CELEBRAÇÃO DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP
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CELEBRAÇÃO DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP
A n o X I X - No v e mbro 2 0 1 5 Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco Nossa Caixa www.afaceesp.org.br • [email protected] CELEBRAÇÃO DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP Arte, espetáculo, shows musicais, gastronomia, congraçamento e encontro de gerações, tudo num único evento Assuntos JURÍDICO 5 BANCO DO BRASIL Saiba o andamento das demandas judiciais tocadas pela Afaceesp em nome dos associados ENCONTRO ESTADUAL Afaceesp realiza segundo encontro estadual do ano dentro da programação da Semana dos Aposentados da União 7 6 Ex-superintendente do Economus, Carlos Célio é nomeado Diretor de Relações do BB REGIONAIS 8 São José do Rio Preto abre calendário de comemorações de fim de ano. Confira o cronograma PLANOS DE SAÚDE 9 Planos de saúde deverão cobrir 21 novos procedimentos a partir do ano que vem SOLENE 10 Ato religioso acontece em comemoração ao 34° aniversário da Afaceesp. Associados, dirigentes e associados prestigiaram solenidade CELEBRAÇÃO 11 Espetáculos étnicos e shows musicais marcaram festividade comemorativa da Afaceesp. Mil e trezentas pessoas participaram do evento ESPECIAL 17 Revista “mimo” distribuída na solenidade festiva da Afaceesp segue encartada nesta edição IDOSOS 35 Grupo da terceira idade se reúne para exigir cumprimento de direito; acompanhe alguns feitos de pessoas que superaram recordes e a barreira dos 65 anos de vida GERAÇÕES 37 Artigo de Rosely Sayão publicado há quase uma década permanece atual. Experiência inédita coloca crianças e idosos em contato diário: Encontro de Gerações LITERATURA 39 Associado da Afaceesp é autor de obra que narra trajetória dos italianos que cruzaram terra e mar em busca de novo local para viver LONGEVIDADE 40 Ciclo de palestras acontece em São Paulo e Rio de Janeiro abordando, dentre outros temas, o mercado de trabalho para a terceira idade PASSATEMPO 42 Palavras cruzadas e brincadeira de adivinhação para todos 2015 Nosso Tempo 3 Editorial De novo, foi muito bonito A comemoração dos 34 Importante também destacar a anos da Afaceesp, ini- realização, pela segunda vez neste ciada com a Missa em ano, do Encontro da Afaceesp Ação de Graças celebrada no dentro da Semana dos associados dia 27 de agosto e coroada com aposentados da Usceesp. Somados o Jantar Dançante no dia 03 de com as comemorações do aniversá- setembro foi motivo de especial orgulho e satisfação para todas as rio da nossa Associação, os eventos pessoas que participaram, por mais integram a estratégia de manter de seis meses, dos preparativos. permanentemente congregados os aposentados e pensionistas oriundos da Nossa Caixa. Envolvendo diretores, conselheiros, funcionários Lembre-se ainda as confraternizações de final de ano e parceiros prestadores de serviços, os resultados das regionais do Interior. É por meio dessa união dos eventos atestam que a nossa Associação está no caminho certo para cumprir sua vocação primordial de congregar os associados e familiares. que a Afaceesp consegue exercer a outra importante missão imposta pelo seu Estatuto: manter vigilância e assegurar a defesa dos direitos específicos dos seus Não é demais repetir: nossos eventos são abertos e associados. facilitados a todos. Deles, só não participa quem não quer, ou quem não pode, também é importante repisar. Por isso tudo, nossas festas significam muito mais do que o já em si mesmo prazeroso ato de festejar. Associados, familiares e convidados de várias regiões do nosso Estado puderam desfrutar, por mais de cinco horas, de um verdadeiro festival de atrações. Abraços, Quem não pode participar terá uma visão abrangenPedro Paulo Galdino te do que foram os eventos, lendo e apreciando as matérias nesta edição. Diretor Presidente da Afaceesp Informativo Nosso Tempo - Orgão de divulgação e informação da Afaceesp Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco Nossa Caixa Rua XV de Novembro, 200 - 2º e 13º andares • São Paulo • SP • CEP 01013-905 • Fone/fax: (11) 3521-0500 Jornalista Responsável: João Roberto Cruz • MTB. 24.983 • Cel: (11) 99646-0736 • Produção Gráfica: MWS Design (www.mws.com.br) Informações Afaceesp: Fone/fax: (11) 3521-0500 4 Nosso Tempo 2015 Jurídico Relatório atualizado em 20/10/2015 1 AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA A TRANSFERÊNCIA DA FOLHA DE PAGAMENTO PARA SECRETARIA DA FAZENDA E NÃO DESCONTO DOS 11% ADVOCACIA AGENOR BARRETO PARENTE – PROCESSO Nº 00514200401802004 - 18ª VARA DISTRIBUIÇÃO: 11/03/2004 Ação Julgada Procedente- em recurso no TRT 2 AÇÃO DE PRESERVAÇÃO DE DIREITOS ADVOCACIA INNOCENTI PROCESSO Nº 00286009320095020047 – 47ª Vara Trabalhista DISTRIBUIÇÃO: 11/02/2009 CABEÇA: AFACEESP em nome de todos os grupos de associados (5677 reclamantes do grupo A , B e C) PROVISORIA: Devolução dos descontos da taxa previdenciária de 11%, através de carta de sentença. Processo aguardando adequação dos cálculos de liquidação e desfecho de matéria relacionada com o instituto jurídico da Repercussão Geral. 3 AÇÃO COLETIVA FEAS – ADVOCACIA INNOCENTI X ECONOMUS E BB. (GRUPOS B e C) PROCESSO: 00014905120115020047 – 47ª VT DISTRIBUIÇÃO: 17/06/2011 CABEÇA: AFACEESP + 4.547 (Todos associados até 03/06/11 dos grupos “B e C”) Audiência de julgamento dia 01/02/2012 às 17hs.Procedente em Parte, condenou também o BB solidariamente. Os efeitos positivos da sentença abrangem somente quem estava inscrito e pagando o plano Feas à razão de 4,72% percapita. Processo aguardando julgamento no TRT. 2015 4 AÇÃO COLETIVA DE BI-TRIBUTAÇÃO - ADVOCACIA INNOCENTI X RECEITA FEDERAL. (GRUPO C) PROCESSO: 00107993320114036100 – 26ª JUSTIÇA FEDERAL DISTRIBUIÇÃO: 01/07/2011 CABEÇA: AFACEESP + 3.300 (Todos associados até 27/06/11 do grupo “C”) Ação parcialmente procedente. Aguardando julgamento de Recurso Especial. 5 AÇÃO COLETIVA REAJUSTE 7,5% ADVOCACIA INNOCENTI X ECONOMUS E BB. (GRUPOS A E B) PROCESSO: 00026597320115020047 – 47ª VT DISTRIBUIÇÃO: 14/10/2011 CABEÇA: AFACEESP + 3.201 (Todos associados até 14/09/2011 dos grupos “A e B”) Conforme acórdão de 2ª Instância e Recursos no TST ficou declarada a legitimidade da AFACEESP para propor ação em nome dos associados, porém ainda esta se discutindo a competência da justiça do trabalho. Aguardando julgamento de Recurso. 6 GRUPO “B” – APOSENTADOS PROPORCIONAMENTE A PARTIR DE 1992 A MAIO/2005 – ACERTO NO CÁLCULO DE COMPLEMENTAÇÕES – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – ADVOCACIA TR ABALHISTA – DR. AGENOR BARRETO PARENTE – PROCESSO: 01599200701102006 – 11ª VAR A TR ABALHISTA CABEÇA: AFACEESP (1112 reclamantes) O processo foi para 2ª instância em 04/2010 para apreciação do Recurso Ordinário da AFACEESP. Nosso Tempo 5 Jurídico 7 AÇÃO SEGURO COSESP ADVOCACIA PENTEADO MENDONÇA COSESP - MANUTENÇÃO DA APÓLICE 745 Ação de Rito Ordinário – 5ª Vara Cível – PROCESSO Nº 583.00.2005.115325-2 Procedente em primeira Instância (03/05/2006), com manutenção da apólice nas condições anteriores, inclusive com a consignação dos prêmios em folha de pagamento. Reformada em segunda Instância (Tribunal de Justiça – SP). Ajuizada pelos os advogados da AFACEESP medida para suspender o efeito da reforma. Aguarda-se decisão no Innocenti Advogados Associados Alameda Santos, 74 – 10º andar – São Paulo – SP Fone (11) 3291-3355 www..innocenti.com.br Principais atuações em direito: Bancário, Civil, Securitário, Família, Previdência Complementar, Previdenciário, Consumidor, Trabalhista, Tributário e Fiscal. âmbito do Superior Tribunal de Justiça. 8 TETO CONSTITUCIONAL ADVOCACIA INNOCENTI X ECONOMUS E BB. (GRUPOS A E B) PROCESSO: 00016149220155020047- 47ª Vara Trabalhista DISTRIBUIÇÃO: 27/07/2015 CABEÇA: AFACEESP + 2.907 (Todos associados até 24/07/2015 dos grupos “A e B”) Audiência inicial designada para 17/12/2015 Parente, Caiana, Parente, Wichan e Jacobsen Advogados S/C (Rio Branco Paranhos, Advocacia Trabalhista) Avenida Rangel Pestana, 203 – 10º andar – São Paulo – SP Fone (11) 3107-9048 www.riobrancoparanhos.adv.br Área de atuação: direito individual, do trabalho, direito Coletivo do Trabalho, Direito Previdenciário Penteado Mendonça e Char Advocacia Rua Almirante Pereira Guimarães, 326 – Pacaembu – São Paulo – SP Fone (11) 3879-9700 www.pmec.com.br Principais áreas de atuação: Direito Securitário, Direito Civil e Direito do Consumidor. Superintendente do ECONOMUS é o novo diretor do BB E m meados de outubro o Banco do Brasil infor- dor das principais questões que envolvem o Instituto, ele mou que Carlos Célio de Andrade Santos é o esteve recentemente na sede da Afaceesp participando da novo Diretor de Relações com Funcionários e aula de encerramento do Programa de Treinamento em Entidades Patrocinadas (Diref). O Economus é uma Previdência Complementar patrocinado pela Associação, das entidades patrocinadas pelo BB. A experiência do em julho passado. dirigente provavelmente será valiosa. Em 2010, logo após Acompanhado de alguns de seus pares, na ocasião ele a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil ele ressaltou a importância de ações como a promovida pela foi diretor Superintendente do Economus. Em maio de Afaceesp, no sentido de incentivar e promover a educação 2011, licenciou-se do BB para assumir a presidência da previdenciária. “A indicação de Carlos Célio para a Diref é Geap - Fundação de Seguridade Social. muito bem vinda. Oxalá continue aberto e aprimorado o Em 2015, Carlos Célio voltou para o Economus, como canal de discussão mantido até o momento”, felicita Pedro diretor Superintendente e agora assume a Diretoria do BB. Paulo Galdino, presidente da Afaceesp. Com a nova pasta, Profissional com ampla capacidade de diálogo, conhece- Carlos Célio deixa a superintendência do Economus. 