CFA Institute Research Challenge
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CFA Institute Research Challenge hosted by CFA Society of Brazil TIME VERDE Time Verde CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A. Setor Viagens e Turismo BM&F BOVESPA This report is published for educational purposes only by students competing in The CFA Institute Research Challenge Data: 03/11/2015 Código: CVCB3 Preço Corrente: R$15,00 Recomendação: COMPRA (potencial 24%) Preço Alvo: R$20,78 Pontos-Chave Dados Descritivos Preço de Fechamento (R$) 15,00 Intervalo de Cotação 52-semanas Valor de Mercado (R$) 11,95 - 20,16 1.961.221.548,00 Principais Indicadores P/E 13,46 P/BV 4,3 EV/EBITDA 5,9x ROA 6,70% ROIC 53,50% Dívida Líquida/EBITDA Margem EBITDA Margem Lucro Líquido Beta (2 anos - retornos semanais) 0,65 46 26 0,78 Dados Operacionais Reservas Embarcadas LTM 4956 Receita Líquida LTM 765,8 Número de Lojas (3T2015) 954 Principais Acionistas BTC FUNDO Investimento (Carlyle) 44,68% GJP FUNDO Investimento (Jorge Paulus) 23,86% BW Gestão de Investimentos Núcleo Capital LTDA Outros 2,76% 1,84% 26,87% Iniciamos a cobertura da CVC Operadora e Agência de Viagens (CVC) com uma recomendação de compra sobre um preço alvo de R$20,78 representando um potencial de alta de 39% em relação á cotação de fechamento do dia 03/11/15. A nossa recomendação baseia-se em uma perspectiva de desempenho do setor de turismo brasileiro acima do mercado no médio/longo prazo e no posicionamento competitivo da CVC, como principal player do setor de operadores de turismo, atuando por diferentes canais, oferecendo um atraente portfólio de produtos e flexibilidade para resistir a condições macroeconômicas desfavoráveis. Setor com potencial apesar do ambiente macro- O Setor de Turismo brasileiro representa 3,7% do PIB apenas, contra 7,2% na França e 8,7% no México. Com o aumento da capacidade de gasto da classe média brasileira com serviços de lazer e a tendência das pessoas valorizarem cada vez mais a vivência de experiências, o setor de turismo brasileiro deve trilhar uma trajetória rumo a uma maior participação no PIB como verificado em países mais desenvolvidos. No curto prazo, essa trajetória encontrará barreira na diminuição da Renda Disponível para as famílias, com o aumento do desemprego e da restrição ao crédito. No entanto, na medida em que ocorrer a reversão desse quadro pessimista, acreditamos que o setor de turismo retornará a apresentar taxas de crescimento robustas e acima da média. Posição Privilegiada - A CVC é a maior agencia de turismo da América Latina, com 954 lojas, presentes em toda, mais de 6000 agentes independentes e uma fatia do mercado de aproximadamente 12%. O mercado é altamente fragmentado, onde as 10 maiores participações no mercado, juntas, não alcançam 20%. Acreditamos que os seguintes fatores serão fundamentais para ajudar a mitigar os efeitos da crise e impulsionar os resultados positivos da empresa: (1) direito dos trabalhadores a férias remuneradas assegurado por lei; (2) modelo de negócios da CVC baseado em franquias (asset-light) exigindo baixo investimento para expansão; (3) elevado poder de barganha perante a fragmentada indústria hoteleira; (3) canais de distribuição diferenciados (lojas físicas, agentes de viagens e lojas online; (4) força da marca, sendo a marca mais reconhecida na categoria turismo segundo o ranking “Top of Mind”. Margens Elevadas - Acreditamos que os ganhos de sinergia e efiência oriundas da incorporação da Rextur e Submarino e a utilização de capital próprio para realizar as aquisições compensarão as menores margens praticadas por ambas as empresas, resultando em um impacto moderado nas margens da CVC consolidada. Desta forma, estimamos que a receita da CVC apresentará um 𝐶𝐴𝐺𝑅2015−2023 de ~10%, a margem EBITDA e a margem líquida estabilizem-se em ~47% e ~26%, respectivamente, e que o ROI deverá atingir 64% em 2020. Riscos Sob Controle - Apesar dos diferentes riscos que a empresa enfrenta, como concorrentes, problemas legais, as fusões com a Dutuor e B2W Viagens e, principalmente, a crise macroeconômica que hoje afeta o Brasil, a CVC aparenta estar bastante segura, graças a sua posição privilegiada no mercado e sua ampla variedade de produtos. Modelo de Desconto de Fluxo de Caixa ratificando a indicação de compraSegundo o modelo com base na teoria do fluxo de caixa descontado, o preço justo para a ação da CVC é de R$20,78, o que significa um upside de 39%. Vale destacar que as aquisições da Submarino Viagens e da Duotur foram incluídas no modelo de forma bastante verossímil. Company Description Figura 1: Lojas CVC no Brasil Fonte: Dados da companhia Figura 1: Reservas embarcadas Figura 2: Reservas Embarcadas/Confirmadas Figura 3: Reservas Embarcadas/Confirmadas Fonte: Dados da companhia A CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A. (CVC) é a maior operadora de turismo da América Latina e é líder no mercado brasileiro, com aproximadamente 12%. Fundada em 1972 em Santo André, SP, a CVC foi pioneira na oferta de pacotes de turismo incluindo passagens aéreas e na abertura de lojas em shopping centers. Em dezembro de 2009, Grupo Carlyle, por meio da CBTC Participações S.A., adquiriu 63,6% das ações da CVC e implementou medidas de melhoria de governança coorporativa e performance. Mais adiante, em dezembro de 2013, iniciou-se a negociação das ações ordinárias da CVC na BM&FBOVESPA sob o código CVCB3. Após um vigoroso processo de expansão de lojas por todo o território brasileiro, atualmente a CVC conta com mais de 934 lojas (Figura 1) e aproximadamente 6500 agentes independentes credenciados e uma loja online, que oferecem uma gama diversificada de produtos e serviço com ênfase nas famílias de classe média em expansão . Atualmente as vendas nos canais estão dividas da seguinte forma: 5% online, 79% lojas CVC e 16% agências de viagem. Lojas próprias da CVC estão presentes em 321 cidades em todas as regiões do Brasil e apresentam um ticket médio de R$ 1.426 (54% maior que o Online). Apesar de ter uma representação ainda pequena nas vendas e com u ticket médio menor (R$ 922), o canal online vem tendo um crescimento ano-a-ano expressivo, onde no ano de 2014 o crescimento foi de 45%. No dia 18 de dezembro de 2014 a Companhia anunciou aquisição de 51% do Grupo Duotur (Fusão entre Advance Turismo e Rextur) por R$ 228mn, com a opção de comprar a parcela restante até 2017. Com essa aquisição a CVC passa a atuar mercado coorporativo, chegando a ser responsável por 28% do total de suas reservas confirmadas. Com o objetivo de aumentar sua presença online, a CVC anunciou no dia 26 de maio de 2015 a aquisição da B2W Viagens e Turismo Ltda. A consolidação das companhias deve aumentar substancialmente exposição da CVC reservas online, passando de 5% das reservais totais apresentado em 2014, para 15% após a aquisição. Business Model Figura 3: Localização das lojas Fonte: Dados da companhia e estimativas do time Figura 3: Número de lojas e reservas por lojas Fonte: Dados da companhia e estimativas do time Modelo de Negócio asset-light e expansão por franquias. Diferente da maioria das operadoras de turismo globais, a CVC não possui aviões ou hotéis, ao invés a maior parte desses serviços é oferecida por meio da sua rede de fornecedores. CVC possui poucos ativos