vitrine - Revista Mundo OK
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editorial 8 9 10 13 14 16 18 20 22 24 28 30 42 44 48 51 52 54 55 60 62 64 65 66 cultura terceiro setor eventos liderança e motivação cultura mulher beleza okids educação gastronomia dieta especial capa 8 9 10 13 14 16 18 20 22 24 28 30 42 44 48 51 52 54 55 60 62 64 65 66 moda beleza multimídia pets agricultura dekasegui mundo oriental click mangá tokusatsu games opinião Miscelânea de culturas orientais Por volta de 1914 os japoneses escolheram um lugar em São Paulo para fincar suas raízes e manter vivos seus costumes e tradições. Era o início de uma história com muitos obstáculos e conquistas que resultou no bairro mais oriental da cidade. Conhecida em todo o Brasil, a Liberdade consegue misturar em um mesmo lugar as peculiaridades das culturas japonesa, chinesa e coreana, do tradicional ao moderno. E é justamente essa diversidade que a Mundo Ok vai apresentar no especial de capa desse mês. Como o bairro surgiu? Por que os japoneses escolheram esse lugar? Como é o cotidiano desse bairro tão diferente a ponto de se tornar um ponto turístico da capital? Como ficará após o projeto de revitalização? Quem são as pessoas que vivem e frequentam o bairro? Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo da reportagem. Para completar essa edição para lá de especial, uma nova editoria vai apresentar as peculiaridades e tradições do povo okinawano. Na primeira matéria, será destaque os 10 anos de fundação do grupo de taikô Ryukyu Koku Matsuri Daiko, que comemorou a data em um evento, no Palácio de Convenções do Anhembi, com apresentação de danças típicas e shows musicais em mais de 4 horas de festa. E mais, na editoria Mulher, um especial sobre adoção vai mostrar o que deve ser feito para adotar no Brasil, quais as dificuldades encontradas e quem são essas crianças que vivem em um abrigo a espera de uma família e de um novo lar. Boa leitura! Capa: Bairro da Liberdade Imagem: Gabriel Inamine Revista Mundo OK – Ano 2 – Número 17 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editor chefe: Rodrigo Meikaru • Editor: David Denis Lobão• Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Rodrigo Medeiros e Paulo Henrique Liberato• Redação: Cibele Hasegawa, Cintia Yamashiro, Tamires Alês, Layla Camillo, Tom Marques, Carolina Michelli • Desenhista: Diogo Saito, Sandro Hojo • Marketing: Takashi Tikasawa • Assistente de Marketing: Hideo Iwata, Eugenio Furbeta • Comunicação: David Denis Lobão • Assessoria de Imprensa: Ida Telhada • Atendimento ao leitor: Sheyla Arisawa • Comercial: Denis Kim, Fernando Ávila de Lima, Hideki Tikasawa, Keico Ishigaki, Luciana Kusunoki, Marcelo Ikemori, Fabio Seiti Tikazawa, Daniela Naomi Saito • Administrativo: Sheyla Arisawa, Suzana Sadatsune • Contato: [email protected] • A Revista Mundo OK é uma publicação da Yamato Corporation. O Núcleo de Edição da Yamato Editora se exime de quaisquer responsabilidades pelos anúncios veiculados, que são de responsabilidade única dos próprios anunciantes. Os artigos assinados e as imagens publicadas são de responsabilidade civil e penal de seus autores com a prévia, devida e expressa cessão de seus direitos autorais à Revista Mundo OK. Rua da Glória, 279 - 8° andar/ Conj. 84 • CEP 01510-001 • Liberdade • São Paulo - SP | Tel.: (11) 3275-1464 • (11) 3275-0432 cartas Você também pode colaborar e participar da Revista Mundo Ok, enviando suas críticas ou sugestões para: [email protected] Contamos com você para tornar as próximas edições ainda melhores! Equipe da Revista Mundo Ok É com grande satisfação que tenho acompanhado a Revista Mundo OK. Gosto da abordagem das matérias e os eventos das três comunidades, chinesa, coreana e japonesa. Continuem com esse trabalho excelente! Amauri Koji, São Paulo - SP Após o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, aliado à crise econômica, a comunidade nipo-brasileira vive momentos tensos. Não contamos mais com patrocínios para eventos culturais e temos ainda a desmotivação dos jovens. Onde será que vamos parar? Augusto Shimoda, Maringá- PR Quando vejo matérias como a dos dekasseguis, que voltam para o Brasil sem perspectivas, fico cada vez mais aterrorizada. Tenho um irmão que mora no Japão e que não falo há anos. Espero, realmente, que