEGENDRE Doctorant Université Paris Descartes, membre du TEC Résumé: Les pratiques martiales et énergétiques chinoises (wushu, taiji quan, qi gong…), en dépit de leur immense diversité, s’accordent au moins sur un point : toutes soulignent l’importance du shenfa (身法), concept opératoire dont symptomatiquement aucune traduction ‘directe’ ne rend compte de manière satisfaisante. Capacité à lier les parties de son corps, faire corps, le shenfa s’érige en maître-rouage de la mécanique corporelle ; mais il représente encore et surtout la condition cognitive de ces activités, qu’elles soient polarisées sur la performance martiale aussi bien que la santé : déterminisme immédiat d’un « corps vivant » décomplexé, affranchi du joug de la conscience comme de la volonté, il s’éploie sponte sua loin de la rigidité des modèles et l’arbitraire des représentations. En contexte chinois, le concept s’impose de lui-même comme l’opérationnalisation légitime et naturelle de principes hérités du taoïsme (« 無為 », « 道法自然 »…), aujourd’hui consubstantiels à la sinité. Mais qu’en est-il ailleurs ? Intraduisible telle quelle dans nos langues occidentales, l’expression est-elle pour autant incompréhensible par l’occident? Et quid du Japon ? Les deux caractères se retrouvent dans la langue japonaise, mais nulle trace de leur association? Comment la notion se comprend-elle chez le voisin japonais ? En somme, c’est à travers l’investigation des conditions d’intellection de cette ‘simple’ notion que nous chercherons à poursuivre l’exploration des virtualités du corps vivant. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 PRÉSENTATION DE L’UNITWIN COMPLEX SYSTEM UNESCO et de HUMAN TRACE COMPLEX SYSTEM Paul Bourgine & Béatrice Galinon-Mélénec Résumé: ] Fin août 2013, l'UNESCO a validé la création d'un quatrième réseau UniTwin de la Commission Française pour l'UNESCO (le précédent datait de 2002) intitulé Campus Numérique des Systèmes Complexes (Complex Systems Digital Campus). Le projet initial - qui était porté par les universités du Havre (Pr. C. Bertelle) et de Strasbourg (Pr. Pierre Collet) et présidé par Pr. Paul Bourgine - avait pour objet de regrouper au niveau mondial les universités et institutions de recherche travaillant sur les systèmes complexes. La dynamique scientifique de l’unitwin repose sur des e-laboratoires spécialisés qui mutualisent leurs données et les mettent en accès libre (entre les membres du réseau et au delà). Les questions transverses et les objets multiéchelles sont regroupés pour nourrir l’intelligence des systèmes complexes. En avril 2014, le e-laboratoire Human Trace CS DC (Pr. B. Galinon-Mélénec) a été validé par le comité scientifique de l’UNITWIN CS DC. Ce qui le met en situation d’interagir avec les100 institutions d'enseignement supérieur et de recherche qui, à la même époque, ont signé une lettre d'engagement à participer de manière active au CNSC international. Les 2 journées « Traces du corps » correspond à l’axe 10 du e-laboratoire Human Trace Complex System UNESCO (Pr. B. Galinon-Mélénec et Pr. Bernard Andrieu). Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LA SENSIBILITÉ DES NOURRISSONS AUX TRACES GESTUELLES ET PROSODIQUES DE LA COMMUNICATION ADULTE Karine Martel, Michèle Molina, Coralie Sann. Université de Caen-Normandie, Laboratoire PALM EA 4649-Pôle Modesco Résumé: Par quels processus un adulte et un nourrisson parviennent-ils à coconstruire et partager du sens lorsqu’ils sont impliqués dans un échange communicatif (Ghiglione, 1986) en dépit de l’évidente asymétrie de leurs compétences à communiquer ? Nous examinerons cette question en analysant l’ajustement de l’adulte aux compétences communicantes du nourrisson à partir de deux traces corporelles spécifiques : le motherese et le motionese. Le motherese, ou langage adressé à l’enfant (LAE), correspond à une modification volontaire des caractéristiques du langage des adultes lorsqu’ils s’adressent à de jeunes enfants (Newport, 1977). Observable dans de nombreuses cultures, il est reconnu comme assurant une triple fonction de maintien de l’attention du nourrisson (Stern, MacKain et Spieker, 1982), de communication d’affect qui facilite la communication sociale (Werker et McLeod, 1989) et d’apprentissage du langage (Nelson, Hirsh-Pasek, Jusczyk et Cassidy, 1989). Le motherese s’organise en phrases répétées au rythme lent et cyclique. Ce registre spécifique est également marqué par une simplification phonologique, la présence de nombreuses reformulations, l’utilisation de suffixes diminutifs et une prépondérance de mots dont la structure est du type consonne-voyelle-consonne ou consonne-voyelle-consonne-voyelle (Ferguson, 1964). Les adultes qui s’adressent aux nourrissons et aux enfants en bas âges produisent en effet des énoncés plus courts et utilisent un vocabulaire souvent restreint (des termes relatifs à la nomination des parties du corps, au fonctionnement physiologique et à l’état émotionnel, qui concernent la plupart du temps les objets environnants, le contexte concret immédiat) dans des structures syntaxiques simples « sujet-verbe-complément ». Enfin, le motherese se caractérise par un ensemble de particularités prosodiques (Fernald et Simon, 1984; Stern, MacKain et Spieker, 1982). Cette simplification du langage est également observée en cas de langage signé (Masataka, 1996, Limousin, 2011). Dès l’âge de 4 mois, les nourrissons présentent une préférence pour le LAE (Cooper et Aslin, 1990; Fernald, 1985; Pegg, Werker, et McLeod, 1992). Le motionese, ou mouvement adressé à l’enfant (MAE), quant à lui, désigne le répertoire des actions sensorimotrices que l’adulte réalise spécifiquement lorsqu’il s’adresse à un nourrisson (Brand, Baldwin et Ashburn, 2002). Sa gestualité s’organise alors de façon à produire et répéter une série limitée de gestes simplifiés, enthousiastes, de grandes amplitudes et parfois ralentis. Cette simplification de la gestuelle adulte permettrait au nourrisson de focaliser son attention sur l’action sensorimotrice de l’adulte de façon à en saisir la structure et la finalité. Dès l’âge de 6 mois, les nourrissons présentent une préférence pour le MAE. Le LAE et le MAE constituent des traces corporelles tangibles de l’adaptation de l’adulte au nourrisson. La sensibilité spécifique des nourrissons Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 à ces traces communicantes révèle leur capacité à analyser et découper le flux vocal et gestuel de l’adulte en unités signifiantes sur lesquelles adapter leur propre conduite. La question reste posée de l’utilisation de ces traces dans le dépistage précoce de pathologies invasives du développement, comme premières empreintes de la langue et des connaissances de l’autre et du monde Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TRACES DU CORPS ET INTELLIGENCE COLLECTIVE: LES FOURMIS SONT-ELLES PLUS INTELLIGENTES QUE LES INFORMATICIENS C. Bertelle et D. Olivier Normandie Univ, UNIHAVRE, LITIS, 76600 Le Havre, France Résumé: Les chercheurs en informatique manquent cruellement d'imagination et alors que d'autres sciences cherchent à comprendre et expliquer le monde qui nous entoure en élaborant des théories et des modèles, ces derniers s'inspirent souvent du monde du vivant pour concevoir leurs algorithmes et leurs programmes. En informatique résoudre un problème consiste à construire un système numérique ou symbolique qui produit la solution. Plusieurs cas sont alors possibles, mais si on considère des problèmes plongés dans des environnements ouverts pouvant être perturbés ou incertains, les méthodes de