Edição nº 11 - Concepcionistas Missionárias do Ensino
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Edição nº 11 - Concepcionistas Missionárias do Ensino
INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 1 09 Vocação: dom de Deusdo CMI-RJ refletem e Alunos celebram o mês vocacional 17 Ano VI - Nº 11- Dezembro 2004 Seções EDITORIAL DESTAQUE Gestos de Amor Colégios Concepcionistas realizam gesto concreto pela CF-2004 I Congresso Internacional Concepcionista: culturas diferentes unidas em um só ideal PÁGINA 05 PASTORAL ESPIRITUALIDADE A Creche Lar Escola Carmen Sallés, de São Paulo, está em um novo espaço Sonhar sem fronteiras HOMENAGENS Ir. Terezinha de Jesus Duarte, diretora do Colégio Madre Carmen Sallés de Brasília, partilha sua experiência na Irlanda PARTILHA PELO MUNDO PROJETOS PSICOLOGIA De cara nova 26 AÇÃO COMUNITÁRIA PEDAGOGIA 20 A expansão da missão Concepcionista na Ásia PÁGINA 28 36 Educar através da arte Crianças do Lar Maria Imaculada de Mococa desenvolvem projeto sobre o escultor Bruno Giorgi 44 ATIVIDADES Nossa Capa 450 anos de História Feira Cultural do Colégio Maria Imaculada de São Paulo aborda os 450 anos de fundação da Cidade Projeto Mostra Cultural agita o Colégio Madre Carmen Sallés de Brasília, PÁGINA 48 Expediente Fachada e alunos do Colégio Maria Imaculada de Brasíla, DF Fale conosco 65 Ler e Interpretar Alunos do CIC-Machado lêem e interpretam obra de Machado de Assis e Gil Vicente INTEGRAÇÃO EM REVISTA é uma publicação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino n Diretora Responsável: Ir Wanilda Melo Barbara ([email protected]) n Produção Gráfica: Edenilson S. Coelho ([email protected]) n Impressão: Gráfica Nova Prova n Tiragem desta Edição: 7600 exemplares (Distribuição gratuita e dirigida) Sua opinião é importante para nós! Envie seus comentários, críticas ou sugestões para: n E-mail: [email protected] ou, se preferir via Correio: n Rua Humberto I, 395 - Vila Mariana - Cep: 04018-031 - São Paulo - SP Religiosas Concecpionista Missionárias do Ensino SEDE PROVINCIAL Rua Humberto I, DESTAQUE EDITORIAL Nº 395 - Vila Mariana Tel. (11) 5539-2577 Fax (11) 5549 5743 E-mail: [email protected] 04018-031 São Paulo SP COLÉGIO MARIA IMACULADA Av. Bernardino De Campos , 79 Cep: 04004-050 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3283-2111 Site: www.colegiomariaimaculada.com.br E-mail: [email protected] CRECHE LAR ESCOLA CARMEN SALLÉS Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 419 Cep: 04014-011 - Vl. Mariana - São Paulo - SP Tel.: (11) 5083-0941 RECANTO BETÂNIA Rodovia José Simões Louro Jr. , 3284 Cep: 06900-000 - Embu Guaçu - SP Tel.: (011) 4661-1449 E-mail: [email protected] COLÉGIO MARIA IMACULADA Rua Francisco Gomes, 661 Cep:13730-320 - Mococa - SP Tel.: (19) 3656-0107 Site: www.cmimococa.com.br E-mail: [email protected] LAR MARIA IMACULADA Rua Prudente de Morais, Nº 533 Telefax: (19) 3656-0020 E-mail: [email protected] 13730-400 Mococa SP COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO Rua Professor José Cãndido, 238 - Centro Cep: 37750-000 - Machado - MG Tel.: ( 35) 3295 1168 e-mail: [email protected] ABRIGO JESUS, MARIA E JOSÉ Rua Prof. José Cândido, Nº 284 Tel.: (35) 3295-1219 37750-000 Machado - MG COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO Rua Cristiano Stockler, Nº 271 Tel.: (35) 3521-8777 Fax: (35) 3521-6221 E-mail: [email protected] www.cicpassos.com.br CASA CARMEN SALLÉS Rua 11, N.º 105 Tel. (34) 3428-2262 Fax (34) 3428-3564 38230-000 Fronteira - MG CASA IMACULADA CONCEIÇÃO Rua Professora Antônia Meireles, Nº 07 Loteamento Carvalho Tel. (75) 203-2348 Fax (75) 203-2035 E-mail: [email protected] 48540-000 Jeremoabo - BA COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS Av. L 2 Norte, Quadra 604 Cep: 70840-040 - Brasília- DF Tel.: (061) 223 2863 Site: www.carmensalles.com.br CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS Av. L 2 Norte, Quadra 604 Esperança e Esperança é a virtude que impulsiona a pessoa para a busca de algo na expectativa de alcançá-lo. E se alguém busca algo é porque experimenta em si mesmo a inconclusão. Somos seres que não estamos prontos. Essa consciência é que faz a pessoa sair de si mesma, buscar, esperar. E quem espera, sempre alcança, nos diz o ditado. Mas não por uma atitude passiva, cômoda de quem permanece de braços cruzados. Como diz Paulo Freire pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas, prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à pura cientificidade, é frívola ilusão. A esperança é ativa, é impulso, é atitude de quem olha para frente, percebe o caminho a ser percorrido e não desiste de seguir, porque tem a certeza de que mais adiante está o que deseja encontrar. A esperança é também a força que motiva a ação educativa, a utopia de ver uma sociedade nova, um mundo animado pela experiência de paz, de pessoas solidárias com todos os que transitam pelo mundo fazendo e construindo a história. Carmen Sallés foi uma mulher de esperança e é a esperança que podemos perceber, como força motora da Educação Concepcionista retratada em cada uma das páginas desta edição da Revista Integração. Nelas percebemos a esperança ancorada na prática dos que descobriram na educação a missão de desvelar possibilidades, mesmo quando para isso tenham que superar obstáculos. Cep: 72329-116 - Brasília- DF Tel.: (61) 359-4901 E-mail: [email protected] COLÉGIO MARIA IMACULADA QI 05 - CH 72 - Lago Sul Tel.: (61) 248-4768 Fax: (61) 248-6464 E-mail: [email protected] 71600-790 Brasília - DF COLÉGIO MARIA IMACULADA Rua São Francisco Xavier, 935 Cep: 20.550- 011 - Rio De Janeiro - RJ Tel.: (21) 22644998 Site: www.concepcionistas.com.br/cmirj Email: [email protected] (Até Dezembro de 2004) [email protected] (A partir de Janeiro de 2005) COLÉGIO REGINA PACIS Rua Daniel de Carvalho, 1424 Tel: (31) 33375945 Cep:30.430 - 050 - Belo Horizonte - MG site: www.rpacisbh.com.br e-mail: [email protected] É essa a esperança que todos somos chamados a cultivar em nós para não sermos dominados pelo medo, pela descrença, pela presença do mal, tão fortemente percebido no mundo de hoje. Animados pela esperança é que as ações educativas da família, da escola, de cada pessoa que acredita na força do Bem, contribuirão para a construção de uma cultura de paz e de solidariedade, e para que se torne realidade concreta a frase: O AMOR VENCERÁ. Desejamos aos leitores de nossa Revista que a vinda de Jesus, no Natal fortaleça cada um na esperança para fazer de cada dia de 2005, um tempo pleno de vida, de alegria, de paz e de solidariedade. Feliz Natal! Feliz 2005! I Congresso Internacional IR. WANILDA MELO BARBARA 37900-150 Passos - MG Por uma Pedagogia da Concepcionista Graças porque nos reunimos Ponto de encontro de diferentes culturas e de um único ideal: Evangelizar através da educação sob uma única bandeira. Graças pela oportunidade de partilhar nossa experiência educativa e nossa vida, porque nos convidas cada dia, através de Carmen Sallés; adiante, sempre adiante, Deus proverá. O I Congresso Internacional Concepcionista, que foi realizado do dia 06 ao dia 10 de setembro de 2004, na Espanha, teve como ponto fundamental das discussões o tema: Claves Identificadoras da Qualidade Educativa Concepcionista. Foram mais de 450 participantes de 13 países, contando o Brasil com 30 educadores no evento. O resgate do carisma da Madre Fundadora Carmen Sallés, do sentimento de caridade e, fundamentalmente, da Ação Educativa de Qualidade através da Educação Concepcionista, foram ingredientes das ricas discussões permeadas nas palestras centrais do Congresso: 1-) La Educación Concepcionista, su espacio en la Iglesia y en la sociedad proferida pelo Pe Francesc Riu Rovia de Villar; 2-) Maria Inmaculada, punto focal de un carisma único, una espiritualidade comun, una misión compartida Pe Jesús Castellano O. C. D.; 3-) La proyección misionera de la educación concepcionista Ir Maria Victoria Zorrilla Fernández; 4-) Parámetros de un educador de calidad Prof Dr Francesc Torralba Roselló; 5-) Educación de calidad Dr José Luis Garcia Garrido. CONTINUA CASA NOVICIADO Rua Herculano de Freitas, 1.566 - Barroca 4 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Tel.: (31) 3332-3933 e 3332-9741 E-mail: [email protected] 30430-120 Belo Horizonte - MG INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 5 DESTAQUE Em teu nome, Senhor! Elevando a Arte flashes do Congresso De todos os rincões do mundo . Nossa Terra; Terra de benção. A participação brasileira no evento teve seu destaque em vários momentos: nas mesas de discussões, na apresentação do folclore através de uma dança (Quadrilha) e na seleção dos trabalhos apresentados ao I Concurso Internacional Concepcionista, iniciado em 2003, que teve como tema central: A Missão Educativa Concepcionista: Experiência e Vida. O Brasil recebeu diversos prêmios, dentre os quais, dois em nível mundial. O evento objetivou, principalmente, conhecer e valorizar a importância do carisma Concepcionista, tendo em vista a superação e a melhora do pensamento para atingir as metas da educação em todos os países que fazem parte desse ideal. Além disso, houve preocupação em intercambiar, a partir da riqueza e diversidade entre os povos, os trabalhos, as experiências educativas e os valores intrínsecos das diferentes culturas para enriquecer a ação Educativa Concepcionista. A riqueza das discussões, a troca de experiências com países de realidades tão diversas, o carinho e empenho das Irmãs Concepcionistas para com todos os congressistas foi fenomenal. Trouxemos em nossas bagagens de vida a seguinte conclusão: Descobrimos que a Missão Educativa Concepcionista é uma vocação, um estilo de vida que permite crescer juntos, leigos e religiosas, na realização de um mesmo projeto educativo. Visita a Ávila Seleção de trabalhos do I Concurso Internacional Noite cultural - Apresentação folclórica Capela de Madri Grupos de Trabalho Sonia Mari K. Lucca; Fabiana Scoleso; Mauricéia Ribeiro Colégio Maria Imaculada - São Paulo 6 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Viagem ao Valle de los Caídos e El Escorial Homenagem a N. Sra. Aparecida a passense Aconteceu no dia 30 de setembro, no ginásio poliesportivo do CIC/PASSOS, a cerimônia de premiação do I Concurso Internacional Concepcionista. Irmã Vera Costa Milani, Superiora Provincial do Brasil, foi a portadora dos prêmios e fez a entrega dos mesmos aos vencedores. Lançado em 2003, o concurso reuniu trabalhos de várias partes do mundo, entre pinturas, desenhos, textos literários, músicas, trabalhos de informática. Os trabalhos apresentados foram julgados em três fases: local, nacional e internacional. Os trabalhos selecionados no nível nacional foram avaliados por um Júri internacional, no dia 05 de setembro de 2004, em Madri. O resultado de todas as fases foi apresentado em Buitrago, na Espanha, no dia 07 de setembro. As Coordenadoras do CIC/Passos, Marta Cardoso e Laura Borges, e a professora Lúcia Faria, que participavam de Congresso naquela localidade, presenciaram a divulgação do resultado final e vibraram muito, assim como todo o público presente. Gustavo José Lemos foi o vencedor da catetegoria literatura, nas três fases. Ele concorreu com a peça Uma luz que vem do alto, que fala sobre a inspiração de Carmen Sallés para fundar a Congressão das Religiosas Concepcionistas. O Coral Arte em Si, também de Passos, ficou com o prêmio local da categoria musical com Tributo a Madre Carmen, composta por Melanie Assad Medeiros (arranjo) e Lourdinha Martins Faria (letra). Professores, colegas de trabalho, alunos e um coral ensaiado por Carlos Antonio Abreu prestaram homenagens a Gustavo José Lemos. Sua conquista, assim como a do Coral Arte em Si, enchem de orgulho não apenas a comunidade CIC, mas todo cidadão passense. O prêmio de Gustavo faz justiça ao talento do artista. Ele é professor de artes e diretor de teatro no CIC há muitos anos. Na cidade de Passos e na região, além de escrever no Jornal Folha da Manhã, expõe sua arte através de pinturas, desenhos, figurinos, cenários, textos, atuações como diretor e ator de teatro, em peças como a Paixão de Cristo, entre outras. As peças de teatro apresentadas nas feiras culturais, que são dirigidas por Gustavo e interpretadas por alunos dos segmentos I, II e III, emocionam e marcam as vidas de todos os que participam e assistem, e entram para a história de Passos e do CIC. João Gladstone Assistente da direção administrativa CIC/Passos - MG Leia, a seguir, a entrevista concedida por Gustavo José Lemos aos alunos do Grêmio Estudantil CIC 2004 Grêmio Estudantil - Gostaria que você iniciasse esta entrevista falando sobre sua peça premiada. Gustavo - Ela fala sobre cinco cores, cinco tons de azul que estão em um lugar completamente abstrato. De repente, despenca nesse lugar uma poesia. As cores então pedem a essa poesia que escreva um texto para ser entregue a um anjo que vai anunciar o chamado a Madre Carmen Sallés, no Santuário de Monserat, nos Pirineus. Esses cinco tons de azul são os mesmos que estão no manto de Imaculada Conceição. Grêmio O visual da peça deve ser fantástico! CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 7 Gustavo - As pessoas estão se confundindo e é até bom que se explique. Eu não ganhei o prêmio pelo espetáculo, foi o texto, dentro da categoria literatura. A primeira montagem será com os alunos daqui. Pretendemos apresentá-la no dia 31 de dezembro numa Assembléia que acontecerá no Brasil. Serão sete atores. No próximo ano, ela poderá rodar o país nas casas Concepcionistas. Nós queremos fazer uma super produção! Grêmio Qual o contexto religioso da peça? Gustavo - Fala-se sobre o início da Congregação Concepcionista, sobre o Carisma, sobre Madre Carmen Sallés, sobre o que nós vivemos aqui no CIC. Grêmio - Como você pretende encená-la? Gustavo - Queremos montar o texto, fazer um guarda-roupa fantástico e fazer de um jeito para colocar esses meninos em uma Van e passar pelas casas concepcionistas ano que vem, entendeu? É o que a gente quer.. Inesquecível e gratificante vitória Durante o mês de agosto, os alunos do Colégio n Grêmio - E como foi o concurso que você venceu? Contente com a vitória? Gustavo - Esse concurso aconteceu nas Instituições Concepcionistas de todo o mundo. 10 países enviaram trabalhos. Eu tive a sorte de ganhar esse prêmio pelo qual recebi muitas manifestações. Mais do que isso, um aluno do CIC disse: Eu aposto que Madre Carmem deu uma ajuda para ele. Esse aluno não está errado. Grêmio - É possível o pessoal do próprio colégio levar essa peça para rodar o Brasil inteiro? Gustavo - Mas é claro, nós temos talentos fantásticos aqui. Veja, um dia após uma peça um amigo meu me ligou e disse que havia um gênio no CIC. Prefiro não dizer quem é. Há atores aqui que balançaram as almas e os corações das pessoas. Grêmio - E o teatro tem essa magia, não é? Gustavo - O teatro é a tônica da emoção e isso é muito importante. 8 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 PASTORAL Nós, do grupo Adelante siempre delanteestamos sentindo alegria, emoção e muita satisfação após ganharmos o 1º lugar nos níveis local, nacional e internacional do I Concurso Internacional Concepcionista na categoria Informática. Falar, pesquisar sobre a beata Carmen Sallés foi um privilégio para nós, educadores concepcionistas, pois a cada detalhe novo que descobríamos, nossa concepção de educadores ia se modificando. Que informações são essas, que possuem o poder de seduzir e conquistar as pessoas que se aproximam delas? É fácil explicar. Qualquer pessoa que venha conhecer a vida e obra de Madre Carmen se transforma porque o Carisma Concepcionista de educadora que ela transmite é um exemplo de esperança, força e fé que todos nós, educadores, devemos ter durante a nossa vida. Nessa admirável tarefa de educar, o amor e o carinho aos educandos é fundamental. Precisamos de aproximá-los de Deus, em quem está a fonte do verdadeiro amor. (Car- Maria Imaculada do Rio de Janeiro celebraram e e refletiram sobre as vocações. men Sallés). Esta foi uma das frases que mais marcou o nosso grupo, pelo fato de nos conscientizar do nosso papel de educadores perante a Comunidade Concepcionista. Resta-nos agradecer a Deus, aos nossos familiares e à Congregação das Concepcionistas Missionárias do Ensino, que nos deu a oportunidade de mostrar o quanto é belo vivenciar o Carisma Concepcionista. Ana Paula Santos Ferreira, Maria Estela de Bastos, Eliana Cristina da Silva, Antônio Carlos Pedrassi Educadores do CMI de Mococa-SP O setor de Pastoral do CMI Rio aproveitou o mês de agosto para trabalhar com os alunos o tema Vocações. Todas as turmas participaram de uma celebração vocacional salientando o sentido do BATISMO e os diversos estados de vida na Igreja. Foi explicado aos alunos o objetivo da CNBB ao instituir o mês de agosto como mês vocacional para todo o Brasil. As turmas (da 1a serie do Ensino Fundamental ao Ensino Médio) participaram, durante as aulas de Ensino Religioso, de uma maratona vocacional, com um grau crescente de dificuldade e interesse de acordo com o nível dos alunos. A maratona chegou até os professores através das questões colocadas no mural de sua sala. Os alunos da Educação Infantil trabalharam sobre o tema vocacional, mas voltados para o lado profissional, através de entrevista com seus pais ou responsáveis, desta-cando como eles se sentem e o que mais lhes traz alegria na profis- são que exercem. Expressaram o que pesquisaram através de recorte e colagem e montaram um painel sobre o tema. O mesmo foi feito em relação aos estados de vida (sacerdotal, religiosa, matrimonial e laical), pesquisando e buscando figuras relacionadas com os estados de vida apresentados. No final, cada turma montou um painel e fez uma visita à capela em ação de graças pelas pessoas que vivem por um ideal. O mês vocacional foi encerrado com uma celebração da Palavra na capela, com a participação das turmas, em diferentes horários. Cada professora acompanhou sua turma ajudando-a a refletir sobre a importância de despertar a comunidade para a co-responsabilidade vocacional e para pedir ao Senhor da messe o aumento de vocações religiosas e sacerdotais. Senhor, que chamaste os apóstolos para serem pesc adores de hom ens e construtores dum mundo no vo, chama também agora os jovens para os diversos serviços e ministérios da Igreja. Alarga os seus horizontes ao mundo inte iro e faze-os ouvir as súplicas de tantos irmão s e irmãs que anseiam po r luz e verdade. Santifica-os pe lo teu Espírito e comunica-lhes a tua sede de re denção, para que respon dam ao teu ap elo e sejam sal e lu z até aos confins da terra. Ámem! Colégio Maria Imaculada - RJ INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 9 PASTORAL maior? Quem é o e Este foi o tema do II Encontrinho dos alunos de 1a a 4a série do CIC/Passos, realizado no mês de Setembro. Diante do grande ensinamento de Cristo sobre quem é o maior diante de Deus, as crianças puderam refletir sobre a importância da humildade, da doação e do serviço. O Encontrinho teve início na capela, onde as crianças se colocaram em oração sob a orientação de Adriana Faria, Irmã Sílvia e os alunos da Infância Missionária, que apresentaram uma dramatização onde cada criança pôde observar quem realmente tem mais valor para Jesus. Em seguida foram realizadas várias atividades programadas pelas professoras e pela coordenadora do Setor de Pastoral. Dinâmicas, trabalhos em grupo e filmes bíblicos ressaltaram as qualidades, os dons que temos e precisamos colocar a serviço dos demais, e os grandes gestos de solidariedade e doação. Todos unidos para evangelizar Os alunos da Juventude Missionária também atuaram no Encontrinho, levando as crianças a partilharem suas idéias através de uma atividade bastante organizada e criativa. Os professores de Educação Física dirigiram um momento mais descontraído, convidando os alunos para jogarem um bingo bíblico. Através dessa brincadeira, as crianças puderam recordar e aprender também vários nomes de pessoas, lugares e passagens que marcaram a vida de Jesus e a nossa também. Para encerrar a tarde, os alunos confeccionaram uma minibíblia com ilustrações, versículos e mensagens que eles mesmos conhecem do Livro Sagrado. A Equipe de Pastoral, os educadores, as famílias e os alunos consideram esses momentos muito fortes e significativos para a formação da pessoa,pois marcam profundamente o coração e a mente de cada um. Oferecem oportunidades para uma reflexão importante sobre a vida, uma avaliação da própria conduta, dando chances para descobrir o papel que cada um tem na sociedade em que vive. Só seremos felizes quando reconhecermos que somos todos irmãos e que somos capazes de mudar o rumo da história, trazendo dias melhores, através do amor e do serviço. Adriana F. Alcântara Dias Coordenadora do Setor de Pastoral do CIC Passos 10 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Encontro Despertar Quem é o meu próximo? n Nos dias 8, 9 e 10 de outubro de 2004, os alunos da 7ª série do colégio Madre Carmen Sallés-DF participaram de mais um momento de reflexão, convivência e lazer, no encontro Despertar. O encontro aconteceu na casa de Retiro Rainha dos Mártires situada no Setor de Mansões Park Way. O encontro foi organizado e coordenado pelo Setor Pastoral e contou com a participação e colaboração dos alunos do Ensino Médio Rafael Nunes, Cláudio, Ana Paula, Natália, Thatyanne e Patrícia, e da ex-aluna Lorena. Dois casais de professores (Mary e Onivaldo e Eliana e Ricardo), o jovem Max, da Comunidade Católica Shalom, e a jovem Estela participaram do desenvolvimento do encontro e ofereceram ao grupo preciosos momentos de reflexão. Durante os dias do encontro, os alunos refletiram sobre o tema Quem é o meu próximo, baseado na parábola do Bom Samaritano. O tema foi desenvolvido através de palestras, dinâmicas, teatros e depoimentos, procurando despertar nos adolescentes a consciência para os quatro âmbitos relacionais: consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com Deus. O encontro proporcionou maior convivência e integração entre as turmas, levando os alunos a refletirem sobre a importância da família como o seu bem mais precioso. No final do encontro, já no colégio, os pais receberam os seus filhos, cantando a música do Roberto Carlos Como é grande o Meu amor por você. Foi uma grande emoção para filhos e pais. O mês de setembro é o mês da Bíblia e no CMIRio foi marcado pelo tema A Bíblia Manual do Cristão. Os Alunos, da 1ª série do Ensino do Fundamental ao Ensino Médio, motivados e orientados pela coordenadora de Pastoral e professores, prepararam uma exposição da Bíblia com cartazes e curiosidades sobre a mesma. A exposição recolheu objetos que tratam da palavra de Deus, quadros, chaveiros, calendários, bibelôs, jogos infantis, CD-ROM, livros e livretos explicativos, mostrando como a Palavra de Deus é divulgada. Os alunos puderam visitar a exposição e apreciar, com alegria e satisfação, o trabalho realizado. As crianças da Educação Infantil trabalharam o tema Bíblia através de textos próprios para sua idade, desenhando e levando a história para contar aos seus pais ou responsáveis. No anseio de dar continuidade ao projeto Conhecendo a História da Bíblia com minha Família, os alunos de 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental fizeram a escolha de uma passagem bíblica que partilharam com toda a comunidade educativa através do sistema de som do colégio. Os alunos de 5ª a 8ª série pesquisaram sobre o que é ser discípulo e os alunos do Ensino Médio contribuíram com cartazes bíblicos, trabalhados nas aulas de Ensino Religioso. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 11 PASTORAL ESPIRITUALIDADE FORMAÇÃO PARA A VIDA... Formando para a a missão A Diocese de Paulo Afonso/BA, a partir de 2004, tem como uma das prioridades a formação de Leigos. Para isso, está promovendo um curso de três anos em várias etapas. Nos dias 2, 3 e 4 de julho aconteceu, na cidade de Santa Brígida/BA, a 1ª etapa do 1º módulo do curso Formação de Liderança do Zonal 02, tratando o tema: Pessoa Humana Afetividade e Sexualidade. Os objetivos dessa etapa foram: n Possibilitar que as lideranças de comunidade tomem consciência de sua história pessoal, do seu corpo, do seu contexto, de sua personalidade, do seu potencial, das suas limitações e condicionamentos, buscando razões do seu jeito de ser e de se relacionar com as pessoas e com o mundo. n Possibilitar que as lideranças se comprometam, a partir dessa consciência, com a mudança de postura, com a valorização pessoal e possam redimensionar a forma de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo. A etapa desenvolveu reflexões sobre a origem do nome, a consciência corporal, a sexualidade e a história pessoal, com enfoque nos fatos, espaços, pessoas e acontecimentos que marcaram a pessoa, a personalidade e o contexto mais próximo que influencia e determina o modo de ser e pensar do ser humano AUTOPERCEPÇÃO. Foram 28 participantes de quatro cidades. Nos dias 23 e 24 de julho aconteceu o repasse do Curso de Formação de Liderança para os coordenadores dos bairros e povoados da Paróquia São João Batista de Jeremoabo/BA. Aconteceu o mesmo processo do curso do Zonal 02, contando com 36 participantes, que gostaram e mani- festaram seu interesse por conhecerem-se melhor. A 2ª etapa do 1º módulo (do Zonal 02) aconteceu em Jeremoabo/BA nos dias 15, 16 e 17 de outubro, com o seguinte tema: A Sociedade: análise da realidade econômica, política e cultural, tendo como objetivo: n Possibilitar que as lideranças de grupos e comunidades compreendam a história da sociedade e entendam a política como um esforço de construção do bem comum e de uma organização social que visa trazer vida digna a todos, assumindo o seu papel de cristão frente a essa realidade. Sem Mim, nada podeis fazer c Com esse tema, os educadores do Recanto Betânia participaram de um dia de retiro dando início ao segundo Semestre Letivo de 2004. Educadores, funcionários e irmãs se fortaleceram com o alimento espiritual da Palavra de Deus. Refletiram sobre a importância de estar unidos a Jesus, formando uma comunidade cristã. O tema mostrou que somos ramos e que nada podemos fazer separados da árvore. Somos todos iguais, irmãos, e não há quem se destaque; somos ramos entrelaçados, filhos de Deus. Houve momentos de pleno silêncio para deixar que as palavras de Jesus penetrassem nos corações, es- pecialmente as seguintes: Permanecei em mim e eu permanecerei em vós ... e assim dareis muitos frutos. Individualmente, cada um pode refletir sobre seus relacionamentos, sua vivência, suas preocupações, alegrias e angústias do dia a dia. Após a reflexão pessoal, houve um momento de partilha sobre algumas palavras-chave do texto: podar, cortar, dar frutos, permanecer, videira, ramo, limpar, sem mim nada podeis fazer, dar vida e secará. Como conclusão do retiro, o grupo percebeu que momentos como esses ajudam e levam ao crescimento humano e espiritual, tanto dos educadores e funcionários, como das Irmãs. O retiro foi encerrado com a Celebração Eucarística e participação na Eucaristia, em que Cristo é oferecido como alimento para a caminhada do dia a dia. Educadores do Recanto Betânia O grupo refletiu sobre a situação econômica, política e cultural do nosso mundo atual para assumi-lo e redimi-lo, não como quem está fora do mundo ou como quem se considera puro, mas como alguém que também precisa de conversão e mudança. 