imobilizados, como hotéis ou aviões. Das suas 934 lojas, apenas 34 são lojas próprias. O modelo de expansão por meio de franquias permite uma expansão mais flexível e com risco reduzido. Em virtude do seu modelo asset-light a CVC não fez investimentos significativos ativos fixos nos últimos 12 meses, a maior parte dos investidos foram realizados em softwares e sistemas da informação. Canais de vendas eficientes um dos fatores principais para o sucesso nesse mercado. A CVC tem em seu canal de distribuição 934 lojas exclusivas CVC, mais de 6500 agentes independentes e uma plataforma online. Atualmente as vendas de pacotes estão dividas da seguinte forma: 5% online, 79% lojas CVC e 16% agências de viagem. Lojas próprias da CVC estão presentes em 321 cidades em todas as regiões do Brasil e apresentam um ticket médio de R$ 1.426 (54% vs Online). Apesar de ter uma representação ainda pequena nas vendas e com ticket médio menor (R$ 922), o canal online vem tendo um crescimento ano-a-ano expressivo (TABELA), onde no ano de 2014 o crescimento foi de 45%. Cursos no exterior, oportunidade de entrar em um mercado lucrativo. O mercado de intercâmbios, do Brasil para o exterior, tem apresentado um forte crescimento e rentabilidade. De 2003 a 2013 a taxa média de crescimento anual foi de 20%, só período de 2013 para 2014 esse mercado passou de US$ 1 bilhão para US$ 1,3 bilhão, crescimento anual de 30%. Para entrar nesse mercado a CVC lançou uma nova unidade de negócios voltada para programas de intercâmbio no exterior. Para comandar essa unidade foi contratada Santuza Bicalho, exCEO da STB. Figura 4:Venda de Pacotes e Produtos Estratégia Acreditando haver oportunidades de expansão do seu modelo de negócios, a CVC pretende crescer seu mercado sem prejuízo de margem e negócios financiando pelo seu próprio caixa através dos principais pontos: -‐ Expansão da plataforma de vendas, com a previsão de 1000 lojas, próprias e franqueadas, em dez/2015 e trabalhando com uma hipótese de saturação em 1500 lojas no longo prazo. Foco na presença em cidades com baixa participação da CVC no mercado e fomento da conversão de agentes credenciados independentes em franqueados CVC. Prosseguimento à expansão da plataforma online de vendas que foi fortalecida com a aquisição da Submarino Viagens. -‐ Fortalecer e ampliar a oferta de produtos e serviços acessíveis que atendam à classe media em crescimento com o aprimoramento de parcerias e do relacionamento com os fornecedores para obtenção de novos produtos e de pacotes mais lucrativos graças à posição de líder no setor. -‐ Criação de novas fontes de receita como o lançamento de um cartão de crédito com o Banco Bradesco com o objetivo de gerar fidelização dos clientes e redução dos custos de transações, além de produtos que já foram lançados recentemente como seguros de viagens, curso de intercâmbio no exterior e aluguel de carros. Implementação de um programa de relacionamento e fidelidade com os clientes para melhor segmentação dos clientes, geração de vendas adicionais e redução de custos de marketing. -‐ Aperfeiçoamento do relacionamento com franqueados proporcionando recursos e suporte aos franqueados para a incrementação de seus negócios. Implementação de contratos mais eficientes. -‐ Fortalecer uma cultura corporativa focada em desempenho através da disseminação da otimização financeira e operacional que tem sido enfatizada desde a entrada do grupo Carlyle como acionista. Fonte: Dados da companhia Figura 6: Razão entre reservas confirmadas e reservas embarcadas Figura 7: Preço por ação da CVC Fonte: Bloomberg Figura 8: Meta taxa Selic 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015E 2016E 2017E 2018E 2019E Fonte: Banco Central e estimativas do time Figura 9: Crescimento PIB Brasil 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% -2,00% -4,00% Fonte: Banco Central e estimativas do time Figura 10: Índice de inflação - IPCA 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015E 2016E 2017E 2018E 2019E Fonte: Banco Central e estimativas do time Figura 11: Consumo famílias brasileiras 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Fonte: IPEA INDUSTRY OVERVIEW Conjuntura econômica brasileira Fragilidade dos principais indicadores econômicos Desde 2012, a taxa Selic vem apresentando uma trajetória de alta, passando da mínima histórica de 7,25% para uma expectativa de encerrar o ano de 2015 em 14,25% (Figura 8). Em relação ao PIB, apesar dos bons números em um passado recente, este apresentará contração a partir de 2015 de -2,97%, sendo este panorama encerrado, segundo nossas estimativas, apenas a partir de 2017 (Figura 9). A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), possui uma expectativa de 9,85% para o final de 2015, convergindo para o centro da meta de 4,5% definida pelo Bacen, segundo nossas estimativas, apenas em 2019 (Figura 10). Assim, o atual ambiente econômico e político no país apresenta sinais negativos para as perspectivas de médio e longo prazo, representando o principal desafio para a indústria nos próximos anos. Mercado de trabalho e impacto da legislação brasileira O nível de desemprego subiu no segundo trimestre deste ano e chegou a 8,3%, segundo dados do IBGE. Todavia, o fato das leis trabalhistas favorecerem o setor de turismo, conferindo aos trabalhadores o direito de 22 dias de férias remuneradas por ano, segundo dados da International Labour Organization, além do direito de receber o adicional de 1/3 do seu salário mensal para fins de férias, ajudam a mitigar os efeitos da crise. Mudanças demográficas e tendências do consumidor brasileiro O crescimento da classe média brasileira na última década, impulsionada pelo crescimento da classe C, gerou um forte aumento no consumo das famílias brasileiras nos últimos anos (Figura 11). Entretanto, a corrosão da renda pela inflação e a disparada nas taxas de juros levaram o consumo das famílias a uma tendência de queda em 2014 e 2015 na comparação com os mesmos trimestres em anos imediatamente anteriores: 2,00% em 1T14, 0,2% em 2T14, 0,1% em 3T14, 1,3% em 4T14, -0,9% 1T15 e -2,7% em 2T15. Taxa de câmbio O rebaixamento da nota de crédito de longo prazo significando perda do grau de investimento pela Standard & Poor’s e o conturbado ambiente político e econômico brasileiro, entre outros fatores, vem provocando uma fuga em massa de investimento estrangeiros do país. Como consequência, a alta do dólar estadunidense apresenta uma tendência de alta desde 2011 (Figura 12), impactando negativamente as vendas de viagens internacionais da CVC e de seus pares. Indústria de turismo global Em 2014, segundo dados do Fórum Econômico Mundial, o setor de turismo foi responsável por 9% do PIB global. Em 2015, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens (WTTC), estima-se que a indústria cresça 4,3% atingindo US$2,365 trilhões. Outra característica marcante desta evolução entre os anos de 2013 e 2014 consiste no aumento nas preferências de viagens para regiões emergentes como América Latina e Ásia (Figura 13). Ademais, a resiliência apresentada pela indústria nas últimas décadas e o envelhecimento da população mundial (e o consequente aumento dos gastos com turismo durante a aposentadoria) serão as principais tendências que afetarão o crescimento da indústria mundial de turismo. Indústria