Comunicações
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Esta publicação contém as comunicações apresentadas na 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos, realizada no EMFA, de 15 a 16 de dezembro de 2014. Expositores Patrocinadores Apoio Índice MENSAGENS ...........................................................................................................................................................1 ORGANIZAÇÃO .......................................................................................................................................................7 PLANTA DE ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO ..............................................................................................................11 PROGRAMA ...........................................................................................................................................................15 ORADORES ...........................................................................................................................................................23 SESSÃO TÉCNICA I STI.1 EVOLUTION OF THE ULTRASONIC INSPECTION REQUIREMENTS OF HEAVY ROTOR FORGINGS OVER THE PAST DECADES ............................................................................................................................................................................37 STI.2 DETEÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM SOLDADURA DE CHANFRO APERTADO EM AÇO AUSTENÍTICO RECORRENDO A CONVERSÃO DE MODO NA TECNOLOGIA PHASED ARRAY DE ULTRASSONS ............................50 STI.3 SISTEMA DE MONITORIZACIÓN DE CONDICIONES AVANZADO PARA EL ASEGURAMIENTO DE LAS PARTES ROTATORIAS DE TURBINAS AEROGENERADORAS ......................................................................................................52 STI.4 INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS: O CASO DA FCT-UNL ..........................65 STI.5 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E CAPACIDADES PARA A INSPECÇÃO DE ESTRUTURAS COMPÓSITAS AERONÁUTICAS .................................................................................................................................................................68 SESSÃO TÉCNICA II STII.1 DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS AVANÇADOS PARA INSPECÇÃO DAS TORRES EÓLICAS E ELEMENTOS DE LIGAÇÃO DAS PÁS AO ROTOR .........................................................................................................................................73 STII.2 PRINCÍPIO TECNOLÓGICO DO ENSAIO E O VALOR ACRESCENTADO Á INSPECÇÃO PELA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE EMISSÃO ACÚSTICA (EA) ...........................................................................................................................75 STII.3 INOVAÇÃO BUREAU VERITAS ATRAVÉS DO SISTEMA SHAFTEST®, NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ....................76 STII.4 DESENVOLVIMENTOS EM REFLECTOMETRIA DE PULSO ACÚSTICO (RPA) PARA A INSPEÇÃO NÃO INVASIVA DE FEIXES TUBULARES ..........................................................................................................................................................78 STII.5 VALUE CREATING NDT METHODOLOGY FOR ACCESSING CORROSION UNDER INSULATION ...............................95 STII.6 DEVELOPMENT OF AN AUTOMATED INSPECTION SYSTEM FOR HIGH TEMPERATURE APPLICATIONS ............. 100 SESSÃO TÉCNICA III STIII.1 EDDY CURRENT EVALUATION OF FATIGUE CRACK DEPTHS IN PLANAR METALLIC NON-FERROMAGNETIC MATERIALS ....................................................................................................................................................................... 105 STIII.2 USING A MOUSE AS A POSITIONING DEVICE IN AN HANDHELD DETECTOR OF SUB-SURFACE CRACKS ........... 108 STIII.3 CONCEÇÃO, SIMULAÇÃO E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE SONDAS DE CORRENTES INDUZIDAS PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS DE GEOMETRIAS TUBULARES ................................................................................... 111 STIII.4 NOVA TÉCNICA DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS BASEADA EM CÉLULAS BACTERIANAS ................................... 113 STIII.5 METODOLOGIA PARA VALIDAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DOS TÉCNICOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS QUE TRABALHEM NOS SETORES AERONÁUTICO E INDUSTRIAL ...................................................................................... 116 SESSÃO TÉCNICA IV STIV.1 ESTUDO DA ADEQUABILIDADE DE TÉCNICAS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PARA IDENTIFICAR DEFEITOS INTERNOS E EXTERNOS EM ESTRUTURAS COMPLEXAS DE MATERIAIS COMPÓSITOS DE COMPONENTES AERONÁUTICOS E AEROESPACIAIS ............................................................................................................................. 133 STIV.2 OVERVIEW OF NDT CASE STUDIES FOR MATERIAL FAILURE INVESTIGATIONS AND SERVICE LIFE SUSTAINMENT OF AIRCRAFTS IN THE PORTUGUESE AIR FORCE ........................................................................... 156 STIV.3 ESTADO ATUAL DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE FORMAÇÃO PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NO SETOR AERONÁUTICO NACIONAL ................................................................................................................................ 178 STIV.4 CERTIFICACION AEROESPACIAL EN ESPAÑA. EVOLUCION: PASADO, ESTADO ACTUAL Y FUTURE ................... 187 SESSÃO TÉCNICA V STV.1 IDENTIFICAÇÃO DO DANO EM LAMINADOS COMPÓSITO ATRAVÉS DA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS ........................................................................................................................................................................................... 191 STV.2 AS TÉCNICAS ÓPTICAS E OS NOVOS CONCEITOS NA MONITORIZAÇÃO DA INTEGRIDADE ESTRUTURAL........ 205 STV.3 BIODIESEL PROPERTIES CHARACTERIZATION BY ULTRASOUND SPEED .............................................................. 208 STV.4 ULTRASONIC ATTENUATION MEASUREMENTS IN CAST IRON .................................................................................. 211 STV.5 NON-INVASIVE LENS HARDNESS CHARACTERIZATION BY ULTRASOUND TECHNIQUES ..................................... 214 STV.6 ADVANCED PHASED ARRAY TECHNOLOGIES ............................................................................................................. 216 POSTERS MEDIÇÃO DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA SEM DANIFICAÇÃO DE AMOSTRAS .................................................................... 227 CONSIDERAÇÃO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS EM PAVIMENTOS DE INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE ......... 229 MENSAGENS 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Mensagem de Boas Vindas Caros Participantes, A RELACRE, Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, na sua missão de promover a atividade laboratorial e as entidades que a desenvolvem nos mais diversos contextos, tem procurado apoiar e dinamizar a atividade económica associada à realização de ensaios não destrutivos, designadamente, na importante função de qualificação técnica e certificação de recursos humanos. A crescente importância para a economia nacional do Setor onde os END são fundamentais, devido à criação de novas atividades no País e à internacionalização de muitas entidades nacionais, reflete-se na necessidade de difusão e consolidação de conhecimento e do fortalecimento de canais de comunicação entre agentes económicos e partes interessadas neste domínio, o que se consegue mediante a organização de eventos técnico-científicos como o presente evento. A RELACRE, entendendo a relevância deste processo para a Comunidade que atua neste âmbito, apoiou esta iniciativa desde a sua génese, orientada pelo Forum END (entidade inserida na orgânica da RELACRE), contando com o imprescindível apoio de diversas entidades associadas. Uma palavra de particular apreço pela disponibilidade, envolvimento e significativo apoio do Estado Maior da Força Aérea, do Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos (CANEND) e da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, cuja contribuição para a concretização do presente evento foi decisiva. Espero que deste evento resulte uma elevada partilha de conhecimento, que seja a oportunidade para se promoverem interações úteis e comunicação enriquecedora entre os participantes nos contextos técnicos e científicos, e que se atinjam os objetivos de qualidade e excelência que contribuem para aumentar as competências e capacidades do Setor de END em Portugal. Álvaro Ribeiro Presidente da RELACRE 1 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Caros Participantes e Colegas, O FSEND, fundado em 2008, pretende contribuir para o desenvolvimento e progresso técnico científico na área dos Ensaios Não Destrutivos. Entre as atividades do FSEND, uma das mais importantes é a organização de Conferências, de âmbito nacional, tendo organizado a primeira em 2009, no ISQ (Oeiras) e a segunda em 2011, na Faculdade de Engenharia do Porto (Porto). Esta 3ª Conferência em END apresenta algumas características que a diferenciam das duas anteriores: 1. Dois dias de duração em vez de um, permitindo um maior número de participantes, apresentações e expositores; 2. Jantar da Conferência, permitindo estreitar laços entre os diversos membros da comunidade dos END. 3. Integração do Setor Aeroespacial; 4. Uma visita técnica, permitindo aos participantes visualizar aplicações práticas de END. Agradeço à Força Aérea Portuguesa a valiosa colaboração, empenho e disponibilidade, manifestadas desde o primeiro momento, bem como, pelas magníficas instalações colocadas à disposição da organização deste evento. Agradeço à CANEND e à OGMA, a importante colaboração prestada em todas as áreas onde foi solicitada. De destacar a participação de várias entidades, a nível internacional, com grande relevância nesta área, nomeadamente: Mr. Mike Farley, Presidente do ICNDT – “The International Committee for NDT”; Mr. Péter Trampus, Vice-Presidente da EFNDT – “European Federation for NDT”; Sr. Antonio Aulicino, Gerente de Relações Institucionais da ABENDI – Associação Brasileira de END; Sr. Fermín Goméz Fraile, Presidente da AEND – Associação Espanhola de END; Sr. Emilio Romero Ros, Vice-Presidente da AEND – Associação Espanhola de END; Sr. Rodolfo Rodríguez Juárez, Diretor Técnico da AEND – Associação Espanhola de END. Aproveito este momento para anunciar um dos principais desafios do FSEND para os próximos anos, coordenar o Working Group 4 (Accreditation of Laboratories and Inspection Bodies) da EFNDT, cujo objetivo é reunir, harmonizar e representar os interesses das empresas de serviços acreditadas. Espero que a Conferência seja um sucesso e uma experiencia enriquecedora em termos de contactos com novos métodos, técnicas e aplicações na área dos END. Bento Ottone da Cruz Alves Presidente do FSEND - RELACRE 2 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 3rd Portuguese National Conference on NDT I am delighted to bring the good wishes of ICNDT to the Portuguese NDT community on the occasion of the 3rd Portuguese National Conference on NDT. FSEND is a full member of ICNDT and a valued participant in our meetings, including our recent General Assembly in Prague during the 11th ECNDT. Our meetings there marked the half-way point in the mandate of the current ICNDT Executive which runs 2012 to 2016 and we discussed our achievements to date and our Strategic Plan for the next two years. I look forward to presenting to your conference a review of the work of ICNDT, our recent achievements and our forward plans. I also hope to hear your ideas for our future actions. It is a pleasure to greet those present at the conference in this beautiful city of Lisbon and wish you a successful event in the tradition of our many national, Regional and World conferences. Chairman, ICNDT 3 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 MESSAGE TO THE PORTUGUESE NDT COMMUNITY Subject: 3rd NDT Portuguese National Conference, Amadora, Portugal, 15-16 December, 2014 It is not widely known that nondestructive testing (NDT) is a crucial everyday activity in almost all industries. Hundreds of thousands of such tests are performed each year, on aircraft and trains, on dams and bridges, in power plants and refineries and on automobile parts, and so on. NDT enables industries to prevent accidents by detecting and characterizing flaws during the manufacture or use of their products and plants. During construction, NDT is used to ensure the quality of materials / components and joining processes such as welding during the fabrication and erection phases, and in-service NDT are used to ensure that the components / equipment in use continue to have the integrity necessary to ensure their fitness for service and, in general, the safety of the overall public. EFNDT was founded as a Europe-wide partnership to promote NDT and related fields for the benefit of industry, the professions, users and the wider community. EFNDT brings together the resources of the national NDT societies and organizations involved in NDT and related topics in Europe, and is dedicated to public safety in our technological world. On behalf of the European Federation for NDT I wish all participants and organizers of the 3rd NDT Portuguese National Conference every success, an interesting technical program and many pleasant meetings and good conversations among colleagues. Best regards Prof. Peter Trampus EFNDT Vice President 4 ORGANIZAÇÃO 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Comissão Organizadora Acácio Lima (A. Jorge Lima, Lda.) Ana Duarte (RELACRE) Bento Alves (ISQ) Cláudia Almeida (RELACRE) Diogo Duarte (Força Aérea Portuguesa) Jaime Santos (Universidade de Coimbra (DEEC/FCTUC)) Luís Vieira Gomes (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) Patrícia Pereira (Força Aérea Portuguesa) Pedro Capelinha (Bureau Veritas Rinave) Comissão Científica Jaime Santos (Universidade de Coimbra (DEEC/FCTUC)) Luís Vieira Gomes (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) Telmo Santos (Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNL) 7 PLANTA DO ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 1 RELACRE 2 PARALAB 3 A. JORGE LIMA 4 FORÇA AÉREA PORTUGUESA 5 END 6 BTINSTRUMENTS 7 IZASA 8 WELDNDT 9 ISQ 10 ISQ 11 OLYMPUS 12 GE 13 TUV 11 PROGRAMA 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 15 dezembro 09h00 – 10h00 Receção e Registo 10h00 – 10h15 Sessão de Abertura (EMFA; RELACRE; FSEND) 10h15 – 11h00 Sessão Plenária Moderador: Bento Alves (FSEND + ISQ) SP.1 CHALLENGES IN NDT AND THE ROLE OF ICNDT Mike Farley (Chairman ICNDT) SP.2 THE EUROPEAN FEDERATION FOR NDT – A STRONG VOICE FOR THE NDT PROFESSION Péter Trampus (Vice-President, EFNDT) 11h00 – 11h30 Coffee-break 11h30 – 13h00 Sessão Técnica I Moderador: Acácio Lima (AJL) STI.1 EVOLUTION OF THE ULTRASONIC INSPECTION REQUIREMENTS OF HEAVY ROTOR FORGINGS OVER THE PAST DECADES Johannes Vrana (SIEMENS) STI.2 DETEÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM SOLDADURA DE CHANFRO APERTADO EM AÇO AUSTENÍTICO RECORRENDO A CONVERSÃO DE MODO NA TECNOLOGIA PHASED ARRAY DE ULTRASSONS António Sá Nogueira, Luísa Quintino, Pedro Barros (ISQ + IST) STI.3 SISTEMA DE MONITORIZACIÓN DE CONDICIONES AVANZADO PARA EL ASEGURAMIENTO DE LAS PARTES ROTATORIAS DE TURBINAS AEROGENERADORAS R. Rodríguez, Fermín Gómez, Jesus Antonio Jimenez, Slim Soua, Estefanía Artigao, Lars Schubert (AEND) STI.4 INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS: O CASO DA FCT-UNL Telmo Santos, Pamies Teixeira, Rosa Miranda (FCT-UNL) STI.5 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E CAPACIDADES PARA A INSPECÇÃO DE ESTRUTURAS COMPÓSITAS AERONÁUTICAS Nuno Pedrosa, Daniel Leitão, José Pedro Sousa, Liliana Silva (ISQ) 13h00 – 14h00 Almoço 15 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 14h00 – 16h00 Sessão Técnica II Moderador: José Ferreira (CANEND) STII.1 DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS AVANÇADOS PARA INSPECÇÃO DAS TORRES EÓLICAS E ELEMENTOS DE LIGAÇÃO DAS PÁS AO ROTOR Liliana Silva, Daniel Leitão, Nuno Pedrosa, José Pedro Sousa (ISQ) STII.2 PRINCÍPIO TECNOLÓGICO DO ENSAIO E O VALOR ACRESCENTADO Á INSPECÇÃO PELA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE EMISSÃO ACÚSTICA (EA) Rui Mendes (ISQ) STII.3 INOVAÇÃO BUREAU VERITAS ATRAVÉS DO SISTEMA SHAFTEST®, NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Pedro Capelinha, Jordi Romeu, Pedro Oliveira, Guy Cotreril (Bureau Veritas) STII.4 DESENVOLVIMENTOS EM REFLECTOMETRIA DE PULSO ACÚSTICO (RPA) PARA A INSPEÇÃO NÃO INVASIVA DE FEIXES TUBULARES Acácio Lima e Daniel Bobrow (AJL + AEYE) STII.5 VALUE CREATING NDT METHODOLOGY FOR ACCESSING CORROSION UNDER INSULATION Sérgio Ferreira Dias, César Buque (TÜV Rheinland) STII.6 DEVELOPMENT OF AN AUTOMATED INSPECTION SYSTEM FOR HIGH TEMPERATURE APPLICATIONS Nuno Pedrosa, Daniel Leitão, José Pedro Sousa, Gonçalo Silva (ISQ) 16h00 – 16h20 Coffee-break 16 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 16h20 – 17h30 Sessão Técnica III Moderador: Jaime Santos (DEEC-UC) STIII.1 EDDY CURRENT EVALUATION OF FATIGUE CRACK DEPTHS IN PLANAR METALLIC NON-FERROMAGNETIC MATERIALS Artur Lopes Ribeiro, Helena Geirinhas Ramos, Dário Jerónimo Pasadas and Tiago Jorge Rocha (IST) STIII.2 USING A MOUSE AS A POSITIONING DEVICE IN AN HANDHELD DETECTOR OF SUB-SURFACE CRACKS Helena Geirinhas Ramos, Tiago Rocha, Dário Pasadas, Artur L. Ribeiro (Inst. Telecomunicações + IST) STIII.3 CONCEÇÃO, SIMULAÇÃO E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE SONDAS DE CORRENTES INDUZIDAS PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS DE GEOMETRIAS TUBULARES Miguel Machado, Rosa Miranda, Nuno Pedrosa, Luís Rosado, Telmo Santos (FCTUNL + ISQ) STIII.4 NOVA TÉCNICA DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS BASEADA EM CÉLULAS BACTERIANAS Telmo G. Santos, Patrick Inácio, Alexandre Costa, R. M. Miranda, Luísa Quintino, Pedro Vilaça, M.T.F Vieira, A.P.Piedade, A.R. Farinha, Carla C.C.R. de Carvalho (FCT-UNL + Aalto University + CEMUC + IST) STIII.5 METODOLOGIA PARA VALIDAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DOS TÉCNICOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS QUE TRABALHEM NOS SETORES AERONÁUTICO E INDUSTRIAL Diogo Duarte, Sérgio Nascimento, José Ferreira (CANEND) 17h30 Sessão de apresentação de posters + Feira de Tecnologia 19h30 Jantar da Conferência – Cervejaria Trindade (Chiado) 17 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 16 dezembro 09h30 – 09h50 Sessão Plenária Moderador: Pedro Capelinha (Bureau Veritas) SP.3 ABENDI: QUALIFICAÇÃO, CERTIFICAÇÃO, NORMALIZAÇÃO E PROMOÇÃO DOS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E INSPEÇÃO NO BRASIL Antônio Luís Aulicino (ABENDI) 09h50 – 11h00 Sessão Técnica IV Moderador: Telmo Santos (FCT-UNL) STIV.1 ESTUDO DA ADEQUABILIDADE DE TÉCNICAS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PARA IDENTIFICAR DEFEITOS INTERNOS E EXTERNOS EM ESTRUTURAS COMPLEXAS DE MATERIAIS COMPÓSITOS DE COMPONENTES AERONÁUTICOS E AEROESPACIAIS Patrícia Pereira, Diogo Duarte, Virgínia Infante (DEP - Força Aérea + ICEMS – IST) STIV.2 OVERVIEW OF NDT CASE STUDIES FOR MATERIAL FAILURE INVESTIGATIONS AND SERVICE LIFE SUSTAINMENT OF AIRCRAFTS IN THE PORTUGUESE AIR FORCE Diogo Duarte, Bruno Serrano (Força Aérea) STIV.3 ESTADO ATUAL DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE FORMAÇÃO PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NO SETOR AERONÁUTICO NACIONAL Rui Simões; Diogo Duarte; Bruno Serrano; Patrícia Pereira (Força Aérea Portuguesa - Direção de Engenharia e Programas) STIV.4 CERTIFICACION AEROESPACIAL EN ESPAÑA. EVOLUCION: PASADO, ESTADO ACTUAL Y FUTURE Fermín Gómez Fraile (AEND) 11h00 – 11h20 Coffee-break 18 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 11h20 – 13h00 Sessão Técnica V Moderador: Vieira Gomes (ISEL) STV.1 IDENTIFICAÇÃO DO DANO EM LAMINADOS COMPÓSITO ATRAVÉS DA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS Ricardo de Medeiros, Hernani M.R. Lopes, Rui M. Guedes, Mário A.P. Vaz, Volnei Tita (EESC-USP + ISEP + FEUP) STV.2 AS TÉCNICAS ÓPTICAS E OS NOVOS CONCEITOS NA MONITORIZAÇÃO DA INTEGRIDADE ESTRUTURAL Jaime Monteiro, Mário Vaz, Hernani Lopes (INEGI + FEUP + ISEP) STV.3 BIODIESEL PROPERTIES CHARACTERIZATION BY ULTRASOUND SPEED Jaime B. Santos, Maria del Carmen Talavera-Prieto, Abel G.M. Ferreira, Mario J. Santos (DEEC-UC) STV.4 ULTRASONIC ATTENUATION MEASUREMENTS IN CAST IRON Mário Santos e Jaime Santos (DEEC-UC) STV.5 NON-INVASIVE LENS HARDNESS CHARACTERIZATION ULTRASOUND TECHNIQUES Miguel Caixinha, Jaime Santos, Mário Santos (DEEC-UC) STV.6 ADVANCED PHASED ARRAY TECHNOLOGIES Werner Roye (Karl Deutsch Pruef) 13h00 – 14h00 15h00 Almoço Visita Técnica – OGMA 19 BY ORADORES 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 SP.1 Mike Farley BSc, PhD, CPhys, FEI, FInstNDT, Hon Member ICNDT Dr Mike Farley was elected Chairman of the International Committee of NDT (ICNDT) in 2008 and re-elected for the period 2012-2016. He was previously General Secretary of ICNDT and President of the European Federation of NDT 2005-2008. He served 1989-1990 as President of the British Institute of NDT. As Chairman of ICNDT Dr Farley has played a central role in moving the organisation forward to its current status as a not-for-profit organisation with members in more than 60 countries. He has lead the strategic planning of ICNDT’s activities. He recently retired from the post of Director of Technology Policy Liaison with Doosan Power Systems (formerly Doosan Babcock) in which role he was responsible for government relations in areas of energy policy, R+D foresighting and technology innovation. Previously as Director of Technology & Licensing at Doosan Babcock, he planned the company’s R+D activities including collaborative projects (EU and DTI) in the areas of clean coal, emissions control, structural integrity, materials, inspection and NDT. He was responsible for the company’s technology-led business including nuclear power plant inspection, offshore vibration services, large component testing and power plant feasibility studies. He is a regular speaker on the importance of NDT and the need for reliability in NDT. SP.2 Peter Trampus Mechanical Engineer, Research Professor. 30 years nuclear experience in both domestic and international range. Major field of activity is safety and reliability of nuclear power plant components with a special focus on nondestructive evaluation. President of the Hungarian Association for NDT, and Vice-President of the European Federation for NDT. SP.3 Antonio Luís Aulicino Engenheiro de Produção - Mecânico com especialização em Marketing, graduado pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial. Atuou por mais de 23 anos nos segmentos Alimentício, Químico, Petroquímico como Gerente e Diretor de Unidade de Negócios para Brasil e América do Sul em empresas como National Starch Starch & Chemical e Dow Chemical. Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Relações Institucionais da ABENDI. 23 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.1 Dr. Johannes L. Vrana Munich, Germany PROFILE • • Physicist (TU Munich) • ASNT NDE Level III • PhD thesis introducing induction thermography • Expert in automated UT and PA • Member: DPG, DGZfP & ASNT Director: ASNT German Section EXPERIENCE Siemens Energy, Supply Management, Munich & Berlin, Germany NDE Team Lead since 2010 Siemens Energy, Gas Turbine Engineering, Orlando, FL, USA NDE Engineer 2008 – 2009 Siemens, Corporate Technology, Munich, Germany PhD Student & Research Scientist 2004 – 2008 Ludwig-Maximilians-University, Munich, Germany Graduate Student in Quantum Optics Group of Prof. Hänsch 2003 – 2004 STI.2 António Francisco F. S. Sá Nogueira EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 06/2009 Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. - Auditor Júnior 09/2008 - 04/2009 IAPMEI - Consultor Júnior 06/2012 - 02/2013 ISQ - Técnico Especialista em Técnicas Avançadas de END 12/2013 - ISQ - Investigador Júnior em Técnicas Avançadas de END FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL Mestrado em Engenharia de Materiais, IST, UL FORMAÇÃO ESPECIALIZADA 09/2012 UT por TOFD, ISQ 12/2013 Módulo UT do Software CIVA, Extende 02/2014 Passaporte de segurança, ISQ 24 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.3 Rodolfo Rodríguez Juárez Nivel 3 en UT, RT, MT, y PT Tiene dilatada experiencia en END habiendo trabajado en diferentes compañías, trabajando en inspección, investigación, formación. Ha impartido cursos de formación durante 9 años Se incorpora a la AEND en 1999, siendo actualmente Director técnico de la AEND y Director de CERTIAEND Ha publicado en diferentes revistas y congresos y participa en diferentes grupos de trabajo de normalización, dela EFNDT y del ICNDT, así como participa en diferentes proyectos internacionales. STI.4 Telmo G. Santos Professor Auxiliar no Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCTUNL). Tem desenvolvido a sua atividade de investigação no centro de investigação UNIDEMI na área dos END e da tecnologia mecânica. É coordenador de vários projetos nacionais e internacionais de investigação científica e de transferência de tecnologia e autor de cerca de 50 publicações internacionais. STI.5 Pedro Barros, especialista sénior na área END. Pedro Barros é engenheiro mecânico com substancial experiência em diversas tecnologias END, e certificado ao nível 3 segundo a ISO 9712 nos ensaios de radiografia industrial, correntes induzidas, e ultrasons. Esteve envolvido em numerosos projectos de colaboração industrial suportado pelo governo e pela EU e já publicou vários artigos técnicos em, publicações, revistas técnicas e conferências. 25 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.1 Liliana Silva, investigadora do departamento de técnicas avançadas de Controlo não Destrutivo do ISQ, tem elevada experiência no desenvolvimento de sistemas de inspecção recorrendo às técnicas avançadas de Phased Array e TOFD. Tem colaborado em projectos Nacionais e Europeus relacionados com aplicação de técnicas avançadas de inspecção ao sector das energias renováveis e desenvolvimento de sistemas de inspecção aplicados à indústria aeronáutica. Tem ainda uma elevada experiência na aplicação de ensaios avançados na indústria petroquímica e de produção de energia. STII.2 Rui João de Sousa Mendes Mestrado em Instrumentação, Manutenção Industrial e Qualidade Licenciatura em Engenharia Mecânica / Manutenção Pós Graduação em Engenharia da Soldadura É atualmente o Responsável do Sector OI/ESP e Responsável Técnico do LABVOLUME no ISQ, com as seguintes responsabildades: Coordenação técnica do Organismo de Inspeção na área dos equipamentos sob pressão. Inspeção do fabrico, reparação e instalação de equipamentos sob pressão (geradores de vapor, reservatórios para ar comprimido, equipamentos de frio e gás, redes de fluidos entre outros). Responsável Técnico da atividade do Laboratório de verificação metrológica de reservatórios de armazenamento, níveis automáticos e cisternas transportáveis. Responsável Técnico da atividade de Emissão Acústica em ESP e Tanques de Armazenagem. STII.3 Pedro Alexandre Carretas de Sousa Capelinha Licenciatura em Engª Mecânica, no Ramo de Automação e Robótica - IST Curso de Engenharia de Máquinas Marítimas - Escola Náutica Infante D. Henrique Pós-graduação na área de Higiene e Segurança no Trabalho Coordenador do Laboratório de Ensaios Não Destrutivos da Bureau Veritas Rinave em Lisboa, e responsável técnico de Lisboa e Sines. Certificação como Técnico END nível 2, nos métodos de MT, PT, UT, RT e VT. 26 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.4 António Acácio Couto Jorge Lima Master in Metallurgy and Materials Specialization in Welding Engineering Level III according to EN ISO 9712 (Qualification and Certification of Nondestructive Testing Technicians) PT, MP, UT and RT Executive General Manager of the Company: Manager Training Services, Technical Director of Non-Destructive Testing Services - Inspections Consulting and Welding Technical Services. Invited Professor - Faculty of Engineering of University of Porto: Responsible for disciplines of Quality Management, Welding Technology, Sciences and Testing Materials, Manufacturing Technologies, Seminars and stages orientation of students in the past year in an industrial environment. STII.5 Dr. Cesar Buque, MBA TÜV Rheinland Group Am Grauen Stein 1 51105 Cologne Germany Office: +49 – (0) 221 806 5135 Mobile: +49 - (0)172 458 3909 Email: [email protected] Global Business Field Manager Materials Testing & NDT, Corrosion & Failure Analysis TUV Rheinland Group Creative and results driven global, NDT Technology and Strategy senior leader with 15 years’ experience in NDT Business within the highly competitive Global Energy and Oil & Gas industry which demands global NDT leadership skills and continuous technological improvement. PhD in Physics and holder of a Global Executive MBA title from the OneMBA Erasmus Business School. 27 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.6 Gonçalo Silva, investigador do departamento de técnicas avançadas de Controlo não Destrutivo do ISQ, tem colaborado do desenvolvimento técnico de sistemas avançados para inspecção a alta temperatura recorrendo à técnica de EMAT. Tem experiência no desenvolvimento de sistemas automáticos de varrimento e tem colaborado em projectos de I&D no âmbito de programas nacionais de desenvolvimento. Tem ainda experiência nas técnicas de ultrasons convencionais e ultrasons por ondas guiadas. STIII.1 Artur Lopes Ribeiro Licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica no Instituto Superior Técnico em 1974. Assistente no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC) em 1977. PhD em Eng. Eletrotécnica em 1990. Agregação em Eng. Eletrotécnica e de Computadores em 2000. Professor Associado do DEEC desde 2002. Investigador do Instituto de Telecomunicações desde 1991. Interesse científico atual na área dos ensaios não destrutivos. URL: http://www.it.pt/person_detail_p.asp?id=483 STIII.2 Helena Ramos received the Ing. Degree in Electrical and Computer Engineering in 1980, the M.Sc., PhD. and Aggregation Degrees in Electrical and Computer Engineering from Instituto Superior Técnico (IST), University of Lisbon in 1987, 1995 and 2005 respectively. She is Associate Professor in IST, Vice-President of the Scientific Board and researcher at Instituto de Telecomunicações (IT). The main lines of research include non destructive evaluation, PC based instrumentation, transducers, measurement interfaces and ferromagnetic materials modelling. STIII.3 Miguel Machado, mestre em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa ( FCT-UNL). Actualmente é bolseiro de investigação no núcleo de tecnologia mecânica do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial da FCT- UNL, tendo trabalho desenvolvido na área dos Ensaios Não Destrutivos e simulação numérica. Acompanhou e participou em projectos de investigação, com empresas nacionais e internacionais. 28 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.4 Patrick Inácio, mestre em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Actualmente é bolseiro de investigação no núcleo de tecnologia mecânica do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial da FCT- UNL, tendo trabalho desenvolvido na área dos Ensaios não Destrutivos. Acompanhou e participou em projectos de investigação, com empresas nacionais e internacionais. STIII.5 José Carlos Pardal Ferreira • • • • • Engenharia de Energia e Sistemas de Potência (ISEL) Engenheiro da Qualidade • Auditor da Qualidade desde 2001 • Nível 3 Responsável OGMA com funções de supervisão técnica dos ensaios e de qualificação/certificação de pessoal END desde 1997 (certificados CANEND e AgustaWestland) • Formador e Examinador de END desde 1997 (métodos PT, MT, ET e UT) Formador em Regulamentação Aeronáutica desde 2007 Vogal na CT 138 – ISQ (comissão técnica de normalização END) desde 1997 Avaliador técnico de END do IPAC (Laboratórios END e OCP) desde 2007 Presidente do NANDTB português (CANEND) desde 2009 Avaliador de Células de Melhoria Contínua (Programa de Excelência Empresarial da OGMA com base na filosofia LEAN) desde 2010 STIV.1 Patrícia da Veiga Frade Pereira Força Aérea Portuguesa - Direção de Engenharia e Programas – Núcleo de Estruturas e Materiais • • • • Mestrado Integrado em Ciências Militares e Aeronáuticas, na especialidade de Engenharia Aeronáutica (Academia da Força Aérea) 2013. Curso de Introdução à Termografia com câmeras FLIR (ISQ) 2013. Curso de SolidWorks, Início à Modelação 3D (ISEL) 2014. Curso de Segurança de Voo (Força Aérea Portuguesa) 2014. 29 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.2 Bruno Serrano Master Degree in Military Aeronautical Engineering Portuguese Air Force (PoAF) Engineering Department from the Logistic Command: Stress Engineer, Designer Engineer and Compliance Verification Engineer with experience in Fleet Support Services, Aeronautical Structures and Equipments. Portuguese Air Force COCINV (Central Mishap Investigation Commission): Member of the COCINV team that is responsible for mishap aircraft investigation for the scope of work related to material factors. Instructor of technology issues related to the Aircraft safety operation (stability and control, aircraft performance, high velocity flights, weight and balance, material behavior, failure conditions) Teacher of Material Science to the Masters Degree course on Piloting and Aeronautics and Bachelor Degree on Military Aeronautical Sciences. STIV.3 Rui Manuel Correia Simões Força Aérea Portuguesa - Direção de Engenharia e Programas – Núcleo de Estruturas e Materiais Experiência anterior: 1987-1992 – Mecânico de Motores, C-130H. 1992-1995 – Chefe de Equipa de Manutenção, C-130H. 1995-1999 – Inspetor de Manutenção, C-130H. 1999-2002 – Mecânico de Bordo, C-130H. 2002-2004 – Mecânico de Aeronaves, FTB-337G. 2004-2011 – Chefe de Seção, Laboratório SOAP/END. Formação: • Correntes Induzidas Nível I, 2005. • Ultrassons, Nível II, AIT (Aerospace Inspection Training Ltd), GBR, 2005. • Partículas Magnéticas, Nível II, AIT (Aerospace Inspection Training Ltd), GBR, 2005. • Líquidos Penetrantes, Nível I, 2006. • Partículas Magnéticas, Nível I, 2011. • Curso de Promoção a Sargento Chefe (CPSCH), 2013. • Líquidos Penetrantes, Nível II, 2014. 30 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.4 Fermín Gómez Fraile President of AEND President of Technical Committee of Spanish NANDTB President of CTN 130 (NDT) AENOR Spanish National Body for Normalization Level 3 in NDT Convenor of WG5 (Magnetic Particle Inspection) of CEN/TC138 Member of the Board of Directors of EFNDT STV.1 Mário Augusto Pires Vaz Licenciatura em Engenharia Mecânica, opção de Construções Mecânicas, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em Julho de 1984. Doutoramento em Engenharia Mecânica, pela FEUP, em Julho de 1995. Nesta prova submeteu um trabalho de tese com o título "Interferometria LASER e métodos híbridos em Mecânica Experimental". DEMec Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Professor Associado do INEGI - Director do Laboratório de Óptica e Mecânica Experimental (LOME). Membro da comissão que representa a APAET junto da European Society for Experimental Mechanics (EURASEM) e na Society for Experimental Mechanics (SEM). Membro fundador do Laboratório de Biomecânica da Universidade do Porto (LABIOMEP); inaugurado em Dez de 2012 e integrando as Faculdades de Medicina, Medicina Dentária, Engenharia, Ciências e Desporto, além dos institutos de interface INEGI e IDMEC. Vice-presidente da EURASEM desde Julho de 2012. 31 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STV.2 Jaime Miranda Monteiro FORMAÇÃO ACADÉMICA DOUTORAMENTO em Engenharia Mecânica; FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2013) • MESTRADO em Engenharia Mecânica, opção de Materiais e processos de fabrico; FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1999) • LICENCIATURA em Física, ramo científico, opção Óptica e Electrónica, FCUP - Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (1994) • Técnico Superior Principal, INEGI/LOME Investigador do LOME (Laboratório de Óptica e Mecânica Experimental) e responsável pela manutenção das infraestruturas laboratoriais. Apoio a algumas aulas do DEMEGI (Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial), nomeadamente na cadeira de Análise Experimental de tensões, bem como apoio a alunos de Mestrado e Doutoramento que utilizam as infra-estruturas do LOME. Apoio à SMAP (Secção de Mecânica Aplicada) do DEMEGI no que diz respeito a solicitações de manutenção de equipamentos informáticos. STV.3 Jaime B. Santos received the M.Sc. degree in Electrical Engineering in 1985, from the University of Coimbra, and the Ph.D. degree in Electrical Engineering from the University of Coimbra, Portugal, in 1994. He is currently Associate Professor at Faculty of Science and Technology, University of Coimbra. His research interests include ultrasounds namely NDT&E and image processing." 32 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STV.4 Mário J. Santos received a B.Sc., M.Sc. and Ph.D. degrees in Electrical Engineering from Department of Electrical and Computer Engineering, Coimbra University, Portugal in 1990, 1997 and 2004, respectively. He is currently an Assistant Professor in Department of Electrical and Computer Engineering in Coimbra University. His research interests are related with ultrasonic non-destructive testing. Actually, he is investigating applications of ultrasonic guided waves in the inspection of plate and plate-like structures and biologic tissue characterization using conventional ultrasonic bulk waves. STV.5 Miguel Caixinha received in 2000 a BSc in Applied Physics and Optics, specialization in Optometry from the University of Beira Interior, Portugal. In 2006 received a MSc in Vision Sciences from the Faculty of Medicine of the University of Coimbra, Portugal, and in 2012 received a Diploma of Advanced Studies in Biomedical Engineering from the University of Coimbra. He is currently PhD student in Biomedical Engineering in the University of Coimbra, and researcher in the CEMUC research group from the University of Coimbra. His research interests are in the field of Optometry and Vision Sciences namely in the anterior segment of the eye. STV.6 Dr.-Ing. Werner Roye Germany, born 1951 University of Aachen, Metallurgy Working since 40 years in the field of NDT, mainly RT and UT Certified in UT3 and Phased Array Employed as Application Engineer at KARL DEUTSCH in Wuppertal, Germany 33 SESSÃO TÉCNICA I 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.1 EVOLUTION OF THE ULTRASONIC INSPECTION REQUIREMENTS OF HEAVY ROTOR FORGINGS OVER THE PAST DECADES Johannes Vrana1(*), A. Zimmer2, K. Bailey3, R. Angal4, P. Zombo5, U. Büchner6, A. Buschmann7, R. E. Shannon8, H.-P. Lohmann9, and W. Heinrich10 1 Siemens AG, Munich, Germany 2 Saarschmiede, Völklingen, Germany 3, 4, 5, 8 Siemens Energy, Orlando, FL, USA 6, 7, 10 Siemens AG, Berlin, Germany 9 Siemens AG, Mülheim, Germany (*) Email: [email protected] ABSTRACT Heavy rotor forgings for land-based power generation turbines and generators are inspected ultrasonically. Several decades ago the first inspections were conducted using manual, straight beam, contact transducers with simple, non-descript reporting requirements. The development of ultrasonic inspection capabilities, the change in design engineer requirements, improvements of fracture mechanics calculations, experience with turbine operation, experience with the inspection technology, and probability of detection (PoD) drove the changes that have resulted in the current day inspection requirements: sizing technologies were implemented, detection limits were lowered, angle and pitch/catch (dual crystal) scans were introduced, and most recently automated equipment for the inspection was required. Due to all these changes, model based sizing techniques, like DGS, and modern ultrasonic techniques, like phased array, are being introduced globally. This paper describes the evolution of the ultrasonic inspection requirements over the last decades and presents an outlook for tomorrow. INTRODUCTION Siemens produces various products product portfolio are steam and gas paper is about the evolution of the heavy rotor forgings (Fig. 1) built for power production and energy distribution. Parts of this turbines and the appropriate generators (see Fig. 1). This ultrasonic inspection requirements or specifications of the into these Siemens OEM products. This Siemens viewpoint includes the history of Siemens KWU and Westinghouse Power Generation. This paper summarizes on the basis of [1] the ultrasonic inspection requirements for heavy rotor forgings. Zimmer et al [2] puts the focus on the description of the implementation of the ultrasonic inspection. 37 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.1 Left: Illustration of a generator, steam, and gas turbine (top to bottom) [1]. Right: Heavy rotor forgings for those products respectively. The picture in the lower right shows the manufacturing process of a gas turbine disc: after forging and heat treatment, ultrasonic contour and delivery contour [1]. EARLY HISTORY OF ULTRASONICS Ultrasonics started in the second half of the 19th century with the discovery of the magnetostrictive effect by J.P. Joule (1847) and the piezoelectric effect by J. & P. Curie (1880). In the same period of time the first theoretical works on acoustics were published, such as “The Theory of Sound” by J.W. Strut (Lord Rayleigh) in 1877. However only due to disaster a first application came up: On April 15th 1912 the Titanic collided with an iceberg, resulting in the death of 1517 people. The magnitude and public reaction to this accident resulted in huge efforts to prevent it from happening ever again. Therefore an ultrasonic echo ranging system was invented by L.F. Richardson in 1912 and J. Fessenden built the first iceberg detection system based on ultrasonics in 1914. In the same year World War I began and drove the development of submarine detection systems. Therefore, the application and development of ultrasonic echo ranging systems shifted and in 1916 P. Langevin developed the so-called hydrophone for this purpose. However before SONAR (Sound NAvigation and Ranging) systems were ready for use World War I ended and development slowed. 38 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.2 Left: Sperry Reflectoscope from approximately 1945 [1]. Right: Siemens Reflectoscope from approximately 1950 [3]. In 1928, the Soviet physicist S.Y. Sokolov proposed using ultrasonics for non-destructive evaluation (NDE) of materials or to be more precise for flaw detection in metals. In the following decades, the technology was further developed all over the world, especially during World War II. However with the development of electronics and with the change from a continuous wave to a pulse echo approach, ultrasonics became one of the most important tools for NDE. F. Firestone and D. Sproule independently developed pulse echo systems during the World War II. Firestone used a single crystal transducer and Sproule a dual crystal pitch catch transducer. This development of pulse echo systems and the availability of first commercial systems from Sperry (in Fig. 2 an early model of a Sperry Reflectoscope, developed by F. Firestone, can be seen) and Hughes after World War II were the start of industrial UT. Based on this, several other companies started producing ultrasonic pulse echo instruments. For example Krautkrämer, Karl Deutsch and Siemens started even before 1950. Fig. 2 shows on the right side a Siemens Reflectoscope from approximately 1950 with a creative screenshot camera [3]. Siemens is not producing any more ultrasonic instruments for NDE but this was more or less the start for the Siemens Medical Business. Start of the Ultrasonic Inspection of Heavy Rotor Forgings at Siemens In 1952 R. Schinn and U. Wolff [4] published their successful application of an ultrasonic pulse echo system on heavy rotor forgings at Siemens-Schuckertwerke in Germany. They used Siemens and Krautkrämer instruments and inspected generator forgings with straight beam longitudinal testing only in the radial direction. Westinghouse also started in approximately 1950 with UT using Sperry Reflectoscopes. Also the start of using ultrasonics for the examination of rotor forgings at Siemens or respectively at former Westinghouse Power Generation began only 39 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 five years after the start of the pulse echo systems, Literature exists which goes back to 1946 identifying Gebrüder Sülzer in Switzerland [5] using a Hughes system for a supersonic flaw detector. Fig.3 Ultrasonic examination of a heavy rotor forging in 1953 (left) [6] and 2008 (right) [1]. How successful the use of ultrasonic instruments is, is shown by the fact that starting in the year 1954, the manual ultrasonic inspection of forgings within Siemens became mandatory and is still used today (see Fig. 3). TYPICAL DISCONTINUITIES Ultrasound inspection gave material scientists and engineers a new view into critical components in the form of electronic signals that are indications of potential defects or other discontinuities in the material. As a result, it became necessary for Material and NDE Engineers to develop methods for categorizing the indications. Moreover it became important to determine the relative detectability of various discontinuities based on which transducers and scanning parameters were used. The following is an overview of typical discontinuities that are most commonly created during the forging and heat treatment process. A metallic inclusion can be expected as one of the most difficult discontinuities to detect in a forging because the acoustic impedance of the inclusion is close to the acoustic impedance of the surrounding material. The result can be that the metallic inclusion will hardly give any ultrasonic reflection if there is no gap to cause an efficient reflection. Nonmetallic inclusions, which normally appear as non-concentric patterns or clouds, and indigenous inclusions are normally expected to result in quite good detectability with axial and radial UT inspections. This is especially true as they are oriented usually parallel to the surfaces due to the forging process. Hydrogen flakes tend to form at grain boundaries and they appear usually as multiple randomly oriented single indications. The random orientation could lead to the fact that individual hydrogen flakes can be missed during inspection. However as they normally form in numbers the chance of missing all of them is considered to be quite low. 40 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Secondary pipes which are formed during solidification of the ingot and Ruptures, such as bursts caused during forging at locations with highest shear, and tears caused by too fast heating are usually centered if the forging process is homogeneous. Therefore they should be detectable with radial scans, but require consideration for the diffuse echoes as the surface of such flaws is normally rough compared with the wavelength of the ultrasonic pulse, making sizing difficult. However possible reductions in detection can be overcome in particular by observing a drop in backwall reflection amplitude. Quench cracks can be initiated during quenching starting at the surface and growing inwards. Therefore the best way for UT detection is using shear wave or surface wave. Other NDE methods like magnetic particle or dye penetrant would typically be used. Angled Discontinuities While most of the typical discontinuities can be detected with radial inspections, there are occurrences when a discontinuity is not oriented perpendicular to the surface. In this case the main wave front is not reflected in the direction of the transducer, the amplitude of the received signal is lower and the indication could be missed due to the limited dynamic of the inspection system. Fig. 4 shows an example for such a situation: In the case the transducer is placed directly above the indication the reflected main wave front will miss the transducer and the indication is not detected. Only when the transducer is moved a diminished return signal can be seen from a part of the cone of the beam spread. However the amplitude will be (drastically) reduced compared to an ideal perpendicular reflector. This leads to two issues: first being that the indication appears to reside at a different location and second the reflectivity and therefore also the size of the indication will be underestimated. For a typical 25 mm (1.0 inch) diameter, 2 MHz or 2.25 MHz transducer the -6 dB beam spread is about 4°. Therefore the undersizing of indications tilted by more than 4° can be substantial. Gai n [dB ] Angle [°] Fig.4 Left: Detection of discontinuities not oriented perpendicular to the sound beam [1]. Right: Beam spread of a 25 mm, 2 MHz transducer, both the usual monochromatic (harmonic) and the realistic polychromatic (transient) display [7]. Fig. 4 gives an idea of the severity of undersizing indications depending on the angle. Typically such crossections show multiple beam lobes. Those beam lobes cannot be seen in reality and are 41 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 the result of monochromatic (harmonic) calculations using only the center frequency. Once the band width of the transducers/inspection systems is taken into account by a transient calculation [7] the lobes are smoothened. Fig. 4 shows the result for a medium band pulse. Off-Centered Discontinuities The same is true for off-centered discontinuities in circular components like discs or shafts. As shown in Fig. 5 such discontinuities will most likely not be detected directly. Only when the transducer is moved around the part by almost 90° will the indication be detected with the beam spread. This means that the indication will be in a different location than expected due to the inspection. On the one hand the location will appear off by about 90° and the soundpath to the indication is longer than expected (s’ ≥ s). Additionally the indication will appear undersized because it is detected off center beam. Worst case the discontinuity will not be detected at all if the amplitude response of the indication is smaller than the noise. s Fig.5 Left: Detection of off-centered discontinuities in circular components with the soundpath s or respectively s’ [1]. SIZING METHODS & FRACTURE MECHANICS Beginning in the 1960s, design engineers adopted fracture mechanics methods into the design and evaluation of new and existing rotor forgings, requiring indication sizing steps to be added to the evaluation of indications found with ultrasonic testing. Indication sizing in rotor forgings is done by amplitude based sizing methods. For indications larger than the beam spread sizing by transducer travel (echo dynamic sizing, e.g. -6 dB drop method) is used and for indications smaller than the beam spread area amplitude based sizing is used. Both amplitude based sizing methods are found to provide sufficient consistency and reliability, and when combined with the use of safety factors give a conservative design approach. Sizing by Transducer Travel For the sizing by transducer travel the technician moves the transducer in both dimensions on the surface of the component, observes the signal on the screen, and evaluates from the drop of the amplitude of the signal the extent of an indication in two dimensions. The third dimension is given by the soundpath. Therefore, the extent in all three dimensions can be extracted for indications larger as the beam diameter. 