Edição 50 - Março/Abril 2013 - Associação Nacional dos Ópticos

5.ª Série / Nº 50 / 2013 / Publicação Bimestral / €4,50
Especial 5º Congresso
Nacional da Óptica Ocular
Ópticas Acreditadas
Pode confiar, até de olhos fechados
C
PUB
Essilor Varilux 5
M
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CM
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CY
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K
PUB
Shamir
Sumário
Editorial
5.ª Série - N.º 50
Março/Abril 2013
Editorial
5
Em Foco
6
Visite-nos em:
5º Congresso Nacional da Óptica Ocular
www.ano.com.pt
A soma de todas as partes
www.facebook.com/opticos.ano
Especial 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular
O futuro da Óptica em Portugal nasceu no Estoril
Notícias
Opinião
21
A sala escura perdeu a magia
34
O fisco que confisca
35
Se Deus é brasileiro, o Papa é argentino
36
Sol
Armações
Curiosidades
37
Apaguem as luzes, que se vai restaurar a visão
39
Pag.6
AF_ANO_OptTec_4serv.pdf
2/13/13
8:03:26 PM
Pag.20
38
Notícias ANO
Pag.41
Confie neste símbolo, até de olhos fechados
41
ANO renova site institucional
43
Em Abril, formações mil
45
Direcção ANO
46
Breves Saúde
Breves Negócios
47
Pag.43
49
Fotografia de Capa:
DR
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Ficha Técnica
Director
Rui Correia
[email protected]
Coordenador
Eduardo Silva
[email protected]
Editora
Paula Pinto Gonçalves
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Colaborador
Nuno Dias da Silva
4
Publicidade
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Grafismo e Paginação
Carlos Raposo
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Produção
Light Ideas, Consultoria de Comunicação
telefone: 912 135 990
Impressão
Fernandes & Terceiro, SA
Propriedade
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÓPTICOS
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Fax: 217 594 733
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Periodicidade
Bimestral
Nº de registo no ICS
107048
Depósito legal
294619/09
Tiragem
1500 Exemplares
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Serviços Administrativos da ANO.
“O Valor do Óptico – Mercado Global” levou
cerca de 700 profissionais do sector da Óptica
ao Centro de Congressos do Estoril de 22 a
24 de Fevereiro. Só por estes números, o 5º
Congresso Nacional da Óptica Ocular foi um
sucesso. Mas não podemos resumir três dias
de intenso trabalho e aprendizagem apenas
ao número de presenças.
O sucesso adveio, acima de tudo, da vontade
de uma soma discutir as partes. Isto é,
de uma classe profissional direccionada
para o conhecimento de diferentes - mas
complementares - áreas relacionadas com o
sector da Óptica: temas científicos, discussão
económica, pontos de venda, marketing,
moda e até desenvolvimento pessoal.
Porque o programa do 5º Congresso da ANO
abordou efectivamente todos estes temas,
com o objectivo de preparar o empresário
da Óptica para o exigente dia-a-dia no seu
estabelecimento e toda uma classe para a
unidade profissional.
Na zona de exposição técnica, todos estes
elementos estavam presentes, de uma forma
ou de outra. E também desta componente
fez parte o sucesso do evento. A troca de
informações, contactos e de experiências,
além da mostra de novos bens e serviços, foi
vital para a dinamização do Congresso.
Em suma, aprendemos todos um pouco mais.
Por isso dedicámos o Em Foco desta edição
da VER a um “Especial Congresso”, com o
objectivo de recordar uns e informar outros.
Os conteúdos das palestras, as entrevistas
com os principais actores, os comentários,
os apontamentos dos momentos mais
marcantes: saberá tudo nas primeiras páginas
desta revista.
Conheça ainda, em pormenor, nesta
edição, a identificação da nova tipologia
de estabelecimentos Associados ANO, com
a nova imagem das Ópticas Acreditadas, e
um resumo das novas características do site
institucional www.ano.com.pt.
A Direcção
5
Especial
O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular, realizado de 22 a 24 de Fevereiro no Centro
de Congressos do Estoril (CCE), foi um sucesso! Com uma afluência de cerca de 700
pessoas nos três dias, o auditório e a zona de exposição técnica foram grandes pólos
de trocas de ideias, informação e experiências entre profissionais da Óptica.
5º Congresso Nacional da Óptica Ocular
O pontapé de saída foi dado pelo presidente do Congresso,
Fernando Carvalho Rodrigues. “Melhorar o entendimento da
profissão do Óptico-Optometrista”: assim resumiu o Professor
os três dias de trabalho que estariam pela frente. Recordou as
conclusões do Congresso da ANO, em 1980, que delinearam o
futuro da formação profissional para esta classe. “Queríamos
mudar o mundo! E, pela primeira vez, houve o discernimento
de fazer todos os esforços para que houvesse licenciaturas nas
universidades do Estado, financiando os cursos da Universidade
da Beira Interior e da Universidade do Minho, aqui presentes”,
Dia 1
Fernando Carvalho Rodrigues
O futuro da Óptica em
Portugal nasceu no Estoril
Por: Paula Pinto Gonçalves
“Foi, sem dúvida, um grande evento, que atraiu muitas pessoas
ao local, desde profissionais a estudantes, e que nos permitiu,
enquanto empresa, estar mais uma vez presentes e próximos dos
nossos clientes. Apostamos forte na nossa presença pela dimensão
do evento e penso que foi tudo bem sucedido. Dentro de dois anos,
estaremos novamente presentes.”
Tiago Semelhe, Alcon Vision Care
Camilo Lourenço fala sobre Associativismo
“Juntas, as empresas lidam melhor com
o financiamento”
Em exclusivo para a VER, Camilo afirmou que o associativismo
pode ser uma forma de combater a crise. “Há um défice
gravíssimo de associativismo em Portugal. Gostava que
as pessoas percebessem que, juntas, as empresas lidam
melhor com o financiamento.” Quando indagado sobre a
possibilidade da criação de uma confederação no sector da
Óptica, o jornalista foi peremptório: “Acho uma excelente
ideia! É uma forma de devolver peso ao vosso sector.”
Uma das soluções apontadas para aumentar o crescimento
económico e empresarial durante a sua comunicação foi a
aposta no mercado externo. “É uma pena o vosso sector não
ter produção interna significativa. Mas, por isso mesmo, fazme ainda mais impressão não ver mais empresas de Ópticas,
juntas, a tentar conquistar mercados externos!” E concluiu:
“Fico pasmado como ainda não há um grupo de empresas
de Óptica a marcar presença em países como Angola ou
Moçambique.”
“Excelentemente organizado e gerido. Boa resposta em termos de
afluência e ambiente, com interessantes e inquietantes temáticas.
Apropriado ao sector e ao momento.
Parabéns pelo novo ânimo que daí se inspira!”
Fernando Casinha, Hoya
7
Em Foco
Dia 1
na inovação e na contínua formação profissional dos ÓpticosOptometristas.” Rui Correia não esqueceu ainda os parceiros
empresariais “que apoiaram este Congresso, reforçando o
carácter de partilha que tanto pretendemos.” Com o título
“Valor do Óptico no Mercado Global” – à semelhança do lema
do Congresso – a apresentação do presidente da ANO começou
por explicar o porquê da realização deste evento numa altura
de crise. “Este Congresso foi criado para inverter a tendência
negativa que os índices económicos revelam, juntando, no
mesmo espaço, pessoas e empresas empreendedoras, que,
baseadas na troca de informação e conhecimento, possam
evoluir!” E rematou: “O momento difícil que atravessamos
Rui Correia
explicou Carvalho Rodrigues. E dirigiu-se à centena de alunos
destas instituições no auditório do CCE: “Alcança quem não
cansa! Por isso, aprendam a ser nas Ópticas estabelecidas. A
Óptica e a Optometria são serviços da sociedade, idealizados, já
em 1980, para servir as pessoas, num serviço de proximidade.”
O Professor rematou a abertura oficial do 5º Congresso
mencionando o carácter “congregador de forças” deste evento
para a criação de “algo maior” e desejou que em 2013 haja a
mesma viragem que há 35 anos: “que consigamos antever o
nosso futuro e fazê-lo acontecer.”
Passada a palavra ao presidente da Direcção da Associação
Nacional dos Ópticos, Rui Correia iniciou a sua palestra,
dando as boas-vindas aos presentes, sublinhando as parcerias
institucionais com a União
Dia 1
Profissional dos ÓpticosOptometristas
Portugueses
(UPOOP),
Universidade
da Beira Interior (UBI) e
Universidade do Minho (UM),
“que ajudaram a compor um
interessante e motivador
Amélia Nunes
programa científico, assente
“Para a Prats Lusitânia, o saldo da participação no 5º Congresso
da Óptica Ocular é bastante positivo, pela ampla participação de
congressistas e de visitantes à exposição técnica.
Toda a organização do evento foi absolutamente irrepreensível, os
conteúdos abordados do agrado dos congressistas, o espaço e a
localização muito favoráveis ao sucesso do evento.
Pareceu-nos muito importante a adesão de todos os intervenientes
no negócio, desde fornecedores, ópticos, optometristas, alunos das
escolas de óptica e universidades, conseguindo a ANO motivar a
todos para marcarem presença.”
Vasco Cândido, Prats Lusitânia
8
INFOVER x 155 mil
Na manhã de sábado, os congressistas tinham uma surpresa
à chegada ao Centro de Congressos do Estoril: a edição do
dia do Diário de Notícias. E a razão não podia ser melhor: no
interior constava a edição do boletim informativo da Associação Nacional dos Ópticos, InfoVER. Com o tema “A Visão na
Era Digital”, este suplemento – que contou com a colaboração
de especialistas em diversas áreas da Optometria e Oftalmologia – teve por objectivo a promoção dos cuidados básicos
de saúde visual durante a utilização das novas tecnologias.
A InfoVER foi distribuída nacionalmente, nas edições do
Diário de Notícias e Jornal de Notícias, num total de 155 mil
exemplares.
“Muitos parabéns pelo vosso Congresso! Foi um grande momento
de união do sector!
Acredito convictamente que o sector necessita deste tipo de
iniciativas pois nestas ocasiões é possível juntar o convívio com o
conhecimento, pontos essenciais para bons negócios.
A Modavisão teve o prazer e a honra em poder participar no 5º
Congresso da ANO e esperamos ter surpreendido os participantes
com o nosso “Momento Silhouette”!
Que venham muitas mais iniciativas da ANO! Com a liderança desta
Associação e desta equipa o sector só tem a beneficiar.”
André Brodheim, Grupo Brodheim/Silhouette
PUB
MIDO
Em Foco
Dia 1
Dia 1
Henrique Nascimento
Jesús García Poyatos
justifica esta partilha de formação/informação, este
fortalecimento das relações comerciais e a união entre todos
os profissionais do sector.”
A confiança até de olhos fechados
Rui Correia apresentou de seguida o papel da ANO ao longo
dos tempos, descrevendo os serviços que presta a Associação,
através de um vídeo institucional. Após mencionar os rastreios
visuais como o papel social associativo, Rui Correia passou a
enumerar os projectos da ANO no âmbito empresarial. O grande
destaque foi para a nova campanha das Ópticas Acreditadas.
“Vamos lançar a acção promocional das “Ópticas Acreditadas”
– canal próprio para a comercialização de artigos de Óptica,
segundo os parâmetros de avaliação da Associação Nacional
dos Ópticos. Com o slogan ‘Confie em nós, até de olhos
fechados’, a imagem do anúncio que iremos veicular, comunica
as diferentes tipologias de estabelecimento acreditado pela
ANO através dos símbolos atribuídos”, explicou o presidente
da Direcção. O carácter associativo foi ainda reforçado no final
da comunicação: “Com uma maior participação associativa,
Dia 1
Dia 1
Solidariedade no Estoril
No âmbito da prática da sua política de responsabilidade
social, a ANO, após o almoço que encerrou o 5º Congresso
Nacional da Óptica Ocular (24 Fevereiro), garantiu a
distribuição de refeições a 27 famílias (no total, 57 adultos e
25 crianças) da zona do Estoril.
Nesta acção de distribuição de refeições solidárias
colaboraram nove voluntários da Santa Casa da Misericórdia
de Cascais.
rigor e cumprimento das obrigações legais e orientações da
ANO, seremos mais fortes.”
Coube ao Optometrista Henrique Nascimento a explanação
sobre a evolução da Optometria em Portugal. Através da
apresentação de documentos históricos – muitos deles
publicados na Revista VER – Henrique descreveu a evolução da
profissão do Óptico-Optometrista e da consequente importância
na sociedade.
No final deste olhar histórico pelo sector em Portugal,
Henrique Nascimento lançou um repto aos jovens presentes:
“conheçam melhor a Optometria, em todas as suas vertentes”,
sublinhando a aposta na Optometria Comportamental e na
consulta geriátrica.
