A renovação do ar da nave de piscinas cobertas
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A renovação do ar da nave de piscinas cobertas
Boletim Informativo da Associação Portuguesa de Profissionais de Piscinas, Instalações Desportivas e Lazer Janeiro - Fevereiro - Março 2012 Av. Brasil, 1 • 6.º • 1749-008 LISBOA Tel.: 217 923 776 E-mail: [email protected] Web: www.apppages.com .: EDITORIAL :. N este início de ano todos desejamos que consigamos ultrapassar a crise que se instalou no nosso país e que nos preocupa a todos. E que tal se começássemos por deixar de falar de crise e passar sim a falar de termos à nossa frente, na situação actual, uma nova oportunidade de motivarmos os nossos colaboradores e nós próprios a trabalharmos mais e melhor, concentrando-nos nos objectivos de cada empresa para melhor beneficiar os nosso clientes e pagar em devido tempo aos nossos fornecedores. José Tavares dos Santos Secretário-Geral da APP Feliz Ano Novo com o apoio da APP Reunião de Direcção da APP Regra dos 60-30-10 Reunião da EUSA em Paris Almoço de Natal 1 SUMÁRIO Editorial 2 2 3 4 A renovação do ar da nave de piscinas cobertas 6 É aqui que a APP através da sua palavra positiva e motivadora vai contribuir para melhorarmos a eficácia das nossas empresas através de um conjunto de palestras que irão ser realizadas por profissionais qualificados que nos irão mostrar caminhos a seguir para que este ano a vida corra melhor nos nossos negócios. Necessário ainda que apoiemos a formação de cada um dos nossos colaboradores e melhoremos os seus conhecimentos técnicos na área das piscinas inscrevendo-os nos Cursos Técnicos de Piscinas dados no seio da APP. Por sua vez a APP está a trabalhar a nível internacional com a Federação Europeia de Associações Nacionais de Piscinas e Spas (EUSA) contribuindo com os seus projectos e a sua votação para uma uniformização a nível europeu de equipamentos e normativos técnicos para piscinas, salvaguardando principalmente a qualidade e as boas práticas em piscinas de uso familiar, incomparavelmente em muito maior número que as piscinas de uso público. Para tal foi constituído no Comité Europeu de Normalização (CEN) uma comissão técnica a TC 402 da qual a EUSA faz parte e onde a APP tem sido representada pelo nosso ex-presidente Godinho de Oliveira. Importante que todas as empresas do sector, sócias ou não da APP, se inscrevam no CATIM para ajudarem, em conjunto, à criação de projectos de norma para as piscinas e procederem, quando for caso disso, à votação na Subcomissão Técnica de Piscinas (SC1) quer de projectos próprios quer dos elaborados pelo CEN em Bruxelas, contribuindo desta forma para a defesa dos seus próprios interesses e dos da classe que aqui representam. Ainda uma palavra de apreço para o nosso associado Rui Neto Pereira que está a envidar todos os esforços para que a APP tenha uma palavra a dizer sobre aspectos normativos no que respeita às questões energéticas em todas as piscinas cobertas no nosso país abrindo também uma janela de oportunidades para os nossos associados. E já pensou aplicar na sua empresa a regra 60-30-10? À semelhança dos anos anteriores decorreu com muita alegria o almoço de Natal da APP organizado pelo nosso presidente António Candeias num restaurante na Comporta e que contou com uma boa representação dos nossos associados e seus familiares bem como do presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato. Que este ano seja um Bom Ano para todos os empresários e profissionais do sector, sócios e amigos da APP, são os nossos votos. Que cada casa com piscina coloque pelo menos 1 dos 4 sistemas de segurança: alarme • cobertura de segurança • abrigo • vedação Execução Gráfica: Grafilipe - Sociedade de Artes Gráficas, Lda. - Cadaval 1 Reunião de direcção da APP R ealizou-se no dia 12 de Janeiro a primeira reunião de direcção deste ano. Estiveram presentes para além do presidente, António Candeias, os directores Francisco Godinho de Oliveira e Filipa Santos, o presidente do Conselho Fiscal Martins Bacalhau e os associados Vitorino de Matos Beleza e Rui Lino Neto. Esteve ainda presente o secretário-geral José Tavares dos Santos que informou a impossibilidade do vice-presidente, Francisco do Carmo participar nesta reunião. Foram apresentados e discutidos os temas da ordem de trabalhos, dos quais