Pedro Leopoldo - CBH Rio das Velhas
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Pedro Leopoldo - CBH Rio das Velhas
Plano Municipal de Saneamento Básico de Pedro Leopoldo Produto 6 – Relatório Final do PMSB Documento Síntese Contrato de Gestão Nº: 002/IGAM/2012 Ato Convocatório Nº 003/2014 Contrato nº 003/2014 FEVEREIRO/2016 VOLUME 1 1 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 00 08/03/2016 Minuta de Entrega PMPL Gesois AGB Revisão Data Breve Descrição Autor Supervisor Aprovador PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE PEDRO LEOPOLDO PRODUTO 6 – RELATÓRIO FINAL DO PMSB DOCUMENTO SÍNTESE Elaborado por: Prefeitura Municipal de Pedro Supervisionado por: Instituto Gesois Leopoldo Aprovado por: AGB Peixe Vivo Revisão Finalidade Data 01 02 23/02/2016 Legenda Finalidade: [1] Para Informação [2] Para Comentário [3] Para Aprovação INSTITUTO DE GESTÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS Avenida José Candido da Silveira, 447, Cidade Nova – Belo Horizonte / MG CEP: 31.170-193 Tel (31) 3481.8007 www.gesois.org.br 2 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo EQUIPE TÉCNICA Elizabeth de Almeida Advogada Especialista em Meio Ambiente / Coordenadora Germânia Florência Pereira Gonçalves Engenheira Ambiental Silvany Geralda Corrêa Geógrafa Yonara Guimarães Alves Estagiária EQUIPE DE APOIO TÉCNICO Filipe Donras Munhoz Geógrafo José Juares Costa Técnico em Edificações Rubens Azevedo de Carvalho Neto Engenheiro Civil Leonardo Viana Costa e Silva Biólogo Mariana Esteves Vieira Estagiária 3 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico CONSULTORIA CONTRATADA Instituto Gesois EQUIPE TÉCNICA Coordenação: José Luiz de Azevedo Campello Engenheiro Civil Equipe Técnica: Romeu Sant`Anna Filho Arquiteto Urbanista e Sanitarista Francisco Amaral Arquiteto Equipe de Apoio: Ânia Maria Nunes Glória Psicóloga Jaqueline Serafim do Nascimento Geógrafa Marcelo Torres Vasseur Advogada Débora Oliveira Queiroz Geógrafa Caroline de Souza Cruz Salomão Engenheira Ambiental Cynthia Franco Andrade Engenheira Ambiental Luiz Flávio Campello Engenheiro de Segurança do Trabalho Gesner Belisário Técnico em Meio Ambiente Paula Valéria Silva Lamas Amorim 4 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Bióloga Adriana Soriano de Oliva Silva Secretária Executiva Janaína Silva Ferreira Secretária Executiva Lays Martins Coelho Técnica em Meio Ambiente Ricardo Rodrigues de Oliveira Técnico em Meio Ambiente 5 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................. 8 LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 12 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 17 2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 24 3. METODOLOGIA .......................................................................................................... 27 4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................................................................... 30 4.1. DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 30 4.2. PROGNÓSTICO ........................................................................................................... 32 4.3. PROGRAMAS AÇÕES E INDICADORES ............................................................................ 41 4.4. PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................................................................... 47 5. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ......................................................................................... 53 5.1. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 53 5.2. PROGNÓSTICO ........................................................................................................... 57 5.3. PROGRAMAS, AÇÕES E INDICADORES ......................................................................... 63 5.4. PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA .................................................................... 70 6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................... 73 6.1. DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 73 6.2. PROGNÓSTICO ........................................................................................................... 76 6.3. PROGRAMAS, AÇÕES E INDICADORES ...................................................................... 82 6.4. PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................................................................... 89 7. DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ....................................... 91 6 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 7.1. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 91 7.2. PROGNÓSTICO .......................................................................................................... 94 7.3. PROGRAMAS, AÇÕES E INDICADORES .......................................................................... 99 7.4. PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................................................................. 104 8. INSTITUCIONAL ........................................................................................................ 107 8.1. PROGRAMAS, AÇÕES E INDICADORES ......................................................................... 107 9. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL .............................................................. 113 10. DIVULGAÇÃO DO PMSB NO MUNICÍPIO ................................................................ 115 11. DIRETRIZES PARA REVISÃO DO PMSB ................................................................. 118 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 119 REFERÊNCAIS ................................................................................................................. 122 7 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico LISTA DE SIGLAS ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas AGB Peixe Vivo – Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo ANA - Agência Nacional de Águas ANIP – Associação de Fabricantes de Pneus ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ASCAPEL – Associação dos Catadores de Papel de Pedro Leopoldo BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CBH Pará - Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Pará CBH Rio das Velhas - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. CBHSF - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco CNEN – Conselho Nacional de Energia Nuclear CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CODEMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba COMSAB - Conselho Municipal de Saneamento Básico CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais CPF - Cadastro de Pessoa Física CTR- Central de Tratamento de Resíduos DAGES - Departamento de Água e Esgoto DARIIN - Departamento de Articulação Institucional DDCOT- Departamento de Cooperação Técnica DENSP - Departamento de Engenharia de Saúde Pública 8 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico DN - Deliberação Normativa DVMO- Divisão de Macro Operação de Água EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural ETAs - Estações de Tratamento de Água ETE - Estação de tratamento de Esgoto FBB - Fundação Banco do Brasil FMSB - Fundo Municipal de Saneamento Básico FUNASA - Fundação Nacional de Saúde IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo IPR - Índice de perdas reais IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano do Município LDO - Leis de Diretrizes Orçamentárias LOA - Lei Orçamentária Anual LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDS - Ministérios do Desenvolvimento Social MMA - Ministério do Meio Ambiente MS- Ministério da Saúde NBR- Norma Brasileira OGU- Orçamento Geral da União OMS - Organização Mundial da Saúde ONG – Organização Não Governamental PAC - Programa de Aceleração do Crescimento PD - Plano Diretor 9 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico PDCA - Plan-Do-Check-Act PDRH - Plano Diretor de Recursos Hídricos PGIRS - Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PGRSS - Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde PLANSAB - Plano Nacional de Saneamento Básico PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil PNSR - Programa Nacional de Saneamento Rural PPA - Plano Plurianual PPA - Programa Produtor de Água PPP - Parceria Público Privada PRAD - Plano de recuperação de áreas degradadas PSA - Pagamento de Serviços Ambientais PSA - Plano de Segurança da Água RAM - Resíduos de animais mortos e carcaças de animais RBI - Resíduos sólidos de podas e cortes de árvores RCC- Resíduo de Construção Civil RD - Resíduo Domiciliar RDC - Resolução da Diretoria Colegiada RECESA - Rede Nacional de Capacitação e Extensão RGG - Resíduos de grandes geradores RIDE - Regiões Integradas de Desenvolvimento RLD - Lodo desidratado RM - Regiões Metropolitanas RMA - Mercadorias apreendidas RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte 10 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico ROT - Outros resíduos RSD - Resíduo Sólido Domiciliar RSS - Resíduo de serviço de saúde RSU - Resíduo Sólido Urbano RVA - Resíduos Sólidos de varrição SAA - Sistema de Abastecimento de Água SAC - Solução Alternativa Coletiva SAI - Solução Alternativa Individual SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia SES - Sistema de Esgotamento Sanitário SICOV - Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse SIG - Sistemas de Informação Geográfica SIM - Sistema de Informação Municipal SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNSA - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental SUDECAP - Superintendência de Desenvolvimento da Capital SUS - Sistema Único de Saúde TCRS - Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos TOI - Termo de Ocorrência de Irregularidade UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul UNDRO - United Nations Disaster Relief Office/ Escritório das Nações Unidas para a Redução de Desastres UTC - Unidade de Triagem e Compostagem VIGIÁGUA - Vigilância da Qualidade da Água 11 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: DIVISÃO DO MUNICÍPIO EM DISTRITOS ..................................................................... 18 FIGURA 2: PEDRO LEOPOLDO E CIDADES VIZINHAS .................................................................. 19 FIGURA 3: BACIA DO RIO DAS VELHAS .................................................................................... 20 FIGURA 4: METODOLOGIA DO PMSB ...................................................................................... 29 FIGURA 5: SISTEMA RIO MANSO ............................................................................................. 31 FIGURA 6: SISTEMA SERRA AZUL ............................................................................................ 31 FIGURA 7: SISTEMA VARGEM DAS FLORES .............................................................................. 31 FIGURA 8: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E DISTRITOS DE DOUTOR LUND, LAGOA DE SANTO ANTÔNIO E VERA CRUZ DE MINAS – CENÁRIO TENDENCIAL. ................................................................................................................. 35 FIGURA 9: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E DISTRITOS DE DOUTOR LUND, LAGOA DE SANTO ANTÔNIO E VERA CRUZ DE MINAS – CENÁRIO TENDENCIAL. ................................................................................................................. 36 FIGURA 10: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FIDALGO – CENÁRIO TENDENCIAL.................................................................................................... 38 FIGURA 11: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FIDALGO – CENÁRIO TENDENCIAL.................................................................................................... 39 FIGURA 12: LANÇAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL E DE ESGOTO DIRETAMENTE NOS RIOS................... 54 FIGURA 13: ENTRADA DA ETE PEDRO LEOPOLDO ................................................................... 56 FIGURA 14: CONSTRUÇÃO DOS REATORES -ETE ..................................................................... 56 FIGURA 15: CONSTRUÇÃO DOS AERADORES - ETE .................................................................. 56 FIGURA 16: LOCAL DE DISPOSIÇÃO DO LODO AO FUNDO -ETE .................................................. 56 12 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico FIGURA 17: CONSTRUÇÃO DA ELEVATÓRIA DA SEDE ............................................................... 57 FIGURA 18: CONSTRUÇÃO DA ELEVATÓRIA DE LAGOA DE SANTO ANTÔNIO ............................... 57 FIGURA 19: PROJEÇÃO DE DEMANDA DO SES – CENÁRIO TENDENCIAL – SEDE ......................... 59 FIGURA 20: FORMAS DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUO SÓLIDO URBANO .............................. 75 FIGURA 21: COLETAS DO RSU PELA VINA ............................................................................... 76 FIGURA 22: ZONA DE INUNDAÇÃO DO RIBEIRÃO DO URUBU ...................................................... 92 FIGURA 23: PONTE DO CANAL DO RIBEIRÃO DA MATA .............................................................. 93 FIGURA 24: QUADRO GERAL DE ESTUDO DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO ............................... 95 FIGURA 25: CARTAZ DA AUDIÊNCIA PÚBLICA ......................................................................... 114 13 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico LISTA DE TABELAS TABELA 1: OBJETIVOS DO PMSB ............................................................................................ 25 TABELA 2: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS DE PEDRO LEOPOLDO ............. 32 TABELA 3: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA A SEDE E DISTRITOS DE DOUTOR LUND, LAGOA DE SANTO ANTÔNIO E VERA CRUZ DE MINAS – CENÁRIO TENDENCIAL. ................................................................................................................. 34 TABELA 4: BALANÇO (DEMANDA X DISPONIBILIDADE) DE ÁGUA PARA O DISTRITO DE FIDALGO – CENÁRIO TENDENCIAL ................................................................................................... 37 TABELA 5: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE POPULAÇÃO – ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 40 TABELA 6: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA – ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........ 41 TABELA 7: PROGRAMAS CONTEMPLADOS E AÇÕES – ÁGUA ..................................................... 43 TABELA 8: INDICADORES – ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................. 44 TABELA 9: PRIORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS – ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................. 46 TABELA 10: AÇÕES E EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS – ABASTECIMENTO DE ÁGUA................ 47 TABELA 11: RESUMO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO ........................... 55 TABELA 12: BALANÇO DA PRODUÇÃO DE ESGOTO DE PEDRO LEOPOLDO (SES COPASA) – CENÁRIO TENDENCIAL ................................................................................................... 58 TABELA 13: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA POPULAÇÃO – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............ 61 TABELA 14: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 63 TABELA 15: PROGRAMAS CONTEMPLADOS E AÇÕES – ESGOTAMENTO ..................................... 65 TABELA 16: INDICADORES – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................... 66 TABELA 17: PRIORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS– ESGOTAMENTO SANITÁRIO................................. 69 14 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico TABELA 18: AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............. 70 TABELA 19: COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................... 74 TABELA 20: PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSU – CENÁRIO TENDENCIAL .................................... 78 TABELA 21: PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RCC – CENÁRIO TENDENCIAL .................................... 79 TABELA 22: PROJEÇÃO DA GERAÇÃO DE RSS – CENÁRIO TENDENCIAL .................................... 80 TABELA 23: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA POPULAÇÃO – LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................................... 81 TABELA 24: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA – RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA......................................................................................................................... 82 TABELA 25: PROGRAMAS CONTEMPLADOS E AÇÕES – RESÍDUOS ............................................ 84 TABELA 26: INDICADORES – LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................... 85 TABELA 27: PRIORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS – LIMPEZA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 88 TABELA 28: AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA – LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................................... 89 TABELA 29: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA POPULAÇÃO – DRENAGEM URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................................... 98 TABELA 30: CARÊNCIAS IDENTIFICADAS PELA EQUIPE TÉCNICA – DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ........................................................................................................ 99 TABELA 31: PROGRAMAS CONTEMPLADOS E AÇÕES – DRENAGEM ......................................... 101 TABELA 32: INDICADORES – DRENAGEM PLUVIAL ................................................................... 102 TABELA 33: PRIORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS– DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ..................................................................................................................... 104 TABELA 34: AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS – DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS .......................................................................................................... 106 15 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico TABELA 35: PROGRAMAS CONTEMPLADOS E AÇÕES – INSTITUCIONAL .................................... 108 TABELA 36: INDICADORES INSTITUCIONAIS RELACIONADOS AOS QUATRO EIXOS ....................... 109 TABELA 37: PRIORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS– INSTITUCIONAL ................................................ 112 16 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 1. INTRODUÇÃO Apesar de uma rica pré-história caracterizada pela presença de inúmeros sítios arqueológicos, Pedro Leopoldo tem pouco mais de cem anos de existência e se desenvolveu basicamente em torno da fabricação têxtil e da Estrada de ferro Central do Brasil. Foi criado pela Lei Estadual nº 873 de 07 de Setembro de 1923 e tem sua formação e história ligada diretamente ao período da industrialização e urbanização da região sudeste brasileiro. O município ocupa um território de 291,2 km² e, segundo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está inserido na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, Microrregião de Belo Horizonte, integrando a Região Metropolitana de Belo Horizonte, distando da capital 43 km (IBGE, 2010). A população urbana da cidade é de 49.953 habitantes e a rural de 8.787 habitantes, sendo que o município é composto por cinco distritos, a saber: Sede, Doutor Lund, Fidalgo, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas, sendo tal divisão territorial datada de 2005 (IBGE, 2005) e conforme mapa a seguir (Figura 1). 17 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 1: Divisão do Município em Distritos Fonte: Diagnóstico Situacional do Plano Diretor de Pedro Leopoldo, 2014 Pedro Leopoldo faz limite com os municípios de Matozinhos, São José da Lapa, Confins, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Esmeraldas e Jaboticatubas (Figura 2) e suas principais vias de acesso ao município são a MG-010 e a MG-424. 18 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 2: Pedro Leopoldo e cidades vizinhas Fonte: Mapa Adaptado do GOOGLEMAPS – Secretaria de Meio Ambiente, 2014. O município possui vegetação de cerrado em transição, que compreende todos os tipos de savana, mata seca e transição com mata atlântica, onde, em muitos locais predomina a floresta ombrófila densa sem decidual e decidual (IBGE, 2012). O clima é predominantemente tropical de altitude, o índice pluviométrico é de cerca de 1.328 mm de chuva/ano e a temperatura média em torno dos 22°, seu relevo é semimontanhoso, apresentando área plana próximo aos talvegues do Ribeirão da Mata, Ribeirão Urubu e Ribeirão das Neves, cuja foz está localizada na Mesorregião da Bacia do Rio das Velhas (DPDPL, 2014). Segundo dados do Plano Diretor de Recursos Hídricos do Velhas (2004), o município de Pedro Leopoldo encontra-se inserido na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, mais especificamente em sua porção média, possuindo uma das sub-bacias, o Ribeirão da que Mata do São Francisco. É banhada por três rios principais: Ribeirão do Urubu, Ribeirão da Mata e Ribeirão das Neves e pertence ao Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão da Mata. 19 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico O mapa (Figura 3) a seguir mostra os municípios da Bacia, apresentando sua localização no estado, bem como sua subdivisão em Alto, Médio e Baixo Rio das Velhas. Como se pode perceber Pedro Leopoldo localizado no Médio Velhas (CBH Rio das Velhas, 2008). Figura 3: Bacia do Rio das Velhas Fonte: Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas, 2004 20 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico A Bacia do Rio das Velhas, localizada na região central de Minas Gerais, integra 51 Municípios e cerca de 4,8 milhões de habitantes, sendo que aproximadamente 97% desta população residem em áreas urbanas. O Rio das Velhas é considerado o maior afluente do Rio São Francisco com 800 km de extensão, ocupando uma área de drenagem de 29.173km². O Rio das Velhas deságua em Barra do Guaicuí, Distrito de Várzea da Palma, em uma altitude de 478m. Sua nascente principal localiza-se na cachoeira das Andorinhas, Município de Ouro Preto, em uma altitude de aproximadamente 1.500m (PDRH Velhas, 2004). No ano de 1998 o Decreto Estadual nº 39.692 instituiu o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), sendo que suas finalidades são expressas no Art. 2°, que cita, entre outras: I - propor plano e programa para a utilização dos recursos hídricos; III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos; V - acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; IX - propor a criação de comitê de sub-bacia hidrográfica a partir de proposta de usuários e de entidades da sociedade civil. O Art. 7° do Decreto 03/2010 que estabelece o Regimento Interno do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) observa que o mesmo deve ser paritário e composto por representantes do Poder Público Estadual, Municipal, de usuários de recursos hídricos e de representantes titulares de entidades da sociedade civil ligadas aos recursos hídricos. Segundo dados do CBH Rio das Velhas (2014), ao longo de 10 anos, o comitê realizou, em especial: Enquadramento dos cursos dos corpos de água do rio das Velhas regulamentada na Deliberação Normativa (DN) COPAM 020/97; 21 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Plano Diretor de Recursos Hídricos (PDRH) da Bacia do Rio das Velhas de 1999; Atualização do Plano Diretor (PD) aprovado pela DN CBH Rio das Velhas 03/04, de 10 de dezembro de 2004; Meta 2010 - navegar, pescar e nadar no rio das Velhas aprovada pela Deliberação Normativa (DN) CBH Rio das Velhas 04/04, de 10 de dezembro de 2004; Criação da Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo (AGB Peixe Vivo) - 15/09/2006. A AGB Peixe Vivo é uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, que está legalmente habilitada a exercer as funções de Entidade Equiparada às ações de Agência de Bacia para 02 (dois) Comitês Estaduais mineiros, sendo: CBH Rio das Velhas (SF5) e Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Pará (CBH Pará) (SF2). Além dos Comitês Estaduais mineiros, a AGB Peixe Vivo foi selecionada para ser a Entidade Delegatária das funções de Agência de Águas do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Visando contribuir com o processo de construção dos Planos Municipais de Saneamento Básico, atendendo à Deliberação CBH Rio das Velhas nº 06/2011, o CBH Rio das Velhas e AGB Peixe Vivo firmaram termo de parceria com 08 Municípios na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, dentre eles Pedro Leopoldo, contemplando os mesmos com apoio técnico para capacitação e orientações na elaboração dos seus respectivos PMSB. Desta parceria resulta o presente documento, financiado com recursos advindos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Pedro Leopoldo tem como objetivo apresentar o diagnóstico do saneamento básico em seu território e definir o planejamento para o setor. Destina-se a formular as linhas de ações estruturantes e operacionais referentes ao saneamento, no que se refere ao abastecimento de água em quantidade e qualidade e esgotamento sanitário, 22 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico compreendendo a coleta, interceptação, elevação e tratamento, visando melhorar a qualidade da Bacia Hidrográfica em que está inserido. Inclui também a drenagem urbana, manejo das águas pluviais e a integração dos sistemas de limpeza, coleta e manejo dos resíduos sólidos, num horizonte que compreenda 20 anos. Nessa previsão temporal, o Plano irá englobar todos estes itens, com um planejamento que prevê ações e programas a curto, médio e longo prazo. Como norteador para sua elaboração, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Pedro Leopoldo adotou a Lei Federal nº 11.445/2007, que trata das diretrizes nacionais para o saneamento básico, além das demais legislações pertinentes ao tema e as diretrizes estabelecidas no referido Ato Convocatório nº 03/2014, em seu Termo de Referência, referente a presente contratação. O escopo do PMSB de Pedro Leopoldo inclui o desenvolvimento de atividades resultando em um conjunto de produtos específicos, a saber: Produto 1 - Planejamento do Processo de Elaboração do Plano; Produto 2 - Diagnóstico da Situação do Saneamento Básico; Produto 3 - Prognósticos e Alternativas para a Universalização dos Serviços; Produto 4 - Programas, Projetos e Ações e Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática; Produto 5 - Termo de Referência para a Elaboração do Sistema de Informações Municipal sobre Saneamento Básico; Produto 6 - Relatório Final do Plano - Documento Síntese. O presente documento diz respeito ao Produto 6 – Relatório Final do PMSB – Documento Síntese dos produtos anteriores. 