12 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 13 ESPIRITUALIDADE Fui Eu que vos escolhi Partilhando a experiência... n No dia 11 de setembro, os educadores do Colégio Imaculada Conceição/Passos participaram de um Retiro preparado com muito carinho pela Equipe de Pastoral. O tema Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi deu oportunidade a cada participante de reconhecer a sua importância como pessoa aos olhos de Deus e repensar a missão que Ele confia a cada um de seus filhos. Padre Carlinhos foi quem conduziu toda a manhã, orientando os participantes para uma reflexão profunda sobre: 14 n o chamado para a vida; n o chamado a viver o batismo; n o chamado a realizar o projeto de Deus na sociedade. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Através de várias reflexões pessoais baseadas nos textos bíblicos, orações e um momento de partilha no final da manhã, os educadores reconheceram que realmente são pessoas especiais e únicas, e como é sério o compromisso que devem assumir no seu dia-a-dia. Após o almoço, a Equipe de Pastoral retomou as atividades convidando os presentes para uma reflexão sobre a seguinte questão: Qual é a minha resposta diante do chamado de Deus como um(a) educador(a) Concepcionista? Como subsídio para este momento foi preparado um material para leitura, extraído do módulo no 10 da Missão Partilhada Educar na perspectiva do pobre e alguns capítulos da coleção Análise da Inteligência de Cristo. A dinâmica sugerida pela Equipe de Pastoral foi um painel integrado. No final do Retiro, durante a avaliação, os educadores se emocionaram com os comentários e depoimentos apresentados. Alguns colegas, que pela primeira vez participaram de um dia como esse, perceberam que foram tocados por Deus e que se sentiam realmente diferentes. Foram vários testemunhos, que servem de lição para o dia-a-dia de todos: Deus está sempre presente, é a nossa força, é a nossa luz. Que cada educador possa se inspirar nos exemplos de Madre Carmen Sallés, que tinha como fundamento em sua vida o Cristo Mestre e assuma no seu dia-a-dia a sua vocação, com fé, garra e perseverança, sob as bênçãos de Deus e a proteção da Virgem Imaculada. Adriana F. Alcântara Dias Coordenadora do Setor de Pastoral CIC Passos - MG Em sintonia com Deus v Vinde e Vede! foi o tema escolhido pelo grupo de Pastoral Vocacional do CMI Rio para os três dias de reflexão dos educadores, realizado em Iguaba, no mês de julho. Foram momentos de partilha, reflexão e crescimento espiritual num local privilegiado, de silêncio e de bela paisagem. A acolhida e o saboroso almoço marcou o início do encontro. O primeiro momento de reflexão teve como ponto de partida o texto A Bagagem, que suscitou no grupo interiorização e partilha. O Salmo 138, que revela a presença de Deus na vida de cada pessoa, foi rezado e partilhado pelo grupo. A presença do SSmo. Sacramento exposto veio reforçar a certeza de que Deus é pre- sença e é presente para todos. Momentos de lazer propiciaram ao grupo uma maior sintonia e partilha de suas qualidades e bom humor no primeiro dia. No segundo dia, depois de um delicioso café da manhã, foi a vez da reflexão pessoal sobre o perdão. Para esse momento, foram indicados aos educadores alguns textos bíblicos que apresentavam Jesus perdoando e convidando a cada um a fazer o mesmo. Depois de rezar individualmente, houve uma partilha da oração em que cada um apresentou ao grupo o que significou o texto para si, bem como os apelos percebidos diante do mesmo. Diante das palavras-chave TRABA- LHO, FAMÍLIA, SAÚDE, AMIGOS e ESPÍRITO, os educadores, divididos em cinco grupos, viveram outro momento de reflexão e fizeram uma representação sobre a palavra-chave. Cada pessoa foi convidada a elaborar um projeto pessoal de vida, motivada pela frase: Ama-me do jeito que és. A manhã desse segundo dia foi encerrada com um churrasco. Na tarde desse segundo dia os educadores viveram um momento com Maria, aprofundando e rezando um dos mistérios do Rosário. Para encerrar a tarde, participaram da Eucaristia celebrada na paróquia Imaculada Conceição. No terceiro dia, após o café, todos fizeram a oração pessoal a partir do Salmo 118 e como atividade pessoal, cada um elaborou o seu próprio salmo, que foi lido diante do SSmo. Sacramento. Depois, os participantes foram divididos em dois grupos e cada um recebeu um texto para discussão, após a qual, todos permaneceram um longo momento diante do SSmo. meditando sobre o tema As Cruzes. Cada um fez seu compromisso. Concluindo o compromisso, foi feita uma avaliação encerrando o retiro, que deixou nos participantes o desejo de que momentos como os que viveram se repetissem outras vezes durante o ano. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 15 AÇÃO COMUNITARIA Vivendo e praticando a fraternidade o Engajados na Campanha da Fraternidade deste ano, alunos do CIC-Passos realizam gestos concretos em favor da comunidade local. 16 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Os alunos do Ensino Médio do Colégio Imaculada Conceição/Passos, preocupados e conscientes da grave situação sobre a escassez de água em vários lugares do mundo e indignados com a falta de higiene e de saneamento básico de muitos brasileiros, resolveram elaborar e desenvolver um projeto, em sintonia com a Igreja e a CNBB, que pede para que ninguém fique sem água. A iniciativa partiu de alunos das 1ªs e 2ªs séries do Ensino Médio, através de uma visita aos moradores carentes da Rua do Valinho, local onde o CIC atua há mais de dez anos através de campanhas de solidariedade e promoção social. Foi feito um levantamento de dados e constatou-se que várias residên- cias não tinham as mínimas condições básicas de Saneamento. Muitas pessoas não faziam uso de esgotos e nem mesmo de banheiros. Apoiados pelos professores de Ensino Religioso e Biologia, os alunos arregaçaram as mangas e começaram a trabalhar em favor desses irmãos mais necessitados. Com a ajuda de pais de alunos e amigos, conseguiram uma boa parte dos materiais para a construção dos banheiros e redes de esgoto para os moradores do Valinho. Pias, chuveiros, encanamentos, vasos sanitários, cimento e tijolos, foram entregues em algumas casas. Com a ajuda dos próprios moradores do local, um mutirão foi organizado para começar a construção. Os alunos puderam observar e tirar uma grande lição de vida: para que um sonho seja realizado é preciso que a fé, o compromisso e a fraternidade estejam presentes no coração de cada pessoa. Através dos exemplos de vida desses nossos irmãos tão sofridos, mas que muitas vezes não perdem a esperança e a vontade de lutar por uma vida digna, é que aprendemos a valorizar a nossa vida, as oportunidades que nos são oferecidas, a tomar consciência de que somos pessoas privilegiadas com o que possuímos e que por isso Deus nos confia uma grande missão: colaborar com o seu Reino, amando e servindo sempre. Adriana Faria de Alcântara Dias Coordenadora do Setor de Pastoral do CIC / PASSOS - MG gestos que aliviam os sofrimentos A vida aqui só é ruim quando não chove no chão; mas se chover dá de tudo, fartura tem de porção.Tomara que chova logo! Tomara, meu Deus tomara! ... (Trecho da canção Último Pau de Arara, de Venâncio, Corumba e José Guimarães) a Ao propor o tema da CF/2004: FRATERNIDADE E ÁGUA, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) quis chamar a atenção para o valor vital da água para todos os seres vivos, sua importância social e a necessidade da participação de todos no cuidado e gestão desse bem comum; quis também questionar o conceito mercantil da água e mostrar que, mais que um recurso, ela é um patrimônio e um bem necessário a todos; nela, de fato, há um vasto conjunto de valores que dizem respeito às mais diversas dimensões da vida, como: econômica, sagrada, simbólica, lúdica, entre outras. Conscientes dessa importância, os colégios Concepcionistas da Província do Brasil procuraram trabalhar com os alunos, de forma interdisciplinar, todos os aspectos que envolvem esse elemento tão essencial para a sobrevivência. Os alunos foram mobilizados durante o ano para assumirem, em relação à água, os princípios do cuidado, da responsabilidade e da solidariedade. Diversas atividades foram realizadas para isso. Em relação ao princípio da solidariedade, houve empenho dos educadores para que os alunos pudessem conhecer a realidade daqueles que sofrem as conseqüências da falta da água e de cuidados com a mesma. O projeto Campanha para ajudar o Semi-árido do Brasil na construção de poços foi desenvolvido em algumas escolas com o objetivo de levar os alunos à expressão concreta de solidariedade para com os que carecem desse bem tão precioso. O resultado foi o seguinte: Colégio Maria Imaculada - São Paulo R$5.000,00 Colégio Madre Carmen Sallés - Brasília R$2.000,00 Colégio Imaculada Conceição - Passos R$1.000,00 As contribuições da Campanha foram enviadas à CÁRITAS BRASILEIRA, organismo da CNBB, responsável pela administração do Fundo Nacional de Solidariedade e serão aplicadas em projetos relacionados ao abastecimento e tratamento de água voltados ao consumo humano da população do semi-árido brasileiro. Outros gestos de solidariedade foram desenvolvidos em outros colégios como no CMI - Brasília, que realizou a Campanha do Filtro com a finalidade de distribuí-los às famílias carentes do entorno de Brasília. Os gestos podem parecer pequenos se comparados com a enorme necessidade de tantas pessoas, mas é a expressão dos corações generosos que se despertaUma das cisternas construídas pelo ram para amenizar os projeto da Cáritas sofrimentos dos que padecem. Diante de Deus, gestos como esses se tornam grandes e nos convidam a não esperar que os outros façam para depois fazermos. Esperamos que a solidariedade manifestada encontre novos adeptos e que possamos nos unir às grandes redes de solidariedade. Assim como o pequeno beija-flor que queria, com a água levada em seu bico, apagar o fogo que devastava a floresta, que nós também possamos ajudar a aliviar o sofrimento de tantos irmãos que se encontram à margem da sociedade, excluídos dos benefícios do progresso. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 17 AÇÃO COMUNITARIA Espanholizar Multiplicando o saber c Com o objetivo de trabalhar a educação em todos os espaços, o Colégio Regina Pacis de Belo Horizonte, em parceria com a Igreja Santíssima Trindade, do bairro Gutierrez, vem desenvolvendo um projeto de educação preparatória para o vestibular. Além de cumprir a prioridade educativa da escola, visa desenvolver entre os alunos os valores, especialmente a solidariedade. Os alunos do Ensino Médio do Colégio Regina Pacis sob a coordenação do professor de espanhol Ronan Oliveira Couto e da supervisora escolar Vânia Prosdocimi, ministram as aulas de Espanhol a alunos do pré-vestibular, com uma metodologia participativa e conteúdo básico da língua. Nesse processo, os alunos do Regina Pacis preparam as aulas, o material pedagógico e, posteriormente, repassam o conteúdo aos alunos do Pré-vestibular Trindade que, em grande parte, são moradores das vilas e favelas da região. A troca de experiências e a aprendizagem, de ambos os grupos, é fantástica. Por um lado, os alunos do Prévestibular têm acesso ao novo saber, à língua e literatura hispânica. Por outro lado, os alunos do Alunos do Ensino Médio do Colégio Regina Pacis ministram aulas de espanhol a alunos do pré-vestibular, com uma metodologia participativa e conteúdo básico da língua. Regina Pacis , no processo de preparação das aulas, têm a possibilidade de aprimorar o próprio conhecimento da língua, praticar a solidariedade e perceber o outro como ser humano capaz, igual em sonhos, desejos e lutas, ainda que diferente economicamente. No meio do processo, constatamos que para alguns alunos a dificuldade de expressar-se em público, de verbalizar o saber era imensa. É bem verdade que alguns alunos se negaram a participar do processo verbal, se dispuseram a organizar o material pedagógico, mas não se viam capazes de dar uma aula, ainda que fosse sobre um conteúdo já dominado. E o que é a solidariedade se não oferecer um pouco de nós mesmos sem ferir-nos? Senti-me muito lisonjeado, pois pude perceber que o pouco que aprendi durante o ano letivo, tive a oportunidade de ensinar a pessoas que têm menos oportunidades na vida. Sérgio Duarte (aluno do 1º ano do Ensino Médio) Ao subir as escadas não foi possível conter o frio na barriga e a sensação de que iria dar tudo errado e de que os anos de espanhol estudados teriam sido em vão. Mas ao entrar na sala e ver os olhos e faces esperançadas dos alunos, a vontade de ensinar tornou-se maior do que a vergonha e insegurança, e tudo se tornou mais nítido. O espanhol estudado também serviu para abrir os olhos e mostrar que até com pequenas coisas e conhecimentos podemos ajudar os que necessitam, os que não têm as mesmas oportunidades como nós, alunos de uma escola particular. Abri os olhos para mostrar também que os bichos de quinhentas cabeças imaginados por todos são somente frutos de nossa imaginação e que eles são alunos como nós, que visam aprender e poder usar sua sabedoria para um futuro melhor. Anna Carolina Gonçalves (aluna do 2º ano do Ensino Médio) A experiência de transmitir e trocar conhecimentos entre pessoas com realidades sociais diferentes, me alegrou e detonou uma vontade de dar continuidade a esse trabalho. Uma das grandes vantagens de tê-lo feito foi a de experimentar o sentimento de satisfação que antes era de insegurança e que foi facilmente substituído pelo prazer de estar ali. Carolina Paulino Alcântara (aluna do 1º ano do Ensino Médio) Alguns alunos já repetiram aulas, programaram outras e estão ativamente envolvidos no processo do prévestibular. Outros, aparentemente menos envolvidos, estão participando ativamente da preparação das aulas, dos debates e da avaliação pósaula. Conquista o Hoje, a prática da solidariedade, o senso da responsabilidade, a caridade e o compartilhar fazem parte da vida cotidiana dos alunos do Colégio Regina Pacis, ou simplesmente do Regina, como são conhecidos. E mais importante do que isso, eles aprendem mais e mais, não só espanhol, mas a amar, a ver o outro como semelhante, a fazer-se especial e ver o outro como especial também. Tive a oportunidade de ser um professor solidário durante um dia e pude experimentar o sentimento de fraternidade na partilha do conhecimento da língua espanhola que obtive durante o ano letivo, com alunos que não tiveram oportunidades de ter esse aprendizado anteriormente. Sabrina Galan (aluna do 1º ano do Ensino Médio) Ronan Oliveira Couto Professor de Espanhol do Colégio Regina Pacis-BH 18 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Voluntariado Os alunos de 5ª a 8ª série do CMISP, sob a coordenação do Padre Diler, capelão da escola, desenvolvem um trabalho voluntário semanal de Recreação com as crianças da Creche Lar Escola Madre Carmen Sallés. Foi solicitado aos jovens participantes desse projeto de solidariedade que definissem o que é solidariedade. As respostas foram surpreendentes! Eis algumas: Num mundo tão diverso como o nosso, em que muitas vezes impera o egoísmo e os interesses puramente pessoais, os pequenos gestos de solidariedade fazem a diferença. A responsabilidade com a implantação de uma cultura solidária começa com pequenos gestos como esses dos alunos de 5ª a 8ª série do CMI-SP. Ser voluntário é... Ajudar o próximo sem pensar no que você ganhará em troca; Fazer-se criança; Brincar; Pintar; Jogar; Dar carinho; Ser palhaço; Receber o amor; Dar atenção; Doar tempo livre; Tornar as crianças felize s; Partilhar; Experiência divina; Trabalho remunerado com amor, carinho e esperança; Doar-se sem esperar ret ribuição; Vontade livre: eu quero ; Entrar no jogo; Alegria; Gratificante; Caridade; Sorrir; Brilho nos olhos; Mostrar que se importa com as pessoas. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 19 AÇÃO COMUNITARIA De 40 crianças A Creche Lar Escola Carmen Sallés está de Casa Nova É mais um espaço educativo concepcionista que se amplia para melhor cumprir a missão da congregação: evangelizar através da educação preventiva, tendo Maria Imaculada como fonte inspiradora. 20 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 a A Creche Lar Escola Carmen Sallés iniciou suas atividades no ano de 1992, na Rua Maestro Cardim, próximo ao colégio Maria Imaculada. Com essa Obra, o CMI-SP se abria para atender crianças carentes cujas mães necessitavam de um lugar para deixar seus filhos durante seu período de trabalho. Era o começo de uma ação solidária que faria muitas crianças sorrirem e daria uma maior tranqüilidade às mães. Apesar de todo o empenho para o desenvolvimento da ação educativa, a casa era pequena, o que limitava o trabalho dos educadores, que nem por isso deixavam de manifestar o grande amor que abrigava seus corações. Mas se o amor e a coragem eram grandes, o que dizer dos sonhos? Para eles não há limites. Foi o que ocorreu com a visita de Ir. Maria Luz, Superiora Geral da Congregação, dizendo à coordenadora: Maria Lúcia, depois de dois anos não vejo nada de novo na Creche. Isso calou fundo no coração da coordenadora, mas o que fazer! O jeito era garantir a qualidade do serviço realizado e isso era bem feito. Não faltavam utopias. Como essas são impulsos para que as coisas se transformem, chegou o momento da Creche ver sua cara nova. A Congregação encarou de frente o desafio e uma nova Obra foi construída. Numa construção feita com muito gosto, expressão do amor dos corações das Concecpionistas que fiéis a sua Fundadora Carmen Sallés, olham de modo especial os pequeninos, a Obra surgiu. atendidas pela Creche nas antigas instalações, o novo espaço permitiu o aumento para 75 crianças. Chegou o dia da mudança, 27 de outubro de 2004. Educadoras, mães e crianças entravam na Creche vislumbradas com tudo o que viam. Quando as mães souberam da mudança de local, não lhes faltou coragem para mudar a rota de seu retorno para casa por um dia e passar para ver onde é que levariam seus filhos. A nova obra tem salas amplas e arejadas, refeitório e cozinha cuida- dosamente preparados, sala de atendimento às famílias, sala de coordenação, sala de professores, espaço para recreação e banheiros adequados à faixa etária das crianças. Tudo preparado com bom gos- É mais um espaço educativo concepcionista que se amplia para melhor cumprir a missão da congregação: evangelizar através da educação preventiva, tendo Maria Imaculada como fonte inspiradora, fa- to para fazer qualquer criança vibrar de alegria ao entrar em um espaço limpo, saudável e bonito. E foi assim. A equipe de coordenação também teve que fazer seus ajustes. Nada fora do possível, mas uma adequação necessária para quem sai de um espaço pequeno, adaptado e restrito, para outro, amplo e adequado ao número de crianças atendidas. Este foi outro ponto alterado. De 40 crianças atendidas, o novo espaço permitiu o aumento para 75 crianças. A Creche Lar Escola Carmen Sallés funciona agora na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 419, perto da Estação Ana Rosa do Metrô. vorecendo a formação da pessoa e a percepção de si mesma enquanto sujeito histórico, capaz de influenciar na construção de uma sociedade justa e fraterna, por meio do testemunho e anúncio de valores humanocristãos. Tudo o que foi realizado e disponibilizado para a formação das crianças, despertou em todos, um sentimento de gratidão pela Congregação que, não só busca oferecer condições de formação para as crianças, mas prima na preparação dos espaços educativos. Que Madre Carmen Sallés acompanhe o desenvolvimento dessa Obra em favor de crianças que necessitam. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 21 HOMENAGEM Adel a nte, siempre adelante! Seguindo os passos de Madre Carmen Sallés h Há nove anos atrás, eu contava com três filhos no Maria ImaculadaDF. Minha família e eu mantínhamos estreitas relações com o Colégio. Certa vez, quando Ir. Vanilda Rodrigues, diretora do colégio, foi até a minha casa com outras Irmãs para apanhar um biombo que minha sogra doara para a Capela do colégio, tive a surpresa de recebê-la. Quando a procurei no colégio, ela disse: Estamos precisando de uma pessoa que se disponha a nos ajudar em alguns setores da escola e pareceme que o senhor é a pessoa indicada. Gostaria de vir trabalhar conosco? Acho que o senhor vai gostar. Aceitei o convite e, na semana seguinte, iniciava o novo desafio. No início, com as normais inibições. 22 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Na 2ª semana, a descontração chegou: foi a organização do famoso claviculário . Começava a nascer para mim um novo campo de trabalho! Era mais um atleta do trabalho que vestia a camisa do Maria Imaculada. Os primeiros contatos com os alunos foram de observação para perceber a aceitação à minha pessoa. Minha descontração foi fundamental. Hoje, vejo que tudo o que fiz na escola, retornou a mim como fonte de ensinamento, de convívio com os jovens e com as crianças. Quanta coisa aprendi e quanto me ajudaram na criação de meus três filhos adolescentes, com os quais, às vezes, sentia dificuldade de dialogar. Aos poucos, fui percebendo que o que fazia não era mais a aceitação de um convite, mas uma missão, um objetivo a atingir. Os alunos do Maria Imaculada passaram a fazer parte do meu dia-adia, o ponto central de minhas preocupações, o foco de minhas orientações disciplinares, um pequeno exército de pequenos soldados, tratados como seres humanos em formação, que muito dependiam de orientação, firmeza e fraternidade. Hoje, quando vejo aqueles pequeninos da Educação Infantil e os alunos do Ensino Fundamental cantando respeitosamente o Hino Nacional, com a mão direita sobre o coração, emociono-me porque sinto que o meu pequeno exército aprendeu muitas lições, inclusive as de civismo. Deus guiou-me até o Colégio Maria Imaculada porque ali estava uma missão a cumprir, missão que nasceu de um simples convite para durar apenas dois anos e que já caminha para o 1º decênio. Madre Carmen Sallés deve ter suas razões para conservar-me como um servidor de sua missão. Continuarei realizando essa missão enquanto ela julgar útil o meu trabalho e enquanto este for necessário. Carlos Emanoel Auxiliar de Coordenação do Colégio Maria Imaculada de Brasília Uma pessoa comprometida com a Missão Concepcionista neste pedaço de Lago Sul Educar Ato de amor e Educar é um ato de amor, é uma vocação. Se levarmos a sério nossa missão de educadores, nossa mensagem, nosso exemplo e testemunho de vida chegarão até nosso aluno. O compromisso com o Projeto Educativo Concepcionista, com sua VISÃO, com a MISSÃO de evangelizar através da educação preventiva, tendo Maria Imaculada como fonte inspiradora, fundamentados nos princípios Religiosos, Éticos e Políticos, Didáticos e Pedagógicos, favorecerão para que possamos chegar, não só aos nossos alunos, mas também àqueles que se relacionam com eles e conosco. Busquemos dentro de nós a solução para resolvermos os problemas cotidianos, inclusive aqueles que parecem não ter solução. Transpor montanhas, escalar muros e atravessar rios... A história humana, à luz da fé, é a história da caminhada de Deus com os homens e mulheres. Deus que é Trindade comunicanos não só a vida, mas também sua imagem e semelhança. A criação toda comunica as maravilhas de Deus: Os Céus cantam a glória de Deus e o firmamento proclama a obra de suas mãos. Sem palavras, a criação fala por toda parte até os confins do mundo, mas é a pessoa humana a que mais fala de Deus. Falemos de Deus aos nossos alunos com nossa vida, vivida na simplicidade e na bondade... Se ensinarmos aos nossos alunos a gratidão, o direito, a justiça e o amor de Deus, que é grande e misericordioso, um dia eles reconhecerão e serão capazes de dizer o que um aluno desconhecido disse a um de seu professores: Professor, trago um recado de muita gente. Houve gente que praticou uma boa ação E manda dizer que foi porque Seu exemplo a convenceu. Houve alguém que venceu na vida E manda dizer que foi porque Suas lições permaneceram. E houve mais alguém que superou a dor e Manda dizer que foi lembrança de Sua coragem que o ajudou. Por isso, você é importante. O seu trabalho é o mais nobre. De você nascem a razão e o progresso, A união e a harmonia de um povo. E agora... SORRIA. Esqueça o cansaço e a preocupação Porque há muita gente pedindo a Deus Para que você seja muito feliz! Ser pai é tarefa difícil inda mais no mundo atual, ser capaz de ser caminho, mas também ser limite. Ser doce sem deixar de ser jamais referência masculina, ter autoridade sem ser nunca intransigente, autoritário, mandão. . . Ante o insucesso, o desânimo, antes de dizer que desiste, é importante lembrar: pai é âncora e vela e ele tem tanto a viajar. Pai não castra sonhos, estimula e orienta . . . Não nos querem como deuses, muito menos seus heróis; não vamos fazê-los espelhos, cópias ou nossos iguais. Cada um tem seu perfil e é preciso respeitá-lo, num exercício constante de ensinar e aprender. Ser pai é tarefa difícil mas muito gratificante: com a mesma firmeza do sim ser capaz de dizer não, porque, se não o fazemos, o mundo e a vida o farão (nem sempre com a mesma ternura!). É um misto de alegria, de medo, de insegurança, de mundo a ser descoberto, de história a se escrever. Pois é. . . Ser pai é tarefa difícil. Quanta beleza, no entanto!!!. . . Wellington Cortes Ir. Vera Lúcia Marini Diretora do Centro Educacional Recanto Betânia é um renomado educador de Brasília, autor desta poesia e de muitos textos que poeticamente expressam o cotidiano da família e da escola. Gentilmente ele nos cedeu a poesia para que fosse apresentada aos pais na comemoração do Dia dos Pais no Colégio Maria Imaculada de Brasília. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 23 HOMENAGEM Homenagear os Ao mestre, com carinho professores de forma criativa, no dia 15 de outubro, é parte da programação de atividades dos alunos do Ensino Médio. O momento é propício para que os alunos retribuam a atenção e o carinho com que são tratados por seus professores. Na semana que antecede o Dia do Educador, a professora de português propõe a produção de cartões personalizados que serão expostos nos murais do colégio e aguardados com ansiedade pelos professores. Os alunos da 3ª série contam um pouco dessa experiência: 24 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Ao longo desses três anos, tivemos a oportunidade de conviver e aprender com os pro fessores, portanto nada mais justo que homenageá-los, no dia dos professores, com algumas me nsagens, de forma criativa e sincera. Achei interessante que os professores soubessem o quão importantes são, não só para nossa formação intelectual, mas também para nossa forma ção pessoal. Bruno Karia s anos pas, como no ro b tu u o mural de Em ruímos um st n o c s, o o os prosad enageand m o h s o d a rec cia, pois fessores. a experiên e d e m ti ó a m u ad Foi o p o r t u n id a s o m e atenção t iv arinho e a ssores c o r a rn reto profe emos dos que receb os do Ensi n a os três d o g n lo ao . s no Médio e dizer ao o nosso d it m je e s m o u É ntim s o que se ibam disprofessore sa e u eles, e q a o ã ç la re mples, cri maneira si a m u e d so ertida. ativa e div A tradição de homenagear os mestres Costa Carolina durante o mês de outubro representa uma das atividades mais esperadas pelos alunos, pois poderão expressar a seus professores, por meio de cartões expostos no mural do colégio, seu afeto e admiração. A cada ano, inovações quanto à confecção dos cartões surpreendem os professores e explora ao máximo a capacidade criativa dos discentes. Júlia Letícia co nv ivi Po r m ui to s an os av ilh os as co m pe ss oa s m ar i o que é com quem aprend como condisciplina, respeito, dos, como viver bem com to dades da combater as dificul do, conhevida e, acima de tu eira. ci a amizade verdad is como cia pe es o Pessoas tã ixar de ser essas não podem de r isso, nós, homenageadas. Po os e fazealunos, nos reunim s mestres, mos lembranças ao das e guaras quais são recebi rinho. dadas com muito ca Christianne Meu nome é Federico Ribeiro Cereijo, tenho 17 anos e este é o segundo ano que estudo no Colégio Madre Carmen Sallés. Nesses dois anos em que cursei a segunda e a terceira séries do Ensino Médio, tive a oportunidade de prestar homenagens aos professores. Essas homenagens são cartões que mandamos para o professor com o qual mais nos identificamos. Na segunda série, fizemos um jogo de cruzadas com a frase Ao mestre, com carinho na vertical e elogios, correspondentes às letras, na horizontal. Na terceira série, além do cartão, tive a honra de ser o responsável pela confecção da frase Ao mestre, com carinho em letras grandes e criativas para a ornamentação do mural. Tenho que admitir que deu trabalho, porém foi prazeroso. Meu trabalho foi elogiado e vi que, com toda certeza, valeu a pena. Espero que esses cartões que foram feitos se tornem uma tradição, afinal é uma maneira simples de demonstrar o carinho que temos pelos professores. O dia do s profess ores tem últimos a nos uma s data marc ido nos nós, alun ante para os, pois é uma opo de demo rtunidade nstrarmo s o conhecim nosso afe ento aos to e renossos m uma form estres. D a bastan e te criativ dora, a c a e inova ada ano, os discen vertem e tes sc quais são r e v e n d o m e n s a g se die muito be m recebid n s , a s Esta form a s . a de agrad mostra q ecimento ue, além nos de uma p nos passa essoa qu seu conh e ecimento guia e no , que nos s ensina os valore éticos, o s morais professo e r é algué preocup m que s a conos e co, um amigo, a verd quele de que jama a d e ir o esquecer. is iremos Maria Ce cília Poder expressar o que sentimos pelos professores é algo que adoro fazer. É o momento em que posso retornar tudo de bom que recebi e agradecer toda a dedicação e paciência com que somos tratados. Este ano foi mais especial ainda, aliás estamos deixando esse ambiente maravilhoso. Sentirei saudades. Fabiana Soraia Cristina R. Karia Professora de Português e coordenadora da Área de Português do Colégio Madre Carmen Sallés - Brasília INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 25 PARTILHA E a procura por esses intercâmbios é espantosa! Varia entre oitocentos a mil estudantes por verão. E como deslocar tamanha quantidade de gente da Espanha para a Irlanda? As Irmãs Concepcionistas mantêm uma parceria com a Agência Viajes Dublín, uma parceria que deu certo. As famílias dos alunos escolhem, antecipadamente, a modalidade de hospedagem que querem para seus filhos: internatos ou casas de famílias irlandesas. E como é um dia de estudante, na Irlanda? Durante o dia, todos os alunos estão no colégio, com aulas de inglês pela manhã e atividades esportivas, recreativas e culturais pela tarde. Nos finais de semana, os alunos Sonhar sem fronteiras Ir. Terezinha de Jesus Duarte conta um pouco de sua experiència como monitora de alunos espanhóis na Irlanda. 26 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 s Sonhar sem fronteiras parece um pleonasmo, pois nossos sonhos já são sem fronteiras. Com eles vamos concretizando nossos desejos, conscientes ou não. Meu desejo ia longe, até já estava empoeirado pelo tempo, pois havia ocorrido mais forte no final da Faculdade, na década de oitenta, ao término do curso de língua e literatura inglesas. E qual era esse desejo? Sair, além fronteiras, para praticar inglês. Os sonhos tinham uma direção não voltada para os Estados Unidos e sim para algum país da Europa. De repente, em 2004, quando menos esperava, veio o convite: passar um mês na Irlanda, como monitora de alunos espanhóis. Uma oportunidade ímpar para praticar meu inglês, bastante adormecido pelo desuso. Aos poucos fui tirando a poeira, acordando meu antigo sonho. Acolhi o convite com satisfação e fui. Mas como assim? Onde fui arrumar alunos espanhóis para acompanhar? Ah, esse trabalho já estava consolidado na Espanha. Há vinte e sete anos as Irmãs Concepcionistas daquele país realizam essa linda missão de proporcionar o encontro de pré-adolescentes, adolescentes e jovens com a cultura e a língua inglesas, na maravilhosa e verde Irlanda, que de tão verde é carinhosamente chamada de país esmeralda. CONTINUA participam de visitas a museus, a pontos turísticos e a shoppings, em Dublim e seu entorno. Durante todo o tempo, os estudantes são acompanhados por seus monitores, na proporção de quinze para um, numa convivência amiga. No final do curso, os alunos fazem um exame, no qual desenvolvem um tópico de sua escolha e no qual foram trabalhando durante o mês. Os estudantes podem também fazer a opção pelo exame oficial. Neste caso, os examinadores são do famoso Trinity College de Dublin. Um sonho ainda fica: Oxalá possamos alargar as fronteiras e pensar grande. Que tal termos alunos brasileiros nesse grupo, enriquecendo ainda mais o projeto Viagem a Irlanda? Ir. Terezinha de Jesus Duarte Diretora do Colégio Madre Carmen Sallés - Brasília Mulheres e homens de coragem Acredito que quando Madre Carmen fundou a Congregação das Irmãs Concepcionistas Missionárias do Ensino, não imaginava em que solo fértil havia semeado! Quanto sofrimento, quanta angústia...mas deu certo! Ela recebeu a intuição vinda dos céus e seguiu seu caminho de rosas e espinhos. E venceu! Hoje, depois de mais de 100 anos, seus ensinamentos permanecem através das Irmãs Concepcionistas e de muitos leigos que assumem o carisma e rodam o mundo esclarecendo os jovens e suas famílias, ajudando-os na construção de um mundo mais justo e na vivência das atitudes de Maria em suas vidas. Agradeço a Deus, a Maria Imaculada e a Carmen Sallés por sua coragem em fundar uma Congregação com a missão de evangelizar através da educação. Se ela não tivesse dado sim a Deus, hoje, certamente eu não faria parte dessa grandiosa Família Concepcionista. Observando os alunos do município onde moro e os jovens do Recanto Betânia, constato que são, de fato, diferentes. Talvez não consigamos dar a eles tudo o que desejamos, mas o principal são os valores que Carmen Sallés nos deixou como exemplo de vida, e isso eles têm no coração porque procuramos conhecer, viver e transmitir a eles esses valores. E como um mundo melhor se faz com pessoas melhores, percebemos, através do comportamento dos nossos alunos, que nossa contribuição tem sido válida. Agradeço também a Deus, por fazer parte desta Família Concepcionista, e às Irmãs Concepcionistas Missionárias do Ensino, pela coragem de prosseguir com tão dignificante trabalho, apesar de tantas dificuldades. Marta Valéria Professora Recanto Betânia INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 27 PELO MUNDO Concepcionistas em Filipinas A Congregação Concepcionista fundada pela Beata Carmen Sallés y Barangueras no ano de 1892, sentindo o desejo de ampliar a ação apostólica e missionária nos países asiáticos, chegou a Filipinas em 1985. Para iniciar a missão no país, diante de tantas necessidades, a congregação definiu alguns pontos: Filipinas é uma nação que se diferencia da maioria dos países asiáticos, pois tem o cristianismo como religião predominante. ial: Nome ofic Filipinas Re pú bli ca da s . Pilipinas) (Republika ñg , filipino (oficial), inglês is na gio re es pa nh ol, lín gu as bicol). o, ng ilo , alo tag o, (cebuan Idi om a: Capital: Manila Quezon City 654.761), (1.989.419), Manila (1. ), Da va o Ca loo ca n (1. 02 3.1 59 2.2 99 ) (1. 00 6.8 40 ), Ce bu (66 ades: Principais cid (1995). Cr ist ian ism o 93 ,8% tes tan tes (ca tól ico s 82 ,9% , pro nte da s de en ep Ind 8,3 % , Igr eja o 4,6%, Filipinas 2,6%), islamism outras 1,6% (1990). Re lig ião : otal: Tot ea a T Ár Áre 300.000 km². 76 milhões, ineses 2%, ch , % 96 sendo malaios outros 2%. dia ia Declarada no Independênc a cid he on 12 de junho de 1898 e rec 46 no dia 4 de junho de 19 00 ): Po pu laç ão (20 1 pe so (pi so ) = 10 0 centavos (centimo). Moeda: 28 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Expansão da Missão Concepcionista na Ásia a As Filipinas são um arquipélago de 7.107 ilhas com uma área terrestre total de cerca de 300 000 km². As ilhas costumam ser divididas em três grupos: Luzon (Regiões I a V + RCN + RAC), Visayas (VI a VIII) e Mindanao (IX a XIII + RAMM). Manila, em Luzon, é a capital do país e a segunda maior cidade, depois de Quezon City. O clima é quente, úmido e tropical. A temperatura média anual fica em torno de 26,5 ºC. Os filipinos costumam falar de três estações: o Taginit ou Tag-araw (a estação quente, ou verão, que dura de Março a Maio), o Tag-ulan (a estação chuvosa, entre junho e novembro) e o Tag-lamig (a estação fria, de Dezembro a Fevereiro). Localizada no sudeste do continente asiático, a nação filipina é formada por um arquipélago no Oceano Pa- cífico, entre o Mar das Filipinas e o Mar da China Meridional. Em geral, as ilhas são montanhosas e metade do território é coberto por florestas. A maior parte das acidentadas ilhas estava originalmente coberta por florestas úmidas. A origem das ilhas é vulcânica. O ponto mais elevado é o monte Apo em Mindanao, com 2,954 metros. Muitos dos vulcões do país, como o Pinatubo, estão ativos. O país está também integrado na região de tufões do Pacífico ocidental e é atingido por uma média de 19 tufões por ano. Com 76 milhões de habitantes, Filipinas é a sétima nação mais populosa da Ásia e apresenta alta densidade demográfica. Mais de 30% dos filipinos têm idade inferior a 15 anos e estima-se que a população dobrará de tamanho por volta de 2025. n n n Embora a maioria dos filipinos habitem zonas urbanas, a população rural reside em áreas de difícil acesso. A região metropolitana de Manila, a capital, tem quase 10 milhões de habitantes. Infelizmente, as favelas dominam muitas das cidades filipinas e há pessoas que vivem até em aterros sanitários, sobrevivendo com a exploração do lixo. Mais de 90% da população é constituída de malaios, mas há minorias de chineses e ocidentais. A maioria da população adulta é alfabetizada e a nação tem se modernizado gradualmente. Apesar disso, ainda há muita pobreza e o trabalhador filipino ganha, em média, menos de US$ 5 mil por ano. O país produz diversos produtos para exportação, mas a maioria dos trabalhadores se dedica à agricultura. A primeira casa: em Manila; A atividade apostólica: residência para estudantes universitárias; As irmãs: darão aulas de espanhol na universidade de Adamson e de Formação Religiosa na Womens University of the Philippines. Desde o início, a missão das Irmãs concepcionistas na Residência de Manila está centrada na atenção personalizada às residentes, grupos de reflexão, palestras formativas, celebrações e encontros, tempos de reflexão no final de cada dia, com a leitura da Palavra de Deus e um canto Mariano do tempo litúrgico, encontros e dias de retiro vocacional, tanto para as residentes como para outras jovens interessadas na vida religiosa, e atividades de solidariedade. Logo que se constituiu a primeira comunidade das irmãs na cidade de Manila, depois dos passos iniciais, começou o que seria o campo apostólico das Irmãs: a Residência Universitária, que tinha como objetivos: Oferecer um ambiente de família onde as universitárias pudessem viver em clima de amizade com as outras residentes e receber orientações das religiosas. ·n Ser Casa de Maria, (MARY HOUSE) e, sob sua proteção, desenvolver todas as atividades pastorais. n A Residência se situa em MALATE, próxima a diversos Centros Universitários, particulares e estatais, o que favorece para que as universitárias possam ir caminhando para a aula e economizam o dinheiro do transporte. Bacolod foi a segunda cidade de Filipinas a receber as Religiosas Concepcionistas. A cidade se encontra situada no coração de Filipinas, na ilha de Negros. É uma ilha de forma retangular, localizada no centro do país e dividida em duas províncias (Negros ocidental e Negros oriental), com dois idiomas e capitais diferentes. Bacolod tem 500 mil habitantes e é a capital de Negros Ocidental, onde se fala o ilonggo. A cidade tem aparência de uma pequena cidade, pois a população está muito repartida em casas, já que não há edifícios altos. Tem fama de ser a cidade mais verde de Filipinas, com uma vegetação tropical exuberante. É a maior produto CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 29 PELO MUNDO Muitos não podem estudar em casa por falta de luz elétrica e outros vêm mal nutridos. Para remediar essas carências, as Irmãs estão tentando abrir uma pequena biblioteca para que as crianças que não têm luz em suas casas possam aproveitar e estudar na escola. É o único centro escolar do bairro que, por outro lado, é muito povoado e com grande quantidade de crianças e jovens. Através da educação no bairro, que é uma das carências primordiais, a Congregação quer ajudar a população a melhorar sua situação e transmitir-lhes novos valores para que sejam agentes de transformação da realidade em Bacolod. Projeto com as mães do bairro ra de açúcar de Filipinas. Tem também a fama de ser uma das cidades mais limpas do país. Bacolod é conhecida como a cidade sorriso. Sua gente simples vive com alegria e faz festa com tudo. Bacolod está dividida em 61 bairros. As concepcionistas vivem no bairro 39, Barangay. É um bairro muito pobre da periferia de Bacolod. A maioria dos habitantes vivem em favelas. Missão em Bacolod § § § § Residência Universitária Escola de Educação Infantil e Elementar Centro de Espiritualidade Casa de Formação As Irmãs Concepcionistas chegaram a Bacolod, na Ilha de Negros, em 1997. No dia 22 de agosto de 1998, começava uma nova Casa de Maria Imaculada com o nome de Carmen Sallés Youth Home. A Residência , além Carmen Sallés Youth Home de acolher jovens universitárias, foi aos poucos se abrindo para uma nova atividade apostólica que não estava prevista no início: Centro de Espiritualidade para atender aos diversos grupos que necessitavam de um local para seus encontros e retiros. Isso ocorreu desde o ano de 1999. 30 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Desde então, a comunidade de Bacolod recebe muitos grupos de pessoas para retiros, encontros juvenis e outros. § § § Escola de educação infantil e elementar Além das atividades com as universitárias e Casa de Espiritalidade, as Irmãs concepcionistas mantêm também a escola Blessed Carmen Salles School, situada na Rua Antonio Go. Inaugurada no dia 21 de julho de 2002, atende aos seguintes níveis educativos: § Kinder para crianças de 4 a anos; Preparatório para crianças de a 6 anos; Grado I para crianças de 6 a anos; Grado II para crianças de 7 a anos. 5 5 7 8 Todas as crianças da escola pertencem a famílias pobres do bairro. Como não podem pagar escolas, contribuem mensalmente com uma pequena quantia de 20 pesos. A escola lhes proporciona livros e uma merenda a base de leite com chocolate na hora do recreio. A província de Negros Ocidental está dedicada, em sua maior parte, ao cultivo da cana de açúcar e arroz. As famílias que trabalham no campo recebem salários muito baixos. Devido a isso, muitos buscam outras formas de sustento. Essa região é considerada uma das mais pobres de Filipinas. Devido à falta de preparação e de desenvolvimento, muitas mulheres não podem encontrar outro trabalho. Umas, na maioria são empregadas domésticas e se dedicam ao cuidado das crianças. Outras, vendem pequenas coisas na rua ou são lavadeiras. O que ganham não é suficiente para manter as necessidades básicas da família. Com esse objetivo, as Concepcionistas de Bacolod, fiéis ao Carisma de Carmen Sallés, que manifestava grande atenção à formação das mulheres de sua época, se prontificaram a desenvolver um projeto para oferecer formação e promoção humana e cristã às mulheres. O projeto tem como objetivos: a. Ajudar as mulheres de Barangay a desenvolver seu nível de vida e sua condição social. b. Atender as mulheres mais desfavorecidas em suas necessidades materiais c. Promover a justiça e o progresso entre as mulheres pobres. d. Oferecer às mulheres formação humana (planejamento familiar, educação em valores, higiene, saúde e nutrição, etc.). e. Estender entre os pobres a Boa Notícia, o amor e a devoção a Maria Imaculada, como modelo de toda mulher. Para conseguir os objetivos propostos, o projeto oferece os seguintes cursos, com um mínimo de 50 horas: § § Cozinha e Nutrição. Cabeleireira e Cosmética. No final do curso recebem um certificado que lhes ajuda na busca de trabalho. Casa de Formação Desde o ano de 2000 a casa de Bacolod começou a receber aspirantes à Vida Religiosa, o que fez com que a Congregação definisse e sistematizasse, em Bacolod, a Casa de Formação no ano de 2001. As jovens que desejam conhecer mais de perto a Vida Religiosa Concepcionista participam da vida e das atividades apostólicas da comunidade e das atividades da Paróquia, na catequese e liturgia. Para as filhas de Carmen Sallés não há dificuldades que não possam ser superadas. As duas comunidades de Filipinas têm um ideal claro: estar a serviço do Reino, de acordo com a realidade e necessidade do povo ao qual servem. É isso que estão fazendo desde a sua fundação, guiadas pela proteção de Maria Imaculada e Carmen Sallés. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 31 PROJETOS Educação Física Modular o A Educação Física Modular é o grande diferencial do Colégio Maria Imaculada de São Paulo. Poder contar com toda a estrutura do Complexo Esportivo e com os profissionais que nele atuam (19 professores e 7 monitores) credencia Maria Imaculada como colégio inovador e um modelo a ser seguido. 32 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 o diferencial do CMI-SP O Colégio Maria Imaculada de São Paulo possui o maior complexo esportivo do Brasil em área escolar. São 9000m² distribuídos em ginásios poliesportivos, piscinas, salas de ginástica, danças, judô, academia de musculação, vestiários, etc. O CEMI Complexo Esportivo Maria Imaculada iniciou suas atividades em maio/2002 oferecendo aos alunos, aos seus pais e também ao público externo atividades físicas na área aquática, ginástica e escola de esportes. Pelo anseio dos alunos em poder participar de todas as atividades que o CEMI oferece, surgiu o projeto EDUCAÇÃO FÍSICA MODULAR que introduziu um novo conceito de aulas de Educação Física. Ele deixou de lado o modelo tradicional e partiu para um novo sistema de aplicação de atividades físicas que lhes proporciona a participação em várias modalidades e aumento da qualidade de ensino, tornando as aulas mais motivantes e marcantes. A Educação Física Modular encontra respaldo na Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, em seu artigo 23 que diz A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa da organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. Divididos em grupos, segundo as idades e sexo, os alunos participam das atividades físicas no Complexo Esportivo sempre no último horário de aula. Os módulos são oferecidos em cada bimestre com dois esportes diferenciados. Os responsáveis pelas aulas de Educação Física são professores especializados do CEMI. O CEMI atende os objetivos gerais e específicos segundo as faixas etárias: de 1ª a 4ª série trabalha-se com atividades naturais, aperfeiçoamento dos movimentos em geral e ritmados, atividades recreativas, jogos pré-desportivos e atividades complementares. De 5ª a 8ª série: a iniciação global aos esportes, iniciação aos fundamentos esportivos, definição dos gestos esportivos de forma correta, jogos com regras oficiais. No Ensino Médio, visa-se ao condicionamento físico, à especialização esportiva e competições com regras oficiais. Os conteúdos foram criteriosamente elaborados com embasamento nos Parâmetros Curriculares Nacionais e obedecem às características, necessidades e interesses de cada faixa etária. Através das aulas de Educação Física procuramos despertar nos alunos o hábito pela prática de atividades físicas, elemento importante para uma vida saudável. As modalidades oferecidas são: 1ª a 4ª série Natação, Recreação, Judô (grupos masculinos) e Dança (grupos femininos) 5ª a 8ª série Natação, Futsal, Basquete, Voleibol, Handebol, Judô/Defesa Pessoal e Danças Folclóricas. Ensino Médio: 1ª série Defesa Pessoal, Natação, Futsal e Fitness. 2ª série Handebol, Natação, Futsal e Fitness. 3ª série Musculação, Natação, Futsal e Voleibol. A Educação Física Modular é o grande diferencial do Colégio Maria Imaculada de São Paulo. Poder contar com toda a estrutura do Complexo Esportivo e com os profissionais que nele atuam (19 professores e 7 monitores) credencia Maria Imaculada como colégio inovador e um modelo a ser seguido. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 33 PROJETOS Jornada das Profissões p Preocupados em oferecer aos alunos oportunidades de conhecimento sobre o mundo do trabalho e disponibilizar informações que possam auxiliá-los na difícil missão de escolha profissional, o CMI-SP organizou neste ano, ao invés de um dia como nos anos anteriores, uma Jornada de Palestras durante uma semana. Apresentaram-se temas diversos e foram convidadas várias instituições de ensino superior para apresentarem informações sobre seus cursos e vestibulares. Foi realizada uma visita à Escola Mauá com todos os alunos das 3ªs séries do EM, que receberam informações sobre as diversas áreas de Engenharia, além de conhecer vários de seus laboratórios. Durante o primeiro semestre, foram oferecidas palestras na área de Publicidade e Engenharia. No dia 07/08, os alunos das 3ªs séries do EM foram convidados a conhecer as Escolas de Admi- 34 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 nistração, Direito e Economia da FGV com palestra e visita às suas instalações. Temas abordados · Educação e Mercado de Trabalho Prof. Ricardo Orsini · 10/08/04 Oportunidade e Desafios da Educação Superior nos EUA Profª. Roseli Azevedo · 11/08/04 Exigências e Perfis Profissionais valorizados pelo Mercado de Trabalho Prof. Ruy Leal · 12/08/04 Vestibular, um grande desafio (histórico e atualidade) Prof. Alberto(Anglo) · 13/08/04 Mesa Redonda com profissionais de diversas áreas: Turismo, 09/08/04 Artes Visuais, Farmácia e Bioquímica, Publicidade, Relações Internacionais (Professores da Belas Artes, ESPM e USJudas) Participaram do projeto várias faculdades como: Ibmec, Mauá, Cásper Líbero, UNIFEI, Metodista, UNESP, UNIP, Univ. São Marcos, SENAC, Trevisan, Damásio de Jesus, Sta. Marcelina, Belas Artes, Fund. Sto. André, Anglo. Dando continuidade ao projeto, coordenado pela Orientadora Regina Falcini, foram oferecidos aos alunos das 3ªs séries do EM, no período de aula, encontros de Orientação Vocacional. As turmas são divididas e enquanto uns alunos participam das dinâmicas de Orientação Vocacional, os outros lêem e debatem textos/filmes relacionados com o tema da prevenção ao uso de drogas, sob a coordenação da Profª. Márcia Redá, de Ensino Religioso. Os momentos de reflexão proporcionaram aos alunos elementos para que pudessem perceber as características pessoais, expectativas externas, habilidades, mercado de trabalho e as opções de cursos atuais. As informações dadas na Jornada das Profissões/2004, assim como as Feiras de Profissões dos anos anteriores, proporcionaram a satisfação do objetivo estabelecido, que consiste em oferecer aos alunos orientações para que possam fazer escolhas responsáveis que os levem à realização pessoal e ao exercício da cidadania. Depoimento de alunos que visitaram a FGV A visita à FGV, certamente, foi gratificante, pois, acima de tudo, o vestibulando de hoje busca informações sobre cursos, carreiras e perspectivas profissi- que iremos seguir. A palestra ampliou A Jornada das Profissões onais que a FGV disponibiliza tão o conhecimento sobre os projetos e deste ano, com temas mais bem, auxiliando o jovem nessa difícil propostas de graduação da Funda- tarefa da escolha da profissão e de ção. uma boa universidade. Soraya Dias Aluna da 3ª série A do EM Lívia Cretaz Aluna da 3ª série A do EM amplos, nos proporcionou um entendimento maior do mundo profissional, das escolas para o nosso futuro e dificuldades que enfrentaremos, além de informações preciosas sobre os principais vestibulares e sua A visita à FGV foi uma exA visita à FGV foi muito periência bem interessante, positiva, pois esclareceu nos- pois conhecer os professores sas dúvidas sobre a indeci- e funcionários da instituição nos mos- são relacionada à escolha da carreira trou o perfil verdadeiro de uma uni- organização. Guilherme Udo Aluno da 2ª série B do EM versidade tão respeitada. O plano de A Jornada das Profissões bolsa de estudos foi importante para nós, foi algo muito im- portante, pois o preço do curso não é pois pudemos ter contato barato e também auxilia o aluno a com profissionais que estão inseridos continuar seus estudos, mesmo que no mercado de trabalho; assim, po- a família esteja passando por alguma deremos nos preparar de uma ma- dificuldade financeira. neira melhor para enfrentá-lo. Mariana Hiroki Aluna da 3ª série A do EM Lucas Aluno da 2ª série B do EM INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 35 obras doadas por Bruno Giorgi à cidade de Mococa, mas para o nosso enriquecimento aí estão as principais obras presentes pelo mundo. Se você passar por uma, lembre-se que ele é brasileiro e é mocoquense. arte n Educando através da No mês de setembro, as crianças do nível III do Lar Maria Imaculada realizaram um projeto sobre o maior escultor brasileiro, Bruno Giorgi, e tiveram a oportunidade de conhecer sua vida e obras. O objetivo deste foi propiciar oportunidades de auto-expressão e apreciação de objetos artísticos já existentes em seus cotidianos, sendo também o mês dedicado ao artista. Durante o trabalho as crianças tiveram a oportunidade de combinar vários elementos numa nova forma, num todo diferente. Foram várias as atividades desenvolvidas destacando-se: mostra de figuras das obras do artista (pelo computador); visita aos monumentos da cidade; registro (escrito e desenho); produção com argila; e para finalizar, o projeto foi enriquecido com uma visita ao museu da cidade onde, de uma forma lúdica, através de quebracabeças, puderam reunir todas as partes de uma composição num arranjo lógico. 36 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 O projeto se desenvolveu a partir da apresentação da história de Bruno Giorgi: Nascido em Mococa-SP, no dia 13 de agosto de 1905, Bruno Giorgi viveu em Mococa até os três anos de idade. Em 1908, a família toda mudouse para Argentina e em 1912 foi para a Europa, instalando-se em Roma. Lá terminou seus estudos primários e, depois, contabilidade, sob pressão paterna. Em 1939 instalou-se em São Paulo. Integrou-se à pulsante vida artística paulistana pelas mãos de artistas da época como Mário de Andrade, Alfredo Volpi e outros, participando de salões, ora como artista, ora como membro do júri. Venceu alguns concursos importantes para o desenvolvimento e estabilização de sua carreira. No ano de 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro, realizando intensa vida criativa, sendo considerado por esses tempos o maior escultor brasileiro. Bruno Giorgi tinha predileção pelas obras monumentais porque tinham de ser encravadas em Bruno Giorgi faleceu no dia 07 de setembro de 1993 aos 88 anos de idade, deixando sua mensagem estética por onde passou. Finalizando logradouros públicos de grande amplitude (praças, espelho dágua, jardins, taludes de prédios públicos e escolas) onde há intensa movimentação de pedestres, transformando aquele local em um museu a céu aberto, onde as suas obras poderiam ser vistas o tempo todo. Consagrou sua carreira através dos tantos projetos que realizou em importantes capitais brasileiras e internacionais. Finalmente em 1983, retornou à sua terra natal doando ao município cinco obras de grande expressividade plástica, sendo duas delas implantadas nas principais praças de Mococa: A MULHER DE MOCOCA OS FUNDADORES O projeto Educando pela arte limitou-se apenas à apreciação das Embelezar uma praça é também uma forma de e outras expostas no Museu de Artes Plásticas Quirino da Silva: educar o público A MULHER DOS TRANGULOS SÃO FRANCISCO E O LOBO DE GÚBIO, TORSO A MULHER AO ESPELHO maneira de atingi-lo. A esteticamente, uma escultura é eterna, não desbota. Bruno Giorgi n MONUMENTO À JUVENTUDE BRASILEIRA 1947 granito Ministério de Educação e Saúde Rio de Janeiro n MULHER DE MOCOCA 1950 bronze patinado Praça Marechal Deodoro Mococa n MONUMENTO A DANTE ALIGHIERI 1954 mármore e travertino Praça Dom José Gaspar São Paulo n OS CANDANGOS OU OS DOIS GUERREIROS 1960 bronze Praça dos Três Poderes Brasília n MONUMENTO A ANCHIETA 1960 bronze tenerife Ilhas Canárias n MONUMENTO À CULTURA 1965 BRONZE Universidade de Brasília n METEORO Ministério das Relações Exteriores Brasília n RITUAL 1968/69 mármore de carrara Instituto Weismam Tel-Aviv (Israel) n LABAREDA 1970 mármore de carrara palácio dos bandeirantes São Paulo n TENSÃO 1971 mármore de carrara FAAP São Paulo n MONUMENTO À RESISTENCIA 1975 bronze AREZZO Itália n CONDOR 1978 bronze Praça da Sé São Paulo Bibliografia: GIORGI, Bruno 1905-1993 - Piedade Grinberg -Meta Livros Rosa Maria do Santos Chagas Pedagoga - Monitora no Lar Maria Imaculada - Mococa INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 37 PROJETOS Roda de Tudo começa quando a criança fica fascinada com as maravilhas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a história. (Rubem Alves) Leitura e Estamos vivendo uma revolução tecnológica no campo das comunicações e da informática; é inegável a importância da leitura na formação das crianças, ajudando-as a construir melhor uma concepção de mundo a partir da compreensão, análise e crítica do que é lido. O PROJETO RODA DE LEITURA é desenvolvido no CMI-Brasília desde o ano de 1999, com as turmas de MATERNAL ao 3º PERÍODO, com os seguintes objetivos: n n n n n n n n n n Desenvolver o prazer pela leitura; Desenvolver a criatividade e o imaginário; Explorar as linguagens visual e verbal; Trabalhar a diversidade a partir da variedade de interpretações para cada imagem dos textos; Criar e recriar textos a partir da narrativa lida e do cotidiano do aluno; Sensibilizar os alunos em relação aos problemas ambientais; Desenvolver a curiosidade, a atenção e o senso de observação; Formar opiniões sobre os valores: amizade, cooperação, trabalho, justiça etc. ; Vivenciar significados como: o sonho, a mentira, o medo, etc.; Trabalhar os aspectos lingüísticos como rimas, ritmos e outros. O projeto conta com a participação ativa das famílias, uma vez que os livros são enviados para casa juntamente com guias de orientações de trabalho. 38 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 CONTINUA Nas orientações do trabalho, sugere-se aos responsáveis que criem um clima de afetividade e de motivação da criança; priorizamos o relato das emoções e reações demonstradas pela criança no momento da história; pedimos que registrem por quem a história foi contada. Com isso, acreditamos contribuir para a formação de bons leitores e desenvolver nos alunos a capacidade de ler e de compreender o mundo. Para oportunizar a RODA DE LEITURA aos alunos de 1ª a 4ª série, buscamos contatos com as diversas Editoras das quais adotamos livros paradidáticos e solicitamos a doação de alguns livros pertinentes às diferentes faixas etárias e dentro do interesse dos alunos de 1ª a 4ª série. Os livros arrecadados foram distribuídos aos professores, que os leram, discutiram a pertinência dos te- mas e sua integração com os conteúdos abordados nas séries, os classificaram por nível de interesse dos alunos e separaram um título diferente para cada aluno de cada turma. A partir da leitura, os professores criaram, para cada livro, um instrumento com o objetivo de que os alunos pudessem apresentar a leitura feita. Dentre eles podem ser destacados: leitura de trechos, reconto, dramatização, discussão, desenhos, produção de cartazes e propagandas, etc. A periodicidade de troca de livros varia de acordo com a densidade de cada título. Semanal ou quinzenalmente, os alunos, sob a orientação da professora, desenvolvem o trabalho e o partilham com os colegas. O registro dos livros lidos são feitos pelos alunos num quadro que fica no mural da sala; ele é também um balizador para a professora detectar preferências e inadequações, providenciar substituições ou detalhamento de algum livro. Dessa forma, cada aluno tem a possibilidade de ler muitos livros, de viajar, de se emocionar, de desenvolver a imaginação. Claro que o prazer pode ser ainda maior se, nessa viagem, cada aluno puder contar com a cumplicidade e o interesse de uma pessoa da família. É muito bom partilhar uma leitura no aconchego do travesseiro. Os livros da roda de leitura são trocados semestralmente entre as tur- mas da mesma série, ampliando o leque de opções e a possibilidade de leitura. Os registros se transformam num portifólio apresentado na Mostra da Cultura. Mais que um procedimento pedagógico, que funciona há mais de 3 anos no Colégio Maria Imaculada de Brasília, a RODA DE LEITURA é um abrir de horizontes, pois os livros pertencem a uma classe de instrumentos, que, uma vez inventados, não serão aprimorados, porque já estão bons o bastante, como o martelo, a faca, a colher ou a tesoura (Umberto Eco). Colégio Maria Imaculada de Brasília LER E ESCREVER é o meu lazer Alunos de 5ª e 6ª séries do CIC/MACHADO desenvolveram o Projeto Ler, escrever é o meu lazer, orientados pela professora de português Anelise Swerts de Oliveira Lima. O trabalho foi constituído de tarefas individuais e em grupo. Além dos livros selecionados para a leitura em cada bimestre, os alunos leram muitos outros indicados pela professora ou pelos próprios colegas. Foram tarefas dos alunos divididos por grupos: 1ª ETAPA: 1. escolher um dos livros lidos, conhecer, pesquisar e explorar a vida do autor; 2. em grupo destacar as personagens principais e dar vida a elas; 3. recontar a história através de fantoches; 4. transformar a narrativa em poema; 5. contar a história lida explorando a música. 2ª ETAPA: 1. reunir todos os textos escritos pelos alunos durante o ano originando um livro impresso intitulado minha coletânea; 2. digitar os textos; 3. elaborar prefácio e índice; 4. criar ilustrações referentes aos textos; 5. confeccionar capa do livro. Os alunos realizaram uma atividade final na qual apresentaram os trabalhos propostos. No mesmo dia, realizou-se o lançamento do livro Minha Coletânea divulgando as redações dos alunos, complementado por uma manhã de autógrafos. Anelise Swerts de Oliveira Lima Professora de Português de 5ª e 6ª Séries CIC MACHADOn Dezembro 2004 INTEGRAÇÃO 39 PROJETOS Alimentação Saudável O Colégio Maria Imaculada de São Paulo desenvolve projeto para estimular a mudança dos a hábitosalimentares das crianças. Alimentação é um tema complexo para ser trabalhado com as crianças. Tão fácil de transmitir a teoria, mas, tão difícil de colocá-la em prática. Em um tempo onde os hambúrgueres, as batatinhas e os salgadinhos estão muito próximos das crianças, fica quase impossível despertar o gosto por alimentos não tão atraentes, porém, mais saudáveis. Por isso mesmo, o CMI-SP resolveu trabalhar este tema com a Educação Infantil, visando a uma reeducação alimentar das crianças e orientação adequada aos pais através de informativos bimestrais. Nos meses de junho, agosto e setembro foi trabalhado com as crianças do Maternal ao Jardim I o Projeto Alimentação Saudável, estimulando a mudança de seus hábitos alimentares. Este projeto foi realizado de maneira interdisciplinar, envolvendo áreas como Linguagem Oral e Escrita, trabalhando histórias, listagens, desenhos e identificação de rótulos. Na área de Matemática, classificamos, seriamos, contamos as figuras de frutas e verduras, e descobrimos formas e cores variadas nelas. Em Natureza e Sociedade, trabalhamos os valores nutritivos e os cuidados necessários no preparo dos alimentos. 40 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Para o sucesso desse trabalho, não poderiam faltar as aulas de culinária, em que as crianças degustaram alimentos diferentes, experimentando diversas frutas, legumes, verduras e alguns alimentos ricos em proteínas. Pudemos contar com o apoio das famílias, que atenderam nossas solicitações e incentivaram as crianças em casa. Tivemos também a parceria de estagiárias nutricionistas da Universidade São Camilo, que enviaram às famílias um questionário nutricional. Em outro momento, pesaram e mediram cada criança, realizaram dinâmicas envolvendo o tema e deram, como retorno, informações adequadas aos pais. Esperamos que,realmente, as crianças tenham aprendido o valor de uma alimentação saudável, transferindo para seu dia-a-dia todo conhecimento adquirido. Obrigada a todos e continuaremos investindo! Dayse, Flávia, Rose e Terezinha Professoras da Educação Infantil doCMI-SP a Descortinando o mundo através da leitura A leitura, a escrita e o cálculo são meios básicos para o desenvolvimento da capacidade de aprender. Não há desenvolvimento ou aprendizagem que não passem pela leitura, seja em situação normal ou especial. Ler para aprender é meio, pois, para desenvolvimento da capacidade de aprender. Mas, para que o educando possa realizar a tarefa de ler para aprender é necessário, antes de tudo, aprender a ler. E aprender a ler é habilidade que exige da escola a concepção de que leitura é decodificação (reconhecimento das letras e discriminação das vogais, por exemplo) e compreensão (sentido dado à pré-leitura, leitura e pós-leitura). É a leitura compreensiva, isto é, ler e entender o que se lê, descobrir o propósito do escritor, que irá desenvolver a capacidade de aprender das crianças. A aprendizagem da leitura depende, primeiramente, do querer aprender a ler que por sua vez, é o primeiro passo para ler para aprender. Se há disposição para aprender a ler, há possibilidade de chegar a aprender lendo. A aptidão intelectual ajuda a ler para aprender a pensar a prática social; a aptidão procedimental, a ler para aprender a atuar no mundo do trabalho. Para que o aluno goste de ler e queira aprender lendo, a escola deve propiciar a ele meios que o ajude a experimentar o prazer pela leitura. É a partir daí que surgem as muitas iniciativas das escolas, como poderemos perceber nas iniciativas e projetos que seguem. O CMI-Rio realizou, no mês de setembro, um projeto de leitura com o objetivo de resgatar a importância da oralidade, especialmente a valorização dos momentos do contar histórias da história e sua validade no processo ensino-aprendizagem. O projeto intitulado PLIC foi enriquecido com a presença de uma contadora de história, que encantou as crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental no dia 30 de setembro. Foi muito divertido e a participação dos alunos superou as nossas expectativas. Destacamos também a capacidade de comunicação e habilidade da Contadora de Histórias. Colégio Maria Imaculada Rio de Janeiro INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 41 o t e j o Pr Rubem Alves Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro... r Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp. 42 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Ruben Alves é membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadãohonorário de Campinas, onde recebeu a medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura. Nasceu no dia 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança. A cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves na música Serra da Boa Esperança. Admirador de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T. S. Eliot, Camus, Santo Agostinho, Borges e Fernando Pessoa, encontrou na literatura e na poesia a alegria que o manteve vivo nas horas más pelas quais passou. É autor de inúmeros livros e colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas de grande sucesso, em especial entre os vestibulandos. Após se aposentar, tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, onde deu vazão a seu amor pela cozinha. No local eram também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com canjas de alunos da Faculdade de Música da UNICAMP. Do Projeto O Projeto Rubem Alves surgiu com a leitura do livro A menina e o pássaro encantado. Após ouvirem a história, os alunos da 3ª série do Colégio Regina Pacis se encantaram com o texto e demonstraram grande interesse pelo autor. A partir daí, integrando o eixo de estudos sobre Minas Gerais, os alunos iniciaram pesquisas na Internet para saber onde ficava a cidade de Boa Esperança. Após a investigação, pude perceber que as crianças buscavam livros de Rubem Alves na Biblioteca da escola e que as histórias as tocavam sensivelmente. Aproveitando o interesse da turma a professora trabalhou com os alunos o livro A pipa e a flor. Foi realizado debate com os alunos e a construção de pipas explorando o conceito matemático de simetria. Aos poucos foi nascendo o projeto, que tem como principal objetivo o desenvolvimento da sensibilidade das crianças. O trabalho com livros de Rubem Alves desperta nos alunos a imaginação e os leva ao entendimento de suas emoções. Ler os textos, muitos em forma de fábulas e contos, nos leva ao mundo invisível e tão presente dentro de nós. Rubem Alves tem o dom de dizer através de seus livros os nossos medos e decepções sem nenhum constrangimento. Suas fábulas dizem exatamente aquilo que sentimos ao nos deparar com situações difíceis em nossas vidas. Ao selecionar os livros que seriam lidos, procurei ver em cada um qual a mensagem principal que o autor transmitia em suas histórias. Durante a realização do trabalho, percebi a curiosidade das crianças e o desejo de querer ler sempre mais. Há o dia em que os alunos fazem a troca dos livros e esse é um dia esperado com ansiedade pelas crianças. O retorno que recebo é gratificante e ao mesmo tempo surpreendente. Minha aluna disse ao terminar de ler o livro A selva e o mar: Puxa, Jaqueline! Parece que ele conhece a história dos meus pais, pois aconteceu exatamente isso com eles. Por isso se separaram. Ao ler A opera- Livros selecionados: ção de Lili, uma outra criança disse: Minha prima também teve que fazer uma cirurgia e ela teve muito medo como a personagem da história. O projeto contará com uma encenação, para os pais, de três histórias que serão selecionadas pelas crianças e que serão apresentadas no final do ano. A história dos três porquinhos A libélula e a tartaruga A loja de brinquedos A menina e a pantera negra A menina e o pássaro encantado A montanha encantada dos gansos selvagens A operação de Lili A pipa e a flor A planície e o abismo A árvore e a aranha A selva e o mar A toupeira que queria ver o cometa A volta do pássaro encantado Como nasceu a alegria Estórias de bichos Lagartixas e dinossauros O flautista mágico O gambá que não sabia sorrir O medo da sementinha O país dos dedos gordos O patinho que não aprendeu a voar Os morangos Jaqueline Professora da 3ª série do Ensino Fundamental do Colégio Regina Pacis INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 43 PROJETOS vídeos e jornais. Construíram maquetes, representando a Fundação de São Paulo e uma aldeia indígena. Houve, também, a construção de uma oca e de uma casa de taipa, nas quais foram colocados um altar, maquetes, objetos e alimentos indígenas. No stand, os alunos explanaram aos visitantes, com entusiasmo, o que aprenderam. No auditório, apresentaram a celebração da 1ª missa, usando trajes típicos de padres e índios. As meninas simbolizaram o vôo delicado da Araruna, expressando seus costumes, suas lendas. As 2ªs séries do Ensino Fundamental tiveram como tema Os imigrantes Contribuição para o progresso de São Paulo. Com a intenção de favorecer o conhecimento e a valorização de nossa história e, aproveitando a comemoração dos 450 anos de São Paulo, o CMI SP realizou, com os alunos do Ensino Fundamental e Médio, ao longo de 2004, pesquisas, visitas, trabalhos que puderam sensibilizá-los para a grandeza da cidade e da responsabilidade que temos com ela como cidadãos. São Paulo, essa paradoxal metrópole, torna difícil qualquer tarefa de reflexão sobre ela. Os usos de seu território e o lugar se transformaram intensamente nesses quatro séculos e meio de existência. E essa transformação, revelada pela paisagem urbana e pelo cotidiano da vida de seus habitantes, é acompanhada pelo desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da informação. Nessa perspectiva, temos uma metrópole em contínua transformação e produção, impulsionadas pela força e poder do capital. Envoltos e motivados nesse contexto, o onze de setembro de 2004 foi, ao contrário da insegurança e do medo vivenciados em outras regiões do planeta, uma comemoração repleta de aventuras, vitórias, conquistas e descobertas. 44 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Cada série buscou estudar um aspecto da cidade de São Paulo, como tecnologia, ciência, arte, religiões, indústria, educação e saúde, a partir de diferentes períodos históricos. Foram produzidas análises aprofundadas sobre temas instigantes que, em sua maioria, haviam sido vivenciados, anteriormente, pelos alunos e acompanhados de perto por todo corpo docente do colégio. O resultado foi a ampliação do conhecimento sobre o espaço por nós vivido, com muito carinho e nostalgia, nos diversos momentos de distantes épocas, em diferentes porções do espaço da metrópole paulistana que nesses anos todos continua, ape- sar de suas mazelas sociais, sendo acolhedora e espaço de vida e de lutas. Os alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental participaram do desenvolvimento do projeto, com pesquisas individuais e grupais que contribuíram para a elaboração de conceitos diversos. O tema das 1ªs séries do Ensino Fundamental foi Fundação de São Paulo, Anchieta e os Índios. Os alunos visitaram o Pátio do Colégio, iniciando, assim, a pesquisa sobre Anchieta, índios e a São Paulo de 1554. Além da visita, os alunos pesquisaram a contribuição indígena na cultura brasileira em livros, revistas, japoneses, coreanos, italianos, árabes, chineses, armênios, etc. As 3ªs séries do Ensino Fundamental apresentaram o tema Abram alas para o Café, permitindo aos alunos atividades abertas, baseando-se em uma análise global da realidade, den- São Paulo a capital da união São Paulo é uma cidade indescritível Capital da orgia, das festas, do insaciável Repleta de vida, de um amor invencível Um mundo completamente inimaginável Sempre existe um lugar para se desfrutar Uma vida inteira para se viver Um cantinho aconchegante para Visitando o memorial do Imigrante e a partir de sua descendência histórica, os alunos pesquisaram a origem da família dentro de seu contexto, registrando costumes, cultura, gastronomia, entre outras abordagens que tanto têm contribuído no desenvolvimento da cidade de São Paulo. No stand, mostraram suas pesquisas como álbuns, objetos, comidas típicas confeccionadas em isopor e biscuit. No auditório, os pais e familiares se entusiasmaram com os grupos de danças típicas relembrando suas origens e aplaudiram, com muita alegria, os diferentes grupos de imigrantes tão bem caracterizados pelos nossos alunos: portugueses, espanhóis, tro do ciclo econômico do café. Aprofundaram sua história e origem, aspectos econômicos, escravidão, imigração (italianos força de trabalho em substituição aos escravos), enriquecimento e desenvolvimento de São Paulo. A partir da visita ao memorial do Imigrante e ao Pátio do Colégio, desenvolveram pesquisas individuais e grupais, confecção de cartazes, maquetes, aprofundando-se nas aulas de inglês, informática, artes e música. Nas aulas de inglês, após pesquisarem intensamente sobre os ingleses e as construções das ferrovias, finalizaram o trabalho confeccionando bonecos que traziam a releitura dos homens ingleses. descansar Uma realidade nova a conhecer Viajando por essa enorme cidade Encontram-se tipos de todas as nações Respeitando cada um com humildade Plantam-se sementes em todos os corações Numa metrópole sempre acordada Não dá para ficar sozinho Pois, atrás de detalhes frívolos, é encontrada A capital perfeita do carinho Ana Luiza, Danielle, Julianny, Rebeca e Stefani CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 45 PROJETOS No stand, bastante diversificado, os alunos explicavam para os visitantes, com desenvoltura e conhecimento, toda a história do café. A apresentação artística no auditório foi também contagiante, com danças alegres que contaram a história do café, da escravidão e dos italianos na lavoura. O tema das 4ªs séries do Ensino Fundamental foi São Paulo Hoje. Após visita aos locais históricos e culturais de São Paulo, as 4ªs séries apresentaram vasta pesquisa. Através de debates em classe com temas selecionados e apropriados aos interesses dos alunos, o conhecimento deles favoreceu a compreensão da realidade. As atividades se estenderam no laboratório de informática sobre a História dos bairros, num trabalho em conjunto com os professores. No stand, apresentaram cartazes, produções de texto, painéis com poesias e fotos, motivos para comemorar São Paulo, início da indústria e do Shopping, os prefeitos, locais simbólicos, pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da cidade e linha do tempo (principais acontecimentos de 1554 a 2004). No auditório, a 4ª série A apresentou a música São Paulo, produzida pelos alunos e acompanhada por ins- trumentos de percussão, também criados por eles. A 4ª série C apresentou um tributo a famosos compositores paulistas com um Sarau Musical linha do tempo. A bandeira da cidade Interpretaram canções e participaram da elaboração das coreografias. Havendo flexibilidade no uso do tempo e do espaço escolar, os alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental apresentaram uma maquete única de 10 metros de comprimento, realizada nas aulas de artes, não só mostrando as diferentes pessoas que circulam pela cidade de São Paulo, os diversos imigrantes, como também a confecção de monumentos, prédios, museus, teatros e lugares que são muito importantes para a cidade desde a sua fundação. n Passando pelas ruas do antigo centro, um dia, eu vejo hasteada uma bandeira que não reconheço Mas, em minha lembrança, sei que a conheço n · não é do meu país nem a do meu Estado. Onde já a vi antes? Por muito tempo pesquiso em minha memória Nada De repente, como um estalo, me esclareço: Mas é claro, é a bandeira da cidade! Como n No Ensino Médio: 1ª séries O Impacto da Industrialização em São Paulo. Linguagem de Paz X Violência. 