42 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Area Amplitude Based Sizing Methods Discontinuities which have to be found in forgings nowadays are pretty small. Due to the size of the components (discs can have diameters up to 3000 mm) and the resulting long soundpath and large beam spread and due to the small size of the discontinuities to be detected indication sizing by transducer travel is not applicable in most cases. Therefore other sizing methods have to be used. For this application area amplitude based sizing is mostly used. The location of the indication in the component is given by the soundpath and the location of the transducer on the surface. However the information of the size is based on the amplitude of the reflection. Therefore the amplitude is corrected by the soundpath and compared to the reflection of an artificial reflector like a flat bottom hole (FBH). With this, the size of an indication is given to be equivalent to a certain FBH size. In contrast to sizing by transducer travel different area amplitude based sizing methods are used depending on qualification of techniques on a location-by-location basis. The most traditional methods used from the early days of ultrasonic testing employed Distance Amplitude Correction (DAC) based on calibration from multiple flat bottom holes. Some of the specifications from Westinghouse required exactly this method. However this DAC was only based on two measured points: one at ~75 mm (3”) and one at ~280 mm (11”) and extrapolated to ~560 mm (22”) and ~840 mm (33”). This extrapolation was based on the inverse square law. Already in 1950, five years after the start of ultrasonic testing, Kinsler and Frey published their book about the fundamentals in acoustics [8] with a theoretical calculation of the sound field of a piston source in the far field (this work is actually in general about acoustics). Seki et all [9] took this work a few steps further. Their work is the basis for all theory based sizing methods on Siemens and former Westinghouse designs. Besides the DAC method (for which the extrapolation is also based on this theory), one of the theory based methods used at Westinghouse used the calibrating on only one FBH [10]. As this calibration is not done on the actual component (like normal DAC) some component dependent factors had to be taken into account. Therefore several papers were published in the following years to compensate for surface roughness, curvature and beam attenuation. A different approach was taken by different specifications at Westinghouse. Those specifications called for calibrating on the backwall of the component. Therefore those component depending factors were automatically taken into account. In 1959 J. Krautkrämer published the Distance Gain Size (DGS or AVG) Method which is a method widely used in Europe. This method is actually based on the same theoretical basis and puts the information into a very handy diagram (in particular at a time in which it was not normal to have access to a computer). Hereby the amplitude loss (gain) of the backwall or of a particular FBH size is plotted against the soundpath. The different curves within this coordinate system start with the backwall curve on the top (low gain values) and multiple curves for different FBH sizes. Those FBH curves are parallel in the farfield and the gain increases with decreasing FBH value. With this diagram it is not only very easy to calibrate the equipment but also to size indications [11]. This method is used at Siemens for all new discs and shafts including former Westinghouse designs and also for the US market. 43 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Implementation of Indication Sizing Fracture mechanics was implemented in the 1960s and starting in 1970, the sizing of indications, using in particular area amplitude sizing, became a requirement for most large forgings for our industry. The first specifications were merely a single sentence in a 2 page forging procedure: “Intermediate echoes occurring during ultrasonic testing of an equivalent reflector size of > 5 mm Ø and all indications with a reduction of the backwall echo have to be reported”. This is in contrast to our present day 40 page specification (not counting the component specific riders). EXPERIENCE DUE TO TURBINE OPERATION With exactly those inspection requirements an LP (low pressure) steam turbine rotor was forged in 1970 for a 330 MW steam turbine. After 16 years of operation, on New Years morning at approximately 6:08 a.m, one of the worst accidents in the history of power production turbines occurred (see Fig. 6). The rotor cracked, some of the parts flew through the wall of the turbine and of the power plant. Some parts were found up to 1.3 km (approx. 1 mile) from the power plant. Luckily nobody was hurt. [12, 13] The analysis of the accident showed that the reason for this accident was a forging defect that had produced an ultrasonic indication during manufacturing inspection. It was evaluated at that time to be equivalent in size to a 5 mm FBH with a complete loss of the backwall. The indication was classified as a group indication of numerous (rather small) non-metallic inclusions and therefore accepted. However, after the accident, detailed metallurgical investigations determined the cause of the failure to originate from four secondary pipes. The largest pipe found was about the size of a hand and was off-centered. Due to this off-centering the indication was undersized by about 50 to 60 dBs (Fig. 4 right and Fig. 7 left). [12, 13] This finding was enough to cause a significant revision to the German specification VGB 504 for the production of heavy rotor forgings. For the ultrasonic inspection of rotor forgings, angle scans became necessary. For components without a bore angle scans were introduced. The angles have to be in intervals of no more than 2 times the -6 dB beam spread so that an off centered or angled indication would be undersized by not more then 6 dB. This means for a standard 2 MHz 25 mm Ø transducer that 7°, 14°, 21°, and 28° have to be used (Fig. 7 middle). Moreover, once an indication is found, intermediate angles are required to be used to maximize amplitude response allowing for best possible sizing of the indications. For bored components the highest stressed areas are around the bore, making discontinuities in the radial orientation most critical. Therefore a scan with the beam tangent to the bore and additional scans with higher angles to cover the highly stressed zone (determined by fracture mechanics) around the bore were introduced (Fig. 7 right). 44 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.6 LP rotor failure from 1988 [12, 13]. Before 1989 After 1989 Without Bore After 1989 With Bore Fig.7 Left: Situation during the inspection of the rotor in 1970 [1]; Middle: Mandatory angle inspections starting from 1989 for forgings without bore [1]; Right: Mandatory angle scans for forgings with bore to cover a (highly stressed) zone around the bore [1]. Similar changes to the specifications in America had been made because of a different failure in 1974. This failure happened to an IP (intermediate pressure) – LP steam turbine rotor forging of a 225 MW steam turbine which was placed into service in 1957. After 17 years of operation, this rotor failure happened due to a combination of creep initiated fatigue and brittle fracture and resulted the forging splintering into multiple pieces (see Fig. 8). Detailed metallurgical investigations reported an area of MnS segregations as the crack initiator. Moreover both temper and hydrogen embrittlement were found as contributing factors. The accident led specifically to adoption of boresonic inspections in the industry. [14] 45 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.8 TVA Gallatin rotor failure [14]. INTRODUCTION OF FURTHER SCANS The manufacturers of early gas turbine rotor forgings used the ultrasonic inspection specifications for steam turbine rotor forgings. In the early 1980s gas turbines became more widely used for power generation and the specification for gas turbines rotor forgings was separated from the specification for steam turbines. Moreover due to using stacked discs in gas turbine rotors, axial scans were introduced to improve defect detection probability. Approximately at the same time angle scans were introduced. They can be used for a more accurate inspection of critical areas like blade roots, coil notches and cooling bore areas. RECENT DEVELOPMENTS OF ULTRASONIC INSPECTION With the development of computer based ultrasonic instruments and electromechanical drives, automated ultrasonic inspection systems became practical. The advantages of the automated systems provide more precise control of key factors of the ultrasonic inspection process, especially transducer positioning, scanning speed, contact pressure, transducer direction and angle control. Also the detection of indications became more consistent and reliable with digital recording of the ultrasonic data. Due to recording, A, B, and C-Scan offline review and other evaluation methods became possible and allowed more consistent comparison with other examinations. The first automated inspection system used for Siemens rotor forgings was installed at Saarschmiede at 1995 [2] (see Fig. 9). Finally with the year 2004 automated inspection became mandatory for certain critical components. 46 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.9 Left: Automated Inspection System from 1995 at Saarschmiede [2] Right: SAPHIR (Siemens ALOK Phased Array Integrated Reliable) Inspection System from 1996 [15]. Approximately at the same time the miniaturization of electronic circuits allowed the construction of first phased array systems for ultrasonic inspection. One of the first commercially available systems was the Siemens ALOK Phased Array Integrated Reliable (SAPHIR) inspection system [15] from 1996 (see Fig. 9). Besides further automated inspection systems Saarschmiede started using phased array transducers in 2002 to inspect all necessary angles with one transducer and in 2009 Siemens implemented the use of phased array transducers into the specifications. To realise the demand to increase turbine generator performance over the past decades, the requirements for the integrity of forgings were raised and the detection sensitivity for small indications had to be improved. This was possible by taking advantage of better rotor forging manufacturing processes and improvements in ultrasonic technology. In the meantime this resulted in the increase of the inspection sensitivity from the original equivalent of 5 mm FBH to 0.7 mm FBH. In 2009 Siemens started harmonizing the specifications for the ultrasonic inspection of rotor forgings for global applications. This anticipates the resolution of multiple issues not yet harmonized by international standard communities. OUTLOOK As shown by this publication although multiple developments in the history of ultrasonics were caused by war and disasters at least as many developments were caused by the technically possible or necessary. In addition to international harmonization, future improvements have been identified in heavy rotor forging inspections: 47 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 • • • • • • • Reduce inspection time to lower manufacturing costs (currently the shortest inspection time is about one day for a simple gas turbine disc, for generator and steam turbine shafts the inspection time can be up to 1-4 weeks) Better characterization of defects by improving the data analysis process to reduce risk of failures and increase manufacturing yield Standardized ultrasonic data files (DICONDE seems to be a good start) 3D Ultrasonic data fusion with other NDE data to improve sizing Incorporate complete NDE results into 3D CAD engineering tools for Design Engineers Ultimately incorporate subsequent NDE results after service exposure for the purposes of: feed back to manufacturing and design, lifing, and condition based maintenance Relaxation of inspection criteria by probabilistic design methods to improve design margins REFERENCES [1] J. Vrana, A. Zimmer, K. Bailey, R. Angal, P. Zombo, U. Büchner, A. Buschmann, R. E. Shannon, H.-P. Lohmann, and W. Heinrich: “Evolution of the Ultrasonic Inspection Requirements of Heavy Rotor Forgings over the Past Decades”, Review of Progress in QNDE 29, edited by D.O. Thompson, D.E. Chimenti, pp. 1623-1630 (2010). [2] A. Zimmer, J. Vrana, J. Meiser, and N. Blaes: “Evolution of the Ultrasonic Inspection of Heavy Rotor Forgings Over the Last Decades”, Review of Progress in QNDE 29, edited by D.O. Thompson, D.E. Chimenti, pp 1631-1638 (2010). [3] E.A.W. Müller: “Ultraschall als Hilfsmittel der Materialprüfung“, Werkstatt und Betrieb 84 Heft 12 (1951). [4] R. Schinn and U. Wolff: “Einige Ergebnisse der Überschallprüfung schwerer Schmiedestücke mit dem Impulsecho-Verfahren“, Stahl und Eisen 72, pp. 695-702 (1952). [5] W. Felix: “Die zerstörungsfreie Prüfung grosser Schmiedeteile mit Ultraschall”, Schweiz. Arch. angew. Wiss. u. Techn. 17, pp. 107-113, (1952). [6] R. Schinn: “Erfahrungen mit der Ultraschallprüfung bei der Abnahme von Rotoren für Turbosätze“, Metall 7, pp. 502-506 (1953). [7] K.T. Fendt, H. Mooshofer, S.J. Rupitsch, R. Lerch, and H. Ermert: “Investigation of the Synthetic Aperture Focusing Technique resolution for heavy rotor forging ultrasonic inspection“,Ultrasonics Symposium (IUS), 2013 IEEE International, Prague, Czech Republic, July 21-25 (2013). [8] Kinsler, Frey: “Fundamentals of Acoustics“ (1950). [9] H. Seki, A. Granato, and R. Truell: “Diffraction Effects in the Ultrasonic Field of a Piston Source and Their Importance in the Accurate Measurement of Attenuation”, J. Acoust. Soc. Am. 28, p. 230-238 (1956). [10] Ying, Baudry: ”A Theoretical Approach to the Evaluation of Ultrasonically Detected Flaws in Rotor Forgings“ (1963). [11] J. Krautkrämer: “Fehlergrößenermittlung mit Ultraschall”, Archiv für Eisenhüttenwesen 30, pp. 693-703 (1959). 48 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 [12] J. Ewald, C. Berger, G. Röttger, and A.W. Schmitz: “Untersuchung an einer geborstenen Niederdruckwelle“, VBG Konferenz „Werkstoffe und Schweißtechnik im Kraftwerk 1989“ Vortrag 12 (1989). [13] A. Merz and R. Reifenhäuser: “Der Turbinenschaden im Kraftwerk Irsching“, VGB Kraftwerkstechnik 69, pp. 255-259 (1989). [14] J.M. Schmerlin and J.V. Hammon: “Investigations of the Tennessee Valley Authority Gallatin Unit No. 2 Turbine Rotor Burst”, American Power Conf., Chicago, Illinois, April 20-22 (1976). [15] R. Meier F. Dirauf, B. Gohlke, and E. Fischer: “Innovative Robotics and Ultrasonic Technology at the Examination of Reactor Pressure Vessels in BWR and PWR Nuclear Power Stations”, ECNDT, Copenhagen, Denmark, May 26-29 (1998). 49 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.2 DETEÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM SOLDADURA DE CHANFRO APERTADO EM AÇO AUSTENÍTICO RECORRENDO A CONVERSÃO DE MODO NA TECNOLOGIA PHASED ARRAY DE ULTRASSONS NOGUEIRA, António Sá1; QUINTINO, Luísa2; BARROS, Pedro3 1,3 ISQ 2 Universidade de Lisboa – Instituto Superior Técnico RESUMO O estudo aqui apresentado destina-se a fazer proveito das técnicas de conversão de modo acústico (MC) para otimizar a deteção de descontinuidades em soldaduras de chanfro apertado, em componentes de espessura elevada e muito elevada aumentando a probabilidade de deteção de descontinuidades (POD) e diminuindo a probabilidade de falsos alarmes (PDFA). INTRODUÇÃO O desenvolvimento de um número cada vez maior de procedimentos de ensaio, cada vez mais específicos e direcionados, resulta da crescente necessidade de tecnologias de ensaios não destrutivos (END) em soldaduras cada vez mais especializadas para casa aplicação. No quadro de descontinuidades habituais para cada tipo de situação surgem algumas que, pelas suas características geométricas e de orientação, são de difícil deteção pelas técnicas estabelecidas. Exemplos destes casos são faltas de fusão em soldaduras na superfície do chanfro apertado, em chanfro túlipa ou descontinuidades verticais tais como fissuras de solidificação. Mesmo em casos cujo estudo e conhecimento estão já mais aprofundados, como os ensaios de ultrassons em aço ferrítico, a deteção de descontinuidades orientadas quase verticalmente não tem sido estudada aprofundadamente. Este estudo acarreta um aumento da complexidade do procedimento de ensaio, mais desfavorável comercialmente. Esta situação é ainda mais complexa para materiais anisotrópicos, tais como aços inoxidáveis austeníticos ou juntas soldadas de materiais dissimilares. CONCLUSÕES • • • • 1 2 Foi desenvolvido um método de ensaio para soldaduras de parede espessa em aços inoxidáveis austeníticos. Os resultados significam um desenvolvimento significativo nesta área dos END. Não só foi usada uma nova abordagem às características de propagação sonora foi utilizada como também a efetividade dos END foi melhorada, neste tipo particular de chanfro (apertado) Foi demonstrado que o uso de conversão de modo é uma técnica viável e legítima. Isto pode fornecer várias novas opções para qualquer tipo de geometria ou material. Esta técnica melhora a PDD global do UT através da deteção de descontinuidades orientados de modo particular, não detetáveis por reflexão em phased array. ISQ Universidade de Lisboa, IST 50 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 REFERÊNCIAS [1] ASM International, Metals Handbook, Second edition ed., vol. 1, J. R. Davis, Ed., 1998. [2] International Institute of Welding, Handbook on the Ultrasonic Examination of Austenitic and Dissimilar Metal Welds, G. HENNAUT, Ed., Vincotte. [3] J. Jun, M. Choi and J. Lee, "Nondestructive Evaluation of Austenitic Stainless Steel Using CIC-MFL and LIHaS," vol. 47, no. 10, pp. 3959-3962, October 2011. [4] B. Chassignole, R. El Guerjouma, M.-A. Ploix and T. Fouquet, "Ultrasonic and structural characterization of anisotropic austenitic stinless steel welds: Towards a higher reliability in ultrasonic non-destructive testing," vol. 43, pp. 273-282, 2010. [5] C. Boller, S. Pudovikov and A. Bulavinov, "Quantitative ultrasonic testing of acoustically anisotropic materials with verification on austenitic and dissimilar weld joints," vol. 1430, p. 881, 2012. [6] V. P. Vavilov and S. Tukhtamishev, "Thermal Nondestructive Testing of Corrosion in ThickWall Steel Products," vol. 48, no. 8, pp. 476-482, 2012. [7] R. Long, P. Cawley and J. Russell, "Ultrasonic Phased Array Inspection of Welded Pipes Using Wave Mode-Converted at the Inner Surface of the Pipe," Developments in Ultraonic Phased Array Inspection, no. III, 2010. [8] F. Walte, W. Gebhardt and R. Hoffmann, "NDT of vertical orientated cracks by mode conversion with optimized LLT probes," in Non-Destructive Testing (Proc. 12th World Conference), Amsterdam, Elsevier Science Publishers, 1989. [9] ASM International, "Autenitic Stainless Steels," in Stainless Steels for Design Engineers, ASM International, 2008, pp. 69-77. [10] J.-S. Yang, C.-Y. Park and N.-S. Huh, "Estimates of Mechanical Properties and Residual Stress of Narrow Gap Weld for Leak-Before_Break Application to Nuclear Piping," JOURNAL OF PRESSURE VESSEL TECHNOLOGY-TRANSACTIONS OF THE ASME, vol. 133, no. 2, April 2011. [11] T. Armitt, “Phased Arrays Not The Answer To Every Application,” ECNDT, 2006. [12] F. Pinto, J. Barata e P. Barros, Ensaios Não Destrutivos, Lisboa: ISQ, 1992. [13] G. Nardoni, M. Certo, P. Nardoni, M. Feroldi, D. Nardoni, L. Possenti, A. Filosi, S. Quetti and S. Riva, "Experimental determination of discrimination criteria between volumetric and planar defects by means of ultrasonic pulse-echo/phased array techniques based on the ratio of diffracted echoes in welding examination," vol. 54, no. 4, pp. 221-224, April 2012. [14] A. Praveen, K. Vijayarekha, S. T. Abraham and B. Venkatraman, "Signal quality enhancement using higher order wavelets for ultrasonic TOFD signals from austenitic stainless steel welds," Ultrasonics, vol. 53, no. 7, pp. 1288-1292, April 2013. [15] J. Krautkramer and H. Krautkramer, in Ultrasonic Testing of Materials, 4th fully revised ed., Springe-Verlag, 1990. 51 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.3 SISTEMA AVANZADO DE MONITORIZACIÓN DE CONDICIONES PARA EL ASEGURAMIENTO DE LAS PARTES ROTATORIAS DE TURBINAS AEROGENERADORAS R. Rodríguez1, Fermín Gómez1 Jesus Antonio Jimenez2, Slim Soua2 Estefanía Artigao3, Lars Schubert4, 1 Asociación Española de Ensayos no Destructivos; Bocángel 28 2 izq 28028 Madrid, España [email protected] 2 TWI; Granta Park, Great Abington, Cambridge [email protected] [email protected] [email protected] 3 Brunel Innovation Centre; Granta Park, Great Abington Cambridge, UK [email protected] 4 Fraunhofer Institute for Nondestructive Testing; Maria-Reiche-Strasse 2, Dresden [email protected] ABSTRACT Los métodos actuales de monitorización de aerogeneradores requieren de mucho tiempo, son costosos y pueden fallar en alcanzar la fiabilidad y eficiencia operacional que la industria requiere. Por ello, métodos de monitorización de condiciones (CMS, Condition Monitoring Systems) basados en vibración normalmente no son capaces de detectar defectos hasta que son críticos. El proyecto CMSWind desarrollará un sistema de monitorización avanzado para componentes rotativos de aerogeneradores. Mediante la implementación de tres técnicas novedosas, específicamente diseñadas para aerogeneradores y sus componentes, se mejorará la fiabilidad de la maquinaria del aerogenerador en un 50%. Dicha estimación se extrae del hecho de que de esta manera, el mantenimiento innecesario causado por fallos imprevistos dando como resultado en aerogeneradores fuera de servicio, se reducirá o incluso eliminará, conduciendo a una mejor fiabilidad y operación. Se utilizarán Análisis de la firma de corriente, Análisis Modal de Operación y Técnicas de Emisión Acústica, para monitorizar el estado del generador, la multiplicadora y los componentes rotativos, respectivamente. Los fallos imprevistos en estos componentes representan un 53% del tiempo que un aerogenerador está fuera de servicio. Todos los sistemas serán integrados mediante una SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) para proporcionar control con supervisión, registro de datos y análisis. El proyecto CMSWIND mostrará la utilidad de un sistema de monitorización que permita una detección temprana de los defectos. El concepto consiste en implementar un sistema que: • • • • Permita la detección e identificación temprana de defectos en componentes del aerogenerador como defectos en los rodamientos, corrosión del colector del generador, desalineación del eje/rodamientos, contribuyendo por tanto a la optimización del mantenimiento programado. Combine el uso de diferentes sensores con el fin de evaluar la condición operacional del conjunto de generador, multiplicadora, rodamientos y eje principal del aerogenerador. Utilice sensores sin cables para monitorizar componentes rotativos que usen alimentación de alto rendimiento y sistemas de captación de energía. Combine y analice los datos obtenidos a través de los diferentes sensores mediante un único sistema SCADA. 52 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 1. ANTECEDENTES A pesar del interés público y gubernamental por los proyectos sobre Energías Renovables, la capacidad del sector eólico offshore para cumplir ambiciosos objetivos está lejos de lo deseado. El reto comienza con la necesidad de convencer a inversores para que financien los grandes costes iniciales. Desde un punto de vista genérico, la energía eólica necesita ofrecer la imagen de una gran tasa de retorno para así reducir al máximo el tiempo de amortización. Los problemas de fiabilidad presentan el mayor riesgo potencial para el futuro del sector eólico. Las ratios de fallo en turbinas eólicas offshore es muy superior al de las que se encuentran tierra adentro, con una disponibiilidad de uso reducida en torno al 60%. Además, las averías en este tipo de aerogeneradores son difícilies y por tanto muy caras de corregir. Revisando un análisis histórico de mantenimiento se desprende que, a parte de las dos visitas anuales programadas para mantenimiento a un parque eólico offshore, se realizan cerca de veinte visitas no programadas debidas a problemas puntuales. Así pues, los costes de operación y mantenimiento (O&M) constituyen una parte considerable del total anual para un aerogenerador convencional. En una máquina nueva, estos pueden suponer aproximadamente el 20-25% del coste total por KWh producido a lo largo del periodo de vida del aerogenerador. Durante la etapa jóven, estos costes suponen entre el 10-15% pero aumentan hasta el 30-35% cerca del final de la vida útil del aparato. Cualquier fallo imprevisto en ciertos componentes del aerogenerador, como las palas, torre, caja de cambios, generador, sistema de frenado, sistema de orientación, etc. puede suponer un incremento sustancial en los costes de mantenimiento y en consecuencia reducir la viabilidad de la generación eólica. El proyecto CMSWind desarrollará un sistema avanzado de monitorización para la maquinaria del aerogenerador. Con dicho fin, se utilizarán tres novedosas técnicas diseñadas específicamente para aerogeneradores y sus componentes. Dichas técnicas serán: Análisis de la Firma de Corriente (Motor Current Signature Analysis, MCSA), Análisis Modal de Operación (Operational Modal Analysis, OMA) y técnicas de Emisión Acústica (Acoustic Emission, AE) para monitorizar la condición del generador, caja de cambios y demás componentes rotativos (causantes del 53% del tiempo de parada de un aerogenerador). Todas las técnicas se integrarán en un sistema de supervisión (SCADA) para grabar, analizar y supervisar el estado de la maquinaria. 53 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 1. Localización de los sensores. El proyecto CMSWind es un un proyecto de colaboración entre cuatro Organizaciones de Investigación, cuatro Asociaciones de PYMEs, dos PYMEs y un Usuario Final (End-User) todos ellos en el campo de la Energía Eólica, Ensayos No Destructivos e Ingeniería a nivel Europeo, con participantes de Espana, Reino Unido, Grecia, Bélgica y Alemania. Tabla 1. Composición del consorcio del proyecto Asociaciones industriales/Industry Associations Asociación Alemana de Ensayos no Destructivos DGZfP(Alemania) Asociación Empresarial Eólica AEE (España) Asociación Española de Ensayos no Destructivos AEND (España) Turkisk Wind Energy Association TWEA (Tuquia) Centros de investigación/Research Organisations TWI (UK) Bunel University (UK) Fraunhöfer (Alemania) Innora (Grecia) Fabricantes/Manufacturers Co-sevices (Belgica) INESCO (España) Usuarios de END/NDT Users Sinclair Knight Merz SKM (UK) 54 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 2. ESTRUCTURA DEL PROYECTO El proyecto se estructura en 9 paquetes de trabajo según se muestra en la figura 2. WP2 ANÁLISIS DE LA FIRMA DE CORRIENTE DEL MOTOR WP3 ANÁLISIS MODAL DE OPERACION WP4 EMISIÓN ACÚSTICA WP5 MONITORIZACIÓN EN UN AEROGNERADOR WP6 ANÁLISIS DE LOS DATOS REGISRADOS WP8 DISEMINACIÓN Y EXPLOTACIÓN WP9 GENTION DEL PROYECTO WP1 ESPECIFICACIONES DEL SISTEMA WP7 DESARROLLO DE GUIAS PARA LA APLICACIÓN DE LA TECNOLGÍA DESARROLLADA Figura 2. Diagrama de flujo del proyecto 3 ESPECIFICACIÓN DEL SISTEMA Al principio del proyecto se tienen que definir diversos componentes y características para guiar los objetivos de investigación que seguirán. Los operadores de aerogeneradores ya cuentan con planes y programación para sus operaciones de mantenimiento. Un sistema de monitorización de condiciones les proporcionará datos adicionales muy útiles sobre el estado de sus máquinas, pero los datos extras pueden ser muchos. En esta tarea se determinará exactamente la cantidad y la forma de salida de datos. Serán determinadas paradas automáticas, alertas preliminares y otros modos de fallos. Con más de una década de participación en el sector eólico, SKM tiene muchos clientes interesados en técnicas de monitorización avanzadas. SKM puede elegir fácilmente un aerogenerador que será donde el proyecto de CMSWind se instale para fines de prueba y desarrollo. Un gran número de datos tiene que ser transmitido desde la ubicación remota de los aerogeneradores, es por ello que se requiere un sistema local de almacenamiento Supervisory Control And Data Adquisition (SCADA). 55 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Adquisición preliminar de datos Generación de la baseline Determinación de los límites de correcto funcionamiento Adquisición periódica de datos y comparación con la baseline Figura 3 . Estrategia del Sistema de Monitorización del Proyecto de CMSWind 4 ANÁLISIS DE LA FIRMA DE CORRIENTE DEL MOTOR (MCSA) Motor Current Signature Analysis MCSA es el procedimiento de adquisición de la señal de corriente del motor, realizando el acondicionamiento de señales y el análisis de la señal derivada para identificar varias averías [2]. Una señal de corriente del motor es idealmente una onda sinusoidal perfecta en 50 Hz. Se puede representar la corriente en el dominio del tiempo, así como en el dominio de la frecuencia. La conversión del dominio del tiempo al dominio de frecuencia se consigue utilizando la transformada rápida de Fourier (FFT). La amplitud del pico en el dominio de la frecuencia es igual a la amplitud del valor cuadrático medio (RMS) de la onda sinusoidal. En una situación teórica sin armónicos, se vería sólo un pico en el espectro de frecuencia. Durante la operación real, estarán presentes muchos armónicos en la señal del motor, por lo tanto, una señal real mostrará muchos picos incluyendo frecuencia de línea y sus armónicos, que es la firma actual del motor. MCSA implica el análisis de la corriente y el voltaje suministrado a un motor u obtenido de un generador El principio en el que se basa MCSA es que, en una situación teórica sin armónicos, se verían sólo un pico en el espectro de frecuencia. Por lo tanto mediante la localización y análisis de armónicos relacionados con su origen se puede evaluar la salud del generador de corriente. Analizando estos armónicos, después de amplificación y acondicionamiento de señales, se permitirá la identificación de los diferentes fallos del motor [3]. Ciertos armónicos son suministrados por la fuente y son de poca importancia. Sin embargo, también se generan armónicos debido a varios fallos eléctricos y mecánicos. Todos los fallos provocan un cambio en la distribución del flujo interno, generando los armónicos. 56 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 a) Espectro de frecuencia ideal b) Espectro de frecuencia real Figura 4 Espectros de frecuencias Los diferentes componentes de frecuencia asociados a diferentes fallos en las máquinas de inducción son bien conocidos. Serán monitorizados cortos intervalos definidos alrededor de los componentes de frecuencia relacionados con los fallos. Características relevantes de los intervalos extraídos marcarán una tendencia y se generará una firma que servirá como base para la evaluación de la salud del generador. El objetivo de tendencias es establecer niveles de señal aceptable o no aceptable durante la operación del generador La figura 5 presenta la firma obtenida en el WINDMASTER300 para el caso de barras de rotor roto. Los "Bins" corresponden a 10 diferentes velocidades del generador y el "Factor de cresta" corresponde a una desviación standard ± promedio de la función seleccionada. Figura 5 Firma para bandas laterales izquierda y derecha de intervalos de barras de rotor roto Principales fallos en los generadores: • • • • • Fallos del estator resultantes en la abertura o cortocircuitos de uno o más de los bobinados. Conexión anormal de las bobinas del estator. Barras de rotor rotas o agrietamiento en el final de los anillos del rotor. Excentricidad estática o dinámica Eje doblado (similar a la excentricidad dinámica) 57 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Los diferentes componentes de frecuencia asociados a diferentes fallos en la inducción de máquinas son bien conocidos, algunos se muestran en la figura 4, éstos se pueden utilizar para el diagnóstico y detección de fallos Figura 6 fallos relacionados con la frecuencia Serán monitorizados cortos intervalos definidos alrededor de los componentes de frecuencia. Características relevantes de las sub-formas de onda extraídas marcarán una tendencia para el desarrollo de la firma durante la etapa de formación y para la monitorización en la etapa posterior. De esta manera, se ha actualizado esta técnica y será utilizada para mediciones fuera de línea o incidentales para el diagnóstico en un subsistema de monitorización continuo. El módulo MCSA monitorizará, remota y continuamente, el generador, prediciendo la mayoría de fallos típicos encontrados en generadores y enviando alarmas al usuario en caso de que éstos se den. Un punto clave del MCSA es que mide la señal eléctrica cuyos componentes están directamente relacionados con el par rotacional de los componentes gracias al cual se observan fallos como ruptura de las barras del rotor, excentricidad, cortocircuitos, etc. Por medio de MCSA se pueden detectar estos problemas de forma prematura evitando daños secundarios así como el fallo completo del generador. Con la intención de monitorizar continuamente una máquina eléctrica utilizando MCSA, será necesario tener en cuenta ciertas características de la DFT obtenida del vector analizado. Una serie de pasos que se pueden utilizar para realizar MCSA, se presenta a continuación: • • • • Ajustar y supervisar el sistema analizado. Determinar la problemática relacionada con el sistema en cuestión. Tomar datos de funcionamiento. Revisar datos: o Revisar capturas de 10 segundos de duración para visualizar la operación durante este periodo de tiempo. 58 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 o o Revisar la corriente desmodulada de baja frecuencia para ver la condición del rotor e identificar cualquier problema de carga relacionado. Revisar la corriente desmodulada de alta frecuencia y la tensión para determinar otros posibles fallos que afecten a la salud tanto mecánica como eléctrica de la máquina. 5 ANÁLISIS MODAL DE OPERACIÓN (OMA) Operational Modal Analysis Technique (OMA) se utiliza para la extracción de datos necesarios para comprender y describir el comportamiento dinámico de una estructura determinada mediante la extracción de frecuencias naturales, la desviación de la estructura correspondiente a la frecuencia y la amortiguación modal [4]. Las propiedades modales de una estructura compleja, como un tren de la impulsión, dependen, no sólo de los parámetros materiales, como masa, rigidez y amortiguación, sino también en los cojinetes, sujeción y atenuadores. Si cambia la estructura, aparecen cambios correspondientes en el modo, forma y la amortiguación de la frecuencia. Inversamente, esto puede usarse para identificar cambios estructurales por las técnicas de monitorización de salud estructural. Para identificar una descripción del sistema y derivar los parámetros modales necesarios, existen múltiples enfoques para OMA: basados en el dominio de frecuencia (descomposición de dominios de frecuencia, mejorar el dominio de frecuencia descomposición, ajuste de curva frecuencia dominio descomposición), y basados en el dominio de tiempo (Stochastic Subspace identificación) [4]. Tras la identificación de picos espectrales utilizando uno de estos métodos, tiene que dividir los picos espectrales en frecuencias provenientes de ruido y distorsión periódica (ambos no deseados) o frecuencias estructurales (deseadas). Figura 7. Principio del proceso de identificación del sistema usando análisis modal operacional (OMA) El tren de impulsión fue instrumentado por OMA con sensores de aceleración de tres ejes en cinco posiciones. La estimación de las frecuencias modales estructurales se realizó utilizando el método de descomposición de dominio de frecuencia. En el caso de la turbina las señales de 59 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 aceleración obtenidas son una superposición de frecuencias debido a comportamiento modal y frecuencias armónicas debido a la rotación del eje, engranajes, cojinetes. Los resultados de los experimentos hechos hasta el momento muestran excitación de la estructura por la diferente velocidad de rotación. Así, algunos modos estructurales no pueden ser reconocidos para cada velocidad de rotación. Diferentes parámetros (por ejemplo, potencia de señal) en diferentes regiones de la frecuencia (seleccionando sólo las frecuencias estructurales) fueron calculados y utilizados como parámetros para caracterizar la estructura ensayada. La aplicación del algoritmo de monitorización para un aerogenerador en funcionamiento exige una base de datos de referencia adaptada, que debe determinarse en condiciones de operación real con excitación por los cambios de viento y otras influencias ambientales. a) f=10Hz-20Hz b) f=67Hz-83Hz Figura 8 Firma para “Signal Power” Características por OMA para 2 rangos de frecuencias El objetivo del concepto de OMA es identificar todos los modos estructurales dentro de los rangos de frecuencia deseados. Sin embargo, el método depende de la entrada del espectro de excitación. En teoría, una señal de entrada de ruido blanco (potencia de la amplitud uniformemente distribuida en el dominio de la frecuencia) es óptimo. Para una turbina de viento, la señal de entrada varía en función de la velocidad del rotor y la excitación del viento. Para lograr con éxito la identificación modal se requiere una señal de proceso especializada y una clasificación antes de aplicar las técnicas de identificación modal OMA. Para obtener tanto las características como la forma modal se necesitan diferentes posiciones de medida distribuidas sobre la propulsión. El número de sensores necesarios para una instrumentación correcta será evaluado durante el curso del proyecto. La figura 9 muestra una vista general de las posiciones de medida propuestas. Normalmente se usan sensores de aceleración triaxiales (0-20 m/s²) con un rango de frecuencia de 0-1 kHz y también se utilizan sensores de velocidad (0-17 mm/s). 60 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 2. Posiciones de medida propuestas, el número y la posición exactas dependerá del diseño del aerogenerador (Aceleración, velocidad, desplazamiento y rpm) 6 EMISIÓN ACÚSTICA. La emisión acústica (AE) se basa en la generación de ondas elásticas transitorias producida por una redistribución repentina de la tensión en el material. Cuando una estructura está sometida a un estímulo externo localizado (cambio de presión, carga o temperatura), se desencadena la liberación de energía en forma de ondas de esfuerzo, que se propagan a la superficie y son registradas por sensores. El ensayo mediante AE no requiere suministro de energía al objeto bajo examen; la AE simplemente se mantiene a la escucha de la energía liberada por el objeto. El nivel de actividad de la AE durante varios ciclos de carga formará el desarrollo de la firma para el eje de alta velocidad durante el proceso de entrenamiento. Dicha actividad será monitorizada en la etapa posterior para determinar la aparición de fallos. Figura 10 Firma de emisión acústica del eje– señal RMS par baja velocidad (izquierda) alta velocidad (derecha) Se colocan dos sondas de AE en los ejes de baja y alta velocidad de la WINDMASTER 300 para el desarrollo de la extracción de las características de la línea base. La característica que se muestra en los diagramas anteriores es la señal de RMS, que se reunieron en 2 MSPS durante 1 segundo, donde la desviación estándar de la RMS define los límites de condiciones de 61 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 funcionamiento "normales" de las partes bajo estudio. Otras características también están siendo monitorizadas con el objeto de detección de averías. En el proyecto CMSWIND, se montará directamente sobre el eje principal un sistema de Emisión Acústica (AE) con la finalidad de detectar posibles defectos en este componente. Como el sistema (sensor y nodo de comunicación) estará unido al eje en rotación no será posible alimentarlo por medio de una conexión por cable común. A raíz de esto, se utilizará un sistema de aprovechamiento capaz de proveer de energía al sistema sin conexión externa alguna (wireless). Módulos wireless sensores Figura 11. Descripción del subsistema con alimentación de energía y comunicación wireless. Cuando el eje rota, el sistema de AE se alimentará y operará continuamente. Por otro lado, durante un periodo de parada del aerogenerador el eje no girará y será una batería interna la encargada de alimentar al sistema. Un cargador de batería integrado se encargará de asegurar el correcto almacenamiento de energía disponible para estos periodos. El diseño y construcción del Sistema de Aprovechamiento de Energía ha sido completado para facilitar el sistema de AE durante la operación de montaje en un equipo rotatorio. El sistema incluye una batería capaz de durar durante el tiempo de parada del aerogenerador. Las diferentes partes del sistema fueron identificadas, diseñadas y construidas. También ha sido diseñado y construido un cargador de batería para recargar la batería del sistema. El ensamblaje será implantado dentro del sistema Windmaster 300 que fue fabricado por SKM.y disponible en TWI. 7 SOLUCIÓN ELÉCTRONICA El hardware necesario para la adquisición de la señal de las tres técnicas ha sido hecho a medida para las necesidades del proyecto. La arquitectura del sistema utiliza múltiples módulos de sensores (MCSA, OMA y AE) que muestrea los sensores analógicos a velocidades de hasta 2MSPS. Cada módulo muestrea los sensores para una ventana de tiempo especificado, almacena temporalmente las muestras y las transmite al servidor vía Ethernet. Se requirió un desarrollo especial para el módulo de AE, en este caso los sensores están conectados al eje de rotación de alta velocidad. La necesidad de instalación de hardware de adquisición en las partes giratorias condujo al desarrollo de hardware personalizado. 62 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 11 Hardware CSMWIND 8 DISEMINACIÓN El conocimiento generado durante en el transcurso del proyecto será difundido, tanto a los responsables de las pequeñas y medianas empresas que vayan a proveer los nuevos servicios de inspección, como a los usuarios finales. Esto se llevará a cabo vía “página web” del proyecto, temarios y directrices para la formación, campañas de concienciación, jornadas técnicas, publicaciones, comunicados y conferencias. 9 AGRADECIMIENTOS Las investigaciones llevadas a cabo para obtener estos resultados están financiadas por el Séptimo Programa Marco de la Comunidad Europea, gestionado por la REA (Agencia Ejecutiva de Investigación) http://ec.europa.eu/research/rea (FP7-SME-2008-2) según el acuerdo de subvención nº. 286854. 10 REFERENCIAS [1.] Description of Work (DOW) of the CMSWind Project, 1 June 2012, Grant Agreement Number 286854. [2]Mohamed El Hachemi Benbouzid, “A Review of Induction Motors Signature Analysis as a Medium for Faults Detection”. IEEE Transactions on Industrial Electronics, Vol.47, No.5, October 2000. [3] Bin Lu, Yaoyu Li, Xin Wu, Zhongzhou Yang, IEEE 2009: ‘A Review of Recent Advances in Wind Turbine Condition Monitoring and Fault Diagnosis’. [4]. T. Jacob, M. Zundel, “Comparison between classic experimental modal analysis and operational modal analysis using the example of a wind turbine gear box”, VDI-Berichte Nr. 2168, 2012. 