Prato principal: Herman José
O Jantar de Gala do Congresso realizou-se no sábado, dia 23,
no Salão Preto e Prata, no Casino Estoril. À entrada, os animadores receberam os congressistas à moda de Hollywood,
com uma passadeira vermelha e três paparazzi a recolherem
imagens para a posteridade! Após o jantar, entrou em cena
o artista da noite: Herman José. O artista cantou algumas das
canções mais emblemáticas da sua carreira, por entre uma
ou outra chalaça das suas. Divertido e muito interactivo com
o público, Herman deliciou os presentes. Ao fechar da noite,
um DJ animou os pés dos mais resistentes.
clínica da fotorefração digital na avaliação do estado do sistema
visual infantil, não sem antes exaltar a quantidade de alunos
universitários presentes em sala, referindo que tal mancha
populacional anunciava o ”futuro risonho” da Optometria
em Portugal. A oradora seguinte, Amélia Nunes, docente
na Universidade do Minho, referiu ainda “a união da classe,
através da presença de alunos de diferentes instituições”. A
docente universitária apresentou, juntamente com a aluna de
mestrado, Catarina Tavares, um estudo sobre a insuficiência de
Dia 2
Dia 2
convergência, uma disfunção
da visão binocular.
De seguida, o professor da
Universidade do Minho,
Jorge Jorge, apresentou as
características do treino
visual aplicado a atletas de
Dario Lorizzo
alto rendimento desportivo,
desenvolvido no Laboratório
de Investigação em Optometria Clínica e Experimental do
Centro de Física da Universidade do Minho.
A última palestra de sexta-feira foi dedicada à regulamentação
da Optometria. O representante do Consejo General de Colegios
Ópticos-Optometristas de Espanha, Jesús García Poyatos,
abordou a evolução da Optometria no país vizinho e a forma
como a regulamentação tem ajudado ao reconhecimento
do papel do Óptico-Optometrista na sociedade espanhola. E
aconselhou: “Quanto mais reconhecida é a vossa qualidade,
mais reconhecida é a vossa profissão.” Jesús Poyatos resumiu
então que toda a base dos sectores da Óptica e da Optometria
assenta em três pilares: associativismo, educação e legislação.
Dia 2
Dia 2
Temas científicos e a regulamentação
da Optometria
Jorge Jorge
Manuel Filipe Costa
“O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular revelou-se uma
excelente oportunidade para reforçar a imagem da i3o no mercado
e apresentar algumas novidades, estando em destaque o novo
retinógrafo, que despertou o interesse de muitos ópticos. Este
equipamento de interesse global e de fácil utilização motivou a sua
experimentação por um número considerável de optometristas/
ópticos.
Globalmente, a empresa considera que a sua presença neste
certame foi um sucesso, comprovado pelo número de visitas que se
verificou e pelo interesse manifestado pelo público.
Aproveito para agradecer a todos os congressistas a passagem pela
i3o.”
Luís Pedro, i3o
10
A segunda parte do primeiro dia do Congresso foi inteiramente
dedicada a novos estudos na área da Optometria. Manuel F.
Costa, docente na Universidade do Minho, apresentou a técnica
“Foi muito positivo. Foi a primeira vez que a Liquilentes esteve
num congresso realizado pela ANO e podemos dizer que foi muito
importante, tanto a nível de dar a conhecer a empresa como em
termos de contacto com os restantes expositores /empresas e
também ópticos.
De salientar o bom nível das palestras, actuais ao nível da
optometria e da conjuntura económica do sector e do país.”
Carla Casal, Liquilentes
“O congresso da ANO é uma iniciativa louvável por parte da
Associação e muito importante para o sector, assim como para todos
os fornecedores. Esperamos continuar a desenvolver esta parceria
juntamente com a ANO para desenvolver e criar valor acrescido a
todos os ópticos e ao sector no seu todo.”
Cátia Sousa, Carl Zeiss Vision
António Paulo
António Queirós
“O Grupo Conselheiros da Visão manifestou, desde o primeiro
momento, um apoio entusiasta à Direcção da ANO pela forma
como se perspectivava vir a realizar o 5º Congresso Nacional de
Óptica Ocular. E fê-lo pelo dinamismo empregue, pelo recuperar
da “feira de Óptica”, pelo excelente painel de oradores e elevado
conteúdo técnico-científico dos temas, mas, acima de tudo, porque
a presença do Grupo Conselheiros da Visão é objectivamente um
apoio à Associação Nacional dos Ópticos, ou seja, o apoio à nossa
Associação.
Nesse intuito, na representação dos seus valores éticos e práticas
Camilo Lourenço
profissionais, na defesa da classe e seus Cooperadores, o Grupo
Conselheiros da Visão orgulha-se por ter marcado presença activa
neste certame de impacto nacional, contribuindo assim também
com a sua acção na divulgação dos cuidados a ter com a Saúde
Ocular.
Com uma imagem marcante, um posicionamento estratégico e
inovador, foram muitos os comentários lisonjeiros que recebemos
pelo o espírito de iniciativa do Grupo Conselheiros da Visão.”
Rafael Silva, Conselheiros da Visão
11
Em Foco
Dia 2
Os números da Óptica europeia
Há 6.200 pessoas por cada estabelecimento de Óptica em
Portugal. Em comparação, no país vizinho – com mais do
quádruplo de habitantes! - existem 9.426 pessoas/loja. Estes
e outros números foram apresentados pelo italiano Dario
Lorizzo, da empresa internacional de estudos de mercado, GfK,
que iniciou em Janeiro uma análise ao mercado retalhista no
painel da Óptica. Enquanto não existem dados nacionais, Dario
focou-se nos resultados globais de um mercado que vale 93
Pausa para café com muita animação
Quem esteve no Estoril não ficou indiferente aos variados
momentos de animação que ocorreram na zona de exposição
técnica. Durante os coffee-breaks, actores percorreram os
corredores, interagindo com os congressistas e elementos do
staff de cada patrocinador do evento. Cartazes alusivos a testes visuais, mimos com doenças oculares fictícias, tiro ao alvo
de olhos vendados, entre outros, animaram quem visitava os
stands no Centro de Congressos do Estoril.
mil milhões de dólares. À escala mundial, as lentes oftálmicas
são o produto mais rentável, com 55% do volume de negócios.
José Gomes Ferreira
Dia 2
Após a apresentação estatística
de Dario Lorizzo, seguiu-se um
Dia 2
olhar pela história da marca
Lacoste, pelo responsável da
Marchon
Eyewear,
Gabriele
Bonapersona.
No final desta intensa manhã
de trabalhos, o 5º Congresso
Nacional
da
Óptica
Nick Howard
Ocular
recebeu a presidente do Conselho Europeu de Optometria
e Óptica (ECOO), Julie-Anne Little. A responsável por este
organismo europeu abordou o tema do Diploma Europeu, um
documento que “estabelece a estandardização da educação
Dia 2
em Optometria em todo o Continente”, reforçou. Julie-Anne
asiáticos, abriu caminho a novos estudos e novas técnicas para
diminuir a incidência deste erro refractivo. A ortoqueratologia e
a cirurgia lasik foram abordadas como soluções viáveis. Porém,
para o docente universitário, o tratamento Orto-K “é o método
Miopia, degeneração marginal
pelúcida e dislexia visual
A manhã do segundo dia do Congresso começou com uma
memória. António Queirós, professor na Universidade do
Minho, deu a sua primeira conferência há 20 anos, também
no Estoril, também num Congresso da Associação Nacional
dos Ópticos. A menção a este dado curioso antecedeu a sua
palestra sobre a importância da refracção periférica na miopia.
O aumento da prevalência da miopia, em especial nos países
Dia 2
Dia 2
Diana Ortins Silveira
João Vieira Lopes
“Actualmente, encontramo-nos num momento em que o negócio
se desenvolve num contexto complexo e desafiante. O profissional
da visão tem que apostar numa melhoria dos seus conhecimentos
clínicos e empresariais. O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular
apostou essencialmente nestes dois aspectos, muito direccionado
ao estado actual da Óptica em Portugal e qual o seu futuro. Em
Portugal assistimos ao melhor evento de Óptica.”
Rui Amaral, Bausch and Lomb
12
mais eficaz para a retenção da miopia.” Mas sublinhou: “a
Julie-Anne Little
Luís Lucas
ortoqueratologia é a promessa que pode diminuir a progressão
da miopia e não que vai efectivamente diminuir.”
As palestras seguintes foram apresentadas pelos Optometristas
e estudantes de Doutoramento em Biomedicina na Universidade
da Beira Interior, Luís Lucas e Diana Ortins Silveira. Luís
Lucas apresentou um caso clínico de degeneração marginal
pelúcida e respectiva forma de tratamento, enquanto que
As armações e os óculos de sol representam 35% do turnover,
enquanto que as lentes de contacto são responsáveis por
Um congresso amigo do Ambiente
8% do lucro do sector – e com tendência a subir! “As lentes
O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular obteve a Certificação Green Event por parte do Centro de Congressos do Estoril
(CCE), que reconheceu as boas práticas de responsabilidade
ambiental aplicadas durante o evento.
Na organização e realização do evento, a ANO adoptou algumas práticas sustentáveis, tais como: envio de comunicações
via e-mail, minimizando o uso de papel; reaproveitamento
do stand próprio (usado no Congresso de 2011); promoção
do uso de lâmpadas de baixo consumo no stand ANO; escolha
de tecnologia LCD em vez de plasma; partilha de informação
sobre os transportes públicos locais e opções de eco-mobilidade, entre outras. Com a obtenção deste certificado, a ANO
assume o compromisso na manutenção da prática de uma
política de sustentabilidade em futuros eventos “verdes”.
de contacto situam-se num mercado de produto estável,
sem grandes oscilações”, avançou Dario. E muito se deve à
introdução, nos últimos anos, de um novo produto no mercado:
Diana desenvolveu a relação entre a dislexia e as anomalias
o silicone hidrogel. “Mais de 50% dos produtos lançados
do sistema visual. Neste último tema – “pouco explorado no
recentemente no mercado das lentes de contacto são deste
nosso ramo” – Diana Silveira mencionou diversos estudos
material.” O número mais representativo da força deste tipo
que comprovam as alterações no processamento visual e na
de lente é no mercado norte-americano, que representa 91%
oculomotricidade dos pacientes disléxicos.
das vendas.
O contactologista do ano, eleito na edição de 2012 dos Optician
Relativamente às armações, Dario mencionou que, na Europa,
Awards, Nick Howard, descreveu as componentes das lentes
um terço do mercado pertence a marcas licenciadas. “Destas,
semi-esclerais – em especial da lente Soclear – bem como o
60% dos produtos vendidos são de metal e 58% são armações
seu processo de adaptação, na correcção de erros refractivos e
completas”, indicando, assim, a tendência de compra do
no tratamento de patologias como o queratocone.
consumidor final.
“A realização deste congresso é, no nosso entender, da máxima
importância pois reflecte a imagem e o nível técnico desta
Associação.
São estas iniciativas de qualidade que convidam os seus Associados
a estarem atento às inovações e mudanças que hoje em dia, e
de uma forma cada vez mais rápida, acontecem e saberem tirar
o devido proveito melhorando a qualidade de serviços a prestar
ao público. Da nossa parte foram gratificantes os contactos e
esperamos ter dado a comparticipação desejada. Felicitações à
organização!”
António Borges, Nova Optiforum
“Se fosse resumir o evento em apenas uma palavra diria: sucesso!
No entanto cabe-me realçar a excelente organização, a grande
afluência verificada e um leque de excelentes oradores presentes
que souberam cativar e transmitir.”
Rui Guilherme, De Rigo Vision
“Dando continuidade ao trabalho desenvolvido há dois anos, em
Vilamoura, é motivo de imenso orgulho ter conseguido superar
o evento, já de si marcante, de 2011. Assinalámos um momento
de viragem, congregando todas as classes do sector (ópticos,
estudantes, fornecedores). Na actual conjuntura social, a ANO
deu um estímulo importante para que os nossos associados
encarem este ano com ânimo e que, acima de tudo, atinjam bons
resultados. Resta deixar um agradecimento a todos os presentes e
contribuíram para a grandiosidade desde Congresso!”
Hugo Macedo, Assessor de Direcção ANO
13
Em Foco
Dia 2
Silhouette na passerelle
A tarde de sábado teve um momento especial para os fãs
de moda: um animado desfile dos novos modelos da marca
do grupo Brodheim, Silhouette. Caras bem conhecidas do público português, como Cláudia Jacques, Rubim e Pedro Reis,
destacaram as novas armações oftálmicas e de sol Silhouette,
em titânio. Um grupo de bailarinos compôs o desfile, com
criativas coreografias e efeitos visuais.
mencionou que trabalhar este documento, iniciado em 1988,
é um dos principais objectivos da ECOO, até pelo “carácter
político” que assume o Diploma Europeu. Actualmente, apenas
20 pessoas possuem este diploma, “todos eles homens… por
isso, mulheres, avancem!”, gracejou Julie-Anne.
Judite Sousa
As incertezas da crise
Judite Sousa entrou no auditório do Centro de Congressos do
Estoril perto das 15 horas e logo fez sentir a sua presença.
Calma, mas incisiva, a jornalista da TVI, convidada a moderar
o painel “Pensar Portugal”, abriu o debate com o presidente
da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP),
Dia 2
Painel de Oradores Internacionais
“A Luxottica Portugal congratula-se pela participação no 5º
Congresso Nacional da Óptica Ocular, que promoveu a comunicação
e interacção entre os vários intervenientes do mercado. O completo
programa de conferências de cariz científico, vincado pela qualidade
dos seus oradores, resultou num ambiente atractivo para ópticos,
optometristas, fornecedores, clientes e prestadores de serviços.
Reconhecendo o valor deste tipo de eventos, organizados por e
para profissionais, estamos consistentes da sua importância para
todos os envolvidos no mercado.”
