PRODOC PORT_4176 Cons CVerdes PAs_FINAL
Transcrição
PRODOC PORT_4176 Cons CVerdes PAs_FINAL
Documento de Projecto do PNUD Governo de Cabo Verde Agência de Execução: Direcção Geral do Ambiente, Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Escritório Conjunto das Nações Unidas para Cabo Verde Através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento • PIMS PNUD GEF 4176 Programa Estratégico do GEF para a África Ocidental - SPWA Sub-Componente Biodiversidade Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Breve descrição O projecto proposto irá fortalecer e expandir o sistema nacional de Áreas Protegidas (AP) de Cabo Verde tanto para as unidades terrestres como marinhas. A biodiversidade de Cabo Verde é globalmente significativa. Ela está ameaçada, no entanto, por uma variedade de pressões antropogénicas. Em ecossistemas costeiros e marinhos, a poluição localizada impulsionada pelo rápido desenvolvimento do turismo e imobiliário, agravada pela pesca insustentável, leva a uma perda contínua do habitat costeiro. Em ecossistemas terrestres, a pastagem excessiva e a degradação dos solos agravada por espécies de plantas invasoras, são ameaças persistentes ao equilíbrio ecológico. Em última análise, a mudança do clima paira no horizonte como outra ameaça significativa para os ecossistemas de Cabo Verde. A gestão das Áreas Protegidas é um instrumento vital: (1) para salvaguardar a biodiversidade única de Cabo Verde; e (2) para envolver as comunidades circunvizinhas das AP para o uso sustentável dos recursos naturais, apoiado pela conservação ambiental. No entanto, vários obstáculos militam contra a eficácia do sistema nacional nascente de AP. Estes estão ligados a: (1) quadros de governação e de gestão das AP evolventes, ou seja, questões legais, institucionais e de políticas; (2) operacionalização emergente das AP; e (3) lacunas de capacidade na gestão nacional das AP, apesar das recentes intervenções. Neste contexto, este projecto visa (1) fortalecer e consolidar o sistema de AP de Cabo Verde através da criação de novas unidades de AP terrestres e marinhas, e (2) promover abordagens participativas na gestão e conservação para garantir a sustentabilidade global dos sistemas de AP. Em termos de cobertura e expansão, o projecto deverá acrescentar 41,214 ha. para o total de património protegido tal como estabelecido por lei (ou seja, uma expansão de 38% sobre a referência base) e elevar o nível de AP operacionais de apenas 6% do património existente para 77% da área ampliada. A expansão será conseguida através da consolidação de várias áreas marinhas protegidas (AMP) em parques maiores alargados até ao mar para efeitos de protecção das pescas. O projecto vai igualmente apoiar a criação e o reforço de uma autoridade de gestão autónoma de AP e de dois Escritórios Insulares de Conservação a nível das ilhas do Sal e da Boa Vista, cobrindo as ilhas por inteiro. A mobilização comunitária e o desenvolvimento de capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro e ao redor das AP serão instituídos com base nas práticas bem sucedidas e lições aprendidas a partir de um anterior projecto de AP do PNUD/GEF. Em resumo, este projecto vai aumentar a capacidade nacional de Cabo Verde na conservação e uso sustentável da sua biodiversidade única, melhorando a vida das comunidades dentro e ao redor das AP. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 1 Índice SECÇÃO I: DESCRIÇÃO DO PROJETO................................................................................................................. 5 PARTE I: Análise da Situação ................................................................................................................................ 5 Contexto e significado global ....................................................................................................................5 Contexto Ambiental..............................................................................................................................5 Sistema de áreas protegidas: Situação e Cobertura Actual .....................................................................8 Contexto institucional, políticas e regulador ........................................................................................11 Ameaças, Causas de Fundo e Impactos ...................................................................................................14 Solução de Longo Prazo e Barreiras para Alcançar a Solução..................................................................17 Introdução aos Sítios do Projecto ............................................................................................................21 Análise dos intervenientes.......................................................................................................................25 Análise da Situação de Referência...........................................................................................................27 PARTE II: Estratégia............................................................................................................................................. 29 Justificativa e Enquadramento Do Projecto..............................................................................................29 Enquadramento com a Estratégia de Área Focal e com o Programa Estratégico do GEF ......................29 Justificação e resumo da Alternativa do GEF ......................................................................................31 Metas, Objectivos, Resultados e Produtos do Projecto .............................................................................31 Indicadores do Projecto...........................................................................................................................41 Riscos e Hipóteses ..................................................................................................................................45 Lógica Incremental e Benefícios globais, nacionais e locais.....................................................................49 Custo-eficácia .........................................................................................................................................50 Consistência do Projecto com as Prioridades/Planos nacionais: ...............................................................52 Apropriação Nacional: Elegibilidade do país e Motivação Nacional ........................................................53 Sustentabilidade e Replicabilidade ..........................................................................................................54 PARTE III: Modalidades de Gestão ..................................................................................................................... 55 Modalidades de Execução .......................................................................................................................55 Modalidade de Implementação................................................................................................................57 Gestão do Projecto ..................................................................................................................................58 Supervisão..........................................................................................................................................58 Gestão do Projecto a nível local ..........................................................................................................58 Gestão do Projecto a nível dos sítios ...................................................................................................59 PARTE IV: Plano de Monitorização e Avaliação e Orçamento ......................................................................... 60 Monitorização e Apresentação de Relatórios ...........................................................................................60 Fase de Lançamento (arranque)...........................................................................................................61 Responsabilidades pela Monitorização e Eventos ................................................................................62 Prestação de Informação do Projecto...................................................................................................63 Relatórios de Avaliação Independente, de Auditoria e financeiros ...........................................................66 Cláusula de Auditoria..............................................................................................................................66 PARTE V: Contexto Legal ................................................................................................................................... 68 SECÇÃO II: QUADRO ESTRATÉGICO DE RESULTADOS E O INCREMENTO DO GEF......................... 69 PART I: Análise do Quadro Estratégico de Resultados (antigo Quadro Lógico do GEF) .............................. 69 Quadro de Indicadores como Parte do Quadro Estratégico de Resultados ................................................69 Lista de Produtos por Resultado como Parte do Quadro Estratégico de Resultados ..................................73 Parte II: Análise dos Custos Incrementais ........................................................................................................... 75 SECÇÃO III: ORÇAMENTO GLOBAL E PLANO DE TRABALHO................................................................. 77 PARTE I: Orçamento Global e Plano de Trabalho............................................................................................. 77 SECÇÃO IV: INFORMAÇÕES ADICIONAIS....................................................................................................... 82 PARTE I: Cartas de Co-financiamento................................................................................................................ 82 Visão Geral das Cartas de Co-financiamento...........................................................................................82 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 2 PARTE II: Organograma do Projecto.................................................................................................................. 83 PARTE III: Termos de Referência para o pessoal chave do projecto ............................................................... 83 Coordenador Nacional do Projecto..........................................................................................................83 Conselheiro Técnico de país....................................................................................................................85 Visão Global dos produtos dos Consultores de Assistência Técnica.........................................................86 PARTE IV: Plano de Participação dos Intervenientes........................................................................................ 91 ANEXOS DO PROJECTO ........................................................................................................................................ 94 Anexo 1. Visão Geral das AP e AMP e Características Chaves das Áreas Seleccionadas ............................... 95 Anexo 2. Localização Geográfica das APs e AMPs Seleccionadas (incluído com ficheiro anexo)................... 97 Anexo 3. Resultados do Quadro de Pontuação sobre o Desenvolvimento de Capacidades do PNUD para Gestão de APs................................................................................................................................................. 98 Anexo 4. Análise Financeira das Áreas Protegidas............................................................................................ 102 Anexo 5. Ecoturismo e Análise de Alternativas de Subsistência para as AP Seleccionadas .......................... 104 Anexo 6. Tracking Tools Completos do GEF4................................................................................................... 115 Ferramenta de Seguimento da Eficácia de Gestão das Áreas Protegidas – “METT” Tracking Tool ........116 Seção Um: Informação Geral do Projeto ...........................................................................................116 Secção Dois: Ferramenta de Seguimento da Eficácia da Gestão das Áreas Protegidas:.......................119 Secção Três: Avaliação da Sustentabilidade Financeira do PNUD para os Sistemas Nacionais de Áreas Protegidas...............................................................................................................................149 Anexo 7. Análise de Intervenientes Detalhada ................................................................................................... 160 Anexo 8. Visão Geral dos Estudos da Fase PPG ................................................................................................ 168 Anexo 9. Base de Cálculo para a Análise do Custo Incremental...................................................................... 170 Índice de Tabelas, Figuras e Quadros Tabela 1. Estrutura da Rede de AP/AMP de Cabo Verde por Bioma e Categoria......................................................9 Tabela 2. Overview of Project Intervention Sites ...................................................................................................23 Tabela 3. Principais intervenientes e papéis e responsabilidades ............................................................................25 Tabela 4.Visão Global da Operacionalização das AP/AMP baseado no Sistema Alargado......................................30 Tabela 5. Visão Geral dos Indicadores do Projecto ................................................................................................42 Tabela 6. Desenvolvimento dos Riscos..................................................................................................................45 Tabela 7. Medidas de Avaliação dos Riscos e de Mitigação do Projecto.................................................................47 Tabela 8. M&A - Actividades, Responsabilidades, Orçamento e Prazos................................................................66 Tabela 9.Matriz de Custos Incrementais ................................................................................................................75 Tabela 10. Cartas de co-financiamento do Projecto................................................................................................82 Tabela 11. Visão Geral das Contribuições pelos Consultores de Assistência Técnica..............................................86 Tabela 12. Visão Global das Equipas do Projecto por Financiador .........................................................................91 Tabela 13. Coordenação e Colaboração entre o Projecto e Iniciativas Relacionadas................................................92 Tabela 14. Visão Global das APs e AMPs legalmente definidas de Cabo Verde .....................................................95 Tabela 15. Principais características e usos da terra dentro e em torno dos sítios terrestres do projecto....................96 Tabela 16. Sumário de Resultados do ‘Capacity Development Scorecard’ do PNUD para a Gestão de APs ............98 Tabela 17. Pontuação numérica para o ‘Capacity Development Scorecard’ do PNUD para a Gestão de APs...........98 Figura 1. As ilhas e a localização geográfica de Cabo Verde....................................................................................5 Figura 2. Gradientes no nível de participação na gestão das APs ............................................................................39 Quadro 1. Resultados da Fase I do Projecto Áreas Protegidas Terrestres do UNDP/GEF ......................................10 Quadro 2. Questões Ambientais ligadas ao Turismo de Massa em Cabo Verde ......................................................15 Quadro 3. Definição dos Limiares para Utilização de Recursos e Ordenamento Territorial.....................................43 Quadro 4. Matriz de Orientação para Avaliação dos Riscos ...................................................................................47 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 3 Siglas ANMCV ATMAR CM CNA CTA CVI DGA DGASP DGCI DGDT DGP DME ZEE UE FNP GEF GCV INDP INIDA IUCN MADRRM MPA ONGs OMCV AP PAAA PAM PANA PN PPG UIGAP UNDP UNICV UNJO UNOTUR WWF Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde Atelier Mar- ONG Nacional Câmara Municipal Conselho Nacional do Ambiente Conselheiro Técnico Sociedade de Investimentos de Cabo Verde Direcção Geral do Ambiente Direcção Geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária Direcção Geral da Cooperação Internacional Direcção Geral do Desenvolvimento Turístico Direcção Geral das Pescas Direcção Geral da Educação Zona Económica Exclusiva União Europeia Parque Nacional do Fogo Global Environment Facility Governo de Cabo Verde Instituto Nacional de Desenvolvimentos das Pescas Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrícola União Internacional para a Conservação da Natureza Ministro do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos Área Protegida Marítima Organizações Não Governamentais Organização da Mulheres de Cabo Verde Área Protegida Agencia Automona das Areas Protegidas Plano Ambientais Municipais Plano de Acção Nacional para o Ambiente Parque Natural Fase de Preparação do Projecto Unidade Insular de Gestão das Áreas Protegidas Programa das NU para o Desenvolvimento Universidade de Cabo Verde Escritório Conjunto das Nacoes Uindas Associção Nacional dos Operadores Turísticos Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 4 SECÇÃO I: DESCRIÇÃO DO PROJETO PARTE I: Análise da Situação CONTEXTO E SIGNIFICADO GLOBAL Contexto Ambiental 1. Cabo Verde é um país arquipelágico composto por dez ilhas e oito ilhéus de origem vulcânica e está localizado a aproximadamente 500 km da costa Oeste Africano, em frente ao Senegal (Figura 1). É uma democracia estável, com níveis de alfabetização e de educação significativamente mais elevados do que qualquer outro país na África Ocidental. Cabo Verde ocupa o terceiro lugar mais alto no Índice de Desenvolvimento Humano entre os países da África Subsariana (0,736) 1. Sua economia é orientada para os serviços, sendo que o comércio, os transportes, o turismo e os serviços públicos são responsáveis por mais de 70% do seu PIB. Figura 1. As ilhas e a localização geográfica de Cabo Verde 2. A Zona Económica Exclusiva (ZEE) do país compreende aproximadamente 63.000 km quadrados de oceano e 4,033 km quadrados de território terrestre. As ilhas, que se erguem da profunda planície abissal além da plataforma continental Africana, estão divididas em dois grupos de acordo com a forma como o vento sopra: barlavento e sotavento. As ilhas de 1 PNUD, Relatório de Desenvolvimento Humano (2007/8). Cabo Verde ocupa o terceiro lugar em termos de Desenvolvimento Humano, depois de Seychelles e Ilhas Maurícias. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 5 Barlavento são Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Sal e Boavista; o grupo de Sotavento inclui Maio, Santiago, Fogo e Brava. O clima é seco e tropical, com uma média de 24°C e níveis de pluviosidade muito baixos - a precipitação média anual é de 225 mm, com variações temporais e espaciais significativas. As características da morfologia e geologia também variam muito entre as ilhas. O relevo é muito íngreme nas ilhas que são montanhosas, culminando em altitudes elevadas (por exemplo, 2.829m na Ilha do Fogo e 1.979m em Santo Antão). Estes factores desempenham um papel importante na condensação e precipitação, bem como na biodiversidade, como discutido abaixo. 3. A origem vulcânica do arquipélago tem resultado no isolamento físico do continente Africano há pelo menos 35 milhões de anos. O isolamento e um clima seco levaram à evolução de fauna e de flora únicas, uma vez que as espécies locais gradualmente se adaptaram às condições climáticas e geológicas variadas, resultando em elevados níveis de endemismo por todas as ilhas. A plataforma continental apoia quantidades significativas de biomassa marinha e se concentra maioritariamente em torno das ilhas da Boavista e do Maio; 100.000 toneladas de peixe vivem no arquipélago. Há também formações coralinas globalmente importantes em várias das ilhas. Como resultado de sua bio-geografia única, Cabo Verde apresenta uma diversidade biológica excepcional, cuja protecção é o objecto deste projecto. 4. A biodiversidade profusa de Cabo Verde recentemente levou à sua reconsideração como um “hotspot” global para a biodiversidade terrestre e marinha e, em particular, como um centro para o endemismo. 2 Os habitats terrestres únicos do país formam parte do reino das Florestas da Macaronésia, uma das 200 Eco-regiões Globais do WWF. A biodiversidade marinha e endemismo entre certos organismos marinhos são também elevados. Um recente estudo global identificou Cabo Verde como um dos dez principais hotspots de biodiversidade de recifes corais do mundo3. Além disso, todo o arquipélago das ilhas de Cabo Verde é considerado um “Important Bird Area” Importante Área de Aves (IBA) 4. Impulsionada por factores antropogénicos, a biodiversidade de Cabo Verde está actualmente sob ameaça. Por causa da natureza arquipelágica do país e do seu alto nível de endemismo, o risco de extinção de espécies individuais é uma realidade sempre presente. Estes riscos precisam ser abordados, não só para o bem da importância global da biodiversidade de Cabo Verde, mas também para o benefício dos cabo-verdianos, que dependem do uso sustentável dos recursos biológicos do país para a sua subsistência. 5. A biodiversidade animal nativa é caracterizada por uma significativa diversidade aviaria, de répteis e antropóides, e continua em situação de grande risco no país. O país possui 37 espécies de gastrópodes, dos quais 15 são endémicas, e, destes, 10 estão listadas como ameaçadas. As espécies aracnídeas totalizam 111, das quais 46 são endémicas, e destes, 36 estão listadas como ameaçadas. Das 470 espécies de insectos (coleópteros) encontrados nas ilhas, 155 são endémicas e, destas, 120 estão na lista de espécies ameaçadas. Mais de 59% dos moluscos terrestres estão ameaçadas, assim como 28% dos répteis terrestres. A condição e a situação futura das espécies de aves em Cabo Verde são particularmente inquietantes. Globalmente, 47% das 3 Roberts CM, et al. Marine biodiversity hotspots and conservation priorities for tropical reefs. Science 2002; 295:1280-1284. http://www.starfish.ch/reef/hotspots.html#9 4 IBA registado com o nº 078. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 6 espécies de aves em Cabo Verde estão ameaçadas, incluindo 17 das 36 espécies que se reproduzem nas ilhas. Várias aves endémicas estão na lista de ameaçadas de extinção, incluindo a Pandion haliaetus, Halcyon leucocephala e Calonectris edwardsii. A alauda razae, que só vive em Cabo Verde, foi reduzida a uma população de 250. O primeiro censo do Papagaio Vermelho “Red Kite”(Milvus milvus fasciicauda) e o Milhafre Preto (Milvus migrans m.) revelou que as suas populações em todo o arquipélago totalizam menos de 10 de cada espécie (Hille, 1998). Cabo Verde é um importante ponto para a migração (130 espécies) e de nidificação de aves (40 espécies), com quatro dessas espécies na lista de espécies ameaçadas (Fregata magnificens, Sula leucogaster, Calonectrix edwardsii e Phaethon aethereus Mesonauta). Cabo Verde já possuiu 28 espécies de répteis em sua história, sendo 25 endémicas, 18 das quais existem ainda, e 25% dessas estão ameaçadas. Existem 5 espécies de tartarugas nos ecossistemas marinhos de Cabo Verde que têm sido geralmente exploradas de forma insustentável. 6. Quanto à flora, há 238 taxa de plantas vasculares no arquipélago de Cabo Verde. Um género, o Tomabenea (Apiaceae), é endémico, e existem outras 82 espécies endémicas, que são todas angiospérmicas. A grande maioria destas (74 espécies) é formada por dicotiledôneas, sendo que as maiores famílias são Asteraceae (16) e Brassicaceae (12). A maioria das espécies endémicas encontradas em Cabo Verde (67) é perene lenhosa, principalmente arbustos ou subarbustos; há apenas duas espécies nativas de árvores, a Atlantidis Phoenix e a Sideroxylon marginata. As demais 15 espécies são herbáceas, das quais oito são anuários e sete perenes. Das 110 espécies de briófitas em Cabo Verde, 40 estão ameaçadas; das 15 espécies endémicas, 6 estão ameaçadas. Existem 240 espécies de angiospermas nas ilhas, das quais 84 são endémicas e, destas, 45 estão ameaçadas. Mais de 65% das pteridófitas e 29% de líquenes estão ameaçadas. 7. A biodiversidade terrestre endémica de Cabo Verde é bem distribuída por todas as ilhas. Os factores determinantes mais importantes são o tamanho da ilha, a diversidade do clima e o relevo geográfico e, portanto, os nichos ecológicos. Santo Antão é a ilha mais rica em termos de endemismo, com 46 espécies (das quais 11 espécies são exclusivas da ilha), seguido por São Nicolau, com 44 (com 7 espécies exclusivas da ilha), Santiago com 36, Fogo com 35, São Vicente com 34, Brava com 24, Boavista com 14, Sal com 13, Santa Luzia com 12 e Maio com 10 espécies. Em todas as ilhas há uma variedade de plantas medicinais, tanto nativas como exóticas. Estas plantas são amplamente utilizadas pelas populações rurais; por exemplo, a planta endémica Micromeria forbesii, que é conhecida e utilizada pelas populações rurais em diversas áreas como um chá de ervas. 8. A biodiversidade marinha de Cabo Verde é abundante. Cabo Verde abriga 10% da diversidade mundial de gastrópode marinho do género Conus. A biodiversidade marinha está concentrada na grande plataforma marinha compartilhada por três das ilhas de Cabo Verde Boavista, Sal e Maio. Pesquisas recentes mostram que Cabo Verde alberga 639 espécies de peixes, sendo que todos estão presentes em número elevado. Embora, em geral, as populações de peixes são grandes, a percentagem de espécies endémicas de peixes na área específica das ilhas de Cabo Verde é considerada baixa (aproximadamente 13%); esta percentagem é, no entanto, muito maior entre os organismos menos móveis (como gastrópodes, já mencionado anteriormente). Existem 5 espécies de tartarugas marinhas nas águas de Cabo Verde: Dermocels coriacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta e Lepidochels olivacea. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 7 Estima-se que cerca de 3.000 tartarugas cabeçudas (Caretta caretta) nidificam em Boa Vista e Sal anualmente, tornando estas áreas nos segundos mais importantes locais de nidificação em todo o Oceano Atlântico. As tartarugas marinhas têm sido geralmente exploradas de forma insustentável ao longo de décadas. Seus ovos e carne são alimentos altamente apreciados pelos seres humanos, e sua casca é usada para fazer peças de joalharia. Das quatro famílias conhecidas da lagosta, duas são encontradas no arquipélago de Cabo Verde: o Palinuridae (a lagosta rosa, verde e marrom) e a Scyllaride (lagosta de pedra). O charlestoni Palinuris é uma espécie endémica. Várias espécies marinhas em Cabo Verde são exploradas, muitas vezes, ao limite da sustentabilidade. Os ecossistemas costeiros e marinhos de Cabo Verde também abrigam mamíferos marinhos (pelo menos 17 espécies de baleias e golfinhos), recifes de corais, algas e esponjas. A sua diversidade de corais é considerada como sendo uma das mais elevadas do mundo. Pesquisas indicam, no entanto, ser necessário realizar estudos detalhados sobre os recursos marinhos a fim de estabelecer uma distribuição temporal e espacial das principais espécies marinhas, muitas das quais são migratórias. Sistema de áreas protegidas: Situação e Cobertura Actual 9. As áreas protegidas (AP) são um instrumento crítico utilizado para conservar a biodiversidade terrestre e marinha. Elas também promovem a gestão sustentável dos recursos naturais, nomeadamente através da utilização das promissoras abordagens participativas para a conservação. Embora a capacidade de gestão das AP ainda seja incipiente, as experiências existentes indicam os seus benefícios, não só em termos de conservação da biodiversidade indígena (e, em grande parte, endémica), mas também em termos dos benefícios que as populações locais extraem dos meios de subsistência sustentáveis. 10. Nos últimos anos, o país deu passos importantes na criação de um sistema de AP, onde elas não existiam. A Estratégia e o Plano de Acção Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritários para conservação em Cabo Verde - habitats que são representativos do património em matéria de biodiversidade do país. Este exercício de definição de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, contando com 47 sítios compreendendo tanto áreas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres (AP). Desde então, o governo tem estado a liderar os esforços para operacionalizar esses sítios. (Para ver a lista completa das AP de Cabo Verde e AMP, consulte o Anexo 1). 11. O total de áreas protegidas designadas por lei inclui: (i) 72.156 hectares de paisagem (incluindo exclusivamente paisagens terrestres e zonas costeiras, representando 15% da superfície terrestre do país); e (ii) 13.460 hectares de paisagem marinha. No sistema de AP de Cabo Verde estão previstas seis categorias, de acordo com a legislação que o regula: (a) Reserva Natural (15 sítios); (b) Parque Nacional (ainda não há sítios decretados); (iii) Parque Natural (10 sítios); (c) Monumento Natural (6 sítios); (d) Paisagem Protegida (10 sítios); e (f) Área de Interesse Científico (ainda não há sítios designados). A primeira categoria pode ser subdividida em três subcategorias: (1) Reserva Natural Integrada (6 sítios); (2) Reserva Natural Parcial; e (3) Reserva Natural Temporal (dos quais os dois últimos ainda não têm sítios designados). Os Parques Naturais e as Reservas Naturais são as categorias predominantes, cobrindo pelo menos 75% da área da rede global de AP (consulte a Tabela 1 para uma visão geral). PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 8 12. A lei não estabelece a correspondência entre as categorias nacionais e as AP da UICN, e isto constitui uma lacuna na legislação. Actualmente, Cabo Verde tem três sítios designados como Zonas Húmidas de Importância Internacional no quadro da Convenção de Ramsar: Curral Velho, Lagoa de Pedra Badejo e Lagoa de Rabil. Destes, apenas o primeiro tem uma categoria nacional correspondente - a Paisagem Protegida de Curral Velho na Ilha da Boavista. Existe o potencial para o estabelecimento de outros sítios de Ramsar, mas isso exigiria um envolvimento mais activo na implementação da Convenção. Para além dos sítios Ramsar, nenhuma outra categoria internacional de AP é reconhecida em Cabo Verde. Desde 2005, tem havido vários esforços para iniciar um Programa de Homem e Reserva da Biosfera em Cabo Verde mas, até agora, esses esforços têm sido infrutíferos. Tabela 1. Estrutura da Rede de AP/AMP de Cabo Verde por Bioma e Categoria Área Área de Categorias de AP Número Paisagem % da rede Paisagem de Comentários de sítios Marinha AP/AMP Nacionais em cada bioma (ha) (ha) Sítios exclusivamente 20 30.048 42% Os maiores sítios estão nas ilhas do Fogo, terrestres (AP terr.) Santo Antão e Boavista. Dois parques Paisagens Protegidas 5 7.080 10% terrestres nas ilhas de São Nicolau e Santiago Reservas Naturais 2 1.118 - Parques Naturais 8 20.357 - Monumentos Naturais 5 1.494 - 27 28.649 13.460 5 2.983 0 Reservas Naturais 13 10.573 5.935 Parques Naturais 2 10.044 7.524 Monumentos Naturais 1 90 0 Reservas Naturais Integradas 6 4.959 0 Total APs e AMPs 47 58.696 13.460 Sítios costeiros e sítios marinhos (AMP) Paisagens Protegidas foram operacionalizadas através dum anterior 2% projecto de biodiversidade do PNUD/GEF. Os 28% sítios estão bem distribuídos pelas ilhas de Cabo Verde e são representativos dos 2% ecossistemas terrestres do país. 58% O conceito de uma área marinha protegida (AMP) é relativamente novo em Cabo Verde, 4% portanto as experiências em gestão de AMP são incipientes. Os sítios criados por lei ainda 23% precisam se operacionalizados no terreno. Três 24% ilhas albergam a grande maioria das AMP do país: Boavista, Sal e Maio. Os sítios também 0% incluem a ilha desabitada de Santa Luzia e os 7% ilhéus Branco, Raso e Rombo. O total de hectares da rede de APs/AMPs é 100% 72.156 ha de terras e paisagens marinhas. 13. A rede nacional de AP de Cabo Verde pode ser dividida em: (1) um subconjunto terrestre e (2) um subconjunto marinho/ costeiro, com relação ao bioma a que pretendem oferecer protecção. O subconjunto terrestre compreende 20 sítios que foram legalmente estabelecidos em 2003, totalizando 30.048 hectares, o que corresponde a 7,5% da superfície terrestre do país. Oito das ilhas de Cabo Verde têm AP terrestres, sendo a maior delas no Fogo (Parque Natural de Chã das Caldeiras, com 8.469 hectares); esta AP em particular inclui a cratera do vulcão da ilha, que ainda está activa5. De todos as AP terrestres, apenas dois sítios foram efectivamente operacionalizados até agora6. São eles, os Parques Naturais de Serra Malagueta, na ilha de Santiago (1.200 hectares) e de Monte Gordo na ilha de São Nicolau (2.500 hectares). 5 6 A última erupção foi em 1955. As AP contam com planos de gestão, infra-estruturas, pessoal, sistemas de vigilância e algum nível de monitorização ecológico. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 9 Quadro 1. Resultados da Fase I do Projecto Áreas Protegidas Terrestres do UNDP/GEF Planeado como um programa faseado, o GEF aprovou a primeira das duas fases do projecto "Gestão integrada participativa de ecossistemas em áreas protegidas e envolventes ", que está em execução desde 2003 e cuja fase I está programada para terminar em meados de 2009. No contexto actual, não haverá uma "Fase II do projeto" concentrando-se apenas áreas terrestres. Em vez disso, esta proposta de projecto («Consolidação de APs») concentrar-se-á nos mesmos locais terrestre que teriam sido alvo de uma intervenção de fase II, mas também incluirá zonas marinhas, num maior esforço para consolidar o sistema de áreas protegidas de Cabo Verde. Os seguintes resultados foram alcançados através da implementação da Fase I do projeto: (1) a criação das duas primeiras APs no país com planeamento da gestão e estruturas, comissões locais, pessoal formado e equipamentos; (2) criação de um quadro jurídico de base da APs e instituição jurídica da actual AP/parque AP, (3) lançamento de abordagens participativas para a conservação envolvendo comunidades adjacentes e outras partes interessadas, através da promoção de meios alternativos de subsistência e de sensibilização a todos os níveis, (4) estabelecimento do quadro para reforçar a luta contra o IAS em APs e envolventes e (5) a conclusão dos estudos de viabilidade para a criação de uma instituição dedicada à gestão de APs. O projecto teve a sua avaliação final em Agosto de 2009. Teve uma classificação de ‘Satisfatório’ com “ realizações e progresso notáveis mas necessitando de um maior plaenamento estratégico e maior concentração na sustenatabilidade,” Resumidamentea avaliação concluiu o seguinte: § “É evidente que o projecto teve uma série de resultados impressionantes. Mais importante ainda, o projecto criou as duas primeiras áreas protegidas em Cabo Verde, criando as condições para o seu funcionamento, e iniciou actividades que permitem uma co-gestão integrada dos recursos naturais nessas áreas e zonas envolventes. Informações completas de referência foram compiladas e planos de gestão foram elaborados e aprovados para os dois parques. Além disso, o projecto introduziu com êxito o conceito de áreas protegidas e gestão sustentável dos recursos naturais, como instrumentos essenciais e viáveis para a conservação da biodiversidade nacional e globalmente importante de Cabo Verde, com o apoio irrefutável dos deciores, dos principais interessados e do população em geral. O projecto criou vários recursos valiosos para a conservação da biodiversidade em Cabo Verde. Estes incluem principalmente: o apoio a todos os níveis alcançados para o conceito de áreas protegidas, as duas áreas protegidas criadas, o apoio das comunidades envolvidas para a sua integração nas práticas de gestão sustentável, e talvez mais importante uma equipa de profissionais empenhados, pessoal técnico nacional altamente capacitado e motivado, todos capazes e dispostos a assumir a liderança no desenvolvimento de uma rede de áreas protegidas no país” § “A principal fraqueza do projecto encontra-se na sua fraca estratégia de saída, combinada com a falta de atenção suficiente para actividades estrategicamente planeadas e que criem sustentabilidade, através da implementação do projeto. Deve notar que o projecto foi concebido para ter uma Fase I, seguida da Fase II e, portanto, não era necessária uma estratégia de saída na fase de concepção. No entanto, é essencial prestar-se atenção e dar uma resposta imediata aos graves riscos resultantes da substituição da Fase II por outro projeto de seguimento, e especialmente a partir do intervalo de tempo que não tinha sido não planeado entre os dois projetos. Se a continuidade e a sustentabilidade dos resultados do projecto não forem mantidas e reforçadas através de um projecto específico/actividades de seguimento, há um alto risco da sua rápida degradação, resultando em impactos negativos, e uma perda a longo prazo de confiança nacional no processo”. § ” Quase todos os intervenientes entrevistados para esta avaliação, foram de opinião de que o projecto não conseguiu garantir a continuidade a longo prazo e a sustentabilidade dos seus resultados e conquistas. A sustentabilidade da maioria das realizações listadas acima, portanto, depende das actividades de seguimento. Se tais medidas forem tomadas, através de actividades específicas de sguimento e integradas no desenho do projetco, os impactos importantes da Fase I do Projecto de Áreas protegidas de Cabo Verde poderão ser mantidos e a sua continuidade pode rá ser garantida”. Para mais informações, consulte o portal do projecto: www.areasprotegidas.cv A operacionalização destes locais foi conseguida através do apoio de um projecto de Biodiversidade do PNUD/GEF7. Juntos, os Parques Naturais de Serra Malagueta e Monte Gordo representam não mais de 12% da área total do subconjunto de AP terrestres e apenas 6% da área total de paisagens terrestres e marinhas, que formam parte do Sistema de AP de Cabo Verde; no total, uma fracção da propriedade global de AP. A maioria das AP terrestres está localizada em áreas de grandes altitudes e desempenham um papel importante na condensação de humidade, precipitação e na protecção de bacias hidrográficas. Elas contêm relíquias da vegetação nativa, 7 Cf.: UNDP/GEF Integrated participatory ecosystem management in and around protected areas; Phase I” This project will close at the of 2009. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 10 incluindo um conjunto importante de plantas endémicas. Os sítios também sustentam importantes espécies de aves e herptofauna. Algumas destas áreas, no entanto, têm sido geridas há décadas como “perímetros florestais” e têm sido invadidas, em diferentes graus, por espécies exóticas de plantas, algumas das quais estão classificados como espécies exóticas invasoras. Muitos sítios terrestres são de difícil acesso (somente através trilhos rudimentares) e, geralmente, são bem protegidos, mesmo sem a intervenção de gestão, enquanto outros sofrem de pressão significativa das comunidades vizinhas. 14. Quanto ao subconjunto costeiro e marinho da rede de AP (aqui genericamente definido como AMP), 27 sítios foram publicados em 2003, compreendendo 42.109 hectares de terras costeiras e paisagens marinhas (com respectivamente 13.460 e 27.199 hectares). Nove (09) destes sítios, com mais da metade da área total das AMP, estão localizados na Ilha da Boavista. Os outros estão localizados nas ilhas do Maio e Sal8. A ilha desabitada de Santa Luzia é uma AMP na sua totalidade, 3.500 hectares. O mesmo se aplica a alguns ilhéus (Rombo, Branco e Raso). Uma AMP é exclusivamente marinha (a Reserva Marinha Natural da Baía da Murdeira, com 2.067 hectares de paisagem marinha) 9. Com excepção de Santa Luzia, que conta com um plano de gestão e restrições de acesso impostas pela Guarda Costeira, nenhuma outra AMP em Cabo Verde tem sido até agora efectivamente operacionalizada. Experiência na gestão de áreas marinhas protegidas é ainda mais incipiente do que com os locais terrestres. A experiência em gestão de AMP é ainda mais incipiente do que dos sítios terrestres. A utilização de solos costeiros é bastante intensa na maior parte das ilhas de Cabo Verde e, portanto, a criação de áreas marinhas protegidas não será provavelmente isenta de controvérsia. Além disso, porque o sector local das pescas ainda não enfrentou uma grave crise de escassez, excepção dos membros da comunidade científica, ainda não se tomou plena consciência do benefício das AMP enquanto áreas de acolhimento/nutrição para peixes e mamíferos marinhos. Contexto institucional, políticas e regulador 15. A Direcção Geral do Ambiente (DGA), no Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM), tem o mandato e a responsabilidade primeira de gestão de todas as AP em Cabo Verde, incluindo o desenvolvimento de políticas e parcerias. Como se discutirá adiante, faltam recursos e capacidades para que estas organizações possam desempenhar as suas obrigações de forma adequada. Por exemplo, a nível central, a DGA conta com um pequeno núcleo de técnicos que são responsáveis pela coordenação do planeamento, gestão e controlo das AP (incluindo a monitorização ecológica), bem como a mobilização de recursos e o desenvolvimento de parcerias. A nível descentralizado, o MADRRM tem representações em todas as principais ilhas (chamadas "delegações") com recursos e capacidades operacionais limitados. O Ministério tem um mandato amplo, incluindo o desenvolvimento de políticas e a promoção e regulação de diversos sectores, incluindo a agricultura, pecuária, ambiente, recursos hídricos e as pescas. As delegações com um ou mais técnicos dedicados exclusivamente ao 'ambiente', e que são igualmente responsáveis pela gestão da AP a nível 8 Isso está conforme a importância que estas ilhas têm no apio à vida costeira e marinha O seu futuro, no entanto, é incerto devido a um processo judicial controverso em curso relativo à propriedade de um terreno e direitos imobiliários. 9 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 11 local10. Os municípios maiores podem contar com um técnico de ambiente nos seus Conselhos Municipais. Vários sítios de AP contam com a presença de guardas florestais 11. Com excepção dos sítios terrestres que já foram operacionalizados através da assistência de um anterior projecto de AP do PNUD/GEF (referido no parágrafo 13 e referido ainda como a "Projecto da Fase I " ver Caixa 1), nenhum dos guardas receberam formação formal. Os dois sítios mencionados anteriormente (os Parques Naturais de Serra Malagueta e Monte Gordo) contam com um pequeno núcleo de quadros técnicos. No auge da implementação do projecto, o quadro de pessoal técnico dedicado à gestão das PA atingiu cerca de 50 pessoas, incluindo os técnicos baseados na Cidade da Praia (a capital), em Assomada, na zona rural da Ilha de Santiago (perto de onde está localizada a Serra Malagueta) e na Ilha de São Nicolau. Entre eles estavam os colaboradores nacionais e internacionais, muitos dos quais em regime de contrato com o governo. 16. A Direcção Geral da Agricultura, Pecuária e Pescas (DGASP) colabora com o DGA na gestão de algumas AP terrestres, gerindo directamente as actividades de reflorestação e reabilitação de ecossistemas. Algumas das principais instituições de investigação de Cabo Verde, incluindo o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrícola (INIDA) e do Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas (INDP), também colaboram com a DGA na gestão das AP, através de estudos técnicos. O Escritório da ONG internacional World Wildlife Fund (WWF) “Fundo para a Vida Selvagem” em Cabo Verde também tem estado empenhado no estabelecimento de AMP, através do Programa Regional de Conservação Costeira e Marinha para a África Ocidental (PRCM), envolvendo múltiplos doadores e intervenientes. Apesar de várias agências doadoras terem começado a apoiar a gestão de AP, os constrangimentos em termos de capacidade é generalizado entre as organizações nacionais. Este é um desafio central que precisa ser atacado durante a implementação deste projecto. 17. Através da Fase I do projecto, que focalizou exclusivamente em sítios terrestres (ver Caixa 1 para mais informações), a agenda jurídica e política tem feito avanços no que diz respeito a todo o sistema de AP e capacidade institucional para a gestão de AP terrestres. Especificamente: (1) o pessoal do núcleo técnico da Fase I do Projecto do PNUD / GEF está pronto para abraçar o desafio de consolidar o Sistema de AP de Cabo Verde; (2) o quadro jurídico de base que designou o património de AP existentes está agora em vigor; e (3) as categorias de AP são definidas por lei e a gestão de AP está irrevogavelmente inserida nos quadros mais amplos da política de ambiente, incluindo o Segundo Plano de Acção Nacional para o Ambiente (PANA II 2004-2014), o programa chapéu para o sector do ambiente12. 10 Diferentemente de outros sectores e sub-sectores sob a responsabilidade do MADRRM, a gestão da APs é bastante centralizada na cidade da Praia. As funções de um “delegado para a área do ambiente” típico nas ilhas ésão portanto, na maior parte, prestação de informação e transmissão de informações e processos, enquanto a gestão efectiva das APs é feita fora da capital. 11 Um estudo do PPG indicou que existem 76 guardas (guardas florestais) na Ilha de Santo Antão (que abrangem 8,796 ha de área florestal) e 90 na Ilha do Fogo (abrangendo 11,242 ha). 13% deles têm idade acima de 60 anos. Nenhum deles recebeu formação formal em matéria de vigilância de APs, embora rotineiramente reportem sobre infracções ambientais nas APs. Em São Vicente, a vigilância foi atribuída a uma ONG local Amigos da Natureza (afiliada com a ONG internacional Friends of the Earth). 12 Em grande medida, o desenvolvimento do Sistema de AP de Cabo Verde também é derivado do estabelecimento de orientações contidas na Estratégia de Biodiversidade e Plano de Acção Nacionais, embora seja amplamente reconhecido entre os especialistas que o esses documentos devem ser actualizados e que o processo deve ser utilizado como uma oportunidade para a integração da biodiversidade nas políticas sectoriais relevante.s PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 12 18. A Lei-quadro do Ambiente (Lei-Quadro do Ambiente, nº 86/IV/93 de 26 de Junho de 1993) define as orientações políticas e é derivado do direito fundamental a um meio ambiente saudável e o dever de cada cidadão de preservá-la, conforme descrito na Constituição de Cabo Verde13. A Lei-Quadro do Ambiente, no artigo 29, prevê a criação de uma rede de AP e focaliza as "áreas terrestres, águas interiores e marítimas e outras características naturais distintas que devem ser objecto de designação, preservação e de conservação, devido ao seu valor estético, raridade, relevância científica, cultural e social e sua contribuição para o equilíbrio biológico e estabilidade ecológica das paisagens". Além disso, a protecção de áreas naturais, paisagens, sítios, monumentos e espécies protegidas está descrita no Decreto nº 14/97 (de 1 de Julho de 1997), onde os critérios para a selecção das AP foram primeiramente definidos por lei. 19. Em 2003, o regime jurídico que rege a criação do Sistema nacional de AP passou a ser definido mais precisamente com a promulgação do Decreto-Lei n. º 3/2003 (24 de Fevereiro de 2003). As áreas foram então designadas devido à sua importância para a "biodiversidade, recursos naturais, funções ecológicas, os valores culturais e interesse turístico". As seis categorias de AP acima mencionadas também foram definidas pelo Decreto-Lei 3/200314. Orientações mais específicas deveriam ser fornecidas pelos próprios planos de gestão para os sítios individuais. A lista dos 47 sítios que compõem o património original de AP de Cabo Verde, a sua dimensão e localização indicativa constituíram um anexo da Lei. (Consulte o Anexo 1 para ver a lista). 20. Além disso, o artigo 2º do Decreto-Lei n.º 3/2003 estipula que as AP e gestão dos recursos naturais é da responsabilidade do MADRRM, DGA e DGASP. Estas autoridades nacionais são responsáveis pela: (1) prevenção de violações, modificações e contaminação do ambiente natural; (2) promoção da gestão e exploração sustentável de recursos naturais; (3) por assegurar a conservação da biodiversidade; (4) restauração de habitats naturais; (5) proteger os elementos históricos e arqueológicos dos sítios; e (6) promoção da gestão participativa de recursos naturais nas AP. Mais ainda, o artigo 22 do Decreto-Lei 3/2003 cria oportunidades para os governos estabelecerem um Conselho Consultivo de AP para cada ilha ou para cada AP, para facilitar a gestão das AP através de uma abordagem participativa, com todos os intervenientes. O Conselho serviria como um fórum de debate e resolução de conflitos; mas não há conselhos a funcionarem actualmente em Cabo Verde. Outro instrumento jurídico descrito no Decreto-Lei 3/2003 refere-se à possibilidade de se estabelecer acordos de gestão das PA; nenhum acordo foi assinado até agora. Quanto aos recursos económicos necessários para a gestão das AP, o Decreto-Lei 3/2003 também permite ao Governo criar um Fundo para o Ambiente, o que efectivamente existe, mas está actualmente com poucos recursos. As receitas também podem ser obtidas através da cobrança de taxas ou alugar para a gestão de terceiros através de um processo de concessão. 21. No que diz respeito à autoridade de supervisão, o Decreto-Lei 3/2003 define dois cenários para a gestão do Sistema de AP de Cabo Verde. O primeiro cenário prevê a gestão directa por parte do órgão governamental responsável pelo sector do ambiente (actualmente, a 13 O quadro jurídico para o sector do ambiente em Cabo Verde é mais amplo do que minucioso. O mesmo cobre temas tais como qualidade do ar, recurso hídricos, poluição do mar, biodiversidade, informação e educação ambiental, gestão de resíduos sólidos e de áreas protegidas, e avaliação de imapcto ambiental (AIA). 14 Também contém orientações gerais quanto aos objectivos e usos autorizados para cada uma das categorias indicadas. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 13 DGA), sob a orientação política do Conselho Nacional para o Ambiente. O segundo cenário para o qual Cabo Verde está a caminhar agora - prevê a criação de uma entidade autónoma para a gestão directa do sistema de AP. Essa autoridade teria autonomia orçamental, permitindo-lhe directamente buscar, obter e gerir fundos de várias fontes diferentes, e estaria institucionalmente ligada à DGA no que toca às decisões políticas mais amplas. 22. Finalmente, o contexto jurídico em vigor é uma condicionante crucial na gestão e operação de AP e AMP. Isto é realçado pelo seguinte facto: apesar de todos os 47 sítios que compõem o património de AP de Cabo Verde terem sido designadas pelo Decreto-Lei 3/2003, é ainda preciso aprovar uma legislação específica para definir os limites específicos das AP individuais e resolver quaisquer conflitos sobre os terrenos ou de utilização que possam existir. Actualmente, apenas três AP contam com um tal quadro regulamentar. AMEAÇAS, CAUSAS DE FUNDO E IMPACTOS 23. Conforme estabelecido no capítulo anterior, a situação da biodiversidade de Cabo Verde em termos de abundância, distribuição e diversidade tem estado sob pressão crescente de uma variedade de ameaças antropogénicas e naturais. A situação da fauna e flora foi exaustivamente registada primeiramente na Lista Vermelha de Cabo Verde em 1996. A desertificação crescente em Cabo Verde resultou em várias extinções de taxa endémicas documentadas nas ilhas individualmente, em especial nas ilhas do leste (por exemplo, a xerófitas Diplotaxis glauca e Pulicaria diffusa e mesophytes Polycarpaea gayi, Sideroxylon marginata e Verbascum capitisviridis). Além disso, a ação antrópica também contribuiu para o desaparecimento do lagarto gigante de Cabo Verde, Macroscincus coctei. 24. A biodiversidade Insular é o legado de uma história evolutiva única e, portanto, é particularmente frágil e vulnerável. Essa fragilidade e vulnerabilidade são acentuadas pelo clima seco do país e pela variabilidade climática pré-existente. O Millennium Ecosystem Assessment (Avaliação do Ecossistema do Milénio) concluiu que os principais factores de perda da biodiversidade insular iria continuar ou aumentar rapidamente. Este processo seria, obviamente, agravado pelos impactos graduais das alterações climáticas, aliados à mudança de habitat, à sobre exploração e, em particular, às espécies invasoras. A seguir, um resumo das ameaças directas à biodiversidade de Cabo Verde, a pressão que estas ameaças representam no estado da sua biodiversidade e as suas causas (específicas): i. Destruição de habitats e degradação do ecossistema A erosão do solo, tanto nos ambientes terrestres como costeiros, é responsável pela destruição de habitats inteiros em Cabo Verde, em determinadas zonas e dunas vegetativas em terras secas e vulneráveis. Nas zonas costeiras, a expansão do turismo e da actividade imobiliária está a invadir as áreas selvagens/silvestres e contribuindo para a erosão das praias e dunas (ver Caixa 2). A areia é também extraída intensamente em determinados locais para a construção. Apesar de regulamentações rígidas sobre a dragagem de areia, a sua aplicação e PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 14 cumprimento são ineficazes15. A ocupação humana nas áreas das praias perturba a reprodução de tartarugas marinhas (por exemplo, em 2007, afirma-se que a acção das motos nas praias terão destruído 70% dos ninhos de tartarugas na ilha do Sal) e aumenta os níveis de poluição nas áreas da baía, do mesmo modo que a expansão turística e imobiliária. Muitas vezes, essa expansão é apoiada por planos de desenvolvimento local, sem a devida diligência quanto aos potenciais impactos ambientais negativos. Quanto às paisagens terrestres, as principais ameaças incluem a limpeza das terras para a agricultura - a área cultivada aumenta a cada ano -, pastagem dos animais domésticos (sendo as cabras particularmente destrutivas) e o elevado consumo de água, seja para irrigação (muitas vezes gerida com desperdício) seja para a produção do grogue16. O uso descuidado de produtos agro-químicos e eliminação precária de resíduos humanos polui o solo e afecta negativamente a vegetação nativa. Estas ameaças estão também presentes nas áreas adjacentes às AP e, geralmente, podem ser atribuídas a más práticas de gestão das terras e ao conhecimento limitado sobre como tratar os resíduos perigosos. A plantação de árvores exóticas (incluindo aquelas localizadas em áreas que hoje são AP), embora benéfica para o controle da erosão, também transformou habitats nativos inteiros, restringindo assim a sobrevivência da maioria das espécies nativas. Até recentemente, o impacto dessas práticas florestais na vegetação nativa não era conhecido. Quadro 2. Questões Ambientais ligadas ao Turismo de Massa em Cabo Verde Um dos estudos PPG identificou várias questões ligadas ao desenvolvimento do turismo de massa em Cabo Verde: (i) A não adesão ao AIA. As permissões são frequentemente solicitadas retrospectivamente após os investidores já terem começado os trabalhos, e as permissões são obtidas, mesmo quando as leis e regulamentos de imóveis são violados, (ii) Os limites das áreas protegidas são ignorados e a terra é vendida dentro de áreas protegidas, (iii) a distância legalmente estabelecida de 80 metros da costa é constantemente ignorada e são realizadas construções dentro dessa área, (iv) a evolução contínua de construções ligadas ao turismo ao longo da linha litoral (Ribbon Development), desenvolvido na Ilha do Sal e propostas na ZDTI da Boa Vista, são ambientalmente e socialmente prejudiciais e, por fim inibem o desenvolvimento de uma indústria do turismo, tornando-a pouco atraente para os visitantes, limitando o acesso e vista para a praia e para o mar, (v) as defesas naturais do mar são destruídas, danificadas ou prejudicadas (sistemas de dunas, recifes de corais) e ( vi) recarga da praia natural e das dunas é prejudicada, (vii) as actividades turísticas ambientalmente prejudiciais acontecem (moto-quatro em praias e dunas). Fonte: Sillitoe, A. (2009): “PPG-Project phase GEF-4176 Consolidation of Cape Verde’s Protected Areas System: Ecotourism & Livelihoods” ii. Espécies Exóticas Invasoras As espécies exóticas invasoras representam uma ameaça significativa à biodiversidade em todo o Cabo Verde. Várias espécies vegetativas, incluindo Lantana camara, Fulgcraea gigantesca, Furcraea foetida e Dicrostacys cinerea, espalharam-se das áreas agrícolas para as terras selvagens adjacentes em todo o arquipélago. Além disso, projectos de reflorestação, até recentemente, usaram quase exclusivamente espécies de árvores exóticas, predominantemente o pinho e Eucalyptus spp. nas zonas elevadas mais húmidas, e a Acacia e Prosopis spp. nas zonas áridas. A reflorestação tem acontecido principalmente em áreas já degradadas. Estas áreas são normalmente compostas por florestas mistas de espécies muito variadas que podem proporcionar habitats adequados para algumas espécies nativas. Em outras áreas, no entanto, foi realizada a reflorestação monocultura, eliminando efectivamente 15 Para além da opção de importação com menos efectividade de custos, existem poucas alternativas à areia para construção em Cabo Verde. 16 Bebida espirituosa local feita a partir de qualquer planta contendo amido que esteja disponível. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 15 espécies vegetais nativas. Nos ecossistemas marinhos, pouco se sabe sobre a distribuição de espécies exóticas causada pela descarga de água de lastro de navios turísticos. Não houve qualquer controlo sobre a disseminação das espécies exóticas invasoras nos ecossistemas de Cabo Verde e pouco conhecimento se tem do facto de que certas espécies que estavam sendo plantadas activamente para controlar a erosão constituem uma ameaça à vegetação nativa. iii. Sobre exploração dos recursos biológicos A extracção de lenha teve um impacto negativo sério sobre a vegetação nativa em Cabo Verde, uma vez que não há praticamente nenhum combustível alternativo para cozinhar que seja acessível e esteja disponível às famílias rurais de baixa renda. Além disso, a colheita de plantas nativas para uso medicinal e tradicional tem reduzido as populações de determinadas espécies, inclusive as endémicas. Não há controlo sobre a colheita de NTFP, excepto nas AP que já foram operacionalizadas. A caça da fauna nativa para subsistência, principalmente de pássaros (por exemplo, Calonectris edwardsii, Halcyon leucocephala e Passer ssp.), contribui para a sobre exploração dos recursos naturais nos ecossistemas terrestres, apesar das campanhas de educação pública feitas pelo INIDA terem reduzido essa prática nos últimos anos. Em termos de biodiversidade marinha, os recursos de pesca de Cabo Verde estão ainda sub-exploradas de maneira geral; em 1999, o INDP avaliou que apenas 25% da produção sustentável estimada do pescado estava sendo explorada, com uma margem considerável para a expansão das actividades de pesca17. A indústria da pesca (industrial e artesanal) concentra-se em diferentes espécies pelágicas, sendo o atum o mais importante (várias espécies da génese Thunnus), bem como crustáceos. Estudos realizados durante a Fase de Preparação do Projecto (PPG) mostraram, no entanto, que certas espécies de lagosta, incluindo a lagosta verde (Panulirus regius), lagosta marrom (Panulirus equinatus) e a lagosta de pedra (Scyllarides latus), que são produtos de exportação valiosos, estão a ser sobre exploradas localmente, apesar da legislação que proíbe a sua captura durante a época reprodutiva. A sobre exploração tem sido impulsionada pela demanda da indústria do turismo no Sal e Boavista. Cabo Verde tem aumentado significativamente o número de licenças de pesca emitidas para os navios estrangeiros nos últimos dez anos. Devido à capacidade, monitorização e fiscalização limitadas na Zona Económica Exclusiva (ZEE), torna-se difícil impedir a pesca excessiva e a perda de receitas decorrente à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. iv. Mudanças climáticas Hoje, a degradação do solo e as espécies exóticas invasoras são as principais ameaças à biodiversidade nas ilhas de Cabo Verde. No entanto, nas décadas futuras, a mudança climática será sem dúvida a ameaça por si mais significativa. As previsões de cenários das mudanças climáticas para o país realçam efeitos negativos significativos sobre o estado da biodiversidade dos ecossistemas terrestres e marinhos. Vários habitats nichos podem ser perdidos devido às alterações climáticas, agravando o nível de ameaça em alguns ecossistemas e, até mesmo, provocar a extinção de espécies menos resistentes. A subida 17 A FAO estimou que em 2001, as capturas estiveram bem abaixo das possíveis capturas sustentávceis, por exemplo, 10-15% para o atum, 50-70% para pelágicos, 20-30% para demersais, 75-95% para lagosta vermelha, e 0% para lagosta verde. (West Africa Trade Hub, in www.imcsnet.org) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 16 crescente do nível do mar, como resultado das alterações climáticas, também irá provavelmente agravar os problemas já existentes de erosão das praias, com impacto nos corais, tartarugas marinhas e outros organismos. Além disso, as mudanças na temperatura do mar amputáveis às mudanças climáticas podem aumentar a frequência de eventos de branqueamento de corais18. SOLUÇÃO DE LONGO PRAZO E BARREIRAS PARA ALCANÇAR A SOLUÇÃO 25. A solução de longo prazo que se propõe para a conservação da biodiversidade em Cabo Verde é o de fortalecer e consolidar o Sistema de AP nascente no. Isso deverá fornecer protecção efectiva às áreas críticas de biodiversidade globalmente significativa e permitir ao governo de Cabo Verde e outros intervenientes a discernir que o desenvolvimento económico sustentável baseia-se na boa gestão dos recursos naturais apoiada pela conservação ambiental19. 26. Esta solução a longo prazo assenta-se em três pilares principais. Primeiro, o reforço do quadro institucional, de políticas e jurídico para a gestão de AP, nomeadamente no que diz respeito à sustentabilidade financeira. Segundo, aumento do nível de operacionalização dos sítios para que Cabo Verde possa ganhar experiência em gestão de AP e possa evitar as ameaças directas à biodiversidade contida nas AP e AMP. Isto é particularmente urgente para AMP. Em terceiro lugar, a difusão generalizada da participação dos intervenientes na gestão de AP e os diversos modelos pilotos. A sustentabilidade dos sítios está assegurada quando as comunidades adjacentes e os parceiros têm uma participação no processo de tomada de decisão relativa às AP/AMP e os benefícios derivados de sua gestão possam ser equitativamente partilhados. Existem barreiras chaves para a solução de longo prazo que impedem o surgimento e funcionamento dos três pilares referidos. Estas barreiras estão descritas abaixo. Barreira 1) Os quadros legais, de políticas e institucional precisam ser reforçados para permitir a gestão efectiva das AP. • O sistema de AP de Cabo Verde está num estágio inicial de desenvolvimento, necessitando de apoio institucional e de gestão significativos para tornar-se mais operacional e eficaz. A maior parte das leis relativas à biodiversidade são incompletas e têm-se limitado a criar parques em papel. Os quadros jurídicos e de políticas precisam ser complementadas por regulamentos específicos (por exemplo, não há estatutos para a protecção de determinadas flora e fauna nativas ameaçadas ou em perigo de extinção, nem regulamentos sobre a posse da terras dentro das AP). Apesar de existirem muitas leis e regulamentos relativos à utilização dos recursos (por exemplo, limitações e proibições 18 Apenas alguns eventos de branqueamento de corais foram relatados em Cabo Verde. O estudo PPG sobre Biodiversidade Marinha apontou para o facto de as comunidades de corais do arquipélago terem uma baixa taxa de mortalidade. Eles são provavelmente mais resistentes do que outras comunidades semelhantes no Atlântico, facto este que tem despertado interesse científico. 19 ‘Consolidação’ é entendido como o acto de congregar iniciativas, informação e conhecimento fragmentados, para lidar com um ‘sistema’, e não somente com um conjunto de áreas protegidas. Além disso, o conceito de um ‘Sistema de APs’ é diferente de uma ‘Rede de AP’ (mais comumente adoptada em Cabo Verde), pois o sistema não se refere apenas às áreas (e a uma rede delas), mas também às instituições, parcerias, base de conhecimentos e às capacidades que estão envolvidas na gestão de APs. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 17 de pastagem, silvicultura e pescas em determinadas zonas), estas leis não podem ser aplicadas efectivamente nas AP e zonas-tampão na ausência de planos de gestão que tenham amplo apoio. Os planos e estruturas de gestão que podem fazer a vigilância a nível local são praticamente inexistentes. • Outro desafio para a consolidação do sistema de AP é que a integração da biodiversidade nas políticas relevantes. Em 1994, foi aprovada a legislação que cria diversas Zonas de Desenvolvimento Turístico Integrado (ZDTI) em ilhas com vocação turística (ou seja, Sal, Boavista e Maio) 20. Os estudos da PPG têm destacado a eficácia duvidosa dos EIAs enquanto instrumento de regulação21. Por exemplo, na proximidade de algumas ZDTI foram designadas AP/AMP (ver, por exemplo, o mapa da Ilha do Sal no anexo 2), o que coloca uma ameaça directa para a biodiversidade que está a ser protegida. As orientações políticas contidas no documento do PANA II afirmam que, a partir de 2007, pelo menos 50% da taxa média anual do turismo aumenta através do ecoturismo. Isto está em contradição com os planos de expansão anunciados pelos investidores e pelo sector de desenvolvimento de turismo do governo. Cabo Verde precisa urgentemente reavaliar a sua indústria turística e desenvolver e adoptar um quadro nacional de políticas para o turismo e um plano director nacional do turismo. Este diálogo entre o sector da conservação e do Turismo ainda não foi iniciado. Essa mesma lógica de diálogo se aplica aos sectores da pesca e agrário, uma vez que a expansão descontrolada das áreas cultivadas e do esforço das pescas constituiriam uma ameaça à biodiversidade, (consulte o capítulo sobre "Ameaças, causas e impactos" para mais detalhes). Um diálogo franco entre os sectores ainda não foi iniciado. O Quadro de Avaliação de Capacidades do PNUD produziu os seguintes resultados em relação às lacunas de capacitação existentes na DGA: 22 - • Há algumas pessoas ou instituições, prosseguindo de forma activa uma agenda para as áreas protegidas, mas estas têm pouco efeito ou influência. Existe alguma vontade política, mas não forte o suficiente para fazer a diferença. Há apoio limitado para as áreas protegidas. Algumas parcerias foram estabelecidas, mas há lacunas significativas e as parcerias existentes pouco conseguem. Outro desafio importante para permitir a ‘consolidação’ é a criação de uma instituição responsável dedicada à gestão de AP23. Essa entidade deverá possuir capacidades organizacional e humanas suficientes para implementar políticas que promovam a conservação, através de acordos de colaboração (por exemplo, com as pescas, turismo, proprietários de terrenos privados, promotores imobiliários, o governo local). No entanto, a referência base da capacidade do país para a gestão de AP é baixa. Na verdade, em 20 Desde então, alguns projectos turísticos, orçados em centenas de milhões de dólares, iníciaram e avançaram muito rapidamente. 21 Do estudo PPG sobre Ecoturismo (2009): “Actualmente, as recomendações das AIAs são rotinamente ignoradas em detrimento de esquemas de investidores individuais que são claramente prejudiciais ao ambiente.” 22 Consultar o Anexo 6 para ver os resultados da avaliação. 23 O processo de PPG mostrou que há vonatde política para implementar uma autoridade autónoma para a gestão das AP, confrome previsto no Decreto-Lei 3/2003. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 18 todas as cinco áreas temáticas da capacidade constantes do Quadro de Avaliação de Capacidades do PNUD para Gestão de AP24, Cabo Verde teve uma avaliação abaixo de 50%. O quadro de pessoal responsável pela gestão das AP na capital é pequeno e tem grandes necessidades de formação para os seus técnicos, gestores de sítios e guardas florestais. • Um sistema de posse da terra que não seja claro coloca um problema grave para a consolidação o Sistema de AP de Cabo Verde. A implementação da Fase I confrontou-se com o facto inesperado de que grande parte dos terrenos nos Parques Naturais na Serra Malagueta e Monte Gordo tinham proprietários privados. O sistema vigente de posse de terras e uso dos solos em Cabo Verde representa um desafio para a conservação eficaz de recursos. Em muitas AP, a posse e utilização de terras agrícolas estão separadas (parceria, por exemplo), não fornecendo qualquer incentivo para aqueles que utilizam a terra para a sua gestão a longo prazo. Em alguns casos (renda, por exemplo) há desincentivos para que os usuários das terras realizem melhorias nos sistemas de produção através da conservação do solo e da água, uma vez que essas melhorias só aumentam a renda paga pelos agricultores rendeiros. • As capacidades técnicas e humanas existentes para desenvolver e gerir o sistema nacional de AP estão ligadas aos projectos e, portanto, altamente dependentes do financiamento de doadores, sem necessariamente estarem institucionalizadas. A consolidação, melhoria, reorganização e financiamento dessa capacidade também coloca desafios e exige uma abordagem estratégica. • Os aspectos financeiros da gestão das AP também representam um desafio, tanto do ponto de vista dos custos como das receitas. As taxas de visitantes, licenças / impostos, pagamento por serviços ambientais (PSA-PES), etc., ainda não estão sendo utilizados para financiar a conservação. Além disso, parece que o fundo para o ambiente não tenha sido reabastecido. Durante a fase de preparação do projecto, foi realizada uma análise aprofundada das questões de finanças das AP que indicou que: (i) as receitas das AP não estão sendo retidas pelo sistema de AP; (ii) não existe nenhum instrumento fiscal, como os impostos de turismo e água ou incentivos fiscais para promover o financiamento das AP; e (iii) não foram desenvolvidos planos de negócios para qualquer um dos sítios das AP. A Pontuação total no Quadro de Indicadores de Sustentabilidade Financeiro do PNUD para os Sistemas de AP foi de apenas 17%, o que é muito baixo. (Consulte o Anexo 4 para obter informações detalhadas sobre os aspectos financeiros da gestão de AP e o Anexo 6 para os resultados completos de Avaliação). • Por fim, a maioria das unidades de AP em Cabo Verde são relativamente pequenas e contêm áreas significativas de ecossistemas de sequeiro altamente vulneráveis, assim como de corais, os quais podem não ser suficientemente resistentes para suportar 24 A capacidade de conceitualizr e desenvolver políticas sectoriais e intersectoriais e um quadro regulamentar; (2) capacidade de formular, implementar e operacionalizar programas e projectos sectoriais e inter-sectoriais; (3) capacidade de mobilizar e gerir parcerias, inclusive com a sociedade civil e o sector privado; (4) competências técnicas relacionadas especificamente com os requisitos dos programas estratégicos [do GEF] e com as convenções internacionais associadas; e (5) capacidade de monitorar, avaliar e fornecer informações ao nível do sector e do projeto. (Vide Anexo 3) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 19 condições bruscas de mudanças climáticas. Cabo Verde ainda não integrou os aspectos das mudanças climáticas na sua planificação e estratégia de longo prazo para as AP/AMP. Estas questões estão a pairar bem alto no horizonte. Barreira 2) Apenas uma fracção do património das AP está actualmente operacional; as capacidades e os recursos financeiros continuam escassos para enfrentar os desafios de reforço e consolidação. • O projecto da Fase I do PNUD-GEF e outras iniciativas relacionadas com a gestão de AP conseguiram colocar as AP na agenda nacional, mas apenas uma fracção do sistema de AP de Cabo Verde foi operacionalizada (8% do subsistema terrestre de AP, 6% do total do património de AP/AMP e menos de 1% da superfície terrestre do país) 25. Todas as AMP criadas pelo Decreto 3/2003, cobrindo 40.245 ha de terra costeira e marinha, além de 24.711 ha de AP terrestres (ou seja, 92% dos subconjunto de AP terrestres), ainda precisam ser operacionalizadas26. • Os recursos financeiros suportam os trabalhos de conservação escassos, incluindo os do GEF. O desafio é, por um lado, maximizar a área operacionalizada para cada dólar gasto nas AP/AMP (tanto dos co-financiamentos como do GEF) e, por outro, assegurar um desenvolvimento e maturação equilibrados do sistema global das AP no que diz respeito à cobertura do ecossistema. Este último aspecto é particularmente importante para Cabo Verde, tendo em conta uma certa injustiça em relação às AP terrestres em intervenções anteriores, mas também devido ao poder financeiro assimétrico e ao peso político que o sector de turismo de massa tem em Cabo Verde, em comparação aos sectores do ambiente e conservação. • A pressão sobre as zonas costeiras e os recursos marinhos, juntamente com a natureza arquipelágica de Cabo Verde e as estruturas administrativas descentralizadas, estão a resultar em ameaças adicionais à conservação da biodiversidade marinha e costeira. • Além disso, a experiência em termos da gestão de planeamento das AP é ainda limitada. Até agora, apenas dois planos de gestão de AP foram preparados para todas as AP/AMP em Cabo Verde, e a elaboração dum plano de negócios para as AP é um conceito que ainda não foi experimentado no país. O desafio no que respeita a consolidação e reforço da gestão das AP exige a integração dos recursos humanos e financeiros de forma a reforçar a eficácia da gestão das AP com uma cobertura mais extensa possível e com o máximo de equilíbrio dos ecossistemas possível. Barreira 3) As abordagens participativas à conservação em Cabo Verde ainda são limitadas. 25 Calculado com base na área original das APs, que tem 72.156 ha, dos quais 58.696 ha são exclusivamente terrestre e 13.460 ha de área costeira e marinha. 26 Com excepção do ilhéu desabitado de Santa Luzia com 3.500 ha, o qual conta com um plano de gestão e com algumas açcões de gestão. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 20 • • • A maioria dos habitantes e os agentes económicos no interior e em torno do AP/AMP são altamente dependentes do uso de recursos naturais para sua subsistência. O sector do turismo obtém seus lucros exclusivamente da beleza natural oferecida pela biodiversidade das ilhas. A maior parte dos meios subsistência da população depende fortemente numa combinação da agricultura de subsistência e da pecuária e pesca artesanal extensivas27. No entanto, muito poucas pessoas estão conscientes do facto de que o uso insustentável dos recursos naturais exacerbado pela gestão ambiental descuidada pode levar a resultados catastróficos para todos os interessados. As pesquisas sublinham a necessidade de haver o envolvimento das partes interessadas na gestão das AP. Também advertem sobre a incipiente consciência nacional quanto ao papel fundamental das AP no desenvolvimento do país e na sustentabilidade ambiental. Na verdade, isto é corroborado pelos resultados dos Indicadores de Sustentabilidade Financeira do PNUD para os Sistemas Nacionais de AP (anexo 6), que mostram que os dados económicos sobre a contribuição das áreas protegidas para o desenvolvimento local e nacional são praticamente inexistentes. Existem vários factores que contribuem para a fraca gestão participativa das AP. (1) Os agricultores de subsistência e os pescadores artesanais e comerciais vão recorrer a actividades que degradam a biodiversidade se não houver meios de subsistência alternativos disponíveis. Isso porque satisfazer as necessidades básicas de subsistência da unidade familiar é uma necessidade primordial; (2) o planeamento do desenvolvimento na indústria imobiliária e do turismo, especialmente nas zonas costeiras, têm até agora omitido ou dado pouco valor aos impactos ambientais, nomeadamente os impactos na biodiversidade; e (3) os governos locais não têm conhecimento das questões de sustentabilidade ambiental, e consequentemente estão mal equipados para determinar e prevenir os impactos negativos. A sensibilização é um passo vital necessário para que os governos locais possam desempenhar um papel mais activo na gestão das AP/AMP. O desafio fundamental é, portanto, demonstrar ostensivamente à população em geral, especialmente aos decisores a todos os níveis, a ligação entre os meios de subsistência sustentáveis e a boa gestão dos recursos naturais apoiados pela conservação ambiental. Isso permitirá a regulamentação do uso de recursos a nível local, de forma a materializar o potencial económico das AP/AMP; e a redução do custo de conservação por unidade de área, envolvendo as comunidades adjacentes no esforço de conservação. O efeito global resultante será para comprovar que as abordagens sustentáveis para a gestão dos recursos e conservação do ambiente levam à redução da pobreza rural. INTRODUÇÃO AOS SÍTIOS DO PROJECTO 27. Dos vinte habitats terrestres críticos identificados na Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade de Cabo Verde (PAENB), sete foram seleccionados para o 27 Tal como referido no parágrafo n.º 1, o PIB tem em conta as actividades quantificáveis no comércio, transportes, serviços públicos e de turismo. Assim, o ambiente é subvalorizado. Para discussão sobre a disparidade entre a distribuição do rendimento nacional e o ambiente, veja Eric Zencey. G.D.P.R.I.P. Op-Ed Contributor. NYT, 10 de Agosto de 2009 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 21 estabelecimento da primeira AP terrestre do país. Dentro da abordagem faseada concebida para o anterior projecto apoiado pelo GEF (Fase I), dois sítios terrestres, representando estes habitats, foram o enfoque das actividades durante a primeira fase do programa (Parques Naturais de Serra Malagueta e Monte Gordo), enquanto quatro sítios serão o alvo na segunda fase. Estes sítios (os Parques Naturais de Monte Verde, Chã das Caldeiras, Morroços e Cova/Paul/Rª Torre) são agora alvo de operacionalização através do projecto proposto. A escolha destes sítios como sítios - alvo do projecto foi confirmada durante a fase da PP. 28. Dentro da abordagem de consolidação adoptada por este projecto, os sítios costeiros/marinhos serão igualmente operacionalizados. Isso tem se mostrado particularmente relevante e um pouco urgente, dado que, desde a criação do sistema de AP de Cabo Verde, apenas uma das 26 AMP designadas pelo Decreto-Lei 3/2003 foi operacionalizada28. A pressão das ameaças sobre a biodiversidade nas AMP é provavelmente mais intensa do que nas AP terrestres, especialmente face à inacção. O enfoque deste projecto é, portanto, elevar o nível de operacionalização das AMP a um nível muito maior, e é facilitado pelo facto de as AMP mais importantes estarem concentradas em apenas três ilhas (Sal, Boavista e Maio). Durante a fase de PP, foram realizadas consultas aprofundadas com vista ao estabelecimento de uma abordagem coordenada com os principais parceiros que apoiam o sector da conservação em Cabo Verde. Em particular, o WWF Cabo Verde está à espera de financiamento de várias fontes para o estabelecimento de um Escritório Insular de Conservação na ilha do Maio (cobrindo todas as AMPs da ilha) e para implementar o reforço das AMP nessa ilha. Daí, a decisão de consenso foi que o apoio do GEF fornecido através deste projecto para a operacionalização das AMP deve centrar-se no Sal e Boavista. 29. Através da criação de escritórios do projeto nas ilhas (o nome proposto é Escrotório Insular de Conservação ou EICs) para o Sal e a Boavista, será possível prestar um apoio mais directo e especializado às AMP nessas ilhas, apoio esse que não seria possível se funcionando a partir da capital, Cidade da Praia, que fica na ilha de Santiago. Os Escritórios Insulares de Conservação darão apoio a todas as áreas marinhas protegidas no Sal e Boavista, incluindo, se for viável e aplicável, os poucos e pequenos sítios terrestres nessas ilhas29. Esse apoio, no entanto, tornar-se-á fragmentado se todas as actividades em todas as AMP abrangidas atingirem o mesmo nível de intensidade (por exemplo, planos de gestão mais pormenorizados, monitorização ecológica e engajamento mais intensificado da comunidade). O número de AMP designadas é bastante elevado, tanto para o Sal como para Boavista (9 e 10, respectivamente) 30 e, portanto, em consonância com o que havia sido proposto no PIF, foi realizado um exercício para a definição de prioridades durante a fase de PP, a fim de escolher pelo menos dois sítios de concentração em cada uma das ilhas. 28 Santa Luzia é a úncia APM que conta com um plano de gestão e restrições de acesso implementados pela Guarda Costeira. A ilha é completamente desabiatada e tem apenas 3,500 hectares. 29 Maioritariamente pequenos sítios (~260 ha em média) e na categoria Monumento Natural, que requer intervenções de gestão limitadas. 30 Os sítios são: na (i Ilha da Boa Vista: Reserva Natural Integrada (RNI) Ilhéu de Baluarte, RNI Ilhéu dos Pássaros, RNI Ilhéu do Curral Velho, Reserva Natural (RN) Ponta do Sol, RN Boa Esperança, RN Morro de Areia, RN Tartaruga, Parque Natural (PN) do Norte, Monumento Natural (MN) Ilhéu de Sal-Rei e Paisagem Protegida (PP) Curral Velho; e (ii) na Ilha do Sal RN Marinha Baía da Murdeira; RN Costa da Fragata; RN Ponta do Sino; RN Rabo de Junco; RN Serra Negra; PP Buracona-Ragona; PP Monte Grande; PP Salinas Pedra Lume e Cagarral. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 22 30. Além disso, houve um exercício de consolidação de sítios durante a fase de PP e propostas para a expansão do património legal de AMP existentes nessas ilhas. Na Ilha da Boavista, este projecto propõe a criação de uma grande AMP no lado Este da ilha, que irá consolidar vários dos sites designados através do Decreto-Lei 3/2003. No Sal, a concentração será em duas áreas marinhas protegidas, sendo que ambas irão consolidar vários sítios designados já existentes, uma no Sudoeste da ilha e outra no Sudeste, ao mesmo tempo, expandindo para o mar. 31. A Tabela 2 fornece uma visão geral das AP e AMP que serão criadas e operacionalizadas pelo projecto. Também faz referência a mapas do projecto constantes do Anexo 2 e a informações muito pormenorizadas contidas no Management Effectiveness Tracking tool (METT) das AP, no Anexo 6. Tabela 2. Overview of Project Intervention Sites NOME OF AP /AMP E ÁREA AP/AMP NOVA? AMP de Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal Área proposta: Total Paisagem Terrestre Paisagem Marinha Sim [1] 5,166 ha 945 ha 4,221 ha AMP de Ponta do Sinó, Ilha do Sal Área proposta: Total Paisagem Terrestre Paisagem Marinha 4,894 ha 49 ha 4,845 ha Sim [2] Parque Marinho do Leste de Boavista, Ilha de Boavista Sim [3] Área proposta: Total 39,214 ha Paisagem Terrestre 13,913 ha TIPO DE BIOMA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A área está localizada no sudeste da ilha do Sal e se estende por cerca de 9 km de praias de areia branca com vegetação esparsa. O relevo é predominantemente plano ao longo da Costa da Fragata e ligeiramente elevado em Serra Negra. A flora, que não é exclusivamente nativa, inclui Ipomoea brasiliensis, Sporobolus sp., Heliotropium curassavicum e Ruppia marítima, e alguns exemplares de Tamarix senegalensis. O litoral é uma das principais áreas de Costeira e desova da tartaruga marinha Caretta caretta, ameaçada de extinção, marinha na Ecoregião Marinha Oeste Africana (EMOA-WAMER). As falésias da Serra Negra constituem uma área importante para várias espécies de aves, incluindo Phaethon, Pandion haliaetus e Falco alexandri. Existe uma grande diversidade de comunidades de corais encontradas ao longo do litoral, que também é uma importante zona de reprodução de peixes pelágicos. Tanto as AMP de Serra Negra / Costa da Fragata e Ponta do Sino estão nas proximidades da vila turística de Santa Maria. A Ilha do Sal recebeu mais de 180,000 turistas em 2007. A área é caracterizada por elevada biodiversidade marinha e abriga diversas espécies endémicas, tornando-a num sítio importante no WAMER: glaucum Arthrocnemum, Zygophylum waterlotii, Z. Fontanesii, sesuvioides Sesuvium, vermicularis Philoxerus, bubosos Costeira e Cyperus, brunneri Limonium. Muitas aves migratórias também estão marinha presentes durante a Primavera e o Outono. O ambiente marinho não foi estudado extensivamente, no entanto, é sabido que há um fundo rochoso coberto por uma grande diversidade de comunidades de corais. A área se estende por uma grande área de zonas costeiras e marinhas, na parte oriental da Ilha da Boavista, em Ponta Ajudante do Sul para Derrubado no Norte, e consolida várias AMP (ver nota # 3 na tabela Costeira e marinha abaixo). Também inclui algumas colinas de baixa altitude em suas zonas terrestres (Ponta de Chã de Tarrafe e Pico da Estância - ou Monte Estância - com 387 m, que é uma AP designada). Existem várias comunidades de fauna e flora representativas dos ecossistemas PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 23 NOME OF AP /AMP E ÁREA Paisagem Marinha 25,301 ha AP/AMP N ? Parque Natural de Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Área designada: 8,469 ha Não Parque Natural de Monte Verde, Ilha de São Vicente Não Área designada: 800 ha Parque Natural de Morroços, Santo Antão Área designada: 671 ha Não TIPO DE B PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS costeiros e marinhos de Cabo Verde. A principal área de desova da tartaruga marinha Caretta caretta em Cabo Verde fica também na região Leste da Boavista, e isso tem sido o critério principal responsável pela decisão de consolidação AMP. A vegetação costeira inclui Sporobolus spicatus, Cakile maritima, Sesuvium sesuvioides, Zygophylum Fontanesii e Z. Simplex. As espécies mais representativas nas áreas lagunares são Arthrocnemum glaucum, Z. waterlotii, Z. Fontanesii, Sporobolus minutus e S. spicatus Cyperus bulbosus. A avifauna associada inclui Charadrius alexandrinus, Himantopus himantopus, Arenaria interpres, Pluvialis squatarola, Tringa nebularia, Ardea cinerea, garcetta Egretta, Ibis Bulbucus, Platalea leucorodia e Pandion haliaetus. As comunidades de corais ao longo da costa são mais diversificadas e abundantes de todo o território de Cabo Verde e a costa é considerada um dos dez mais importantes do Mundo em termos da biodiversidade de corais. Várias espécies de tubarões e peixes pelágicos se reproduzem nas águas costeiras do Leste da Boavista. A área circunda a cratera do vulcão Pico do Fogo. A flora nativa inclui 31 espécies endémicas (84% dos endemismos da ilha), sendo que cinco são encontradas quase exclusivamente em Bordeira e na área da cratera (Echium Vulcanorum, Erysimum caboverdeanum, Tornabenea tenuissima, Verbascum cystolithicum e Diplotaxis hirta). A fauna nativa é representada pelo Falco tinnunculus, Apus alexandri, Pterodroma feae, Corvus ruficollis, Passer hispaniolensis, Sylvia Terrestre atricapilla e Mabuya fogoensis fogoensis. 48% destas espécies estão na Lista Vermelha de Cabo Verde. Semelhante ao Monte Gordo, Chã das Calderiras recebe geada durante os meses de inverno. Há cerca de 3000 pessoas que vivem dentro e ao redor da AP. A vegetação nativa, o solo e a qualidade da água da região estão ameaçadas pela pastagem excessiva e a apanha de lenha, e a sobre exploração de nascentes naturais. Quase toda a variedade de espécies e comunidades florais daf Ilha de São Vicente são representados em Monte Verde, que tem 34 espécies de plantas endémicas, uma das quais só existe em São Vicente, assim como três espécies de aves raras e uma espécie de insecto rara. Das 93 espécies de plantas identificadas na área, 17 estão marcados como ameaçadas na Lista Vermelha de Cabo Verde. A área é praticamente Terrestre desabitada (<5 famílias dentro da área e não mais de 40 nos arredores), mas a sua proximidade a Mindelo (capita da ilha) e de outras localidades, coloca pressão sobre os recursos, que é ainda agravada pela falta de controlo de acesso e de gestão. As ameaças á área incluem o desmata para a agricultura e a construção de casas que destrói as comunidades nativas de plantas, bem como o impacto dos visitantes sobre as plantas nativas, o solo e a qualidade da água.. A área, que está a uma grande altitude (m 1400-1800) e é uma importante área de recarga do aquífero local, consiste duma sequência de zonas climáticas que vão desde uma zona seca nas elevações mais Terrestre baixas a uma subzona húmida nas encostas e picos de várias das suas montanhas. A diversidade dessas zonas climáticas é também responsável por uma grande diversidade de flora, incluindo PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 24 NOME OF AP /AMP E ÁREA AP/AMP N ? TIPO DE B Não Terrestre Parque Natural de Cova, Paúl e Ribeira da Torre, Santo Antão Área designada: 3,217 ha PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS comunidades de flora que permanecem praticamente intocadas pela actividade humana e que ainda são dominadas por espécies nativas. O sítio do projecto será o hotspot de biodiversidade mais importante na Ilha de Santo Antão. Hoje, a área é praticamente deserta, com apenas quatro casas e não mais de 10 pessoas a viverem no Parque e na área imediatamente adjacente, embora muitas vezes seja utilizada por outras comunidades como fonte de plantas medicinais e alimentação, muitas das quais são endémicas. A área integra uma importante área representativa do ecossistema húmido de montanha e inclui o maior centro de diversidade de plantas endémicas em Cabo Verde. Abriga grandes áreas de terrenos intocados, apesar da vegetação nativa estar ameaçada pela apanha de lenha e a invasão de espécies exóticas. Toda a área é afectada pela falta de qualquer tipo de planificação ou de regulamentação. Essa limitação em termos de gestão ameaça a biodiversidade da área, a qualidade da água e o potencial turístico. Há pelo menos 10 pequenas comunidades, com uma população estimada em menos de 2.000 pessoas, que vivem dentro dos limites da AP e suas imediações. Notas: [1] A nova AMP incorpora e consolida alguns sítios costeiras/marinhas que já são designados pelo Decreto-Lei 3/2003, mas inclui também uma expansão significativa da área marinha em direcção ao mar. Os sítios inicialmente designados são: Reserva Natural da Costa da Fragata (351,68 ha), Reserva Natural da Serra Negra (335,9 ha) e Paisagem Protegida de Salinas de Santa Maria (ha 78,44). [2] A nova AMP inclui a Reserva Natural de Ponta do Sino (ha 89,28), que é um sítio marinho/costeiro que já designado pelo Decreto-Lei 3/2003, mas inclui também uma expansão significativa da área marinha em direcção ao mar e para a do Norte. [3] A nova AMP (chamada provisoriamente de "Parque Marinho do Leste de Boavista") incorpora e consolida alguns sítios costeiras/marinhas que já foram designados pelo Decreto-Lei 3/2003, mas inclui também uma expansão significativa da área marinha para o mar. Os sítios originalmente designados são: o Parque Natural do Norte (com 8.964,64 hectares de paisagem terrestre e 7.524,45 ha de paisagem marinha, totalizando 16,489.09 ha); Reserva Natural de Tartaruga (1.766,42 ha), as quatro Reservas Naturais Integradas do Ilhéu de Baluarte (7,65 ha); Ilhéu dos Pássaros (0,68 ha); Ilhéu de Curral Velho (0,51 ha) e a Paisagem Protegida de Curral Velho (ha 1.636,87). ANÁLISE DOS INTERVENIENTES 32. Como afirmado anteriormente, a Direcção Geral do Ambiente (DGA), no Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM), tem o mandato e a responsabilidade primeira pela gestão de todas as AP em Cabo Verde, incluindo o desenvolvimento de políticas e parcerias. 33. A Tabela 3 abaixo contém um resumo das principais categorias de intervenientes e o seu envolvimento no projecto. Informações mais detalhadas estão contidas no Anexo 7. INTERVENIENTE Direcção Geral do Ambiente - DGA Tabela 3. Principais intervenientes e papéis e responsabilidades PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DGA será a agência de execução nacional dos projectos, até o momento em que o PAAA estiver efectivamente criado e outras modalidades possam ser estabelecidas. Esta instituição é, portanto, a principal responsável pela prestação do projecto. O mandato da DGA inclui responsabilidades quanto ao desenvolvimento e apresentação de políticas e estratégias no que diz respeito ao sector mais amplo ambiente, e a gestão de AP, onde ela também detém PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 25 INTERVENIENTE MADRRM – Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos; e várias direcções gerais e instituições sob sua tutela e outras Governo Local das Ilhas do Sal, Boavista, Santo Antão, Fogo e São Vicente Parceiros de desenvolvimento (agência de desenvolvimento bilaterais e multilaterais) Corpo da Paz dos EUA em Cabo Verde WWF Cabo Verde Programa Regional de Conservação Costeira e Marinha para a África Ocidental (PRCM) PAPÉIS E RESPONSABILIDADES um papel directo na implementação. Entre outros atributos principais, a DGA é igualmente responsável pela coordenação com outras agências de todos os assuntos relativos ao sector do ambiente e á gestão de processos de EIA. A liderança da DGA é favorável à criação de uma agência especializada para a gestão de AP. As instituições pertencentes ou ligados ao MADDRM incluem, inter alia: DGASP-Direcção Geral da Agricultura, Pecuária e Pescas; DGP - Direcção-Geral das Pescas; INGRH Instituto Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e INIDA - Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário e INMG -- Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Outras importantes instituições nacionais não ligadas ao MADDRM podem incluir: INDP Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas e DGDT - Direcção-Geral do Desenvolvimento Turístico. O seu papel será o de colaborar com a DGA na implementação do projecto, fornecendo subsídios técnicos e coordenação das actividades. Estes podem vir a fazer parte da Comissão Técnica do Projecto (CTA), e alguns, tal como na Fase I do projecto, também podem fazer parte do Comité de Pilotagem do Projecto (CPP). Várias importantes entidades do governo local foram consultadas durante a fase de PP, tanto a nível da ilha como a nível dos municípios-chave para o projecto. Por unanimidade, ofereceram o seu apoio ao projecto, assim como também expressaram a sua confiança no que diz respeito à gestão dos sítios. Alguns municípios, por exemplo, a Assembleia Municipal do Porto Novo que também irá sediar o novo projecto LDCF, destacaram um especialista florestal para trabalhar nos sítios. Os governos locais vão desempenhar um papel chave na criação de Conselhos Consultivos das AP a nível local. A Agência austríaca de Desenvolvimento e a Cooperação Espanhola para o Desenvolvimento são co-financiadores do projecto e serão os membros do CPP, quando este for formado. A União Europeia e a Agência Francesa de Desenvolvimento também são parceiros altamente relevantes, mas um compromisso de co-financiamento continua pendente. Ambas as agências têm várias intervenções relevantes na área do ambiente, incluindo os planos da UE para financiar a operacionalização da AMP da Baía da Murdeira e St. Luzia, bem como projectos de gestão de bacias hidrográficas nas Ilhas de Fogo, Brava e Santo Antão, com enfoque na irrigação gota-a-gota e recuperação de florestas (a UE é um parceiro no projecto LDCF). A França também tem feito investimentos significativos no sector da água. A DGCI - Direcção-Geral da Cooperação Internacional assegura a coordenação e harmonização dos doadores a nível governamental. O Corpo da Paz vai conceder co-financiamento para o projecto e será um membro do CPP, uma vez formado. Durante o Projecto da Fase I, o Corpo de Paz disponibilizou vários voluntários que trabalharam nos sítios do projecto, lado a lado com os peritos nacionais e em estreita interacção com as comunidades locais. O mesmo modelo bem sucedido será adoptado neste projecto com o destacamento de pelo menos seis voluntários por todo o projecto. O WWF (Fundo para a Vida Selvagem) esteve envolvido no projecto desde a sua concepção (fase de PIF) e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da componente de AMP. Espera-se que o WWF venha a envolver-se na operacionalização do Parque Marinho da Baía da Murdeira, um sítio muito importantes ecologicamente na ilha do Sal, que será apoiado pelo Escritório Insular de Conservação (EIC). O WWF também estará directamente envolvido na execução do projecto através do reforço das capacidades do EIC, e aproveitando-se dos quadros técnicos das organizações especializados em gestão de AP, não só em Cabo Verde, mas também a nível regional e global. PRCM é um Programa Regional de Conservação Costeira e Marinha para a África Ocidental envolvendo múltiplos doadores e múltiplos intervenientes (PRCM). Todas as principais ONG envolvidas no PRCM (UICN, FIBA, WWF, WETLAND Internacional) são parceiros em potencial das actividades do actual projecto, mas o WWF, que tem uma representação em Cabo Verde, provavelmente será o ponto focal desses parceiros. O projecto BIOMAC promove o intercâmbio de informações e a criação de capacidades no que respeita a conservação da biodiversidade. Eles estão interessados em contribuir tecnicamente para o projecto GEF, apoiando a participação dos intervenientes e a PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 26 INTERVENIENTE ONG Ambientais a nível central e local Outras ONG e OSC Operadores turísticos do sector privado nas Ilhas do Sal e Boavista PAPÉIS E RESPONSABILIDADES capacitação. Várias ONG na área da conservação estão activas a nível central e local em Cabo Verde. Além disso, o SPG (Programa de Pequenas Subvenções) está a ser lançado presentemente e há um forte interesse tanto do governo como das ONG para estabelecer a colaboração. Algumas das ONG consultadas durante o processo de PP que manifestara interesse incluem o projecto Amigos da Natureza (AAN), que é afiliado à ONG internacional Amigos da Terra; Natura 2000, que evoluiu de um projecto de financiado espanhol, centrado nas AMP; ATMAR, ONG local a trabalhar em São Vicente, São Nicolau e Santo Antão; bem como SOS Tartaruga e a Turtle Foundation (Fundação Tartaruga), ambas focalizadas na conservação das tartarugas marinhas. A primeira é activa em várias ilhas, mas principalmente no Sal, e o último na Boavista. Eles podem desempenhar um papel importante na monitorização ecológica das emergências de tartaruga (um indicador do projecto). Várias ONG/OSC estão envolvidas em acções no sector doambiente ou relacionado e mostraram interesse no projecto. São elas a Comunidade Piscatória da Palmeira (na Ilha do Sal); COSPE (Fogo), que se dedica ao desenvolvimento local; Centro de Juventude da Boavista; Associação Comunitária de Lajedos (Santo Antão); Associação de Proprietários e Produtores de Grogue (Santo Antão); Associação dos Agricultores de Cova. A Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV) também expressou interesse no projecto, em particular devido ao seu pequeno projecto na área do turismo sustentável na ilha do Fogo. Vários membros da indústria do turismo, incluindo o instituto público CVI (Cabo Verde Investimentos), responsável pela promoção sectorial no Sal e Boavista, foram consultados durante a fase de PP. A grande maioria manifestou interesse em envolver-se no projecto. O Apoio do sector privado irá provar-se crucial em termos da sustentação das AP e das modalidades de gestão participativa que serão desenvolvidas para as AP. ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA 34. Os programas existentes (situação de referência ou “baseline”) podem ser divididos em três áreas principais, em relação ao seu alinhamento com os três resultados do projecto proposto/componentes (como no PIF). Estes são descritos abaixo. 1) O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado: Os quadros jurídico, de políticas e institucional de Cabo Verde para a gestão de AP têm estado a mostrar sinais encorajadores na última década. Uma característica importante é o recém concluído projecto do PNUD-GEF (2004-2009), ou "Projecto Fase I", que se concentrou em AP terrestres, e tem ajudado a criar com sucesso um novo sistema de AP. Mais especificamente, o projecto foi instrumental para o estabelecimento de um quadro jurídico de base para as AP e no estabelecimento jurídico do actual património de AP/AMP. Tem havido melhorias significativas nas capacidades técnicas e humanas disponíveis, em especial no Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, embora PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 27 grande parte desta capacidade ainda esteja incorporado em projectos. Além disso, a DGASP, que gere grande parte das terras que fazem fronteira com as AP, está a ficar cada vez mais consciente e focalizada na conservação de AP. Uma lei de 2006 sobre a avaliação de impacto ambiental, permite controlar o planeamento proposto para o desenvolvimento dentro e à volta das AP. Uma lei recente sobre Recursos Florestais também representa um importante instrumento legal para a conservação. Nos últimos dois anos, projectos de leis para proteger a fauna e a flora em perigo e criar uma agência nacional para as AP foram elaborados mas ainda não foram analisados e aprovados. No geral, a sensibilização do público e o apoio às AP e à conservação também tem aumentado, com mais apoio entre os decisores, o público em geral e as organizações da sociedade civil. Com relação ao ambiente marinho, vários programas recentes têm reforçado a capacidade de Cabo Verde para gerir áreas marinhas protegidas, incluindo: (1) o Programa Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha (2002-2006); (2) o projecto Cabo Verde Natura 2000 (19992001), que se envolveu no ordenamento da orla costeira e gestão de recursos naturais e que, foi o primeiro a propor a criação de uma Rede Nacional de AP em Cabo Verde; (3) o Projecto de Gestão da Zona Costeira (2004-2008), que está a estabelecer uma política para a utilização e gestão dos zonas costeiras; e (4) o programa PRCM em curso, que está a estabelecer uma base de troca de conhecimento a nível regional para apoiar a gestão das AP. 2) A eficácia de gestão nas AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas é reforçada O Projecto Fase I foi directamente responsável pelo estabelecimento das primeiras duas AP do país (os Parques Naturais de Serra Malagueta e Monte Gordo) com o planeamento e estruturas da gestão, as comissões dos sítios, pessoal treinado e equipamentos. O projecto também ajudou na criação de um quadro de referência com vista ao reforço da luta contra as espécies exóticas invasoras dentro e à volta das AP terrestres. Uma parceria com o governo das Ilhas Canárias teve um papel importante no reforço da capacidade de gestão das AP terrestres, devido às condições semelhantes existentes nos dois arquipélagos da Macaronésia. Embora as AP que foram efectivamente operacionalizadas durante o Projecto Fase I são limitados em tamanho, os gestores das AP em Cabo Verde tiveram experiência em primeiramão com o que é necessário para aumentar o nível de eficácia da gestão das AP31. Um pequeno grupo de especialistas e gestores de AP agora pode ser responsável pela replicação e disseminação desta experiência para outros locais e pelo reforço da eficácia da gestão global do Sistema de AP do país. Esta é uma conquista fundamental. 3) A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade e reforço das capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro e em torno das AP O Projecto Fase I conduziu algumas das primeiras abordagens participativas à conservação envolvendo as comunidades adjacentes e outros intervenientes. O projecto também promoveu acções de sensibilização em todos os níveis e ajudou a divulgar os modos 31 Faz-se referência à avaliação final da Fase I do Projecto, que será submetida em breve ao Gabinete de Avaliação do GEF (Evaluation Office), assim como ao Management Effectiveness Tracking Tools (ferramentas de seguimento da eficácia da gestão) (modelo GEF3), cuja versão actualizada é parte integrante do Relatório Final de Avaliação. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 28 alternativos de subsistência entre os membros da comunidade através de grupos autoorganizados32. Outras iniciativas, principalmente impulsionadas por ONG, também contribuíram para a gestão participativa da paisagem terrestre e marinha em Cabo Verde. Em 2008, um grupo de pescadores artesanais na Ilha de Maio abordou o governo e propôs uma AMP, com o objectivo de preservar o stock de peixes e lulas, que estava escasso numa área específica. Embora as abordagens participativas ao desenvolvimento em Cabo Verde não são uma novidade, são ainda bastante recentes quando aplicadas à conservação ambiental. Os avanços que foram feitos nos últimos anos foram, por conseguinte, muito importantes para preparar o caminho para a consolidação do Sistema de AP de Cabo Verde. 35. Todas estas iniciativas constituem uma base sólida para este projecto proposto. PARTE II: Estratégia JUSTIFICATIVA E ENQUADRAMENTO DO PROJECTO Enquadramento com a Estratégia de Área Focal e com o Programa Estratégico do GEF 36. O projecto é coerente com o Objectivo Estratégico do GEF 1: Catalisa a Sustentabilidade das AP e preenche os critérios de elegibilidade do Programa Estratégico 2: Aumentar a representação da Rede de Área Marinhas Protegidas gerida com eficácia nos Sistemas de Áreas Protegidas, bem como o Programa Estratégico 3: Reforço das Redes de Áreas Terrestres Protegidas. A escolha de se concentrar em duas Prioridades Estratégicas faz sentido especial, como uma abordagem para reforçar o Sistema global de AP de Cabo Verde, dada a natureza arquipelágica do país e da inter-relação dos seus ecossistemas. 37. Este projecto é parte do Programa Estratégico do GEF para a África Ocidental (SPWA), na Sub-componente sobre a Biodiversidade, e relaciona-se ao seu Objectivo maior # 3 de ‘Consolidar as Redes de Áreas Protegidas’, tendo em conta que o projecto visa operacionalizar as AP já existentes e consolidar novas AP (AMP, neste caso) e aumentar a eficácia global da gestão do Sistema de PA. O enfoque está nos resultados visíveis no terreno - a maior parte do financiamento do projecto será dedicada às Componentes 1 e 2 do projecto, que vão tratar da funcionalidade do Sistema global de AP e com a operacionalização dos sítios das AP, respectivamente. 38. O projecto irá aumentar significativamente a cobertura tanto da área como do ecossistema das AP/AMP em Cabo Verde através de: (i) operacionalização de quatro áreas protegidas terrestres em três ilhas diferentes (Fogo, São Vicente e Santo Antão), cobrindo uma área de 13.158 hectares; (ii) consolidação das AMP em várias nas ilhas do Sal e Boavista em três grandes áreas marinhas protegidas e ampliação da cobertura original dessas APM em 3 milhas náuticas para o mar, para efeitos de proteger as pescas; e também operacionalizar essas novas AMP que estão a ser propostas; e (iii) apoio geral á planificação da conservação nas ilhas (através das UIGAPs) para todas as AMP nas ilhas do Sal e da Boavista, cobrindo 59.915 32 Faz-se novamente referência à Avaliação Final da Fase I do Projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 29 hectares de paisagem terrestre e marinha. No total, esta será uma das principais realizações do projecto e trata-se de uma realização que se afasta do actual baixo nível da referência base em termos da operacionalização das AP/AMP (ver Quadro 1 e consultar os resultados do METT contidas no Anexo 6). 39. Ao nível do sistema de AP, o projecto vai: (i) reforçar o quadro legal, de políticas, institucional e financeiro para apoiar 99.910 hectares de terras protegidas e um património marinho expandidos; (ii) mais especificamente, apoiar a criação de uma Agência Autónoma de Áreas Protegidas com um quadro de pessoal suplementar com capacidade técnica e de gestão; e (iii) forjar parcerias estratégicas para reforçar a sustentabilidade global do Sistema de AP, incluindo a melhoria da sua sustentabilidade financeira. O quadro de governação a ser apoiado pelo projecto resultará na melhoria da eficácia na gestão de todo o Sistema nacional de AP, através do reforço de capacidade das instituições e unidades de AP, gestão e planeamento de negócios, políticas, leis e regulamentos. Tabela 4.Visão Global da Operacionalização das AP/AMP baseado no Sistema Alargado Áreas Protegidas Exclusivamente Terrestres AMP (incluindo as áreas consolidadas propostas♦) Unidade da AP ou grupo de APs Área Unitária da AP (ha) % de Rede de APs Unidades de AMP (nome da ilha e número de unidades em parêntesis) Parque Marinho do Leste de Boavista (1)♦ Parque Natural da Serra Malagueta* 1.200 4% Parque Natural do Monte Gordo* 2.500 9% Restantes AMP na Ilha da Boavista a ser apoiado pelo EIC (4) Parque Natural do Monte Verde** 800 3% AMP de Serra Negra/Costa da Fragata e Ponta do Sinó na Ilha do Sal (2)♦ 8.469 31% 671 2% 3.217 Outras Unidades terrestres de AP (não operacionais) Total AMPs (ha) % de Rede de AMP 39.214 54% 5.777 8% 10.060 14% Restantes AMP na Ilha do Sal a serem apoiadas pelo EIC (5) 4.864 7% Ilha do Maio (6) 7.475 10% 12% Ilha de Santa Luzia (1) 3.500 5% 10.791 39% Ilhéus e outros sítios menores (3) 1.450.00 2% Total para o sub-conjunto das APs terrestres*** 27.648 100% Total para o sub-conjunto das AMPs*** 72.341 100% Total para as APs terrestres a serem operacionalizadas pelo projecto 13.157 48% Total para as AMPs a serem operacionalizadas pelo projecto 25.900 36% Parque Natural Chã das Caldeiras** Parque Natural de Morroços** Parque Natural Cova/Paúl/RªTorre** Total para as APs e AMPs: 73.072 ha or 73% da rede nacional expandida a ser operationalizada pelo projecto * Unidades de AP operacionalizadas pelo Projecto Fase I ** Unidades de AP/AMP que serão operacionalizadas pelo projecto proposto do GEF e outros com apoio dos Escritórios Insulares de Conservação (EICs) *** Duas Unidas de AP terrestres na Ilha da Boavista com um total de 2.400 hectares foram excluídas dos dos cálculos do futuro subconjunto de AP terrestre (em referência a uma discrepância face aos dados apresentados na Tabela 1), uma vez que elas serão incorporadas no Parque Marinho do Leste de Boavista. Também, ao se comparar o subconjunto de AMP proposto com o original na PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 30 Tabela 1, nota-se que a expansão proposta representa 27.754 ha ou um aumento de 34% em relação ao património de AMP designadas oficialmente e 38% em relação a todo a rede nacional. ♦ Parque Marinho do Leste de Boavista = 13.913 ha de paisagem costeira e 25.301 ha de paisagem marinha; AMP de Serra Negra/Costa da Fragata = 945 ha de paisagem costeira e 4.221 ha de paisagem marinha; AMP de Ponta do Sinó = 49 ha de paisagem costeira e 4.845 ha de paisagem marinha. Justificação e resumo da Alternativa do GEF 40. As áreas protegidas são uma ferramenta vital para a conservação da biodiversidade de importância global. Cabo Verde pode ser considerado um hotspot global para a biodiversidade terrestre e marinha e, em particular, para o endemismo. No entanto, a situação da biodiversidade de Cabo Verde está sendo significativamente ameaçada pela extracção descontrolada de recursos naturais, pela actividade humana e gestão precária das AP. A gestão de recursos naturais da Rede de AP de Cabo Verde requer o reforço institucional e de capacidades prementes. Em relação à situação inicial de base, o Sistema de AP de Cabo Verde será limitado a duas unidades de AP terrestres funcionalmente operacionais. As outras 19 unidades AP terrestres e 26 unidades de AP marinhas e costeiras permanecerão como "parques de papel" e a biodiversidade nestes sítios continuará a ser sofrer forte impactos devido ao uso insustentável dos recursos, a transformação do solo/paisagem marinha e as espécies exóticas invasoras. Além disso, o quadro nacional institucional e de políticas para as áreas protegidas permanecerá incompleto, com a gestão das AP a nível central atribuída a uma pequena unidade dentro da DGA (que também é encarregue de inúmeras outras funções) e com pouca ou nenhuma integração das AMP nos quadros de gestão existentes. No cenário alternativo do GEF, barreiras sistémicas e institucionais serão removidas, aumentando a área tanto das AP terrestres e marinhas e melhorando a sua sustentabilidade financeira, capacidade de gestão, acompanhamento e regimes de aplicação. Os benefícios estenderão directamente a 4 AP terrestres e 3 AMP, bem como às restantes AMP localizadas no Sal e Boavista, que serão apoiadas pelas actividades iniciais de operacionalização através das Unidades Insulares de Gestão das APs (UIGAPs), aumentando assim a área de cobertura que beneficiam da gestão e funcionamento activos das AP, de 2,700 ha para 76,77233 ha até o final do projecto. Além disso, várias AMP no Sal e Boavista serão consolidadas (ou seja, ir de apenas 4% do património total expandido para 77%). METAS, OBJECTIVOS, RESULTADOS E PRODUTOS DO PROJECTO 41. A meta de desenvolvimento do projecto é conservar a biodiversidade terrestre e marinha de importância global nos ecossistemas prioritários de Cabo Verde através da abordagem de um sistema de área protegida. 33 Adicionando aos 73.072 ha das áreas que ou serão operacionalizadas ou apoiadas pelo projecto às áreas existentes que foram operacionalizadas pelo projecto anterior de Áreas Protegidas do GEF, obtemos 76.772 ha. A área representará uma realização em termos de operacionalização de AP/APM como um investimento cumulativo do GEF. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 31 O objectivo do projecto é consolidar e reforçar o Sistema de áreas protegidas (PA) de Cabo Verde através da criação de novas unidades de AP terrestres e marinhas e da promoção de abordagens participativas à conservação. 42. Foram identificadas várias barreiras que vão contra o objectivo do projecto (veja Secção I, Parte I). Para enfrentar essas barreiras, o projecto irá intervir com um quadro de referência composto por três componentes. Essas componentes estão em consonância com o conceito apresentado na fase de PIF34; e serão incorporadas em três resultados: Resultado 1: O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado Resultado 2: Eficácia de gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas Resultado 3: A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e a criação de capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro das AP/AMP e áreas adjacentes 43. Dada a natureza arquipelágica de Cabo Verde, a abordagem será ‘integral’ com relação aos dois biomas terrestres e costeiros/marinhos. É também ‘consolidatória’ porque estabelece AP/AMP, onde apenas existiam ‘parques de papel’, incluindo uma expansão da cobertura do património dentro do subconjunto de AMP através da consolidação das áreas e paisagens de protecção das pescas já designadas. O projecto vai centrar-se simultaneamente na eficácia de gestão das AP através de uma intervenção focalizada em 7 sítios-chave (incluindo terrestres e marinhas). Tudo isso será apoiado por acções para o desenvolvimento de capacidades a nível do Sistema de AP e a nível do sítio, com vista para sustentar o Sistema na globalidade no longo prazo. Resultado 1) O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado 44. No âmbito do Resultado 1, os quadros de apoio à governação das AP para o Sistema de AP de Cabo Verde serão reforçados no que diz respeito aos seus aspectos de política, jurídicos, institucionais e financeiros, e a cobertura total das zonas marinhas costeiras será aumentada. Mais especificamente, a Autoridade Autónoma de Áreas Protegidas (PAAA) será criado, e será equipada com um quadro de pessoal adequado e engajar-se-á em parcerias estratégicas, com um 34 O PIF é o Formulário de Identificação do Projecto do GEF que contém 10 páginas resumidas do conceito do projecto. O PIF para este projecto foi autorizado pelo Presidente do Conselho do GEF em 15 de Setembro de 2008, incluído no Programa de Trabalho do Conselho do GEF de Novembro de 2008, no âmbito do programa-quadro ‘Programa Estratégico para a África Ocidental’ (SPWA), na Sub-Componente Biodiversidade. O projecto foi posteriormente aprovado pelo Conselho do GEF como parte daquele mesmo Programa de Trabalho. Os comentários dos membros do Conselho foram recebidos e respondidos no PRODOC (Documento de Projecto). Consulte o arquivo separado CEO Pedido de Endosso para ter uma visão geral de como os comentários foram respondidos. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 32 mandato para coordenar e executar o planeamento e gestão integrada de AP. Novas leis e regulamentos serão elaborados e propostos para apoio à consolidação e expansão de novas áreas, e também para o reforço dos quadros de políticas, jurídico e institucional que apoia o sistema de AP em Cabo Verde. Essas novas leis e regulamentos vão apoiar a AAAP: (i) a definir claramente as fronteiras das AP; (ii) a estabelecer as taxas de visitantes e outros mecanismos de receitas; e (iii) a reforçar as funções de controlo e de monitorização. A AAAP contará também com uma série de ferramentas planeamento relevantes de planeamento e de gestão das AP, considerando que os documentos de orientação política serão elaborados de acordo com a sua urgência e importância. Estes estarão em plena execução até ao final do projecto e irão incluir: (i) um Plano Nacional de Zoneamento das AP; (ii) uma Estratégia Nacional de AP; (iii) uma Política para a Zona Tampão das AP; e (iii) um Plano Nacional de Negócios das AP. Uma AAAP reforçada também será capaz de efectivamente cooperar com sectores, parceiros e instituições relevantes (pescas, turismo e serviços de transporte marítimo, ONG, autoridades e comunidades locais, etc.) Finalmente, um melhor conhecimento e conscientização sobre a relação entre as alterações climáticas e a conservação da biodiversidade em Cabo Verde contribuirá para o planeamento e a gestão das AP. 45. O resultado esperado na conservação no âmbito do Resultado 1 será que o Sistema de APs de Cabo Verde irá beneficiar de quadros de política, jurídico, institucional e financeiros melhorados. O Sistema inclui não apenas a ‘rede’ de AP/AMP que hoje representa 72,156 ha de paisagem terrestre35 e marinha, mas igualmente das ‘capacidade’ a todos os níveis para gerir esta rede (isto é, capacidades a nível sistémico, institucional e individual). Essa realização será avaliada principalmente em relação à referência de base, como segue: (i) Melhoria da sustentabilidade financeira das AP nacionais, medida por um aumento de pelo menos 40% nas pontuações na Avaliação de Sustentabilidade Financeira (Financial Sustainability Scorecard), e (ii) Melhoria dos níveis de competência e normas da instituição responsável pelas AP, medido por um aumento de 20% nas pontuações na Avaliação do Desenvolvimento de Capacidades (Capacity Development Scorecard). 46. Os produtos necessários para alcançar este resultado estão descritos abaixo. Produto 1.1 A Agência Autónoma das APs é criada, encontra-se operacional e adequadamente equipada com pessoal treinado e com capacidades reforçadas para de gerir tanto as AP terrestres e quanto as marinhas O objectivo no âmbito deste produto é criar uma nova instituição forte e financeiramente viável para a gestão das AP, com um mandato claro para a gerir o Sistema expandido de AP de Cabo Verde, com vários sítios de AP operacionais na maioria das ilhas. Isto irá incluir não apenas os quadros jurídico de apoio que precisam ser desenvolvidas para o efeito, mas também incluirá a capacidade humana e financeira de apoio que irá permitir à Agência Autónoma das APs cumprir o seu mandato. Produto 1.2 As ferramentas de planeamento e gestão já foram desenvolvidas e estão em fase de implementação, incluindo (i) Plano Nacional de Zoneamento das AP; (ii) Estratégia Nacional de PA; e (iii) Plano Nacional de Negócios de AP 35 A área oficial de APs terrestres representa 7% da superfície terrestre do país. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 33 A Estratégia Nacional de AP será o documento de política geral para todo o Sistema de AP, e todos os outros instrumentos de política propostos derivarão dele. O Plano de Zoneamento de PA destina-se a sítios críticos e será um plano abrangente que irá conter orientações de políticas sobre o desenvolvimento socioeconómico e as prioridades de conservação dentro do sistema. Esse Plano poderá ser preparado antes, dada a urgência de lidar com questões de zoneamento em sítios críticos. A Estratégia Nacional de AP vai delinear o caminho estratégico dentro do qual o sistema de AP deverá evoluir e amadurecer, e irá abordar todos os aspectos chaves do quadro de governação (aspectos de políticas, jurídico, institucional e financeiros inclusive). Para embarcar e permanecer nesse caminho, a Estratégia vai delinear as áreas em que as capacidades precisam ser reforçadas e como. A Estratégia deve estar em consonância com os instrumentos de política mais amplos (como o PANA II) e deverá ser submetido a um amplo processo de consultas e de validação. A Estratégia Nacional de PA terá por objectivo (i) orientar um plano de expansão de longo prazo (incluindo estratégias de controle e/ou mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre as AP e incorporar as alterações climáticas na estratégia de AP de longo prazo PA), e (ii) identificar estratégias para replicar as actividades do projecto em outras AP. Como medida de adaptação às alterações climáticas, os planos contidos na estratégia podem incluir o estabelecimento de corredores biológicos em áreas terrestres e a gestão sustentável das florestas fronteiriças às unidades de AP terrestres. Além disso, um quadro de políticas claro será criado para permitir a expansão e consolidação do sistema de AP, incluindo decretos para criar e/ou rever a categorização das AP seleccionados, para permitir o zoneamento das AP para usos produtivos (por exemplo, a pesca artesanal, o desenvolvimento do turismo), para regular a posse de terras privadas dentro das AP, e de permitir aos agentes da sociedade civil (comunidades locais, ONG) participarem nos processos de criação e selecção das AP. O Plano Nacional de Negócios das AP incidirá sobre a nível do sistema e irá deitar luz sobre como a Agência Autónoma das APs pode ser reforçada do ponto de vista financeiro. O Plano também vai se concentrar em como poderá equilibrar os recursos e reforçar as parcerias, tendo em consideração tanto os aspectos dos custos e das receitas na equação de gestão das AP, e utilizando estratégias consolidadas de planeamento financeiro e de contabilidade e geradores de receitas. Produto 1.3 A nova AAAP está a cooperar de forma efectiva com as instituições relevantes com vista à gestão sustentável dos recursos Embora os planos aprovados pelo governo apontam para uma autoridade autónoma, a nova AAAP não pode cumprir o seu mandato de forma isolada e terá que desenvolver formas de trabalhar com vários sectores para atingir as metas de conservação, incluindo inter alia os departamentos das pescas, turismo e dos transportes marítimos, as ONG, as autoridades e comunidades locais. O objectivo é desenvolver os necessários quadros de colaboração que irão permitir que isso aconteça (por exemplo, desde as concessões mais formais, subcontratos, memorandos de entendimento ou acordos, às parcerias mais informais de colaboração a nível local). Produto 1.4 Dados quantitativos sobre a mudança climática e sequestro de carbono estão a informar de forma efectiva a concepção e implementação da Estratégia Nacional de AP Cabo Verde está em processo de aprovação de um novo Projecto de Adaptação às Alterações Climáticas no âmbito do Fundo de Países Menos Avançados (FPMA), onde serão PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 34 desenvolvidas conhecimentos e ferramentas relevantes de avaliação dos riscos climáticos. Embora o Projecto de Adaptação não se concentre sobre a biodiversidade, o potencial de colaboração existe em termos de se estender a análise dos riscos climáticos à interface mudança climática - biodiversidade. Esta vertente será explorada, assim como também será explorado o potencial de adaptação baseado na natureza, que pode ser gerado a partir de um melhor conhecimento dos fluxos de carbono nos ambientes naturais de Cabo Verde, incluindo os biomas marinhos e terrestres36. O objectivo do estudo é a perspectivação das considerações das mudanças climáticas no planeamento e gestão das AP, incluindo as oportunidades para se mobilizar o financiamento adicional para com base neste conhecimento. Resultado 2: Eficácia de gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas 47. No âmbito do Resultado 2, o projecto vai operacionalizar quatro Parques Naturais terrestres (no Fogo, São Vicente e Santo Antão) e três AMP (no Sal e Boavista), estendendo-se a gestão das PA a cinco ilhas que não tenham sido previamente beneficiado de uma intervenção do GEF focalizada nas AP (consulte a Tabela 2, para uma visão geral dos sítios). As três APM vão consolidar nove sítios designados já existentes, e vai também expandir a área originalmente designada em 41.214 ha. Além disso, será prestada uma melhor cobertura e apoio a doze AMP no Sal e na Boavista (incluindo os três novos que serão directamente visados), estabelecendo dois Escritórios Insulares de Conservação (EICs) (ou Island-Wide Offices “IWOs” em inglês ) de AP. Embora os sete sítios alvos contarão com actividades de operacionalização das AP mais intensificadas e directas (nomeadamente, o planeamento e execução da gestão, a pilotagem de mecanismos de vigilância e monitorização ecológica, entre outras actividades relevantes), as AMP abrangidas pelos Escritórios Insulares de Conservação vão beneficiar de uma forma mais indirecta de operacionalização, por exemplo, o desenvolvimento e a implementação de Planos de Estratégia de Conservação a nível de Ilhas para toda a ilha. É também provável que algumas das AMP apoiadas por um Escritório Insular de Conservação fiquem ao abrigo de um contrato de concessão com as ONG e outros parceiros, ou seja, os gabinetes serão capazes não só de prestar de serviços de assistência técnica para a supervisão desses acordos, mas também criar sinergias entre projectos e ser um ponto focal para a gestão concertada de todas as AMP nas duas ilhas e a aplicação de abordagens de Gestão Integrada da Zona Costeira (GIZC), tendo em conta a relação de co-dependência entre os ecossistemas terrestres e marinhos nas ilhas37. 48. O resultado de conservação esperado no âmbito do Resultado 2 é uma melhor conservação da biodiversidade marinha/costeira e terrestre em 48% do subconjunto terrestre do sistema de AP e em 83% do sistema de AMP expandido, que juntos representam 73,072 ha de paisagens terrestres e marinhas ricas em biodiversidade em Cabo Verde. Isso será avaliado principalmente em relação à referência de base, como segue: (i) Expansão do subconjunto de 36 Ambos os projectos estão representados em Santo Antão. Em particular, o projeto LDCF estará envolvido com a problemática de adaptação às questões das bacias hidrográficas em que o Parque Natural da Cova, Paúl e Ribeira da Torre do está localizado, onde as opções de adaptação baseada na natureza deverão ser testadas. Esta é uma excelente base para colaboração entre os dois projectos. 37 Embora o foco do Escritórios Insulares seja claramente na gestão da AP/APM, durante a fase inicial, será avaliado se a cobertura a ser dada pelos Escritórios Insulares no Sal e Boavista poderá ser estendida aos poucos pontos terrestres nas ilhas. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 35 AMP do património de AP através da consolidação de áreas menores e expansão para o mar para a protecção do stock de pescado (representando 27.754 hectares de área adicional na reconfiguração das fronteiras das AMP nas duas ilhas, Sal e Boavista); (ii) Melhoria na eficácia de gestão de AP em 4 AP e 3 AMP consolidadas, medida através de um aumento de 15% na pontuação de METT; (ii) Indicadores melhorados das taxa seleccionadas mostrar uma melhor gestão do ecossistema (incluindo plantas endémicas e a fauna marinha ameaçada, a serem designados); (iii) % de representantes relevantes da comunidade, proprietários de terrenos privados, e operadoras de turismo que endossam os planos de gestão e negócios das AP/AMP aplicáveis e os Planos Estratégicos de Conservação a nível de Ilhas. 49. Os produtos necessários para se alcançar este Resultado estão descritos abaixo. Produto 2.1 Os planos de gestão e negócios foram elaborados e implementados de forma participativa em 4 AP terrestres e 3 AMP envolvendo as comunidades, os proprietários de terrenos privados e operadoras turísticos, entre outros Enquanto instrumentos essenciais para a operacionalização das AP, os Planos de Gestão e Negócio para cada um dos sítios vão determinar utilizações permitidas das paisagens terrestres e marinhas e estruturas de gestão, tendo em vista as funções de conservação das áreas e o contexto local. Os Planos também vão estabelecer a base para a realização do potencial económico das AP/AMP. Os funcionários das duas Unidades de Gestão dos Sítios das AP terrestres e dos dois Escritórios Insulares de Conservação receberão formação na prestação de serviços a visitantes, o zoneamento de paisagens, monitorização e execução, gestão financeira, etc., com o objectivo de fornecer assistência de qualidade para a implementação dos planos. Produto 2.2 Planos de Estratégia de Conservação a nível das Ilhas foram implementados e estão a apoiar a criação de todas as AMP nas Ilhas do Sal e Boavista O objectivo de conceber, validar e implementar os Planos de Estratégia de Conservação a nível das Ilhas é para por em prática, através da orientação política a ser gerada a nível central, com um enfoque específico para a ilha. O seu objectivo é também dar início à operacionalização das AMP abrangendo um grande número de áreas através de uma abordagem abrangente e com custo-efeito38. Ao desenvolver os Planos a nível das Ilhas, uma abordagem GIZC será amplamente aplicada para garantir que todos os elementos dos dois ambientes terrestres e marinhos sejam levados em consideração. A experiência do PRCM e outras será aproveitada. Produto 2.3 Sistemas de monitorização ecológica estão em vigor para as sete AP/AMP alvo, produzindo dados relevantes sobre a saúde dos ecossistemas 38 No âmbito desse esforço, um Memorando de Entendimento entre o Escritório Insular de APs na ilha do Sal e o próximo projecto financiado pela EU para a operacionalização da Baía da Murdeira (em parceria com a WWF) pode ser assinado no que diz respeito aos serviços (por exemplo, escritórios, serviços de administração), mas também as sinergias, colaboração e de ligação, uma vez que as IWOs serão as representações reais do novo PAAA nas ilhas PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 36 Dada a fragilidade de tanto os ecosistemas terrestres e marinhos, é essencial estabelecer limiares para o uso da biodiversidade dentro das APs/AMPs, e assegurar que estes limiares sejam incorporados nos planos de gestão das áreas. (Vide o Quadro 3 mais adiante, onde propostas são feitas no tocante ao uso de indicadores como ‘capacidade de carga’ para determinadas species, ‘produção sustentável dos recursos’ e ‘limiares de preocupação potencial’, chamados ‘thresholds of potential concern’ em inglês). O trabalho inicial no quadro deste produto inclui actividade visando a definir espécies e dados ecológicos relevantes, incluindo os dados necessários para monitorar os indicadores dos projectos, dodos este que serão recolhidos e analisados. A criação do sistema também pode confiar em dados secundários produzidos por instituições de pesquisa e da colaboração de cientistas interessados em Cabo Verde e outras paragens. Produto 2.4 Espécies exóticas estão a ser geridas e as espécies exóticas invasoras estão sob controlo sustentado nas AP terrestres alvo Enquanto o Projecto Fase I teve experiências positivas na luta contra as espécies exóticas invasoras nas AP terrestres, essa experiência precisa ser levada a outro nível (maior cobertura) e um conjunto mais variado de métodos precisa ser testado, custeado e avaliado. Além disso, a colaboração com outros órgãos governamentais, em especial a DGASP, bem como a busca de financiamento para o combate sustentado às espécies exóticas invasoras, será necessária se realizar progressos neste domínio. Produto 2.5 Um Plano de Gestão das Pescas está em execução, como resultado de acordos de cooperação entre a Direcção geral das Pescas e o Escritório Insular de Conservação, em todos os sítios das AMP Outra tarefa importante para o Escritório Insular de Conservação será a de forjar uma parceria com a Direcção Geral das Pescas (e outros órgãos competentes no controlo das pescas), a fim de assegurar o cumprimento dos planos de gestão das AMP com relação aos direitos de uso e restrições aos recursos de pesca nas AMP. Resultado 3: A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e a criação de capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro das AP/AMP e áreas adjacentes 50. No âmbito do Resultado 3, o projecto vai garantir a sustentabilidade de todos os esforços com vista a um Sistema de AP consolidado, ampliado e mais eficaz em Cabo Verde. Tal objectivo será prosseguido principalmente através da apropriação de recursos e dos usuários das terras em relação à presença e à maior operacionalização das AP/AMP. Tanto as AP terrestres e as AMP em Cabo Verde são afectadas pelas actividades das comunidades que vivem dentro e ao redor de suas fronteiras, assim como por outros agentes económicos, tomadores de decisão e o governo local. Em resultado disso, a gestão eficaz e sustentável das AP só será possível através da mobilização e engajamento activo desses intervenientes. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 37 51. A essência dos esforços com vista à sustentabilidade das AP/APM nos termos deste resultado é garantir que a criaçaõ das áreas e a implementação dos seus planos de gestão não sejam realizadas num “vácuo das partes interessadas”. Em vez disso, os utilizadores de recursos serão implicados no desenvolvimento dos planos e na sua monitorização através de fora apropriados. Por outro lado, a aplicação e regulação são necessárias para garantir o cumprimento dos limites de utilização de recursos indicados nos planos de gestão. Algumas destas medidas já estão incorporadas nos produtos 2.1 e 2.2. Nos termos deste resultado, os esforços de aplicação serão reforçados através da integração da gestão de AP /APM em estruturas de desenvolvimento local (por exemplo, planos sectoriais das ilhas provenientes de planos sectoriais nacionais, utilização do solo e planos de urbanização, etc.) Isto é particularmente importante, pois diversas actividades económicas que promovam o desenvolvimento também representam ameaças à biodiversidade. Por outro lado, em condições ideais, as abordagens participativas para a conservação deram evidências de reduzir a longo prazo os custos e aumentar a eficácia global do cumprimento dos planos de gestão (ver a Figura 2 para referência indicativa a tais abordagens e suas implicações).. Para as comunidades rurais pobres que vivem em áreas adjacentes ao APs e pescadores artesanais, as actividades do projecto incidirão sobre o desenvolvimento / actividades de subsistência alternativas geradoras de rendimento amigas da biodiversidade como um meio eficaz de participar nos esforços de conservação. Os planos para as actividades geradoras de rendimento também serão parte integrante do planeamento de negócios previsto no produto 2.1. Cabo Verde, de facto, teve experiência em primeira mão com a execução das actividades amigas da biodiversidade através da Fase I do Projecto das Áreas Protegidas. Lições da recente avaliação final do projecto informaram directamente a concepção das actividades no quadro desta componente.39 52. Vale a pena notar que o apoio do GEF é complementar e incremental em relação ao cofinanciamento e outros financiamentos paralelos (incluindo o Small Grants Programme do GEF, ou SGP). As actividades foram planeadas tendo em consideração o que o governo e outros parceiros já estão a apoiar as comunidades adjacentes em várias AP e AMP, como (i) o programa de desenvolvimento rural dentro e à volta da RN de Chã de Caldeiras na Ilha do Fogo, que é financiado pelo KfW40; e (ii) o programa embrionário da UE na ilha do Sal para a gestão de AMP e financiamento do governo às comunidades rurais/costeiras em sítios e ilhas alvo. Além disso, como desenvolvimento do projecto, o Sistema das Nações Unidas vai também planear e implementar intervenções de desenvolvimento com essas comunidades, como forma de apoiar esta componente do projecto. Apoio do GEF no quadro deste projeto vai assegurar que a participação, a sustentabilidade e a conservação da biodiversidade sejam parte integrante de um conjunto de iniciativas nas áreas alvo; iniciativas que serão cuidadosamente pesquisadas e engajadas durante a fase de arranque e pós-arranque do projecto. 53. O resultado de conservação esperado do Resultado 3 é a redução da pressão das comunidades adjacentes sobre os ecossistemas sensíveis em quatro AP terrestre alvo e três AMP. 39 Os programas alternativos de subsistência do anterior projecto de AP tiveram uma classificação de ‘Altamente satisfatório´ por avaliadores independentes, e o Resultado # 5 (nos termos do qual o programa foi implementado) teve uma classificação de ´satisfatório´ com as seguintes observações: “Foi conseguido um notável progresso com uma contribuição significativa para a consecução das metas de desenvolvimento do projecto, mas há necessidade de […] melhor planeamento estratégico, consolidação e monitorização de programas de micro-crédito [e donativos], de um planeamento estratégico do eco-turismo, marketing e actividades afins.”. 40 Contudo, o financiamento terminou em 2008. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 38 Este objectivo será atingido quando as comunidades e os representantes sectoriais trocarem actividades degradantes para a biodiversidade por actividades amigas da biodiversidade e ajudarem a conservar os sítios juntamente com outros agentes locais. Isso será analisado em relação à referência existente no que diz respeito ao nível de cumprimento dos limiares de utilização dos recursos, conforme estabelecido nos planos de gestão das 4 APs terrestres e 3 APMs (em particular no que diz respeito à apanha de madeira para lenha, agricultura, turismo, pescas e empreendimentos imobiliários). Figura 2. Gradientes no nível de participação na gestão das APs Fonte: Adaptado de Borrini-Feyerabend 1996, Pimbert & Pretty 1997), In Elke Mannigel (2002): “Participatory solution of land use conflicts in protected area management in the Brazilian Atlantic Forest”, apresentao na Conferência Internacional de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento, Deutscher Tropentag 2002. 54. Os produtos necessários para alcançar este resultado estão descritos abaixo. Produto 3.1 Comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradores de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa para às actividades degradantes aos recursos Este produto será desenvolvido em estreita colaboração com o futuro Programa de Pequenos Créditos (Small Grants Programme ou SGP) em Cabo Verde, bem como com os actuais sistemas de micro-crédito em sítios relevantes do projecto. Actualmente, o SGP (programa de pequenos donativos do GEF) está num processo de análise de uma série de mais de 80 propostas de organizações comunitárias de todo o país para seleccionar o primeiro lote de 2223 pequenos projectos para aprovação. As estruturas de governação do SGP estão criadas e PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 39 serão utilizadas para fins de aprovação, lançamento e acompanhamento de um sub-programa específico de micro-donativos às comunidades nas áreas adjacentes às APs e APM do projecto, com o objectivo de desenvolver actividades geradoras de rendimento amigas da biodiversidade. Essas áreas são: (1) APM da Serra Negra/Costa da Fragata, ilha do Sal (2); APM da Ponta do Sino, ilha do Sal, (3) Parque Marinho do Leste de Boavista, Ilha da Boavista, (4) Parque Natural de Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo, (4) Parque Natural de Monte Verde, Ilha de São Vicente, (5) Parque Natural Morroços de Santo Antão, e (6) Cova, Paúl e Parque Natural de Ribeira da Torre de Santo Antão. Fundos do Projecto também serão utilizados para reforçar as capacidades das associações locais nessas áreas (em especial os agricultores, pescadores e mulheres) e para incentivar a criação de novas organizações de base comunitária, onde não existem. A formação será realizada por ONGs da área do ambiente experientes. Um convite restrito à apresentação de propostas de potenciais ONGs parceiras será lançado visando a capacitação e formação de OBCs com base em TdR adequados a serem desenvolvidos pela equipa do projecto, uma vez criada. O programa de concessão de micro donativo será lançado no ano 2 do projecto em consonância com as recomendações da avaliação do anterior projecto AP do GEF, nomeadamente, que tais actividades começaram um pouco tarde e precisam de tempo para consolidação. Foi reservada uma dotação orçamental de $ 120.000 as micro-donativos. Com base na experiência do SGP em Cabo Verde, esse montante deve ser suficiente para a aprovação de um primeiro lote de 68 pequenos projectos. Além disso, a equipa do projecto e parceiros vão consultar doadores bilaterais e multilaterais em devida altura visando a mobilização de financiamentos adicionais para estender o programa de concessão de micro-donativos a mais OBCs e por mais tempo. Produto 3.2 Os governos locais, instituições de recursos, os operadores privados, ONG e outros participam activamente na conservação da biodiversidade nas APs e nas AMPs através do estabelecimento de Conselhos Consultivos de APs para os sítios alvo Em conformidade com o artigo 22 do Decreto-Lei 3 / 2003 sobre Áreas Protegidas, a criação de Conselhos Consultivos de AP para cada ilha ou para cada AP destina-se a facilitar a gestão das AP através de uma abordagem participativa, com todos os interessados. No entanto, as experiências em Cabo Verde são muito incipientes sobre o assunto.41 A equipa do projecto decidirá se serão criados Conselhos para cada uma das APs sob uma abordagem de Ilha para o Sal e Boavista, por exemplo. TDR adequados serão desenvolvidos para esse fim e o projecto suportará os custos de realização de reuniões do Conselho Consultivo de AP, até que um mecanismo mais sustentável para o seu financiamento possa ser estabelecido. Intervenientes relevantes incluem comunidades, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais, o governo local, investidores (por exemplo, da área imobiliária, operadores turísticos) e ONGs locais. Espera-se que estes fora permitam discussões relevantes relativas às APs/APM a serem criadas e resolução de conflitos. As reuniões também terão uma função de partilha de informações, para que o projecto possa actualizar e envolver as comunidades no processo de implementação e receber opiniões das partes. Estas reuniões terão carácter local e não substituirão a função de alto nível do Comité Directivo do Projecto (PSC). No entanto, alguns membros dos Conselhos Consultivos das AP podem estar representados no PSC. 41 Para as 2 AP que foram operacionalizadas pelo projecto anterior, apenas agora, após conclusão do projecto GEF e com o financiamento do governo é que esforços visando criar Conselhos Consultivos de AP estão a materializar-se. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 40 Produto 3.3 O planeamento e a elaboração de estratégicas estão integrados nos quadros de desenvolvimento local, asseguram que o desenvolvimento sectorial se dá em harmonia com os objetivos da conservação e as as actividades nas APs e AMPs Este produto irá complementar os produtos de desenvolvimento de políticas do Resultado 1, mas será destinado ao nível local. A abordagem é a da integração das preocupações com a biodiversidade nos quadros relevantes de planeamento e estratégicos ao nível dos sítios/local. No que diz respeito ao sector do ambiente, dois tipos de planos derivados do PANA II orientam as actividades da DGA, a nível local: Planos Ambientais Municipais e Planos Sectoriais PANA. Estes são revistos periodicamente. Outros sectores também preparam e implementam planos que afectam o desenvolvimento local e podem ter um impacto na biodiversidade, nomeadamente os planos sectoriais e locais de ordenamento do território, água, agricultura, silvicultura, pecuária, pesca e turismo / desenvolvimento imobiliário. O projecto estará envolvido a nível técnico com as autoridades locais na Boavista, Sal, Santo Antão, Fogo e São Vicente e fornecerá suporte para uma maior integração do planeamento e estratégias das AP/APM estes planos, tanto quanto à sua concepção, implementação, revisão e redesenho. INDICADORES DO PROJECTO 55. Os indicadores do projecto, contidos na Secção II / Parte II (Quadro de Resultados Estratégicos) incluem apenas indicadores de impacto (ou ‘objectivos’), ou indicadores de resultados (ou ‘desempenho’'). São todos indicadores SMART42. O projecto pode, no entanto, precisar desenvolver um certo número de indicadores orientados para o processo para compor o ‘quadro de M & E’, a nível de sítios. Este quadro de M&E a nível de sítios vai ajudar a ajustar os planos de gestão das AP e determinar o estado do ecossistema. Estes indicadores também serão integrados no quadro global de M & E do projecto. Prevê-se que o quadro global de M&E do projecto terá como base o Quadro de M&E existente do PNUD para a programação do GEF. 56. A organização do quadro lógico baseia-se no pressuposto geral de que: (i) se a liderança e a responsabilidade institucional pela gestão de AP for clara e legalmente definida e dotada de meios financeiros suficientes; (ii) se a gestão de AP puder aplicar com êxito uma abordagem participativa; ( iii) e se as comunidades estiverem envolvidas na gestão e conservação dos recursos naturais; então, o sistema de áreas protegidas (AP) de Cabo Verde será consolidado e fortalecido e, do seu lado, a biodiversidade de significância global será conservada. Esta lógica baseia-se na análise de barreira e causas de fundo realizadas durante a fase de PP (consulte a Secção I, Parte I, capítulo ‘Soluções de longo prazo e as barreiras para alcançar a solução’). Por sua vez, a escolha dos indicadores baseou-se em dois critérios fundamentais: (i) a sua pertinência para o pressuposto acima descrita; e (ii) a viabilidade de obter / produzir e actualizar os dados necessários para monitorar e avaliar o projecto através desses indicadores. Os principais indicadores do projecto são os que seguem: 42 Específico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Temporal. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 41 Tabela 5. Visão Geral dos Indicadores do Projecto INDICADOR META AO FIM DO PROJECTO A nível de objectivos: Consolidar e reforçar o Sistema de áreas protegidas (AP) de Cabo Verde através da criação de novas unidas de AP terrestres e marinhas e a promoção de abordagens participativas à conservação. 1. O nível global do Sistema de AP que encontrase operacional aumenta como resultado do projecto em relação ao valor de referência base de 3.700 ha ou 6% do património de AP/AMP designadas 76.772 ha ou 73% do património alargado de AP/AMP estão operacionais, e verificados de forma independente pelos avaliadores do projectos 2. A média de aparecimento de tartarugas marinhas em áreas específicas (a.s.d) dentro dos três sítios de AMP alvo para o projecto (Serra Negra/Costa da Fragata, Ponta do Sinó, e Parque Marinho do Leste de Boavista) Valores a serem alcançados a serem definidos (a.s.d.) por especialistas com o arranque do projecto 3. Taxa de espécies vegetais nativas/endémicas aumenta versus a cobertura de espécies exóticas invasoras em áreas específicas dos sítios das AP terrestres alvo para o projecto Valores a serem alcançados a serem definidos (a.s.d.) por especialistas com o arranque do projecto A nível do resultado 1 – O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado 1. Pontuações mais elevadas no Financial Sustainability Scorecard do PNUD para Sistemas Nacionais de Áreas Protegidas sobre um valor de referência de 17% Consulte o Anexo 4 e Anexo 6 respectivamente para ver pontuações resumidas e detalhadas em relação às várias componentes e elementos do Scorecard 2. Pontuações mais elevadas no Capacity Development Scorecard do PNUD para a Gestão de Áreas Protegidas sobre um valor de referência de 37% Contulte o Anexo 3 para ver potuações resumidas e detalhadas em relação ás Áreas Estratégicas de Apoio e Níveis de Capacidade do Scorecard. Pontuações, expressas em termos absolutos, aumentam em pelo menos 40% Pontuações, expressas em termos absolutos, aumentam em pelo menos 20% A nível do resultado 2 – A Eficácia na gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 42 INDICADOR META AO FIM DO PROJECTO 1. Pontuações mais elevadas no GEF4’s PA Management Effectiveness Tracking Tool “METT” para AP do GEF4, em relação aos sete sítios alvo: [1] AMP S. Negra/C. da Fragata [2] AMP AP do Sinó [3] PM do Leste de Boavista [4] Chã das Caldeiras NP [5] Monte Verde NP [6] Morroços NP [7] Cova/Paúl/R da Torre NP 15 15 18 61 13 15 15 Pontuações, expressas em termos absolutos, aumentam em pelo menos 30% Consulte o Anexo 6 ver o METT completo. 2. Expansão do subconjunto AMP do património de AP através da consolidação de áreas menores e expansão para o mar para proteger o stock de pescado (representando 27.754 ha de área adicional na reconfiguração das fronteiras das AMP em duas Ilhas, Sal e Boavista) 3. Aplicação e observância efectiva dos Planos de Zoneamento das AP, tal como medidos pelo número anual de infracções relatadas em cada um dos sítios Criação efectiva das AMP com hectares e fronteiras confirmadas: § AMP de Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal § AMP do Sinó, Ilha do Sal § Parque Marinho do Leste de Boavista A ser definido quando os Planos entrarem em vigor e o sistema de monitorização das infracções estiver a ser implementado. A nível do resultado 3 – A sustentabilidade das AP é reforçada através da mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e a criação de capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro das AP/AMP e áreas adjacentes 1. Nível de observância dos limites estabelecidos nos planos de gestão para 4 APs terrestres e 3 marinhas (sobretudo no tocante à apanha de lenha, agricultura, turismo, pescas e desenvolvimento imobiliário) Há uma observância geral dos limited estabelecidos nos planos de gestão para as APs terrestres e marinhas, conforme verificado pelas avaliações independentes a meio-percurso e final. Quadro 3. Definição dos Limiares para Utilização de Recursos e Ordenamento Territorial Indicadores tais como ‘capacidade de sustentação’, ‘produção sustentável de recursos’ e ‘limiar de potencial inquietação’ serão adoptados, onde aplicável, nos planos de gestão das AP/APM. § A sua definição está fortemente ligada às ameaças identificadas à biodiversidade de Cabo Verde (ver PRODOC Cap.I, Parte I, ‘Ameaças, Causas Raiz e Impactos’). Esses indicadores apoiarão no cumprimento e eficácia dos planos de gestão das AP/APM. § O projeto definirá uma "capacidade de sustentação adequada" ao turismo e ao desenvolvimento imobiliário nas zonas costeiras onde as APM são propostas, tendo em conta a sensibilidade ecológica desses habitats. A capacidade de sustentação aplica-se também ao gado nas zonas adjacentes à APs terrestres propostas, uma vez que a pastagem tem sido identificada como uma ameaça à vegetação nativa, que se procura proteger nas APs do Fogo, São Vicente e Santo Antão. (Veja mais sobre isso abaixo) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 43 § Outros indicadores também ajudarão na definição adequada de limites, em particular: (i) "produção sustentável dos recursos" para actividades, tais como a pesca artesanal e extracção de plantas medicinais, que se devem realizar dentro das APM e APs criadas, respectivamente, mas de uma forma bastante controlada, e (ii) “limiares de potencial inquietação “ relativamente a, por exemplo, espécies ameaçadas que estão a ser acompanhadas de perto (onde são importantes os limiares mínimos) ou a espécies que desempenham um papel-chave na cadeia alimentar num determinado habitat (onde ambos os limiares mínimos e máximos são relevantes). Pescas e Outros Recursos Biológicos Marinhos: concentrando-se em determinadas espécies-chave em perigo, e nas quais se prevê que a oficialização de APM tenha um impacto positivo, o projecto irá definirá, conforme o caso, ' a produção sustentável dos recursos ' e 'limiares de potencial inquietação'. Esses serão adoptados como um instrumento/indicador de gestão no plano de gestão das APMs e serão calculados com base na estimativa de stock, no esforço da pesca e real faina . O Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas (INDP) e / ou a Universidade de Cabo Verde estão já a recolher dados sobre a pesca e podem ser chamados para ajudar. Na medida do possível, as estimativas devem ser aplicar-se para as ilhas inteiras do Sal e Boavista, a fim de se controlar o risco de pesca desarticulada como uma possível consequência negativa da criação da APM. Objectivos de conservação e utilização autorizada serão definidos para cada uma das APM- alvo nos seus planos de gestão respectivos. Os planos também farão propostas quanto à faina permitida de determinadas espécies e zonas da APM. Para certas espécies, a faina pode ser estabelecida em zero (por exemplo, as tartarugas marinhas. Os estudos de referência não se mostraram suficientemente precisos para permitir a definição de estimativas de produção sustentável. Estes estudos apontam, no entanto, que os recursos de pesca de Cabo Verde são geralmente sub-explorados, mas também apontam para o facto de determinadas espécies de lagosta serem pescadas em excesso localmente (ver parágrafo 24 iii e nota de rodapé17). Finalmente, é importante ter em mente que a APM será estabelecida em Cabo Verde para a conservação da (i) determinadas populações de peixes, especialmente perto da costa, pelágicos e demersais, (ii) recifes de coral e suas cadeias tróficas, e (iii) habitats costeiros e espécies associadas (por exemplo, tartarugas marinhas, aves marinhas). A protecção das espécies altamente migratórias dentro da ZEE (atum) e de outras espécies que sejam alvo em termos comerciais nas áreas para além da zona de protecção das pescas poderá exigir outras medidas, além da criação de áreas marinhas protegidas propostas em Cabo Verde. Estas não seriam cobertas pelo projecto actual. Pecuária: O conceito de "capacidade de sustentção" para o gado, expresso em número de cabeças por hectare, é amplamente utilizado na literatura do ramo e o indicador foi estimado pelo MADRRM em diferentes estudos para as áreas onde existe pastagem extensiva em Cabo Verde. É uma medida do tamanho da população de diferentes espécies animais que o ambiente pode sustentar indefinidamente, considerando o alimento, habitat, água e outras necessidades disponíveis. Com relação à AP terrestre, estudos de diagnóstico apontam que a pastagem extensiva constitui uma ameaça para as espécies autóctones, algumas das quais são endémicas e, portanto, sob a ameaça mais grave. Recomendaram que a actividade seja proibida dentro das APs e controlada nas áreas adjacentes, atendendo à função das zonas-tampão AP de apoiar a conservação. Uma solução que funcionou bem na Fase I do projecto foi o uso de micro-donativos para transformar a produção pecuária numa intensa actividade, servindo tanto para a criação de rendimento, como para a diminuição das ameaças à paisagem. Isso será devidamente reflectido nos planos de gestão e de negócios das APs. A capacidade de sustentação de gado em zonas-tampão AP provavelmente será inferior ao resto da ilha em questão. Turismo e Empreendimentos Imobiliários: A estratégia do turismo nacional inclui estimativas aproximadas da capacidade de sustentação dos recursos (humanos) e projecções em termos de "número de camas" para cada uma das ilhas turísticas de Cabo Verde (Sal, Boavista e Maio). Estes empreendimentos pressupõem que a expansão do turismo seria restrita às chamadas Zona de Desenvolvimento Turístico Integrado, ou ZDTI. É notável, porém, que existem sobreposições entre as APM e ZDTIs oficializadas (consulte Mapas do projecto para a sua localização no Sal e Boavista), um assunto que está a causar alguma controvérsia. As estimativas da capacidade sustentação turística em grande parte basearam-se na diponibilidade em água e terras para o desenvolvimento imobiliário e de infra-estruturas turísticas. No entanto, esses desenvolvimentos não tiveram em conta a pré-existência de zonas ecológicas sensíveis, onde o desenvolvimento do turismo maciço pode resultar na destruição do habitat e na degradação do ecossistema (ver n 24i). O objectivo consiste em recalcular a capacidade de sustentação do turismo com a devida consideração para: (i) os impactos negativos do turismo na biodiversidade, e (ii) criação de AP/APM. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 44 RISCOS E HIPÓTESES 57. A estratégia do projecto, descrita em detalhes neste documento do projecto, faz as seguintes hipóteses básicas (suposições-chaves)43 ao propor a intervenção do GEF: • As condições de base nas áreas seleccionadas podem ser extrapolados, com um elevado nível de confiança, a outras AP e as lições aprendidas podem ser divulgadas com êxito • Maior consciência e capacidade vão conduzir a uma mudança de comportamento em relação às práticas de gestão e conservação dos recursos naturais • A gestão sustentável de recursos naturais vai gradualmente se tornar uma prioridade nacional para Cabo Verde com a maior disponibilização de conhecimento e a informações 58. Durante a fase de PP, os riscos do projecto foram actualizados a partir do que foi apresentado na fase de PIF. Estes riscos foram desenvolvidos ainda mais e classificados de acordo com as Normas de Categorias de Risco44 do PNUD / GEF, e avaliados segundo os critérios de ‘impacto’ e ‘probabilidade’ (Quadro 3): Tabela 6. Desenvolvimento dos Riscos RISCOS IDENTIFICADOS Apoio político e institucional para a criação da AAAP é insuficiente Níveis de financiamento central para sustentar a consolidação dos Sistema de AP podem não ser suficientes para sustentar o seu funcionamento a longo prazo. Níveis de turismo podem aumentar tão rapidamente que o funcionamento ecológico das AMP seja afectado Impactos das Mudanças Climáticas podem reduzir o funcionamento do ecossistema e ameaçar a 43 44 CATEGORIA POLÍTICA FINANCEIRA ESTRATÉGICA AMBIENTAL DESENVOLVIMENTO A criação duma nova AAAP é um passo audaz que vai requerer todo o apoio do governo, nomeadamente do Ministério das Finanças. Actualmente, o financiamento para a gestão de AP está limitado aos baixos níveis de financiamento disponibilizados pelo MADRRM. A actual recessão global já está a influenciar negativamente as receitas e despesas públicas, afectando a afectação de recursos para a gestão das AP. As AP têm potencial para gerar receitas localmente de modo a satisfazer suas despesas de gestão. Pode levar ainda algum tempo até que as necessidades de financiamento do Sistema de AP sejam equacionadas de forma adequada. Assumindo que a recessão mundial não irá durar por muito tempo e que o fluxo turístico para Cabo Verde aumentará de forma dramática. Se as AMP na Ilha do Sal não estiverem operacionais o suficiente, este aumento poderá resultar em danos permanentes ao ambiente marinho. Cabo Verde tem um clima definido como saheliano tropical seco, tornando os ecossistemas terrestres locais altamente vulneráveis às oscilações climáticas. As formações de corais têm se mostrado resistentes até agora Vide o Quadro Estratégico de Resultados para as hipóteses. Inclui as seguintes oito categorias: ambienta; financeiro; operacional; organizacional; político; regulação; estratégico; e outros. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 45 RISCOS IDENTIFICADOS CATEGORIA biodiversidade dentro das áreas protegidas DESENVOLVIMENTO e não ocorreram nenhuns casos significativos de branqueamento; mas a situação pode mudar. Modelos de mudanças climáticas futuras funcionando em ligação com a Comunicação Nacional Inicial ao CQMCNU e o PANA sugerem ser provável que a temperatura média em Cabo Verde aumente em até 25ºC até 2100, enquanto a pluviosidade poderá diminuir em 25% nos próximos 20-30 anos, o que é bastante significativo. Estas estimativas devem ser interpretadas com cautela, uma vez que modelagens localizadas melhoradas ainda não estão disponíveis. Num período de tempo ainda menor (i.e. 1020 anos), prevê-se que os efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos em Cabo Verde podem incluir: (i) aumento da frequência de escassez de água sazonal em alguns locais; (ii) aumento de escassez de água durante o ano todo em outros locais. No geral, as previsões é de que a variabilidade climática aumente, com mais tempestades, inundações e secas, assim como estações de chuva mais curtas e erráticas em todo o Cabo Verde. Estes eventos climáticos podem gradualmente começar a afectar a biodiversidade do país mas não necessariamente durante a vigência do projecto, pelo que o impacto será baixo. As políticas do sector das pescas podem ter impacto negativo na biodiversidade se forem implementadas sem uma certa redução ESTRATEGICO Conflitos resultantes da utilização de recursos podem surgir se as APs/APMs não produzirem benefícios às comunidades adjacentes ESTRATEGICO A actual política sectorial para Cabo Verde propõe ampliação do esforço nacional de pesca e a multiplicação de licenciamento para frotas estrangeiras, como forma de aumentar o rendimento do país e as receitas do Estado. Embora a política se refere à importância da conservação dos recursos e à criação de áreas marinhas protegidas, um rápido aumento da utilização dos recursos da pesca, sem garantias e controle pode resultar em colapso Se os meios de subsistência alternativos ou actividades geradoras de rendimento amigas da biodiversidade não produzirem benefícios tangíveis suficientemente cedo no projecto, os interesses comunidades adjacentes às AP/APM poderão estar em conflito directo com os objectivos das áreas de conservação, com impactos negativos no projecto PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 46 Quadro 4. Matriz de Orientação para Avaliação dos Riscos Probabilidade Impacto CRÍTICO ALTO M ÉDIO BAIXO NEGLIGENCIÁVEL CERTO / IMINENTE Crítico Crítico Alto Medium Baixo MUITO PROVÁVEL Crítico Alto Alto Medium Baixo Alto Alto Medium Baixo Negligenciável Medium Medium Baixo Baixo Negligenciável Baixo Baixo Negligenciável Negligenciável Considera-se que não impõe riscos determináveis PROVÁVEL PROBABILIDADE M ODERADA IMPROVÁVEL RISCOS IDENTIFICADOS Tabela 7. Medidas de Avaliação dos Riscos e de Mitigação do Projecto MEDIDAS DE MITIGAÇÃO AVALIAÇÃO IMPACTO PROBABILIDADE DO RISCO Apoio político e institucional para a criação da AAAP é insuficiente Níveis de financiamento central para sustentar a consolidação dos Sistema de AP podem não ser suficientes para sustentar o seu funcionamento a longo prazo. Níveis de turismo podem aumentar tão rapidamente que o funcionamento ecológico das AMP seja afectado Médio Probabilidade Moderada Baixo Alto Probabilidade Moderada Médio Médio Probabilidade Moderada Baixo O PNUD já está a realizar consultas para assegurar que os mais altos dirigentes do governo estejam sensibilizados sobre a importância do projecto, sobretudo a darem um passo audaz para reforçar o Sistema de AP do país. Estas consultas irão continuar mesmo enquanto se aguarda a aprovação do GEF. O PNUD está também a recolher informações sobre experiências semelhantes na criação de agências de AP em outros países através da sua rede de conhecimentos ‘ee-net’. Uma vez funcional, o próprio projecto vai realizar estudos específicos para definir um roteiro para a criação da AAAP. O co-financiamento do governo para este projecto é de mais de 6 milhões de USD, embora a maior parte seja fornecida através de iniciativas e programas concorrentes. Contudo, está-se a negociar cofinanciamento adicional em dinheiro do governo. Estes novos fundos serão confiados ao PNUD para subsidiar directamente o projecto e irão, por conseguinte, estar disponíveis para reforçar o Sistemas de AP. Além disso, algumas actividades do projecto (e.g. implementação da elaboração de planos de negócios das AP) vão focalizar na melhoria da vertente das receitas na equação do financiamento de AP. O projecto vai realizar avaliações das capacidades de lotação das AP/AMP seleccionadas de modo a sustentar níveis de actividades turísticas amigas ao ambiente, o que irá ajudar os planificadores das AP a alocarem acções de desenvolvimento turístico para outras áreas (ou a áreas específicas dentro das AMP, uma vez que os desenvolvimentos imobiliários provavelmente terão em vista as AMP, em vez das AP) que possam absorver mais efectivamente o aumento de visitantes e incorporar os critérios ecológicos nos processos de planificação turística do governo. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 47 RISCOS IDENTIFICADOS Impactos das Mudanças Climáticas podem reduzir o funcionamento do ecossistema e ameaçar a biodiversidade dentro das áreas protegidas IMPACTO Baixo PROBABILIDADE Muito Provável AVALIAÇÃO DO RISCO Médio As políticas do sector das pescas podem ter impacto negativo na biodiversidade se forem implementadas sem uma certa redução Conflitos resultantes da utilização de recursos podem surgir se as APs/APMs não produzirem benefícios às comunidades adjacentes Baixo Probabilidade Moderada Baixo Alto Probabilidade Moderada Médio MEDIDAS DE MITIGAÇÃO O projecto vai integrar medidas de planificação e de gestão adaptativas em vista de potenciais efeitos das mudanças climáticas, identificando os ecossistemas. O projecto vai também apoiar medidas de conservação de solo e água para minorar o impacto das mudanças climáticas nas comunidades humanas, reduzindo assim possíveis pressões sobre os sistemas naturais. Através das actividades descritas na Componente 3, em especial as decorrentes do produto 3.3, e o estabelecimento de limites para o uso da biodiversidade dentro das AP/APMs (ver também produto 2.5), o projecto deverá mitigar este risco para as ilhas onde estão a ser estabelecidas as APM . Embora a criação de áreas marinhas protegidas (ou de exclusão de pesca/zonas de protecção) esteja em consonância com a estratégia de longo prazo do sector das pescas em Cabo Verde, a implementação desta estratégia não é isenta de problemas. Será necessário lidar com as ameaças à biodiversidade dos sectores produtivos, como a pesca e o turismo, se for objectivo aliviar a pressão sobre os recursos biológicos, não só na APM. No entanto, essas medidas estão um pouco fora do escopo do projecto actual. Uma nova/diferente intervenção pode ser necessária para lidar com estas questões. Além disso, a questão das pescas está a ser coberta, em parte, através de uma intervenção que da International Waters a que este projecto vai ligar-se -- “Protection of the Canary Current Large Marine Ecosystem LME” da FAO (consultar PRODOC Tabela 13). Os planos do produto 3,1 (comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradoras de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa àquelas que degradam recursos) foram redesenhados com o objectivo de maximizar o seu efeito positivo do programa de micro donativos. Isso implicou criar a estrutura de governação do SGP em Cabo Verde, começando cedo, investindo estrategicamente os recursos do GEF na capacitação e mobilização de mais recursos para essas actividades fora do projeto PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 48 LÓGICA INCREMENTAL E BENEFÍCIOS GLOBAIS, NACIONAIS E LOCAIS 59. Em relação à situação inicial, o sistema de AP de Cabo Verde será limitado a duas unidades de AP terrestres funcionalmente operacionais. As outras 18 unidades terrestres de AP e todas as 27 unidas de AP marinhas e costeiras permanecerão como "parques de papel", e a biodiversidade nestes sítios continuará a ser fortemente afectada pelo uso insustentável dos recursos, a transformação das paisagens terrestres/marinhas, e espécies exóticas invasoras. Além disso, o quadro nacional institucional e de políticas para as áreas protegidas permanecerá incompleta, com a gestão das AP atribuída a uma pequena unidade dentro da DGA (que também é responsável por inúmeras outras funções) e sem a integração das AMM no quadro de gestão existente. 60. No cenário alternativo, as barreiras sistémicas e institucionais serão removidas, aumentando a eficácia das AP terrestres e marinhos através da melhoria da sustentabilidade financeira do Sistema de AP, capacidades de gestão, bem como os mecanismos de monitorização e aplicação/cumprimento. Estes benefícios vão se estender directamente a 4 AP terrestres, 3 novas AMP consolidadas e, indirectamente, a 9 AMP adicionais através do apoio ao Escritório Insular de Conservação (EIC), aumentando assim a área de cobertura a beneficiar de uma gestão e funcionamento activos das AP de 3.700 hectares para 46.202 hectares até o final do projecto (ou seja, de apenas 6% do património existente para 77% de património alargado). 61. O benefício global mais importante a resultar desse projecto será a conservação da biodiversidade de significância global através da protecção da flora e fauna nativas de Cabo Verde. Alguns dos ecossistemas húmidos e sub-húmidos mais importantes e únicos de Cabo Verde serão protegidos. Várias fauna e flora ameaçadas e em perigo, incluindo um total de 12 plantas e 18 espécies animais constantes na Lista Vermelha de Cabo Verde, serão protegidos, os seus habitats críticos serão assegurados, e regimes de utilização sustentável serão desenvolvidos no seio das comunidades locais. Finalmente, as estratégias e os métodos para a conservação da biodiversidade, gestão do solo e da água e a gestão de áreas protegidas serão avaliadas e consideradas para serem replicadas em outras áreas dentro de Cabo Verde, bem como a nível internacional. O programa deverá também gerar benefícios globais e nacionais relacionados ao controlo da degradação e reabilitação do solo, bem como a promoção de meios de subsistência sustentáveis. 62. Um dos principais objectivos e enfoque do projecto proposto é assegurar a participação das comunidades locais na gestão das AP e dos recursos naturais nas AP seleccionadas. Para alcançar este objectivo, as associações municipais e comunitárias existentes (associações de mulheres, pescadores e de agricultores) serão reforçadas através em termos de capacitação e liderança. Estas associações, juntamente com o Município em questão e as Delegações do MADRRM em cada sítio, participarão activamente na implementação das actividades do projecto. Esta coordenação vai melhorar a capacidade das associações e dos municípios locais para: (i) enfrentarem as ameaças à gestão dos recursos naturais a nível local; (ii) contribuírem para as decisões de gestão juntamente com as autoridades locais e nacionais; e (iii) assegurarem o acordo das comunidades e municípios locais em relação ás medidas de adaptação propostas PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 49 para a gestão das AP. A capacitação é uma componente essencial do projecto proposto. A formação de longo prazo da equipa nacional será realizada e visará desenvolver as competências necessárias para a gestão das AP a vários níveis. Actividades de formação orientada serão planeadas em detalhe durante a fase de execução e incluirão as actividades de formação tais como a avaliação do impacto económico/turístico, a manutenção de banco de dados e o desenvolvimento de modelos de recursos naturais. 63. As questões de género serão promovidas e acompanhadas de perto. Devido à natureza das actividades tradicionais nos sítios do projecto, prevê-se que as mulheres desempenhem um papel importante em todas as actividades do projecto, incluindo na gestão, formação e no estabelecimento de opções relacionadas a meios de subsistência alternativos, que lhes permitirá alcançar e manter níveis sustentáveis. CUSTO-EFICÁCIA 64. O projecto vai garantir uma abordagem de custo - efeito à gestão das AP, trabalhando com os planificadores e empresas do sector produtivo (turismo, agricultura, pesca) e, acima de tudo, com os agricultores e pescadores que têm interesse na gestão adequada das AP/AMP. A experiência em todo o portfólio do PNUD/GEF mostra que as parcerias com as comunidades envolvidas na gestão das AP/AMP são eficazes, em termos do objectivo de conservação a ser prosseguido e os custos por unidade de esforço. Isso, porque as comunidades dependem dos recursos naturais para sua subsistência e é do seu interesse em adoptar qualquer medida para melhorar a função e os serviços dos ecossistemas. Através da abordagem de remoção de barreiras adoptada neste projecto, esta parceria irá ajudar a prevenir, reduzir e redistribuir as actividades antes de causarem impactos negativos sobre as funções do ecossistema nas AP/AMP. Realizar actividades para melhorar o ecossistema sem a participação dos principais interessados seria, de outro modo, custoso. 65. Uma alternativa óbvia à abordagem do projecto às áreas protegidas teria sido a centrar-se na integração das considerações da biodiversidade no sector das pescas ou no sector do turismo / imobiliário como meio de assegurar a conservação / uso sustentável da biodiversidade costeira e marinha. Embora o envolvimento sectorial seja importante (o projecto vai abordar está questão de uma forma geral no quadro do Resultado 3), ele teria ter um impacto limitado ou impacto atrasado na conservação de áreas críticas, fazendo com que tal abordagem tivesse uma menor efectividade de custos para Cabo Verde, nesta fase. Isto é particularmente evidente para a ilha do Sal, onde a experiência dos últimos 5-6 anos tem demonstrado que o simples facto de uma AMP ser designada por decreto-lei não é suficiente para evitar ameaças à biodiversidade marinha e costeira. As áreas existentes precisam ser operacionalizadas, caso contrário os desenvolvimentos imobiliários/turísticos não vai o processo devido com diligência. A vantagem da abordagem às AMP é a capacidade de implementar restrições em função das áreas, que podem ser aplicadas tanto aos projectos de desenvolvimento costeiros como às pescas. Isto será feito principalmente através da formalização e aplicação efectiva da zona de protecção das pescas de 3 milhas náuticas, mas também através do zoneamento das AMP e da regularização do uso do solo em áreas de praias. A abordagem integrada e participativa no âmbito deste projecto é também PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 50 oportuna para as novas AMP na Ilha de Boa Vista, onde o desenvolvimento do turismo está projectado para crescer rapidamente nos próximos 5-10 anos. Isto, em oposição ao Sal, onde o turismo de massa foi escolhido como a opção estratégica há muitos anos, e o potencial de expansão está quase saturado. Para as duas ilhas, prevê-se que a abordagem de AMP tenha um impacto positivo tanto na pesca artesanal como comercial. Ela vai igualmente criar oportunidades para o turismo de natureza, que inclui mas não está limitado ao ecoturismo. Neste quadro, APM são um excelente investimento para Cabo Verde. 