63 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 [5.] Slim Soua, Harris Dimitriadis, Estefania Artigao, Lars Schubert, Emilien Simonot. Project Deliverable D1.1 "Report on system specifications and selected test wind turbine ". 2012. [6.] Estefania Artigao, Tat-Hean Gan, Jesus Jimenez, Slim Soua, Tasos Chatziloukas, and Lars Schubert. Development of a Baseline as a Novel Approach for a Condition Monitoring System for the Assessment of Wind Turbine Rotating Parts. [7.] Jesús Antonio Jimenez, Slim Soua and Antonio Romero. Application of Acoustic Emission signature for the Assessment of Wind Turbine drive train. 64 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.4 INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS: O CASO DA FCT-UNL Telmo Santos1(*), J. Pamies Teixeira1, Rosa Miranda1 1 UNIDEMI, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal (*) Email: [email protected] RESUMO Neste trabalho pretende-se dar a conhecer as capacidades actuais na área dos END existentes no Laboratório de END do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial (DEMI) da FCTUNL. Apresentam-se alguns exemplos de investigação e desenvolvimento de sistemas inovadores de Ensaios Não Destrutivos e suas aplicações. Os exemplos reportados incluem uma nova técnica de inspeção de micro defeitos superficiais baseada na utilização de células bacterianas; a caracterização de materiais através da medição do campo de condutividade elétrica; a concepção, simulação e produção de sondas de correntes induzidas customizadas; a avaliação da condição estrutural do material compósito GLARE. INTRODUÇÃO O progresso técnico-científico de Portugal na área dos Ensaios Não Destrutivos (END) depende, em larga medida, do intercâmbio de conhecimento no seio da nossa comunidade nacional. Analogamente, a relevância económica dos END e a nossa afirmação internacional dependem duma conjugação de esforços e do aproveitamento das nossas complementaridades. As diferentes entidades nacionais ligadas aos END têm vocações, conhecimentos e recursos diferentes. É o caso das empresas, laboratórios, organismos de inspeção e normalização, técnicos certificados, universidades e centros de investigação. Mas essa complementaridade e diversidade está realmente a ser potenciada? Existe em Portugal alguma sinergia resultante de uma coordenação de esforços? Os vários agentes ligados aos END conhecem, pelo menos, as atividades e as capacidades uns dos outros? Com efeito, a criação do Fórum Setorial de Ensaios Não Destrutivos (FSEND) em Julho de 2008, e a Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos vieram contribuir sobremaneira para esse desígnio, mas é desejável e possível ir mais longe... Um exemplo dessa falta de articulação é o subaproveitamento das universidades nacionais por parte da indústria e das empresas de END. De facto, nos últimos 7 anos assistimos a um aumento muito significativo da qualidade e da quantidade de investigação em END realizada em várias universidades Portuguesas. O elevado mérito científico dessa investigação tem sido reconhecido no estrangeiro, nomeadamente através de diversas publicações científicas nas melhores revistas da área, e através da criação de projetos com empresas internacionais de renome. No entanto, esse ativo precioso é com frequência subaproveitado: há casos de empresas nacionais que procuram no estrangeiro conhecimento e soluções que já existem nas nossas universidades! 65 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Nesse sentido, este trabalho pretende contribuir para a visibilidade das universidades no contexto das atividades ligadas aos END e promover uma troca de conhecimentos, tendo em vista o desenvolvimento da comunidade técnico-científica de END nacional. Apresenta-se concretamente o caso do Laboratório de END do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial (DEMI) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa (UNL). RESULTADOS Um dos trabalhos de investigação levado a cabo pelo Laboratório de END do DEMI da FCT-UNL diz respeito a um método de END para a avaliação da condição estrutural do material compósito GLARE (Fig. 1). Fig.1 Representação esquemática da inspecção do GLARE. Outra área de desenvolvimento está relacionada com a caracterização de materiais soldados ou processados com base na medição de campos de condutividade elétrica (Fig. 2). Fig.2 Caracterização de materiais com base na medição de campos de condutividade elétrica. Serão apresentados outros trabalhos de investigação, nomeadamente uma nova técnica de inspeção de micro defeitos superficiais baseada na utilização de células bacterianas, e a concepção, simulação e produção de sondas de correntes induzidas customizadas. 66 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 AGRADECIMENTOS Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT-MEC), pelo suporte financeiro no âmbito do projecto I&D MicroBac (PTDC/EME – TME/ 118678/2010) e PEst-OE/EME/UI0667/2014. REFERÊNCIAS Luís S. Rosado, Telmo G. Santos, Pedro M. Ramos, Pedro Vilaça, Moisés Piedade, A new dual driver planar eddy current probe with dynamicaly controlled induction pattern, NDT & E International, 2015; Telmo G. Santos, R. M. Miranda, Carla C. C. R. de Carvalho, A New NDT Technique Based on Bacterial Cells to Detect Micro Surface Defects, NDT & E International, 63, pp. 43-49, 2014; L. Matos Filipe, Telmo G. Santos, S. Valtchev, J. Pamies Teixeira, R. M. Miranda, New method employing the electrical impedance for monitoring mechanical damage evolution in glassreinforced: Applications to riveted joints, Materials & Design, 42, pp. 25-31, 2012; Telmo G. Santos, R. M. Miranda, Pedro Vilaça, J. Pamies Teixeira, Jorge dos Santos, Microstructural Mapping of Friction Stir Welded AA7075-T6 and AlMgSc Alloys Using Electrical Conductivity, Science and Technology of Welding and Joining, 16(7), pp. 630-635, 2011 67 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STI.5 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E CAPACIDADES PARA A INSPECÇÃO DE ESTRUTURAS COMPÓSITAS AERONÁUTICAS Daniel Leitão1(*), Liliana Silva2, Nuno Pedrosa3, André Cereja4 1, 2, 3, 4 Instituto de Soldadura e Qualidade, Oeiras, Portugal (*) Email: [email protected] RESUMO A utilização cada vez mais massiva de materiais compósitos, nas mais diversas indústrias, leva à necessidade de existirem profissionais preparados e vocacionados para realizar inspecções e ensaios neste tipo de materiais. Estando o ISQ ciente desta realidade, procurou--se com este projecto dotar o centro de competência do ISQ para as áreas de NDT dos meios materiais e conhecimento, para que consórcio do projecto COMPINSPECT, possa fornecer à indústria serviços de inspecção com alto valor acrescentado, nomeadamente na área dos ultra-sons utilizando tecnologia de Phased-Array, que não estão disponíveis em empresas congéneres. INTRODUÇÃO A inspecção de materiais compósitos, nomeadamente do tipo CFRP CarbonFiberReiforcedPolymer, apresenta dificuldades que normalmente não existem na inspecção dos materiais metálicos. À elevada atenuação e anisotropia acústica presente nestes materiais, associada a elevada complexidade geométrica deste tipo de componentes, requer a utilização simultânea por um lado de dispositivos de inspecção que permitam acomodar essas geometrias, e por outro lado requer a utilização de algoritmos adaptativos que permitam acomodar os diferentes tipos de geometria das peças. A título de exemplo, apresenta-se o problema de inspecção de um reforço fabricado em CFRP, que apresenta diferentes superfícies a serem inspeccionadas, nomeadamente, superfícies planas com diferentes orientações, superfícies côncavas e convexas. Figura 1. Inspecção de uma superfície convexa Um dos maiores desafios de inspecção neste tipo de componentes são os raios de concordância. Uma solução seria utilizar uma sonda de Phased Array cuja forma geométrica permitisse inspeccionar estes raios. No entanto, este tipo de soluções requer por um lado de uma sonda específica para cada tipo de componente, e por outro lado apresenta constrangimentos importantes relativamente à precisão do seu alinhamento. 68 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Na figura 1.ilustra-se a inspecção de uma superfície convexa composta de CFRP com cerca de 3mm de espessura. Para realizar a inspecção utilizou-se uma sonda de Phased Array matricial com 5MHZ. A sonda é composta por uma matriz 16x4 com uma área activa de 12.7x4.7 mm. A coluna de agua foi ajustada a 20mm entre a sonda e a peça. O algoritmo mede inicialmente os tempos de voo entre cada elemento da sonda e a superfície da peça. Na iteração seguinte, estes tempos de voo serão utilizados para calcular a lei focal que irá ser utilizada durante a segunda iteração. A lei focal utilizada na emissão será calculada de acordo com a expressão seguinte: 𝑬𝒊 (𝒋+𝟏) = ∙ �𝑴𝒂𝒙�𝒕𝒊(𝒋) � − 𝒕𝒊 (𝒋) �-𝑬𝒊 (𝒋) j: número de iteração i: numero do elemento (cristal) 𝑹𝒊 (𝒋+𝟏) = �𝑴𝒂𝒙�𝑬𝒊(𝒋+𝟏) � − 𝑬𝒊 (𝒋+𝟏) � j: número de iteração i: numero do elemento (cristal) 𝟏 𝟐 Durante a recepção, será aplicada uma lei focal que permita sincronizar todos os sinais recebidos, de acordo com a seguinte expressão A figura 2 ilustra o princípio de funcionamento deste tipo de algoritmos numa superfície complexa: Figura 2. Utilização de algoritmos adaptativos na inspecção de uma superfície convexa RESULTADOS E CONCLUSÕES Na figura 3, apresenta-se uma imagem com aquisição de dados realizado ao longo de todo o reforço, utilizando algoritmos adaptativos. Na mesma imagem sobrepôs-se os dados obtidos a partir de uma aquisição realizada sem utilizar algoritmos adaptativos. Neste caso, verifica-se que grande parte das descontinuidades (delaminações a azul) encontradas não são detectadas ao longo do raio de concordância. Esta nova metodologia de ensaio permite controlar superfícies de geometria variável sem comprometer a detectabilidade de eventuais descontinuidades utilizando uma única sonda de Phased Array. Figura 3.C-Scan obtido na inspecção do reforço de CFRP utilizando algoritmos adaptativos 69 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 AGRADECIMENTOS Os autores expressam o seu agradecimento à Agência Nacional de Inovação (ANI) pelo incentivo concedido no âmbito do contrato nº 30311, Projecto COMPINSPECT. REFERENCIAS S. Robert, O. Casula, O. Roy, G. Neau. Real-Time Inspection of Complex CompositeStructures With a Self-Adaptive UltrasonicTechnique. WCNDT 2012 D. Hopkins, G. Neau, L. Le Ber, Advanced Phased-Array technologies for ultrasonic inspection of complex composite parts. International Workshop Smart Materials, Structures & NDT in Aerospace Conference NDT. Canada, 2011 N. Dominguez, G. Ithurralde, Ultra-fast ultrasonic inspection for aeronautical composites using paintbrush acquisitions and data processing on GPU. European Conference on NDT, Moscow, 2010. 70 SESSÃO TÉCNICA II 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.1 ADVANCED PHASED ARRAY ULTRASONIC TESTING ON ALUMINIUM RING OF WIND TURBINES Liliana Silva1(*), Daniel Leitão2, Nuno Pedrosa3 1, 2, 3 Instituto de Soldadura e Qualidade, Oeiras, Portugal (*) Email: [email protected] INTRODUCTION In order to increase the current reliability levels of wind turbines the wind energy industry will have to successfully implement new and efficient maintenance operations and strategies which will reduce to an absolute minimum equipment-related failures and associated costs. Throughout Europe wind farm operators conduct several tests in some type of turbines which have been equipped with a particular type of blade’s root joint structure. A catastrophic failure of the blade’s root joint called Aluminium Ring, presents an enormous cost for wind farm operators and population. The joint between the hub and the blade for a particular type of wind turbines is made by a ring of aluminium which has presented a faulty design concept. This joint under fatigue load condition leads to a presence of fatigue cracks which cause the break of the blade’s root joint and the wind turbine loses the blade. Figure 1 – In Langedijk, Holland a wind turbines loses the blade of 23m length and with almost 3 tonnes which broke off and landed on one of the national road. [Cortesy of ® Truus Weda] RESULTS AND CONCLUSIONS The Nondestructive Testing Laboratory of ISQ developed an inspection procedure using an advanced NDT technique which presents a higher probability of detection then the conventional methods and allows the detection of crack initiation and its evolution during the remaining life period. Phased Array Ultrasonic Testing system developed by ISQ presented extraordinary results on detection of very small fatigue cracks in this type of component. 73 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 2 – A faulty design concept of the structure leads to an initiation of fatigue cracks on the sharp cornersof the joint. The Nondestructive Testing Laboratory of ISQ developed an advanced system specifically for the blade’s root joint inspection, which has the advantages of no blade disassemble needed, the inspection is done on site, on top of the tower and presents a high level of accuracy in the defect detection and evaluation. Figure 3 – ISQ Phased Array Ultrasoniv Testing developed system REFERENCES Tavner, Xiang and Spinato 2006. “Reliability analysis of wind turbines”. Wind Energy in press. DOI: 10.1002/we.204. Published online by Wiley Interscience, John Wiley and Sons 2006. Obdam T. et al 2007. “Estimating Costs of Operation and Maintenance for Offshore Wind Farms”. European Offshore Wind Energy Conference 2007.Berlin. Mobley K. et al. 2008. “Maintenance Engineering Book”. Seventh Edition. Mc Graw Hill. New York 2008 Rademakers L. et al 2003. “R&D needs for O&M of wind turbines”. ECN Wind Energy publications “Phased array ultrasonics inspection of wind turbine aluminium blade roots - Case Study”, TWI Ltd, United Kingdom 74 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.2 PRINCÍPIO TECNOLÓGICO DO ENSAIO E O VALOR ACRESCENTADO À INSPECÇÃO PELA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE EMISSÃO ACÚSTICA (EA) Rui Mendes1 ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, Oeiras, Portugal 1 A metodologia dos ensaios de Emissão Acústica (EA) baseia-se na utilização de equipamentos electrónicos de aquisição de sinais de alta velocidade e de sensores de alta frequência para registarem os deslocamentos produzidos pelas ondas elásticas decorrentes de fenómenos de propagação de danos na estrutura solicitada. Os sistemas possuem uma velocidade e resolução suficiente para assegurarem uma monitorização em tempo real da evolução dos defeitos. Pela colocação dos sensores de forma organizada, em conjunto com uma programação baseada na velocidade de propagação das ondas em tempo real podemos localizar em tempo real as fontes de EA, separar as fontes de EA relevantes, das fontes causadores de ruídos, e aplicar critérios de avaliação, atribuindo um grau de severidade á localização. Pela sua integração em planos de inspecção, oferece a possibilidade de detectar os danos nos materiais de forma global, em temperatura, pressão, e nas condições reais de serviço. Permite reduzir riscos de danos estruturais devido às cargas aplicadas pelos ensaios hidráulicos e contribui para a redução dos custos de exploração pelos reduzidos tempos de indisponibilidade dos equipamentos e de preparação dos ensaios. 75 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.3 ® INOVAÇÃO BUREAU VERITAS ATRAVÉS DO SISTEMA SHAFTEST , NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Pedro Capelinha, Jordi Romeu, Pedro Oliveira, Guy Cotreril (Bureau Veritas) A fiabilidade de um equipamento e seus componentes críticos é essencial para manter a rentabilização de qualquer unidade industrial. Essa rentabilidade é incrementada quando se aumenta a vida útil do equipamento e dos seus componentes mais dispendiosos, e pode ser decisiva na avaliação do rendimento operativo da unidade. O sistema de inspeção digital Shaftest® da Bureau Veritas, destinado à inspecção de veios e pernos, sem a necessidade de desmontagem do equipamento, ajuda à equipa responsável pela manutenção dos equipamentos, a garantir a fiabilidade dos mesmos e dos equipamentos associados, e desta forma permitir o aumento do tempo entre paragens e prevenir potenciais falhas de rotura deste tipo de elementos. A inspecção manual, com recurso a ultrasons, de veios e pernos em serviço, apresenta algumas desvantagens associadas. Habitualmente o acesso está restrito apenas aos seus topos, introduzindo dificuldades de interpretação dos ecos e sinais obtidos derivados da própria geometria desses elementos. Em grande parte das vezes, o operador acaba por decidir sobre a sanidade ou não do veio baseado na sua experiência em situações similares. O sistema Shaftest® permitie eliminar as dúvidas sempre que se tenha de inspeccionar eixos de rotação no local, mediante as técnicas convencionais de ultrasons aliadas a uma ferramenta simples de CAD. Figura 1 - Desenho do Veio Inspeccionado Diferenciando-se do sistema convencional, o Shaftest® regista de uma forma exaustiva e digital todos os dados obtidos ao longo do comprimento do veio/eixo. Uma análise cruzada dos ecos obtidos com o desenho do veio possibilitam uma imagem real e tridimensional da sua integridade, permitindo conscientemente alargar intervalos de manutenção e/ou seu período de vida útil. 76 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Os dados obtidos nesta inspeção poderão ser armazenados digitalmente e utilizados como comparação na avaliação da integridade do elemento inspeccionado numa próxima intervenção. Na imagem anterior são apresentados os diversos ecos obtidos ao longo das diversas posições delineadas no extremo do veio. São destacados ecos isolados, que definem, fora das zonas de mudança de secção, eventuais defeitos na constituição do veio, representados no diagrama da secção tranversal a vermelho. 77 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.4 DESENVOLVIMENTOS EM REFLECTOMETRIA DE PULSO ACÚSTICO (RPA) PARA A INSPEÇÃO NÃO INVASIVA DE FEIXES TUBULARES. Acácio Lima 1, Daniel Bobrow2 Gerente e Responsável Técnico END de AJL Testing Laboratory ; Professor Convidado - FEUP 2 Gerente de Negócios Ibero Americano da Accoustic Eye 1 ABSTRACT O desenvolvimento de métodos acústicos para a detecção de descontinuidades, tem vindo a ter um fortíssimo avanço, graças ao tratamento de sinal cada vez mais rápido e eficiente. O ruido normalmente associado a estes métodos é devidamente avaliado e tratado, sendo neste momento possivel obter relações sinal / ruido satisfatorias para muitas aplicações. O tema abordado é um dos casos de sucesso em aplicações que se pretendem céleres e com uma fiabilidade elevada, e com especial aplicação em tubulares de equipamentos em serviço. SUMÁRIO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Defeitos típicos nas tubagens (em serviço) Métodos convencionais de detecção de descontinuidades em tubulares . Princípios físicos da Refletometria de Pulso Acústico Tecnologia associada ao RPA Características fundamentais do RPA, vantagens e limitações Assinaturas de descontinuidades no RPA Equipamento e técnicas utilizadas o Sonda acústica o Unidade de medição e controlo o Características do equipamento e acessórios o Operação e mapeamento de descontinuidades 8. Apresentação de casos 9. Custos e benefícios do método 10. Normas / documentos de apoio e futuros avanços ( DUET) 11. Referências 1. DEFEITOS TÍPICOS EM TUBAGEM (SERVIÇO) São apresentados seguidamente os defeitos comuns, e que na generalidade ocorrem em tubulares em serviço afectando o desempenho dos equipamentos e do processo produtivo. 78 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Defeito Aspecto típico Sujidades , obstruções Perda de parede por corrosão ou erosão Perfurações Abaulamento por fluência (creep) Fissuras e roturas FIGURA 1 : Tipos de anomalias comuns em tubulares 79 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 2. MÉTODOS CONVENCIONAIS TUBULARES DE DETECÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM Correntes induzidas (ET), para materiais não-ferromagnéticos. Campo Remoto (RFET), para materiais ferromagnéticos. Videoscopia ótica. IRIS – ultrasons. Testes pneumáticos e hidráulicos Testes de fuga alta sensibilidade. Figura 2 : Sistema de correntes Eddy e IRIS para avaliação estado de tubulares Cada um dos métodos tem vantagens e desvantagens, considerando as suas limitações, em geral, qualquer um dos métodos convencionais , (para alem dos testes pneumáticos / hidráulicos ou de fugas, que em geral não determinam a localização das anomalias) , têm as seguintes características: o o o o o o 3. São invasivos Difíceis em tubos curvos (em U) Muito lentas Dependem do material do tubo Requerem blocos de calibracão Requerem para operar pessoas altamente treinadas e qualificadas PRINCÍPIOS FÍSICOS DA REFLETOMETRIA DE PULSO ACÚSTICO Nota : Para uma compreensão exaustiva dos princípios físico / matemáticos da RPA aconselhamos leitura da refª bibliográfica 1 e 2). Um pulso acústico injectado em um tubo de paredes rectas de comprimento semi infinito, propaga-se no interior do mesmo sem gerar quaisquer reflexões. Este pulso pode ser avaliado 80 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 montando um pequeno microfone com a sua face nivelada à parede interna do tubo através do orifício do tubo. O microfone captará o pulso somente se este atravessar o seu diafragma . Se entretanto, o pulso encontra uma descontinuidade na secção recta do tubo, é criada uma reflexão. A amplitude e forma da reflexão são determinadas pelas características das descontinuidades: uma constrição – redução de área da secção recta- cria uma reflexão positiva, enquanto que uma dilatação da secção recta – cria uma reflexão negativa. Nenhuma destas descontinuidades mudará a forma do pulso na sua vizinhança, mas a reflexão medida pelo microfone será uma réplica atenuada e distorcida do pulso injectado, devido às perdas durante a propagação. Um furo na parede do tubo, por outro lado, criará uma reflexão com forma mais complicada, dado que é influenciada pelo tamanho do furo e pela radiação da energia para o espaço exterior ao tubo. Os exemplos esquemáticos são apresentados na Figura 3 abaixo: Pulso de entrada Reflexão de obstrução Reflexão de dilatação Reflexão de perfuração Figura 3 : Aspecto dos pulsos de emissão e reflexão básicos. Embora alguma energia acústica presente no pulso inicial seja reflectida nas descontinuidades, parte dessa energia continua a propagar-se pelo tubo. Quaisquer outras descontinuidades criarão mais reflexões. Portanto, o diagnóstico do estado interno do tubo é uma questão de interpretação correcta dos reflexos que são captados pelo microfone. Há um aspecto simples de interpretar que é o tempo de chegada de uma reflexão, tal pode ser usado para calcular a localização exacta da descontinuidade, uma vez que tais reflexões propagam-se à velocidade do som. Há um segundo aspecto da interpretação que é mais complicado, pois envolve inferir a natureza exacta da descontinuidade, que tem a sua assinatura no sinal da reflexão. Num sistema prático a forma de pulso reflectido é influenciada e limitada pelas capacidades do transdutor, por conseguinte, a forma é mais complicada do que a apresentada no exemplo esquemático na Figura 1. O sistema conceptual descrito acima tem de ser traduzido para um sistema real que pode ser implementado no laboratório antes de poder tornar-se uma ferramenta útil. Esse esforço está feito e continua a ser aperfeiçoado, por forma a simplificar a acção de interpretação dos sinais, pelo operador / técnico. Um sistema prático RPA requer um transdutor para criar o pulso inicial, e um microfone que mede esse pulso e as reflexões subsequentes. 81 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 4 : Layout de um Sistema RPA A construção de um sistema RPA apresenta várias dificuldades práticas, a saber: #1. Forma do Pulso: idealmente, o pulso a ser usado seria de largura zero e amplitude infinita, o qual não é claramente viável. Na prática, o pulso deve ser tão estreito quanto possível no tempo e com o mínimo de “zumbido” possível, tal que significa uma formato largo e plano quanto possível no domínio das frequências usadas. #2. Falsas reflexões provenientes do transdutor: como reflexos de falhas propagadas de volta da traseira do sistema e que atingem o transdutor após passar o microfone que para baixo do sistema, eles colidir com o transdutor depois de passar sobre o microfone. Estes sinais podem ser erroneamente interpretados como reflexões provenientes de outras falhas. #3. Sobreposição de sinais: O maior problema que ocorre em um sistema RPA é a sobreposição entre os sinais de propagação de direita e esquerda. As reflexões falsas que retornam do transdutor podem sobrepor-se sobre as captadas pelo microfone e do tubo estas provenientes de falhas, criando mais uma vez problemas de interpretação. #4. Interpretação do sinal: recolher todos os sinais acima e interpretá-los correctamente é um problema complexo em si, requerendo treinamento adequado do interpretador / avaliador. Existem várias soluções para os problemas acima mencionados, alguns deles tratados na literatura científica. Um dos principais obstáculos para a utilização de sistemas RPA em campo, tem sido a solução para os problemas # 2 e # 3 (reflexões de transdutores e subsequentes sobreposição de sinais). Examinando a Figura 5, os tubos de S1 e S2, chamada de "tubos" de origem, localizados em cada lado do microfone, são concebidos com extensão mais longa quanto possível. Isso permite que os reflexos das falhas no tubo sejam captadas pelo microfone antes que os reflexos do transdutor sejam criados. Tais tubos são muitas vezes de vários metros de comprimento, dependendo do comprimento do objecto a ser examinado. Isto faz com que o sistema global passa a ser extremamente volumoso e inconveniente para os ensaios de campo. Para o uso de equipamento em campo são então usados métodos de interpretação do sinal que são explicitados em literatura, e que basicamente assentam no processo chamado de "reconstrução do furo " Neste procedimento, as reflexões a partir do sistema examinado são processadas para obter uma reconstrução completa do furo interno do tubo medido. Isso pode parecer o ideal, mas, infelizmente, esse método está associada a instabilidades numéricas que se 82 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 tornam mais pronunciadas quando o tubo a examinar se torna mais longo. Então o investimento em ferramentas numéricas poderosas é o caminho para ultrapassar as dificuldades enumeradas. A Acoustic Eye possui ferramentas numéricas capazes de não tornar impeditivo o uso da tecnologia RPA como ferramenta de diagnóstico em tubulares, aperfeiçoando continuamente o sistema. 4. TECNOLOGIA ASSOCIADA AO RPA Figura 5: Injecção de pulso acústico Figura 6: Reflexão em descontinuidades Injecta-se no tubo um pulso acústico de banda larga (0~8 KHz). Qualquer descontinuidade origina um reflexo que tem uma assinatura própria Algoritmos identificam a localização, tipo e tamanho dos defeitos. As dificuldades e desafios para obter resultados fiáveis prendem-se com: o o o o As reflexões de pequenos pontos de corrosão são muito pequenas e facilmente envolvidas no ruído, necessitando de ter relação SNR tem que ser ~ 100dB para detectar algumas delas. Reflexões múltiplas: é necessario separar as ondas que se propagam para a frente daquelas que propagam-se para trás. Os impulsos precisam ser muito curtos, caso contrário, as reflexões de defeitos sucessivos ficam sobrepostas. Um impulso único contém muito pouca energia. Melhorias conseguidas passam por : o o o Excitação : Usando um pseudo ruído chamado Sequências de Comprimento Máximo ; Permite injetar uma grande quantidade de energia em um curto espaço de tempo (bom SNR) A forma do pulso adequada para o hardware em um circuito fechado : permite um pulso muito estreito. Os tubos encurtam vários centímetros : Através de procedimentos patenteados, reflexos indesejados podem ser removidos. 83 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 7 : Esquema das melhorias estudadas e implementadas 5. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO RPA, VANTAGENS E LIMITAÇÕES Aplicação Interior de tubos de equipamentos de processos Defeitos detectáveis Obstruções, perfurações, aumento de diâmetro interno (por corrosão, erosão, fluidez térmica) Principais vantagens Limitações 6. NÃO INVASIVA: sem sondas ou palpadores Extremamente RÁPIDA: 5 a 10 segundos por tubo. Independente do MATERIAL e da CONFIGURAÇÃO do tubo FÁCIL de aplicar: pouca capacitação, consistência na interpretação Detecta somente defeitos internos e perfurações. Faixa de diâmetros até 4” e comprimentos de até 24 metros Não detecta falhas no diâmetro externo Não detecta fissuras não superficiais Precisão moderada no dimensionamento da perda de parede | sem resolução circunferencial Sensível à limpeza ASSINATURAS DE DESCONTINUIDADES NO RPA Cada defeito tem seu gráfico / assinatura característico(a), A localização, o tipo e o tamanho do defeito são identificados pelo sistema de software: Ver Figura 8. 84 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 8 : Assinaturas típicas de descontinuidades Capturas reais no ecrã: Figura 9: Perfuração Figura 10: Deterioração de parede Figura 11 :Obstrução parcial 7. EQUIPAMENTO E TÉCNICAS UTILIZADAS 7.1 Sonda acústica, Unidade de medição e controlo, Características do equipamento e acessórios. O modelo da Acoustic Eye : DOLPHIN G3 representa o estado de arte actual nas aplicações de RPA em tubulares, sendo basicamente uma sonda acústica portátil, como resumidamente se descreve no seguimento. 85 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 SONDA ACÚSTICA Microfone Microfone Alto-falante Adaptadores para tubos de até 4” DI Extensores para permitir acesso em situações especiais (cabeçotes de arrefecimento de ar, placas de tubos recuadas) Figura 12: Sonda acústica Dolphin G3 UNIDADE DE MEDIÇÃO E CONTROLE Computador ligado à sonda portátil Software AcousticEye Configuração da sessão Monitorização da sonda Gravação e análises de dados Peso total com maleta 18Kg ; Dimensões 56 x 45.5 x 26.5 cm Figura 13: Unidade de medição e controle ADAPTADORES / EXTENSORES Adaptadores para tubos de 8 a 102 mm Extensores feitos sob medida para alcançar pontos de difícil acesso (cabeçotes, canais, …) Comprimento total do extensor padrão: 457mm O jogo padrão inclui 7 tamanhos, para tubos de 5/8”, 3/4” , 7/8”, 1”, 1 1/8”, 1 ¼”, 1 ½” de diâmetro externo Figura 14: Adaptadores e extensores 7.2 Operação: Efectuada em 3 passos descritos em seguida. 1 Ajuste / Preparação (mapa, parâmetros) 2 Medição e colecta de dados 3 Análise de dados e geração de relatório 86 Alti-falante Adaptador para tubos 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 15: FASE 1: MAPEAMENTO DE TUBOS Figura 16: FASE 1: ANOTAÇÃO DE PARÂMETROS 87 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 17: FASE 2: MEDIÇÃO Figura 18 : FASE 3: ANÁLISE DE RESULTADOS O software identifica todos os defeitos, o operador verifica os resultados 88 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 19 : FASE 3: GERAÇÃO DE RELATÓRIO 8. APRESENTAÇÃO DE CASOS Apresentaremos dois exemplos (realização em ambiente real) entre já largas centenas de casos de serviços efectuadas, com taxas de sucesso elevadas atendendo às características do método e condicionantes de campo. 1º Industria metalúrgica (Venezuela Forno de pré-aquecimento - Redução de Gás) Dimensões dos Tubos, DI = 4½" (115 mm) Material Liga de Fe-Ni-Cr resistente ao calor Figura 20 # de Tubos 22 Tempo de Inspeção 15 minutos Figura 21 89 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Resultados: Perda de parede foi detectada e verificada positivamente. Áreas sem defeitos foram verificadas com videoscopia (sem falsos negativos). A equipe de engenharia do cliente recomendou a RPA como uma técnica de triagem para ser complementada por TU e TR em apenas tubos suspeitos. Usando a RPA pode-se reduzir drasticamente os tempos de inspeção e outros custos (apenas o andaime custa $60.000 USD). Figura 22: Resultados e relatório 90 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 2º NITRÓGENO CANTARELL (MÉXICO): Arrefecedor de ar por água do mar Dimensões dos Tubos, 3/4” x 1 mm Material Aço inox superduplex Hastelloy C-276 Figura 23 # de Tubos 3180 tubos, dois permutadores Tempo de Inspeção 14 horas Figura 24 Resultados: 189 tubos perfurados, <0,4mm de diâm. 10 tubos com alvéolos (pitting) 5 tubos obstruídos Comentários: Recomendações verificadas por videoscopia, testes pneumáticos e hidrostáticos. A RPA substitui os testes pneumáticos, tomando 14 horas ao invés de 212 horas. Figura 25 : Resultados em relatório (parcial) 91 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 9. CUSTOS E BENEFÍCIOS DO MÉTODO A avaliação do custo / benefício do usufrutuário do serviço de RPA, é simples de equacionar, o comparativo deverá tomar em consideração os seguintes factores de custo; Nota : Deve atender-se às limitações indicadas em § 5 a) Montagem de acessos b) Disponibilização de fluidos e energia c) Desmontagem e montagem de equipamento d) Limpeza dos espelhos e tubulares no interior e) Tempo de preparação do ensaio f) Desgastes de equipamento e acessórios de ensaio g) Tempo de paragem do equipamento para ensaio h) Tempo de análise de resultados i) Tempo para elaboração do relatório j) Qualificação do operador de campo k) Experiências e qualificação do técnico de interpretação l) Custo de serviços de empresa 3ª Laboratório NDT RPA Outros métodos Sim Sim : similar Não Sim em geral Sim Sim : similar Sim Sim para métodos intrusivos Pouco relevante Elevado, em geral Insignificante Muito significativo Muito baixo Estimado 10 a 20 x mais. Médio Irrelevante Médio / alto depende do método. Em geral relevante Necessária mas simples. Necessária Necessária e em alguns métodos custosa. Necessária : similar Médios. Elevados / muito elevados no caso de Eddy e IRIS Existentes em geral para hardware e software. Existentes (software). m) Custo para actualização do método Atendendo ao exposto na tabela o ensaio usando RPA apresenta fortes argumentos, principalmente em verificações de manutenção, onde o tempo fora de serviço do equipamento e a rapidez de intervenção é fulcral para a economia das empresas, tornando-se quase irrelevante os custos associados ao ensaio, em especial se efectuado por empresas já com experiência no método. A adopção destes métodos, pode produzir também e atempadamente indicações de avarias, que após reparação, reporão as condições iniciais de rendimento (nomeadamente térmico) que estavam perdidas, beneficiando a eficiência do processo. 92 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 10. NORMAS / DOCUMENTOS DE APOIO E FUTUROS AVANÇOS (DUET) a) Normas / documentos de apoio Sendo um método e técnica emergentes, a normalização está em desenvolvimento, no entanto o documento / norma ASTM E2906 / E2906M – 13: Standard Practice for Acoustic Pulse Reflectometry Examination of Tube Bundles, apoia e reconhece as aplicações do RPA (APR), tratadas anteriormente como se pode verificar na sua introdução: 1. Âmbito 1.1 Descrição da prática no uso da tecnologia RPA ou Acoustic Pulse Reflectometry (APR) para exame de superfícies interiores de tubulares em feixes tubulares de permutadores, caldeiras, aquecedores de ar e reactores, durante as paragens e manutenção. 1.2 A finalidade do ensaio RPA (APR) é detector, localizar e identificar descontinuidades tais como perfurações, perda interior de espessura e ou erosão assim como bloqueios totais ou parciais. RPA (APR) não é efectivo para detectar fissuras pouco abertas. 1.3 A tecnologia RPA (APR) usa a emissão de ondas sonoras através do ar no interior do tubular, detectando e registando reflexões criadas pelas descontinuidades ou bloqueios. A análise do da fase inicial (positive ou negative) e da forma da onda acústica reflectida é usada para identificar o tipo e localização da descontinuidade que causou a reflexão. 1.4 Quando são usados métodos apropriados de tratamento de sinal e análise de dados, a tecnologia RPA (APR) pode ser usada para o dimensionamento das descontinuidades ou bloqueios. b) Futuros avanços (DUET), na fase de validação final MODOS DUPLOS DA REFLECTOMETRIA DE PULSO Combinando Acústica com Ultra-som ( técnica parente das ondas guiadas) o o o sonda injeta ao tubo dois tipos de pulsos simultaneamente Ecos gerados por defeitos são registrados e analisados Algoritmos especíais identificam e relatam a localização, o tipo e o tamanho dos defeitos Reflectometria de Pulso Acústico (RPA) Propagação por o ar no interior do tubo Reflectometria do Pulso Ultra-sônico (RPU) Propagação por o próprio material do tubo Figura 26 : Combinação RPA + RPU (principio) 93 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 SINERGIA DE RPA + RPU – UM OLHAR MAIS ATENTO 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Condenser Tube Examination using Acoust ic Pulse Reflectrometry (Proceedings of POWER2008 - ASME Power 2008 - July 22-24, 2008, Orlando, Florida, USA Autores : Noam Amir / Noam Amir / Amir Yefet / Tal Pechter : AcousticEye Ltd. Tel Aviv, Israel 2.Acoustic pulse reflectometry for the measurement of musical wind instruments ( Thesis) : Autor : David Brian Sharp PhD University of Edinburgh 1996. 3.Forum Acusticum 2005, Detection, location and sizing of multiple leaks in ducts Autores : Victor Chilekwa, David Sharp 94 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.5 VALUE CREATING INSULATION NDT METHODOLOGY FOR ACCESSING CORROSION UNDER Sergio Ferreira Dias1(*), Dr. César Buque2 1, TÜV Rheinland Portugal, Rua Dr. António Loureiro Borges, n.º 9, 3.º, 1495-131 Miraflores, Algés – Portugal 2, TÜV Rheinland International, Am Grauen Stein 1, 51105 Cologne, Germany (*) Email: [email protected] ABSTRACT This Paper addresses the Corrosion under the insulation problem, which is expected to occur in under most circumstances in industrial plants such as power plants, Onshore and Offshore Oil & Gas installations, Petrochemical sector, Paper fabrication plants. Effective CUI assessment and management requires a proper CUI recognition and mitigation that involve various competencies available at TÜV Rheinland and including corrosion assessment, inspection, non-destructive testing as well as risk and safety evaluation. Screening and monitoring of insulated piping and vessels can be of great value in increasing plant availability by avoiding unexpected leaks and by helping to schedule turnarounds effectively. The authors give a recommendation of a mitigation and assessment strategy as well as describe a number of NDT solutions and the value that they add to plant owner in relation to corrosion under insulation assessment, which helps reduce cost, increase productivity, and minimize plant shutdowns. The suggested methods work side by side in a complementary manner. INTRODUCTION Corrosion under insulation (CUI) is a commonly occurring problem in a large number of industries and covering different types of assets including piping systems and pressure vessels in onshore and offshore environment. The most severe form of CUI is the localized corrosion that often occurs in carbon and low alloy steel. Main cause is water that is absorbed by or collected in the insulation. CUI is often not managed effectively although its consequences can be devastating even leading to a complete plant shutdown for a certain period of time. The main reason is that CUI is difficult to locate as insulation cover typically masks the underlying substrate corrosion until it is too late. In short, CUI presents a major threat to asset integrity, because it can is detrimental to the integrity of the object suffering from it if not detected early enough. Traditional methodologies are expensive and often not a viable solution to go. Furthermore it is an extremely expensive exercise to operationally remove insulation for visual inspection, particularly in cold service or where asbestos maybe involved. A well-defined NDT methodology combined with a risk based approach is of high added value to the end users in that the facility can remain in operation and remain as profitably and safely as possible. The authors will show that it is not necessary to shut down the entire plant or a portion of it to perform CUI assessment. Following the methodology presented here helps to avoid collateral costs associated to scaffolding erection and insulation removal. The presented methodology starts with a fit to purpose risk based analysis of the CUI issue, by taking into account the processes, the materials involved and the expected damage (corrosion) mechanisms. This Risk based analysis 95 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 leads to the identification of a set of NDT solutions required to properly address the different types of CUI issues. The evaluation of the collected NDT data is then used to make a set of recommendations related to the integrity of the object inspected. The NDT solutions applied are typically complementary to each other and applicable during service. METHODOLOGY FOR CUI ASSESSMENT A proper CUI Strategy involves the definition and the strategy to properly deal with the CUI issue under taking into account the different circumstances of occurrence. Our approach starts with the risk assessment of each insulated component and definition of the individual CUI risk and the identification of the targeted NDT solution and inspection schedule for that component. TÜV Rheinland specialists help document the CUI issue properly and to identify the root cause of potential CUI failures. The specialists are also trained to provide failure assessment for legal or internal requirements. Above mentioned expertize paired with our extensive Non Destructive Testing (NDT) and materials analysis expertise allows us to deliver a comprehensive CUI service which can be engaged at any stage of a CUI lifecycle. The well-known risk based approach to setup inspection plans is recommended also for effective CUI assessment and management. When doing the RBI for CUI for the first time risks will not be known; at least not to a bigger extent as it would be required for an appropriate RBI Assessment. Insulated pipe systems will have to be assessed in order to determine the risk levels and the associated inspection plans. In most practical situations it will be impossible to conduct such an effort on all insulated systems at once. A prioritization will be required mainly due to limited resources and budget. TUV Rheinland specialists can help to set up a unit level prioritization that shall help to prioritize the RBI efforts for the different insulated systems. By doing so one will generally be able to direct RBI efforts to those insulated systems that feature the highest risks for operations. Once the units have been prioritized with respect to CUI failure it is recommended to challenge carefully the need for insulation. It is obvious that the best way to eliminate CUI is to eliminate insulation. The RBI-CUI methodology recommended here makes use of actual operational and structural conditions of insulated systems, and not the designed conditions. Typically the RBI-CUI approach consists of a condition assessment of insulated systems (by the use of complementary NDT methods and potential damage analysis assessment), a risk level determination according to the probability of CUI failure and the consequence of CUI failure, and the resulting CUI inspection plan based on that risk level. Once established this inspection plan contains a set of NDT methods that are complementary to each other and that are to be used on specified times. The RBI-CUI plan as such is to be used periodically to assess the condition of the insulated systems, where the frequency and extent of NDT inspection efforts will depend on the risk level determined. It is a dynamic RBI process that takes into account future NDT inspection results to reassess and adjust the initial risk levels: This dynamic process might lead to an adjustment of the initial risk levels and so to less spending and reduced risks. 96 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 NDT METHODS FOR CORROSION UNDER INSULATION ASSESSMENT Pulsed Eddy Currents – PEC Pulsed eddy current equipment (PEC) is based on electromagnetic properties and its being successfully used in the industry for the detection and semi-quantitative sizing of CUI. PEC´s top advantage is the ability to detect general wall thinning in insulated objects without removing the insulation and without preparation. The technology is characterized by its large penetration depth, relatively low sensibility to lift-off. PEC is to be seen as a complementary solution to other NDT solutions for CUI. PEC has been used in a number of different applications, including skirts of process columns, the supports of spherical storage tanks, various types of insulated Pipe and insulated vessels in On- and offshore. Most of these objects are covered with fireproofing for various reasons. Water ingress may cause corrosion underneath the covering. The deterioration process cannot be seen from the outside. Using PEC to indicate the affected areas can lead to significant cost reduction in particular because far before a turnaround has to be performed, the system shows clearly the fewer areas that need follow-up and less insulation needs to be removed. Companies like Shell, and in Portugal REPSOL, rely today also on this technology for their CUI protection and assessment programs. Fig. 1. Inspection of the caisson in progress. The PEC probe is submerged in the water and is connected via a long cable to a PEC instrument onboard the platform. Fig. 2. Result of a PEC inspection: wall thickness in mm as function of vertical and circumferential position. The plot is color coded to highlight differences in wall thickness. 