2ªs séries Experiências Religiosas em Busca da Paz. A Influência da Religião na cidade de São Paulo. 3ªs séries Suporte Tecnológico de Instituições de Ensino Superior. Lazer em São Paulo. pude esquecer? Após um breve momento de em- Encerramento baraço, de esquecimento, vejo-me em frente a ela e ponho-me a admirá-la Suas cores, sua forma, todos os seus detalhes Começo a pensar no que ela representa Uma grande cidade, terra rica, terra agitada, terra de muitos povos, raças e culturas que se misturam e vivem em harmonia Aquela harmonia Todas as atividades, desenvolvidas pelos alunos, professores e comunidade educativa, transcorreram de forma criativa e efusiva, tendo sempre o envolvimento concepcionista como linha mestra; tudo isso contribuiu para o êxito da Feira Cultural de 2004. caótica das grandes metrópoles Muita pressa, correria, agitação, pessoas atrasadas Costumeira pressa, conseqüência da importância da cidade E senti-me orgulhoso de ver, naquela pequena bandeira, toda a grandeza de São Paulo. 46 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Carlos e Paulo Alunos da 2ª série B do EM Para obter bons fins são necessários bons princípios. Precisamos espalhar o bem para que o mal não tenha lugar . (Me. Carmen Sallés) As crianças participam de dois encontros mensais preparados e dirigidos por Denise Freire e Adriana. Além de destacar os quatro valores escolhidos por toda a escola para serem vivenciados durante o ano, são reforçadas várias virtudes e boas maneiras, através de histórias com bonecos e fantoches, dramatizações, dinâmicas,músicas, expressão corporal etc. Os temas são preparados de acordo com um relatório feito por cada professora sobre o perfil de sua turma. Na 2ª fase do Ensino Fundamental os trabalhos tiveram os seguintes temas desenvolvidos: n 5ªs séries Gastronomia, Esporte, Música e Dança n· 6ªs séries Do Bonde ao Metrô n 7ªs séries São Paulo Ontem até a década de 50. Questões Tecnológicas e Semana de Arte Moderna n 8ªs séries São Paulo da década de 60 até hoje. Arte, Cultura, Tecnologia e Política s Maria Luíza Lopes Martins Coordenadora de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental Wilson Fernandes Forti Professor de Geografia Colégio Maria Imaculada - São Paulo rocha Construindo a minha casa sobre a o O projeto Construindo a Comunhão é desenvolvido com muita seriedade pelos alunos e professores do CIC/Passos. Tem como proposta: § formar a mente e o coração das crianças e jovens; § oferecer condições para que percebam a grande diferença entre os valores cristãos e os contra-valores que aparecem na sociedade em que vivemos; § oferecer elementos para que façam uma análise consciente sobre as conseqüências tristes e sérias que enfrentamos por muitas vezes optarmos por um caminho desumano e injusto. Diante dessa realidade torna-se necessário desenvolver várias atividades que apontem caminhos para Jesus e que mostrem que os Seus ensinamentos são capazes de tornar o ser humano realmente feliz. Queremos construir a nossa casa sobre a rocha Baseadas nessas considerações, as professoras da Educação Infantil e de 1a a 4a série resolveram reforçar esse projeto com o auxílio da Orientadora Educacional Denise Freire e da Coordenadora de Pastoral Adriana Faria. Os frutos do trabalho já começaram a aparecer. No final de cada encontro as crianças recebem uma lembrança, um símbolo que recordará o que aprenderam durante aquele momento. Além de interiorizar o que foi trabalhado, os alunos fazem comentários, tiram conclusões, partilham em casa com a família a sua experiência, demonstrando que realmente entenderam a mensagem. O trabalho é gratificante. Percebemos que as sementes são lançadas em terrenos férteis e a possibilidade de crescerem e se multiplicarem é grande. Sentimos o carinho de cada criança e o apoio que temos das famílias que acreditam e confiam na educação integral que os colégios concepcionistas oferecem. Adriana F. Alcântara Dias Coordenadora do Setor de Pastoral do CIC Passos INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 47 PROJETOS Projeto oferece aos alunos a Mostra Cultural oportunidade de trabalharem em grupo, de exporem suas idéias, de desenvolverem sua imaginação e seus talentos artísticos. Cultural o O Projeto Mostra Cultural aconteceu, como vem ocorrendo em anos anteriores, no Colégio Madre Carmen Sallés. Teve início quando todos os professores se reuniram para eleger o tema a ser trabalhado, que possibilitou vários desdobramentos. Esse ano o tema foi Há vida em nosso Planeta. O evento apresentou trabalhos dos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Após definido o tema, cada educador ficou responsável por orientar uma turma na escolha de um subtema a ser desenvolvido. No segmento 3 (5ª série ao Ensino Médio), o próximo passo foi a divisão dos alunos em grupos e a escolha do assunto a ser trabalhado por eles. Durante as semanas que antecederam à Mostra, os professores orientaram os alunos, facilitaram os encontros dos grupos e oportunizaram atividades de pesquisa. O resultado foi um grande interesse por parte dos educandos em expor o fruto de seu trabalho. Na véspera da apresentação, os alunos tiveram um dia para montar os estandes e decorar a sala de aula. 48 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 No dia da Mostra Cultural, a escola foi aberta a toda comunidade para que pudessem prestigiar o empenho, dedicação e criatividade dos adolescentes. Durante a visitação, os alunos expunham o conhecimento adquirido. Dois professores avaliaram os trabalhos de cada equipe. Os aspectos considerados foram os seguintes: 1. pertinência do trabalho dentro do tema; 2. riqueza do material exposto; 3. organização para apresentação dos trabalhos; 4. domínio do conteúdo e; 5. organização do espaço (montagem e desmontagem). A realização da Mostra Cultural foi no dia 03 de outubro, num sábado. Na segunda-feira seguinte foi feita a auto-avaliação pelos alunos. Os professores destacaram os pontos positivos e negativos e fizeram sugestões para melhoria do projeto. Com esse evento, os educandos tiveram oportunidade de crescer nas competências de trabalhar em grupo, de expor suas idéias, de desenvolver sua imaginação e seus talentos artísticos. Água indispensável à Vida t Tendo em vista as orientações da Igreja e a partir do lema da CF desse ano (Água, fonte de vida), os alunos das 6as séries do Colégio Maria Imaculada (Mococa ) desenvolveram um projeto interdisciplinar (Língua Portuguesa, Espanhol e Educação Artística) conscientizando sobre o uso da água. Foi escolhido trabalhar com criação de fábulas, pois os alunos pensaram que colocando animais irracionais preocupados com a situação do nosso planeta em relação à água, os seres humanos com certeza também se preocupariam. Nas aulas de Redação, foram produzidos textos (fábulas) em grupos, nas aulas de Educação Artística, foram feitas as ilustrações dos textos; e nas aulas de Espanhol, os textos foram traduzidos para a Língua Espanhola. Depois de concluído o trabalho, a diretora do CMI, Irmã Vanilda, escolheu criteriosamente uma fábula para ser divulgada para outras classes e trabalhada entre os alunos. Encerrando o trabalho, foi feita uma exposição no pátio do colégio com a presença da Tv Direta (regional), que entrevistou os alunos e filmou os belos trabalhos desenvolvidos. Os alunos se empenharam ao máximo atingindo o objetivo maior: CONSCIENTIZAÇÃO QUANTO AO USO DA ÁGUA. Leia, a seguir, a fábula escolhida: O burro e a vaca Era uma vez, um burro e uma vaca que viviam em uma fazenda no Sudoeste brasileiro. Na fazenda em que os dois viviam havia um rio onde os animais bebiam água. O burro, que sempre escutava a conversa dos homens que trabalhavam na fazenda, ouviu um boato sobre a falta de água na cidade e resolveu contar à vaca, que era sua amiga. Dona vaca, ouvi dizer que a água na cidade está acabando. Está parecendo que as pessoas não estão tendo consciência do que fazem com a água que elas possuem. Não estou preocupada, aqui temos o nosso rio, e até a água acabar eu já fui para o açougue. Não diga, dona vaca. Um dia irá se arrepender, pois nós dependemos da água para viver! Bom, o seu Chico mandou-me juntar alguns baldes de água caso esta venha a faltar! Eu vou ao trabalho, e você vaca? Que vai fazer? Vou beber um gole dágua, pois, esta conversa me deu sede. Algum tempo depois, a água do rio secou. Como o burro tinha ajudado muito o fazendeiro, Chico deu uma parte da água coletada pelo burro ao próprio burro. E a vaca, como não dava lucro ao fazendeiro, acabou morrendo de sede. MORAL: Não deixe os problemas para resolver futuramente. Aja imediatamente! Marcus Breda, Henrique Corraine, Douglas Fechio, Luiz Antonio e Bruno Biagi Trabalho orientado pelos professores: Vânia (Língua Portuguesa), Henrique (Espanhol) e Tânia (Educação Artística) INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 49 Estudar é preciso O projeto Grupo de estudo de educadores, do Centro Educacional Recanto Betânia, tem como objetivo: Propiciar que educadores se encontrem uma vez ao mês, para estudar e discutir sobre livros e temas necessários para o crescimento pessoal e para a melhoria no desempenho da missão educativa. Os encontros realizados até agora favoreceram o estudo dos seguintes livros: n Prova: Um momento privilegiado de estudo, do prof. Vasco Pedro Moretto. O livro visa ajudar o professor na prática do dia a dia, fazendo-o refletir e reformular suas ava- Int erlig ado PROJETOS através da Educadores cultivando o sabor do saber liações como um instrumento em que o aluno busca seu sucesso, assim como o professor. Avaliação - sentido de transformar. O aluno deve ler, refletir, relacionar e demonstrar na prática a competência acerca de tudo o que adquiriu. n Aprendizagem e o Ensino de Procedimentos, de César Coll e Enric Valls. O livro que nos ajudou muito na reformulação de nossos planejamentos, pois enfatiza e destaca a importância dos conteúdos, como um meio para o desenvolvimento das capacidades do aluno; as condições da aprendizagem de fatos e conceitos e a avaliação dos mesmos. n A prática educativa Como ensinar, de Antoni Zaballa. Este livro ofereceu-nos elementos e crité- rios que contribuíram para uma prática reflexiva e coerente, relacionados ao ato de ensino, registrando preocupações, idéias, conflitos e também soluções possíveis no âmbito educativo no nosso cotidiano. n Pedagogia dos Projetos, de Nilbo Ribeiro Nogueira. O livro pretende conceituar projetos e sua dinâmica, implantação e implementação no ambiente da escola. O livro ajudou-nos no planejamento e execução de três projetos interdisciplinares que proporcionaram satisfação tanto aos educadores como aos alunos. É verdade que, ao assumir esses momentos de estudo, demos só um passo inicial, mas vai se expandindo para outras escolas do município, onde os educadores divulgam e discutem os temas estudados, levando a outros um pouco do Carisma Concepcionista e do nosso jeito de ser educador. Cada livro estudado é uma descoberta de novos horizontes na capacitação de educadores e na vivência do processo educativo junto aos educandos. matemática a Ano 2004. Era tecnológica. Mundo globalizado. Houve um tempo em que se concebia conhecimento como um bem passível de acumulação ou como um conteúdo que preencheria um reservatório vazio que o indivíduo possuía inicialmente. Hoje, a idéia de conhecimento é bem diferente: é algo que se adquire, que se constrói. A atividade matemática escolar não consiste em olhar para as coisas prontas e definitivas, mas na construção e na apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar a realidade. Foi através da visão desse mundo em construção que, juntamente com meus alunos de 5ª e 6ª série, iniciamos um projeto valorizando os aspectos que a educação matemática tem destacado como essenciais: - trabalho de temas atuais associados a outros conteúdos; atividades que valorizam o raciocínio e deduções; atividades em que o próprio aluno constrói o saber. Daí surgiu o primeiro interligado Matemática ligada a outros conteúdos. Os alunos pesquisaram e apresentaram, mostrando um pouco do saber, da criatividade e da construção do conhecimento. Durante todo o desenvolvimento do projeto pude perceber como os alunos se interagiam com os conteúdos e com a matemática. Bem sabemos que a matemática fornece instrumentos eficazes para compreender e atuar no mundo que nos cerca e possui um forte caráter integrador e interdisciplinar. Avaliando o projeto, observei que os alunos viram a matemática como algo agradável e prazeroso e sentiram-se seguros da própria capacidade de construírem conhecimentos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; interagiram com seus pares de forma cooperativa, trabalharam coletivamente. Ficaram interligados!!! Que nós possamos fazer pequenas coisas agora e maiores coisas nos serão confiadas dia a dia. (Pensamento persa) Professora Margareth Professora do Centro Educacional Recanto Betânia 50 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Michelle Pereira Professora de Matemática de 5ª e 6ª Séries CIC/MACHADO - MG Unindo conhecimento, lazer, crescimento e partilha Com o Projeto Conhecer a região mais desenvolvida do país, os alunos da 8ª série do CIC/ Machado-MG, fizeram uma excursão no período de 8 a 15 de setembro de 2004, para o sul, com o objetivo de descobrir e conhecer as raízes da imigração européia, bem como conhecer as causas das diferenças sociais entre as regiões brasileiras. O projeto, de caráter interdisciplinar, envolveu os conteúdos da seguinte maneira: n Português: registrar com fotos (restaurantes, lojas, produtos, cardápio, comida, outdoors, painéis...) a invasão de línguas estrangeiras na língua portuguesa; n Artes: através das fotos, montar um painel para apreciação das turmas; n Matemática e Ciências: conhecer o tipo de escala usada na construção do mapa da cidade; registrar velocidade e distância da viagem; marcar a altitude de Camboriú e a extensão do litoral de Santa Catarina e registrá-la em gráficos comparando-os com a extensão de outros estados brasileiros; n Geografia: conhecer a economia do Vale do Itajaí, rios e tipos de clima e vegetação; n Ensino Religioso: conhecer a história de Santa Catarina, a padroeira que deu nome ao Estado. n História: comparar hábitos e costumes e a miscigenação ocorrida no sul do país; entender por que as cidades do sul estão entre as que oferecem melhor qualidade de vida do país; apresentar Curitiba, através de filme, mostrando que a cidade tem a maior área verde por pessoa no mundo, entre outras características, além de organizar as apresentações com relatório e realizar a partilha. A viagem seguiu o roteiro: Camboriú, Brusque, Blumenau, Joinvile, Florianópolis e Curitiba, encantando os alunos a cada parada. É gratificante proporcionar aos alunos o conhecimento de uma região mais desenvolvida, ampliando seus horizontes através de uma prática pedagógica que, ao mesmo tempo, leva a uma melhor integração do grupo, uma educação que privilegia o aprender fazendo. José Cláudio Siqueira Magalhães Professor de História do CIC/Machado-MG INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 51 PROJETOS PEDAGOGIA A língua é um bem que existe para que possamos usufruir dela. É necessário que o professor se lembre que a comunicação não se faz somente por signos verbais ou escritos, ela também se faz por comportamentos e atitudes. Trabalhando a Entrevista Oralidade A linguagem é uma forma de comportamento social cuja função principal é a comunicação. Foi pensando em vivenciar a linguagem oral que a professora de português do CIC/ Machado, Anelise Swerts de Oliveira Lima, desenvolveu o projeto Vivência da Linguagem Oral com a 5ª e 6ª série. Educar através da arte a A arte apresenta-se como manifestação da capacidade de criação dos alunos, auxiliando o professor principalmente na compreensão e na afeição de seus interesses. Jornal Falado Apresentação de Poesias 52 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Contação de histórias Dramatizações espontâneas A teoria de que a arte deve ser a base da educação não é nova.Desde a antiguidade clássica, assim como os atuais conceitos de maturidade e de prontidão para a aprendizagem, os estímulos à expressão através das artes assumem importante papel entre as atividades e experiências ricas e variadas que devem ser proporcionadas pelo professor, visando conduzir o aluno à verdadeira aprendizagem. Os precursores da Educação Infantil, como Platão, Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori, Decroly, Claparéde, Dewey, contribuíram para essa revolução pedagógica, necessária a uma vida cada vez mais voltada para o espírito científico e prático. Aqui no Brasil podemos dizer que a educação pela arte foi a primeira teoria pedagógica empregada. Utilizando a dramatização e a poesia, Anchieta, o primeiro mestre do Brasil, levou o catecismo e as primeiras noções de civilização ao Novo Mundo. Modernamente, sob o ponto de vista da educação pela arte, cujos princípios praticam ou recomendam, dois grandes nomes se destacam em nosso cenário pedagógico: Monteiro Lobato e Anísio Teixeira. Todos estes nomes da História da arte contribuíram para que se firmasse a idéia de que educação deve realizar-se através da experiência e da liberdade de expressão, tendo por base o prazer de criar e produzir, dentro da realidade da vida prática, pela utilização dos diversos aspectos da arte. A arte apresenta-se aqui, portanto, como manifestação da capacida- de de criação dos alunos, auxiliando o professor principalmente na compreensão e na afeição de seus interesses. Nota-se que o trabalho de arte, agora, desde que estimulado pelo professor para atingir a determinado objetivo além dos estéticos, exigirá muito mais da capacidade de observação, apreciação crítica dos alunos, que o trabalho espontâneo, de livre expressão, executado sem outro qualquer compromisso senão o de liberar a energia criadora. O professor que levar os alunos à aprendizagem através de atividades estéticas, seguindo o interesse e as aptidões dos alunos, poderá observar que, graças ao harmonioso conjunto de atividades que proporciona, o interesse pela aprendizagem aumenta na medida em que se desenvolvem as habilidades e as funções mentais. Não se trata de fazer dos alunos grandes escritores, atores, músicos ou artistas plásticos, mas de dar-lhes oportunidades que muito contribuirão para o desenvolvimento do seu pensamento lógico e de um espírito crítico, aberto e lúcido, pelos hábitos de observação, pesquisa e criação. É através da arte, a arte no seu amplo sentido, visual e plástico, literário e musical, espontânea, mas estimulada, motivada e orientada, que melhor cumpriremos a nossa tarefa de educadores. Rosa Maria do Santos Chagas Pedagoga - Monitora no Lar Maria Imaculada - Mococa INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 53 PEDAGOGIA Amostras Estatísticas à À medida que os conteúdos matemáticos vão se tornando mais avançados, mais difícil é a integração com outras áreas do conhecimento, visto que situações do cotidiano envolvendo conceitos sofisticados requerem também ferramentas matemáticas ainda não dominadas pelo aluno, nesse nível de escolaridade. Dessa forma, o estudo da Estatística tornase importante no conteúdo do ensino da Matemática. Em vista disto, os alunos das 8as séries do Colégio Imaculada Conceição de Passos trabalharam os dados de uma pesquisa realizada com a participação de todos os alunos do ensino fundamental (5as a 8as séries). Os dados foram coletados com a ajuda de alguns professores que aplicaram o seguinte questionário: n Sexo n Disciplina de que mais gosta n Escolha da profissão n Profissão escolhida n Motivo da escolha n Escolha da área n Área escolhida o Os alunos da 6ª série A do CMI-Mococa trabalharam durante o mês de agosto e setembro nas aulas de Língua Portuguesa o seguinte tema: Miséria, a Fome no Brasil e a Exploração Infantil. Na avaliação de Redação no final de agosto foi solicitada uma descrição de uma favela e uma carta a uma autoridade contando o que tinha visto e pedindo soluções para o problema. Leia ao lado, a carta do aluno Luiz Antonio Fernandes Dias Neto, destinada ao Presidente da República, e abaixo, a resposta que obteve da Diretoria de Comunicação Histórica do Governo: A partir dos dados acima, foram tiradas conclusões importantes e curiosas. Vale a pena observar que nas 5as e 6as séries a maioria dos alunos já tem escolhida a sua profissão, enquanto na 8ª série, apenas uma minoria revelou sua opção. Outro dado a registrar é quanto à escolha da profissão. blica BLICA REPÚ cia da Repú A D A n I ê C DÊN 4 Presid de 200 PRESI Pessoal da e tembro t e e s n i e b d a G a, 23 Brasíli Entre os homens foi a Engenharia, (nos seus mais diversos campos); entre as mulheres, Medicina, escolha essa motivada por vontade pessoal. Já as disciplinas História, Matemática, Educação Física e Artes foram apontadas como as preferidas entre os entrevistados. Quanto à preferência pela área, os homens apontaram Exatas, enquanto as mulheres apresentaram um empate entre Biológicas e Humanas. Todo o estudo, análises e elaborações de gráficos foram importantes para retomar conceitos estatísticos a partir da leitura de tabelas. É através deste aprendizado que o aluno vai adquirir capacidade para interpretar o resultado de pesquisas publicadas pelos diversos meios de comunicação. Lúcia Faria Pimenta Andrade INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Senhor presid ente, escrevolhe para fazer Quando passei um apelo. bem ao lado da fiquei observan favela do Rio de Janeiro, do e me asso mbrei. Vi casa p an o s n o te s velhas com to . A lg u m as at é d e lo n a esburacadas, er q u e es ta v am am casas muito pequenas, amon sobre as outras toadas umas . As ruas eram pequenas com e esburacadas, po ças de lama cheias de bara tas e um odor esgoto a céu terrível pelo aberto. Banco s velhos e até cantos das ca geladeiras nos sas e, de long e, pude observ jogando um ba ar uma mulher lde de lixo na rua. Os postes cos eram dese de ncapados e al fios elétriguns estavam Quando olhei destruídos. pra mim mesm o e me vi com cia e limpa, co m um tênis no roupa mavo que acabar meu pai, de ba a de ganhar do nho tomado, se m sujeira, e qu gasse em casa e quando che, teria um belo café da tarde mãe... Senti um feito por maaperto no cora ção e quis faze algo que nunc r algo novo, a percebi e de i importância: PRÓXIMO. AJUDAR O Queria que o senhor tomasse uma providên eu tomei. cia, como Abraços, ece-lhe a agrad ens v l i S a P Lula d elas mensag Inácio z i rasil. u nho p L m cari óximo do B ese idente t s e s r i o P O carta, p , o futuro pr iciativa de d or sua s n muito p be dos joven fessor pela i ionais. o dos e r c ac p e n r u para to is ta se que emas l o n t e b i o u m r i m p r p os ando o e ma Ele cum alunos para t r a b a l h , u m p a í s j u s t vens. á t s s e o a r r l Lu cês jo elho perta idente v i d a m tivas para vo e c o n t i s e a r m P u O rspec terem ém qu ileiros boas pe e s s á r i o t a m b a s e r e m c i o s b r a s que ofereça c ne e par ro, çado, é p r e p a r a n d o - s Brasil que de n a c próspe l a r e e O s . e t e n d so Para is udando basta es na socieda t t s n e a a prot r m o nue ços par que r e imp o s f i s . e e t s ú o o d a d ã o s á e m s u a s m ã a r e m ju n t a n d d a s p r o p o s t a s u st n a e i t t e l n m p o a j c m se s para ção co Pedimo implementa os a nte. dente. m o v e r m L u l a P r e s i d e roso do Presi m lo e l e g e r a a o abraço ca b e Rec te, osamen Atenci ica ha es Roc entação Histór r a o S m o i Cláud iretoria de Docu Luiz A rezado Professora de Matemática 6as e 8as séries - Colégio Imaculada Conceição - Passos MG 54 DE: Luiz Anton io Fernandes Dias Neto PARA: V. Exª Sr. Presidente Luiz Inácio L ula da Silva. Mococa, 19 de agosto de 2004 . A POBREZA ntonio, Direto 55 r-D INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Luiz Antonio Um dos passos principais para a solução dos diversos e urgentes problemas sociais do Brasil está na conscientização sobre a realidade social. Nesse sentido, o aluno Luiz Antonio (foto) ficou muito empolgado com a resposta à sua carta e aguarda realmente tomada de atitude por parte do Sr. Presidente em prol das pessoas menos favorecidas. O Trabalho foi realizado sob a orientação da professora Vânia Aparecida Macedo Palos - Língua Portuguesa. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 55 PEDAGOGIA Unidade e Fidelidade à Para tornar os alunos bons leitores, para desenvolver, Pedagogia muito mais do que a capacidade de ler, o gosto pela leitura e um Concepcionista compromisso com ela, a escola precisa mobilizar seus alunos, internamente, pois aprender a ler e ler Formando bons Leitores a A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola não se lê só para aprender a ler; não se lê de uma única forma; não se decodifica palavra por palavra; não se responde à pergunta de verificação de entendimento, preenchendo fichas exaustivas; não se faz desenhos para mostrar do que mais gostou e raramente se lê em voz alta, ou seja, a prática constante da leitura não significa a repetição infindável dessas atividades escolares. Uma prática constante de leitura na escola pressupõe o trabalho com a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas de leitura de fato. Diferentes objetivos exigem diferentes textos e cada qual por sua vez exige um tipo específico, uma modalidade. Em certos textos basta ler algumas partes, buscando a informação necessária; outros precisam ser lidos, exaustivamente, várias vezes. Há textos que podem ser lidos rapidamente e outros que devem ser lidos devagar. 56 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Há leituras em que é necessário controlar atentamente a compreensão, voltando atrás para se certificar do entendimento; outras são lidas seguidamente, sem dificuldade, nas quais o leitor apenas se entrega ao prazer de ler. Há textos que requerem enorme esforço intelectual e, a despeito disso, dão vontade de ler sem parar; outros, no entanto, o esforço é mínimo e mesmo assim dá vontade de deixálas para depois. Para tornar os alunos bons leitores, para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto pela leitura e um compromisso com ela, a escola precisa mobilizar seus alunos internamente, pois aprender a ler e ler para aprender requer esforço. Aprender fazendo Os alunos devem ver na leitura algo interessante e desafiador, uma conquista capaz de dar autonomia e dependência. E devem estar confiantes, condição para enfrentar o desafio e aprender fazendo. contínuo, evoluindo a partir do momento em que o educando possa partilhá-la com o outro. Nesse processo é de suma importância a formação continuada dos educadores. É indispensável que eles estejam preparados e atentos para orientar e ajudar o aluno a fazer o link do conhecimento prévio com o que será abordado em sala de aula. Trazer notícias atuais e significativas, fazer (e não dar) uma aula diferente na cozinha experimental, projetar um filme que facilite o assunto a ser abordado, agilizar atividades no Laboratório de Informática, enfim, usar realmente os recursos disponíveis nas escolas (poucos ou muitos) é proporcionar momentos em que os alunos vivenciam o prazer da sala de aula, constroem e ressignificam o conhecimento. para aprender, requer esforço. Ler para as crianças é uma atividade fundamental: elas merecem que os adultos leiam diariamente para elas. Antes de ler um texto para as crianças, o professor precisa conhecêlo para poder comentar as razões de sua escolha e demonstrar seu interesse de leitor em compartilhar suas descobertas. A leitura não deve ser uma atividade-extra, quando sobra tempo, quando a turma está muito agitada ou quando faltaram muitos alunos. A leitura precisa ocupar o horário nobre da aula. Mesmo quando as crianças não sabem ler, a sala de aula deve ter um espaço com livros, revistas, jornais, folhetos e gibis, para poderem folhear à vontade, sem que alguém fique perguntando o que estão entendendo. Enquanto isso, é interessante que o professor também leia seu próprio livro, revista ou jornal. É imprescindível que as crianças percebam que ler é uma atividade importante e que o adulto também gosta de realizá-la. Professor: lembre-se de que uma prática de leitura que não desperte nem cultive o desejo de ler, não é uma prática pedagógica eficiente. Maria Vanilda Professora de 1ª série do Colégio Maria Imaculada de Brasília e pós-graduanda em Gestão Educacional pelas Faculdades Pitágoras. dadãos conscientes que possam se integrar e se comprometer com a moeducadores estejam preparados dificação da sociedade em que vivem. É indispensável que os para orientar o aluno a fazer o link do conhecimento prévio com o que será abordado em a sala de aula. Atualmente sabemos ser necessário instaurar mudanças na sala de aula que atendam às crianças e jovens de nossa época, sem perdermos de vista os princípios da Educação Concepcionista. Somamos a isso a preocupação com uma Formação Integral, Religiosa, à luz do olhar de Madre Carmen Sallés, evangelizando através da educação, formando ci- Maria Rosângela Coordenadora Pedagógica de 5ª a 8ª série do Colégio Maria Imaculada de Brasília Como fazer? Basta que a Proposta Educativa Concepcionista, comum a todos os colégios concepcionistas, seja transformada em ação. Dessa forma, a aprendizagem pode acontecer de forma prazerosa e seguir o rumo esperado, em que a escola oportuniza e facilita a construção do conhecimento. O conhecimento acontece na medida em que uma pessoa interage com a outra e, através dessa interação, o educando adquire autonomia e prazer pela descoberta. Por isso, a aprendizagem é um processo INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 57 PEDAGOGIA Há um brinquedo certo para cada idade b Brincar é sempre saudável e importante no desenvolvimento de crianças e jovens mas, especialmente com as crianças, é preciso cuidado e precaução na hora da escolha dos brinquedos. É comum pais, tios e avós comprarem para as crianças brinquedos que lhes chamam atenção pela exposição na mídia ou porque o adulto que o está comprando sonhou com ele, em alguma etapa de sua vida. É o carro de controle remoto para o filho de apenas 1 ano, as bonecas do tipo Barbie para a linda menina que ainda não completou 2 anos. Também é muito comum notar a decepção desses adultos ao perceberem que o brinquedo não despertou o interesse da criança, ou ela o quebrou por não ter ainda, habilidade para manuseá-lo. Na hora da escolha do brinquedo é preciso observar se ele tem o selo do IMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Individual) e se é apropriado para a idade. Não devem ser adquiridos, para as crianças menores, brinquedos que tenham partes destacáveis (como olhos de bichinhos de pelúcia) ou ainda com partes pontiagudas e pequenas. Portanto, a dica é: compre brinquedos que tenham peças maiores do que o pulso da criança. Cordinhas para puxar brinquedos também não são recomendadas. Abaixo encontram-se algumas orientações, por faixa etária, para a escolha de brinquedos: Do nascimento até 1 mês e 1/2 O bebê ainda não consegue segurar objetos intencionalmente. Só por reflexos. Nesta fase é importante estimular os sentidos cantando, abraçando e acariciando o bebê. Exagere nas fisionomias bem próximo ao rosto da criança. Demonstre alegria e satisfação. De 2 a 4 meses Nesta fase, o bebê passa do estado de quase inércia para as primeiras reações intencionais. Ele diverte-se quando é levado ao alto e gosta de fixar o olhar em objetos atraentes e coloridos. Sugestões de brinquedos: n Brinquedos com texturas e formatos de fácil manipulação n Móbiles n Brinquedos que emitam sons (com guizos em seu interior, por exemplo) De 5 a 7 meses A criança já consegue ficar mais tempo fixando um objeto. Volta-se para a direção de onde vem algum som. O bebê já emite alguns ruídos com o intuito de chamar atenção. Aos 7 meses já atende se for chamado pelo nome. Sugestões de brinquedos: n Tapetes de atividades com sons e espelho, pois aqui o bebê já é capaz de se reconhecer n Brinquedos que emitam sons De 8 a 10 meses A criança já interage com jogos simples e busca algum objeto de desejo. Gosta de bichinhos de pelúcia e bonecos. Livros plásticos para o banho também são uma ótima pedida. Tudo muito colorido. Sugestões de brinquedos: n Livrinhos de banho n Jogos de interação em que se aperta algum botão e emitem som n Bichos de pelúcia e bonecos 58 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 De 11 meses a 1 ano A linguagem está em pleno desenvolvimento. Consegue concentrar-se por um pequeno período de tempo ouvindo uma história. Repete tudo o que escuta. Gosta de reproduzir as palavras que aprendeu com o telefone ao ouvido. Quando consegue equilibrar-se bem, a bola também é um elemento inseparável. Sugestões de brinquedos: n Livros com grandes figuras e pouco texto que retratem objetos de seu dia-a-dia: mamãe, papai, carro, mamadeira, etc. n Livros com fotos ou desenhos de bichinhos n Telefones n Bolas De 1 ano a 1 ano e 1/2 Imita sons e reconhece objetos. Brinca de espalhar e guardar tudo, claro que a seu modo. Sugestões de brinquedos: n Caixote com objetos de formas geométricas. Cubos, círculos e triângulos de plástico ou feltro n Potes e tampas n Panelinhas De 1 ano e 1/2 a 2 anos A criança já reconhece algumas cores e formas. Sabe procurar e encontrar objetos que guardou. Gosta de brinquedos que possa empurrar, puxar, encaixar e explorar com os dedos. Adora tentar descobrir como as coisas funcionam. Sugestões de brinquedos: n Brinquedos de montar n Bichinhos de plástico n Cubos com formas vazadas para encaixar peças similares n Carrinhos e caminhões n Chaves De 2 anos a 2 anos 1/2 Após os 2 anos a criança começa a descobrir o prazer em brincar com o outro. O egocentrismo começa a sair de cena e começa o processo de socialização. Até os 2 anos e ½ a criança assimila centenas de palavras em pouco tempo. Já é capaz de construir frases simples, completas. Reconhece cores e formas. Compreende o significado da palavra NÃO. Classifica formas, cores e espessuras. Sugestões de brinquedos: n Blocos lógicos - encontrados em lojas de brinquedos educativos. Possui quadrados, círculos, triângulos e retângulos nas cores primárias, com diferentes tamanhos e espessuras n Blocos de madeira com diferentes formas e tamanhos para fazer torres e pequenas construções. 3 anos Nesta fase, papais e mamães precisam ter bastante disponibilidade para responder a todos os questionamentos da criança - Como? Quando? E a preferida: Por quê? Apesar da linguagem ainda estar em desenvolvimento, seu vocabulário já é bastante extenso. Consegue comunicar-se com perfeição. Sua coordenação fina está mais segura. É nesta fase que a lateralidade (destra ou canhota) normalmente se define. Sugestões de brinquedos: n Cubos de tecido, onde em cada lado existe um treino motor como zíperes, botões e ganchos para abrir e fechar. n Cubos com tamanhos decrescentes e que se encaixam um dentro do outro, para serem empilhados. 4 anos A criança apresenta maior coordenação global e, conseqüentemente, coordenação fina. Começa a se interessar por brincadeiras coletivas e demonstra maior equilíbrio. Sugestões de brinquedos: n Jogos em equipe com uso de bola e bastões n Bicicleta n Trabalhos manuais, com tesoura de ponta redonda e sob supervisão de adultos CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 59 PEDAGOGIA n n n n n Matemática na Jogos eletrônicos Jogos em computador Bonecos e bonecas Palavras cruzadas Jogos com figuras e letras que representem a letra inicial do objeto 7 a 9 anos 5 anos Nessa idade a destreza e motricidade já estão bem definidas. A criança descobre a satisfação em tentar resultados diferentes e conseguir realizar trabalhos esteticamente bonitos. A gama de opções cresce bastante. A criança torna-se mais sociável e descobre o prazer de brincar em grupo. Sugestões de brinquedos: n Modelagem em massinha, argila ou gesso n Canetas e caderno de desenho n Quebra-cabeças n Pular corda n Jogos coletivos com regras e objetivos mais elaborados O raciocínio lógico pode ser usado quase em sua totalidade, permitindo o trabalho com jogos de estratégias simples. Sugestões de brinquedos: n Jogo da velha n Jogo de damas n Trilha 10 a 12 anos O pensamento lógico já está desenvolvido em sua plenitude; pode-se usar jogos mais complexos e estratégias que necessitem de abstração. Sugestões de brinquedos: n Batalha naval n Jogos de tabuleiro que forcem cálculos, previsões, custos e lucros, tipo banco imobiliário n Jogos de conhecimentos gerais com perguntas e respostas das mais diversas áreas de conhecimento. 6 anos A criança já é capaz de realizar várias tarefas sozinha: troca-se, escova os dentes, dá laço no tênis, demonstra certa independência, conhece a função de cada objeto. Evidencia maior interesse por jogos eletrônicos e computador. Neste sentido a polêmica é grande, mas é preciso saber dosar, pois são tecnologias que fazem parte do cotidiano moderno e que são muito válidas no desenvolvimento de raciocínio e estratégia. É preciso impor limite ao uso deles e, também, critério na escolha dos materiais a serem disponibilizados; estes devem privilegiar os aspectos educativos. Sugestões de brinquedos: 60 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Marisa Mendes Coordenadora Pedagógica do Colégio Maria Imaculada de Brasília s AÇÃO Sou professora e coordenadora da área de Matemática, do Colégio Madre Carmen Sallés Brasília. Faço parte de um grupo de estudo de professores da Unb (Universidade Federal de Brasília), coordenado pelo professor Cristiano Muniz, doutor em educação matemática. O grupo se reúne a cada quinze dias para debater assuntos práticos e teóricos de educação matemática que possam contribuir para uma verdadeira construção do conhecimento matemático. Depois que comecei a freqüentar essas reuniões e dei início ao meu curso de mestrado, descobri que o professor tem que ser um verdadeiro pesquisador e que a sua própria sala de aula, entendida como uma unidade envolvendo uma relação dialética entre o aluno, o saber e o professor, é um ambiente riquíssimo para desvendar diferentes maneiras de ensinar e aprender Matemática. Por isso, resolvi aproveitar meu espaço educativo na sala de aula para desenvolver um projeto mais amplo sobre o ensino da Matemática, que faz parte da minha dissertação de mestrado. O projeto está sendo desenvolvido pela equipe de Matemática do Ensino Fundamental do Carmen Sallés da qual participam também as professoras Cláudia e Solange. Para nortear o projeto, iniciamos discussões sobre o assunto e nos apoiamos na Teoria dos Campos Conceituais de Gérard Vernaud e em Vygotsky. Vernaud é pesquisador francês nas áreas de psicologia cognitiva e didática da Matemática. Ele desenvolveu a Teoria dos Campos Conceituais, a qual tem permitido conceber uma visão curricular da Matemática menos fragmentada e mostra o quanto a didática tem de partir da concepção de que o papel do professor é o da provocação que favoreça o desenvolvimento de novos esquemas mentais. Seus trabalhos de pesquisa têm tratado sobre a aprendizagem matemática e seu ensino, sobretudo o pensamento e conceitualização necessários à resolução de situaçõesproblema de Aritmética e de Álgebra elementar. Sua teoria tem grande penetração no campo da pesquisa em Educação Matemática no Brasil. Resolução de situações-problema, construção de conceitos e aprendizagem matemática Durante nossos estudos e pesquisas em sala de aula, percebemos que é na ação efetiva do aluno que podemos entender seu processo de construção de conceitos e procedimentos e, na mesma linha de raciocínio, é através da ação, e não apenas do discurso, que poderemos provocar o desenvolvimento conceitual que deve ser objetivo pilar do ensino da Matemática, como nos afirma Vygotsky: Vygotsky (1896-1934) psicólogo russo, elaborador da teoria sócio-histórico-cultural da aprendizagem e do desenvolvimento humano. A partir de seus estudos sobre conceitualização, Vygotsky mostra como o processo de construção do conceito está atrelado à ação, e não meramente ao uso de terminologias. Ele ressalta o engano cometido por pesquisador ou educador que avalie as capacidades intelectuais da criança apenas por utilização de palavras. Essas idéias estão apresentadas em sua obra Pensamento e Linguagem. Segundo esse autor, a ação do aluno deve ser um critério para análise do desenvolvimento conceitual e, neste sentido, a situação vivenciada pelo aluno é de grande importância, pois ela é que dá sentido às ações. Você deve estar percebendo que, quando falamos da ação, referimo-nos àquela operada pelo aluno em certo contexto, em uma dada situação. Veja um exemplo da ação dos alunos e do desenvolvi CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 61 PEDAGOGIA mento conceitual ocorrido, realizada com as turmas de 8ª séries pelas professoras Sandra e Cláudia para construir o conceito de trigonometria. Começamos com a construção de um instrumento para determinar as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente. Desenhe, em papel milimetrado, um setor circular cujo arco mede 90º (um quarto da circunferência) e cujo raio mede 1 dm (ou 10 cm). Marque, com o auxílio de um transferidor, os arcos correspondentes a 10º, 20º, 30º, 40º, 50º, 60º 70º e 80º, como mostra a figura a seguir: Está pronto o seu instrumento! Agora veja como usá-lo: INTERPRETAÇÃO INTERPRETAÇÃO Observe o triângulo retângulo marcado no papel milimetrado abaixo. Ele tem um ângulo de 40º. Você pode ler diretamente no papel milimetrado o valor do seno, medindo o segmento 01 . Ensino Religioso na Educação Infantil Pelo ponto A, trace $7 , perpendicular ao segmento 2$ , com medida de pelo menos 2 dm (20 cm). Cole esse desenho num pedaço de isopor, cortiça, EVA ou papelão. Corte um canudinho do tamanho de um raio (1 dm) e passe por dentro dele um pedaço de barbante de 2,5 dm (25 cm). Fixe com uma tachinha uma das extremidades do canudinho/barbante no ponto O. Veja como ficará na figura a seguir: Sabe por quê? O valor do seno é encontrado dividindo-se o cateto oposto () pela hipotenusa (), que mede 1 dm. 01 01 = H VHQ = E quanto mede cos 40º? Basta ver quanto mede o segmento . Quanto mede tg 40º? Basta medir o segmento . Desta forma os alunos foram construindo na ação os conceitos de trigonometria. O trabalho descrito é apenas uma das atividades realizadas em sala de aula e constatamos que através da ação houve: ·n Compreensão dos alunos das idéias, conceitos e procedimentos matemáticos. ·n Desenvolvimento de competências e habilidades de investigar, questionar, compreender e argumentar. Nesse âmbito, concluímos que a apresentação de atividades, na qual os alunos possam aprender os conceitos através da ação, possibilita uma aprendizagem motivadora e significativa. Sandra Aparecida de Oliveria Baccarin Formada em Ciências e Matemática, mestranda em Educação, membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática), coordenadora de área - Ciências e Matemática - do Colégio Madre Carmen Sallés/DF 62 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 a paz ianças querem sã o Todas as cr das m a s n e m to no mundo, da discrires da ótica educadas liv minação(...). de falar ianças gostam ndem cr as as d o T re nem todas ap em Deus, mas o(...). çã n ti is d a, sem am s eu D e u q enerosas, ianças são g Todas as cr lhes enpre há quem mas nem sem ulam nos ar o que acum sine a partilh coração. lancheira, no armários, na frases de Frei Beto s Ser religioso é uma dimensão constitutiva do ser humano. Aos educadores, preocupados com o desenvolvimento do ser humano em sua totalidade, cumpre aprofundar a reflexão sobre a dimensão religiosa e descobrir meios de despertar a religiosidade presente na criança. Na Educação Infantil, o Ensino Religioso deve valorizar as experiências possibilitando a vivência de práticas sociais, da ética, de direitos e deveres, e a formação de valores. Vivência que deve partir da realidade que temos para a construção da realidade que queremos. O professor deve estar atento o tempo todo, aproveitando pequenos eventos do dia a dia para propor discussões a partir deles. Trabalhar com valores é um grande desafio, porém, o principal é que os valores sejam uma preocupação constante e que permeiem as aulas e a conduta do professor. É fundamental a coerência entre o que se pretende ensinar e o que se pratica, diz a filósofa Helena Milanezi. O Ensino Religioso para crianças pequenas deve respeitar o momento que elas estão vivendo. Assim, compreenderão mais os testemunhos do que os discursos sobre Deus. Pierre Faure diz que a criança descobre Deus na família e vai desenvolvendo aos poucos sua relação com Ele. O importante nessa educação é permitir que a criança adquira a correta imagem de Deus, não de um ídolo ou justiceiro, mas do Deus que se preocupa com ela. É significativo para as crianças ver alguém que lhes é referência falando de Deus. Através das atitudes dos adultos a criança descobrirá que Deus é bom, é alegria, é paz, é amor. Cristina Monteiro Gomes Professora do Jardim III Colégio Madre Carmen Sallés/DF No Colégio Maria Imaculada, em Mococa, a professora Solange Lima, junto aos alunos do Ensino Médio, vem desenvolvendo o Curso de Interpretação. O curso é realizado semanalmente. São trabalhados poemas, letras de músicas e textos atuais que despertam o gosto pela codificação e decodificação da palavra. Alunos das três séries do Ensino Médio que participam desse curso (cerca de 70) são agrupados, sem distinção de série ou turma, o que possibilita uma troca de experiências, ajuda a quem tem dificuldades e ampliação do conhecimento daqueles com maior facilidade. Como passamos por um momento marcado pela globalização, em que ocorre um enorme intercâmbio de cultura e informação, a professora pretende desenvolver nos alunos a capacidade de perceber e interpretar os fatos ocorridos no passado e no presente; pretende desenvolver, também, o espírito crítico dos alunos para que analisem as expressões em geral, sejam na arte, na política ou no cotidiano. Dessa forma, jovens mais aptos à interpretação estarão melhor preparados para ler o mundo de forma madura, INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 63 consciente e crítica. PEDAGOGIA Teatro Alunos do CIC-Machado lêem Teatro e interpretam Dom Casmurro, de Machado de Assis e o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Educação Infantil no Colégio Maria Imaculada de Brasília As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação. (Referencial Curricular Nacional para Educação infantil, pág. 21). É o que caracteriza o nosso trabalho... Visão do aluno como ser: social, histórico, agente ativo do processo de construção do conhecimento, buscando o desenvolvimento global e harmonioso da criança, trabalhando com as diferentes áreas do conheci- 64 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 mento: cognitiva, afetiva e psicomotora. Nosso Projeto Educativo prevê diferentes atividades que possibilitam a expressão de sentimentos, o desenvolvimento do espírito de investigação, o exercício da democracia e o fortalecimento de sua identificação pessoal e social, garantindo espaços de liberdade de expressão e ação, através de experiências lúdicas, desafiadoras, alicerçadas em valores como o respeito à partilha e à acolhida. Trabalhamos com Projetos cujos temas são do interesse das crianças e partem sempre do conhecimento prévio de cada aluno, possibilitando a integração das áreas do conhecimento, propondo desafios, despertando a curiosidade e permitindo às crianças o confronto com suas hipóteses, buscando uma aprendizagem significativa, contextualizada e prazerosa. Asseguramos o bem-estar, o crescimento e o desenvolvimento das crianças, atendendo às suas necessidades e aos seus interesses, apoiando suas iniciativas e incentivando-as a brincar e a movimentarem-se em espaços amplos; expressar sentimentos e pensamentos; desenvolver a imaginação e curiosidade ampliando, permanentemente, seu conhecimento, não só através de atividades específicas mas, também, em ações e interações das crianças, professores e famílias, com o objetivo de maior desenvolvimento moral e intelectual. Maria Helena Rodrigues Faria Coordenadora da Educação Infantil do Colégio Maria Imaculada de Brasília o O teatro nasceu entre os gregos, na Antigüidade. A principal alteração que tem experimentado, desde então, é quanto à sua função: tem servido para divertir, satirizar a classe política, refletir sobre problemas sociais, conscientizar os oprimidos, enfim, fazer refletir sobre a própria condição humana. Para o dramaturgo alemão Bertold Brechet, a principal função da atividade teatral, entretanto, é a de proporcionar prazer. Um prazer que educa, conscientiza e diverte. Publicado pela primeira vez em 1899, o romance Dom Casmurro é narrado em primeira pessoa por Bentinho, personagem que, pelas circunstâncias da vida, torna-se um verdadeiro casmurro, daí o título da obra. O romance foi escrito por Machado de Assis, considerado um dos maiores escritores do mundo. Machado de Assis revolucionou a nossa literatura, sendo sua obra o grande salto qualitativo de nossas letras. Dom Casmurro constitui o mais célebre enigma de nossa literatura. Páginas e páginas de críticas já foram gastas na tentativa de esclarecê-lo. Teria Capitu, a mulher com o olhar de ressaca e de cigana oblíqua e dissimulada traído seu marido Bentinho? É este o mote da história. O romance já foi lido por gerações e as possibilidades de interpretação nunca se esgotam. Gil Vicente, autor de Auto da Barca do Inferno tinha para si uma missão moralizante e reformadora. Não visava atingir as instituições, mas as pessoas inescrupulosas que as compunham. Voltava- se para