66. Uma abordagem alternativa foi também considerada para a biodiversidade terrestre, i.e., restringindo as actividades operacionais das AP terrestres à mera erradicação de espécies exóticas invasoras, de modo que a biodiversidade nativa pudesse florescer. Contudo, a experiência de outras ilhas do Grupo de Arquipélagos da Macaronésia (em especial das ilhas Canárias), revelou que, a menos que os esforços estejam focalizados em pequenas ilhotas e sejam acompanhados por um controle rigoroso das vias de introdução das espécies, é praticamente impossível erradicar completamente as espécies exóticas invasoras. Além disso, os dados da Fase I do PNUD/GEF indicam que substituir as espécies exóticas invasoras pela vegetação nativa pode custar até US$5.000 por hectare. Assumindo uma taxa de infestação conservadora de 30% nas AP terrestres, esta abordagem alternativa poderia custar até US $20 milhões para os sítios terrestres alvo. Embora este projecto vá contribuir para a luta contra as EEI- IAS45, ele vai, acima de tudo, identificar o seu elemento de custo - efeito e, do mesmo modo, uma abordagem sustentável ao financiamento do controlo das espécies exóticas invasoras (em vez de erradicação). Isto será feito através da participação da comunidade na manutenção das AP, o que obviamente vai além da questão das espécies exóticas invasoras, uma vez que existem outras ameaças para as áreas. Muitos casos em todo o mundo testemunham a relação de custo - eficácia da parceria da comunidade na manutenção do ambiente e, indirectamente, para a redução da pobreza46. 67. Ao gerir as AP em várias categorias de uso que incentivam a pesca, agricultura e o desenvolvimento do turismo sustentável em algumas áreas, os gestores das AP/AMP serão capazes de trabalhar com as comunidades locais e actores do sector privado para compartilhar as responsabilidades de gestão e os custos, incluindo o desenvolvimento de actividades económicas sustentáveis que beneficiam estes parceiros do projecto e geram fluxos de receitas para as áreas protegidas. Isto tem um maior custo – efeito do que aplicar “parques fechados” e ignorar os utilizadores dos recursos locais. Ao estabelecer o planeamento financeiro e de negócios e coordenação da gestão das APM a nível de ilhas, o projecto vai fazer uma utilização eficaz dos seus fundos e evitar duplicações de esforços, em comparação com uma situação em que as AMP individuais operam com pouca coordenação e partilha de recursos. 68. Vai-se igualmente buscar estabelecer sinergias com vários programas, projectos e iniciativas nacionais e regionais, com vista a melhorar a relação custo - efeito desta intervenção (consulte a Secção IV, Parte IV: Plano de Envolvimento dos Intervenientes, para uma visão geral). 45 O produto 2.4 prevê que as espécies exóticas estão sob gestão e o IAS está sob o controle sustentado nas APs terrestre alvo. Vários estudos de caso estão disponíveis em: Stephen Bass, et al (2005): Reducing poverty and sustaining the environment. The politics of local engagement. The International Institute for Environment and Development .Earthscan, UK. 46 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 51 69. Finalmente, o reforço do sistema global (AP e AMP) através de um projecto é mais rentável (maior custo – efeito) do que através de dois projectos distintos, como tinha sido inicialmente previsto, dada a capacidade de evitar a duplicação de esforços e a oportunidade de consolidar a gestão das AP/AMP institucionalmente. CONSISTÊNCIA DO PROJECTO COM AS PRIORIDADES/PLANOS NACIONAIS: 70. O projecto abordou principais prioridades definidas no PAENB de 1999 de Cabo Verde, nomeadamente a criação e consolidação da rede de AP. Os sítios-alvo do projecto foram escolhidos, dentre outros critérios, com base nos ecossistemas prioritários identificados no PAENB. 71. No nível macro, o projecto proposto está em consonância com as Grandes Opções do Plano de Cabo Verde, ou seja, ‘plano director de desenvolvimento’47 de Cabo Verde, bem como com o seu Documento de Estratégia de Crescimento e Redução da Pobreza (2004-2007), o DECRP, que fornece um quadro de referência para a intervenção do Governo e seus parceiros quanto à formulação e implementação de políticas públicas. O DECRP define cinco pilares estratégicos, dos quais o quarto é “melhorar e desenvolver as infra-estruturas básicas, promover o ordenamento do território, e proteger o meio ambiente”. As Grandes Opções de Plano realçam a importância de ‘salvaguardar o ambiente’ para um padrão de crescimento económico saudável. A conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros está reflectida no VII Programa de Governo (2005-2011), que reconhece os recursos marinhos e costeiros como componentes estratégicos do desenvolvimento económico nacional. 72. O projecto está igualmente em consonância com as políticas chaves do MADRRM, em especial o Plano de Acção Nacional para o Ambiente (PANA II para 2004 - 2014), onde a conservação in situ da biodiversidade através da rede de AP de Cabo Verde é um elementochave. O programa reconhece especificamente a gestão operacional de quatro AP terrestres alvos como pedra angular no desenvolvimento do sistema nacional de áreas protegidas, e reconhece a conservação dos recursos marítimos como uma prioridade-chave para o desenvolvimento sustentável do país. Outras políticas chaves do MADRRM, em relação às quais o projecto está alinhado, são a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura e Pescas, que abrange o período que termina em 2015, e o seu Plano de Acção 2009-2011, que propõe práticas ambientalmente saudáveis para os dois sectores. 73. O projecto apoia a política de descentralização global de Cabo Verde, na medida em que a estratégia do projecto inclui especificamente as actividades de capacitação voltadas para o nível local. 74. O projecto proposto está em consonância com e apoia os investimentos, programas, projectos e iniciativas de diversos doadores, que compõem a base do projecto ou servem de cofinanciamento para ele (ver Anexo 9). O projecto é totalmente consistente com os programas e quadro de cooperação das NU e do PNUD. Cabo Verde é o primeiro país do mundo a 47 Grandes Opções do Plano. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 52 implementar a abordagem ‘Uma ONU’, e o presente Quadro de Assistência ao Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDAF, 2008-2012) foi elaborado nesse contexto e a ser implementado em conjunto por todas as agências das NU. A protecção do ambiente é um dos temas prioritários do UNDAF. Dentro deste tema, a implementação das actividades identificadas no PANA é uma prioridade declarada. APROPRIAÇÃO NACIONAL: ELEGIBILIDADE DO PAÍS E MOTIVAÇÃO NACIONAL 75. Elegibilidade do país Cabo Verde ratificou as três convenções relativas ao Ambiente (Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Desertificação), e elaborou os seus Planos Estratégicos relativos a estas convenções. Cabo Verde assinou a Convenção sobre Biodiversidade em Junho de 1992 e ratificou-a em Março de 1995. Cabo Verde é elegível para a assistência técnica do PNUD. 76. Força motora do país O documento estratégico de Cabo Verde, PANA II, considera a conservação da biodiversidade como uma actividade prioritária na gestão dos recursos naturais e nos objectivos de desenvolvimento sustentável. O documento defende, expressamente, a conservação in situ da biodiversidade, assim como a conservação florestal, o desenvolvimento do ecoturismo, e a produção de medicamentos baseados em plantas nativas e espécies animal, como uma prioridade central. O reforço da AP para a conservação da biodiversidade e para os objectivos culturais, turísticos e de pesquisa, também está estabelecido no PANA II. Além disso, o documento identifica a educação da população cabo-verdiana sobre os problemas e as oportunidades ambientais como uma prioridade nacional. O programa proposto, com o seu enfoque na biodiversidade terrestre e marinha, vai também complementar outros projectos em curso (DGA, Natura 2000, DGASP) que existem com vista à conservação e desenvolvimento de AP para os ecossistemas terrestres, marinhos e costeiros. 77. Cabo Verde está agora em processo de implementação do seu Plano de Acção Nacional do Ambiente e a integrá-lo no seu processo de planeamento do desenvolvimento. Cabo Verde também ratificou 14 acordos internacionais relativos à protecção do ambiente (poluição, desertificação, conservação das espécies, etc.) Cabo Verde é um membro participante do CILSS (Comité Inter-Etats pour la Lutte contre la Secheresse au Sahel), cujo objectivo é combater as consequências da seca no Sahel, através de medidas tais como projectos de conservação dos recursos naturais, a gestão sustentável dos recursos hídricos , a cooperação científica e técnica. O país também assinou as seguintes convenções: a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a Convenção para a Protecção do Património Mundial Cultural e Natural, da Convenção de Basileia sobre o Controlo dos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos, a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, a Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozónio e o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozónio. 78. Finalmente, o PAENB de Cabo Verde identifica a conservação in situ da biodiversidade como uma prioridade para a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica através da criação de rede de AP do país. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 53 SUSTENTABILIDADE E REPLICABILIDADE 79. O projecto tem um forte apoio do governo, tanto a nível central e local. O projecto irá contribuir para as prioridades do Ambiente de Cabo Verde, integrando a gestão dos recursos naturais e das AP nas políticas de desenvolvimento nacional. Este projecto irá integrar de forma efectiva a gestão das AP nos ‘quadros de governação’ para a gestão dos recursos naturais e sectores conexos (isto é, políticas, programas, quadros jurídicos, iniciativas, etc.), garantindo assim a sustentabilidade da intervenção. 80. A viabilidade e a sustentabilidade a longo prazo do projecto dependerão em grande medida da institucionalização da capacidade construída pelo projecto. Prevê-se que todas as actividades de capacitação previstas no projecto terão um impacto de longo prazo, quer a nível local, quer a nível nacional. Por exemplo, as componentes de formação serão planeadas com base em levantamentos das necessidades. As formações vão ser igualmente construídas com base no ‘efeito multiplicador’ da formação de formadores. A nível local, o projecto vai estar associado a ONG e organizações comunitárias locais. Seguindo a mesma linha de garantir a sustentabilidade do projecto, uma estratégia de intervenções ao nível dos sítios será desenvolvida da seguinte forma: (i) Sustentabilidade ambiental: todas as AP a serem estabelecidas e/ou reforçadas no âmbito do projecto vão ajudar a garantir a sustentabilidade ambiental dos ecossistemas terrestres e marinhos de Cabo Verde. Esta sustentabilidade inclui planos florestais, acordos de utilização dos solos, regulamentos para a extracção de recursos, planos de gestão da pesca costeira, e zoneamento das AP. Finalmente, a redução dos impactos sobre as áreas terrestres e marinhas a partir de outras actividades marinhas e terrestres irá dar um apoio adicional para a sustentabilidade ambiental; (ii) Sustentabilidade financeira: Durante a preparação do presente documento estimou-se um nível mínimo de sustentabilidade financeira para as AP usando os Indicadores de Sustentabilidade Financeira (Financial Sustainability Scorecard) do PNUD para Sistemas Nacionais de AP (Anexo 4). A maior pontuação obtida no Scorecard foi na Componente 1 (Quadros Jurídico, Reguladores e Institucionais) com 30%, enquanto a componente 2 (Planeamento de negócios e ferramentas para a gestão eficaz de custos) e a Componente 3 (Ferramentas de geração de receitas) obtiveram 7% e 11%, respectivamente. O Resultado 2 do projecto foi projectado para melhorar os quadros de governação para a gestão de AP, bem como para lidar com as questões de sustentabilidade financeira. Vários produtos/contribuições do projecto visam aumentar cada um desses elementos de sustentabilidade financeira. No cenário alternativo, a AAAP proposta terá os instrumentos institucionais e financeiros necessários para identificar e implementar uma gama de opções e mecanismos de financiamento acessíveis e sustentáveis para o financiamento da planificação e gestão das AP. Além disso, estima-se que a percentagem de AP com receitas auto-financiadas aumentará de 10% abaixo da referência de base para 25%, no cenário alternativo; (iii) Sustentabilidade institucional: O MADRRM está totalmente engajado e comprometido com o processo de gestão e expansão de AP em Cabo Verde. Os esforços PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 54 para elevar as capacidades humanas e institucionais do MADRRM vão ajudar a garantir a realização de esforços de seguimento de forma profissional e com efectividade de custo. O MADRRM está igualmente empenhado em estabelecer a AAAP, garantindo assim a sustentabilidade institucional e financeira a longo prazo para a gestão das AP. 81. Replicabilidade. As actividades do projecto proposto têm um grande potencial de replicação. Em particular, o desenvolvimento de planos de gestão das AP, as actividades de conservação, a gestão participativa de recursos naturais, a análise do ecoturismo e actividades piloto podem ser replicados em outras AP em Cabo Verde. Além disso, o potencial de replicação das actividades do projecto será assegurado pela AAAP, pois esta será responsável pela divulgação das lições aprendidas e por iniciar a consolidação das AP em Cabo Verde. PARTE III: Modalidades de Gestão MODALIDADES DE EXECUÇÃO 82. O projecto será implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sob a modalidade de execução nacional (NEX) e os procedimentos da Abordagem Harmonizada à Transferência de Fundos (ACTH), ao longo de um período de quatro anos, a contar da data de assinatura do PRODOC (a título indicativo, em Novembro/Dezembro de 2009) até 30 de Dezembro de 2013. A principal agência de execução será a Direcção Geral do Ambiente (DGA), que está institucionalmente vinculada ao MADRRM, até que a AAA P esteja efectivamente criada e as diligências possam ser feitas para a transferência das responsabilidades de execução para a nova autoridade. 83. A DGA vai estabelecer acordos de colaboração com as principais instituições, organizações e indivíduos que possam desempenhar um papel fundamental na implementação do projecto, tal como definido neste documento de projecto. Estes podem ser a nível local, nacional ou internacional, tudo de acordo com os procedimentos do PNUD. 84. O projecto receberá orientação e supervisão de políticas do Comité de Pilotagem do Projecto (CPP), que será presidido, por defeito, pelo Director-Geral (DG) do Ambiente, ou por alguém devidamente credenciado pela Direcção-Geral, ou pelo Coordenador Residente (CR) do PNUD, ou por alguém devidamente credenciado pelo CR. O Coordenador Nacional do Projecto (CNP) vai funcionar como secretário ao CPP. Os Membros do CPP incluem não só a DGA e representantes do PNUD (incluindo Grupo de Ambiente e Energia do PNUD), mas também qualquer outra instituição (nacional ou local), organização ou parceiro que tenha uma participação financeira no projecto. Os co-financiadores do Projecto serão, por defeito, convidados para fazerem parte do CPP. O CPP é responsável pela tomada de decisões de gestão, preferencialmente com base em consensos, incluindo a aprovação dos planos de trabalho e orçamental e revisões substanciais de projecto. As avaliações de controlo do projecto serão feitas por este grupo em momentos de decisão designados ao longo da vida do projecto, ou conforme necessidade, quando suscitada pelo CNP através da presidência do CPP. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 55 85. O CNP será responsável pelos produtos/contribuições a serem prestados pelas respectivas agências de forma atempada, em linha com âmbito e orçamento, bem como pela aplicação de todos os procedimentos administrativos e financeiros do PNUD e pelo uso eficiente do financiamento do PNUD-GEF. O CNP será apoiado por uma equipa de apoio ao projecto e uma equipa de assessoria técnica. A Unidade de Coordenação do Projecto (UCP) ficará localizada no escritório DGA (Praia, Ilha de Santiago), a fim de reduzir os custos de transacção e criar sinergias e ligações com outros programas relevantes a nível nacional. A UCP será composta pelo CNP, um assistente Administrativo/Financeiro (também de responsável pela ligação com a DGA e o PNUD em questões relativas aos RH), um assistente e um motorista. Além disso, a UCP contará com um núcleo de pessoal técnico (incluindo consultores nacionais e internacionais), com contratos de duração variável e que irá apoiar o CNP com a implementação substantiva, tal como definido no título indicativo na ‘Secção IV - PARTE III Termos de Referências para o pessoal chave do projecto’. 86. O apoio técnico à UGP e ao CPP (nas suas deliberações sobre questões técnicas do projecto) será fornecido pelo Conselho Técnico de Assessoria (TAC). Este conselho se reúne indicativamente duas/três vezes anualmente para avaliar o progresso na consecução dos objectivos do projecto, e fornecer coordenação técnica com outros programas e projectos de desenvolvimento relevantes e complementares em curso em Cabo Verde. O TAC irá examinar todos os TdR para os subcontratos e ajudar a monitorar as intervenções de formação de longa duração. Quando viável, o TAC irá também realizar visitas de campo aos sítios do projecto. O TAC inclui representantes da DGA, DGASP, DGT, INIDA, ANMCV (Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde), a Cooperação Internacional, o PNUD, a Plataforma de ONG (uma organização nacional de ONG ambientais), outros parceiros internacionais, e um Representante Municipal. A composição definitiva do TAC será proposta com o lançamento do projecto. A DGA e o PNUD alternam-se na presidência TAC. 87. O apoio técnico para o CPP, UCP e TAC também vai ser administrado por um ConselheiroTécnico Principal. O CTA será um especialista em monitorização e avaliação, com experiência comprovada relativamente ao GEF e deve, preferencialmente, ter conhecimentos técnicos profundos na área de gestão de recursos naturais, conservação da biodiversidade, gestão de áreas protegidas e ambiental, em geral. O CTA irá fornecer orientação técnica ao CNP, à equipa do projecto e outras congéneres do governo nas áreas de gestão de projecto e planeamento, a gestão das actividades nos sítios, monitorização e avaliação de impacto. O CTA irá assistir na compilação das lições aprendidas e partilha de experiências a nível internacional. Finalmente, a CTA irá ajudar a coordenar o trabalho de todos os consultores e subcontratados, garantindo a qualidade técnica, a entrega atempada dos produtos/contribuições esperados, e uma boa sinergia entre as diversas actividades. O CNP irá colaborar com outros parceiros-chave de desenvolvimento, como a Áustria, França, Espanha e a Comissão Europeia, para apoiar que haja uma abordagem coerente e sinérgica à gestão dos recursos naturais em Cabo Verde. 88. A fim de conceder o reconhecimento adequado ao PNUD-GEF pela concessão de financiamento, um logótipo do GEF deve aparecer em todas as publicações relevantes do projecto GEF, incluindo entre outros, os equipamentos do projecto e os veículos comprados com fundos do PNUD-GEF. Qualquer citação em publicações a respeito dos projectos financiados pelo PNUD-GEF deve também conceder o reconhecimento adequado ao GEF. O logótipo do PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 56 PNUD deve ser mais proeminente e separado do logótipo do GEF, se possível, uma vez que a visibilidade da ONU é importante para efeitos de segurança. MODALIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO 89. Um objectivo central do projecto proposto é garantir a participação das comunidades locais e outros intervenientes (por exemplo, a indústria do turismo/imobiliário) na gestão de AP e na gestão dos recursos naturais nas AP seleccionadas. Para este fim, as Assembleias Municipais e associações comunitárias existentes, associações de mulheres, pescadores e agricultores, bem como representantes da indústria do turismo/imobiliário (de preferência, organizados em associações), terão as capacidades reforçadas para lidarem com questões relativas às AP. Estas associações, juntamente com o Município em questão e as delegações do MADRRM/DGA, em cada sítio, participarão activamente na implementação das actividades do projecto. Esta coordenação vai melhorar a capacidade das associações locais e dos municípios para: (i) gerirem as AP, a nível local; (ii) participaram nas decisões relativas à gestão de recursos naturais com as autoridades locais e nacionais; e (iii) assumirem e realizarem o acordo das comunidades locais e os municípios quanto às intervenções propostas nas AP/AMP. 90. A formação é também uma componente essencial do projecto proposto. A formação de longa duração será administrada para a equipa nacional e será destinada a desenvolver a capacidade de gestão das AP. Actividades de formação especificamente orientadas serão planeadas em detalhe durante a fase de execução e irão incluir actividades de formação tais como a gestão da zona de AP, M&E ambiental, manutenção de banco de dados e análise económica dos recursos naturais. 91. As questões de género serão promovidas e acompanhadas de perto. Devido à natureza das actividades tradicionais nos locais do projecto, espera-se que as mulheres desempenhem um papel importante em todas as actividades do projecto, incluindo na gestão, formação e criação de opções alternativas de subsistência, que lhes permita alcançar e manter níveis sustentáveis. 92. Um ateliê de lançamento será realizado, de preferência no período de 3 meses (mas não mais de 6 meses) para garantir o arranque efectivo do projecto. Esse ateliê servirá para; (i) informar todos os intervenientes sobre o início do projecto; (ii) familiarizar os intervenientes com produtos e os objectivos do projecto; (iii) refinar os indicadores do Quadro de Resultados Estrategicos e os produtos e actividades seleccionados; (iv) desenvolver um quadro específico de M & E para as actividades a nível dos sítios; e (v) finalizar os TdR para o Comité de Pilotagem, subcontratos, outros consultores e formações de longa duração do projecto. 93. Devido ao papel da WWF Cabo Verde em apoiar a operacionalização das AMP no país, mas também devido às suas ligações a PRCM e o forte quadro de pessoal técnico voltados para a conservação integrados na organização a nível nacional, regional e global, a WWF será convidado a preparar uma proposta para reforçar as equipas técnicas dos Escritório Insular de Conservação (EICs) nas Ilhas do Sal e Boavista ao longo da duração do projecto. Isso será precedido pela preparação dos TdR abrangentes pelo CTA e CNP do projecto. Para além da vantagem comparativa do WWF Cabo Verde para prestar serviços de apoio especializados aos PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 57 Escritório Insular de Conservação, essa modalidade se justifica, dado que o WWF Cabo Verde tem tido um papel fundamental na concepção e preparação do projecto, tanto na fase do PIF, mas também durante a implementação do PPG. O processo de atribuição de donativo a ONG seguirá os procedimentos normais do PNUD para o efeito. GESTÃO DO PROJECTO Supervisão 94. A supervisão das actividades do projecto será da responsabilidade de dois comités: Comité de Pilotagem do Projecto (CPP) e Conselho Técnico do País (CTP). Comité de Pilotagem do Projecto (CPP): Este comité se reunirá pelo menos uma vez por ano para fiscalizar todas as questões administrativas e operacionais referentes ao projecto, ou sempre que as reuniões extraordinárias forem consideradas necessárias. O comité será composto por representantes do MADRRM (DGA, DGASP), do Ministério da Economia (DGT), do PNUD (incluindo o PNUD/EEG) e quaisquer outras instituições (nacionais ou locais), organização ou parceiro que tem uma participação financeira no projecto. O CNP irá actuar como Secretário do CPP. Conselho Técnico do País (CTP): Este comité se reunirá quatro vezes ao ano para examinar os progressos realizados na consecução dos objectivos e resultados do projecto, e prestar assessoria técnica e material substantiva, bem como a coordenação com outros programas e projectos de desenvolvimento existentes em Cabo Verde. O CTP será, a título indicativo, composto por representantes da DGA, DGASP, INIDA, DGT, ANMCV (Associação Nacional dos Municípios), a Cooperação Internacional, o PNUD, a Plataforma de ONG (uma organização nacional de ONG ambientais), outros parceiros internacionais, e um Representante Municipal. A DGA e o PNUD vão alternar na presidência do CTP. 95. A supervisão operacional do dia-a-dia será assegurada pelo PNUD, através do Escritório Conjunto das Nações Unidas na cidade da Praia, e supervisão estratégica será assegurada pelo Conselheiro Técnico Regional (CTR) do PNUD / EEG responsável pelo projecto. 96. A ‘Secção IV - PARTE II: Organograma do Projecto contém um esquema simplificado que expressa a relação entre as diferentes entidades descritas neste capítulo. Veja também a Tabela 11 e Tabela 12, mais abaixo, para mais detalhes. Gestão do Projecto a nível local 97. O projecto será supervisionado pelo CNP, que será directamente responsável por todos os objectivos a nível nacional e actividades do projecto (legal, institucional, política, de educação, etc.) O CNP também terá a responsabilidade de supervisão de cada uma das áreas dos sítios do projecto. A estrutura da UCP é descrita na Tabela 12 Visão Geral de Equipas do Projecto por PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 58 Financiador. O CTP irá dar apoio técnico ao UCP. Além disso, diversos consultores nacionais e internacionais irão completar este pequeno núcleo de pessoal de nível nacional. Esses consultores de curto prazo serão recrutados para prestar apoio técnico de curto e médio prazo, especialmente nas fases iniciais do projecto. A nível nacional, o projecto deverá empregar consultores nas seguintes áreas: Comunicação, (Sócio) Economia, Biologia Marinha, Botânica, Ordenamento do Território e da Silvicultura, e M&E e Apresentação de Relatórios. Outros consultores nacionais incluirão consultores com competência nas áreas de Solo e Água (principalmente, nos sítios), Silvicultura (principalmente, nos sítios), jurídica e política, institucional e de Planeamento e Finanças Públicas. A nível internacional, o projecto irá empregar consultores especialistas com experiência internacional considerável nas áreas de Finanças de AP, Planeamento e Gestão de AP, Biologia Marinha, e Especialidade em Espécies Exóticas Invasoras. Todos os consultores (nacionais e internacionais) responderão directamente ao CNP em estreita articulação com o CTP do projecto. 98. Prevê-se que o Governo de Cabo Verde contribuirá significativamente para as necessidades de pessoal a nível dos sítios do projecto. Isto foi confirmado através de uma contribuição em dinheiro do Ministério das Finanças (através do MADDRM) que será gerido pelo PNUD no âmbito do projecto e no âmbito da rubrica orçamental. O pessoal de apoio, como motoristas e secretários, serão contratados directamente pela DGA, mas também outros, como consultores, serão contratados de acordo com a modalidade NEX aplicável para o projecto. Os organizadores/formadores comunitários (que devem ser destacados para os sítios) também serão fornecidos pelo Governo, e muito provavelmente serão seleccionados dentre o pessoal envolvido nas actividades comunitárias em outras agências, como a DGA e DGASP. 99. Finalmente, um grupo de voluntários internacionais, com um conjunto variado de perfis de competências (e de acordo com as necessidades do projecto) será destacado, principalmente para os sítios. Esta modalidade irá espelhar a experiência bem sucedida do Projecto Fase I, onde vários dos técnicos peritos nacionais do projecto constituíram equipa com jovens voluntários internacionais com perfis dentro da mesma área de especialização. Gestão do Projecto a nível dos sítios 100. A nível dos sítios do projecto, haverá dois tipos de estruturas: As Unidades de Sítios do Projecto (USP) para os sítios nas AP terrestres e os Escritório Insular de Conservação (EICs) para as AMP. Embora estas estruturas terão designações diferentes, elas terão atribuições semelhantes no que respeita à responsabilidade global em relação a todas as actividades do projecto a nível local. Para além da especialização em biomas (terrestres para as USO versus marinhas/costeiras para os IW), a principal diferença entre as USP e os EIC é que este último terá uma cobertura maior em termos de número de sítios. Os IW vão não só apoiar directamente a operacionalização das três AMP propostas no âmbito do projecto como também vão apoiar indirectamente as nove outras AMP no quadro da abordagem de ‘Ilha-Toda’; i.e., o desenvolvimento dos Planos de Estratégia de Conservação a nível da Ilha Toda será uma actividade que irá abranger toda a ilha (incluindo todas as AMP aí contidas) e terá apoio do IW. As responsabilidades das USP serão limitadas aos sítios terrestres alvos do projecto. Também, PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 59 algumas das AMP apoiadas por um EIC podem fazer parte de um acordo de concessão com ONG ou outros parceiros. Nestas circunstâncias, o Escritório poderá não só fornecer serviços de assistência técnica para supervisionar estes acordos (numa base de recuperação dos custos) como também criar sinergias entre os projectos e ser o ponto focal para uma gestão concertada de todas as AMP nas Ilhas do Sal e da Boavista. Por isso, espera-se as que as capacidades dos EICs sejam reforçadas através do acordo de fornecimento de serviços de assistência técnica com o WWF48. 101. Serão estabelecidas duas USP – uma na Ilha de Santo Antão (responsável por 2 AP mas 1 AP na Ilha de São Vicente) e um na Ilha do Fogo (1 PA) - e dois EICs - um na ilha do Sal, um na Boavista, sendo os dois responsáveis pela prestação de apoio a todas as áreas marinhas protegidas nas ilhas e mais directamente às três AMP propostas. Cada USP/EIC será composto por um Coordenador de Sítio do Projecto (CSP) ou um coordenador do EIC e um assistente de projecto do sítio/condutor (fornecido pelo MADRRM). Cada USP será apoiado a partir da Sede (HQ) pelo CNP, o CTP e a equipa nuclear de consultores do projecto baseada na cidade da Praia. O quadro técnico a nível dos sítios/local irá incluir um especialista nacional em Monitorização Ecológica, Mapeamento (o qual servirá diferentes ilhas) e em Participação Comunitária. Além disso, as USP e os EICs vão contar com voluntários internacionais, fornecidos tanto pela DGA e o Corpo da Paz dos EUA (consulte a Carta de Co-financiamento). 102. A USP/EIC vai coordenar, supervisionar, apoiar, controlar, monitorar e informar sobre a execução do projecto a nível local. O Coordenador da USP/EIC, que responderá ao CNP numa uma base regular, será o chefe desta unidade. Esta unidade será responsável pelo planeamento e execução do projecto a nível local, pela manutenção das contas gerais do projecto, e a monitorização do desempenho. A USP vai articular com o CTP em termos de assessoria técnica e questões relativas à ao planeamento e à implementação das actividades do projecto. Cada sítio do projecto terá uma comissão de consulta local (que, na realidade, é uma estrutura prevista no Decreto-Lei 3/2003 sobre o regime de gestão das AP) para apoiar a execução do projecto. Esta comissão vai actuar como intermediário entre o pessoal dos sítios do projecto e as comunidades locais, e será composto por representantes da Assembleia Municipal, a delegação do MADRRM, associações de agricultores e organizações da comunidade, e qualquer outra pessoa, conforme aplicável. Os esforços de descentralização em Cabo Verde estão a resultar nos municípios a terem um papel cada vez mais importante na gestão dos recursos naturais e das AP. Em algumas áreas dos sítios do projecto, os municípios já elaboraram planos de acção locais que incorporam as actividades de gestão integrada dos recursos naturais. A gestão de recursos naturais para a biodiversidade, no entanto, ainda não foi incorporada aos planos locais. PARTE IV: Plano de Monitorização e Avaliação e Orçamento MONITORIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS 103. A monitorização e avaliação do projecto serão realizadas em conformidade com os procedimentos estabelecidos do PNUD e do GEF. A equipa do projecto e o Escritório de País do 48 Termos de Refeência para o efeito serão elaborados na fase inicial do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 60 PNUD (PNUD-CO) fornecerão a M&E. A Matriz do Quadro Lógico (SECÇÂO II: QUADRO DE RESULTADOS ESTRATÉGICOS (SRF) E INCREMENTO DO GEF) fornece os indicadores de desempenho e impacto para a implementação do projecto juntamente com os respectivos meios de verificação. O instrumento METT, os Financial Scorecard and Capacity Assessment Scorecard (Anexo 3) serão utilizados para monitorar o progresso da efeicácia da gestão das AP. O plano de M&E inclui: (i) um relatório de lançamento, (ii) avaliações da implementação do projecto, (iii) relatórios de revisão trimestral e anual, e (iv) avaliação a meio percurso e final. As secções seguintes descrevem as principais componentes do Plano de M&E e as estimativas do custo indicativo relativos às actividades de M&E. O Plano de M&E será apresentado e finalizado no Relatório de Lançamento do Projecto a seguir à finalização colectiva dos indicadores, meios de verificação e a definição completa das responsabilidades de M&E do pessoal do projecto. Fase de Lançamento (arranque) 104. Um Ateliê de Lançamento do Projecto será realizado com toda a equipa do projecto, bem como com todas as partes do governo, parceiros co-financiadores, o PNUD-CO e representantes da Unidade Regional de Coordenação do PNUD EEG, assim como do PNUD EEG (Sede), conforme apropriado. Um objectivo fundamental do Ateliê de Lançamento será o de assistir a equipa do projecto a entenderem e apropriarem-se das metas e objectivos do projecto, e finalizar a preparação do primeiro plano de trabalho anual do projecto com base na matriz do quadro lógico. Isso inclui a revisão do quadro lógico (indicadores, meios de verificação, pressupostos), partilhar informações adicionais, conforme necessário, e, com base neste exercício, finalizar o Plano de Trabalho Anual (PTA) com indicadores precisos e mensuráveis, de modo que seja consistente com os resultados esperados do projecto. Além disso, a finalidade e objectivo do Ateliê de lançamento (AL) serão de; (i) apresentar o pessoal do projecto á equipa do PNUD EEG, que vai apoiar o projecto durante a sua implementação, nomeadamente o CO e pessoal responsável da Unidade Regional de Coordenação; (ii) informações sobre os papéis, serviços de apoio e responsabilidades complementares do pessoal do PNUD-CO e da URC face à equipa do projecto; (iii) fornecer descrição detalhada dos requisitos de apresentação de relatórios e monitorização e avaliação (M&E) do GEF e do PNUD, com ênfase particular nas Revisões Anuais da Implementação do Projecto (RIP) e documentos relacionados, o Relatório de Revisão Anual (RRA), assim como as avaliações a meio percurso e final. De igual modo, o Escritório Insular de Conservação (EIC) irá fornecer a oportunidade de informar à equipa do projecto sobre a planificação orçamental, as revisões orçamentais e o refaseamento orçamental obrigatório relativos aos projectos do PNUD. Dará também oportunidade a todas as partes para entenderem, na plenitude, os seus papéis e responsabilidades nas estruturas de decisão do projecto, incluindo os canais de apresentação de relatórios e de comunicação e os mecanismos de resolução de conflitos. Os Termos de Referência para o pessoal do projecto e as estruturas de tomada de decisão serão discutidos de novo, conforme necessidade, de modo a clarificar as responsabilidades de cada uma das partes durante a fase de implementação do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 61 Responsabilidades pela Monitorização e Eventos 105. Uma programação detalhada das reuniões de avaliação do projecto será desenvolvida pela coordenação do projecto, em consulta com os parceiros de implementação do projecto e representantes dos intervenientes e será incorporada na no Relatório de Lançamento do Projecto. Esta programação deve incluir: (i) os prazos indicativos para as Reuniões do Conselho do Projecto e (ii) as actividades de monitorização e avaliação relacionadas ao projecto. A monitorização diária dos progressos na implementação do projecto será de responsabilidade do coordenador r do projecto e será baseado no Plano de Trabalho Anual do projecto e seus indicadores. O Coordenador de Projecto deverá informar ao PNUD-CO sobre quaisquer atrasos ou dificuldades enfrentadas durante a implementação, de modo que o apoio adequado ou medidas correctivas possam ser adoptadas em tempo hábil e acertadas. O Coordenador do Projecto deverá afinar os indicadores de progresso e desempenho/de impacto do projecto em consultas com toda a equipa do projecto no Atelié de lançamento com o apoio do PNUD-CO e assistência da Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG. As metas específicas para os indicadores de progresso do primeiro ano de implementação, e os seus meios de verificação, serão desenvolvidos neste Workshop. Estes serão utilizados para avaliar se a aplicação está a avançar ao ritmo pretendido e na direcção certa, e fará parte do Plano de Trabalho Anual. As metas e os indicadores para os anos subsequentes seriam definidos (ou ajustados) anualmente, como parte dos processos internos de avaliação e planeamento, pela equipa do projecto. 106. A medição de indicadores de impacto relacionados aos benefícios globais da biodiversidade vai acontecer de acordo com a programação definida no Ateliê de lançamento, sendo que o METT para projectos SO1 é obrigatório para todos os projectos financiados pelo GEF. Se aplicável, a medição dos mesmos será realizada através de subcontratos ou honorários pagos a instituições relevantes. A monitorização periódica do progresso da implementação será realizada pelo PNUD-CO através de reuniões trimestrais com o Parceiro de Implementação, ou com maior frequência, conforme as necessidades. Isso permitirá ás partes fazerem um balanço e resolver quaisquer problemas relacionados ao projecto em tempo hábil para garantir a boa execução e sem sobressaltos das actividades do projecto. A monitorização anual acontecerá através do CPP. Esta será a maior reunião de nível político entre as partes directamente envolvidas na implementação de um projecto. O projecto será sujeito a duas reuniões do CPP por ano. A primeira dessas reuniões será realizada nos primeiros seis meses do início da implementação global. 107. O Coordenador do Projecto, em colaboração com o PNUD-CO e PNUD EEG URC, irá preparar um RIP / RAR do PNUD / GEF e apresentá-los aos membros do CPP, pelo menos, duas semanas antes da reunião do CPP, para revisão e comentários. O RIP /RAR será utilizada como um dos documentos básicos para iniciar as discussões na reunião do CPP. O Coordenador do Projecto apresentará o RIP / RAR ao CPP, destacando as questões políticas e as recomendações para decisão dos participantes do CPP. O Coordenador de Projecto também informará aos participantes sobre qualquer acordo alcançado pelos intervenientes durante a preparação do RIP / RAR sobre como resolver as questões operacionais. Revisões individuais a cada componente do projecto também podem ser realizadas, caso forem necessárias. O Conselho de Projecto tem autoridade para suspender os desembolsos se marcos de desempenho do projecto não forem PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 62 atingidos. Os marcos (Benchmarks) serão desenvolvidos durante o Ateliê de lançamento, e serão baseados nas taxas de prestações e avaliações qualitativas dos resultados dos produtos. 108. A última reunião do CPP é realizada no último mês de funcionamento do projecto. O Coordenador do Projecto é responsável pela elaboração do Relatório Final e por submetê-lo ao PNUD-CO e PNUD EEG UCR. A versão provisória do Relatório deve ser preparada pelo menos dois meses antes do último CPP, a fim de permitir a sua análise, e servirá de base para as discussões na RCP (Reunião do Conselho do Projecto). A reunião final deve considerar a implementação do projecto como um todo, com especial atenção para saber se o projecto alcançou os seus objectivos declarados e se contribuiu para o objectivo ambiental maior.A reunião decidirá se ainda serão necessárias quaisquer outras acções, especialmente em relação à sustentabilidade dos resultados do projecto, e actuará como um veículo através do qual as lições aprendidas são extraídas para a apreciação de outros projectos em fase de implementação ou formulação. Escritórios Nacionais do PNUD e do PNUD EEG UCR realizarão, caso necessário, visitas anuais aos sítios do projecto com base num calendário acordado a ser detalhado no Relatório de Lançamento do Projecto / Plano Anual de Trabalho para avaliar o andamento do projecto em primeira mão. Qualquer outro membro do CPP pode acompanhar. Um Relatório da Visita de Terreno / BTOR será elaborado pelo CO e PNUD EEG UCR e distribuído pelo menos um mês depois da visita à equipa do projecto, a todos os membros do CPP, e ao PNUD EEG. Prestação de Informação do Projecto 109. O Coordenador do Projecto, em conjunto com a equipa alargada do PNUD EEG, será responsável pela preparação e apresentação dos seguintes relatórios que fazem parte do processo de monitorização. Os seis primeiros relatórios são obrigatórios e estritamente relativos à monitorização, enquanto os dois últimos têm uma função mais ampla e a sua frequência e natureza é específica ao projecto e deve ser definido ao longo da implementação. 110. Um Relatório de Lançamento do Projecto será preparado imediatamente após o Ateliê de Lançamento. O Relatório deve incluir um detalhado Plano Anual de Trabalho/Primeiro Ano dividido em trimestrais, detalhando as actividades e indicadores de progresso que irão orientar a implementação durante o primeiro ano do projecto. Este Plano de Trabalho deve incluir as datas das visitas de terreno específicas, as missões de apoio do PNUD-CO ou da Unidade de Coordenação Regional (UCR) ou consultores, bem como o calendário para as reuniões das estruturas de tomada de decisão do projecto. O relatório também incluirá o orçamento detalhado do projecto para o primeiro ano completo de implementação, elaborado com base no Plano Anual de Trabalho, e também irá incluir quaisquer requisitos de monitorização e avaliação necessários para medir efectivamente o desempenho do projecto durante o período alvo de 12 meses. O Relatório de Lançamento irá incluir uma descrição mais detalhada dos papéis institucionais, as responsabilidades, as acções de coordenação e mecanismos de feedback dos parceiros relacionados com o projecto. Além disso, será incluída uma secção sobre o progresso até a data da criação do projecto e arranque das actividades e uma actualização de quaisquer novas condições externas que possam afectar a implementação do projecto. Quando finalizado, o relatório será distribuído aos parceiros do projecto, que terão o um prazo de um mês para PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 63 responder com comentários ou perguntas. Antes desta circulação do RL, o Escritório de País do PNUD e o Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG deverão rever o documento. 111. Um Relatório de Revisão Anual deve ser elaborado pelo CNP em estreita colaboração com o CTP e partilhado com o CPP. Na qualidade de uma auto-avaliação da gestão do projecto, o documento não requer um processo complexo de preparação. Como requisito mínimo, o Relatório de Revisão Anual consistirá no formato padrão de Atlas para o relatório de progresso do projecto (RPP), cobrindo todo o ano, com informações actualizadas de cada elemento do RPP, assim como um resumo dos resultados obtidos em relação ás metas anuais pré-definidas a nível do projecto. Como tal, pode ser facilmente usado para estimular o diálogo com o CPP e os parceiros. O RRA será preparado numa base anual, antes da reunião do CPP para reflectir os progressos feitos na consecução do Plano de Trabalho Anual do projecto e avaliar o desempenho do projecto em contribuir para os resultados pretendidos através das realizações e do trabalho de parceria. A ARR deve conter as seguintes secções: (i) os riscos e as questões do projecto; (ii) o andamento do projecto, medido em função dos indicadores e metas pré-definidos; e (iii) os resultados de desempenho. 112. A Revisão da Implementação do Projecto (RIP) é um processo de acompanhamento anual mandatado pelo GEF. Transformou-se numa ferramenta de gestão e monitorização essencial para os coordenadores do projecto e oferece o principal meio para se extrair as lições dos projectos em curso. Quando o projecto estiver em fase em execução durante um ano, o CO, em conjunto com a equipa do projecto, implementará um Relatório de Implementação do Projecto. O RIP deve ser elaborado de forma participativa em Julho e discutido com o CO e a Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG durante o mês de Agosto, sendo que a sua apresentação final ao à Sede do PNUD / GEF deve acontecer na primeira semana de Setembro. 113. Relatórios de progresso trimestrais: relatórios curtos (máximo de 150 palavras) descrevendo as principais actualizações no andamento do projecto serão fornecidos trimestralmente ao Escritório de País local do UNDP e á UCR do PNUD EEG pela equipa do projecto. 114. Relatórios de Monitorização do ATLAS PNUD: Um Relatório Conjunto de Entrega (CDR), resumindo todas as despesas do projecto é obrigatória e deve ser produzido trimestralmente. O Coordenador do Projecto deve enviá-lo ao CPP para revisão e o Parceiro de Implementação deve certifica-lo. Os seguintes registos devem ser preparados: (i) O Registo de Questões é utilizado para capturar e fazer o seguimento do ponto de situação de todas as questões do projecto ao longo da sua execução. Será da responsabilidade do Coordenador do Projecto monitorar, capturar e atribuir as questões, e assegurar-se de que todas as questões do projecto estão a ser devidamente equacionadas; (ii) o Registo de Riscos é mantido ao longo de toda a duração do projecto para captar os potenciais riscos ao projecto e as medidas associadas para a gestão dos riscos. Será da responsabilidade do Coordenador do Projecto manter e actualizar o Registo de Risco, usando o Atlas; e (iii) o Registo das Lições Aprendidas é mantido durante todo o projecto para capturar elucidações/esclarecimentos e lições baseadas em experiências e comportamentos bons e maus. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 64 115. Relatório Final do Project: Durante os últimos três meses do projecto, a equipa do projecto irá preparar de Relatório de Fim do Projecto. Este relatório global e abrangente vai resumir todas as actividades, realizações e resultados do Projecto, as lições aprendidas, os objectivos alcançados, ou não, as estruturas e os sistemas implementados, etc., e será a declaração definitiva das actividades do projecto durante sua existência. Este Relatório vai também estabelecer recomendações em relação a quaisquer outras medidas que possam ser necessárias empreender para garantir a sustentabilidade e capacidade de replicação das actividades do Projecto. 116. Relatórios Temáticos Periódicos: Quando e como solicitado pelo PNUD, PNUD/EEG, GEF, FPMA ou pelo Parceiro de Implementação, a equipa do projecto irá preparar Relatórios Temáticos Específicos, incidindo sobre questões ou áreas de actividade específicas. O pedido de um Relatório Temático será fornecido à equipa do projecto por escrito pelo PNUD e irá indicar claramente a questão ou as actividades que devem ser relatados. Esses relatórios podem ser usados como uma forma de exercício das lições aprendidas, da supervisão específica em áreas fundamentais, ou como exercício de resolução de problemas para avaliar e superar os obstáculos e as dificuldades encontradas. Pede-se ao PNUD que minimize os seus pedidos de relatórios temáticos e quando estes são necessários deverá permitir prazos razoáveis para a sua preparação pela equipa do projecto. 117. Os Relatórios Técnicos são documentos detalhados cobrindo áreas específicas de análise ou de especialização científica no âmbito do projecto global. Como parte do Relatório de Lançamento do projecto, a equipa do projecto irá preparar uma de versão provisória de Lista de Relatórios, detalhando os relatórios técnicos que deverão ser preparados em áreas-chave da actividade durante a vida do Projecto, e as datas tentativas de entrega. Sempre que necessário, esta Lista de Relatórios será revisada e actualizada, e incluída no RAP subsequentes. Os Relatórios Técnicos também podem ser preparados por consultores externos e devem ser análises especializadas abrangentes de áreas bem definidas de investigação no âmbito do projecto e dos seus sítios. Estes relatórios técnicos representam, conforme o caso, a contribuição substancial do projecto para áreas específicas, e serão usados nos esforços para divulgar informações relevantes e as melhores práticas a nível local, nacional e internacional. 118. As Publicações do Projecto constituirão um método fundamental da cristalização e divulgação dos resultados e as realizações do Projecto. Estas publicações podem ser textos científicos ou informativos sobre as actividades e realizações do Projecto, na forma de artigos de jornais, publicações multimédia, etc. Estas publicações podem ser baseadas nos Relatórios Técnicos, dependendo da relevância, valor científico, etc., destes relatórios, ou pode ser resumos ou compilações de uma série de Relatórios Técnicos e/ou outras pesquisas. A equipa do projecto vai determinar se algum dos Relatórios Técnicos tem mérito para ser uma publicação formal, e vai também (em consulta com o PNUD, o governo e outros grupos de intervenientes relevantes) planear e produzir essas Publicações, num formato consistente e reconhecível. Os recursos do projecto deverão ser definidos e afectados a estas actividades, conforme adequado e de forma compatível com o orçamento do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 65 RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO INDEPENDENTE, DE AUDITORIA E FINANCEIROS 119. O projecto será alvo de pelo menos duas avaliações externas independentes, de acordo com o seguinte: Uma Avaliação a Meio Percurso independente de avaliação será realizada exactamente a meio percurso da vida do projecto. A Avaliação a Meio Percurso vai determinar os progressos realizados para a consecução de resultados e identificará o curso das correcções, caso forem necessárias. Esta Avaliação irá focalizar sobre a eficácia, eficiência e pontualidade da implementação do projecto; vai destacar as questões que exigem decisões e acções; e irá apresentar as lições aprendidas quanto à concepção, implementação e gestão do projecto. Os resultados desta revisão serão incorporados como recomendações para reforçar a implementação durante a segunda e última metade do termo do projecto. A organização, os termos de referência e a oportunidade (data) da avaliação a meio percurso, serão decididos após consultas entre as partes no documento do projecto. Os Termos de Referência para esta avaliação a meio percurso serão elaborados pelo CO PNUD, com base nas orientações da Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG. 120. Uma Avaliação Final Independente terá lugar nos três meses anteriores à reunião final CP, e incidirá sobre as mesmas questões abordadas na avaliação a meio percurso. A avaliação final irá também analisar o impacto e a sustentabilidade dos resultados, incluindo a contribuição para o desenvolvimento de capacidades e a realização dos objectivos ambientais globais. A avaliação final deve também apresentar recomendações para actividades de seguimento. Os Termos de Referência para esta avaliação serão elaborados pelo CO PNUD, com base nas orientações da Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG. Os TdR finais terão de ser autorizados pela EEG RTA. CLÁUSULA DE AUDITORIA 121. O Governo fornecerá ao Representante Residente demonstrações financeiras periódicas e certificadas, bem como com uma auditoria anual das demonstrações financeiras relativas á situação dos fundos do PNUD (incluindo os do GEF) de acordo com os procedimentos estabelecidos no Manual de Programação e Finanças. A auditoria será realizada de acordo com os regulamentos financeiros, regras e políticas de auditoria do PNUD, por auditor legalmente reconhecido pelo Governo, ou por um auditor comercial contratado pelo Governo. Tipo de actividade M&E Tabela 8. M&A - Actividades, Responsabilidades, Orçamento e Prazos Entidades Orçamento USD Prazo Excluindo tempo do pessoal da Responsáveis Atelier de Lançamento Relatório Inicial Medição dos Meios de equipa do projecto Coordenador do Projecto Escritório do PNUD PNUD GEF Equipa do Projecto CO PNUD Gestor do Projecto vai 10,000 Não há. A ser finalizado no Período de dois meses depois do arranque do projecto Imediatamente a seguir ao Atelier Lançamento Início, meio percurso e PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 66 Tipo de actividade M&E Entidades Responsáveis Orçamento USD Verificação para os Indicadores dos Objectivos do Projecto supervisionar o recrutamento de instituições e estudos específicos e vai delegar responsabilidades aos membros da equipa competentes Supervisão pelo Gestor do Projecto Equipa do Projecto Ateliê e Fase de Lançamento. Custo indicativo: 15,000. fim do projecto A ser determinado como parte da preparação do Plano de Trabalho Anual. Custo indicativo: 8,000 (anual); total: 32,000 Não há Anualmente antes do RRA/RIP e da definição dos planos de trabalho anuais Não há Trimestral Gestor do Projecto Não há Trimestral Gestor do Projecto Equipa de Programa no Escritório do PNUD Gestor do Projecto Equipa de Programa do Escritório do PNUD Gestor do Projecto Equipa de Programa do Escritório do PNUD Equipa do Projecto Escritório do PNUD Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG Consultores Externos (i.e. equipa de avaliação) Equipa do Projecto, Escritório PNUD Unidade de Coordenação Regional do UNDP EEG Consultores Externos (i.e. equipa de avaliação) Equipa do Projecto Escritório do UNDP Consultor local Não há Trimestral Não há Trimestral Não há Trimestral 40,000 A meio percurso da implementação do projecto. 40,000 No fim da implementação do projecto Medição dos Meios de Verificação para o Progresso e Desempenho do Projecto (medidos numa base anual) RRA e RIP Relatórios de Progresso trimestrais Relatórios CDR Conjuntos de Entregas Registo das Questões Registo de Riscos Registo das Lições Aprendidas Avaliação a Meio Percurso Avaliação Final Relatório Final Equipa do Projecto Escritório do PNUD PNUD EEG Equipa do Projecto Prazo Excluindo tempo do pessoal da equipa do projecto 0 Anual Pelo menos um mês antes do fim do projecto PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 67 Tipo de actividade M&E Entidades Responsáveis Lições Aprendidas Equipa do Projecto Unidade de Coordenação Regional do PNUD EEG (formatos sugeridos para documentação das melhores práticas, etc.) Escritório do UNDP Equipa do Projecto Auditoria Orçamento USD Prazo Excluindo tempo do pessoal da equipa do projecto Anualmente 12,000 (média de 3,000 por ano) 8,000 Anualmente TOTAL DE CUSTOS indicativo Excluindo o tempo do pessoal da equipa de projecto e pessoal e despesas de viagem do PNUD US$ 157,000 PARTE V: Contexto Legal 122. Este Documento de Projecto será o instrumento referido como tal no Artigo I do Acordo de Assistência Básica Padrão (Standard Basic Assistance Agreement) entre o Governo de Cabo Verde e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, assinado entre as partes a 31 de Janeiro de 1976. A agência de implementação do país anfitrião deve, para efeitos do Acordo Básico de Assistência Padrão, consultar a agência de cooperação do governo descrito no referido Acordo. 