23 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 2. OBJETIVOS O produto 6 tem objetivo de realizar uma síntese dos produtos de 1 a 5 em um Relatório Final. O documento apresenta para cada eixo o diagnóstico da situação do município, as projeções dentro do cenário alternativo, o resumo dos programas e ações propostos para solucionar os problemas e melhorar a qualidade dos serviços, as ações de emergência e contingência e os indicadores de acompanhamento. E para finalizar, possui algumas considerações a respeito da participação da população e da revisão do PMSB. Foram definidos objetivos para cada um dos quatro eixos do Saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais) para alcance da universalização nos próximos 20 anos. A tabela 1 apresenta todos os objetivos estabelecidos de forma esquemática. É importante ressaltar que as ações para o alcance dos objetivos do PMSB, devem estar em consonância com os princípios e fundamentos da Lei nº 11.445/2007 de universalização, equidade, intersetorialidade, participação social, controle social, divulgação, regulação, entre outros. 24 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 1: Objetivos do PMSB EIXO OBJETIVOS Manutenção e operacionalização do sistema de abastecimento de água operado pela COPASA, com vistas ao atendimento das demandas futuras em suas áreas de atuação (urbana e rural) e controlar a qualidade da água distribuída à população por meio da realização de análises da água consumida. Abastecimento de água Ampliar, reformar e implantar sistemas de abastecimento de água, com vistas ao atendimento das demandas futuras na zona rural e controlar a qualidade da água distribuída à população por meio da realização de análises da água consumida. Desenvolver estratégias para maior eficiência das redes de abastecimento de água, priorizando a adoção de uma política mais efetiva de controle de perdas e desperdício em todo o município (COPASA e Prefeitura); Implementar e ampliar a rede, e modernizar os sistemas de esgotamento sanitário, com vistas ao atendimento das demandas futuras Desenvolver estratégias de manutenção das redes coletoras de esgoto para níveis satisfatórios, priorizando a adoção de uma política que promova a eficiência do SES. Esgotamento Sanitário Promover política de monitoramento dos corpos receptores de efluentes provenientes da estação de tratamento de esgotamento sanitário, visando à avaliação da eficiência da mesma e assim evitar danos ao meio ambiente. Desenvolver políticas de assistência e controle dos sistemas individuais para esgotamento sanitário Fomentar a implantação de tecnologias sustentáveis de esgotamento sanitário com foco na zona rural a partir de soluções individuais visando à preservação do meio ambiente Garantir ferramentas para a gestão pública, baseadas na regulação e estruturação do sistema de resíduos sólidos, para seu efetivo funcionamento. Limpeza Urbana e Manejo dos resíduos sólidos Ampliar e adequar os serviços de coleta, limpeza pública e destinação final dos resíduos sólidos. Garantir o funcionamento e continuidade das ações pertinentes aos resíduos sólidos, através da sistematização e fiscalização das mesmas. Ampliar e estruturar o programa de coleta seletiva e reaproveitamento dos resíduos urbanos Drenagem Urbana e Manejo das Garantir ferramentas para a gestão pública, baseados na regulação do sistema de drenagem pluvial, para seu efetivo funcionamento. 25 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico EIXO OBJETIVOS águas pluviais Ampliar e adequar os serviços de drenagem e manejo das águas pluviais Garantir o funcionamento e continuidade dos serviços de drenagem urbana, adequando o sistema e ampliando as ações pertinentes, através da sistematização, controle e fiscalização das mesmas. Garantir a universalização do sistema do saneamento básico, através de ferramentas e mecanismos de gestão pública, com as devidas diretrizes, planejamento e regulação do sistema, para seu efetivo controle e operacionalização. Institucional Primar pela preservação e conservação do meio ambiente e seus recursos naturais, através da qualificação técnica dos servidores envolvidos no setor e de trabalho contínuo junto à comunidade, incentivando as práticas ecologicamente corretas, garantindo uma conscientização ambiental efetiva. Instituir e implementar a política municipal participativa do Saneamento Básico através da adequação de ferramentas de gestão, comunicação e funcionalidade do sistema Fonte: Gesois, 2016 26 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 3. METODOLOGIA O trabalho foi realizado por meio de dados primários e secundários. Os dados primários ocorreram por meio de visitas de campo, entrevistas junto às secretarias do município, à COPASA e moradores locais através de audiências e reuniões setoriais. Os dados secundários foram obtidos por meio de consultas abrangendo autores e instituições nacionais, internacionais, estaduais e municipais. A população foi convidada para participar da construção do PMSB através de diversos instrumentos de comunicação já presentes no município como carro de som, faixas, e-mail, cartas-convite e cartazes. Após o Produto 1 - Plano de Trabalho, Programa de Mobilização Social e Programa de Comunicação Social, que teve como objetivo o norteamento dos trabalhos, iniciou-se o Diagnóstico da situação dos serviços de saneamento no município em todos os eixos (Produto 2) e de seus impactos nas condições de vida da população por meio de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos apontando as causas das deficiências detectadas. Na construção do citado produto foram realizadas reuniões setoriais e audiência pública, além de visita a órgãos relacionados à temática sanitária buscando identificar os principais problemas e carências relacionados com o serviço de saneamento em Pedro Leopoldo. Foi produzida uma grande quantidade de mapas visando à caracterização do município e dos serviços de forma espacial. No Produto 3 que se refere ao Prognóstico, a partir dos dados levantados sobre saneamento no Produto 2, da evolução populacional e do uso e ocupação do solo foi possível avaliar dois Cenários de crescimento para o município. Entre os Cenários analisados, o Tendencial foi definido para melhor representar a situação futura de Pedro Leopoldo, após esta definição foi definido também áreas prioritárias de intervenção e propostos Objetivos, Programas, Metas e Ações com prazo imediato, curto, médio e longo buscando a universalização dos serviços de cada eixo do saneamento. Para acompanhamento das ações foram estabelecidos alguns indicadores. 27 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico No Produto 4 referente aos Programas, Projetos e Ações consolidou-se cada uma das ações apresentadas no Prognóstico, sendo essas as ferramentas necessárias para atingir os objetivos e metas estabelecidos. Ainda houve uma compatibilização das ações propostas com o Plano Plurianual e leis orçamentárias LOA e LDO. As ações foram detalhadas em fichas contendo entre as informações a prioridade de execução de cada uma e o orçamento estimado. Ao final do produto foi avaliada a viabilidade financeira de cada ação e identificada as possíveis fontes de financiamento. Este Produto ainda contempla as ações para casos de emergências e contingências nos serviços de saneamento de Pedro Leopoldo. Estas ações consideram, por exemplo, caso de racionamento de água aumenta de demanda temporária, problemas em função de falhas operacionais, situações imprevistas que proporcionem riscos de algum tipo de contaminação, incômodos à população ou interrupções dos serviços. Neste Produto ainda consta as minutas para regulamentação dos serviços de saneamento básico e os procedimentos para avaliação sistemática do PMSB no que se refere à eficiência, eficácia e efetividade das ações programadas incluindo a divulgação e o controle social. No Produto 5 foi apresentado o Termo de Referência que diz respeito a Elaboração de um Sistema de Informação Municipal de Saneamento Básico, e que foram elaborados, principalmente, por técnicos que atuam na área de geoprocessamento e sistemas de informações. Este documento deve ser utilizado como base para contratação do serviço pela Prefeitura após as adaptações necessárias. Por fim, o presente documento, Produto 6, é a síntese de todos os Produtos construídos contextualizando e fazendo breve abordagem dos principais tópicos dos 5 Produtos anteriores. A Figura 4 apresenta um esquema contendo todas as etapas metodológicas do PMSB e suas interações. 28 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 4: Metodologia do PMSB Fonte: Gesois, 2015. 29 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 4.1. Diagnóstico O sistema de abastecimento de água de Pedro Leopoldo é operado pela COPASA. A cobertura da prestação dos serviços abrange, além da sede municipal, os distritos de Doutor Lund, Fidalgo, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas. Em termos sanitários, o índice de atendimento da população atinge 98,65%, bastante elevado considerando a média nacional, e muito próxima da meta estratégica de 100% estabelecida pela concessionária estadual. O índice de hidrometração é de 98,65%, contemplando 20.562 ligações de água e o índice de perdas no sistema é de aproximadamente 30%. Cabe ressaltar que o sistema conta com distribuição de água tratada, atendendo às recomendações das legislações vigentes. O volume distribuído é de 457.827 m³ e o volume consumido é de 267.331 m³ de acordo com Informações Básicas Operacionais (IBO), sendo que 98,61% da população são atendidas por este sistema (COPASA, IBO IBG, 2015). Quanto aos mananciais de abastecimento que possam ser utilizados como novas alternativas no caso de crises de escassez de água, a COPASA informa que são as Bacias do Rio Paraopeba e do Rio das Velhas e está estudando novas captações para acréscimo de sua produção (COPASA, 2015). Desta forma, para a captação, a sede municipal e os distritos de Doutor Lund, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas são abastecidos pelo Sistema Integrado da Bacia do Paraopeba, composto pela integração de três grandes sistemas de captação superficial (barragem): Sistema Rio Manso (Figura 5), em Brumadinho, com capacidade máxima de produção de 3.850 l/s; 30 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 5: Sistema Rio Manso Fonte: COPASA, 2015 Sistema Serra Azul (Figura 6), em Juatuba, com capacidade máxima de produção de 2.700 l/s; Figura 6: Sistema Serra azul Fonte: COPASA, 2015 Sistema Vargem das Flores (Figura 7), em Betim, com capacidade máxima de produção de 950 l/s. Figura 7: Sistema Vargem das Flores Fonte: COPASA, 2015 31 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Já o distrito de Fidalgo é abastecido por dois poços profundos, C-01, e E-01, com capacidades de produção de 15,5 l/s e 4,0 l/s, respectivamente. Quanto ao tratamento, cada sistema possui sua própria Estação de Tratamento de Água (ETA), sendo estas: ETA Rio Manso, ETA Serra Azul, ETA Vargem das Flores, Poços profundos de Fidalgo. Já no que tange a reservação, Pedro Leopoldo possui 19 reservatórios, totalizando 5570 m³ de água reservados (Tabela 2). Tabela 2: Principais Características dos Reservatórios de Pedro Leopoldo Denominação Tipo Capacidade (M³) R1 (Pedro Leopoldo) Semi-enterrado – Concreto 900 R2 R3 Sônia Romanelli Vila Magalhães Amélia Torres Adélia Issa Felipe Cláudio I Felipe Cláudio II Felipe Cláudio III Santo Antônio Santo Antônio da Barra I Santo Antônio da Barra II Vera Cruz Doutor Lund Novo Campinho Teotônio Batista Fidalgo Quinta do Sumidouro Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Elevado – Metálico Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Elevado – Metálico Apoiado – Concreto Apoiado – Concreto Semi-enterrado – Concreto Apoiado – Concreto Apoiado – Metálico Apoiado – Concreto Elevado – Metálico Apoiado – Concreto Apoiado – Metálico 100 1.325 50 80 90 1.325 500 500 50 60 80 60 80 40 120 50 40 120 Fonte: COPASA, 2014 4.2. Prognóstico O Prognóstico do município tem a finalidade de prever a demanda de água para área de planejamento para os próximos 20 anos e estabelecer uma curva de demanda de água ao longo desse tempo. Deve-se considerar o cenário de atuação, dada as carências identificadas pela comunidade e pela equipe técnica, seus objetivos, metas ações e áreas prioritárias de intervenção. 32 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Para elaboração do estudo completo do Prognóstico foram apresentados dois Cenários sendo um Tendencial e um Alternativo, o primeiro com perspectivas de evolução populacional de 1,35 % e o segundo com 2,70 % que é o dobro do valor do primeiro. Dessa forma, definiu-se o primeiro como o mais indicado para adoção, sendo o mais provável junto à realidade local, que tende a acompanhar o índice de crescimento apresentado nos últimos anos pelo Município. Não havendo neste alguma previsão que indique outra situação, com mudanças significativas que gerassem uma diferente perspectiva. Dessa forma segue abaixo as informações necessárias para construção do cenário para a sede e Distritos de Doutor Lund, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas: População total atendida em 2034 (habitantes): 65.767 habitantes; Consumo per capita diário: 194,49 l/hab/dia; Índice de perdas: 30%; Demanda máxima: Demanda média x k1 (l/s); Produção necessária: Demanda máxima / (1 – Perdas) em l/s; Cálculo das perdas: Produção necessária – Demanda máxima (l/s); Capacidade instalada (aproximada): 200,0 (l/s); (aprox. 2,4% da capacidade total do sistema, que atende a outros 14 Municípios da Região Metropolitana); Saldo ou déficit: Capacidade instalada – Produção necessária (l/s); Volume de reservação disponível (5.570m3); Volume de reservação necessário: Produção necessária / 3 (m 3); e Saldo ou déficit de reservação: Volume de reservação disponível - Volume de reservação necessário (m3). A seguir são apresentados os resultados obtidos do Cenário Tendencial na Tabela 3. 33 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 3: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para a Sede e Distritos de Doutor Lund, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas – Cenário Tendencial. Índice de atend. (%) Pop. atendida (hab.) Consumo per capita (L/hab.dia) Demanda média (L/s) Demanda máxima (L/s) Produção necessária (L/s) Capacid. instalada (L/s) Saldo ou Déficit (L/s) Volume de reservação disponível (m³) Volume de reservação necessário (m³) 2015 50.975 99% 50.465 194,49 113,60 136,32 30% 2016 51.663 99% 51.146 194,49 115,13 138,16 30% 58,42 194,74 200 5,26 5570 5609 -39 59,21 197,37 200 2,63 5570 5684 -114 2017 52.361 99% 51.837 194,49 116,69 140,03 30% 60,01 200,04 200 -0,04 5570 5761 -191 2018 53.067 99% 52.536 194,49 118,26 2019 53.784 99% 53.246 194,49 119,86 141,91 30% 60,82 202,73 200 -2,73 5570 5839 -269 143,83 25% 47,94 191,77 200 8,23 5570 5523 47 2020 54.510 99% 53.965 165,30 103,25 123,89 25% 41,30 165,19 200 34,81 5570 4758 812 2021 55.246 99% 54.694 2022 55.992 99% 55.432 165,30 104,64 125,57 25% 41,86 167,42 200 32,58 5570 4822 748 165,30 106,05 127,26 25% 42,42 169,68 200 30,32 5570 4887 683 2023 56.748 100% 56.748 165,30 108,57 130,28 25% 43,43 173,71 200 26,29 5570 5003 567 2024 57.514 2025 58.290 100% 57.514 165,30 110,04 132,04 25% 44,01 176,06 200 23,94 5570 5070 500 100% 58.290 140,50 94,79 113,75 25% 37,92 151,66 200 48,34 5570 4368 1202 2026 59.077 100% 59.077 140,50 96,07 115,28 25% 38,43 153,71 200 46,29 5570 4427 1143 2027 59.875 100% 59.875 140,50 97,37 116,84 25% 38,95 155,79 200 44,21 5570 4487 1083 2028 60.683 100% 60.683 140,50 98,68 118,42 20% 29,60 148,02 200 51,98 5570 4263 1307 2029 61.502 100% 61.502 140,50 100,01 120,01 20% 30,00 150,02 200 49,98 5570 4321 1249 2030 62.332 100% 62.332 119,44 86,17 103,40 20% 25,85 129,25 200 70,75 5570 3722 1848 2031 63.174 100% 63.174 119,44 87,33 104,80 20% 26,20 131,00 200 69,00 5570 3773 1797 2032 64.027 100% 64.027 119,44 88,51 106,21 20% 26,55 132,77 200 67,23 5570 3824 1746 2033 64.891 100% 64.891 119,44 89,71 107,65 20% 26,91 134,56 200 65,44 5570 3875 1695 2034 65.767 100% 65.767 119,44 90,92 109,10 20% 27,28 136,38 200 63,62 5570 3928 1642 Ano Pop. sede (hab.) Percent. de Perdas perdas (L/s) (%) Saldo ou déficit de reservação (m³) Fonte: Gesois, 2015. 34 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico De acordo com as informações, pode-se observar que o Balanço (Disponibilidade X Demanda) já se mostra suficiente para atendimento da população atual, havendo um pequeno déficit apenas em dois ou três anos ao longo de todo o período considerado, permanecendo positivo no restante do horizonte deste Plano. Também há o aumento do saldo apresentado, no Tendencial, até o final do período previsto, sobretudo, pelo índice de perdas, que tende a diminuir ao longo dos anos, com melhorias no sistema. Com relação ao volume de reservação disponível e necessário, verifica-se um déficit logo nos primeiros anos da projeção, para o cenário Tendencial. Mas ao longo do período a situação se normaliza, apresentando um saldo positivo. As Figuras 8 e 9 apresentam a relação entre a capacidade instalada do sistema (atual) e a produção de água necessária para abastecer a população no horizonte de 20 anos, além do volume de reservação, ilustrando de maneira mais clara o que DÉFICI T 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 201 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 L/s foi constatado. Ano Capacidade instalada (L/s) Produção necessária (L/s) Figura 8: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para a Sede e Distritos de Doutor Lund, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas – Cenário Tendencial. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 35 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico m³ 7000 SALDO 6000 5000 4000 3000 2000 1000 201 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 0 Ano Volume de reservação disponível (m³) Volume de reservação necessário (m³) Figura 9: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para a Sede e Distritos de Doutor Lund, Lagoa de Santo Antônio e Vera Cruz de Minas – Cenário Tendencial. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. Já para o Distrito de Fidalgo os cálculos abrangeram as seguintes variáveis que seguem abaixo: População total atendida em 2034 (habitantes): 3.498 habitantes; Consumo per capita diário: 194,49 l/hab/dia; Índice de perdas: 30%; Demanda máxima: Demanda média x k1 (l/s); Produção necessária: Demanda máxima / (1 – Perdas) em l/s; Cálculo das perdas: Produção necessária – Demanda máxima (l/s); Capacidade instalada: 16 (l/s); Saldo ou déficit: Capacidade instalada – Produção necessária (l/s); Volume de reservação disponível: 160 m3; Volume de reservação necessário: Produção necessária / 3 (m 3); e Saldo ou déficit de reservação: Volume de reservação disponível - Volume de reservação necessário (m3). Diante do exposto, apresentam-se os resultados obtidos do Cenário Tendencial na Tabela 4, para o Distrito de Fidalgo. 36 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 4: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para o Distrito de Fidalgo – Cenário Tendencial Ano Pop. sede (hab.) Índice de atend. (%) Pop. atendida (hab.) Consumo per capita (L/hab.dia) Demanda média (L/s) Demanda máxima (L/s) Percent. de Perdas perdas (L/s) (%) Produção necessária (L/s) Capacid. instalada (L/s) Saldo ou Déficit (L/s) Volume de reservação disponível (m³) Volume de reservação necessário (m³) Saldo ou déficit de reservação (m³) 2015 2.711 99% 2.684 194,49 6,04 7,25 30% 2016 2.748 99% 2.721 194,49 6,12 7,35 30% 3,11 10,36 16 5,64 160 298 -138 3,15 10,50 16 5,50 160 302 -142 2017 2.785 99% 2.757 194,49 6,21 7,45 30% 3,19 10,64 16 5,36 160 306 -146 2018 2.822 99% 2.794 194,49 6,29 2019 2.860 99% 2.831 194,49 6,37 7,55 30% 3,23 10,78 16 5,22 160 310 -150 7,65 25% 2,55 10,20 16 5,80 160 294 -134 2020 2.899 99% 2.870 165,30 5,49 6,59 25% 2,20 8,79 16 7,21 160 253 -93 2021 2.938 99% 2.909 2022 2.978 99% 2.948 165,30 5,56 6,68 25% 2,23 8,90 16 7,10 160 256 -96 165,30 5,64 6,77 25% 2,26 9,02 16 6,98 160 260 -100 2023 3.018 100% 3.018 165,30 5,77 6,93 25% 2,31 9,24 16 6,76 160 266 -106 2024 3.059 2025 3.100 100% 3.059 165,30 5,85 7,02 25% 2,34 9,36 16 6,64 160 270 -110 100% 3.100 140,50 5,04 6,05 25% 2,02 8,07 16 7,93 160 232 -72 2026 3.142 100% 3.142 140,50 5,11 6,13 25% 2,04 8,18 16 7,82 160 235 -75 2027 3.184 100% 3.184 140,50 5,18 6,21 25% 2,07 8,28 16 7,72 160 239 -79 2028 3.227 100% 3.227 140,50 5,25 6,30 20% 1,57 7,87 16 8,13 160 227 -67 2029 3.271 100% 3.271 140,50 5,32 6,38 20% 1,60 7,98 16 8,02 160 230 -70 2030 3.315 100% 3.315 119,44 4,58 5,50 20% 1,37 6,87 16 9,13 160 198 -38 2031 3.360 100% 3.360 119,44 4,64 5,57 20% 1,39 6,97 16 9,03 160 201 -41 2032 3.405 100% 3.405 119,44 4,71 5,65 20% 1,41 7,06 16 8,94 160 203 -43 2033 3.451 100% 3.451 119,44 4,77 5,72 20% 1,43 7,16 16 8,84 160 206 -46 2034 3.498 100% 3.498 119,44 4,84 5,80 20% 1,45 7,25 16 8,75 160 209 -49 Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 37 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico De acordo com as informações, pode-se observar que o Balanço (Disponibilidade X Demanda) se mostra suficiente, ou seja, a capacidade instalada do sistema atual atenderá, com folga, a população ao longo de todo o horizonte deste Plano. No entanto, quanto à avaliação do volume de reservação disponível e necessário, verifica-se no cenário Tendencial, um déficit ao longo de toda a projeção, embora este se mostre decrescente ao longo dos anos, o que é um fator positivo, mas que ainda carece de atenção visando uma reversão deste quadro de forma mais breve. As Figuras 10 e 11 apresentam a relação entre a capacidade instalada do sistema (atual) e a produção de água necessária para abastecer a população no horizonte de 20 anos, ilustrando de forma mais clara a situação do sistema apresentada, ao longo das projeções, para os respectivos cenários. 18 Saldo 16 14 12 L/s 10 8 6 4 2 2034 2033 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 0 Ano Capacidade instalada (L/s) Produção necessária (L/s) Figura 10: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para o Distrito de Fidalgo – Cenário Tendencial. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 38 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico m³ 350 Déficit 300 250 200 150 100 50 2034 2033 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 0 Ano Volume de reservação disponível (m³) Volume de reservação necessário (m³) Figura 11: Balanço (Demanda X Disponibilidade) de água para o Distrito de Fidalgo – Cenário Tendencial. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. O prognóstico ainda identifica quais seriam as carências e demandas do município, por meio dos questionamentos da população, obtidos principalmente por meio da Audiência Pública, e também através dos estudos em campo feitos pelos técnicos que construíram o PMSB (Tabela 5 e 6). Por meio desta análise fica evidenciado quais as áreas que são prioritárias de intervenção, ou seja, a definição das áreas mais carentes que tem o objetivo de orientar a sequência das atividades previstas que serão executadas, que no caso de Pedro Leopoldo a área rural ficou com a classificação Preocupante. 39 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 5: Carências identificadas pela equipe população – Abastecimento de Água N° CARÊNCIAS 1 Ressalta-se que a escassez de água que assolou o país, também deixou os agricultores do Município em condições calamitosas e fez com que alguns cursos d’água diminuíssem ou secassem. 