de turismo no Brasil A principal atividade das operadoras de turismo no Brasil, diferentemente das operadoras europeias e americanas que possuem capacidade própria de hotéis e cruzeiros, consiste no desenvolvimento e venda de serviços de viagens para destinos nacionais e internacionais. Segundo a WTTC, em 2014 a contribuição direta da indústria de Turismo e Lazer para o PIB brasileiro foi de R$182,1 bilhões (3,5% do PIB), ocupando a nona colocação no ranking mundial. Desse montante, aproximadamente 86% correspondem a gastos com viagens de lazer e 14% gastos com viagens corporativas. Ainda segundo a WTTC, estima-se que a indústria de Lazer e Turismo atinja o montante de R$ 253,4 bilhões em 2025, correspondendo a um CAGR de 3,2%. Figura 12: Taxa de câmbio - dólar PTAX venda - US$ 4,5 3,5 2,5 1,5 2012 2013 2014 2015 Fonte: Banco Central Figura 13: Chegadas internacionais de turistas por grandes regiões Fonte: UNWTO Figura 14: Variação de consumo por renda disponível Fonte: IPCBR Maps Figura 15: - Sondagem de expectativas do consumidor - intenção de viagem Fonte: FGV e MTur Posicionamento competitivo Com reservas totalizando R$4,9 bilhões e embarque de 3,4 milhões de passageiros no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, a CVC possui 12,2% do mercado de turismo de lazer do Brasil, segundo dados da IPCTarger, sendo, portanto, a maior operadora de turismo do país e uma das maiores redes de varejo. O segmento de atuação da empresa é bastante disperso no que se refere à competitividade, sendo a TAM Viagens e a Decolar seus principais concorrentes. As principais vantagens competitivas da empresa em relação a seus pares se dão graças ao modelo de negócios asset-light, resultando em elevados índices de retorno; criação de barreiras à entrada e ao crescimento a seus pares graças a seu elevado poder de barganha frente aos fornecedores, a sua escala (CVC representa 55% das taxas de ocupação de seus 10 principais fornecedores hoteleiros), aos seus canais de distribuição (vendas em lojas, agentes independentes e online) e portfólio diferenciado (agregando passagens aéreas transporte, pacotes e cruzeiros); e reconhecimento da marca sendo a CVC a marca mais reconhecida na categoria turismo, segundo o ranking “Top of Mind” do jornal Folha, nos anos de 2013, 2012 e 2011. Desenvolvimento recente do setor impulsionado pelos bons fundamentos passados da economia A despeito do desenvolvimento do mercado de turismo nos últimos anos, o gasto doméstico total em turismo de lazer apresenta um CAGR de 13% desde 2002, apenas 4,1% da renda anual disponível é gasta com o turismo. Quando comparamos estes números com o de países desenvolvidos (EUA, 7,1%; França, 9,8%; Alemanha, 5,7%) observamos que o turismo possui grande potencial de crescimento no país. Todavia, o consumo de viagens possui elevada sensibilidade com a renda disponível da população, sendo este um item de consumo altamente discricionário (Figura 14). Desta forma, o atual momento de fragilidade da economia brasileira impacta diretamente esta indústria: em pesquisa realizada pela FGV e MTur, detectou-se que no 4T14 a intenção de viagem no próximos 6 meses variaram do mínimo de 31,6% ao máximo de 34,9%, enquanto que no mesmo período de 2013 a variação foi de 32,1% a 37,3% (Figura 15). Indústria hoteleira fragmentada confere elevado poder de barganha à companhia Em um segmento extremamente fragmentado como o de hotéis no Brasil - apenas 8% dos hotéis no país fazem parte de grande redes hoteleiras domésticas ou internacionais, de acordo com Jones Lang LaSalle – a atuação de um intermediário reconhecido pelo mercado é de grande valia para os consumidores, uma vez que a incapacidade da esmagadora maioria do mercado (hotéis independentes) em realizar investimento significativos em vendas e marketing e a falta de informações confiáveis acerca da qualidade dos serviços prestados confere certa incapacidade aos consumidores de realizarem suas viagens de forma independente. Por outro lado, concentração da indústria aérea confere baixo poder de barganha à empresa O perfil da demanda do mercado de transporte aéreo é segmentada em: 60% referentes ao mercado corporativo e 40% relativos à viagem a lazer, segundo dados do Ministério do Turismo. O número total de passageiros transportados em 2014 foi de 115.133.000, sendo 89% correspondente ao nacional e 11% ao nacional. A indústria aérea é dominada basicamente por duas empresas, TAM e GOL, que somadas possuem 80% de market share, diminuindo o poder de negociação da companhia. No entanto, além da competição de preços entre as duas empresas permitir a obtenção de preços razoáveis para a CVC, a companhia, maior player do mercado de turismo, representa uma parcela significativa das receitas destas empresas aéreas (4% de todo o segmento de passagens aéreas de lazer domésticas), diminuindo a força destes fornecedores. Mudanças nos canais de distribuição motivam a aquisição da Submarino Viagens A penetração crescente dos serviços de internet de banda larga no país, consumidores em busca cada vez mais de conveniência e o crescimento da oferta de produtos online são os três principais drivers que sustentarão o crescimento do e-commerce no país nos próximos anos. Desta forma, a recente aquisição da Submarino Viagens pela CVC coloca a empresa nos trilhos deste crescimento. Além disso, o crescimento da internet aumenta a competitividade no setor e a demanda por produtos especializados, uma vez que clientes podem definir diretamente seus destinos e realizar suas reservas, eliminando, desta forma, o papel dos agentes independentes com portfólios de produtos básicos. Investment Summary Figura 16:: Crescimento do PIB 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 2016 2015 2014 2013 2012 2011 -2,00% 2010 0,00% -4,00% Fonte: Dados da empresa/ estimativas da equipe Figura 17::Lucro Liquido 247,8 183,1 145,7 111,4 109,9 74,6 20,2 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Dados da empresa/ estimativas da equipe Figura 18: Número de Lojas e Reservas por Loja 1.200 1.000 800 600 400 4,4 4,4 1.043 1.0004,3 4,2 914 4,2 4,2 4,2 4,2 794 732 732 715 4,1 596 4,1 4,0 3,9 3,9 3,8 - 3,7 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 200 Fonte: Dados da empresa/ estimativas da equipe A queda no ticket médio, causada pelo aumento da inflação e queda nas possibilidades de consumo da família nesse período, serve como indicador do período de dificuldades a ser enfrentado devido a crise econômica. A ampla de oferta de produtos da CVC, que atendem todas as classes, é um diferencial a fim de amenizar essas dificuldades Iniciamos cobertura na empresa CVC Brasil Operadora e Agencias de Viagens S.A (CVCB3) com uma recomendação de COMPRA e com um valor para a ação no ano de 2015 de R$20,78. Utilizando um modelo de fluxo de caixa descontado, concluímos que a ação deve oferecer um potencial retorno de 39% dado o valor de mercado no dia 03 de novembro Esses resultados refletem (i) o modelo de negócios da CVC, que oferece um alto returno sobre o capital investido, com pouco endividamento, (ii) a forte presença em um mercado fragmentado e com alto potencial para se desenvolver, incluindo uma ampla gama de produtos e presença em todos os estados brasileiros, com planos de expansão para x lojas, (iii) apesar do quadro econômico