a sociedade portuguesa em sua enorme diversidade de classes e grupos sociais - o fidalgo, o rei, o clérigo, o burguês comerciante, a mulher adúltera, a moça casamenteira, o nobre decadente, a mulher devassa, o juiz desonesto. O autor escreveu peças de fundo religioso. Buscava demonstrar como o ser humano é egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e frágil diante dos apelos da carne e do dinheiro. Gil Vicente percebia que, no Renascimento, as pessoas estavam perdendo seus valores sem adquirir novos, Seria válido tudo que levasse ao enriquecimento, não importando os CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 65 PEDAGOGIA meios. Gil Vicente questiona essa nova postura, contrapondo-a a um passado que ele idealizava: um mundo povoado por pessoas sempre honestas e sinceras. Esses valores vinculam-se aos padrões éticos medievais e a uma visão humanista da Igreja. Tais perspectivas levaram-no a observar com desconfiança as novas formações sociais abertas pelos descobrimentos. Gil Vicente não é apenas considerado o fundador do teatro português. Suas peças fundaram uma tradição que deu outros frutos em Portugal, em outros países europeus e no Brasil. Em Auto da Barca do Inferno, uma de suas peças mais conhecidas, as cenas ocorreram à margem de um rio, onde estão ancorados dois barcos: um é dirigido por um anjo e leva as almas que, de acordo com o seu julgamento, serão conduzidas ao céu; o outro é dirigido pelo diabo, que levará as almas condenadas ao inferno. Entre o começo e o final da peça, desfila uma verdadeira galeria de tipos sociais que compõem um rico painel das fraquezas humanas. Para o barco do paraíso vão apenas os cavaleiros que morreram lutando por Cristo. No Ensino Médio do Colégio Imaculada Conceição de Machado, já estava programada para o segundo Informática e o bimestre de 2004 a leitura do romance Dom Casmurro e a do Auto da Barca do Inferno, do dramaturgo português Gil Vicente. Com o objetivo de tornar o trabalho de tais obras mais interessante e envolvente, foi proposto aos alunos que representassem as obras por meio do teatro. A proposta foi bem recebida por todos. O romance Dom Casmurro foi adaptado para a linguagem teatral. Como Auto da Barca do Inferno já é escrita em forma de teatro, houve somente a preocupação de tornar a obra um pouco mais concisa, devido ao tempo para a apresentação. O 2º ano surpreendeu pelo figurino de época. Os meninos e as meninas vestiram-se como as classes aristocráticas do século XIX, não faltando cartolas, pincenez, bengalas, diademas... Estavam mesmo muito elegantes! O cenário foi muito bem elaborado: móveis antigos, tapetes, colchas, bules, xícaras, taças, talheres... Enfim, todas as peças ilustravam os tempos da monarquia. A representação foi empolgante, havendo até casamento... O 1º ano representou o Auto da Barca do Inferno. Muitas pessoas ficaram admiradas, pois os alunos falavam em português arcaico, a língua portuguesa na época de sua formação a mais de mil anos. A peça criticava a sociedade da época de forma cômica, sendo que tais críticas podem ser transportadas para o nosso mundo atual. Os alunos, através de interpretações brilhantes, provocaram muitos risos e aplausos. Devido à satisfação causada em todos e à sua intenção moralizante, por ocasião da Festa do Dia dos Pais em agosto, a peça Auto da Barca do Inferno foi novamente apresentada. Muitos alunos foram reconhecidos como verdadeiros artistas. A peça foi ovacionada e a experiência foi satisfatória para todos. Daniela Damásio P. de Souza professora de Literatura no Ensino Médio - CIC Machado 66 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Educação O projeto Informática na Educação Fundamental é fruto dos estudos sobre Planejamento Estratégico iniciado no ano passado pelas Irmãs Concepcionistas Missionárias do Ensino, na Província do Brasil, que definiu a Tecnologia como uma das opções estratégicas a serem levadas em conta nas programações dos próximos anos. Atualmente, pesquisadores e educadores estudam diferentes formas de utilização da tecnologia dentro de um ambiente de aprendizagem. Para isso, investigam o processo de aprender e as características da cognição frente ao computador. Atenção especial é dada ao uso do computador e suas possibilidades de utilização como ferramenta pedagógica e também como meio de formar o processo de aprendizagem que se desenvolve a partir de tais estímulos. O uso do computador na criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios. Primeiro, implica entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento. Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender, bem como demanda rever o papel do professor nesse contexto. A formação desse professor envolve muito mais do que prover o professor com conhecimento sobre computadores. O preparo do professor não pode se restringir à passagem de informações, mas deve oferecer condições para que ele construa conhecimento sobre técnicas computacionais e entenda como integrar o computador em sua prática pedagógica. Podemos constatar que a informática aplicada ao ensino encontra-se bastante difundida nos dias de hoje e é de suma importância que o profes- sor utilize esta ferramenta para tornar suas aulas mais atraentes e dinâmicas, despertando assim o interesse dos alunos. O projeto tem como objetivos: - Despertar no docente a importância da utilização da informática como ferramenta de ensino mostrando suas aplicações e possíveis resultados; - Motivar os alunos aumentando o interesse pelo conhecimento; - Buscar maior integração entre os companheiros. Está sendo desenvolvido em duas etapas: 1. na primeira, o planejamento das atividades, junto aos professores, de acordo com o conteúdo das disciplinas e, 2. na segunda, a execução das atividades no laboratório de informática ou na sala Multimídia. O programa utilizado é o Quiz - Jogo de perguntas de múltipla escolha com contagem de pontos. O programa de Informática a serviço da educação vem atender as necessidades dos professores de propor- cionar aulas mais dinâmicas e prazerosas, ao mesmo tempo em que vem atender às expectativas dos alunos, que dispõem de um instrumento a mais para o seu aprendizado. Com ele, a pesquisa, a simulação, a arte, a expressão escrita, a imagem ficam à disposição dos alunos, abrindo possibilidades inimagináveis de criação e recriação. Ao final do 2° semestre, os professores poderão fazer uma avaliação mais detalhada e palpável a respeito do funcionamento do projeto: As dificuldades de aprendizagem foram superadas? O ambiente favoreceu o aprendizado? As aulas foram satisfatórias? O material de apoio foi bem elaborado? Houve um clima de colaboração entre todos os envolvidos? Conectados ao mundo da inclusão digital, alunos e professores devem apropriar-se dessa ferramenta, que é uma das portas de entrada e produção do conhecimento. Vlander Verdade Signoretti Professor e Técnico em Informática do CIC MACHADO INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 67 PSICOLOGIA HIPERATIVIDADE HIPERATIVIDADE A Hiperatividade é um desvio de comportamento caracterizado freqüentemente pela diminuição da persistência e consistência na realização das atividades diárias. 68 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Em uma sala de aula o professor se encontra diariamente com diversos desafios: desempenhar a sua função de conduzir ao conhecimento, administrar bem os conteúdos, estar disposto a ministrar aulas criativas que despertem em seus alunos o gosto pelo aprender...Nem sempre tudo isso é possível quando se trata de uma turma numerosa e com alguns alunos levados. O que é a hiperatividade? A criança tem por natural e por criação, ser mais ou menos agitada. É importante que o professor não rotule os seus alunos ou faça por si próprio um diagnóstico. Apenas um psicopedagogo poderá fazê-lo. O professor, no caso, será aquele que irá detectar em seus alunos características de hiperatividade ou outras. É importante que o professor esteja atento e preocupado com a sua tur- ma e principalmente, que esteja disposto a mudar sua postura, sua didática quando percebe que é necessário fazê-lo. Atualmente a escola tornou-se uma atividade obrigatória e o êxito escolar passou a representar um papel importante de realização pessoal e sócio-econômica. Com isso, as dificuldades e/ou fracassos passaram a representar um terror para muitas famílias e entre as várias causas deste insucesso encontramos, talvez entre uma das mais freqüentes, a Hiperatividade. É dela que falaremos neste espaço. A Hiperatividade é um desvio de comportamento caracterizado freqüentemente pela diminuição da persistência e consistência na realização das atividades diárias. O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios do comportamento mais freqüentes na idade pré-escolar e escolar. As crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Freqüentemente têm apelido de bicho carpinteiro ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, essas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos, inquietas. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair do ambiente. Elas têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos internos, isto é, vivem voando. Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como esquecidas: esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova, etc. (o esquecimento é uma das principais queixas dos pais). Crianças assim tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). Freqüentemente apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer, têm dificuldades em realizar ou concluir tarefas e jogos, além de se intrometerem em conversas e jogos dos outros. Embora possam ser inteligentes e criativas, seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa freqüente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas). Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer bem mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um reforço no centro da atenção que é ligado a ele, A educação não se também em um agir tomas do TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nas duas áreas mais importantes para um bom desenvolvimento - a escola e o relacionamento com os colegas. pedagógico. É preciso O que o professor pode fazer resume apenas na troca de conhecimentos, mas ter iniciativa de buscar a qualidade além de vencer conteúdos. passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma atividade não exclui o diagnóstico de TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir: os portadores de TDAH vão ter muitas dificuldades em manter a atenção em várias atividades cotidianas. As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam uma maior probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e dificuldades emocionais e de relacionamento social. Supõe-se que os sin- Para tornar a conduta com alunos hiperativos a mais valiosa possível, devemos considerar que uma ajuda efetiva do professor é preparar seus alunos para aprender, e isso ocorre quando ele introduz, conduz e conclui cada aula em seqüência lógica. Estes princípios de instrução efetiva, que refletem o que sabemos sobre como educar todas as crianças na sala de aula, ajudarão especialmente uma criança com TDAH a manter-se focada em suas tarefas, na medida em que ela passa de uma aula para outra durante o dia escolar. Estudantes com TDAH beneficiam-se quando o professor explicita claramente no início da aula quais são suas expectativas. Considere as seguintes estratégias: n n Avalie as necessidades individuais da criança. Determine as necessidades educacionais específicas para cada criança com TDAH em sua classe. Revise as aulas anteriores. Por exemplo, lembre a criança que a aula de ontem focou determina CONTINUA INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 69 PSICOLOGIA n n a criança a agir apropriadamente. Elogie as crianças com freqüência, mas procure elogiar antes não após - da criança estar fora da tarefa. Reprimendas verbais. Não hesite em pedir que uma criança mude seu comportamento. As reprimendas mais eficazes são aquelas curtas e dirigidas ao comportamento inadequado - não à criança. Prêmios palpáveis. Use prêmios palpáveis para reforçar comportamentos adequados. Esses prêmios podem incluir rótulos como caras alegres. HIPERATIVIDADE HIPERATIVIDADE n n n n n n n 70 do aprendizado. Revise vários problemas antes de iniciar a aula atual. Estabeleça as expectativas de aprendizado. Estabeleça o que você espera que eles aprendam durante a aula atual. Estabeleça as expectativas de comportamento. Descreva como você espera que os alunos se conduzam durante a aula. Por exemplo, diga às crianças que elas podem falar em volume baixo com seus vizinhos enquanto trabalham em uma tarefa, ou levantar a mão para ter sua atenção. Especifique os materiais necessários. Identifique todos os materiais que a criança precisará durante a aula. Use materiais audiovisuais. Use uma variedade de materiais audiovisuais para dar suas aulas. Por exemplo, use um retroprojetor para demonstrar como resolver um problema de adição. Os alunos podem trabalhar no problema em suas cadeiras, enquanto você manipula contadores na tela do projetor. Verifique o desempenho do estudante. Questione alunos individualmente sobre sua compreensão da aula. Ajude os alunos a auto-corrigirem seus erros. Descreva como os alunos podem identificar e corrigir seus próprios erros. Nível baixo de ruído. Monitore o nível de ruído na sala de aula e INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 n n n n n forneça realimentação corretiva na medida em que for necessário. Se o nível de ruído ultrapassar o limite para o tipo de aula relembre todos os alunos, ou individualmente, sobre as regras estabelecidas no início da aula. Incentive-os a cantarem uma canção suave que retomem ao ruído pedagógico. Posto de correio. Estabeleça um posto de correio na sala de aula e ofereça aos alunos oportunidades de escrever, enviar e receber cartas entre alunos e professor. Limpeza das classes e mochilas. Peça à criança que periodicamente limpe e organize sua classe, mochila e outros locais onde trabalhos escritos são guardados. Preparando espaço de trabalho organizado. Ensine à criança com TDA/H como preparar um espaço de trabalho organizado para completar suas tarefas. Por exemplo, instrua a criança a guardar livros ou outros materiais desnecessários antes de começar seu trabalho. Monitorando temas de casa. Esteja alerta para quão bem seus alunos com TDA/H completam seu tema para casa. Discuta e resolva com eles e com seus pais quaisquer problemas dessa natureza. Por exemplo, avalie o grau de dificuldade das tarefas e quanto tempo a criança gasta com seus temas. Elogios verbais. Frases simples como bom trabalho encorajam Estas são sugestões que podem ser adaptadas à turma conforme o critério que a professora achar conveniente. A professora é a mediadora que conhece as necessidades de seus alunos e os melhores métodos para agir e interferir no processo educativo. A educação não se resume apenas na troca de conhecimentos, mas também em um agir pedagógico. É preciso ter iniciativa de buscar a qualidade além de vencer conteúdos. Para o aluno a escola é uma extensão de sua casa e o professor, principalmente para as crianças, é alguém em quem eles se espelham. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION. DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995 CHESS, S.; MAHIN,H Princípios e Prática da Psiquiatria Infantil. Porto Alegre, Artes Médicas, 1982. p.359-64. FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Artes Médicas, Porto Alegre, 1992. KUPFER, M. C. Freud e a Educação: o mestre do impossível. Editora Scipione, São Paulo, 1989. PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia Escolar. T. A . Queiroz Editor, 2a edição, São Paulo, 1986. Tatiane de Paula Marques Formada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade de Brasília- 2004 Professora de 2° série Bons Pais e Pais brilhantes s Se ao iniciar a leitura deste artigo você está esperando encontrar um manual de instruções, com uma série de regras prontas que irá torná-lo um pai brilhante, posso adiantar-lhe que terá uma grande decepção. Vale lembrar que a caminhada da educação de nossos filhos se faz caminhando e é única para cada um de nós. Diferentemente dos computadores, nossos filhos são crianças e jovens psicologicamente complexos e diferem em muitos aspectos uns dos outros. O que se pretende sempre num bate-papo como este é levantar pontos de reflexão e dar ferramentas para que os pais possam utilizá-las na sua dinâmica familiar, adaptando-as à sua realidade. Por que a escolha do título Bons Pais e Pais Brilhantes? Simplesmente porque nós pais sabemos a diferença que existe entre ser um bom ou um péssimo pai; agora, a diferença sutil entre ser bom e ser brilhante, vale a pena a gente pensar. E iremos perceber que ser brilhante não é ser perfeito, porque ser perfeito não é ser humano e o que mais nos afasta de nossos filhos é sermos superficiais. O primeiro ponto que precisamos ter sempre em mente é que todas as experiências vividas por nossos filhos são significativas e marcam sua história evolutiva. Tudo já está lá gravado nos solos da memória e não podemos deletar. O que podemos e devemos fazer é reeditar algumas vivências, de uma maneira mais positiva, o que o levará a um crescimento mais sadio, fazendo com que o novo seja mais intenso que os sofrimentos do passado. Devemos acreditar que os vínculos afetivos definem a qualidade das nossas relações. Pais brilhantes dão seu próprio ser, as suas lágrimas, o seu tempo, a sua atenção, mesmo quando têm longas jornadas de trabalho. Pais brilhantes amam seus filhos, vibram com suas vitórias, mas não deixam de prepará-los para os fracassos e derrotas da vida que são inevitáveis; compreendem seus anseios e suas angústias, mas frustram e colocam limites quando necessário. Como já dizia o psicólogo Augusto Cury, bons pais conversam, pais brilhantes dialogam, contam histórias, imitando Jesus Cristo que se fez Homem, encantou a humanidade e muito nos ensinou através de suas parábolas, sendo, com certeza, um grande contador de histórias. Pais Brilhantes estão sempre atentos aos sete pecados capitais na educação dos filhos: 1. Corrigir publicamente os filhos: a exposição pública produz humilhação e traumas complexos difíceis de serem superados. 2. Expressar autoridade com agressividade: ganhamos o temor dos nossos filhos, não o amor e o respeito dos mesmos. 3. Ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança. 4. Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações. 5. Ser impaciente e desistir de educar. 6. Não cumprir com a palavra. 7. Destruir a esperança e os sonhos da criança. Pais brilhantes também se desesperam, choram, sentem-se culpados, mas jamais desistem dos filhos, pois acham brilhante essa tal história de serem Pais. Gisele Peterson Psicóloga clínica e educacional, especialista em saúde mental da criança e do adolescente INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 71 PSICOLOGIA Educar... um desafio e uma missão preventiva A educação exige conhecimento da pessoa a qual se educa, porque necessitamos saber que materiais e métodos devemos usar no trabalho que realizamos. 72 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 n Na atualidade, nossa preocupação se volta para o grande desafio da educação. Pais e educadores se vêem perdidos diante das atitudes de indisciplina, falta de limites, violência em sala de aula, filhos que agridem e matam pais, uso de drogas, entre outros. Mediante esta realidade precisamos rever os princípios que norteiam nossa prática educacional. Como dizia a Beata Carmen Sallés: Para obter bons fins são necessários bons princípios. Precisamos espalhar o bem para que o mal não tenha lugar. Em tempos de grandes mudanças, não é nada fácil para pais e educadores identificarem com clareza os limites da verdadeira disciplina no trabalhoso e gratificante processo de educar, afirma Içami Tiba. Até poucas décadas, os pais educavam seus filhos com base numa regra simples: cabia a eles exercer sua ascendência sobre a prole de maneira inquestionável, pois como dizia os avós dos adultos de hoje criança não tinha querer. Muita coisa mudou desde então. Com a revolução comportamental dos anos 60, a difusão dos métodos pedagógicos modernos e popularização da psicologia, a liberdade passou a dar o tom nas relações entre pais e filhos, a tal ponto que hoje se vive o oposto da rigidez que pontificava antes disso. A questão se tornou tão séria, que uma tendência que representa um certo refluxo na maneira de pensar a educação dos jovens vem ganhando cada vez mais força. Chegamos a uma situação limite. Está na hora de os pais recuperarem sua auto-estima e sua autoridade, diz a educadora Tânia Zagury. Ela defende, também, que as práticas que andavam esquecidas na educação dos filhos sejam resgatadas, em nome do futuro do próprio jovem e da sociedade. O que Tânia defende não é uma volta à educação rígida de antigamente, e sim a busca de um ponto de equilíbrio que se perdeu em algum momento entre o fim dos anos 70 e a atualidade. Na Grécia, o filósofo Sócrates refletiu longamente sobre o desdém que os adolescentes mostravam pela autoridade. Cinco mil anos atrás, um egípcio exasperado mandou inscrever em sua tumba as seguintes palavras: Os jovens já não respeitam os mais velhos. Eles se tornaram impertinentes e perderam toda noção de comedimento. Em todas as épocas os adolescentes e jovens se mostram um desafio para educação. Talvez nos dias atuais esteja mais difícil, por causa da explosão e influência dos meios de comunicação e da globalização. Podemos observar que jovens educados de maneira negligente correm o risco de se tornarem adultos infelizes e desajustados. A falta de limites faz com que muitas vezes essas pessoas se revelem inaptas para lidar com os reveses e frustrações naturais da vida. Elas têm dificuldades para relacionar em ambientes marcados por hierarquias e, em muitos casos, não conseguem nem mesmo se emancipar, tanto do ponto de vista emocional, quanto financeiro. Muitos pais acham que dar tudo de mão beijada para os filhos é uma maneira de fazê-los felizes, o que não é verdade. Quando saem do ninho, esses jovens se sentem atraiçoados pela vida, pois não desenvolveram defesas para enfrentar o mundo. Tanto a falta de limites, quanto o excesso, podem causar grandes transtornos na formação da personalidade e na consciência ética-moral de novos indivíduos. Uns por serem criados com total liberdade acham que podem tudo, sentem-se super homens. Para satisfazer seus desejos são capazes de qualquer tipo de agressividade, até mesmo matar. Uma boa educação preventiva os poupariam dessas dificuldades. É claro que muitos pais estão se preocupando com a educação de seus filhos, prova disso é a grande procura por bibliografias de auto-ajuda. Em Os Direitos dos pais, Zagury trabalha com dois conceitos. O primeiro se refere ao fato de que, por mais que se fale nos direitos sagrados das crianças e dos adolescentes, Muitos pais acham que dar tudo de mão beijada para os filhos é uma maneira de fazê-los felizes, o que não é verdade. Quando saem do ninho, esses jovens se sentem atraiçoados pela vida, pois não desenvolveram defesas para enfrentar o mundo. não se pode perder de vista que a cada direito corresponde um dever. Perdeu-se a noção de reciprocidade. Os pais são obrigados a bancar a melhor educação escolar para seus filhos? Então, estes filhos terão sua contrapartida: devem esforçar-se para passar de ano. O outro preceito de que trata a autora é aquele explicitado no subtítulo de seu livro, Construindo Cidadãos em Período de Crise. Os pais precisam, com urgência, ter seu papel regulador revalorizado para que possam desempenhar, sem culpa, nem constrangimento, a função de moldar seus filhos para serem verdadeiros cidadãos. O mundo que estamos construindo será construído de indivíduos semelhantes àqueles que estamos criando em nossos lares. É bom não pensarmos somente no prazer imediato de nossos filhos, mas adotarmos uma postura sociológica, pensando no global da sociedade. Portanto, caros pais/educadores, educar é prevenir. E para prevenir são necessários bons princípios, pois educamos, formamos pessoas concretas. A educação exige conhecimento da pessoa a qual se educa, porque necessitamos saber que materiais e métodos devemos usar no trabalho que realizamos, dizia Carmen Sallés. Por isso, pai, seja pai; mãe, seja mãe; educador, seja educador. Gastemos tempo com nossos filhos e educandos para ajudá-los a serem felizes. Jorge dos Santos Gomes Soares Psicanalista, pedagogo, mestrando em filosofia, PUC-SP e voluntário Lar Maria Imaculada Mococa/SP [email protected] INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 73 ATIVIDADES CIC n PASSOS n CMI MG Feira Cultural vilhas tecnológicas, alimentícias, culturais, médicas, científicas que foram sendo idealizadas pelo homem. Os alunos do CIC foram chamados a vivenciar a experiência criadora através do desafio de também sonhar, planejar algo novo e inventar diversas maneiras para desenvolver e apresentar os seus trabalhos. Como acontece todos os anos houve uma homenagem especial. Desta vez coube à família Quebra Galho que inventando peças e desmontando inventos na rua do CIC, na Passos dos anos 50 a 70, ficaram famosos pela habilidade manual. O resultado foi muito bom. Mais ainda para os vencedores que foram Computador: uma invenção que re- A Feira Cultural do CIC Passos é um momento do ano letivo esperado pelos alunos para desenvolver trabalhos de acordo com suas aptidões , capacidade criativa e sociabilidade. Neste ano a proposta, coordenada pela Área de Estudos Sociais, instigou os alunos a tornarem-se um pouco inventores e muito criativos para desenvolverem o tema gerador que foi: As invenções que mudaram o mundo Desde a Pré-História o homem, inteligente e prático começou a descobrir, entender , tomar