2 Foi levantada a questão da Cachoeira da Gilete e sua possível contaminação. A mesma surge atrás da região do Pimentel. 3 13 Através do Seminário Participativo ocorrido no Distrito de Lagoa de Santo Antônio a população local informou que há constantes vazamentos nas tubulações da COPASA. Houve reclamações sobre a falta de água nos pontos mais altos nos Bairros Santa Tereza, Felipe Cláudio Sales, Dom Camilo e Morada dos Angicos. A população do Distrito de Dr. Lund pede melhoria nas tubulações devido ao fato da região estar no início do ponto de distribuição e a pressão da água ser muito grande e reclamam do fechamento dos dois poços, um no Bairro Pedro Henrique e o outro na Rua Antônio Elias. Além da poluição dos rios através dos esgotos domésticos, a população culpa as indústrias. Além disso, as antigas lagoas de extração de areia se tornam foco de Aedes Aegypti, transmissor de dengue e Chikungunya. Houve denúncia através dos moradores acerca do represamento do Córrego de Cima por fazendeiros, sendo que o mesmo era responsável pelo abastecimento da lagoa próxima à ferrovia que hoje é foco de esquistossomose. É necessário um estudo sobre o parasita e também, uma análise da qualidade da água como um todo. No Distrito de Vera Cruz foi verificado que a caixa d’água da COPASA está muito próxima ao cemitério local. Há falta frequente de água na Rua São Sebastião com região da Serra e pouca pressão na tubulação. Existe uma preocupação em relação à atividade de extração de areia e a disponibilidade de água subterrânea. Ocorrem vazamentos frequentes nas redes da COPASA, principalmente na Rua São Sebastião. Na Sede do Município, há questionamentos com relação às cobranças de cerca de 60% do valor sobre o tratamento do esgoto nas contas de água da COPASA, sendo que a ETE ainda não está pronta e nem em funcionamento. Em alguns Bairros, como São Geraldo e Parque Jardim Soli, há constante falta de água e/ou baixa pressão, especialmente nos finais de semana. 14 Há falta de uma legislação para a captação e reutilização de águas de chuvas. 4 5 6 7 8 9 10 11 12 15 16 Fidalgo é abastecido por dois poços profundos e a população reclama muito do sabor da água, por ser salobra devido à presença de sais dissolvidos, pela formação cárstica da região, porém, a COPASA afirma que sua qualidade é excelente. Há necessidade de promover campanhas de regularização de uso dos recursos hídricos, mediante obtenção de outorgas pelos usuários, principalmente com relação à perfuração de Poços Artesianos além de responsabilização em relação à produção e destinação de efluentes, de acordo com o Plano de Manejo do Parque Estadual do Sumidouro (PESU, 2008). Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 40 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 6: Carências identificadas pela equipe técnica – Abastecimento de Água ITEM CARÊNCIAS 01 Gestão 02 Universalização 03 04 05 06 - Necessidade de ampliação e maior atuação da gestão; - Falta de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água; - Ampliação do SAA, alcançando as áreas ainda não atendidas pelo SAA, que ainda utilizam-se de fontes alternativas de abastecimento. - Ampliar o monitoramento da qualidade da água para todas as localidades do Município. - Adequação do Sistema de reservação para atender de forma Reservação satisfatória a demanda do Município. - Implantação de projeto de perdas físicas e comerciais. - Aumentar a fiscalização e os reparos na rede diminuindo a quantidade de vazamentos, ligações clandestinas e qualidade das águas. Manutenção, Controle e - Fomentar projetos de conscientização da população visando à Operação diminuição da poluição das águas. - Trabalhar a política de hidrometração como instrumento de moderação do uso da água - Falta de programas de treinamento; Planejamento Institucional - Necessidade de políticas de educação ambiental. e Capacitação - Inexistência de equipe específica, equipamento e recursos para gestão. Tratamento Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 4.3. Programas ações e indicadores A partir das demandas e carências da população foram criados 4 programas que se subdividiram em 9 ações com o objetivo de sanar os questionamentos que envolviam o eixo de abastecimento de água. Com a finalidade de viabilizar a implantação dos mesmos, estes programas/ações foram orçados e seus orçamentos compatibilizados com o Plano Plurianual de 2014 a 2017 do município e com a Lei Orçamentaria Anual de 2015. Entretanto conforme já apresentado, a partir da análise feita acima, Pedro Leopoldo por meio apenas de recursos próprios, não tem condições de oferecer serviços de saneamento de qualidade e em quantidades suficientes para sanar os problemas que existem, sendo assim necessário se valer de programas federais, parcerias intermunicipais dentre outros, além de uma ampla discussão sobre a realidade e a importância do saneamento nos municípios brasileiros. 41 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Diante disso buscando a universalização dos serviços de abastecimento de água na área urbana e rural do município para um horizonte de 20 anos é apresentado na Tabela 7 os Programas, Projetos e Ações, com seus respectivos valores relacionados. Para Pedro Leopoldo o orçamento total previsto foi de R$134.682.893,40 e especificamente para este eixo o valor de R$28.276.927,40, a serem investidos ao longo dos 20 anos de planejamento do PMSB para garantir quantidade e qualidade dos serviços de abastecimento de água para a população. O detalhamento de cada ação, assim como as possíveis formas de obtenção dos recursos podem ser consultados no Produto 4, Programas, Projetos e Ações e Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática . 42 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 7: Programas Contemplados e Ações – Água AÇÕES (ANOS) PROGRAMAS IMEDIATO CURTO CONTEMPLADOS (até 2 anos) (2 a 4 anos) 2016 2017 - PA 1.1 – Programa Abastecimento Legal zona rural (prefeitura) PA 2.2 - Programa Captação de recursos para cidadania PA 2.3 – Programa Ideias Sustentáveis 2019 LONGO (8 a 20 anos) VALOR 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 PA 1.1.1: R$ PA 1.1.1: R$ 600.000,00 600.000,00 PA 1.1.2: R$ PA 1.1.2: R$ 216.000,00 216.000,00 R$1.200.000,00 R$ 3.480.000,00 - PA 2.1 – Programa Rede Ampliada na 2018 MÉDIO (4 a 8 anos) PA 1.1.2: R$ 648.000,00 R$736.150,38 R$1.472.375,00 - R$271.931,00 R$271.931,00 R$543.862,00 - - - - - PA 2.3.1 R$160.000,00 PA 2.3.1 R$160.000,00 PA 2.3.1 - R$480.000,00 PA 3.1.1: R$ 2.420.000,00 PA 3.1.1: R$ 2.400.000,00 R$7.200.000,00 - R$ 2.944.601,50 PA 3.1 – Programa Água – Seja Racional! R$ 6.976.927,40 Sem custos diretos R$800.000,00 R$ 17.020.000,00 - PA 3.1.2 – R$1.000.000,00 PA 3.1.2 – R$1.000.000,00 PA 3.1.2 –R$3.000.000,00 Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 43 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma, a partir da criação das ações e posterior implantação das mesmas foram criados indicadores para o acompanhamento da execução dos serviços. Esta que é uma ferramenta importante para manter um controle de resultados e nortear possíveis intervenções e alterações caso seja necessário. Assim, foram propostos indicadores para cada ação e estão contemplados no Produto 4. Na Tabela 8 são apresentados alguns indicadores estabelecidos para o abastecimento de água em Pedro Leopoldo onde se mostra a descrição, forma de cálculo, unidades e periodicidade do controle. Tabela 8: Indicadores – Abastecimento de Água NOME – INDICADOR DESCRIÇÃO 1. Percentual da população atendida pelo SAA. O resultado mostra a proporção da população da Sede com serviço de abastecimento de água. Anual 2. Índice de hidrometração O resultado mostra a porcentagem de hidrometração na Sede. Mensal 3. Índice de perdas no faturamento 4. Índice de perdas na distribuição 5. Índice de perdas reais 6. Índice de capacidade de tratamento 7. Laudo técnico de atendimento aos padrões de potabilidade 8. Índice de conformidade da quantidade de amostras de Coliformes fecais PERÍODO O índice mostra o percentual de água distribuída que é perdido no sistema, mais Mensal especificamente no faturamento. O índice mostra o percentual de água distribuída que é perdido Mensal no sistema, mais especificamente na distribuição. O resultado verifica a eficiência do sistema geral de controle operacional implantado para Mensal garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível. O índice mostra se há condições estruturais de fazer um tratamento de água Semestral adequado de acordo com os padrões de potabilidade O laudo mostra o atendimento aos padrões de potabilidade da água distribuída. O índice mostra uma proporção entre o n° de amostras totais fora do padrão de potabilidade, segundo a Portaria 2914/2011, e o n° de amostras de COMO CALCULAR (Nº de habitantes da Sede atendidos serviços de abast. de água / Número hab da Sede) x 100 (N° de hidrômetros instalados nas residências / n° total de residências) x 100 UNIDADE % % Laudo Técnico Um Laudo Técnico Um IPR = (Volume Produzido – Volume de Serviços) – Volume Consumido L Nº de estações de tratamento de água Um Mensal Laudo da prestadora de serviço Um Mensal (Nº de amostras de coliformes totais fora do padrão de potabilidade (Portaria 2914/2011) / nº de amostras de coliformes % 44 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico NOME – INDICADOR DESCRIÇÃO PERÍODO COMO CALCULAR coliformes totais por ano 9. Índice de Regularidade 10. Consumo médio per capita 11. Número de parcerias executadas 12. Número de capacitações realizadas 13. Número de servidores municipais capacitados totais realizadas por ano) x 100 Tal índice busca aferir quanto Extensão da rede que da rede total que apresenta apresenta problemas de Trimestral problemas técnicos de manutenção /Extensão total manutenção ou implantação da rede Total de seu consumo de O resultado é o consumo médio Semestral água por dia / número de per capita pessoas servidas. O resultado mostra o número de termos de parceria celebrados Número de parcerias Semestral entre as associações celebradas comunitárias e a prefeitura O resultado objetiva quantificar Número de capacitações o n° de capacitações que foram Semestral realizadas realizadas em todo o município O índice busca medir a N° de servidores municipais proporção entre o número de Semestral capacitados/n° total de servidores capacitados e o servidores municipais número tal de servidores UNIDADE % L/hab/dia Um Um % Fonte: Raposo, 2016 Todavia como forma de estabelecer uma ordem de prioridade para implantação destas ações, que seriam controladas pelos indicadores acima, criou-se uma escala de prioridade para execução das mesmas, que fora construída a partir da hierarquização das áreas mais carentes, conforme citado nesse documento anteriormente. Esta escala é dividida em alta, média e baixa e está ilustrada na Tabela 8. Alta: Ações que contemplam localidades de classificação “Preocupante” ou “Insatisfatório” na hierarquização de áreas de intervenção. Programas que possuem previsão orçamentária adequada no PPA ou LOA. Ações que possuem correlação com Programas já financiados pelo governo. Ações realizadas internamente, ou seja, diretamente pela Prefeitura Municipal e com baixo custo. Média: Ações que contemplam localidades de classificação Regular na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA, mesmo que de forma inadequada. Ações que ainda não possuem correlação com Programas já financiados pelo governo, 45 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico porém buscam apoios, parcerias e convênios com o mesmo e com as prefeituras, órgãos etc. Baixa: Ações que contemplam localidades de classificação Satisfatória na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que não possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA. Sendo assim, a Tabela 9 apresenta a classificação dos Programas e Ações, segundo a ordem de priorização. Tabela 9: Priorização dos Programas – Abastecimento de água AÇÃO PA 1.1.1 – BAIXA Manter as atividades operacionais e de manutenção do SAA, incluindo captação, adução, tratamento, reservação e distribuição para atender o crescimento da população atualmente atendida pela Companhia em Pedro Leopoldo, realizando as obras, manutenção e adequações necessárias conforme necessidades identificadas no planejamento dos sistemas feito pela COPASA e Equipe Técnica do PMSB no Diagnóstico. AÇÃO PA 1.1.2 – MÉDIA Acompanhamento da qualidade da água fornecida pela prestadora segundo os padrões de potabilidade definidos na resolução MS 2914/2011 AÇÃO PA 2.1.1 – ALTA Ampliar e adequar os SAA existentes, e implantar novos Sistemas para atender a população rural, conforme necessidades identificadas no Diagnóstico. AÇÃO PA 2.1.2 – ALTA Acompanhamento e verificação da qualidade da água fornecida à população rural, de acordo com os padrões de potabilidade definidos na resolução MS 2914/2011 AÇÃO PA 2.2.1 – ALTA Fomentar a criação de um corpo técnico interno na Prefeitura para captação de recursos externos AÇÃO PA 2.2.2 – ALTA Promover parcerias junto à Prefeitura e entidades rurais locais como EMATER, Sindicato Rural e Associações Comunitárias, com ações conjuntas em busca de soluções, melhorias e fortalecimento deste setor. AÇÃO PA 2.3.1 – ALTA Realizar oficinas técnicas de capacitação em tecnologias sustentáveis, incentivando o uso racional e maior aproveitamento da água AÇÃO PA 3.1.1 – MÉDIA Adequar as rotinas de vistorias técnicas e manutenção das redes existentes AÇÃO PA 3.1.2 – MÉDIA Desenvolver estratégias planejadas e ações de Controle de Perdas a partir da implantação de equipamentos visando a redução do índice de perdas por ligação de água por dia Fonte: Raposos, 2016 46 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 4.4. Plano de Emergência e Contingência É importante também estabelecer ações de Emergências e Contingências. Emergências são situações críticas, incidentes, situações de urgência, situações imediatas que requerem soluções rápidas e eficazes. Contingência é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento baseado na incerteza, duvidoso, possível, mas incerto. As ações de emergências e contingências contemplam medidas e procedimentos a serem adotados, previstos e programados para controle ou eliminação de eminente risco à população, ao meio ambiente e aos bens materiais. As medidas que dizem respeito à contingência são de prevenção e as de emergência buscam programar ações caso aconteça um acidente ou incidente grave. A Tabela 10 apresenta as principais ocorrências e sugere possíveis ações a serem adotadas para intervenções de Emergência e Contingência abrangendo todo Sistema de Abastecimento de Água. Tabela 10: Ações e Emergências e Contingências – Abastecimento de Água OCORRÊNCIA Falta de água generalizada ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Inundação das captações de água com danificação de estruturas e equipamentos eletrônicos Comunicar às instituições, Defesa Civil, população, autoridades e Polícia local, Corpo de Bombeiros e órgãos de controle ambiental. Comunicar ao responsável pelo abastecimento para acionar socorro e ativar captação em fonte alternativa de água. Efetuar reparos das instalações danificadas e troca de equipamentos. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Implementar rodízio de abastecimento. Promover abastecimento da área atingida com caminhões tanque/pipa. Movimentação do solo, solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta. COPASA comunicar ao órgão municipal competente. * Paralisação da Unidade Operacional por falta de Energia Elétrica Operador da unidade ou equipe operacional deve detectar o problema Acionar a CEMIG informando o problema e solicitar o nº do protocolo e prazo do atendimento Dá ciência ao Encarregado do Sistema ou Encarregado Geral de Água e Esgoto O Encarregado avalia e delimita a área afetada e dá ciência à programação do Distrito e ao Engenheiro responsável 47 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Engenheiro/Programação do Distrito, de acordo com o nível de gravidade, adota os procedimentos padronizados e providencia o registro do fato no sistema corporativo através da abertura de notas de acordo com a situação. Engenheiro providencia abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional monitoram o restabelecimento de energia e recuperação do abastecimento da área afetada *Paralisação de Equipamento por avaria Eletromecânica Vazamento produtos químicos nas instalações de água Falta de água generalizada *Vazamento de Ácido Fluossilícico Qualidade inadequada da água dos mananciais Inexistência de monitoramento Ações de vandalismo Deficiência de água nos mananciais em períodos de estiagem Detectar o problema por meio de operador de unidade ou equipe operacional e adotar os procedimentos para religar o equipamento, ou colocar o equipamento reserva em operação. Se o equipamento não religar e o reserva não entrar em operação, avaliar a causa e acionar a equipe eletromecânica e dá ciência ao Encarregado. O encarregado deve avaliar e determinar a área afetada e dá ciência à programação do Distrito e ao engenheiro responsável O Engenheiro/Programação do Distrito de acordo com o nível de gravidade deverá adotar os procedimentos padronizados e providenciar o registro no sistema corporativo através de abertura de notas Providenciar abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional devem monitorar a recuperação do abastecimento da área afetada Executar reparos das instalações danificadas. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Implementar rodízio de abastecimento. Promover abastecimento da área atingida com caminhões tanque/pipa. Isolar a área utilizando equipamento de proteção e avaliar a dimensão do vazamento Vazamento bombona de 20 litros transfere o produto para outro recipiente Vazamento em tanques de 200 ou 1000 litros, providencia barreiras de contenção. Acionar técnico químico e técnico de segurança Registrar ocorrência Levantamento para identificação dos pontos de contaminação. Tratamento adequado para recuperação imediata da qualidade da água. Implementar Sistema de Monitoramento da qualidade da água dos mananciais. Executar reparos das instalações danificadas. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com caminhões tanque/ pipa. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com caminhões tanque/pipa. Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de atender temporariamente a população atingida pela falta de água localizada. 48 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM Falta de água parcial ou localizada *Interrupção ou diminuição na produção de água *Paralisação da Unidade Operacional por falta de Energia Elétrica Paralisação de *Equipamento por avaria Eletromecânica Falta de água parcial ou localizada Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Programação recebe a demanda e aciona a equipe operacional mais próxima do local para avaliação e identificação do problema Verificar se o abastecimento das áreas afetadas se dá por redes com válvulas redutoras de pressão. Se positivo, verificar as válvulas e se é possível resolver o problema apenas com a regulagem desta. Se negativo, verificar se há manobras a serem feitas para solucionar o problema. Engenheiro/Programação do Distrito, de acordo com o nível de gravidade deverá adotar procedimentos padronizados e providenciar o registro no sistema corporativo através de abertura de notas. Providenciar abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional devem monitorar a recuperação do abastecimento da área afetada Se a falta d’água perdurar, Gerente/Engenheiro, de acordo com o nível de gravidade, entram em contato com a DVMO/COS para analisar soluções alternativas envolvendo o macrossistema. Operador da unidade ou equipe operacional detecta o problema Acionar a CEMIG informando o problema, e solicitar o nº do protocolo e prazo do atendimento. Dá ciência ao Encarregado do Sistema ou Encarregado Geral de Águas e Esgoto Encarregado deverá avaliar e delimitar a área afetada e dá ciência à programação do Distrito e ao Engenheiro responsável Engenheiro/Programação do Distrito, de acordo com o nível de gravidade, adota os procedimentos padronizados e providencia o registro do fato no sistema corporativo através da abertura de notas de acordo com a situação. Engenheiro deverá providenciar abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional monitoram o restabelecimento de energia e recuperação do abastecimento da área afetada. Operador de unidade ou equipe operacional detecta o problema e adota os procedimentos para religar o equipamento, ou colocar o equipamento reserva em operação. Equipamento não religa e o reserva também não entra em operação, avalia a causa e aciona a equipe eletromecânica e dá ciência ao Encarregado do Sistema ou Encarregado Geral de Água e Esgoto. Encarregado avalia e determina área afetada e dá ciência à programação do Distrito e ao Engenheiro responsável Engenheiro/Programação do Distrito de acordo com o nível de gravidade adota os procedimentos padronizados e providencia o registro no sistema corporativo através de abertura de notas Providencia abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional monitoram a recuperação do abastecimento da área afetada. Comunicar à prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de água. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de atender temporariamente a população atingida pela falta de água localizada. 49 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Executar reparos das instalações danificadas e troca de equipamentos. Comunicar a prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de água. Executar reparos das estruturas danificadas. Danificação de estruturas Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de reservatórios e de atender temporariamente a população atingida pela falta de elevatórias de água água localizada. tratada Comunicar à prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de água. Programação recebe a demanda e aciona a equipe operacional mais próxima do local para avaliação e identificação do problema Se o diâmetro de rede é inferior a 150 mm a equipe operacional fecha o registro, informa ao Encarregado e executa o serviço. Se o diâmetro de rede é superior a 150 mm, a equipe operacional fecha o registro, informa ao Encarregado e aciona a DVMO – Divisão de Macro Operação de Água. Encarregado avalia e determina área afetada e dá ciência à *Rompimento de Redes programação do Distrito e ao Engenheiro responsável de Água Engenheiro/Programação do Distrito de acordo com o nível de gravidade adota os procedimentos padronizados e providencia o registro no sistema corporativo através de abertura de notas Providencia abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional monitoram a recuperação do abastecimento da área afetada. Programação recebe a demanda e aciona a equipe operacional mais próxima do local para avaliação e identificação do problema Se o diâmetro de rede é inferior a 150 mm a equipe operacional fecha o registro, informa ao Encarregado. Caso a rede não tenha se rompido totalmente, equipe operacional reduz o fluxo de água e providencia a manutenção sem fechar o registro, para evitar contaminação. Caso não seja possível efetuar a manutenção com a rede em carga ou a rede tenha se rompido totalmente, equipe operacional fecha o registro e abre todas as descargas existentes na linha. Aguarda a manutenção da rede de esgoto. Depois de concluída, esgota a vala, realiza a manutenção e abre o registro. Aguarda a *Rompimento de Redes limpeza total da rede e fecha as descargas de Água em conjunto com Se diâmetro de rede é superior a 150 mm, a equipe operacional Redes de Esgoto fecha o registro, informa ao Encarregado e aciona a DVMO – Divisão de Macro Operação de Água. Encarregado avalia e determina área afetada e dá ciência à programação do Distrito e ao Engenheiro responsável. Engenheiro/Programação do Distrito de acordo com o nível de gravidade adota os procedimentos padronizados e providencia o registro no sistema corporativo através de abertura de notas Providencia abastecimento alternativo (Pipas), priorizando hospitais, creches, escolas, postos de saúde, delegacias, presídios, entre outros. Engenheiro e equipe operacional monitoram a recuperação do abastecimento da área afetada Executar reparos das instalações danificadas. Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de atender temporariamente a população atingida pela falta de Ações de vandalismo água localizada. Promover abastecimento da área atingida com caminhões tanque/ pipa. Danificação de equipamentos nas estações elevatórias de água tratada Falta de água parcial ou localizada 50 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA Falta de água parcial ou localizada Diminuição da pressão Contaminação dos mananciais (sistema convencional, alternativo ou soluções individuais) ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Programação recebe a demanda e aciona o Encarregado do Sistema ou Encarregado Geral de Água e Esgoto Encarregado do Sistema ou Encarregado avalia o local, isola a área caso necessário e dá ciência à programação do Distrito e ao Engenheiro responsável. Engenheiro/Técnico visita o local e avalia a extensão dos danos. Caso seja necessário, providencia a remoção das pessoas. *Danos ao Patrimônio de Engenheiro/Técnico/Programação do Distrito de acordo com o Terceiros nível de gravidade adota os procedimentos padronizados e providencia o registro no sistema corporativo através de abertura de notas Engenheiro/Técnico elabora Pré-Perícia e criar Nota nº 16 no SAP – Solicitação de pré-perícia técnica Engenheiro e Encarregado restabelecem o abastecimento e as condições de segurança Isolar área utilizando equipamento de proteção e avaliar a dimensão do vazamento Vazamento bombona de 20 litros transfere o produto para outro recipiente *Vazamento de Ácido Fluossilícico Vazamento em tanques de 200 ou 1000 litros, providencia barreira de contenção. Aciona Técnico Químico e Técnico de Segurança Registra a Ocorrência Identificar os pontos críticos de ocorrência. Problemas mecânicos e Executar medidas corretivas para eliminação do problema hidráulicos na captação e identificado. de qualidade da água dos Implantar e executar serviço permanente de manutenção e mananciais monitoramento do sistema de captação, baseados em programas sistemáticos de caráter preventivo. Comunicar à prestadora. Ampliar o sistema de abastecimento e verificar possíveis pontos Vazamento e/ ou de perdas ou vazamentos. rompimento de tubulação Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo em algum trecho de atender temporariamente a população atingida pela falta de água. Desenvolver campanha junto à comunidade para evitar o desperdício e promover o uso racional e consciente da água Ampliação do consumo em horários de pico Desenvolver campanha junto à comunidade para instalação de reservatório elevado nas unidades habitacionais. Comunicar à população, instituições, autoridades e Polícia local, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos de controle ambiental. Comunicar à prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de água. Interromper o abastecimento de água da área atingida pelo acidente com carga perigosa/ contaminante até que se verifique Acidente com carga a extensão da contaminação e que seja garantida a qualidade da perigosa/ contaminante água para a captação. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios não atingidos pela contaminação. Utilizar a capacidade ociosa de mananciais não atingidos pela ocorrência de contaminação. Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com caminhões tanque/ pipa. Comunicar à prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de água. Vazamento de efluentes Comunicar à população, instituições, autoridades e órgãos de industriais controle ambiental. Interditar/ interromper as atividades da indústria até serem 51 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS tomadas as devidas providências de contenção do vazamento e adaptação do sistema às normas de segurança e ambiental. Interromper o abastecimento de água da área atingida pela contaminação com efluente industrial até que se verifique a fonte e a extensão da contaminação e que seja retomada a qualidade da água para a captação. Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Utilizar a capacidade ociosa de mananciais não tingidos pela ocorrência de contaminação. Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas Contaminação atingidas com caminhões tanque/ pipa. dos mananciais Comunicar à prestadora para que acione socorro e busque fonte (sistema alternativa de água. convencional, Comunicar à população, instituições e autoridade e órgãos de alternativo ou controle ambiental. soluções Detectar o local e extensão da contaminação. individuais) Contaminação por fossas Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios. Utilizar a capacidade ociosa de mananciais não atingidos pela ocorrência de contaminação. Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com caminhões tanque/ pipa. *Estes itens foram retirados do Plano de Contingência Operacional COPASA/DTRN Fonte: COPASA, 2014. 52 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 5. ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5.1. Diagnóstico No Município, a COPASA também é a detentora da concessão dos serviços de Esgotamento Sanitário. O Relatório de Informações Básicas Operacionais (IBO) da COPASA (2014) aponta uma população atendida pelo sistema de esgotamento sanitário como um todo correspondendo a 56,93% da população. De acordo com o SNIS (2014), a população atendida por rede coletora de esgotos em suas casas é de 70,54%, o percentual coletado igual a 45%, sendo o índice de tratamento de 0%. O sistema existente de coleta de esgotos sanitários de Pedro Leopoldo é constituído por redes coletoras e sistemas estáticos do tipo “fossa negra”. As redes de coleta estão concentradas principalmente na região central da cidade e nos bairros Santo Antônio da Barra, Triângulo, Conjunto Amélia Torres, Roberto Belizário, São Geraldo, Sônia Romanelli e Joana Darc, na margem direita do Ribeirão da Mata. Os bairros Felipe Cláudio, Parque Andyara, Morada dos Hibiscos, Teotônio Batista de Freitas, Novo Campinho e da Lua, situados na margem esquerda do ribeirão da Mata, também possuem sistema de coleta. Na região da Lagoa de Santo Antônio, Fidalgo e Quinta do Sumidouro concentra-se o sistema estático de destino dos esgotos sanitários. Os esgotos domésticos coletados em Pedro Leopoldo são lançados in natura, ou seja, sem receber qualquer tipo de tratamento, diretamente nos principais cursos d’água, que são o Ribeirão do Urubu, Ribeirão da Mata e Ribeirão das Neves. Nos bairros Campinho, Parque Agenor Teixeira, bem como em Lagoa de Santo Antônio, Ferreira, Tapera, Jardinópolis e Coqueirinho, há redes coletoras implantadas, porém, o início de operação depende da conclusão de obras de interceptores, estações elevatórias e estação de tratamento de esgotos. A disposição dos esgotos é feita em fossas construídas pelos próprios moradores. Não há dados precisos dos locais onde estão construídas as fossas, porém a Prefeitura realiza a limpeza das mesmas e dispões nas Lagoas Facultativas do Município vizinho de Matozinhos (Secretaria 53 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico de Obras, 2014). As localidades de Vera Cruz de Minas e Santo Antônio da Barra também são atendidas por redes coletoras de esgotos em operação. Atualmente, as tubulações existentes no município (Figura 12) recebem tanto esgoto quanto água de chuva (pluvial). Por não serem projetadas para suportar todo esse volume, elas acabam rompendo e causando inúmeros transtornos para a população. Com a conclusão das obras da Estação de Tratamento de Esgoto, a previsão é que o mau cheiro que exala das bocas de lobo seja eliminado. Além disso, a retirada do esgoto das redes pluviais evitará o aparecimento de ratos, baratas e insetos na região. Figura 12: Lançamento de água pluvial e de esgoto diretamente nos rios Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015 O distrito de Fidalgo, incluindo a localidade de Quinta do Sumidouro, não dispõe de sistema dinâmico de coleta de esgotos, prevalecendo o uso de sistema estático por meio de fossas. De acordo com a COPASA (2014) a Estação de Tratamento de Esgoto, cuja capacidade de tratamento será de quase 300 L/s o que atenderia uma população de 54 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico até 200 mil habitantes (Sperling, 2009), está em fase de conclusão das obras e serviços de complementação dos Sistemas de Esgotamento Sanitário - SES do município. A capacidade de adução das estações elevatórias (Figuras 13 a 12), de quase 150 L/s, de acordo com cálculos mais detalhados, atende perfeitamente a uma população de quase 96 mil habitantes, de acordo com o mesmo autor anteriormente citado e a Tabela 11 apresentando de forma resumida seus valores correlacionados. Tabela 11: Resumo das Obras da Estação de Tratamento de Esgoto Resumo das Obras Interceptores Assentamento de tubos de concreto, simples ou Assentamento de armado tubos e conexões JE DN 700: 241 m FºFº JE DN 700: 18 m Estação Elevatória de Esgoto Final Implantação de Estação Elevatória de Esgoto Com vazão de 142,46 L/s e potência de 55,0 cv: 3 unidades Linha de Recalque Assentamento de tubos de concreto, simples ou armado JA DN 500: 94 m Assentamento de Tubos e Conexões FºFº JE DN 600: 122M Estação de Tratamento de Esgoto Tratamento: 284,92 L/s Fonte: COPASA, 2014 55 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 13: Entrada da ETE Pedro Leopoldo Figura 14: Construção dos reatores -ETE Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015 Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015 Figura 15: Construção dos aeradores - ETE Figura 16: Local de disposição do lodo ao fundo - ETE Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015. Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015. 56 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 17: Construção da Elevatória da Sede Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015. Figura 18: Construção da Elevatória de Lagoa de Santo Antônio Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015. 5.2. Prognóstico Para realizar o estudo do Prognóstico foram considerados valores recomendados pelas normas brasileiras e pela literatura conhecida, melhor detalhados no Produto 3. Foi adotado o valor do atual consumo médio per capita de água de Pedro Leopoldo de 194,49 l/hab.dia para a Sede, além do valor de 0,8 para coeficiente de retorno, a taxa de infiltração 0,3 l/s/km e o comprimento da rede coletora de 74,6 Km de extensão. O Prognóstico prevê o cálculo da provável geração do esgoto que acontecerá nos próximos 20 anos. Dessa forma, foram calculados os volumes de esgotos previstos de serem produzidos na Sede até 2034, considerando a construção da ETE prevista para o ano de 2016. A Tabela 12 mostra a demanda média de consumo de água e a vazão de esgoto, bem como a capacidade máxima da ETE adotada a partir de 2016, dentro de uma perspectiva de evolução populacional da ordem de 1,35% ao ano, correspondente 57 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico ao Cenário Tendencial, que foi adotado como o mais provável para Pedro Leopoldo. Este é apresentado junto às variáveis expostas a seguir: População total atendida (hab): 63.441 (inicial) Consumo per capita diário: 194,49 l/hab/dia Demanda Média de água: 114,75 l/s (inicial) Coeficiente de retorno: 0,8 Vazão de esgoto: Demanda média x coeficiente de retorno Capacidade máxima da ETE: 300 l/s Tabela 12: Balanço da produção de esgoto de Pedro Leopoldo (SES COPASA) – Cenário Tendencial ANO Pop hab. Demanda média diária (l/s) Coefic. de retorno Vazão total média de esgoto (l/s) Vazão média de infiltração (l/s) Vazão total média de esgoto (l/s) Capacidade máxima ETE (vazão máxima de projeto) (l/s) Balanço (l/s) 2015 63.441 113,60 0,8 90,88 22,4 113,28 0 -113,28 2016 64.297 115,13 0,8 92,11 22,4 114,51 300,0 185,49 2017 65.165 116,69 0,8 93,35 22,4 115,75 300,0 184,25 2018 66.045 118,26 0,8 94,61 22,4 117,01 300,0 182,99 2019 66.937 119,86 0,8 95,89 22,4 118,29 300,0 181,71 2020 67.840 103,25 0,8 82,60 22,4 105,00 300,0 195,00 2021 68.756 104,64 0,8 83,71 22,4 106,11 300,0 193,89 2022 69.685 106,05 0,8 84,84 22,4 107,24 300,0 192,76 2023 70.625 108,57 0,8 86,86 22,4 109,26 300,0 190,74 2024 71.579 110,04 0,8 88,03 22,4 110,43 300,0 189,57 2025 72.545 94,79 0,8 75,83 35,0 110,83 300,0 189,17 2026 73.524 96,07 0,8 76,85 35,0 111,85 300,0 188,15 2027 74.517 97,37 0,8 77,89 35,0 112,89 300,0 187,11 2028 75.523 98,68 0,8 78,94 35,0 113,94 300,0 186,06 2029 76.542 100,01 0,8 80,01 35,0 115,01 300,0 184,99 2030 77.576 86,17 0,8 68,93 35,0 103,93 300,0 196,07 2031 78.623 87,33 0,8 69,87 35,0 104,87 300,0 195,13 2032 79.684 88,51 0,8 70,81 35,0 105,81 300,0 194,19 2033 80.760 89,71 0,8 71,76 35,0 106,76 300,0 193,24 2034 81.850 90,92 0,8 72,73 35,0 107,73 300,0 192,27 Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 58 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Analisando a Tabela, verifica-se que a futura ETE do Município suporta, com folga, o crescimento populacional dentro do Cenário Tendencial (taxa de crescimento de 1,35%). Observa-se que a capacidade da ETE, que está sendo implantada, é de 300,00 l/s, ou seja, atenderá com folga a demanda do Município, a partir de sua devida implantação e início de operação, previstos para o final de 2015, dentro do período deste estudo, até 2034. Pode-se concluir, portanto, que, para o cenário Tendencial, o sistema opera de maneira satisfatória a partir de 2016, com folga até o final do período avaliado, sendo o balanço entre demanda e capacidade de tratamento positivo. Tal análise pode ser melhor observada a partir da Figura 17, que apresenta a relação entre capacidade de operação instalada da ETE e a demanda da população no horizonte de 20 anos. 350,00 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 2034 2033 2032 2031 2030 2029 2028 2027 2026 2025 2024 2023 2022 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 0,00 Capacidade máxima ETE (vazão máxima de projeto) (l/s) Vazão total média de esgoto (l/s) Figura 19: Projeção de demanda do SES – Cenário Tendencial – Sede Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 59 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico O prognóstico ainda identifica quais seriam as carências e demandas do município, por meio dos questionamentos da população, obtidos principalmente por meio da Audiência Pública, e também através dos estudos em campo feito pelos técnicos que construíram o PMSB (Tabela 13 e 14). Por meio desta análise fica evidenciado quais as áreas que são prioritárias de intervenção, ou seja, a definição das áreas mais carentes que tem o objetivo de orientar a sequência das atividades previstas que serão executadas. No caso de Pedro Leopoldo os locais que ficaram com classificação Preocupante foram os bairros Campinho, Parque Agenor Teixeira, Lagoa de Santo Antônio, Ferreira, Tapera, Jardinópolis e Coqueirinho, que são áreas com a existência de redes coletoras, mas com pendências impossibilitando sua operacionalização e também a região cárstica de Fidalgo e Quinta do Sumidouro, já que áreas sem implantação de redes coletoras, merecendo atenção, sobretudo, por sua fragilidade do solo e localização urbana, no limite do parque estadual, comprometendo de forma mais agravante a questão ambiental. 60 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 13: Carências identificadas pela população – Esgotamento Sanitário N° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 CARÊNCIAS Grande parte das residências da região rural do Município se utiliza de fossas-negras como solução de esgotamento sanitário e durante as pesquisas, houve o levantamento de outro fator extremamente preocupante: o registro de lançamento direto de esgoto em cursos hídricos. Cisternas foram construídas muito próximas das fossas-negras o que compromete a utilização da água. Há registros de contaminação da água, uma vez que através das fossas-negras o material percola o solo, contaminando todo lençol freático. Com o lançamento direto in natura, contaminam-se os rios, que conforme citado anteriormente são fonte de consumo de água, muitas vezes nem fervida, nem filtrada, o que aumenta a probabilidade de ocorrências de doenças por veiculação hídrica. Há uma preocupação acerca do Povoado Quilombola na região de Cantagalo, que utiliza fossanegra e possui uma nascente que pode ser contaminada. Na região cárstica, toda população se utiliza de fossas-negras e é de extrema urgência propor uma solução de esgotamento sanitário, uma vez que a geomorfologia do local é extremamente sensível e já está bastante comprometida dada a situação atual. Com relação ao esgotamento sanitário, acredita-se que cerca de 80% das residências do Distrito de Lagoa de Santo Antônio seja composta por fossas-negras, as quais estão extremamente próximas às casas. Estima-se que 20% delas encontram-se nos passeios das casas. Há ruas que estão abaixo do nível da rede de esgoto, tais como, Luiz Pires Guimarães, Espírito Santo, Antônio Pereira e Parte da Heitor Cláudio. Há uma grande preocupação e insatisfação por parte da população de Lagoa de Santo Antônio quanto ao dimensionamento da tubulação da rede de esgoto e estação elevatória e sua construção dentro da Lagoa, dado o risco de acidentes e contaminação. Exigem-se maiores explicações acerca do seu projeto, funcionamento, alimentação do motor, manutenção, dentre diversas outras dúvidas da população. No Bairro Dom Camilo, até mesmo residências de alto padrão possuem fossas-negras que vazam constantemente. Foi citado um desses vazamentos na Rua da Escola Isabel Gomes, onde não só os estudantes bem como toda a população estão expostos à contaminação por doenças. Os Bairros Novo Campinho e Andyara possuem rede de esgoto e não estão ligados à rede coletora. Na região do Novo Campinho há construções desprovidas de rede de esgoto e o mesmo corre em céu aberto, contaminando o solo e os cursos d’água da região, inclusive o próprio Ribeirão da Mata. Há uma pequena rede de esgoto com lançamento direto no Ribeirão da Mata. Ela vem apresentando problemas, inclusive retornando o esgoto em algumas residências. Há esgoto correndo em céu aberto em diversos locais: Vila São José Batista (próximo à ETE), Vila Aparecida. Tem sido cobrada uma taxa de esgoto de 50% sobre o valor da conta de Água. A partir de 2015 este valor vai aumentar em 26%. A população solicita a isenção desta taxa até que o projeto da rede de esgoto contemple o Distrito de Dr. Lund. O esgoto da Rua Silvério Suéves, das Fazendas e Sítios é lançado no Córrego Roça de Cima e não há rede de esgoto no Condomínio Morada do Sol. Há várias casas abaixo do nível da rede coletora de esgoto da COPASA (Ruas Padre Augusto, Antônio Elias, Lincoln Viana). Os moradores querem saber qual será a solução de esgotamento que será dada para elas. Os moradores levantaram as questões relativas ao esgotamento das indústrias, como Precon, Incopre, Unistein, Lanagro, que são lançados nos ribeirões. Também citaram os postos de gasolina e demais empresas do Vetor Sul, bem como a ausência de análise dos cursos hídricos do Município anualmente e onde será o local exato da peneira da ETE. Em Vera Cruz observou-se a ausência de rede de esgoto em diversas localidades: Rua São Sebastião, Rua dos Couras, Rua Nossa Senhora do Rosário, Várzea Formosa, Rua Várzea Pequena, Rua Pedro Leopoldo, Rua José Salomão, Rodovia Neves, Joaquim Camargo, sendo que em muitos locais, o esgoto corre a céu aberto e ainda assim é cobrada a taxa de esgoto. A principal preocupação com relação ao eixo esgoto é a implantação efetiva da rede e o início imediato do funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto do Município, cujas obras já estão em andamento ao longo de muitos anos e os moradores reclamam de estarem pagando por um serviço que não está em pleno funcionamento. 61 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico N° 16 17 18 19 20 21 CARÊNCIAS Foi reclamado que a rede coletora não atende ao Córrego da Biquinha, importante curso d’água que faz parte do futuro Parque Municipal da Biquinha e que há locais em que a rede pluvial ainda está interligada à rede de esgoto, bem como a falta de fiscalização referente ao lançamento de efluentes industriais e ausência dos responsáveis pelos mesmos nos seminários. Há falta de informação sobre as obras da ETE, e o pagamento dos serviços que ainda não está sendo prestado foi uma das maiores reclamações da comunidade. No Programa Preservando as Água de Pedro Leopoldo, está sendo pensado um projeto piloto de construção de fossas-sépticas, pois não adianta aumentar a vazão dos rios e não cuidar de sua qualidade. O Distrito de Fidalgo não possui Rede de Esgoto e os domicílios são compostos por fossasnegras e em muitos locais o esgoto corre a céu aberto. Já houve casos de dolinas sendo usadas como fossas-negras, o que conduz o esgoto diretamente para o lençol freático devido à dissolução da rocha. No caso das dependências do Parque Estadual do Sumidouro, todas as soluções de esgotamento sanitário são fossas-sépticas. Seguindo os parâmetros do Plano de Manejo do PESU (2008), tendo em vista a fragilidade da região cárstica de Fidalgo e Quinta do Sumidouro e a localização destas áreas urbanas no limite do parque estadual, pede-se que, antes de qualquer decisão, seja feito um estudo de viabilidade tanto da instalação, uso e manutenção de fossas sépticas em longo prazo, assim como dos seus custos e responsabilidades pelo poder público e moradores locais, quanto um estudo de viabilidade para a implantação de rede de esgoto nos distritos de Fidalgo e Quinta do Sumidouro, assim como a construção e implantação de uma ETE às margens do Rio das Velhas (região do Periquito em Quinta do Sumidouro) para receber e tratar todo esse esgoto. Neste último caso, deveria se aproveitar o baixo adensamento populacional que ainda acontece na região para se fazer uma rede de esgoto. É necessário operacionalizar programa de proteção, saneamento básico urbano e rural na subbacia do córrego da Bucha, que é um curso d’água intermitente e que deságua na Lagoa do Sumidouro. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 62 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 14: Carências identificadas pela equipe técnica – Esgotamento sanitário ITEM 01 02 03 04 05 06 CARÊNCIAS Gestão - Falta de gestão ampla e atuante; - Falta de universalização dos Serviços de esgotamento sanitário; Universalização - Implantação e operacionalização efetiva do SES, atendendo de forma satisfatória o Município. - Implantação e operacionalização efetiva da ETE, que se encontra em fase de execução, melhorando a característica dos efluentes despejados Tratamento nos corpos hídricos. - A ETE deve atender às áreas atendidas pela prestadora, tanto urbanas como rurais. - Diminuir a quantidade de esgotamentos sanitários descartados irregularmente que potencialmente podem interferir na qualidade ambiental. - Implantação de projeto de identificação de sistemas irregulares de Manutenção e esgotamento sanitário. Operação - Criação de equipe de manutenção local e também reserva de equipamentos e/ou materiais. - Fomentar política de implantação de sistemas sustentáveis de esgotamento sanitário como fonte alternativa. - Aumentar a fiscalização de descartes irregulares de efluentes sanitários, contribuindo para a qualidade ambiental. Fiscalização - Aumentar a fiscalização e projetos de conscientização da população visando à diminuição da poluição das águas. - Necessidade de aplicação de políticas de educação ambiental. Planejamento - Falta de programas de treinamento; Institucional e - Inexistência de equipe específica, equipamento e recursos para Capacitação gestão. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 5.3. Programas, ações e indicadores A partir das demandas e carências da população foram criados 4 programas que se subdividiram em 9 ações com o objetivo de sanar os questionamentos que envolviam o eixo de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Com a finalidade de viabilizar a implantação dos mesmos, estes programas/ações foram orçadas e seus orçamentos compatibilizados com o Plano Plurianual de 2014 a 2017 do município e com a Lei Orçamentaria Anual de 2015. Entretanto conforme já apresentado, a partir da análise feita acima, Pedro Leopoldo por meio apenas de recursos próprios, não tem condições de oferecer serviços de saneamento de qualidade e em quantidades suficientes para sanar os problemas que existem, sendo assim necessário se valer de programas federais, parcerias intermunicipais dentre outros, além de uma ampla discussão sobre a realidade e a importância do saneamento nos municípios brasileiros. 63 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Diante disso buscando a universalização dos serviços de esgotamento sanitário na área urbana e rural do município para um horizonte de 20 anos é apresentado na Tabela 15 os Programas, Projetos e Ações, com seus respectivos valores relacionados. Para Pedro Leopoldo o orçamento total previsto foi de R$134.682.893,40 e especificamente para este eixo o valor de R$14.499.000,00, a serem investidos ao longo dos 20 anos de planejamento do PMSB para garantir quantidade e qualidade dos serviços de esgotamento sanitário para a população. O detalhamento de cada ação, assim como as possíveis formas de obtenção dos recursos podem ser consultados no Produto 4, dos Programas, Projetos e Ações. 64 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 15: Programas Contemplados e Ações – Esgotamento AÇÕES (ANOS) PROGRAMAS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO CONTEMPLADOS (até 2 anos) (2 a 4 anos) (4 a 8 anos) (8 a 20 anos) 2016 PE 1.1.