destacamos: - Situação financeira da APP e suas consequências; “A reunião decorreu com muito empenho e entusiasmo...” - Pagamento de quotas por débito direto e angariação de novos associados; - As relações e trabalho desenvolvido pela APP no seio da EUSA; - Colaboração com a ADENE e o Instituto Superior de Engenharia do Porto; - Possibilidade de acreditar a APP na área da formação; A reunião decorreu com muito empenho e entusiasmo de - Como aproveitar o Projecto de Regulamento Técnico todos os presentes sobre os assuntos focados tendo sido Sanitário de Piscinas de Uso Público; - Programa de trabalho, acções e palestras para este ano. tomadas decisões para implementar as acções propostas, pelo que, há medida que que forem sendo realizadas, serão Regra dos 60-30-10 Gestão de empresas e do negócio: Passe 60 por cento ocupado com o marketing e as vendas; 30 por cento a produzir ou a fornecer os produtos e os serviços; 10 por cento a tratar da gestão e da administração. Assim: comercialize, produza, administre… por essa ordem de prioridades. Jeffrey J. Fox 2 Reunião da EUSA em Paris A 12 e 13 de Dezembro reuniu-se o comité da EUSA em Paris que contou com as presenças das associações nacionais representativas da Alemanha, Áustria, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, Reino-Unido e Suécia. Portugal esteve representado, como habitualmente, pelo nosso director Francisco Godinho de Oliveira que nos transmitiu o seguinte: Cada país expôs a situação do mercado em 2011 e a actividade desenvolvida pela sua associação. Daqui resultou o ter-se constatado que os mercados reagiram de forma “...os mercados reagiram de forma diferente à situação económica que se vive actualmente na Europa...” diferente à situação económica que se vive actualmente na Europa, sendo que a França e a Alemanha viram o seu mercado de piscinas aumentar enquanto este diminuiu nos restantes países. Sobre o trabalho desenvolvido pelas associações presentes, constatou-se, uma vez mais, que a associação francesa (FPP) é a que tem melhor organização e melhor informação, contribuindo para esta, o elevado número de telefonemas que é feito para as empresas associadas colocando seis ou sete perguntas das quais destacamos “o número de orçamentos emitidos e a quantidade de contratos efectivos resultante desses orçamentos”. Sobre a participação dos membros da EUSA no CEN TC 402, foi referido que continuam a discutir-se aspectos relacionados com as piscinas enterradas e as acima do solo, não se tendo ainda chegado a um consenso sobre as várias matérias correspondentes a estes tipos de piscinas. Sobre a segurança das piscinas, concluiu-se não ser poder dizer que estas são 100% seguras, mas sim que são seguros Ficou a saber-se que a EUSA passou a ser registada em os equipamentos e acessórios que as compõem, pelo que a Bruxelas, pelo que será aberta uma conta bancária nesta segurança nas piscinas de uso público e de uso familiar é a cidade. mesma, varia é a maneira de a obter. Foi decidido manter o valor das quotas para 2012 igual ao Relativamente a aspectos relacionados com a administra- de 2011 e que a nova presidência será efectuada pelo Reino ção, gestão e financiamento da EUSA foi reafirmado que as Unido. presidências deverão assegurar o secretariado sem qual- A próxima reunião do comité da EUSA será realizada em quer encargo para a EUSA, à semelhança do que já havia Abril ou Maio de 2012 em local a determinar depois de sido acordado em Roma. conhecidas as datas das reuniões do CEN. 3 Convívio de Natal da APP R ealizou-se no dia 17 de Dezembro no restaurante Comporta Café na Comporta, o habitual almoço de Natal da APP, este ano num restaurante elegido pelo presidente António Candeias e que contou, como já vem sendo tradição, com a presença de muitos associados e seus familiares. Foi toda uma tarde de festa e salutar convívio que se prolongou noite dentro e que, para além de um bom repasto, foi ainda abrilhantado com a surpreendente atuação do Grupo de Cantares Alentejanos e de um jovem com uma boa voz que cantou e tocou a solo durante toda a festa. Francisco Godinho de Oliveira referiu-se ao trabalho que está a ser desenvolvido no seio da EUSA no qual é o representante da APP e na pressão que aquela exerceu para que fosse criado um Comité Técnico Internacional exclusivo para piscinas de uso