Aos adeptos do Beira-Mar, Depois dos recentes acontecimentos e

Aos adeptos do Beira-Mar,
Depois dos recentes acontecimentos e do amargo final de época que todos vivemos, tomámos a
decisão de esclarecer alguns pontos, a bem da verdade. Temos lido e ouvido muitas acusações falsas
na imprensa e também por parte de pessoas que estão à volta do Beira-Mar. Até hoje, optámos por
manter o silêncio, sobretudo por respeito à Direcção do Beira-Mar e a quem anteriormente geriu o
clube. Mas é evidente que o respeito que temos vindo a manifestar não é mútuo.
Para aqueles que não estão convencidos do nosso envolvimento e da nossa dedicação ao Beira-Mar,
é necessário levantar e explicar algumas questões. Porque é evidente que os adeptos e a comunidade
em geral têm sido mal informados dos nossos esforços e do nosso compromisso com o Beira-Mar.
Em Abril de 2011, a 32Group assinou um acordo com o Beira-Mar. O cerne deste acordo foi a
criação de uma empresa (SAD), ficando estabelecido que a 32Group passaria a gerir o futebol
profissional do Beira-Mar, ficando a Direcção do clube responsável pelo futebol amador e por
outras modalidades.
Os principais pontos do acordo foram:
1 – a concessão à 32Group da gestão e dos direitos de utilização do Estádio Municipal de Aveiro e
dos terrenos circundantes
2 – o pagamento por parte da 32Group de dívidas em nome do clube, mediante condições prévia e
claramente acordadas
No momento da assinatura do acordo, o Beira-Mar tinha uma dívida acumulada superior a três
milhões de euros. A 32Group providenciou 500 mil euros para o pagamento urgente a alguns
credores do clube. Desde então, um montante total superior a um milhão de euros de dívidas do
clube já foi pago pela 32Group. No entanto, desde Abril de 2011, o clube falhou sistematicamente e
não honrou as suas principais obrigações para com a 32Group, inscritas no acordo que foi assinado
entre as duas partes.
O acordo estabelece um plano de pagamento a longo prazo da dívida do clube, mas em dois anos
quase metade dessa dívida já foi paga pela 32Group, sem qualquer resposta ou posição do clube
quanto às suas obrigações que não foram cumpridas.
Apesar dos repetidos alertas e questões em relação à gestão do estádio e das áreas em redor, não só
a 32Group nunca recebeu nenhuma resposta concreta como ficou a saber, surpreendentemente, que
a Direcção do clube já confirmou não ser capaz de garantir a gestão do estádio à 32Group.
Ainda assim, mais uma vez mantivemos o nosso silêncio, na perspectiva de não criar qualquer tipo
de turbulência interna e na esperança de uma relação construtiva. Lamentavelmente, porém, a outra
parte não cumpre o acordo que assinou connosco e ainda tem o descaramento de nos criticar
publicamente, colocando em risco o futuro do Beira-Mar. Talvez pensassem que permaneceríamos
em silêncio, como fizemos desde sempre, a bem do clube.
Chegou o momento de a 32Group tomar acções legais contra as pessoas que assinaram um acordo
que, afinal, sabiam desde o início que nunca poderia ser honrado nem cumprido. O acordo dá à
32Group o direito de reclamar a devolução de todo o dinheiro investido, além de ser naturalmente
compensada pelos prejuízos sofridos até ao momento.
Se a 32Group optasse por exercer os seus direitos contratuais para reivindicar a devolução do seu
investimento e a reparação dos danos causados, seria pôr fim ao Beira-Mar. A 32Group poderia ter
tomado essa decisão há muito tempo, mas absteve-se de o fazer, olhando aos valores desportivos e
morais. Mesmo se as inúmeras acusações e falsas promessas feitas pela Direcção a tornariam,
logicamente, única responsável.
Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para parar aqueles que intencionalmente assinam
contratos e fazem falsas promessas a um investidor estrangeiro. Iremos manter informados os
adeptos do Beira-Mar e a comunidade em geral.
Administração da 32Group Holding Company