123. O Representante Residente do PNUD na cidade da Praia está autorizado a efectivar por escrito os seguintes tipos de revisão a este Documento de Projecto, desde que ele/ela tenha verificado o seu acordo junto à Unidade EEG do PNUD e estiver assegurado de que os outros signatários do Documento do Projecto não têm objecção às mudanças propostas: a) A Revisão, ou acréscimo, a qualquer anexo do Documento de Projecto; b) As revisões que não implicam mudanças significativas aos objectivos, os produtos ou actividades imediatos do projecto, mas são provocados pelo rearranjo das contribuições já acordadas ou por aumento dos custos devido à inflação; c) As revisões anuais obrigatórias que fazem a revisão da entrega das contribuições acordadas do projecto ou tenham em conta a flexibilidade de despesas da Agência; d) A inclusão de acréscimo a todos os anexos e apêndices apenas nos moldes estabelecidos neste Documento de Projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 68 SECÇÃO II: QUADRO ESTRATÉGICO DE RESULTADOS E O INCREMENTO DO GEF PART I: Análise do Quadro Estratégico de Resultados (antigo Quadro Lógico do GEF) QUADRO DE INDICADORES COMO PARTE DO QUADRO ESTRATÉGICO DE RESULTADOS Fontes de Informação Objectivo – Consolidar 1. O nível global do Sistema de AP que Somente 3.700 ha or 6% of the Como resultado do Avaliações a e reforçar o Sistema de encontra-se operacional aumenta como gazetted PA/MPA estate is currently investimento cumulative do meio-percurso e áreas protegidas (PA) resultado do projecto em relação ao operational GEF em Cabo Verde, 76.772 ha final de Cabo Verde através valor de referência base de 3.700 ha ou 73% do património de da criação de novas ou 6% do património de AP/AMP AP/AMP designadas encontraunidades de AP designadas se operacional, conforme terrestres e marinhas e verificado de forma da promoção de independente pelas avaliações abordagens do projecto participativas à 2. A média de aparecimento de Valores de Referência a.s.d. por Valores a serem alcançados a Trabalho de conservação tartarugas marinhas em áreas especialistas na fase incial do projecto serem definidos (a.s.d.) por campo relizado específicas (a.s.d) dentro dos três sítios especialistas com o arranque do em conexão com de AMP alvo para o projecto projecto o sistéma de monitorização Os sítiso são: Serra Negra/Costa da ecológica do Fragata, Ponta do Sinó, e Parque projecto Marinho do Leste de Boavista Objectivo / Resultado Indicador Valor de Referência 3. Taxa de espécies vegetais nativas/endémicas aumenta versus a cobertura de espécies exóticas invasoras em áreas específicas dos sítios das AP terrestres alvo para o projecto Meta ao Fim do Projecto Valores de Referência a.s.d. por Valores a serem alcançados a especialistas na fase incial do projecto serem definidos (a.s.d.) por especialistas com o arranque do projecto Hipóteses As condições de base nas APs seleccionadas podem ser extrapoladas com grande confiança às outras APs de Cabo Verde, ea as lições podem ser dessiminadas com sucesso. Alguns sectores de desenvolvimento e empresas privadas (i.e. do turismo, imobiliário) colaborarão visando a gestão de APs. Trabalho de campo relizado em conexão com o sistéma de monitorização ecológica do projecto Os sítiso são: PN Chã das Caldeiras; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 69 Objectivo / Resultado Indicador Valor de Referência Meta ao Fim do Projecto Fontes de Informação Hipóteses PN do Monte Verde; PN de Morroços; e PN Cova/Paúl/R da Torre Resultado 1 – O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado 1. Pontuações mais elevadas no Financial Sustainability Scorecard do PNUD para Sistemas Nacionais de Áreas Protegidas sobre o valor de referência 2. Pontuações mais elevadas no Capacity Development Scorecard do PNUD para a Gestão de Áreas Protegidas sobre o valor de referência A Pontuação Total para o Sistema de APs = 33 sobre um total possível de 197 (ou seja 17%) Pontuações, expressas em Applicação do termos absolutos, aumentam em Financial pelo menos 40% Sustainability Scorecard do Consulte o Anexo 4 e o Anexo 6 PNUD (como respectivamente para ver pontuações parte do METT) resumidas e detalhadas em relação no início do às várias componentes e elementos projecto, durante do Scorecard as avaliações a meio percurso e final Sistémicas 9 / 30 (30%) Institucionais 18 / 45 (41%) Individuais 10 / 21 (46%) (Média geral 37%) Pontuações, expressas em Applicação do termos absolutos, aumentam em Capacity pelo menos 20% Development Scorecard do PNUD no início do projecto, durante as avaliações a meio percurso e final Refer to Anexo 3 for summarised and detailed scores Resultado 2 – Eficácia de gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas 1. Pontuações mais elevadas no GEF4’s PA Management Effectiveness Tracking Tool “METT” para AP do GEF4, em relação aos sete sítios alvo Pontuações para as APs/AMPs alvo: [1] MPA S. Negra/C. da Fragata [2] MPA P do Sinó [3] PM do Leste de Boavista [4] Chã das Caldeiras NP [5] Monte Verde NP [6] Morroços NP [7] Cova/Paúl/R da Torre NP 15 15 18 61 13 15 15 Pontuações, expressas em Applicação do termos absolutos, aumentam em METT no início pelo menos 30% do projecto, durante as avaliações a meio percurso e final Há empenho total do MADDRM e do Ministério das Finanças em apoiar financeira e tecnicamente a criação e o funcionamento da nova PAAA. As principais partes interessadas em Cabo Verde (governo, sector privado e comunidades) percebem a importância e o potencial económico de um sistema funcional de AP Há um amplo apoio ao nível central e local para a criação de APs e APM Consulte o Anexo 6 ver o METT completo. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 70 Objectivo / Resultado Indicador 2. Expansão do subconjunto AMP do património de AP através da consolidação de áreas menores e expansão para o mar para proteger o stock de pescado (representando 27.754 ha de área adicional na reconfiguração das fronteiras das AMP em duas Ilhas, Sal e Boavista) 3. Aplicação e observância efectiva dos Planos de Zoneamento das AP, tal como medidos pelo número anual de infracções relatadas em cada um dos sítios A verificação do nível de eficácia da implementação do plano também pode ser corroborada por outros indicadores, a serem definidas na fase de arranque do projecto 1. Nível de observância dos limites estabelecidos nos planos de gestão para 4 APs terrestres e 3 marinhas (sobretudo no tocante à apanha de lenha, agricultura, turismo, pescas e desenvolvimento imobiliário) Resultado 3 – A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e a criação de capacidades locais para (Vide Quadro 3 para referência) a gestão sustentável dos recursos dentro das Fontes de Informação Três AMPs foram propostas com Criação efectiva das AMP com Diário Oficial superfície e fronteiras grosseiramente hectares e fronteiras confirmadas para a criação mapeadas: dos sítios, Project (i) AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Implementation Ilha do Sal; (ii) APM Ponta do Sinó, Reports (PIRs) Ilha do Sal; (iii) Parque Marinho do para o progresso Leste de Boavista na implementação e relatórios das avaliações a meio percurso e final para a verificação da criação das AMPs Valores de referência a serem Valores alvo a serem definidos Indicativamente definidos quando os Planos entrarem quando os Planos entrarem em através do em vigor e o sistema de monitorização vigor e o sistema de número de das infracções estiver a ser monitorização das infracções infrações implementado. estiver a ser implementado. reportadas em cada sítio, porém este indicador pode ser corroborado por outras fontes de informação APs terrestres alvo (PN Chã das Há uma observância geral dos Planos de gestão Caldeiras; PN do Monte Verde; PN limited estabelecidos nos planos e Trabalho de de Morroços; e PN Cova/Paúl/R da de gestão para as APs terrestres campo relizado Torre) e AMPs alvo AMP Serra e marinhas, conforme em conexão com Negra/Costa da Fragata; APM Ponta verificado pelas avaliações o sistéma de do Sinó; e Parque Marinho do Leste independentes a meio-percurso monitorização e de Boavista ainda não contam com e final. avaliação do planos de gestão que possam orientar projecto validado o uso de recursos naturais e usos da através das terra nesses sítios, assim como avaliações Valor de Referência Meta ao Fim do Projecto PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Hipóteses O aumento da sensibilização resultará numa melhor gestão e conservação dos recursos naturais. O reforço das capacidades locais resultará efectivamente num sistema de gestão p. 71 Objectivo / Resultado AP/AMP e áreas adjacentes Indicador Valor de Referência Meta ao Fim do Projecto Fontes de Informação limiares para esses usos em áreas adjacentes Hipóteses integrado e eficaz das APs. A operacionalização das APs facilitará (ou será contrabalançada por) melhores meios de subsistência para as comunidades adjacentes e melhores negócios para os operadores turísticos. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 72 LISTA DE PRODUTOS POR RESULTADO COMO PARTE DO QUADRO ESTRATÉGICO DE RESULTADOS Meta de desenvolvimento do projecto: Conservar a biodiversidade terrestre e marinha de importância global nos ecossistemas prioritários de Cabo Verde através da abordagem de um sistema de área protegida. Objectivo do projecto: Consolidar e reforçar o Sistema de áreas protegidas (PA) de Cabo Verde através da criação de novas unidades de AP terrestres e marinhas e da promoção de abordagens participativas à conservação. Resultados Produtos 1) O quadro de governação para a 1.1 A Agência Autónoma das APs é criada, encontra-se operacional e adequadamente equipada com pessoal treinado expansão, consolidação e e com capacidades reforçadas para de gerir tanto as AP terrestres e quanto as marinhas sustentabilidade do Sistema Nacional 1.2 As ferramentas de planeamento e gestão já foram desenvolvidas e estão em fase de implementação, incluindo (i) de AP é reforçado Plano Nacional de Zoneamento das AP; (ii) Estratégia Nacional de PA; e (iii) Plano Nacional de Negócios de AP 1.3 A nova AAAP está a cooperar de forma efectiva com as instituições relevantes com vista à gestão sustentável dos recursos 1.4 Dados quantitativos sobre a mudança climática e sequestro de carbono estão a informar de forma efectiva a concepção e implementação da Estratégia Nacional de AP 2) Eficácia de gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas 2.1 Os planos de gestão e negócios foram elaborados e implementados de forma participativa em 4 AP terrestres e 3 AMP envolvendo as comunidades, os proprietários de terrenos privados e operadoras turísticos, entre outros 2.2 Planos de Estratégia de Conservação a nível das Ilhas foram implementados e estão a apoiar a criação de todas as AMP nas Ilhas do Sal e Boavista Sistemas de monitorização ecológica estão em vigor para as sete AP/AMP alvo, produzindo dados relevantes sobre a saúde dos ecossistemas Espécies exóticas estão a ser geridas e as EEI-IAS estão sob controlo sustentado nas AP terrestres alvo 2.3 2.4 3) A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e 2.5 Um Plano de Gestão das Pescas está em execução, como resultado de acordos de cooperação entre a Direcção geral das Pescas e o Escritório Insular de Conservação, em todos os sítios das AMP 3.1 Comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradores de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa para às actividades degradantes aos recursos PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 73 Objectivo do projecto: Consolidar e reforçar o Sistema de áreas protegidas (PA) de Cabo Verde através da criação de novas unidades de AP terrestres e marinhas e da promoção de abordagens participativas à conservação. Resultados Produtos a criação de capacidades locais para a 3.2 Os governos locais, instituições de recursos, os operadores privados, ONG e outros participam activamente na gestão sustentável dos recursos dentro conservação da biodiversidade nas APs e nas AMPs através do estabelecimento de Conselhos Consultivos de APs das AP/AMP e áreas adjacentes para os sítios alvo 3.3 124. O planeamento e a elaboração de estratégicas estão integrados nos quadros de desenvolvimento local, asseguram que o desenvolvimento sectorial se dá em harmonia com os objetivos da conservação e as as actividades nas APs e AMPs Um cronograma detalhado de uma lista de actividades para cada produto serão desenvolvidos no arranque do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 74 Parte II: Análise dos Custos Incrementais Custo/Benefício BENEFÍCIOS Benefícios Global Benefícios Nacionais CUSTOS Resultado 1: O quadro de governação para a expansão, consolidação e sustentabilidade do Sistema Nacional de AP é reforçado Tabela 9.Matriz de Custos Incrementais Situação de Referência Alternativa (B) (A) Incremento (A-B) O sistema de AP de Cabo Verde será limitado a duas unidades APs terrestres operacionais. As outras 19 unidades terrestres AP e 26 unidades AP marinhas e costeiras continuarão a ser "parques no papel", e biodiversidade nesses locais continuará a ser gravemente afectada pelo uso insustentável dos recursos, transformação de paisagens terrestres e marinhas, e IAS. Além disso, a nível nacional o quadro institucional e a política para as áreas protegidas permanecerão incompletos, com a gestão das AP remetida a uma pequena unidade dentro da DGA (que também é encarregada de inúmeras outras funções) e sem a integração das APs na estrutura de gestão existente. As barreiras sistémicas e institucionais serão removidas, melhorando a área das Aps terrestres e marinhas e ainda a sua sustentabilidade financeira, capacidade de gestão e monitorização e fiscalização. Esses benefícios estender-se-ão directamente às 4 APs terrestres e 3 APMs, e ainda indirectamente a 9 APMs através do apoio da Island Wide Offices, aumentando assim a área de cobertura que beneficia da gestão activa da AP e funcionamento de 3.700 ha para 76.772 ha até o fim do projecto (ou de 6% do património actual para 77% do território alargado). São garantidas barreiras para a consolidação e reforço do sistema de AP de Cabo Verde através da criação de novas APs terrestres e marinhas e promoção de abordagens participativas para a conservação. Redução de serviços ambientais ambos os ecossistemas terrestres e marinhos. A degradação do solo, esgotamento dos recursos naturais em paisagens terrestres (água, terra, lenha) exacerbarão a pobreza. As populações de peixes serão gradualmente esgotadas devido à falta de protecção dos habitats naturais, com um efeito negativo no turismo No cenário alternativo, Cabo Verde vai beneficiar de aumentos a médio-longo prazo de serviços ambientais e outros benefícios económicos da protecção da terra e do aquífero, devido à melhoria da gestão dos ecossistemas terrestres, bem como das pescas, da recreação marinha e costeiras, devido ao aumento de populações de espécies marinhas, ao aumento da resiliência dos ecossistemas e aos níveis reduzidos de contaminação marinha. Aumento da consciência nacional sobre a importância da boa gestão dos recursos naturais. Um sistema de PA consolidado e funcional gera recursos e melhora as capacidades nacionais Refrência: $ 16,162 milhões Alternativa: $ 22,872 milhões Porgama do MADRRM em: § Gestão de Recursos Naturais § Investigação pesqueira e agrícola § Redução de desastres PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Incremento in $ milhões: Áustria MADDRM GEF TOTAL 5,560 0,029 1,121 6,710 p. 75 Custo/Benefício Resultado 2: Eficácia de gestão é reforçada em AP terrestres e costeiras/marinhas seleccionadas Situação de Referência (B) Refrência: $ 7,235 milhões Alternativa (A) Alternativa: $ 12,231 milhões Porgama do MADRRM em: § Gestão de recursos hídricos § Agroflorestal § Pescas Resultado 3: A sustentabilidade das AP é reforçada através de mobilização da comunidade, o envolvimento sectorial e a criação de capacidades locais para a gestão sustentável dos recursos dentro das AP/AMP e áreas adjacentes Others: Project Management Unit, Program Implementation Technical Support Team, and Indicative Monitoring Refrência: $ 120,000 milhões TOTAL COSTS Refrência: $ 143,397 milhões Áustria Espanha WWF GEF TOTAL Alternativa: $ 125,900 milhões Sistema das Nações Unidas $70 milhões, UE, França e outros (estimativa) $50 milhões n/a Incremento (A-B) Increment in $ milhões: Increment in $ milhões: MADRRM Peace Corps GEF TOTAL Alternativa: $ 2,274 milhões 1,683 0,300 0,291 2,274 Increment in $ milhões: Áustria MADRRM Espanha Peace Corps WWF PNUD GEF TOTAL PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde 4,936 0,336 0,628 5,900 Increment in $ milhões: MADRRM PNUD GEF TOTAL Alternative: $ 163,277 milhões 1,915 1,646 0,375 1,060 4,996 7,475 6,648 1,646 0,336 0,375 0,300 3,100 19,880 p. 76 SECÇÃO III: ORÇAMENTO GLOBAL E PLANO DE TRABALHO PARTE I: Orçamento Global e Plano de Trabalho Project ID (Atlas): Award ID (Atlas): Título do Award (Atlas): 00072402 Business Unit: 00058319 Título do Projecto (PT / EN): PIMS 4176 FSP Consolidation of Cape Verdes PAs Implementing Partner (Executing Agency) Resp. Party/ Fund Donor Name Impl. ID Agent NEX 62000 GEF-10003 NEX 62000 GEF-10003 NEX 62000 GEF-10003 NEX 62000 GEF-10003 Outcome 1 NEX 62000 GEF-10003 Governance NEX 62000 GEF-10003 PA NEX 62000 GEF-10003 Framework GEF Subtotal Atlas Activity 1 (Out 1) NEX 30000 Govt NEX 30000 Govt Govt Subtotal Atlas Activity 1 (Outc 1) TOTAL ACTIVITY 1 (Outc 1) NEX 62000 GEF-10003 NEX 62000 GEF-10003 Outcome 2 GEF Subtotal Atlas Activity 2 (Out 2) Site level PA NEX 04000 UNDP TRAC - 00012 management TRAC Subtotal Atlas Activity 2 (Outc 2) effectiveness NEX 30000 Govt Govt Subtotal Atlas Activity 2 (Outc 2) TOTAL ACTIVITY 2 (Outc 2) NEX 62000 GEF-10003 Outcome 3 PA NEX 62000 GEF-10003 GEF Outcome/ Atlas Activity ERP / ATLAS Budget Code 71100 71200 71400 71600 72100 73100 74500 ALD Employee Costs International Consultants Contractual Services - Individ Travel Contractual Services-Companies Rental & Maintenance-Premises Miscellaneous Expenses 71400 72100 Contractual Services - Individ Contractual Services-Companies Atlas Budget Description 71400 71600 Contractual Services - Individ Travel 72100 Contractual Services-Companies 71400 Contractual Services - Individ 71200 71300 International Consultants Local Consultants CPV10 Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Consolidation of Cape Verde’s Protected Areas System Direcção Geral do Ambiente (DGA) TOTAL Amount (USD) 180,000 24,000 540,000 20,000 150,000 192,000 15,000 1,121,000 47,000 10,000 57,000 1,178,000 940,000 120,000 1,060,000 60,000 60,000 280,000 280,000 1,400,000 100,000 48,000 Amount 2010 (USD) Amount 2011 (USD) 45,000 90,000 90,000 20,000 60,000 48,000 10,000 273,000 6,000 180,000 6,000 279,000 160,000 30,000 190,000 15,000 15,000 40,000 40,000 245,000 11,000 364,000 260,000 30,000 290,000 15,000 15,000 80,000 80,000 385,000 82,000 24,000 30,000 48,000 5,000 353,000 11,000 Amount 2012 (USD) Amount 2013 (USD) 45,000 24,000 180,000 90,000 30,000 48,000 30,000 48,000 327,000 16,000 10,000 26,000 353,000 260,000 30,000 290,000 15,000 15,000 80,000 80,000 385,000 18,000 24,000 168,000 14,000 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Budget Notes / Notas Orçamentais b r c, d, e, f, g, h al, am aq ap ad, ae, af ac, 14,000 182,000 260,000 30,000 290,000 15,000 15,000 80,000 80,000 385,000 k,l, n,o ak m i, s, t v, w p. 77 Resp. ERP / Party/ Fund ATLAS Donor Name Impl. ID Budget Agent Code NEX 62000 GEF-10003 72100 sustainability NEX 62000 GEF-10003 72600 NEX 62000 GEF-10003 73200 GEF Subtotal Atlas Activity 3 (Out 3) TOTAL ACTIVITY 3 (Outc 3) NEX 62000 GEF-10003 71200 NEX 62000 GEF-10003 71300 NEX 62000 GEF-10003 71400 NEX 62000 GEF-10003 71600 NEX 62000 GEF-10003 72200 GEF Subtotal Atlas Activity 4 (Project Management) Project Own NEX 04000 UNDP TRAC - 00012 71600 Management NEX 04000 UNDP TRAC - 00012 72200 Budget NEX 04000 UNDP TRAC - 00012 72800 TRAC Subtotal Atlas Activity 4 (Project Management) NEX 30000 Govt 71300 NEX 30000 Govt 71400 NEX 30000 Govt 72200 Govt Subtotal Atlas Activity 4 (Project Management) TOTAL ACTIVITY 4 (Project Management) GEF Outcome/ Atlas Activity Atlas Budget Description Contractual Services-Companies Grants Premises Alternations International Consultants Local Consultants Contractual Services - Individ Travel Equipment and Furniture Travel Equipment and Furniture Information Technology Equipmt Local Consultants Contractual Services - Individ Equipment and Furniture TOTAL Amount (USD) 280,000 120,000 80,000 628,000 628,000 30,000 10,000 160,000 41,000 50,000 291,000 140,000 40,000 60,000 240,000 36,000 340,000 70,000 446,000 977,000 Amount 2010 (USD) Amount 2011 (USD) 40,000 60,000 20,000 60,000 60,000 20,000 186,000 186,000 15,000 5,000 40,000 10,000 15,000 85,000 40,000 40,000 11,000 25,000 76,000 40,000 40,000 20,000 100,000 20,000 60,000 Amount 2012 (USD) 120,000 50,000 20,000 232,000 232,000 Amount 2013 (USD) 40,000 10,000 5,000 55,000 30,000 60,000 70,000 20,000 150,000 150,000 15,000 5,000 40,000 10,000 5,000 75,000 30,000 10,000 40,000 10,000 85,000 85,000 70,000 155,000 331,000 85,000 10,000 40,000 26,000 85,000 85,000 230,000 111,000 206,000 95,000 210,000 SUB-TOTAL GEF SUB-TOTAL UNDP TRAC SUB-TOTAL Govt 3,100,000 300,000 783,000 599,000 115,000 201,000 914,000 75,000 176,000 904,000 55,000 217,000 683,000 55,000 189,000 GRAND TOTAL (in cash) 4,183,000 915,000 1,165,000 1,176,000 927,000 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Budget Notes / Notas Orçamentais ag, ai, as ah ar u ab a ao at an y, z, aa j, p, q at, as p. 78 Notas sobre o orçamento Notas § Notas sobre o orçamento “a” to “ab”: Consulte o Capítulo IV, Resumo de Contribuições de Assistência Técnica Quadro 11 e Quadro gerais 12, para obter informações detalhadas sobre o custo das equipas de projeto e consultores por fontes de financiamento (GEF, PNUD ou Governo) . Os detalhes incluem o número de semanas ou anos, que deverão ser contratados e as principais tarefas que os consultores irão realizar § Viaturas do projecto serão adquiridas com fundos do UNDP TRAC e apenas para os locais do projecto. Na Praia, a viatura do projecto será disponibilizada pelo Governo. § Viagens nacionais às as ilhas serão necessária para o Coordenador Nacional (pelo menos quatro visitas por ano para cada zona), bem como para outros membros da UGP e consultores do projecto. Estes custos tendem a ser elevados em Cabo Verde, como o mercado de transporte aéreo é basicamente monopolista. Um orçamento de $ 41.000 foi reservado para viagens § Todas as viagens pela equipa de coordenação (e.g. relacionadas com a participação em eventos internacionais importantes, tais como CBD COPs, seminários, Parks’ Congress, etc.) serão suportadas pelo orçamento de viagens do UNDP. § Aluguer de barco será necessário para a operacionalização da APM. Os custos estão a ser atribuídos ao orçamento do UNDP. a Coordenador Nacional do Projecto- 160 k b Conselheiro Técnico Principal - CTA - 180 K c Gestor de Comunicação Nacional- 90 K d Socio Economista Nacional - 90 K e Biólogo Marinho Nacional - 90 K f Botânico Nacional - 90 K g Gestor de Ordenamento e Florestal Nacional - 90 K h Gestor de S&A Nacional - 90 K i Especialista em Planeamento e Eco-Turismo Internacional- 40 K j Gestor Financeiro e de HR Nacional - 80 K k Gestores dos Locais de Implementação do Projecto Nacionais- 240 K l Gestores IWO Internacionais- 240 K m Gestor do Envolvimento Comunitário Nacional - 280 K n Gestor da Monitorização Ecológica - Nacional 280 K o Gestor de Mapeamento Nacional - 180 K p Voluntários Internacionais - 100 K q Condutores Nacionais - 160 K r Assistente de Projecto Financeiro Internacional - 24 K s Assitente de Projecto de Planeamento e Gestão Internacional- 36 K t Especialista IAS Internacional - 24 K PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 79 Notas sobre o orçamento u Avaliador Internacional - 30 k v Especilista em Recursos Terrestres e Hídricos Nacional (nos locais maioritariamente) - 24 K w Specialista Florestal Nacional (nos locais maioritariamente) - 24 K y Especialista Jurídico, Políticas Nacional - 16 K z Especilista em Questões Institucionais Nacional- 10 K aa Especialista em Finanças Públicas e Planeamento Nacional- 10 K ab Avaliador Nacional - 10K ac Web design: concepção e manutenção de um portal eficaz do projecto ad Traduções ae Componente Editorial: elaboração de publicações do projecto de forma eficaz af Edição electronic: elaboração de publicações do projecto de forma eficaz ag Apoio do WWF ao IWO (consultar PRODOC parágrafo 93 para mais detalhes.) / Formação de CBOs locais por ONGs com mais experiência (consultar a descrição do produto 3.1) ah Micro-donativos a ONGs locais ligada ao produto 3.3 (comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradoras de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa àquelas que degradam recursos). Essa parte será desenvolvida durante a fase inicial e será coordenada com o Programa de Pequenos Donativos de Cabo Verde (Cape Verde’s Small Grants Programme). ai Acordos de Parceria para assistência técnica (e.g. com centros de excelência nacionais e internacionais). Está reservado um pequeno orçamento de $40K para esta componente em consonância com o produto 3.1 a 3.4. Este capítulo será mais desenvolvido durante a fase inicial. ak Aluguer de Barco al Workshop de início dos trabalhos am Outras consultas (a nível dos locais de implementação do projecto, na capital), reuniões, formação, etc). T Este capítulo será mais desenvolvido durante a fase inicial an TI: (computadores, impressoras, scanners, GIS e outros), mas também ligação à internet (pode ser distribuído mais tarde por outras rubricas do orçamento, e.g. 72400 Equip Comunic & Audio Visual or outros conforme aplicável). ao Mobiliário: para o escritório central, UGPs e IWOs e /ou habitação de voluntários. ap Custos de transpote de bens e associados: Foi reservado um pequeno orçamento de $15K para este fim. aq Aluguer: O projecto poderá precisar alugar espaços para escritórios e alojamento dos voluntários nas ilhas. Foi reservado um pequeno orçamento de $12,000 por ano por escritório (UGP ou IWOs) para este fim. Se se mostrar desnecessário, os fundos serão re-afectados a outras actividades. ar Alteração de instalações (mas também manutenção): Onde forem disponibilizados escritórios pelo governo, poderão ser necessárias PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 80 Notas sobre o orçamento alterações para permitir a instalação de equipamentos, etc. as Novas infra-estruturas e estradas: a cobrir pelos fundos do governo, em conexão com novas infra-estruturas nos locais de implementação do projecto. at Viaturas (consultar nota geral.) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 81 SECÇÃO IV: INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARTE I: Cartas de Co-financiamento [Consultar ficheiro separado para ver as cartas] VISÃO GERAL DAS CARTAS DE CO-FINANCIAMENTO Nome do Co-financiador MADRRM – Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos MADRRM - Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos / Gestão do Programa de AP * Escritório Conjunto das NU em Cabo Verde / Fundos centrais do PNUD Escritório Conjunto das NU em Cabo Verde / Fundos das NUN "Delievery As One" (DAO) Tabela 10. Cartas de co-financiamento do Projecto Montante Data Página Língua referido nas cartas Montantes considerados como co-financiamento do projecto (em USD) 07-Ago-09 EN $5.865.926 $5.865.926 07-Ago-09 EN $783.000 $783.000 15-Jul-09 EN $200.000 $200.000 15-Jul-09 EN $100.000 $100.000 Cooperação Espanhola 23-Jul-09 EN Cooperação Austríaca 05- Ago -09 EN Corpo da Paz (EUA) 30-Ago-09 and 13-Ago-09 EN 02-Oct-09 FR WWF Cape Verde 1.184.385 Euros 5.377.350 Euros $56.000 por voluntário por ano $375.000 TOTAL $1.646.295 $7.474.517 $336.000 $375.000 $16.780.738 Notas: * Comparticipação em dinheiro, confiada ao PNUD para gerir em conexão com o projecto no quadro da mesma rúbrica orçamental. Consulte a SECÇÃO III: ORÇAMENTO GLOBAL E PLANO DE TRABALHO, para uma descrição geral das contribuições em dinheiro a gerem geridas pelo PNUD no âmbito do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 82 PARTE II: Organograma do Projecto PARTE III: Termos de Referência para o pessoal chave do projecto COORDENADOR NACIONAL DO PROJECTO Antecedentes O Coordenador Nacional do Projecto (CNP) será um nacional recrutado localmente e seleccionado com base num processo aberto e competitivo. Ele/Ela será responsável pela gestão global do projecto, incluindo a mobilização de todos as contribuições ao projecto, a supervisão do pessoal do projecto, dos consultores e subempreiteiros. O CNP responde ao Representante Residente do PNUD (ou um oficial das NU devidamente designado), em relação a todas as questões substantivas e administrativas do projecto. Do ponto de vista estratégico do projecto, o CNP fará relatórios periódicos ao Comité de Pilotagem do Projecto (CPP). No geral, o CNP será responsável pelo cumprimento das obrigações do governo no âmbito do projecto, no quadro da modalidade da execução nacional (NEX). Ele/Ela irá PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 83 desempenhar o papel de ligação com o Governo, PNUD e outras agências da ONU, as ONG e os parceiros do projecto, e manter uma estreita colaboração com outras agências de doadoras que participam com co-financiamento. Deveres e Responsabilidades • • • • • • • • • • • • • • • • Supervisionar e coordenar a produção de contribuições do projecto, de acordo com o documento de projecto; Mobilizar todas as contribuições do projecto em conformidade com os procedimentos do PNUD para projectos de execução nacional; Supervisionar e coordenar o trabalho de todo o pessoal do projecto, consultores e subempreiteiros; Coordenar o recrutamento e a selecção do pessoal do projecto; Elaborar e revisar os planos de trabalho e financeiros do projecto, tal como exigidos pela DGA e PNUD; Fazer ligação com o PNUD, DGA, agências relevantes do governo, e todos os parceiros do projecto, incluindo organizações dos doadores e ONG com vista a uma coordenação efectiva de todas as actividades do projecto; Facilitar o apoio administrativo aos subempreiteiros e às actividades apoiadas pelo Projecto; Supervisionar e assegurar a entrega atempada do Relatório de Lançamento, Revisão Conjunta da Implementação do Projecto/Relatório Anual do Projecto (RIP/RAP), relatórios Técnicos, relatórios financeiros trimestrais e outros relatórios que possa, ser solicitados pelo PNUD, GEF, DGA e outras agências de supervisão; Divulgar os relatórios do projecto e responder as indagações dos intervenientes concernentes; Relatar o progresso do projecto ao Comité de Pilotagem e assegurar o cumprimento das directivas emanadas do Comité de Pilotagem. Supervisionar a troca e partilha de experiências e lições aprendidas com todos os projectos integrados de conservação e desenvolvimento de base comunitária relevantes, tanto a nível nacional como internacional; Assegurar a implementação atempada e efectiva de todas as componentes do projecto; Assistir os grupos comunitários, os municípios, ONG, funcionários, estudantes e outros com o desenvolvimento de competências essenciais através de ateliês e formação em exercício, reforçando assim as suas capacidades institucionais; Coordenar e assistir as instituições científicas com o início e a implementação de todas as componentes de estudos de terrenos e monitorização do projecto; Assistir e assessorar as equipas responsáveis pelos documentários, tempos de antena na TV, guias e campanhas de sensibilização, estudos de terreno; e Realizar inspecções, programadas e não programadas, regulares a todos os sítios e actividades das unidades de gestão dos sítios do projecto. Qualificações • • • Grau universitário (MS ou PhD) em Gestão de Recursos Naturais, Ciências Ambientais ou de Conservação; Pelo menos 10 anos de experiência em gestão de recursos naturais e água; Pelo menos 5 anos de experiência em gestão de projectos /programas; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 84 • • • • • • • • Experiência profissional trabalhando com ministérios e instituições nacionais (Ministério do Ambiente, agricultura e Turismo) é uma mais-valia mas não um requisito; Capacidade de coordenar efectivamente um projecto de grande dimensão evolvendo vários intervenientes; Capacidade de gerir orçamentos, formar e trabalhar com eficiência com homólogos nacionais a todos os níveis e com todos os grupos envolvidos no projecto; Fortes capacidades de redacção, apresentação e apresentação de relatórios; Domínio de informática, devendo, em particular, dominar todos os aplicativos do pacote do MS Office e motores de busca da Internet; Fortes conhecimentos do contexto politico e socioeconómico de Cabo Verde, em particular, a nível Nacional e Municipal; Excelente capacidade de comunicação escrita em Português e Inglês; e Um bom conhecimento do Inglês enquanto língua de trabalho é um requisito. CONSELHEIRO TÉCNICO DE PAÍS O Conselheiro Técnico de País (CTP) será responsável pelo fornecimento do apoio técnico global ao Projecto. Ele/ela irá prestar apoio técnico ao Coordenador Nacional do Projecto (CNP), funcionários do projecto e outros homólogos do governo. O CTP irá coordenar o fornecimento das contribuições técnicas requeridas, revisão e elaboração dos Termos de Referência e a revisão dos resultados/produtos entregues pelos consultores e outros subempreiteiros. O CTP será um expatriado experiente. Ele/ela responderá directamente ao Coordenador Nacional do Projecto. Deveres e Responsabilidades • • • • • • • • Fornecer assistência técnica e estratégica às actividades do projecto, incluindo na planificação, monitorização e operações dos sítios, e assumindo o controlo da qualidade das intervenções; Fornecer apoio directo e prático ao Coordenador Nacional do Projecto, pessoal do projecto e outros homólogos do governo nas áreas de gestão e planeamento do projecto, gestão das actividades dos sítios, monitorização e avaliação de impacto; Finalizar os Termos de Referência para consultores e subempreiteiros, e apoiar no processo de selecção e recrutamento; Coordenar o trabalho de todos os consultores e subempreiteiros, assegurando a entrega atempada dos produtos esperados, e a efectiva sinergia entre as várias actividades dos subempreiteiros; Assistir o Coordenador Nacional do Projecto na elaboração e revisão do Plano de Gestão assim como dos Planos de Trabalho Anuais; Coordenar a elaboração dos Relatórios de Situação periódicos quando solicitados pelo Coordenador Nacional do Projecto; Assistir o Coordenador Nacional Projecto na elaboração da Revisão Conjunta da Implementação do Projecto/Relatório Anual do Projecto (RIP/RAP), relatório de lançamento, relatórios Técnicos, relatórios financeiros trimestrais para serem submetidos ao PNUD, ao GEF, outros doadores e Departamentos do Governo, conforme solicitados; Assistir na mobilização do pessoal e consultores na realização da avaliação a meio percurso do projecto e na realização das revisões à estratégia e programa de implementação com base nos resultados da avaliação; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 85 • • • Assistir o Coordenador Nacional do Projecto no trabalho de elo de ligação com outros parceiros do projecto, organizações de doadores, ONG e outros grupos para assegurar uma coordenação efectiva das actividades do projecto; Documentar lições a partir da implementação do projecto e fazer recomendações ao Comité de Pilotagem com vista a uma implementação e coordenação mais efectiva das actividades do projecto; e Realizar outras tarefas que possam ser solicitadas pelo Coordenador Nacional do Projecto, Comité de Pilotagem e outros parceiros do projecto. Qualificações • Grau universitário (MS ou PhD) com especialidade na área de gestão de recursos naturais, gestão de recursos hídricos ou gestão ambiental, no geral; • Pelo menos 10 anos de experiência profissional, dos quais pelo menos oito a nível internacional • Forte capacidade em monitorização e avaliação e experiência na implementação de projectos ambientais; • Experiência anterior com projectos do GEF é uma mais-valia; • Capacidade de efectivamente coordenar uma equipa de peritos e consultores alargada e multidisciplinar; • Ser um negociador efectivo com excelentes competências orais e de apresentação; • Excelentes capacidades de escrita em Inglês, • Um bom conhecimento do Português enquanto língua de trabalho será uma mais-valia. VISÃO GLOBAL DOS PRODUTOS DOS CONSULTORES DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA Tabela 11. Visão Geral das Contribuições pelos Consultores de Assistência Técnica Consultor Atribuições Recrutamento Local / Nacional Núcleo da Equipa 6 pessoas Técnica em Praia Tempo inteiro /por 3 anos Tarefas e Contribuições Apresentar relatórios ao CNP em estreita colaboração com o CTA, a equipa técnica nuclear do projecto incluirá seis consultores de longa duração com competências variadas. Dentro das suas áreas de especialidade, e trabalhando como equipa, estes serão responsáveis por produzir resultados no âmbito de todos os resultados e produtos de apoio ao Projecto. O perfil das competências incluirá os seguintes: § Especialista em Comunicações (domínio de línguas com excelentes competências de escrita e das TI) § (Sócio) Economista § Biólogo Marinho § Botânico § Ordenamento e Utilização dos Solos e Slivicultura § Gestor de S&A e relator Os TdR específicos para todos os postos serão desenvolvidos após o lançamento. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 86 Consultor Atribuições Tarefas e Contribuições A equipa será apoiada por um Oficial Admin/Financeiro /RH. Os TdR específicos serão elaborados após o lançamento. Gestores de Sítios 4 pessoas a Gestores de dos tempo inteiro Escritórios /por 4 anos Insulares de Conservação Os gestores de sítios nos sítios terrestres (no Fogo e em Santo Antão e cobrindo São Vicente a partir da última) e os gestores dos Escritório Insular de Conservação (EIC) vão liderar as equipas dos sítios e respondem ao CNP na Praia. Terão competências Técnicas e de gestão com forte capacidade de liderança. Para os gestores de sítios, as competências técnicas podem centrar-se na gestão de território, água, silvicultura ou solos com bom entendimento das questões de conservação. Para os gestores dos Escritórios Insular de Conservação (EIC), suas competências podem centrar na gestão integrada de zonas costeiras ou pescas, com bom entendimento das questões de conservação. Os TdR específicos para os Gestores de Sítios e EIC serão elaborados após o lançamento. Equipas Técnicas dos Sítios e dos Escritórios Insulares de Conservação Ver Tabela 12 para mais informações Os gestores de Sítios e dos EIC serão apoiados por um pequeno quadro de pessoal técnico com as seguintes capacidades: § Peritos em Monitorização Ecológica § Peritos em Mapeamento § Participação Comunitária Os TdR específicos para estes postos de trabalho serão elaborados após o lançamento. Consultores Nacionais de Curta Duração Ver Tabela 12 para mais informações O projecto vai adquirir no Mercado nacional de consultoria várias competências chaves para reforçar a implementação Estes consultores darão assistência às equipas do projecto nas seguintes áreas, indicativamente: a) Solo e Água (principalmente nos sítios): b) Silvicultura (principalmente nos sítios) c) Jurídico, Politicas d) Institucional e) Planeamento e Finanças Públicas f) Avaliador Os ToR do avaliador serão em conformidade com os padrões do UNDP EEG. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 87 Consultor Atribuições Tarefas e Contribuições Os restantes consultores irão focalizar sobre os seguintes resultados chaves dos projectos: 3.1 Comunidades organizadas, associações de agricultores e a) e b) associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradores de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa para às actividades degradantes aos recursos 3.2 Os governos locais, instituições de recursos, os operadores privados, ONG e outros participam activamente na conservação da biodiversidade nas APs e nas AMPs através do estabelecimento de Conselhos Consultivos de APs para os sítios alvo 3.3 O planeamento e a elaboração de estratégicas estão integrados nos quadros de desenvolvimento local, asseguram que o desenvolvimento sectorial se dá em harmonia com os objetivos da conservação e as as actividades nas APs e AMPs c); d) e e) 1.1 A Agência Autónoma das APs é criada, encontra-se operacional e adequadamente equipada com pessoal treinado e com capacidades reforçadas para de gerir tanto as AP terrestres e quanto as marinhas 1.2 As ferramentas de planeamento e gestão já foram desenvolvidas e estão em fase de implementação, incluindo (i) Plano Nacional de Zoneamento das AP; (ii) Estratégia Nacional de PA; e (iii) Plano Nacional de Negócios de AP 1.3 A nova AAAP está a cooperar de forma efectiva com as instituições relevantes com vista à gestão sustentável dos recursos Os TdR específicos para estes postos serão elaborados com o lançamento ou quando apropriado, de acordo com as necessidades do projecto. Recrutamento Internacional / Regional e Global Especialista em 6 meses ao O projecto vai envolver um consultor internacional médio planeamento de longo da prazo, durante a sua duração numa base de honorários por AP e ecoturismo duração do serviço em regime de avença (ou retainer em inglês) projecto (totalizando seis meses ao todo) para apoiar o processo de planeamento das AP (anos 1-3 do projecto). O consultor irá trabalhar em colaboração com as equipas nuclear e dos sítios/EIC e introduzir no processo de planeamento de AP em Cabo Verde conselhos/assessoria baseada nas melhores práticas internacionais. O consultor irá focalizar nos seguintes produtos chaves do projecto: 1.2 As ferramentas de planeamento e gestão já foram desenvolvidas e estão em fase de implementação, incluindo (i) Plano Nacional de Zoneamento PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 88 Consultor Atribuições Tarefas e Contribuições 1.4 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3 das AP; (ii) Estratégia Nacional de PA; e (iii) Plano Nacional de Negócios de AP Dados quantitativos sobre a mudança climática e sequestro de carbono estão a informar de forma efectiva a concepção e implementação da Estratégia Nacional de AP Os planos de gestão e negócios foram elaborados e implementados de forma participativa em 4 AP terrestres e 3 AMP envolvendo as comunidades, os proprietários de terrenos privados e operadoras turísticos, entre outros Planos de Estratégia de Conservação a nível das Ilhas foram implementados e estão a apoiar a criação de todas as AMP nas Ilhas do Sal e Boavista Planos de gestão e de negócios estão preparados e implementados de forma participativa em 4 AP terrestres e 3 AMP, envolvendo comunidades, donos de terrenos privados e operadores turísticos, entre outros Comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradores de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa para às actividades degradantes aos recursos Os governos locais, instituições de recursos, os operadores privados, ONG e outros participam activamente na conservação da biodiversidade nas APs e nas AMPs através do estabelecimento de Conselhos Consultivos de APs para os sítios alvo O planeamento e a elaboração de estratégicas estão integrados nos quadros de desenvolvimento local, asseguram que o desenvolvimento sectorial se dá em harmonia com os objetivos da conservação e as as actividades nas APs e AMPs Os TdR específicos para estes postos serão elaborados com o lançamento ou quando apropriado, de acordo com as necessidades do projecto. Consultores Internacionais de curta duração Consultar a Tabela 12 para mais informações O projecto irá adquirir no mercado de consultoria internacional várias competências-chave para melhorar a implementação. Esses consultores irão ajudar as equipas do projecto com os vários produtos chaves no âmbito do projecto, a título indicativo, são: a) b) c) d) Finanças das AP Planeamento e Gestão de AP Especialista em Espécies Exóticas Invasoras Avaliador Os TdR para o avaliador serão em conformidade com as normas / critérios do UNDP EEG. Os restantes consultores vão focalizar nos seguintes produtos chaves do projecto: a) 1.2 Instrumentos de planeamento e gestão de AP estão desenvolvidos: […] Plano Nacional de Negócios das AP 2.1 Planos de gestão e de negócios estão preparados e implementados de forma participativa em 4 AP PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 89 Consultor Atribuições Tarefas e Contribuições terrestres e 3A MP, envolvendo comunidades, donos de terrenos privados, e operadores turísticos entre outros 2.2 Planos de Estratégia de Conservação por Ilha estão implementados e a apoiar o estabelecimento de todas as AMP nas ilhas do Sal e Boavista b) c) 1.2 Os instrumentos de planeamento e gestão estão desenvolvidos: (i) Plano Nacional de Zoneamento das AP; (ii) Estratégia Nacional das AP; e (iii) Plano de negócios Nacional das AP. 2.2 Planos de Estratégia de Conservação por Ilha 2.3 Sistemas de monitorização ecológica 2.4 Espécies exóticas estão a ser geridas e as espécies exóticas invasoras estão sob controlo sustentado nas AP terrestres alvo 2.5 O plano de Gestão da Pescas está em implementação, como resultado dos acordos de cooperação entre a DGA e os Escritórios Insulares de Conservação (EIC), em todos os sítios das AMP 3.1 Comunidades organizadas, associações de agricultores e associações de pescadores artesanais têm capacidade para participar em actividades geradores de rendimento amigas da biodiversidade como uma alternativa para às actividades degradantes aos recursos 3.2 Os governos locais, instituições de recursos, os operadores privados, ONG e outros participam activamente na conservação da biodiversidade nas APs e nas AMPs através do estabelecimento de Conselhos Consultivos de APs para os sítios alvo 3.3 O planeamento e a elaboração de estratégicas estão integrados nos quadros de desenvolvimento local, asseguram que o desenvolvimento sectorial se dá em harmonia com os objetivos da conservação e as as actividades nas APs e AMPs 2.4 Espécies exóticas estão a ser geridas e as espécies exóticas invasoras estão sob controlo sustentado nas AP terrestres alvo Vai se buscar experiência internacional para se testar vários métodos, estimar os seus custos e avaliá-los e ajudar a DGA/PAAA a elaborar uma estratégia para combater as EEI- IAS. Os TdR específicos para estes postos serão elaborados com o lançamento ou quando apropriado, de acordo com as necessidades do projecto. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 90 Tabela 12. Visão Global das Equipas do Projecto por Financiador GEF Núcleo do Projecto N Coordenador Nacional I CTA N Perito em Comunicações N (Sócio) Economista N Biólogo Marinho N Botânico N Ordenamento – Uso de solos e silvicultura N Oficial de M&E e relator I Especialista em planeamento de AP e ecoturismo N Finanças e RH A Nível de Sítios N Gestores de Sítios N Gestor do Escritório Insular de Conservação N Engajamento Comunitário N Monitorização Ecológica N Mapeamento I Voluntários De Apoio N Condutores Consultores internacionais - curta duração I Finanças de AP I PA Planeamento e Gestão de AP I Especialista em Espécies Exóticas Invasoras I Avaliador Consultores nacionais - curta duração N Água e Solo (principalmente nos sítios) N Silvicultura (principalmente nos sítios) N jurídico, Políticas N Institucional N Planeamento e Finanças Públicas N Avaliador Nota: I = Internacional; N = Nacional. Gov x x x x x x x x x # at $ por duração ao longo de todo o projecto total 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 40.000 90.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 80.000 20.000 ano ano ano ano ano ano ano ano ano ano 4 2 3 3 3 3 3 3 0.5 4 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos 160.000 180.000 90.000 90.000 90.000 90.000 90.000 90.000 40.000 80.000 x 2 2 4 4 2 5 30.000 30.000 20.000 20.000 30.000 20.000 ano ano ano ano ano ano 4 4 3.5 3.5 3 1 anos anos anos anos anos anos 240.000 240.000 280.000 280.000 180.000 100.000 x 5 8.000 ano 4 anos 160.000 x x x x 1 1 0 1 3.000 3.000 3.000 3.000 semana semana semana semana 8 12 8 10 semanas semanas semanas semanas 24.000 36.000 24.000 30.000 x x 1 1 1 1 1 1 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 semana semana semana semana semana semana 24 24 16 10 10 10 semanas semanas semanas semanas semanas semanas 24.000 24.000 16.000 10.000 10.000 10.000 x x x x x x x x x x PARTE IV: Plano de Participação dos Intervenientes 125. A fase de PP incluiu consultas com os principais intervenientes do projecto a nível nacional e local. Foram realizadas visitas de terreno tanto aos Municípios de Sal, Boavista, Fogo, Santo Antão e São Vicente, em que foram visitados todos os sítios do projecto. As autoridades locais, as ONG, as organizações comunitárias e os agentes do sector privado foram apresentados à proposta de projecto. Foram realizados, também, dois ateliês nível nacional e o projecto foi discutido de forma exaustiva. Além disso, foram realizadas várias reuniões bilaterais, principalmente com os doadores e os principais intervenientes que não puderam participar nos ateliers. No geral, a concepção do projecto foi um processo altamente participativo, em sintonia com os requisitos do PNUD e do GEF. Consulte o Anexo 8 para mais pormenores sobre o PPG. 126. Contudo, resta ainda elaborar um Plano de Participação dos Intervenientes completo quando o projecto iniciar. Trata-se duma actividade já identificada. Para efeitos de informação e referência, os principais intervenientes do projecto estão incluídos na lista na Tabela 3 e uma análise detalhada está PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 91 inclusa no Anexo 7. Além disso, a Tabela 13, abaixo, descrição a coordenação com outras iniciativas afins. Tabela 13. Coordenação e Colaboração entre o Projecto e Iniciativas Relacionadas INICIATIVAS / INTERVENÇÕES COMO SERÁ ASSEGURADA A COORDENAÇÃO COM O PROJECTO Projecto UNDP/GEF “Gestão Integrada e O projeto está a chegar ao seu término e está a ser avaliado (data de Participativa do Ecossistema nas Areas entraga do relatório duas semanas a partir da data de apresentação Protegidas e Envolventes – Fase I” deste PRODOC). Os resultados da avaliação e de todas as lições aprendidas ao longo da implementação da Fase I do projeto foram aplicados de forma activa na concepção deste projeto. Espera-se também que alguns dos funcionários que estavam envolvidos na Fase I do projeto e que foram consideravelmente capacitados continuem a a dar a sua contribuição na gestão das AP no âmbito deste projecto O UNDP/GEF LDCF financiou o O projeto deverá ser aprovado em breve e terá foco na implementação projecto“Capacitação de adaptação e da opção prioritária de adaptação identificada na Programa de Acção resistência às mudanças climáticawno sector Nacional de Adaptação de Cabo Verde (NAPA), onde a prioridade é hídrico em Cabo Verde” o sector da água. Um ponto dos pontos do projeto em Santo Antão fica perto da AP na mesma ilha (ver mapa em Anexo 2). Ambos os projetos podem partilhar escritórios em Santo Antão. Outra importante área de colaboração vai ser a partilha do projecto CTA. Cada um dos projetos vai financiar dois anos das actividades do CTA e o titular dará apoio aos dois projetos. Projecto UNDP/GEF SPA “Responding to O projecto regional SPA visa preparar o caminho para medidas de Coastline Change and Its Human Dimensions adaptação que lidam com questões de zonas costeiras, através da in West Africa through Integrated Coastal colaboração regional. Em locais-piloto oo projecto regional está a Area Management” lidar com a questão da intrusão salina nos lençóis freáticos. O SPA e o seu projecto BD procurarão sinergias no que diz respeito às questões de adaptação baseada na natureza e partilha de conhecimento sobre os impactos antropogénicos nos ambientes costeiros sensíveis. O MADRRM (através da DGA) e o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), assegurarão a coordenação através das respectivas unidades de gestão doe projecto Muitas outras intervenções dirigidas por A coordenação com relação a intervenções no terreno e questões de MADRRM e DGA política serão feitas a nível de PSC. Cooperação Austríaca Coordenação no que diz respeito a em-o-terreno intervenções e questões de política vai ser feito a nível PSC. Como um co-financiador de projecto, a Áustria será um membro do PSC. A Áustria disponibiliza apoio orçamental ao sector do ambiente em Cabo Verde e está a acompanhar em conjunto com o PNUD a implementação do PANA II. Cooperação espanhola A E spanha é também um co-financiador do projecto e será um membro do PSC. Seu apoio e visão para questões do sector das pescas serão muito importantes para o projeto. Este projecto coordenará de perto a implementação do produto 2,5 (um Plano de Gestão da Pesca está em fase de implementação, como resultado de acordos de cooperação entre a Direcção das Pescas e o Island-Wide Office, em todos os pontos das APMs) com os parceiros espanhóis. Também prevê-se a continuação da colaboração de longa data com o governo das Ilhas Canárias em gestão da biodiversidade terrestre Corpo da Paz Prevê-se a colocação de Voluntários do Corpo da Paz nos pontos durante a implementação do projeto Isso representa cofinanciamento, sob a forma de apoio técnico ao projeto. O perfil dos Voluntários provavelmente incluirá educadores ambientais, engenheiros, especialistas em água, planejadores de ordenamento etc. Os Voluntários do Corpo da Paz em Cabo Verde são membros do PSC. O Programa WWF sobre a Biodiversidade O Projecto WWF de Cabo Verde " Projecto de Conservação Marinha Marinha, também sob o projecto do UNDP e Costeira " (Fase II, 2008-2010), centra-se no reforçodas AP PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 92 INICIATIVAS / INTERVENÇÕES “Integração das mudanças climáticas nos processos de desenolvimento nacional e na programação nacionais das NU para a consecução dos ODMs” (financiado pelo Governo Espanhol). Small Grants Programme em Cape Verde A criação de um Centro Nacional de Previsão e Modelação Climática), com fundos da USAID através do MADRRM e da Rede Nacional de Observação Metereologica e Climática, financiada com fundos próprios do MADRRM . Projecto do UNDP “Integração das mudanças climáticas nos processos de desenolvimento nacional e na programação nacionais das NU para a consecução dos ODMs” (financiado pelo Governo Espanhol). SPWA – o programa do GEF na África Ocidental: Sub-componente sobre a Biodiversidade Vários projectos do GEF são parte da carteira de Cabo Verde COMO SERÁ ASSEGURADA A COORDENAÇÃO COM O PROJECTO marinhas (principalmente na ilha do Maio), através do reforço da legislação nacional, planeamento ambiental e capacitação para a gestão, protecção de determinadas espécies-chave e habitat, e mecanismos de partilha de informações e lições aprendidas com outros projectos de conservação marinha e costeira na África Ocidental. Fundos para a fase adicional estão a ser mobilizados da UE. O SGP será lançado em 2009. A colaboração será procurada especialmente para o produto 3 do projecto, no âmbito do qual um esquema de concessão de micro-donativos poderá complementar e aumentar as iniciativas iniciadas no âmbito do SPG. Haverá extensa colaboração e intercâmbio entre os dois programas. As actividades no âmbito do produto 1.4 deste projecto (dados quantitativos sobre as alterações climáticas e concentração de carbono está efectivamente a informar o desenho e implementação da estratégia nacional de AP) serão realizadas em colaboração com a referida iniciativa de modelação das alterações climáticas. O MADRRM e o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica serão os pontos focais, de modo a assegurar a coordenação com as respectivas unidades de gestão projecto. O projeto pluri-nacional testará medidas para desenvolver a capacidade de oito países para integrar as considerações do risco climático na programação nacional da ONU, no planeamento e desenvolvimento de políticas. A colaboração já está integrada nas actividades planeadas O programa-chapéu foi aprovado no quadro do Programa de trabalho do GEF de Novembro de 2008 com 20 FIPs (13 ainda estavam por elaborar e a maioria deles é aprovada agora). Este projecto é parte do programa e é o único a lidar com APM. Sinergias com outros projectos do PNUD / GEF no âmbito do programa (muitos dos quais são projetos SO1) estão a ser activamente garantidos através da Unidade de Coordenação Regional UNDP EEG, bem como sinergias com projecto de outras agências. O projecto regional UNEP (Evolução de Sistemas AP no que diz respeito a alterações climáticas, condições institucionais, sociais e econômicos na região da África Ocidental) pode ser de particular interesse no que diz tange à modelação das alterações climáticas a nível regional Este projeto está activamente a cimentar os resultados de vários projectos GEF implementados em Cabo Verde nos últimos 8-10 anos. Com relação ao ambiente marinho, dois projetos da International Waters são dignos de menção: (1), " Protection of the Canary Current Large Marine Ecosystem (LME ) da FAO, e (2) " Implementing Integrated Water Resource and Wastewater Management in Atlantic and Indian Ocean SIDS" do PNUD / UNEP. Com relação ao primeiro, serão procuradas sinergias através do PRCM e para o segundo, através da Unidade de Coordenação Regional UNDP EEG PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 93 ANEXOS DO PROJECTO Anexo 1. Visão Geral das AP e AMP e Características Chaves das Áreas Seleccionadas Anexo 2. Localização Geográfica das APs e AMPs Seleccionadas (incluído com ficheiro anexo) Anexo 3. Resultados do Quadro de Pontuação sobre oDesenvolvimento de Capacidades do PNUD para Gestão de APs Anexo 4. Análise Financeira das Áreas Protegidas Anexo 5. Ecoturismo e Análise de Alternativas de Subsistência para as AP Seleccionadas Anexo 6. Tracking Tools Completos do GEF4 Contêm: PA Management Effectiveness Tracking Tool – “METT” Secção Um: Informações Gerais do Projecto Nome dos revisores que completaram os tracking tools e data de conclusão Cobertura do Projecto em hectares Áreas protegidas que são alvo da intervenção do GEF Secção Dois: Tracking Tools da Gestão para Áreas Protegidas Relatórios de Progresso nos Sítios das Áreas Protegidas: Ficha Informativa 1 Secção Três: Quadro de Sustentabilidade Financeira do PNUD para Sistemas Nacionais de AP Financial Scorecard– Parte I – Situação Financeira Global do Sistema de Áreas Protegidas Financial Scorecard – Parte II – Elementos de avaliação do Sistema de Financiamento Financial Scorecard – Parte III – Pontuação e Medição do Progresso Anexo 7. Análise de Intervenientes Detalhada Anexo 8. Visão Geral dos Estudos da Fase PPG PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 94 Anexo 1. Visão Geral das AP e AMP e Características Chaves das Áreas Seleccionadas Tabela 14. Visão Global das APs e AMPs legalmente definidas de Cabo Verde Ilha Designação Designação Nome da AP / AMP APs Exclusivamente terrestres P (sigla) Ilha de Boavista Ilha de Maio Paisagem Protegida PP Monte Caçador e Pico Forcado Reserva Natural Integrada RNI Ilhéu de Baluarte Reserva Natural Integrada RNI Reserva Natural Integrada Supercície de terra (ha) – APs e AMPs Supercície de mar (ha) AMPs TOTAL (ha) 3 365.02 3 365.02 P 7.65 7.65 Ilhéu dos Passaros P 0.68 0.68 RNI Ilhéu de Curral Velho P 0.51 0.51 Reserva Natural RN Ponta do Sol P 456.79 456.79 Reserva Natural RN Boa Esperança P 3 130.29 3 130.29 Reserva Natural RN Morro de Areia P 2 100.24 2 100.24 Reserva Natural RN Tartaruga P 1 766.42 1 766.42 Parque Natural PN PN do Norte P 8 964.64 Monumento Natural MN Ilhéu de Sal-Rei P 89.98 89.98 Monumento Natural MN Monte Santo António P 457.91 457.91 Monumento Natural MN Monte Estancia P 763.30 763.30 Paisagem Protegida PP Curral Velho P 1 636.87 1 636.87 Monumento Natural MN Rocha Estancia P 253.44 253.44 7 524.45 16 489.09 Reserva Natural RN Casas Velhas P Reserva Natural RN Terras Salgadas P 1 980.40 Reserva Natural RN Lagoa Cimidor P 50.63 50.63 Reserva Natural RN Praia do Morro P 21.85 21.85 Parque Natural PN Barreiro e Figueira P 1 079.00 1 079.00 Paisagem Protegida PP Salinas de Porto Inglés P 337.00 337.00 Paisagem Protegida PP Monte Penoso e Monte Branco P 1 117.80 1 117.80 PP Monte Santo António P 881.73 881.73 RN Santa Luzia 3 500.00 3 500.00 PN Serra Malagueta P 1,200.00 1,200.00 PN Serra do Pico de Antónia P 0.00 0.00 P 671.00 671.00 0.00 0.00 Paisagem Protegida Ilha de Reserva Natural Integrada Santa Luzia Ilha de Parque Natural Santiago Parque Natural Ilha de Parque Natural Santo Paisagem Protegida Antão Parque Natural P 137.95 137.95 3 868.47 5 849.87 PN Morroços PP Pombas PN Topo da Coroa P 3 500.00 0.00 PN Cova/Paúl/RªTorre P 3 217.00 3 217.00 RN Cruzinha P 1 117.80 1 117.80 RN Monte do Alto das Cabaças P 0.00 0.00 PN Monte Gordo P 2,500.00 2,500.00 Parque Natural PN Monte Verde P 800.00 800.00 Parque Natural PN Chã das Caldeiras P 8 468.51 8 468.51 Parque Natural Reserva Natural Ilha de São Reserva Natural Nicolau Parque Natural Ilha do Fogo AMPs – Marinhas e costeiras P PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 95 Ilha Designação Designação Nome da AP / AMP (sigla) Ilha do Sal Paisagem Protegida Ilhéus APs Exclusivamente terrestres AMPs – Marinhas e costeiras Supercície de terra (ha) – APs e AMPs Supercície de mar (ha) AMPs TOTAL (ha) PP Salinas Pedra Lume e Cagarral P 806.96 806.96 Reserva Natural RN Costa da Fragata P 351.68 351.68 Reserva Natural RN Ponta do Sinó P 89.28 89.28 Reserva Natural RN Rabo de Junco P 151.21 151.21 Reserva Natural RN Serra Negra P 335.90 335.90 Monumento Natural MN Morrinho do Açúcar P Monumento Natural MN Morrinho do Filho P Paisagem Protegida PP Monte Grande Paisagem Protegida PP Salinas de Santa Maria Reserva Natural RN Marinha Baía da Murdeira P Paisagem Protegida PP Buracona-Ragona P 518.71 518.71 Reserva Natural Integrada RN Ilhéus de Branco e Raso P 1 000.00 1 000.00 Reserva Natural Integrada RN Ilhéu do Rombo P 450.00 450.00 P P 5.87 5.87 13.00 13.00 1 320.76 1 320.76 78.44 78.44 2 066.63 Tabela 15. Principais características e usos da terra dentro e em torno dos sítios terrestres do projecto ESTATÍSTICAS E USO DA MONTE VERDE MORROÇOS COVA, PAÚL, CHÃ DAS CALDEIRAS TERRA (2003) RIBEIRA DA TORRE imensãoda area Size 800 ha 671 ha 3.217 ha 8.469 ha Famílias dentroda area (dados actualizados) <5 < 10 * 150 Famílias que utilizam a área 35 * 1595 275 182 ha * 1.395 ha 800 ha Area florestal - 235 ha 432,6 ha 250 ha Area de pastagem - 336 ha 5 ha 1,500 ha Area de terra degradada * 100 ha 1245 ha 40% Area com plantação de árvores 5 m2 235 ha 5 ha * ++ Fulcraea Lantana ++ Fulcraea, Lantana ++ Fulcraea, Lantana ++ Fulcraea, Lantana & Cuscuta Pontos de água - Sim sim Outra nascentes # de gado (cabra, ovelha) * 119 11494 7.000 cabras Consumo de lenha - 10kg/day/family 250T/year Reduziu muito durante os últimos anos Pequena indústria - Cheese, tourism, Cheese Sweets. Vinho,turismo, artesanto 107,7 mm 455,2 mm 464,2mm 389 mm Área de cultivo Espécies de plantas invasivas Precipitação média (19912000) Notas: -Não há informações disponíveis / * Actividade não existe PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 96 2 066.63 Anexo 2. Localização Geográfica das APs e AMPs Seleccionadas (incluído com ficheiro anexo) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 97 Anexo 3. Resultados do Quadro de Pontuação sobre o Desenvolvimento de Capacidades do PNUD para Gestão de APs Tabela 16. Sumário de Resultados do ‘Capacity Development Scorecard’ do PNUD para a Gestão de APs Sistémico Institucional Individual Área Estratégica de Apoio (1) Capacidade para conceptualizar e desenvolver políticas sectoriais e multi-sectoriais e quadros regulatórios (2) Capacidade para formular, operacionalizar e implementar programas e projectos sectoriais e multisectoriais (3) Capacidade para mobilizar e gerir parcerias, incluindo com a sociedade civil e o sector privado (4) Aptidões técnicas especificamente relacionadas com os requisitos dos SPs e Convenções associadas (5) Capacidade para monitorar, avaliar e relatar todos os níveis por sector e por projecto Pontuação TOTAL e média de porcentagens Área Estratégica de Apoio 1. Capacidade de conceitualizar e formulação de políticas, legislações, estratégias e programas Pontuação do Projecto Pontuação total possível % Pontuação do Projecto Pontuação total possível % Pontuação do Projecto Pontuação total possível % Média % 2 6 33% 0 3 0% N/A N/A N/A 17% 3 9 33% 10 27 37% 6 12 50% 40% 2 6 33% 2 6 33% 2 3 67% 44% 1 3 33% 2 3 67% 1 3 33% 44% 1 6 17% 4 6 67% 1 3 33% 39% 9 30 30% 18 45 41% 10 21 46% 37% Tabela 17. Pontuação numérica para o ‘Capacity Development Scorecard’ do PNUD para a Gestão de APs Tipo de Resultado Indicador Capacidade Numérico de Indicador de Resultado Pontuação Sistémico O programa das APs está a ser promovido Há algumas pessoas ou instituições activamente empenhadas na 1 com sucesso/levado avante agenda de áreas protegidas, mas têm pouco efeito ou influência Existe um mandato legal forte e claro para a Existe um quadro jurídico parcial para as áreas protegidas, mas 1 criação e gestão de APs tem muitas insuficiências Institucional Existe uma instituição responsável pelas APs capaz de criar estratégias e planificar 0 Instituições das áreas protegidas não têm planos ou estratégias PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 98 Área Estratégica de Apoio 2. Capacidade de implementar políticas, legislação, estratégias e programas Tipo de Capacidade Sistémico Institucional Resultado Existem competências adequadas para promover a planificação e gestão de APs Existem sistemas de APs Indicador Numérico de Pontuação 1 1 Indicador de Resultado Existem algumas capacidades, mas em quantidades ainda insuficientes para garantir o planeamento e gestão eficazes O sistema de áreas protegidas é irregular, tanto em número e abrangência geográfica e tem muitas lacunas em termos de representatividade Existe alguma fiscalização, mas apenas indiretamente e de forma pouco transparente Existe uma autoridade reguladora totalmente transparente para as instituições de APs 1 As instituições das APs são geridas eficazmente As APs têm planos de gestão abrangentes, regularmente atualizados e preparados de forma participativa Os recursos humanos são bastante qualificados e motivados 0 As instituições de áreas protegidas têm uma total falta de liderança 2 Os planos de gestão são implementados cronologicamente, atingindo os seus objectivos com eficácia Instituições de APs são capazes de mobilizar adequadamente uma quantidade suficiente de fundos, recursos materiais e humanos para realizarem o seu mandato com eficácia As Instituições de APs são geridas eficazmente e mobilizam os seus recursos humanos, financeiros e outros de forma a surtir os melhores efeitos As Instituições de APs são altamente transparentes, auditadas de forma cabal e apresentam prestação de contas publicamente. 