6 Nosso Tempo 2015 Encontro Encontro da Afaceesp na Colônia do Suarão Evento ocorreu durante a Semana dos Aposentados da Usceesp E m meio ao lazer e recreação proporcionados pelo tradicional evento promovido pela União dos Funcionários do Banco Nossa Caixa (Usceesp), foi realizado no último dia 29 de outubro o Encontro dos Aposentados da Afaceesp. A tarde foi reservada para discutir assuntos de interesse da classe de aposentados e pensionistas oriundos o Banco Nossa Caixa. Além dos participantes que já se encontravam instalados na Colônia Usceesp do Suarão (município de Itanhaém), a reunião contou com a presença de diretores, conselheiros e colaboradores da Afaceesp. Os participantes tiveram a oportunidade de preparar previamente suas perguntas, por meio de formulário específico distribuído no dia da abertura oficial da Semana dos Aposentados, que transcorreu entre os dias 25 e 31 de outubro. Durante mais de duas horas foi possível discutir e divulgar informações de especial interesse. Ao final, foram sorteados “pen drives” com imagens de vídeo de outro grande evento que foi o Jantar Dançante comemorativo dos 34 anos da Associação (ver cobertura completa nesta edição). Dentre os assuntos discutidos durante a reunião, além das informações sobre as principais demandas judiciais coletivas administradas pela Afaceesp, os participantes foram informados sobre a estratégia de realizar o Encontro de Aposentados da Afaceesp como parte da programação da Semana dos Aposentados associados da Usceesp, de modo a conciliar dois grandes interesses: reunir as pessoas numa saudável confraternização, e propiciar a realização do Encontro da Afaceesp nos moldes dos seus Encontros Regionais. Os sorteados que ganharam o “pen drive” 2015 Mesa coordenadora – Pela Afaceesp: Antonio Alberto Giangiácomo, Pedro Paulo Galdino e Maria José Pecoraro; pela Usceesp: Regina Lebre. A questão da assistência médica também ocupou boa parte da reunião. A maioria das questões levantadas pelos participantes versava sobre o tema. O presidente da Afaceesp informou que estavam avançadas as tratativas para que a diretoria do Economus participasse do evento. “As alterações recentemente verificadas na direção do Instituto impediu o deslocamento dos representantes para participação no Encontro Estadual”, lamentou Pedro Paulo Galdino. O dirigente da Afaceesp aproveitou para informar que aceitando o convite formulado pelo então diretor superintendente do Economus, Sr. Carlos Célio, foram realizadas várias reuniões com representantes das duas entidades, tendo por objetivo buscar alternativas para equacionar questões maiores na área de assistência médica, sobretudo no tocante aos custos decorrentes das características dos vários tipos de planos operados. O presidente Pedro Paulo Galdino opinou que tais reuniões foram proveitosas, pois permitiram trocar experiências, principalmente acerca do histórico da assistência médica proporcionada pelo incorporado Banco Nossa Caixa, desde quando ainda era uma autarquia estadual e a cobertura médica ocorria pelo IAMSPE- Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual. “A expectativa é a de retomar tais discussões tão logo seja possível”, asseverou o dirigente da Afaceesp. Após os debates, todos participaram de um jantar de confraternização, também nas dependências da União. Nosso Tempo 7 Regionais Confraternizações de fim de ano agendadas E ventos bastante concorridos, as Confraternizações Regionais de Final de Ano novamente tornarão a acontecer em 2015. O calendário festivo teve início em Araraquara e São José do Rio Preto, cujos associados se confraternizaram em 20 de novembro, sexta-feira, com a realização de almoço e jantar dançante, respectivamente. Já os associados de Taubaté (São José dos Campos) irão festejar em 13 de dezembro, domingo, com a realização de almoço. O QUE SÃO? – As Confraternizações Regionais de Final de Ano são eventos que foram criados pela Afaceesp como forma de promover e ampliar os vínculos de amizades entre os associados de uma mesma cidade ou região. A entidade estimula a realização destas comemorações, que na sua promoção envolve o esforço conjunto da administração da Associação – funcionários e dirigentes – alinhada aos representantes regionais, espalhados por todo Estado de São Paulo. Acompanhe abaixo a programação dos eventos . DATA REGIONAL JANTAR/ALMOÇO 20/11/15 São José do Rio Preto Jantar Dançante 20/11/15 Araraquara Almoço 26/11/15 Ribeirão Preto Jantar 27/11/15 Sorocaba Jantar 29/11/15 Araçatuba Almoço 03/12/15 Santos Almoço 03/12/15 Rio Claro/Piracicaba/Limeira Almoço 03/12/15 Presidente Prudente Jantar 04/12/15 Grande São Paulo e Região Almoço 04/12/15 Taubaté (Vale do Paraíba) Jantar Dançante 06/12/15 Bauru Almoço 10/12/15 Campinas Almoço 12/12/15 Marilia Almoço 13/12/15 Taubaté (São José dos Campos) Almoço Alguns flagrantes de confraternizações realizadas em 2014 São José do Rio Preto 8 Sorocaba São Caetano do Sul Nosso Tempo Campinas 2015 Saúde Em 2016, usuários terão novos procedimentos cobertos por planos de saúde Teste rápido para dengue passa a ser coberto; antes os planos só cobriam o exame normal, mais demorado Com ANS partir de janeiro de 2016, os beneficiários de planos de saúde individuais e coletivos terão direito a mais 21 procedimentos, incluindo exames laboratoriais, além de mais um medicamento oral para tratamento de câncer em casa e ampliação do número de consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas. Teste rápido para dengue e chikungunya também passam a ser cobertos a partir do próximo ano (Ver box). A medida é resultado do processo de revisão periódica do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que contou com reuniões do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE) e de consulta pública realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e vai beneficiar 50,3 milhões de consumidores em planos de assistência médica e outros 21,9 milhões de beneficiários com planos exclusivamente odontológicos. Entre as novidades do novo Rol de Procedimentos estão: o implante de Monitor de Eventos (Looper) utilizado pra diagnosticar perda da consciência por causas indeterminadas; implante de cardiodesfibrilador multissítio, que ajuda a prevenir morte súbita; implante de prótese auditiva ancorada no osso para o tratamento das deficiências auditivas; e a inclusão do Enzalutamida medicamento oral para tratamento do câncer de próstata, entre outros procedimentos. Para o diretor-presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão, umas das vertentes da sustentabilidade no setor de saúde suplementar é o braço assistencial. “A saúde é um processo em franca evolução. Temos sempre novas tecnologias em constante avaliação. Por isso, a inclusão de novos procedimentos no Rol da ANS é uma conquista da sociedade. Esse Rol é estudado, acompanhado e revisado a cada dois anos”, disse Abrahão. A AMPLIAÇÃO – Além de inclusões, a ANS ampliou o uso de outros procedimentos 2015 já ofertados no rol da agência. Entre os quais, a ampliação do tratamento imunobiológico subcutâneo para artrite psoriásica e a ampliação do uso de medicamentos para tratamento da dor como efeito adverso ao uso de antineoplásicos. Também houve aumento do numero de sessões com fonoaudiólogo, de 24 para 48 ao ano para pacientes com gagueira e idade superior a sete anos e transtornos da fala e da linguagem; de 48 para 96, para quadros de transtornos globais do desenvolvimento e autismo; e 96 sessões, para pacientes que se submeteram ao implante de prótese auditiva ancorada no osso. Vale destacar ainda a ampliação das consultas em nutrição, de seis para 12 sessões, para gestantes e mulheres em amamentação. Além da ampliação das sessões de psicoterapia de 12 para 18 sessões; entre outros. CONSULTA PÚBLICA – Na nova revisão do rol de procedimentos e eventos em saúde, chamou a atenção a grande participação dos consumidores na consulta pública realizada entre 19/06/2015 a 18/08/2015. Foi um total de 6.338 contribuições online, sendo 66% de consumidores, 12% de prestadores de serviços e 9% de operadoras de planos de saúde. Para esta revisão, a ANS instituiu o Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE), que contou com a participação de órgãos de defesa do consumidor, ministérios, operadoras de planos de saúde, representantes de beneficiários, de profissionais da área de saúde, de hospitais, entre outros. A Resolução Normativa editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde será publicada nesta quinta-feira (29/10) no Diário Oficial da União. A medida é válida para consumidores com planos de saúde de assistência médica contratados após 1º de janeiro de 1999 no país e também para os beneficiários de planos adaptados à Lei nº 9.656/98. Nosso Tempo Novas coberturas Dengue e Chikungunya Antígeno NS1 do vírus da dengue – Exame laboratorial de sangue utilizado para auxílio diagnóstico de dengue. Na dengue, muitas vezes o diagnóstico sorológico não é capaz de confirmar casos suspeitos com evolução grave, já que a febre hemorrágica pode ocorrer na janela imunológica, quando as pesquisas de IgM e IgG são negativas. Nesses casos, a pesquisa do antígeno NS1 apresenta sua melhor utilidade, permitindo o diagnóstico nos primeiros cinco dias de doença. Chikungunya, exame de anticorpos – Exame laboratorial de sangue utilizado para auxílio diagnóstico da febre Chikungunya, que é uma doença viral parecida com a dengue. Dengue, anticorpos IGG, soro (teste rápido) – Exame laboratorial de sangue, do tipo rápido, utilizado para auxílio diagnóstico de dengue. Dengue, anticorpos IGM, soro (teste rápido) – Exame laboratorial de sangue, do tipo rápido, utilizado para auxílio diagnóstico de dengue. Tipo de exame continua continuação. Como o consumidor pode denunciar uma operadora que não está cumprindo o rol de procedimentos? O consumidor deve entrar em contato com a ANS e fazer a reclamação. Os canais de atendimento são: DISQUE ANS (0800 701 9656): Atendimento telefônico gratuito, disponível de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas (exceto feriados). Portal da ANS (www.ans.gov.br): Central de Atendimento ao Consumidor, disponível 24 horas por dia. Núcleos da ANS: Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 (exceto feriados), em 12 cidades localizadas nas cinco regiões do Brasil. 9 Missa MISSA SOLENE 34 ANOS DA AFACEESP C Navegar é preciso... Orar, também om a realização de uma Missa em Ação de Graças, na Igreja de São Gonçalo, o calendário de comemorações pelo 34° aniversário da Afaceesp foi aberto na tarde de 27 de agosto, uma semana antes da solenidade festiva. Celebrado pelo padre Hélio Pereira Vergueiro Filho, o ato religioso foi acompanhado por dezenas de associados, dirigentes, conselheiros e funcionários da entidade. A igreja ficou lotada. Seguindo atentamente o cerimonial exigido em tais ocasiões, a celebração teve em boa parte do seu desenvolvimento o acompanhamento de cânticos: coral de vozes e orquestração. A leitura dos textos foi feita pelas associadas Galdino, Pecoraro e Issuani; Maria Inez faz leitura Cerimonial seguido: canto com vozes e orquestra Maria José Pecoraro, Leila Issuani Carneiro, e Maria Inez Santos. Na homilia, o padre Hélio lembrou as longas caminhadas, “verdadeiras peregrinações” realizadas por aqueles que buscam a felicidade em lugares distantes da terra natal. No encerramento, Pedro Paulo Galdino, presidente da Afaceesp agradeceu a presença de todos e lembrou que aos poucos, assim como o evento festivo, o ato religioso também vai recebendo cada vez mais adesões. “É muito bom perceber a importância do culto e da fé pelos associados”. Após o encerramento, todos participaram de um chá da tarde, oferecido nas próprias dependências da igreja. Ato concorrido, assim como na festividade O padre Hélio Pereira Vergueiro, que celebrou a missa Dirigentes, conselheiros, associados e funcionários da entidade participaram do ato religioso. Muitos que não puderam ir à solenidade festiva compareceram ao ato religioso. O já tradicional chá “pós” celebração foi servido 10 Nosso Tempo 2015 Festa 34 anos da Afaceesp: Festival de atrações Apresentações étnicas, grande show musical e cardápio com influências imigratórias fizeram parte da celebração. Sorteio de pacotes de viagens abrilhantou ainda mais a noite Mil e trezentas pessoas participaram da celebração; as caravanas vieram de todas as regiões do Estado. Felicidade e alto astral foram marcas do evento. F oi um verdadeiro espetáculo! Com presença de público próxima a mil e trezentas pessoas – novo recorde em eventos promovidos pela entidade–, a Afaceesp celebrou seu 34° aniversário. A festividade, intitulada “Nossas Origens”, ocorreu na noite de três de setembro, no Expo Barra Funda, e serviu para homenagear algumas das etnias que contribuíram para a formação do povo brasileiro. 