atual, de recessão e instabilidade cambial Turismo pronto para decolar. O setor de turismo ainda é subdesenvolvido no Brasil e tem muito a crescer. Apesar da situação econômica atual ser ruim e se tratar de um mercado altamente discricionário, o setor tem previsão de expansão de 10% para os próximos 5 anos, em média, e sua posição de liderança entre as agências de turismo permite a CVC uma considerável capacidade de aproveitar esse fator e crescer acima do mercado. E a CVC quer pilotar esse voo. A presença dominante no mercado interno, respondendo por 55% da ocupação, em média, de seus 10 maiores clientes em 2013, e a 12% do mercado de agências de turismo, de acordo com dados do Ministério do Turismo, permite a CVC aproveitar o momento de alta no dólar, que foi de 2,00 em maio de 2012 para um pico acima de 4 reais em setembro de 2015, a fim de conquistar os clientes que estão migrando do mercado internacional. Isso não somente se mostra essencial para que ela possa manter suas receitas mediante a queda na venda das viagens ao exterior como também permite um aumento nas margens, maiores no mercado doméstico devido ao maior poder de barganha com os seus fornecedores da rede hoteleira. O modelo asset-light permite a CVC se expandir sem necessitar fazer investimentos em grande escala, através da abertura de novas lojas franqueadas. O fato de não possuir os meios de transporte permite que a CVC apresente um ROIC extremamente elevado, de 49,3%. Além disso, o controle rigoroso para a abertura de novas franquias vem apresentando ótimos resultados, tornando a expansão planejada pela empresa bem-sucedida, com abertura de 103 lojas nos últimos 12 meses, atingindo um total de 954 lojas, com aumento nas vendas médias por loja de 6,8% no segundo trimestre de 2015. Devido ao seu volume de clientes, a CVC conseguiu estabelecer barreiras para dificultar que outras empresas copiem seu modelo, através da posição de dominância frente aos hotéis fornecedores, sendo capaz de negociar ótimas margens e preços com eles. Assim, ela é capaz de oferecer a seus clientes preços mais baixos mantendo uma rentabilidade saudável. Além disso, a CVC possui enorme reconhecimento no mercado, tendo ganho diversos prêmios, como por exemplo o de melhor operadora de turismo brasileira da revista Turismo e Lazer, sendo comparável, em seus respectivos setores, a empresas como Vivo e TAM em termos de confiança do consumidor. A compra do grupo Dutuor, que começará a aparecer nas demonstrações da CVC no terceiro trimestre de 2015, abrirá caminho para a entrada da empresa no mercado coorporativo. O grupo é líder na consolidação de passagens aéreas no mercado coorporativo, com vendas totais de 3,233 bilhões e receita de 162,8 milhões em 2014. Através dela, a CVC tem planos para negociar pacotes nesse mercado coorporativo, em especial com pequenas e medias empresas, onde teria maior poder de barganha. Outras novas fontes de receita que surgem, como intercâmbios e produtos agregados, devem receber considerável atenção da empresa, com a contratação de executivos chaves para essas áreas, e assim contribuir no aumento das receitas Existe muito espaço para crescimento da CVC no mercado de venda online, e a empresa se mostra disposta a explora-lo, através de investimentos em sua plataforma online e da compra da B2W viagens. Enquanto nesse mercado hoje o foco é a venda de produtos individuais a baixos preços, como passagens aéreas, que respondem por cerca de 83% das reservas da Submarino Viagens, a CVC pretende vender seus pacotes, proporcionando uma rentabilidade muito maior. As vendas online já representam 10% do total, tendo previsão de crescimento de receita de 10% nesse ano, apesar da crise econômica Possíveis riscos incluem a deterioração da situação macroeconômica, que afeta a empresa com o aumento do desemprego, volatilidade do câmbio e credito ao consumidor mais caro. Além disso, possíveis mudanças nos fornecedores, como a consolidação do mercado de hotéis, na concorrência e fatores legais podem significar riscos a CVC. Outro temor dela é um possível aumento de imposto sobre as agências de turismo, como parte da reforma fiscal do governo. Esses fatores são analisados de forma mais profunda na seção Investment Risks. Tabela 1- Premissas do custo de capital Fonte: Estimativas do grupo Tabela 2-Análise de sensibilidade Estimativas do time Fonte: Figura 19- Gráfico de crescimento das vendas online Fonte: Estimativas do grupo Estimativas do time Fonte: Figura 20-Gráfico do Capex Fonte: Estimativas do grupo Valuation Preço Alvo: R$ 20,78 O preço-alvo encontrado de R$20,78 provém de um modelo de Fluxo de Caixa Descontado para o Acionista. Complementarmente, usamos uma análise de múltiplos para reiterar a nossa recomendação de compra. O Modelo O Preço-Alvo para 2016 foi de R$ 20,78 calculado através do Fluxo de Caixa Descontado para o Acionista, partindo de um Custo de Capital real de 12,45%. As projeções foram realizadas com um período explícito de 8 anos e adotamos a partir de 2023 o valor da perpetuidade calculado com uma taxa de crescimento real de 3%. Receita Lojas físicas - As variáveis mais relevantes para a estimação das receitas provenientes das lojas físicas foram o número de lojas e as vendas por loja. Nota-se que, para 2015, o número de lojas utilizado foi o reportado como meta pela própria CVC, que é de 1000 lojas. Devido à crise, mantivemos de forma conservadora as vendas por loja física constantes em termos nominais, logo com queda real. Aliado a isso, reduzimos para os anos de 2016 em diante o número de inaugurações para metade do número estimado de 2015, de modo a refletir períodos turbulentos para o consumo de viagens de turismo. Agentes - No segmento de agentes, projetamos crescimento nominal nulo de modo a refletir a perda de importância do segmento que vem ocorrendo há algum tempo, cedendo espaço às lojas físicas e ao segmento virtual. Virtual - Projetamos um considerável aumento na receita oriunda dos canais online, incluindo aí o crescimento orgânico do site da CVC e o crescimento esperado com a aquisição da Submarino Viagens. No caso do último, a introdução dos pacotes no site da Submarino merece ser destacada. A dinâmica de crescimento online será mais explorada na parte de aquisições. Capex A empresa é leve em ativos e não demanda grandes investimentos em capital fixo, sendo que ativo mobilizado e intangíveis são aproximadamente 6% dos ativos. Além disso, a empresa não tem alto valor em ativos, sendo que lucro é aproximadamente 6% dos ativos totais. Custo de capital Para encontrar o custo de capital, utilizamos como base o modelo do CAPM, utilizando o título de renda fixa do tesouro “Tesouro IPCA+” (antigo NTN-B) para 2024 a fim de descontar os fluxos de caixa projetados. Já para descontar os fluxos do período não explícito, usamos um título com vencimento em 2050. Além disso, corroboramos o valor encontrado no CAPM através de um modelo de 5 fatores. Com isso, o valor real de custo de capital encontrado foi 12,45%. Fusões e aquisições Submarino Viagens– a aquisição da Submarino Viagens foi tratada com o racional de que representa mais uma “loja” no meio virtual. Incorporamos as previsoes para Submarino as receitas provenientes do segmento internet, seguindo o guidance da empresa de que internet representará 15% das