97 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Guided waves – GW Guided waves is one of the key complementary technologies for the assessment of corrosion under insulation of long lengths of pipe. Typically it uses low frequency guided ultrasonic waves that propagate along the pipe wall and has the ability to detect external or internal corrosion. The technology requires insulation is removed however only in a very small circumferential location that is used to attach the ring with the ultrasonic sensors onto the pipe. On this way long lengths of difficult to access pipe can be examined from a single location with minimal preparation and without further removing the insulation. A test range of 50m or more (25m in each direction) is commonly obtained from a single transducer position. Guided Waves technology is often used to assess CUI on Sleeved Road Crossings, Buried Pipe, Wall Penetrations, Pipe Racks, Corrosion Under Supports, Offshore Risers & Caissons, Location of Previously Unrecorded Welds, Subsea Lines and similar. Guided waves technology is sometimes affected by signal attenuation, which directly influences the inspectable pipe distance. The causes leading to signal attenuation arise from several sources such as follows: material attenuation, due to the use of high loss coatings such as bitumen as insulation material; scattering that may be produced by general corrosion; signal reflections from features as welds; mode conversion at bends and branches. There are cases where the cost of gaining access to the pipes can far outweigh the cost of inspection. Whenever it is anticipated that multiple inspections will need to be performed at the same location, a set of guided waves sensors (but also PEC sensors) can be deployed permanently. An additional advantage of permanently mounted guided waves sensors is the consistency of future inspections in terms of accurate condition monitoring. Real Time Digital Radiography This technology makes use of a radiation source and a X-Ray detector (often an linear array of radiation detectors), which are positioned to each other such that a n on-stream x-ray inspection can be done resulting in an real time imaging of potential anomalies under the insulation. With this technology, both internal and external corrosion defects on stretches of pipe can be detected while the pipe remains in service without removing any insulation. As the unit and/or scanner are positioned onto the pipe, X-Ray data are acquired and displayed on the monitor in real time. Straight piping segments as well as locations with bends and elbows can be inspected using this technology. The system is sensitive enough to detect corrosion defects as small as 0.25 inch in diameter and 0.05 inch deep. Most recently newer lightweight digital x-ray technologies have introduced to the market. Those systems are characterized by extremely low radiation levels and only a very small area of operation has to be cordoned off to carry out the procedure compared with conventional radiography techniques. Operations can continue with minimal disruption to ongoing adjacent activity. These newer units project real-time digital video images onto a handheld LCD and headmounted display. The imager itself is highly sensitive minimizing required levels of X-ray energy. This ensures that whole tool it is both safe to hand-hold. The image is continuously presented, allowing rapid in-motion scanning of pipes through a range of material densities. These include carbon/stainless steel, cast iron products, aluminum, plastics, and composite materials. 98 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 SUMMARY Corrosion-under-insulation refers is a major common problem that occurs in all power plants nuclear and/or fossile, refining, onshore and offshore industrial installations. CUI has been the cause of various major economic and safety accidents originating from leaking pipes in high risky areas. A proper way to deal with CUI starts with an strategic CUI-risk based assessment followed by the identification of CUI inspection plans and the implementation of NDT work aimed at identifying the real condition of the pipes and/or vessels under consideration. NDT technologies to be applied are complementary to each other and their selection depends on a number of factors such as location, material, type of insulation, type of expected corrosion degradation etc. Specialists of TUV Rheinland can help throughout all the phases of CUI assessment. ACKNOWLEDGMENTS The authors gratefully acknowledge the support with various colleagues from TÜV Rheinland Group. REFERENCES Steven Henderson, RBG USA. Inspection technology addresses corrosion under insulation. E&P. 2010 Baldev Raj, T. Jayakumar, M. Thavasimuthu. Woodhead publishing Limited. Practical Nondestructive Testing 99 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STII.6 DEVELOPMENT OF AN AUTOMATED INSPECTION SYSTEM FOR HIGH TEMPERATURE APPLICATIONS Gonçalo Silva1*, José P. Sousa2, Nuno Pedrosa3, João Gonçalves4, Pedro Barros5, Paulo Meirelles6 1, 2, 3, 4,5, 6 Instituto de Soldadura e Qualidade, Oeiras, Portugal (*) Email: [email protected] ABSTRACT This work consists in the development of an integrated platform of inspection and continuous monitoring of critical components operating at high temperature conditions using advanced ultrasonic techniques as EMAT (Electromagnetic Acoustic Transducers) and Phased Array. The system will integrate in a single platform an automated scanning system which combines a capability to cover the total critical volume of the component and a continuous monitoring module with automatic defect interpretation capability. INTRODUCTION One of the industries main purposes is the evolution of the quality control and the increase of the equipments reliability; in particular those that are critical in terms of availability and that are subject to tough operational conditions. In this type of equipments, there are those that work at high temperatures and which need to be stopped to be inspected. The inspection of these equipments is made during normal scheduled maintenance operations, representing critical points from de point of view of maintenance costs and equipment availability rates. To reverse this situation, this work concentrates in the development of an automated inspection system to inspect components at high temperatures allowing their quality control while they are working, without having the need to stop them. Two inspection systems were developed, one for EMAT and another one for Phased Array. At the end of the acquisition both systems will present a 2D thickness mapping. RESULTS AND CONCLUSIONS The EMAT system developed is a scanner with magnetic refrigerated wheels that automatically adjust to any surface geometry. It has an EMAT probe protected by a PEEK and a metal case which have an angular adjustment. The base consists of a ceramic material that isolates the scanner from the high temperatures. This system has four pneumatic cylinders that will help the user to remove the scanner from the equipment surface. 100 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 In Fig. 1 is represented the EMAT system. Fig.1 EMAT Inspection System The Phased Array system is a PEEK probe-holder which is refrigerated with the help of a metal base and isolates the probe from the high temperatures. The couplant used is an oil that resists these temperatures. The probe is not in contact with the surface so the water used to refrigerate the probe it is also used for the immersion technique. In Fig.2 is represented the Phased Array system. Fig.2 Phased Array Inspection System ACKNOWLEDGMENTS The authors gratefully acknowledge the funding by Agência Nacional de Inovação (ANI) under the grant nº 33853, HIITRUST Project. REFERENCES F Hernandez-Valle and S Dixon, Pulsed electromagnet EMAT for ultrasonic measurements at elevated temperatures, NDT 2010, the 49th Annual British Conference on NDT, Cardiff, UK, September 2010, p. 96-99. Frederic B. Cegla, Peter Cawley, Jonathan Allin, and Jacob Davies, High-Temperature (>500°C) Wall Thickness Monitoring Using Dry-Coupled Ultrasonic Waveguide Transducers, IEEE Transactions on Ultrasonics, Ferroelectrics, and Frequency Control, vol. 58, no. 1, January 2011, p.156-167. S.E. Burrows, Y.Fan, S.Dixon, High temperature thickness measurements of stainless steel and low carbon steel using electromagnetic acoustic transducers. NDT&E International 68, 2014, p.73–77. 101 SESSÃO TÉCNICA III 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.1 EDDY CURRENT EVALUATION OF FATIGUE CRACK DEPTHS IN PLANAR METALLIC NONFERROMAGNETIC MATERIALS Artur Lopes Ribeiro1(*), Helena Geirinhas Ramos1, Dário Jerónimo Pasadas1 and Tiago Jorge Rocha1 1 Instituto de Telecomunicações, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Portugal (*) Email: [email protected] ABSTRACT This work estimates the depth of cracks using the eddy current method. After detection of one crack the material surface is scanned. The eddy currents are excited in the material using a special planar coil to produce a spatially invariant primary field. The secondary field, due to the eddy currents is measured using a high sensitivity giant magneto-resistor sensor. It is experimentally demonstrated that the maximum amplitude of the field perturbation due to the presence of a defect correlates with the depth of the crack. INTRODUCTION In this paper we use the eddy current method [1] to characterize cracks that have been machined on aluminium plates of the kind usually found in aerospace vehicles. The eddy current method has been widely used for a long time. Nowadays, with a large number of aged aircrafts in use, the nondestructive methods related to airplane maintenance continue being one of the most important ways to detect and characterize flaws in metallic non-ferromagnetic materials. Other methods are used to detect open aging fatigue cracks such as dye penetrants, thermography, radiographic methods, ultrasonic testing, acoustic emission or magnetic flux leakage. Our probe [2] is depicted in Fig.1. With sinusoidal excitation it produces a spatially uniform magnetic field. Thus, the primary excitation field is invariant [3] under small translations. Fig.1 The planar probe induces parallel eddy currents in the central zone. The giant magneto-resistor (GMR) sensor is seen on the upper surface. The probe is mounted on a xy-positioning system which permits to scan the area over one crack. The giant magneto-resistor (GMR) signal is amplified, filtered and measured in amplitude and phase in relation to the excitation. The data obtained when seven cracks with different depths, 105 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 made in aluminium were scanned is represented in Fig.2. It is assumed that the crack’s orientations are known. Thus, the probe is mounted in order to induce eddy currents that are directed perpendicularly to the cracks’ lines. The better results were obtained when the field component was in the same direction of the primary magnetic excitation. The problem of separating a small perturbation from the primary excitation was solved. RESULTS AND CONCLUSIONS Fig.2 Output of the GMR sensor when the plate was scanned. In this case, the measured component of the magnetic field is parallel to the primary excitation field. The excitation current, in all experiments, is always perpendicular to the crack’s lines. y / mm 0.6 40 0.4 0.2 60 100 50 150 200 450 400 350 300 250 x / mm Amplitude / V 1 0.8 20 Fig.3 Two-dimensions representation of the GMR voltage output when the measured component of the magnetic field is parallel to the primary excitation field. 1.4 1.2 Amplitude / V 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0.5 1 1.5 2 2.5 Depth of defect / mm 3 3.5 Fig.4 GMR output peak voltage for the seven cracks, with the measured field parallel to the crack. 106 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 ACKNOWLEDGMENTS This work was developed under the Instituto de Telecomunicações projects KeMANDE and OMEGA and supported in part by the Portuguese Science and Technology Foundation (FCT) projects: PEst-OE/EEI/LA0008/2013, SFRH/BD/81856/2011 and SFRH/BD/81857/2011. REFERENCES [1] A. Lopes Ribeiro, D. Pasadas, H. G. Ramos, T. Rocha, "Determination of Crack Depth in Aluminum Using Eddy Currents and GMR Sensors", Proc Review of Progress in Quantitative Nondestructive Evaluation - QNDE, Boise, United States, Vol. 1, pp. 372 - 372, July, 2014. [2] O. Postolache, A. Lopes Ribeiro, H. G. Ramos, "GMR array uniform eddy current probe for defect detection", Measurement, Vol. 46, No. 1, pp. 4369 - 4378, December, 2013. [3] A. Lopes Ribeiro, D. Pasadas, H. G. Ramos, T. Rocha, "Using Excitation Invariance in the Characterization of Defects by Eddy Current Image Constructions", Proc. International Conf. on Structural Integrity - ICONS, Kalpakkam, India, February, 2014. 107 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.2 USING A MOUSE AS A POSITIONING DEVICE IN AN HANDHELD DETECTOR OF SUBSURFACE CRACKS Helena Geirinhas Ramos1,2(*),Tiago Rocha 1,2, Dário Pasadas1,2, Artur L. Ribeiro1,2 1 Instituto de Telecomunicações, Lisboa, Portugal 2 Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal (*) Email: [email protected] ABSTRACT This work presents a handheld instrument built at our laboratory able to detect sub-surface cracks in a plate of conductive material. The instrument has a probe composed of an excitation coil, a giant magnetoresistance sensor (GMR) acting as the magnetic field sensor and includes a computer mouse pointer as positioning system. This configuration, despite its low cost, allows better performances in the detection of sub-surface defects than commercial equipments. Deeper defects in the material can be detected due not only to the high sensitivity of the GMR sensor, which is constant in a very large frequency range (10 Hz – 1 MHz), but also because a precisely located graphical representation of the defect is delivered to the user due to the incorporated positioning system. The paper includes a detailed description of the implementation, the obtained results and a performance comparison with commercial equipment. INTRODUCTION Non Destructive Testing (NDT) of conductive plates offers an exciting and interesting challenge to both researchers and applied technologists. NDT assumes an important role in the evaluation of materials integrity in several industries as petrochemical, aerospace or atomic power. For this kind of materials, the major problem of interest is the detection, location and sizing of single cracks and eddy current testing (ECT) is a commonly used method. ECT method is characterized by inducing eddy currents inside a conductive media (e.g. conductive plates) using an AC magnetic field generated by an excitation coil and the measurement of the induced magnetic filed either using detection coils or magnetic sensors. Because the induced eddy current flow depends on the electromagnetic characteristics and profile of the media, one can evaluate the material characteristics of media corresponding to its electromagnetic characteristics and detect the presence of anomalies from the measured signal. Advantages of ECT include a rapid inspection speed, a high sensitivity for surface cracks and a minimal preparation of the surface to be inspected. The main drawbacks are, its applicability only to conductive material and the difficulty in determining deeply embedded defects. This weakness is quite minimized with the utilization of a new kind of magnetometer sensors that are replacing the traditional detection coils of the ECP-probes still in use in most commercial devices. One of these magnetic sensors are the “giant” magnetoresistance (GMR) [1-3] with good sensitivity values that are constant in a large frequency range [1 Hz; 1MHz] and directional properties that also 108 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 recommend GMR sensors as one of the best solution to be a part of the probe for applications on cracks and flaw detection. This paper presents the implementation of a simple system that uses sinusoidal excitation, detection using a giant magnetoresistance (GMR) sensor, and localization using a single computer mouse. The system’s main advantages are its low complexity in obtaining relevant signal parameters, low cost and portability, all due to a simple, yet effective, processing system. The ECT instrument developed at the laboratory is able to give a representation of the magnetic field amplitude and phase, given the probe position and the defect signature. The experimental results from the developed system are compared with the ones produced by a commercial equipment. The commercial equipment is extremely sensitive and can detect all defects within regulated standards. However its cost is high when compared with the measuring system presented in this paper. Besides, the developed system includes a positioning device based on computer mouse pointers which provide a graphical representation of the magnetic field amplitude and phase according to the probe position. This is a useful and low cost tool in defect analysis [4]. RESULTS AND CONCLUSIONS Figure 1 represents the image obtain in the display of a computer when the ECT probe makes a linear scan over a machined crack. The mouse and probe were moved, following a linear path perpendicular to the crack line and passing over its center. The amplitude and the phase measurements as a function of position are depicted on the top of the figure, while the graph bellow depicts the correspondent crack signature obtained with the developed system. The crack dimensions are 2 cm of length and 1 mm of width. Figure 1. Fig.1 Amplitude, phase and phasor graphic plots. This study shows that the handheld prototype is able to combine the low cost requirements with a good detection of surface and subsurface defects. The instrument is also capable of locating defects and transmit the measurement data to a PC for further processing. The location of the probe position assures enough accuracy for the work objectives and is well adapted to the simplicity requirement for the signal processing algorithms. 109 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 ACKNOWLEDGMENTS This work was developed under the Instituto de Telecomunicações, project EvalTubes and supported in part by the Portuguese Science and Technology Foundation (FCT) projects: PEstOE/EEI/LA0008/2013, SFRH/BD/81856/2011 and SFRH/BD/81857/2011. This support is gratefully acknowledged. REFERENCES [1] T. Dogaru, S. T. Smith, “Giant magnetoresistance-based eddy-current sensor” IEEE Transactions on Magnetics, vol. 37, pp. 3831–3838, 2001. [2] A. Lopes Ribeiro, H. Geirinhas Ramos, “Inductive Probe for Flaw Detection in non-Magnetic Metallic Plates Using Eddy Currents”, Proc. I2MTC-IEEE International Instrumentation and Measurement Technology Conference, Victoria, Canada, pp.1447-1453, May 2008. [3] A. Bernieri, G. Betta, G. Rubinacci, F. Villone, “A Measurement System on Magnetic Sensors for Nondestructive Testing”, IEEE Transactions on Instrumentation and Measurement, vol. 49, No.2, pp. 445-459, April 2000. [4] L. Kufrin, A. L. Ribeiro, H. G. Ramos, “Eddy Current Image Normalization in NDT of Aluminum Plates”, Proc. I2MTC-IEEE International Instrumentation and Measurement Technology Conference, Austin, EUA, pp.1101-1105, May 2010. 110 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.3 CONCEÇÃO, SIMULAÇÃO E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE SONDAS DE CORRENTES INDUZIDAS PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS DE GEOMETRIAS TUBULARES Miguel Machado1, Rosa Miranda2, Nuno Pedrosa3, Telmo Santos4 1, 2,4 UNIDEMI, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal 3 Instituto de Soldadura e Qualidade, Portugal RESUMO O objetivo central deste trabalho foi desenvolver e validar experimentalmente diferentes tipos de sondas de correntes induzidas para a deteção de micro defeitos no interior de componentes de geometria tubular, com vista a reduzir o limiar de detetabilidade dos defeitos com orientação tangencial, e assim aumentar a fiabilidade de inspeção. INTRODUCÃO Os Ensaios Não destrutivos de (END) por Correntes Induzidas (CI) são uma das principais técnicas utilizadas na inspeção de tubagens, nomeadamente em caldeiras e permutadores de calor. Apesar de ser uma técnica comum e com muitos anos de experiência acumulada, existem algumas condições onde persistem dificuldades, como é o caso da deteção de micro defeitos com orientação tangencial. Por outro lado, assiste-se atualmente a uma exigência cada vez maior do ponto de vista da fiabilidade dos sistemas e sondas de CI. Um exemplo particular dessa exigência é a inspeção de um perfil com geometria tubular em aço inox 316LN (JK2LB), o qual constitui as bobinas poloidais do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER). Foram concebidas, produzidas e validadas experimentalmente quatro novas sondas de CI e foram replicadas três configurações já existentes. Foram realizadas simulações numéricas das diferentes sondas, sob diferentes condições de inspeção e criaram-se os meios laboratoriais adequados para a realização dos END. RESULTADOS E CONCLUSÕES Os resultados experimentais mostraram que as novas sondas desenvolvidas permitem detetar com clareza defeitos tangenciais com 2 mm de comprimento e 0.5 mm de profundidade, o que está tipicamente abaixo do limiar de detetabilidade das sondas convencionais constituídas por bobinas toroidais. As simulações numéricas permitiram descrever e caracterizar com sucesso alguns fenómenos elétricos e magnéticos envolvidos no funcionamento das sondas. Em termos genéricos, foi estabelecido um importante conhecimento processual dos END por CI de geometrias tubulares. As sondas inovadoras desenvolvidas no âmbito do presente trabalho são constituídas por bobinas sensíveis espirais trapezoidais planas em substrato flexível (Fig. 1) e enrolamentos para a excitação, funcionando assim em modo de reflexão. Foram produzidas três sondas com orientações diferentes do enrolamento de excitação: axial (Fig.2), tangencial e helicoidal. 111 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Na Fig.3 encontra-se uma comparação entre o resultado da simulação numérica e o resultado experimental ao inspecionar um defeito tangencial com 2 mm de comprimento 0,2 de espessura e 0,5 de profundidade numa amostra do tubo do ITER de aço inox 316LN (JK2LB) com um diâmetro interior de 35 mm. A sonda utilizada é constituída pelo enrolamento de excitação helicoidal. Apesar de a leitura ser absoluta, o sinal corresponde a um sinal característico das sondas diferenciais, isto é devido à configuração geométrica da sonda, nomeadamente devido à fato de a excitação ser realizada por um filamento exterior (reflexão) e de as CI serem perturbadas, pela presença dos defeitos, de forma simétrica e em relação ao centro das bobinas sensíveis. Isto provoca uma troca de sinal da tensão induzida e consequentemente um sinal do tipo diferencial. A simulação numérica revelou-se coerente face ao resultado obtido experimentalmente conforme ilustrado na Fig.3. De referir que os resultados estão apresentados em termos relativos. Fig.1 Bobina sensível espiral trapezoidal plana. Fig.2 Sonda com excitação axial. Na Fig.4 encontra-se representada uma inspeção com a sonda de excitação tangencial a três defeitos tangenciais com 2, 4 e 8 mm de comprimento respetivamente. Os sinais dos três defeitos encontram-se perfeitamente definidos e em proporções coerentes com as dimensões dos defeitos. Note-se que, a deteção de defeitos com a mesma orientação das correntes induzidas é o caso extremo. Fig.3 Ensaio a 500 kHz. Fig.4 Ensaio a 500 kHz. As configurações com leitura nas bobinas espiral trapezoidais e excitação independente, modo reflexão, obtiveram resultados claramente melhores do que a sonda comercial, utilizada para o efeito presentemente, assim como as três sondas replicadas de configurações já existentes. O defeito mais pequeno presente no tubo do ITER foi detetado com uma relação sinal/ruído excelente não permitindo a existência de quaisquer dúvidas da sua existência. Estas sondas possibilitam ainda, com o equipamento indicado, a leitura individual de cada bobina sensível permitindo conhecer a localização circunferencial do defeito. REFERÊNCIAS Miguel Machado; Conceção, Simulação e Validação Experimental de Sondas de Correntes Induzidas para Ensaios Não Destrutivos de Geometrias Tubulares, Tese de Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2014. 112 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.4 NOVA TÉCNICA DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS BASEADA EM CÉLULAS BACTERIANAS Telmo G. Santos1(*), Patrick Inácio1, Alexandre Costa1, R. M. Miranda1, Luísa Quintino2, Pedro Vilaça3, M T F Vieira4, A P Piedade4, A.R. Farinha4, Carla C.C.R. de Carvalho5. 1 UNIDEMI, Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal 2 IDMEC, Instituto de Engenharia Mecânica, Av. Rovisco Pais, 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 3 Department of Engineering Design and Production, School of Engineering, Aalto University, Finlândia. 4 CEMUC (Group of Nanomaterials and Micromanufacturing), Department of Mechanical Engineering, University of Coimbra, 3030788 Coimbra, Portugal 5 Institute for Bioengineering and Biosciences (IBB), Instituto Superior Técnico (IST), Universidade de Lisboa, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal. (*) Email: [email protected] RESUMO Neste trabalho apresenta-se uma técnica inovadora de Ensaios Não Destrutivos (END) baseada em células bacterianas. A técnica visa a deteção de micro defeitos superficiais, nomeadamente em peças produzidas por microfabricação. Os resultados experimentais mostram que é possível detetar micro defeitos artificiais em forma de indentação piramidal com profundidades de 1.2 µm, 3.2 µm, 2.0 µm e 1.8 µm em aço inoxidável AISI 304L, liga de alumínio AA1100, cobre, e Ti6Al4V, respectivamente. A deteção de defeitos de referência do bloco padrão Tipo 1 ISO 3452-3, cuja espessura é aproximadamente 1 µm também foi possível. INTRODUÇÃO Um novo paradigma surgiu na área dos Ensaios Não Destrutivos (END) com o aparecimento de novos materiais e tecnologias de produção, como por exemplo a microfabricação, cuja evolução não tem sido acompanhada por um desenvolvimento consentâneo de novas técnicas de END. Neste trabalho apresenta-se uma nova técnica baseada na utilização de suspensões de células bacterianas (CB) para a deteção de micro e nano defeitos superficiais. A utilização de CB deve-se à sua capacidade para aderir preferencialmente às irregularidades superficiais como rugosidades e fissuras. Contrariamente aos END por Líquidos Penetrantes, as células bacterianas possuem atributos biológicos, e desta forma pretende-se explorar algumas propriedades como a sua reduzida dimensão (< 1 µm), a elevada capacidade de penetração, a mobilidade, a aderência, a reprodutibilidade e morte. Além disso é possível corar CB com corantes fluorescentes e aproveitar a sua susceptibilidade a campos magnéticos e elétricos. A metodologia de ensaio da nova técnica é semelhante à usada nos Líquidos Penetrantes. As CB são depositadas sobre a superfície e durante o tempo de penetração e adesão das CB podem ser utilizados campos magnéticos ou eléctricos com o intuito de promover a mobilidade e penetração da bactéria no defeito. Após esta etapa o excesso de bactérias pode ser removido por agentes bactericidas, luz ultravioleta ou por meios mecânicos. A visualização das CB nos defeitos pode ser feita por microscopia de fluorescência. Por fim um revelador (meio de crescimento) pode ser utilizado para aumentar a concentração das bactérias presentes nos defeitos, permitindo a identificação dos defeitos a olho nu. 113 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Neste trabalho, foram produzidos micro defeitos superficiais utilizando um micro indentador Vickers e criaram-se matrizes de defeitos com diferentes dimensões em diferentes materiais de engenharia como o aço inoxidável AISI 304L, a liga de alumínio AA1100, o cobre, e o Ti6Al4V por forma a avaliar a viabilidade da nova técnica. Também foram inspeccionadas peças microfabricadas por Powder Injection Moulding (PIM) contendo micro defeitos reais e defeitos de referência do bloco padrão Tipo 1 ISO 3452-3, cuja espessura é aproximadamente 1 µm. RESULTADOS E CONCLUSÕES Foram inspeccionados provetes com defeitos artificiais e reais, aplicando campo eléctrico ou magnético na fase de penetração das bactérias aos defeitos. Foi utilizada a bactéria R. erythropolis DCL14 que apresenta propriedades eléctricas e magnéticas. São apresentadas algumas imagens dos ensaios nos provetes com defeitos artificiais e reais na Figura 1 e na Figura 2, respectivamente. a) b) c) d) Figura 1 – Inspeção de provetes com defeitos artificiais: a) Provete de alumínio; b) Geometria do defeito artificial c) Imagem de microscópio após remoção do excesso; d) Observação a olho nu após revelação. a) b) c) Figura 2 – Inspecção de provete com defeitos reais: a) Provete fabricado por PIM; b) Imagem de microscópio após remoção do excesso; c) Imagem SEM. Na Tabela 1 é apresentado o limiar de detectabilidade para provetes com defeitos artificiais em alumínio, cobre, aço e titânio. 114 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Tabela 1 – Limiar de detectabilidade utilizando a nova técnica END baseado em células bacterianas. Campo aplicado Profundidade do defeito (h) e lado (L): [h/L] (µm) Alumínio Cobre Aço Titânio Eléctrico 1.7/8.4 2.0/9.7 1.9/9.7 4.3/21.1 Magnético 1.7/8.4 5.0/24.6 1.2/5.71 1.8/9.1 Os resultados mostram que a metodologia é viável para a identificação de defeitos com profundidades superiores a 1,7 μm na liga de alumínio, 2.0 μm no cobre, 1.2 μm no aço e 1.8 μm na liga de titânio. A técnica mostrou-se igualmente eficaz na detecção de defeitos reais em provetes fabricados por PIM, tendo-se observado que as CB aderem preferencialmente às irregularidade (Figura 2c) ). Comprovou-se que é possível e útil tirar partido das propriedades das bactérias, e que as diferentes variantes da metodologia são adequadas a esse fim. AGRADECIMENTOS À Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, I.P.), pelo suporte financeiro concedido a este trabalho no âmbito do projecto I&D MicroBac (PTDC/EME – TME/ 118678/2010). CCCR de Carvalho agradece o apoio no âmbito do programa “Investigador FCT 2013”. REFERÊNCIAS T G Santos, R M Miranda and C C C R Carvalho. A new NDT technique based on bacterial cells to detect micro surface defects, NDT & E International, April 2014, Vol 63, pp 43-49. 115 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIII.5 METODOLOGIA PARA VALIDAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DOS TÉCNICOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS QUE TRABALHEM NOS SETORES AERONÁUTICO E INDUSTRIAL Diogo Duarte; Sérgio Nascimento; José Ferreira CANEND . Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos RESUMO Os trabalhos em Ensaios Não Destrutivos (END) no Setor Aeronáutico e setores industriais, embora com base nos mesmos métodos e técnicas são, na sua essência substancialmente diferentes, e os sistemas de Qualificação e Certificação de Pessoal regem-se por normas de certificação diferentes para os dois casos. Efetivamente, enquanto que os setores industriais exigem que a Certificação dos seus técnicos seja de acordo com a norma EN:9712 (WEE/46, 2012), o setor aeronáutico define que os sistema de qualificação e certificação de pessoal deve ser regido pela norma EN:4179 (CEN - European Comitee for standardization, 2009). A necessidade de transição de técnicos de END com experiência num Setor específico para trabalhar no outro é uma realidade cada vez mais frequente face à crescente competitividade e exigência dos mercados que forçam diversas organizações a procurar trabalhos diferentes e mais diversificados, permitindo assim explorar novos mercados. Para o Setor Aeronáutico, a norma EN:4179 (CEN - European Comitee for standardization, 2009) define os requisitos de formação e de experiência necessários para que os técnicos atinjam condições das certificações internas das organizações, permitindo a certificação interna dos técnicos com base em experiência documentada em outras organizações, deixando a validação dessa experiência ao critério no N3 responsável da organização. Efetivamente, no mundo competitivo em que os END hoje se posicionam esta é uma necessidade de análise crítica que surge com cada vez mais frequência aos Níveis 3 das Organizações que se vêem forçados a tomar decisões, sem qualquer suporte normativo que os oriente. 116 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Não obstante as diferenças entre os Setores, existem alguns pontos de contato que são relevantes e que não devem deixar de ser tomados em consideração nesse tipo de análise, cujo impacto é elevado quer na Segurança, quer na competitividade das Organizações Este trabalho consiste na apresentação de uma metodologia de avaliação da experiência prévia de técnicos com certificações de acordo com a Norma EN: 9712 (WEE/46, 2012) para o a atribuição de certificações internas no Setor Aeronáutico, de acordo com o método de ensaio e com o tipo de experiência relevante para os trabalhos em causa. O trabalho visa constituir uma referência para suporte às decisões dos Níveis 3 que verta uma posição concertada do Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos que, não sendo vinculativa, deverá orientar os Níveis 3 na tomada de decisão de forma coerente e transversal ao Setor. Palavras Chave: Metodologia, experiência, certificação de Pessoal, Setor Aeronáutico, Setor Industrial, competetividade das organizações INTRODUÇÃO A norma EN 4179 (CEN - European Comitee for standardization, 2009) e o Regulamento Europeu CE 2942/2003, Anexo II – Parte 145 (CE, 2003) pressupõem a existência de Comités Científicos responsáveis por legislar e controlar os Centros de Formação e Examinação em END em cada país. O CANEND surgiu em 2006 como entidade reguladora desta actividade a nível Nacional, sendo reconhecida pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e pela Força Aérea Portuguesa 1 como a entidade tecnicamente responsável por essa regulamentação (INAC, 2007). O Comité é composto presentemente por 5 membros efetivos que representam as Organizações com maiores valências técnicas e materiais em Ensaios Não Destrutivos para o Sector Aeronáutico em Portugal (OGMA, SATA, FAP, TAP e Aerohélice), e tem como membros observadores representantes das Autoridades Nacionais de Aviação Civil e Militar, (INAC Instituto Nacional de Aviação Civil e AAN - Autoridade Aeronáutica Nacional), contando ainda com o ISQ (Instituto da Soldadura e Qualidade) como membro honorário. Na realização de Ensaios Não Destrutivos no sector aeronáutico, a sensibilidade das inspecções (capacidade de detecção de defeitos) depende essencialmente da proficiência dos técnicos na aplicação dos métodos e técnicas de ensaio, que é garantida por um exigente sistema de Qualificação e Certificação de Pessoal cujos requisitos são definidos na norma Europeia EN 4179. Estes requisitos têm de estar reflectidos nas normas internas de todas as Organizações que realizam acções de manutenção em aeronaves para assegurar que os Ensaios Não Destrutivos feitos nas aeronaves nacionais e internacionais respeitam os mesmos critérios e são feitos por técnicos autorizados de acordo com a mesma base de Formação, Qualificação e Certificação. 1 Presentemente este papel deixou de ser exercido pala Força Aérea Portuguesa para ser exercido pela Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN). 117 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Adicionalmente, o sistema de Ensaios Não Destrutivos implementado nas Organizações que realizam END no setor Aeronáutico é da responsabilidade dos Níveis 3 das Organizações, sendo que faz parte desse sistema, a qualificação e certificação interna de Pessoal END. Face à importância que a regulamentação e o controlo da formação dos técnicos assume nesta atividade, a actuação do Comité desde 2006 tem-se centrado: na avaliação e no reconhecimento técnico dos Níveis 3 das Organizações; e no reconhecimento de Centros de Formação e Examinação internos e externos que reúnam as condições necessárias para ministrar formação e examinação de acordo com os requisitos da norma EN 4179 e no reconhecimento de examinadores que possuam qualificações, certificações e experiência adequadas à administração de exames EN 4179. Figura 1 - Actuação do Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos Capítulo 1: Sistema de Qualificação e Certificação em END no Setor Aeronáutico em Portugal O processo de Qualificação e Certificação de pessoal em Ensaios Não Destrutivos é um processo exigente que assenta essencialmente em dois pilares: formação e experiência. Quando não existe um NANDTB, estes processos são da total responsabilidade dos Níveis 3 das organizações, que têm de zelar pelo total cumprimento dos requisitos da norma EN 4179. Com a criação do Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos em 2006, parte destas responsabilidades passaram a ser assumidas pelo Comité, que iniciou uma atividade de análise e de validação dos diversos sistemas de qualificação e examinação usados pelas organizações, com o intuito de emitir diretivas respeitantes a quais os sistemas que tecnicamente asseguravam os requisitos da norma EN4179, facilitando o trabalho dos Níveis 3 das Organizações e das entidades legisladoras (INAC e AAN). 118 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 1.1 Reconhecimentos dos Centros de Formação e Examinação em END para o Setor Aeronáutico De acordo com os Estatutos do CANEND no que concerne ao controlo que deve realizar nas organizações de formação e qualificação de pessoal de forma a satisfazer os requisitos da EN4179 e do regulamento CE 2042/2003 anexo II – 145.A.30 relativos à existência do NANDTB (National Aerospace Non Destructive Testing Board) Português, é formada uma comissão, composta por um mínimo de dois elementos membros efetivos do CANEND, que se fará deslocar à organização requerente para avaliar o sistema de formação e examinação de acordo com o procedimento do CANEND – P003 (CANEND, 2010). Nesta comissão terá de existir um coordenador com formação e experiência na realização de auditorias da qualidade e, pelo menos, um Nível 3 em END no setor aeronaútico, reconhecido pelo CANEND. 1.2 Centros de Formação Reconhecidos: Evolução histórica e Visão Estratégica O CANEND tem vindo a reconhecer Centros de Formação e de Examinação não nacionais já aprovados por outros NANDTBs e iniciou a avaliação dos Centros de Formação e Examinação internos das Organizações Membros do CANEND, tendo emitido Reconhecimentos Formais para: o Centro da OGMA S.A. como Centro de Formação e Examinação para os métodos de UT, ET, PT e MT; e para o Centro da TAP, como Centro de Formação para o método de PT (CANEND, 2012). Não obstante este esforço, de avaliação e reconhecimento dos Centros, foi sendo identificado que o maior problema se prendia com a gestão, controlo e administração das peças de exame de forma a cumprir com os requisitos da Norma EN 4179 que, para Organizações com números grandes de técnicos, se tornava difícil assegurar de forma sustentada. Nesse sentido, a solução encontrada para a garantia do cumprimento desses requisitos foi a criação de um banco de peças do CANEND (alimentado pelas Organizações membros do CANEND) e o estabelecimento de um procedimento de gestão e partilha de peças de examinação entre os membros do CANEND P011 (CANEND, 2013), aumentando-se a disponibilidade e a variedade de peças de examinação à disposição das Organizações. A criação deste banco de peças é um processo moroso e exige um empenho elevado das organizações, face à necessidade de reavaliação das peças e de convergência de procedimentos de examinação com proveniências diversas. E se por um lado, resolvia os problemas das Organizações membros do CANEND, por outro restringia e limitava as possibilidades de outras organizações, não membros, poderem entrar no setor dos END aeronáutico nacional, uma vez que forçava essas organizações a realizarem formação e examinação em centros externos não nacionais, com custos mais elevados e com investimento em ativos não nacionais. Surge assim a perspetiva da criação de um Centro de Examinação Nacional, para dar resposta a este problema e que assenta na existência do banco de peças sustentado pelo CANEND. Nesse sentido, e para que o Centro seja viável e sustentável foi decidido que os Centros de Examinação internos, seriam uma situação transitória, deixando de fazer sentido, quando o Centro estivesse formalmente implementado. Houve assim uma derivação do esforço colocado pelo CANEND no 119 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Reconhecimento dos Centros Internos para a criação de um Centro Nacional para Examinação no setor aeronáutico. 1.3 Certificação Internas em END no setor Aeronáutico Para que uma organização possa realizar inspeções de END no setor aeronáutico terá de garantir que os elementos que realizam esses trabalhos cumprem os requisitos de formação, examinação e experiência estabelecidos como mínimos na norma EN4179. Esta garantia é da responsabilidade dos níveis 3 que o definem nos procedimentos internos das organizações. Na avaliação da capacidade técnica de um técnico de END realizar um trabalho END numa determinada organização do Setor Aeronáutico, a experiência de suporte à sua Certificação Interna deverá ser aquela que reflete a sua capacidade de realizar esse trabalho. Efetivamente, frequentemente os Níveis 3 das Organizações deste setor deparam-se com a necessidade de contratar técnicos para a realização de inspeções pontuais ou para ingressarem nos quadros da organização. Face à especificidade dos trabalhos e ao elevado nível formação e experiência que os técnicos têm de possuir para realizar estes trabalhos, torna-se necessário a admissão de técnicos para estes trabalhos que sejam trabalhadores por conta própria no setor dos END ou técnicos provenientes de outras organizações e, cujas competências e experiência têm de ser avaliadas, quanto a qualidade e experiência. Nesse sentido, o CANEND definiu como orientação para os níveis 3 das organizações, que os técnicos de END a serem contratados para poderem realizar trabalhos neste setor deverão ter tido formação formal examinação formal em Centros de Formação Reconhecidos e em Centros de Examinação Reconhecidos. Num processo de admissão de um técnico é da responsabilidade do Nível 3 assegurar que o mesmo cumpre os requisitos estabelecidos na norma EN4179, atribuindo-lhe a certificação interna que o autoriza a realizar os trabalhos pela organização. Técnico END Nível 3 Apresenta Documentação Verifica Documentação Certificados de Formação Certificados de Examinação Cópias de Certificados anteriores Descrição de trabalhos realizados anteriormente validados por outros empregadores Verifica Experiência Organização Exames e Formação provenientes Centro de Formação e Examinação Externo/Interno Reconhecidos Valida Experiência Valida formalmente a Experiência Prévia. Avalia necessidade de Exame específico Exame Específico Teórico / Prático Emite Parecer formal para Certificação Interna Define o Nível da Certificação aplicável em função da experiência validade Consulta N3 para avaliação técnica do processo Emissão de Certificação Interna Figura 2 - Processo de Certificação Interna de técnicos END no setor Aeronáutico 120 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 1.4 Atribuição dos níveis de Certificação Para o Setor Aeronáutico, a norma EN:4179 define os requisitos de formação e de experiência necessários para que os técnicos atinjam condições das certificações internas das organizações, permitindo a certificação interna dos técnicos com base em experiência documentada em outras organizações, deixando a validação dessa experiência ao critério no N3 responsável da organização. Nestes casos, a avaliação do Nível da Certificação a atribuir é feita pelo Nível 3 de acordo com o procedimento abaixo especificado, sendo que Certificações Nível 1 especial são concedidas pelo Nível 3, nas condições consideradas adequadas. Técnico END Centro de Formação/examinação Interno Reconhecido Verificação de Requisitos de Formação Formação EN4179 Centros de Formação/Examinação Externos Estrangeiros Reconhecidos pelo CANEND Avaliação de requisitos de Examinação Examinação EN 4179 Centros de Formação/Examinação Externos Nacionais Reconhecidos pelo CANEND Prática 2 Peças Teórica 2 Exames Avaliação do nível de Certificação interna N1 Especial N1 ET 40 horas 200 horas – Totais 400 800 horas – Totais 1600 UT 40 horas 200 horas – Totais 400 800 horas – Totais 1600 PT 13 horas 65 horas – Totais 130 200 horas – Totais 400 MT 13 horas 65 horas – Totais 130 265 horas – Totais 530 N2 CERTIFICAÇÂO INTERNA Organização – N3 Necessidade de Novo Exame – 5 anos Formal em Centro Reconhecido Figura 3 - Avaliação do nível de Certificação a atribuir pelo N3 Para o caso de técnicos provenientes do setor aeronáutico, ao qual a norma de qualificação e certificação EN 4179 serviu de base de certificação e suporte à sua experiência prática, o CANEND considera que toda a experiência prévia dos técnicos em trabalhos de END em aeronaves ou componentes de aeronaves é relevante. Efetivamente desde 2009 que a norma EN4179 considera a experiência em END como sendo transversal aos métodos, refletindo o entendimento de que todas as inspeções realizadas contribuem para a capacidade de deteção, identificação e interpretação dos defeitos por parte dos técnicos END. Ainda assim, para a certificação dos técnicos num determinado método é exigido que pelo menos 50 % da experiência requerida seja conseguida nesse método. Não obstante, este entendimento é válido para técnicos cujo tipo de trabalho tenha sido totalmente suportado na norma EN4179, em que os tipos de materiais; técnicas usadas; esforços, temperaturas e solicitações dos materiais estão balizados e são compreendidos dentro da 121 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 formação subjacente à certificação dos técnicos, não sendo válido no caso de avaliação de experiência obtidas em trabalhos do âmbito industrial. Efetivamente, no mundo competitivo em que os END hoje se posicionam, existe por vezes a necessidade de transição de técnicos de END com experiência num Setor específico (industrial) para trabalhar no outro (aeronáutico) e a necessidade de análise crítica da sua experiência é uma realidade que surge com cada vez mais frequência aos Níveis 3 das Organizações que se vêem forçados a tomar decisões, sem qualquer suporte normativo que os oriente. Capítulo 2: Convergência dos END no Setor Aeronáutico e Industrial Não obstante as diferenças entre os Setores, existem alguns pontos de contato que são relevantes e que não devem deixar de ser tomados em consideração nesse tipo de análise, cujo impacto é elevado quer na Segurança, quer na competitividade das Organizações. Nesse sentido, pretende-se apresentar seguidamente uma metodologia de avaliação da experiência prévia de técnicos com certificações de acordo com a Norma EN: 9712 para o a atribuição de certificações internas no Setor Aeronáutico, de acordo com o método de ensaio e com o tipo de experiência relevante para os trabalhos em causa. Não sendo uma metodologia vinculativa, uma vez que essa avaliação é da responsabilidade dos Níveis 3 das organizações, esta metodologia visa constituir uma referência para suporte às decisões dos Níveis 3 que verta uma posição concertada do Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos para orientação dos Níveis 3 na tomada de decisão de uma forma coerente e transversal ao Setor. 2.1 Definição das Técnicas de Inspeção O comum entendimento do CANEND sobre a Norma de Referência EN 4179 é que para trabalhos em aeronaves ou componentes de aeronaves, no âmbito da deteção de defeitos de serviço, a contabilização da experiência deve ser independente dos métodos e técnicas de inspeção (se realizada sob o âmbito EN4179) porque o conhecimento do tipo de defeitos e do tipo de funcionamento dos componentes e sistemas é relevante para proficiência dos técnicos, contribuindo para o aumento do POD (Probability of Detection) das inspeções. Não obstante, o CANEND considera que em determinados métodos e técnicas END poderão existir contributos de experiência mais ou menos significativos para as certificações dos técnicos. Nesse sentido o CANEND começou por definir o conceito de técnica END a considerar nas certificações internas das organizações para os métodos sobre os quais este comité reúne valências técnicas para legislar. Essa definição é apresentada na tabela seguinte. 