2015 Os convidados puderam acessar a casa a partir das 19h, em plena apresentação do cantor Fred Rovella. Acompanhado de banda e dançarinas, o artista fez do seu show uma autêntica festa italiana. O público respondeu animadamente, agitando os tradicionais tamburellos entregues na entrada. Após a apresentação italiana, com direito a bis focado em baladas românticas, houve uma pequena Nosso Tempo pausa para os tradicionais discursos institucionais. Valdemar Venâncio, coordenador do Fórum das Estatais; Marisa Maurer, Gerente Regional SP da Cooperforte; o deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) e o presidente da Afaceesp, Pedro Paulo Galdino falaram brevemente. Na sequência, os shows étnicos foram retomados. Coube ao badalado Taiko Group apresentar a milenar arte 11 dos tambores japoneses. Mesclando técnica original aliada à reconhecida percussão brasileira, os tocadores surpreenderam o público com um ritmo que em muito lembrou as nossas baterias de escolas de samba. Na sequência, os tambores continuaram a ser tocados, mas desta vez ao invés das baquetas, com as mãos: a Cia da Tribo assumiu o comando para apresentação típica africana. Ritmo, beleza e energia foram marcas do número em homenagem à raça negra. O Grupo Folclórico da Casa de Portugal veio a seguir. Além da tradicional música, casais de bailarinos se apresentaram ostentando os trajes típicos do lugar. As belas dançarinas da casa de chá Khan El Khalili levaram a exuberância da cultura árabe para o evento. Elas se misturam ao público para mostrar toda beleza e requinte da dança do ventre. Não foram só os marmanjos que ficaram boquiabertos... as mulheres e o público teen também aprovaram e aplaudiram a apresentação. Os ciganos também foram lembrados como um dos formadores da nossa nação. A Afaceesp buscou algumas características da etnia – nomadismo e capacidade de comunicação, prin- Num dos vários momentos emocionantes da noite, Fred Rovella lembrou a religiosidade. Assim como no caso dos portugueses, uma das principais heranças que nos foi deixada pelo povo da “Bota”. cipalmente – para traçar um paralelo com os bancários da Nossa Caixa: funcionários das agências, gerentes de unidade e regionais, além dos inspetores/auditores. Após, a Banda Company assumiu os microfones, numa apresentação que teve na abertura um medley de músicas ciganas: do internacional Gipsy Kings, com “Djobi, Djoba”, ao popular – Sidney Magal, com o hit “Sandra Rosa Madalena”. A noite guardava ainda mais emoção, com o tradicional sorteio de pacotes de viagens – completos e com direito Afaceesp em ação – Os tamburellos puderam ser levados como mimos, uma lembrança do evento. 12 a acompanhante –, oportunidade estendida a todos os participantes. Os dirigentes da Afaceesp, Antonio Alberto Giangiácomo e Maria José Pecoraro, mais o presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Décio Pereira Cotinho foram chamados para tirar da urna os nomes sorteados. Ana Maria Coutinho Dias foi contemplada com pacote para Salvador; Dirce Yayoi Ishiuti Inowe, para Recife; Herondina Bonilha Vianna Lusente, para Fortaleza. Após o rateio, a celebração prosseguiu, avançando pela madrugada. Equipe do Economus prestigiou a comemoração: Saúde! E também felicidade. Nosso Tempo 2015 Personas Coordenador do Fórum das Associações de Aposentados e Pensionistas das Instituições Estatais do Estado de São Paulo (Feasp), Valdemar Venâncio relatou a importância dos aposentados por empresas estatais paulistas permanecerem unidos. A Afaceesp integra o Feasp. “Águas, nossas origens” foi o título do painel principal, instalado no hall de entrada do amplo salão. Da Arca de Noé ao Kasato Maru, a imagem elencou embarcações relacionadas a diferentes temas, épocas e episódios. A obra foi a preferida para os “clicks” dos associados e seus convidados. O deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) compareceu acompanhado da caravana do Vale do Paraíba – Taubaté e região. O parlamentar elogiou o protagonismo assumido pela Afaceesp e também enalteceu a grande adesão dos associados. “Fiquei surpreso pelo congraçamento e com a alegria dos participantes, em boa parte aposentados que se deslocaram de lugares distantes para a celebração”, relatou o parlamentar. Para lembrar vários momentos relacionados aos movimentos migratórios registrados em nosso país, diversos painéis foram estrategicamente instalados num corredor que dava acesso ao salão principal: mosaicos demonstrando costumes, influências culturais, gastronômicas e religiosas, além de particularidades atribuídas a cada etnia. Marisa Maurer, Gerente Regional SP da Cooperforte - cooperativa de crédito para funcionários ativos e aposentados dos bancos federais – Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Central, BASA e BNDES. Ela entregou uma placa de prata em homenagem à Afaceesp. Na mensagem, menção ao histórico de representatividade, luta e associativismo desempenhado pela entidade. Com mensagem de boas vindas, Fred Rovella, banda e dançarinas fizeram a primeira apresentação da noite: “Benvenuto”. 2015 O presidente da Afaceesp fez um pronunciamento emocionado. Ele usou como metáfora o futuro buscado pelos imigrantes no nosso país, em comparação com o destino dos aposentados do incorporado Banco Nossa Caixa: a Afaceesp como um “porto seguro”. Nosso Tempo 13 Receptivos – Equipe encarregada pela acolhida dos convidados. Caracterizados conforme as etnias representadas, os personagens tiveram importante função na orientação e acomodação dos participantes, principalmente as caravanas, que vieram de várias regiões do Estado. 14 Nosso Tempo 2015 Organização – A recepção dos convidados começou antes mesmo da entrada no palco da festa. Para poder acolher as caravanas, um esquema especial de desembarque foi montado em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET – São Paulo). Seguranças particulares acompanharam o trajeto, que teve apoio da Polícia Militar e de Bombeiros. Equipe médica também esteve de plantão e portadores de necessidades especiais receberam atenção redobrada. 2015 Nosso Tempo 15 Romantismo – O bis de Fred Rovella e banda teve como destaque uma seleção de músicas românticas. Foi o momento de dançar com o rosto colado e recordar os bons tempos. Sorteio – Todos puderam participar do sorteio de pacotes de viagens. Quem ainda não havia preenchido o canhoto pode fazê-lo no momento da recepção; uma urna acolheu os cupons. Dirigentes da Afaceesp, Antonio Alberto Giangiácomo, Décio Pereira Coutinho e Maria José Pecoraro puxaram da urna os nomes sorteados. Ana Maria Coutinho Dias ganhou pacote para Salvador, enquanto Herondina Bonilha Vianna Lusente, para Fortaleza. Dirce Yayoi Ishiuti Inowe não estava presente, mas mesmo assim foi contemplada com viagem para Recife. Décio Coutinho, Ana Maria, Maria José, Herondina e Antonio Giangiácomo 16 Nosso Tempo 2015 NOSSAS ORIGENS 34 ° AN IO E BRAÇ E L Ã O C Ao longo de séculos o Brasil sempre figurou como um país de grandes oportunidades e atraindo imigrantes de todos os continentes. Com seus usos e costumes, cada etnia contribuiu para a formação do povo brasileiro. IV E R SÁ R 17 NOSSAS ORIGENS A Imigrações para o Brasil São Paulo, o principal destino pós a descoberta, em abril de 1500, a imigração para o Brasil teve início em 1530, com a chegada dos colonos portugueses que vieram para cá com o objetivo de dar início ao plantio da cana-de-açúcar. Durante todo período colonial e monárquico, a imigração lusitana foi a mais expressiva. No começo da década de 1820, muitos imigrantes suíços se estabeleceram no Rio de Janeiro, na cidade de Nova Friburgo. Neste mesmo período os alemães começaram a chegar à Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes imigrantes passaram a trabalhar em atividades ligadas à agricultura e pecuária. Nas primeiras décadas do século XIX, imigrantes de outros países, principalmente europeus, vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades de trabalho. Compravam terras e dedicavam-se ao plantio de subsistência, e também para o pequeno comércio. Aqueles que na terra natal eram artesãos, sapateiros, alfaiates, por aqui abriam pequenos negócios. Os italianos, que vieram em grande quantidade para o Brasil, tiveram como principal destino a cidade de São Paulo, para trabalhar no comércio ou na indústria. Outro caminho tomado por eles foi o interior do Estado, para a labuta na lavoura de café que estava começando a ganhar fôlego, em meados do século XIX. Já os japoneses começaram a chegar ao Brasil em 1908. Grande parte destes imigrantes foi trabalhar na lavoura de café do interior paulista, assim como os italianos. Estudiosos acreditam que a imigração japonesa para o Brasil constitui uma saga que ainda não terminou, além de representar uma das experiências de integração bem-sucedidas mais improváveis que ocorreram no conturbado século XX. Curiosamente, no final do século XX teve início um movimento inverso, com brasileiros de origem nipônica imigrando para o Japão. A imigração árabe no Brasil teve início por volta de 1880, com uma leva de libaneses. No início do século XX, o fluxo cresceu e passou a se tornar importante. Além do Líbano, existiu ainda certa predominância Síria; é notável, também, a presença de palestinos e jordanianos. A maioria dos imigrantes árabes que chegou ao Brasil rumou para São Paulo, para atuar principalmente no comércio. Após o descobrimento, a partir de 1530 os portugueses imigraram para iniciar a colonização do nosso país. 18 pós a abolição da escravatura – Lei Áurea, 1888 –, muitos fazendeiros não quiseram empregar e pagar salários aos ex-escravos, preferindo a mão de obra do imigrante europeu. Neste contexto, o governo brasileiro incentivou e chegou a criar campanhas para trazer imigrantes do “velho continente” para o Brasil. No século XIX o Brasil era visto na Europa e na Ásia, principalmente no Japão, como um lugar de muitas oportunidades. Pessoas que passavam por dificuldades econômicas enxergavam uma ótima chance de prosperidade por aqui. Muitas pessoas também vieram para cá fugindo do perigo provocado pelas duas grandes guerras mundiais, que atingiram principalmente o continente europeu. O primeiro conflito durou de 1914 a 1918, e o segundo, entre 1939 e 1945. As perseguições religiosas também foram determinantes para indicar o Brasil como um novo destino. Os povos árabes – Líbano e Síria, principalmente, constituem um bom exemplo disso. Em busca de novas oportunidades, os italianos começaram a chegar em 1870. NOSSAS ORIGENS A O Brasil como destino As perseguições religiosas foram um dos fatores que fizeram com que os árabes – principalmente libaneses e sírios – enxergassem o Brasil como um novo destino. Nossas Origens: África Os negros chegaram ao Brasil como mão de obra escrava, para trabalhar principalmente nos engenhos de cana de açúcar, a partir da primeira metade do século XVI. Posteriormente, com o início da exploração do ouro no Brasil, no século XVIII, os escravos negros continuaram sendo usados como mão de obra. As regiões das atuais Angola, Nigéria e Costa do Marfim forneceram a maior parte dos escravos trazidos para cá. Na colônia, os escravos aprendiam a língua portuguesa, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo. Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. A primeira grande leva de japoneses no Brasil desembarcou no porto de Santos, em 1908, a bordo do navio Kasato Maru. 19 NOSSAS ORIGENS O Usos & Costumes: As influências deixadas pelos imigrantes Brasil é reconhecido internacionalmente como um país de grande diversidade étnica e cultural. Primeiro eram apenas os índios, que ainda estão por aqui. Com o descobrimento, vieram os portugueses colonizadores, trazendo logo depois os escravos africanos. Por muito tempo a população brasileira era composta principalmente pelos brancos colonizadores, por negros e mestiços. Com o fim do trabalho escravo, entre os séculos XIX e XX, a imigração europeia para o Brasil foi incentivada para fins diversos, que iam do povoamento territorial de regiões ainda nativas – alvo da cobiça dos países vizinhos –, ao trabalho em regime de colonato, equivalente a semiassalariados. Os italianos também vieram, em grande quantidade. Além dos lusitanos e dos imigrantes da “Terra da Bota”, vários outros também aqui chegaram, originários do velho continente: alemães, espanhóis, poloneses, ho- landeses, suíços, franceses... Da Ásia, os japoneses formam a principal leva, mas também existem os coreanos e chineses. O povo árabe também fincou bandeira por aqui, sobretudo com Sírios e Libaneses. O Brasil é resultado da mistura de vários povos e nações, que contribuíram com seus usos e costumes para a formação do povo brasileiro, com influências, sobretudo na língua, religião e culinária, dentre outros aspectos. Portugal Culinária – Durante mais de três séculos de colonização, somada à imigração pós-independência, os portugueses deixaram profundas heranças para a cultura do Brasil e também para a etnicidade do povo brasileiro. Hoje, boa parte da população possui alguma ancestralidade portuguesa. Religião – Herança da colonização, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. O censo demográfico realizado em 2010, pelo IBGE indicou que 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros declaram-se católicos. Esses números indicam o Brasil como o maior país católico do mundo. 20 Alguns pratos típicos do Brasil são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. É o caso da feijoada, uma releitura dos cozidos portugueses. A cachaça – criada nos engenhos como substituto à bagaceira portuguesa – e a bacalhoada também se incorporaram aos hábitos brasileiros. Curiosidade – Considerada por muitos a maior herença deixada pela nossa pátria mãe, a língua portuguesa é o idioma oficial brasileiro. A cidade de São Paulo é a que possui o maior número de pessoas que falam o portugês, em todo mundo. Não por acaso a capital paulista sedia o Museu da Língua Portuguesa, uma instalação interativa dedicada ao idioma pátrio. Os italianos chegaram ao Brasil em grande número, principalmente entre 1880 e 1930. Atualmente os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi – descendentes de italianos fora da Itália. Segundo estimativa da embaixada italiana no Brasil, em 2013 viviam no país cerca de 30 milhões de descendentes de imigrantes italianos, quase 15% da população brasileira. Religião – Os italianos ajudaram na consolidação do catolicismo como principal religião do país. Culinária – Pratos típicos da “Terra da Bota” são saboreados diariamente em todo território nacional. Destaques para a pizza e o spaguetti, consumido principalmente aos domingos, nos lares, e às quintas-feiras, nos restaurantes. Apelidada “redonda”, as pizzas são consumidas aos milhares, todos os dias, mas principalmente nos finais de semana pelos brasileiros. Curiosidade – Os Italianos contribuíram para a formação de dois grandes clubes brasileiros: a Sociedade Esportiva Palmeiras (SP) e o Cruzeiro Esporte Clube (MG). Ambos tinham em seus batismos de origem o termo “Palestra Itália”, mas tiveram que mudar seus nomes por imposição do governo federal , que à época da segunda guerra mundial proibiu o uso no país de quaisquer símbolos alusivos a Alemanha, Itália e Japão, nações inimigas do Brasil no contexto do conflito mundial. Árabes Culinária – Com a urbanização e o aumento das A maior parte dos imigrantes árabes em nosso país é de origem libanesa, enquanto o restante é predominantemente síria. Diferentemente de outras correntes migratórias, os sírios-libaneses não vieram para trabalhar em lavouras. Por aqui eles começaram a vida, em sua maioria, como mascates e com o tempo se tornavam grandes varejistas e industriais. Muitas trajetórias de imigrantes árabes seguiram este padrão de mobilidade: mascate/varejo/atacado/indústria. Religião – Os árabes que imigraram para o Brasil eram, em sua grande maioria, pertencentes a igrejas cristãs, sendo a predominância da Síria e Líbano católicos maronitas. Porém, a leva mais recente de imigrantes sírio-libaneses é, consideravelmente, islâmica com uma minoria judaica. cadeias de fast-food nos grandes centros, a população brasileira se aproximou do quibe, da esfiha, do tabule e da coalhada seca, quitutes de origem árabe que antes eram consumidos restritamente. A popularização, sobretudo do quibe e da esfiha, fez com que fossem incorporados a outros locais de alimentação, como as pastelarias, bares, lanchonetes e padarias brasileiros. Curiosidade – Foram os árabes que criaram o comércio popular da Rua 25 de março, no centro da capital paulista, atualmente o maior centro comercial do Brasil. No Rio de Janeiro, no próprio centro carioca, convivendo inclusive junto com outros grupos, eles ajudaram a fundar uma associação própria, a SAARA (Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega). 21 NOSSAS ORIGENS Itália NOSSAS ORIGENS Japão Desde que chegaram ao nosso país, em 1908, os japoneses se espalharam por todo país. São Paulo possui a maior quantidade de famílias nipo-brasileiras, que nos presentearam com milhares de nikkeis, cidadãos brasileiros com descendência japonesa. Palavras como shiatsu, tatame, karatê, karaokê e muitas outras já foram incorporadas ao vocabulário brasileiro. Religião – 6ª maior religião do país, O budismo foi introduzido no Brasil no início do século XX, por imigrantes japoneses. Culinária – Os japoneses ajudaram os brasileiros a adotar uma dieta baseada na ingestão de frutas, legumes e peixes, um consumo mais saudável. A gastronomia nipônica é apreciada com frequência de norte a sul do país: shoyu, miojo, sushi, sashimi, yakisoba... Curiosidade – A mexerica poncã é quase uma fruta “nikkei”. Ela é o resultado do enxerto de um tipo de tangerina japonesa em um limoeiro do Brasil. A plantação da soja no Brasil foi disseminada pelos imigrantes japoneses. Antes da chegada deles, o cultivo era feito em pequena escala na Bahia. Hoje a soja é um dos grandes trunfos do agronegócio brasileiro. África Culinária –Vatapá, Os negros chegaram ao Brasil não por opção, mas por conta do tráfico negreiro. Da mesma forma que os indígenas nativos, os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores portugueses. Mesmo assim ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, e trouxeram muitos de seus costumes para a dança, música, culinária e idioma. Religião – Umbanda e Candomblé constituem as religiões afro-brasileiras com o maior número de adeptos, principalmente em grandes centros urbanos do norte e nordeste do Brasil, mas também com grande presença no sudeste. A Umbanda representa o sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e os orixás africanos. Já o Candomblé é a religião sobrevivente da África ocidental. feijoada, cocada, acarajé. É extensa a lista de comidas que têm influência africana e que estão no cardápio dos brasileiros. Ingredientes como o leite de coco, o inhame e o dendê acrescentam sabor aos alimentos. Curiosidade – Talvez você não saiba, mas o português falado no Brasil traz inúmeras palavras de origem africana. Em razão da escravidão, houve uma importante contribuição do continente na formação do que podemos chamar hoje de idioma brasileiro. Alguns exemplos: abadá, caçamba, cachaça, cachimbo, caçula, candango, canga, capanga, carimbo, caxumba, cochilar, dengo, fubá, gibi, macaco, maconha, macumba, marimbondo, miçanga, moleque, quitanda, quitute, tanga, xingar, banguela, babaca, bunda, cafofo, cafundó, cambada, muquirana, muvuca... Importante – Feijoada: A feijoada é um prato tipicamente brasileiro, e disso ninguém duvida. Ocorre que as versões sobre a origem da saborosa receita são conflitantes. Alguns afirmam que o prato foi criado pelos escravos, nas senzala, com as sobras das comidas que vinham da Casa Grande. Outros, porém, atestam que a receita é uma adaptação dos cozidos portugueses. Seria, então, um pouco de cada um? Intrigas á parte, a verdade é que a iguaria é de origem brasileira, não importando se adaptada de receita portuguesa, ou criada na senzala. Saboreemos, então!!! 