résolution nécessitent de s'orienter vers des systèmes robustes et résilients offrant le plus souvent des capacités d'adaptation. Le parallèle avec les écosystèmes ou l'évolution, par exemple et donc avec le vivant apparaît alors de façon criante et la métaphore offre alors des pistes et permet d'envisager des méthodes de résolution bio-inspirées. Chercher une solution consiste donc à se déplacer dans un espace éventuellement en constante évolution. Les insectes sociaux et en particulier les fourmis sont confrontés à cette même problématique pour des problèmes variés comme la recherche et la sélection de sources de nourriture, la construction, l'évolution du nid et l'entretien du couvain, l'organisation du travail, etc. Si jusque dans les années 1980, on imaginait que c'était le résultat d'une organisation hiérarchique très centralisée, nous savons maintenant qu'elles ne s'appuient pas sur une représentation des structures qu'elles génèrent. Il n'y a pas de mécanisme de planification qui serait contrôlé et détenu par telle ou telle, les cent mille neurones d'une fourmi n'y suffisent pas. Chaque fourmi n'a qu'une vision locale de son environnement et son répertoire comportemental s'entend à une vingtaine d'items. L'intelligence collective est le résultat de l'ensemble des interactions entre toutes les fourmis de la colonie. Les interactions peuvent être directes d'individu à individu, ou indirectes par l'intermédiaire de l'environnement. PierrePaul Grassé s'est intéressé le premier à ce dernier point et il a montré que les insectes sociaux coordonnaient leurs activités par le biais de traces laissées dans l'environnement que ce soient des piliers de construction ou des pistes de phéromones. Les fourmis sont stimulées par l'état de l'environnement qui est le résultat des activités passées et qui provoque des comportements spécifiques. P. Grassé a appelé ce mécanisme la stigmergie (stigma : piqûre, egon : travail). Attardons-nous maintenant sur le recrutement alimentaire chez certaines espèces de fourmi pour avancer dans le mécanisme. Considérons tout d'abord qu'une fourmi découvre par hasard une source de nourriture, suite a cet événement elle va retourner au nid en déposant sur le sol une trace de phéromone. Cette piste chimique va ensuite attirer d’autres fourmis de la colonie vers la source. Celles-ci, vont renforcer la trace en retournant au nid, on parle dans ce cas de rétroaction positive. Ainsi plus de fourmis participent à ce recrutement plus la piste va être renforcée et devenir attractive. Ce mécanisme Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 est régulé par l'évaporation des phéromones, la trace est alors maintenue que si la source de nourriture est toujours attractive. Dans le cas contraire, suite par exemple à un épuisement de la ressource, la piste n'est alors que faiblement empruntée et elle finit par disparaître par évaporation. Là encore un mécanisme de rétroaction agit, mais il est négatif. Les myrmécologues ont tout d'abord « modélisé pour comprendre » avec en particulier les travaux de J.L. Deneubourg mais rapidement les informaticiens se sont emparés des différents travaux avec la volonté de « modéliser pour reproduire » intéressés qu'ils étaient par la capacité des fourmis à construire et maintenir des structures dans un environnement ouvert et incertain. Le mimétisme conduit à considérer des fourmis artificielles déposant des phéromones numériques dans un environnement,. L'objet mathématique retenu est le plus souvent un graphe qui est constitué de sommets et d'arêtes qui relient ces sommets entre-eux, ce graphe évolue dans le temps suite aux modifications faites par les fourmis artificielles mais également provoquées par des perturbations extérieures. On recherche alors une structure, c'est-à-dire un ensemble de sommets et/ou d'arêtes correspondant à un objet clairement identifié comme un ou plusieurs chemins, une partition de sommets … Ces structures sont révélées par une trace numérique dans le graphe grâce aux mécanismes de rétroaction positive et négative. Tout comme les fourmis les informaticiens sont capables de trouver un plus court chemin comme lorsqu'elles collectent de la nourriture, mais il aura fallu attendre environ 150 millions d'années ! Plus généralement ces différents éléments soulèvent des questions sur l'histoire de l'informatique en tant que science, pourquoi et comment nous sommes passé du carbone au silicium en mettant nos pas dans les traces de J. Von Neumann, J. Conway ou C. Langton pour ne citer qu'eux. Ils ont laissé des traces dans notre discipline qui sont renforcées parfois redécouvertes et qui parfois s'évaporent. Nous nous proposons de suivre cette piste en creux dans notre propos futur. Body traces and collective intelligence: are ants more intelligent than computer scientists? Computer science researchers are badly lacking in imagination and whereas other sciences try to understand and explain the world around us by developing theories and models, the former often draw on living systems and organisms to develop algorithms and programs. In computer science solving a problem means developing a digital or symbolical system that gives the solution. Several possibilities can then arise but when solving problems immersed in open environments that may be disrupted or uncertain, robust and resilient systems with a substantial capacity for adaptation must be resorted to. Thus the similarity with ecosystems or evolution for instance, thereby with living organisms, is glaringly obvious and the metaphor gives food for thought and makes it possible to consider bioinspired alternatives. Looking for a solution then means moving within a constantly evolving space search. Social insects and ants in particular are facing the same issue as regards such problems as searching for and selecting food sources, building and developing nests, maintaining the brood, organising work, etc. Though until the 1980s it was believed to be the outcome of a highly centralized hierarchical organization, we now know that it is not based on a Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 representation of the structures they have generated. There is no planning mechanism held and monitored by a particular ant: the one hundred thousand neurons of an ant would not be enough. Each ant has only a local vision of its environment and its behaviour register comprises some twenty items. Collective intelligence is the outcome of the entire range of interactions among all the ants in the colony. These interactions may be direct from individual to individual or indirect via the environment. Pierre-Paul Grassé was interested early in the latter point and he has shown how social insects coordinate tasks through traces left in the environment – whether supporting pillars or pheromone trails. Ants are stimulated by the state of the environment which is the product of past activities and brings about specific behaviours. Grassé has called this mechanism stigmergy (from the Greek words stigma “mark, sign” and ergon “work, action”). Let us now focus on the food recruiting process among certain species of ants to go deeper into the mechanism. First let’s assume that an ant should come upon an unexpected food source; subsequently it will lay down pheromones on its way back to the nest. This chemical trail will then attract other ants from the colony towards the food source. These ants will make the trail stronger by going back to the nest, which is called positive feedback. Thus the more ants involved in the recruiting process, the