122 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Tabela 1 - Definição das Técnicas END aplicáveis ao setor aeronáutico pelo CANEND Método PT MT Técnica Tipo I – A Tipo I – C Tipo I – D Magnetização Circular Directa (MCD) Magnetização Circular Condutor Central (MCC) Magnetização Longitudinal Bobine (MLB) Magnetização Longitudinal Yoke (MLY) Alta Frequência (HF) ET UT RT IRT Baixa Frequência (LF) Medição de condutividade (COND) Medição de espessuras (ECTHK) Alta Frequência Diferencial Rotativa (ROT) A-SCAN Manual Pulse-Echo (A-SCAN PE) A-SCAN Manual Through-Transmission (A-SCAN TT) Phased Array (PHAR) Imersão C-SCAN Pulse-Echo (IMPE) Imersão C-SCAN Through-Transmission (IMTT) Medição de Espessuras (UTTHK) Convencional - Filme (RTF) Digital (RTD) Pulse (IRT-Pulse) Flash (IRT-Flash) Lock in (IRT-LCK) Passivo (IRT-Passive) 2.2 Validação de Experiência prévia do Setor Industrial Enquanto que na validação de experiência prévia de técnicos com certificações anteriores suportadas na norma EN4179, a norma não prevê uma diferenciação ao nível da técnica, quando é considerada a avaliação de experiências prévias de técnicos provenientes do setor industrial, o CANEND considera que a avaliação por parte dos Níveis 3 das Organizações deve considerar o tipo de trabalhos para que os técnicos estão a ser contratados. As tabelas seguintes (2.1 e 2.2) visam verter essa avaliação, com base na definição das técnicas END consideradas como aplicáveis ao setor aeronáutico Nacional. 123 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 124 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 2.3 Entrada de Organizações END do setor Industrial para o setor aeronáutico O setor aeronáutico nacional tem crescido substancialmente nos últimos anos, nomeadamente ao nível da produção e fabrico de componentes aeronáuticos. Nesta indústria em clara expansão, o controlo de qualidade dos componentes aeronáuticos assume um papel preponderante, fazendo parte da cadeia de produção em alguns casos. Esta indústria representa assim um mercado estimulante onde organizações que tradicionalmente já realizam inspeções END noutros setores, se podem posicionar como fornecedoras de serviços END subcontratadas. Embora, não exista uma posição clara e consertada a nível europeu sobre a não aplicabilidade da norma EN 4179 às organizações que produzem este tipo de componentes (organizações de produção part 21), nunca foi legislado que os requisitos de formação e certificação dos técnicos que realizam END a esses componentes deva obedecer à norma EN4179. Não obstante a inexistência de uma posição consertada a este nível, poderá haver o interesse dessas organizações, ou de outras organizações tradicionalmente ligadas ao setor END industrial certificarem os seus técnicos END em concordância com esta norma 2. Adicionalmente, tem existido algum interesse por parte de empresas ligadas ao fornecimento de serviços de END para o setor industrial geral, em entrarem no mercado das inspeções END realizadas no âmbito da manutenção de aeronaves, como forma de se manterem atuais e competitivas. Estas são duas situações a que o CANEND, como organismo nacional regulador da atividade END no setor aeronáutico, não está indiferente. Efetivamente, essas situações têm sido parte da motivação para o empenho colocado no desenvolvimento de um sistema de Qualificação e Examinação de pessoal técnico END para o setor aeronáutico nacional, que desta forma lhes visa dar resposta. Efetivamente, com a criação deste sistema Nacional de Qualificação e Examinação de pessoal (e que passa inerentemente) criam-se condições para que organizações tradicionalmente ligadas ao setor END industrial consigam certificar os seus técnicos END em concordância com a norma EN4179, tirando partido da sua experiência prévia em atividades END noutros setores, seja para realizarem inspeções END no âmbito da ou da manutenção de aeronaves (part 145), ou no âmbito da produção de componentes (part 21). Este é um processo, que embora não seja complexo, é algo moroso e exige por parte das organizações investimento a nível financeiro e a nível de formação de pessoal, que poderá comportar custos de paragem da produção por necessidades de deslocalização do pessoal técnico, devendo por isso ser alvo de uma avaliação estratégica por parte das organizações. Especificamente este processo exige: 1. 2. Que as empresas incluam no seu quadro um Nível 3, com certificação emitida por um dos Centros Reconhecidos para formação e examinação de acordo com a norma EN4179 definidos pelo CANEND (CANEND, 2012). Que as empresas qualifiquem os técnicos END em Ensaios não Destrutivos no setor aeronáutico em Centros de Formação e de Examinação Reconhecidos pelo CANEND e estabelecidos em (CANEND, 2012). 2 Esse interesse poderá ser motivado (por exemplo) por requisitos de prime contractors, que incluem nos concursos a certificação dos técnicos END em concordância com a Norma EN4179. 125 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 3. 4. Que a experiência prévia dos seus técnicos END, seja validada pelo N3 EN4179 (processo de validação este, em que poderá fazer uso das linhas orientadoras estabelecidas nas tabelas 2.1 e 2.2 deste artigo). Que o Nível 3 EN4179 das empresas certifique internamente os técnicos END, de acordo com a formação e experiência prévia dos mesmos. Adicionalmente, caso as organizações pretendam prestar serviços END no âmbito da manutenção de aeronaves, deverão ainda obter a autorização para a realização dessas atividades junto das autoridades nacionais competentes. Estas autoridades são o INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil), para o caso da aviação civil, e a AAN (Autoridade Aeronáutica Nacional), para o caso militar, que poderão solicitar ao CANEND um parecer técnico sobre as capacidades técnicas das organizações para a realização dessas atividades. Nessas condições o CANEND irá emitir o seu parecer com base no procedimento para o Reconhecimento dos Níveis 3 dessas organizações - procedimento P002 do CANEND (CANEND, 2011), que inclui a avaliação da norma interna da organização para a realização de END no setor aeronáutico. A Figura seguinte apresenta este processo. Implementação da Norma EN4179 nas Organizações Prestação de Serviços END no âmbito da manutenção de aeronaves (part 145) Formação e Examinação N3 EN4179 de um Elemento Formação e Examinação N1/N2 EN4179 dos técnicos END Centros de Formação/Examinação Externos Estrangeiros Reconhecidos pelo CANEND Centros de Formação/Examinação Reconhecidos pelo CANEND Prestação de Serviços END no âmbito da produção de componentes aeronáuticos (part 21) Formação e Examinação N3 EN4179 de um Elemento Formação e Examinação N1/N2 EN4179 dos técnicos END CANEND Obtenção do âmbito junto das Autoridades Aeronáuticas Se necessário Validação da experiência prévia dos técnicos pelo N3 Realizar Inspeções END part 145 INAC AAN Colocar os técnicos noutras organizações para obtenção de experiência relevante Validação da experiência prévia dos técnicos pelo N3 Realizar Inspeções END part 21 Figura 4 - Processo de entrada de empresas END no setor aeronáutico Não obstante os custos inerentes ao processo, a perspetiva da criação de um Centro de Formação Nacional em Ensaios Não Destrutivos para o setor aeronáutico, reduz substancialmente estes custos, assim contribuindo para o crescimento sustentado do tecido tecnológico nacional na área dos END. 126 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 CONCLUSÕES As técnicas de Ensaios Não Destrutivos, fruto da elevada probabilidade de detecção de defeito (POD - Probability of Detection) que conseguem atingir, assumem um papel preponderante na garantia da aeronavegabilidade continuada das aeronaves, sendo parte essencial quer dos planos de manutenção das aeronaves, quer do controlo dos componentes das aeronaves aquando da sua produção. A elevada probabilidade de detecção de defeitos destas técnicas assenta em grande parte na formação e proficiência dos técnicos END na aplicação das técnicas e na interpretação das indicações, pelo que os sistemas de qualificação e certificação de pessoal são críticos para a Segurança da Aviação Civil e Militar. Nesse sentido o CANEND tem desenvolvido esforços no sentido de criar um sistema de formação em END para o setor aeronáutico nacional, que seja tecnicamente adequado, sustentável, credível, e passível de ser transversal a todo setor aeronáutico civil e militar, assim contribuindo para o aumento da segurança na aviação. Existe presentemente criado um sistema para o reconhecimento de Centros de Formação e de Examinação em END adequados ao setor aeronáutico, tendo sido emitidos reconhecimentos formais para Centros de Formação e Examinação, internos e externos, nacionais e estrangeiros aos quais as organizações podem recorrer para qualificar os seus técnicos Atualmente não existe nenhum Centro de Formação e Examinação Nacional externo que possa oferecer um serviço de formação e examinação vocacionada para o setor aeronáutico, pelo que as organizações que pretendem formar os seus técnicos nesta área têm necessariamente de se recorrer de Centros não nacionais. Nesse sentido tem havido um esforço por parte do CANEND para a criação de um Centro Nacional Reconhecido e suportado tecnicamente pelo CANEND (ao nível de peças de exame, instrução, formadores e examinadores) que visa servir não só as Organizações membros do CANEND, mas também todas as outras que pretendam enveredar pela atividade dos END no setor aeronáutico, que hoje em dia apresenta potencial crescimento. A formação e Certificação de pessoal que realiza END no setor da indústria geral e no setor aeronáutico é inerentemente diferente, no que toca à utilização das técnicas, ao tipo de materiais usualmente inspecionados, e ao tipo de defeitos que normalmente são procurados. Efetivamente, estas diferenças são significativas e esse facto tem suportado uma não convergência das Normas de Qualificação e Certificação de Pessoal aplicáveis aos 2 setores. Não obstante, existem pontos de contacto que devem ser considerados numa eventual exploração de recursos de uma organização (ou técnico END particular) que, usualmente realiza atividades END num determinado setor, pretenda iniciar atividade no outro. Para o caso particular da passagem do setor industrial para o setor aeronáutico, estes pontos de contacto devem ser tidos em consideração pelo Nível 3 (EN4179) das organizações na avaliação da experiência prévia dos técnicos. Não havendo um normativo comummente aceite para a realização dessas avaliações, os níveis 3 são levados sem um suporte orientador. Esse facto torna essas avaliações muito subjetivas e passíveis de sofrer pressões por parte das estruturas das organizações motivadas pela necessidade de celeridade nos processos ou de redução de 127 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 custos. Este artigo, não sendo de todo vinculativo, apresentou algumas linhas orientadoras por parte do CANEND, que possam facilitar essas avaliações por parte dos níveis 3. A convergência de organizações END que tradicionalmente têm operado apenas no meio industrial para o setor aeronáutico é um processo que não sendo complexo é algo moroso e que exige algum investimento por parte das organizações. Para a produção de componentes aeronáuticos, embora não exista uma clara posição sobre a necessidade da convergência para a norma EN 4179, podem haver requisitos específicos de prime contractors que exijam que os técnicos END que realizam inspeções aos componentes em produção sejam qualificados e certificados em concordância com esta norma, podendo essa convergência representar um objetivo estratégico das organizações para o seu posicionamento no mercado. Nesse sentido a criação de um futuro Centro de Examinação Nacional para esta atividade (suportado tecnicamente pelo CANEND) surge como um elemento alavancador da economia nacional e, mais especificamente da indústria dos Ensaios Não Destrutivos. BIBLIOGRAFIA CANEND, 2010. P003 - REQUISITOS DE CENTROS DE EXAMINAÇÃO. [Online] Available at: http://www.canend.net/index.php?option=com_content&view=article&id=3&Itemid=112&jsmallfib= 1&dir=JSROOT/DOCS_PUBLICOS/02.+PROCEDIMENTOS [Accessed 23 November 2014]. CANEND, 2010. P004 - RECONHECIMENTO DOS CENTROS DE FORMAÇÂO. [Online] Available at: http://www.canend.net/index.php?option=com_content&view=article&id=3&Itemid=112&jsmallfib= 1&dir=JSROOT/DOCS_PUBLICOS/02.+PROCEDIMENTOS [Accessed 23 November 2014]. CANEND, 2011. P002 - Reconhecimento do Nível 3 Responsável. 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EN ISO 9712 - Non-destructive testing – Qualification and certification of NDT personnel – General principles. 129 SESSÃO TÉCNICA IV 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.1 ESTUDO DA ADEQUABILIDADE DE TÉCNICAS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PARA IDENTIFICAR DEFEITOS INTERNOS E EXTERNOS EM ESTRUTURAS COMPLEXAS DE MATERIAIS COMPÓSITOS DE COMPONENTES AERONÁUTICOS E AEROESPACIAIS Patrícia Pereira (1); Diogo Duarte (2); Virgínia Infante (3) (1) Força Aérea Portuguesa, DEP - Direção de Engenharia e Programas [email protected] (2) Força Aérea Portuguesa; DEP - Direção de Engenharia e Programas [email protected] (3) ICEMS - Instituto Superior Técnico (IST), Universidade de Lisboa, Av. Rovisco Pais, 1049-001, Lisboa - Portugal ABSTRACT Over the years mankind has been increasingly focusing on the development of unmanned aerial vehicles (UAV), not only because their production is more economic but mostly because it eliminates the risk of life for pilots in dangerous, dirty or dull scenarios. Currently a project is being developed in the Air Force Academy that involves the construction of UAV's that will be used on operational missions in an integrated way. Similarly to manned aircraft, it is necessary to ensure that its structure is reliable, and for that purpose nondestructive testing (NDT) are used to control the manufacturing process. Since composite materials have been applied to these vehicles, it becomes necessary to determine and validate the best suited and economic NDT techniques for structures of this type of material. This work consists in evaluating the capability of defects detectability in composite materials using infrared thermography, Lock-In thermography and digital radiography, and in assessing the costs of their implementation and maintenance. To this end seven components are produced with different defects and they are all evaluated by those three techniques, proceeding to their comparison in the end. Furthermore, a real delamination is analyzed by infrared thermography and it is successfully detected. Lock-In thermography and digital radiography are the techniques that are able to detect a wider variety of defects, but the latter one implies a high initial investment. Thermography methods have similar costs, but Lock-In thermography detects a higher number of diverse defects, therefore it is concluded that this is the technique with the best relation cost-detectability. Keywords: composite materials, nondestructive testing, infrared thermography, Lock-in thermography, computed radiography. 1. Introduction The first UAV’s appeared during the First World War with combat purposes and their objective were depriving the pilot from dangerous, dirty and dull missions (3 D’s) [1][2][3]. Besides the inherent advantage of these vehicles to remove the risk of pilot’s life, there’s also a cost reduction since their production is cheaper than manned vehicles [3]. Nowadays, beyond military scenarios these vehicles can have civil applications such as search and rescue operations, surveillance in earthquakes, floods, forest fires, etc. [4]. As the knowledge evolved in the aeronautical sector, new structures, materials and technologies were explored and used. Therefore on the XX century, composite materials were used in military 133 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 and civil aircrafts demonstrating many advantages [5]. Consequently, their application was extended to UAV’s increasing their life cycle, strength, payload, endurance and reducing their weight [3][4][6]. Currently there’s a developing project in the Portuguese Air Force Academy (AFA) that involves the production of UAV’s for search and surveillance operations. Similarly to manned vehicles the UAV structure must be reliable, and for that purpose nondestructive testing (NDT) need to be performed. In addition to the different operating principles of NDT methods, dimension and geometry of the analyzed structures, the type of defect searched and the type of material evaluated also represents a major limitation for NDT inspections. For that reason, this work consists in exploring and validating one economic NDT technique able to detect typical defects in composite structures with polymeric matrix, such as thermography and radiography. 2. NDT Methods In the present work, three NDT techniques were applied in different test specimens: infrared thermography, Lock-In thermography and computed radiography. Thermography is a NDT technique that detects surface heat emitted as infrared radiation and so far, all objects and bodies emit radiation in that region because all of them have temperature above the absolute zero [7]. Thermography has two different approaches: passive and active [8]. In passive approach, the material subjected to inspection must be at a different temperature than ambient, while in active approach an external stimulus is needed to induce relevant contrasts [9][10][11]. Infrared thermography has become a competitive technique since has proved flexibility and applicability in innumerous areas like medicine, mechanical, electronics and buildings [9]. It is a non-contact, real time, quick technique able to examine large areas [12]. To perform tests with infrared thermography a thermal camera is needed to convert the infrared radiation to a visible image, where the thermal distribution of the analyzed surface can be viewed. Nevertheless there are some factors that influence the temperature readings and lead to misinterpretation of results like emissivity, reflection, apparent temperature, weather condition, atmosphere and heating and ventilation systems [13]. With this technique a qualitative or quantitative evaluation can be made. The qualitative evaluation is intended to compare temperatures, observe a thermal pattern and detect anomalies, and the quantitative evaluation is applied when the severity of the anomaly needs to be quantified, requiring the introduction of the necessary parameters with their exact value. Relatively to the active thermography, depending on the external stimulus different methods were developed. When the stimulus is a periodic and continuous optical energy, the method is referred to Lock-In Thermography (LT) [14][15]. This one normally uses halogen lamps for that purpose and thermal waves are produced on the surface of the analyzed material due to the heat absorption. Those waves propagate inside the object, being reflected when they find areas with different properties, like defects, changing the phase and amplitude of the input signal [14]. To extract the information of the resultant output signal, it is applied the Fourier analyses [14][16]. To perform this test, the object is thermal stimulated with a single frequency that corresponds to a single depth, therefore the experiment must be repeated to try many frequencies as possible to cover a wide range of depths. 134 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Recently, due to the technological progress radiography evolved to digital and three methods can be recognized: film digitization, computed radiography (CR) and direct radiography (DR) [17] [18]. Since the present work only uses CR, this one will be described. This technique doesn’t produce real time results because its operation includes two different phases. First, the object that needs to be analyzed is exposed to X-ray radiation and the latent image formed is stored in the imaging plate (IP). Then, that latent image is converted into light when the IP is inserted into the scanner and submitted to laser stimulation, transforming that information into a digital image [19][20]. The use of IP’s become beneficial because they can be reused several times [17], and one way to protect it is by using a cassette. 3. Experimental Procedure 3.1. Description of the composites specimens For this work, seven test specimens were produced with composite materials applied on the UAV’s manufactured by the AFA. During their production diverse defects were induced on each one, making them objects of different analyzes. The specimen 1 is a square with 0.25m x 0.25m, composed by 4 layers of carbon fiber, 3 layers of fiberglass and 3 square aluminum inclusions having a length of 5mm, 10mm and 20mm respectively (figure 1). With this sample it is intended to evaluate the evolution of detectability with the planar defect area. Figure 1 – Schematic of specimen 1. The specimen 2 is a square with 0.15m x 0.15m, also composed by 4 layers of carbon fiber, 3 layers of fiberglass and 6 square teflon inclusions arranged on two different lines, each line comprising three inclusions (figure 2). On one line, the inclusions have a reduced thickness (simulated by a single layer of teflon) and on the other line they have a higher thickness (simulated with some layers of teflon). With this sample it is intended to evaluate possible differences in detectability with the thickness of the inclusions, and to evaluate the difference of detectability of teflon relatively to aluminum. 135 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 2 – Schematic of specimen 2. The specimen 3 is a square with 0.16m x 0.16m, also composed by 4 layers of carbon fiber, 3 layers of fiberglass and 12 square teflon inclusions arranged on four different lines, two of them being in one layer and the others in another (figure 3). A set of two lines comprises six inclusions, and one of those two lines has inclusions with a reduced thickness (simulated by a single layer of teflon) and the other one has inclusions with a higher thickness (simulated with various layers of teflon). With this sample it is intended to assess the difference of detectability of inclusions with different materials in their surroundings and with eventual differences in depth. Figure 3 - Schematic of specimen 3. The specimen 4 is a rectangle with 0.16m x 0.11m, composed by an outer layer of carbon fiber and a honeycomb core where water is injected (figure 4). With this sample it is intended to detect moisture in the core. Figure 4 - Schematic of specimen 4. The specimen 5 is a rectangle with 0.16m x 0.17m, composed by 2 outer layers of carbon fiber and a honeycomb core. In this one, many defects were induced, namely a side cut near the corners of the core, a circular cut, four compressions held in the core and a compression performed on the outer carbon fibers during the manufacture of the specimen, however their exact 136 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 location are unknown. With this sample it is intended to simulate core damage caused by impact and any defects in the materials used during manufacture. The specimen 6 is a rectangle with 0.21m x 0.20m, composed by 4 outer layers of carbon fiber, 4 inner layers of AIREX foam and 3 square aluminum inclusions with 2mm of length (figure 5). With this sample it is intended to analyze the detectability of defects with depth in materials with very low thermal conductivity. Figure 5 - Schematic of specimen 6. The specimen 7 is a copy of the landing gear produced by the AFA for the developing UAV and is composed by 23 layers, of which eight are carbon fibers and fifteen are fiberglass. Its dimensions are represented in figure 6 (legenda: Dimensions of specimen 7 in meters), and they are in meters. Figure 6 - Dimensions of specimen 7 (meters). After the production of this specimen, circular holes were made with different diameters and depths as shown in table 1, to assess the ability of detecting defects with their increasing depth. Table 1 - Dimension and depth of the drilled holes. Diameter Depth 1 mm 2 mm 5 mm 1 mm 2 mm 4.5 mm 1 mm 2 mm 4.5 mm 2 mm 3 mm 5 mm 137 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 3.2. Infrared Thermography To perform this test, it was necessary to induce a thermal gradient in the seven specimens. For the present study this gradient was stimulated in three different ways resorting to an ultraviolet (UV) lamp, an oven and a freezer. To obtain the thermal images was used the infrared camera FLIR T-335, and since this type of testing is merely qualitative, no parameters were introduced on the camera. The experiment that uses the UV lamp comprises two different analyzes: one consists on evaluating the specimen while its surface is heated for about 5 minutes, and the other consists on evaluating the specimen while it cools down. When the oven is used, the samples are heated by conduction during 10 minutes at 70ºC and analyzed when removed outwards. The tests using the freezer are similar, since the samples are cooled by conduction during 1 hour at approximately -20ºC. After any of those tests the obtained images are transferred to the computer and processed using a FLIR’s software. 3.3. Lock-in Thermography Since this technique requires an external stimulus to be applied, halogen lamps were used for that purpose. They emit continuous signals such as sinusoidal or square waves, and their frequency is defined according to the thickness of the specimens and the depth of their defects. During the time that the specimen is subjected to the light emitted by the lamps, an infrared camera from FLIR continuously captures images of it. Both the camera and the lamps are synchronized with the computer, making it possible to control the type of wave, its duration, its frequency and intensity, and the acquisition and processing of images almost immediately. 3.4. Computed Radiography For this study, it’s utilized a tube of X-rays, at least one IP to storage the latent image, a scanner to transfer that image to a digital format and a computer able to receive and process that image. Before starting this technique, the distance from the source to the IP must be set; and the voltage and current values of the radiation source, as well as the exposure time to which the component will be subjected must be introduced on the appropriate device. 3.5. Infrared Thermography applied to real aeronautical components in composite material In addition to the experiments mentioned, a real delamination was analyzed with infrared thermography. To apply this technique a thermal gradient was induced by heating the damaged area with an UV lamp. Once the defect and its location were known, the same area corresponding to the other wing was also analyzed in order to have a pattern of the material surface evaluated (figure 7). The test is performed after the heating. a) Flawless area. b) Defective area. Figure 7 – Testing surfaces. 138 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 a) Flawless area. b) Defective area. Figure 8 - Results of the tested surfaces. In figure 8a) it’s only observed a uniform and radial thermal gradient in the heated zone and any irregularity is detected. However, in figure 8b) it’s possible to identify the defective area because there’s air between the layers, and since its thermal conductivity is lower than the composite material the hottest areas correspond to the delamination zone. 4. Results and Discussion In the performed tests, LT examined front and back side of all specimens except the fourth, infrared thermography except the fourth and the sixth, and CR only analyzed one side of each sample since it has the ability to cross through the material. For specimen 1, 2, 3 and 7 the side A corresponds to the surface of carbon fiber and the side B to the surface of fiberglass. For specimen 5 the side A corresponds to the damaged surface and the side B to the intact surface. 4.1. Specimen 1 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a sinusoidal wave with 0.5 Hz of frequency was applied for 90 seconds, making use of one lamp with 60% power for the B side and two lamps, each one with 60% power for the A side. Regarding the CR test, the specimen 1 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. a) Side A: UV Lamp (heating). c) Side A: UV Lamp (cooling). b) Side B: UV Lamp (heating). d) Side B: UV Lamp (cooling). 139 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 f) Side B: Oven. e) Side A: Oven. g) Side A: Freezer. h) Side B: Freezer. Figure 9 - Results of infrared thermography applied to specimen 1. a) Side A. b) Side B. Figure 10 - Results of Lock-In applied to specimen 1. Figure 11 - Results of Computed Radiography applied to specimen 1. Since for this specimen, the applied techniques aren’t able to detect the same defects, the size of the minimum detectable defect for each method is shown in table 2. 140 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Table 2 - The size of the minimum detectable defect UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR Side A Side B 5 mm x 5 mm 10 mm x 10 mm 5 mm x 5 mm 20 mm x 20 mm 5 mm x 5 mm 10 mm x 10 mm 10 mm x 10 mm 10 mm x 10 mm 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm Although not shown in table 2, in figures 9c), 9e) and 10b) it’s possible to detect a fourth inclusion. This is a kind of fiber that was not inserted in this specimen intentionally. For side A, the best results were produced by CR and infrared thermography associated to the UV lamp; and for side B the CR and LT were the best. Despite this, CR cannot detect the fiber inclusion because its X-radiation absorption is very similar to the surrounding material, not causing density variation on the radiograph. 4.2. Specimen 2 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3, except the process that uses the oven. In that case, in order to obtain better results, the A side was analyzed after being heated 15 minutes at 70ºC, and the B side after 10 minutes at 80ºC. For the LT, a square wave and one lamp with 50% power were applied to both sides. However, to side A the wave had 0.06(6) Hz and was applied for 30 seconds, and for side B it had 0.2 Hz and the incidence period was 20 seconds. Regarding the CR test, the specimen 2 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. a) Side A: UV Lamp (heating). b) Side B: UV Lamp (heating). c) Side A: UV Lamp (cooling). d) Side B: UV Lamp (cooling). 141 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 e) Side A: Oven. f) Side B: Oven. g) Side A: Freezer h) Side B: Freezer Figure 12- Results of infrared thermography applied to specimen 2 a) Side A b) Side B Figure 13 - Results of Lock-In applied to specimen 2. Figure 14 - Results of Computed Radiography applied to specimen 2. Since for this specimen, the applied techniques aren’t able to detect the same defects, the size of the minimum detectable defect for each method and thickness is shown in tables 3 and 4. 142 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Table 3 - The size of the minimum detectable defect when side A is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness 5 mm x 5 mm - - - 3 mm x 3 mm 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm - Table 4 - The size of the minimum detectable defect when side B is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness - - - - 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm 10 mm x 10 mm - As shown in tables 3 and 4, infrared thermography applied after heating the sample with the UV lamp and after cooling it with the freezer, were the methods that didn’t produced any results. In addition to those, the CR technique only detected the medium-sized thick inclusion, because teflon’s characteristic X-radiation absorption is very similar to composite materials. Thus, for this technique the defect size is not relevant, but its thickness is. Comparing the results obtained for the sample 2, LT is the technique which allows observing the same or a higher number of defects relatively to the other techniques with higher quality for both sides. 4.3. Specimen 3 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a sinusoidal wave and two lamps, each one with 80% power were applied to both sides. However, to side A the wave had 0.5 Hz and was applied for 90 seconds, and for side B it had 0.1 Hz and the incidence period was 60 seconds. Regarding the CR test, the specimen 3 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. a) Side A: UV Lamp (heating). b) Side B: UV Lamp (heating). 143 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 c) Side A: UV Lamp (cooling). d) Side B: UV Lamp (cooling). e) Side A: Oven. f) Side B: Oven. g) Side A: Freezer h) Side B: Freezer Figure 15 - Results of infrared thermography applied to specimen 3. b) Side B a) Side A Figure 16 - Results of Lock-In applied to specimen 3. Figure 17 - Results of Computed Radiography applied to specimen 3 144 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Since for this specimen, the applied techniques aren’t able to detect the same defects, the size of the minimum detectable defect for each method, thickness and depth is shown in tables 5, 6, 7 and 8. Table 5 - The size of the minimum detectable defect at the surface when side A is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness - - - - 5 mm x 5 mm 5 mm x 5 mm - - Table 6 - The size of the minimum detectable defect in depth when side A is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness - - - - 10 mm x 10 mm 3 mm x 3 mm - 3 mm x 3 mm - Table 7 - The size of the minimum detectable defect at the surface when side B is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness 3 mm x 3 mm - 5 mm x 5 mm - 5 mm x 5 mm - - 145 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Table 8 - The size of the minimum detectable defect in depth when side B is analyzed. UV Lamp Heating UV Lamp Cooling Oven Freezer LT CR With Thickness Without Thickness 10 mm x 10 mm - 5 mm x 5 mm - 10 mm x 10 mm 10 mm x 10 mm 3 mm x 3 mm - 5 mm x 5 mm - It is important to note that for this specimen the LT can identify defects in depth but not at the surface, due to the frequency chosen for the test. Therefore, it can be stated that since the technique detect defects in depth, will also easily detect those at the surface by modifying the applied frequency. So, given this detail, and comparing the tables for the specimen 3 is possible to consider that LT is the technique that originates better results. 4.4. Specimen 4 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a sinusoidal wave with 0.06(6) Hz of frequency was applied for 90 seconds, making use of two lamps, each one with 60% power. Regarding the CR test, the specimen 4 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. a) UV Lamp (heating) b) UV Lamp (cooling) c) Oven d) Freezer Figure 18 - Results of infrared thermography applied to specimen 4. 146 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 19 - Results of Lock-In applied to specimen 4. a) b) Figure 20 - Results of Computed Radiography applied to specimen 4. For infrared thermography and LT tests, water was injected in the specimen immediately before the experiment, and the moisture was successfully detected. For CR technique, water was not injected before the experiment; nevertheless, the hole made for the water injection in the other tests was detected, as well as two honeycombs cells with a slightly lighter tone. To discover the reason of their slightly tonality difference, the outer layer of carbon fiber was removed. It was detected that those two honeycombs cells didn’t have the same height as the others, causing a disbond between the core and the outer layer (figure 21). Figure 21 - Irregularity existent in specimen 4. This irregularity is a type of defect likely to occur during the manufacture process, becoming interesting to control it. However this was only detected by CR, therefore this technique has a capability that cannot be achieved with thermography. 147 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 4.5. Specimen 5 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a sinusoidal wave was applied to both sides. However, for side A the wave had 0.5 Hz, duration of 90 seconds, and two lamps were used, each one with 60% power. For side B the wave had 0.1 Hz, duration of 120 seconds, and were used two lamps, each one with 70% power. Concerning the CR test, the specimen 5 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. a) Side A: UV Lamp (heating) b) Side B: UV Lamp (heating) a) Side A: UV Lamp (heating). b) Side B: UV Lamp (heating). c) Side A: UV Lamp (cooling) d) Side B: UV Lamp (cooling) e) Side A: Oven f) Side B: Oven 148 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 f) Side A: Freezer g) Side B: Freezer Figure 22 - Results of infrared thermography applied to specimen 5. a) Side A b) Side B Figure 23 - Results of Lock-In applied to specimen 5. Figure 24 - Results of Computed Radiography applied to specimen 5. Infrared thermography can successfully detect the four collapses and the lateral cut performed on the core. LT detect those defects and also the central cut made on the core. CR only identified the central cut, one collapse of the core since there were honeycomb cells overlapped, and the lateral 149 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 cut. However, the latter appears in the CR with a different tonality and the corresponding honeycomb cells united. To discover the reason of their slightly tonality difference and union, the outer layers of carbon fiber were removed. It was detected that those cells corresponded to a zone rich in resin as a result of the previously cut made (figure 25). Figure 25 - Irregularity existent in specimen 5 For this case there was no difference between the techniques because this irregularity appeared either by thermography or by radiography. 4.6. Specimen 6 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a sinusoidal wave with 0.25 Hz of frequency was applied for 90 seconds, making use of two lamps, each one with 80% power. Regarding the CR test, the specimen 6 was exposed for 30 seconds to 45 kV and 10 mA. a) UV Lamp (heating) b) UV Lamp (cooling) d) Freezer c) Oven Figure 26 - Results of infrared thermography applied to specimen 6. 150 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 27 - Results of Lock-In applied to specimen 6. a) b) c) Figure 28 - Results of Computed Radiography applied to specimen 6. Infrared thermography, excepting the analysis performed after heating with UV lamp and after cooling with the freezer, detects in specimen 6 some circular spots that do not correspond to the inserted metallic inclusions. The LT also detects them, and with CR it’s possible to be sure of their existence and also to know the exact location of the inclusions. To find out the nature of those irregularities, the outer layers of carbon fiber were removed. Thus, punctual areas with accumulated resin were detected (figure 29). Their existence is intentional, since during production holes are made in the foam to avoid the existence of air bubbles in structures of this material. Those holes don’t reduce the structural strength of the specimen, therefore shouldn’t be considered as defects. 151 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 29 - Irregularities existent in specimen 6. The tests performed by the LT don’t originate good results because the specimen was only stimulated with few frequencies since with those the circular irregularities were detected. Therefore, being those detected immediately, other frequencies that could reach higher depths were not tried out. 4.7. Specimen 7 The tests using infrared thermography were carried out based upon the conditions defined in section 3. For the LT, a constant wave with 0.02 Hz of frequency was applied for 60 seconds, making use of two lamps with 70% power for the A side. Concerning the CR test, the specimen 7 was exposed for 48 seconds to 45 kV and 10 mA. Since infrared thermography tests didn’t detect anything, their results aren’t shown. Figure 30 - Results of Lock-In applied to specimen 7. Figure 31 - Results of Computed Radiography applied to specimen 7. 152 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 LT can detect the holes closer to the surface, regardless its diameter, and the end of the fiberglass layers applied with different lengths inside the sample, in this case six layers were detected. However, CR was able to detect all the existing holes and seven fiberglass layers with different lengths. Therefore, CR is the technique that obtains better results for specimen 7, but both of them are able to verify the compliance of the requirements defined in the project. 5. Cost Analyses In this section the costs of implementation and maintenance of the three applied techniques are analyzed for 2013. 5.1. Infrared Thermography For this analysis the acquisition cost of a thermal camera, a UV lamp, a thermal manta and the cost of personnel formation without their certification, have an approximated value of 31 000 €. The acquisition cost of the thermal manta was considered because, unlike the oven, it’s portable and can heat up larger structures. Besides those, it must be taken into account the price of the thermal camera calibration and the personnel certification, that have an annual value of 1 400 €, being this value independent of the number of inspections. 5.2. Lock-in Thermography For this analysis the acquisition cost of a thermal camera, two halogen lamps, specific electronic equipment to perform the technique and the cost of personnel formation without their certification, have an approximated value of 55 000 €. Besides those, it must be taken into account the price of the calibration of the thermal camera and the two halogen lamps, the substitution of the latter and the personnel certification, that have an annual value of 4 400 €. For those calculations it was considered that, based on experience, the lifetime average of one halogen lamp is approximately of two years. 5.3. Computed Radiography For this analysis the acquisition cost of all equipment needed to execute the technique, image quality indicators, construction of infrastructures (estimated for a hangar with 54 m2) and the cost of personnel formation without their certification, have an approximated value of 170 000 €. Besides those, it must be taken into account the price of revelation system maintenance, substition of IP’s and the personnel certification, that have an annual value of 5 600 €. For those calculations it was considered that, based on experience, an IP can be subjected to 500 exposures without affecting the image quality, and that value is the number of exposures achieved in a year. 6. Conclusions Infrared thermography is the technique that detects a smaller variety of defects in the specimens analyzed, however it managed to give good results in the presence of defects such as moisture, core collapse, areas rich in resin and metal inclusions in the samples analyzed. However, the method which uses the freezer originates lower quality results. In addition, either the freezer or the 153 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 oven have a fixed capacity and are hardly used for large structures. Furthermore, this technique associated to the UV lamp was also able to detect a real delamination, and it’s very advantageous since it is completely portable and can analyze the defective area of the aircraft in the hangar. Of the three applied techniques, this is the most economic one. LT demonstrates to be the technique that can detect a higher number of different defects in the analyzed specimens, since gave good results in the presence of defects such as metallic and teflon inclusions, moisture, core cuts, core collapses, areas rich in resin, and as shown the ability to control the number of fiber layers with different lengths. In addition, when the tests were conducted on carbon fiber surfaces more defects were identified. The CR also demonstrates to be a technique capable of detecting different defects since gave good results in the presence of metallic inclusions, core cuts, disbonds, areas rich in resin, defects in depth in sandwich structures, voids and since it demonstrated the ability to control the number of fiber layers with different lengths. Of the three applied techniques, this is the most expensive one. Among the three techniques discussed, LT demonstrates a wider applicability, since it detects a wider variety of defects in the specimens tested, and it has the best relation cost-detectability. Although not producing as transparent results as CR, it is more economical, portable and isn’t harmful to human health. To control the production of UAV’s platforms produced in AFA, the applied technique just needs to have the ability to detect irregularities concerning the structure pattern, and for that purpose the LT fits perfectly. References [1] K. Dalamagkidis, K. Valavanis, and L. A. Piegl. On Integrating Unmanned Aircraft Systems into the National Airspace System: Issues, Challenges, Operational Restrictions, Certification, and Recommendations. International series on intelligent systems, control and automation - science and engineering. 2nd edition, 2008. [2] E. Bone and C. Bolkcom. Unmanned aerial vehicles: Back-ground and issues for congress. 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Science Imaging Systems: What is Imaging plate? 