22 S NOSSAS ORIGENS Os ciganos, história esquecida ou escondida? Único presidente da república cigano em todo mundo teria sido brasileiro e os índios nativos, únicos habitantes que aqui permaneciam quando nossos descobridores aqui chegaram ainda têm que lutar pelos seus direitos... e os negros que mesmo mais de um século após a abolição ainda sofrem severas discriminações, outro povo que ajudou a formar a identidade da nação brasileira reclama exclusão. Trata-se dos ciganos. Indesejados em Portugal, foram enviados para cá a partir de meados do século XVI. Provavelmente devido ao modo peculiar de vida, eles tinham problemas de integração com a sociedade que à época vivia na metrópole lusitana. A solução encontrada foi “simples”: Transferir a socialização daquela etnia para cá. Em 1755 a cidade de Salvador registrava um grande contingente de ciganos. “Estudos comprovam que os povos ciganos vieram para o Brasil, deportados de Portugal desde 1555”, relata a proferssora Lucimara Cavalcante, da Associação Internacional Maylê Sara Kalí. “Como regra geral, os ciganos do Nordeste e de Minas Gerais, da etnia Calon são os mais antigos em nosso país “, atesta Luciano Mariz Maia, Procurador Federal dos Direitos do Cidadão Adjunto. Vida – Mesmo enfrentando preconceitos, os ciganos procuram se virar da melhor forma possível. As roupas coloridas retratam a alegria de viver desse povo. O sorriso dourado define uma unanimidade entre os gêneros masculino e feminino: a peculiaridade de revestir os dentes com ouro. As mulheres têm por hábito os vestidos compridos. Em Goiás, os homens calçam botas e usam chapéus de abas largas, provavelmente para fugir do forte calor da região. “Ás vezes nos confundem com cowboys... Eu digo que não; somos ciganos!”, explica João Amaro Fernandes, líder de acampamento Calon, em Itumbiara, município não muito distante da Capital Federal. Diferente do que se pensa, cigano não é sinônimo de nomadismo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente só 3% têm essa característica no mundo. “Hoje seria impossível viver migrando de acampamento em acampamento. Seriam necessários terras disponíveis e rios limpos”, lembra a escritora Cristina da Costa Pereira, especialista em estudos sobre a etnia. Se em todo mundo apenas 3% da etnia migra de um ponto para outro, no Brasil a situação é diferente. “O nomadismo para nós foi imposto. As pessoas dizem que ‘cigano bom é cigano longe de mim’. E todo mundo pensando assim, vamos ter ciganos longe de todo mundo”, reclama Claudio Iovanovitchi, presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana. “Não é por que gostamos de estar viajando de um lugar para o outro. É por necessidade, mesmo”, relata a cigana Daiane Rocha, da etnia Calon. Costumes – Além das roupas coloridas e dos vestidos compridos, as ciganas também têm por hábito ler as mãos das pessoas. Na capital paulista, em plena Praça da Sé, não é difícil se deparar com mulheres da etnia prontas para adivinhar a sorte dos outros. Em poucos minutos, passado e futuro na ponta da língua. “A quiromancia e a cartomancia são práticas tradicionais 23 NOSSAS ORIGENS das mulheres. É um ofício que vem dos povos da Índia antiga”, explica a escritora Cristina Pereira. Se outrora a prática poderia ser considerada exclusiva, hoje a situação é um pouco diferente: “A concorrência é grande. Qualquer um faz curso na internet e diz que sabe ler mão e cartas. Com isso, muitas ciganas passaram a costureiras ou artesãs”, diz a especialista. Antigamente, ler mãos e cartas era crime. As moças pegas na rua iam para a Delegacia de Costumes, Tóxicos e Mistificações. Só no fim dos anos 1980, com a criação do Centro de Estudos Ciganos no Brasil a situação melhorou um pouco. A especialista Cristina Pereira compara: “As ciganas saíram das páginas policiais para cadernos de cultura”. Outra mania cigana que também está aos poucos sendo modificada é a tradição de casar os filhos ainda muito jovens. Isso porque entre os ciganos não é difícil os matrimônios entre adolescentes com 14 ou 15 anos de idade. Mas as coisas estão mudando; se antes prevalecia o arranjo por parte dos pais, atualmente a realidade é outra. “Antigamente eram os país que escolhiam, mas hoje em dia não é mais assim. Se eu gostar da menina, primeiro eu converso com o meu pai, e depois vou falar com o pai dela. 24 Caso ele aceite, eu caso”, diz o noivo Bruno Marques, de 14 anos, logo após seu casamento à moda cigana, na Bahia. Enquanto no Brasil a prática vai mudando paulatinamente, na Europa, desde os anos 1970 as ciganas protestam. E as manifestações têm dado resultado. Sem a obrigatoriedade do casamento, elas dedicam mais tempo aos estudos. “Hoje, conheço ciganas professoras, assistentes sociais e até uma delegada”, relata a escritora Cristina da Costa Pereira. Brasileiros – Em nosso país, portanto, há quase 500 anos – eles estão por aqui desde meados do século XVI –, mesmo minoritários os ciganos têm a certeza de terem contribuído para a formação do povo brasileiro. “No Brasil atualmente existem professores universitários, médicos, e até mesmo um presidente da república que foi cigano, caso do já falecido Juscelino Kubitschek”, afirma a escritora Cristina da Costa Pereira. O histórico do ex-presidente realmente traz a informação de que sua mãe, Júlia Kubitschek, era descendente de tchecos e tinha etnia cigana. Embora negasse, Juscelino é considerado o único presidente de origem cigana, em todo mundo. Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 800 mil ciganos. Uma vez instalados, sempre se misturam aos costumes locais; cada grupo é diferente do outro. “A saga dos povos ciganos no nosso país foi banida dos livros de história”, alfineta a professora Lucimara Cavalcante, da Associação Internacional Maylê Sara Kalí. Conscientes, eles querem a visibilidade e os direitos que a Constutição Federal garante a todo cidadão. “Os ciganos praticamente chegaram junto com o Estado brasileiro”, diz Claudio Iovanovitchi, da Associação de Preservação da Cultura Cigana: “Nós ajudamos a construir o Brasil”. NOSSAS ORIGENS A Ciganos? lista atribuída aos famosos com raízes ciganas não se restringe ao ex-presidente Juscelino e inclui ainda o cantor e compositor Djavan, o comediante e deputado Tiririca, os atores Procópio e Bibi Ferreira, além do palhaço Carequinha. O renomado Djavan inclusive tem um sucesso com o título “Cigano”. Está enganado quem espera uma balada ao estilo flamenco, ou talvez ainda inspirada na banda Gipsy Kings. A música é sucesso romântico, que exalta o erotismo. Semelhança entre as verdadeiras profissões de Tiririca e Carequinha? Ambos são palhaços, atividade circense, uma prática comum entre os ciganos. A relação de ciganos reconhecidos internacionalmente é extensa e inclui cientistas, escritores, cantores e atores, alguns até laureados com Oscar: Yul Brynner (Os Dez Mandamentos, Sete Homens e um Destino, Os Irmãos Karamazov, O Rei e Eu...), Michael Caine (Batman - O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins, O Grande Truque...); Charles Chaplin (O Grande Ditador, Luzes da Cidade , Tempos Modernos...), Bob Hoskins (Monalisa, Uma Cilada para Roger Rabbit, Hook - A volta do Capitão Gancho...), além do eterno ídolo Elvis Presley. 25 NOSSAS ORIGENS Somos um pouco ciganos? “ O cigano em geral fala com imensa habilidade e diplomacia, com a capacidade de saber chegar e se fazer comunicar”. A afirmação é de Luciano Mariz Maia, Procurador Federal dos Direitos do Cidadão Adjunto. Em geral poderíamos esperar estas qualidades – habilidade, diplomacia, saber se comunicar... – de qualquer pessoa ou profissional que deseja ser bem sucedido, na vida e especialmente na carreira profissional. O bancário, em geral, por lidar com o público necessita exercer estas habilidades. Os funcionários do antigo banco Nossa Caixa eram reconhecidamente muito bons na arte de saber se comunicar. No dia-a-dia das centenas de unidades em todo território nacional, no geral exerciam com bastante desenvoltura e diplomacia o serviço à população, em especial aos milhares de clientes: funcionalismo, integrantes do Judiciário, membros do Ministério Público. O bom atendimento, com habilidade e capacidade, era uma das principais características dos bancários do incorporado banco estatal paulista. Outra característica atribuída aos ciganos, o nomadismo de certa forma também é traço importante em algumas carreiras da atividade bancária. Falamos de forma especial dos antigos inspetores ou auditores e dos gerentes de unidades e gerentes regionais, que eram submetidos ao sistema de rodízio. É bem verdade que qualquer funcionário da Nossa Caixa podia prestar serviço numa unidade bancária ou administrativa distante de sua região de origem. Mas o caso dos auditores/inspetores bem como dos gerentes de unidade e também os regionais caracteriza bem a atividade nômade: não possuíam unidade fixa, e periodicamente migravam de uma agência ou unidade administrativa pra outra. A comparação com os ciganos não é exagerada. Nomadismo... Habilidade, diplomacia; capacidade de saber chegar e se fazer comunicar. Somos todos um pouco ciganos!!! AFACEESP GESTÃO MARÇO/2015 - FEVEREIRO/2018 DIRETORIA EXECUTIVA Pedro Paulo Galdino – Diretor Presidente Maria José Pecoraro – Diretora Vice-Presidente Preservação de Direitos Antonio Alberto Giangiácomo – Diretor VicePresidente Administrativo/Financeiro Cacilda Maria Ferreira – Diretora Vice-Presidente Patrimonial/Investimentos Anna Schattan – Diretora Consultiva Área Social Dimas Gabriel – Diretor Administrativo Eida Benuth Brock – Diretora Social Marilena Baccelli – Encarregada Social Nilcea Aparecida de Lima – Encarregada de Relações Públicas Maura Okumura Ribeiro de Souza – Diretora Financeira Marisa Nicaido Ribeiro – Tesoureira Chefe Maria Inez Santos – 1º Tesoureiro Getulio Fusasumi Sonoda – 2º Tesoureiro Jaine Trindade dos Santos – Diretora de Patrimônio Nelson Geraldo Bonello – Assistente de Patrimônio Neusa Gomes de Carvalho – Diretora Jurídica CONSELHO DELIBERATIVO Décio Pereira Coutinho • Adiléa Claro Coelho • Ana Laura Machado • Antonio de Arruda Penteado Filho • Benedito Celso Oliveira Moreira • Carlos Adalberto Gonçalves • Claudiner Marconatto • Dalva Glória Ulman • Edgar Cândido Ferreira • Edson Canata Deveze • Elza Aparecida Lopes • Eny Cavalheiro Barbulio • Ignez Santiago Lopes Carreiro Fiel • Jair Aquiles Bauto • João Figueira • João Pereira Mourão • José Carlos Caurim • José Carlos de Oliveira • José Osmar dos Santos • José Ramos Pereira • Kátia Almeida Toledo Bombonatti •Leila Issuani Carneiro • Lucília Santa Vidotto • Magda Aiello • Maria de Lourdes Rocha Cupido • Maria Inês Verzini • Maria Luiza Souza Ferrone Pereira • Maria Tereza Camargo • Olívia Souza Januário de Freitas • Raul Marmiroli • Roberto Rodrigues Maldonado • Sueli Mastrogiovanni Haddad • Yoshio Togashi. CONSELHEIROS VITALÍCIOS Anna Schattan – Licenciada • Maria José Pecoraro – Licenciada • Pedro Paulo Galdino – Licenciado • Pedro Mazine • Zildo Damásio de Oliveira CONSELHO FISCAL João Décio Frederico • Gisele Garbin Cichini • Massahiro Kishinami, Odete Álamo Pinheiro Rulli • Vera Lúcia Nascimento Teixeira. FUNCIONÁRIOS Ana Carla Maia • Antonio Augusto Pontes Neto • Bruna de Sousa Dias • Ileires Rodrigues de Queiroz • Isabel Christina de Moraes • José Carlos Teixeira Silva • Keity Bárbara da Silva • Marcelo Fernando Gomes • Maria de Fatima Cella • Maria de Fatima Moniz Cabral • Marinalva Gonçalves do Nascimento • Maurício Rodriguez Huarechi • Pamella Cordeiro • Raphael Aparecido Monteiro • Sidney de Oliveira Júnior • Vanessa Guimarães Silva • Vinicius Tadeu Kolanian Marinho “Nossas Origens” Evento comemorativo do 34° aniversário da Afaceesp Criação: João Roberto Cruz Roteiro, Produção & Direção: João Roberto Cruz; Pedro Paulo Galdino. Direção de Arte: Marcelo Sassine Decoração: Casa Torres Show: Banda Company – Direção Musical de Samuel Giordano Apresentações Étnicas: Itália – Fred Rovella; Portugal – Grupo Folclórico da Casa de Portugal; África – Cia da Tribo; Árabe – Casa de Chá Khan el Khalili; Japão – Taiko Group Evento realizado na cidade de São Paulo – Expo Barra - Funda, na noite de 03 setembro de 2015. Publicação “Nossas Origens” Matérias conforme pesquisas: IBGE, EBC, Wikipédia, Brasil Escola, História do Brasil.Net, The Cities e O Globo. Jornalista Responsável: João Roberto Cruz – MTB 24.983 Produção Gráfica: MWS Design 26 NOSSAS ORIGENS Viajar em busca de novas paragens Todos em busca de um “Porto Seguro”... 