Ana Oliveira, Luxottica Portugal
14
“Para nós, a presença no 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular
foi importantíssima, pois esta foi mais uma óptima oportunidade
de contactar com a vasta comunidade de clientes e utilizadores
WinOPT, tendo também sido uma óptima oportunidade de contactar
com vários players do sector. Julgo ser importante transmitir que
foram vários os ópticos que nos felicitaram pela actual aposta
da empresa na internacionalização, nomeadamente através da
nossas empresas em Angola (F3M Angola) e Moçambique (F3M
Moçambique).”
Susana Miranda Durão, F3M
Portugal na Optometria europeia
A presidente do Conselho Europeu da Óptica e Optometria
(ECOO), Julie-Anne Little, conhecia superficialmente a realidade portuguesa de ambas as áreas. Em exclusivo para a VER,
Julie-Anne considerou este Congresso “um grande evento,
que demonstrou que a Óptica e a Optometria portuguesas estão interligadas e que me deu um outro conhecimento acerca
da história e do estado da Optometria em Portugal.” Para a
presidente da ECOO, a formação é vital para a evolução profissional. “Acho que os congressos, na generalidade, são uma
importante oportunidade para os profissionais se reunirem e
discutirem a prática profissional, o seu desenvolvimento, e
debaterem temas clínicos.”
O tema central da palestra que apresentou no palco do Centro de Congressos do Estoril foi o Diploma Europeu. “Este
documento tem sido uma importante ferramenta política e
educacional para demonstrar os esforços para harmonizar a
Optometria, elevar os padrões e desenvolver o âmbito da sua
prática. Usar o Diploma Europeu como uma ferramenta de
aferição para a acreditação das instituições que ensinam Optometria é um desenvolvimento emocionante e irá ajudar a
uniformizar a prática desta actividade na Europa”, comentou
à VER Julie-Anne Little.
Com os olhos postos em Portugal, a presidente da ECOO comentou que “um dos principais objectivos do sector Óptico
português é alcançar a uniformidade em relação à formação
dos Optometristas no futuro, de forma a obter a união profissional, que irá ajudar à regulamentação da Optometria em
Portugal.”
Quando lhe perguntámos como Julie-Anne vê o sector dentro
de dez anos, a resposta virou-se para a internet. “No futuro,
a Optometria irá enfrentar desafios comerciais e pressões das
vendas online e irão aumentar as oportunidades para os consumidores para adquirirem óculos e lentes de contacto fora
dos canais ópticos tradicionais. Devemos mostrar a importância das nossas profissões, tanto na venda de produtos ópticos
como profissionais da saúde visual.”
“Foi um evento bem organizado, com temas bastante abrangentes
e transversais. De uma forma geral, com todos os ópticos que falei,
a resposta ao evento foi positiva, pois sentiram que aprenderam
alguma coisa. Para a Opticalia fazia todo o sentido estar presente
no principal evento do sector, uma vez que era uma forma de
apresentarmos aos ópticos o nosso posicionamento diferenciador
João Vieira Lopes, e com o jornalista de Economia, Camilo
Lourenço, afirmando que “desde 1974 que não vivíamos num
estado tão conturbado de crise”. Judite introduziu assim a sua
análise ao actual panorama económico-social, sublinhando
que “esta crise tem um potencial de corrosão nos indivíduos.”
Para a directora adjunta de informação da TVI, “os últimos dois
anos parecem vinte” pela multiplicidade de acontecimentos.
“Há dois anos estávamos independentes de ajuda financeira
externa, tínhamos um governo diferente, um líder de oposição
diferente…tudo mudou.” A palavra “incerteza” foi das mais
proferidas pela jornalista. “Nunca tivemos uma crise em relação
à qual houvesse tantas incertezas. Nos últimos 100 anos, todos
os momentos de crise foram seguidos de períodos de grande
riqueza e esperança. Nesta, a incerteza é tanta, que chega a
ser perturbante.”
Deste modo, deu-se o mote para a intervenção de Camilo
Lourenço – orador que esteve há dois anos, no Congresso da
e proposta de mais valor. De reforçar que a Opticalia é para muitos
a oportunidade de consolidar o negócio ainda mais, de crescer e
estar cada vez mais perto do cliente, daquilo que o move e do que
procura; que é uma empresa que vem para o mercado claramente
com o objectivo de ser líder, uma atitude muito optimista e realista.”
António Alves, Opticalia
15
Em Foco
custo da taxa de juro, o custo do dinheiro”, reforçou Camilo.
Além deste factor, o jornalista enumerou outros entraves ao
crescimento: a taxa de desemprego na população abaixo dos
25 anos, o enfoque das empresas apenas no mercado interno,
a desadequação do ensino face à exigência das empresas e o
desfasamento entre as taxas de poupança e de investimento.
Uma das soluções apontadas por Camilo Lourenço foi, assim, a
viragem da economia nacional para o mercado externo. “Não
é uma depressão, é uma oportunidade”, garantiu. “Temos de
olhar para este problema como uma solução! Mas, para isso, o
modelo de negócio tem de mudar...”
Portugal num tabuleiro de xadrez
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de
Portugal, João Vieira Lopes – que também participou na última
edição do Congresso da ANO, em 2011 – analisou o a economia
nacional dos últimos dois anos. Para João Vieira Lopes, “o
modelo económico no qual assentámos Portugal não investiu
equilibradamente nas infra-estruturas, sendo, assim, limitado e
Associação Nacional dos Ópticos, em Vilamoura. Na opinião
do analista económico – que vaticinou no Algarve a situação
de ajuda externa para Portugal – de 2010 a 2012, houve um
aumento de 10% da dívida pública. E rematou: “Andámos a
viver acima das nossas posses.” O aumento “insustentável” da
dívida pública é, para Camilo Lourenço, “uma das principais
causas para estarmos na terceira bancarrota e o indicador mais
preocupante para Portugal, pois não há ganhos em consonância
com os gastos.”
E explicou como chegámos a este ponto: “Em 15 anos, não
houve um único ano em que produzíssemos mais do que
ganhássemos”, fazendo com que Portugal fosse, durante todo
esse tempo, o país da Europa com os números mais elevados
de dívida externa. Porém, segundo os dados apresentados pelo
jornalista, “a dívida externa já está equilibrada, provando que
somos a economia mais flexível da Europa.”
Mas há algo que ainda nos separa do crescimento económico:
a quebra do crédito. “É isto que nos deve preocupar: o
“A direcção da UPOOP congratula-se com a participação neste 5º
Congresso Nacional, pois entende ter sido um sucesso, não só pela
adesão de participantes, mas também pela extraordinária sinergia
criada entre associações e universidades – feito este que há muito
tempo não se via em Portugal.
Entendemos ter sido uma mais-valia para quem esteve presente,
pela oportunidade de aumentar o seu conhecimento e pela
possibilidade de acrescentar valor ao seu trabalho prestado todos os
dias, assim como pelo intercâmbio de contactos estabelecidos com
patrocinadores e expositores!“
José Carlos Cardoso, UPOOP
16
Dia 2
Painel Pensar Portugal
que justifica a intervenção da troika.” Contrariando a opção do
ripostou com duas apostas para a plateia: “Vão-nos alargar o
mercado externo apontada por Camilo Lourenço, o presidente
prazo para o pagamento da dívida, querem apostar?” E mais:
da CCP referiu que “ainda que sendo certo que as exportações
“Daqui a três anos temos o problema do crescimento resolvido.
são essenciais para o equilíbrio da economia, a verdade é
Aposto!”
que uma retracção na procura interna leva ao desemprego
de população não empregável e ao fim de muitas empresas.”
Segundo João Vieira Lopes, é necessária uma “reforma do
Estado” e uma melhoria da nossa capacidade negocial.
“Portugal tem de jogar mais no xadrez europeu e lutar pelos
seus interesses.” Em relação à ajuda externa, João Vieira Lopes
critica “a insensibilidade para as consequências sociais deste
plano. Embora necessárias, as medidas de austeridade são
exageradas para o tecido empresarial.”
João Vieira Lopes deu o exemplo do novo regime de facturação.
“Em relação ao 5º Congresso penso que foi uma iniciativa bastante
positiva e que permitiu aos expositores estabelecerem alguns
contactos, não só com clientes, mas também com a concorrência
directa. É um sector que carece de diálogo e de partilha de
experiências, pelo que eventos deste género ajudam, de alguma
forma, a quebrar algumas barreiras, o que pode ajudar na evolução
positiva do sector. Quanto à presença da Marchon Portugal,
tentámos, com o nosso espaço, mostrar aquilo que somos e como
queremos estar no mercado, ao lado dos nossos parceiros, como
uma séria alternativa de viabilização e crescimento dos seus
negócios.“
Teresa Ferreira, Marchon
A análise de José Gomes Ferreira fora
do ecrã
“Mudar num sentido positivo.” Estas foram das primeiras
palavras que o director de informação da SIC, José Gomes
Ferreira, dirigiu à plateia, na última intervenção do segundo
dia do Congresso da ANO. Com o título “Portugal é viável”,
José Gomes Ferreira elaborou um discurso à sua medida:
incisivo, duro, crítico, mas com uma visão positiva e apontando
caminhos alternativos para a economia nacional.
“A intenção é baixar a fraude fiscal, mas chega-se a um nível
“O vosso sector estará tanto melhor como estará o país. Terá de
impraticável, em especial nos pequenos negócios.” Mas, para
haver um esforço colectivo para haver recompensa colectiva”,
Camilo, esse é o preço a pagar pelos “34 anos em que andámos
avançou. E, apesar de “estarmos numa encruzilhada”, o
a cometer erros atrás de erros.” O presidente da CCP aconselhou
jornalista económico conseguiu fazer um “balanço positivo”
de seguida as micro e pequenas empresas a organizarem-se,
dos últimos tempos. Para José Gomes Ferreira, “as mudanças
de forma a poderem competir no mercado global. “Se não
estão a ter resultado, pois já recuperámos parte da confiança
houver uma alteração ao modelo económico, a situação vai
internacional.”
piorar”, apostou João Vieira Lopes com Camilo Lourenço, que
Uma das ideias apontadas pelo rosto da informação da SIC para
“Consideramos o Congresso Nacional de Óptica Ocular como
um evento de passagem obrigatória a quem está presente no
sector óptico. Este 5º Congresso em particular, foi interessante e
proporcionou oportunidades de negócio para a Shamir, uma vez
que concentrou variadas pessoas do mundo da óptica, acaba por se
tornar num espaço onde se apresentam as mais variadas inovações
do sector, e de onde todos trazemos nova informação. A Shamir
Portugal agradece a oportunidade de marcar presença na exposição
técnica e agradece, em especial, aos seus clientes que visitaram o
stand Shamir.“
Joana Rocha, Shamir
“Um evento da ANO é sempre um agradável momento de
reencontro e de partilha com os nossos clientes, essencial nas
nossas relações
comerciais, com a garantia de uma organização empenhada e
diligente.
Este congresso não foi excepção!“
Paulo Morgado, Saudiforma
17
Em Foco
Dia 3
adaptação e mudança, “as maiores palavras do mercado.”
Desta forma, o jovem empreendedor acredita ser possível
chegar à excelência – “um ponto de chegada e não um ponto
de partida.”
E continuou: “Se o que fazes é bom, vais ter o teu retorno. Tens
de ser o CEO de ti próprio.” E as sapatilhas nos pés têm razão
de ser: “Os outros andam, eu corro.”
O incentivo de Miguel contagiou a plateia que, no final da
palestra, aprendeu que, afinal, “a alma é que é o segredo do
negócio.”
Miguel Gonçalves
tornar Portugal viável foi a criação de um banco de investimento/
desenvolvimento para ajudar as empresas nacionais. “É uma
ideia virtuosa. Reforça o capital próprio das empresas, que
podem, assim, ter acesso mais facilitado ao investimento”,
explicou. Outra das tendências das economias mundiais são os
empréstimos peer-to-peer, que, para o jornalista, deviam ser
aplicadas em Portugal, “pois não dependem de bancos para
gerar investimento.”
No final da comunicação de José Gomes Ferreira, a plateia
interagiu com o jornalista, que sublinhou a importância do
associativismo para combater as adversidades empresariais do
momento actual.
Na manhã do último dia do Congresso, o presidente da
CCP, João Vieira Lopes, voltou ao palco do auditório do CCE.
O engenheiro abordou o sector dos serviços em Portugal,
composto por cerca de 200 mil empresas, sendo que 50%
destas são da área do comércio. E se actualmente há 90% de
desemprego no comércio tradicional, para João Vieira Lopes, tal
deve-se ao “momento de ajustamento da economia que não
“Para a Marcolin, foi muito importante participar, até por uma
questão de dizer “estou presente e vivo!”. O Congresso é
precisamente o evento onde se encontram congregados elementos
com um mesmo sentido e orientação, e neste caso, tecido
empresarial preocupado com a sobrevivência com qualidade
do sector de actividade. O Congresso estava muito organizado,
orientado para a integração de empresas, de grupos e de pessoas. O
ambiente, apesar de muito técnico e profissional, teve também uma
vertente bastante informal, o que facilitou a interacção descontraída
entre os vários elementos presentes. Houve também várias
intervenções e participações bastante positivas e motivadoras, não
18
teve em conta a contracção excessiva nas famílias e no tecido
empresarial.”