– Programa Esgotamento Adequado PE 2.1 - Programa Manutenção Total 2017 - - 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 PE 1.1.1: PE 1.1.1: PE 1.1.1: R$ 1.400.000,00 R$ 1.400.000,00 R$ 2.800.000,00 PE 1.1.2 – PE 1.1.2 – R$360.000,00 R$240.000,00 PE 2.1.1 - PE 2.1.1: PE 2.1.1: R$225.500,00 R$ 451.000,00 R$ 416.000,00 - VALOR PE 2.1.2 – PE 2.1.2 – R$300.000,00 R$200.000,00 PE 3.1.1 - PE 3.1.1: R$270.000,00 R$ 120.000,00 R$ 8.320.000,00 PE 1.1.2 – R$720.000,00 PE 2.1.1: R$ 1.022.500,00 PE 2.1.2 – R$500.000,00 R$3.115.000,00 PE 2.1.3 – custo diluído PE 3.1 – Programa Monitoramento Ativo dos corpos receptores - PE 3.1.1: R$360.000,00 R$ 750.000,00 PE 4.1.1: Sem custos diretos PE 4.1 – Programa Plantando Diálogos PE 4.1.2 - Custos diluídos Colhendo Atitudes - PE 5.1 – Programa Semeando Ideias PE 4.1.3: PE 4.1.3: R$ 72.000,00 R$ 72.000,00 PE 5.1.1 – PE 5.1.1 – R$242.800,00 R$242.800,00 PE 5.1.3 – PE 5.1.3 – R$135.000,00 R$135.000,00 R$ 360.000,00 PE 4.1.3: R$ 216.000,00 PE 5.1.1: R$ 728.400,00 PE 5.1.2 – Sem custos específicos Sustentáveis - R$1.914.000,00 PE 5.1.3 – R$270.000,00 Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 65 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma, a partir da criação das ações e posterior implantação das mesmas foram criados indicadores para o acompanhamento da execução dos serviços. Esta que é uma ferramenta importante para manter um controle de resultados e nortear possíveis intervenções e alterações caso seja necessário. Assim, foram propostos indicadores para cada ação e estão contemplados no Produto 4. Na Tabela 16 são apresentados todos os indicadores estabelecidos para o eixo de esgotamento sanitário em Pedro Leopoldo onde se mostra a descrição, forma de cálculo, unidades e periodicidade do controle. Tabela 16: Indicadores – Esgotamento Sanitário NOME – INDICADOR 1. Índice de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário 2. Elaboração de mapas e relatórios 3. Laudo Técnico 4. Número de solicitações atendidas 5. Índice de conformidade da qualidade de amostras de coliformes totais 6. Laudo de monitoramento das águas subterrâneas superficiais 7. Número de servidores municipais DESCRIÇÃO Este índice mostra a porcentagem da população atendida pelo SES na sede e distritos de Pedro Leopoldo Resultado será a elaboração e um relatório técnico de vistoria e um mapeamento para possível manutenção das redes existentes Resultado será a elaboração e um laudo técnico de vistoria e manutenção das redes existentes O índice busca medir o número total de solicitações feitas por meio do protocolo de manutenção criado e quantas dessas solicitações foram atendidas O índice mostra uma proporção entre o n° de amostras totais fora do padrão de potabilidade, segundo a Portaria 2914/2011, e o n° de amostras de coliformes totais por ano Resultado será a elaboração de um laudo técnico sobre a qualidade das águas subterrâneas e superficiais O índice busca medir a proporção entre o número de servidores capacitados PERÍODO COMO CALCULAR UNIDADE Semestral (Nº de hab. atendidos/nº de hab. total) x 100 % Trimestral Relatórios Un Trimestral Relatórios Un Mensal N° de solicitações atendidas/n/ total de solicitações feitas por meio do protocolo de manutenção % Mensal nº de amostras de coliformes totais fora do padrão de potabilidade (Portaria 2914/2011) / nº de amostras de coliformes totais realizadas por ano % Trimestral Relatórios Un Semestral (N° de servidores municipais capacitados/n° total de servidores municipais) x 100 % 66 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico NOME – INDICADOR capacitados 8. Número de oficinas de capacitação 9. Número de residências atendidas pelo programa 10. Índice de fiscalização 11. Número de capacitações realizadas 12. Número de SES construídos 13. Índice de domicílios com a técnica DESCRIÇÃO PERÍODO COMO CALCULAR e o número tal de servidores Este resultado mostra quantas oficinas na construção do sistema individual de esgotamento Anual Número de oficinas realizadas sanitário foram realizadas a fim de capacitar a população. Este índice busca informar sobre a (Nº de residências atendidas na porcentagem de comunidade rural / Nº total de atendimento do sistema Semestral residências na comunidade rural) x individual de esgotamento 100 sanitário na comunidade rural. O índice busca realizar uma fiscalização estruturada dos serviços de esgotamento sanitário Anual Protocolo de Fiscalização nos comércios do município por meio de um protocolo de fiscalização O resultado objetiva quantificar o n° de Número de capacitações capacitações que foram Semestral realizadas realizadas em todo o município O resultado objetiva quantificar o número de Anual Número de SES implantados SES construídos em todo o município O índice procura fazer uma proporção no número de domicílios que N° de domicílios com a técnica/n° Semestral possuem a técnica total de domicílios “Reuso de águas Cinzas” e os que não possuem UNIDADE Un % Un Un Un Un Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 Todavia como forma de estabelecer uma ordem de prioridade para implantação destas ações, que seriam controladas pelos indicadores acima, criou-se uma escala de prioridade para execução das mesmas, que fora construída a partir da hierarquização das áreas mais carentes, conforme citado nesse documento anteriormente. Esta escala é dividida em alta, média e baixa e está ilustrada na Tabela 8. Alta: Ações que contemplam localidades de classificação “Preocupante” ou “Insatisfatório” na hierarquização de áreas de intervenção. Programas que possuem previsão orçamentária adequada no PPA ou LOA. Ações que 67 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico possuem correlação com Programas já financiados pelo governo. Ações realizadas internamente, ou seja, diretamente pela Prefeitura Municipal e com baixo custo. Média: Ações que contemplam localidades de classificação Regular na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA, mesmo que de forma inadequada. Ações que ainda não possuem correlação com Programas já financiados pelo governo, porém buscam apoios, parcerias e convênios com o mesmo e com as prefeituras, órgãos etc. Baixa: Ações que contemplam localidades de classificação Satisfatória na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que não possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA. Sendo assim, a 17 apresenta a classificação dos Programas e Ações, segundo a ordem de priorização. 68 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 17: Priorização dos Programas– Esgotamento Sanitário AÇÃO PE 1.1.1 – ALTA Implementar e adequar o SES considerando a demanda atual e futura, incluindo a realização de melhoria e incremento do sistema, incluindo rede coletora, implementação da estação de tratamento (ETE) e destinação final, segundo padrões das Resoluções CONAMA 375/2006, 356/2005 e 430/2011 e conforme as necessidades identificadas no diagnóstico. AÇÃO PE 1.1.2 – MÉDIA Desenvolver estratégias de modelagem em ambiente computacional, visando cadastrar usuários e identificar os possíveis pontos de retenção de fluxo (entupimento), ligações irregulares, para melhor proposição de estratégias de planejamento e gestão dos serviços. AÇÃO PE 2.1.1 – ALTA Desenvolver rotinas de vistoria técnicas e manutenção das redes existentes AÇÃO PE 2.1.2 – ALTA Implantar protocolo de manutenção buscando aferir eficiência e agilidade do processo AÇÃO PE 2.1.3 – MÉDIA Implantar rotina de modelagem em ambiente computacional (mapeamento georreferenciado) estratégias de manutenção e adequação do SES do Município. AÇÃO PE 3.1.1 – MÉDIA Implantar uma rede de monitoramento dos corpos hídricos receptores de efluentes sanitários por meio da captação de recursos financeiros em órgãos governamentais ou entidades privadas AÇÃO PE 4.1.1 – ALTA Capacitação de um corpo técnico dentro da prefeitura com foco em sistemas individuais de esgotamento sanitário, a fim de que se tornem multiplicadores em toda comunidade. AÇÃO PE 4.1.2 – MÉDIA Realizar oficinas de capacitação técnica com foco na assistência aos sistemas individuais de esgotamento sanitário, a fim de orientar quanto a construção e manutenção adequada dos mesmos minimizando o risco de contaminação ambiental AÇÃO PE 4.1.3 – BAIXA Estruturar e Aplicar o Protocolo de Fiscalização, com exigência legal de sistemas de tratamento individual para efluentes não domésticos, a ser aplicado junto aos estabelecimentos comerciais e indústrias, a fim de minimizar o risco de contaminação ambiental. AÇÃO PE 5.1.1 – ALTA Realizar oficinas de capacitação técnica em tecnologias sustentáveis para o esgotamento, como sistemas alagados construídos e fossas ecológicas. AÇÃO PE 5.1.2 – ALTA Criação de um Fundo Municipal de Implantação de Tecnologias Sustentáveis construção de sistemas de esgotamento sustentáveis . e apoio técnico para AÇÃO PE 5.1.3 – ALTA Promover o reuso de aguas cinzas no plantio de hortaliças conforme apresentado no Projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, juntamente com colaboração do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura denominado Bio Água . Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 69 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Nesse sentido é importante também estabelecer ações de Emergências e Contingências. 5.4. Plano de Emergência e Contingência Emergências são situações críticas, incidentes, situações de urgência, situações imediatas que requerem soluções rápidas e eficazes. Contingência é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento baseado na incerteza, duvidoso, possível, mas incerto. As ações de emergências e contingências contemplam medidas e procedimentos a serem adotados, previstos e programados para controle ou eliminação de eminente risco à população, ao meio ambiente e aos bens materiais. As medidas que dizem respeito à contingência são de prevenção e as de emergência buscam programar ações caso aconteça um acidente ou incidente grave. A Tabela 18 apresenta as principais ocorrências e sugere possíveis ações a serem adotadas para intervenções de Emergência e Contingência abrangendo todo Sistema de Esgotamento Sanitário. Tabela 18: Ações de Emergências e Contingências – Esgotamento Sanitário OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Comunicar à CEMIG a interrupção de energia. Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento Extravasamento de esgoto em unidades de tratamento; Paralisação da ETE Danificação de equipamentos ou estruturas Comunicar à COPASA. Acionar gerador alternativo de energia. Instalar tanques de acumulação do esgoto extravasado com o objetivo de evitar contaminação do solo e água. Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento. Comunicar à COPASA. Instalar equipamentos reserva. Comunicar o ato de vandalismo à Polícia local. Ações de vandalismo Comunicar à COPASA. Executar reparo urgência. Ineficiência da ETE Alterações das características e vazão afluente consideradas no das instalações danificadas com Comunicar à prestadora. 70 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS projeto da ETE, alterando o funcionamento dos Reavaliar a capacidade de adequação da ETE para sistemas e tempo de suportar as novas condições. detenção hidráulico Falhas operacionais; ausência de monitoramento, limpeza e manutenção periódica. Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento. Extravasamento de esgoto em estações elevatórias Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas. Ações de vandalismo Desmoronamento de taludes ou paredes de canais Erosões de fundo de vale Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre a ocorrência de ineficiência, avaliar a possibilidade de acumulação do efluente final em tanques alternativos, retornar o mesmo para o início do processo e/ou lançar no corpo hídrico temporariamente, desde que não cause danos ambientais irreversíveis, apesar de não atender todos os parâmetros de lançamento. Comunicar à COPASA. Identificar o motivo da ineficiência, executar reparos e reativar o processo monitorando a eficiência para evitar contaminação do meio ambiente. Comunicar à CEMIG a interrupção de energia. Acionar gerador alternativo de energia. Comunicar à COPASA. Instalar tanques de acumulação do esgoto extravasado com o objetivo de evitar contaminação do solo e água. Comunicar à COPASA. Instalar equipamentos reserva. Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento. Comunicar o ato de vandalismo à Polícia local. Comunicar à COPASA. Executar reparo das instalações danificadas urgência. Executar reparo da área danificada com urgência. com Comunicar à COPASA. Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes. Comunicar à COPASA. Executar reparo da área danificada com urgência. Programação recebe a demanda e aciona a equipe operacional mais próxima do local para avaliação e identificação do problema Equipe operacional avalia e identifica diâmetro de rede e *Rompimento de Redes de dá ciência ao Encarregado Se o diâmetro de rede é até 400 mm a equipe Esgoto operacional informa ao Encarregado e executa o serviço Engenheiro e equipe operacional monitora normalização do Sistema de esgotamento. Rompimento de linhas de recalque, coletores, interceptores e emissários. Rompimento de pontos para travessia de Veículos a Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto. Executar reparo da área danificada com urgência. Comunicar as autoridades de trânsito sobre o rompimento da travessia. Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes. Comunicar à COPASA. 71 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES – EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Comunicar à COPASA. Isolar o trecho danificado do restante da rede com o Obstrução em coletores de objetivo de manter o atendimento de áreas não afetadas esgoto pelo rompimento. Executar reparo das instalações danificadas com urgência. Programação recebe a demanda e aciona a equipe operacional mais próxima do local para avaliação e identificação do problema Equipe operacional avalia e identifica diâmetro de rede e dá ciência ao Encarregado Se o diâmetro de rede é até 400 mm, a equipe operacional informa ao Encarregado e executa o serviço Ocorrência de retorno de esgoto nos imóveis *Vazamento de esgoto com refluxo em imóveis Se diâmetro de rede é superior a 400 mm, a equipe operacional informa ao Encarregado e aciona a DVME – Divisão de Macrooperação de Esgoto Encarregado avalia a gravidade da situação e dá ciência ao Engenheiro responsável pela localidade que, de acordo com a situação elabora a pré-perícia e/ou abre nota no SAP – Solicitação de pré-perícia técnica. Executar trabalhos de limpeza e desobstrução. Lançamento indevido de águas pluviais na rede coletora de esgoto. Executar reparo das instalações danificadas. Comunicar à Vigilância Sanitária e à Secretaria Municipal de Obras. Comunicar à COPASA. Ampliar a fiscalização e o monitoramento das redes de esgoto e de captação de águas pluviais com o objetivo de identificar ligações clandestinas, regularizar a situação e implantar sistema de cobrança de multa e punição para reincidentes Comunicar à COPASA. Promover o isolamento da área e contenção do resíduo com objetivo de reduzir a contaminação. Conter vazamento e promover a limpeza da área com caminhão limpa fossa, encaminhando o resíduo para a estação de tratamento de esgoto. Exigir a substituição das fossas negras por fossas sépticas e sumidouros ou ligação do esgoto residencial à rede pública nas áreas onde existe esse sistema. Implantar programa de orientação da comunidade em parceria com a prestadora quanto à necessidade de Construção de fossas adoção de fossas sépticas em substituição às fossas inadequadas e ineficientes Vazamentos e negras e fiscalizar se a substituição e/ou desativação contaminação de solo, está acontecendo nos padrões e prazos exigidos. corpo hídrico ou lençol Ampliar o monitoramento e fiscalização dos freático por fossas. Inexistência ou ineficiência equipamentos na área urbana e na zona rural, em do parceria com a prestadora, principalmente das fossas Monitoramento localizadas próximas aos corpos hídricos e pontos de captação subterrânea de água para consumo humano. *Estes itens foram retirados do Plano de Contingência Operacional COPASA/DTRN Rompimento, extravasamento, vazamento e/ou infiltração de esgoto por ineficiência de fossas. Fonte: COPASA, 2014. 72 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 6.1. Diagnóstico Em Pedro Leopoldo, a origem dos resíduos sólidos é tanto doméstica, quanto industrial e comercial, salientando-se que, apenas é recolhido o Resíduo Sólido Urbano, o lixo comum, conforme dados da Secretaria de Obras (2014). A destinação dos demais resíduos gerados pelas empresas citadas é de responsabilidade das mesmas, sendo fiscalizado tanto pelo órgão licenciador do Estado quando pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente quando é recebida alguma denúncia. De acordo com a NBR 10004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser classificados em: classe I ou perigosos; classe II-A ou não inertes; e classe II-B ou inertes. Quanto à natureza ou origem, os diferentes tipos de lixo podem ser agrupados em classes: resíduo doméstico ou residencial; resíduo comercial; resíduo público; resíduo domiciliar especial; resíduos da construção civil; pilhas, baterias e lâmpadas. A geração média de resíduos no ano de 2014 foi de cerca de 900 T/mês na área urbana e 65 T/mês na área rural (SNIS, 2014). Lembrando que a Coleta Seletiva conseguiu alcançar o recolhimento de 0,2 a 0,3% de resíduos recicláveis gerados no município no mesmo ano segundo dados do mesmo sistema. Com um percentual de 965 T/mês de geração de resíduos sólidos urbanos, a média per capta de geração em Pedro Leopoldo passa a ser de 0, 560 kg/hab./dia, considerando uma população urbana de 58.740 habitantes de acordo com os dados do IBGE para o ano de 2010. Também foi realizada uma única Análise de Composição Gravimétrica na cidade de Pedro Leopoldo aproveitando-se da área de transbordo. Essa composição refere-se a uma estimativa da quantidade dos diferentes tipos de resíduos produzidos, como resíduos orgânicos, plástico, vidro, papel, papelão, etc (tabela 19). 73 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 19: Composição gravimétrica dos Resíduos Sólidos Componentes % Em Peso Matéria orgânica 49 Papel higiênico/ Fraldas 28 Papel/ Papelão 2 Plástico duro 4 Pano/ Trapo 5,3 Plástico mole 3,2 Pet 1,1 Alumínio 2 Tetra Pak 2 Vidro 1,2 Material Ferroso 2,2 Total 100 Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2014 No que tange ao acondicionamento, não há especificação para o acondicionamento dos resíduos sólidos no município ficando a cargo dos usuários, em descordo com a Norma da ABNT NBR 11.174. O mesmo é feito tanto em sacos plásticos pretos e azuis, quanto em sacolas de supermercados e demais recipientes plásticos (Figura 20). 74 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 20: Formas de acondicionamento de resíduo sólido urbano Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015. A coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é realizada pela empresa terceirizada Vina (Figura 21) e engloba 95% do território do município, incluindo a zona rural. No caso do RSU, este é coletado porta a porta, em carro compactador e levado até a Zona de transbordo em atendimento a Norma da ABNT - NBR 13.221. 75 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 21: Coletas do RSU pela Vina Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, 2015 A área de transbordo do RSU (Figura 20) está localizada ao lado da ASCAPEL sendo transportado para o Aterro Sanitário e o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) Macaúbas. A cidade ainda conta com o serviço de coleta noturna de RSU que facilita o recolhimento dos resíduos recicláveis pela ASCAPEL, uma vez que não há conflitos entre os recolhimentos e também não ocorrem problemas viários. No que tange aos Resíduos de Serviços de Saúde - RSS, a empresa Vina, contratada para gestão dos resíduos no município, subcontratou a empresa Serquip como responsável por este serviço. Pedro Leopoldo possui uma média de produção de 1t/mês, que são recolhidos uma vez na semana. Já com relação aos Resíduos de Construção Civil – RCC, o município, assim como muitos outros municípios mineiros possui uma problemática nessa questão, com o descarte indevido destes resíduos. Muitas localidades afastadas da sede são assoladas por este impacto, sendo que em média são gerados 0,200 t/hab.ano. 6.2. Prognóstico Para a avaliação das demandas de geração de resíduos sólidos a metodologia adotada foi a clássica, tendo como base a quantidade de pessoas atendidas por coleta domiciliar, sendo adotados como principal referência os valores estimados 76 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico para o Município de Pedro Leopoldo para o ano de 2014, conforme Diagnóstico, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2013. De acordo com informações do IBGE (2014), o Pedro Leopoldo apresenta uma população urbana de 62.473 habitantes, com geração média de resíduos de cerca de 900 T/mês na área urbana e 65 T/mês na área rural (SNIS, 2013), totalizando um percentual de 965 T/mês de geração de resíduos sólidos urbanos, que correspondem a uma média per capita de geração de 0,515 kg/hab.dia. As análises adotadas no prognóstico tiveram como base a geração dos resíduos sólidos domiciliares (RSD), resíduos inertes e da construção civil (RCC) e dos resíduos de serviços de saúde (RSS), por serem estes bons parâmetros de avaliação, com dados disponíveis para medição e avaliação, gerando uma análise mais assertiva para o prognóstico junto à realidade de Pedro Leopoldo. Os demais serviços que envolvem o manejo dos resíduos e limpeza urbana também serão levados em conta neste estudo, junto ao contexto geral do Município e quando da hierarquização das áreas prioritárias para intervenção. Sendo assim, com base nos índices definidos neste Prognóstico, para projeção da geração de RSU, será adotado quando do Cenário Tendencial, o índice de crescimento populacional de 1,35%, relacionando-o à taxa de geração de resíduos atual, já citada de 0,515 kg/hab.dia, permanecendo-se estável nos 10 primeiros anos (2014 a 2024) e com um crescimento deste índice de geração, de 10%, passando o per capita para 0,566 kg/hab.dia, na década subsequente, considerando uma melhoria não muito expressiva, mas real da renda per capita e do serviço, conforme observado no Diagnóstico (tabela 20). 77 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 20: Projeção da geração de RSU – Cenário Tendencial Ano Geração Total População Geração Geração (hab) (kg/hab/dia) (kg/hab/ano) (t/dia) (t/ano) 2014 62473 0,5150 187,975 32,17 11743 2015 63316 0,5150 187,975 32,61 11902 2016 64171 0,5150 187,975 33,05 12063 2017 65037 0,5150 187,975 33,49 12225 2018 65915 0,5150 187,975 33,95 12390 2019 66805 0,5150 187,975 34,40 12558 2020 67707 0,5150 187,975 34,87 12727 2021 68621 0,5150 187,975 35,34 12899 2022 69548 0,5150 187,975 35,82 13073 2023 70487 0,5150 187,975 36,30 13250 2024 71438 0,5150 187,975 36,79 13429 2025 72403 0,5665 206,770 41,02 14971 2026 73380 0,5665 206,770 41,57 15173 2027 74371 0,5665 206,770 42,13 15378 2028 75375 0,5665 206,770 42,70 15585 2029 76392 0,5665 206,770 43,28 15796 2030 77423 0,5665 206,770 43,86 16009 2031 78469 0,5665 206,770 44,45 16225 2032 79528 0,5665 206,770 45,05 16444 2033 80602 0,5665 206,770 45,66 16666 2034 81690 0,5665 206,770 46,28 16891 Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. Já para os Resíduos de Construção Civil, segundo o Diagnóstico, com base nas informações do Município e suas características e seguindo algumas referências na literatura, propõem-se a adoção de um per capita de 200 kg/hab.ano. Dessa forma para esse tipo de resíduo também fora adotado o canário tendencial, com uma taxa de geração de resíduos de 0,200 t/hab.ano (tabela 21). 78 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 21: Projeção da geração de RCC – Cenário Tendencial Geração Total Ano População (hab) Geração (t/hab/ano) (t/dia) (t/ano) 2014 62473 0,200 34,23 12495 2015 63316 0,200 34,69 12663 2016 64171 0,200 35,16 12834 2017 65037 0,200 35,64 13007 2018 65915 0,200 36,12 13183 2019 66805 0,200 36,61 13361 2020 67707 0,200 37,10 13541 2021 68621 0,200 37,60 13724 2022 69548 0,200 38,11 13910 2023 70487 0,200 38,62 14097 2024 71438 0,200 39,14 14288 2025 72403 0,200 39,67 14481 2026 73380 0,200 40,21 14676 2027 74371 0,200 40,75 14874 2028 75375 0,200 41,30 15075 2029 76392 0,200 41,86 15278 2030 77423 0,200 42,42 15485 2031 78469 0,200 43,00 15694 2032 79528 0,200 43,58 15906 2033 80602 0,200 44,17 16120 2034 81690 0,200 44,76 16338 Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. Por fim os resíduos de serviços de saúde são recolhidos 1 vez por semana, pela empresa Serquip que é uma subcontratada da empresa responsável pela gestão dos resíduos no município, a Vina Gestão de Resíduos Sólidos. A quantidade de resíduos gerada é de cerca de 12 t/ano (2013) e foi a adotada no Cenário Tendencial (Tabela 22). 