27 O futuro é agora. a sua nave é aqui! www.afaceesp.org.br Gastronomia – Para saciar a fome, um cardápio composto por entradas, saladas, pratos principais e sobremesas baseados nas heranças étnicas: Massas, bolinho de bacalhau, cuscuz marroquino, kibe e sorvete foram algumas das iguarias servidas. Antes de por o pé na estrada, um saboroso cafezinho para recompor as energias. Encontro de Gerações – Entidade representativa de aposentados, a Afaceesp há muito propaga o conceito do encontro de gerações. E a cada ano esta experiência se renova, com a participação de filhos, netos e amigos dos associados nos eventos promovidos pela Associação. Os participantes puderam se inteirar sobre o evento por intermédio de material exclusivo disponibilizado em todas as mesas. A publicação trouxe um resumo de cada show étnico, assim como um breve roteiro. Na saída os participantes receberam como mimo uma revista contendo todas as informações relacionadas ao evento: histórico das correntes migratórias, com influências de cada etnia, além da ficha técnica com dados da festa e dos shows apresentados. 2015 Nosso Tempo 29 Com renome internacional, o Taiko Group demonstrou a milenar arte dos tambores japoneses. Eles surpreenderam ao apresentar número com adaptação de percussão típica brasileira. Energia e muita beleza caracterizaram a apresentação da Cia da Dança. Os cantos e coreografias lembraram os rituais africanos dos tempos da senzala, incorporados à cultura brasileira, de norte a sul do país. A arte da nossa “pátria mãe” foi responsabilidade do Grupo Folclórico da Casa de Portugal. Os vários apresentados “viras” possibilitaram que os participantes se sentissem um pouco na boa terra. 30 Nosso Tempo 2015 Uma das mais expressivas representações da cultura árabe, a dança do ventre foi executada pelas belas dançarinas da Casa de Chá Khan El Khalili, da capital paulista. Foi o momento de maior congraçamento, envolvendo adultos e crianças, homens e mulheres. O público feminino, aliás, adorou a demonstração. A Banda Company esbanjou competência, especialmente no medley de canções de origem cigana. Após as apresentações étnicas, eles comandaram o palco até o final da celebração. 2015 Nosso Tempo 31 32 Nosso Tempo 2015 2015 Nosso Tempo 33 EM BREVE, MAIS FOTOS DA FESTA DE 34° ANIVERSÁRIO DA AFACEESP DIRETAMENTE NO SITE DA ENTIDADE: WWW.AFACEESP.ORG.BR. MAIS DE MIL IMAGENS DISPONÍVEIS. 34 Nosso Tempo 2015 Mês do Idoso “Velhinhos Espiões” se unem para garantir direitos Com EBC e G1 Rio ansados de ver seus direitos não respeitados, um voluntariado formado por 10 pessoas da terceira idade está ajudando a fiscalizar a circulação dos ônibus em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Eles participam de operações da prefeitura como “espiões”, para ver se a Lei de Gratuidade, que garante a passagem de graça para quem tem mais de 65 anos de idade está sendo respeitada. Além da gratuidade, os “espiões” também verificam se os motoristas param nos pontos de ônibus quando uma pessoa idosa solicita, sendo essa uma constante reclamação. Uma vez flagrada pela fiscalização da prefeitura, C a infração gera uma multa de mais de dois mil reais para a empresa cujo motorista ignorou o pedido de parada. AÇÃO – A participação dos “espiões” ocorre sempre em conjunto com fiscais da prefeitura, que montam campana para observar a atitude dos motoristas. Caso o idoso solicite a pa- Cartilha aborda direitos dos idosos no transporte A população da melhor idade paulista acaba de ganhar uma cartilha sobre os direitos dos idosos no transporte público, tendo como foco principal o transporte intermunicipal rodoviário. A "Passagem gratuita para idosos" foi elaborada a partir de uma parceria entre a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e a Fundação Procon-SP. O conteúdo explica de forma simples e didática a legislação que garante, desde janeiro do ano passado, ao idoso com 60 anos de idade ou mais o direito de viajar gratuitamente nos ônibus intermunicipais rodoviários – aqueles com poltronas demarcadas, bagageiro, embarque e desembarque por uma única porta e sem catraca – do Estado de São Paulo. Além disso, o material traz as regras básicas para o transporte municipal por trilhos, intermunicipal suburbano, intermunicipal metropolitano e interestadual, com o objetivo de eliminar as confusões e dúvidas do usuário, já que há diferença entre cada uma das modalidades. O interessado pode conhecer o material diretamente no site da Artesp: www. artesp.sp.gov.br + sala-de-imprensa + noticias: cartilha-transporte-coletivo-idosos Portal do Governo do Estado 2015 Nosso Tempo rada do coletivo e não tenha o pedido atendido, uma equipe de fiscais entra num veiculo, que segue o ônibus e após interceptação, aplica a multa. Presidente da Associação dos Aposentados de São Gonçalo, Ricardo Pinheiro, 66 anos de idade faz parte do já famoso grupo “Velhinhos Espiões”. Ele reclama da situação que os idosos enfrentam em relação ao transporte público oferecido. “Fico no ponto de ônibus cerca de 40 minutos, passam dezenas de ônibus, mas não param. Os motoristas falam que é uma ordem da empresa não levar idoso”, disse ele. Com a atuação dos idosos voluntários e o apoio da mídia, a situação está mudando. Empresas que antes não respeitavam a Lei da Gratuidade e que também orientavam seus motoristas a não atenderem o sinal dado por idosos nos pontos de ônibus estão revendo suas posturas. Um bom sinal... PONTO DE VISTA – Bom seria se os idosos tivessem seus direitos respeitados sem a necessidade de mobilização. Mas não é de causar espanto a atitude das empresas de transporte coletivo fluminenses, já que o próprio Estado vira e mexe insiste em alterar a Carta Magna para modificar Leis que garantem benefícios de idosos. 35 Mês do Idoso A velhice já não é mais a mesma Idosos, até centenários e seus grandes feitos no esporte, educação, aventuras... Com Super Interessante á faz algum tempo que o estereótipo do idoso sedentário foi suplantado. Antigamente era comum um trabalhador se aposentar, “vestir o pijama” e passar o resto da vida postado em frente a um aparelho de TV, na sala de casa. Aqui mesmo na Revista Nosso Tempo reportamos que devido a avanços da tecnologia – remédios mais eficazes e aprimoramento de equipamentos hospitalares – aliada a hábitos de vida mais saudáveis têm levado ao aumento na expectativa de vida da população, em todo planeta. E viver mais e melhor tem sido a tônica para muitos que já superaram a barreira dos 65 anos de idade. No final de setembro, um senhor japonês participou de uma corrida de masters, estabelecendo novo recorde para a marca mundial dos 100 metros rasos para pessoas com idade acima dos 105 anos. Apelidado “Golden Bolt” – numa alusão ao super campeão, o jamaicano Usain Bolt – Hidekichi Miyazaki cruzou a linha de chegada em 42,22 segundos. O feito aconteceu na cidade de Kyoto, e garantiu a inclusão de Miyazaki no Guinness, o livro dos Recordes. J ÁGUAS – Conterrânea do “Golden Bolt”, aos 100 anos de idade Mieko Nagaoka bateu recorde na natação. Em uma hora e quinze minutos, ela foi a primeira pessoa de sua idade no mundo a nadar 1.500 m livres em piscina de 25 metros, em 2014. O também japonês Minoru Saito Centenário, Marchand é destaque no ciclismo 36 Miyazaki, recorde aos 105 anos de idade preferiu o espírito aventureiro. Com 77 anos de idade ele deu a volta ao mundo em seu veleiro, fazendo o mesmo percurso sete vezes. Talvez enjoado da “mesmice”, em 2011, na oitava viagem ele inverteu o percurso, velejando a oeste. A aventura demorou 1080 dias para ser completada. Os franceses são apaixonados por bicicletas. E veio desse país o destaque master no ciclismo. Em 2012, aos 100 anos de idade, Robert Marchand bateu o recorde em sua categoria ao percorrer 100 KM em 4 horas, 17 minutos e 47 segundos. Cada vez mais afeitos a novas tecnologias, os idosos são adeptos da internet e diversas redes sociais. Mas não é só na rede mundial de computadores que a terceira idade tem se destacado. Em 1983 foi criado o Video Game Masters Tournament, para conquistar novos recordes para o Guinness Book. Aos 81 anos de idade, a jogadora Doris Self bateu o recorde no jogo Twin Galaxies. Ela acumulou 1.112.300 pontos no modo Tournament, a configuração mais difícil do game. Voltar a estudar tem sido opção para muitos que se aposentam. Por aqui as Universidades da Terceira Idade (Unatis), com unidades em todo território nacional, tem alguns de seus cursos bastante concorridos. Mas vem do velho continente um exemplo digno dos louros olímpicos. Com 97 anos de vida, o professor doutor alemão Heinz Wenderoth conquistou um mestrado e um doutorado. Ele dissertou sobre o estudo biológico de células na morfologia e fisiologia da vida marinha primitiva Placozoons Trichoplax Adhaerens. Nosso Tempo 2015 Gerações Folha de São Paulo, 02/11/2006 – Artigo publicado há quase uma década permanece tema atual Encontro de gerações A convivência entre pessoas de idades diferentes é salutar; as conversas podem resultar em aprendizado Rosely Sayão i, recentemente, alguns guias de lazer e de turismo que indicam lugares aonde as pessoas podem ir tanto para conhecer outras pessoas quanto para se divertir. Notei um pormenor: as publicações fazem referência, sempre que podem, à idade do público. Assim, podemos identificar locais frequentados por jovens com até 25 anos ou por adultos que alcançam os 35, hotéis que não aceitam crianças pequenas etc. Imediatamente lembrei-me de uma característica das lojas: especializam-se em atender o público consumidor também por faixa de idade. Aliás, boa parte das lojas oferece roupas de estilo jovem - a diferença é apenas o tipo de jovem que elas atendem. Algumas oferecem roupas aos adolescentes e outras atendem a um público consumidor um pouco mais velho, mas ainda jovem. Essas duas observações combinadas podem nos levar