155 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.2 OVERVIEW OF NDT CASE STUDIES FOR MATERIAL FAILURE INVESTIGATIONS AND SERVICE LIFE SUSTAINMENT OF AIRCRAFTS IN THE PORTUGUESE AIR FORCE Diogo Duarte; Bruno Serrano Portuguese Air Force Academy ABSTRACT NDT assessments and evaluations have been a fundamental tool to assess in material failure investigations conducted do to accidents or incidents of aircrafts in the Portuguese Air Force. The Portuguese Air force has operated different aircrafts throughout its´ long existence, and in some cases, has operated a particular type of aircraft for more than 30 years, gathering a great amount of expertise in assessing failure modes of the aircraft´s materials and systems, which are, in some cases, not predicted by the aircrafts manufacturers, and that result from the particular operation conditions of the aircrafts. These unexpected events are often found during maintenance of the aircrafts or are risen in an in-flight occurrence that is reported and investigated. Additionally, as some of the Portuguese Air Force fleets are ageing, more and more fatigue and corrosion problems arise in the aircrafts, and as the predicted service life of the aircrafts is reached, more thorough structural inspections are required to assure the structural reliability of the aircrafts and the Portuguese Air Force Engineering has developed some interesting work on the definition of structural inspections that go far beyond the aircraft manufacturers' inspection plans, in order to support and sustain these more ageing aircrafts. This work presents a short summary of developed investigations and studies, where NDT techniques have proven themselves as an extremely powerful tool to determine the root cause of the failures, as well as to support the service life of the aircrafts as they reach their predicted design serviceability. Keywords: Investigations; Service life; NDT assessments and evaluations; aircraft; material failures; structural inspections. Chapter 1: Introduction NDT has been, throughout the years, a fundamental tool used in the aerospace sector, for the compliance of maintenance programs in order to support not only life on condition based maintenance programs but also but also safe life based designs. In fact, the predicted service life of aircrafts often exceeds 40 years, and the initially design assured life rarely accounts for all in service loads and in service environmental menaces that ageing aircrafts must deal with throughout their service lives. (Duarte, 2014) 156 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 From the most conservative safe-life conceptual design approaches to the most recent oncondition based design approaches, NDT inspections are commonly included in the scheduled maintenance plans to assess the structural condition of the aircrafts during their service lives. Figure 1 and Figure 2 refer to maintenance hours in 2013 performed by the Portuguese Air Force in some the fleets 1. Figure 1 - NDT maintenance hours Figure 2 - Percentage of NDT hours in scheduled maintenance plans In fact, the necessity for NDT inspections in the aircrafts maintenance plans usually increases during the service life of aircrafts, becoming more and more important in ageing fleets to account for loads and service conditions that might not have been considered in the initial design, or that were risen due to operation of the aircrafts that differs from the initially predicted in the design. This is of particular interest in military aircrafts in which the operational conditions differ significantly with time, as the type of missions in which the aircrafts are used may change with time, and where each operational scenario has its own specific conditions. For that reason, the loads and environmental conditions to which aircrafts are exposed to, are commonly more severe than predicted in the initial design, and may induce fatigue and corrosion problems that often arise sooner than expected and in locations where defects were not expected. In fact, if this was not so, NDT evaluations or even any type of structural detailed inspection to aircraft structures and parts would be unnecessary in Safe Life design aircrafts, as the assured design life of the structure, which defines its serviceability, is significantly inferior to the expected defect initiation. In fact, for most of the Safe Life Design aircrafts, the assured life of the structures was calculated based on experimental test based predictions for the material failure. In these predictions, test Scatter is normally considered through the use of a normal distribution of test data as follows: N Assured = 10 [log10 N Pr edicted −3σ ] 1 Does not include F-16 inspections and EH-101 157 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 For these calculations, the deviation factor ( ) strongly conditions the results for the assured life and is strongly dependent on the number of tests performed (decreasing with the amount of test data used) and on the similarity of the specimens used in the tests. Nonetheless, for aircraft structures, experience as shown that a fairly good value for the deviation factor to be used in service life predictions is 10% (Bruhn, 1973). The use of this type of prediction is rather conservative and lead to scatter factors of 4, which were commonly used in the design of aircraft structures. Additionally, it was commonly accepted that for aircraft parts, most of the fatigue life would be worn out in the initiation (Bruhn, 1973), and up to 70% of the predicted service life of the parts, size detectable defects were not expected, and the design would also take it into consideration, thus reducing even further the serviceability of these aircrafts. Hence, if the design condition loads used for the predictions fully represented the service life of the aircrafts, NDT evaluations would not be necessary as they would not be able to identify defects. Nonetheless this is not so, and NDT evaluations have proven themselves as one of the most powerful tolls in the aircrafts maintenance programs to find defects in parts and structures that may lead to catastrophic failures. As the initially unpredicted loads contribute to the fatigue life consumption of the structure, the expected defect initiation will result sooner, and will appear during its assured service life. Thus the probability of failure of the structures approaching the end of the service life may increase significantly, justifying the increasing number of NDT inspections in the maintenance plans as the aircrafts become older. Nonetheless, as mentioned this type of design is extremely conservative, and often leads to aircrafts reaching the end of the service life in extremely good structural conditions, allowing for the reassessment and extension of the design service life of the aircrafts. This is of particular interest in military aircrafts when these ageing systems are considered to remain adequate for the required purposes, and for which (in some cases) a better solution has not yet been made available. In these cases, the military operators are forced to develop strategies to maintain the serviceability of their systems, extending their initial design service life. The Portuguese Air Force, has addressed this problem by two different approaches. The first consists of working with the aircraft manufacturers in order to obtain life extension programs. The other, (which arises as being of the utmost importance due to the lack of engineering support by the aircraft manufacturers) consists of working together with other operators. These operators groups share information regarding flight safety issues, engineering problems, operational procedures, maintenance practices and fatigue life assessments of the aircrafts, allowing for the development of engineering capabilities to support the aircrafts serviceability. For both cases, the extension of the service life of the aircrafts is built upon thorough structural inspection programs, which are rather extensive regarding NDT inspections. These strategies are fully in line with the structural integrity programs that have been being developed in the last three decades for aircrafts reaching the limits of their design service objectives. (Blom, 1993), page 18. 158 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Another issue that has been risen in the Portuguese Air Force and which has demanded for a large amount of NDT inspections, is the refurbishment of ancient aircrafts to flight condition, which demands full structural assessments, in order to assure their airworthiness, prior to their release to service. This review article intends to present a number of case studies where Non Destructive Testing (NDT), evaluations have been used as the supporting basis for the development of repair solutions for in-service related problems, as well as for some important decisions within the Portuguese Air Force, regarding the aircrafts serviceability, aircrafts life extension programs, aircraft maintenance plans changes, and ancient aircraft refurbishment. This article will regard 7 case studies, as follows Case Study 1 - Alpha JET Life Extension Program (Duarte, 2014); Case Study 2 - FTB NDT refurbishment; Case Study 3 - C130 Stress Corrosion on the Outer Wing Upper Spar Cap; Case Study 4 - NDT inspections in Dornier 27-H2 during a structural Tear down for Refurbishment to Flight Condition; Case Study 5 - C130 - Stress Corrosion fracture on Main Landing Gear Beam; Case Study 6 – NDT used for the assessment of the repairable area in the fuselage of an Airbus Military C295-M; Case Study 7 – NDT used for Chrome Plating identification in the P3 Nose and Main Landing gears. Chapter 2: Case Studies Presentation Case Study 1 - implementation of an NDT based structural integrity program for the Fatigue Safe Life extension of the service life of the Alpha Jet The Alpha Jet is the Portuguese Air Force aircraft used for most of the advanced flight training of the pilots. In 2011, the Alpha Jet fleet was reaching the end of the designed Fatigue Safe Life of the aircrafts, and at the time no alternative for the fleet replacement had yet had been identified, which posed a problem for the continuity of the flight instruction mission in the Air Force. On the other hand, they were considered to still remain operationally adequate for their intended purpose (flight instruction), and it was known that other operators were still flying the aircraft far beyond their design service life, through a close monitoring of the aircrafts condition, based on strict structural inspections (Duarte, 2014). The Portuguese Air Force was, for many years, part of a work group of three operators (CLIA) established to face some of the problems that were arising as the aircrafts were ageing. This group exchanged information regarding maintenance and engineering problems and developed structural inspections to face the problems that were continuously appearing, and with their implementation being able to continue operating the aircraft safely. This joint work resulted in the Portuguese Air Force in the development of a structural inspection program consisting of the NDT evaluation of a total of 80 structural points which were inspected in accordance with the CLIA fatigue studies, which had been included in the scheduled maintenance program of the fleet for many years (Marado, 2004). The implementation of this program demands a close fatigue monitoring of the aircrafts, and in line with that necessity the Portuguese Air Force has been following the Alpha Jet feet fatigue life consumption for a number of years. 159 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Based on this structural program the Portuguese Air Force confident on the good condition of the aircrafts and decided to try with the aircraft manufacturer (RUAG) to develop a structural integrity program that would allow the AJET fleet to remain operating until 2018, thus insuring the continuity of the flight instruction mission. This program was then sent for the manufacturer evaluation, along with the fleet inspection results. From the analysis of this plan, RUAG produced a technical document in which 27 of the 80 inspected points were defined as the necessary SSI´s (Structural Significant Items) to be inspected in order to support the desired Safe Life extension. This plan was analyzed by the PRTAF Engineering, and an NDT work package was produced to establish the NDT parameters for all the 27 inspection points divided in 20 different NDT work cards. The figure 3 presents some of the inspection points covered in this NDT program. Figure 3 - Some of most critical AJET inspection areas Although, all SSI´s were being covered in the inspection program implemented in the PRTAF maintenance program, the inspection intervals defined by the manufacturer to support the Safe Life Extension until 2018 were significantly different from the inspection intervals that had been being used by the Portuguese Air Force to that point. Although this was not a flight issue matter, as this new inspections were only applicable to aircrafts exceeding their design service life, and was not still the case, the condition of the aircrafts that were to remain in service was dependent on the assessment of those 27 SSI´s. To determine the fleet condition the assessment of the defined inspections was made to every aircraft, and it was found that all of them required immediate evaluation for most of the defined SSI´s. The figure 160 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 4 show, for each SSI, the exceeding flight hours when the new inspection intervals are applied to four aircrafts of the fleet. Figure 4 - Exceeding flight hours when the new inspection intervals are applied Completion of this evaluation took approximately two months of NDT work per aircraft, corresponding to around 265 hours of NDT inspections in the methods of Eddy Currents, Ultra Sonic Inspections, Fluorescent Liquid Penetrant Inspections and Magnetic Particle Inspections, covering the necessary 27 SSI´s. As the implementation of inspection program demanded putting the aircrafts out of service for a extensive periods of time, and has the aircrafts had not reached their initial safe life limit, the Portuguese Air Force developed the following plan to perform the due structural inspections: Aircraft Completion Aircraft Completion 15227 Immediate (27 SSI´s) 15206 Following Inspection (21 SSI´s), Subsequent (10 SSI´s) 15208 Immediate (27 SSI´s) 15211 Following Inspection (21 SSI´s), Subsequent (9 SSI´s) 15220 Following Inspection (27 SSI´s) 15236 Following Inspection (19 SSI´s), Subsequent (13 SSI´s) 15250 Following Inspection (27 SSI´s) 15226 Following Inspection (8 SSI´s), Subsequent (24 SSI´s) 15202 Following Inspection (27 SSI´s) 161 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Case Study 2 – FTB NDT refurbishment The Portuguese Air Force in 2009 prepared two aircrafts Cessna FTB to be delivered to the Republic of Mozambique, see figure 5. Figure 5 - Aircraft preparation In order to fully guarantee the airworthiness of the aircrafts, and in order to guarantee the continuous structural airworthiness of the aircrafts a overhaul maintenance was conducted in the aircrafts. As the aircrafts maintenance action which included NDT inspections had been, over the years completed with and changed through Airworthiness Directives and several modifications issued by the manufacturer, the complete NDT inspection program was not, at the time, gathered in one document of sole application which could, in a simple way, include all the inspections to be performed in the aircrafts. Although this was not a problem for the Portuguese Air Force, which had accompanied the changes throughout the years and was well used to look for the information regarding the inspections in the various documents among which it was scattered, this could be a problem for an operator with little or no experience at all in this type of aircraft. Hence, the Portuguese Air Force decided to, at that time, developed a document which would gather and resume all information related to NDT inspections to be performed in the aircraft, which would, on one hand ensure the airworthiness of the aircraft, at the time of the project, and on the other hand be a document of simple implementation for the future operator. The NDT work package consisted of 44 work cards that resulted from the analysis of the inspections previously conducted in the MRO responsible for major structural inspections of the aircraft, and with all additional inspections predicted in Service Bulletins and in T.O. 1L-2A-36; Implementation of the developed Work package resulted in 90 hours of NDT work, which resulted in 1,5 months. The figure 6 give examples of some of the inspection points defined in he produced NDT work package. 162 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 6 - Example of inspection points 163 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Case Study 3 - C130 Stress Corrosion on the Outer Wing Upper Spar Cap During a visual inspection to the upper end of the Center Wing Spar Cap during inspection at the Portuguese Air Force MRO, corrosion was found in some areas, The MRO proceeded to remove the corrosion until no signs of corrosion were identified in the damaged area. Inspection after material removal was made by Penetrant Inspection. After the complete corrosion removal the remaining width of the cap was assessed by ultrasounds and the aircraft manufacturer was consulted regarding the acceptability of the component remaining width, as the allowable limits established for this structural item in the aircrafts repair manual were overcome in several locations of the part Based on the results provided the aircraft manufacturer considered that the component remaining width was not acceptable, and that it should be repaired or replaced, accordingly. Upon further analysis it was verified that the values considered for the nominal design width of the upper arm of the cap were not the applicable for the specific cap section, where defects had been found, and this led to different values of remaining width, which were significantly less severe than the values provided to the manufacturer for evaluation. In fact, a new inspection by Ultra Sounds to the cap showed that in this area the width of the cap was only outside the limits in one specific location ( ranging from 73% to 83% of admissible design values), extending for approximately 1,25" as shown in figure 7. Figure 7 - Corroded area Nonetheless, the area in which the width reduction was encountered, was a specific area in which the MRO had not performed any type f corrosion removal. In this location a steel strap exists in order to structurally reinforce the CAP, and the Portuguese Air Force concluded that the width reduction was probably due to sub-superficial corrosion being developed in-between the structural components. Thus the MRO was instructed to remove the steel strap and assess the damage from beneath. 164 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 8 - Damaged area With the strap removed, the MRO was able to inspect from bellow and visually no corrosion was detected. Again Ultra-sounds was used, but this time from the lower end, and results of thickness measurement showed that the defect should be an interior delamination probably due to stress corrosion, as presented next. In fact this was a problem with which the MRO had come across in one other situation with a C130 from a different military operator, but it that case, the problem was detected in such an advance state, that reparability of the part was not possible. See the figures 9 for reference. 165 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 9 - Area with corroded members As the severity of the damage would be directly dependent on the extension of the damage, reparability of the part would depend on how far the part the delamination would reach, hence the PtAF Engineering and the MRO agreed upon removing the defect by sectioning the CAP in the damage area and evaluating the damage extension. After sectioning the CAP it was observed that the defect was extending further than the removed section, indicating that the defect may extend to point A (figure 10), and if this was so, reparability of the cap would be compromised in accordance with the provided instructions from the manufacturer. Figure 10 - Point A of the damaged area The MRO proceeded to further cut the CAP section by removing the Forward flange radius reaching a depth of 0.027" on the large block of material in the center section of the extrusion (measuring from the fwd face of the lower vertical flange) for the worst case. All corrosion was removed and accomplished dye penetrant inspection with pre-penetrant etch to remove a minimum of 0.0002 inches. No further corrosion was found. 166 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 11 - Final area after corrosion removal After this work, the manufacturer was contacted for further technical support, and repair instructions were provided accordingly, which required the MRO to fabricate a repair filler out of the cap material, equal to the removed beam cap flange and Shape it fully match the shape of the beam cap flange cutout, without the need for a second doubler in that area, as the steel strap would be able to fully support all stress. This repair was a rather simple procedure, and avoided the massive and expensive procedure for the replacement of the entire cap, which would have been the case if the NDT assessment had not been used. Case Study 4 - NDT inspections in Dornier 27-H2 during a structural Tear down for Refurbishment to Flight Condition Within the aircraft structural tear down a thorough NDT evaluation of the aircraft condition was developed, and resulted in the NDT inspection of over 60 Structural points evaluated in 43 NDT Work cards. The figure 12 presents examples of some of the inspection points. 167 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 12 - Critical location to be inspected by NDT During the completion of the inspection program defined, two 5mm long cracks were found in the engine mounts, which were replaced and a 17 mm stress corrosion fatigue crack was found in the Wing to Wing attachment frames. Figure 13 - Damaged wing to wing attachment Due to the finding of this cracked part, the Portuguese Air Force inspected several aircrafts (that were dismounted and stored ) were inspected in order to try to obtain a similar part that could replace the original component. Nevertheless these efforts showed themselves as effortless, as all similar parts were found to be extensively damaged with several cracks and advanced corrosion. The solution for the problem, was to replace the cracked part, by a new frame developed by reverse engineering. The processes used the original frame as template for full geometric 168 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 capability, and the component material was determined by spectrometric analysis performed by the IDMEC in IST. As during the process, all the inspected parts were found to be cracked, and as the inspection results lead to the identification of the root cause of the problem as being stress corrosion, the same part in the unique aircraft of this type that was still in service could eventually be cracked. For that reason, one Ultra sounds inspection procedure was developed by the Portuguese Air Force Engineering, which resulted in finding the same defect in both frames of the wing to wing attachment. A conservative evaluation of the structural resistance of the wing attachment was conducted by the Portuguese Air Force Engineering and a follow up instruction was developed to be performed every 100 flight hours interval or 12 month interval. In this inspection, the crack growth is monitored through the evaluation of the damage dimension based on the DGS (distance, Gain, Size) method, see figure 14. This inspection started to be implemented in 2008 and the crack has not progressed ever since, allowing for the aircraft to remain safely in service. Figure 14 - Inspection procedure Case Study 5 - C130 - Stress Corrosion fracture on Main Landing Gear Beam During one eddy current Inspection of the MAIN LANDING GEAR BEAM of one Portuguese Air Force C130, a defect was found in the most outboard line of bolts in the right side rear main landing gear beam. The crack was originated in the upper bolt an extended outboard towards the inner corner of the frame, see figure 15. 169 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 15 - Nose main lading gear beam crack A repair procedure for the MAIN LANDING GEAR BEAM is presented in the Structural Repair Manual, which consisted of reinforcing the beam through the application of plate type reinforcements, so that all tension flux is passed through the reinforcements. Nevertheless this procedure is not applicable if cracks extend outboard of the most outboard line of bolts, as it could not assure the tension flux of the beam when the fracture , if the crack is located outboard of the most exterior line of bolts, as it was the case of the defect found. See figure 16 for reference. Figure 16 - Defect size and location As this was a critical item and the amount of work load drawn in the substitution of the entire frame was substantial , The Portuguese Air Force contacted the manufacturer for technical support, and a different repair procedure was provided. Again in this particular case, NDT showed itself as the determining tool in the definition of the type of repair to be applied to the aircraft structure. 170 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Case Study 6 – NDT used for the assessment of the repairable area in the fuselage of an Airbus Military C295-M During an aircraft external inspectional between flights it was detected some cracks near the connection between the aircraft skin and the communication antenna, presented in figure 17. Figure 17 – Cracks detected visually in the skin where the antenna was attached The external skin, internal skin and doubler were inspected with eddy current high frequency to define the exact location of the cracks. In figure 18 it is possible see the crack location in the external skin after eddy current inspection. Before start the repair of the skin it was necessary define the cut-out because only after knowing exactly the damaged area it was possible start the production of the repair patch and shims. Figure 18 – Crack location after high frequency eddy current inspection It is important remove all cracks from the external skin because if they are not removed the existing cracks may propagate due to the fatigue loads caused by the pressurization cycles and cause a dangerous situation. 171 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 19 – Cut out geometry In figure 19 it is possible see the cut out that removes all the existing cracks. After the NDT inspection, the sheet metal technicians could start the production of the external patch and shims. In fact, as the investigation was risen all C295-M aircrafts of the PRTAF were inspected by Non Destructive Testing (NDT) evaluation and four out of the five aircrafts of this particular version were found to be cracked. Fatigue cracking was identified in all aircrafts having more than 500 flight hours flown with the FLIR installed, while it did not appear in the aircraft with less than 100 flight hours with this system. This case shows the importance of the NDT methods to define the cut out areas in situation where it is necessary remove all the damaged area in aircraft structures repairs. Only with a good NDT damage assessment before the repair it is possible assure the structural integrity of the area. Case Study 7 – NDT used for Chrome Plating identification in the P3 Nose and Main Landing gears This case study presents one NDT assessment made in 2011, to one of the P3 aircrafts of the Portuguese Air Force, regarding the inner diameter treatment of the Portuguese P3 of the Nose and Main landing gears, see figure 20. 172 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figure 20 - P-3P Landing gears The Inspection was intended to determine whether the installed landing gears had been platted chromed on the inner surface of the cylinders. For those cases there had been reports of failure that had conducted to serious damages. The root cause of the failure had been determined to be related to fatigue cracking originated due to the crazing resultant from the chrome application on the inner surfaces of the cylinders for corrosion protection. For that reason, all landing gears on which this treatment had been applied should be replaced, and a Service Bulletin from the manufacturer was issued to all operators in order to determine and replace the landing gears that had been subject to this protective procedure. The manufacturer service bulletin defined Chrome crazing as a phenomena which was bound to happen on chrome platted surfaces, and which consisted on the development of multiple cracking with a random pattern on the inner surface of the component. This cracking could be assessed by an NDT inspection through pulse-echo ultra-sounds inspection. In this inspection, crazing cracks will show signals on the time base position correspondent to the thickness of the part. If chrome crazing was detected during inspection, the part was to be considered as having been Chrome platted and should be replaced. The Portuguese Air Force had to conduct such inspection on one aircraft for all Nose and main landing gears, which were part of the applicability serial numbers of the Service bulletin. The service Bulletin defined a 10 Mhz probe for the inspection, to be applied to a specific perspex transducer. The transducer was supplied with the Service Bulletin along with the calibration standards but the probe was not, and the Portuguese Air Force was forced to use a 5 MHz probe that fitted the perspex shoe instead of the 10 MHz probe prescribed in the manufacturer procedure. 173 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 This change required the authorization from the Portuguese Air Force Level III, which evaluated the Inspection procedure, the type of defect searched, and the methodology used in the inspection. As the inspection was evaluating an overall multiple signal left to right movement within a wide range of the time scale, neither the signal resolution nor the sensitivity were contributing for the POD of the crazing, which allowed for the change of a 10 Mhz probe for a lower resolution one without compromising the inspection results. The Portuguese Level III proceeded to evaluate the signals obtained in the provided standards and conducted the Inspection on the components. For the Right Hand Main Landing Gear, clear visible indications of chrome crazing were identified on the inspection area, with amplitudes superior to 50% FSH, with horizontal movement as prescribed in the inspection instruction. The component is identified as having been Chrome platted and was replaced, accordingly. In the Main Left Hand Landing Gear, no indications of chrome crazing were identified. Small indications were identified (amplitude inferior to 20% FSH), with no horizontal movement as prescribed in the instruction, which were consistent with the indications obtained in the Non Chrome-Plated standard when grease or coupling Gel exists on the inner diameter. The component was identified as not having been Chrome Platted and was not replaced. In the nose landing Gear, no indications of chrome crazing were identified in the Inspection areas, however a clear single indication appeared outside the relevant time base range, near the boundaries of the inspection area, which was not addressed in the inspection instruction. The signal was attributed to a geometry effect which detection would eventually be related to the fact that with a 5 Mhz probe the beam spread would be larger allowing for the reflection of signals that with the 10 Mhz probe would not be present near the inspection area boundaries. The component was identified as not having been Chrome Platted and was not replaced. The manufacturer was contacted regarding the finding of the signal identified and agreed with its non relevance, highlighting that the inspection had been designed for Chrome plating signals and those were the sole relevant signals that were to put the components out of service. Figure 21 - Inspection Signals 174 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Again in this Case study, NDT evaluation showed itself as the fundamental assessment tool to provide with the necessary information for a substantiated decision on the replacement of a main structural part, which replacement cost ascended to 150.000 Dollars. Additionally this example makes evident the importance of the thorough understanding of the instructions, the type of defects searched, and the techniques used, in NDT assessments in the Military Aerospace Sector. In this sector, due to time constraints, material availability, or operational needs, sometimes there is need for the adjustment of defined instructions, which may lead to the interpretation of results that had not been so predicted in the inspection initial design. It is fact this need, that justifies the continuous investment of the Portuguese Air Force in qualifying one Aeronautical Engineer to became an NDT Technician Level III, every 5 years. Chapter 3 –Final considerations This article shows that NDT assumes two major roles within the Portuguese Air Force. The first is directly related to the continuous airworthiness of the aircrafts, in which NDT are included in the maintenance plans of the aircrafts assuming a significant percentage of the maintenance actions performed, as shown in the first Chapter. For this first role, the inspections are defined by the manufacturer in the maintenance programs or by the Portuguese Air Force, when experience shows that the particular Portuguese Air Force operational conditions is leading to defects that had not been predicted by the manufacturer. The second role is more related to engineering assessments. In this second role, NDT supports the decision making process of acceptability of defects in structural components. In some of this structural components, their replacement often demands substantial amounts of work, with implementation periods that are impossible to cope with, due to the operational needs inherent to the mission of the Portuguese Air Force. On the other hand NDT arises as essential for the definition of the repair areas, in the damage assessments that will allow for the designs of the damage repairs. One other issue that stands out in this article is that classical NDT methods are yet the ones that are addressed throughout all the case studies presented. This is so because the article regards situations that were risen during operation, and due to the inertia of the aircraft industry in including new technologies for the assessment of damages. This inertia derives from the difficulty of certifying new technologies in this sector, when experience has not yet proven their suitability and reliability, making it a rather lengthy process. Nevertheless, it is known that or some NDT inspections the POD is only adequate if a great amount of structural work to allow to access certain items in order to perform a certain inspection. Being so certain inspections can only be performed at major maintenances, when the aircrafts are torn down, which are only performed with large time intervals, which, in some cases, may show itself short. On the other hand, classical NDT methods when used on new materials, such as certain composites, that are part of the most recent aircraft structures, sometimes are seen to struggle to efficiently obtain good POD´s. 175 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Thus being, one way to overcome these problems is to recur to the continuous structural health monitoring of certain parts, where adequate POD methods can be a priori included. In fact, the Portuguese Air Force has not been indifferent to such issues and has participated in R&D projects that aim for the development of such systems, which are designed to provide continuous structural information to be integrated with the NDT inspection results from the scheduled maintenance plans, thus allowing for a closer and more accurate follow up of the aircrafts structural conditions (Antunes, et al., 2014). Chapter 4: Conclusions In this review article, it was shown that NDT plays a key role within the Portuguese Air Force. Not only, it contributes for the sustainment of aircrafts, as being a substantial part of maintenance plans, as shown in the First Chapter where the relative importance of the NDT inspections is presented for several aircrafts, but also as it was shown to be an essential tool in engineering various assessments. Specifically this article showed its importance supporting repair definitions (Case Study 6); supporting the structural conditions of aircrafts which were to be put back to service (Case Study 2 and Case Study 4); supporting the safe operation of aircrafts beyond their initial design life (Case Study 1); and supporting important engineering decisions (Case Study 3, Case Study 5 and Case Study 7). Additionally, this article (in Case Study 7) evidenced the importance of need for the thorough understanding of the type of defects searched, and of the techniques used, for some NDT assessments in the Military Aerospace Sector, that often go far beyond the accomplishment of inspections and evaluations, justifying the continuous investment of the Portuguese Air Force in qualifying one Aeronautical Engineer to became an NDT Technician Level III, every 5 years. Additionally, it was highlighted in the last chapter, that despite the fact that classical NDT methods are yet the only ones used for the airworthiness guarantee of the Portuguese Air Force aircrafts in the maintenance plans, the Portuguese air Force is aware that the investment in new technologies for the assessment of the structural condition of the aircrafts is essential, specially for aircrafts with new materials in which the classical methods sometimes struggle to obtain good results in efficient ways. References Antunes, P., Dias, G., Viana, J., Dores, D., Cabral, T., Duarte, D., et al. (2014). A Structural Health Monitoring methodology based on the combination of in-flight and simulated data: A practical application in helicopter components. AA&S 2014 - The Aircraft Airworthiness & Sustainment Conference . Blom, E. A. ( 1993). 14th PLANTEMA MEMORIAL LECTURE, Damage Tole. In - ICAF, Durability and Structural Integrity of Airframes, Volume I, Proceedings of the 17th symposium of the international committee on aeronautical fatigue,. stockholm, sweden. 176 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Bruhn, E. (1973). “Analysis and Design of Flight Vehicle Structures”,. Jacobs Publishing Inc. Duarte, D. (2014). An overview of case studies in Sustainment Engineering and Failure Analysis within the Portuguese Air Force . ICEFA VI - Failure Analysis Sixth International Conference. Lisboa: Elsevier. Marado, B. (2004). Aircraft Life Concepts and Life Extension. Setubal, Portugal. 177 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.3 ESTADO ATUAL DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO DE FORMAÇÃO PARA ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NO SETOR AERONÁUTICO NACIONAL Rui Simões; Diogo Duarte; Bruno Serrano; Patrícia Pereira Força Aérea Portuguesa - Direção de Engenharia e Programas RESUMO A norma EN 4179 e o Regulamento Europeu CE 2942/2003, Anexo II – Parte 145, pressupõem a existência de Comités Científicos responsáveis por legislar e controlar os Centros de Formação e Examinação em END em cada país. O Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos (CANEND) surgiu em 2006 como entidade reguladora desta atividade a nível Nacional, sendo reconhecida pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e pela Força Aérea Portuguesa (FAP) como a entidade tecnicamente responsável por essa regulamentação. A FAP pertence ao CANEND com os estatutos formais de membro observador e de membro efetivo, desde 2010, assumindo presentemente o papel de secretário deste Comité. O Comité é composto por cinco membros efetivos que representam as Organizações, que à data da sua criação, detinham as maiores valências técnicas e materiais em END para o Setor Aeronáutico em Portugal (OGMA, SATA, FAP, TAP e Aerohélice), e tem como membros observadores representantes as Autoridades Nacionais de Aviação Civil e Militar (INAC e Autoridade Aeronáutica Nacional), contando ainda com o ISQ como membro honorário. A atuação do Comité, desde 2006, tem-se centrado no reconhecimento dos Níveis 3 (N3) das Organizações, no reconhecimento de Centros de Formação e Examinação internos e externos que reúnam as condições necessárias para ministrar formação e examinação de acordo com os requisitos da norma EN 4179 e no reconhecimento de examinadores que possuam qualificações, certificações e experiência adequadas à administração de formação e examinação. A FAP fez um esforço para implementar um sistema de Formação e de Certificação de pessoal que refletisse todos os requisitos da norma EN 4179, e que estivesse de acordo com as diretivas de formação e qualificação definidas pelo CANEND, pelo que presentemente reúne todas as condições necessárias para se instituir como Centro de Formação e Examinação aprovado por esse Comité. Especificamente, a FAP tem atualmente capacidade para ministrar formação a técnicos END do setor aeronáutico, cumprindo com todos os requisitos da norma EN 4179, nos métodos de Correntes Induzidas (ET), Ultrassons (UT), Líquidos Penetrantes (PT) e Partículas Magnéticas (MT). Perspetiva histórica e Evolução A norma EN 4179 e o Regulamento Europeu CE 2942/2003, Anexo II – Parte 145, pressupõem a existência de Comités Científicos responsáveis por legislar e controlar os Centros de Formação e Examinação em END em cada país. O Comité Aeroespacial Nacional de Ensaios Não Destrutivos (CANEND) surgiu em 2006 como entidade reguladora desta atividade a nível Nacional, sendo 178 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 reconhecida pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e pela Força Aérea Portuguesa (FAP) como a entidade tecnicamente responsável por essa regulamentação. A FAP pertence ao CANEND com os estatutos formais de membro observador e de membro efetivo, desde 2010, assumindo presentemente o papel de secretário deste Comité. O Comité é composto por cinco membros efetivos que representam as Organizações, que à data da sua criação, detinham as maiores valências técnicas e materiais em END para o Setor Aeronáutico em Portugal (OGMA, SATA, FAP, TAP e Aerohélice), e tem como membros observadores representantes as Autoridades Nacionais de Aviação Civil e Militar (INAC e Autoridade Aeronáutica Nacional), contando ainda com o ISQ como membro honorário. A atuação do Comité, desde 2006, tem-se centrado no reconhecimento dos Níveis 3 (N3) das Organizações, no reconhecimento de Centros de Formação e Examinação internos e externos que reúnam as condições necessárias para ministrar formação e examinação de acordo com os requisitos da norma EN 4179 e no reconhecimento de examinadores que possuam qualificações, certificações e experiência adequadas à administração de formação e examinação. A FAP fez um esforço para implementar um sistema de Formação e de Certificação de pessoal que refletisse todos os requisitos da norma EN 4179, e que estivesse de acordo com as diretivas de formação e qualificação definidas pelo CANEND, pelo que presentemente reúne todas as condições necessárias para se instituir como Centro de Formação e Examinação aprovado por esse Comité. Especificamente, a FAP tem atualmente capacidade para ministrar formação a técnicos END do setor aeronáutico, cumprindo com todos os requisitos da norma EN 4179, nos métodos de Correntes Induzidas (ET), Ultrassons (UT), Líquidos Penetrantes (PT) e Partículas Magnéticas (MT). A motivação do Centro de Formação e Examinação De acordo com os requisitos da norma Europeia EN 4179, a qualificação e examinação dos técnicos END que realizam inspeções no setor aeronáutico tem de ser feita em Centros de Formação e de Examinação Reconhecidos pelo NANDTB (National Aerospace Non Destructive Testing Board) de cada país, sendo que este, em Portugal, é o CANEND. O CANEND, desde a sua constituição, tem tido como uma das suas atividades primárias o reconhecimento das Organizações Internas e Externas, Nacionais ou Estrangeiras que reúnem as capacidades necessárias para ministrar uma formação e examinação que cumpra com todos os requisitos da norma EN 4179, passando estas a fazer parte de listas emitidas e atualizadas pelo CANEND, que atestam a adequabilidade técnica, logística e humana das organizações para ministrarem formação e examinação na área dos END para o Setor Aeronáutico. A figura seguinte sintetiza este processo de reconhecimento, apresentando as Organizações Nacionais que já foram submetidas ao processo de reconhecimento pelo CANEND. 179 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 1- Processo de reconhecimento dos Centros de Formação e Examinarão pelo CANEND A garantia de que a formação e a examinação cumpre com os requisitos da Norma EN 4179 é assegurada pelo processo de reconhecimento dessas organizações e pelo seu controlo através de auditorias realizadas pelo Comité de três em três anos. A norma EN 4179 permite que a experiência prévia na realização de inspeções adquiridas pelos técnicos na realização de inspeções END em aeronaves, ou em componentes de aeronaves, numa determinada Organização, desde que a formação, examinação e experiência dos Técnicos seja reconhecida e validada pelo N3 de cada Organização. Os processos de qualificação reconhecidos pelo CANEND para os Técnicos END em Portugal são de duas naturezas distintas (interna e externa) podendo ser usados de forma indiferenciada, desde que realizados em Centros de Formação e Examinação Reconhecidos pelo CANEND. 180 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 2 – Processos de Qualificação END aprovados O controlo do processo de qualificação e a garantia da qualidade da formação dos técnicos END que realizam inspeções a aeronaves ou componentes de aeronaves de acordo com a norma EN 4179 deve ser feito pelas Autoridades Aeronáuticas competentes através da verificação de que os Certificados de qualificação e de examinação dos técnicos são emitidos por Organizações com reconhecimentos pelo CANEND válidos à data da sua emissão. A forma adotada pelo CANEND para assegurar a qualidade da formação e examinação em END para o setor aeronáutico passa pela Qualificação dos Técnicos em Centros de Formação internos ou externos reconhecidos (validados), e por um sistema de examinação em que a Examinação Teórica (Geral e específica) e Prática dos Técnicos seja feita em Centros de Examinação reconhecidos pelo CANEND, sendo que a examinação Teórica Específica poderá ser complementada com exames adicionais administrados internamente pelos N3 das Organizações. Até à data não existe nenhum Centro de Formação e/ou Examinação Externo Nacional aprovados pelo CANEND, o que exige às organizações, sempre que necessitem de recertificar os seus técnicos, enviarem-nos a Centros no estrangeiro o que comporta custos elevados para as empresas do setor. Não obstante a capacidade de Examinação Interna da FAP e dos restantes membros do CANEND é consensual entre os membros que um sistema de examinação único é uma vantajosa e contribuição para o crescimento integrado e sustentado deste setor a nível nacional. Nesse sentido tem sido desenvolvido um extenso trabalho pelos membros do CANEND que visa a criação de um Centro de Examinação Nacional em END para todo o setor aeronáutico capaz de responder às necessidades de examinação das Organizações. A criação de um Centro de Examinação Nacional Comum, reconhecido e controlado pelo CANEND, passível de ser utilizado por todas as entidades do setor, garante a uniformização das matérias avaliadas, assegurando assim a qualidade da qualificação dos técnicos que realizam este tipo de ações de manutenção, em concordância com os requisitos da norma Europeia EN 4179 e com Regulamento Europeu CE 2942/2003, Anexo II – Parte 145. 181 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 A Génese do Centro de Formação e Examinação na Força Aérea A criação deste centro requer instalações dedicadas e ajustadas à formação, devendo ser dada primazia a um ambiente de instrução que difere naturalmente dos ambientes operacionais em que as instalações dimensionadas para a operação usualmente funcionam. A FAP, fruto de fazer parte da sua missão a formação continuada dos seus militares, criou um Centro dedicado para a Formação em END para o setor aeronáutico, sendo que estas instalações existem no Centro de Formação Militar e Técnico da Força Aérea (CFMTFA), e que estão sobre dimensionadas para as exclusivas necessidades de formação dos técnicos END da FAP, podendo ser potenciado pelo CANEND para todo o setor nacional, numa perspetiva de aliar sinergias. Capacidades instaladas no Centro de Formação e Examinação O CFMTFA tem presentemente capacidade para formação e examinação de técnicos Nível I e Nível II nos métodos de ET, PT, UT e MT. O Centro dispõe de instalações dedicadas à formação prática e teórica dos métodos referidos dispondo de 1 sala de formação dedicada à instrução teórica e de dois laboratórios dedicados à instrução prática de PT e de MT. A formação teórica dos métodos de ET e UT é feita com recurso a equipamentos portáteis na sala de formação. O centro dispõe ainda de capacidade de disponibilização de outras salas de instrução, caso seja necessário ministrar mais do que um curso em simultâneo. Figura 3 – Instalações do Centro 182 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Correntes Induzidas: Capacidade instalada para 6 formandos, com 4 equipamentos disponíveis: 1 Nortec 19E; 2 Nortec 2000; 1 Nortec 500. 