Segundo a visão do representante da Confederação, “tem de
ser incluída no Acordo da Concertação Social a temática da
reabilitação urbana, integrando o comércio nas cidades como
centros económicos.” Porém, para esses centros funcionarem
como tal, “é preciso haver gente e formas dessa gente lá
chegar”, criticando a forma de gestão da maioria dos municípios
em Portugal.
Por isso, avançou: “As cidades têm de encontrar a sua marca,
a sua identidade, tal como um produto. É preciso criatividade!”
João Vieira Lopes mencionou ainda o associativismo como forma
de “pressão” para que os municípios criem as oportunidades e
promovam iniciativas empresariais.
“Tu és o teu CEO”
Fora do auditório começou o burburinho. Os congressistas
ansiavam pela última intervenção do 5º Congresso Nacional da
Óptica Ocular. O orador chegou ao palco com o cabelo espetado
deixando ninguém indiferente, no bom sentido.
Para o sector, penso que foi bastante importante, porque foi uma
forma de, a nível nacional, mostrar que este sector está unificado e
preocupado com o contexto actual, e procura soluções e alternativas
ao clima de tensão e distúrbio. O sector encara o mesmo como
uma oportunidade de repensar económico, sendo que, por vezes, é
simplesmente disso que uma empresa precisa, repensar o seu modo
de estar e o sector como um todo. A palavra mais adequada para
descrever o congresso é: positivismo!”
Rute Ferreira, Marcolin
e, nos pés, trazia uns ténis laranja – perdão, umas sapatilhas,
porque Miguel Gonçalves é um homem do Norte.
Ficou conhecido através de uma dinâmica intervenção que fez
no programa televisivo “Prós e Contras” e que, como um vírus,
se espalhou pela internet.
Psicólogo de formação, Miguel não senta ninguém no divã.
Fala “curto e grosso” e tenta acordar quem o ouve. Falou no
exemplo da sua empresa, que começou com duas pessoas e,
dois anos volvidos, já conta com 14 colaboradores. “Pensar
diferente adiciona valor ao negócio”, disse. E para as mentes
mais fechadas, que pensam que as ideias diferentes são irreais,
Miguel ripostou: “Se dá para pensar, dá para fazer.”
Mas o caminho até chegar ao sucesso não é necessariamente
um passeio pelo parque. “É duro!”, gritou, enquanto batia com
o punho na mão – a sua imagem de marca. Miguel trabalha
cerca de 16 horas por dia, “todos os dias”. Viaja pelo país e
pelo mundo, à procura de ideias. “Vocês não têm de inventar
nada. As melhores ideias são aquelas que já existem, vocês só
têm de as melhorar.” Por isso, o bracarense vê 2013 como um
ginásio: “Trabalhar duro para depois crescer.”
Para atingir o crescimento, Miguel Gonçalves aconselhou os
presentes a adoptar duas palavras-chave nos seus negócios:
“A CooperVision destaca a importância do congresso anual da
ANO e da grande participação dos ópticos associados. Para a
nossa empresa é de grande interesse poder divulgar toda a gama
de lentes de contacto que desenvolvemos e comercializamos,
principalmente no grande mercado de público que começa a
apresentar os primeiros sinais de presbiopia. A Coopervision é
actualmente líder em lentes de contacto multifocais, nas quais
se destaca a recente Biofinity Multifocal mensal em hidrogel de
silicone, que se juntou às muito conhecidas Proclear Multifocais
mensais na versão esférica e tórica, e agora as novas Proclear
diárias Multifocais com novo tipo de adaptação mais facilitada.
Durante o congresso foi notório o interesse dos ópticos nas novas
soluções de lentes de contacto para o problema da presbiopia.
De salientar o dinamismo e a óptima organização da ANO e a
grande quantidade de participantes na exposição técnica com as
mais recentes novidades no mercado da óptica em Portugal.”
Jorge Figueiredo, CooperVision
19
Em Foco
Conclusões por Fernando Carvalho Rodrigues
“Uma clara demonstração e reforço da
dinâmica e união do sector.”
Rui Correia, Presidente Direcção ANO
“O nosso Congresso foi fundamental para o
desenvolvimento da indústria da Óptica em
Portugal. Foi aberto o caminho para um futuro
da Óptica com qualidade. De sublinhar ainda
a aproximação de todos os players.”
Fernando Tomaz, Director ANO
20
“Este Congresso significou que os ópticos
estão disponíveis e interessados em encontrar
os melhores caminhos para seguir em frente.
As crises trazem consigo oportunidades! Num
evento desta natureza, o importante a realçar
é isso mesmo: as oportunidades existem! Há
que procurá-las e, sobretudo, trabalhá-las.”
“Uma mudança na mentalidade dos Ópticos,
Ópticos-Optometristas, Uniões Profissionais e
Associações: mesmo em barcos diferentes temos de remar todos na mesma direcção.”
António Paulo, Director ANO
Luís Bernardo, Director ANO
No 5º Congresso da Óptica Ocular ficou manifesta a vitalidade
da acção, do empenho e da eficácia da Sociedade Civil que
constitui o sector da Óptica Ocular em Portugal. É notório o
desenvolvimento científico, o incremento da capacidade
tecnológica e a intervenção cívica de todo o sector.
Ficou patente que o programa estabelecido no final dos anos
setenta, início dos anos oitenta em Congressos liderados
pela Associação Nacional dos Ópticos e a participação da
União Profissional dos Ópticos Optometristas Portugueses e
demais associações do sector deu, mercê da perseverança e
da contribuição decisiva dos Ópticos e Ópticos-Optometristas,
como resultado, um rejuvenescimento e um acréscimo no
entendimento da Profissão representadas pelas contribuições
vindas das Escolas que foram criadas e das Universidades da
Beira Interior e do Minho, onde faz trinta e cinco anos que os
Ópticos, Ópticos-Optometristas e Optometristas investiram com
conhecimento, com equipamento e com bolsas para que hoje
haja, entre os Profissionais, alguns com o grau de Doutor.
De facto, a idade média dos participantes deste Congresso foi
das mais baixas desde há quinze anos. O 5º Congresso Nacional
da Óptica Ocular foi o Congresso do rejuvenescimento. Também
foi fácil de constatar que a internacionalização conseguida nas
vertentes de Formação Profissional e Académica tem de se
expandir para a actividade industrial e comercial do sector. A
participação de colegas, tanto da ECOO como das instituições
de outros países europeus, assim o mostrou.
Foi também manifesto que se repete hoje, embora com
algumas variantes, o que ocorreu faz trinta e cinco anos, no
que diz respeito ao ambiente financeiro, económico e social
então vivido.
O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular constatou que,
lamentavelmente, a estrutura fiduciária não tem bancos que
façam circular meios financeiros, quer pela indústria, quer pelo
comércio. Sendo abrangentes e numa só palavra: a Banca em
Portugal, para nosso pesar, não faz passar capital pela economia
ou, se se quiser, pela produção. A Banca em Portugal não se
contenta com ser sustentável com os meios financeiros que a
produção liberta.
Há trinta, trinta e cinco anos, também foi assim. Há trinta, trinta
e cinco anos, a Sociedade Civil, que agora rejuvenescida com
a participação de todos e mesmo das Escolas e Universidades
se encontrou, debateu e trabalhou neste 5º Congresso Nacional
da Óptica Ocular também traçou um programa que irá executar,
tal como o fez até hoje e é apanágio das Associações do sector.
É manifesto que o enfrentar das limitações fiduciárias exige de
todos uma atitude diferente. Neste confronto, o futuro só existe
ganhando. Para ter sucesso, o 5º Congresso Nacional da Óptica
Ocular sabe que há duas vias. Uma, a de atitude de guerrilheiro
contra a crise. A outra, a da formação de um Exército contra
a crise. Guerrilheiros contra a crise: o 5º Congresso Nacional
da Óptica Ocular reconhece que todos podemos ser. Sendo
mais eficientes. Gerando menos desperdício. Provocando
mais eficácia. Aumentando o entendimento, a qualidade e a
compreensão do nosso serviço. A outra requer o reagrupar de
todas as forças. Precisa que a dispersão seja eliminada.
O 5º Congresso Nacional da Óptica Ocular regista a oportunidade,
a necessidade e a certeza de que no congregar de todas as
componentes, no concentrar de todas as capacidades está
a estratégia vencedora sobre a crise. Parece novo, mas o 5º
Congresso Nacional da Óptica Ocular reconhece que foi o que
no sector fizemos faz três décadas e meia. O sucesso talvez
nos tenha feito, a cada um, procurar o próprio caminho para
o sucesso de forma solitária. O momento, o presente, faz-nos
acordar para o perigo que está no isolamento e na divisão. É
então resolução e convicção do 5º Congresso Nacional da Óptica
Ocular criar uma Confederação com todas as Associações do
sector para enfrentar concentrados e não em ordem dispersa,
essas dificuldades financeiras, o estrangulamento da burocracia,
a formação profissional, a investigação, a inovação e os Estudos
Académicos tanto nas Escolas e Universidades já existentes,
como noutras que venha promover a maior internacionalização
e o incremento da actividade comercial do sector e a melhoria
no serviço que todo a Óptica Ocular e que a Optometria fazem
a Portugal.
Centro de Congressos do Estoril, 24 de Fevereiro de 2013
21
Notícias
Allison tem novo
CEO
Jacopo Romano é o novo CEO da Allison, nomeado na última
reunião de Conselho de Direcção e de aprovação do relatório
de contas de 2012.
Romano, actualmente membro da Direcção da empresa,
reforça a presença dos accionistas na Allison durante esta
fase histórica de melhoria estratégica, desenvolvimento e
relançamento da empresa.
A Allison encontra-se a fortalecer a rede de vendas, através
da parceria com novos agentes directos na América do Norte,
através da assinatura de acordos de produção e distribuição
no Brasil e da expansão da força de vendas na Europa,
nomeadamente em Itália.
Além da presença no Continente Americano, as parcerias de
distribuição com os principais players no Médio Oriente e na
área GCC (Estados Árabes do Golfo) vão ser reforçadas, bem
como a presença crescente no mercado do Extremo Oriente.
O centro desta nova estratégia é o enriquecimento do portfólio
de marcas, do qual já se conhecem as marcas Replay, Hally &
Son e Opposit – apresentadas recentemente na 43ª edição da
feira internacional MIDO, em Milão.
Miss República
Portuguesa com
apoio Conselheiros
da Visão até 2014
22
O Grupo Conselheiros da Visão renovou por mais um ano o
protocolo para 2013/2014 com o comité da Miss Republica
Portuguesa como patrocinador principal deste evento. A
iniciativa partiu da estratégia que o grupo mantém para sua
imagem de marca que visa estar cada vez mais presente no
mercado, no qual reflecte para o consumidor a sua preferência
pelas lojas Conselheiros da Visão.
Durante os castings para Miss e Mister República Portuguesa,
a decorrer de Norte a Sul do país – e nos quais serão
escolhidos os finalistas – as concorrentes vão estar presentes
em várias lojas associadas ao grupo. Em toda a iniciativa, as
concorrentes usarão óculos das marcas próprias e exclusivas
dos Conselheiros da Visão.
POLICE
30 ANOS
A VER MAIS
ALÉM
Os 30 anos são sempre uma data a comemorar
e quando se trata de uma marca, mais ainda.
A Police resistiu a um mercado competitivo e
assume-se actualmente como referência na
moda do sector óptico, além de ser a marca
coqueluche do grupo De Rigo Vision.
À margem da realização da 43ª edição da
MIDO, em Milão, a Police comemorou o 30º
aniversário numa festa com recordações e
inovações. Numa viagem ao passado, a marca
italiana apresentou uma exposição com os
principais momentos da história da Police, com
especial enfoque para os diferentes modelos e campanhas
publicitárias criadas ao longo dos últimos 30 anos. No campo
das inovações, foi apresentada a iniciativa “Look Beyond”
(tradução: “veja mais além”) que consiste no lançamento de
um livro de retratos artísticos com personalidades italianas e
de uma edição especial de um modelo de sol, com parte dos
lucros a serem revertidos a favor da campanha “Forgotten
Crises”, da organização Médicos Sem Fronteiras. As doações
do projecto “Look Beyond” servirão para completar o ciclo
de tratamento alimentar de, pelo menos, 600 crianças mal
nutridas.
“Este projecto da marca Police está perfeitamente em sintonia
com o nosso compromisso, pois dá visibilidade ao trabalho
que realizamos junto das populações junto do grande público
e possibilita que nos ajudem no trabalho diário de luta contra
a indiferença”, afirmou, em comunicado, o director geral dos
Médicos Sem Fronteiras de Itália, Kostas Moschochoritis. “A
De Rigo escolheu celebrar o 30º aniversário com o projecto
destinado a focar algo que normalmente está longe
da vista, trazendo algum destaque
simbólico à crise humanitária, tantas
vezes ignorada. O primeiro passo para
enfrentar um problema é reconhecêlo, olhando além de forma a poder
destacar o que está escondido”,
reflectiu a directora de marketing
do grupo, Barbara De Rigo.