a refletir a respeito de como temos vivido um apartheid de gerações. Temos lugares e atividades para crianças pequenas e maiores, para adolescentes e jovens, para adultos jovens e menos jovens e para velhos. O fundamental parece ser não misturar as gerações, e isso já está tão arraigado que até os pais, quando buscam escolas, observam se há convivência ou mesmo proximidade dos alunos mais novos com os mais velhos, inclusive no horário de intervalo, porque querem evitá-la. As escolas também consideram o fato problemático e, quando têm L 2015 um aluno dois ou três anos mais velho do que a média da classe, cercam-se de cuidados. Chegamos ao ponto de considerar inadequada, arriscada e até nociva a convivência de crianças com outras mais velhas, ou mais novas, e delas com os adolescentes. Não sabemos ao certo quando e por que esse receio começou, mas tal estilo de vida está presente no mundo adulto. Considero os “bailes da terceira idade”, promovidos com tão boas inten- ções, um ícone desse estilo de viver -o apartheid de gerações. Damos condições para que os velhos se reúnam com outros velhos, e isso é positivo, mas ao mesmo tempo os separamos da convivência com as outras gerações. Em outras palavras: nós os segregamos. As consequências desse desmembramento social são variadas. Para os mais novos, criamos dificuldades sérias. Já perceberam como as crianças mais velhas não sabem ter os cuidados necessários quando cruzam com as mais novas? Elas incorporaram tanto o hábito de estarem frequentemente acompanhadas por pares de idade semelhante que não sabem ter as precauções Nosso Tempo necessárias com os menores. E os adolescentes? Para eles, as crianças e os velhos são um empecilho, quando não invisíveis. Basta observar um grupo de adolescentes passeando em um shopping para constatar como eles ignoram as crianças e os velhos que passam por eles. A convivência entre pessoas de idades diferentes é salutar e necessária. As conversas podem resultar em troca e aprendizado. Como as atitudes e os comportamentos precisam ser adaptados, isso ensina a ter maleabilidade em situações diferentes e, principalmente, amplia a visão de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo. Como as famílias estão menores e já não convivem com regularidade com os parentes, as crianças e os jovens estão quase confinados na convivência com seus pares. Se mantivermos essa característica na vida social, como fica a transmissão de ideias de uma geração para outra? E como fica, principalmente, nosso traquejo no relacionamento com as outras gerações? Hoje parece que temos de nos transformar em um deles para nos relacionarmos, não é verdade? ROSELY SAYÃO é psicóloga, consultora educacional e autora de livros como ‘Como educar meu filho’, ‘Família: modo de usar’ e ‘Sexo - prazer em conhecê-lo’. PONTO DE VISTA – A integração de gerações é incentivada nos eventos da Afaceesp. 37 Gerações Deu no Fantástico Experiência inovadora coloca moradores de asilo e crianças em contato diário Reportagem exibida no dominical da Rede Globo torna realidade o encontro de gerações Com G1 ma matéria ex ibida na edição de 11 de outubro do Fantástico demonstra a saudável relação entre vovôs e vovós que convivem boa parte do dia em contato com crianças em idade pré-escolar. Esta experiência inspiradora vem de Seattle, nos Estados Unidos. Numa ação inovadora, a instituição Providence Mount St. Vincent resolveu tornar frequente a convivência entre idosos que moram em um asilo com crianças deixadas diariamente pelos pais numa creche. Tanto a creche como o lar para idosos funcionam num mesmo lugar, um prédio de cinco andares situado na cidade que sedia gigantescas empresas multinacionais. Em determinada hora do dia, as crianças são levadas ao ambiente frequentado pelos idosos e partilham as mesmas atividades, que vão desde simples brincadeiras, até a hora do lanche ou a aula de música. Quando colocados juntos, os idosos brincam, talvez relembrando suas próprias infâncias, enquanto as crianças retribuem com sorrisos e gestos afáveis. “Nós montamos esse lugar há quase 25 anos. Possuo um filho terminando a faculdade que foi da primeira turma daqui. Tenho orgulho em dizer que por causa dessa experiência ele é muito mais sensível U 38 com os idosos”, relata Sharlene Boid, fundadora do asilo/creche. CONVIVÊNCIA – A ideia é que crianças e idosos se vejam o tempo todo. Para facilitar o contato, as salas de aula não possuem as tradicionais paredes de alvenaria; no lugar da frieza de cimento e tijolos, instalações de vidro voltadas para o corredor. Desta forma os idosos podem observar a rotina das crianças sendo educadas. Por sua vez, se quiserem os pequenos acompanham o movimento do lado de fora da sala. As crianças não podem sair da sala sem a companhia da professora, ao contrário dos moraNosso Tempo dores do asilo, que podem entrar ou sair quando quiserem. “Os idosos gostam de segurar as crianças, de dar um oi e se sentir parte da vida dos menores. É uma mágica que acontece todos os dias aqui”, anima-se Sharlene Boid, fundadora da instituição, ela mesma já próxima da terceira idade. Boid prossegue seu raciocínio: “Nascimento e morte fazem parte do ciclo da vida, e essas crianças vivenciam isso todos os dias. Os mais velhos experimentam a juventude, e os mais jovens, a velhice. Nós amamos isso porque mostra a importância de estarmos conectados aos mais velhos”. 2015 Literatura Ainda sobre imigração... Associado da Afaceesp possui obra sobre o tema Mare Nostrum - Luiz Auricchio N trema e ignorância que acompanha osso associado Luiz Auricchio possui as- tal situação. Traz um relato dos cendência italiana campesinos em sua fuga desen- e resolveu tornar pública a sua freada, devido a erupção do vul- experiência relacionada à imi- cão. Daí a luta pela sobrevivência gração do “povo da Bota” para em aventuras insólitas através o Brasil. Daí surgiu “Mare da península italiana. Depois a Nostrum”, um livro que se imigração em navios do tempo da baseia em fatos verídicos, escravidão e, finalmente, a chegada transmitidos pela tradição no porto de Santos. e que são narrados por intermédio de linguagem de fácil compreensão. “A obra versa sobre a motivação de meus ascendentes em partir de solo pátrio, deixando para trás tudo o que haviam conquistado Talvez seja por isto que a imigração anteriormente”, assinala o autor. italiana é amiúde apresentada como Através dos tempos, a tendência epopeia gloriosa, em que surgem natural do ser humano é de mitificar figurantes gorduchos em cenários os personagens, minimizando seus maravilhosos, devorando generosas defeitos e aumentando suas virtudes, macarronadas, bebendo copázios de bem como de sublimar os aconteci- vinho e dançando alegres tarantelas. mentos elidindo seus aspectos nega- A história inicia-se nas encostas tivos, dando origem então à lenda. íngremes do Vesúvio, na pobreza ex- Luiz Auricchio é engenheiro diplomado pela Escola Politécnica e doutorado pela USP; aposentou-se na Nossa Caixa exercendo essa profissão. Após completar 80 anos de idade deixou de lado toda experiência acumulada em décadas de trabalho no campo das ciências exatas para aventurar-se na seara das letras. Além de Mare Nostrum, ele já escreveu inúmeros artigos em revistas técnicas. Também é autor de livros técnicos: Aluguel Imobiliário; E specu laç ão Imobi liá ria em Terrenos e Avaliações para Efeito de Garantia. SERVIÇO Mare Nostrum - Luiz Auricchio – Scortecci Editora - 92 páginas 1ª edição – 2010 - Preço: R$ 22,00 Para comprar: www.polobooks.com.br - seguido de literatura + literatura brasileira 2015 Nosso Tempo 39 Longevidade Longevidade é tema de debates em São Paulo e no Rio de Janeiro As duas maiores capitais do país sediaram eventos relacionados aos idosos Com CQCS e R7 o mês em que se comemora o dia do idoso, as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro debateram assuntos relacionados ao X Fórum da Longevidade Bradesco Seguros. A iniciativa reuniu centenas de participantes, incluindo geriatras, psicólogos e estudiosos de longevidade, nacionais e estrangeiros. Em 20 de outubro a capital Bandeirante sediou o encontro; no dia seguinte foi a vez dos cariocas receberem o evento. Na edição paulista, intitulada “Inspirando um mundo melhor para todas as idades”, o encerramento registrou o bate-papo “Encontro de Gerações”, reunindo a colunista de “O Globo” Cora Rónai e sua mãe, Nora Rónai – que, aos 90 anos, bateu o recorde mundial dos 100 metros borboleta na Natação Master, com tempo de 3 minutos e 51 segundos. No Rio de Janeiro, no primeiro dia os participantes analisaram “O Mercado de Trabalho e os Idosos”. O tema foi abordado sob vários aspectos, a partir de experiências diferentes, todas apontando para uma revalorização gradual, porém ainda lenta, do idoso como trabalhador. A antropóloga e professora da Universidade de Columbia Ruth Finkelstein apresentou duas experiências na cidade de Nova York que mostram uma mudança no paradigma do trabalho de idosos. Na padaria, uma divisão de N 40 trabalho - onde os mais velhos se concentraram nas receitas e nas compras, aproveitando seu conhecimento histórico nesses dois campos; enquanto os mais novos ficaram focados na operação dos fornos e em tarefas que exigiam o uso de luvas pesadas - gerou um resultado muito bom: aumentou a qualidade do pão e a visibilidade do estabelecimento. Outro exemplo citado por Ruth foi o de uma fábrica de gravatas um produto que a indústria vem perdendo o expertise da manufatura. A fábrica contratou veteranos para dividir com os mais jovens a arte de fabricar gravatas com a qualidade de antigamente, permitindo que os idosos recuperassem posições nesse mercado de trabalho (Ver Box informação relacionada ao Brasil). TRANSFORMAÇÕES – Leyla Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), lembrou que, com o aumento da longevidade, nunca antes na história duas gerações trabalharam tanto tempo juntas. Para ela, o grande desafio do mercado de trabalho daqui para frente será a aplicação de políticas inter-geracionais, integrando o trabalho de jovens com idosos. Laura disse que, até agora, o mercado de trabalho vem valorizando muito o jovem, sinônimo de inovação, dando como exemplo a cultura dos trainees, que valoriza a pós-graduação acadêmica, deixando Nosso Tempo de lado a experiência do fazer e a capacidade de tomar decisões. Laura Machado, da Help Age International, disse que os jovens de hoje sabem que vão viver mais e isso está mudando a cultura da longevidade. “Eles querem construir um mundo com propósito, um mundo age-friendly, e muitas startups já trabalham com esse conceito”. Ela lembrou que o Uber – empresa de taxi que atende chamadas por intermédio de aplicativo em celulares –, por exemplo, acaba de lançar um serviço de assistência a idosos em Londres. A empresa treinou seus motoristas e atendentes a lidar com os mais velhos e também preparou seus veículos para receber pessoas da terceira idade. Sérgio Serapião, da Lab 60+, destacou que o mundo dos negócios está mudando seu foco: em vez de PONTOS DE VISTAS Aposentados ou não, o ideal seria que idosos não necessitassem mais trabalhar, afinal, em sua maior parte já contribuíram com o seu quinhão. Mas tornar a labuta pode ser a opção de muitos para combater o ócio ou, ainda, contribuir para o orçamento doméstico. Curta e bombástica a notícia relacionando Planos de Saúde X Longevidade. Há muito a Afaceesp vem alertando para essa verdadeira “bomba relógio”. 