familiar, privadas, e, Rui Lino Neto referiu a parceria que está a ser constituída com a ADENE no âmbito da poupança de energia em piscinas cobertas e a criação de técnicos especializados nesta área da qual podem beneficiar todos os nossos associados. De realçar ainda a simpática presença do presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, amigo do presidente da APP, que proferiu palavras de agradecimento pela presença de todos neste local que os romanos adoravam, tendo referido ter a costa da Comporta a maior extensão de praia sem interrupção de toda a Europa, sendo por isso um local único e privilegiado que merece ser visitado muitas vezes pelos turistas nacionais e estrangeiros onde podem usufruir de boas instalações e gastronomia rica e variada que apresentam os vários restaurantes nesta zona. No final António Candeias fez questão de oferece a todos os presentes lembranças pessoais agradecendo a sua presença amiga, reforçando a necessidade de unirmos esforços para mantermos os nossos associados e angariarmos ainda muitos mais através de várias acções que a APP irá desenvolver no futuro, certo que, se assim o fizermos, poderemos melhorar as nossas vidas pessoais e profissionais. Encerrou este agradável convívio com votos de um Feliz Natal e um Bom Ano Novo para todos os presentes e seus familiares e ainda para todos os associados da APP e seus colaboradores. Foi mais uma jornada ímpar que fortalece o espírito de união entre os associados no objectivo comum do engrandecimento da APP. 4 Foi mais uma jornada ímpar que fortalece o espírito de união entre os associados no objectivo comum do engrandecimento da APP. “....como já vem sendo tradição, com a presença de muitos associados e seus familiares.” “....abrilhantado com a surpreendente atuação do Grupo de Cantares Alentejanos...” 5 .: TEMA TÉCNICO :. A renovação do ar da nave de piscinas cobertas A renovação do ar da nave de piscinas cobertas 2 2 Vitorino de Matos Beleza1, Rosária Santos Costa , Marta Pinto Baptista , Sofia Fernandes1 Vitorino de Matos Beleza1 Rosária Santos Costa2 Marta Pinto Baptista2 Sofia Fernandes1 Numa piscina coberta os reagentes usados no tratamento de água e os banhistas são os principais responsáveis pela introdução de contaminantes no sistema ar/água. Das reações desses compostos com os desinfetantes à base de cloro ou de bromo resultam subprodutos de desinfeção (SPD) que incomodam e afetam a saúde dos banhistas e, por isso, devem ser removidos do meio. Para o fazer, a renovação do ar e da água são as ferramentas mais utilizadas e sugeridas por diversos documentos normativos e legais. A redução na quantidade de contaminantes introduzidos é a solução mais interessante e a mais económica. A diminuição no consumo de reagentes, a promoção da higiene dos banhistas e o uso de processos avançados de oxidação são métodos eficazes para redução das concentrações de SPD. A tricloramina, um dos principais SPD presentes no ar da nave de piscinas cobertas, pode ser extraída por um processo de transferência de massa que se apresenta como uma boa solução técnica, embora com custos energéticos elevados. A gestão da energia é uma das grandes preocupações do gestor de uma piscina coberta. O custo deste fator está sempre dependente de duas variáveis: temperatura da água e taxa de renovação de ar fresco. As duas variáveis condicionam a concentração de SPD no ar da nave. Temperaturas mais elevadas promovem a formação de maiores quantidades de SPD. Taxas de renovação elevadas favorecem a sua extração para o exterior. Como as temperaturas da água da piscina mais baixas podem afastar irremediavelmente banhistas, afetando negativamente as receitas da piscina, a sua definição deve ser feita pela direção da piscina, tendo em atenção o tipo de utilizador e, obviamente, o custo que aquela decisão acarreta e que pode ser refletido no preço a pagar pelo banhista (Beleza e Costa, 2005). 