79 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 22: Projeção da geração de RSS – Cenário Tendencial Ano População (hab) Geração (t/hab/ano) Geração Total (t/ano) 2014 62473 0,000192 12,00 2015 63316 0,000192 12,16 2016 64171 0,000192 12,33 2017 65037 0,000192 12,49 2018 65915 0,000192 12,66 2019 66805 0,000192 12,83 2020 67707 0,000192 13,01 2021 68621 0,000192 13,18 2022 69548 0,000192 13,36 2023 70487 0,000192 13,54 2024 71438 0,000192 13,72 2025 72403 0,000192 13,91 2026 73380 0,000192 14,10 2027 74371 0,000192 14,29 2028 75375 0,000192 14,48 2029 76392 0,000192 14,67 2030 77423 0,000192 14,87 2031 78469 0,000192 15,07 2032 79528 0,000192 15,28 2033 80602 0,000192 15,48 2034 81690 0,000192 15,69 Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. O prognóstico ainda identifica quais seriam as carências e demandas do município, por meio dos questionamentos da população, obtidos principalmente por meio da Audiência Pública, e também através dos estudos em campo feito pelos técnicos que construíram o PMSB (Tabela 23 e 24). Por meio desta análise fica evidenciado quais as áreas que são prioritárias de intervenção, ou seja, a definição das áreas mais carentes que tem o objetivo de orientar a sequência das atividades previstas que serão executadas. No caso de Pedro Leopoldo o local que ficou com classificação Preocupante foi área central que apesar do atendimento diário do serviço de coleta de RSU e de haver serviço de coleta seletiva e destinação final adequada, essa região se mostra preocupante, carente de atendimento, dada a grande demanda apresentada, pelo seu adensamento populacional, associado á 80 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico falta de controle e fiscalização, tornando o atendimento insuficiente em alguns aspectos, acarretando em situações específicas preocupantes, como o acúmulo de RSU e RCC em logradouros públicos, terrenos baldios e beira de cursos d’água. Tabela 23: Carências identificadas pela população – Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos N° 1 CARÊNCIAS Ausência da coleta seletiva nas regiões rurais do Município; 2 Falta de coleta dos RSU em algumas regiões do Município; 3 A Vina não recolhe resíduos nas regiões de Pedra Branca e no Povoado Quilombola, na região sudoeste do Município, pois recolhe os resíduos apenas até a região de Cantagalo; 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Nas localidades onde não há coleta dos resíduos, estes são, em sua maioria, queimados; Na região do Barreiro, a noroeste do Município, os resíduos também são queimados, uma vez que a coleta da Vina não recolhe os resíduos no local; No Distrito de Lagoa de Santo Antônio não há Coleta Seletiva através da ASCAPEL, mas há a presença de catadores individuais; Há disposição inadequada de resíduos sólidos, entulhos, resíduos de corte e poda em diversos locais, por parte da população, como vias públicas e lotes vagos, e não há uma fiscalização adequada por parte do Município, nas regiões que englobam o Distrito de Lagoa de Santo Antônio e, em especial, a própria região da Lagoa, Cascalheira e a área verde do Bairro Theotônio Batista de Freitas; Em Dr. Lund os moradores dizem que a coleta de Resíduos Sólidos Urbanos é ineficiente, que espalha sujeira e chorume pelas ruas e questionam o motivo do caminhão compactador não ir até Quinta das Palmeiras e Fazenda do Moinho; Há ineficiência e/ou ausência de Coleta Seletiva; Há falta de definição de locais para a disposição de medicamentos vencidos, pilhas e baterias; Há necessidade de lixeiras pontuais; No Distrito de Vera Cruz foi observado que há a ausência de uma Coleta Seletiva efetiva. Ocorre o abandono de veículos e volumosos pelas ruas; A população reclama da ausência de capina às margens da Rodovia Pedro Leopoldo-Neves; No Município são observados inúmeros bota-foras de resíduos, mesmo contando com todas as soluções citadas. Há resíduos espalhados na beira dos rios, em florestas, ruas, ao lado de lixeiras, igrejas, em lotes, etc. Há muita queima de restos de poda e diversos outros resíduos espalhados em toda a cidade. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 81 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 24: Carências identificadas pela equipe técnica – Resíduos sólidos e limpeza urbana ITEM CARÊNCIAS 01 Gestão 02 Universalização 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 - Falta de gestão ampla e atuante; - Falta de universalização dos Serviços de Resíduos Sólidos; - Inexistência de controle da qualidade dos resíduos descartados; Resíduos Sólidos - Atendimento não alcança toda a população; Urbanos (RSU) - Falta de plano de distribuição de lixeiras pública; - Ineficiência do serviço de coleta seletiva no Município; Coleta Seletiva - Ampliação e melhoria da ASCAPEL; - Presença de resíduos em logradouros públicos e terrenos baldios. Resíduos Inertes e RCC - Inexistência de projeto específico para os Resíduos Inertes e da RCC; - Inexistência de regulamentação municipal quanto à destinação; - Destinação inadequada; Resíduos de Poda - Não utilização como “biomassa” ou em técnicas de fertilização; Resíduos de Serviços de - Ausência de fiscalização dos estabelecimentos de serviços de saúde; Saúde (RSS) - Acondicionamento inadequado de RSS - Ampliação e melhoria do serviço; Varrição - Falta da observância das diretivas de segurança do trabalho; - Inexistência de indicadores relativos à Limpeza Urbana e Manejo dos Indicadores Resíduos Sólidos; Disposição Final dos - Disposição inadequada de lixo em vários logradouros públicos e Resíduos terrenos baldios; Limpeza de Bocas de - Inexistência de plano de limpeza e manutenção de bocas de lobo e Lobo e Córregos córregos; Planejamento - Falta de programas de treinamento; Institucional, Capacitação - Necessidade de implantação de programas, planos e projetos que e visem ampliar e melhorar o sistema; Segurança - Falta de especificação e uso de EPIs em algumas atividades; Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 6.3. Programas, ações e indicadores A partir das demandas e carências da população foram criados 4 programas que se subdividiram em 13 ações com o objetivo de sanar os questionamentos que envolviam o eixo de abastecimento de água. Com a finalidade de viabilizar a implantação dos mesmos, estes programas/ações foram orçadas e seus orçamentos compatibilizados com o Plano Plurianual de 2014 a 2017 do município e com a Lei Orçamentaria Anual de 2015. Entretanto conforme já apresentado, a partir da análise feita acima, Pedro Leopoldo por meio apenas de recursos próprios, não tem condições de oferecer serviços de saneamento de qualidade e em quantidades suficientes para sanar os problemas que existem, sendo assim necessário se valer de programas federais, parcerias 82 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico intermunicipais dentre outros, além de uma ampla discussão sobre a realidade e a importância do saneamento nos municípios brasileiros. Diante disso buscando a universalização dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos na área urbana e rural do município para um horizonte de 20 anos é apresentado na Tabela 25 os Programas, Projetos e Ações, com seus respectivos valores relacionados. Para Pedro Leopoldo o orçamento total previsto foi de R$134.682.893,40 e especificamente para este eixo o valor de R$30.143.800,00, a serem investidos ao longo dos 20 anos de planejamento do PMSB para garantir quantidade e qualidade dos serviços de limpeza urbana e manejos dos resíduos sólidos para a população. O detalhamento de cada ação, assim como as possíveis formas de obtenção dos recursos podem ser consultados no Produto 4, dos Programas, Projetos e Ações. 83 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 25: Programas Contemplados e Ações – Resíduos AÇÕES (ANOS) PROGRAMAS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO CONTEMPLADOS (até 2 anos) (2 a 4 anos) (4 a 8 anos) (8 a 20 anos) VALOR 2016 2017 PR 1.1 – Programa Estruturação dos RSD - PR 2.1 – Programa de Operação e Manutenção PR 3.1.1: R$ 120.000,00 PR 3.1 – Programa de Controle e Fiscalização - PR 4.1 – Programa Reciclando - 2018 2019 PR 1.1.1: R$ 192.000,00 PE 1.1.3 – R$19.200,00 PR 1.1.4: R$ 50.000,00 PE 2.1.1 – R$3.120.000,00 PR 3.1.1: R$ 480.000,00 PR 3.1.3: R$ 19.200,00 PR 3.1.4: R$ 480.000,00 PR 4.1.1: R$ 660.000,00 PR 4.1.3: R$ 61.050,00 PR 4.1.4 R$173.760,00 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 PR 1.1.1: R$ 192.000,00 PR 1.1.2 – Custos diluídos PR 1.1.3: R$ 640.612,00 PR 1.1.4: R$ 384.000,00 PE 2.1.1 – R$3.120.000,00 PR 3.1.1: R$ 480.000,00 PE 3.1.2 – Sem custos diretos PR 3.1.3: R$ 19.200,00 PR 3.1.4: R$ 480.000,00 PR 4.1.1: R$ 660.000,00 PR 4.1.2 – Sem custos diretos PR 4.1.3: R$ 61.050,00 PR 4.1.4 R$173.760,00 2035 PR 1.1.1: R$ 576.000,00 PR 1.1.3: R$ 1.583.938,00 R$ 5.173.750,00 PR 1.1.4: R$ 1.536.000,00 PE 2.1.1 – R$9.360.000,00 R$15.600.000,00 PR 3.1.1: R$ 1.320.000,00 PR 3.1.3: R$ 57.600,00 PR 3.1.4: R$ 1.440.000,00 PR 4.1.1: R$ 1.980.000,00 R$ 4.896.000,00 PR 4.1.3: R$ 183.150,00 R$ 4.474.050,00 PR 4.1.4 - R$521.280,00 Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 84 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma a partir da criação das ações e posterior implantação das mesmas foram criados indicadores para o acompanhamento da execução dos serviços. Esta que é uma ferramenta importante para manter um controle de resultados e nortear possíveis intervenções e alterações caso seja necessário. Assim, foram propostos indicadores para cada ação e estão contemplados no Produto 4. Na Tabela 26 são apresentados todos os indicadores estabelecidos para o eixo de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos em Pedro Leopoldo onde se mostra a descrição, forma de cálculo, unidades e periodicidade do controle. Tabela 26: Indicadores – Limpeza urbana e Manejo de Resíduos Sólidos NOME – INDICADOR 1. Relatório técnico do setor responsável pelo acompanhamento e controle das ações do PGIRS. DESCRIÇÃO PERÍODO COMO CALCULAR UNIDADE O resultado de tal índice é acompanhar e controlar as ações previstas no PGIRS. Bimestral Relatório Un O índice tem como objetivo medir a proporção entre a Despesa total da prefeitura 2. Custo unitário médio despesa total da prefeitura com serviço de varrição / dos serviços de Mensal com serviço de varrição e a Extensão total de sarjeta varrição extensão total de sarjeta varrida varrida O índice tem como objetivo medir a proporção entre (Despesa total da prefeitura 3. Índice do custo de Despesa total da prefeitura com serviço de coleta / Mensal serviço de coleta com serviço de coleta / Despesa total da Prefeitura Despesa total da Prefeitura com manejo de RSU) x 100 com manejo de RSU O índice tem como objetivo medir a proporção entre o Gasto anual com o sistema de 4. Gasto por habitante gasto anual com o sistema Anual limpeza urbana / População ano de limpeza urbana e a total do Município população total do município 5. Relatório do setor O resultado de tal índice é responsável sobre as N° de etapas realizadas / total verificar o andamento da Trimestral etapas realizadas do de etapas previstas no projeto obra. projeto. 6. Relatório de controle com pesagem do resíduo recolhidos. O resultado de tal índice é controlar o funcionamento e pesagem do resíduo 7. Controle do setor responsável com registro ou cadastro das obras e demolições O índice tem como objetivo controlar o setor responsável pelo registro e cadastro das obras e demolições O índice tem como objetivo a fiscalização da destinação dos resíduos gerados 8. Fiscalização da destinação dos resíduos gerados. R$/m % R$/hab Un Mensal Relatório Un Mensal Relatório Un Mensal Relatório Um 85 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico NOME – INDICADOR 9. Quantificar os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos domiciliares 10. Percentual de armazenagem de materiais 11. Índice de atendimento 12. Índice de fornecimento de EPI 13. Índice de frequência de acidente de trabalho 14. Índice de serviço de varrição das vias DESCRIÇÃO PERÍODO Este resultado tem objetivo de quantificar o número de residências atendidas com Anual coleta de lixo, inclusive em áreas rurais. O percentual tem como objetivo fiscalizar locais de estocagem clandestina O índice tem como resultado a proporção entre o total de ligações ou atendimentos recebidos/n° de atendimentos solucionados O índice tem como resultado a proporção entre o nº total de funcionários ou / nº de kits distribuídos O índice busca medir a incidência de acidentes de trabalho envolvendo os trabalhadores do setor de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos O índice busca fazer uma avaliação de como se da o serviço de varrição das ruas COMO CALCULAR UNIDADE (Nº total de domicílios atendidos x 100) / Nº total de domicílios % Anual (Nº de pontos clandestinos fechados/nº total de pontos identificados/fiscalizados x 100) % Bimestral Total de ligações ou atendimentos recebidos/ nº de atendimentos solucionados. Un Bimestral (Nº total de funcionários ou nº total de kits distribuídos) Um Bimestral (nº acidentes / Homens hs trabalhadas) x 1.000 % Anual Extensão das vias varridas/ Extensão total das ruas a serem varridas M Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 Todavia como forma de estabelecer uma ordem de prioridade para implantação destas ações, que seriam controladas pelos indicadores acima, criou-se uma escala de prioridade para execução das mesmas, que fora construída a partir da hierarquização das áreas mais carentes, conforme citado nesse documento anteriormente. Esta escala é dividida em alta, média e baixa e está ilustrada na Tabela 8. Alta: Ações que contemplam localidades de classificação “Preocupante” ou “Insatisfatório” na hierarquização de áreas de intervenção. Programas que possuem previsão orçamentária adequada no PPA ou LOA. Ações que possuem correlação com Programas já financiados pelo governo. Ações realizadas internamente, ou seja, diretamente pela Prefeitura Municipal e com baixo custo. 86 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Média: Ações que contemplam localidades de classificação Regular na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA, mesmo que de forma inadequada. Ações que ainda não possuem correlação com Programas já financiados pelo governo, porém buscam apoios, parcerias e convênios com o mesmo e com as prefeituras, órgãos etc. Baixa: Ações que contemplam localidades de classificação Satisfatória na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que não possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA. Sendo assim, a tabela 27 apresenta a classificação dos Programas e Ações, segundo a ordem de priorização. 87 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 27: Priorização dos Programas – Limpeza e Manejo dos resíduos Sólidos AÇÃO PR 1.1.1 – ALTA Implementar o PGIRS AÇÃO PR 1.1.2 – MÉDIA Elaboração de programa de indicadores relativos à limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos AÇÃO PR 1.1.3 – MÉDIA Projetar, licenciar e implantar uma Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) do Município AÇÃO PR 1.1.4 – MÉDIA Plano de Gerenciamento dos RCC, para aproveitamento dos resíduos inertes e diminuição dos resíduos descartados. AÇÃO PR 2.1.1 – ALTA Expandir o atendimento de coleta a todo o Município, oferecendo o serviço também a toda a extensão rural e assim desincentivando a queima ou aterro dos resíduos AÇÃO - PR 3.1.1 – MÉDIA Aplicar o código de posturas em pontos de estocagem clandestina de materiais descartados da construção civil e fiscalizar sua observância. AÇÃO - PR 3.1.2- ALTA Instituir e implantar uma Central de Atendimento à população (tele-lixo) para denúncias, informações, críticas e possíveis esclarecimentos, urgências e atendimentos à solicitações. AÇÃO - PR 3.1.3 – MÉDIA Instituir procedimentos para o fornecimento rotineiro de EPI aos servidores do setor AÇÃO - PR 3.1.4 – ALTA Realizar fiscalização e monitoramento dos serviços do setor de limpeza urbana. AÇÃO - PR 4.1.1 – MÉDIA Rever e reestruturar o programa de coleta seletiva para a sede e distritos AÇÃO - PR 4.1.2 – BAIXA Estruturar e ampliar as atividades e abrangência da ASCAPEL – Associação dos Catadores de Papel de Pedro Leopoldo AÇÃO - PR 4.1.3 – BAIXA Programa de reaproveitamento dos entulhos gerados no Município em operações tapa-buracos, em voçorocas, etc., visando a sustentabilidade econômico-ambiental. AÇÃO - PR 4.1.4 – ALTA Elaboração e implantação do programa de reutilização dos resíduos de poda como biomassa ou em técnica de fertilização Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 88 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Nesse sentido é importante também estabelecer ações de Emergências e Contingências. 6.4. Plano de Emergência e Contingência Emergências são situações críticas, incidentes, situações de urgência, situações imediatas que requerem soluções rápidas e eficazes. Contingência é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento baseado na incerteza, duvidoso, possível, mas incerto. As ações de emergências e contingências contemplam medidas e procedimentos a serem adotados, previstos e programados para controle ou eliminação de eminente risco à população, ao meio ambiente e aos bens materiais. As medidas que dizem respeito à contingência são de prevenção e as de emergência buscam programar ações caso aconteça um acidente ou incidente grave. A Tabela 28 apresenta as principais ocorrências e sugere possíveis ações a serem adotadas para intervenções de Emergência e Contingência abrangendo todo Sistema de Esgotamento Sanitário. Tabela 28: Ações de Emergência e Contingência – Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos OCORRÊNCIA AÇÕES – EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ORIGEM Limpeza Urbana Paralisação dos serviços de varrição manual Paralisação dos serviços de manutenção de vias e logradouros Paralisação dos serviços de limpeza dos dispositivos de drenagem (bocas de lobo e galerias) Greves de pequena duração Paralisação por tempo indeterminado Greves de pequena duração Paralisação por tempo indeterminado Greves de pequena duração Negociação com os trabalhadores Mutirão com funcionários municipais que possam efetuar o serviço Contratação emergencial de empresas terceirizadas Alteração na programação dos serviços Paralisação por tempo indeterminado 89 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico OCORRÊNCIA AÇÕES – EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ORIGEM Acionamento de equipes de plantação para remoção e liberação da via (caso haja acidente de trânsito) Acionar os órgãos e entidades responsáveis pelo tráfego Em casos com vítimas, acionar o Corpo de Bombeiros E, em último caso, acionar a Defesa Civil local ou regional. Greves de pequena duração Paralisação dos serviços de manutenção de áreas verdes Paralisação por tempo indeterminado Queda de árvores Manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos Paralisação dos serviços de coleta domiciliar Greves de pequena duração Negociação com os trabalhadores Paralisações por tempo indeterminado Mutirão com funcionários municipais que possam efetuar o serviço Greves de pequena duração Contratação emergencial de empresas terceirizadas Paralisações por tempo indeterminado Alteração na programação dos serviços Ocorrências que requerem maiores cuidados Paralisação dos serviços de operação do aterro sanitário Caso ocorra vazamento de chorume, estancar o vazamento e transferi-lo para uma ETE Acionar a SEMARH e Corpo de Bombeiros, caso haja explosão ou incêndio e fazer boletim de ocorrência. Caso necessário acionar o Núcleo de Emergência Ambiental do Estado (NEA) Seguir orientações da SEMARH para gerenciamento de Demora na obtenção das áreas contaminadas se houver contaminação da área. licenças para elevação e/ ou ampliação do aterro Buscar agilizar o processo, inclusive solicitando apoio do Comitê do Rio das Velhas, se for o caso. Manejo de Resíduos da Construção Civil – RCC Paralisação dos serviços de operação da UTC. Greves de pequena duração Paralisações por tempo indeterminado Deslocar equipes de outros setores para suprir essa necessidade Contratação de empresa terceirizada. Manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS Descontinuidade da coleta, transporte e tratamento de resíduos dos serviços de saúde. Greves de pequena duração Paralisações por tempo indeterminado Contrato emergencial de empresa terceirizada especializada, caso haja paralisação dos funcionários. Fonte: Gesois, 2015. 90 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 7. DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS 7.1. Diagnóstico Pedro Leopoldo é um dos únicos municípios mineiros a possuir um importante instrumento orientador para o eixo de drenagem. O Plano Diretor de Drenagem Pluvial foi elaborado em 1999 pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo com apoio da Elenge Engenharia, que levantou dados e cálculos importantes acerca dos Sistemas de Drenagem do município. Este Plano deve possuir uma análise a cerca da hidrologia e hidrografia do município, citando inclusive a questão das cheias, formas de escoamento, infraestrutura, dentre outros pontos, ou seja, todas as questões que contemplem o sistema de macro e microdrenagem do município, para assim serem traçadas diretrizes que irão orientar a construção de um sistema de drenagem conjunto. A elaboração do Plano de Diretor de Drenagem Pluvial de Pedro Leopoldo utilizou dois períodos de retorno conforme se aplicam à macro e microdrenagem. No primeiro, da macrodrenagem, sobre as cheias dos cursos d’água foram adotados 50 anos. No segundo, microdrenagem, que estuda as pequenas bacias urbanas, adotou-se um período de 10 anos. No que tange a macrodrenagem, o município de Pedro Leopoldo pertence à Bacia do Rio das Velhas, em especial pelo Ribeirão da Mata e seus afluentes, Ribeirão do Urubu, das Neves e das Areias. Já na região pertencente ao carste, apresenta bacias contribuintes das uvalas e dolinas ligadas aos sistemas subterrâneos. O Ribeirão do Urubu percorre em leito natural uma área urbana nas proximidades dos Bairros Joana D’arc e Donato. Possui uma Bacia Hidrográfica alongada com cabeceiras no município de Esmeraldas, o uso Rural do solo mantém coberturas vegetais diferenciadas que favorecem a infiltração das águas pluviais e reduzem sua velocidade de escoamento. Segundo o PDDP (1999), os Bairros Joana D’arc e Donato, situados na Várzea do Ribeirão, ficam expostos a inundações conforme Figura 22, com pequenas alterações de nível do Ribeirão fora de sua calha principal. 91 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 22: Zona de Inundação Do Ribeirão do Urubu Fonte: Adaptado do Google Earth, 2014 A porção da bacia hidrográfica do Ribeirão da Mata, em sua margem direta, é ampla e drena através de curso d’água de grande extensão (de 15 a 37 km), como o córrego Boa Vista, no município de Capim Branco e os Ribeirões do Urubu e das Neves que atingem o Ribeirão da Mata na área urbana principal de Pedro Leopoldo; por outro lado, em sua margem esquerda, a bacia de contribuição é uma faixa estreita paralela ao curso d’água, com largura máxima de 2,5Km. Em calha natural no município de Pedro Leopoldo, o Ribeirão da Mata desce até a altura da Rua São Paulo, mas proximidades da antiga Fábrica de Tecidos e entra na área central (Figura 23), seguindo em canal, com um trecho tendo paredes protegidas por gabiões. Continua até Dr. Lund em leito retificado de terra e a partir daí, passa a correr em leito irregular devido a intensos processos de extração de areia. 92 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 23: Ponte do canal do Ribeirão da Mata Fonte: Adaptado do Google Street View, 2014 A retificação de seu curso executada há alguns anos evitou inundações das áreas ribeirinhas. Na atual situação, a calha está sendo tomada pela vegetação, mesmo no trecho de gabiões, ocorrendo redução da seção em alguns pontos devido às constantes descargas de terra, entulho e lixo. Hoje existe, de um modo geral, a preocupação tanto da administração pública quanto da própria população em manter limpa a calha do ribeirão, para evitar ou diminuir o impacto das cheias. No que diz a microdrenagem, a Prefeitura, através de seus técnicos ligados à área de obras, indicou a localização de várias redes existentes ou em implantação para análise conjunta com a elaboração do Plano Diretor, através de mapas e plantas de drenagem a serem implantadas. Em vários locais os diâmetros comparados foram idênticos aos planejados, podendo, portanto, serem mantidos. Em função do escoamento de determinados locais, as redes são consideradas insuficientes, devendo ser substituídas, como é o caso da rede de 1.000 mm implantado na Rua Espírito Santo, no Bairro Novo Campinho. Em alguns casos os diâmetros coincidem, porém o caminhamento da rede indicada é diferente da implantada, como acontece na Rua Contorno próxima à esquina com Vital Batista, com a rede existente se 93 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico desenvolvendo pelo interior do quarteirão e a indicada se desenvolve pela Rua Antônio Pereira, também situadas no Bairro Novo Campinho. No Bairro Dom Camilo o plano de escoamento foi estudado em conformidade com o projeto existente, para o seu máximo aproveitamento. O dimensionamento, entretanto, mostrou que em alguns trechos deveria ser feito o remanejamento de diâmetros de 600 e 800 mm. A área central está equipada com sistema de drenagem, mas não foi possível detectar todas as redes e a sua localização. O Plano Diretor indicou sistemas de drenagem cobrindo toda a área, com lançamentos nas redes existentes detectadas e lançamento final nos cursos d'água nos trechos onde não se identificou rede. Nestes casos deverá ser realizada sondagem para identificar as redes existentes, em ruas isoladas. 7.2. Prognóstico Para se determinar o cenário, um dos itens do prognóstico, pode-se constatar uma evidente relação direta entre o crescimento populacional e a impermeabilização do solo. Assim, para ilustrar melhor esse contexto e analisá-lo de forma mais concreta, junto à realidade de Pedro Leopoldo, apresenta-se a seguir (Figura 24), o quadro de infiltração, “Runoff” e evapotranspiração, em função da pavimentação da superfície do solo, resultado do aumento da densidade populacional. Tal análise foi feita a partir dos dados calculados com base na área urbana já urbanizada, sendo predominante no Município, e a soma total de área das vias pavimentadas (impermeável). Essa análise teve como base a área urbana já urbanizada, como possibilidade de cálculo, uma vez que adotou-se para tal abordagem a pavimentação impermeável, neste caso, tratando-se de asfalto (pavimento impermeável). 