11.02.2016 às 18:23 Machismo em clima de carnaval
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11.02.2016 às 18:23 Machismo em clima de carnaval
11.02.2016 às 18:23 Machismo em clima de carnaval Tatiana Cortez Ao abrir as notícias sobre os festejos de carnaval, é comum ler sobre a alegria e diversão internet dos brincantes. Contudo, nem só de confetes e purpurina se fazem as comemorações. Para o público feminino, ir para as festas carnavalescas pode também significar estar passível de assédios e contatos físicos indesejados. Serem puxadas pelo braço, beijadas a força ou escutar cantadas e assobios de estranhos são algumas ocorrências comuns para as mulheres que podem interferir em seus momentos de diversão. Em complemento a isso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular mostra que pensamentos machistas ainda são naturalizados por uma parte da população masculina brasileira. A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 12 de janeiro, com 3,5 mil brasileiros com idade igual Muitos brincantes aproveitam-se da folia para assediar moral e fisicamente ou superior a 16 anos, em 146 municípios. De mulheres. Pesquisa comprova pensamentos machistas na população brasileira acordo com as respostas, as seguintes que corroboram esses tipos de comportamento como naturalizados constatações foram feitas: 61% dos homens abordados afirmaram que uma mulher solteira que vai pular carnaval não pode reclamar de ser cantada; 49% disseram que bloco de carnaval não é lugar para mulher “direita”; e 56% consideram que mulheres que usam aplicativos de relacionamento não querem nada sério. Na percepção de 70% dos homens, as mulheres se sentem felizes quando escutam um assobio, 59% acham que as mulheres ficam felizes quando ouvem uma cantada na rua e 49% acreditam que as mulheres gostam quando são chamadas de gostosa. Índices como esses apontam como o machismo ainda está presente na sociedade brasileira, e não apenas em ocasiões como o carnaval. Nos transportes públicos, pelas ruas e mesmo no ambiente de trabalho, situações hostis como essas são cada vez mais comuns. Contudo, a legislação avançou nos últimos séculos e atualmente protege e busca o bem estar feminino, apontando a não submissão legal da mulher a maus tratos dos homens. Para oferecer a garantia de sua segurança moral e física, a lei 11.340 define, no artigo 2o: “toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”. Você já passou por uma situação como essa? Como sentiu-se? Relate aqui!!!
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