1 A maioria das áreas protegidas tem planos de gestão embora alguns sejam antigos, não são elaborados de forma participativa ou são menos abrangentes Os RH, em geral, razoavelmente qualificados, mas falta muito em motivação, ou aqueles que são motivados não estão suficientemente qualificados. Os planos de gestão são mal aplicados e os seus objectivos raramente são atingidos 2 0 As instituições de áreas protegidas são típica e gravemente mal financiadas e não tem capacidade de mobilizar recursos suficientes 1 A Gestão Institucional é muito ineficiente e não implementa de forma eficiente os recursos à sua disposição 2 As instituições de áreas protegidas são regularmente auditadas e há um razoável grau de responsabilidade pública, mas o sistema não é totalmente transparente Existem instituições de APs legalmente designadas com autoridade para continuação do seu mandato 1 Há uma ou mais instituições ou agências que lidam com áreas protegidas, mas os papéis e as responsabilidades não são claras e há lacunas e sobreposições nas mesmas As APs são efectivamente protegidas 1 Existe algum cumprimento dos regulamentos, mas em grande PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 99 Área Estratégica de Apoio 3. Capacidade de envolver e construir o consenso entre todos os intervenientes Tipo de Capacidade Resultado Individual Os indivíduos têm capacidade de avançar e se desenvolver profissionalmente Os indivíduos possuem as aptidões necessárias para os seus trabalhos Os indivíduos são altamente motivados 1 Existem sistemas apropriados de formação, aconselhamento e aprendizagem de maneira a manter a continuidade de novos funcionários APs têm o compromisso político necessário 1 APs têm o apoio público necessário As instituições de APs são guiadas por uma missão Instituições de APs conseguem estabelecer as parcerias necessárias para atingir os seus objectivos Os indivíduos possuem valores, integridade e atitudes apropriados As Instituições das APs têm a informação necessária para desenvolver e monitorar estratégias e planos de acção para a gestão do sistema de APs As Instituições de APs têm a informação necessária para fazer o seu trabalho 1 1 Os indivíduos a trabalhar com APs trabalham eficazmente juntos e como uma equipa Políticas das APs são continuamente revistas e actualizadas A sociedade monitoriza o estado das APs. 1 Instituições são facilmente adaptáveis, respondem eficazmente e imediatamente a alterações 2 Sistémico Institucional Individual 4. Capacidade de mobilizar a informação e conhecimento Sistémico Institucional Individual 5. Capacidade de monitorar, avaliar, prestar contas, comunicar e aprender Sistémico Institucional Indicador Numérico de Pontuação 2 2 1 1 Indicador de Resultado medida ineficaz e as ameaças externas permanecem activas Esruturas de carreiras são fracas e possibilidades de formação são poucas e não são geridas de forma transparente Os indivíduos são razoavelmente qualificados, mas poderiam melhorar ainda mais para atender aos requisitos do trabalho Muitos indivíduos estão motivados, mas nem todos Existem alguns mecanismos, mas incapazes de desenvolver suficiente e para fornecer toda a gama de competências necessárias Existe alguma vontade política, mas nãoé suficientemente forte para fazer a diferença Existe pouco apoio para APS Missão institucional mal definida e geralmente não é conhecida nem assimilada a todos os níveis Algumas parcerias em curso mas existem lacunas significativas e as parcerias existentes conseguem pouco 2 Muitas pessoas têm bons valores e integridade mas nem todas 1 Existe alguma informação, mas de fraca qualidade,de utilização limitada ou de difícil acesso 2 Há muita informação disponível, na sua maioria de boa qualidade, mas ainda existem algumas lagunas em termos de qualidade e quantidade Pessoas individuais interagem de forma limitada e por vezes em equipas mas isso raramente é eficaz ou funcional Não existe política ou é velha e não revista regularmente 0 1 Existe algum diálogo em curso, mas não no seio do público em geral e em círculos restritos especializados Instituições tendem a adaptar-se à mudança mas nem sempre são eficazes ou o fazem com atraso PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 100 Área Estratégica de Apoio Tipo de Capacidade Individual Resultado As instituições têm mecanismos internos efectivos para monitorização, avaliação, relatório e aprendizagem Os indivíduos são capazes de se adaptar e continuar a aprender Indicador Numérico de Pontuação 2 1 Indicador de Resultado Mecanismos razoáveis de S&A , prestação de inforamção e aprendizagem estão em vigor mas não são fortes nem abrangentes como poderiam ser Desempenho é mal e irregularmente medido e há pouco uso de feedbacks PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 101 Anexo 4. Análise Financeira das Áreas Protegidas FINANCIAL SCORECARD – PARTE II Sumário – AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS DO SISTEMA DE FINANCIAMENTO Vide Part II do Tracking Tools do GEF4 (Anexo 6) para mais detalhes Componente 1 - Marco Legal, Regulatório e Institucional Elemento 1 – Apoio legal, político e regulatório para a geração de recursos para as APs Elemento 2 – Apoio legal, político e regulatório para a distribuição e retenção de receitas dentro do Sistema de APs Elemento 3 – Condições legais e regulatórias para o estabelecimento de Fundos (fundos fiduciários, fundos de amortização ou fundos rotativos) Elemento 4 – Apoio legal, político e regulatório para acordos institucionais alternativos para o maneio de AP, de forma a reduzir os custos do gov. Elemento 5 – Políticas Nacionais de Financiamento de APs Elemento 6 – Avaliação económica do Sistema de Áreas Protegidas (serviços ecossistémicos, empregos provenientes do turismo, etc.) Elemento 7 – Planeamento orçamental governamental melhorado para o sistema de APs Elemento 8 – Responsabilidades institucionais claramente de•nidas para a gestão e •nanciamento de APs Elemento 9 – As necessidades de pessoal, perfis e incentivos, estão bem definidos em nível de AP individual e do sistema Componente 2 - Planeamento de Negócios e Ferramentas para uma gestão economicamente viável Elemento 1 – Planeamento de Negócios ao nível de AP individual Elemento 2 – Sistemas de contabilidade e auditoria, operacionais, transparentes e práticos Elemento 3 – Sistemas para a monitorização e apresentação de relatórios sobre o desempenho da gestão •nanceira Elemento 4 – Métodos para a alocação de recursos às APs individuais Elemento 5 – Redes de treinamento e apoio que possibilitam que os administradores de APs actuem de maneira viável. Componente 3 - Ferramentas para geração de recursos Elemento 1 – Número e variedade de fontes de recursos utilizadas pelo sistema de APs Elemento 2 – Estabelecimento de valores de taxas a serem cobradas dos usuário do sistema de APs Elemento 3 – Sistema efectivo de arrecadação de tarifas Elemento 4 – Estratégias de marketing e comunicação para mecanismos de geração de recursos Elemento 5 – Mecanismos de pagamentos por serviços ecossitémicos (PSE) em operação para as APs Elemento 6 – Concessões ocorrendo dentro de APs Elemento 7 – Programas de capacitação sobre mecanismos de geração de rendimento em APs Pontuação Total Pontuação para o Sistema de APs de Cabo Verde 22 1 0 0 0 10 1 6 1 3 5 5 0 0 0 0 6 0 3 1 1 0 1 0 33 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Pontuação Total Possível % 79 6 9 9 12 13 6 6 3 15 61 18 12 12 4 15 57 9 15 3 3 12 12 3 197 29% 17% 0% 0% 0% 77% 17% 100% 33% 20% 8% 28% 0% 0% 0% 0% 11% 0% 20% 33% 33% 0% 8% 0% 17% p. 102 Uma extensa análise do programa financeiro e de gestão e de capacidades a nível da instituição de AP e de AP / APMs individuais foi realizada durante a PP. O relatório completo está disponível apenas em francês. Um resumo com as principais conclusões do relatório é apresentado a seguir Política fiscal A actual política nacional promove encargos/pagamentos em função dos serviços prestados pela AP, ou simplesmente direitos de entrada. Não há nenhuma parceria público-privada ainda na gestão das APs. Pagamento por serviços ambientais no mercado Os serviços do ecossistema são claramente percebidos pela população. No entanto, estes não são definidos como tal, embora sejam claramente associados à actividade social e económica. Os fautores de produção da terra e florestas são considerados bens comuns, uma vez que são omnipresentes, de modo que a população não atribui a esses factores um valor. Não é de estranhar, portanto, que o pagamento por esses factores seja raro, com excepção de impostos. A actual abordagem promove a ideia de atribuir um valor de mercado a esses factores de produção derivados de ecossistemas. Isto porque, em certos casos, esses serviços estão a tornar-se raros e em outros contextos sociais e económicos, a sua procura pode estar a crescer. Para este efeito, é essencial melhorar a organização da exploração dos recursos florestais. Assim, todas as actividades associadas a diferentes produtos e serviços devem ser desenvolvidos em concertação com agentes comerciais profissionais, que atribuirão um valor a esses produtos. Desta forma, as pessoas envolvidas no turismo ecológico [paisagismo além de praias], fauna, produção de madeira para lenha e indústria [artesanal ou outra] receberão formação e, por sua vez, adquirirão uma licença comercial. Isso permitirá que vendam seus produtos no mercado, tanto a turistas, como a consumidores locais. Em última análise, isso vai criar emprego, distribuição de rendimento e receitas fiscais para o Estado e municípios. Trata-se de uma opção vital para a redução da pobreza. Orçamento Nacional Para que o ambiente se torne um dos sectores prioritários, a participação do Estado deve se estender para além do nível da sua defesa. É essencial demonstrar ao Estado que a ecologia pode contribuir para o rendimento nacional. Isso deve estimular o Estado durante o processo orçamental não só para manter as rubricas orçamentais necessárias, mas também para aumentar as verbas no orçamento para a ecologia. Para esse efeito, estudos específicos serão realizados para mostrar que a função reguladora e os serviços culturais e científicos das APs trarão mais-valia às PA. Por sua vez, isso reflectir-se-á no PIB sectorial e nacional. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 103 Anexo 5. Ecoturismo e Análise de Alternativas de Subsistência para as AP Seleccionadas [Disponível em ingles somente] Ecotourism and Livelihoods Alternative Analysis for selected PAs 1. Protected Areas and Tourism The protected area network system of natural parks, marine reserves, protected landscapes and other designated areas creates the basis for the ecotourism / nature tourism in Cape Verde that makes up its domestic and international tourist industries. The interest factors provided by the country’s PA network encompasses a number of opportunities for wildlife viewing such as turtles, whales and birds, and for landscape viewing e.g. the volcanoes on Fogo or the Viana Desert Boavista. The PAs also provide some of the core areas for developing low impact leisure activities, both active and passive, such as hiking, paragliding and windsurfing, provided they are undertaken in a responsible manner, at appropriate places and during appropriate times of the year. Tourism development in the protected areas can be subdivided into three specific groups: I. Recreation and education / interpretation experiences promoted and managed by the protected area managers. Those who use these services consist of groups, independent casual users, or people seeking specific requirements such as hiking or bird watching. II. Visits and tours arranged by tourism service providers, such as tour operators, NGOs, resorts etc. III. Community based and owned tourism activities based on the protected area’s natural attributes, which may or may not be successfully promoted by the protected area’s management. The second National Environmental Action Plan 2004 – 201449 states that the tourism sector will take into account the opportunities, specific features and potential that each island offers for the development of a diverse and sustainable tourism product, which will provide the basis for local socio-economic development. In order to diversify the tourism product, ecotourism will be promoted, as will the traditional sun-sand-sea tourism and ‘mountain’ holidays. The PANA II affirms that from 2007 onwards at least 50% of the average annual tourism increased through eco-tourism. Under the plan, the tourism industry will work towards: I. II. III. IV. V. VI. Improving environmental control within tourist areas Preserving the biodiversity of Cape Verde from damage by tourism developments. Improving environmental control within the tourism zones. Integrating environmental training into the education of tourism managers and tourist guides. Reducing the impact of tourist developments and constructions on the environment and natural resources. Reducing the impact of waste produced by the tourist industry i.e. waste management and water recycling. Within the framework of the PANA II a draft plan for ‘environmental tourism’ was elaborated (Volume III.6). This plan has not been adopted. 2. Impacts of Tourism Development In its current form, the ‘mass tourism’ model promoted by the Government of Cape Verde is rapidly consuming Cape Verde’s natural resources on both Sal and Boavista, and provides few returns compared to the investment 49 Versão abreviada em ingles. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 104 made. Rapid development is occurring on both islands, but both physical and social infrastructure is struggling to keep up. Numerous negative effects are occurring which can clearly be seen on Sal. These effects range from the destruction of turtle beaches and sand dune systems, water shortages to a housing shortage and an increase in prostitution and drug use. Although Boavista is benefitting from master planning work undertaken by the Sociedade de Desenvolvimento Turistico das Ilas de Boavista e Maio SA, development on the ground has only recently begun, and both the physical and the social infrastructure systems are finding it difficult to keep pace. A great concern has been expressed both from the public and private sectors concerning the shortfalls in the planning system, especially those related to major tourism investments. All developments in Cape Verde are subject to Environmental Impact Assessments (EIA) as determined by the Decreto-Lei n° 29/2006 law, however the effectiveness of implementing the EIA legislation is under doubt along with a range of associated problems including poor construction design and use of low quality building products, poor silting of buildings, poor development control by authorities and the flouting of regulations by developers. This results in: • • • • • • • • • Non adherence to the EIA. The boundaries of protected areas being ignored and land within protected areas being sold. Legal 80 metre coastal setbacks constantly being ignored and developments constructed Permissions sought retrospectively after investors have started work, and permissions obtained even when laws and building regulations have been broken. The construction of continuous ribbon developments - Continuous lines of tourist related development adjacent to the shoreline (Ribbon Development), as developed in Sal and proposed in the Integral Tourism Development Area (ZDTI) of Boavista, are considered to be both environmentally and socially detrimental, and ultimately inhibit the development of a tourism industry by becoming unattractive to visitors by limiting access and views to the beach and sea. Large portions of the coastline are informally ‘privatized’ by a small minority, to the detriment of the majority of the population, which can ultimately lead to social unrest. Natural sea defences being destroyed, damaged or impaired (dune systems, coral reef). Unique ecosystems being destroyed or impaired. Natural beach and dune recharging being impaired. Environmentally damaging tourist activities taking place (quad biking on beaches and dunes). This recent and rapid development requires large numbers of workers, which has resulted in the immigration of both nationals from other islands and workers from West Africa to Sal and Boavista, in increasingly large numbers, thereby creating major social problems related to a lack of suitable housing and sanitation, a lack of health and educational services, an increase in crime and prostitution and an increase in unemployment etc. Indirect but serious consequences for the wildlife on Sal and Boavsta have occurred and will continue to occur due to the immigration of construction workers, which is necessary to meet the timescale investors are requiring for project completion. Construction workers are paid low wages and supplement their diets with birds and turtles50 that they trap and catch. The Tropical Bird Phaethon aethereus and the Frigate Bird Fregata magnificens are considered to be under particular threat and may become extinct on Boa Vista within a short period of time as the pressures from this activity increases in line with the expansion of development. 3. Protected Areas Development Opportunities 3.1 Natural Park Cova / Ribeira / Paúl / Torre – Sao Antao The Natural Park Cova / Ribeira / Paúl / Torre extends over an area of 3217 ha and encompasses the greater part of the watersheds for the Ribeira Grande, Ribeira Paúl and Ribeira Torre. The highest point in the park is the Lomba das Pedras at 1447 metres. The topography of the park comprises the upper slopes of the park. These comprise a matrix of conservation forest containing predominantly conifer species and small scale agriculture. A public road passes through Porto Novo to Riberia Grande and until recently this was the only route to Riberia Grande. A new 50 comments from representative of Tui / Thompsons Holidays Boa Vista, Natura 2000 Boavista & Naturalia Boa Vista PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 105 coastal route has now replaced this road. A secondary road passes up the valley of Riberia Grande to Escabbecada. The roads up Riberia Torre and R do Paúl cross part way but do not connect with any other roads. The sides of the river canyons are steep and agricultural terraces reach high up the slopes. The park provides a dramatic tourist experience described as “one of the worlds landscape dramas51” The area appears heavily populated (population not known), and population density increases at the lower elevations and closer to the coast as a result of improved access and the improvement of agricultural land quality on the lower slopes. On the higher slopes crops such as maize, English and sweet potato and beans etc are grown. The lower slopes are dominated by sugar cane that is entirely used for grogue production, which has expanded in recent years. As a result, traditional crops such as coffee have been displaced and reduced to only a few hectares. A wide variety of stable crops are grown both for the home and the market. DGASP are promoting fruit production, for example, the production of apples, peaches, quince (marmelo) mangos, figs, bananas etc. Raw fruit and vegetable products cannot be exported to other islands, as crops are affected by the millipede Spinotarsus caboverdus, and as a result this has limited agricultural growth on Sao Antao. Livestock consists principally of goats, (these are kept both herded and intensively) this sentence doesn’t make sense…maybe it doesn’t need to be included?. Free roaming is rare. Goat products are cheese, milk and meat. A small number of dairy cows are supported on the upper slopes. In the past, forestation has created forest plantations on the upper slopes; these plantations are primarily and are managed for forest conservation. There are no commercial cuts, but cuts are made for maintenance purposes such as thinning and sanitation. The wood produced by the forest thinning is used for firewood (home), however increasing demand for firewood to fuel large scale grogue production is placing an increasing strain on this resource, as the high volume stills (Alambique) are fuelled by wood and not the traditional sugar cane waste. There are no nontimber crops exploited. Anecdotal evidence suggests that the territory of the Natural Park is popular as a recreation area for both domestic and international visitors, albeit in low numbers relative to other tourist centres in Cape Verde. The actual numbers of visitors to the area is unknown as there is no specific counting undertaken. However, the rising number of tourist beds located in PA areas points to an increasing local confidence towards investing in providing tourism services. Both Ponta do Sol and Vila Das Pombas (Paúl) are planned locations for up market hotel / apartment developments. Ponta do Sol is likely to receive the majority of this type of development due to its greater availability of level land for construction. The Islands north-east coastline is spectacularly rugged, there are no sandy beaches and the coastline is open to the Atlantic weather and is notably subject to erosion. Opportunities to develop niche marine activities such as diving and fishing are possible. Most opportunities to develop tourist attractions are primarily inland and within the area of the Natural Park. Pressure to develop within both the park area and its buffer zones is increasing with both national and international speculators looking for new hotel sites and accumulating land especially in areas with spectacular views or river valley bottoms where access is considered to be good by investors. A further threat is the increase in the construction of holiday villas and second homes as the popularity of the area increases with the development of the park. The leaders of the island’s Municipalities are united in their concerns regarding the upsurge of tourism development in the area, however their intentions to control development needs to be carried out. Tourism development is the greatest threat to the area’s landscape integrity and strong developmental control needs to be applied and should be coupled with regulations that provide strict guidelines to control the location, size and architectural design of the construction and to ensure environmental integrity. The availability of accommodations in the area is developing to meet the increasing numbers of visitors, with recent investments being made in boutique hotels and guesthouses. Opportunities for both the community and park administration exist for the development of a variety of accommodation types to be developed to meet visitor needs. Capacity building within communities to meet the service needs of visitors is required. Types of visitor accommodations suitable for development include: • Homestay • Conversion of traditional buildings for self catering accommodations 51 Irwin. A, Wilson. C, (2009): Cape Verde Islands, Bradt Travel Guides UK PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 106 • Community Ecolodges • Mountain lodges / camping barns • Campsites A range of recreational activities can be developed within the PA area. Mountain walking provides the central attraction for ecotourism activities within the rugged landscapes of Ribeira Grande / do Paúl / de Torre. A guidebook of walks has been jointly published by the municipalities, and the walks have also been reprinted in multi language guidebooks. The walks are unmarked and the services of a local guide are required for safe route finding. Walking holidays in the area are promoted internationally, and a number of small specialist companies have developed holiday itineraries for the area. There is much potential for further development, as the area is extensive and capable of supporting large numbers of hikers. The expansion of the current system of paths is required in order to provide a path system which serves the widest range of visitors and abilities. Paths should range from a few hundred metres through to long routes which can take up to three or four days to complete. A system of mountain lodges and camping barns should be developed along the routes; these can be either community or park owned / operated and would provide simple overnight accommodation to hikers. A number of paths located close to car parks should be designed for wheelchair access and for the less able or small children. Paths could also be themed and provided with interpretation materials. Possible themes could include a bird trail, an insect trail, a plant trail, a forest trail, or could be themed around local cultural features. Mountain walking can be expected to be the core activity for the area. Its safe development should therefore be a priority. Required actions are: • Training of local mountain guides • Training of local mountain rescue personnel • Publishing accurate route maps / guides • Route marking • Developing shorter / easier routes for people of all abilities • Promotion of available hiking activities (national and international) The landscape of the PA provides opportunities for developing a range of active sports, subject to safeguards being set in place and the control of access. Activities include: - Horse riding - Canyoning - Mountain biking - Climbing / mountaineering - Hang gliding / para gliding Because of the dangerous nature of the terrain, the training and equipping of a mountain rescue emergency team will be a paramount requirement for the area to be able to deal with emergency situations as they arise. Passive activities suitable for promotion include: 1. Camping (equipped sites) 2. Picnicking (equipped sites) 3. Nature trails with interpretation (for children and adults) 4. Grogue Trail 5. Children’s play areas 6. Wildlife hides for animal and bird watching A grogue trail would be of great interest to visitors of the PA, especially international visitors. The grogue trail will identify a number of grogue makers who undertake their production by traditional and sustainable methods. A map will be produced indicating the locations of participating grogue makers. For a fee, the makers will show tourists around the stills and provide information about the history and manufacture of the drink. The tourists will be able to try each stage of manufacture and purchase bottles to take home. There are also many good opportunities for the development of crafts using locally sourced raw materials PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 107 • Sisal – woven products • Banana – silk yarn from banana tree fibre. Banana leaf weaving products, such as baskets table mats etc, Banana paper products etc • Weaving pano (cotton cloth) • Clay wear • Stone carving • Wood carving • Musical instruments Support for craft development is required to enable community members to design, make and promote items for sale to visitors. Sale points should be developed within local information centres and in partnership with hotels, guesthouses and other local businesses. It is foreseen that the Natural Park Cova / Ribeira / Paúl / Torre will become a popular tourist destination. The site has the capacity to support many tourists, but will require the park managers to zone and manage the area in order to ensure appropriate use. The greatest threat to the area is urban expansion and inappropriate design driven by the perceived opportunities tourism brings to an area. Strict development control procedures urgently need to be initiated by the local municipalities and PA administration in order to ensure that further degradation due to inappropriate construction and modern utilitarian design does not continue to erode the quality of the landscape. 3.2 Morrosos – Sao Antao The Natural Park of Morrosos is centrally located on the island of Sao Antao and extends over an area of 671 ha. The Park is difficult to access and is located far enough away from the nearest villages so as not to be unduly affected. There is little evidence to suggest that the park area is likely to be encroached on by incompatible land uses in the foreseeable future. Because of its isolated location and difficulties in accessing it, the park is considered to be of little tourist value at the present time and will remain undeveloped in this project phase. As noted above, the location of the park is isolated from the surrounding villages and communities. It is not applicable to develop livelihood activities during this project phase. 3.3 Natural Park Monte Verde – Sao Vicente Monte Verde Natural Park is located ten kilometres south-east of Mindelo and extends over an area estimated at approximately 800 ha. The mountain rises to 725 metres and at the summit there is a large telecommunications centre guarded by soldiers. The primary ecological importance of the Park is its flora, especially its endemic species. The area is also noted for its ornithological interest and in particular the raptor species that reside there. The lower slopes of Monte Verde are barren, and agricultural activities only start higher up on the east facing slopes as the air becomes moister. The land utilized for agriculture has been divided into short low terraces which extend to the summit. Crops grown are primarily sweet potatoes, ‘english’ potatoes and maize; other crops include varieties of beans and various herbs. Crops are grown for home consumption and / or for sale in the markets of Mindelo. The farmers do not live within Monte Verde but travel from Mindelo and other settlements; small stone and concrete huts provide storage and overnight accommodation during the busy seasons. At the end of each season, livestock is brought onto the mountain to forage the remains of the leftover vegetation. All the land is privately owned, and cultivation is undertaken by both land owners and tenants; an association of Monte Verde farmers has been formed. Production is rain fed and largely relies on good rains during May – August. Many years there is insufficient water to receive any crop harvest. There is no collection or storage of water for irrigation. A research project in 1987 to collect ‘fog water’ using a vertical tower supporting a total of nine 1m x 0.50m screens collected on average 24 litres/m2/day. Other proposals have been made by various agencies to develop a permanent system in support of agriculture, however to date this has not been undertaken. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 108 Farming activities have reduced the area of natural vegetation to a very small area at the summit, including areas within the telecommunications compound. Pressure continues to be exerted on this area as cultivation pushes higher up the slopes. Ultimately the natural vegetation is likely to disappear altogether unless strict control of farming activities and ecological restoration takes place. Many of the flora species are utilised for medical purposes. Collection of these species also poses a serious threat. The viability of the area as a Natural Park is at the present time seriously threatened unless urgent action is taken to rearrange the farming activities and protect the remaining ‘wild’ areas. Since all the land is within private ownership, this can only be achieved through negotiation with landowners to permanently secure the remaining ‘wild’ areas and additional land for ecological restoration to ensure that a viable area of habitat can be retained (in situ conservation area). Additionally ex-situ conservation activities should be promoted to support conservation activities, provide income support and increase interest for the visitor. Development of tourism on Sao Vicente and the increase in tourism numbers will place greater pressure on the summit area. Since the island has few natural tourist attractions, Monte Verde will most likely become one of the island’s visitor attractions. Monte Verde is popular with local people and the site is well visited, especially during weekends and holiday periods. There are no facilities at the summit, which is accessed by a single track road which terminates just below the summit itself. There is little room for vehicle parking and many local people either walk up or take taxis. When visitors arrive at the summit, it is usual for them to wander through the remaining natural vegetation or visit the telecommunication centre. The paramount attractions at the summit are the views across the island. The visitor carrying capacity at the present time is considered to be low. This is in view of the limited available space (physical capacity) and the open access and vulnerability of the natural area (ecological capacity). All of the natural areas currently suffer from destruction created by visitors trampling. This damage is largely unintentional and created by visitors seeking views from the summit. Monte Verde is rich in medicinal plants, and 18 species are known to grow on the summit. At present there is no formal collection of the plants but they are casually collected by local people. As such, these plants are under threat from over picking and may ultimately disappear if action is not forthcoming. The development of Monte Verde Natural Park as an ecotourism / nature tourism destination is limited by its physical capacity (space) to accommodate visitors, which is due to the following factors: 1) Limited Access - park access is facilitated by a single track road, and on reaching the summit area there is limited parking. 2) The remaining natural core of habitat is located at the summit. This is vulnerable to trampling and other anthropogenic activities and access to these areas requires strict control. 3) The land is under private ownership and largely cultivated, therefore the public does not have legal access. The protected area law ‘Decreto Lei No3/2003 lays out the zoning classifications for Natural Parks. The zones for Monte Verde should be applied as: • Integrated Protection Zone – This is the in situ zone of conservation for the remaining ‘wild area’ and should include areas of ecologically restored habitat. The natural vegetation of each bio-geographical zone should be represented for the whole of Monte Verde by establishing habitat corridors of restored species extending through the cultivated terraces to the lower slopes of Mount Verde to ensure that each of the plant communities is represented within each of the mountains micro climates, thereby creating ecological connections between the lower slopes and the summit. • Moderate Use Zone – This is an area of ex situ conservation which provides: I. A resource for the support of conservation activities II. An accessible area for visitors to view the ‘wild’ habitat in a controlled setting III. Areas designed for visitor use such as viewing platforms at the summit IV. An educational resource V. A nursery production resource for habitat rehabilitation • Traditional Use Zone – These are the cultivated areas where traditional farming practices will continue PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 109 Tourism management I. Visitor Access – The park benefits from a single access point. This provides the opportunity to strictly control the numbers and types of users coming into the park. Because of the limited availability of space for vehicles and parking at the summit and the limited width of the access road, it is proposed that a park and ride system be initiated from the road junction with the Mindelo – Baia das Gatas Road. A car park for cars and coaches should be constructed in the vicinity of the junction, and visitors transferring to aluguers would take the park and ride to the summit. Keeping vehicles off the summit also enhances the general appearance of the summit as a natural area rather than urban extension and allows visitors to use the roadway safely by reducing traffic to a minimum. The park authority should form a contract with a local aluguer company to provide the service. The pay booth for the park, to be located in the car park area or entrance, could be included in the cost of the aluguer. II. Visitor Circulation – Improvement of visitor circulation within the site is required. The design challenge is to stop all access to the in situ areas whilst allowing access to viewpoints at the summit. The paths should be constructed using visually and ecologically sensitive materials, with an emphasis on local natural materials. All paths should be clearly marked and signposted to direct visitors around the site, and boards or gates which restrict access to the in situ zone should be clearly marked, explaining why they are there. III. Visitor Activities – Activities will be limited to passive leisure activities (interpretation walks, picnic areas, educational activities etc), There are no opportunities foreseen for developing active sports such as mountain biking. Because of the limited area available for tourism development, emphasis will be placed on maximizing viewing opportunities and education. This will be achieved through a system of interpretation boards and materials placed around the site / trails. These could include information on: • Endemic and native plants found on site • Medicinal plants and their uses • Birds • Geological features • Agricultural practices and site history • The telecommunication facility At the view points, boards should be erected that explain the panorama the visitor is observing. Where feasible, short trails should be created. These will be located primarily in the areas identified as the ex situ area. Trails could be themed to meet specific interests. All main areas should be accessible to disabled or elderly visitors. No accommodations for overnight stays should be developed for this site. • Visitor Information and Services I. Ex situ botanical garden II. Visitor / Education Centre III. Picnic Area – picnic areas should be provided IV. Observatory – to increase visitor interest in the site a small observatory focusing on astronomy / climatology / meteorology V. Telecommunication Interpretation Centre –telecommunication equipment dominates the summit of Monte Verde and contains services for television, radio and mobile phone. The companies responsible for this equipment should be encouraged to jointly provide an interpretation centre at their summit site to provide information to visitors relating to the equipment and the services they provide. Furthermore, the companies should be encouraged to support the conservation activities of the park through sponsorship of activities or through assisting with land purchase for conservation as a means of indirectly paying the park for use of the site and compensation for the landscape impacts created by the equipment. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 110 The proposed ecological restoration of the vegetation on Monte Verde will require the propagation and supply of endemic plant material. An opportunity exists for the local farmers to become involved in this process by utilizing some of their land for small nursery production and selling suitable plants back to the park management. Nurseries for seed production and / or medicinal herbs could provide additional incomes. 3.3 Cha das Caldeiras – Fogo Inaugurated in 2003 under a KfW funded project the 8461 ha Cha das Caldeiras Natural Park was the first Park in Cape Verde to become operational. Between 2003 – 2006 the park was managed by the Delegation of the Ministry of Environment , Agriculture and Fisheries. In 2006 a park director and technician were appointed under the authority of the General Director of Environment. In 2007 the boundaries of the park were approved and given legal status. A park management plan and business plan have been completed. Tourism development and management are not included in the plans, other than their financial aspects. The population of the park is approximately 1000 persons; this figure has doubled over the past ten years, possibly due to the area’s economic success. The KfW project along with the Park Administration, NGOs and the US Peace Corp have been actively developing both livelihood and ecotourism activities within the park and its surrounding areas. Agricultural activities within the crater are predominantly concerned with viniculture. Expansive areas have been planted with grapes. Owners of the vines have formed a cooperative and a winery has been established within the crater, producing wines and other beverages. The cooperative has 102 members drawn from the local community and a second winery has recently been established. Fogo wine is both nationally and internationally recognized and has a small export market. The park Management is increasingly concerned about the area of land under the vines and is looking to develop ways to restrict the further expansion of area under the vines whilst increasing production per hectare. Livestock rearing provides an important revenue for farmers by providing both meat and milk products. Fogo goats cheese is considered one of the best in Cape Verde. Projects are underway to improve breeding and stock management. The cultivation of fruit is increasingly important and the difficulties of getting fruit to the market is being overcome by providing training to growers o dry fruit products, thereby adding value to their product. Fruits produced are figs, peaches, apples and quince. Forestry is undertaken on the outer slopes of the crater. A restoration programme has been initiated over a number of years with native species. The programme is not complete and five areas require rehabilitation. The forest is considered to be under managed. There is a high fire risk due to the need for forest cleaning operations. The forest is managed by the state but there is community interest in becoming involved in management. Products obtained from the forest are firewood and animal forage. The value of harvesting the medicinal herb plants is recognized but has not yet been commercially exploited. Tourism is an important activity within the Cha das Caldeiras Natural Park. The area is known both nationally and internationally for hiking, and a number of hikes both within and outside the crater have been published. A walk around the crater rim is under development. Specialist geo-tourism has been one of the mainstays for visitors, attracting international geologists and volcanologists. A proposal for a UNESCO Geopark has been made, and although investigations for submitting an application were undertaken in 2008, no further information regarding the application is known. Facilities for tourism in the park include a small information centre at Bangaeira, which will provide services for booking local accommodation, hiring guides and providing general park information. There are three pensions within the crater providing accommodation (30 rooms) and informal room hire from local people is also available. The winery at Bangaeira is open for visits and the sale of produce. Developing hiking trails of various lengths and for all abilities should be a priority both inside and outside the crater and should be supported by local guides who are familiar with the routes. Because the Cha das Caldeiras is an active volcano it carries much interest for geo-tourism. The establishment of a Cha das Caldeiras Volcanic Observatory could be considered and would provide two functions, firstly for scientific research and secondly for tourism. For research the Cha das Caldeiras Volcanic Observatory would: Work to reduce the impact of volcanic activity in the following ways: • Monitoring - a combination of techniques is used to continuously monitor the volcanic activity in Cha das Caldeiras so as to detect any changes in volcanic activity. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 111 • • • • Researching - the Observatory provides a base for seismic and volcano research in Cape Verde. Scientists conduct research to improve understanding of the volcanic activity in Cha das Caldeiras and to contribute to the knowledge of volcanic phenomena in general. Communicating - monitoring and research findings are used to provide the Government of Cape Verde with regular and timely advice so that appropriate decisions can be made to ensure the safety of residents. Educating - The CDCVO would support local authorities with public education and information programmes on volcanic hazards and appropriate responses during periods of volcanic activity. The CDCVO would provide scientific advice to GoCV for geoscience projects which monitor longterm environmental impacts of the volcano. A visitor centre could also be associated with the observatory. This could provide 2 and 3D displays, self guided activities and documentaries describing the history of the volcano, how it was formed and the impact of the eruptions. 3.4 Serra Negra / Costa Fragata Serra Negra and Costa Fragata form a continuous stretch of land down the eastern seaboard of the island. Serra Negra comprises a series of hills that rise to ninety nine metres and is located between Pta. do Morrinho Vermelho and Pta. da Fragata. Access to most of the beaches in Serra Negra area is difficult and can be reached only by boat. The area contains nesting seabirds and turtle nesting beaches, however the turtle nests in this area are vulnerable to high tides, SOS Tartarugas are collecting the eggs from this area and have created a hatchery elsewhere on the island to reduce this rate of loss in the future. The Costa Fragata is located directly south of Serra Negra and comprises a sandy beach approximately 2.5 km in length. The beach is backed by a line of high sand dunes and at the rear of the dunes is open land. Costa Fragata is a turtle nesting beach. At the present time there are no constructions on Serra Negra or facing the beach at Costa Fragata. It is understood that a hotel development has been planned for the southern end of the Fragata beach, but it is unclear if the Government has sold this land to a developer. Recreation activities in the area are limited, and while Serra Negra can be accessed by quad bikes, these are not able to reach the sensitive areas easily. The Costa Fragata is an open access beach, however because of its east facing open aspect the beach is less attractive for sea bathing activities than beaches located on the west and south of the island, and the beach is used for wind / kite surfing. Because there is no controlled access to the beach, activities take place which are incompatible with the beache’s designation. The greatest problem is quad bikes which are used prolifically in this area, including along the beach and dunes. Quad bikes pose the greatest risk to turtle nesting sites; it was reported that in 2007 70% of turtle nests were destroyed by quad bikes. Signposts at the southern entry to the beach requesting quad bikes not to use the area have been vandalized. Offshore activities include diving and game fishing. Diving is reported as difficult in this area because of heavy swells and currents and is only suitable for experienced persons. Game fishing is purported to take place within the 3km zone reserved exclusively for local fishermen. The foremost issue within this MPA will be the protection of the beaches from activities that disturb nesting turtles and damage their nests. It is illegal by law for quad bikes to be ridden on the beach or dunes at any time, however this law is flouted and not enforced. A programme to make the renting companies aware of the law and to inform their clients is a necessity, as is the constant presence of rangers between July and December to ensure nests are not disturbed and turtles are protected. Management of the MPA would best be achieved through the collaborative working of SOS Tartarugas and the local fishing community by involving them in conservation activities through employment as rangers and by providing an opportunity to develop ecotourism activities. Without this collaboration and involvement of the local fishing community it is unlikely that the MPA can be secured for conservation, given its highly vulnerable position and the threat posed by tourism. In order to bring the fishing communities into the project they must receive direct benefits and have the opportunity to develop complimentary tourism services. The municipalities have put forward a proposal for the construction of a simple information centre, restaurant and small camp at Serra Negra which could be operated by the fishing community (through its association). Furthermore, both full and part time ranger staff for the MPA should be recruited from within the fishing community. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 112 Whale watching has not been developed. It is an attraction that requires a sensitive approach in order for high quality viewing to be attained whilst protecting the whales from disturbance. The Whales are found off Murdeira from December until May. It has been proposed that the Murdeira MPA be extended to include the whole area used by the whales for calving, and that the fishing community, through the fishing association, be given exclusive rights for whale watching activities. By taking this approach the community can benefit directly from tourist activities. With support of the MPA management / Ministry of Environment a harmonious and high quality product can be developed that will protect the whales from exploitation by less environmentally sensitive operators. A fee from each ‘watcher’ should be paid to the MPA management to support other activities. The following actions are required: • Capacity building for fishing communities in environmental conservation, ranger work, business, interpretation management, craft production etc. • Capacity building and assistance for the development of whale and turtle watching activities. • Development of an environmental desert camp, a small restaurant and an information centre at Serra Negra to be operated by the fishing community. 3.5 Boa Vista East Protected Areas The proposed PA management area comprises the following protected areas. These areas form a continuous loop around the East coat of the island and contain marine reserves, terrestrial reserves, a natural park and landscape protected areas: • Parque Natural del Norte (16489 ha) • Reserva Integral Ilheu dos Passaros (0.68 ha) • Reserva Intergral Ilheu do Baluarte (7.65 ha) • Reserva Natural Tararuga (1766 ha) • Paisaje Protegido Curral Velho (1636 ha) • Reserva Integral Ilheu de Curral Velho (0.51 ha) Two further areas will be included in the overall management scheme. These areas are • Paisagem Protegida Monte Caçador e Pico Forcado (3365 ha) • Monumento Natural Monte Estancia (763 ha) Together these protected areas create a park with wide landscapes and biological resources for ecotourism development based around the following: • Turtle watching – laying and hatching, July - December • Whale Watching – Humpback Whales, December – May • Snorkelling – corals and nurse sharks. • Bird Watching – Ramsar sites and IBAs species include Fregata magnificens Calonectris (diomedea) edwardsii. Puffinus (assimilis) boydi and Oceanodroma castro Falco (tinnunculus) alexandri, Coturnix coturnix, Cursorius cursor, Charadrius alexandrinus, Eremopterix nigriceps, Ammomanes cincturus, Alaemon alaudipes, Passer hispaniolensis and P. iagoensis. Pandion haliaetus. • Hiking – mountain hiking, creation of a coastal pathway, day hikes and expeditions. • Horse Riding – opportunities either for day rides or 2 – 3 day expeditions • Fishing – opportunities developed with local fishermen, possibilities for catch and release programmes • Desert Camping – favourable conditions for ‘wild’ camping. • Culture – music, dance, handicrafts, gastronomy. The development of the park for the east part of the island does present an opportunity for the island to offer a holiday destination complimentary to the type developing in the west. By using the benefits afforded by charter flights to the island (direct flights, cheaper flights) and the resources available in the park, a niche ecotourism market could be developed for Boa Vista. To maximize tourist numbers park visitor promotion should focus on: • Day visitors from resort hotels located in the west of the island. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 113 • Ecotourists requiring overnight accommodation and undertaking specific activities within the park. A route for day visitors to the park should be formulated. This should avoid more sensitive ‘ecotourism’ locations which should be reserved for ‘staying ecotourists’. The itinerary for day visits could be developed around the visitor centre network proposed by the SDTIBM. In this way the carrying capacity of the more sensitive sites would not be affected. Two large villages are located in the park area. These are Joao Galego and Fundo das Figueiras. The economies of both villages are based on fishing and agriculture. There already exists a conflict between local people in these communities and conservation. The communities support the construction of large resorts in the east of the island on the basis that they believe this type of development will bring jobs to the area. If the park is to be successful, the diversification of the economies of both communities so that they benefit from tourism activities will be an important factor in the successful establishment of the park. Special effort will therefore be placed on developing opportunities for the community to become involved and invest in tourism enterprises. In the past the communities have not been fully involved in conservation efforts and the provision of services such as ‘turtle watching.’ This weakness needs to be addressed in the short term. Developing ecotourism activities therefore needs to focus on community involvement and capacity building and training within communities so that that they are able to maximize potential development opportunities. The area has a number of deserted villages both on the coast and inland, and one village has been reconstructed as an ‘ecolodge’ and is operated by an international investor. The deserted villages offer an opportunity to be developed into either tourist attractions or visitor accommodations. The most prominent village is Curral Velho, which is located close to the tourist development areas and would be suitable for conversion into a heritage craft village depicting traditional life on Boa Vista and encompassing craft sales / craft makers, interpretation etc. There are a number of small derelict fisherman’s houses close to a number of coves and beaches which could be converted into simple overnight accommodation and linked to a coastal walk. Other buildings are suitable for ecolodge conversions and house lets. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 114 Anexo 6. Tracking Tools Completos do GEF4 Ferramenta de Seguimento da Eficácia de Gestão das Áreas Protegidas – “METT” Tracking Tool Para o projecto Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Programa Estratégico do GEF para a África Ocidental - SPWA Sub-Componente Biodiversidade Governo de Cabo Verde Agencia de Execução: Direcção Geral do Ambiente Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento • PIMS do PNUD GEF 4176 Agência de Execução: Direcção Geral do Ambiente, Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Secção Um: Informação Geral do Projeto Nome dos avaliadores que completaram o tracking tool e data da avaliação Cobertura do Projecto - Hectares Overview of Protected areas that are the target of the GEF intervention Secção Dois: Management Effectiveness Tracking Tool for Protected Areas: Reporting Progress at Protected Area Sites: Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 1] MPA Serra Negra/Costa da Fragata, Sal Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 2] MPA Ponta do Sinó, Sal Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 3] Parque Marinho do Leste de Boavista, Boavista Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 4] Chã das Caldeiras Natural Park, Fogo Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 5] Monte Verde Natural Park, São Vicente Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 6] Morroços Natural Park, Santo Antão Island Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 7] Cova, Paul and Ribeira da Torre Natural Park, Santo Antão Island Folha de Dados 2: Ameaças às APs Formulário de Avaliação METT Secção Três: Financial Sustainability Scorecard do PNUD para o Sistema Nacioal de APs Financial Scorecard - PARTE I – Situação Financeira Geral do Sistema de Áreas Protegidas Financial Scorecard - PARTE II– Avaliação de Elementos do Sistema de Financiamento Financial Scorecard – PARTE III – Pontuação e Avaliação de Progresso PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 115 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems FERRAMENTA DE SEGUIMENTO DA EFICÁCIA DE GESTÃO DAS ÁREAS PROTEGIDAS – “METT” TRACKING TOOL Concebido pelo Banco Mundial/WWF Alliance for Forest Conservation and Sustainable Use Seção Um: Informação Geral do Projeto 1. 2. 3. 4. 5. 6. Nome do Projeto: Tipo de Projeto (MSP or FSP): ID do Projeto (GEF): ID do Projeto (Agencia): Agência de Implementação GEF: País/Paises: Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde FSP 3752 4176 PNUD Cabo Verde Nome dos avaliadores que completaram o tracking tool e data da avaliação Endosso do Diretor Geral do GEF ao Projeto Julho de 2009* Avaliação intermediária do projeto Avaliação final do projeto Name [1]Maria Tereza Vera-Cruz; [2] José Levy; [3] Fabiana Issler n/a Title [1] Protected Area Manager, the General Directorate for the Environment (DGA); [2] Environment Focal Point at the /Assistant Resident Representative; [3] Regional Technical Advisor for Biodiversity n/a Agency [1] DGA; [2] UN Joint Office in Praia; [3] UNDP Environment and Energy Group, Regional Office n/a n/a n/a n/a *The PIF for the project was included in the November 2008 Work Programme. However, the first application of the tool is being carried out at project CEO Endorsement. 7. Duração do Projeto: Planejada 4 anos De facto n/a anos 8. Agência de Execução Líder do Projeto: Direcção Geral do Ambiente, Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) 9. GEF Strategic Program: [ ] Financiamento Sustentável dos Sistemas de Áreas Protegidas a Nível Nacional (SP1) [x] Aumentar a representatividade das AMPs geridas de forma mais eficáz nos sistemas de APs (SP 2) [x] Reforço das Redes de APs Terrestres (SP 3) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 116 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Cobertura do Projeto - Hectares Metas e Intervalo de Tempo Previsão no arranque do projeto (ha) Alcançado na Alcançado na Avaliação Avaliação Final do Intermédia do Projeto (ha) Projeto (ha) Extensão total, em hectares, das áreas protegidas abrangidas pelo projeto, por tipo de bioma* Ecosistemas Terrestres de Cabo Verde Ecosistemas Costeiros e Marinhos de Cabo Verde 13.157 n/a n/a 49.274 n/a n/a Total 62.430 n/a n/a METT (query from Cape Verde’s PA Database) Island Ilha do Sal Ilha do Sal Ilha de Boavista Ilha do Fogo Ilha de São Vicente Ilha de Santo Antão Ilha de Santo Antão PA name and designation MPA Ponta do Sinó MPA Serra Negra/Costa da Fragata Parque Marinho do Leste de Boavista Parque Natural Chã das Caldeiras Parque Natural Monte Verde Parque Natural Morroços Parque Natural Cova/Paul/RªTorre Exclusively terrestrial PAs Marine and coastal PAs - ie MPAs Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não Land surface (ha) - PAs and MPAs 48,75 945,32 13.912,89 8.468,51 800 671 3.217,00 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Seascape (ha) - MPAs 4.845,46 4.220,54 25.300,86 TOTAL (ha) 4.894,21 5.165,86 39.213,75 8.468,51 800 671 3.217,00 p. 117 Visão Geral das APs cobertas pelo projeto GEF # 1 Nome da Área Protegida AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal 2 AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 3 Parque Marinho do Leste de Boavista 4 Parque Natural do Chã das Caldeiras 5 Parque Natural do Monte Verde 6 Parque Natural dos Morroços 7 Parque Natural de Cova, Paul e Ribeira da Torre Esta é uma AP nova? (S/N) Área (ha) Tipo de Bioma Designação global ou listas de prioritárias* Ex: Reservas da Biosfera, local de Património Mundial, Local Ramsar, WWF Global 200, etc. Sim [2] 5.166 Sim [3] 4.894 Sim [4] 39.214 Não 8.469 Não 800 Não 671 Não 3.217 Ecosistemas Costeiros e Marinhos de Cabo Verde Ecosistemas Costeiros e Marinhos de Cabo Verde Ecosistemas Costeiros e Marinhos de Cabo Verde Ecosistemas Terrestres de Cabo Verde Ecosistemas Terrestres de Cabo Verde Ecosistemas Terrestres de Cabo Verde Ecosistemas Terrestres de Cabo Verde Designação Local para Áreas Protegidas Ex: reserva indígena, reserva privada, etc [5] A definir [5] A definir Inclui a paisagem protegida de Curral Velho (1.636,87 ha), que é um sítio Ramsar [5] WWF Global 200 Macaronesian Forests WWF Global 200 Macaronesian Forests WWF Global 200 Macaronesian Forests WWF Global 200 Macaronesian Forests A definir Categoria ICUN para cada AP I II III IV V VI X X X Parque Natural Parque Natural Parque Natural Parque Natural X X X X Notas: [1] Um recente estudo internacional identificou Cabo Verde como sendo um dos 10 principais pontos de biodiversidade de recifes corais do mundo (Roberts CM, et al. Marine biodiversity hotspots and conservation priorities for tropical reefs. Science 2002; 295:1280-1284. Consultar também http://www.starfish.ch/reef/hotspots.html#9). Todo o arquipélago é também IBA (zona importante de aves). [2] A nova APM inclui algumas zonas costeiras/marinhas que já foram oficializadas pelo Decreto-Lei 3/2003, mas inclui ainda a consolidação dessas zonas e a expansão significativa da área marinha para o mar. As zonas inicialmente oficializadas ao: Reserve Natural da Costa da Fragata (351.68 ha); Reserva Natural da Serra Negra (335.9 ha); e Paisagem Protegida Salinas de Santa Maria (78.44 ha). [3]A nova APM inclui a Reserva Natural Ponta do Sino (89,28 ha), que é ums zona marinha/costeira que já está oficializada pelo Decreto-Lei 3 / 2003, mas inclui também uma expansão significativa da área marinha para o mar e para o Norte. [4] A nova APM (chamada provisoriamente de "Parque Marinho do Leste de Boavista") inclui algumas zonas costeiras e marinhas que já estão oficializadas pelo Decreto-Lei 3 / 2003, mas também inclui a consolidação desses sites e da expansão significativa da área marinha em direcção ao mar. As zonas inicialmente oficializadas são: o Parque Natural do Norte (com 8.964,64 hectares de paisagem e da marinha 7.524,45 ha, num total de 16.489,09 ha); Tartaruga Reserva Natural (1.766,42 hectares); quatro Integrated Reservas Naturais do Baluarte Ilhéu de (7,65 ha); Ilhéu dos Pássaros (0,68 ha); Ilhéu de Curral Velho (0,51 ha), os duas Paisagens Protegidas do Curral Velho (1.636,87 hectares) e a Estância Monte Monumento Natural (763,30 ha) [5] Um recente estudo internacional identificou Cabo Verde como sendo um dos 10 principais pontos de biodiversidade de recifes corais do mundo (Roberts CM, et al. Marine biodiversity hotspots and conservation priorities for tropical reefs. Science 2002; 295:1280-1284. See also http://www.starfish.ch/reef/hotspots.html#9) Referência de Categorias UICN de APs I. Reserva Natural de Proteção Integral / Área de Ecosistemas Naturais: gerida sobretudo para propósitos científicos e de proteção da natureza II. Parque Nacional: gerido sobretudo para a conservação de ecossistemas e turismo / recreação III. Monumento Natural: gerido sobretudo para a conservação de características naturais específicas IV. Área de gestão de habitats / espécies: gerida sobretudo através de manejo ativo V. Paisagens Terrestres e Marinhas Protegidas: geridas sobretudo para aproteção e protection recreação VI. Área Protegida de Gestão de Recursos: gerida sobretudo para o uso sustentável dos ecossistemas naturais PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 118 Secção Dois: Ferramenta de Seguimento da Eficácia da Gestão das Áreas Protegidas: Áreas Avaliadas com o METT: 1 2 3 4 5 6 7 AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal Parque Marinho do Leste de Boavista Parque Natural do Chã das Caldeiras Parque Natural do Monte Verde Parque Natural dos Morroços Parque Natural de Cova, Paul e Ribeira da Torre Prestação de Informação sobre o Progresso nos Planos de Gestão das Áreas Protegidas: Folhas de Dados 1 e 2 seguem para cada umas das areas mencionadas acima. Informação sobre designações internacionais estão incluídas somente para o a área [3] Parque Marinho do Leste de Boavista, por causa da presença do sítio Ramsar. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 119 Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Sal Island Nome, afiliação e detalhes de contacto da pessoa a preencher a METT (e-mail, etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, Coordenadora Nacional do Projecto das Áreas Protegidas, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação: Jullho de 2009 Nome da Área Protegida Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) Designações País Categoria IUCN Reserva Natural Nacional Internacional (favor preencher também verso da folha) I Ilhas de Cabo Verde Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Ilha do Sal – Costa Leste 24 de Fevereiro de 2003 Data de início Público Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Comunitário Outro X Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Proprietário Autoridade Administradora Privatdo 5.165,86 ha Tamanho da AP (ha) Permanente Temporário 0 0 Orçamento Anual (US$) – Excluindo custos salariais dos funcionários) Fundos Recorrentes (operacionais) Fundos do Projecto ou outros complementares Quais são os principais valores para os quais a área é designada? Biodiverdidade marinha (Corais & peixe) 0 0 Liste os dois principais objectivos da gestão das área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Desenvolvimento Comunitário No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Pessoal da AP Incluindo: (seleccion e) Gestor da AP Pessoal de outro AP p px Comunidade Local p p Doadores Especialistas px Externos Favor indicar se uma avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, a favor de uma organização ou de um doador p ONG p Outro p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 120 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 2] AMP Ponta do Sinó, Sal Island Nome, afiliação e detalhes de contacto da pessoa a preencher a METT (e-mail, etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, National Coordinator of Protected Areas Project, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Ponta do Sinó, Ilha do Sal Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) Categoria IUCN Designações País Reserva Natural Internacional (favor preencher também verso da folha) I Ilhas de Cabo Verde Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Data de início Ilha do Sal – Costa Leste 24 de Fevereiro de 2003 Público Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Privatdo Comunitário Outro X Autoridade Administradora Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Tamanho da AP (ha) 4.894,21 ha Nº de funcionários Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? Permanente Temporário 0 0 Fundos Recurrentes (peracionais) Fundos do Projecto ou outros complementares Biodiversidade Marinha Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Desenvolvimento do Eco-Turismo No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor selecciona r) Pessoal da AP Gestor da AP Pessoal de outro AP p px Comunidade Local p p Doadores Especialistas px Externos Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador p ONG p Outro p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 121 Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 3] Parque Marinho do Leste de Boavista, Ilha da Boavista Nome, afiliação e detalhes de contacto da pessoa a preencher a METT (e-mail, etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, National Coordinator of Protected Areas Project, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Parque Marinho do Leste da Boa Vista, Ilha da Boavista Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) Parque Marinho Categoria IUCN Nacional I Designações Internacional (favor preencher também verso da folha) Ilhas de Cabo Verde País Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Data de início Ilha da Boa Vista – Costa Leste 24 de Fevereiro de 2003 Público Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Autoridade Administradora Tamanho da AP (ha) Privatdo Comunitário Outro X Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) 42.578,76 ha Nº de funcionários Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? Permanente Temporário 0 0 Fundos Recurrentes (peracionais) Fundos do Projecto ou outros complementares Principalmente Tartarugas & outra biodiversidade marinha Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Redução da pobreza das comunidades circundantes No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor selecciona r) 2 Pessoal de outro AP Pessoal da AP Gestor da AP p px Comunidade Local p Doadores Especialistas px Externos Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador p ONG p p Outro p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 122 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Informação sobre a Designação Internacaional Sítio do Patrimônio Mundial da UNESCO (vide: whc.unesco.org/en/list) Data da inclusão na lista Nome do sítio Área do Sítio Coordenadas geográficas Critério para a designação (ou seja criteria i ao x): Declaração de Valor Universal Excepcional Sítio Ramsar (see: www.wetlands.org/RSDB/) Data da inclusão na lista Nome do sítio Site area 18 de July de 2005 Curral Velho Não diposnível Razão para a designação (vide a folha de informação Ramsar) Número Geográfico 1CV001 Wetlands of international importance. Reserva da Biosfera UNESCO (vide: www.unesco.org/mab/wnbrs.shtml) Data da inclusão na lista Nome do sítio Área do Sítio Total: Área Central: Zona Tampão: Zona de Trasição: Coordenadas geográficas Critério para a designação Desempenho das três funções de uma Reserva de Biosfera (conservação, desenvolvimento e apoio logístico) Por favor, listar outras designações (ou seja, ASEAN Heritage, Natura 2000) e todas as informações importantes abaixo Nome: Detalhe: Nome: Detalhe: Nome: Detalhe: Nome: Detalhe: Nome: Detalhe: PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 123 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 4] Parque Natural do Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Nome, afiliação e contacto da pssoa responsável pelo preenchimeto do METT (email etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, Coordenadora Nacional do Projecto das Áreas Protegidas, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Parque Natural de Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) Categoria IUCN Parque Natural Nacional Designações Internacional (favor preencher também verso da folha) II ILhas de Cabo Verde País Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Data de início Ilha do Fogo– Extremo Sul 24 de Fevereiro de 2003 Público Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Privatdo Comunitário Outro X Autoridade Administradora Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Tamanho da AP (ha) 8.469 ha Permanente Nº de funcionários Temporário 4 Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? 6 Fundos Recurrentes (peracionais) Fundos do projecto ou outros complemenates Área florestal com maior nº de plantas endémcias da ilha Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Redução da pobreza das comunidades circundantes No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor selecciona r) Gestor da AP p Comunidade Local p Pessoal de outro AP Pessoal da AP px p Doadores Especialistas px externosp Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador ONG Outro p p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 124 Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 5] Parque Natural do Monte Verde, Ilha de São Vicente Nome, afiliação e contacto da pssoa responsável pelo preenchimeto do METT (email etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, Coordenadora Nacional do Projecto das Áreas Protegidas, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Parque Natural de Monte Verde, Ilha de São Vicente Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) País Categoria IUCN Parque Natural Nacional Designações Internacional (favor preencher também verso da folha) II Ilhas de Cabo Verde Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Ilha de São Vicente, no centro da ilha 24 de Fevereiro de 2003 Data de início Público Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Privatdo Comunitário Outro X Autoridade Administradora Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Tamanho da AP (ha) 800 ha Nº de funcionários Permanente Temporário 0 0 Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Fundos Recurrentes (peracionais) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? A vegetação natural da ilha Fundos do projecto ou outros complemenates Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Educação ambiental & desenvolvimento do eco-turismo No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor selecciona r) Gestor da AP p Comunidade Local p Pessoal de outro AP Pessoal da AP px p Doadores Especialistas px externosp Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador ONG Outro p p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 125 Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 6] Parque Natural dos Morroço, Ilha de Santo Antão Nome, afiliação e contacto da pssoa responsável pelo preenchimeto do METT (email etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, Coordenadora Nacional do Projecto das Áreas Protegidas, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Parque Natural de Morroços Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unepwcmc.org/wdpa/) Categoria IUCN Parque Natural Designações Ilhas de Cabo País Internacional (favor preencher também verso da folha) II Verde Ilha de Santo Antãoo - Parte Centro Norte da Ilha Localização da AP (província e se possível referência no mapa) 24th February 2003 Data de início Público Detalhes de propriedade (favor selecionar) Autoridade Administradora Tamanho da AP (ha) Privatdo Comunitário Outro X Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) 671 ha Nº de funcionários Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? Permanente Temporário 0 0 Fundos Recurrentes (peracionais) Fundos do projecto ou outros complemenates Área no país com mais plantas endémcias por área de superfície Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Redução da pobreza da população circundante No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor selecciona r) Gestor da AP p Comunidade Local p 2 Pessoal de outro AP Pessoal da AP px p Doadores Especialistas px externosp Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador ONG Outro p p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 126 Folha de Dados 1 [para o Sítio Alvo do METT 7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre,Ilha de Santo Antão Nome, afiliação e contacto da pssoa responsável pelo preenchimeto do METT (email etc.) Maria Teresa Vera-Cruz, Coordenadora Nacional do Projecto das Áreas Protegidas, [email protected] & Jose Levy Data da avaliação Julho de 2009 Nome da Área Protegida Parque Natural da Cova, Ribeira de Paul e da Ribeira da Torre Código do local WDPA (estes códigos podem ser encontrados em www.unep-wcmc.org/wdpa/) Categoria IUCN Parque Natural Nacional Designações Internacional (favor preencher também verso da folha) II Ilhas de Cabo Verde País Localização da AP (província e se possível referência no mapa) Santo Antao Island 24 de fevereiro de 2003 Data de início Público X Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Detalhes de propriedade (favor seleccionar) Público Detalhes de propriedade (favor selecionar) X Autoridade Administradora Direcção Geral do Ambiente (DGA), Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM) Tamanho da AP (ha) 3.217 ha Permanente Nº de funcionários Temporário 0 0 Fundos Recurrentes (peracionais) Orçamento Anual (US$) (Excluindo custos salariais dos funcionários) Quais são os principais valores para os quais a área é designada? Fundos do projecto ou outros complemenates Paisagem, biodiversidade terrestre Liste os dois principais objectivos da gestão da área protegida Objectivo de gestão 1 Conservação Objectivo de gestão 2 Redução da Pobreza da Comunidade circundante No de pessoas envolvidas na condução da avaliação Incluindo: (favor seleccionar) Gestor da AP p Comunidade Local p Pessoal de outro AP Pessoal da AP px p Doadores Especialistas px externosp Favor indicar se a avaliação foi efectuada em associação com um projecto em particular, em nome de uma organização ou de um doador ONG Outro p p Não PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 127 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Folha de Dados 2: Ameaças às APs A notação indica se a ameaça existente é de Alta (A), Média (M) ou Baixa (B) importância. Ameaças assinaladas como de alta importância são aquelas que são sérios degradantes de valores, as médias sãos as que têm algum impacto negativo, e aquelas caracterizadas como baixas são ameaças que estão presentes, mas não têm valores de impacto significativos ou N/A onde não existe ameaça ou não é relevante para a área protegida. Ameaças (coluna abaixo) / Locais Sítio METT (à direita) 1. Desenvolvimento comercial e residencial dentro de uma AP Ameaças de aglomerado populacional ou de outro uso das terras que não o agrícola, com substancial impacto ecológico 1.1 Habitação e povoamento 1.2 Áreas comerciais e industriais 1.3 Infraestruturas de recreação e turismo 2. Agricultura e aquicultura dentro de uma área protegida Ameaças de cultivo e pasto como resultado da expansão e intensificação agrícola, incluindo a silvicultura, maricultura e aquicultura. 2.1 Cultivo anual e contínuo de plantações não madeireiras 2.1 Cultivo de drogas 2.2 Florestas e pomares 2.3 Criação de gado e pastagem 2.4 Aquicultura marinha e de água-doce 3. Produção de energia e mineração dentro de uma área protegida Ameaças da produção de recursos não biológicos 3.1 Perfuração para petróleo e gás 3.2 Mineração e Pedreiras 3.3 Gerar energias, incluindo de hidroeléctrica, de barragens 4. Corredores de transporte e serviços dentro de uma área protegida Ameaças de corredores de transporte longos e estreitos e dos veículos que os usam, incluindo mortalidade faunística associada 4.1 Estradas e caminhos de ferro (incluindo animais mortos nas estradas) 4.2 Linhas de serviço público e manutenção (ex, electricidade e telefone) 4.3 Linhas e canais de navegação 4.4 Roteiros de vôo 5. Uso e danos dos recursos biológicos dentro de uma área protegida Ameaças pelo uso destrutivo dos recursos biológicos “selvagens” incluindo os efeitos intencionais e não intencionais de colheitas, também a perseguição ou controlo de espécies específicas (nota, isto inclui a caça e morte de animais) 5.1 Caçar, matar e coleccionar animais terrestres (incluindo a morte de animais [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre B B A A B B A A B n/a n/a M B M B n/a B n/a n/a n/a M B M B B B B B B B B B B B n/a n/a B n/a A A B B A A n/a A A n/a n/a n/a n/a n/a n/a M B n/a M n/a B M n/a n/a A A n/a n/a B n/a n/a B n/a n/a M n/a n/a NA n/a n/a B n/a n/a M n/a M B n/a n/a M B n/a B B B n/a n/a B n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a B n/a n/a n/a B B B B B B B PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 128 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Ameaças (coluna abaixo) / Locais Sítio METT (à direita) como resultado de um conflito humano/faunístico) 5.2 Ajuntamento de plantas terrestres ou produtos vegetais (ex. madeiras) 5.3 Abate e corte de árvores e abate de árvores 5.4 Pescar, matar ou colher recursos aquáticos 6. Intromissão ou perturbação humana dentro de uma área protegida Ameaças derivadas de actividades humanas que possam alterar, destruir ou perturbar habitats e espécies associadas com usos não consumidores de recursos biológicos 6.1 Actividades de recreação e turismo 6.2 Guerra, patrulha ou exercícios militares 6.3 Pesquisa, educação e outras actividades de trabalho em APs 6.4 Actividade de gestores da área protegida (ex: construção ou uso de veículos, pontos de fornecimento de água artificiais e barragens) 6.5 Vandalismo deliberado, actividades destrutivas ou ameaças à protecção do staff e visitas da área 7. Modificações ao sistema natural Ameaças de outras acções que convertam ou degradem o habitat ou alterem a maneira como o ecossistema funciona 7.1 Fogo e supressão do fogo (incluindo fogo posto) 7.2 Barragens, modificação hidrológica e gestão/uso de água 7.3 Aumento da fragmentação dentro da área protegida 7.3b Isolamento de outro habitat natural (ex: desflorestação, barragens sem passagens efectivas para espécies aquáticas selvagens) 7.3c Outros “efeitos colaterais” nos valores dos parques 7.3d Perca de espécies basilares (ex: predadores de elite, polinário, etc.) 8. Espécies e genes evasivos e problemáticos Ameaças vindas de plantas, animais, patogéneos/micróbios ou material genético terrestre e aquático, nativo e não nativo que teve ou é previsto que tenha efeitos nefastos na biodiversidade em seguimento à introdução, alastre e/ou aumento 8.1 Plantas invasivas não nativas/estranhas (ervas daninhas) 8.1a Animais invasivos não nativos/estranhos 8.1b Elementos patogénicos (nativos ou não nativos, mas a criar/agravar problemas) 8.2 Material genérico introduzido (ex: organismos geneticamente modificados) 9. Poluição a entrar ou gerada dentro da área protegida Ameaças da introdução de matérias exóticos e/ou excessivos ou energia com [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre M n/a A A M n/a M B B B M M n/a A A B n/a M M n/a M M n/a A A n/a B A A n/a B B n/a M B n/a B B n/a B B n/a B M n/a B B B n/a B B n/a B B B B B B n/a B n/a n/a B n/a n/a B n/a n/a n/a M B M B B M B n/a n/a M B B M B M M B M n/a n/a B B A A M B B M B B B B B B B B M B M B M B M B B B B B B n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 129 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Ameaças (coluna abaixo) / Locais Sítio METT (à direita) ou sem ponto de origem 9.1 Esgotos domésticos e dejectos urbanos 9.1a Água de esgotos e dejectos de instalações de áreas protegidas (ex: casas de banho, hotéis, etc.) 9.2 Afluentes e descargas industriais, mineiras e militares (ex: baixa qualidade da água proveniente de barragens, ex: temperaturas não naturais, desoxigenada, ou outros poluentes) 9.3 Afluentes de agricultura e florestais (ex: excesso de fertilizantes ou pesticidas) 9.4 Lixo e desperdícios sólidos 9.5 Poluentes aéreos 9.6 Excesso de energia (ex: poluição do aquecimento, luzes, etc. 10. Eventos geológicos Eventos geológicos podem ser parte dos regimes de perturbação natural em muitos ecossistemas, entretanto, podem tornar-se uma ameaça se uma espécie ou habitat está ameaçado e perdeu a sua capacidade de recuperação, e está susceptível a distúrbios A capacidade de gestão para fazer face a algumas destas alterações pode ser limitada 10.1 Vulcões 10.2 Terramotos/Tsunamis 10.3 Avalanches/Deslizamento de terras 10.4 Erosão e assoreamento/deposição (ex: alterações na maré da praia e leitos do rio) 11. Alterações climatéricas e mau tempo Ameaças proveniente de alterações climatéricas durante um longo período que poderão estar relacionadas com o aquecimento global e outros eventos climatéricos/temporais severos fora do padrão normal de variação 11.1 Desvio e alteração do habitat 11.2 Secas 11.3 Temperaturas extremas 11.4 Tempestades e inundações 12. Ameaças sociais e culturais especificas 12.1 Perda de referências culturais, saber tradicional e/ou práticas de gestão 12.2 Deterioração natural de valores locais culturalmente importantes 12.3 Destruição de edifícios de património cultural, jardins, locais, etc. [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre B M B n/a n/a n/a n/a B A A n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a M n/a n/a n/a M n/a B B M n/a n/a B B n/a n/a B B n/a n/a n/a n/a n/a n/a M M n/a n/a n/a B n/a n/a B n/a n/a n/a n/a A A B B B B B B B B B B M A A A A B B B B M B B B n/a B B B n/a B B n/a n/a M A A B B M A A B B B A A B B M A A B M B B n/a B M n/a B M M B B B B B M B B B B B M PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 130 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Formulário de Avaliação METT Questão 1. Estatuto legal A AP tem status legal (ou em caso de reserva privada está protegida por algum acordo ou algo similar)? Contexto 2. Legislação de APs Critério Pontua ção A AP não está ainda regulada/objecto de regulação Existe um consenso de que a AP deverá ser regulada/objecto de tratado, mas o processo ainda não teve início 0 A AP está no processo de ser legislada/objecto de um pacto, mas o processo ainda está incompleto (inclui locais designados ao abrigo de convenções internacionais, tais como a Ramsar, ou legislação local/tradicional como a das áreas comunitárias conservadas, as quais ainda não possuem um estatuto ou pacto legal a nível nacional) A AP foi formalmente legislada/objecto de pacto Não existe qualquer legislação para controlo do uso e actividades das terras da AP 2 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre Próximos Passos Nota: ver 4º opção para reservas privadas 1 3 Comentário Explicação 3 3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde Neste momento, apesar de toas as APs estarem legalmente ligadas, apenas o Parque Natural de Chã das Caldeiras está a ser gerido. Todas as restantes beneficiarão de novos objectivos de gestão do projecto Novo projecto identificará medidas para para fisicamente criar as APs p. 131 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão Existe legislação em vigor apropriada para controlo do uso e actividades nas terras (ex: caça)? Planificar 3. Imposição da Lei O pessoal pode (ex: aqueles com responsabilidade de gestão do local) impor regras da AP irrepreensivelmente ? Input Critério Pontua ção Existe alguma legislação para controlo do uso e actividades das terras na AP, mas possui grandes debilidades 1 Existe alguma legislação para controlo do uso e actividades das terras na AP, mas existem algumas debilidades ou lacunas Existe legislação para controlo do uso inapropriado e actividades nas terras na AP, e fornece uma base excelente de gestão O pessoal não tem capacidade/recursos efectivos para impor qualquer legislação e regulação da AP 2 Existem elevadas deficiências na capacidade/recursos do pessoal para impor legislação e regulação das APs (ex: falta de aptidões, falta de orçamento para patrulha, falta de apoio institucional) O pessoal tem capacidades/recursos aceitáveis para impor legislação e regulamentações nas APs, mas permanecem algumas deficiências O pessoal tem excelentes capacidades/recursos efectivos para impor legislação e regulação de APs 1 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre Comentário Explicação Próximos Passos Natura 2000 já desenvolve algumas actividades de investigação 1 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 Ainda não foi designado nenhum funcionário para essas áreas para implementar os aspectos legais 2 3 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 132 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão 4. Objectivos da AP A gestão é efectuada de acordo com os objectivos acordados? Planificar 5. Concepção da AP Critério Pontua ção Não foram estipulados objectivos específicos para a AP. A AP acordou objectivos, mas não está a ser gerida de acordo com esses objectivos 0 A AP acordou objectivos, mas está a ser gerida somente parcialmente de acordo com esses objectivos A AP acordou objectivos, e está a ser gerida de acordo com esses objectivos Imperfeição na concepção da AP significa que atingir os objectivos principais da proposta AP torna-se algo muito difícil 2 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 0 0 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Imperfeição na concepção da AP significa que atingir os objectivos principais é algo difícil, mas poderão ser adoptadas algumas soluções atenuantes (ex: acordos com donos de terras adjacentes para corredores faunísticos ou a introdução de gestão de captação de água adequada) A concepção da AP não é de todo limitadora para alcançar os objectivos propostos, mas Próximos Passos 1 2 3 3 Embora exista uma Ap legalmente criada, a realidade é que que iniciativas turísticas privadas descontroladas testão no momento a fazer uso inadequado das áreas 0 0 A AP tem o tamanho e forma correcta para proteger espécies, habitats, processos ecológicos e presas de água que essencial preocupação de conservação? Planificar Comentário Explicação 1 2 2 2 2 2 2 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 133 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão 6. Delimitações fronteiriças da AP As delimitações são conhecidas e demarcadas Processo Critério poderia ser melhorada (ex: relativamente a processos ecológicos de larga escala) A concepção das áreas protegidas ajuda a atingir objectivos, é apropriada para a conservação de espécies e habitat, e conserva o processos ecológicos, tais como afluentes de água à superfície e subterrâneos numa represa, padrões de distúrbios naturais, etc. As delimitações fronteiriças da AP não são do conhecimento da autoridade gestora nem dos residentes locais/vizinhos que utilizam as terras As delimitações fronteiriças da AP são do conhecimento da autoridade gestora, mas não dos residentes locais/vizinhos que utilizam as terras As delimitações fronteiriças da AP são do conhecimento da autoridade gestora e dos residentes locais/vizinhos que utilizam as terras, mas não estão demarcadas adequadamente As delimitações fronteiriças da AP são do conhecimento da autoridade gestora e dos residentes locais/vizinhos que utilizam as terras e estão demarcadas adequadamente Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre Comentário Explicação Próximos Passos 3 3 0 0 0 0 0 As APs foram criadas. No entanto, nenhuma intervenção física teve lugar ainda 1 1 1 2 3 3 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 134 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão 7. Plano de gestão Existe um plano de acção e está a ser implementado? Planificar Pontos adicionais Planificar 8. Plano de trabalho regular Critério Pontua ção Não existe um plano de gestão para a AP 0 Um plano de gestão está a ser preparado ou já foi preparado, mas ainda não foi implementado Existe um plano de gestão, mas está a ser implementado só parcialmente devido a dificuldades de financiamento ou outros problemas existe um plano de gestão e está a ser implementado 7a. O processo de planificação oferece a oportunidade adequada aos stakeholders chave para influenciarem no plano de gestão 7b. Existe uma planificação e processos estabelecidos para uma revisão periódica e a actualização do plano de gestão 7c. Os resultados da pesquisa de monitorização e avaliação estão incorporados na planificação de rotina. Não existe plano de trabalho regular 1 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal 0 [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 0 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras 0 [5] Parque Natural do Monte Verde 0 [6] Parque Natural dos Morroços 0 [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre Comentário Explicação 0 Nenhuma intervenção física organizada nessas áreas teve lugar ainda. 0 Nenhuma intervenção física organizada nessas áreas teve lugar ainda. No entanto pequenas actividades aforam implementadas Próximos Passos 2 2 3 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 135 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão Critério Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre Comentário Explicação Próximos Passos pelo Gov e ONGs Um plano de trabalho regular está a ser implementado? Planificação/Produt os 9. Inventário de recursos Tem informação suficiente para gerir a área? Input Existe um plano de trabalho regular, mas poucas das suas actividades estão implementadas. Existe um plano de trabalho regular, e muitas das suas actividades estão implementadas. Existe um plano de trabalho regular, e todas as suas actividades estão implementadas. A informação disponível relativa aos habitats, espécies e valores cultural críticos das áreas protegidas é escassa ou inexistente Informação relativa aos habitas, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos das áreas protegidas não é suficiente para suportar a planificação e tomadas de decisão Informação relativa aos habitas, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos das áreas protegidas é suficiente na maior parte das áreas chave da planificação e tomada de decisão Informação relativa aos habitas, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos das áreas protegidas é suficiente para dar suporte a todas as áreas da planificação e tomada de decisão 1 2 2 3 Natura 2000 está a realizar algumas actividades de pesquisa 0 1 1 1 1 1 1 2 2 3 3 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 136 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão 10. Sistemas de protecção Existem sistemas instaurados para controlo do acesso/uso dos recursos na AP? Processo/Resultado 11. Estudos Está a ser efectuado algum trabalho de pesquisa ou estudo orientado no programa de gestão? Processo 12. Gestão de recursos Critério Pontua ção Não existem sistemas de protecção, (patrulhas, licenças, etc.) ou não são eficazes em controlar acesso /uso dos recursos Sistemas de protecção são só parcialmente eficazes no controlo do acesso/uso dos recursos 0 Sistemas de protecção são moderadamente eficazes no controlo do acesso/uso dos recursos Sistemas de protecção são largamente e completamente eficazes no controlo do acesso/uso dos recursos Não está a ser efectuado trabalho de investigação ou estudos na AP Existe algum trabalho de investigação e estudo, mas não é direccionado às necessidades de gestão da AP 2 Existe trabalho de investigação e estudo considerável, mas não é direccionado às necessidades de gestão da AP Existe um programa compreensivo e integrado de pesquisa e estudo, relevante às necessidades de gestão Não está a ser efectuada uma gestão de recursos activa 2 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista 0 0 0 [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 1 1 Comentário Explicação Próximos Passos 0 1 2 3 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 Relativo apenas a recursos e não ao acesso 3 3 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 137 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão Está a ser efectuada uma gestão de recursos activa? Processo 13. Membros do staff Existe staff suficiente para gerir a AP? Inputs 14. Formação do staff O staff possui formação adequada para satisfazer objectivos de gestão? Critério Pontua ção Estão a ser implementados poucos requisitos para uma gestão activa de habitats, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos. Estão a ser implementados muitos dos requisitos para uma gestão activa de habitats, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos, mas alguns dos problemas chave não estão a ser abordados Os requisitos para uma gestão activa de habitats, espécies, processos ecológicos e valores culturais críticos estão a ser substancialmente ou totalmente implementados. Não existe pessoal 1 O número de pessoal é inadequado para as actividades críticas de gestão O número de pessoalé abaixo do nível desejado para as actividades críticas de gestão O número de pessoal é adequado para as necessidades de gestão da AP O pessoalf não tem as aptidões necessárias para gestão da AP As aptidões e a formação do pessoalf são baixas, quando comparadas com as necessidades da AP 1 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 1 1 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 2 2 3 0 0 0 1 1 2 3 0 0 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 138 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão Inputs/Processo 15. Orçamento actual O orçamento existente é suficiente? Inputs 16. Garantias Orçamentais Existem garantias orçamentais? Contribuições Critério As aptidões e a formação do pessoal são adequadas, mas poderia haver melhoramentos para alcançar os objectivos de gestão na sua perfeição. As aptidões e a formação do pessoal estão de acordo com as necessidades de gestão da AP Não existe orçamento para a gestão da AP O orçamento disponível é inadequado às necessidades básicas de gestão e representa uma limitação grave para a capacidade de gestão O orçamento disponível é aceitável, mas poderia haver melhoramentos, para alcançar os objectivos de gestão de uma forma mais efectiva O orçamento disponível é suficiente e satisfaz totalmente as necessidades da AP Não existem garantias orçamentais para a AP e a gestão é totalmente dependente de fundos externos ou altamente variáveis. Existem poucas garantias orçamentais e a AP não poderia funcionar adequadamente sem fundos externos Existe um fundo de maneio considerável, permitindo o funcionamento normal da AP, Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 2 2 0 0 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 2 2 3 0 0 1 2 2 3 0 0 0 0 1 2 2 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 139 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão 17. Gestão Orçamental À gestão orçamental é feita de forma a satisfazer as necessidades críticas? Processo 18. Equipamento O equipamento é suficiente para as necessidades de gestão? Contribuição 19. Manutenção do equipamento Critério mas muitas inovações e iniciativas estão dependestes de fundos externos Existem garantias financeiras para a AP e as suas necessidades de gestão A gestão orçamental é muito reduzida e diminui significativamente a eficácia da AP (ex; disponibilização do orçamento no final do ano fiscal) A gestão orçamental é reduzida e limita a eficácia da AP A gestão orçamental é adequada, mas poderia ser melhorada A gestão orçamental é excelente e vai de encontro às necessidades de gestão Existe pouco ou nenhum equipamento e instrumentos para as necessidades de gestão Existe algum equipamento e instrumentos, mas os mesmos são inadequados para a maior parte das necessidades de gestão Existe equipamento e instrumentos, mas ainda há falhas que limitam a gestão Existem equipamento e instrumentos adequados Há muito pouca ou nenhuma manutenção de equipamento e Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista 0 0 0 [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 3 0 1 2 3 3 0 0 0 0 1 2 2 3 0 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 140 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão A manutenção de equipamento é feita adequadamente? Processo 20. Educação e consciencialização Existe algum programa de educação planeado, ligado aos objectivos e necessidades? Processo 21. Planificação para o uso do solo e dos recursos hídricos A planificação para uso do solo ou recursos hídricos Critério instrumentos Há alguma manutenção ad hoc do equipamento e dos instrumentos Há a manutenção básica de equipamento e dos instrumentos O equipamento e os instrumentos recebem boa manutenção Não existe nenhum programa de educação e consciencialização Existe um programa de educação e consciencialização limitado e ad hoc Existe um programa de educação e consciencialização, mas só abrange parte das necessidades e poderia ser melhorado Existe um programa de educação e consciencialização apropriado e totalmente implementado A planificação para o uso adjacente do solo e dos recursos hídricos não leva em consideração as necessidades da AP e as actividades/políticas são detrimentais para a área A planificação do uso de solo adjacente e dos recursos hídricos não leva em Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista 1 [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 1 2 3 0 1 1 1 2 2 3 3 0 0 0 0 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 141 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão reconhece a AP e ajuda a alcançar os seus objectivos? Planificar Pontos adicionais: planeamento hídrico e do solo 21a: Planeamento hídrico e do solo para conservação do habitat Pontos adicionais: planeamento hídrico e do solo 21b: Planeamento de conectividade hídrica e do solo Pontos adicionais: planeamento hídrico e do solo 21c: Planeamento hídrico e do solo para Critério consideração as necessidades a longo prazo da AP, mas as actividades não são detrimentais para a área A planificação para o uso de solo adjacente e dos recursos hídricos leva em consideração as necessidades a longo prazo da AP A planificação para o uso de solo adjacente e dos recursos hídricos leva em consideração, na totalidade, as necessidades a longo prazo da AP Planificação e gestão das represas ou paisagem dentro da AP incorporam provisão para condições ambientais adequadas (ex: volume, qualidade e temporização do fluxo da água, níveis de poluição do ar, etc.) para manter determinados habitats A gestão de corredores de ligação da AP permite a livre circulação de espécies selvagens para os seus habitats principais, fora da AP (ex: permitir peixes migratórios viajar entre locais de depósito de água doce e o mar, ou permitir a migração animal) “Planificação aborda necessidades especificas do ecossistema e/ou as necessidades de quaisquer espécies de preocupações a Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 2 2 2 2 1 1 1 1 Comentário Explicação Próximos Passos 2 3 1 1 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 142 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão serviços do ecossistemas e conservação das espécies 22. Estado e vizinhos comerciais Existe cooperação adjacente para com os utilizadores dos solos ou dos recursos h;idricos? Processo 23. Povo indígena O povo indígena e tradicional residente ou que utiliza Critério nível do ecossistema (ex: volume, quantidade e temporização do fluxo da água doce para sustentar espécies especiais, gestão do fogo para manter os habitats das savanas, etc.)” Não existe contacto entre os gerentes e os utilizadores oficiais ou corporativos vizinhos dos solos ou dos recursos hídricos Existe contacto entre os gerentes e os utilizadores oficiais ou corporativos vizinhos dos solos ou dos recursos hídricos , mas pouca ou nenhuma colaboração Existe contacto entre os gerentes e os utilizadores oficiais ou corporativos vizinhos dos solos e dos recursos hídricos , mas pouca colaboração Existe contacto regular entre os gerentes e os utilizadores oficiais ou corporativos vizinhos dos solos e dos recursos hídricos corporativos, e cooperação substancial na gestão O povo indígena e tradicional não tem qualquer participação nas discussões relativas à gestão da AP O povo indígena e tradicional tem alguma participação nas discussões relativas à gestão Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 0 0 1 1 1 2 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 Não há nem população octotone nem tradicional na área 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 143 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão regularmente a AP tem participação nas decisões relativas à gestão Processo 24. Comunidades locais As comunidades locais ou próximas da AP participam nas decisões de gestão? Processo Pontos adicionais Comunidades locais/povo Critério Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 0 0 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos da AP, mas não têm um envolvimento directo na gestão O povo indígena e tradicional contribui directamente em algumas decisões relevantes relativas à gestão, mas a sua participação poderia ser melhorada O povo indígena e tradicional participa directamente em todas as decisões importantes relativas à gestão, ex: cogestão As comunidades locais não tem qualquer participação nas decisões relativas à gestão da AP As comunidades locais têm alguma participação nas discussões relativas à gestão da AP, mas não têm um envolvimento directo na gestão As comunidades locais contribuem directamente em algumas decisões relevantes, relativas à gestão, mas a sua participação poderia ser melhorada As comunidades locais participam directamente em todas as decisões importantes relativas à gestão, ex: cogestão 24a. Existe comunicação aberta e confiança entre os povos locais e/ou indígenas, 2 3 0 1 1 2 2 3 1 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 144 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão indígena: Impacto nas comunidades 25. Beneficio económico A AP está a prestar algum benefício económico às comunidades locais, ex: salários, emprego, pagamento por serviços ambientais? Resultados Critério Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal 1 1 [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 1 1 1 Comentário Explicação Próximos Passos actores e gestores da AP 24b. Estão a ser implementados programas para melhoria do bem-estar comunitário, ao mesmo tempo em que conservando os recursos da AP 24c. O povo local e/ou indígena apoia activamente a AP A AP não presta nenhum beneficio económico às comunidades locais São reconhecidos potenciais benefícios económicos e estão a ser desenvolvidos planos para identificá-los Existe algum fluxo de beneficio económico para as comunidades locais 1 1 0 1 2 2 26. Monitorizar e avaliar [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras Existe um grande fluxo de benefícios económicos para as comunidades locais, derivado de actividades associadas com a AP Não existe monitorização e avaliação na AP 2 Alguns benefícios económicos vão para instituições nacionais e investigação e nenhum para as populações locais. 3 0 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 145 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão As actividades de gestão são monitoradas relativamente à sua performance? Planificação/Proces so 27. Instalações para receber visitantes As instalações para receber visitantes adequadas? Produtos 28. Operadores de turismo comercial Os operadores de turismo comercial contribuem para a Critério Pontua ção Existe alguma monitorização e avaliação ad hoc, mas não uma estratégia geral e/ou uma recolha de resultados 1 Existe um sistema de monitorização e avaliação acordado e implementado, mas os resultados não são posteriormente enviados para a direcção Existe um bom sistema de monitorização e avaliação, está bem implementado e é utilizado numa gestão adaptativa Não existem instalações e serviços para visitantes, apesar de ser uma necessidade identificada As instalações e serviços para visitantes não são adequados para o presente nível de visitantes As instalações e serviços para visitantes são adequados para o presente nível de visitantes, mas poderiam sofrer melhorias As instalações e serviços para visitantes são excelentes para o presente nível de visitantes Existe pouco ou nenhum contacto entre os gestores e os operadores turísticos que utilizam a AP Existe contacto entre a direcção e os operadores de turismo, mas isto é 2 [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 1 1 1 0 0 0 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 2 3 0 0 0 0 1 1 2 3 0 0 1 1 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 146 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão gestão da AP Processo 29. Taxas Se as taxas (ex: taxas de entrada ou multas) forem aplicadas elas ajudam à gestão da AP? Contribuições/Proc esso 30. Condição dos valores Qual é a condição dos valores importantes da AP, comparando com Critério largamente confinado a assuntos administrativos ou reguladores Existe cooperação limitada entre os gestores e os operadores de turismo para melhoria da experiência dos visitantes e preservação dos valores da AP Existe boa cooperação entre os gestores e os operadores de turismo para melhoria da experiência dos visitantes e preservação dos valores da AP Apesar das taxas serem em teoria aplicadas, as mesmas não são recebidas As taxas são recebidas, mas não trazem qualquer contribuição para a AP e as áreas vizinhas As taxas são recebidas, e trazem alguma contribuição para a AP e ás áreas vizinhas As taxas são recebidas e fazem uma contribuição significativa às AP e às áreas vizinhas Muitos valores importantes da biodiversidade, ecológicos ou culturais estão a ficar severamente degradados Alguns valores da biodiversidade, ecológicos ou culturais estão a ficar severamente degradados Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 0 0 0 Comentário Explicação Próximos Passos 2 2 3 0 0 0 0 1 1 1 0 1 2 3 0 1 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 147 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Questão quando a sua importância foi designada pela primeira vez? Resultados Pontos Adicionais: Estado dos valores Qual o estado dos valores importantes das áreas protegidas comparado quando foi desiganada pela primeira vez? PONTUAÇÃO TOTAL Critério Alguns valores da biodiversidade, ecológicos e culturais estão a ficar parcialmente degradados, mas os valores mais importantes não foram significativamente afectados Os valores da biodiversidade, ecológicos e culturais estão predominantemente intactos 30a. A avaliação das condições dos valores está baseada na pesquisa e/ou na monitoriza 30b. Estão a serem implementados programas específicos de gestão para abordar ameaças aos valores da biodiversidade, ecológicos e culturais 30c. Como medida de rotina o parque promove actividades para manter os valores da biodiversidade, ecológicos e culturais PONTUAÇÃO TOTAL POSSÍVEL => Pontua ção [1] AMP Serra Negra/Costa da Fragata, Ilha do Sal [2] AMP Ponta do Sinó, Ilha do Sal [3] Parque Marinho do Leste de Boavista [4] Parque Natural do Chã das Caldeiras [5] Parque Natural do Monte Verde 2 [6] Parque Natural dos Morroços [7] Parque Natural do Cova, Paul and Ribeira da Torre 2 2 15 15 Comentário Explicação Próximos Passos 2 3 1 1 1 102 15 15 18 61 13 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde <= Pontuação das APs p. 148 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Secção Três: Avaliação da Sustentabilidade Financeira do PNUD para os Sistemas Nacionais de Áreas Protegidas Financial Scorecard - Parte I – Situação Financeira Geral do Sistema de Áreas Protegidas Informação básica do Sistema de Áreas Protegidas Descreva o Sistema de APs e o que inclui: O sistema de AP de Cabo Verde é constituído por áreas terrestres e marinhas/costeiras espalhadas por todas as ilhas e ilhotas que compõem o arquipélago. Ambos os biomas terrestres e marinhos são ricos em biodiversidade. A actual rede de APs/APMs cobre uma área total de 72.156 ha. A grande maioria dessas áreas foram oficializadas em 2003, sem que acção real tenha sido tomada. Sistema de Áreas Protegidas Áreas protegidas nacionais Número de áreas 47 Áreas protegidas regionais/provinciais/municipais) Áreas protegidas com gestão compartilhada (co-gestão) Outras (de•na) - Hectares totais Comentários 72.156 ha Inclui exclusivamente areas terrestres (APs) e areas costeiras/marinhas (APMs) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 149 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Análise Financeira do Sistema Nacional de Áreas Protegidas Ano de Referência52 (US$)53 2007 Ano X54 (US$)55 Year X+556 (previsão) (US$)57 2008 2009 Comentários 2010 2011 2012 Recursos Financeiros Disponíveis (1) Orçamento anual do Governo central atribuído para a gestão das APs (sem incluir fundos de financiadores e receitas geradas pelo o sistema de APs) - Áreas protegidas nacionais - Áreas protegidas com gestão compartilhada (cogestão) por ONGs - Áreas protegidas regionais/provinciais/municipais) - Outras (2) Orçamento anual total do Governo para a gestão das (inclui fundos de doadores, empréstimos, recursos de compensação ambiental) - Áreas protegidas nacionais - Áreas protegidas com gestão compartilhada (cogestão) por ONGs - Áreas protegidas regionais/provinciais/municipais) - Outras 1.712.527 1.712.527 0 0 0 0 0 0 3.285.677 0 3.285.677 0 0 0 0 0 875.000 875.000 875.000 875.000 4.532.400 4.634.000 4.323.750 4.041.850 Há falta de informação sobre o orçamento afecto a todas as APs porque muitas não são operacionais. Esses dados financeiros dizem respeito às APs de of Serra Malagueta, Monte Gordo e Fogo (3) Total anual de receitas geradas na AP individual e 52 O ano de referência é ano em que o Quadro de Pontuação foi preenchido pela primeira vez e continua fixo. Inserir ano eg 2007. A taxa média de câmbio para 2007 é 1.22 54 X refere-se ao ano em que o quadro de pontuação foi preenchido e devis ser inserido (eg 2008). Pela primeira vez quando o quadro for preenchido X será o mesmo do ano de referência. Para os anos posteriores inserir uma coluna adicional para apresentar a data/ano em que o quadro é preenchido. 