esse “pesadelo” passe rápido. Gostaria de pedir à Revista Mundo OK que abordasse melhor fatos da comunidade chinesa. Não sou descendente de chineses, mas admiro profundamente a cultura de lá, especialmente as artes marciais. Mirna Maria Yonekura, Mogi das Cruzes - SP Rafael de Almeida, São Paulo - SP agenda e notas Economia taiwanesa Miss Festival do Japão Literatura O Fórum Econômico Mundial (FEM) anunciou, no dia 26 de março, que Taiwan é a 13ª economia mais enlaçada do mundo, com sua indústria de tecnologia, informação e comunicação (TIC) bem desenvolvida. Taiwan continua oferecendo um rendimento convincente em disponibilidade de rede, subindo quatro colocações do 17º posto anterior no “índice de preparação em rede”, medida de competitividade em TIC. Estão abertas as inscrições para o Miss Nikkey 2009, que elegerá a nipo-brasileira mais bonita do País no Festival do Japão, evento marcado para o dia 18 de julho. A vencedora receberá 2 títulos: Miss Nikkey 2009 e Miss Festival 2009. Para se inscrever, a candidata precisa ter ascendência japonesa, idade entre 15 e 30 anos, além de preencher a ficha no site www.missnikkey.com.br. Já está a venda o livro “Imagens do Centenário” , produzido pelo Jornal Nippak. Com 176 páginas, a obra traz uma compilação de imagens abordando o Centenário da Imigração Japonesa. Totalmente ilustrado e com textos explicativos, o livro retrata toda a saga das comemorações. Aos interessados, o preço é de R$ 80,00 e mais informações podem ser obtidas pelo tel 11 – 3208-3977. Bunkyo Em Registro Visita japonesa O Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), entidade mais representativa entre os descendentes de japoneses, está com nova diretoria. Em eleição ocorrida no dia 25 de abril, o empresário Kihatiro Kita foi empossado como novo presidente, assumindo o posto no lugar de Kokei Uehara. Com um histórico à frente da Kibô-no-Iê, Kita promete muitas ideias novas e uma gestão “moderna”. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 2448/07, do deputado Walter Ihoshi (DEM-SP), que denomina “Ponte Comendador Hiroshi Sumida” a ponte sobre o rio Ribeira de Iguape, na BR-116, na cidade de Registro (SP). Hiroshi Sumida foi um imigrante japonês, vereador em Registro - e é considerado um dos responsáveis pela duplicação da rodovia Régis Bittencourt. O presidente do Banco Japonês para Cooperação Internacional (Japan Bank For International Cooperation – JBIC), Hiroshi Watanabe, esteve em Brasília no dia 23 de abril. Os deputados William Woo e Walter Ihoshi participaram de jantar oferecido ao executivo pelo embaixador do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi. Durante o evento, as autoridades conversaram sobre investimentos japoneses no Brasil. terceiro setor Projetos auxiliam produtores do Vale do Ribeira ONG Fartura Alimentos desenvolve projetos para evitar o desperdício e aumentar lucros Texto Tamires Alês / Fotos Divulgação C om o objetivo de ajudar famílias de pequenos agricultores nasce a ONG Fartura Alimentos, até então de forma bem caseira, realizando pesquisas e experiências para descobrir a melhor maneira de armazenar os alimentos. No início de 2008, é formada legalmente a associação, com laboratórios mais estruturados, os estudos começam a obter resultados e o projeto começa a crescer. A Fartura atua em áreas onde há famílias carentes, principalmente, no Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres dos estados de São Paulo e do Paraná. Tanto os caiçaras quanto os quilombolas são auxiliados na hora da produção de suas mercadorias, que na maioria das vezes são agroecológicas, para que as mesmas sejam mais valorizadas. “A ideia da ONG é reunir os pequenos agricultores, montar pequenas agroindústrias, que trabalhem com mais de uma mercadoria, agregando valor aos produtos naturais fabricados e, principalmente, aumentando o lucro dos produtores”, ressalta o presidente da associação, Ricardo Assumpção. Primeiramente a organização identifica as comunidades que vão atuar, e de acordo com as necessidades daquele lugar levam os projetos para serem desenvolvidos. De acordo com o diretor da instituição, José Agnaldo de Almeida, a instituição está formalizando parcerias com as prefeituras da região do Vale e de Campinas para poder ampliar os projetos. “Nós