vendas de 2015. Para o crescimento dos outros anos, estimamos um crescimento de 25%, refletindo o forte crescimento que esse segmento já vem apresentando, incorporando o crescimento com as vendas de pacotes no site da Submarino e a tendência dos brasileiros de comprar cada vez mais online. Além disso, foram levadas em consideração a nova plataforma online desenvolvida pela CVC que gerou maior estabilidade e conforto na utilização do terminal. Rextur – a aquisição de 51% da Rextur teve como objetivo principal a entrada no segmento corporativo do mercado de viagens, tornando o portfólio de atuação da CVC ainda mais completo. Devido à crise, estimamos que o crescimento de receita irá se manter igual ao de 2014 durante o ano de 2015 e posteriormente também manterá crescimento nominal de 5%, razoavelmente inferior ao de CVC. Não foram estimadas mudanças na margem de lucro. Sinergias – A empresa fornece guidance de R$20 milhões de sinergia por ano devido às aquisições que terão como consequência um ganho de escala e uma economia em despesas com TI e outras despesas compartilhadas, por exemplo a nova plataforma virtual pode ser aproveitada por todo o grupo. De maneira conservadora, assumimos que apenas 25% dessas sinergias serão efetivadas. Crescimento na perpetuidade – o crescimento estimado para o Fluxo de Caixa descontado para o Acionista na perpetuidade é de 3% real. Esse valor foi usado por estar em linha com o que se acredita ser o crescimento potencial do PIB. Os valores nominais são calculados utilizando-se inflação de 4,5%, valor do centro da meta do regime de metas de inflação, que se espera que o BACEN perseguirá. Robustez do modelo – Analisamos a sensibilidade do modelo em relação à taxa de desconto e à taxa de crescimento na perpetuidade utilizadas. De fato, o preço atual da ação encontra-se descontado em qualquer cenário. Para verificar tal afirmaçao basta observar a segunda figura dessa página. Figura 21: Crescimento da Receita Líquida CVC 2000 0,15 1500 0,1 1000 0,05 500 0 0 Receita Líquida Crescimento da Receita Líquida Fonte: Dados da empresa e Estimativas da equipe Análise de múltiplos – CVC apresenta P/E (relação preço sobre lucro) de 11,3x considerando 2015 e 7,2x considerando 2016. Como não há empresas no setor de turismo ou comparáveis diretamente na Bolsa brasileira, esses valores se comparam ao PE médio do índice IBOVESPA que é de 12,7x para 2015 e 10,2x para 2016. Desse modo, os descontos são de 11% e 29% em 2015 e 2016, respectivamente. A empresa Thomas Cook, que a CVC aponta como comparável, apresenta P/E de 14,5x para 2015 e 10,3x para 2016, desse modo CVC apresenta descontos de 22% e 30%. No entanto, há alguns problemas de fazer essa comparação com a Thomas Cook, pois esta detém a propriedade de hotéis e aviões, equanto a CVC opera com pequena base de ativos, além das diferenças de valuation devido à Bolsa ser inglesa. FINANCIAL ANALYSIS Figura 22: Crescimento do EBITDA 1000 0,6 800 0,5 600 0,4 400 0,3 200 0,2 0 0,1 EBITDA EBITDA Margin Fonte: Dados da empresa e Estimativas da equipe Figura 21: Crescimento do Lucro Líquido e Margem Líquida 500 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 400 300 200 100 0 Lucro Líquido Margem Líquida Fonte: Dados da empresa e Estimativas da equipe Figura 23: Crescimento do ROE 60,00% 55,00% 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% Fonte: Dados da empresa e Estimativas da equipe Apesar do cenário de deterioração da economia, as finanças da CVC continuarão a apresentar bons números no curto e longo prazo sofrendo, contudo, uma redução no ritmo em relação ao crescimento recente. Nos últimos anos, o desenvolvimento da indústria de lazer propiciou à empresa uma consolidação do market share e crescimento nas margens. No curto prazo, acreditamos que a economia representará o principal desafio para companhia. Todavia, seu modelo de negócios baseado em franquias (assetlight) e a força da sua marca tornam a empresa menos suscetível a ciclos econômicos. No longo prazo, esperamos que as recentes aquisições coloquem a empresa em posição de vantagem em relação aos seus pares para explorar a crescente penetração da indústria de turismo no Brasil. Receitas Finalizada a incorporação das companhias adquiridas, Rextur no 3T15 e Submarino no 1T16, esperamos que as reservas totais da companhia apresentem um crescimento de 100%, em relação aos números de 2014, até 2022. Como resultado destas incorporações, é esperado um crescimento significativo das receitas líquidas da empresa nos anos de 2015 e 2016 (10,03% e 14,13%, respectivamente), seguido por um crescimento mais linear a partir de 2017 como resultado das margens inferiores obtidas com vendas de passagens aéreas, predominante no portfólio de ambas as empresas. Assim, para os próximos oito anos, esperamos um de ~10% (Figura 21). Margens Acreditamos que os ganhos de sinergia e efiência oriundas da incorporação da Rextur e Submarino e a não utilização de capital próprio para realizar as aquisições compensarão as menores margens praticadas por ambas as empresas, resultando em um impacto moderado nas margens da CVC consolidada. Margem EBITDA: apesar das margens EBITDA para Rextur e Submarino serem menores quando comparadas com a CVC, esperamos que o impacto dos ganhos de eficiência em SG&A representará um impacto superior nas margens da CVC. Assim, esperamos que o EBITDA apresente um de ~9% e a margem EBITDA para a empresa consolidada se estabilize em ~47% (Figura 22). Figura 21: Crescimento do Debt Ratio Margem Líquida: apesar da contração da margem EBITDA, as aquisições da Rextur e Submarino foram realizar sem contração de novas dívidas. Ademais, Rextur não realiza financiamento dos seus clientes, o que resultará em diminuição das despesas financeiras da empresa. Tudo isso considerado, esperamos que o lucro líquido apresentará um CAGR 2015−2023 de ~11% e que a margem líquida da empresa se estabilizará em ~26% (Figura 23). Decomposição ROE Em 2015, acreditamos que a CVC obterá um ROE de 52%, em 2016 esse valor deverá aumentar para 71%, e nos próximos deve diminuir até atingir 64% em 2020 (Figura 24). Os principais fatores para esse declínio incluem a estagnação das margens de lucro, bem como a diminuição da alavancagem financeira ao longo do tempo. Apesar dessa redução, avaliamos que o ROE continuará atrativo comparado ao histórico apresentado pela empresa. Ver Apêndice H. 