1 Medidor de condutividades; Sondas de alta e baixa frequência; Rotor e sondas diferenciais; 30 Peças para instrução. Figura 4 –Equipamentos de Correntes Induzidas existentes no Centro Ultrassons: Capacidade instalada para 6 formandos, com 4 equipamentos disponíveis: 1 Krauftkramer; 1 Panametrics; 2 Nortec 1000. Sondas diversas de compressão e shear; 26 Peças para instrução. Figura 5 – Equipamentos de Ultrassons existentes no Centro 183 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Líquidos Penetrantes: Capacidade instalada para 8 formandos 1 Linha de Líquidos Penetrantes Em desenvolvimento duas tinas de lavagem e duas cubas para penetrantes, adicionais; 2 Cabines de inspeção; Método lavável por água; Pós-emulsionável hidrofílico; Cabine de revelação de pó seco. 54 Peças para instrução Figura 6 – Linha de Líquidos Penetrantes para instrução Partículas Magnéticas: Capacidade instalada para 8 formandos; 1 Linha de Partículas Magnéticas; 1 Bobine de desmagnetização; 2 Ímanes portáteis; 28 Peças para instrução. Figura 7 – Equipamentos fixos de Partículas Magnéticas para instrução 184 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 8 – Peças de instrução pratica Capacidade de Examinação: Segundo a norma EN 4179 as peças destinadas à examinação não podem ser utilizadas para formação prática e têm que estar devidamente segregadas. Nesse sentido foi criado um banco de peças CANEND suportada pelos contributos dos espólios das Organizações membros, para suprir as necessidades de examinação das respetivas organizações. Este banco de peças está presentemente apenas acessível para as Organizações constituintes deste Comité e que contribuem com espécimes para a sua manutenção. Todas as peças constantes no banco de peças estão catalogadas e foram validadas pelos níveis 3 do CANEND, existindo para cada uma delas uma ficha de registo de resultados que os níveis 3 podem consultar para escolha de peças com mais ou menos interesse para a administração particular de um ou de outro exame. O banco de peças de examinação é composto presentemente por: 27 Peças para examinação no método de ET; 25 Peças para examinação no método de UT (13 peças em liga metálica e 12 peças em compósito); 37 Peças para examinação no método de PT; 33 Peças para examinação no método de MT. 185 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Figura 9 – Peças de Examinação Segregadas Conclusões: Preferencialmente deverá existir um Centro de Examinação Único e Centralizado que reúna condições adequadas à administração de exames, num protocolo a ser celebrado entre a entidade examinadora e o Centro de Examinação. A existência de um Centro de Formação Reconhecido na FAP no CFMTFA, dedicado exclusivamente à formação em END permite as condições para a sua utilização como infraestrutura de suporte deste Centro de Examinação Único Nacional para a Realização de Exames na área dos END para todo o Setor Aeronáutico. Este Centro foi criado com a contribuição das Organizações membro do CANEND, que o suportam tecnicamente e que permitiram a criação do espólio de peças de formação e examinação que o centro neste momento possui, assim viabilizando a existência de um Centro Único desta natureza em Portugal, que contribui de forma significativa para o crescimento sustentável dos END a nível Nacional. 186 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STIV.4 AEND: LA CERTIFICACIÓN AERONÁUTICA EN ESPAÑA, PASADO, PRESENTE Y FUTURO Fermín Gómez Fraile Presidente de la Asociación Española de END. Presidente del Comité Español de Normalización en END (AENOR), Presidente del Comité Técnico del NANTDB español, Cionvenor del WG5 de Partículas Magnéticas del CE/TC 138 (*) Email:[email protected] ABSTRACT Esta presentación contiene las atividades de la Certificación Aeronáutica en Ensayos No Destructivos en España desde sus incios y la previsible evolución de esta certificación en los próximos años. 187 SESSÃO TÉCNICA V 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STV.1 IDENTIFICAÇÃO DO DANO EM LAMINADOS COMPÓSITO ATRAVÉS DA COMBINAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS Ricardo de Medeiros1(*), Hernani M.R. Lopes2, Rui M. Guedes3, Mário A.P. Vaz3, and Volnei Tita1 1 EESC-USP, Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Carlos, Departamento de Engenharia Aeronáutica, São Carlos, Brasil. 2 DEM/ISEP, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal. 3 FEUP, Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Departamento de Engenharia Mecânica, Porto, Portugal. (*)Email: [email protected] RESUMO A Monitorização da Integridade Estrutural (SHM – “Structural Health Monitoring”) é uma área de crescente interesse que utiliza abordagens inovadoras para aumentar a fiabilidade dos equipamenos e reduzir o número de intervenções. Por outro lado, as tarefas de manutenção e reparação das aeronaves comerciais representam cerca de um quarto dos seus custos operacionais. Assim, um sistema SHM instalado na estrutura permitirá garantir maior segurança e fiabilidade, mas também maximizar o intervalo de inspeção para aviões. Portanto, o sistema SHM permite substituir o habitual plano de manutenção preventiva pela manutenção condicionada, reduzindo os custos operacionais do avião e prevenindo manutenções desnecessárias. Neste caso, o emprego de um sistema SHM permitiria uma monitorização contínuo da estrutura, prolongando a sua vida através do diagnóstico precoce de danos. Uma outra aplicação para um sistema SHM, consiste em monitorar de partes da aeronave cujo acesso é difícil. Trata-se muitas vezes de elementos críticos de segurança estrutural, que durante inspeções programadas, requerem ampla desmontagem, acarretando custos e tempos de paragem elevados. Além disso, baseado no completo histórico de ocorrência, o sistema SHM também pode realizar um prognóstico da estrutura, prevendo a vida remanescente e a sua resistência residual. Diante desse cenário, o objetivo geral do trabalho consiste em desenvolver um metodologia capaz de identificar, localizar e quantificar o dano em estruturas fabricadas em material compósito, através da combinação de diferentes técnicas. Primeiramente, métodos baseados na resposta vibratória são aplicados com objetivo de identificar a ocorrência ou não de dano na estrutura. Tendo como esse objectivo em mente, foram realizados em ensaios experimentais em placas retangulares laminadas em fibras de carbono e resina epóxi. Três diferentes tipos de dano foram avaliados: dano provocado por impacto, dano no processo de fabricação (furo central) e delaminação. Sendo que este último foi provocado pela inserção de uma camada de teflon na região danificada, durante o processo de fabrico. O primeiro passo é a identificação das frequências naturais a partir da medição das Funções de Resposta em Frequência (FRFs) das estruturas intacta e danificada. Para tal, é utilizado excitação transiente causada pelo martelo de impacto, sendo a aquisição da resposta realizada através de quatro sensores piezoeléctricos montados na superfície em posições previamente definidas. Os resultados foram analisados por meio de diferentes métricas de dano, sendo estas comparadas em termos de sua capacidade de identificação de danos na estrutura. Em seguida procedeu-se à localizar e identificar da dimensão do dano recorrendo à técnica ótica de Shearography Speckle (SS). Esta técnica tem demonstrado grande potencial na detecção de dano em estruturas laminadas compósito. A identificação do dano a partir das 191 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 medições realizadas com a técnica SS, tem por base a análise das perturbações no campo de rotações causada de heterogeneidade das propriedades do material. Estas deformações anormais podem ser verificadas como deformações típicas de componentes defeituosos. A SS é um método de interferometria laser sensível ao gradiente de deslocamento de uma superfície na direção fora do plano. Sob a ação de um pequeno carregamento, a estrutura é deformada e a presença de defeitos/dano é revelada através de singularidades locais do campo de deformação observado à superfície. Por fim, apresenta-se as vantagens e limitações da utilização de métodos baseados em vibrações combinados com a Shearography Speckle no contexto de SHM INTRODUÇÃO A indústria aeronáutica é uma das mais inovadoras e sempre se vê obrigada a introduzir novos materiais (por exemplo: materiais compósitos) e novas tecnologias (por exemplo: estruturas inteligentes). Porém, ao mesmo tempo deve sempre atender a requisitos de certificação aeronáuticos a fim de garantir a aeronavegabilidade dos seus produtos. Dessa forma, o projeto aeronáutico torna-se extremamente desafiador, pois se por um lado, o mesmo visa à redução de custos de manutenção, a redução de peso da aeronave e dos custos diretos de operação, por outro lado, deve-se estar em conformidade com regulamentos rigorosos de aeronavegabilidade. Dentre as filosofias de projeto existentes atualmente, destacam-se: a “safe life” (vida segura) e a “damage tolerance” (tolerância ao dano). Em ambas as filosofias, principalmente esta última, preveem-se períodos de inspeção para regiões críticas da aeronave. No entanto, com base na literatura e na experiência de fabricantes e operadores, sabe-se que grande parte do custo associado às inspeções pode ser drasticamente reduzida, através do emprego de um sistema de manutenção acertadamente programado. Esta é uma tarefa muito difícil de ser atingida, principalmente, quando são usadas estruturas fabricadas em material compósito. Diante do cenário supracitado, o monitoramento da integridade estrutural (SHM – “Structural Health Monitoring”) surge como uma alternativa viável para não somente minimizar o número de inspeções periódicas, mas também para maximizar os acertos referentes às inspeções programadas. Portanto, o monitoramento da integridade estrutural pode substituir a manutenção programada por uma manutenção efetuada quando realmente necessário, reduzindo assim, o custo de operação da aeronave e prevenindo manutenções não previstas, que são altamente indesejadas. No caso específico de estruturas em material compósito fabricadas em fibras de carbono e resina epóxi, pode-se projetar a mesma com a inclusão de sensores, por exemplo, fibras de Bragg. Tais fibras constituem assim, em um sistema que permite monitorar a integridade estrutural e pode auxiliar na identificação e localização de um dano, bem como, na previsão da extensão do mesmo. Portanto, o sistema SHM deve ser capazes de informar, a cada momento e durante a vida útil de uma estrutura, sobre o "estado" das diferentes partes ou do conjunto que constituem a estrutura como um todo. Esse “estado” da estrutura deve permanecer no domínio especificado no projeto, embora isso possa ser alterado pelo envelhecimento normal, provocado pelo uso, ação do meio ambiente e por eventos acidentais. Com base no histórico completo de eventos ocorridos, tem-se que o sistema SHM também pode fornecer um prognóstico do “estado” da estrutura, informando, por exemplo: a vida, a resistência e a rigidez residual. Assim, conhecer a integridade de estruturas em serviço e em tempo real é um objetivo muito importante para os fabricantes (equipes de projeto) e para os operadores (equipes de manutenção). Principalmente, 192 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 se a estrutura em estudo é fabricada em material compósito, pois, neste caso, a previsão dos mecanismos de dano e falha durante a etapa de projeto é extremamente complexa. Refira-se que as estruturas em material compósito apresentam não somente anisotropia, mas também heterogeneidade, acarretando assim em um processo de falha singular (Tita, 2003; Tita et al., 2008). Os sistemas de monitoramento da integridade estrutural (SHM) destacam-se pela variedade de técnicas, que podem ser adotadas e combinadas para melhor caracterizar o comportamento da estrutura. Por consequência, constata-se, assim, uma diversidade de estruturas e materiais desenvolvidos para monitorar os danos. Tais danos comprometem sensivelmente a segurança do voo e podem ser decorrentes do processo de envelhecimento das estruturas. Neste caso, o emprego de um sistema SHM permitiria fornecer um monitoramento contínuo da estrutura, prolongando a vida da mesma através do diagnóstico precoce de danos. Outro emprego extremamente estratégico para um sistema SHM consiste em monitorar regiões da aeronave cujo acesso é difícil. Trata-se muitas das vezes de elementos críticos de segurança estrutural, que durante inspeções programadas, requerem ampla desmontagem, acarretando um custo elevado da tarefa de manutenção. Sendo que tal aspecto é válido tanto para estruturas metálicas como estruturas em material compósito. A simples instrumentação e desenvolvimento de novas técnicas de identificação impulsionaram o desenvolvimento nos últimos anos de sistemas SHM com base nas mudanças nas características de vibração da estrutura. Avanços importantes neste campo tem sido discutidos por Doebling et al. (1996); Salawu (1997); Doebling et al. (1998); Zou et al. (2000); Carden and Fanning (2004); Montalvão et al. (2006); Worden et al. (2008); Fan and Qiao (2011); Liu and Nayak (2012), que apresentaram revisões abrangentes sobre sistemas SHM. Por outro lado, as técnicas de interferometria óptica têm sido largamente investigadas nas últimas quatro décadas, provaram ser ferramentas robustas e muito eficazes na inspecção não destrutiva de estruturas (Hung, 1997; Hung and Dahuan, 1998; Sirohi et al., 1999; Gomes et al., 2000; Santos et al., 2004). As técnicas ESPI (Electronic Speckle Pattern Interferometry) e Shearografia (Speckle Shearography) são dois exemplos de interferómetros ópticos actualmente utilizados para a inspecção não destrutiva de estruturas em material compósito. Estas são técnicas de campo que permitem medir a informação sobre uma superfície e localizar facilmente as perturbações da sua resposta estrutural. O princípio da técnica Shearografia foi pela primeira vez demonstrado por Leendertz e Butters (1973) através da construção do interferómetro Michelson para medir a rotação numa superfície. A Shearografia é sensível ao gradiente dos deslocamentos fora-do-plano, pois o gradiente dos deslocamentos medido pode assumir-se como uma boa aproximação ao campo de rotações da superfície (Kreis, 2005). A detecção de danos com esta técnica é baseada na comparação de dois estados de deformação do objecto. Neste processo, diferentes métodos de excitação são usados dependendo do tipo de defeito e do material utilizado. A eficácia destas técnicas depende de vários factores, designadamente: características do material, natureza do defeito e método de excitação dos deslocamentos fora-do-plano. Na grande maioria dos casos, as fontes de excitação térmica, depressão ou impacto são as mais eficazes na localização de descolamentos interlaminares (Hung, 1997; Gomes et al., 2000; Santos et al., 2004; Ambu et al., 2006; Araújo dos Santos et al., 2006; Schmidt, 2009; Lasik et al., 2011; Balamurugan and Muruganand, 2013). 193 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 No entanto, uma técnica global para a caracterização do dano em materiais laminados compósitos ainda não está estabelecida, devido à heterogeneidade do material e complexidade do problema. Por outro lado, as técnicas baseadas na análise das perturbações no campo de rotações e curvaturas tem avançado, como mostra Araujo et al. (2008), Lopes et al. (2011). Mais recentemente têm sido propostas derivadas de alta ordem para a localização do dano, Abdo (2012). Por outro lado as técnicas de medição de campo têm mostrado grande potencial na caracterização da resposta da estrutura, permitindo definir novas metodologias para a caracterização do dano estrutural. Com base nestas ferramentas, diferentes trabalhos têm sido desenvolvidos por alguns dos autores do presente trabalho. Medeiros et al. (2012) estudou métricas e técnicas para o monitoramento de dano de uma viga encastrada-livre de alumínio. Medeiros et al. (2013) investigou a variação da resposta estrutural devido a presença de dano por impacto em estruturas cilíndricas de compósito. Medeiros et al. (2014a) estudou investigou juntas de compósito e titânio soldadas através dos métodos baseados em vibrações. Medeiros et al. (2014b) investigou o comportamento dinâmico de placas de compósito sujeitas ao dano provocado por carregamento de impacto. Neste trabalho apresenta-se uma metodologia experimental capaz de identificar, localizar e quantificar o dano em estruturas fabricadas em material compósito, através da combinação de diferentes técnicas. Primeiramente, métodos baseados na resposta vibratória são aplicados com objetivo de identificar a presença de dano na estrutura. Em seguida, buscou-se localizar e identificar a dimensão do dano, recorrendo à técnica ótica de Shearography Speckle (SS). Por fim, apresentam-se as vantagens e limitações da utilização de métodos baseados na resposta vibratória no contexto de SHM. MONTAGEM EXPERIMENTAL As análises experimentais foram realizadas em 4 placas de material compósito. Sendo que duas apresentavam oito camadas empilhadas a [0]8 e duas com 12 camadas empilhadas a [0/15/15/0/15/-15]s. Os corpos-de-prova são fabricados em fibra de carbono e resina epóxi (CFRP – Carbon Fiber Reinforced Polimer). As placas possuem 305mm de comprimento 245mm de largura, sendo que as duas primeiras têm 2,25mm e as restantes 3,30mm de espessura, respectivamente. A Tabela 1 sumariza a matriz experimental desenvolvida neste trabalho. Tabela 1 Descrição das placas ID Placa Sequencia Empilhamento Tipo de Dano Comprimento [mm] Largura [mm] Espessura [mm] P01 [0]8 Impacto 305 245 2,25 P02 [0]8 Impacto 305 245 2,25 P03 [0/15/-15/0/15/-15]s Impacto 305 245 3,30 P04 [0/15/-15/0/15/-15]s Impacto 305 245 3,30 194 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Primeiramente, as frequências naturais e as Funções de Resposta em Frequência (FRFs) para estrutura intacta e danificada por impacto são obtidas usando 4 transdutores piezoeléctricos (Fig. 1). O transdutor é do tipo MFC (Macro Fiber Composite) modelo M2814-P1, desenvolvido pela Smart Material Inc., o qual usa o modo d33 de piezeletricidade. Sabendo-se que o transdutor possui uma camada de fibra incorporada numa estrutura de polímero, o mesmo apresenta uma geometria total de 38mm de comprimento, largura de 20mm e 0,305mm de espessura. No entanto, devido ao encapsulamento, o mesmo têm uma geometria ativa de 28mm de comprimento e largura de 14mm. A excitação para os dois conjuntos de testes de vibração foi criada por meio de um sinal impulsivo gerado através do impacto de um martelo PCB Modelo 0860C3 (Piezotronics). A excitação foi realizada na posição 1 no lado de trás da placa. Fig.1 Representação esquemática da montagem experimental para análise de vibração A Figura 2 mostra os equipamentos utilizados na montagem experimental. O corpo-de-prova é suspenso por dois fios elásticos com objectivo de simular uma condição próxima de livre-livre. O transdutor piezelétrico e o martelo de impacto estão ligados ao equipamento de aquisição dinâmico de sinal LMS SCADAS Mobile, o qual é controlado pelo Software Test.Lab (LMS Test.Lab). Todo sinal registrado pelo equipamento consiste em 2048 pontos de amostragem para uma banda de frequências de 0-512 Hz. Além disso, para eliminar os efeitos de não linearidades e reduzir o ruído, os sinais são obtidos a partir de uma média aritmética de 5 registros para cada análise. 195 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.2 Montagem experimental para análise de vibração das placas Após a análise da resposta vibratória, com o fim de determinar de forma mais precisa a presença, a localização e a extensão do dano na estrutura, procedeu-se à aplicação da técnica ótica de Shearography Speckle para localizar e quantificar o dano na estrutura. Neste caso, foi utilizada a técnica de modulação temporal de fase para aumentar a resolução da técnica e, assim, medir o mapa de fase correspondente ao campo de rotações produzido para um dado carregamento térmico. Para uma solicitação uniforme e na ausência de danos, a resposta na placa apresenta um comportamento uniforme para o campo de rotações, algo que não acontece na presença de dano. Esta descontinuidade de material ao longo da espessura manifesta-se através de uma perturbação na amplitude do campo de rotações nessa região, a qual resulta da expansão térmica e/ou da diminuição da rigidez à flexão da placa (Lopes, 2007). Neste ensaio a placa é fixa numa das extremidades a um suporte de elevada rigidez e montada sobre uma mesa óptica da Newport® de modo a conferir maior estabilidade à montagem e à medição experimental (Fig. 3). O campo de rotações obtido pelo registro anterior e posterior à solicitação térmica é medido pelo sistema Shearografia, sendo o mapa de fase calculado recorrendo à técnica de modulação temporal de fase. A solicitação térmica é aplicada numa das faces da placa através do aquecimento da superfície durante 5 segundos com uma lâmpada de 500 W. Neste processo, a evolução das franjas correspondentes ao campo de rotações é acompanhada pela visualização em tempo real do mapa de interferência, obtido pela subtracção entre a imagem capturada em cada instante (imagem da deformada) e a primeira imagem gravada (imagem de referência). O conjunto das imagens no tempo é processado através das técnicas de cálculo de fase e filtragem de fase. 196 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.3 Montagem experimental da análise por Shearography Speckle. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Tabela 2 apresenta as diferentes frequências naturais medidas pelos transdutores piezoeléctricos, sendo estas obtidas para as placas intactas e danificas. É possível observar que, para as placas 1 e 2, o segundo e o terceiro modo apresentam significativas diferenças nas frequências. Isto deve-se ao fato da presença do dano alterar a rigidez da estrutura nestes modos. Entretanto, para as placas 3 e 4, é possível observar que as mesmas não apresentam grandes variações. Tal comportamento pode ser explicado pela diferença de empilhamento do laminado. 197 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Tabela 2 Frequências naturais obtidas experimentalmente para as placas intactas e danificadas ω1 [Hz] Placa 1 Placa 2 Placa 3 Placa 4 st ω2 [Hz] st ω3 [Hz] ω4 [Hz] nd nd ω5 [Hz] Modo 1 torsão 1 flexão 2 torsão 2 flexão 3rd torsão Intacta 61,7 154,7 165,2 226,0 254,7 Danificada 63,9 128,8 159,2 225,3 255,2 Diferença relativa 3,57% 16,74% 3,63% 0,31% 0,04% Intacta 58,4 147,8 156,7 224,9 250,7 Danificada 62,2 121,5 148,8 222,6 249,8 Diferença relativa 6,51% 17,79% 5,07% 1,02% 0,36% Intacta 106,3 145,7 264,9 332,5 381,4 Danificada 108,9 145,6 267,3 332,8 383,4 Diferença relativa 2,45% 0,07% 0,91% 0,09% 0,52% Intacta 107,5 147,4 267,6 332,7 384,1 Danificada 110,8 147,6 270,2 333,3 387,5 Diferença relativa 3,07% 0,14% 0,97% 0,18% 0,89% As Figuras 4 e 5 apresentam as FRFs para a estruturas intacta e danificada, respectivamente. Sendo que os dados foram obtidos através dos transdutores piezoeléctricos posicionados de acordo com a Fig. 1. É importante notar que Hij indicam o ponto de aquisição dos dados (i) e o ponto de excitação da estrutura (j), evidenciados na Fig 1. Fig.4 FRFs obtidas para as placas intactas através dos transdutores piezoeléctricos 198 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig.5 FRFs obtidas para as placas danificadas através dos transdutores piezelétricos A Figura 6 apresenta, para as placas 1-4, a comparação entre a estrutura intacta e danificada para a posição 1, ou seja H11 (conforme Fig. 1). Fig.6 Comparação entre a estrutura intacta e danificada considerando H11 Considerando as frequências naturais e as FRFs apresentadas nas Fig. 4-6, é difícil concluir a partir de uma observação direta se a estrutura apresenta dano. Assim, foi necessário recorrer a uma métrica de dano, a qual foi proposta por Da Silva et al. (2008). Esta métrica é obtida pela análise da resposta em frequência a partir dos dados de entrada e saída. A métrica é um índice com base no desvio quadrático médio (RMSD). Este índice de dano foi inicialmente proposto para 199 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 o sinal de impedância elétrica, entretanto, no presente trabalho foi adaptado para ser utilizado em análise de vibração. A expressão indica que valores superiores a zero ocorrerão se houver alguma variação na resposta estrutural, e iguais zero se a estrutura não apresentar danos. A Tabela 3 apresenta os resultados para as diferentes placas e posições dos transdutores piezoeléctricos. Nesta é possível observar que as placas com empilhamento a [0]8 apresentam um índice de dano mais elevado quando comparado com as placas com empilhamento [0/15/15/0/15/-15]s. Tal comportamento pode ser explicado pelo empilhamento do laminado, enquanto que nas placas a [0]8 tem um dano de matriz propagando-se ao longo das fibras na região de impacto. Nas placas com sequência de empilhamento [0/15/-15/0/15/-15]s, o dano é concentrado na região de impacto. Tabela 3 Índice de Dano Danificada Placa Intacta H11 H21 H31 H41 P01 0,00 0,3049 0,5147 1,1240 1,4743 P02 0,00 0,3364 0,4324 1,5299 2,6301 P03 0,00 0,0762 0,2162 0,1953 0,1906 P04 0,00 0,0971 0,1562 0,3114 0,2004 Após a verificação se a estrutura está danificada, o próximo passo é a aplicação da técnica shearoragrafia para através da análise das perturbações no campo de rotações localizar e quantificar de forma aproximada a extensão do dano na estrutura. Os mapas de fase depois de filtrado obtido para uma solicitação térmica com gradiente Δx =10mm podem ser observados nas Fig. 7 e 8. (a) (b) Fig.7 Mapa de fase Δx = 10mm obtido para (a) Placa 1 e (b) Placa 2 200 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 (a) (b) Fig.8 Mapa de fase Δx = 10mm obtido para (a) Placa 3 e (b) Placa 4 A análise dos padrões de franjas no mapa de fase da Fig. 7 revela a presença de um dano, coincidentes com a localização dos impacto. Assim como, a análise dos padrões de franja no mapa de fase da Fig. 8. É possível verificar que devida a sequência de empilhamento as placas 1 e 2 apresentaram dano ao longo da fibra. Enquanto as placas 3 e 4 apresentaram dano concentrado na região de impacto. CONCLUSÕES Neste trabalho procurou-se desenvolver uma metodologia capaz de identificar, localizar e quantificar o dano em estruturas fabricadas em material compósito, através da combinação de diferentes técnicas experimentais. Primeiramente, utilizou-se a técnica baseada na análise das FRFs para identificar o dano na estrutura, em seguida utilizou-se a técnica ótica interferométrica para através da análise das perturbações no campo de rotações localizar e quantificar de forma aproximada a extensão do dano na estrutura. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a aplicação de métodos baseados nas FRFs permite de modo eficaz detectar o dano em placas de material compósito, desde que o mesmo seja combinado com o cálculo de métricas de dano. Este método tem a vantagem de ser facilmente implementado e apresentar um baixo custo. Além disso, o mesmo apresenta uma informação sobre o estado global da estrutura. A técnica de Shearografia Speckle revelou-se muito eficaz na localização de danos de pequena dimensão, os quais muitas vezes não são detectados através de inspeção visual. Além disso, esta técnica pode realizar uma investigação rápida e traz outros benefícios, como o facto de realizar a medição sem contato e de campo. A técnica demonstrou ser uma boa alternativa para estimar danos em estruturas laminadas, principalmente para danos do tipo delaminação, ruptura da fibra e da matriz. Portanto, a metodologia proposta baseada na resposta em frequência combinada com a técnica interferométrica de shearografia pode ser utilizada para detectar, localizar e, principalmente, 201 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 fornece uma estimativa da extensão dos danos em estruturas de material compósito, podendo vir a ser integrada a sistemas SHM. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP Processo n°. 2012/01047-8) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES Processo n°. 011214/2013-09) pelo financiamento do presente trabalho de pesquisa. Além disso, os autores agradecem, também, ao CNPq e a FAPEMIG pelo financiamento parcial através do INCT-EIE. Os autores gostariam de destacar que este trabalho também foi parcialmente financiado pelo Programa USP/UP, que é um acordo de cooperação científica estabelecida entre a Universidade do Porto (Portugal) e da Universidade de São Paulo (Brasil). REFERENCIAS Abdo MAB. Damage detection in plate-like structures using High-Order mode shape derivatives. International Journal of Civil and Structural Engineering, 2012, 2, p. 801-816. Ambu R, Aymerich F, Ginesu F, Priolo F. Assessment of NDT interferometrictechniques for impact damage detection in composite laminates. Composites Science andTechnology, 2006, 66, p. 199205. Araújo Dos Santos JV, Lopes HMR, Vaz M, Mota Soares CM, Mota Soares CA, De Freitas MJM. Damage localization in laminated composite plates using mode shapes measured by pulsed TV holography. Composite structures, 2006, 76, p. 272-281. 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A sua aplicação sem contacto e com medições de caráter global recomendam-nas para diversas situações em que a interferência com o comportamento do objeto deve ser minimizada. Para além destas técnicas de imagem, outra baseada na tecnologia de fibra óptica e nos sensores de Bragg tem surgido como técnica de grande potencial na monitorização estrutural, principalmente quando operadas segundo sistemas de telemetria. Neste trabalho faz-se uma análise comparativa destas técnicas e na sua aplicação prática. INTRODUÇÃO Impulsionadas pelas exigências de fabrico, estão hoje em dia disponíveis várias técnicas de Inspecção Não Destrutiva INDT. Estas técnicas estão classificadas em diferentes categorias. Dentro das técnicas de imagem, as técnicas de interferometria laser, nomeadamente (Sherography e ESPI), a termografia, quer seja passiva ou activa e a correlação de imagem têm, nos últimos anos, surgido como ferramentas válidas de enorme potencial na análise da integridade estrutural e com aplicação nas mais variadas áreas, tais como: aeronautica, aeroespacial, médica, eletrónica, automóvel, construção, etc. Sendo técnicas de imagem são utilizadas na avaliação estrutural do material sem afetar a sua integridade física uma vez que todo o processo de estimulação e aquisição é feito sem contato. Tanto as técnicas de interferometria como a correlação de imagem são baseadas na análise dos padrões de deformação. Por sua vez a termografia ativa e passiva é baseada na análise dos padrões de temperatura. Na Fig. 1 podem ver-se os resultados obtidos com ambas as técnicas na deteção de alguns defeitos contidos numa placa e colocados a diferentes profundidades. Uma outra técnica de monitorização estrutural apoia-se na utilização de sensores ópticos discretos que são uma versão em fibra óptica do extensómetro eléctrico, possuindo no entanto uma série de vantagens, entre as quais se podem destacar: imunidade electromagnética, isolamento eléctrico, baixo peso, flexibilidade, resistência, etc., tem vindo a ganhar terreno às técnicas convencionais. Estes sistemas e esta tecnologia têm encontrado aplicações nas mais diversas áreas desde a aeronáutica, aeroespacial, civil, etc. 205 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 O sistema representado na Fig. 2, é um sistema desenvolvido no âmbito do projecto WindMeter, em colaboração com a empresa Fibersensing e o INEGI como consultor tecnológico em monitorização estrutural em geradores de energia eólica. O sistema de monitorização desenvolvido é baseado nos sensores de Bragg, e é composto por 1 unidade de medição por “hub” e 4 sensores de deformação por pá, incluindo ainda sensores de temperatura para compensação dos efeitos. Neste sistema as deformações nas pás são obtidas em tempo real com o gerador a funcionar. RESULTADOS E CONCLUSÕES Os resultados obtidos na aplicação destas técnicas têm demonstrado o grande potencial destas técnicas na análise e monitorização da integridade estrutural. Quando comparadas, apresentam vantagens e desvantagens podendo complementar-se e constituir assim ferramentas com elevadas capacidades na análise da integridade de estruturas, com aplicação nas mais diversas áreas. Fig.1 Imagens obtidas por Shearography e termografia ativa lock-in respetivamente, na análise de uma placa compósita com diversos defeitos. Fig.2 Sistema de monitorização estrutural WindMeter, array de sensores e interrogador. 206 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 REFERÊNCIAS Monteiro, J., Santos, F., Chousal, J., Vaz, M., and Silva, J.F., “A Michelson Type of Shear Interferometer for Non Destructive Inspection of Debondings in Structures”, 15th International Thermal Spray and Exhibition, Nice, France, 25-29 Maio 1998.. Huth, St., O. Breitenstein, A. Huber, D. Dantz, U. Lambert, and F. Altmann; "Lock-in IRthermography - A novel tool for material and device characterization"; Solid State Phenomena 8284, p 741-746 (2002). Chia Chen Ciang1, Jung-Ryul Lee1 and Hyung-Joon Bang2 Structural health monitoring for a wind turbine system: a review of damage detection methods Meas. Sci. Technol. 19 (2008). R. W. Hyers1, J. G. McGowan1, K. L. Sullivan1, J. F. Manwell1 and B. C. Syrett2 Condition monitoring and prognosis of utility scale wind turbines Energy Materials 2006 VOL 1 NO 3. 207 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STV.3 BIODIESEL PROPERTIES CHARACTERIZATION BY ULTRASOUND SPEED Jaime B. Santos a, Maria del Carmen Talavera-Prieto b, Abel G.M. Ferreira b, Mario J. Santos a a Department of Electrical and Computers Engineering, University of Coimbra, Polo II, Rua Silvio Lima, 3030-970 Coimbra, Portugal b Department of Chemical Engineering, University of Coimbra, Polo II, Rua Silvio Lima, 3030-970 Coimbra, Portugal ABSTRACT Unlike the petrodiesel, biodiesel is a renewable fuel offering important benefits including reduction of green-house emissions, biodegradability, and non-toxicity. Biodiesel shows total miscibility with petrodiesel and compatibility with modern engines. However, property changes associated with the differences in chemical structure between biodiesel and petroleum-based diesel fuel may change the engine’s injection timing. The properties that will have the greatest effect on the fuel injection timing are the speed of sound, the isentropic bulk modulus, and the viscosity. The objective of this study was to measure the ultrasound speed of biodiesel and the pure esters that are the constituents of biodiesel at atmospheric pressure from a minimum of 288.15 K to a maximum of 353.15 K. The results were then combined with available density data from literature to calculate the isentropic compressibility and the molecular compressibility of esters and biodiesel. The results for molecular compressibility evidenced an almost independent behaviour versus the temperature for the considered. INTRODUCTION Biodiesel is currently of interest due to high energy demand, the limited resource of fossil fuel and environmental concerns. Made from vegetable oil, such as cottonseed oil, soybean oil, rapeseed oil or animal fat, biodiesel is a renewable, biodegradable, non-toxic and clean-burning fuel, producing favourable effects on the environment [1]. The most common method for producing this fuel is transesterification, a chemical process in which an alcohol, usually methanol, reacts with triglycerides to generate biodiesel and the by-product, glycerol in the presence of catalyst, usually alkaline (sodium hydroxide or potassium hydroxide) [2,3]. The biodiesel fuel must meet specifications contained in biodiesel standards, such as the (ASTM) D6751 and the EN14214 in Europe. Some of these specifications are related to the fuel quality such as completeness of transesterification reaction, storage conditions and other important properties as viscosity, density, oxidative stability, cetane number, and cold flow properties, depending all on the fatty acid composition of biodiesel. All injection process is strongly influenced by the thermophysical fuel properties. The properties of major influence in the injection time are the surface tension [4], the viscosity, and the isentropic bulk modulus [5], which is determined by the sound speed. Therefore, for the accurate design and maintenance of injection systems, the accurate knowledge of the sound speed of the fuel plays an important role. This work aims to evaluate the sound speed of the biodiesel fuels. 208 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 RESULTS AND CONCLUSIONS Five synthetic biodiesel samples composed by different esters were prepared, and also a cotton seed biodiesel sample was produced by transesterification of the cotton seed oil. The respective speed of sound was measured by using a cell. The results are reported at atmospheric pressure and temperatures ranging from 298.15 to 353.15 K. The speed of sound was combined with density to calculate the isentropic and molecular compressibility for the biodiesel samples studied in this work. The experimental speed of sound in synthetic samples and in the produced cottonseed biodiesel are shown in Fig. 7. It can be observed that they fall in a narrow range of ca.11 m.s-1, and this range is almost independent of the temperature. The results for molar compressibility are presented in Fig. 8 versus temperature. It is clearly observed the molar compressibility (km) is an almost constant function of temperature. 1400 7.04 7.00 6.96 1300 km.103 u/(m.s-1) 1350 6.92 6.88 1250 6.84 1200 290 300 310 320 330 340 350 6.80 290 360 Fig. 7. Speed of sound of biodiesel (u) as function of temperature (T). Legend: ∆, SCS; ∇, SBT ; ○, SPF; □, SYGI; +, SYGII; 300 310 320 330 340 350 360 T/K T/K , PCS; (──) conventional diesel. Fig. 8. Molar compressibility (km) of biodiesel as a function of temperature (T). ▲,SCS; ▼, SBT; ●, SPF; ■, SYG1; , SYG2, ♦, PCS. The sound speed for six biodiesel fuels were measured at temperatures ranging from 298 to 353K and at atmospheric pressure using a new non-intrusive method. The speed of sound of the biodiesels is very well described by polynomial quadratic equations in temperature. The molar compressibility is a very weak function of temperature and can be considered as a constant depending on the substance over wide temperature ranges. It is expected that the prediction methods here developed for molar compressibility and speed of sound could produce useful correlations for other biodiesel properties as the cetane number and other exhaust emission related issues. 209 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 ACKNOWLEDGMENTS This research is sponsored by FEDER funds through the program COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade – and by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia –, under the project PEst-C/EME/UI0285/2013. REFERENCES [1] Kumar S, Yadav JS, Sharma VK, Lim W, Cho JH, Kim J, et al. Physicochemical properties of jatropha curcas biodiesel + diesel fuel no. 2 binary mixture at T = (288.15–308.15) K and atmospheric pressure. J Chem Eng Data 2011;56:497–501. [2] Ruwwe J. Metal alkoxides as catalysts for the biodiesel production. Chem Today 2008;26(1):26–8. [3] Martyn J, Earle MJ, Plechkova NV, Seddon KR. 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Different micrographic images of cast iron samples were analysed for the microstructure characterization and grain size determination. The attenuation results showed a power law dependence on frequency smaller than the observed for the stochastic regime. INTRODUCTION The effect of the metal microstructure on ultrasonic attenuation, namely the grain size, has been extensively investigated. The two main attenuation mechanisms are absorption and scattering. Despite the absorption be responsible for amplitude decreasing, grain scattering is predominant in the attenuation of polycrystalline metals (Mason, 1947). Ultrasonic grain scattering theories (admitting spherical grains with the same diameter filling all medium) have been summarized in three classical regimes: Rayleigh, Stochastic and Geometrical, depending of the relation between grain size and the wavelength (Papadakis, 1965). Later the unified theory took into account the grain size distribution and shape and was proposed to be valid for all the ratios of grain size to wavelength (Stanke, 1984). Although there are recent claims of experimental confirmation of the grain scattering theories, some questions remain, especially in the some kind of microstructures (Man, 2006; Liu, 2008). Despite the difficulties of obtaining in some cases accurate models of its behaviour, ultrasonic attenuation measurements are widely used for non-destructive evaluation and materials characterization, namely in the determination of grain size, tensile strength and yield strength (Klinman, 1981). From the echo signals expressions obtained using an immersion pulse-echo configuration, the attenuation α, in Np/m, was derived after manipulation. The following three different equations were obtained 𝛼1 = 𝛼2 = 𝛼3 = 1 2𝐿 1 2𝐿 1 2𝐿 ln (𝑅 2 ln ( ln ( 𝐴1 𝐴2 ) (1) 𝐴𝑠 (1−𝑅2 ) 𝐴1 𝐴𝑠 𝐴1 ) 𝐴1 2 +𝐴𝑠 𝐴2 ) (2) (3) where L is the sample thickness, R the reflection coefficient between the sample and the water, A1 the first backwall reflection, A2 the second backwall reflection and As the sample surface signal. 211 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 The main advantage of equation (3) when compared with (1) and (2) is the absence of the reflection coefficient that is frequency dependent and also influenced by the surface roughness. The used experimental ultrasonic system consists of a pulser/receiver, a broadband 20 MHz transducer, a precision positioning system and a digital oscilloscope. Six machined cast iron samples with 13.1 mm thickness (± 0.015mm) were tested in a pulse-echo configuration for attenuation determination purposes. For each sample, 10 signals were acquired in different locations and for each signal 52 averages are preform for signal-to-noise ratio improvement. RESULTS AND CONCLUSIONS The frequency dependent attenuation was obtained using equation (3), considering As, A1 and A2 as the frequency spectra of the time domain signals. The average result for all the tested samples is presented in Fig. 1. Due to frequency down-shift the central frequency is around 11 MHz. The standard deviation for the central frequency is 11.5%. A power law fitting curve was established (α=a f m), giving rise to a=1.75 and m=1.31, where f in the frequency in MHz. A high correlation (R2=0.976) was obtained. In Fig. 2 it is shown a micrograph of one sample used in the study. Fig.1 Measured attenuation as function of frequency Fig. 2 Micrograph of cast iron sample For the working frequency, considering the propagation velocity in cast iron (5560 m/s), the wavelength is around 550µm. According to Fig. 2 the mean grain size is about an order of magnitude smaller, indicating disagreement of the attenuation behaviour with the classical theory. ACKNOWLEDGMENTS This research is sponsored by FEDER funds through the program COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade – and by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, under the project PEst-C/EME/UI0285/2013. 212 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 REFERENCES Klinman, R., Stephenson, E. T.: Ultrasonic prediction of grain size and mechanical properties in plain carbon steel. Materials Evaluation. 39, 1981, p. 1116. Liu, D., Turner, J.A.: Influence of spatial correlation function on attenuation of ultrasonic waves in two-phase materials. J. Acoust. Soc. Am. 123, 2008, p. 2570. Mason WP and McSkimin, H.J. Attenuation and scattering of high frequency sound waves in metals and glasses. J. Acoust. Soc. Am., 19, 1947, p. 464. 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Optimal phacoemulsification energy levels is demanded for safety cataract removal. It is well established that the energy value is determined by the cataract hardness. This works shows that ultrasound methods can be used to noninvasively characterize and visualize the cataract lens hardness. INTRODUCTION A cataract is a clouding or opacity of the normally transparent crystalline lens of the eye. It affects more than 20 million people worldwide and it is the leading cause of vision loss. Generally, cataracts are a natural result of aging, but some eye injuries, medications and diseases like alcoholism and diabetes can also cause cataracts [1]. Actually, the phacoemulsification is the gold standard procedure to extract cataract and recover visual acuity. The inadequate phacoemulsification energy can disrupt the posterior lens capsule, and among other complications, cause a significant loss of the corneal endothelial cells [2], [3]. Thus, an optimal phacoemulsification energy is demanded for safety cataract removal. It is well established that the energy value is determined by the cataract hardness. RESULTS AND CONCLUSIONS Ultrasound parameters were assessed ex-vivo, in 202 porcine lens using a 25 MHz transducer. Cataract was induced in 140 lenses immersed over time in an ethanol:2-propanol:formalin solution. The velocity was computed by (1) the time of flight estimation (𝑉 = 2𝑑 ⁄Δ𝑡) and (2) using a reference signal without previous lens thickness knowledge (𝑉 = 𝑐 �(𝑡𝑠 − 𝑡𝑐 ⁄𝑡𝑏 − 𝑡𝑎 ) + 1�), where c is the ultrasound velocity in the solution, tc and ts are the propagation times for the path between the transducer and a reflector with and without the lens inserted, respectively, and ta and tb correspond to the propagation times of the waves from the transducer to the front and back faces of the lens, respectively. The attenuation was estimated based on: (1) the anterior and posterior capsule echoes, (𝛼(𝑓) = (20⁄2𝑑 ) 𝑙𝑜𝑔10 �(𝐴1 (𝑓)⁄𝐴2 (𝑓)) (𝑅12 ⁄𝑅21 )(𝑇12 𝑇21 )�), A1(f) and A2(f) are the amplitude spectra from the lens echoes, T12 and T21 are the transmission coefficients, and R12 and R21 are the reflection coefficients; (2) a reference signal from a reflector (𝛼(𝑓) = (20⁄2𝑑 ) 𝑙𝑜𝑔10 �(𝐴1 (𝑓)⁄𝐴2 (𝑓)) (𝑇12 𝑇21 )2 � − 𝛼𝑆 ), where A1(f) and A2(f) are the amplitude echoes received from the reflector in the solution without and with the lens inserted, and αs is the attenuation in the used solution for the path corresponding to the lens thickness. 214 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 For each lens, the B-Scan images (brightness-modulated images) and the Nakagami parametric images (2-D representation of the m parameter) were constructed. The ultrasound velocity using the amplitude spectrum method ranged from 1619±39 m/s in normal lenses to 1692±38 m/s in cataractous lenses. When using the planar reflector method, the velocity ranged from 1597±37m/s to 1670±32 m/s in normal and cataractous lenses, respectively. The frequency dependent attenuation values are 0.117±0.02 dB/mmMHz and 0.111±0.01 dB/mmMHz for lens without cataract and 0.212±0.03 dB/mmMHz and 0.18±0.02 dB/mmMHz for cataratous lenses, respectively for the first and second methodologies. The constructed B-Scan and Nakagami images show, over the cataract formation, an increase in the brightness intensity and in the m parameter respectively, characterized by an increased region with high scatterers concentration, from the cortex to the nucleus, which are responsible for lens opacity. B-Scan images (right) and Nakagami m images (left) for lenses: (a) without cataract; (b) 60 minutes; (c) 120 minutes; (d) and 180 minutes of immersion time. This works shows that ultrasound methods can characterize the lens tissue and cataract hardness, by ultrasound parameters evaluation. ACKNOWLEDGMENTS This research is sponsored by FEDER funds through the program COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade – and by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia –, under the project PEst-C/EME/UI0285/2013. REFERENCES [1] [2] [3] J. J. Kanski, Clinical diagnosis in ophthalmology, 1st ed. Philadelphia: Elsevier Mosby, 2006. A. Tabatabaei et al., “Evaluation of Posterior Lens Capsule by 20-MHz Ultrasound Probe in Traumatic Cataract,” AJOPHT, vol. 153, no. 1, pp. 51-54, 2012. K. Hayashi, M. Yoshida, S.