posse do mundo e, através do desenvolvimento de suas capacidades, iniciou uma escalada vertiginosa rumo às descobertas tecnológicas e científicas. A ilusão de criar algo novo e diferente estimulou o homem a inventar cada vez mais e melhor. Comumente afirmamos que a necessidade é a mãe das invenções mas, a verdadeira mãe das invenções é a nossa necessidade interior de criar e descobrir novidades que proporcionem mais conforto, mais praticidade e prazer transformando a vida humana numa experiência melhor de ser vivida em todos os aspectos com as mara- INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Agosto é dedicado ao folclore. No entanto, nem tudo que é popular é folclórico. O folclore teve, necessariamente, origem anônima, sendo aceito e praticado por um grande número de pessoas. Além de resistir ao tempo, foi passado oralmente de geração a geração. Acreditando que a cultura popular se alimenta de lembranças coletivas, brincadeiras e brinquedos, músicas, lendas e congadas, as professoras do ensino fundamental, de 1a a 4a série do CIC, promoveram pesquisas sobre este tema tão rico. Sendo o cantar uma das máximas expressões de um povo, a garotada das 2as séries o explorou. As crianças puderam pesquisar e cantar as cantigas que seus avós e bisavós cantarolavam. Já os brinquedos e brincadeiras estimularam a curiosidade e as habilidades dos alunos de 1a série, que confeccionaram piões, pipas, bilboquês e amarelinhas. A congada, em que os participantes desfilam enfeitados pelas ruas, acompanhando pessoas fantasiadas de reis africanos do Congo, foi encenada pelos alunos das 3as sé- almente mudou o mundo (João Paulo, Maiko, Marcílio, Fábio, Everson, Vinícius e André Luiz, alunos da 2a Série do Ensino Médio) e As invenções que mudaram o mundo: Chocolate (Louise, Naiane, Laís, Raíssa, Thales Henrique, Lucas e Isadora, alunos de 6ª e 7ª Séries do Ensino Fundamental). As peças de teatro apresentadas durante a semana de realização da Feira fizeram muito sucesso e contaram com a participação ativa dos alunos sob a consagrada direção de Gustavo José Lemos. O Júri do teatro, composto por Marise Pacheco, Heliza Faria Pereira, Carlos Jorge Paula Ribeiro, Dalton Teixeira Filho e Roseymar Zaroni, diante de tanto talento e surpreendentes revelações, teve dificuldades para escolher os melhores. Os vencedores foram: Do Segundo Grau: Argos e Nas dobras daquele véu Do Ensino Fundamental: O poeta da Vila (a vida de Noel Rosa) e Deu a louca nos quadrinhos MOCOCA n SP Homenagem à Pátria Todos os anos o Colégio Maria Imaculada de Mococa proporciona ao público mocoquense uma apresentação no desfile cívico de 7 de setembro, Dia da Pátria. A fanfarra acompanhada pelas Balizas, Corpo Coreográfico, Porta Bandeira, Pelotão, se preparou para garantir o sucesso na musicalidade e no compasso. O uniforme dos componentes da Fanfarra, com suas plumas amarelas, coloriu a avenida. O colorido também foi visto nas demais alas infantis que utilizou bandeirinhas e arcos como adereços de mão. Com essa atividade o CMI-Mococa procurou desenvolver nos alunos o amor à Pátria. CMI Professora Leila Maria S. Pádua Andrade 74 Cultura Popular n n SÃO PAULO n SP Orquestra ries. As lendas histórias de heróis que tentam explicar fatos ou fenômenos da natureza e os mitos personagens que têm poderes mágicos foram explorados pelos alunos das 4as séries. Através desses exemplos da riqueza cultural do nosso povo, trabalharam a oralidade ao contá-los para os colegas. Assim, os alunos, conhecendo o folclore, puderam compreender um pouco mais o povo e a história do nosso país e todos perceberam que a cultura popular deve estar presente no cotidiano escolar, como tema transversal. Laura Borges Silva Coordenadora Pedagógica do segmento I CIC/Passos-MG Sob a batuta da professora de música, Ana Valéria Turbiani, os alunos das 4ªs séries A e C do Ensino Fundamental do Colégio Maria Imaculada de São Paulo foram ao Centro Cultural, assistir a um concerto didático de música clássica, com apresentação dos instrumentos da Orquestra e informação sobre eles, dando continuidade ao Projeto dos 450 anos da cidade de São Paulo. O sucesso do evento contou com o fato de as crianças terem sido bem preparadas durante as aulas de música e com o valioso incentivo da Coordenadora Malu e professoras. Contamos com a colaboração da Gabrielle (Webdesigner) e da alegria contagiante da nossa Diretora Madre Carmen. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 75 ATIVIDADES CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS E OBRA SOCIAL MARIA IMACULADA n DF Duas Instituições comprometidas com a Vida A Creche Carmen Sallés e Obra Social Maria Imaculada, Samambaia-DF, oferecem às crianças de 2 a 10 anos uma educação de qualidade. No tempo em que a criança permanece na Creche e na Obra, há todo um esforço para levar avante a Proposta Educativa Concepcionista e favorecer a educação integral dos educandos. Pretende-se com isso favorecer a formação de um cidadão crítico, com habilidades fundamentais para o exercício da cidadania. Para que isso ocorra é necessário que os educadores levem em conta aspectos importantes do processo educativo. É preciso ajudar as crianças a assimilar informações e utilizá-las em contextos adequados, interpretando códigos, linguagens e servindo-se dos conhecimentos adquiridos, com uma visão crítica. Outro aspecto indispensável é a disposição e a capacitação para relacionarem-se com seus colegas, cujas diversidades devem ser respeitadas. E ainda, o crescimento na consciência do bem comum e o incentivo ao trabalho de forma coletiva e democrática. 76 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 Essa construção não se faz de um dia para outro, mas é um processo que se constrói cada dia, com a participação de todas as pessoas envolvidas no processo educativo, pessoas que ajudam a fazer das duas Instituições, um local de aprimoramento do ser humano. Na Creche Madre Carmen Sallés e Obra Social Maria Imaculada essa proposta acontece através do desenvolvimento de projetos pedagógicos mensais que incentivam a aprendizagem por meio de Oficinas. Atividades lúdicas, músicas, histórias, brincadeiras diversas, cintegram o processo no cotidiano das duas Obras, tornado-as cada vez mais comprometidas com a realidade. Dessa forma, a relação entre o currículo e a prática pedagógica caminham lado a lado, procurando focalizar o desenvolvimento evolutivo das crianças nos aspectos: físico motor, sócio-emocional, espiritual e cognitivo. Os temas trabalhados no segundo semestre, Família, Bíblia, Meio Ambiente e Simplesmente Criança oportunizaram momentos de crescimento, espiritualidade e revelaram a força da unidade nos trabalhos propostos pela Missão Educativa Concepcionista, que prioriza a Educação Personalizada. A Missa da Família ocorreu de forma significativa com a participação das crianças e de seus familiares. Durante o mês da Bíblia os textos bíblicos foram trabalhados buscando sua associação com a Criação e a valorização de tudo que Deus nos dá gratuitamente. A Semana da Criança foi planejada com carinho, buscando favorecer nas crianças a valorização pelo ser criança, o que pôde ser vivido através de atividades diversificadas para cada dia. No final houve a culminância com um Show de Talentos, um momento alegre e descontraído para ajudar a crianças aperceber seus próprios dons e riquezas. COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS n BRASÍLIAn DF Momento de valorização da leitura Nos dias 17 e 18 de setembro, a Feira do Livro do Colégio Madre Carmen Sallés, de Brasília novamente teve a aprovação de todos que participaram. Na abertura, alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio lotaram o anfiteatro e puderam ouvir histórias e poesias. A Hora do Conto, com a professora Íris Borges, encantou a todos os presentes. A Semana de Arte Moderna, de 1922, foi relembrada pelas alunas Cecília e Juliana da 3ª série do Ensino Médio que tocaram, ao piano, As Bachianas nº 4 e nº 5, de Villa Lobos. O aluno Vitor, também da 3ª série do Ensino Médio declamou um poema de Oswald de Andrade. O autor Wellington Lavareda falou sobre a importância da leitura e declamou um de seus poemas. Ao final da abertura houve a premiação dos ganhadores do Concurso de Poesias, projeto da Equipe de Português. Após a abertura foi o horário de visitação aos estandes das livrarias presentes na escola. Livros paradidáticos adotados no Ensino Fundamental estavam disponíveis na Feira e o autor do livro Amor de Menino, Wilson Pereira, autografou os exemplares dos alunos. A participação de vários autores brasilienses enriqueceu o evento. Alguns alunos das séries finais do Ensino Fundamental participaram do Projeto Quem conta um conto aumenta um ponto e contaram histórias para os alunos das séries iniciais e os da Educação Infantil. Na manhã de sábado a programação foi variada, oficina de origami (dobradura) e oficina de mangá (desenho japonês), favoreceu momentos de entrosamento e diversão entre pais e filhos. O minicurso Educar para o pensar, com a professora Marta Bergamashi, coordenadora do Núcleo de Filosofia do Distrito Federal, possibilitou aos pais e professores momentos de reflexão sobre a educação de nossos jovens. O minicurso Produção Textual na Escola e na Vida, proferido pela professora Lucília H. do Carmo Garcez, Dra. em Lingüística, foi um espaço para capacitação dos educadores, do qual pais também puderam participar. Ex-pro- fessora da UnB (Universidade de Brasília) e autora de vários livros, entre eles Técnica de redação o que é preciso saber para bem escrever, editado pela Martins Fontes, a autora escreve que aprender exige trabalho sobre o conhecimento. Não se trata de uma simples transferência, em que o professor ou o texto doam ao aluno a informação nova. É preciso que a pessoa trabalhe bastante para que o conhecimento passe realmente a ser propriedade sua. Segundo Lucília, o ato de escrever está intimamente ligado ao ato de ler. Para ela a escrita não pode ser c o n s i d e r a d a desvinculada da leitura. É preciso deixar a preguiça de lado e esforçar-se por querer saber mais, ler e escrever muito, textos de diversos gêneros, todos os dias. É preciso ainda, considerar a escrita uma competência importante, reconhecer que pela escrita participamos do mundo. Esses são, sem dúvida, exercícios que desenvolverão as habilidades de bom escritor. Houve também a mostra da Feira Bíblica na qual estavam expostos trabalhos de alunos de todas as séries, do Maternal ao Ensino Médio. Uma bela apresentação do que foi desenvolvido nas aulas de Ensino Religioso. A exposição: Releitura da Semana de Arte Moderna exibiu as produções artísticas dos alunos de 5ªs e 6ªs séries, sob a responsabilidade das professoras Janice e Ângela. A Biblioteca da escola mobilizou os alunos para a feira da troca. A cada dois livros que eles tivessem doado, teriam direito a receber outro (entre os doados), de sua escolha. Durante a Feira, eles fizeram a escolha. As crianças circularam em meio aos estandes, folhearam livros, leram e compraram livros. É assim que se constrói a prática de valorização da leitura. Estar em contato constante com textos, ouvir e ler, possibilitará o desenvolvimento de habilidades que permitirão a elas pertencer ao mundo dos leitores. Favorecer isso é função da família e da escola. Jussara Pampado Cavedal Coordenadora Pedagógica - Segmento 3 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 77 ATIVIDADES CMI CMIn nBRASÍLIA DF n CMI DF Programa Leitor do Futuro Ciente da responsabilidade de informar e formar cidadãos, o Colégio Maria Imaculada aderiu ao programa Leitor do Futuro com o objetivo de promover, na sala de aula, a leitura mais prazerosa com o manuseio de jornais semanalmente. A atividade envolve a leitura de todos os cadernos do jornal e conseqüentemente debates, questionamentos e posicionamentos dos alunos relativos à sua realidade. Com o acompanhamento da professora, os alunos podem estar atualizados e muito bem informados, incorporando novos conhecimentos e comparando-os com os armazenados anteriormente a fim de formar opiniões bem embasadas. Vale ressaltar que o jornal não deve ser entendido como matéria ou disciplina, mas como uma fonte de informação sobre vários e diferentes assuntos, que podem e devem ser trabalhados em qualquer disciplina, ao lado de outras fontes de informação e leitura. Em língua portuguesa, por exemplo, trabalhar com imagens ocultando a legenda e solicitar que os alunos legendem as imagens ou dêem um título ao texto, ou ainda partir de uma notícia, criar uma manchete, vai exigir dos alunos um exercício de síntese 78 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 na comunicação da idéia, bastante valioso pedagogicamente. O que se deve ter como compromisso e desafio dentro da sala de aula é exatamente o da formação de um leitor crítico, independente do tipo de texto ou de suporte em que ele seja veiculado. Leitura, no sentido mais amplo, significa ser capaz de analisar os diferentes discursos, os significados e os contextos de produção. Dessa forma, diante do trabalho com o jornal em sala de aula, o principal aspecto a ser observado e desenvolvido é o de estimular a escrita dos alunos e o sentido da cidadania, partindo do desenvolvimento do hábito da leitura. O retorno do trabalho é gratificante! Os alunos adquirem uma experiência diversificada e têm a oportunidade de descobrir um mundo novo. A cada oficina absorvem novas informações e buscam transformá-las em conhecimento. Tarciana Rossana Professora de Língua Portuguesa DE 5ª A 8ª série do Colégio Maria Imaculada Dia de Criança Foi só alegria! Cada dia uma surpresa: pula-pula, cama elástica, tobogã, filme, bingo, enfim, muita brincadeira. Mas, a melhor parte ficou mesmo por conta da dedicação e do carinho explícitos na convivência dos educadores com as crianças: essa é a marca que transforma nosso dia-adia num eterno dia de criança. É!... O quanto foi boa a diversão! Como? Com os colegas e professores participando de muitas brincadeiras e saboreando coisas deliciosas, como sorvete, pipoca, cachorro quente, algodão doce e muito mais. Isso aconteceu em nossa escola com os alunos do Maternal à 4ª série, de 04 a 08 de outubro, com diversas atividades planejadas pelos educadores, fazendo a felicidade da garotada com a comemoração especial do DIA DA CRIANÇA, dia de fantasia, do faz- de-conta, das birras e de muitos sonhos. . . Maria Helena Faria Coordenadora da Educação Infantil do Colégio Maria Imaculada, de Brasília n RIO DE JANEIRO n RJ Criança feliz... Feira Cultural Você sabia que a criação do Dia das Crianças no Brasil ocorreu na década de 1920. Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como o dia dos pequenos. O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa Johnson & Johnson para lançar a Semana do Bebê Robusto e aumentar suas vendas. Dia das Crianças no Mundo Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a comemoração acontece em 5 de maio. Dia Universal da Criança A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nessa data, no ano de 1959, que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças. A partir desta data, criou-se um padrão que o mundo todo deve perseguir: Por isso mesmo, em meio a tantas celebrações que marcam o mês de outubro, o dia das crianças tem um sabor especial. Para comemorar a data o Colégio Maria Imaculada do Rio de Janeiro dedicou os dias 13 e 14 de outubro propiciando aos alunos momentos de muita alegria. No dia 13/10 o Prof. de Educação Física, José Arimathéia promoveu uma gincana com os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental até a 4ª série. Os alunos foram divididos em grupos, tendo cada grupo uma cor. A atividade mobilizou os alunos, para uma competição sadia, respeitando o espaço e as habilidades individuais. Após a gincana os alunos fizeram um lanche coletivo em cada sala. Os pais e responsáveis pela Educação Infantil prepararam uma divertida e emocionante apresentação para todos os alunos. No dia 14/10 os alunos foram presenteados pela Barsa-Planeta com um Grupo de Teatro, que fez uma apresentação sobre o Circo, contando a história e seus personagens. Após o lanche coletivo os alunos puderam se divertir no pula-pula, piscina de bolas e cama elástica. No dia 18 de setembro, foi realizada a Feira da Cultura do CMI-RJ, com participação dos alunos da 1ª série do Ensino do fundamental ao Ensino Médio. Os temas propostos e assumidos pelas turmas foram: Olimpíadas e Água, direito de todos. Os alunos puderam desenvolver e apresentar seus trabalhos, mostrando aos visitantes da feira sua capacidade de criar e desenvolver as atividades que lhe são propostas. Os temas foram julgados por uma comissão avaliativa, e os melhores receberam uma premiação. 2º Segmento do Ensino Fundamental n 1º lugar: Tema: Água. Componentes: Douglas, Ramon Silva, Cleber, Rodrigo e Igor. n 2º lugar: Tema: Peixes Ornamentais. Componentes do Grupo: Marcela, Daniele, Larissa Neiva, Lorenza e Pedro Paulo. n 3º lugar: Tema: Tratamento de Água. Componentes do Grupo: Hanna, Mariana Azevedo, Aline Noel e Ana Vitória. Ensino Médio n 1º lugar: Tema: A história das Olimpíadas e deusas gregas. Componentes do Grupo: Aline, Karin, Simone, Mariana Peralta e Carmen. n 2º lugar: Tema: Olimpíadas Deuses da Grécia. Componentes do Grupo: Rodrigo, Hugo, Rafael Azevedo, INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 79 ATIVIDADES REGINA PACIS n REGINA PACIS n BH BELO HORIZONTE n MG SEDE PROVINCIAL n SP Atividades da Capacitando Semana da Criança para a comunicação Na primeira semana de julho técnicos das áreas de sistemas de informação dos colégios Concepcionistas da província do Brasil, estiveram em São Paulo para um curso de treinamento em PHP, linguagem muito utilizada em acessos a bancos de dados e informações via internet. Foi sensacional a comemoração da semana da criança no colégio Regina Pacis entre os dias 13, 14 e 15 de outubro. Foram três dias de pura adrenalina com atividades variadas e de muita emoção! No primeiro dia, após serem acolhidas pela diretora do colégio, Ir. Marlise, as crianças foram agraciadas com o coral Infantil cantando várias melodias infantis. Num segundo momento as crianças participaram de uma seção de filmes locados pelo colégio, com direito a pipoca. No segundo dia as crianças se divertiram com play gangorrinha, pula-pula na cama elástica, piscina de bolinha, futebolão e foram obsequiadas pela escola, com algodão doce, se servindo à vontade. No terceiro dia os alunos de 1a- a 4a- série foram ao clube Barroca, em uma parceria com o colégio, para uma tarde de natação, enquanto as crianças do Infantil desfrutaram da piscina de plástico, no colégio. Todos participaram também de brincadeiras com circuito, velotrol, patins e bicicletas no pátio do colégio e do sorteio de uma mochila no final da tarde. Para animar a festa a professora de Inglês, Ana Paula, preparaou um show de músicas em Inglês. Encerrando as atividades da comemoração da semana da criança, os alunos receberam um cartão contendo a oração da criança e um pirulito. Pais e filhos ficaram agradecidos pela imponente celebração que os deixou muito felizes. Parabéns às nossas crianças e que Deus as abençoe! 80 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 CIC n MACHADO n MG Em ritmo de comemorações Homenageando os pais A Educação Infantil e 1ª Série do Ensino Fundamental, participaram graciosamente das festividades de aniversário de Machado 123 anos no Epidauro da Praça Antônio Carlos, mostrando arte e beleza, através de coreografias e o Parabéns a Você, representando os que engrandecem a cidade nos setores da educação e cultura, os três poderes, agricultura, indústria e comércio. 7 de Setembro A homenagem aos pais aconteceu no dia 22 de agosto de 2004, às 19h 30 min, no Salão Nobre da Escola Estadual Iracema Rodrigues, com a participação de alunos do Ensino Infantil, Fundamental e Médio. Iniciando com a palestra A Missão de Ser Pai, proferida pelo Padre Jean Rafael Eugênio Barros, da vizinha paróquia de Poço Fundo, seguindo com apresentações de danças, dramatizações, jogral, teatro, encerrando com a carinhosa música Amigo, de Roberto Carlos, cantada por todos os alunos de 1ª a 4ª série. Tradição folclórica O objetivo do curso foi preparar os responsáveis pela informática para o desenvolvimento e atualização dos sites dos colégios a fim de crescerem nos serviços on-line. O curso foi ministrado pelo professor Pedro da IMPACTA e participaram do mesmo profissionais da Sede Provincial do CMI-SP, CMIMococa, CMI-Rio, CIC- Passos, CIC-Machado, CMI-Brasília, do Regina Pacis-BH e do colégio Madre Carmen Sallés de Brasília. A oportunidade, além de proporcionar integração entre os participantes, contribuiu para o crescimento de todos enquanto profissionais da área de informática. Aproveitando o momento, foram definidas algumas diretrizes para a continuidade e fortalecimento do setor de informática e comunicação on-line na província, visando a oferta e disponibilização de maiores e melhores serviços aos usuários concepcionistas, pais, alunos, educadores e irmãs. Cidadania e Arte O CIC marcou presença nas homenagens à Pátria, no Epidauro da Praça Antônio Carlos. Participação dos alunos do 1º e 2º segmentos, com o tema Pessoas que constroem o Brasil, homenageando funcionários da limpeza pública, serviçais de escolas, domésticas, enfermeiras, frentistas, lavradores, com entrega de medalhas, poemas e coreografias. Exposição de Sucata A Educação Infantil e de 1ª a 4ª série, mostraram o folclore desde suas origens, enfocando a tradicional Festa de São benedito, com estudos, apresentações de danças, encenações e a caminhada com os estandartes de São Benedito, Santa Efigênia e Nossa Senhora do Rosário. Contou com a presença da Sra. Maria de Fátima de Paula, presidente da Associação dos Congadeiros de Machado, que foi também homenageada. Alunos e professores de 1ª a 4ª série visitaram no dia 26/10, a 6ª Exposição de Sucata, promovida pela rede municipal de ensino, realizada na Casa da cultura de Machado. Foi uma oportunidade de conscientização pela reciclagem e desenvolvimento da criatividade: inventar e construir. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 81 ATIVIDADES CIC n MACHADO n MG Eleição para monitores de recreio Às vésperas da eleição 2004, como o momento se fazia propício, o Colégio Imaculada Conceição de Machado, em parceria com a People Computação de Poços de Caldas/ MG, sob a orientação da professora de Informática, Maria Lilian Andrade Costa Siqueira, realizou no dia 1º de outubro de 2004, a eleição de monitores do recreio. Inicialmente, houve um trabalho de conscientização feito pelas professoras regentes, sobre o que é o voto, como escolher e eleger um candidato representante de turma. Foram escolhidos 2 representantes da 3ª e 2 da 4ª série, que visitaram todas as salas, divulgando suas propostas. Uma das urnas foi instalada em um computador, com as mesmas funções de uma urna eleitoral, isto é, com as fotos dos candidatos, os botões CONFIRMA, CORRIGE e EM BRANCO. Os alunos receberam seu título de eleitor, preparado para o momento da votação. Com dois dias de antecedência, a sala de informática ficou aberta para os alunos conhecerem e se familiarizarem com a urna eletrônica. A sala, no dia da eleição, se transformou uma seção com quatro mesárias: Irmã Caridade, Irmã Helena, Marly Botazini Rodrigues e Luciana Dias. Uma vez iniciada a votação, cada aluno assinava a lista de presença que era conferida pelas mesárias. Após a votação as mesárias realizaram a apuração e após o recreio, o resultado foi divulgado, ficando eleitos os alunos: Bruna de Oliveira e Gabriel Nasser Barix, ambos da 3ª Série. A eleição transcorreu num clima de muito respeito, responsabilidade e normalização. Paralela à eleição dos monitores, os alunos do 2º Grua (2º do Ensino Médio) receberam a visita dos candidatos à prefeito de Machado, que vieram apresentar e divulgar suas propostas para o governo de 2005 a 2008. São eles: Carlos Alberto Pereira Dias, José Carlos Vilela e Roberto Camilo Órfão Morais. Na oportunidade, os alunos os entrevistaram com questões que poderiam facilitar o entendimento e aprofundamento de seus planos de governo. Essas foram formas concretas, desenvolvidas pelo CIC Machado, para favorecer entre os alunos, uma educação para a responsabilidade e cidadania. Maria Lilian A C. Siqueira - Professora de Informática do CIC Machado Marly Botazini Rodrigues - Assistente de Direção do CIC Machado Passeio Ecológico Os alunos de 3ª e 4ª séries do CIC Machado, acompanhados pela Coordenadora Pedagógica, Irmã Catarina, e as professoras Maria Bernardete e Elizabeth, visitaram o CEPA Centro de Estudos e Pesquisas Ambientais da ALCOA em Poços de Caldas, no dia 06 de outubro de 2004. O passeio tem como objetivo desenvolver atividades continuadas e construtivas relacionadas ao Meio Ambiente, onde o aprender e praticar incentivará o aluno a adotar posturas na escola, em casa e na comunidade, e conseqüentemente levará a uma conscientização na melhoria da qualidade d vida. Na chegada, receberam calçados especiais da guia para fazerem a trilha. Durante o percurso, puderam observar a fauna e a flora local que formavam uma natureza exuberante. INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 82 Em conversa com os alunos, a monitora do CEPA, Flávia Carvalho, afirmou que é importante: Motivar o educando a identificarse como parte integrante do Meio Ambiente, percebendo os processo pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao Meio Ambiente. O passeio ecológico acrescentou mais conhecimento e informação aos alunos, além do incentivo à pesquisa e uma visão abrangente de que os temas relacionados ao Meio Ambiente desenvolvem um sentimento de respeito por si mesmo e pela natureza. Marly Botazini Rodrigues Assistente de direção do CIC / Machado-MG INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004 83 84 INTEGRAÇÃO n Dezembro 2004