queremos que eles se espalhem por todo o Brasil, ajudando outras comunidades”, revela. Banana Chips Projetos A Fartura Alimentos trabalha em diversas frentes, e de acordo com as necessidades de cada comunidade tenta implantar um projeto para ajudar as famílias a evitar o desperdício, valorizar os produtos e obter mais lucro. Macarrão sem Glutem Um dos projetos é o “Nutribem – Sopa Desidratada”, que consiste em utilizar as verduras e legumes, que são inadequados para comercialização, mas estão próprios para o consumo, na fabricação da sopa. Com o processo de desidratação o prazo de validade do produto passa de 5 dias para até 2 anos. Assim, para os produtores é um bom negócio porque evita o desperdício dos alimentos, agrega valor à matéria-prima e promove o crescimento econômico e sustentável da região. E as entidades que as utilizam, como creches, asilos e escolas, enriquecem suas dietas alimentares. “Em Registro o projeto está sendo implantado, e tudo será produzido pelos pequenos agricultores e pescadores da região”, explica Assumpção. Outra ação importante é a produção de banana chips. Ela já é realidade em Guapiruvu, na cidade de Sete Barras, em que a banana é a cultura mais comum e algumas mulheres a produzem para complementar a renda mensal. A ONG assessora na produção da banana chips e ajuda na divulgação. Também é desenvolvida no Vale do Ribeira a produção do macarrão sem glúten, que utiliza a farinha produzida na própria região em que a massa é fabricada, aumentando a renda familiar e o desenvolvimento sustentável do Vale. Sopa Desidratada cidades Doação de esperança Doado por entidade nipo-brasileira, novo edifício da Kibô-no-Iê traz mais alento aos internos Texto: Cibele Hasegawa/Imagens: Marcus Iizuka O ano de 2009 começou com um fôlego a mais para a Sociedade Beneficente Casa da Esperança - Kibô-No-Iê. O caixa financeiro da entidade, que costumava entrar no novo ano com receita muito abaixo do necessário, desta vez, superou as expectativas e pode continuar o seu trabalho um pouco mais aliviado. Por consequência disso, a primeira melhoria já foi inaugurada. A sede, localizada em Itaquaquecetuba, ganhou uma nova estrutura para melhor atender aos 90 internos, deficientes físico-mental, que a instituição assiste. O espaço, antes tímido, usado como um pequeno depósito, hoje, é constituído por uma área de 245 metros quadrados e além da superfície térrea, conta também com um andar superior. Denominado como ACE Vila Esperança, o novo prédio presta uma homenagem a Associação Cultural e Esportiva da Vila Esperança, que em janeiro de 2008, doou um imóvel localizado na Zona Leste e é uma das responsáveis pelo superávit da receita da instituição beneficente. “Nossa intenção é perpetuar este ato com uma placa que leva o nome da entidade que nos ajudou, mas que, infelizmente fechou suas portas. Para nós, é muito gratificante”, explica Manoel Ishiki, diretor da Kibô-Nô-Iê. Por meio da venda do terreno doado, a entidade conseguiu dar um layout diferente e transformar o edifício em uma lavanderia mais bem preparada para dar conta dos 150 quilos de roupas, toalhas, lençóis, entre outras peças, lavados diariamente, ou 4.500 quilos por mês. As máquinas de lavar, porém, foram concedidas pelo Projeto Abraço. Já no piso de cima, será feito um ambiente para os funcionários, que funcionará principalmente como biblioteca e local de pesquisa. Está no projeto também realizar um museu em memória a fundadora Koko Ishikawa. O dinheiro arrecadado, aliás, não foi destinado apenas ao prédio, mas também, às melhorias nos dormitórios e banheiros, além das despesas do diaa-dia: manutenção, quatro refeições diárias e uma equipe de 70 profissionais entre fisioterapeutas, enfermeiros, dentistas, psicólogos, entre outros. De acordo com Ishiki, a Kibô-Nô-Iê se sustenta através de três fontes de renda, que são os eventos, as contribuições e os cerca de 30% de familiares que têm condições financeiras de arcar com os custos. Logo, essa verba além de proporcionar melhores instalações, auxiliará as atividades da entidade até a promoção das próximas festas. De Vila Esperança para a Casa da Esperança – A Associação Cultural Esportiva de Vila Esperança seguiu na contramão das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, no ano passado, e fechou suas portas. Após 46 anos de história, a entidade já não conseguia mais se manter ativa. Suas atividades foram encerradas e assim, concederam o local, fundado em 1961, palco de encontros, bazares, chá beneficentes, karaokê, Udon Matsuri e tantas outras ocasiões, à Kibô-Nô-Iê, em um ato de solidariedade. O triste fim da Associação trouxe na época um conforto aos corações apertados dos associados. 