23
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OPTICALIA (NOVA)
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OPTICALIA (NOVA)
Notícias
Conferência Internacional
da Universidade
do Minho é já em Abril
Lamborghini
quer 80 pontos
de venda
em Portugal
A marca de design italiana, Lamborghini,
apresentou recentemente, em Lisboa, as suas
colecções eyewear e relojoaria. O grupo Tonino
Lamborghini revelou uma linha de óculos com
características técnicas sofisticadas, lado a lado
com materiais que evocam fortemente as raízes
da marca, como o titânio, o carbono e a madeira.
“No fundo, é uma colecção com o DNA da marca
Lamborghini, que recorre a bons materiais, como
a fibra de carbono, por exemplo, fazendo com que
sejam óculos atraentes bem como resistentes”,
afirmou à VER, o responsável pela marca em
Itália, Corrado Moro.
Reconhecida por ser uma marca de luxo, não
pudemos deixar de questionar ao empresário o
porquê da aposta em Portugal, em especial, numa
altura de retracção económica. Corrado Moro
sorriu e disse “Adoro e conheço bem Portugal!” E continuou:
“Depois da MIDO, em Milão, decidimos começar a trabalhar
a marca em Itália, França, Alemanha, Espanha e Portugal.”
Para Corrado Moro, “é uma boa altura para lançar uma marca
de moda e lifestyle. Por vezes, é nas piores alturas que as
pessoas recorrem a produtos considerados de luxo.”
Ainda sem distribuidor em Portugal, a Lamborghini pretende
encontrar uma empresa “exclusiva” para essa função, com o
objectivo de fornecer “80 pontos de venda em todo o país”,
avançou o responsável à VER.
Óculos 100% Made in Italy
Em colaboração com a empresa sediada em Pádua HADHAVE A DREAM, o Grupo Tonino Lamborghini criou uma nova
coleção de óculos oftálmicos e óculos de sol com materiais
avançados e inovadores: fibra de carbono e titânio, que
frequentemente se juntam em combinações exclusivas e
refinadas. A decoração em titânio nas hastes, um elemento
26
“O que mudou na Optometria e Ciências da Visão durante os
últimos 10 anos e a sua relevância clínica” é o grande tema da
Conferência Internacional de Optometria e Ciências da Visão
(CIOCV), a realizar-se na Universidade do Minho, em Braga,
nos próximos dias 13 e 14 de Abril.
No ano da comemoração do seu 10º aniversário, este evento
conta com um painel de oradores de classe mundial, vindos
da Austrália, Canadá, EUA, Holanda, Portugal, Espanha e Reino
Unido para discutir uma vasta gama de tópicos, incluindo a
Emetropização, Controle da Miopia, Prevenção da Cegueira,
Regeneração da Superfície Ocular, Lentes de Contacto, Cirurgia
Refractiva, Doença da Retina, Neurociência Visual e Visão
Binocular.
Michael Kors
Elegância no masculino e feminino
icónico da marca da coleção, é directamente inspirada
pelo design dos puxadores das portas dos carros vintage
de luxo desportivos. Toda a colecção Tonino Lamborghini é
100% Made in Italy. Leveza e robustez são das principais
características da performance desta linha, composta por 17
modelos de óculos de sol e 21 modelos oftálmicos.
Em linha com a estratégia de novo posicionamento adoptada
pela marca Tonino Lamborghini no desenvolvimento de
projectos dedicados a mercados cada vez mais exclusivos, a
missão das colecções de óptica (e também as de relojoaria) é
dar ênfase às características técnicas e ao design dos produtos
que, juntamente com os telemóveis, constituem o corebusiness da empresa sediada em Bolonha. O Grupo Tonino
Lamborghini confirma a decisão estratégica de concentrar as
suas energias no campo de acessórios e hospitalidade de
luxo, não só elevando a qualidade e o posicionamento do
produto, mas também dando o máximo de visibilidade às
características essenciais da marca: um espírito intransigente,
uma natureza profundamente italiana e um estilo de design
alimentado pela inspiração na engenharia mecânica.
A nova colecção Michael Kors para a estação
Primavera/Verão apresenta o glamour ousado
da marca, com designs sofisticados, tanto para
homens como para mulheres.
Inspirando-se noutras categorias de produtos,
as armações femininas apresentam detalhes
característicos como o icónico símbolo MK ou
parafusos piramidais. Nos modelos masculinos, há
a combinação entre a funcionalidade e o estilo,
através da combinação e cores básicas e formas
clássicas.
Lusíadas e Iodel
Ibérica apresentam
novo site
A distribuidora das marcas Fátima Lopes e Miguel
Vieira apresentou recentemente ao mercado óptico o
novo site da empresa, com dois endereços disponíveis:
www.lusiadas-lda.com e www.iodel-iberica.com.
São espaços de fácil navegação, com a grande mais-valia
de ter um showroom online. O utilizador pode visualizar os
produtos, bem como proceder ao download do catálogo –
que pode, assim, ser consultado online ou offline. Neste
site, o óptico pode efectuar encomendas e fazer pedidos de
assistência.
27
Notícias
“McDreamy”
é o novo rosto
da Silhouette
“Um ícone para um ícone” é o tema da nova
campanha para o modelo Titan Icon (oftálmico e sol)
da Silhouette. Uma campanha protagonizada pelo
actor Patrick Dempsey – protagonista da série Anatomia de
Grey (o tão adorado Dr. Shepherd!)
só pela sua sofisticação e charme, mas também por conseguir
mostrar a versatilidade do modelo: na vida pessoal, no seu
trabalho e até nos tempos livres como piloto de corridas!
O tema da campanha foca a combinação perfeita entre
A funcionalidade e simplicidade do modelo são as características
o ícone da Silhouette, o Titan Icon, e o ícone do momento,
que mais o atraem nos seus novos Silhouette! Prepare-se
Patrick Dempsey, eleito um dos homens mais sexy do Mundo.
então para ver brevemente Patrick Dempsey “presente” nas
Dempsey foi escolhido para protagonizar esta campanha não
melhores Ópticas do país!
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Silmo 2013,
uma fonte
de inspiração
Marque já na agenda as datas de 26 a 29 de Setembro para
descobrir o design, a inovação e o estilo das novas colecções
no Salão Mundial de Óptica, Silmo, em Paris.
Cada edição é uma oportunidade para os visitantes de todo
o mundo emergirem no melhor que a indústria óptica tem
para oferecer e antecipar as principais tendências em todos os
segmentos: armações, lentes e materiais. Localizado em ParisNord Villepinte, uma zona de exposições contemporânea, este
salão está aberto a todos os grandes mercados mundiais:
Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia. Devido à
pluralidade de oportunidades e eventos, na edição de 2012,
82% dos visitantes mostraram interesse em regressar este
ano a Paris.
BAUSCH AND LOMB (NOVA)
Quatro dias e um programa variado
A edição de 2013 do Silmo apresenta um programa atractivo
com diferentes eventos e informação. Simpósios científicos,
workshops técnicos, fóruns de tendências, um canal de
televisão próprio com programas de debate em directo e
plataformas online são das actividades mais concorridas
da feira. Porém, um dos principais canais para a troca de
experiências e conhecimento é o Silmo Academy, um espaço
de formação, que, este ano, conta com os seguintes temas de
análise: a visão e a performance desportiva, a visão periférica,
o olho e a luz e refracções complicadas.
Para mais informações e solicitar o seu badge de entrada visite o site: www.silmoparis.com
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até ao fim do dia.
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lentes de contacto e ajuda a manter as lentes
hidratadas até 20 horas1.
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1. Resultados de um estudo in vitro nos Estados Unidos realizado para avaliar a libertação de agentes humectantes de vários materiais de lentes de silicone e hidrogel durante um periodo de 20 horas.
Notícias
Campanha válida de 15 de Abril a 15 de Agosto de 2013
Fotografar com a campanha Shamir
Autograph Intouch™
Optivisão assina acordo com Avizor
A Optivisão assinou, no passado mês de Fevereiro, um
acordo de colaboração com a empresa de lentes de contacto
espanhola, Avizor.
Este acordo torna a Avizor o fornecedor preferencial do
grupo, criando um vínculo de estreita colaboração entre
as duas empresas, que envolve condições vantajosas para
os associados da Optivisão. Para a empresa espanhola, o
acordo com a Optivisão sublinha a sua política de expansão
comercial, aumentando a presença e a colaboração no
sector da contactologia no mercado português.
adidas preparada
para a praia
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As novas lentes Shamir Autograph Intouch™, indicadas
para os presbitas da era digital, proporcionam benefícios
relevantes e inovadores em especial aos portadores que
utilizam e consultam diariamente telemóveis, smartphones,
tablets digitais, mantendo o campo de visão de longe amplo,
proporcionando também uma visão nítida ao longe.
Esta utilização intensiva de aparelhos digitais passou a
ser parte integrante da nossa vida moderna e lança novos
desafios visuais: precisamos dos campos de visão de perto
e intermédio mais largos e ainda de um campo de visão de
perto maior. Como posicionamos a cabeça de forma diferente
da tradicional posição de leitura, precisamos também que
o campo de perto comece mais alto na lente, pois a nossa
cabeça não se dobra tanto para ver o ecrã de um telemóvel,
smartphone ou tablet, como para ler um livro.
A Shamir desenhou especialmente para a Shamir Autograph
Intouch™ um campo visual de perto que começa 25% mais
acima do que noutra lente progressiva standard, bem como
um corredor de visão intermédia mais largo em 21%. Alargou
igualmente o campo de visão de perto em 22%, quando
comparado com uma lente progressiva standard.
As novas Shamir Autograph Intouch™ proporcionam um novo
conforto visual optimizado para todos os campos visuais
utilizados em todas as actividades, proporcionando uma
focagem nítida e confortável entre os 40cm e os 70cm, não
esquecendo igualmente uma optimizada visão de longe.
A adidas Originals eyewear já se começa a preparar para o
sol com os novos modelos Sunset Beach (na imagem) e Cape
Town.
Os dois novos modelos são extremamente leves e confortáveis
e apresentam filtros de alta qualidade em policarbonato, com
protecção a 100% dos raios UV.
A interacção entre mate e brilho dá o toque final a ambos os
modelos, que estão disponíveis em preto, caqui transparente
e azul transparente. O Sunset Beach (ah46) está, também,
disponível em castanho transparente e o Cape Town (ah47)
em branco.
A nova campanha
No seguimento do sucesso da campanha digital anterior, a
Shamir Portugal lança uma nova campanha para ajudar a
aumentar as vendas das ópticas.
A nova campanha é também ligada ao mundo digital, pois
oferecerá com as Shamir Autograph Intouch™, com antireflexo Glacier Plus™, uma câmara fotográfica marca Canon.
A campanha estará disponível a partir de 15 de Abril e até
15 de Agosto de 2013. Esta oferta, quando comunicada ao
consumidor final, potencia a venda, pois, além de ser uma
oferta com uma ligação lógica ao produto, é uma oferta
valorizada pelo consumidor final.
As lentes Shamir Autograph Intouch™ oferecem o seguro
Shamir Autograph™ da Fidelidade Mundial contra quebra, furto
ou roubo, válido durante um ano e têm garantia de adaptação
de dois meses.
Saiba mais em www.shamir.pt ou contacte o departamento de
marketing da Shamir Portugal.
MIDO 2013 com resultados satisfatórios
Com cerca de 43 mil pessoas, a 43ª edição da MIDO, em
Milão, teve um aumento de 3% nas visitas de profissionais do
sector da Óptica. As estatísticas revelam ainda que 60% dos
visitantes eram oriundos de 40 países diferentes.
Segundo a organização, apesar da difícil situação económica, o
aumento de visitantes foi “encorajador”. O feedback recolhido
junto dos profissionais foi, inclusive, contrário à crise: “Os
comerciais estavam muito interessados e focados em fazer
negócio”, lê-se no comunicado oficial da organização.
A edição de 2013 foi ainda marcada por duas grandes
novidades, com um dia de feira a ocorrer a uma segundafeira e um serviço especial de transporte ferroviário, que
transportou mais de 600 ópticos entre Roma e Milão.
A próxima edição decorrerá ente 1 e 3 de Março de 2014.
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Notícias
Transitions lança Signature VII
Visual High Tech para ver a vida
à melhor luz
que, independentemente das variáveis, como a hora do dia, a
posição dos óculos (exposição à luz solar directa ou indirecta),
a intensidade da radiação UV, a localização geográfica ou a
temperatura, as novas lentes Transitions Signature VII reagem
mais e melhor. O utilizador desfruta assim de uma visão mais
cómoda quando não está a olhar directamente para o sol,
assim como perante luz reflectida. Consequentemente, esta
nova geração de lentes Transitions protege do encandeamento
em muito mais situações e melhora a qualidade da visão em
todas as circunstâncias.
Uma melhor luz… também online
Para apoiar o lançamento das lentes Transitions Signature VII,
a empresa actualizou o site consumidor (http://pt.transitions.
com/) e lança agora em Portugal o novo portal profissional:
www.transitionspro.pt.
Neste portal, o óptico conta, além de informação detalhada
sobre a família de lentes Transitions, com uma série de
ferramentas digitais gratuitas, incluindo a aplicação de
demonstração digital, vídeo para circuito fechado, banners,
etc. Além disso, o óptico pode encomendar, sem qualquer
custo, o display para o ponto de venda e folhetos para o
consumidor.