94 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Figura 24: Quadro geral de estudo da impermeabilização do solo Fonte: Mota, 1981. Adotando-se a análise da ilustração e trazendo para a realidade do Município, temse a seguinte perspectiva quanto ao percentual de impermeabilização das vias pavimentadas em relação à área já urbanizada: Área total urbana já urbanizada = 59.199,28 m² Largura média das vias com pavimentação = 10,00 m Comprimento total das vias com pavimentação = 244.526,43m Total atual de área das vias com pavimentação = 2.445.264,30m² Média per capita de área das vias = 2.445.264,30m²/ 62.473 hab. (ano base 2014) = 39,14 m²/ hab. 95 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma, para o Cenário Tendencial, que foi o adotado na análise, foram considerados os itens a seguir: Crescimento populacional estimado em 20 anos = 19.377 hab. (Percentual de crescimento adotado para o Cenário Tendencial: 1,35% ao ano); Total de área das vias previsto em 2034: 2.445.264,30m²+ 758.415,78 m² (39,14 m²/hab x 19.377 hab) = 3.203.680,08 m²; Percentual de área impermeabilizada: 3.203.680,08 m² / 59.199,28m² = 54,11%. Correlacionando o valor encontrado, de 54,11%, para o percentual de área impermeabilizada, com a análise do quadro geral de estudo da impermeabilização do solo, pode-se enquadrar Pedro Leopoldo dentro do seguinte contexto mais aproximado: superfície pavimentada 35 a 50%, que representa um nível de impermeabilidade expressivo, sendo esta uma perspectiva importante do ponto de vista negativo, em relação ao controle adequado da drenagem, necessitando, teoricamente, de maiores esforços, por parte do poder público, em obter-se um controle e manutenção satisfatórios do sistema de drenagem. Fator este que pode ser comprovado pela disfunção do atual sistema de drenagem do Município. Considerando, certamente, os pontos mais críticos e ações prioritárias, que carecem de maior atenção e também serão abordados na sequência deste prognóstico. O prognóstico ainda identifica quais seriam as carências e demandas do município, por meio dos questionamentos da população, obtidos principalmente por meio da Audiência Pública, e também através dos estudos em campo feito pelos técnicos que construíram o PMSB (tabela 29 e 30). Por meio desta análise fica evidenciado quais as áreas que são prioritárias de intervenção, ou seja, a definição das áreas mais carentes que tem o objetivo de orientar a sequência das atividades previstas que serão executadas. No caso de Pedro Leopoldo os locais que ficaram com classificação Preocupante foram às regiões de Fidalgo por estar em uma região cárstica de rochas solúveis, onde as soluções de esgotamento são fossas-negras, com contaminação dos recursos hídricos, sobretudo na Lagoa do Sumidouro em 96 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico vazão de cheia, Lagoa de Santo Antônio graças o grande adensamento populacional acarretou em questões de contaminação da Lagoa pelos esgotos, dado o uso predominante de fossas-negras na região, além de insuficiência da drenagem, com dimensionamento inadequado das galerias existentes e a sede do município, onde toda galeria pluvial deverá ser reestudada, uma vez que, com o levantamento do diagnóstico, foram identificadas ligações de esgoto em rede pluvial e também, dimensionamento inadequado da galeria de drenagem pluvial, com risco de inundações, além da falta de manutenção das bocas de lobo. 97 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 29: Carências identificadas pela população – Drenagem Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos N° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 CARÊNCIAS Na região de Lagoa de Santo Antônio: - há ausência de estruturação do sistema, que, dentre outras falhas, desconsidera o ponto final de lançamento que é a Lagoa de Santo Antônio; - há alguns pontos de alagamento, a saber: região próxima à Igreja São Judas no Andyara; imediações das ruas Magno Claret com final da Espírito Santo (desce muita água da Juscelino Barbosa e ruas que ligam ao Bairro Santa Tereza); Rua Magno Claret em direção à Igreja Santo Antônio nas imediações do Lagoa Park Club, vindo muita água do Bairro morada dos Angicos; - presença de áreas de voçorocas nas imediações do Bairro da Lua. - possível entupimento do sumidouro da Lagoa e a necessidade de um estudo para verificação dessa situação; Novos parcelamentos e adensamentos populacionais, gerando aumento das áreas de impermeabilização, aliado à ausência de arborização nos espaços públicos; Além do número de bueiros ser considerado insuficiente, os moradores do Distrito de Dr. Lund considera sua limpeza ineficiente e dizem que se encontram parcial ou totalmente entupidos; O caimento das ruas impossibilita o escoamento da chuva, iniciando na Rua Rivadávia (Bairro São José – Sede), acompanhando a ciclovia; Outros locais com problemas de alagamento e escoamento são: Vila aparecida, Bairro Pedro Henrique, Rua Cristóvão Assis, Rua José Leal que recebe toda a água d Rua Saturnino Maia. Há problemas com bueiros nas ruas: Mestre Roque, Padre Augusto; As drenagens dos pátios de empresas carreiam os resíduos de suas atividades para os rios; Moradores exigem fiscalização acerca do peso do tráfego dos veículos sobre os bueiros; Em Vera Cruz a rede de drenagem obstruída ou insuficiente, foi construída de forma mista à rede de esgoto, provocando mau cheiro. Há ausência de manutenção de bocas-de-lobo, entupimentos de rede e com as fortes enxurradas e ausência de meios-fios, ocorre à invasão das águas pluviais. Ocorre o entupimento da rede ao longo da rodovia de ligação com Pedro Leopoldo; O Córrego da Lage vem sendo ocupado, sendo que o mesmo representa a drenagem natural da região central de Vera Cruz; Há um ponto de alagamento no encontro da Rua dos Couras com a Rua Nossa Senhora do Rosário; A rede de drenagem pluvial da Sede foi feita em diferentes períodos, boa parte nos anos 20, 30 e 40, o que impossibilita precisar cálculos. Em alguns casos, o Município dispõe de plantas, em muitos casos a rede está ligada ao Sistema de Esgoto. Em outros casos ainda, a rede inexiste; Há inúmeros pontos de alagamento, como na Rua Dirceu Lopes com Santa Luzia, Rua Romero de Carvalho com Padre Espechit, Rua Senador Melo Viana com Amando Filho, Rua Comendador Antônio Alves próximo à Maternidade, no Centro; No Bairro Magalhães, foram citadas bocas-de-lobo ineficientes e com mau cheiro nas Ruas Andrade Pinto e Valter de Oliveira. Ainda foi citado o entupimento de uma delas na estrada que segue para o Pimental, logo após o Sítio Marajá; Há inúmeros bueiros entupidos, pode ser que haja esgoto interligado à rede de drenagem em alguns pontos e uma grande área impermeabilizada. Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 98 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 30: Carências identificadas pela equipe técnica – Drenagem urbana e Manejo de águas pluviais ITEM 01 02 03 04 05 CARÊNCIAS - Gestão desintegrada, havendo deficiência na estrutura executiva e gerencial do sistema de drenagem; - Falta de implantação do Plano Diretor de Drenagem Pluvial - Falta de projetos básicos e executivos necessários à implementação Gestão do Plano Diretor de Drenagem Pluvial; - Falta de integração da Lei de Uso e Ocupação do Solo com o sistema de drenagem pluvial; - Inexistência de sistema de informação municipal de saneamento básico; - Inexistência de plano de limpeza e manutenção de bocas de lobo e córregos; - Insuficiência da quantidade de bocas de lobo e manutenção inadequada (bocas de lobo entupidas), acarretando em alagamentos, Infraestrutura e retorno do esgoto, mau cheiro, etc; Manutenção - Assoreamento dos córregos e erosão em vários pontos; - Asfaltamento sem a devida drenagem (ausência de bocas de lobo); - Estradas da zona rural sem manutenção adequada; - Falta de canalização em vários pontos urbanos - Ausência de programas, planos e projetos que visem ampliar e melhorar o sistema; - Falta de campanhas educativas e conscientização ambiental junto Planejamento Institucional às escolas e comunidade em geral; e Capacitação - Ausência de equipes capacitadas especifica para cadastro de redes coletoras, poços de visita, bocas de lobo e lançamentos nos córregos; - Necessidade de elaboração e implementação de um plano de recuperação de áreas degradadas - Necessidade de maior controle e fiscalização municipal; - Necessidade de atuação efetiva do Conselho Municipal de Defesa Segurança e Fiscalização Civil; - Falta de fiscalização das ligações clandestinas de esgoto na rede de drenagem pluvial; - Inexistência de indicadores relativos à Drenagem Urbana e Manejo Indicadores das Águas Pluviais Fonte: Prefeitura Pedro Leopoldo, 2015. 7.3. Programas, ações e indicadores A partir das demandas e carências da população foram criados 4 programas que se subdividiram em 9 ações com o objetivo de sanar os questionamentos que envolviam o eixo de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Com a finalidade de viabilizar a implantação dos mesmos, estes programas/ações foram orçadas e seus orçamentos compatibilizados com o Plano Plurianual de 2014 a 2017 do município e com a Lei Orçamentaria Anual de 2015. 99 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Entretanto conforme já apresentado, a partir da análise feita acima, Pedro Leopoldo por meio apenas de recursos próprios, não tem condições de oferecer serviços de saneamento de qualidade e em quantidades suficientes para sanar os problemas que existem, sendo assim necessário se valer de programas federais, parcerias intermunicipais dentre outros, além de uma ampla discussão sobre a realidade e a importância do saneamento nos municípios brasileiros. Diante disso buscando a universalização dos serviços de drenagem urbana e manejo das águas pluviais na área urbana e rural do município para um horizonte de 20 anos é apresentado na Tabela 6 os Programas, Projetos e Ações, com seus respectivos valores relacionados. Para Pedro Leopoldo o orçamento total previsto foi de R$134.682.893,40 e especificamente para este eixo o valor de R$ R$56.994.266,00, a serem investidos ao longo dos 20 anos de planejamento do PMSB para garantir quantidade e qualidade dos serviços de drenagem urbana e manejos das águas pluviais para a população. O detalhamento de cada ação, assim como as possíveis formas de obtenção dos recursos podem ser consultados no Produto 4, dos Programas, Projetos e Ações. 100 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 31: Programas Contemplados e Ações – Drenagem AÇÕES (ANOS) PROGRAMAS CONTEMPLADOS IMEDIATO (até 2 anos) 2016 2017 PD 1.1.1 – R$45.000,00 CURTO (2 a 4 anos) 2018 MÉDIO (4 a 8 anos) 2019 VALOR 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 PD 1.1.1: PD 1.1.1: R$ 1.679.780,00 R$ 3.919.486,00 PD 1.1.1 – R$200.000,00 PD 1.1 – Programa Gestão da Drenagem Pluvial PD 2.1 – Programa Operação e Manutenção LONGO (8 a 20 anos) PD 1.1.2: Sem custos diretos R$ 14.274.266,00 - - PD 1.1.3 – R$336.00,00 - PD 1.1.4 – R$350.000,00 PD 1.1.4: R$ 1.600.000,00 PD 1.1.4: R$ 4.800.000,00 - PD 2.1.1 – R$3.360.000,00 PD 2.1.1 – R$3.360.000,00 PD 2.1.1 – R$10.080.000,00 PD 2.1.2: PD 2.1.2: - PD 1.1.3 – R$1.344.00,00 PD 2.1.2: R$ 14.400.000,00 R$ 4.800.000,00 R$ 40.800.000,00 R$ 4.800.000,00 PD 2.1.3: Sem custos diretos PD 3.1 – Programa de Controle e Fiscalização - PD 3.1.1: R$459.000,00 PD 3.1.1: R$459.000,00 PD 3.1.1: R$1.002.000,00 R$1.920.000,00 PD 3.1.2 – Sem custos diretos Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 101 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma a partir da criação das ações e posterior implantação das mesmas foram criados indicadores para o acompanhamento da execução dos serviços. Esta que é uma ferramenta importante para manter um controle de resultados e nortear possíveis intervenções e alterações caso seja necessário. Assim, foram propostos indicadores para cada ação e estão contemplados no Produto 4. Na Tabela 32 são apresentados alguns indicadores estabelecidos para o eixo de drenagem urbana e manejo das águas pluviais em Pedro Leopoldo onde se mostra a descrição, forma de cálculo, unidades e periodicidade do controle. Tabela 32: Indicadores – Drenagem pluvial NOME – INDICADOR 1. Relatório técnico do setor responsável com acompanhamento e controle das ações previstas no Plano Diretor 2. Total alocado no orçamento anual para macrodrenagem DESCRIÇÃO O objetivo deste índice é fazer um acompanhamento técnico das ações relacionadas ao Plano Diretor de Drenagem O índice busca verificar o total alocado do PPA para o setor de drenagem O índice busca verificar de forma técnica uma proporção entre o n° de mecanismos de controle implantados e o total de mecanismos previstos PERÍODO CÁLCULO UNIDADE Trimestral (Nº de etapas realizadas / total de etapas previstas no projeto) Um Anual Previsão PPA/ ano Um Nº mecanismos de controle implantados/ Anual total de mecanismos previstos (nº de áreas 4. Relatório técnico do O índice busca medir o número de Anual recuperadas/total de setor responsável áreas recuperadas áreas degradadas) (nº de atendimentos 5. Relatório técnico de Este índice busca medir o número de Anual realizados/nº de atividades realizadas solicitações que foram realizadas solicitações) O relatório tem objetivo de (ações realizadas / 6. Relatório técnico acompanhar o número de ações Trimestral ações previstas no previstas e realizadas projeto) O índice tem como objetivo medir a (nº de vias 7. Relatório do setor proporção entre o nº de vias Semestral atendidas/total de vias responsável atendidas e nº de vias demandadas demandadas) O resultado tem objetivo de monitorar (Nº de obras 8. Controle de Obras e acompanhar a construção das Semestral licenciadas / total de obras licenciadas. obras fiscalizadas) O índice tem como objetivo medir a (Extensão das vias proporção entre a extensão das vias urbanas sujeitas a 9. Índice de vias urbanas urbanas sujeitas a Anual alagamentos / extensão sujeitas a alagamentos alagamento/extensão total do sistema total do sistema viário viário urbano urbano) O índice tem como objetivo 10. Índice de ocorrência de (nº acidentes de quantificar o n de acidentes de Anual alagamentos com vítimas alagamento/ ano) alagamento por ano O índice tem como objetivo medir a (Extensão das vias proporção entre a extensão das vias urbanas sujeitas a 11. Índice de ocorrência de urbanas sujeitas a alagamento e a Anual alagamentos / extensão alagamentos /extensão total do sistema viário total do sistema viário urbano urbano) 3. Relatório do setor responsável Um Um Um Um Um Um Km Um Km Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 102 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Todavia como forma de estabelecer uma ordem de prioridade para implantação destas ações, que seriam controladas pelos indicadores acima, criou-se uma escala de prioridade para execução das mesmas, que fora construída a partir da hierarquização das áreas mais carentes, conforme citado nesse documento anteriormente. Esta escala é dividida em alta, média e baixa e está ilustrada na Tabela 8. Alta: Ações que contemplam localidades de classificação “Preocupante” ou “Insatisfatório” na hierarquização de áreas de intervenção. Programas que possuem previsão orçamentária adequada no PPA ou LOA. Ações que possuem correlação com Programas já financiados pelo governo. Ações realizadas internamente, ou seja, diretamente pela Prefeitura Municipal e com baixo custo. Média: Ações que contemplam localidades de classificação Regular na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA, mesmo que de forma inadequada. Ações que ainda não possuem correlação com Programas já financiados pelo governo, porém buscam apoios, parcerias e convênios com o mesmo e com as prefeituras, órgãos etc. Baixa: Ações que contemplam localidades de classificação Satisfatória na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que não possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA. Sendo assim, a Tabela 33 apresenta a classificação dos Programas e Ações, segundo a ordem de priorização. 103 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 33: Priorização dos Programas– Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais AÇÃO PD 1.1.1 – ALTA Implantação efetiva do Plano Diretor de Drenagem AÇÃO PD 1.1.2 – ALTA Inserir previsão de orçamento específico de Drenagem no PPA do Município AÇÃO PD 1.1.3 – ALTA Criação e implantação de Lei municipal específica de regulamentação da drenagem pluvial, garantindo instrumentação necessária do setor ao poder público AÇÃO - PD 1.1.4 – MÉDIA Elaboração e implantação de plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD) AÇÃO PD 2.1.1–ALTA Elaborar e implantar Programa de conservação e manutenção do sistema de drenagem. AÇÃO - PD 2.1.2– ALTA Elaboração e implementação de projeto de manutenção regular de estradas AÇÃO PD 2.1.3– ALTA Ampliar a atuação do projeto “Preservando as Águas de Pedro Leopoldo” a toda a área rural AÇÃO PD 3.1.1– ALTA Incrementar a fiscalização do setor de projetos, em todas as etapas (aprovação à construção) em consonância ao Código de Obras e Posturas do Município. AÇÃO PD 3.1.2– ALTA Efetivação do Conselho Municipal de Defesa Civil Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 Nesse sentido é importante também estabelecer ações de Emergências e Contingências. 7.4. Plano de Emergência e Contingência Emergências são situações críticas, incidentes, situações de urgência, situações imediatas que requerem soluções rápidas e eficazes. Contingência é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento baseado na incerteza, duvidoso, possível, mas incerto. 104 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico As ações de emergências e contingências contemplam medidas e procedimentos a serem adotados, previstos e programados para controle ou eliminação de eminente risco à população, ao meio ambiente e aos bens materiais. As medidas que dizem respeito à contingência são de prevenção e as de emergência buscam programar ações caso aconteça um acidente ou incidente grave. Além dos programas e ações apresentados, o Plano de Contingência e Emergência visa estabelecer e prever as principais situações de risco, passíveis de ocorrência no sistema e as potenciais anormalidades, devido a fatores diversos, em busca de minimizar ao máximo seus impactos negativos, focando sempre no cenário ideal, com infraestrutura adequada, em um horizonte de 20 anos, mesmo que essa ainda não seja a atual realidade local, visando garantir a segurança e atendimento de qualidade a toda população, conforme apresentado na Tabela 34, a seguir. 105 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 34: Ações de Emergências e Contingências – Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais OCORRÊNCIA AÇÕES – EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ORIGEM Comunicar à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros sobre o alagamento das áreas afetadas, acionar o socorro e desobstruir redes e ramais. Alagamentos localizados Comunicar o alagamento ao órgão municipal responsável Boca de lobo e ramal pela limpeza das áreas afetadas, para desobstrução das assoreado/ entupido ou subdimensionamento da rede redes e ramais. existente Sensibilizar e mobilizar a comunidade através de iniciativas de educação ambiental como meio de evitar o lançamento de resíduos nas vias públicas e nos sistemas de drenagem. Deficiência no engolimento das bocas de lobo Promover estudo e verificação do sistema de drenagem existente para identificar e resolver problemas na rede e ramais de drenagem urbana (entupimento, estrangulamento, ligações clandestinas de esgoto, etc. Promover reestruturação/reforma/adaptação ou Deficiência ou inexistência de construção de emissários e dissipadores adequados nos emissário pontos finais dos sistemas de drenagem urbana. Elaborar e implantar projetos de drenagem urbana, Inexistência ou ineficiência de iniciando pelas áreas, bairros e loteamentos mais rede de drenagem urbana afetados por processos erosivos. Processos erosivos Recuperar e readequar os emissários e dissipadores de Inexistência ou Ineficiência de energia existentes. emissários e dissipadores de Construir emissários e dissipadores de energia nos energia pontos mais críticos. Utilização inadequada das APP/ áreas desprotegidas Recuperaras APP dos principais cursos hídricos, principalmente dos que recebem águas do sistema de drenagem urbana. Ampliar a fiscalização e o monitoramento das áreas de recomposição de APP. Executar obras de contenção de taludes e aterros. Mau cheiro exalado pelas bocas de lobo do sistema de drenagem. Comunicar ao órgão municipal competente ou à COPASA sobre a possibilidade da existência de ligações clandestinas de esgoto na rede de drenagem urbana (para sistemas separadores) para posterior detecção do Resíduos lançados nas bocas ponto de lançamento, regularização da ocorrência e aplicação de penalidades. de lobo Sensibilizar e mobilizar a comunidade através de iniciativas de educação ambiental como meio de evitar o lançamento de resíduos nas vias públicas e nos sistemas de drenagem Ineficiência da limpeza das bocas de lobo Ampliar a frequência de limpeza e manutenção das bocas de lobo, ramais e redes de drenagem urbana. Fonte: Gesois, 2015. 106 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 8. INSTITUCIONAL Após análise das demandas e respectivos programas e ações de cada eixo do saneamento e, considerando as diretrizes da Lei 11.445/2007, que estabelece alguns princípios análogos com relação aos quatro eixos, buscou-se prever programas, com ações relacionadas ao sistema do Saneamento Básico como um todo. 8.1. Programas, ações e indicadores A partir das demandas e carências da população foram criados 5 programas que se subdividiram em 13 ações com o objetivo de sanar os questionamentos que envolviam o eixo institucional. Com a finalidade de viabilizar a implantação dos mesmos, estes programas/ações foram orçadas e seus orçamentos compatibilizados com o Plano Plurianual de 2014 a 2017 do município e com a Lei Orçamentaria Anual de 2015. Entretanto conforme já apresentado, a partir da análise feita acima, Pedro Leopoldo por meio apenas de recursos próprios, não tem condições de oferecer serviços de saneamento de qualidade e em quantidades suficientes para sanar os problemas que existem, sendo assim necessário se valer de programas federais, parcerias intermunicipais dentre outros, além de uma ampla discussão sobre a realidade e a importância do saneamento nos municípios brasileiros. Diante disso buscando a universalização dos serviços de cunho institucional na área urbana e rural do município para um horizonte de 20 anos é apresentado na Tabela 6 os Programas, Projetos e Ações, com seus respectivos valores relacionados. Para Pedro Leopoldo o orçamento total previsto foi de R$134.682.893,40 e especificamente para este eixo o valor de R$4.768.900, a serem investidos ao longo dos 20 anos de planejamento do PMSB para garantir quantidade e qualidade dos serviços institucionais para a população. O detalhamento de cada ação, assim como as possíveis formas de obtenção dos recursos podem ser consultados no Produto 4, dos Programas, Projetos e Ações. 