1 2 6 Osminergia, Projectos, Equipamentos e Sistema, Lda Centro de Estudos de Águas da Fundação Politécnico do Porto 1 A renovação do ar da nave de piscinas cobertas .: TEMA TÉCNICO :. Não tem sido dada muita atenção ao controlo da qualidade do ar das piscinas cobertas. A temperatura e a humidade são, praticamente, os únicos parâmetros controlados e muitas vezes mal. Na realidade a comodidade e a saúde pública dependem de outras variáveis, nomeadamente das concentrações de cloro e dos SPD, particularmente a tricloramina e os trihalometanos. Para piscinas cobertas as autoridades de saúde francesas sugerem como limite para a concentração de tricloramina no ar o valor de 0,5 mg/m 3 (AFSSET, 2010). A legislação portuguesa (Decreto-Lei 240/2001) limita, para exposição profissional, a concentração de clorofórmio a 10 mg/m 3 medido ou calculado em referência ao período de oito horas em média ponderada. Este limite dificilmente é alcançado no ar das naves de piscinas, pois o valor mais alto, de um grande conjunto de dados obtidos por vários autores de diversos países é de 1,6 mg/m3 (WHO, 2006, p. 72). A OSHA (Occupational Safety and Health Administration – USA) apresenta para o cloro um limite de exposição de 3 mg/m3 e o NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health – USA) recomenda um valor limite de exposição de 1,5 mg/m3 para um período de 8 horas. Para o ozono a OSHA limita, ao período de 8 horas, uma exposição a uma média pesada de 0,2 mg/m3. O Decreto-Lei 79/2006 de 4 de Abril (RSECE) considera que, nos edifícios abrangidos por aquele documento, e nos quais se incluem as piscinas cobertas, devem ser consideradas as concentrações máximas de referência a fixar por portaria e que podem ser as indicadas no nº 8 do art.º 29º e nos quadros do nº 2 do Anexo V e do anexo VII do referido decreto. Tendo em consideração as características próprias das piscinas cobertas, consideramos, com base na literatura específica e na experiência, que os requisitos para controlo da qualidade do ar das naves de piscinas devem ser os apresentados no quadro 1. A avaliação dos parâmetros selecionados deve ser feita de acordo com a frequência indicada nesse quadro, devendo, sempre, ser acompanhada por ações de amostragem e caracterização de água do tanque para que seja possível relacionar a qualidade da água com a qualidade do ar. Entendemos que a Autoridade de Saúde deve ter a competência para exercer e vigiar a qualidade do ar das piscinas cobertas, cabendo à direção da piscina a responsabilidade de efetuar o necessário controlo. 2 7 .: TEMA TÉCNICO :. A renovação do ar da nave de piscinas cobertas Quadro 1 – Requisitos propostos para a qualidade do ar da nave de piscinas cobertas Parâmetro Unidade Concentração máxima de referência Observações mg/m 3 1,5 Periodicidade: semestral mg/m 3 0,5 Periodicidade: semestral mg/m 3 10 Periodicidade: anual Ozono mg/m 3 0,2 A realizar sempre que se use ozono no tratamento da água da piscina Legionella spp. UFC/L 1000 Legionella Pneumophila UFC/L 0 A realizar sempre que a formação de aerossóis seja possível (tanques de hidromassagem, chuveiros, parques aquáticos, etc.) Humidade relativa - 60 % a 70 % - Temperatura do termómetro seco - 1ºC a 2 ºC acima da temperatura do tanque com água mais fria A temperatura do ar da nave não deve exceder 30 ºC Cloro Tricloramina Clorofórmio A renovação do ar da piscina deve garantir o cumprimento dos requisitos definidos no quadro 1. No entanto, na fase de projeto é necessário fixar o caudal de renovação mínimo. A Diretiva do Conselho Nacional da Qualidade CNQ 23/93 fixava esse caudal em 6 L/s por banhista (22 m3/(h.banhista)). Como essa Diretiva definia a lotação máxima instantânea para aquele tipo de piscinas em 1 banhista por cada 2 m2 de área de plano de água e a lotação máxima diária de 2 banhistas por cada m 2, o caudal de renovação de ar equivalente é de 11 m 3/(h.m2) durante o pico de frequência da piscina, e de 4,3 m3/(h.m2) se considerarmos a frequência média horária para 10 horas de operação da piscina. Disposições francesas de 1969 (“Dispositions Communes aux Piscines Couverts et en Plein Air” - Ministère de la Jeunesse et des Sports (MJS)) recomendavam uma taxa de renovação de ar, de 30 a 40 m 3/(h.m2), com base na superfície do plano de água. Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde recomenda 36 m3/(h.m2) (WHO, 2006). Estes valores são bastante superiores ao recomendado pela Diretiva CNQ 23/93 e mesmo pelo Decreto-Lei 79/2006 que corresponde a 20 m3/(h.m2) se se considerar que, numa piscina coberta, a área do cais é semelhante à área do plano de água. A tricloramina, por ser excecionalmente mais volátil que os produtos presentes na água da piscina, é, sem dúvida, o principal poluente do ar (Henry et al., 1994, 3 8 .: TEMA TÉCNICO :. A renovação do ar da nave de piscinas cobertas Marshal, 2000) e o mais importante, sob o ponto de vista de saúde pública, para os utilizadores de piscinas cobertas, sobretudo para aqueles que nela trabalham. A sua produção depende das condições de operação de uma piscina e da sua frequência. A limitação da concentração de tricloramina no ar da piscina deve ser considerada como essencial no processo de renovação do ar (Marshal, 2000), isto é, as piscinas devem ser consideradas numa categoria de estabelecimentos de poluição específica, não usando para efeito a definição da taxa de renovação a quantidade de anidrido carbónico rejeitado pelos utilizadores da piscina, como o faz a Diretiva CNQ 23/93. Henry et al., 1994, avaliaram a produção de tricloramina em piscinas públicas francesas. Com base nos valores por eles obtidos, construiu-se o quadro 2 que considera três condições distintas em piscinas cobertas, em que uma delas opera em situação extrema (caso C). Quadro 2 – Determinação da taxa de renovação do ar em piscinas cobertas com base no balanço material da tricloramina Parâmetro Concentração de tricloramina na água, mg/L Concentração de tricloramina na interface, mg/m Concentração de conforto no ar da nave, mg/m Concentração máxima no ar da nave, mg/m 3 Caso A Caso B Caso C Média 0,007 0,034 0,061 0,034 2,8 13,6 24,4 13,6 3 0,3 3 0,5 Coeficiente de transferência, m/h 0,93 0,44 0,60 0,66 Transferência de tricloramina da água para o ar por unidade de área do plano de água na 2 situação de conforto, mg/(h.m ) 2,3 5,9 14,5 7,5 Transferência de tricloramina da água para o ar por unidade de área do plano de água na 2 situação de máximo, mg/(h.m ) 2,1 5,8 14,3 7,4 Caudal de ar a renovar na situação de conforto 3 (concentração de tricloramina no ar – 0,3 mg/m ), 3 m /h 8 20 48 25 Caudal de ar a renovar na situação de concentração máxima (concentração de 3 3 tricloramina no ar – 0,5 mg/m ), m /h 4 12 29 15 A fixação de um valor para o caudal de renovação do ar com base na concentração da tricloramina pode exigir um valor próximo de 30 m 3/(m2.h), manifestamente excessivo para a grande maioria dos casos. A fixação de 4 9 .: TEMA TÉCNICO :. A renovação do ar da nave de piscinas cobertas 20 m3/(m2.h) como valor mínimo de projeto parece-nos razoável. Assim, julgamos que, para além de considerar a obrigação do cumprimento dos requisitos apresentados no quadro 1, é oportuno propor a seguinte solução para a fixação de condições de projeto para a circulação e renovação do ar da nave de uma piscina: A. O ar da nave de uma piscina deve ser renovado a uma taxa suficiente para garantir concentrações de tricloramina no ar da nave inferiores a 0,5 mg/m3, com um caudal de projeto mínimo equivalente a 20 m3/(h.m2) com base na área do plano de água; B. A instalação de renovação de ar da nave deve dispor de um sistema de controlo que regule automaticamente a entrada de ar fresco de modo a que as condições do ar da nave satisfaçam o pleno cumprimento dos requisitos definidos no quadro 1 e garanta o consumo mínimo de energia. Bibliografia AFSSET. (2010). L’evaluation des risques sanitaires lies aux piscine – partie 1: piscines règlement. Agence Française de Securité Sanitaire de l’environnement et du travail. Saisine Afsset nº 2006711. Beleza, V. M. Santos, R. M. S. (2005). Temperatura da água de piscina: que valor? Revista Portuguesa de Gestão de Desporto. Ano 2 Nº 1:71-74. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. (2006). DecretoLei 79/2006 de 4 de Abril. Diário da República. 1ª Série-A, nº 67, 2416-2468 CNQ 23/93. (1993). A qualidade nas piscinas de uso público. Directiva do Conselho Nacional da Qualidade. Instituto Português da Qualidade. Lisboa Héry, M., Hecht, G., Gerber, J. M., Gendre, J. C., Hubert, G., Blachere, V., Rebuffaud J. et Dorotte, M. (1994). Exposition aux chloramines dans les atmosphres des halls de piscine. Cahier de Notes Documentaires - Institut National de Recherches Scientifiques 156, ND 1963. Marshal, B. (2000). Recherche dês chloramines dans l’áir dês piscines couvertes et enquete sur le gene occasionnee chez les maitres nageurs. Tese apresentada para obtenção do grau de doutoramento na Faculdade de Farmácia da Universidade de Nancy. 5 10
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