Através deste portal há a possibilidade de o óptico aceder a um
programa de formação através de webinar (webconferência),
módulos de e-learning ou de uma ferramenta para
A Transitions Optical apresenta as lentes Transitions Signature
VII, a nova geração de lentes de uso diário, que oferece
aos utilizadores de lentes oftálmicas a combinação perfeita
entre coloração em exteriores, velocidade de activação e
desactivação e claridade em interiores. As novas lentes são
mais reactivas à luz solar indirecta e oferecem uma coloração
mais intensa em dias muito quentes.
Durante os últimos 20 anos, a Transitions Optical tem vindo a
melhorar a sua tecnologia fotocromática de forma constante,
com o objectivo de oferecer as melhores lentes dinâmicas:
mais escuras, mais claras, mais rápidas e agora, mais reactivas
à luz solar em qualquer situação, oferecendo cores mais reais
aos utilizadores.
Após cinco anos de intensa investigação, a Transitions Optical
apresenta a sua nova geração de lentes dinâmicas de uso
diário: as Transitions Signature VII.
Face às gerações anteriores de lentes dinâmicas, as novas
Transitions Signature VII respondem melhor num maior
número de situações. Este avanço foi possível graças ao
desenvolvimento da revolucionária tecnologia patenteada
Chromea 7 – uma fórmula exclusiva com oito pigmentos que
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permite que as lentes sejam mais reactivas: escurecem mais
perante a luz solar indirecta e a luz ambiente.
Além disso, esta nova geração de lentes Transitions é menos
dependente da temperatura, o que lhe permite alcançar
uma coloração mais intensa mesmo em dias muito quentes.
Face às gerações anteriores, as novas Transitions Signature
VII oferecem um desempenho mais equilibrado ao nível da
coloração e o tom que adquirem, quer em castanho quer em
cinzento, é muito mais real.
Testes de produto revolucionários
para um produto revolucionário
Para assegurar a máxima qualidade e oferecer um desempenho
óptimo numa grande variedade de condições vividas pelos
utilizadores, a Transitions Optical desenvolveu uma nova e
exclusiva metodologia de ensaios para analisar o desempenho
fotocromático. As novas lentes foram testadas em mais de 200
situações do dia-a-dia, combinando mais de 1.000 condições,
com distintas temperaturas, ângulos de luz, níveis de radiação,
condições meteorológicas e localizações geográficas.
Com estes estudos, a Transitions Optical conseguiu demonstrar
implementar na prática os conhecimentos adquiridos.
As lentes Transitions Signature implicaram também o
lançamento de uma nova metodologia científica de medição
testando as lentes também em condições de utilização que
das lentes fotocromáticas Transitions, designada por Life360º.
simulam a experiência do utilizador e com utilizadores reais
Trata-se de uma metodologia científica exclusiva, que vai além
através de testes duplo cego. Tudo isto para assegurar ao
das simples medições laboratoriais, em ambiente controlado,
utilizador final a melhor experiência de utilização.
Inquérito: utilizadores de lentes oftálmicas preferem as novas lentes Transitions
Signature VII
A Transitions Optical avaliou, entre os utilizadores de lentes oftálmicas, o desempenho das lentes Transitions Signature VII
face às gerações anteriores. Através de diversos testes de produto, os resultados demonstram que os utilizadores estão muito
satisfeitos com o desempenho das novas lentes:
• 82% dos utilizadores de lentes claras convencionais afirmam que as lentes Transitions Signature VII são melhores do que as
suas lentes actuais. Esta percentagem sobe para 90% nos utilizadores entre os 30 e 45 anos.
• Dois em cada três utilizadores de lentes fotocromáticas preferiram as novas Transitions Signature VII às Transitions VI,
qualificando-as como as melhores lentes de uso diário já comercializadas pela Transitions Optical.
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Opinião
A sala escura
perdeu a magia
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Ainda sou do tempo em que ir ao cinema era uma tarde ou
correm. Se não se “saca” da net, vê-se directamente num canal
uma noite de festa. Ritual imprescindível na companhia de
de streaming da World Wide Web ou aluga-se nos videoclubes
familiares, amigos ou até sozinho, a mágica sala escura era um
virtuais, por um preço mais módico e sem sair do sofá.
refúgio após ou antes de um exame, ou na ressaca de um dia de
Relata a imprensa que o início do ano de 2013 foi ainda mais
trabalho estafante. Era um escape à realidade de que muitos não
dramático em termos de afluência. Fecharam 47 salas de
prescindiam. As pessoas acotovelavam-se para adquirir bilhetes
cinema e a quebra de espectadores atingiu os 30 mil apenas
para o primeiro dia da estreia dos filmes, religiosamente às
numa semana. Espectadores em debandada, despedimentos
sextas-feiras. A segunda-feira era o dia em que ir ao cinema
a aumentarem. Se o fim dos cinemas de bairro nas grandes
era mais económico. Lembro-me de, nos anos 80, era eu um
cidades é um problema, mais gravoso é constatar que os
mocinho de terra idade, ir ver as aventuras do 007, os “Caça-
cinemas de província também sofrem uma sangria acentuada.
fantasmas”, o “ET – O extraterrestre” e até o “Regresso ao
Não nasci e nunca vivi no interior, mas sei bem da ânsia que
Futuro” a algumas míticas salas de cinema do centro de Lisboa.
causava a exibição de um filme muito aguardado, que estreara
Muitas desses locais fecharam. Os cinemas Alvalade, S. Jorge,
parecendo cada vez mais o rebuliço da sala de estar lá de casa.
cinematográfica em toda a sua plenitude. A liturgia do cinema,
O cheiro entranhado a pipocas ou o permanente piscar e/ou
o lugar de um ritual que exige concentração e alguma dose de
vibrar dos telemóveis – isto já para não falar dos que atendem
romantismo, faz parte do passado. De cinema paraíso, a sétima
mesmo as chamadas com o filme a decorrer – desconcentram
arte foi despromovida para a sala escura que perdeu a magia de
qualquer mortal que queira beber a mensagem de uma obra
outros tempos.
O fisco que confisca
Benjamim Franklin, um dos fundadores dos Estados Unidos,
ócio. 365 dias por ano, não há como escapar. Estamos cercados
imortalizou uma frase que ganha, a cada dia que passa, uma
por terra, mar e ar. Agora já não se fala em apertar o cinto,
actualidade e crueldade assustadoras: “Na vida, só existem duas
porque há muito que prescindimos desse acessório. A tanga,
coisas certas: os impostos e a morte.” Isto descontando os que
introduzida pelo “barrosismo”, também já era e agora estamos
ainda fogem a ser tributados e que, no fundo, contribuem para
desprotegidos, praticamente como viemos ao mundo. A questão
aumentar a factura fiscal dos bons e honrados cidadãos que
mais sensata que se deve colocar é, para os que ainda têm um
cumprem com os seus compromissos de vida em comunidade.
trabalho, se compensa monetariamente o vai e vem diário de
nas grandes cidades semanas antes. Estas salas eram pontos de
A história limita-se a confirmar o aforismo de Franklin.
Al
casa para as instalações da nossa entidade patronal. A folha
Monumental, Quarteto ou o Império eram algumas dessas
encontro por excelência e de convívio das populações. Os tempos
Capone, o conhecido gangster da Chicago dos anos 20 e 30, não
salarial não engana. A talhada é terrivelmente monumental.
salas que faziam parte da emocional paisagem do centro da
eram outros. Não havia internet e o despovoamento do interior
foi detido pelos homicídios que cometeu, mas por fuga e fraude
Com ou sem duodécimos. Está a concretizar-se o que muitos
capital. Provavelmente, a destruição do cinema Monumental, no
ainda não estava no topo das preocupações nacionais. O fecho
fiscal. Mais recentemente, num subúrbio de Lisboa, uma idosa
previam: trabalhar mais duro, mais tempo e por menos
Saldanha, em 1983, foi uma perda para a cidade e o dealbar do
anunciado de muitas salas nas cidades de média dimensão na
esteve oito anos morta dentro da sua casa, sem que nenhum
dinheiro. Actualizações salariais é melhor nem pensar, horas
declínio das grandes salas. Mais recentemente foi o carismático
província, algumas delas no formato cineteatro, não deve deixar
familiar, vizinho ou as próprias autoridades procurassem inteirar-
extraordinárias, “jamais”! Taxas de solidariedade, pois claro.
Londres, na não menos carismática Avenida de Roma, a fechar
ninguém indiferente. Chegámos a um ponto em que para se
se sobre o seu paradeiro. O fisco quis saber dela. E foi devido a
É revoltante não é? Mas mais repugnante é não perceber para
para balanço. Provavelmente para sempre. Diz a historiadora
ver um filme numa sala é preciso percorrer algumas dezenas
essa curiosidade - mórbida acrescento - que a sociedade ficou a
onde são canalizados os nossos impostos. Para que servem?
Margarida Acciaiuoli, no seu livro “Os Cinemas de Lisboa”,
de quilómetros. Um vício caro, dirão alguns. Mas sabendo-se
conhecer um caso chocante de desprezo pelo próximo.
Para nos dar mais e melhor segurança? Não parece. Para termos
recentemente editado, que, nos anos 50, chegaram a ser 46,
que se lê pouco, de uma forma geral, sejam livros ou jornais, o
Na era da famigerada austeridade e da consolidação, para
melhores hospitais públicos? Não parece plausível. Para termos
tendo emigrado, quase todos, para os centros comerciais.
cinema era o único alimento cultural que servia para preencher
onde quer que nos voltemos, temos o fisco à perna. Desde
escolas públicas melhor apetrechadas? Tenho dúvidas. Já não
A inovação tecnológica, a mudança de hábitos sociais e, mais
a incompleta e mastigada informação que a televisão veicula.
que acordamos até que nos deitamos, estamos a contribuir
tenho reticências em afirmar que foram utilizados para acudir
recentemente a crise, têm contribuído para a lenta decadência
Com o acesso reduzido a bens culturais, as pessoas ficam menos
com dinheiro para a administração fiscal. É um “taxímetro”
aos escândalos do BPN e das PPP. Siglas malditas que têm
da indústria cinematográfica a nível mundial, trajectória à qual o
esclarecidas, mais amorfas e menos reivindicativas perante os
permanente. Acordamos, ligamos a luz, estamos a pagar,
dilacerado um país inteiro.
nosso país não fica incólume. Se os videoclubes, também eles já
seus semelhantes e também perante o poder instalado. É um foco
abrimos a torneira para o banho, estamos a pagar, damos à chave
Parece mal acusar os de sempre, mas é inevitável reconhecer
enterrados, fizeram apenas cócegas ao sector cinematográfico,
de dinamismo cultural que se perde. Um ritual que se extingue,
para fazer o andar o carro e estamos a pagar, preferimos deixar
que também aqui os políticos têm culpas no cartório. Podem
os DVD arranharam algo mais. Mas foi o imparável fenómeno
uma rotina que se esfuma. Estamos a chegar a um patamar em
o automóvel na garagem e vamos de Metro, e continuamos a
dizer que salvaram os bancos, mas estão em risco de perder
da pirataria o tiro certeiro no porta-aviões que precipitou o
que quem quiser presenciar filmes in loco terá de se deslocar
pagar, fazemos uma pausa para almoçar e continuamos a custear
uma geração. Eu não me importava de pagar impostos, se me
posterior afundamento. Com o consumo a retrair-se de forma
às faraónicas e incaracterísticas catedrais do consumo, com as
o brutal aumento do IVA na restauração. Esta rotina prolonga-se
explicassem direitinho qual o seu destino e aplicação. Como
generalizada, empregar sete ou oito euros para frequentar uma
suas salas tecnologicamente avançadas, mas desprovidas de
todos os dias da semana, quiçá com mais intensidade ao fim-
a opacidade impera, chegámos a um período em que já não
sala de cinema é um risco que cada vez menos portugueses
personalidade e sentimento – e especialmente indisciplinadas,
de-semana, onde o trabalho dá lugar a alguns momentos de
somos tributados, mas confiscados. Mas tudo em nome da
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Sol
Opinião
Pátria. E pela forma como temos sido “esmifrados” – o termo
taluda do Euromilhões, mas viu o fisco abocanhar-lhe 20 por
é de um ministro deste governo! – só se pode constatar que
cento do prémio. Como a imprensa jura que a senhora trabalha
adoramos a terra em que vivemos. Mesmo que para tal nos
nas limpezas é caso para dizer que parte da fortuna foi-se no
submetamos à “escravatura”, à “tirania”, à “asfixia” e ao
aspirador fiscal. Desmotivante. É nesta ditadura dos números,
“esbulho” – adjectivação que ouvimos nas últimas semanas –
das estatísticas e das previsões que nos enredamos. As pessoas
que compensa uma economia em cacos.
vêm a seguir. A justiça e a equidade fiscais, como um dia disse o
A vida nem para os apostadores de jogos de sorte e azar
treinador Jorge Jesus sobre o fair-play, são mesmo “uma treta.”
parece sorrir. Um português anónimo ganhou 51 milhões na
Givenchy
Elegância refinada num modelo
desenhado pelo designer italiano
Riccardo Tisci. O destaque vai para a
placa em metal nas hastes, com o logo
da marca gravado.
Distribuição: De Rigo Vision
Se Deus é brasileiro, o
Papa é argentino
No momento em que escrevo estas linhas, o mundo ainda recupera
democráticas estão no grau zero de prestígio e credibilidade, que
da comoção e do suspense do conclave na Capela Sistina que
a crença se deposita no homem de branco. Nas actuais lideranças
culminou com o catártico Habemus Papam! Se, como dizem, Deus
das sociedades ocidentais nem um só líder é capaz de entusiasmar.