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Fonte: Dados da empresa e Estimativas da equipe Tabela 3-Mitigação de Riscos: Riscos Efeitos Recessão Venda de produtos diversificados a fim de manter os clientes Depreciação cambial Migração de clientes para o mercado interno. Utilização de hedge cambial Estrutura de Divida A estrutura de dívida da CVC ao longo dos últimos anos manteve-se em níveis signitificativamente baixos. Em 2015, contudo, a empresa contraiu um empréstimo no montante de aproximadamente R$270 milhões, visando o pagamento de dividendos, financiamento do capital de giro e pagamento de parcela pela aquisição da Rextur. Desta forma, acreditamos que o montante atual de dívida da empresa irá permanecer constante ao longo do tempo acarretando numa diminuição do índice debt ratio (11,82% em 2015, diminuindo progressivamente até atingir 6,42% em 2022) ao longo do tempo (Figura 25). Diminuição do Vendas em cartão de credito credito transferem o risco do cliente Expansão das OTA's Saturação de franquias Imagem da companhia Consolidação na rede hoteleira Concorrência Aumento de Impostos Investment Risks Compra da Submarino Viagens e melhora da plataforma online Analise cuidadosa antes de abrir novas unidades Escolher bem parceiros e controlar a qualidade de seus serviços Copa do Mundo e Olimpíadas fragmentaram ainda mais a rede Baixos preços e parceria com hotéis para criar barreiras Negociações com a Fazenda, através do Ministério do Turismo Figura 25: Matriz de Riscos: Probabilidade Alta RE2 Media RE1 RCred RL2 RL Baixa RC1 Baixo RM1 RC2 RM2 RO1/RO2 Médio Impacto Alto Riscos econômicos: RE1-O atual cenário econômico, com quadro recessivo e aumento do desemprego, impõe desafios a todo o setor de turismo, altamente discricionário, que podem trazer pioras ao balanço da CVC. A exposição da companhia a situação da classe C, principal grupo consumidor da mesma e mais vulnerável, é evitado em partes pela ampla gama de produtos, o que permite ao cliente escolher viagens mais adequadas a situação RE2-A volatilidade cambial afeta de duas formas a CVC. Primeiramente, a companhia possui empréstimos e contas a pagar denominadas em moeda estrangeira. Além disso, a diminuição da demanda por viagens internacionais, nas quais possui um maior ticket médio, pioram a receita da companhia. Enquanto no primeiro caso operações de hedge e swap protegem a companhia, neste a migração dos consumidores para o mercado interno, onde possui maior rentabilidade, é essencial para manter bons resultados Riscos de mercado: RM1-A utilização de seu modelo de negócios por concorrentes, a expansão do mercado de vendas online e a concorrência de uma empresa bancada por forte multinacional do setor turístico (TAM Viagens) ameaçam a posição dominante da CVC no mercado. A fim de se prevenir, a CVC busca uma expansão para novos mercados, como o de intercâmbios, de viagens coorporativas e de vendas online, esses dois últimos através da aquisição do grupo Dutour e da Submarino Viagens, respectivamente. RM2-Uma possível consolidação no mercado hoteleiro apresenta um risco de diminuição de margens da companhia, com a queda no seu poder de barganha. Esse risco diminuiu com a grande expansão de oferta no setor oriunda da Copa do Mundo e Olimpíadas, tornando extremamente improvável que ocorra um forte movimento nessa direção. Como comparativos, temos o mercado norte-americano, dominado por grandes redes hoteleiras, e o europeu, fragmentado como o Brasil. No cenário dos Estados Unidos, dificilmente haveria espaço para a CVC, dada a existência de promoções de fidelidade Riscos coorporativos: RC1-Os planos da empresa controladora podem não ser os mais benéficos aos acionistas, o que acarretaria em desvalorizações dos papeis da empresa. Esse risco diminui dado o histórico do grupo Carlyle e os resultados apresentados pela CVC nos últimos anos RC2-As fusões realizadas esse ano, com a Submarino Viagens e a Dutuor, encarretam riscos de apresentarem resultados abaixo do esperado, com ganhos de sinergia insatisfatórios, e de tornar a companhia mais exposta aos problemas macroeconômicos, dado o mercado de viagens coorporativas, onde a Dutuor atua, ser altamente discricionário. Além disso, é possível que diminuam a margem da companhia, visto que seus principais produtos são mais simples que os pacotes da CVC Riscos operacionais: RO1-A CVC tem sua imagem atrelada ao serviço prestado pelos hotéis e aéreas parceiros. Dessa forma, uma queda na qualidade desse serviço, no qual a CVC tem pouco controle, é prejudicial, levando a companhia a responder processos na Justiça. Como o nome dela pode ser visto como um de seus maiores ativos, dado o premiado reconhecimento dos consumidores, ela necessita de um forte controle para que isto não ocorra. A fragmentação do mercado hoteleiro facilita esse controle, porem entre as companhias aéreas ela possui menos margem para fazer isso RO2-O plano de expansão da CVC se baseia na entrada em novos mercados e na abertura de novas franquias. Esse plano enfrenta riscos quanto a performance, tanto das novas lojas abertas como dos novos produtos oferecidos. As perdas da companhia seriam relativamente baixas, devido ao modelo de negócios, que evita o uso de seu capital na abertura das franquias, e o baixo investimento para oferecer Riscos legais: RL1-A CVC responde hoje a um pesado processo da receita federal, no valor de 127 milhões de reais, e seu departamento jurídico avalia em 70% a probabilidade de não ser condenada. RL2-Devido ao ajuste fiscal que o governo brasileiro vem tentando realizar, existe o temor de que aumentariam os impostos sobre as agências de turismo. O que aparece como uma possibilidade, devido ao fim do prazo da legislação atualmente em vigor, em 31 de dezembro, é a mudança na base da tributação, que passaria a incidir sobre o valor total das transações, e, pelos cálculos da CVC, triplicaria o montante total. A empresa busca, em parceria com o ministério do turismo, negociar com o governo para que isso não aconteça Risco de credito: RC1-O momento de menor oferta de credito, com aumento das taxas de juros, deve diminuir a procura por produtos da CVC, tendo em vista que 81% de suas vendas no começo de 2015 eram feitas a prazo, e que, portanto, um aumento na inadimplência deve afetar a CVC, apesar de ela repassar parte dos riscos, através das vendas em cartão de credito e acordos com bancos como o Bradesco. Além disso, os maiores índices de endividamento das famílias, com o aumento do desemprego, criarão dificuldades para que mantenham o consumo de viagens. Disclosures: Ownership and material conflicts of interest: The author(s), or a member of their household, of this report does not hold a financial interest in the securities of this company. The author(s), or a member of their household, of this report does not know of the existence of any conflicts of interest that might bias the content or publication of this report. Receipt of compensation: Compensation of the author(s) of this report is not based on investment banking revenue. Position as a officer or director: The author(s), or a member of their household, does not serve as an officer, director or advisor y board member of the subject company. Market making: The author(s) does not act as a market maker in the subject company’s securities. Disclaimer: The information set forth herein has been obtained or derived from sources generally available to the public and believed by the author(s) to be reliable, but the author(s) does not make any representation or warranty, express or implied, as to its accuracy or completeness. The information is not intended to be used as the basis of any investment decisions by any person or entity. This information does not constitute investment advice, nor is it an offer or a solicitation of an offer to buy or sell any security. This report should not be considered to be a recommendation by any individual affiliated with CFA Society Brazil, CFA Institute or the CFA Institute Research Challenge with regard to this company’s stock. Apêndice A Quadro de Executivos Nome Cargo Data de eleição Prazo de mandato Historico Valter Patriani Diretor VicePresidente de Produtos e Vendas 11/07/2013 2 anos Luiz Fernando