55 A taxa de câmbio de 1,22 a 9 de Setembro de 2008 56 Ano X+5 refer-se à previsão anual dos dados durante 5 anos no futuro, a partir da data em que o quadro de pontuação é preenchido. Os dados devem ser de um ano (eg ano X é 2008 então os dados devem ser apresentados para o ano 2013). Os dados devem basear-se em planos financeiros de longo prazo. Se não tiver sido feito nenhum planeamento financeiro então essa coluna pode ficar em branco. 57 Inserir em nota de rodapé a moeda local e a taxa de câmbio do US$ e data da taxa [1,22 a 9 de Setembro 2008] 53 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 150 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Análise Financeira do Sistema Nacional de Áreas Protegidas em todas as APs, detalhado por fonte a. Turismo - total - Turismo taxas - Arrecadação proveniente das visitas (ingressos) - Arrecadação adicional por parte de usuários - Concessões b. Serviços ecossitémicos (PSE) c. Outros (especifique o mecanismo de geração de receitas) (4) Receita anual total gerada por AP 58 - Áreas protegidas nacionais - Áreas protegidas com gestão compartilhada (cogestão) por ONG - Áreas protegidas regionais/provinciais/municipais) - Outras (de•na) (5) Percentual de receita gerada pelas APs retidos Ano de Referência52 (US$)53 2007 Ano X54 (US$)55 Year X+556 (previsão) (US$)57 2008 2009 2010 2011 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.285.677 3.285.677 4.532.400 4.634.000 4.323.750 Comentários 2012 pelo sistema central de AP para reinvestimento59 (6) Recursos •nanceiros totais disponíveis para o Sistema de APs [Orçamento do Governo mais apoio externo (ponto 2)] + [Total de receitas geradas (ponto 4) x receita gerada pelas APs retidos pelo sistema central de AP para reinvestimento (ponto 5)] 4.041.850 Os dados de 2007 a 2008 dizem respeito a 3 APs. Mas a partir de 2009 até 1012, os dados dizem respeito às 8 APS Custos e Necessidades Financeiras (7) Despesa anual total das APs (todo o custo operacional e de investimento das APs)60 58 59 Esse total sera o mesmo para (3) mas discriminado por tipo de AR em vez de tipo de recitas Isso inclui fundos a serem partilhados entre as APS e os intervenientes locais PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 151 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Análise Financeira do Sistema Nacional de Áreas Protegidas Ano de Referência52 (US$)53 2007 Ano X54 (US$)55 Year X+556 (previsão) (US$)57 Comentários - Áreas protegidas nacionais - Áreas protegidas com gestão compartilhada (cogestão) por ONGs - Áreas protegidas regionais/provinciais/municipais) - Outras 3.285.677 0 2008 3.285.677 0 2009 4.532.400 0 2010 4.634.000 0 2011 4.323.750 0 2012 4.041.850 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (8) Estimativa de Necessidades Financeiras 3.285.677 3.285.677 4.532.400 4.634.000 4.323.750 4.041.850 Na Na na Na na 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Na Na na Na na A. Necessidades financeiras estimadas para cobrir os custos (de operação e de investimento) de manejo básico B. Necessidades financeiras estimadas para cobrir os custos (de operação e de investimento) de manejo ótimo (9) Déficit •nanceiro anual (necessidades •nanceiras – fundos disponíveis)61 A. Superávit / dé•cit anual líquido atual.62 B. Déficit •nanceiro anual para cenários com despesas básicas C. Déficit •nanceiro anual para cenários com despesas ótimas 60 Em alguns países a despesa real difre da plaenada devido a problemas de desembolsos. Neste caso, a despesa real e uma nota sobre as taxas de dembolso e despesas planeadas podem ser indicadas na coluna dos Comentários. 61 Necessidades financeiras calculadas no ponto (8) menos o total de financiamentos disponível no ponto (6). 62 Istos sera mais relevante no caso das para-estatais e agências autônomas de gestão de APs com orçamento próprio. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 152 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Financial Scorecard – Parte II – Avaliação de Elementos do Sistema De Financiamento COMPONENTES E ELEMENTOS PONTUAÇÃO COMENTÁRIOS Componente 1 - Marco Legal, Regulatório e Institucional Elemento 1 –Apoio legal, político e regulatório para a geração de recursos para as APs (i) Leis ou políticas aprovadas que proporcionam mecanismos de geração de recursos para a área protegida. (ii) Instrumentos fiscais tais como imposto de turismo e água, ou exoneração fiscal para a promoção do •nanciamento de APs. Elemento 2 - Apoio legal, político e regulatório para a distribuição e retenção de receitas dentro do Sistema de APs (i) Leis ou políticas estabelecidas para a retenção de receitas pelo Sistema de APs (em nível central e de AP individual). (ii) Leis ou políticas estabelecidas para a retenção de receitas em nível de AP individual. (iii) Leis ou políticas estabelecidas para a distribuição de receitas em nível de AP individual com os atores locais interessados. Elemento 3 - Condições legais e regulatórias para o estabelecimento de Fundos (fundos fiduciários, fundos de amortização ou fundos rotativos) (i) Foi criado e capitalizado um fundo para •nanciar o Sistema de APs. (ii) Foram criados fundos para •nanciar APs especí•cas. Nenhum Poucos Vários Completo 0 1 2 3 1 0 Não Em formulação Sim, mas requerem melhorias Sim, satisfatório 0 1 2 3 Não Estabelecido Estabelecido com capital limitado Estabelecido com capital adequado 0 1 2 3 Não Em formulação Sim, mas requerem melhorias Sim, satisfatório 0 1 2 3 0 0 0 0 0 (iii) Os fundos são integrados nos sistemas •nanceiros de APs nacionais. Elemento 4 - Apoio legal, político e regulatório para acordos institucionais alternativos para o maneio de AP, de forma a reduzir os custos do governo (i) Existem leis ou políticas que permitem e regulam as concessões para a prestação de serviços em APs. (ii) Existem leis ou políticas que permitem e regulam a co-gestão das APs. (iii) Existem leis ou políticas que permitem e regulam a gestão das APs associada ao 0 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 153 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems COMPONENTES E ELEMENTOS governo local. (iv) Existem leis que permitem, promovem e regulam as reservas privadas. Elemento 5 - Políticas Nacionais de Financiamento de APs (i) Grau de formulação, adoção e implementação de uma estratégia nacional de •nanciamento22 (ii) Existem políticas chave de financiamento de APs para: - Geração de receitas e valores de de entrada (uso público) em todas as APs. - Critérios para a atribuição de orçamentos do sistema de APs às APs individuais (com base no tamanho, ameaças, existência de planos de negócio, nível de rendimento, etc.) - Medidas para salvaguardar que a geração de receitas não afete de forma adversa os objetivos de conservação de APs. - Planos de manejo incluem uma seção •nanceira ou planos de negócio. Elemento 6 - Avaliação económica do Sistema de Áreas Protegidas (serviços ecossistémicos, empregos provenientes do turismo, etc.) (i) Existem estudos de avaliação acerca da contribuição das APs para o desenvolvimento local e nacional (ii) O valor económico das APs exerce influência sobre as decisões tomadas pelo governo Elemento 7 - Planeamento orçamental governamental melhorado para o sistema de APs PONTUAÇÃO 0 Não iniciada Em progresso Completa Em implementação 0 1 2 5 0 Não 1 2 2 Não Parcial Satisfatório Completo 0 1 2 3 0 1 Não Sim 0 2 2 2 The PAs of Serra Malagueta and Monte Gordo are good examples of the approach. 2 Nenhum Parcial Em processo de Melhoria Completo 0 1 2 3 Quase Completo (i) Os mandatos institucionais quanto aos recursos das APs são claros e consensuais. Elemento 9 - As necessidades de pessoal, perfis e incentivos, estão bem definidos em Sim 2 2 2 (i) Política do Tesouro para o orçamentacao relativa ao sistema de APs prevê um aumento a médio a longo prazo dos recursos financeiros de acordo com as necessidades reais do sistema. (i) A política de governo promove o planeamento orçamental para as APs com base nas necessidades financeiras estipuladas em seus Planos de Maneio (Iii) Há políticas que indicam que o orçamento para as APs deve incluir fundos para o sustento das comunidades que vivem dentro e ao redor das APs, como parte das estratégias de redução da ameaça Elemento 8 - Responsabilidades institucionais claramente de•nidas para a gestão e •nanciamento de APs COMENTÁRIOS 1 Nenhum Parcial PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 154 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems COMPONENTES E ELEMENTOS nível de AP individual e do sistema PONTUAÇÃO COMENTÁRIOS complete 0 (i) Existência de uma estrutura organizacional com número suficiente de economistas e analistas •nanceiros nas instituições que gerem as APs (ao nível central, regional e individual), e autonomia para assegurar a gestão adequada dos recursos do sistema de APs. (ii) As responsabilidades dos chefes de cada AP incluem a gestão financeira, efectividade de custos e captação de recursos. (iii) Incentivos orçamentais motivam os chefes das APs a promover a sustentabilidade •nanceira ao nível de AP individual (ex. APs individuais que geram recursos não sofrem cortes orçamentais). (iv) As avaliações de rendimento dos chefes de APs incluem avaliações de bom planeamento •nanceiro, geração de recursos, cobrança de ingressos e maneio economicamenete viável. (v) Os administradores de APs têm a possibilidade de orçamentar e planear a longo prazo (ex. 5 anos de prazo). 1 2 3 0 1 0 1 1 Pontuação para Cabo Verde: 22 / 79 = 29% Pontuação Total para a Componente 1 Componente 2 - Planeamento de Negócios e Ferramentas para uma gestão economicamente viável Elemento 1 – Planeamento de Negócios ao nível de AP individual Não iniciado Etapas iniciais Quase complete Completo 0 1 2 3 (i) Planos de maneio das APs apresentam objectivos de conservação, necessidades administrativas e custos baseados em uma análise de viabilidade económica. 1 (ii) Planos de negócios, com formato padronizado e vinculados aos Planos de Maneio e seus objetivos de conservação, são elaborados em todo o Sistema de APs25 (iii) São utilizados Planos de Maneio em APs piloto (o grau de implementação mede-se pelo alcance dos seus objectivos) (iv) Planos de negócio são implementados em determinadas APs do Sistema (Planos de negócio não são úteis em APs que não geram receita) (v) Déficit •nanceiro identificado nos Planos de negócio para as APs e contribuem para a planificação e orçamentação ao nível do sistema OApenas as APs de Serra Malagueta, Monte Gordo e Fogo têm um tipo de planos de gestão. As outras APS não estão em funcionamento. 1 1 oOplano de negócios da AP do Fogo está em perspectiva 1 Apenas com o plano de negócios da AP do Fogo. 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 155 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems COMPONENTES E ELEMENTOS (vi) Os custos da implementação dos planos de negócio são monitorados e incorporados nos relatórios de orientação sobre viabilidade económica e de rendimento •nanceiro. Elemento 2 - Sistemas de contabilidade e auditoria, operacionais, transparentes e práticos (i) Existe um sistema de contabilidade de custos transparente e coordenado (operacional e de investimento) em funcionamento para o Sistema de APs. (ii) Sistemas de monitorização de recursos de cada AP estão estabelecidos e em operação. (iii) Existe um sistema que permite que os dados de contabilidade contribuam ao planeamento e elaboração de orçamentos ao nível do Sistema de APs. (iv) Existe um sistema para que os dados de contabilidade contribui para a elaboração dos relatórios nacionais Elemento 3 - Sistemas para a monitorização e apresentação de relatórios sobre o desempenho da gestão •nanceira (i) Todas as receitas e despesas da AP são comunicadas de maneira transparente (ii) Retornos •nanceiros relaccionados aos investimentos na área turística são medidos e comunicados, quando possível (ex. registar o incremento de receitas provenientes visitas antes e depois do estabelecimento de um centro de visitantes) (iii) Há um sistema de monitorização e comunicação funcionando para mostrar como e porquê os fundos são alocados às APs individuais e ao organismo central das APs. (iv) Desempenho financeiro das APs é avaliado e reportado (ligado à relação custoeficácia) Elemento 4 - Métodos para a alocação de recursos às APs individuais (i) O orçamento do Sistema Nacional de APs é atribuído apropriadamente às APs individuais com base em critérios definidos na estratégia financeira nacional (ii) Fundos arrecadados para as APs sob co-gestão complementam os esforços de moblização de recursos ao nível dos sítios Elemento 5 - Redes de treinamento e apoio que possibilitam que os administradores de APs actuem de maneira viável. (i) Diretrizes para gestão economicamente viável foram desenvolvidas e estão sendo utilizadas pelos administradores de APs. (ii) Comparações de custos operacionais e de investimento entre APs estão disponíveis e em uso para o monitorização do desempenho dos administradores de APs. (iii) Sistemas de monitorização e capacitação sobre viabilidade económica estão PONTUAÇÃO COMENTÁRIOS 1 Não iniciado Etapas iniciais Quase complete Completo 0 1 2 3 0 0 0 Sistema muito eficcaz em funcionamento 0 Nenhum Parcial Quase complete Completo e Operando 0 0 1 2 3 0 0 0 Não Sim 0 2 0 0 Ausente Parcialmente realizado Quase complete Completo 0 1 2 3 0 0 0 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 156 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems COMPONENTES E ELEMENTOS estabelecidos e retroalimentam as políticas de gestão e planeamento do sistema. (iv) Os administradores das APs estão capacitados em gestão •nanceira e gestão economicamente viável. (v) Os administradores das APs ompartilham os custos das práticas comuns entre si e com a sede PONTUAÇÃO COMENTÁRIOS 0 . 0 Pontuação para Cabo Verde: 5 / 61 = 8% Pontuação Total para a Componente 2 Componente 3 - Ferramentas para geração de recursos Elemento 1 – Número e variedade de fontes de recursos utilizadas pelo sistema de APs (i) Uma análise actualizada de todas as opções de receitas para o país está completa e disponível, incluindo estudos de viabilidade. (ii) Existem diversas fontes e mecanismos gerando fundos pare o sistema de APs. (iii) As APs utilizam mecanismos de receita e geram receitas líquidas positivas (maiores que os custos operacionais anuais e a longo prazo recuperam os custos de investimento inicial). Elemento 2 - Estabelecimento de valores de taxas a serem cobradas dos usuário do sistema de APs (i) Uma estratégia e um plano de implementação de tarifas para o usuário, que contemple todo o sistema, foram formulados e é adoptados pelo governo. (ii) A indústria do turismo e o Ministério do Turismo apoiam e são parceiros dos programas e sistemas de tarifas a usuários. (iii) Os investimentos de infra-estrutura turística das APs individuais do Sistema são orçados e implantados com base em uma análise da receita potencial e do retorno do investimento (iv) Quando se promove o turismo, os administradores das APs são capazes de demonstrar um ganho máximo e ao mesmo tempo, atingir os objectivos de conservação da AP. (v) Tarifas não relacionadas ao turismo são aplicadas e geram receita adicional. Não Parcialmente Alguns Ótimo 0 1 2 3 Não Parcialmente Satisfatório Completo 0 1 2 3 0 0 0 Apenas tarifas de entrada existem em algumas APs. 1 1 0 Agora,os objectives do turismo e das APs não estão ligados. 0 Câmaras Municipais aplicaram taxas de utilizadores sobre as actividades económicas resultantes de algumas APs. 1 Elemento 3 - Sistema efectivo de arrecadação de tarifas (i) Uma estratégia e um plano de implementação de tarifas para o usuário, que contemple todo o sistema, foram completados e adoptados pela autoridade competente de Aps Nenhum Parcialmente Completo Operando 0 1 2 3 1 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 157 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems COMPONENTES E ELEMENTOS (incluindo co-gestores) Elemento 4 - Estratégias de marketing e comunicação para mecanismos de geração de recursos (i) Campanhas de comunicação ao público e marketing relacionadas às taxas de turismo, taxas de conservação, etc., são difundidas amplamente e têm alto perfil ao nível nacional. Elemento 5 - Mecanismos de pagamentos por serviços ecossitémicos (PSE) em operação para as APs [4] (i) Uma estratégia e plano de implementação de PSE que abrange todo o sistema está completa e é adoptada pelo governo. (ii) Esquemas experimentais (pilotos) de PSE são desenvolvidos em APs selecionadas. (iii) O desempenho operacional dos esquemas pilotos é avaliado e reportado. (iv) A ampliação dos mecanismos de PSE no sistema de APs está em desenvolvimento. (iv) Estão acontecendo melhorias nas concessões de todo o sistema de APs Elemento 7 - Programas de capacitação sobre mecanismos de geração de rendimento em APs (i) O governo e outras autoridades competentes realizam cursos de capacitação para administradores de APs sobre mecanismos de geração de rendimento e gestão •nanceira. Data: Parcialmente Satisfatório Completo 0 1 2 3 Não está claro se foi realizado directamente. 1 Nenhum 0 Parcialmente Em Evolução 1 2 Completo 3 0 0 0 0 0 (i) Uma estratégia global e plano de implementação ao nível do sistema completos e aprovados pelo governo para concessões (ii) Existem oportunidades de concessões em APs piloto. (iii) O desempenho operacional (do meio ambiente e financeiro) das APs piloto é monitorado, avaliado e reportado e, se necessário, são tomadas medidas correctivas. COMENTÁRIOS Não Nenhum Elemento 6 - Concessões ocorrendo dentro de APs Pontuação Total para a Componente 3 PONTUAÇÃO Parcialmente Em Evolução 1 2 Completo 3 0 0 SAlgumas actividades de ecoturismopodem ser consideradas como oportunidades de concessão 1 0 Nenhum Limitado Satisfatório Amplo 0 1 2 3 Nenhum curso de formação para os gestores das APs 0 Pontuação para Cabo Verde: 5 / 57 = 7% Julho de 2009 (com correções de cálculo introduzida em abril de 2010) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 158 GEF-4 Tracking Tool for Biodiversity Focal Area Strategic Objective One: Catalyzing Sustainability of Protected Area Systems Financial Scorecard – Parte III – Progresso na Pontuação e Medição PONTUAÇÃO TOTAL PARA O SISTEMA DE APS 33 Pontuação Total Máxima 197 Percentagem da pontuação actual com base no Total Possível 17% Percentagem obtida no ano anterior Data: n/a Julho de 2009 (com correções de cálculo introduzida em abril de 2010) PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 159 Anexo 7. Análise de Intervenientes Detalhada [Disponível em ingles somente – a ser traduzido se necessário na fase de arranque do projecto] STAKEHOLDER BRIEF SUMMARY DGA - General Directorate for the Environment 1. Responsible for terrestrial and marine PA studies and development; 2. Responsible for marine turtles and the CBD focal point; 3. PANA project responsible; 4. Environmental quality and exotic species control team 1. Responsible for implementing the forestry national policy; 2. Human resource availability has limited this policy’s implementation; 3. Currently developing an updated inventory of the national forest(?); 4. Encountering significant problems with forest surveillance in the rehabilitated areas; 5. Forest recovery activities consist of approx. 200 trees/hectare planted per annum; 1. DGCI role is mobilizing international and national funds; 2. Coordinating international cooperation; 1.No national strategic plan for tourism is available; 2. Current efforts aim towards developing such a plan and the resulting institutional framework; 3. No national plan for ecotourism activities development is available either. 1. CVI has been primarily considered as a land real estate rather than as a tourism planning strategy institution; 2. CVI leads field and institutional assessments for tourism development on each island; DGASPDepartment of Agriculture, Livestock and Fisheries DGCIinternational cooperation DGDT General Directorate for Tourism Development CVI- Cape Verde Investment Society (parastatal) EXPECTATIONS Central Government Level 1. The government has great expectations for the PAs GEF project; 2. PAs management plan and framework developed at the national level; 3. More flexible financial strategy developed for PAs management; RELEVANCE TO PRODOC 1. PAs management plans for the rehabilitation of degraded areas in a participatory manner; 2. Passing from 20% (~85.000 hectares) of territory land covered by forest to 25%(~100.000 hectares) in PAs and degraded ecosystems; 3. Establishment of small research plans / areas in terrestrial PAs. 1. Coherence between key research institutions for PAs management and activities implementation; 2. Capacity building for natural resource management at the local level; 3. Support for the Floris atlantica rehabilitation project on Boavista, Sal and Maio islands. 1.Coherence in funds mobilization to agree with ministers council approvals and Local Development Plans (PND). 1. Expect to be strategic partners in this project; 2. A legal regulation framework for ecotourism as an output of this project; 1. Support for rehabilitation of the National Environmental fund; 1. An integrated national plan for tourism development in Cape Verde; 2. Boavista and Maio tourism plans revised to introduce more sustainable approaches and options. 1. An eco-tourism industry in Cape Verde is yet to be developed; 2. Few existing eco-tourism experiences need institutional and technical strengthening (Sao Antão, Fogo, S. Antão and Boavista). 1. Support for the creation of a specialized agency for PAs management; 2. Technical support for natural resource and conservation management issues in the selected PAs; 1. A focal point for PAs was designated; 2. Technical support for the regulation of tourism activities in PAs. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 160 STAKEHOLDER Austrian Development Agency Spanish Development Cooperation European Union BRIEF SUMMARY 3. CVI is responsible for identifying tourism markets and investment priorities for each island. EXPECTATIONS Development Partners and larger NGOs 1. Support for the environmental sector through 1. The main challenge is to design effective the national budget to implement the PANA (4 environment indicators to control government millions € for 2009-20011); progress (i.e. criteria to assess good 2. Support from the national budget goes into environmental governance, satisfactory good governance, environment and capacity implementation of PANA, and good PA building (treasure, DGA and tourism); management) 3. They evaluate environment indicators to asses 2. Recommends UNEP involvement in the progress. project evaluation; 3. PANA will be updated in Sep. 2009, which will be a good opportunity to design and unify (present project, DGA, Austrian coop.) environment indicators for its follow-up and evaluation; 4. The potential of Trust-funds for PA funding could effectively contribute to strategic planning, natural resource and conservation management. 1. National environment sector strengthening 1. Better coordination, communication and through National budget support with two information sharing between international monitoring criteria, good governance and partners for environment support activities; environment policies implementation; 2. Clear government commitment for PA 2. Support in collaboration with the Canary management; Government to marine biodiversity studies and 3. Technical and Financial support to DGA for monitoring in Sal and Boavista. PA management. 1. Approx. 85% of the EU Aid budget is deposited into the national treasury to support environment programs, among other things; 2. Support environment policies through PRCM; 3. Finance Murdeira and St. Luzia MPAs; the Watershed management Project (Fogo, Brava, Santo Antão) for drip-irrigations; and forestry recovery; 4. From Headquarters and through PNUD, the EU 1. From the EU cooperation perspective, there is potential to support PA management through a Trust fund, either through the UN or the national budget fund (in the area of institutional support); 2. Framework and responsibility defined at the National level regarding PA management. RELEVANCE TO PRODOC 1. A Trust-fund approach for PAs long term sustainability could be an effective solution; 2. Interested to be involved in setting up this potential Trust-fund; 3. Environmental indicators monitoring at National leve 1. Direct actions aiming at the sustainability of already existing and planned PAs (SM and MG); 2. Law enforcement and surveillance system through a good governance approach (Police and Port Authorities) 3. National Assembly approval of selected PA boundaries (indicator of results); 4. Support for Municipalities and local communities in PA management and capacity building. 1. Potential support for municipalities and NGOs through the EU Fund for capacity strengthening in natural resource management (800,000 €); 2. Potential support through a project budgeted at 30 millions € for infrastructure support in the areas of sport, environment and good governance (Fund INTERREG-EU). PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 161 STAKEHOLDER French Development Agency Peace Corps, US WWF Cape Verde Regional Coastal and Marine Conservation Programme for West Africa (PRCM) Amigos da Natureza (AAN), affiliated to the international NGO Friends of the Earth BRIEF SUMMARY supports water and energy policy development each year; 5. The fisheries sector is financed by supporting artisanal fisheries sustainable management and Fisheries surveillance (DGP). 1. The main objective is to support institutional decentralization; 2. Development programme supported by the National Budget support (Governance, Education and Culture, Community and Civil society) 3. No direct support in environmental issues; 4. Support in clean energies (2000,000 €); 1. Supported the first phase of PAs by providing environmental educators; 2. Actively engage in supporting PA network systems by providing specialized personnel; 1. Biodiversity conservation and MPA establishment; 2. Two sites: MPA of Murdeira and MPA of S. Luzia; 3. Challenges are: (i) financial and technical sustainability and (ii) strategic planning for PA management. 1. PRCM is a regional program aiming to develop capacities (regional and local) for marine biodiversity conservation and natural resource management in coastal environments; 2. PRCM thematic components are: Conservation, Fisheries and ICZM. EXPECTATIONS RELEVANCE TO PRODOC 1. Private sector compensation for the environmental impacts (Monte Adriano, Orlando Cunha, Estefanina etc.); 2. Co-financing at the technical and financial level is possible, but needs to be negotiated with headquarters 1. Supports the GEF energy project in FOGO; 2. This project can support local community associations for project proposal development and presentation to the French Dev. Agency; 1. Clean energy in all PA buildings and surrounding communities; 2. Legal approval of MPAs within 18 months of project inception. 1. Sal island MPA establishment; 2. Concerned that the proposed PAAA will become too much of a high-level and bureaucratic institution; 3. Protocol signatures and MOU to have clear responsibility for PA management. 1. Technically support this project by providing 4 Peace Corps personnel (Environmental Educators and Engineers); 2. Share information and lessons learnt in other PAs; 1. Challenges in law enforcement, surveillance and prosecution for environmental offences; 2. Marine Environment Awareness project for Children in cooperation with DM education; 3. The new vision for eco-tourism in Boa Vista project; 1. PRCM is interested in contributing technically to PAs GEF project; 2. Strengthening the ongoing efforts of MPAs for coral conservation; 3. Effective and operational establishment of the autonomous PAAA to ensure the sustainability of PA management. 1. National NGO based on volunteering and working on reforestation, animal husbandry, agriculture, school construction, and professional training; 2. Establish and maintain small Monte Verde nursery; 3. Experience in fruit tree introduction and production; 1. Establish partnerships for the Monte Verde PA management; 2. Awareness raising with land-owners and farmers for PA activities; 3. Financial sustainability for PA management (i.e. not exclusively based on volunteering) 1. All those involved at PRCM NGOs (UICN, FIBA, WWF, WETLAND international) are potential partners of the current project’s activities; 2. The BIOMAC project promotes information exchange and capacity building in regards to biodiversity conservation; 3. Supporting stakeholder involvement and capacity building. 1. Inexistent law enforcement for environmental offenses; 2. Garbage and animal husbandry activities are biodiversity threats in Monte Verde; 3. Land property issues need to be discussed in a participatory approach; 4. PA is an important source of medicinal plants for locals; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 162 STAKEHOLDER MANTA DIVING, Sal Island UNOTUR /FROMITUR UNOTUR National Association of Tour Operators, Sal Island BRIEF SUMMARY EXPECTATIONS Private Sector Tour Operators on Sal and Boavista Islands 1. Private enterprise with strong knowledge of Sal 1. To support the project through knowledge marine and coastal environment and associated sharing; threats; 2. Concerns regarding the effective MPA management in Sal. RELEVANCE TO PRODOC 1. Coral reefs in P. Sinó are threatened by pelagic fishing with nets; 2. In the area of C. Fragata there is illegal shark fishing (2 miles off the coast} 3. 2 miles off the coast of P. Sinó there is a submarine landscape worth conserving; 4. Artificial coral reef project, with funding from IPIMAR and The Lisbon Oceanarium and in partnership with the University of Algarve; 1. Resolution of existing land conflicts among tourism operators (UNOTUR), CMSal and the Government; 2. Coastal management in partnership with the CMSal; 3. International promotion of environmental tourism in Sal and Boavista; 1. Currently transformed into the newly created Chamber for trade and tourism confederation; 2. Represents hotels, restaurants, travel agencies and businessmen associations; 3. Represents Cape Verde in international tourism fairs; 4.Organizes a yearly international tourism conference; 1. Natural Tourism enterprise, providing snorkelling, and bird, turtle and whale watching activities in the proposed MPA to tourists and tourism operators; 1. Expects the Government and Municipalities to assist in improving local tourism conditions and infrastructures in Sal and in the overall environment; 1. Actively involved in the project as natural and eco-tourism specialists in Boavista; 2. Establishment of a control and surveillance system in the proposed MPA; 1. Approx. 1500 tourist/ week enter Boavista by charter flights. ; 2. Sharing awareness raising, eco-tourism experience and lessons learned in Boavista. Espingueira Hotel, Boavista Island 1. Private tourism investor with a small eco-hotel on the north-east coast. 1. Interested in becoming involved in the project as private investors in eco-tourism 1. Sharing eco-tourism experience and lessons learned in Boavista. CMSV 1. To be effective and efficient in PA management, the CMSV requires serious commitment by the central government to institutional and financial support; 2. Need to establish a local fund to directly manage PA activities and maintenance; 3. CMSV can support awareness raising campaigns; DMADRRM 1. Responsible for PA management; 2. Recently hired a PA specialist to begin the PA Naturalia, Boavista Island Local Government Level -- São Vicente Island 1. Leading role for awareness raising, and natural tourism activities; 2. Integration of the island tourism plan in PA management; 3. Further development of the S. Luzia MPA; 4. Participatory approach to PA establishment; 1. PA management as a shared responsibility between DMADRRM, Farmers, Women 1. Access to M. Verde is blocked during rainy seasons (2 weeks) due to strong land erosion; 2. Land ownership in M. Verde needs to be changed, as the majority of PA land is private; 3. CMSV potential activities: (i) education centre with endemics and medicinal plans, (ii) establishing a farmer managed botanical garden and medicinal plant site; (iii) construction of three thematic “View Points” (Mindelo, Santa Luzia, Praia Grande/B. das Gatas); 1. PA management, control and enforcement of the conservation PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 163 STAKEHOLDER BRIEF SUMMARY management plan; 3. Funds allocation for PA activities are presented to DGA for approval; National Institute for Fishery Development INDP 1. Fisheries management research institute; 2. Other thematic areas: marine biodiversity conservation and natural resource management research; 3. Experience in developing co-management projects in MPAs, and community-based coastal management. Porto Novo Municipal Council (CMPN) Municipal Environment Unit in Porto Novo DMADRRM Municipal Council of Boa Vista (CMBV) EXPECTATIONS associations and CMSV; 2. Technical capacity available, but lacking delegation and in need of all types of equipment and materials necessary for the implementation of PA management activities; 1. Active partners in all project phases; 2. Involve Port Authorities for MPA law enforcement. Local Government Level – Santo Antão Island 1. Responsible for water distribution, sewages 1. A conservation approach integrating (basic sanitation), coastal territory planning, and effective PA management with the forest of fire fighting; Planalto do Leste; 2. Moroços PA belongs to the R. Grande and P. 2. Tourism service development due to PA Novo municipalities, but in the buffer zone there establishment; are 3 communities under P.Novo jurisdiction, 3. Rangers in the forest should be better each of them with about 86 families: Lombo de equipped and trained in order to effectively Figueira, Lagoa and Pico da Cruz. carry out their duties. 1. Priority issues are water supply, sewage 1. Active partners for PA management; treatment and sanitation, which contribute to 2. Participatory activities supporting MDG achievement; community communication, information 2. Other politics in PAM include actions against sharing , and training for PA management. soil erosion, promotion of sustainable agriculture production, fisheries and BD, 3. Promoting PAs and watershed planning; 1. Responsible for forest management; 1. Technical staff available in order to answer 2. Not a specialist on PA or biodiversity specialized PA management needs; conservation; 2. Review and improvement of the forest 3. Overwhelmed by the responsibilities and duties rangers system. of working in 3 municipalities, due to limited human resources. Local Government Level – Boavista Island 1. 4 communities are located within the PA: 1. Directly involved in the project; Povoação Velha, João Galhego, Tarafes and 2. Integration of local communities into the Fundo de Figueiras, comprising around 1000 MPA management plan; RELEVANCE TO PRODOC 2. The Land property issue needs in depth consultations, communication, information and awareness raising among land owners and farmers in the PA 1. Different ongoing projects: (i) marine turtle conservation, (ii) community based marine turtle project (PRCM/IUCN); (iii) Santa Luzia MPA management (WWF, DGA partnership); 2. Advisors in environmental monitoring, database management, community mobilization and engagement and information exchange, 1. A forestry specialist has been hired by the DMADRRM in Santo Antão; 2. Institutional support for PA establishment and management plan development; 3. Renewable energy project (solar, wind and hydraulic) for PAs; 1. Main challenge/ limitation is funds limitation; 2. The Plan Alto do Leste have already had important projects aiming at rural development, rural extension, and forest management. This experience should be used as a basis for this project; 3. Community engagement and experience for environmental issues. 1. Collaborating with an EU project for watershed management; 2. Institutional support for PA establishment and management; 3. Experience working with local community associations on environmental issues. 1. ZDTI (Touristic development areas) are expanding towards the proposed MPAs; 2. Include alternative economic activities (agriculture, PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 164 STAKEHOLDER DMADRRM Tourism Development Agency for Boavista and Maio SDTIBV Municipal Council of Sal (CMSAL) Representation of DGA for Sal and Boa Vista BRIEF SUMMARY people; 2. Approx. 100 fishermen live in the Sal Rei village and fish along the coastal zone, in the 3 miles reserved exclusively for artisanal fishing; 3. Fishermen from Santiago concentrate their activities in Boavista; 4. No taxes for tourism activities are in place; 5. The CMBV has good relations and communication with all tourism operators on the island; 6. The national environment fund does not contribute to the CMBV 1. Limited human resources are available to lead participative and integrated PA establishment processes; 2. Majority of MPA land (i.e. coast) belongs to the State; 1. Officially delegated by the Central State, they should have jurisdiction over Governmental land; 2. Lead territory planning and project development in the ZDTI; 3. An “Integrated Tourism Development Plan” for Boavista and Maio has been recently concluded, but is still awaiting official approval by the Central Government; EXPECTATIONS 3. Capacity building training for eco-tourism and conservation management; 4. Involvement of all local partners (DMADRRM, IMP, Natura 2000, Turtle foundation, and tourism operators). RELEVANCE TO PRODOC animal husbandry, goats, livestock, cheese production) to engage communities in the MPAs; 3. Institutional support to enforce environmental laws and prosecution; 1. Integrated approach (i.e. different stakeholders) for MPA management; 2. Control and law enforcement in the MPAs for environmental offences; 1. Engaging communities in the MPA management process by organizing/ creating community associations; 2. Institutional support as direct DGA representative. 1. Strategic partners in the project; 2. The major challenge is to form community organizations that will be engaged in PA management; 3. Potential financial support for professional training for local young people in the areas of tourism guide, alternative agriculture, local organizational community and fishermen development Local Government Level -- Sal Island 1. Critical position regarding MPAs management 1. Key stakeholder in MPA management; in Sal, as tourism development and real-estate 2. Expect eco-tourism initiatives in Sal island pressure on coastal environment is outside the through the establishment of new MPAs. scope of CMSALs responsibility (decisions made at the Praia level). 1. Mainly deals with the environmental impact 1. The area of Murinho de Açúcar to be assessment of tourism projects, submitted for protected; approval to the central government, in Sal and Boa; 2. Official government responsible for environmental themes in Sal and Boavista. 1. Road will be extended from the East (into the proposed MPA); 2. The port will be expanded, and a new one built to the North of Sal Rei; 3. Land is not sold to private investors, but conceded for a 90 years period. 1. Resolution of decision making procedure between CMSal and Government; 2. Ecotourism in S. Negra project, including an ecoschool and a virtual library; 1. Review of tourism projects approved for the southwest coastal zone, from P. Sinó to the islet of Rabo de Junco, to clearly establish environmental impacts; 2. In the area between and around C. Fragata and S. Negra, some preliminary tourism projects have been proposed inside the official MPAs; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 165 STAKEHOLDER Municipal Council of Santa Catarina, on Fogo Island Municipal Council of Mosteiros, on Fogo Island SOS TARTARUGA Fishing community of Palmeira NATURA 2000 TURTLE FUNDATION BRIEF SUMMARY EXPECTATIONS Local Government Level -- Fogo Island 1. CMS Catarina includes most of the PA surface 1. Capacity building for natural resource and 2. In the PA, three local communities are present: PA management; Chã das Caldeiras (1000 people), Estância Roque 2. Rehabilitation (quality, data management) of and Bongaieira. the Chã das Caldeiras areas; 1. Part of the PA under CM Mosteiros 1. Strategic partner for the PA management; jurisdiction; 2. Community awareness raising campaigns 2. No local community from the municipality for the PA; exists in the PA; 3. Community involvement in tourism 3. CM Mosteiros started a pilot “participatory activities in the PA. budget” experience to better manage limited funds for development activities. 1. An environmental protection NGO involved in marine turtles conservation (MTC); 2. Main objective is stopping people from eating turtles - C. Caretta; 3. Interventions: ecotourism, hatchery, surveillance with support from INDP and WWF, and involving fishing communities. 1. 1. Critical position regarding MPA management in Sal, as tourism development and real-estate pressure on the coastal environment is out of their control. 1. National NGO supported by EU and Spanish funds; 2. Marine turtle conservation and ecology research; 3. Main objective is protecting beaches in order to conserve turtles; 4. Involved in awareness raising events with the local Sal Rei population and schools. 1. International NGO working in marine turtle conservation in the Northern and Southern NGOs – Sal Island 1. Involving local fishing communities in marine turtle conservation. 1. Legal establishment and respect of MPA rules. NGOs - Boavista Island 1. MPA to be legally established as an instrument for biodiversity conservation; 2. Active community involvement in the project (at the present lack of interest); 1. Interested in becoming involved in the project for capacity –building activities with RELEVANCE TO PRODOC 3. Support to the reduction of the environmental impact of stone extraction in Buracona/Ragona and Murilho Filho; 1. Institutional support for PA management; 2. Support for PA awareness raising campaign. 1. Integrate communities into conservation practices, particularly schools; 2. No participation by communities in forest management; 3. Young people involved in PA tourist activities; 4. Honey production had no success (DMADRRM); 5. Assisting farmers with irrigation, animal husbandry, pest management, coffee white fly; 1. Ecotourism packages include night walks (8 people), star gates and walks around the turtle area; 2. Environmental education and recreation initiatives for kids; 3. Involving the construction industry is a major challenge, as is beach surveillance. 1. Involvement of young fishermen in MPA monitoring and eco-tourism activities through SOSTartaruga. 1. Sharing awareness raising experience and lessons learned in Boavista. 1. Tourism operators have asked the foundation to establish marine turtle eco-tourism; PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 166 STAKEHOLDER The Youth Centre of Boavista COSPE - Local NGO focused on development Cape Verde Women’s Organization (OMCV) Community association of Lajedos Land owners and grogue producers Farmers from Cova ATMAR (local NGO) BRIEF SUMMARY (Lacacão) beaches. 1. Promote professional training and volunteering among the youth population; 1. International NGO supporting local farmer associations with 100 members producing wine; 2. Support in improving wine production, rural tourism development and tourism reception structures; 1. Women’s association working towards empowering women rights and skills development. EXPECTATIONS local communities. 1. Technical support and training for conservation monitoring, and engaging environmental school education. NGOs -- Fogo Island 1. To clearly define the vineyard producing land and territorial planning for economic activities in the PA; 2. To create new jobs around the PA; 1. Young professional woman training in PA management to avoid prostitution; 2. Tourism control in the park, 3. Family nucleus education and assistance in PA; 4. Micro-credit scheme established. Community Organizations -- Santo Antão Island 1. A women’s group that buys local prime 1. Active partners in PA management and material (grouge, medicinal plants) and sells it to tourism activities. other communities; 2. Provides jobs to local members during the jam production; 3. Organizes a monthly information-sharing event with other communities to discuss lessons learned and updates. 1. 30 families are the owners of the land in Cova, 1. Eco-tourism initiatives; and produce grouge. 2. Environmental control of grogue production. 1. They do not own the land, and are not 1. No clear/ direct interest in the project at this interested in getting organized; stage. 2. They live in communities around the PA; 1. Working in S. Vicente, S.Nicolau and S. 1. Active partners in the project management; Antão; not a service provider. 2. Targeted groups are fishermen and farmers; 3. Major focus is on mobilizing and empowering people / communities; 4. Experience in local products marketing and trade, design and craft-making, with experience in eco-labelling; RELEVANCE TO PRODOC 1. Sharing capacity-building experience and lessons learned in Boavista. 1. Involve and engage communities in PA planning; 2. Support natural products markets (agricultural, craft); 3. Experience with basic tourism reception. 1. Project for sustainable tourism in Fogo; 2. Community based organization and engagement; 3. Experience in awareness raising of negative tourism impacts (prostitution, paedophilia, drug abuse). 1. This Project has provided jobs to community members, in a poor production area that has no employment options; 2. Sharing their experiences of PA management activities .in regards to community involvement; 1. A project to support the ecologically sustainable production of grouge, as well as quality control. 2. Eco-tourism engagement and support. 1. The PA produces plenty of fruits, figs, vineyards, and vegetables; 2. Value of PA services needs to be disseminated. 1. Coordinate an NGOs Network, gathering 24 associations working in three islands, known as RASOL 2. Current projects with youth, intergraded local development, and professional training; 3. Involved in the Watershed territory planning in Santo Antão PA. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 167 Anexo 8. Visão Geral dos Estudos da Fase PPG [Sumários em ingles – alguns títulos estão disponíveis em português] 1 Sillitoe, Andrew (2009): PPG-Project phase GEF-4176 Consolidation of Cape Verde’s Protected Areas System: Ecotourism & Livelihoods 43 pages 2 Vera-Cruz, Maria Teresa (2009): Subsídios para a elaboração do projecto da “Consolidação do Sistema Nacional de Áreas Protegidas em Cabo Verde” 43 pages 3 Corrine do Rosário Timas Almeida Msc. (2009): Consolidação do Sistema Nacional de Áreas Protegidas de Cabo Verde: Áreas Marinhas Protegidas Universidade de Cabo Verde 22 pages Borges, Luísa & Furtado, Solange (2009): Consolidação do Sistema Nacional de Áreas Protegidas de Cabo Verde: Relatório da Componente relativa a “Políticas, Assuntos Jurídicos e Institucionais” 27 pages 4 The study analysed the potential for ecotourism development at target PAs and the immediately adjacent areas. It prepared recommendations for Full Project activities to develop and implement ecotourism at selected sites. An analysis of potential for alternative livelihoods at the 8 PAs and surrounding areas has been carried out, including production and marketing strategies for fisheries (MPAs), aquaculture, food products, lodging, guides and craft sales and. Additionally, a review of Carrying Capacity was undertaken in accordance with the project PPG document. The study analysed information on the state of biodiversity in project target terrestrial areas, using existing information sources. This information was compiled and presented in descriptive form. Information on PAs coverage of globally significant biodiversity was also gathered and presented. A set of ecological indicators for inclusion in the Full Project were proposed, but the lack of more detailed data to quantify those was pointed out as a problem. Recommendations for Full Project activities were provided. The study analysed information on the state of biodiversity in project target coastal and marine areas, using existing information sources. This information was compiled and presented in descriptive form. Information on PAs coverage of globally significant biodiversity was also gathered and presented. A set of ecological indicators for inclusion in the Full Project were proposed, but the lack of more detailed data to quantify those was pointed out as a problem. Recommendations for Full Project activities were provided. The study focused on collecting and analyse information on existing policies, legal and regulatory framework for PA management in Cape Verde. It identified deficiencies in this framework. Capacity gaps were also analysed using the UNDPs Civil Society Organization Capacity Assessment Tool. Considerations about the needs for PA management and expansion, including consultations regarding the creation and feasibility (political, institutional and financial) of a new PA Autonomous Authority (PAAA), were also taken into account. Recommendations on institutional capacity building for effective PA management were made. 5 Veiga, José Augusto Lopes da (2009): Consolidação do sistema de áreas protegidas em Cabo Verde: Estudo socio-económico 44 pages The study focused on baseline information on social and economic development context in and around target PAs for the project, including land tenure and resource use issues. The study is rich in data and the focus was mostly on the local livelihoods, including resource ownership and management issues. Recommendations for development during Full Project were provided. 6 Djigo, Seybatou Alpha (2009): Analyse du programme financier du système national d’aires The study includes an extensive analysis of financial program and management systems and capacities at the level of the PA institution and individual PAs/MPAs. It included an initial analysis of existing and PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 168 protégées au Cap Vert, et de sa gestion au niveau institutionnel et individuel 81 pages 7 Merino, Sonia (2009) : Stakeholder consultation and engagement - SPWA Consolidation of Cape Verde’s Protected Areas System / PPGProject phase GEF UNDP PIMS Project ID: 4176 84 pages potential PA financing, and of current and potential PA funding in Cape Verde, of the costs for effective PA management, and of the gap between funds available and funds needed. Analysis of potential funding strategies and mechanisms for PAs in Cape Verde was equally carried out and the Financial Sustainability Scorecard was applied. The study includes a stakeholder analysis for PA management (at the national and regional levels); to identify capacity barriers and capacity building needs; identify opportunities for public-private partnerships; assist in the mobilization of co-financing and develop stakeholder participation and engagement plans for the FSP. The key conclusions are: (1) general levels of awareness are high, but participation and leadership still incipient; (2) at institutional level, there are considerable limitations with respecr to specialized capacities for PA management; (3) at the community level, there is strong interest in MPAs; and (4) law enforcement is weak inside and around PAs. PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 169 Anexo 9. Base de Cálculo para a Análise do Custo Incremental Projecto / programa / iniciativa I) MADDRM's Programme – Baseline = $23.4 million Gestão equilibrada dos recursos naturais Criação e gestão participativa das áreas protegidas- 2ª FASE Programa Energia, Ambiente e Prevenção e Resposta a Desastres Naturais Gestão dos recursos naturais de Cabo Verde Fundo Nacional do Ambiente Reforço institucional DGA e DGPOG Seguimento e avaliação do PANA Criação de um sistema de seguimento da qualidade ambiental Desenvolvimento da investigação Criação de um Sistema Permanente de Estatísticas Agrícolas Sistema Estatístico das Pescas Redução dos riscos de catástrofes naturais e provocados Estudo geofisico de Cabo Verde Centro nacional de previsão e modelação climatica Rede nacional de observação metereologica e climatica Ordenamento de Bacias Hidrográficas e desenvolvimento integrado Ordenamento e valorização Bacia Hidrográfica Alto Mira e Rª Torre Ordenamento e valorização Bacia Hidrográfica Rª Prata Projecto Integrado de Desenvolvimento das Bacias Hidrográficas de Santiago - PIDIBHIS Protecção dos recursos naturais na ilha do Fogo Valorização dos recursos naturais e desenvolvimento agrosilvopastoril Diversificação de culturas Campanha agricola fitossanitaria e gestão pesticidas Valorização dos recursos económicos e financeiros Rede observatorio de seguimento ecologico Apoio a implementação e operacionalização do sistema de seguimento e avaliação Valorização dos produtos da pesca Fiscalização da ZEE de Cabo Verde Formação operadores e tecnicos do sector das pescas Criação de um observatório de investigação oceanográfica e atmosférica-TENATSO Implementação do Plano de Gestão de Pescas Reforço das capacidades de inspecção aos produtos da pesca Sistema Integrado de Apoio ao Investimento Começo Fim 2006 2010 2008 2008 2011 2011 Implem. MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM Financiador NU MADRRM Valor em $ $418.630 $14.120.710 $418.630 $59.804 $299.022 $143.530 $275.100 $113.628 $114.824 MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM USAID MADRRM $62.447 $48.741 $86.896 MADRRM MADRRM Áustria KfW $598.043 $191.374 $1.759.355 $1.956.316 2005 2005 2002 2008 2009 2009 2009 2009 MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM 2008 2011 MADRRM MADRRM $1.196.086 $299.022 MADRRM MADRRM $27.450 $59.804 MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM $47.843 $48.741 $77.746 $59.804 $83.726 $478.435 2008 2009 2007 2011 2009 2009 MADRRM PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 170 Projecto / programa / iniciativa Melhoria da qualidade e valorização das Pescas Desenvolvimento pesca artesanal II) Parceiros Internacionais Referência - $ 120 milhões UN System EU, France and others (rough estimate) III) MADDRM's Programme Co-financing - $ 6,6 milhões Gestão deste Projecto (em dinheiro) Investigação e conservação da biodiversidade marinha Conservação da biodiversidade terrestre Monitorização dos recursos naturais Ordenamento e manutenção de perimetros florestais Criação de novas áreas florestais Valorização de zonas semi aridas (sistemas agro-florestais) Projecto integrado de desenvolvimento agro-silvopastoricia Realização do Inventário Nacional Florestal IV) Parceiros Internacionais que co-financiam o projecto - $ 9,7 milhões Austria's contribution to Government Budget Support for Environment Austria's contribution to Support to Municipal Environment Plan Austria's contribution to Water Management Support -Santiago Spain: Maio-Support to Coastal Communities NRM and Artisanal Fisheries and Marine RM WWF Peace Corps (USA) UNDP and Joint UN Programme Começo Fim Implem. Financiador MADRRM MADRRM 2008 2009 2011 2014 2008 2008 2011 2011 2008 2008 2011 2011 2009 2009 2009 2009 2010 2009 2008 2010 2011 2011 2010 2014 2010 2013 Valor em $ $112.372 $239.217 UN and Gov. various Sistema das NU Vários MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM MADRRM $783.000 $384.615 $323.618 $192.308 $2.307.692 $512.821 $256.410 $1.538.462 $320.513 Áustria Áustria Áustria Espanha WWF Gov dos EEUU PNUD TRAC + UN DAO $5.560.000 $1.636.517 $278.000 $1.646.295 $375.000 $336.000 $300.000 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde $70.000.000 $50.000.000 p. 171 PRODOC: 4176 SPWA – Consolidação do Sistema de Áreas Protegidas de Cabo Verde p. 172