é brasileiro, agora, com propriedade, o chefe da Igreja Católica é
Nem sei mesmo se haveria algum, pelo menos na Europa, por
argentino porque nasceu no país das pampas. François, Francis,
quem o povo fosse capaz de derramar verdadeiras lágrimas de dor.
Francesco ou Francisco. Assim será conhecido até ao final dos seus
Puras, sentidas, genuínas.
dias. É o líder religioso para os católicos de todo o mundo. Crentes ou
O Santo Padre é um líder espiritual que não tem o poder executivo
menos crentes. Espera-se que seja ainda a inspiração e a esperança
e não dá entrevistas mediáticas. Mas as encíclicas e as mensagens
para milhões.
urbi et orbi, veiculadas pela comunicação social podem inspirar e
É neste mundo órfão de líderes políticos carismáticos que emerge
servir de molde a operar uma mudança.
o Papa latino-americano. E neste mundo de desigual crescimento e
A crise que vivemos é, em boa parte, financeira, mas sobretudo
tendências da fé religiosa, com a queda do catolicismo na Europa e
de confiança. O povo tem medo de acreditar em líderes pela
com elevado fervor na América do Sul, que os olhos estão postos no
multiplicação de desilusões que tem vivido.
que o cardeal Bergoglio - agora Papa Francisco I - vai fazer.
Do Papa Francisco ainda pouco se sabe. Dizem que é pouco
É sabido que o Vaticano não é um mundo de virtudes. Bento XVI
expansivo. Mas sempre ouvi dizer que os tímidos sedutores são os
deve ter tido um conhecimento próximo dessa realidade. É um
maiores conquistadores pela arte da oratória. Falar pouco, mas com
“universo” de luta pelo poder, interesses, intrigas e egos. Muitos
alma e de forma certeira, é um atributo ao alcance de poucos.
egos.
Aliar a capacidade de comunicação de João Paulo II e o alcance e
Falar de Argentina é sinónimo de Gardel, Eva Perón, Jorge Luís
rigor doutrinário de Bento XVI é o desafio de Francisco, em paralelo
Borges, Maradona, Messi, e agora Francisco. Depois da “mão
com o reforço do ecumenismo, o alertar para os conflitos estéreis
de Deus” de Diego Maradona, no Mundial do México em 1986,
e perdidos nos quatro cantos do mundo, para a pobreza e a fome.
esperemos que o novo Papa tenha um pulso firme no governo do
Fazer as pontes, dando sentido ao vocábulo Sumo Pontífice, o
Vaticano para afugentar os “corvos” que teimam em não abandonar
que faz as pontes. Para já, Habemus Papa… se o Santo Padre vai
os céus da Santa Sé.
arrebatar os fiéis, só o tempo o dirá!
É num contexto global em que os políticos das sociedades
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Hello Kitty
A colecção de óculos de sol Hello
Kitty for Teens apresenta modelos
modernos, de design divertido e cores
vibrantes.
Distribuição: Optivisão
Blackfin
Inovação e personalidade num modelo
de sol feminino em titânio.
Distribuição: DMDI
Loewe
Modelo redondo em acetato, com
lentes em degradé e o anagrama da
marca nas hastes.
Distribuição: De Rigo Vision
Nuno Dias da Silva
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Armações
Curiosidades
Carrera
Quadrados, estes óculos são claramente
de inspiração retro. A decoração com
pequenas aplicações em metal dá
personalidade ao modelo.
Distribuição: Sàfilo
Carrera
O fluorescente está em voga para um
look mais jovem. Com uma forma
quadrada e em acetato, este modelo
transpira jovialidade.
Distribuição: Sàfilo
Apaguem as luzes, que se vai
restaurar a visão
Prada
Leve e apropriado para alto
desempenho, este modelo em laranja
fluo é indicado para quem jamais
renuncia ao estilo.
Distribuição: Luxottica
Silhouette
A linha Titan Next Generation em versão
nylor chegou a Portugal, com 12 cores e 3
novos modelos à escolha.
Distribuição: Modavisão/Grupo Brodheim
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Restaurar a visão pode ser tão simples como apagar as luzes, ou assim concluiu um
estudo publicado recentemente na revista científica Current Biology. Os pesquisadores da
Universidade Dalhousie, no Canadá, analisaram um conjunto de gatos amblíopes antes e
depois de passarem dez dias na escuridão.
Os autores do estudo, Kevin Duffy e Donald Mitchell,
concluíram que a exposição à escuridão provoca a reversão
de algumas partes do sistema visual para o estádio inicial
em desenvolvimento.
“Há várias maneiras para aumentar a plasticidade cerebral e
recuperar de desordens como a ambliopia sem a intervenção
de medicamentos”, afirmou Duffy. “A imersão na escuridão
total parece fazer um reset ao córtex visual que providencia
uma recuperação notável.”
No novo estudo, os pesquisadores examinaram gatos
com ambliopia induzida, experimentando a privação da
visão apenas num olho. Após terem sido remetidos para
a escuridão a sua visão sofreu uma rápida e profunda
recuperação. Exames posteriores sugeriram que o restauro
da visão depende da perda dos neurofilamentos que
colocam o sistema visual no lugar. Com o desaparecimento
destes elementos estabilizadores, o sistema visual fica livre
para se autocorrigir.
A terapia da escuridão promete o tratamento de crianças
com ambliopia, dizem os especialistas, mas não pode ser
algo feito em casa. Segundo os pesquisadores, para que
esta solução resulte não poderá existir qualquer resquício de
luz, em qualquer altura. É igualmente importante encontrar,
primeiro, a origem da ambliopia e certificar que a escuridão
não irá comprometer o olho com boa visão.
A ambliopia afecta cerca de quatro por cento da população
mundial.
Fonte: Medical News Today
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Notícias ANO
Curiosidades
Confie neste símbolo,
Quem se livra
dos óculos, pratica
mais desporto
Uma em cada três pessoas que se submete a cirurgia refractiva
Ainda de acordo com especialista, o erro de refracção que
passa a praticar desportos. É a conclusão de um estudo realizado
menos atrapalha as actividades desportivas é a hipermetropia –
pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, que contou com a
dificuldade de ver ao perto.
colaboração de 1120 pacientes, no Instituto Penido Burnier, no
Salvo as excepções de alguns ídolos do futebol mundial como
Brasil, nos últimos dez meses.
Kaká ou Pelé – que tinham miopia – a dificuldade de ver ao
Segundo os pacientes, o procedimento fez com que se sentissem
longe faz com que a preferência dos míopes recaia sobre a
mais seguros. O médico explica que isso acontece porque a
leitura e outras actividades internas. A mesma tendência
correcção visual melhora o equilíbrio do corpo, os reflexos e a
de comportamento pode ser observada em quem tem
capacidade de concentração que se reflectem no desempenho
astigmatismo, visão distorcida para perto e longe, que muitas
desportivo e na auto-imagem.
vezes é acompanhada de fotofobia ou aversão à luz.
até de olhos fechados!
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) lançou recentemente uma nova imagem
promocional para as Ópticas Acreditadas.
FDA aprova o
primeiro olho
biónico nos EUA
O slogan desta campanha fala por si: queremos que o
tipologias de estabelecimento – no âmbito das alterações ao
consumidor final confie cegamente nas Ópticas Acreditadas
Regulamento Interno.
pela ANO. Para tal, foram criados novos símbolos
identificativos dos serviços prestados pelas diferentes
Tipologias dos Estabelecimentos
A FDA (sigla em inglês para Administração de Drogas e
eletcrônicos que são transmitidos via wireless para os
Alimentos nos EUA) aprovou no passado dia 14 de Fevereiro
eléctrodos, que, por sua vez, transformam os dados em sinais
o Argus II, uma prótese para auxiliar os portadores de retinose
eléctricos, estimulando as células da retina que enviarão estes
pigmentar a ver.
sinais ao nervo óptico.
O ARGUS II, primeiro olho biônico aprovado pela FDA, é o
É um sistema que fornece um sinal apenas de 60 pixéis, mas
resultado de 15 anos de trabalho da empresa Second Sight e
permite que o usuário se desloque sem precisar de ajuda,
1. Óptica Técnica – é o modelo convencional de Óptica com todo o serviço
consiste num par de óculos equipado com uma microcâmera e
contornando obstáculos como postes ou portas.
transmissor de dados, uma unidade portátil de processamento
O Argus II já é utilizado desde 2011 na Europa. A FDA o aprovou
de vídeo (UPPV) e um eléctrodo inserido atrás do olho.
para uso em adultos com mais de 25 anos e que tenham
A microcâmera regista o que está à frente do usuário e envia as
retinose pigmentar severa ou profunda, ou seja, com percepção
de venda, montagem e adequação de óculos, devidamente orientada sob o ponto de
vista técnico por um Técnico de Óptica Ocular:
a) Obrigatoriedade de possuir Laboratório de Óptica completo
b) Obrigatoriedade de direcção técnica
c) Conformidade com normas e procedimentos legais
d) Gabinete de optometria (facultativo)
imagens captadas para a UPPV que fica numa bolsa à tira-colo.
mínima de luz (percebem que há luz, mas não sabem de onde
A UPPV, por sua vez, transforma as imagens em dados
vem) ou nenhuma percepção de luz.
Os estabelecimentos Associados ANO e/ou aderentes obedecem às seguintes tipologias:
AF_ANO_OptTec_4serv.pdf
40
Relembrando:
2/13/13
8:03:26 PM
41
Notícias ANO
AF_ANO_OptComerc_3serv.pdf
2/13/13
8:06:26 PM
2. Óptica Comercial – onde são disponibilizados produtos e serviços
idênticos, com a particularidade de não dispor da montagem dos óculos no
estabelecimento, mas continua obrigada à responsabilidade técnica:
a) Obrigatoriedade de possuir oficina adequada às necessidades básicas: ajustes e
adaptação de óculos
b) Obrigatoriedade de direcção técnica
c) Conformidade com normas e procedimentos legais
d) Gabinete de optometria (facultativo)
3. Ponto de venda de artigos de óptica não
graduados – é o estabelecimento que dispõe de meios técnicos e recursos
humanos, com formação e experiência adequadas, capazes de assegurar, de forma
independente, a venda segura de óculos de sol:
a) Conformidade com as normas e procedimentos legais
b) Não obriga à existência de Laboratório de Óptica
c) Não obriga à existência de Gabinete de Optometria
d) Não obriga a direcção técnica (mas, sim, formação adequada à comercialização com
informação)
42
As ópticas identificadas com estes símbolos dão ao
rigor e as componentes técnicas inerentes a cada tipo
consumidor final a garantia do cumprimento dos requisitos
de estabelecimento acreditado, informando o público
de qualidade, tanto em relação aos meios humanos –
acerca dos bens e serviços que pode encontrar num ponto
profissionais habilitados para o exercício da sua função
associado ANO.
– como em relação aos meios tecnológicos – espaços
A este carácter informativo é inerente a vontade de
detentores de bons equipamentos e produtos de qualidade.
aumentar o fluxo de clientela nos pontos Associados.
Ou seja, é grande objectivo da Associação apresentar o
ANO renova site
institucional
Novos modelos Carrera
Inspiração vintage, cores contemporâneas
Um grafismo mais actual e novas funcionalidades marcam a renovação
do site www.ano.com.pt.
Com o objectivo de apostar mais e melhor na proximidade
Uma das grandes novidades integradas no site recupera
com os seus Associados, a Associação Nacional dos Ópticos
uma vontade antiga da Associação: disponibilizar informação
(ANO) renovou a imagem do site institucional. O layout do
online para os seus Associados. Nesta área do site – ainda
novo site caracteriza-se por linhas mais clean e por uma
em actualização – o Associado (que receberá posteriormente
maior organização dos conteúdos.
a informação sobre o acesso) poderá consultar as Circulares
Mantendo a estrutura base da página anterior – como a
Electrónicas, o Regulamento Interno e o Contrato Colectivo
disponibilização de informação sobre a Associação, serviços
de Trabalho, potenciando, assim, o acesso mais rápido e
prestados, notícias sobre saúde visual e o sector da Óptica – a
facilitado à informação associativa, a qualquer hora e em
ANO apostou, sobretudo, na melhoria do directório das Ópticas
qualquer local.
Acreditadas. Ainda em fase de actualização dos conteúdos,
A ligação às redes sociais – um elemento comunicacional
é objectivo da ANO proporcionar ao consumidor final uma
cada vez mais importante para as empresas – está igualmente
ferramenta útil e intuitiva para encontrar o estabelecimento
presente no novo site. O utilizador poderá partilhar as notícias
Associado mais perto de si. Marcadamente virada para a
e a própria página da ANO em qualquer rede social.
comunicação externa, esta área do site pretende promover as
Com a renovação do site institucional, a ANO reforça a sua
Ópticas Acreditadas enquanto centros especializados, tanto
comunicação interna e externa, veiculando mais e melhor
na parte técnica como na prestação de cuidados primários
informação aos Associados e à comunidade Web.
de saúde visual.
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Em Abril, formações mil
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) continua a apostar
Assim, para o mês de Abril, a ANO propõe as seguintes acções
na formação dos Associados, elaborando um programa à
formativas:
medida das necessidades do actual empresário da Óptica e
seus colaboradores.