Fogaça Diretor VicePresidente Administrativo Financeiro e de Relações com Investidores 11/07/2013 2 anos Nascido em 1960, se formou em engenharia pelo ITA em 1982 e concluiu o MBA da Fundação Getulio Vargas. Além disso, concluiu cursos avançados na Harvard Business School e na Massachussets Institute of Technology. O Sr. Falco fez carreira na TAM Linhas Aéreas, onde trabalhou por 20 anos. Nesse período, atuou nas aéreas de Operações, Vendas, Marketing e Estratégia. Suas contribuições na TAM resultaram em significativo crescimento e rentabilidade, bem como vários prêmios na indústria pela qualidade na prestação de serviço e inovação. De 2006 a 2011, foi Diretor Presidente da empresa de telefonia móvel Oi, trabalhando nos negócios da companhia no segmento móvel a partir da consolidação da empresa de telefonia fixa Telemar. Em 1978, o Sr. Valter Patriani começou como vendedor na CVC, sendo o funcionário mais antigo da Companhia. Foi diretor presidente entre 2007 e 2011. Dentre suas realizações mais relevantes na CVC, ele liderou a entrada nas linhas de negócios de viagens internacionais e de cruzeiros marítimos. Patriani ajudou a estruturar o pioneiro modelo de distribuição pelos agentes de viagens e vendas de turismo em shoppings centers. Retornou à CVC em abril de 2013, como superintendente responsável pelas áreas estratégicas de Vendas, Produtos e Marketing Nascido em 1967, se formou em economia pela PUC-SP, cursou MBA Executivo em Finanças pelo INSPER e realizou cursos de especialização nas universidades de Harvard e Michigan. Fogaça possui 28 anos de experiência na área administrativo-financeira, vivência internacional e atuação prévia como consultor financeiro e auditor externo em uma das quatro maiores empresas especializadas em auditoria e consultoria do mundo, a Artur Andersen. De 1994 a 2002 trabalhou na Panamco (The Coca-Cola Company) e de 2003 a 2010 na FEMSA, onde exerceu o cargo de Diretor. Desde 15 de junho de 2010, o Sr. Fogaça trabalha como Diretor Vice-Presidente Administrativo Financeiro na CVC 11/07/2013 2 anos Nascido em 1975, se formou em 1998 em Direito pela Universidade Mackenzie, na qual cursou pós graduação em Administração de Negócios (2006). Possui 15 anos de experiência na área jurídico-empresarial. De 1998 a 2005 foi advogado sênior da Votorantim Celulose e Papel S/A, atual Fibria, onde liderava a atuação das áreas societária, contratual, imobiliária e contencioso cível. De 2005 a 2010 foi Gerente Jurídico da Votorantim Novos Negócios Ltda., fundo de private equity do Grupo Votorantim, onde era responsável pelo aconselhamento jurídico para fundos de investimento. De novembro de 2010 a junho de 2011 atuou como Gerente Sênior da ERB - Energias Renováveis do Brasil S/A, empresa de energia renovável a partir de biomassa, na qual era o responsável pelas áreas Jurídica e de Governança Corporativa. Desde julho de 2011 trabalha no cargo de Diretor Jurídico. 11/07/2013 2 anos Nascido em 01/03/1972, com graduação em administração de empresas na Anhembi Morumbi e MBA em gestão estratégica e finanças pelo INSPER. Após mais de 23 anos trabalhando na área, assumiu a Diretoria de Tecnologia em janeiro de 2012. Atuou ainda na Accenture (Setembro/1990 Fevereiro/1999 e de Junho/2001 - Julho/2002), na Net Serviços (Abr/1999 Maio/2001 e de Fevereiro/2004 - Janeiro/2012) e no Banco Santander (Setembro/2002 - Janeiro/2004) Luiz Eduardo Falco Pires Correa Diretor Presidente Elton Flavio Silva de Oliveira Miguel Martins Alcantara Junior Diretor Jurídico Diretor de Tecnologia da Informação 11/07/2013 2 anos Apêndice B Quadro de Conselheiros Nome Guilherme de Jesus Paulus Cargo Presidente do Conselho de Administração Data de eleição 10/10/2013 Gustavo Baptista Paulus Conselheiro 10/10/2013 Fernando Cezar Dantas Porfírio Borges Vice Presidente Conselho de Administração 10/10/2013 Daniel Braga Sterenberg Conselheiro 10/10/2013 Sandra Horbach Conselheiro 10/10/2013 Parker Hayden Conselheiro 10/10/2013 Juan Carlos Felix Estupinan Conselheiro 10/10/2013 João Vinícius Prianti Conselheiro Independente 10/10/2013 Fábio Bruggioni Conselheiro Independente 04/11/2013 Prazo de mandato Curriculo Iniciou sua carreira como agente de viagem em 1971 na Casa Faro Turismo. Em 1972, fundou a CVC com o então deputado Carlos Vicente Cerchiari. Como fundador e presidente do Conselho de Administração da CVC, Paulus atua há 41 anos na Companhia. Também preside e controla a GJP Hotéis & Resorts, empresa que administra hotéis em todo o Brasil. Paulus contribui ainda com as principais lideranças institucionais do 2 anos Turismo, pois é Membro do Conselho Nacional de Turismo, ligado ao Ministério do Turismo, e Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Pela contribuição ao desenvolvimento do turismo, o empresário também recebeu mais de 200 prêmios, homenagens e honrarias concedidas por governos e órgãos de imprensa, sendo reconhecido como Líder Empresarial do Setor de Turismo, Lazer e Entretenimento. Especializado em finanças pela Fundação Dom Cabral, cursou administração de empresas no Instituto Mauá. Atua no setor de turismo e transporte aéreo. Em 1996, iniciou sua carreira na empresa CVC Turismo e por 3 anos realizou um job rotation pela mesma até assumir a posição de diretor de Marketing e Relacionamento com o Cliente. A partir de 2008, tornou-se o principal gestor da Webjet Linhas Aéreas sendo o Presidente do 2 anos Conselho de Administração, fazendo um grande turnaround, tornando a Webjet uma companhia Low Cost com forte presença no mercado, que culminou com a venda da empresa Gol Linhas Aéreas em 2011. Em 2008, tornou-se Vice-Presidente e membro do Conselho da GJP Participações. Atualmente, é membro do Conselho Administrativo da CVC Turismo e membro do Conselho da GJP Participações. Se formou em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e graduado do programa SAIS (School of Advanced International Studies of the Johns Hopkins University, the Bologna Center). Tem 17 anos de experiência em fundos de private equity no Brasil, participando de mais de 20 operações na região. Antes de se juntar ao Carlyle, o Sr. Borges foi, de 1994 a 1999, diretor no Bozano-Simonsen Private Equity. Em 2000, 2 anos foi Managing Director da AIG Capital Partners e CEO da AIG Capital Investments do Brasil, onde foi responsável pelas atividades de private equity no Brasil. É Managing Director e Chefe do grupo Carlyle South America, membro do Conselho de Administração da CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A., da Qualicorp Participações S.A. e da Scalina S.A. Se formou como bacharel em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e cursou MBA no MIT Sloan School of Management. De janeiro de 1998 a julho de 1999, foi analista financeiro no Banco Bozano Simonsen. Foi co-fundador da Aceleradora.Com S.A., uma venture capital em fase inicial. Entre julho de 2010 e dezembro de 2011, participou como presidente do comitê de estratégia da 2 anos operação da CVC. De outubro de 2003 a fevereiro de 2008, foi Gestor de Projetos na McKinsey & Company. Desde 2008, o Sr. Daniel atua no Carlyle Group, onde se tornou Vice Presidente em 2011, focado em oportunidades de aquisições na América Latina. É ainda membro do Conselho de Administração da Companhia. Bacharel pela Wellesley College e possui MBA na Stanford