stronger and the more attractive the trail. This mechanism is regulated by the evaporation of the pheromones and the trail is only preserved provided the food source still proves attractive. If it does not, for instance owing to source depletion, the trail will then be marginally used and will eventually evaporate and disappear. Here again we witness a feedback mechanism but it is a negative one. Myrmecologists have first “modelled to understand” with J.L. Deneubourg’s works in particular but soon computer scientists have appropriated the various works with the objective to “model to replicate”, as they were fascinated by the ants’ capacity to build and preserve structures within an open and uncertain environment. By imitation artificial ants are conceived laying digital pheromones in a given environment. Most of the time the mathematical object adopted is a graph which is made up of vertices and edges connecting these vertices; this graph evolves over time according to the changes made by the artificial ants but also caused by external disturbances. A structure is then needed, that is a set of vertices and/or edges corresponding to an object clearly identified as one or several paths, a partition of vertices … These structures are shown by a digital trace in the graph thanks to the positive and negative feedback mechanisms. Just as ants do when collecting food, computer scientists can find the shortest path, but it took some 150 million years! More generally, these various points raise questions about the history of computing as a science: how and why we have moved from carbon to silicon by following in the tracks of J. von Neumann, J. Conway or C. Langton, to name but a few. They have left traces in our field that are reinforced or at times rediscovered, and that sometimes evaporate. Such is the track we propose to dig into in our presentation. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 DES TRACES HUMAINES DANS LE BIG DATA : DU DIAGNOSTIC À LA TRANSDUCTION MACHINIQUE DU CORPS Joël Colloc Professeur, Université du Havre Maude Bonenfant Professeure, Université du Québec à Montréal Résumé: Lors du diagnostic médical, une certaine conception du corps est postulée de la part du médecin afin de formuler un raisonnement analogique et déductif à partir de l’ensemble des signes et symptômes qu’il observe. Si une série de techniques et d’appareils sont apparus au fil du temps afin d’aider la prise de décision médicale, aujourd’hui les outils informatisés sophistiqués, comme l’imagerie médicale, deviennent indispensables au médecin. Or, que devient la conception du corps dans ce contexte technologique médical? Certains postulats ont-ils été transformés? Selon les transhumanistes, la technologisation du corps est la voie pour éliminer la maladie, voire la mort. Quelle est alors l’idée du diagnostic médical si le corps devient synthétique? Le questionnement est alors purement spéculatif, mais qu’en est-il dans le contexte du Big Data, c’est-à-dire dans le contexte de captation par des objets connectés, de stockage puis du traitement automatisé de données en quantité massive par des logiciels informatiques ? Alors que la popularité de la biométrie et des appareils de captation (nous pensons ici au phénomène de quantification de soi) ne cesse de croître, la quantité de données produites par les corps augmente également modifiant profondément notre conception des êtres humains et de leur identité. Se présentant comme « des outils d’aide à la prise de décision », les technologies du Big Data semblent répondre parfaitement aux objectifs du diagnostic médical, mais dans quelle mesure ce dernier est-il transformé par ces technologies ? Partant du raisonnement clinique tel que la médecine contemporaine le définit, nous proposerons une réflexion sur le sens du corps dans le contexte médical actuel et dans celui imaginé par certains tenants du transhumanisme. Ce parallèle nous permettra de mettre en lumière un certain nombre d’éléments de réponse à la question suivante : que devient le diagnostic médical dans le contexte du Big Data alors que les traces laissées par le corps, comme autant d’indices sur la santé de l’individu, sont traitées comme des données informatiques? Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 HUMAN TRACES IN THE BIG DATA: FROM DIAGNOSIS TO MACHINIC TRANSDUCTION BODY Abstract: In the context of medical diagnosis, some conception of the body is postulated by the doctor to formulate analog and deductive reasoning from a set of signs and symptoms he observes. If a series of techniques and devices have emerged over time to help the medical decision-making, today's technologies have advanced, such as medical imaging, and become essential to the doctor. But what about the conception of the body in this medical technological context? Have some assumptions changed? According to transhumanists, the technologization of the body is the way to eliminate disease and even death. What then is the idea of medical diagnosis if the body is synthetic? This questioning is purely speculative, but what about in the context of Big Data, that is to say in the context of capture, storage and automated processing of data in massive quantities by computer software? As the popularity of biometrics and capture devices (we think here about the quantified self phenomenon) is increasing, the amount of data produced by the body also increases profoundly altering our conception of human beings and their identity. Posing as "the decision-making support tools," Big Data technologies seem to perfectly meet the objectives of the medical diagnosis, but how it is it transformed by these technologies? Based on the clinical reasoning as contemporary medicine defines it, we will propose a reflection on the meaning of the body in the current medical context and in that imagined by some proponents of transhumanism. This parallel allows us to highlight a number of answers to the question: what becomes of the medical diagnosis in the context of Big Data while the traces left by the body, as so many clues to health the individual is treated as computer data? Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TRAVAIL DU CORPS, TRACES DU TRAVAIL: XIXE-XXIE SIÈCLE Christian CHEVANDIER Professeur d’Histoire contemporaine à l’université du Havre Résumé: C’est par mille signes, plus ou moins ostensibles, que le travailleur manifeste son activité, que son travail se manifeste. Parce que tout se modifie sans cesse, le corps, le travail, leur(s) perception(s), la présence des traces du travail, discrétion ou exhibition, doit être historicisée afin de prévenir toute fallacieuse appréhension. C’est ce que propose cette communication dans laquelle, sur le temps long (notamment des XIXe et XXe siècles) et sans exclure a priori aucune activité laborieuse, seront mises en perspective les traces du travail sur/par le corps de celui ou de celle qui l’exécute. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 PHYSIOLOGIE DU GOÛT ET CORPS DU GASTRONOME. LECTURE DES TRACES CORPORELLES CHEZ BRILLAT-SAVARIN Jean-Jacques Boutaud Université de Bourgogne (Cimeos, EA4177) Résumé: Dans l’acception littéraire du XIXème siècle, la physiologie n’étudie pas en propre la mécanique corporelle mais le corps social, à travers des caractères et des figures typiques. La Physiologie du goût de Brillat-Savarin (1825) se prête volontiers à des « Méditations de gastronomie transcendante » mais propose plus encore de dépeindre avec style et marques d’esprit, les traits et le portrait du gastronome. Brillat-Savarin se livre alors à une véritable lecture des indices et traces corporelles qui traduisent, par degrés, l’attrait pour les aliments, les plaisirs et le commerce de table en société. Des pieds à la tête, le corps devient en quelque sorte lisible, par force d’attraction des aliments et pouvoir génésique du discours qui les enrobe. Comme l’observe Barthes dans sa Lecture de Brillat-Savarin (1981) le gastronome posté à table ne priorise pas l’analyse des sensations internes, il cherche avant tout à saisir les effets visibles ou à peine perceptibles du plaisir gourmand, les signes discrets ou manifestes qui apparaissent, bien souvent à son corps défendant, chez le sujet pris ou épris de gourmandise. Nous suivrons Brillat-Savarin dans son travail d’observation, tout particulièrement à travers les lieux et les marques d’inscription corporelle des plaisirs de table, avec une délectation certaine pour les manifestations sensibles chez la femme ou les dames. Le gastronome n’étudie pas moins l’effacement des traces d’excès ou de replétion, à travers la diète ou le « traitement préventif de l’obésité », cette fois en direction prioritaire du gastrophore, au ventre proéminent. Mais le plaisir reprend toujours ses droits, cela suppose donc une attention particulière au registre sensuel du goût, aux signes d’ordre génésique, véritable sixième sens dont Brillat-Savarin dévoile et décrypte les traces les plus intimes… Jean-Jacques Boutaud, Professeur en SIC, est Vice-Président de l’Université de Bourgogne (CFVU) et co-responsable scientifique du Groupement d’Intérêt Public BVV (Bourgogne Vigne et Vin). Il dirige l’équipe 3S (Cimeos EA4177) et la mention Information-Communication, dont le parcours MASCI (masci.u-bourgogne.fr). Ses domaines de recherche concernent les relations entre sémiotique et communication, la valorisation du sensible en communication, l’imaginaire sensoriel et la communication alimentaire en particulier. Dernières parutions : Cuisine du futur et alimentation de demain, avec K. Stengel, Paris, L'Harmattan, 2016 ; Sensible et communication, Londres, ISTE Editions, 2015 ; Sémiotique, mode d'emploi, avec K. BerthelotGuiet, Paris, Le Bord de l'eau, 2015. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LES TRACES À LA FOIS PATHOLOGIQUES ET RÉCONFORTANTES DU CORPS DU MANGEUR EN CHIMIO Clémentine Hugol-Gential Résumé: Vingt à quarante pour cent des patients arrivent déjà dénutris à l’hôpital et, souvent, leur état nutritionnel tend à se dégrader pendant leur séjour. Cette dégradation nutritionnelle peut être expliquée par l’anorexie entraînée par la maladie et / ou ses traitements, par l’offre alimentaire mais aussi par un changement radical des pratiques alimentaires lors de l’arrivée du patient dans l’institution hospitalière (les plats ne sont pas choisis, le patient mange seul, etc.). La lutte contre la dénutrition est alors un enjeu important dans la prise en charge du malade. L’état nutritionnel des patients est caractérisé par des indices physiologiques et mesurables tels que l’indice de masse corporel, l’albuminie et la pré-albuminie. Cette caractérisation nutritionnelle permet notamment au médecin de décider de prescrire ou non de la complémentation nutritionnelle orale (CNO). Néanmoins, dans le cas de patients atteints de cancer et en traitement, s’arrêter à ces traces physiologiques plus ou moins ponctuelles jouant un rôle dans l’arbitrage de la prescription de CNO, ne permet pas une prise en charge holistique du patient. L’alimentation revêt une réalité beaucoup plus complexe qui ne se réduit pas à une réalité biologique mesurable. Comme l’a indiqué Claude Fischler dès 1990 manger c’est « incorporer non seulement de la substance nutritive mais aussi de la substance imaginaire, un tissu d’évocations, de connotations et de significations » (Fischler, 1990 : 15). Ce tissu imaginaire se redéfinit complètement dans le cadre de la maladie. L’alimentation devient sources d’angoisse, d’interrogation mais est aussi pourvoyeuse de réconfort. La conduite d’une série d’entretiens auprès de patients atteints de cancer et en traitement, nous ont permis de souligner que les pratiques alimentaires antérieures sont souvent remises en cause par les patient euxmêmes qui cherchent à expliquer leur maladie, à trouver une cause rationnelle à leur état. Ce que le patient a consommé devient ainsi une trace qui a impacté durablement son corps, son état de santé et qui a favorisé l’émergence de sa maladie. Pour autant, bien que souvent remise en question, l’alimentation n’est pas qu’un élément anxiogène pouvant expliquer que le mangeur est tombé malade, elle est également une source d’évocations et d’expériences antérieures. Au-delà des souvenirs gustatifs, les pratiques alimentaires laissent une trace mémorielle importante, souvent source de réconfort pour le patient qui cherche ainsi les traces d’une vie antérieure avant la rupture causée par la maladie. Par conséquent, prendre en charge l’alimentation ne peut se Résumér à la mesure physiologique de l’état nutritionnel. Les pratiques alimentaires ont un effet sur la corporalité, peuvent être à l’origine de maladie mais au-delà de ces traces corporelles durables, elles sont également riches en traces mémorielles. Ces traces sont ainsi à prendre en compte pour accompagner en profondeur et durablement le patient dans sa prise en charge nutritionnelle en considérant le vécu ainsi que ses impacts tangibles et intangibles. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Notice biographique et bibliographie Clémentine Hugol-Gential est enseignante-chercheure en Sciences de l'Information et de la Communication (SIC) à l’Université de Bourgogne Franche-Comté, elle a soutenu en 2012 une thèse de doctorat sur les interactions sociales en contexte de restauration gastronomique (thèse récompensée en 2013 par le prix du jeune chercheur de Lyon et publiée en 2015 chez l’Harmattan – Les mots et les mets au restaurant : une analyse linguistique de l’expérience gastronomique). Après 6 années au Centre de Recherche de l’Institut Paul Bocuse (Ecully), elle a rejoint le laboratoire CIMEOS et son équipe 3S en septembre 2014 pour continuer ses travaux en communication alimentaire et pour développer un axe portant sur l’alimentation-santé. Elle est aujourd’hui coordinatrice d’un projet ANR portant sur l’alimentation à l’hôpital : ALIMS (Alimentation et Lutte contre les Inégalités en Milieu de Santé) HUGOL-GENTIAL, C. (2016). Le repas à l’hôpital : un défi pour demain. In Jean-Jacques BOUTAUD et Kilien STENGEL (Eds.) Cuisine du futur et alimentation de demain. L’Harmattan, collection Questions Alimentaires et gastronomiques : 97 – 112. HUGOL-GENTIAL, C. (2015). Le repas à l’épreuve du cancer : une redéfinition sensorielle, sensible et symbolique. ESSACHESS : Journal for communication studies. Dossier thématique : The alimentary and gustative imaginary. 8 :2 (16) : 181-194. HUGOL-GENTIAL, C. (2015). Le repas à l’hôpital et ses enjeux identitaires. Lexia. 19-20 : 169-182. HUGOL-GENTIAL, C. (2015). L’expérience gastronomique : des dimensions linguistiques aux dimensions sensibles. In BOUTAUD, JJ. (Ed.), Sensible et communication : du cognitif au symbolique. Pp 109-125. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TRACES ET LÉGITIMATION DU PASSÉ: DES OBJETS AUX CORPS Bruno OLLIVIER Professeur en Sciences de l’Information et de la Communication, Université des Antilles Anne PAJARD Doctorante en Sciences de l’Information et de la Communication, Université des Antilles Mots-clés : Caraïbe, mémoire, patrimoine, corps, traces, médiations Résumé: Le concept de patrimoine fait l’objet de mutations profondes. Il est organisé pendant longtemps autour d’objets, qui valent manifestation matérielle du patrimoine. L’objet matériel est preuve des expériences passées des hommes et de leur valeur collective.Il s’articule sur l’Histoire et les représentations qui en sont données. Il permet une présence du passé dans le monde actuel et fait l’objet de stratégies et dispositifs de patrimonialisation. Le corps prend progressivement place dans les conceptions du patrimoine. Au niveau symbolique, il contient une façon de concevoir le patrimoine (vivant, mouvant, en relation). Mais le corps individuel est aussi trace et représentation d’une expérience collective médiatrice du lieu et du passé. Qu’il s’agisse de fiction, de littérature, de réel, le corps est le témoin du patrimoine. La représentation du corps (représentation donnée comme représentation interprétée, représentation iconique comme représentation mentale), avec ses marques individuelles et collectives, son phénotype, en vient à signifier parfois l’histoire et le patrimoine qu’il s’agit de partager. A travers ces déplacements du concept de patrimoine, on discutera, à partir de l’exemple de la Caraïbe, des enjeux de légitimité, des dispositifs techniques qui favorisent ou donnent le sentiment de favoriser ce qu’il est convenu d’appeler la diversité et de la relation de cette « diversité » au patrimoine. On repérera le rôle du corps dans l’antagonisme possible entre le « patrimoine immatériel » et la preuve documentaire et matérielle qui le fait reconnaître. Se posent dès lors des questions sur la frontière entre ce qui est nommé patrimoine et ce qui est nommé ou revendiqué comme culture. Quel est le rôle de la singularité du corps dans la construction et la revendication d’une culture commune ? Tout corps peut-il, aux yeux des acteurs sociaux, participer de tout patrimoine et de toute culture ? Quels sont les récits “acceptables” pour construire un patrimoine à partir de traces liées au corps ? Quelles sont les relations entre la mise en commun (culture) et les expériences singulières (du corps). Quelles sont les relations entre la mise en “espace commun” du passé au présent par des corps-traces face à des objets-preuve. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LE SOI-SUJET FACE AU SOI-OBJET-TRACES Francis Jauréguiberry Résumé: Dans le film Apollo 13 réalisé par Ron Howard et retraçant des faits réels, les membres de la mission sont soumis à un très fort stress : une explosion à bord de l’engin spatial met directement leur vie en danger. Les senseurs dont sont bardés les astronautes mesurent et transmettent alors au centre de contrôle des données alarmantes en regard de la normalité attendue : leur rythme cardiaque est trop élevé, leur respiration trop saccadée, leurs temps d’apnée trop fréquents, etc. Au moment où la question même de la survie des astronautes se pose, l’équipe médicale chargée sur Terre de contrôler leurs données physiologiques leur suggère de respirer plus calmement, de se détendre afin de faire baisser leur rythme cardiaque, de prendre quelques instants de repos… N’en pouvant plus, le commandant de la mission ouvre sa combinaison et arrache tous les senseurs, « reprenant contrôle », comme il le dit alors, de lui-même. À la définition de lui comme objet, il oppose celle de lui comme sujet. De la même façon, l’individu hypermoderne est de plus en plus confronté à son personnage social pisté, calibré et métabolisé par les technologies en un ensemble d’indicateurs qu’il lui est demandé de gérer au mieux en fonction d’une vision rentabiliste et sécuritaire de lui-même. C’est à l’obligation de décisions du soi-sujet face au soi-objet-traces et aux tensions que ces décisions suscitent que sera consacrée cette communication. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 PARTOUT ET NULLE PART. LE CORPS IN ABSENTIA DES DISPOSITIFS ÉPIPHANIQUES Pauline Chasseray-Peraldi & Yves Jeanneret Université Paris Sorbonne CELSA – GRIPIC EA 1498 Résumé: Les études de sémiologie et sémiotique visuelle ont, pour des raisons compréhensibles, privilégié les images qui représentent le corps et le geste et soulevé les enjeux liés à la pudeur, à l’exhibition, au voyeurisme, à l’obscénité. Or l’analyse des dispositifs médiatiques a montré que le « corps sémiotisé » marque aussi son importance par le fait d’organiser la relation au monde : une fonction qui devient décisive lorsque celui-ci se situe en-delà ou au-delà du cadre empirique de l’image. Nous souhaitons nous intéresser à la teneur corporelle des images qui ne représentent pas le corps humain, à partir de la problématique de l’hommetrace. Nous considérerons en particulier les dispositifs épiphaniques développés sur l’internet, replacés dans la perspective de l’élaboration, au fil de l’histoire, de formes de la représentation du monde (notamment les dispositifs Google Maps et Google Street View). Par ce terme, nous désignons les outils optiques et (photo)graphiques qui prétendent révéler et amener à visibilité ce qui est invisible dans le monde. En effet, s’il est vrai (et décisif) que l’écriture et plus généralement la pensée de l’écran supposent de s’arracher à l’obsession de la rencontre et du geste pour donner une réelle valeur au support, il n’y a sans doute pas de dispositif graphique qui, pour devenir un dispositif de représentation, ne manipule le corps regardant. Lorsque celui-ci n’est pas l’objet de l’image – et peut-être d’autant plus qu’il ne l’est pas – il en est le foyer, à la jonction de l’effet de présence et de l’effet de sujet. Ce principe, que les théoriciens de la représentation ont mis en évidence dans le temps long, semble particulièrement instrumentalisé par les innovations des industries des passages sur l’internet. Nous souhaitons, dans un premier temps, inscrire cette réflexion dans la continuité de l’approche critique et sémiotique de la notion de trace telle qu’elle a été dessinée dans les trois premiers volumes de L’homme-trace, notamment en nous demandant comment ces dispositifs donnent lieu à inscription et tracé du corps. Ensuite, nous voudrions nous demander dans quelle mesure ce processus est construit comme trace à travers les captures, transformations, transmutations et brouillages sémiotiques dont il est l’objet. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 MÉDIATISATION DE PERSONNALITÉS ET/OU REPRÉSENTATION D’UN ETHOS PATRONAL ? ETUDE DES TRACES LAISSÉES PAR LE DOCUMENTAIRE « LA FRANCE DES GRANDS PATRONS » Véronique Richard Résumé: Analyser les portraits d’une quinzaine de patrons du CAC 40 dressés dans le documentaire de Laurent Jaoui intitulé « La France des grands patrons4 », distinguer leurs figures singulières et retrouver leur congruence, rechercher les procédés narratifs, discursifs et filmiques mettant en scène leurs caractères et leur donnant une visibilité sociale, tel est l’objectif de ce projet de communication. Il s’agit d’interroger dans une perspective socio-sémiotique les traces de ces personnalités telles qu’elles apparaissent au travers du cadre que le dispositif éditorial du documentaire a dessiné. Pairs d’une même « confrérie », ces figures emblématiques partagent une même sociabilité tout en se distinguant par des traits saillants. Le montage des séquences, enchâssées dans des conventions sociales et inscrites dans des codes visuels, compose un tableau animé qui laisse place à leur singularité des personnes (re)présentées. S’y exprime liée à une fonction « patronale » et une identité nationale une certaine « grammaire de la responsabilité 5». Les matériaux dont nous disposons, transcriptions des interviews des patrons menées par le documentariste, notes d’une rencontre avec lui, visionnage du documentaire, des bandes annonces de la chaîne FR3 et diverses critiques en ligne6 serviront de base à l’analyse. Elle sera guidée par une question théorique sur l’intentionnalité, le façonnage et le « dominant interprétatif » donnant à voir des « signes-traces » ; elle sera étayée par une armature conceptuelle empruntant principalement à Roland Barthes, Pierre Bourdieu, Erving Goffman et Ruth Amossy. L’hypothèse est que le dispositif adopté laisse place à l’expression d’un ethos patronal incarné dans des figures singulières. 