Facebook Empresarial
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Conselheiros da Visão
9, 11,
16 e 19
Abril
Sabe qual é a melhor hora para comunicar no Facebook? E qual melhor dia?
Sabe como gerar mais visitas na sua página e promover vendas online?
Nós sabemos e queremos colaborar consigo!
Valor para Associados: 65€
Local: Centro Tecnológico e Formação da ANO, em Lisboa.
Horário: pós-laboral
Duração: 10 horas
Primeiros Socorros
Novos modelos Carrera
Inspiração
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Abril
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Valor para Associados: 40€
Local: Centro Tecnológico e Formação da ANO, em Lisboa.
Horário: pós-laboral
Duração: 8 horas
Técnicas de Atendimento Personalizado
30 Abril
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Valor para Associados: 45€
Local: Centro Tecnológico e Formação da ANO, em Lisboa.
Horário: pós-laboral
Duração: 12 horas
NOTA: Todas as acções estão sujeitas a um número mínimo de inscritos.
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Notícias ANO
Breves Saúde
Pestanejar
relaxa a
atenção visual
Direcção ANO
António Paulo
Director ANO
Segundo um estudo da Universidade de Osaka, no Japão, o
enquanto os participantes viam vídeos. Após verificar que os
pestanejo tem a finalidade de relaxar a atenção visual, além
flashes estavam nos pontos de interrupção do enredo da série
Foi há cinco anos que António Paulo ingressou, a convite, na
de lubrificar a córnea. Os investigadores sublinham que o
televisiva, os pesquisadores acreditam que este movimento
Direcção da ANO. Depois de muito ponderar – vive a 150km de
pestanejo espontâneo “participa na liberação da atenção
está activamente envolvido na liberação de atenção.
Lisboa! – acedeu participar neste projecto.
durante certos comportamentos cognitivos, como ver vídeos.”
Os autores argumentam que o pestanejo desempenha um
Deste modo, explica-se por que há pessoas que pestanejam
papel fundamental no equilíbrio entre duas redes cerebrais
15 a 20 vezes por minuto – uma velocidade maior que a
anatómicas subjacentes e que competem entre si: a rede
necessária para lubrificar o olho.
dorsal e a rede neuronal por defeito. Neste sentido, a actividade
Para chegar a estas conclusões, os especialistas examinaram,
cortical na espinha dorsal diminuía momentaneamente na
através de imagens de ressonância magnética funcional, a
rede dorsal, enquanto aumentava a rede neuronal por defeito.
E destaca, desde logo, dois pelouros nos quais esteve
particularmente envolvido desde o início do mandato:
Formação e Associados. “Fui responsável pela coordenação da
Formação, da qual saliento os projectos especiais de formação
e consultadoria: Programa Operacional do Potencial Humano
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(POPH) e Dinamizar.” Actualmente, e entre outras funções,
Apesar de António ser um agente participativo na vida
António Paulo é responsável pelos pelouros dos Associados,
associativa no geral – quer em projectos culturais como
Informática e é ainda Secretário da Direcção, “uma espécie
empresariais – “a Associação Nacional dos Ópticos tem para
de assessor do presidente”, explica. E adianta: “apesar de o
mim um significado especial. Trata-se da associação sectorial
organograma estar definido desta forma, nada é estanque,
da minha actividade profissional, da única que conheci até
todos participamos e colaboramos nas diversas funções.”
hoje, e acredito que a ANO é importante no ‘xadrez’ do nosso
De toda a actividade associativa, António Paulo destaca
sector.”
um desafio que, enquanto membro da Direcção, acarinhou
Momentos marcantes na ANO? “A minha resposta a esta
especialmente: a revisão do Regulamento Interno. “É,
questão surpreenderá os menos atentos à vida da Associação
porventura, a única ferramenta de que poderemos dispor para
mas, claramente, os momentos mais difíceis – e ao mesmo
regular a actividade no imediato. Muitas vezes esbarramos com
tempo mais compensadores – foram os da reestruturação
o paradoxo da exigência de ‘protecção’ por parte dos Associados
interna da ANO. Sempre soube que se perdêssemos essa
A causa genética mais comum da doença de Parkinson não
Através da tecnologia do electroretinograma, os cientistas
mas, em simultâneo, encontramos a indisponibilidade para
batalha nada mais faria sentido, nenhum projecto teria sucesso.
é só responsável pela condição distintiva dos problemas de
descobriram uma perda gradual das funções visuais nas
aceitar regras. Ou seja, é um tema melindroso e que merece
Hoje orgulho-me de pertencer a uma Equipa – e entendo por
movimento mas pode igualmente afectar a visão, revelou
células do nervo óptico com o gene mutante. O sistema visual
de todos uma reflexão serena”, comenta.
equipa todos os que trabalham para a Associação: Directores,
António Paulo descreve a sua participação na vida da
Assessores, Quadros e Colaboradores – capaz de ultrapassar
recentemente uma investigação da Universidade de York.
da mosca é um modelo usado em laboratório já que possui
Associação pelo inconformismo que lhe é inerente. “O meu
dificuldades, trabalhar em conjunto e desenvolver projectos
A doença de Parkinson – a segunda doença neurodegenerativa
quantidades semelhantes de dopamina às do olho humano.
papel nesta equipa é apenas o de agitador, ocupo-me de
de dimensão tão significativa como o 5º Congresso Nacional
mais comum – afecta principalmente pessoas acima dos 60
No entanto, a equipa de investigação descobriu que outras
inquietar os restantes membros da Direcção, lanço ideias, apoio
da Óptica Ocular, a formação certificada no âmbito do POPH
anos. Os sintomas mais comuns são os tremores, rigidez,
mutações relacionadas com a doença de Parkinson não
as que me parecem boas e, depois dos consensos devidos,
a decorrer um pouco por todo o país e outros projectos que
lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural
afectaram a função das células nervosas do olho nem houve
actuamos todos como um só. E esse tem sido o segredo para
seguramente irão em breve surgir.”
e alterações da marcha. Porém, alguns doentes de Parkinson
perda de visão.
o sucesso do nosso trabalho”, analisa. “Tenho conseguido ser
Para o futuro, António Paulo pensa que a ANO “pode e deve
o catalisador de ideias e atitudes que ajudam a projectar a
assumir responsabilidades de ‘faroleiro’, promovendo a
também sentem alterações visuais.
“É um passo significativo pois vai ajudar-nos a identificar os
ANO para outra dimensão, mas, felizmente não estou só.”
reflexão, apontando caminhos e, sobretudo, incentivando,
Agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas do
doentes de Parkinson que poderão apresentar maior risco de
A seu lado conta com “elementos de grande valia – a meu
motivando para a responsabilidade e para a defesa de um
Departamento de Biologia da Universidade de York estabeleceu
sofrer de alterações visuais, ajudando os profissionais de saúde
ver incontornáveis em qualquer avaliação do desempenho da
modelo de negócio para o futuro”. E ainda com os olhos no
uma ligação entre a mutação que espoleta a doença de
a lidar com esta condição mais eficientemente”, afirmou o
ANO dos últimos anos. Refiro-me claramente ao presidente
futuro, António remata: “Quando abandonar responsabilidades
Parkinson e os problemas com a visão através de testes com
principal autor do estudo, Chris Elliot.
Rui Correia e ao tesoureiro Fernando Tomaz, ambos de uma
nos órgãos sociais da ANO, ficarei muito satisfeito se a minha
cobaias. Os pesquisadores estudaram o impacto da mutação
dedicação muito além do dever, sem esquecer o Director Luís
passagem por aqui significar que mais Ópticos perceberam e
Bernardo e o Assessor para a Formação, Eduardo Silva.”
apoiam o objectivo último de todo este trabalho.”
actividade cerebral relacionada com o pestanejo espontâneo
Problemas visuais podem estar ligados
à doença de Parkinson
mais comum que está na origem desta patologia nas células
nervosas no sistema visual da mosca da fruta (drosophila).
Fonte: Medical News Today
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Breves Saúde
Breves Negócios
CIP quer mais dois
anos para regime
de renovação
extra de contratos
a prazo
Glaucoma
afecta cerca
de 100 mil
portugueses
30 de Junho de 2013 podem então ser renovados mais duas
A coordenadora do Grupo Português do Glaucoma da
quando precisarem, por exemplo, dos seus óculos de perto”.
por mais dois anos o actual regime de renovação extraordinária
vezes, por um período máximo de 18 meses; ou seja, não
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia disse, no passado dia 6
A coordenadora do Grupo Português do Glaucoma referiu que,
de contratos a prazo. Esta foi uma das medidas que a
podem ultrapassar Dezembro de 2014. Mas a CIP quer alargar
de Março, que o glaucoma afecta cerca de 100 mil portugueses
à semelhança do que se passa no resto do Mundo, também
Confederação apresentou na última reunião de concertação
esta possibilidade. Defende então que os contratos a prazo
e continua a ser a principal causa de cegueira devido ao
em Portugal se têm vindo a desenvolver esforços no sentido
social, no início de Março, e que pretende agora discutir com
que atinjam os limites legais entre 30 de Junho de 2013 e
diagnóstico tardio da doença. “É uma patologia frequente,
de dar a conhecer a doença nas suas diferentes formas, assim
os restantes parceiros.
30 de Junho de 2015 também possam ser renovados mais
crónica, que provoca cegueira, mas que tem tratamento e
como o seu diagnóstico e tratamento.
Desde o início de Janeiro de 2012 que está em vigor um regime
duas vezes. Neste caso, o regime terminaria em Dezembro
quanto mais cedo for diagnosticado, melhor é o prognóstico.
“Portugal dispõe das técnicas de diagnóstico, de tratamento
transitório, que abrange os contratos a termo celebrados
de 2016. Como nenhum trabalhador poderia ser abrangido
A incidência está a aumentar devido ao envelhecimento da
médico e oftalmologistas subespecializados nesta área que
ao abrigo do Código do Trabalho de 2009. Os contratos que
pelos dois regimes, nenhum contrato poderia ter mais de duas
população”, afirmou Maria da Luz Freitas em declarações à
praticam as diferentes técnicas cirúrgicas, estando actualizado
atinjam os limites legais (três anos ou três renovações) até
renovações extraordinárias.
agência Lusa, na Semana Internacional do Glaucoma.
com o que de melhor se pratica na Europa e nos EUA”, disse.
A especialista defende, por isso, a realização do rastreio aos
Estudos de prevalência recentes apontam para a presença da
40 anos, numa visita de rotina ao oftalmologista. A incidência
doença em 1,97% das pessoas com idade superior a 40 anos
da doença aumenta a partir desta idade, sendo esta “a altura
na Europa.
ideal para as pessoas fazerem consulta de oftalmologia,
Complicações oculares em crianças são
comuns após transplante de medula
‘Buraco’ orçamental está quase
nos 900 milhões
À medida que os números reais vão substituindo as projecções
calculados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)
de receita fiscal, o buraco orçamental aumenta. Afinal, o desvio
e revelados no início de Março ao Parlamento. “Em 2012, a
nas receitas verificado em 2012 já chega, pelo menos, a 886
receita fiscal das administrações públicas registou um desvio
Um estudo realizado no Centro Médico Universitário de
ano depois do transplante de células-tronco hematopoiéticas.
milhões de euros. A primeira estimativa era de 670 milhões de
desfavorável de 886 milhões de euros face ao montante que
Utrecht (Holanda) concluiu que após a transplantação de
Mais de 25% dos pacientes devolveram problemas oculares.
euros, o que significa que o desvio com que o Governo arranca
tinha sido estimado em Outubro passado e que terá servido
medula óssea há uma maior prevalência de problemas
As complicações mais identificadas foram: uveíte, hemorragia
para a execução deste ano é maior do que o inicialmente
de base para a projecção da receita fiscal de 2013”, lê-se no
oculares em crianças. A pesquisa incluiu 49 pacientes que
retiniana, edema do disco óptico e síndrome do olho seco.
esperado: cerca de 200 milhões de euros mais elevado do
relatório entregue publicado pela UTAO.
foram avaliados oftalmologicamente um ano antes e um
48
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer estender
que as contas projectadas até Dezembro. Os números foram
49
Breves Negócios
Maior queda desde 1975
Economia portuguesa cai 3,2%
A economia portuguesa sofreu uma
contracção de 3,2 por cento em 2012,
registando a maior queda desde 1975,
indicou recentemente o Instituto
Nacional de Estatística (INE).
De acordo com dados do INE, o Produto
Interno Bruto (PIB) português recuou
3,2 por cento no ano passado, no que
representa a maior queda desde 1975,
ano em que a economia nacional caiu
5,1 por cento.
Actividade empresarial na Zona Euro
afunda em Março
Os indicadores avançados de actividade
empresarial afundaram em Março – uma
quebra que surpreendeu a maioria dos
economistas. Os índices de gestores de
compras (PMI) para serviços e indústria
caíram para 46,5 pontos em Março (abaixo
dos 47,9 pontos de Fevereiro), com o índice
a afastar-se ainda mais da fasquia dos 50
pontos, a “fronteira” entre contracção e
expansão da actividade. Os economistas
previam, em média, uma expansão para
48,3 pontos. A leitura de Março foi a mais
negativa nos últimos quatro meses e indica
que a economia da Zona Euro voltou a
encolher entre Janeiro e Março.
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