University Graduate School of Business. Foi Sócia Geral da firma de investimento Forstmann Little. Ela atua como membro do Conselho de 2 anos Administração de Marcas Dunkin ‘Inc., NBTY e CVC. Atualmente, é Diretora do The Carlyle Group e está situada no escritório de Nova Iorque. Formado em Administração de Empresas na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Obteve seu MBA com honras, pela The Wharton School, onde foi bolsista Palmer. Durante a escola de negócios, foi nas férias de verão analista de Pesquisa no SAC Capital Management. Foi analista no banco de investimentos Morgan 2 anos Stanley, onde atuou em operações no setor de tecnologia. Foi associado do Carlyle, onde atuou em aquisições nos Estados Unidos, na indústria de defesa aeroespacial e de tecnologia. Atualmente, é Vice Presidente em Nova Iorque, com foco nas oportunidades de aquisições dos EUA na indústria de consumo, varejo e educação. Nascido em 1972, Juan Carlos Felix formou-se em Economia na PUCE Universidade de Quito no Equador e cursou MBA em Harvard Business School. Participou de vários empreendimentos na América do Sul no 2 anos setor de Mídia. Foi sócio da McKinsey & Company, trabalhando como Consultor de Gestão com foco em instituições financeiras. Possui graduação em Ciências Econômicas pela PUC-SP. De 1971 a 2008 ocupou diversos cargos na Unilever, dentre os quais destacam-se as posições de Diretor de Marketing (1985-1989), membro do Conselho de Administração da Unilever Americas em New Jersey, USA e presidente da Unilever Brasil 2 anos (2001-2008). Desde 2008 ocupou o cargo de conselheiro independente em diversas sociedades, dentre as quais destacam-se: Grupo Boticário (desde 2008), BRF (2009-2011), Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM (desde 2011), N1+Mercapital (desde 2011), Brasil Kirin (desde 2012), Kirin Holdings‘ International (desde 2012), CVC (desde 2012) e Química Amparo (desde 2013). Graduado em Administração de Empresas/Gestão de Negócios pela UNIP, possui pós-graduação em Marketing pela ESPM e cursos de (i) Gestão de Negócios no IESE de Barcelona, INSEAD da França, Harvard School dos Estados Unidos; e (ii) Estratégia Cultural no IMD Oxford dos Estados Unidos. Há 18 2 anos meses é presidente da Divisão de Negócios Digitais da RBS. Trabalhou mais de 12 anos na Telefônica, como Superintendente de Inteligência de Mercado, Diretor Comercial para Clientes Residenciais Premium, Diretor de Negócios Internet e Diretor Geral de Marketing do segmento corporativo. Antes disto, trabalhou na Creditcard como Gerente de Produto. Apendice C Localização das lojas CVC Numero de Lojas(2015) 600 548 500 400 300 200 141 115 73 100 35 0 Sul Sudeste Nordeste Centro Oeste Norte Localização das lojas abertas em 2015(previsão) Localização das Novas Lojas 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 47 23 16 8 6 Norte Nordeste Sul Série1 Sudeste Centro Oeste Apêndice D Balanço patrimonial 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Balanço Patrimonial Consolidado ATI VO TOTAL Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa Instrumentos derivativos Contas a Receber Adiantamento a fornecedores Despesas antecipadas Outras contas a receber 1,720.0 1373.9 287 0 788.4 181.8 102.4 14.3 2,069.5 1740.3 44.7 0.5 1249.7 283.3 142.7 19.4 2,296.2 1995.8 50.5 3 1396.1 356 168 22.2 2,453.9 2178.7 181.6 7.0 1432.5 365.7 163.9 28.0 2,628.0 2344.1 181.6 7.0 1551.5 396.1 177.6 30.3 2,794.0 2500.1 181.6 7.0 1663.8 424.8 190.4 32.5 2,984.7 2679.6 181.6 7.0 1793.0 457.7 205.2 35.0 3,206.2 2888.4 181.6 7.0 1943.4 496.1 222.4 38.0 3,466.2 3134.0 181.6 7.0 2120.1 541.2 242.6 41.4 3,774.4 3425.3 181.6 7.0 2329.8 594.8 266.6 45.5 4,142.7 3774.0 181.6 7.0 2580.8 658.8 295.3 50.4 4,586.2 4194.4 181.6 7.0 2883.4 736.1 330.0 56.3 Ativo não-circulante Contas a receber - partes relacionadas Outras contas a receber Imposto diferidos Investimentos PP&E Ativo imobilizado Intangivel Outros 346 2.1 2.4 212.1 0 129.5 15.5 114 0 329 5.5 0 177 0 143.9 12.3 131.6 2.8 300 4.5 0 140.2 0 143 9.9 133.1 12.7 275 3.864 0 107.303 0 151.1 0 0 12.968 284 3.864 0 107.303 0 159.8 0 0 12.968 294 3.864 0 107.303 0 169.8 0 0 12.968 305 3.864 0 107.303 0 181.0 0 0 12.968 318 3.864 0 107.303 0 193.6 0 0 12.968 332 3.864 0 107.303 0 208.1 0 0 12.968 349 3.864 0 107.303 0 224.9 0 0 12.968 369 3.864 0 107.303 0 244.5 0 0 12.968 392 3.864 0 107.303 0 267.7 0 0 12.968 PASSI VO TOTAL Passivo circulante Empréstimos e financiamentos Instrumentos derivativos Fornecedores Contas a pagar - partes relacionadas Venda antecipada de pacotes turísticos Salários e encargos sociais Impostos e contribuições a pagar Dividendo a pagar Outras contas a pagar 1,719.9 1,260 0.1 0.2 270.5 54.5 797.2 26.2 8.0 0.0 103.1 2,069.4 1,640 0.1 0.0 309.6 151.4 1082.3 24.0 19.3 14.8 38.0 2,296.1 1,819 0.0 0.0 366.6 111.9 1235.4 32.0 21.3 20.1 31.2 2,453.9 1,861 146.2 0.0 413.7 75.0 1133.7 30.2 15.8 16.7 29.9 2,628.0 2,004 146.2 0.0 448.1 81.3 1228.0 32.7 17.2 18.1 32.4 2,794.0 2,138 146.2 0.0 480.5 87.1 1316.8 35.1 18.4 19.4 34.8 2,984.7 2,293 146.2 0.0 517.8 93.9 1419.1 37.8 19.8 20.9 37.5 3,206.2 2,473 146.2 0.0 561.2 101.8 1538.1 41.0 21.5 22.6 40.6 3,466.2 2,685 146.2 0.0 612.3 111.0 1677.9 44.7 23.5 24.7 44.3 3,774.4 2,936 146.2 0.0 672.8 122.0 1843.9 49.1 25.8 27.1 48.7 4,142.7 3,236 146.2 0.0 745.3 135.2 2042.6 54.4 28.5 30.0 53.9 4,586.2 3,598 146.2 0.0 832.7 151.0 2282.0 60.8 31.9 33.6 60.3 Passivo não-circulante Empréstimos e financiamentos Provisão para perda com investimento Contas a pagar - partes relacionadas Provisão para demandas judiciais e administrativas 250 0.1 0 238.5 10.9 114 0 0 99.8 13.9 19 0 0 0 18.9 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 153 132.29 0 0 20.531 Patrimônio Líquido 210.6 316.2 458.7 439.8 471.4 502.9 538.9 580.4 628.8 685.9 753.7 834.9 Apêndice E Demonstrativo de Resultados CVC e Rextur Apêndice F Dividendos, Working Capital e Property, Plantas and Equipaments, Imposto de Renda Apêndice G Cash Flow, Rentabilidade Apêndice H Análise Dupont Apêndice I Macroeconomia Receita e PIB 25% 20% 15% Receita Liquida 10% PIB 5% 0% 2011 2012 2013 2014 2015 2016 -5% Inflação 10,00% 8,00% 6,50% 2011 5,80% 5,91% 2012 2013 6,41% 2014 2015 2016 APÊNDICE A análise SWOT foi realizada com o objetivo de entender o posicionamento de mercado da CVC. S Strenghts/Forças - Maior companhia de agência de viagens da América Latina e líder no mercado brasileiro - Modelo de negócios asset-light responsável por gerar elevados índices de retorno - Elevado poder de barganha frente a seus fornecedores hoteleiros - Canais de distribuição diversificados - Força da marca W O T Opportunities/Oportunidades - Baixa penetração das viagens de lazer no mercado brasileiro - Crescimento do número de reservas online - Vendas de pacotes online após a aquisição da Submarino Weeknesses/Fraquezas - Relativamente baixo poder de barganha frente às companhias aéreas devido a concentração do setor - Número de reservas totais concentrada em consumidores da classe C - Após aquisições, aumento significativo das vendas de passagens aéreas, com margens mais apertadas Threats/Ameaças - Contração da economia brasileira - Crescimento dos agentes de viagens online - Desenvolvimento do modelo de negócios baseado em franquias dos seus concorrentes - Infraestrutura brasileira