-ichi Manabe, and A. Hirata, “Cataract surgery in eyes with low corneal endothelial cell density.,” Journal of cataract and refractive surgery, vol. 37, no. 8, pp. 1419-1425, 2002. 215 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 STV.6 ADVANCED PHASED ARRAY TECHNOLOGIES Dr.-Ing. Werner Roye Karl Deutsch Pruef- und Messgeraetebau GmbH + Co KG, Wuppertal, Germany Email: [email protected] ABSTRACT Acoustical Imaging by means of Phased Array Techniques are applied for material inspection purposes for many years. Now advanced techniques are available for stationary test systems and also for portable instruments, enabling high test speeds, high contrast and high resolution. STATIONARY SYSTEM Stationary test systems are equipped with the powerful Phased Array system Multi2000. According to the test task these systems can contain up to 1024 parallel channels, which enable the application of multiple and large array probes. As an example a test system is presented in this paper for the inspection of longitudinal tube welds. TF LF DF Test Reflectors Typical test reflectors are notches and drilled holes: Fig. 1: Test reflectors on longitudinal tube weld LF: Longitudinal Flaws, TF: Transverse Flaws, DF: Delamination Flaws Detection of longitudinal flaws Longitudinal flaws are detected using squirter probes with water coupling performing sector scans. The probes are coupled to the curved surface. The Multi2000 system provides correct data processing for curved surfaces. 216 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig. 2: Squirter probes for the detection of longitudinal flaws The overall test result can be presented as a C-Scan: Fig. 3: Typical C-Scan as top view on the weld Detection of transverse flaws A typical test reflector for transverse flaws is a through drilled hole (TDH). The upper and lower corner is detected by means of the following arrangement. Fig. 4: Test arrangement for transverse flaws 217 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig. 5: Echo dynamic curve with indications of upper and lower TDH corners Fig. 6: Mechanical B-Scan with indications of upper and lower TDH corners Detection of delaminations Delaminations in the heat affected zone and also lacks of fusion, if the pipe is cladded inside, are detected by straight beam insonification. Using a plane linear array and according focal laws, the sound enters perpendicularly to the curved surface, thus always providing an optimal reflection of the flaws which are parallel to the surface. Fig. 7: Detection of delaminations – Test arrangement and test result 218 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Fig. 8: Test system with moving pipe PORTABLE SYSTEM For on-site inspections the universal and portable instrument GEKKO is available. It supports the Phased Array Techniques by means of traditional sector scans and linear scans, TOFD (Time of Flight Diffraction) as well as the conventional UTtechniques with mono-element probes. New and unique are additional features like for example the TFM method, which enables an acoustical imaging with extremely high resolution. Fig. 9: Portable Phased Array System GEKKO 219 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Traditional Sector Scans, Linear Scans, C-Scans and TOFD Scans Fig. 10: Traditional sector scan (left) and 0° linear scan (right) By mechanically scanning the linear Phased Array over the object many B-Scans based on sector or linear scans are obtained. The overall result can be presented as C-Scan. Full data analysis is possible by moving the cursors in the C-Scan. The three dimensional data then can be analysed slice by slice in the B-Scans and pointwise in the A-Scans. Electronic l Mechanic l Fig. 11: 3D Imaging Sector and electronical linear scans provide a lateral resolution according to the focused sound beam, which typically has a diameter of several wavelengths. 220 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 This example presents a scan which was obtained using longitudinal waves with straight beam insonification. Angle beam insonification with shear wave yield according results. Fig. 12: TOFD imaging Left: TOFD Scanner with 2 probes and position encoder Right: Typical TOFD Scan with indications of surface, backwall and flaws New: Total Focusing Method (TFM) In order to improve the image resolution the Total Focusing Method TFM was developed and is now available in the GEKKO instrument. The ultrasonic data are captured and processed in such a way that an optimal resolution of one wavelength can be obtained. Fig. 13: TFM imaging (left: Principle, middle: PA probe on testblock, right: TFM B-Scan) The lateral resolution is one wavelength. In the given example an array with 5 MHz was applied for straight beam insonification with longitudinal waves in steel. This yields a wavelength of λ=1.2 mm. The side drilled holes in the vertical row have diameters of 1 mm. 221 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Due to this extremely high resolution TFM provides a defect sizing capability which is much more accurate compared to the standard echo amplitude methods DAC and DGS. In the following example a row of side drilled holes with diameters of 1.5 mm is imaged by TFM. The size and also the distance between the indications can be measured by means of cursors. Here the reflector size is determined exactly as 1.5 mm: Fig. 14: Sizing capability in a TFM B-Scan New: Application of Phased Array Matrix Probes The GEKKO instruments is designed for 64 parallel channels. This allows the application of matrix probes with 8 x 8 = 64 piezoelectric elements. Fig. 15: Phased Array Matrix Probe with 8 x 8 Elements 222 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 The advantage of phased array matrix probes is that the sound beam can be steered in two directions: Fig. 16: GEKKO menu for matrix arrays, right: sector scans for various skew angles Fig. 17: Presentation of 6 sector scans at skew angles of -45°, - 27°, -9°, +9°, +27° and+ 45° 223 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 In Figure 17 the upper left sector scan presents an echo indication which is obtained at a skew angle of -45°. The matrix technique enables for example a weld inspection with a detectability of longitudinal and oblique flaws at the same time. In the past an operator always swivelled his angle beam probe in order to capture also the oblique flaws. This can now be performed electronically and highly reproducible with the GEKKO. CONCLUSION This paper presents some new and advanced phased array technologies of the Multi2000 system for stationary testing machines and the portable instrument GEKKO for manual semi-mechanized testing. 224 POSTERS 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 MEDIÇÃO DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA SEM DANIFICAÇÃO DE AMOSTRAS Maria Rosa Duque (1) 1 Departamento de Física, Escola de Ciências e Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, Portugal. (*) Email: [email protected] RESUMO In this work, we present an apparatus used to measure the thermal conductivity of solid state materials. The method used has the advantage of do not be necessary to make holes in the samples to put temperature sensors. The time interval needed for measurement is small (only 60s) and a small computer can be coupled to the device in order to compute the thermal conductivity value needed. If necessary, the device can be used in field work. INTRODUCÃO Os aparelhos utilizados para a medição da condutividade térmica em amostras de materiais no estado sólido (rochas, solos, mas também materiais utilizados em construção) são, geralmente, feitas em laboratório, utilizando amostras convenientemente preparadas, sendo, muitas vezes, necessário perfurar as amostras para introduzir os sensores de temperatura, ou mesmo pulverizar a amostra. Apesar de já existirem vários tipos de aparelho que podem ser adquiridos por compra direta, o seu custo é muito elevado e, em geral, são concebidos para escalas não adaptadas às medições que pretendemos efetuar. O aparelho que apresentamos, baseia-se num método transiente, relativamente utilizado no mercado. As vantagens que apresentamos, residem no facto de o aparelho ter sido montado por nós, utilizar sensores de temperatura construídos e calibrados no Laboratório de Física da Universidade de Évora, não sendo necessário perfurar as amostras utilizadas que, depois da medição, poderão ser utilizadas no projeto a que foram retiradas. O intervalo de tempo necessário para fazer a medição é relativamente curto (cerca de 60 s para intervalo de aquecimento e mais alguns segundos para o cálculo final, quando o sistema estiver completamente em automático). Acoplado ao sistema existe uma placa de aquisição e tratamento do sinal emitido pelos sensores de temperatura. Este facto vai permitir-nos ter acesso imediato a temperaturas da amostra e valores da condutividade térmica. O SISTEMA UTILIZADO O sistema que apresentamos é constituído essencialmente por três partes distintas: A parte de aquecimento, formada por uma resistência elétrica, que deverá ser colocada na parte central da amostra. Pela resistência irá circular uma corrente elétrica e, por efeito Joule, iremos ter libertação de energia térmica e aumento de temperatura. A segunda parte é a responsável pela medição de temperatura. Os sensores utilizados são termopares, que estão colocados em pontos fixos, e que nos podem medir a temperatura em qualquer instante, durante todo o processamento. A terceira parte é constituída pelo sistema de recolha e processamento do sinal recebido e cálculo do valor da condutividade térmica. 227 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 As amostras utilizadas deverão ter forçosamente uma face perfeitamente lisa (onde é feita a medição) e as suas dimensões mínimas não deverão ser inferiores 10 cm de comprimento e 5 cm de largura. Poderão, no entanto, ser feitos ajustes ao sistema, de modo a poderem ser utilizadas amostras de menores dimensões. Devemos, no entanto, chamar a atenção para o facto de as rochas não serem homogéneas, havendo, muitas vezes, necessidade de fazer várias medições, em pontos diferentes da amostra, Neste caso justifica-se a utilização de amostras de maiores dimensões ou, na sua falta, a utilização de várias amostras. MEDIÇÕES EFECTUADAS As amostras utilizadas no laboratório, durante o desenvolvimento do sistema que se apresenta, são amostras de granito de diferentes dimensões. Os termopares utilizados como sensores de temperatura, são feitos de cobre e constantan, e o intervalo de tempo utilizado para aquecimento da amostra pode ir até 70s.A tensão utilizada no aquecimento e o intervalo de tempo da medição dependem do valor da condutividade térmica que se pretende medir. As variações de temperatura utilizadas variam entre 3,5 e 5,0 ºC. A amostra em estudo e todo o material utilizado (exceto a resistência de aquecimento) podem estar à temperatura do laboratório. Em amostras heterogéneas, o dispositivo permite obter o valor da condutividade térmica em pontos distintos da amostra. Também é possível, com o dispositivo descrito, fazer medições de condutividade em direções perpendiculares. CONCLUSÕES O dispositivo utilizado permite realizar medições de condutividade térmica em intervalos de tempo relativamente curtos. É possível, com o dispositivo apresentado, fazer medições em simultâneo, em pontos diferentes da amostra. As amostras utilizadas durante o estudo e montagem do dispositivo são amostras de granito, sendo a calibração feita com amostras de alguns metais. AGRADECIMENTOS A autora agradece aos técnicos que colaboraram na realização deste trabalho, de um modo especial aos senhores Sérgio Aranha e Samuel Bárias. Sem a sua ajuda preciosa, não teria sido possível desenvolver o trabalho referido. REFERENCIAS Wechsler, Alfred E. The probe method for measurement of thermal conductivity. In: Arthur D. Little, Inc. Cambridge, Massachusetts 02140, 1992, 6,p. 161-185. 228 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 CONSIDERAÇÃO DE ENSAIOS NÃO INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE DESTRUTIVOS EM PAVIMENTOS DE José Neves1(*) 1 Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal (*) Email: [email protected] RESUMO No presente artigo é feita a descrição dos principais ensaios não destrutivos (END) com vista à auscultação estrutural e funcional de pavimentos de infraestruturas de transporte, com maior enfoque no defletómetro de impacto (FWD). É apresentada também uma comparação bilateral realizada com o defletómetro de impacto portátil (DIP). O artigo apresenta as principais conclusões deste estudo experimental, bem como algumas recomendações para futuros ensaios de comparação interlaboratorial a realizar com o FWD. INTRODUÇÃO Os pavimentos das infraestruturas de transporte, nomeadamente de estradas e aeroportos, são estruturas da engenharia civil constituídas por várias camadas de materiais de diferentes natureza e processo de fabrico. A importância destas estruturas está principalmente na sua função estrutural, ao garantirem a adequada transmissão das cargas do tráfego à respetiva fundação, para além da função de assegurarem também as adequadas condições de conforto e segurança à circulação desse mesmo tráfego através das características de superfície, como por exemplo o atrito. O conhecimento das características físicas e mecânicas dos materiais e das camadas do pavimento é fundamental no âmbito da construção (garantia da qualidade final após a execução) e depois ao longo do ciclo de vida destas infraestruturas (apoiando a gestão da rede e as ações de conservação e reabilitação). Desde longa data que os ensaios de carga têm sido utilizados como ensaios não destrutivos (END) na avaliação da capacidade de carga dos pavimentos existentes. Nos anos mais recentes, a evolução deste tipo de ensaios tem estado sobretudo focalizada nos ensaios de defletómetro de impacto (Falling Weight Deflectometer) (FWD). Em complemento, interessa também conhecer a real estrutura física das camadas do pavimento e da fundação onde o radar de prospeção (Ground Penetrating Radar) (GPR) é um equipamento que tem demonstrado grandes potencialidades pois, ao permitir um conhecimento em contínuo da estrutura do pavimento, a necessidade de extração de material em sondagens (carotes e poços), processo correntemente utilizado, é substancialmente menor. Para além de END destinados à caracterização da estrutura dos pavimentos e da sua fundação (avaliação estrutural), outros ensaios são também utilizados no âmbito da caracterização das características de superfície, como por exemplo o atrito e a textura (avaliação funcional). Como exemplo da importância da realização de END em pavimentos, salienta-se o caso da utilização do FWD na caracterização estrutural dos pavimentos de infraestruturas aeroportuárias, 229 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 nomeadamente na avaliação obrigatória do PCN (Pavement Classification Number) das pistas, parâmetro fundamental na autorização concedida à sua utilização pelas aeronaves por parte da ICAO (International Civil Aviation Organization) e que é publicado na AIP (Aeronautical Information Publication) (FAA, 2011a). O artigo tem dois objetivos principais: 1) 2) Apresentar genericamente os principais equipamentos de END em pavimentos e, em particular, os equipamentos relacionados com a auscultação estrutural, ou seja, os equipamentos de medição da deflexão. Descrever o FWD com maior detalhe e, em particular, o defletómetro de impacto portátil (DIP) naquilo que tem sido a experiência da sua utilização em estradas e aeroportos pelo Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos do Instituto Superior Técnico (IST). Em 2010, o IST e o ex-Grupo de Engenharia e Aeródromos da Força Aérea Portuguesa (GEAFA) promoveram uma comparação bilateral com dois modelos de equipamentos: o modelo 3031 LWD da Dynatest; o modelo Prima 100 LFWD da Grontmij-Carl Bro. No artigo são apresentados os principais resultados deste estudo, descrevendo-se nomeadamente a análise da correlação das deflexões, do número de quedas da massa e da repetibilidade e reprodutibilidade da deflexão e da força de impacto (Lopes, 2010; Neves et al., 2012). Com base em todas as considerações apresentadas ao longo do artigo no âmbito destes objetivos, são dadas no final recomendações com vista a uma melhor decisão na escolha e utilização de equipamentos de END em pavimentos. Também se apresenta recomendações destinadas à preparação de ensaios de comparação interlaboratorial no âmbito dos ensaios de carga com o defletómetro de impacto, que está em curso pelo Grupo de Trabalho dos Ensaios de Campo (GT5) da Comissão Técnica RELACRE dos Materiais de Construção (CTR09) (Relacre@, 2014) e que se espera concretizar em 2015. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS EM PAVIMENTOS Equipamentos de ensaios não destrutivos A Fig. 1 apresenta as principais categorias de equipamentos destinados à realização de END em pavimentos de infraestruturas de transporte, que podem ser estabelecidas tendo em conta algumas orientações de classificação dos equipamentos apresentadas na bibliografia (Antunes, 1993; FAA, 2011b). Segundo a Federal Aviation Administration (FAA) (2011b), não só nas infraestruturas aeroportuárias mas também nas infraestruturas de transporte em geral, os END em pavimentos podem ser realizados com equipamentos agrupados em duas categorias principais: equipamentos com medição da deflexão (deflection testing equipment) e equipamentos sem medição da deflexão (nondeflection testing equipment). Por deflexão entende-se o assentamento vertical gerado num ponto da superfície do pavimento pela aplicação de uma determinada carga. De acordo com Antunes (1993), os END com medição da deflexão podem ser realizados com equipamentos de carga rolante ou de carga pontual. Nos ensaios de carga rolante, a carga aplicada ao pavimento é móvel pois é devida à passagem do eixo de um veículo de ensaio 230 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 normalizado. Nos ensaios de carga pontual, o equipamento aplica a carga num ponto da superfície do pavimento, ou seja, a carga é estacionária (pontual). Nesta categoria de ensaios a carga pode ainda ser considerada estática ou dinâmica. Quando a carga é dinâmica, a solicitação aplicada ao pavimento pelo equipamento pode ter a forma de impulso gerado por impacto (caso do defletómetro de impacto) ou a forma sinusoidal gerada por vibração (caso de equipamentos vibradores). A Fig. 2 ilustra a forma da solicitação no pavimento nos casos em que a carga dinâmica é aplicada por impacto (Fig. 2a) e por vibração (Fig. 2b). Fig.1 Categorias de equipamentos a) Impacto b) Vibração Fig.2 Solicitação no pavimento nos ensaios de carga dinâmica (adaptado de FAA, 2011b) Os END baseados em equipamentos de carga rolante são ensaios de carga com pneu que consistem basicamente em medir, à passagem do rodado do veículo de ensaio, a deflexão através de sistema adequado. Nos equipamentos em que houver a capacidade de medição em simultâneo da distância e do deslocamento, será possível obter a verdadeira e completa linha de influência da deflexão segundo o alinhamento de passagem do veículo de ensaio. O facto deste ensaio aplicar uma carga semelhante à do tráfego constitui a sua maior vantagem. Não obstante, a velocidade de passagem do rodado é reduzida comparativamente com a real velocidade do tráfego. Acresce ainda que o rendimento destes equipamentos é em geral baixo pois o ensaio é moroso e trabalhoso, interferindo bastante com a normal circulação do tráfego. O exemplo clássico deste tipo de equipamentos é a viga concebida por Benkleman – viga Benkelman – destinada à caracterização dos pavimentos no âmbito do ensaio AASHO (HRB, 231 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 1953). Posteriormente, outras evoluções foram sendo patenteadas como é o caso do Defletógrafo Lacroix (Vectra-esteio@, 2014) e do Curviâmetro (Vectragermany@, 2014) que foram equipamentos desenvolvidos em França e que permitem a medição da deflexão na zona de passagem dos rodados do veículo de ensaio com maior rendimento. Como exemplo, refere-se o caso do Curviâmetro que, à velocidade de 18 km/h, procede em simultâneo e em contínuo à medição da deflexão através de três sensores posicionados numa corrente com 15 m, que se move entre o rodado duplo do eixo traseiro onde é aplicada uma carga que pode variar de 80 a 130 kN. Por ter sido desenvolvido no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), refere-se ainda o defletógrafo LNEC que se trata de um veículo equipado com viga Benkelman e com transdutor de distâncias associado ao rodado, permitindo traçar graficamente a linha de influência da deflexão (Antunes, 1993; Fontul, 2004). O ensaio clássico de carga pontual é o ensaio de carga com placa adaptado desde longa data à caracterização dos pavimentos (Gomes-Correia et al., 1997). Para além de ser pontual, o ensaio consiste ainda na aplicação de uma carga estática (FAA, 2011b) o que constitui uma das suas principais limitações, pois a solicitação aplicada no pavimento não representa as reais condições de circulação do tráfego. Para além disso, trata-se de um ensaio extremamente moroso e trabalhoso na sua operação. Desta forma, a evolução do ensaio de carga pontual deu-se de forma a ter um maior rendimento de operação, possibilitando realizar um maior número de ensaios no pavimento, e ao mesmo tempo aplicar uma carga dinâmica que induza no pavimento uma solicitação mais próxima das condições de passagem do tráfego. Nos ensaios de carga pontual, o equipamento mais utilizado atualmente é o FWD que se baseia na aplicação de uma força de impacto no pavimento (Fig. 2a), gerada pela queda de uma massa sobre placa circular, e na medição das deflexões a várias distâncias da placa. Nos equipamentos de vibração, a carga aplicada ao pavimento é constituída por uma força sinusoidal que se sobrepõe à carga estática devida ao peso próprio do equipamento (Fig. 2b). Como exemplos deste tipo de equipamentos, tem-se o Road Rater e o Dynaflect, para pavimentos rodoviários, e o vibrador WES (U.S. Army Corps of Engineers, Waterways Experiment Station), para pavimentos aeroportuários. São os equipamentos mais ligeiros (Road Rater e Dynaflect) que apresentam a principal desvantagem dos equipamentos vibradores, pelos valores baixos das amplitudes das cargas que conseguem aplicar nos pavimentos, comparativamente à ordem de grandeza das cargas aplicadas pelos rodados dos veículos pesados. No caso do vibrador WES, é possível aplicar cargas de ordem de grandeza superior, tendo em conta que o equipamento foi concebido especialmente para aeroportos. No âmbito dos END que não passam pela medição da deflexão, podem ser referidos os equipamentos de auscultação da estrutura do pavimento, como é o caso do radar de prospeção (GPR), e outros equipamentos destinados à avaliação das características de superfície do pavimento, como por exemplo o atrito, a textura e a irregularidade (FAA, 2011b). Ensaios com o defletómetro de impacto No âmbito da avaliação estrutural dos pavimentos, o FWD é o equipamento de medição da deflexão que tem assumido a maior relevância na atualidade. 232 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 A Fig. 3 mostra esquematicamente o princípio de funcionamento geral do FWD: o sistema de aplicação da carga (força de impacto gerada pela queda de uma massa de determinada altura sobre a placa, com diâmetro pré-definido e equipada com sistema de amortecedores) (Fig. 3a) e o sistema de medição das deflexões (sensores posicionados numa viga e apoiados na superfície do pavimento) (Fig. 3b). A massa, a altura de queda e o número de amortecedores podem ser ajustados para cada ensaio. As deflexões são medidas por sensores (geofones, acelerómetros ou de outro tipo) instalados no local onde é aplicada a carga de impacto e em pontos distribuídos por uma viga, em que o número de sensores e a sua localização são variáveis de acordo com os objectivos definidos para o ensaio e as características do pavimento a ser auscultado. A norma ASTM D4694-96 (2003) especifica as características do equipamento e o procedimento a seguir nos ensaios em geral. Alguns outros procedimentos especiais podem ser adotados, como é o caso da utilização do FWD para analisar a transferência de cargas em juntas de pavimentos de lajes de betão (pavimentos rígidos). a) Aplicação da carga b) Medição das deflexões Fig.3 Funcionamento do FWD (adaptado de FAA, 2011b) Na versão mais corrente, o FWD consiste num equipamento atrelado a veículo rebocador, sendo possível ao operador comandar deste veículo toda a operação do ensaio (posicionamento no ponto de ensaio e aquisição de dados no computador) (Fig. 4). Existem ainda versões compactas de alguns fabricantes que integram o FWD num único veículo. A análise da relação entre a aplicação de carga e a respetiva deformação do pavimento permite, por processo de retro-análise (backanalysis), avaliar as características mecânicas de deformabilidade das camadas constituintes do pavimento e da sua fundação. A deformação no pavimento é conhecida através da medição da deflexão pelos sensores colocados em vários pontos da superfície do pavimento. O conhecimento completo desta deformação, designada por bacia de deflexão, é muito importante para o processo de retro-análise (Fig. 5). A forma da bacia de deflexão está intimamente associada à deformabilidade das camadas do pavimento e da fundação (Antunes, 1993; Branco et al., 2006; FAA, 2011b; Fontul, 2004). De notar que a bacia de deflexão gerada pelo FWD não é uma verdadeira linha de influência da deflexão, pois a carga não está em movimento durante o ensaio. O processo de retro-análise pode ser desenvolvido com base na análise estrutural do pavimento nas condições de ensaio, aproximando as deflexões calculadas às deflexões medidas segundo critérios de convergência, ou recorrendo a programas de cálculo automático específicos, como 233 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 por exemplo o ELMOD (Dynatest@, 2014) e o MODULUS (Txdot@, 2014). As principais características do FWD com maior importância na retro-análise são: • • O valor da força de impacto que é possível aplicar, intimamente associado aos valores da massa móvel e da sua altura de queda, bem como da dimensão da placa. O número de sensores para medição das deflexões, relacionado com a melhor definição da forma da bacia de deflexão. a) FWD b) HWD Fig.4 Defletómetros de impacto (Dynatest@, 2014) Fig.5 Bacia de deflexão (adaptado de FAA, 2011b) Conforme já foi referido, alguns equipamentos sem medição da deflexão como é o caso do GPR, ao permitirem conhecer a constituição do pavimento em profundidade e em contínuo, podem dar um contributo muito importante ao processo de retro-análise, em alternativa a campanhas extensas e demoradas de sondagens. Em qualquer caso, a utilização do FWD deve mobilizar sempre a resposta do pavimento que é expectável e que interessa conhecer para o objetivo em causa. Para além do FWD mais vocacionado para a auscultação de estradas, onde o valor mais corrente da carga aplicada no pavimento é 65 kN (Fig. 4a), a maioria dos fabricantes apresenta versões do defletómetro de impacto pesado (Heavy Falling Weight Deflectometer) (HWD) ou super-pesado (Super Heavy 234 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Falling Weight Deflectometer) (SHWD), que permitem aplicar cargas muito superiores e mais adequadas à auscultação de pavimentos de aeroportos (Fig. 4b). Outra versão do FWD é um equipamento portátil e designado por Light Weight Deflectometer (LFWD) ou Portable Falling Weight Deflectometer (PFWD). Em Portugal, entre outras designações, este equipamento tem sido referido por Defletómetro de Impacto Ligeiro (DIL), sendo esta a designação adotada ao longo deste artigo. O DIL é caracterizado essencialmente por aplicar uma força de impacto mais reduzida (inferior a 20 kN) e por dispor de número limitado de sensores (a situação limite é ter apenas um sensor posicionado no centro da placa). As maiores vantagens deste equipamento são as que estão associadas à sua simplicidade e facilidade de transporte, montagem e utilização mesmo em locais de difícil acesso, onde o equipamento convencional está impossibilitado de operar. Embora o DIL se caracterize por uma grande simplicidade, quer de conceção quer de utilização, algumas das suas características de funcionamento podem ter influência no seu desempenho e, consequentemente, nos resultados do ensaio e na respetiva interpretação (retro-análise). Nos anos mais recentes tem-se assistido ao desenvolvimento do FWD para versões tecnologicamente mais evoluídas que permitam realizar os ensaios de forma contínua e à velocidade de circulação do tráfego: o defletómetro de impacto de alta velocidade. Embora ainda na forma de protótipos em fase de validação, são exemplos deste equipamento o Rolling Wheel Deflectometer (RWD), em desenvolvimento nos Estados Unidos, o Road Deflection Tester (RDT), em desenvolvimento na Suécia, e o High Speed Deflectograph (HSD), em desenvolvimento na Dinamarca. Em geral, estes equipamentos utilizam sensores laser e, embora utilizando princípios diferentes, são concebidos para avaliar as deflexões à passagem em contínuo dos veículos de ensaio (Fontul, 2004). ESTUDO DO DEFLETÓMETRO DE IMPACTO PORTÁTIL O Instituto Superior Técnico e o ex-Grupo de Engenharia e Aeródromos da Força Aérea Portuguesa promoveram uma comparação bilateral para estudo do DIP, tendo sido utilizados dois equipamentos: o modelo 3031 LWD da Dynatest, pertencente ao Laboratório de Vias de Comunicação e Transportes do IST (Fig. 6a); o modelo Prima 100 LFWD da Grontmij-Carl Bro, propriedade do Laboratório de Solos e Pavimentos do ex-GEAFA (Fig. 6b). A Fig. 7 apresenta os principais componentes do modelo 3031 LWD da Dynatest. Com base nas especificações técnicas dos fabricantes, as características mais importantes dos dois equipamentos são apresentadas resumidamente no Quadro 1 (massa, força de impacto, célula de carga e sensor). No essencial, ambos os modelos de equipamento são muito semelhantes nas suas características e no modo de funcionamento: é possível utilizar placas de carga de diâmetros diferentes, variar a massa móvel e a respetiva altura de queda e utilizar até dois sensores adicionais colocados a distâncias variáveis, para além do sensor fixo localizado no centro da placa. 235 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 (a) Modelo Dynatest 3031 LWD (b) Modelo Prima 100 LFWD Fig.6 Equipamentos utilizados no estudo (Neves et al., 2012) Legenda: 1 – Placa de carga 2 – Célula de carga 3 – Sistema de amortecimento 4 – Massa móvel 5 – Haste metálica 6 – Unidade principal (armazenamento e transmissão) e geofone central 7 – Geofones adicionais e respetiva viga metálica de apoio Fig.7 Principais componentes do modelo Dynatest 3031 LWD (Neves et al., 2012) 236 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Quadro 1 Principais características técnicas dos equipamentos (Neves et al., 2012) Modelo Dynatest Prima 100 3031 LWD LFWD Massa (kg) 10 10 Massa Massas adicionais (kg) 5 e 10 5 - 10 Altura de queda (cm) 85 85 100 – 150 – 100 – 200 Diâmetro da placa (mm) Força de 300 300 Impacto Gama da força de impacto (kN) 1 a 15 1 a 15 Duração do impulso (ms) 15 a 30 15 a 30 Exatidão 2% ± 2 kPa 1% ± 1 kPa Célula de Resolução (kN) 0,0003 0,1 Carga Alcance (kN) 0-25 * Tipo Geofone Geofone Número 1a3 1a3 Sensor Exatidão 2% ± 2 µm ±2% Resolução (µm) 0,1 1 Alcance (µm) 2200 2200 *Característica omissa nas especificações técnicas. Características Sabendo que as características dos equipamentos podem ter influência importante no seu funcionamento e, consequentemente, também nos resultados dos ensaios, neste estudo deu-se particular atenção às seguintes características: • • Sistema de amortecimento (buffers). O tipo de amortecedores, sobretudo do ponto de vista da sua rigidez, tem influência nas características do impacto da massa na placa de carga. Segundo Thom e Fleming (2002), a utilização de amortecedores de maior rigidez reduz o tempo de pico da carga devida ao impacto da queda da massa móvel, o que faz aumentar a força de impacto. Para o mesmo equipamento, a temperatura é outro fator que pode ser importante na rigidez do sistema de amortecimento. Fleming et al. (2009) constataram que a rigidez dos amortecedores tende a diminuir com o aumento da temperatura. Tempo de retorno (pulse). Segundo a Dynatest (2006), o tempo de retorno deve estar compreendido entre 15 e 25 ms. Contudo, a norma ASTM E2583 (2007) refere valores superiores: entre 20 e 40 ms. Thom e Fleming (2002) estudaram o efeito do tempo de retorno nos resultados dos ensaios e concluíram que há uma tendência para, na utilização de tempos de retorno menores, se obter módulos de deformabilidade maiores. Embora o tempo de retorno possa ser programado no software do equipamento durante o ensaio, contudo, aqueles autores constataram que este parâmetro foi muito influenciado pela rigidez do sistema de amortecimento. O modelo Dynatest 3031 LWD é constituído por sistema de amortecimento amovível (Fig. 8a), com quatro componentes diferentes que se podem conjugar consoante o valor da massa 237 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 pretendido para o ensaio. No caso do modelo Prima 100 LFWD, o sistema é fixo (Fig. 8b), podendo apenas alternar entre dois tipos correspondentes a uma maior ou menor rigidez. Os ensaios foram realizados em dois locais: a 1ª campanha de ensaios foi realizada na mancha de empréstimo do Campo de Tiro de Alcochete (27 de março de 2010), onde a Força Aérea Portuguesa procede há extração de solos para as suas obras; a 2ª campanha de ensaios foi realizada na pista de atletismo da Base Aérea de Alverca, onde o pavimento é constituído por camada superior de saibro proveniente da mancha de empréstimo, compactada sobre o terreno local (21 de maio de 2010). Na 1ª campanha foram selecionados seis pontos de ensaio onde, em cada um, foram realizadas 21 a 26 repetições da queda da massa móvel com ambos os equipamentos. Na 2ª campanha foram selecionados oito pontos de ensaio, onde se efetuaram 11 a 21 repetições da queda da massa. Em cada ponto de ensaio, por opção, foi utilizado em primeiro lugar o defletómetro modelo 3031 LWD da Dynatest, seguindo-se a utilização do modelo Prima 100 LFWD da Grontmij-Carl Bro. O funcionamento dos equipamentos e as condições de realização dos ensaios foram sempre semelhantes. Os ensaios foram realizados segundo a norma ASTM E2583 (2007). Os resultados obtidos em cada ensaio foram a força de impacto na placa, medida na célula de carga, e as deflexões medidas pelo sensor localizado no centro da placa. Lopes (2010) faz a descrição pormenorizada das características de cada um dos equipamentos utilizados no estudo, bem como apresenta de forma mais detalhada o procedimento utilizado nos ensaios e as características dos locais onde foram realizados os ensaios correspondentes às duas campanhas (materiais e geometria). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos na comparação bilateral foram analisados de forma a comparar o desempenho dos dois modelos de equipamento no que diz respeito a: 1) influência do número de quedas da massa no valor medido da deflexão em cada ensaio; 2) correlação das deflexões; 3) condições de repetibilidade e reprodutibilidade da medição das deflexões e da força de impacto, expressas através do coeficiente de variação. (b) Modelo Prima 100 LFWD (a) Modelo Dynatest 3031 LWD Fig.8 Sistemas de amortecimento (Neves et al., 2012) 238 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Em cada ensaio, correspondente a uma única queda da massa, foi medida a força de impacto e a correspondente deflexão no sensor central da placa de ensaio. Previamente à análise dos resultados, procedeu-se à eliminação dos valores aberrantes provenientes de erros de medição ou de execução dos ensaios com base nos seguintes critérios: • • eliminação dos valores resultantes da primeira queda em todos os pontos de ensaio, tal como indicado nos manuais de instrução dos equipamentos (Dynatest, 2006; Carl Bro, 2000); eliminação dos valores correspondentes a quedas da massa, em que a variação da força de impacto foi superior a ± 3% da força da queda anterior (ASTM E2583, 2007). Procedeu-se previamente à normalização das deflexões para a força de 9,9 kN, estabelecida para o valor médio de todos os valores da força de impacto medidos nas campanhas de ensaio. Um dos aspetos diretamente relacionado com o procedimento de ensaio que se pretendeu esclarecer neste estudo, refere-se ao número mínimo de quedas da massa que é necessário garantir em cada ensaio para que haja estabilização dos valores medidos da deflexão. Esta é uma preocupação presente em todos os ensaios porque, pelo facto de se tratar de equipamento ligeiro, os seus resultados podem ser mais vulneráveis às condições de funcionamento, nomeadamente no que diz respeito à estabilidade do equipamento na queda da massa móvel. A norma ASTM E2583 (2007) é omissa sobre este aspeto e os manuais de instruções dos equipamentos referem apenas que em cada ponto de ensaio seja efetuado o número de quedas da massa necessário para que os resultados da deflexão medidos pelo sensor sejam estáveis, não definindo, portanto, qualquer tipo de critério (Dynatest, 2006; Carl Bro, 2000). Desta forma, pretendeu-se analisar os resultados obtidos no estudo experimental com vista a esclarecer melhor esta influência. Como exemplo do comportamento da deflexão em função do número de aplicações de carga, a Fig. 9 apresenta a evolução da deflexão normalizada nos oito pontos de ensaio da 2ª campanha, correspondendo sempre a condições de repetibilidade idênticas. 900 Ponto 1 875 Ponto 1 850 Ponto 2 825 Ponto 2 800 Ponto 3 Ponto 3 775 Ponto 4 Deflexão (µm) 750 Ponto 4 725 Ponto 5 700 Ponto 5 675 Ponto 6 650 Ponto 6 Ponto 7 625 Ponto 7 600 Ponto 8 575 Ponto 8 550 Modelo Prima 100 LFWD 525 500 Modelo Dynatest 3031 LWD 0 5 10 15 20 25 30 Número de repetições da queda da massa Fig.9 Repetibilidade das deflexões (Neves et al., 2012) 239 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 A Fig. 9 mostra que, em geral, houve uma tendência de estabilização da deflexão em todos os pontos de ensaio mas em sentidos diferentes: o modelo Dynatest 3031 LWD tendeu a estabilizar por valores decrescentes; o modelo Prima 100 LFWD apresentou uma estabilização por valores crescentes. Lopes (2010) constatou que este comportamento foi evidenciado em ambas as campanhas de ensaio e que existiu uma variação da deflexão que, em geral, esteve compreendida entre 5% e 10%. Esta conclusão pode constituir um critério de orientação a considerar no número de repetições a estabelecer em cada ensaio. Analisando os resultados de todos os pontos de ensaio obtidos em ambas as campanhas experimentais, a Fig. 10 mostra a boa correlação que foi possível estabelecer para os valores normalizados das deflexões medidas pelos dois equipamentos. Nas condições estudadas, para os equipamentos utilizados e para a metodologia seguida na comparação de resultados, verificouse que, se for estabelecida uma regressão linear, as deflexões obtidas com o modelo Dynatest 3031 LWD foram superiores em 44 µm (R2=0,98). Em relação à análise das condições de repetibilidade e reprodutibilidade, no Quadro 2 são apresentados os valores do coeficiente de variação associados à deflexão e à força de impacto em cada ponto de ensaio. Para cada um destes parâmetros, calculou-se o coeficiente de variação da repetibilidade (CVr) e o coeficiente de variação da reprodutibilidade (CVR) conforme a metodologia descrita nas Partes 2 e 3 da norma ISO 5725 (1994a e 1994b). Deflexão (µm) - modelo Dynatest 3031 LWD 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Deflexão (µm) - modelo Prima 100 LFWD Fig.10 Correlação das deflexões normalizadas (Neves et al., 2012) 240 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Quadro 2 Repetibilidade e reprodutibilidade dos resultados (Neves et al., 2012) Ponto de ensaio 1ª campanha 2ª campanha 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 CVr (%) Deflexão Força 7,8 3,4 2,7 1,8 2,4 4,5 3,3 2,1 1,3 1,2 1,2 1,0 1,1 0,8 0,7 0,9 1,7 0,7 0,6 0,7 1,7 1,1 CVR (%) Deflexão Força 23,9 4,2 7,0 3,1 9,0 4,4 10,2 2,1 4,3 1,3 2,7 1,1 6,4 1,0 3,8 0,9 11,1 1,1 5,9 1,2 1,7 1,6 Atentando para os valores máximos dos coeficientes de variação, constatou-se que para a deflexão foi obtido 8% para a repetibilidade e 24% para a reprodutibilidade. Em relação à força de impacto, foi obtido 4%, quer para a repetibilidade quer para a reprodutibilidade. Constata-se, como expectável, que foi para a reprodutibilidade da deflexão que se obteve a maior variação, embora se tenha verificado um melhor desempenho geral na 2ª campanha de ensaios. Estes valores podem ser úteis na estimativa da incerteza de medição dos valores medidos. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Este artigo teve como objetivo geral mostrar que, quer ao nível de projeto (construção ou reabilitação) quer ao nível da gestão, os END são uma categoria de ensaios importante no âmbito da auscultação estrutural e funcional de pavimentos rodoviários e aeroportuários. Em particular, neste artigo foi apresentado o FWD que é o equipamento de medição da deflexão mais utilizado atualmente na auscultação estrutural de pavimentos, sendo o que mais desenvolvimentos registou nos últimos anos e que revela ter maiores perspectivas de evolução no futuro. Para o caso do DIL, versão portátil do FWD, foi apresentada uma comparação bilateral que teve o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento e a análise de resultados deste tipo de defletómetro. Este estudo experimental consistiu na realização de ensaios com dois modelos de equipamentos: modelo 3031 LWD da Dynatest e o modelo Prima 100 da GrontmijCarl Bro. O artigo descreve os equipamentos utilizados e os ensaios realizados neste estudo. Os resultados obtidos permitiram estabelecer uma análise comparativa dos equipamentos relativamente à: a) b) c) Influência do número de quedas de massa em cada ensaio. Correlação das deflexões medidas. Condições de repetibilidade e reprodutibilidade da deflexão e da força de impacto. 241 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 Dos resultados obtidos neste estudo, salientam-se as seguintes conclusões principais: • • • Da análise do número de quedas da massa até atingir a estabilização das deflexões não foi possível estabelecer um critério limite geral, pelo que se recomenda que este número seja avaliado caso a caso tal como é recomendado pelos manuais de instruções dos equipamentos. A análise comparativa dos resultados obtidos para a deflexão normalizada permitiu concluir que existiu uma boa relação entre os equipamentos, embora com valores medidos diferentes. Contudo, considera-se que essa diferença foi reduzida e pode estar associada a fatores intrínsecos aos próprios equipamentos ou ter sido devida às próprias condições dos locais de ensaio deste estudo. Da análise das condições de repetibilidade e reprodutibilidade, concluiu-se que os coeficientes de variação máximos da repetibilidade e da reprodutibilidade foram de 8% e 24%, respetivamente para a deflexão. Em relação à força de impacto, obteve-se quer para a repetibilidade quer para a reprodutibilidade, o valor máximo do coeficiente de variação de 4%. Naturalmente, as conclusões deste estudo resultam de uma primeira abordagem e carecem de ser validadas com maior número de ensaios a realizar em condições diferentes e, até mesmo, com outros equipamentos e em maior número. O melhor conhecimento acerca do funcionamento de qualquer equipamento de END irá potenciar ainda mais a sua utilização. Os ensaios de comparação interlaboratorial são uma ferramenta importante também na análise do desempenho de equipamentos de ensaio e na sua comparação em termos das suas principais características e resultados. A Comissão Técnica RELACRE dos Materiais de Construção (CTR09) (Relacre@, 2014), através do Grupo de Trabalho dos Ensaios de Campo (GT5), pretende realizar ensaios de aptidão relativos ao FWD e que espera concretizar em 2015. Com base nas considerações e conclusões apresentadas ao longo do artigo, nomeadamente a comparação bilateral do DIL, recomenda-se que a organização e a execução do futuro ensaio de aptidão do FWD tenha em consideração os seguintes aspetos: • • • • Locais de ensaio (condições ambientais e estrutura do pavimento) – controlar as condições ambientais, nomeadamente a temperatura; conhecer a estrutura do pavimento para o melhor controlo dos resultados; realizar os ensaios em estruturas de pavimento diferentes (pavimentos rígido e flexível). Reprodutibilidade dos equipamentos (número de equipamentos) – incluir a participação do maior número possível de equipamentos. Repetibilidade dos resultados (força de impacto e deflexões) – variar a força de impacto (diferentes patamares de carga) e proceder a várias aplicações da carga no pavimento; variar a ordem de grandeza das deflexões medidas, em função da variação da carga e da rigidez do pavimento e da respetiva fundação. Outra informação – medir em cada ponto de ensaio a temperatura ambiente e a superfície do pavimento; conhecer as incertezas dos equipamentos de medida (célula de carga e 242 3ª Conferência Nacional em Ensaios Não Destrutivos 15 e 16 de dezembro de 2014 sensores de medição das deflexões); conhecer a massa e a altura de queda; ter informação sobre a calibração e verificação dos vários componentes do equipamento. Com estas recomendações, espera-se contribuir para a concretização com sucesso deste ensaio de aptidão, numa área especialmente difícil pela complexidade dos fatores envolvidos na realização dos ensaios e que influenciam bastante os seus resultados. O programa de execução deve estabelecer os critérios de realização dos ensaios, para além das metodologias a utilizar na análise estatística dos resultados e na avaliação final do desempenho dos equipamentos. REFERÊNCIAS Antunes ML. Avaliação da capacidade de carga de pavimentos utilizando ensaios dinâmicos. Tese de Doutoramento, Universidade Técnica de Lisboa, 1993. ASTM D4694-96. Standard test method for deflections with a Falling-Weight-Type impulse load device. American Society for Testing and Materials, 2003. ASTM E2583. Standard test method for measuring deflections with a Light Weight Deflectometer (LWD). American Society for Testing and Materials, 2007. Branco F, Pereira P, Picado-Santos L. Pavimentos Rodoviários. Edições Almedina, Coimbra, 2006. Carl Bro Pavement Consultants. Manual do Utilizador Prima 100. Defletómetro de Impacto Portátil. Avaliação da Capacidade Resistente dos Pavimentos. Manual de Instruções, 2002. Dynatest. Dynatest 3031 LWD Test System. 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