4 Diffusé pour la première fois sur France 3 le 12/12/2014, rediffusé à plusieurs reprises et accessible sur Youtube 5 Titre de l’ouvrage de Louis Génard, éditions du Cerf, collection Humanités, 1999 6 Dont L’opinion, Le Figaro, Challenges, Médiapart, Le Monde Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 DE LA TRACE INCONSCIENCE À L’INCONSCIENT DE LA TRACE : PSYCHANALYSE ET ÉPISTÉMOLOGIE DE LA TRACE Paul-Laurent Assoun Professeur à l’Université Paris-7 (Sorbonne Paris Cité USPC), UFR Etudes psychanalytiques, psychanalyste, membre du CRPMS (Centre de Recherche Psychanalyse, Médecine et Société), membre du Comité directeur de l’Ecole doctorale « Psychanalyse et Psychopathologie », responsable de l’axe « Corps, pratiques sociales et anthropologie psychanalytique » du Master Recherche « Psychanalyse et pluridisciplinarité » Résumé: Qu’est-ce que la psychanalyse peut apporter à une problématique de la trace ? Il ne s’agit pas de « psychologiser » la trace comme telle, mais de montrer en quoi le réel inconscient est indéchiffrable sans cette notion de Spur (trace), « traces mnésiques » ou « traces-souvenirs » (Erinnerungsspuren). L’un des points les plus révélateurs et -- les plus étonnants au dire du créateur de la psychanalyse même -- est la « conservation des traces psychiques » -- à l’instar de la ville de Rome, empilement de traces historiques rémanentes dans un espace archéologique vivant. Ce qui se démontre notamment dans l’expérience traumatique où la « trace originaire » subsiste de façon inébranlable et indélébile et est susceptible de reviviscence dans certaines situations et à certaines conditions – ce qui permet de penser l’historicisation plastique de la vie psychique sur fond de la perdurance. On présentera donc en un premier temps le apports d’une métapsychologie de la trace chez Freud, pour, en un second temps -déterminant pour l’insertion du savoir analytique dans une épistémologie de la trace – en dégager les résonances et les incidences sur l’ensemble du savoir de l’homme. On verra comment la théorie analytique, fondée sur son expérience clinique de la mémoire inconsciente, amène à réviser la conception générique de la « traçabilité ». Elle amène à penser une dialectique systémique entre ce qui change et ce qui perdure, le devenir de la trace s’articulant à l’insertion du sujet dans la structure. Là se dégage « l’extraordinaire plasticité des évolutions psychiques », qui fait que « l’état psychique antérieur peut ne pas s’être exprimé pendant des années » et rester en l’état jusqu’à ce qu’ « un jour il puisse devenir la forme d’expression des forces psychiques, et même le seule » (Freud). Virtualité régressive, puissance rétro-activante, qui s’exerce dans certaines limites, l’essentiel étant cette possibilité chronique de résurgence du début au cœur même du processus et surtout à tout moment de celui-ci. L’approfondissement – en compréhension – de la trace dans le modèle psychanalytique – permettra donc une application – en extension – d’un paradigme épistémologique susceptible de contribuer à la notion d’un réseau interdisciplinaire, rendant compte du privilège à accorder à la catégorie de trace. L’incidence majeure en est la visibilité que la problématique de la trace donne sur le sujet, à réaborder en termes de traçabilité. C’est ainsi la portée interdisciplinaire de l’apport analytique qui se notifie, à la condition de l’insérer dans une dialectique rigoureuse, avec les ressources de la méta-psychologie, Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 théorie des processus inconscients induite de la clinique du sujet de l’inconscient. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 L’IDENTIFICATION ET LE CORPS DU MIGRANT : COMMENT LAISSER DES TRACES DE PRÉSENCE PHYSIQUE DANS UN MONDE NUMÉRIQUE Claire Scopsi (Cnam, Dicen-IDF) L’e-administration amorce actuellement une séparation entre le corps des individus et leur identité officielle. Il s’agit d’une rupture avec les processus traditionnels d’identification personnelle qui ont toujours fait intervenir le corps, sa forme, ses traces. L’évolution des protocoles d’identification se produit souvent à des moments de déséquilibres, lorsque des événements (guerres, crises, démobilisations, épidémies) jettent de nombreuses personnes sur les routes, il faut alors substituer à la reconnaissance physique par les proches, le face à face, des procédés de documentation du corps. Ceux-ci-sont multiples : Le corps du voyageur, du migrant, est marqué, décrit, mesuré, photographié, ses composantes, ses fluides, sont analysés et comparé à des référentiels. Mais le droit moderne, fondé sur la preuve écrite, s’accommode de moins en moins bien du corps, variable, trompeur, manipulé. Il se réfugie dans la preuve administrative, de plus en plus souvent numérique, qui trace non plus les personnes physiques mais les dispositifs numériques qui leur appartiennent, et les représentent par délégation. La relation corps/identité est complètement rompue. Mots-clés : Identité, Identification, Migrant, corps, Administration Résumé: Claire Scopsi est maître de conférences au Conservatoire National des Arts et Métiers et chercheuse au laboratoire Dicen-IDF. Ses travaux menés au sein du laboratoire Dicen-idf portent sur les communautés migrantes connectées et les modes d’intégration des individus par les TIC. Elle coordonne le projet SUSE (Région Ile de France) « Passerelle de Mémoires » portant sur les processus de collectes de mémoires à l’ère numérique. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LE CORPS COMME INTERFACE : D'UNE ÉCONOMIE DE L'ATTENTION À UNE ÉCONOMIE DE L'OCCUPATION Olivier Ertzscheid Disparition des écrans, multiplication des capteurs passifs, internet des objets, interfaces vocales et assistants intelligents : le web documentaire, après avoir été remplacé par celui des profils est en train de vivre sa troisième révolution en mettant le corps au centre d'un nouvel écosystème des données et des processus de monétisation et de socialisation afférents. La dimension "biologique" – des traces "médicalisables" au fantasme du transhumanisme en passant par le développement de la génomique personnelle – devient le centre de gravité d'une "nouvelle" économie qui vise moins à capitaliser sur notre temps d'attention (Herbert Simon) que sur des stratégies relevant d'une économie de l'occupation définie comme la somme du temps de captation passive de nos données physio-biologiques, du temps de mesure passive de nos comportements et du temps d'usage passif de dispositifs et/ou d'objets disséminés à même notre corps et/ou dans notre environnement cinesthésique direct, c'est à dire à portée de 3 de nos 5 sens. Mots-clés : Web, Données, Traces, corps, Capteurs Résumé: Olivier Ertzscheid est maître de conférences en SIC à l’Université de Nantes (IUT de La Roche s/Yon) et chercheur au laboratoire Dicen-IDF. Ses travaux portent sur les effets du numérique sur l'écosystème documentaire, depuis la transformation des bibliothèques aux nouvelles pratiques de lecture-écriture, en passant par l'évolution des logiques et des outils d'indexation. Dans cette perspective, il porte une attention soutenue aux choix techniques et stratégiques des grands acteurs du Web, dans la perspective d’une écologie informationnelle globale. Il tient depuis dix ans le blog de recherche Affordance.info. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 L'ACCUEIL DE LA TRACE DANS LA RELATION INTERPERSONNELLE DE SOIN BASÉE SUR LE TOUCHER Fabienne Martin-Juchat Professeure des Universités Chargée de mission Stratégie de valorisation des SHS Université Grenoble Alpes Direction Recherche Innovation Valorisation Résumé: Les praticiens du soin basé sur le toucher possèdent une expérience de la relation interpersonnelle, en particulier une connaissance incarnée de ce qui émerge dans la relation et du diagnostic approprié. Le terme de trace dans la continuité des travaux de B. Galinon-Mélenec permet d'appréhender la manifestation corporelle sans la catégoriser a priori comme signe, processus et mise en forme de quelque chose, la qualification sémiotique n'est pas à enfermer dans le paradigme de la structure linguistique. L'objectif de cette intervention est de rendre visible, saillante, dicible, la manière dont les praticiens accueillent la trace, la sens ou la ressens, la prend en compte, la transforme, la traite, l'analyse. L'approche est résolument anthropologique afin de respecter cette connaissance incarnée, de se placer dans un cadre d'une épistémologie de l'ignorance (issue du pragmatisme). Dans la continuité de travaux antérieurs sur la communication corporelle, il s'agira d'approfondir la notion d'intercorporéité (Martin-Juchat, 2002, Galinon-Mélénec, Martin-Juchat, 2013), de respecter cette métaphysique du corps (Andrieu) qui confère à l'intersubjectivité un rôle subordonné au regard d'un principe premier de l'interrelation comme cadre préalable (tel que développé par la phénoménologie de l'intersubjective et par la sociologie compréhensive). D'un point de vue méthodologique dix entretiens seront réalisés auprès de praticiens (ostéopathes, praticiens de la méthode Poyet, Body Mind Centering, Feldenkrais, taïso, médecins traditionnels chinois, chiropraticiens) croisés à des analyses des écrits de leurs pratiques, afin de révéler les points de ressemblance et de différenciation, convergences, divergences voire controverses entre les savoir-faire. Auteurs cités : Andrieu, B., 2006, Toucher. Se soigner par lecorps, Paris, Belleslettres, coll.Médecine et Sciences Humaines. Galinon-Mélénec Béatrice, Martin-Juchat Fabienne (dir.), 2008, Le corps communicant : XXIe siècle une civilisation du corps ? Paris : L'Harmattan (Le corps en question). Galinon-Mélénec, B., Martin-Juchat, F., 2013, « Du « genre » social au « genre » incorporé : Le « corps genré » des SIC», RFSIC n°4. Martin, F., 2002, « La notion d’intercorporéité dans les arts martiaux orientaux », in J. Caune, B. Dufrêne (dir.) Les Médiations du corps. Grenoble, Université Stendhal-Grenoble3Gresec/Université Pierre Mendès-FranceIUT2-Département Information-Communication. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TRACES DU CORPS ET DU SENSIBLE CHEZ MERLEAU-PONTY ET FERNANDO PESSOA Da Nóbrega, Petrucia Université Fédéral de Rio Grande do Norte, Natal, Brésil Chercheur CNPq/École Normale Supèrieur, Paris Résumé: Dans une communication faite au premier Colloque International de Phénoménologie, en Bruxelles, 1951, Merleau-Ponty envisage une réflexion sur la phénoménologie du langage dont il se réfère à la « quasi-corporéité du signifiant », en revenant à la langage parlée et vivant où est visible « la texture même du geste linguistique au point qu’une hésitation, une altération de la voix, le choix d’une certaine syntaxe suffit à la modifier, et cependant jamais contenue en lui, toute expression m’apparaissant toujours comme une trace » (Merleau-Ponty, 1960, p. 111). Il s’agit bien évidemment d’une trace corporelle et sensible comme on peut suivi dans la pensée de Merleau-Ponty notamment comme par exemple dans l’essaie « le langage indirecte et les voix du silence » dans lequel il affirme que « notre écriture se reconnait, que nous tracions les lettres sur du papier, avec trois doigts de la main, ou à la craie, sur le tableau, avec tout notre bras, parce qu’elle n’est pas dans notre corps un automatismes lié à certains muscles, destiné à accomplir certains mouvements, mais une puissance générale de la formation motrice capables des transpositions qui font le style » (Merleau-Ponty, 1960, p. 82). Cette liaison entre le langage et le corps sensible sera repris dans son cours au Collège de France, quelques années plus tard, en 1953 : Recherches sur l’usage littéraire du langage, récemment établis et publiés par Benedetta Zaccarello et Emmanuel de Saint-Aubert (Merleau-Ponty, 2013). Les références littéraires dans l'œuvre de Merleau-Ponty sont diverses et constantes: Marcel Proust, Paul Claudel, Paul Valéry, Claude Simon, Antoine Exupéry. Cette présence de la littérature dans leur pensée, ainsi que la peinture, lui a permis d'articuler des nouvelles significations à sa philosophie et à une ontologie qu'il appelle indirecte, tout en étant traversé par le corps et la sensibilité. Ceci est une trace chez Merleau-Ponty que nous abordons dans cette communication a partir d’un dialogue avec la poésie de Fernando Pessoa (1888 -1935). Tous les deux sont morts jeunes, ils ont vécu intensément: une vie poétique et une vie philosophique. Ils sont partis très tôt mais nous ont laissé une œuvre séminale qui nous encourage à penser, à rêver, à inventer, à écrire. En bref, nous pouvons dire que les deux soulignent notre présence corporelle dans le monde et le contact avec une sensorialité visuel, tactile, auditive, gustative et kinesthésique. Les deux également se référent à la relation des sensations avec notre intelligence et avec nos émotions ce qui nous permet de sentir et de percevoir les choses et d'autres êtres. La sensorialité est marquée par un gradient sensible qui est aussi la composante, la matière première de ses œuvres poétiques et philosophiques marquées par des traces du corps vivant et expressif . Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 BRÛLURES FERTILES : TRACES MNÉSIQUES ET TRAVAIL ETHNOGRAPHIQUE Yves Winkin Résumé: La honte devant les amis qui se tordaient de rire devant moi, un tapis dans chaque main ... L'embarras lorsque j'ai ouvert la lettre de Wendy qui m'accusait en quelque sorte de l'avoir trahie ... La panique devant le scandale que je venais de provoquer en plein conseil de faculté en demandant à un collègue très senior de cesser de me rappeler sans cesse tout ce ce que je lui devais... D'incidents de parcours, j'ai tiré des publications, des cours, des conférences. Je voudrais revenir sur ces incidents très personnels que j'ai exploités au fil des années comme autant de matériaux ethnographiques. En en publiant une analyse, en en tirant une démonstration pédagogique, je les ai rendus publics. Mais je ne les ai pas neutralisés pour autant. Les incidents ont continué à me « brûler » à chaque réitération. Et tout se passe comme si j'avais besoin de raviver ces brulûres pour en maintenir la force heuristique et pédagogique. Ce texte se fondra sur une demi-douzaine de ces traces mnésiques particulièrement vives et s'interrogera sur un processus qui pourrait paraître masochiste. Longtemps, j'ai pensé qu'il s'agissait d'un processus de mithridatisation : plus j'en parlerais, et plus la brûlure se cautériserait. En fait, je me suis aperçu qu'il n'en était rien. Et j'ai dès lors inversé mon approche : j'ai continué à en parler d'abondance, en y trouvant une étrange énergie. Est-ce là ce que d'aucuns appellent l'extimité ? Est- ce là une forme d'autoethnographie particulièrement aiguë ? Ou est-ce là tout simplement une démarche ethnographique classique qui assume son dévoilement ? Le texte cherchera à répondre à ces questions et à d'autres qui ne manqueront pas de surgir en cours de route. Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 LE RÔLE DES TRACES DANS LE SYSTÈME IMMUNITAIRE: DES ANTICORPS AU CORPS Véronique THOMAS-VASLIN Sorbonne Universités, UPMC Univ Paris 06, INSERM, CNRS, ImmunologyImmunopathology-Immunotherapy (I3) UMRS959; Paris, France. Résumé: Les recherches contemporaines sur le vivant démontrent que l'organisation, la reproduction, la diversité, la viabilité et la résilience des systèmes vivants sont interconnectés à différents niveaux biologiques, sous forme de micro et macro écosystèmes. Aussi, au delà des particularités spécifiques, les systèmes biologiques complexes partagent-ils tous une certaine historicité. Ce qui signifie que tout organisme vivant porte en lui les signes-traces de cette histoire commune et individuelle. Si l’on se centre sur l’Homme, il est acquis que la mise en place du système immunitaire commence dès la vie intra-utérine, alors même que le fœtus est préservé contre les microbes par sa mère. La cognition par le système immunitaire, des antigènes du fœtus et de ceux de la mère contribue à la construction de l'identité moléculaire de l’individu, en particulier via les « anticorps »1. Dès la naissance, ce système immunitaire est confronté potentiellement à tous les « antigènes »2 et à tous les microbes de l’environnement et il se rappellera tout au long de la vie de cette rencontre… ce qui lui permettra de s’adapter et de répondre avec plus d'efficacité à une nouvelle confrontation. Ainsi, jour après jour, le système immunitaire est confronté à notre « microbiote »3 indispensable à notre vie, qui compose 90% des cellules de notre organisme et 99% de l’ADN. Le système immunitaire garde une trace de l'histoire moléculaire et en particulier infectieuse de l'organisme via la mémoire immunologique. L'évolution physiologique d'un organisme continue au cours de la vie. Les traces de ce parcours de vie – semé d’embuches, de perturbations liées aux contraintes de l'environnement - orientent la trajectoire du corps, des composants moléculaires, des lymphocytes, et jusqu’aux grandes fonctions de l’organisme. Selon les traceslaissées par le chemin parcouru, les systèmes intracorporels et le corps dans sa globalité sont plus ou moins robustes et résilients aux perturbations et au vieillissement. Les nouvelles technologies, comme de nouvelles entités (les produits chimiques, les allergènes, les OGM ...) ou de nouveaux procédés (l’hygiène, la désinfection, la vaccination, la transformation des aliments, les thérapies,les naissances par césarienne ...), ne sont pas neutres dans cette évolution. Elles impactent l'évolution du corps en sensibilisant le système immunitaire. Aujourd’hui, diverses techniques d’observations portant sur l'organisation multi-échelle des systèmes, de la molécule à l’organisme, permettent de détecter chez l’Homme des combinaisons de bio-marqueurs, « signes- traces du corps », qui permettent de distinguer tel ou tel comportement pathologique. Détecter ces « signes- traces » permet de mettre en œuvre des thérapies qui améliorent la longévité. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 1Le préfixe « anti » est tiré de la préposition grecque anti, exprimant notamment l’opposition et la protection contre un mal. Il peut aussi être interprété à partir du latin dans le sens de « en face de ». Le terme antibiotique par exemple désigne une substance produite par des micro--‐organismes et qui s’oppose à d’autres micro--‐organismes pathogènes. (Source : Le dictionnaire historique de le langue française, Alain Rey dir., 2006). Anticorps : Molécule, immunoglobuline du système immunitaire d’abord décrite par P Erhlich (Prix Nobel en 1908) comme un récepteur spécifique préformé à la surface d’une cellule, ayant une activité anti--‐toxine. Puis par extension désigne les immunoglobulines portées et secrétées par les lymphocytes B qui sont capables de se complexer aux antigènes. 2Antigène : Toute molécule reconnue par le système immunitaire et qui sélectionne des anticorps et provoque leur fabrication 3 Microbiote : ensemble des micro--‐organismes qui vivent dans des zones spécifiques de l’organisme, et désignant par exemple la flore l’intestinale, cutanée ou vaginale Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 TRACES FOCALISÉES DU VIVANT, VISIONS DU CORPS Sylvie Leleu-Merviel, e-mail : [email protected] Univ Lille Nord de France, F-59000, Lille, France UVHC, DeVisu, F-59313, Valenciennes, France Résumé: Dès 1938, dans La formation de l’esprit scientifique*, Gaston Bachelard indiquait déjà : « L’esprit scientifique nous interdit d’avoir une opinion sur des questions que nous ne comprenons pas, sur des questions que nous ne savons pas formuler clairement. Avant tout, il faut savoir poser des problèmes. Et quoi qu'on dise, dans la vie scientifique, les problèmes ne se posent pas d'euxmêmes. C'est précisément ce sens du problème qui donne la marque du véritable esprit scientifique. Pour un esprit scientifique, toute connaissance est une réponse à une question. S’il n’y a pas eu de question, il ne peut y avoir connaissance scientifique. Rien ne va de soi. Rien n’est donné. Tout est construit. » Les épistémologues constructivistes du XXème siècle (Le Moigne, 1995)* ont approfondi cette voie, jusqu’à abolir la notion de « vérité » dans les sciences et limiter leur portée à celle d’une « méditation de l’objet par le sujet qui prend toujours la forme du projet » (Bachelard, 1934)*. En 2015, l’auteur (Leleu-Merviel, 2015)* a montré que l’horizon de pertinence dans lequel s’inscrit une théorie et la structure du langage représentationnel adopté déterminent et conditionnent la manière et les possibilités de penser les phénomènes. Dès lors, les traces elles-mêmes perdent leur prétendue objectivité, puisque leur recueil s’inscrit dans le moule d’un canon descriptionnel qui les modèle à l’avance. Interroger les outils et les méthodes pour révéler leur manière de façonner l’idéation est alors indispensable. Ici, une telle approche est appliquée au vivant, depuis le recueil organisé de ses traces, toujours focalisées, jusqu’au concept et aux diverses visions du corps qui les sous-tendent. Bibliographie Gaston Bachelard, Le nouvel esprit scientifique, Paris, PUF, 1934. Gaston Bachelard, La Formation de l'esprit scientifique 1938, p. 16. Jean-Louis Le Moigne, Les épistémologies constructivistes, Paris, PUF, Que sais-je ?, 1995. Sylvie Leleu-Merviel, « De la trace d’interaction à la communication numérique », in L’Homme-Trace. Inscriptions corporelles et techniques, Béatrice Galinon-Mélénec, Fabien liénard et Sami Zlitni (dir), Paris, CNRS Editions, 2015, pp. 217-229. Livro de Resumos da Ière Semaine Internationale du Corps | Université Paris Descartes, 27 de Junho a 1º de Julho de 2016 Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016 GDRI 836 CNRS Ière SEMAINE INTERNATIONALE DU CORPS, 27 DE JUNHO A 1º DE JULHO DE 2016
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