2015 Longevidade priorizar apenas a troca comercial, vem cada vez mais focando nas relações. “As empresas estão começando a trabalhar com causas, e a longevidade é uma dessas causas”, disse Serapião, acrescentando que “o capital hoje não é só financeiro, o capital social é cada vez mais importante”. SAÚDE - CENTENÁRIOS – Numa entrevista coletiva cujo foco foi a participação no segmento de Pequenas e Médias Empresas (PME), o presidente da Bradesco Saúde, Márcio Coriolano, deixou BRASI L Idosos nas manufaturas No Brasil, a tendência de contratação de idosos para trabalhar com manufaturas também é verificada. Segundo o diretor da rede de franquias de cursos de moda Sigbol Fashion, Aluizio de Freitas, existe muito preconceito na contratação da terceira idade, mas em alguns ramos eles são muito valorizados. “Apesar das empresas darem preferência a pessoas mais jovens, no segmento de corte, costura e confecção, existem muitas oportunidades de emprego, principalmente para os mais experientes”, explica o executivo. Atualmente, cerca de 10% dos alunos da Sigbol Fashion têm 60 anos ou mais. Deste total, 49% faz o curso de corte e costura básico sob medida, que desenvolve a modelagem por meio de um método personalizado, onde o aluno aprende a manusear máquinas de costura doméstica, industrial reta e overloque. 2015 Geral escapar que a empresa possui atualmente 257 pessoas com mais de 100 anos de idade em sua lista de beneficiários. A mais velha é uma mulher de 114 anos.“A longevidade é uma benção, mas traz em si uma pressão de acessibilidade, preparo das pessoas e desafios para as empresas e para a sociedade”. FALECIMENTOS É com grande pesar que comunicamos os falecimentos abaixo. Às famílias enlutadas, os pêsames dos amigos da Afaceesp. Mauro Norberto Duarte________________31/10/2014 Solange Purcino da Silva________________16/10/2014 Neusa de Oliveira Dias_________________27/11/2014 Agostinho Scotti_______________________07/12/2014 Herminio Candido Franzini_____________11/12/2014 Abeil Balbo__________________________17/12/2014 Celina Furtado da Silva________________18/12/2014 (Pen)Cibele Maria de Rezende___________25/11/2014 PALETRANTES X Fórum da Longevidade Bradesco Seguros Entre os palestrantes, participaram do evento a antropóloga norte-americana Ruth Finkelstein, professora da Universidade de Columbia, em New York (EUA), e coordenadora do programa Cidade Amiga do Idoso, do prefeito Michael Bloomberg (2012), e Michael Hodin, ex-executivo sênior da multinacional Pfizer – que se notabilizou por atuar em programas de valorização do idoso e assina o blog “Age and Reason”, no site jornalístico The Huffington Post – trouxeram um pouco de suas experiências e práticas em longevidade. Entre os palestrantes brasileiros, estiveram presentes o médico e gerontólogo Alexandre Kalache, que por 13 anos dirigiu o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) e é consultor do Grupo Bradesco Seguros para assuntos relacionados à longevidade; a escritora Márcia Tavares, autora do livro “Trabalho e Longevidade: como o novo regime demográfico vai mudar a gestão de pessoas e a organização do trabalho”; e o cineasta Gabriel Martinez, diretor do elogiado documentário “Evelhescência”. Nosso Tempo Francisco de Paula B. Brandão___________03/11/2014 Sonia Maria Cazares Peceguini__________11/01/2015 Joselina Moreira Santos_________________04/11/2014 Antonia Pereira da Silva Gonzales________11/01/2015 Edna Therezinha Lara de A. Penteado_____20/01/2015 Maria José Cantelli de Sousa_____________25/12/2014 Manuel Hildegardo de Almeida__________16/01/2015 Iluminada Fernandes Gualda____________07/01/2015 Homero Amador Garcia________________23/01/2015 Cleunice da Gloria Pereira______________09/02/2015 Levy Geraldo Lopes____________________17/11/2014 Paulo Kanji Yada_____________________22/02/2015 Vera Alice Barbosa Petrolini_____________23/12/2014 Orlando Albano_______________________26/07/2014 Maria Meiga Mendes Lima______________28/02/2015 Sebastião Adail Ribeiro_________________04/10/2014 Rachela Langella Botti_________________07/09/2014 Silvio Pereira da Silva Filho_____________01/04/2015 Solange Durlo Maraccini_______________02/04/2015 Osmar Stephan_______________________26/01/2015 Sonia Berlotti Traspadini_______________12/04/2015 Cacilda Lidia Peres____________________28/03/2015 José Augusto de Mattos__________________10/02/2013 Sergio Capoani_______________________29/03/2015 Winston Churchill Macedo______________02/05/2015 Natanael Cardeliquio__________________04/11/2014 Pedro Fornazari_______________________07/05/2015 Zilbo Portaluppi______________________08/05/2015 Antonio Ribeiro Mattos_________________16/05/2015 Davi Alves Feitosa_____________________25/04/2015 Maria Rosimar Pereira_________________03/01/2015 Romildo Agreli________________________16/02/2015 (Pen)Placido Amilca Rodrigues Fago______26/04/2015 Ines Carneloz Braga___________________16/04/2015 Antonio Carlos Cerdeira de Camargo______05/06/2015 Salvador Mingione____________________16/06/2015 Francisco Ed Colombo Ozorio____________17/11/2014 Celso Amaury Lorenzetti________________24/11/2013 Josefina Raimundo Sampaio_____________29/10/2014 Josafa do Amaral______________________23/11/2014 Sergio Sandrin Junior__________________05/07/2015 Jaime Lima de Araujo__________________14/06/2015 Anna Maria Sutherland Olmacht_________02/06/2015 Leny Ornellas Pires Carvalho____________01/07/2014 Renata Cristina T. P. Fernandes Bueno____10/12/2014 Lourival Jose de Melo__________________11/03/2015 José Carlos Pereira_____________________19/06/2015 Degenir Camargo_____________________04/08/2015 Osmar Fernandes Guigen_______________11/08/2015 Maria de Lourdes Cruz_________________21/09/2015 41 Passatempo PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL Molho do salpicão Médicos de animais Ocorrência frequente nas gestações de Amerício mais de um bebê (símbolo) (?)-de-fogo: taturana (Zool.) Período próximo a 24 horas em Marte Maior autor de ficção policial no Brasil, ganhou o Prêmio Camões em 2003 Uso de raios X no tratamento do câncer "A justiça tarda, (?) não falha" (dito) (?) Tsétung, líder comunista chinês Retirada rápida Bahia (sigla) Museu da Imagem e do Som (sigla) Objeto de montaria Radônio (símbolo) (?) afro: ajuda a cachear o cabelo Remoto, em inglês Tempero purificador, no Xintoísmo Unidade de contagem no placar do vôlei Logradouro estreito Corte rente à pele Festa católica 50 dias após a Páscoa (Rel.) "Um", em "unicaule" Que gera comoção Astro adorado pelo faraó Akhenaton S O Londres e Rio, nas Olimpíadas de 12 e 16 L (?) de canais, dispositivo de TVs Maurício Einhorn, gaitista brasileiro Objeto de estudo da Ontologia Negócio, em inglês Produto siderúrgico "Vidas (?)", obra de Graciliano Ramos (?) Vatanen, ex-piloto de rali Primeira mão na pintura de paredes Profissão de Julio Medaglia Cultura da Zona da Mata nordestina (?)-os-Montes, região de Portugal Escola de samba do cantor Neguinho 3/ari — far. 4/deal — gusa. 7/regente. 8/maionese. BANCO Adjetivo inicial de cartas afetivas 30 Solução C S P E P F D O T I E R A R M I S M A N E S A L R R A U N I E C O S L S E A S D RE G E A U S R A S I J A F V E A P M A R N T O S P E R T E M E A N T U A R L O C S E L E T O R O N E S E I A M Nosso Tempo L R A U G B A E R M T F A O N T S O E C C A A N T B E 42 Responda se puder Brinque!!! Também convide seus filhos, netos, sobrinhos... 1. Qual a cor que faz muito barulho? 2. O que é que começa com “b”, tem “c” no meio, termina com “a” e para ser usada é preciso abrir as pernas? 3. Quem é filho do meu pai e da minha mãe, mas não é meu irmão? 4. Qual a diferença entre a mulher vaidosa e a onça? 5. O que um cromossomo alegre disse para o outro, também alegre? 6. Qual é o cúmulo do egoísmo? 7. Quem tem sete vidas, mas não é gato? 8. O que o paraquedas disse para o homem que tinha acabado de saltar? Respostas 1. Corneta 2. Bicicleta 3. Eu mesmo 4. A mulher anda maquiada e a onça, pintada 5. Cromossomos felizes! 6. Não vou contar, só eu sei! 7. É a gata 8. “Estou contigo e não abro!” 2015 AFACEESP 34 ANOS DE HISTÓRIA – PLANT TAMOS O PALCO; COLHEMOS O ESPETÁCULO Prever o futuro? Fique sócio da Afaceesp! Proteger o futuro! O futuro, um tempo que parecia distante, é agora. Não perca tempo, filie-se a Afaceesp, uma entidade que vive o presente, antenada com o futuro. Ligue (11) 3521-0500, ou acesse www.afaceesp.org.br. NOME CIDADE NOME CIDADE Alberto Soeiro Junior Cotia Maria Aparecida Groff Salvador Itu Alcides Carlos Alves Rio Claro Maria Aparecida Tofanin Michelazzo São José do Rio Pardo Amaury A. Conti São Paulo Maria da Conceicao F. Machado Santos Antonio Maria Clarete Santanna São José do Rio Preto Maria de Lourdes Godoy Tortelli Lindoia Bernadete Carvalho Guedes Mencucini Cajuru Maria Ines Paiva Olivar Santos Carlos de Carvalho Castro Lorena Maria José Rodrigues Munarin São Paulo Cecilia Maria de Souza Jundiaí Maria Teresa Villas Boas Zanon São Paulo Cristina Aparecida Rodrigues Santos Mauricio da Silva Gagaus São Paulo Degaulle Yarak São José do Rio Preto Michel Asmar Neto Ribeirão Preto Durvalina Gasperotto Franzini Araras Nanci Fernandes Santos Eliana Maria Bracale Graciani Araçatuba Neide Antunes São Paulo Elisete Mara Bechara Silveira São José do Rio Preto Olimpia Rodrigues Malavazi São Caetano do Sul Erlene Aparecida Laviera Rincao Oscar Ogata São Paulo Fanny Regina Peters São Paulo Paulo Mauricio Gusmao da Rocha São Paulo Fatima Aparecida L. Portaluppi Marilia Rita de Cassia M. Alves Gonsales Marilia Goiotim Machado Goulart Campinas Roberto Carlos Busnardo Saravalli São José do Rio Preto Helio Mencucini Cajuru Rosane Aparecida Goncalves Bauru Isabel Miura Nakauti São Paulo Rosangela Cristina Grilanda Perin São José do Rio Preto Ivo Rodrigues do Amaral Votorantim Rosemary Ramos da Fonseca Ogata São Paulo Janio Darc Martins Vieira Taubaté Sandra de Fatima A.G. Arruda Pagliarini São José do Rio Preto Jose Martinho Pelacani Jarinu Sirlea Bernardino Alexandre São Bernardo do Campo Jose Rubens Ferraz de Carvalho São José do Rio Preto Sonia Raddatz Macedo São Paulo Luiz Henrique Custodio Dias Caraguatatuba Syrlei Alvares Prestes Lenharo Arealva Marcia Buzzi São Paulo Valdir Zalla Domingues Sorocaba Maria Aparecida Beira Nunes Mirassol