107 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 35: Programas Contemplados e Ações – Institucional AÇÕES (ANOS) PROGRAMAS CONTEMPLADOS IMEDIATO (até 2 anos) 2016 2017 CURTO (2 a 4 anos) 2018 2019 MÉDIO LONGO (4 a 8 anos) (8 a 20 anos) 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 VALOR PSB 1.1.1: Sem custos diretos PSB 1.1.2: Sem custos diretos PSB 1.1 – Programa Saneamento Integrado - PSB 1.1.3 – PSB 1.1.3 – R$495.00,00 R$480.00,00 R$ 2.415.000,00 PSB 1.1.3 – R$1.440.00,00 PSB 1.1.4: Sem custos diretos PSB 1.1.5: Sem custos diretos PSB 2.1 – Programa Operação e Amo + Meio Ambiente (sensibilização da comunidade) - - PSB 2.1.1 – PSB 2.1.1 – R$116.640,00 R$116.640,00 PSB 2.1.2 – R$36.540,00 PSB 2.1.2 – R$36.540,00 PSB2.2 – Programa Conheça PSB 2.2.1: Sem custos diretos e Cuide -Profissional PSB 2.2.2: Sem custos diretos Ambiental (Qualificação de Funcionários) - PSB 2.2.3 – PSB 2.2.3 – R$160.000,00 R$160.000,00 PSB 3.1 – Programa PSB 3.1.1 – PSB 3.1.1 – PSB3.1.1 – Participação Social na R$10.000,00 R$72.000,00 R$216.000,00 Gestão do Saneamento PSB 3.2 – Programa Tarifa Social na Gestão do Saneamento PSB 2.1.1 – R$349.920,00 R$ 765.900,00 PSB 2.1.2 – R$109.620,00 R$800.000,00 PSB 2.2.3 – R$480.000,00 Sem custos R$298.000,00 PSB 3.1.2: Sem custos diretos PSB 3.2.1 – PSB 3.2.1 – PSB 3.2.1 – R$53.000,00 R$53.000,00 R$96.000,00 PSB 3.2.1 – R$288.000,00 R$490.000,00 Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 108 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Dessa forma a partir da criação das ações e posterior implantação das mesmas foram criados indicadores para o acompanhamento da execução dos serviços. Esta que é uma ferramenta importante para manter um controle de resultados e nortear possíveis intervenções e alterações caso seja necessário. Assim, foram propostos indicadores para cada ação e estão contemplados no Produto 4. Na Tabela 36 são apresentados alguns indicadores estabelecidos para o eixo institucional em Pedro Leopoldo onde se mostra a descrição, forma de cálculo, unidades e periodicidade do controle. Tabela 36: Indicadores institucionais relacionados aos quatro eixos NOME – INDICADOR DESCRIÇÃO PERÍODO Tal índice busca aferir a eficiência e eficácia dos serviços de saneamento prestados, tanto Trimestral quanto a implantação de sistemas, ou quanto a manutenção Índice de Tal índice visa mensurar a mecanismos de qualidade da gestão municipal a controle e gestão partir de mecanismos criados e Semestral criados e implementados pela própria implementados prefeitura O índice se trata de uma Relatório de controle proporção entre o total de de recolhimento do Anual municípios atendidos e o n° total setor responsável de tarifas pagas Índice de regulação das atividades do setor Índice de autossuficiência financeira Verificar a autossuficiência financeira do município com esgotamento sanitário Tal resultado visa quantificar o número de acessos do SIM Número de acessos (Sistema de Informação Municipal) instalado Tal resultado visa quantificar o Número de número de atualizações no SIM atualizações instalado Relatório de Tal índice busca mensurar acompanhamento quantas ações propostas em do setor responsável plano foram de fato implantadas Relatório técnico de resultado de cada ação O índice tem como objetivo medir quanto cada ação de fato poderá solucionar ou mitigar uma demanda da população Semestral CÁLCULO UNIDADE N° de ações de propostas efetivadas/ N° de ações totais propostas % N° de mecanismos implantados/N° de mecanismos criados % Total de munícipes ou domicílios atendidos [tarifas emitidas] / nº total de tarifas pagas (Receita arrecadada com o manejo de resíduos sólidos / Despesa total da Prefeitura com esgotamento sanitário) x 100 % % Anual Número de acessos Un. Anual Número de atualizações Un. Anual Anual nº ações previstas no plano/ nº de ações implantadas nº demandas ou carências identificadas no Plano/ resposta da ação correspondente [solução ou ao menos mitigação da questão % % 109 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico NOME – INDICADOR DESCRIÇÃO PERÍODO O índice mostra o número de habitantes que participaram de Anual cursos ou palestras de cunho ambiental, ministradas. O índice mostra o número de habitantes que receberam visitas Índice de orientação ou orientações quanto a práticas Anual ambientais de um determinado projeto. Entrevistas com a O resultado faz um levantamento comunidade de quantos habitantes realizam (amostragem) para atividades de cunho ambiental e Semestral levantamento sobre de que forma, e qual a importância suas práticas para a preservação do meio ambientais. ambiente. O índice busca quantificar o Índice de servidores número de servidores sensibilizados sensibilizados e comparar esse Anual numero com o contingente total de servidores públicos O índice busca quantificar o número de servidores qualificados Índice de servidores ou capacitados e comparar esse Anual qualificados numero com o contingente total de servidores públicos Índice de frequência O índice tem como objetivo de acidente de quantificar o número de acidentes Semestral trabalho. de trabalho por horas trabalhadas Índice de Sensibilização Ambiental Acompanhamento de desempenho dos serviços, através de avaliação, por entrevista ou questionário, com 5% da população total do Município. O índice visa acompanhar e avaliar os serviços do saneamento, de maneira geral. O índice resulta na proporção entre n° de questões levantadas e Relatório de atuação o n° de questões deliberadas para do Conselho assim de medir da efetividade do conselho Semestral CÁLCULO UNIDADE nº de participantes ministrados / total de hab Hab nº hab visitados ou orientados pelo projeto / total de hab Hab Relatórios Un. Nº servidores ministrados / total de servidores públicos % Nº servidores qualificados / total de servidores do setor Un. Número de acidentes/ Homens horas trabalhadas) x 1.000 Pontuação a ser aplicada: Muito Bom – 10; Bom – 8; Satisfatório – 6; Regular – 3; Insatisfatório – 1. Os pontos dever ser somados e posteriormente divididos pela quantidade total de entrevistados Un. - Anual nº questões levantadas ou levadas ao órgão/ nº questões deliberadas % % % Relatório de participação no Conselho O índice visa medir a participação dos titulares dos conselhos nas reuniões Anual Total de membros titulares do órgão/ total de presenças dos membros por reunião ordinária do órgão Número de domicílios atendidos pela tarifa social Tal índice visa quantificar quantos municípios possuem o benefício da tarifa social para todos os serviços do saneamento Semestral N° de domicílios atendidos/N° total de domicílios Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015 110 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Todavia como forma de estabelecer uma ordem de prioridade para implantação destas ações, que seriam controladas pelos indicadores acima, criou-se uma escala de prioridade para execução das mesmas, que fora construída a partir da hierarquização das áreas mais carentes, conforme citado nesse documento anteriormente. Esta escala é dividida em alta, média e baixa e está ilustrada na Tabela 8. Alta: Ações que contemplam localidades de classificação Preocupantes” ou Insatisfatórias” na hierarquização de áreas de intervenção. Programas que possuem previsão orçamentária adequada no PPA ou LOA. Ações que possuem correlação com Programas já financiados pelo governo. Ações realizadas internamente, ou seja, diretamente pela Prefeitura Municipal e com baixo custo. Média: Ações que contemplam localidades de classificação Regular na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA, mesmo que de forma inadequada. Ações que ainda não possuem correlação com Programas já financiados pelo governo, porém buscam apoios, parcerias e convênios com o mesmo e com as prefeituras, órgãos etc. Baixa: Ações que contemplam localidades de classificação Satisfatória na hierarquização de áreas de intervenção. Ações que não possuem previsão orçamentária no PPA ou LOA. Sendo assim, a tabela 37 apresenta a classificação dos Programas e Ações, segundo a ordem de priorização. 111 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Tabela 37: Priorização dos Programas– Institucional AÇÃO PSB 1.1.1 – ALTA Implantar a Política Municipal de Saneamento Básico AÇÃO PSB 1.1.2 – BAIXA Implantação de um modelo de gestão autossuficiente por meio da tarifação, buscando a manutenção e operação dos sistemas AÇÃO PSB 1.1.3 –MÉDIA Instituir o sistema municipal de planejamento e informações sobre o saneamento básico (SIM – Sistema de Informação Municipal) AÇÃO - PSB 1.1.4 – ALTA Revisão quadrienal do PMSB AÇÃO PD 1.1.5–MÉDIA Instituir entidade reguladora para os 4 eixos do saneamento no Município AÇÃO - PD 2.1.1 – MÉDIA Elaborar e implantar Programa específico de Educação Ambiental para levar conhecimento e orientar a população de forma didática sobre as práticas ambientalmente corretas e sua importância. AÇÃO PD 2.1.2 – MÉDIA Programa de divulgação e comunicação visual, despertando a atenção da comunidade às questões ambientais, deixando o tema sempre em voga. AÇÃO PD 2.2.1 – ALTA Ministrar cursos periódicos de orientação e conscientização às práticas ambientalmente corretas a todo o funcionalismo público. AÇÃO PD 2.2.2 – ALTA Programa de divulgação e comunicação visual, tornando os próprios servidores em agentes de transformação e incentivo às praticas ambientais, dentro do seu contexto de trabalho e social. AÇÃO PD 2.2.3 – ALTA Promover cursos técnicos periódicos de qualificação profissional e oficinas de reciclagem da mão de obra local, com orientações teóricas e conhecimento prático sobre as atividades do setor, como cursos sobre proteção pessoal, situações insalubres e de periculosidade, planejamento do trabalho, etc.. AÇÃO PD 3.1.1 – ALTA Criação de uma central de relacionamento para melhor comunicação entre usuário e prestadora/prefeitura (emissão de aviso de cortes, reclamações, sugestões, dentre outros) AÇÃO PD 3.1.2 – ALTA Criação de um Conselho Municipal de Saneamento Básico, ou ainda, integração junto ao Conselho Municipal de Meio Ambiente. AÇÃO PD 3.2.1 – MÉDIA Promover e implementar políticas de fomento à Tarifa Social no âmbito do saneamento básico e seus respectivos eixos, em beneficio da população de baixa renda, que se enquadra nos requisitos. Fonte: Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2015. 112 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 9. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Visando democratizar o processo de decisão e a realização das ações de saneamento básico, a participação social se faz fundamental na definição de princípios e diretrizes de uma política pública de saneamento básico, no planejamento das ações, no acompanhamento da sua execução e na sua avaliação. As ações de mobilização e controle social na implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico visam sensibilizar, conscientizar e envolver a comunidade junto aos problemas locais relacionados aos serviços de saneamento, priorizando a transparência dos processos decisórios e o papel de cada cidadão em busca de melhor qualidade de vida. É fundamental a participação social no PMSB e o conhecimento da população sobre o tema. Assim, o Plano buscou envolver a comunidade local, garantindo a transparência do processo e a democratização da informação, esclarecendo algumas questões relacionadas ao tema e considerando aspectos apontados pelos munícipes. Portanto, as audiências públicas, reuniões setoriais e oficinas são instrumentos importantes para atrair e efetivar a participação da população. Assim, conforme o Plano de Trabalho do PMSB, a mobilização social abrangeu as áreas urbanas e rurais sendo realizados: uma Oficina de Capacitação do grupo gestor e agentes envolvidos com o PMSB, reuniões setoriais na área rural, Distrito de Campo de Santana e Sede, uma audiência pública na Sede para apresentação do Diagnóstico da situação atual de saneamento básico do município, uma audiência pública em função do Produto 4 para apresentar e discutir os aspectos relacionados ao mesmo. E, por fim, após aprovação de todos os seis Produtos, será realizado um seminário de encerramento para apresentar todo o PMSB. A Prefeitura de Pedro Leopoldo divulgou todos os eventos relacionados ao PMSB por meio de carro de som, faixas (fixados em pontos estratégicos da Sede), convites impressos e online para as entidades e escolas. 113 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico A divulgação para mobilização atendeu de forma moderada, uma vez que é de costume a pouca participação da população em eventos da Prefeitura. Dessa forma, a comunidade identificou as principais carências na área urbana e rural para os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais que já foram apresentados no presente produto nos itens anterior por meio das tabelas 37, 36, 35 e 34. Essa identificação foi feita através na audiência pública realizada no dia 10 de dezembro de 2014 para apresentação do Diagnóstico – Produto 2 (Figura 25). Figura 25: Cartaz da Audiência Pública Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pedro Leopoldo, 2014 114 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 10. DIVULGAÇÃO DO PMSB NO MUNICÍPIO A elaboração e atualização do PMSB deve atender ao previsto na Lei nº 11.445/2007, na qual é prevista a sua divulgação em conjunto com os estudos que os fundamentarem, o recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública e, quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado. Existem diversas formas de divulgar o PMSB para que esteja sempre ao alcance do conhecimento da população. Primeiramente, deve haver pelo menos uma cópia física na Prefeitura disponível para o acesso a todos os interessados. Assim como acontece com documentos públicos não sigilosos, a população pode solicitar cópias parciais ou totais do PMSB. Outra maneira de divulgação também se dá pela internet, preferencialmente, pelo site da prefeitura. Deve-se apenas tomar cuidado com o tamanho dos arquivos disponibilizados, uma vez que o PMSB possui um grande número de figuras fazendo com que o documento tenha um tamanho significativo, podendo impactar negativamente no tráfego de dados do órgão. Dessa forma, recomenda-se em determinados casos disponibilizar os arquivos em formatos compactados. A internet também pode ser usada como ferramenta para interagir com a população por meio de fóruns, e-mails, consultas públicas e outros mecanismos que permitam à população de Pedro Leopoldo opinarem sobre as atualizações do PMSB. Outras formas de divulgação do PMSB podem ser feitos através de jornais, revistas, folders, cartazes, e-mails e sites. É importante prever um relatório anual de monitoramento do Plano que sirva para dar transparência às ações realizadas ao longo de cada ano. Neste relatório deve conter uma síntese dos indicadores adotados, assim como uma avaliação crítica acerca dos resultados obtidos e, quando necessário, das mudanças que terão de ser adotadas (NURENE, 2008). A efetivação do PMSB de Pedro Leopoldo mediante práticas participativas e ações de mobilização e comunicação social, requer a adoção de novas práticas, que 115 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico privilegiem o interesse coletivo, assim como a implementação e o desenvolvimento de ações, sendo algumas sugeridas a seguir: Planejar os principais objetivos e recursos juntamente com os atores sociais; Promover ações de sensibilização para os técnicos da Prefeitura que atuarão na implantação e operação de programas e projetos, bem como da atualização do PMSB, sobre sua a importância e realização com metodologias participativas; Buscar parcerias e patrocínios para a implantação do PMSB e também para a capacitação técnica, com universidades, empresas públicas, ONG, etc.; Elaborar e disponibilizar documentos e informações sistematizadas, construídas com linguagem acessível e clara para a maioria; Qualificar agentes governamentais e capacitar o conjunto de atores, contribuindo para o fortalecimento da cultura democrática e a prática da negociação; Estimular a participação por meio de audiências públicas, atividades de consultas populares, como assembleias, fóruns, reuniões comunitárias, etc.; Fazer uso de materiais didáticos regionalizados ou locais, considerando a identidade do município de Pedro Leopoldo; Organizar, junto às escolas do município, visitas técnicas aos sistemas de saneamento, com o objetivo de apresentar como os setores ocorrem e funcionam em Pedro Leopoldo; Empregar estratégias e atividades com caráter pedagógico (apresentações teatrais, por exemplo) em iniciativas de educação ambiental, que devem primar pela reflexão e estímulo ao posicionamento crítico diante dos problemas socioambientais do município. 116 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Disponibilizar cursos que apresentem diversas tecnologias em saneamento, tais como: bioconstruções, banheiros secos, fossas ecológicas, sistemas de compostagem, entre outras; Utilizar outras linguagens, tais como: arte, música, resgate de histórias vividas, visitas em campo, entrevistas, dinâmicas lúdicas, entre outros, como elementos de sensibilização e favorecimento da aprendizagem. Com isso, ressalta-se que os diversos mecanismos de divulgação existentes devem ser empregados para esclarecer a população. É fundamental envolver as pessoas, grupos e instituições que atuam em processos de formação na região e esses processos devem buscar uma perspectiva de continuidade e permanência, devendo ser elaborados e avaliados com a comunidade como um todo (Gesois, 2015). De acordo com o MCidades (2011) muitas são as possibilidades e grandes os desafios na promoção de práticas participativas e de ações de mobilização e comunicação social. Esses desafios, no entanto, podem representar a diferença entre um simples “plano de gaveta” e um planejamento participativo em que a sociedade envolve-se e manifesta-se a favor do interesse coletivo. A gestão das ações e os planejamentos citados, anteriormente, precisam de apoio institucional, financeiro e pedagógico para cada uma delas. Estas ações precisam também ser monitoradas para que sejam avaliados os seus resultados e feitas as futuras adequações caso necessário. As ações de educação ambiental, divulgação e mobilização social em saneamento devem ser iniciadas bem antes dos projetos e obras e continuar após o término delas. 117 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 11. DIRETRIZES PARA REVISÃO DO PMSB Visando a necessidade periódica de revisão do PMSB, que deverá ser no máximo a cada quatro anos, conforme a Lei nº 11.445/2007 sugere-se a manutenção e atualização constante do banco de dados para cálculo periódico de indicadores do município, a fim de facilitar a obtenção dos novos dados. Para isso é necessário que o banco de dados seja desenvolvido simultaneamente à execução das ações previstas no PMSB, assim como do aperfeiçoamento e melhorias ocorridas nos setores envolvidos com o saneamento. Tudo isso com o objetivo de alcançar um maior número de indicadores para uma base de cálculos mais atualizada, o que facilitará a fiscalização das diversas vertentes do saneamento municipal. Mas para que isso aconteça de forma eficaz, faz-se necessário que os órgãos gestores dos quatro eixos do saneamento utilizem os indicadores essenciais relacionados a cada eixo. Os indicadores, adotados como forma constante de avaliação de desempenho, deverão ser analisados e seus resultados confrontados, tendo como indicativo e referência os parâmetros exigidos pelos órgãos oficiais competentes, quando existentes, e pelas metas e ações previstas no PMSB. Com a atualização periódica do Plano, o sistema, com todos os indicadores, poderá ser reavaliado e implantado gradativamente. Caso seja constatada a má funcionalidade ou ineficácia desses indicadores e programas indicados pelo Plano, seja por qualquer motivo, envolvendo implantação inadequada, falta de capacitação do corpo técnico responsável, ausência de monitoramento, dentre outros, propõem-se como mais indicado a contratação de empresa especializada no setor de saneamento, com equipe multidisciplinar de profissionais adequados para execução da revisão quadrienal do Plano. Caso contrário, se a prefeitura possuir equipe técnica capacitada, a mesma poderá executar as etapas do plano assim como realizar sua revisão, o que seria o mais indicado, visto que estes conhecem melhor a realidade das demandas do município. 118 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS Finalizando a etapa de estudos e elaboração do PMSB, para que esteja na posse da municipalidade e dos agentes envolvidos como um todo buscando dar sequência a nova fase de implantação e execução deste importante planejamento do Saneamento Básico Municipal, será feito aqui as considerações finais com uma síntese bem objetiva do contexto geral, evidenciado no município de Pedro Leopoldo quanto aos serviços de todos os eixos do saneamento básico, essencial para a qualidade de vida e a saúde ambiental. O Plano de Saneamento Básico tem como premissa a busca do ideal, este ideal se resume na garantia deste serviço de forma universalizada e com qualidade, adequada junto à realidade do município. Um planejamento representa um grande avanço, sendo, muito possivelmente, o principal instrumento, nesse contexto, para a gestão atual e futura, desde que aplicado de forma efetiva, considerando seus preceitos, priorizando as devidas ações e buscando fazer todos os esforços possíveis e necessários para alcançar os objetivos. Considerando o Diagnóstico atual dos serviços de saneamento de Pedro Leopoldo, nota-se que o município está muito aquém do necessário com relação a vários aspectos essenciais, principalmente em função da inexistência de alguns serviços tidos como essenciais, especialmente nas áreas rurais. Assim, para o eixo de Abastecimento de Água, as principais demandas são voltadas para a falta de universalização destes serviços, necessitando assim de uma ampliação e adequação do SAA; uma constante manutenção do sistema pela concessionária, como troca de tubulações objetivando uma maior pressão da água, evitando também vazamentos e perdas; uma maior fiscalização das empresas que estão extraindo areia e outras que estão fazendo o descarte inadequado dos seus efluentes; falta de campanhas educativas e também de treinamentos para SAA alternativos e sustentáveis, como captação de água de chuva etc. Atualmente os serviços de abastecimento de água são prestados de modo “Regular” na área urbana, porém, de forma “Preocupante” na área rural em função da inexistência 119 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico deste serviço, obrigando a adoção de medidas alternativas da própria população que, muitas das vezes, são inadequadas. Quanto ao eixo de Esgotamento Sanitário, este se apresenta com um dos principais problemas do Município, uma vez que apenas na área central há rede coletora e mesmo assim não há nem nessa localidade o tratamento de esgoto, já que a ETE do município ainda permanece em obras. Na área rural e em bairros mais afastados como Bairros Campinho, Parque Agenor Teixeira, Lagoa de Santo Antônio, a situação ainda é mais crítica, já que todo SES é feito por fossas rudimentares, as ditas fossas negras, onde não se há qualquer tipo de tratamento. Dessa forma a área central foi caracterizada na hierarquização das localidades como “Regular”, os bairros mais afastados como insatisfatório e a área rural como “Preocupante”, demandando assim um aumento da rede coletora, a finalização das obras da ETE, e a capacitação para se obter SES alternativos e sustentáveis para a área rural. Para o eixo de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos identifica-se como principais carências ou demandas da população a falta de coleta de lixo em bairros afastados e área rural, a falta de coleta seletiva e entrosamento com a ASCAPEL, a disposição inadequada dos RCC, a queima de lixo mesmo na área que possui coleta, e a falta de lixeiras pontuais. Sendo assim, a área central foi caracterizada como “Preocupante”, principalmente dado adensamento populacional, bairros que distritos como coleta em até 3 vezes na semana como “Insatisfatório”. Para o eixo de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais o município, principalmente devido a um maior adensamento populacional foi identificado como carências, uma grade impermeabilização do solo, falta de arborização dos espaços públicos, a quantidade insuficiente de dispositivos de drenagem e a falta de manutenção nos existentes. Isso tudo acaba por provocar grandes catástrofes para o município, como inundações e enchentes, gerando muitos danos econômicos e sociais e demandando assim alternativas sustentáveis para que isso não ocorra. Dessa forma na hierarquização, como “Preocupante” foi classificado a Região de 120 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico Fidalgo, a Lagoa de Santo Antônio e a sede, bairros afastados e distritos como “Insatisfatório” e a área rural como “Regular”. A partir de todas as demandas e carências da população, sendo algumas já explanadas acima, foram criados programas e ações com o intuito de solucionar a problemática dos quatro eixos do saneamento no município. Assim sendo foram criados 4 programas e 9 ações para o abastecimento de água, 5 programas e 12 ações para o esgotamento sanitário, 4 programas e 13 ações para limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, 3 programas e 9 ações para drenagem urbana e manejo das águas pluviais, e por fim o eixo institucional, eixo criado para ações e programas que fossem de comum para os 4 eixos antes citados, com 5 programas e 13 ações. Uma das ferramentas essenciais para mudança de cenário destes dois últimos eixos no município aponta-se a implantação do Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos e do Plano Diretor de Drenagem, definindo diretrizes e ações específicas para os mesmos. Ao final disto todas as ações foram descriminadas, orçadas e correlacionadas com o PPA e LOA de Pedro Leopoldo, visado assim a sua real implantação no município. Desta forma o total necessário de investimentos no município foi de R$ R$134.682.893,40 referente à execução de todas as ações dos programas previstos neste documento ao longo de 20 anos, visando à universalização dos serviços de saneamento básico em Pedro Leopoldo e a qualidade dos serviços prestados. Por fim, diante dos valores citados acima, vale ressaltar a importância da elaboração do PMSB como forma de se alcançar recursos de programas do Governo Federal, que podem garantir a implantação das ações orçadas. Outra questão é a importância de se oficializar o PMSB, com a finalidade de transformar o que fora escrito em prática e a melhor forma de alcançar isso é transforma-lo em uma Lei Municipal, que pode, inclusive, se valer das várias minutas de trabalho já elaboradas no Produto 4 do próprio PMSB. 121 Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo Rua Dr. Cristiano Otoni, 555, Centro – Pedro Leopoldo/MG CEP: 33.600-000 – CNPJ: 23.456.650/0001-41 Produto 6 Plano Municipal de Saneamento Básico REFERÊNCAIS BRASIL. Lei 11.445, 5 jan. 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Publicado no DOU de 8.1.2007 e retificado no DOU de 11.1.2007. Disponível em: Acesso em: 11 jul. 2012. BRASIL. Ministério das Cidades. Organização Pan-Americana da Saúde. 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