10 eventos Projeto ‘Som Solidário’ é destaque no 4º Nikkey Matsuri Ação ajuda entidades carentes com doação de roupas, alimentos e brinquedos Texto Redação / Fotos Divulgação M ais de 30 mil pessoas prestigiaram o 4º Nikkei Matsuri, festival de cultura japonesa, realizado no mês de abril no Clube Escola Jardim São Paulo. O evento, organizado por sete entidades nipo-brasileiras da Zona Norte de São Paulo, reuniu em dois dias de festa diversas apresentações artísticas, culturais e esportivas. As pessoas também podiam se deliciar com os pratos da tradicional culinária japonesa e visitar os diversos estandes com produtos diferenciados. Dentre tantas possibilidades, um estande chamou a atenção do público durante o evento: o projeto “Som Solidário”. Idealizado pelo executivo de Guarulhos Sandro Simenton, em parceria com as empresas S&K Ind. Comércio Ltda, Casa de Pau quadros para Silk Screen, Akustik e Roda Mais Pneus, tem como objetivo principal ajudar entidades carentes, por intermédio de eventos realizados com carros preparados, tuning, Dub, Xtreme, entre outros. “Nós resolvemos unir o útil ao agradável, juntando o nosso trabalho com carros shows com a vontade de ajudar as pessoas mais necessitadas”, explica Simenton. Parte da renda arrecadada com os eventos é direcionada a orfanatos e asilos. Durante esses eventos você também pode participar doando roupas, alimentos, brinquedos ou qualquer quantia em dinheiro. Os próximos eventos que o projeto vai participar serão realizados nos meses de maio e junho, em São José do Rio Preto, Itú e no Shopping Internacional de Guarulhos. Para mais informações sobre o projeto Som Solidário acesse os sites: www.somsolidario.com.br, www.sek.ind.br, www.opalashow.com.br, www.golferaxtreme.com.br ou envie um e-mail para [email protected]. vitrine 11 12 automóveis Boas escolhas na hora de comprar carros Feirão de automóvel é opção para quem quer garimpar preços O mercado de veículos usados e seminovos registrou crescimento nos primeiros meses de 2009 em relação ao ano passado, de acordo com os dados apurados na Feira Livre do Automóvel do Anhembi, maior comércio de carros particulares usados do mundo e um dos principais termômetros desse mercado na cidade de São Paulo. O mesmo fenômeno de reaquecimento deste mercado foi verificado também nas outras Feiras organizadas pela Matel - CEAGESP, ABC e Mogi -, o que indica que representam oportunidades excelentes para quem pretende comprar ou vender carros. Com maior estabilidade e valorização dos preços dos usados, as feiras apuraram em março um elevado número de clientes dispostos a vender seus automóveis por um preço maior. “Enquanto as concessionárias e revendas continuam praticando preços para a compra de usados muito abaixo da tabela, a Feira representa uma boa oportunidade para fechar negócio diretamente com quem está interessado na aquisição do carro, sem intermediários”, explica Luiz Eduardo Ribeiro dos Santos, presidente da Matel e responsável pela organização da Feira Livre do Anhembi. “Pelos nossos levantamentos, quem vende o carro diretamente consegue capitalizar, em média, até R$ 8 mil a mais em relação aos que entregam o carro em uma revendedora”, explica Luiz Eduardo Ribeiro dos Santos. “Tra- ta-se de uma diferença considerável no bolso, que certamente compensa a tarefa de concretizar a venda por conta própria”, afirma. Bons negócios e ofertas melhores - O empresário Marco Antonio Desiderio, por exemplo, vendeu um Palio 1.3 ELX 2004 por R$ 19,5 mil. “Apesar de ser abaixo do preço de tabela (R$ 21 mil), o valor superou a melhor proposta que eu havia recebido de uma concessionária, que ofereceu R$ 17 mil pelo carro”, explica. “É muito diretaTexto:melhor Redação/negociar Imagens: Divulgação mente com o comprador, porque as concessionárias oferecem um preço muito abaixo da tabela”, diz o comerciante Anízio Oliveira. “O meu Palio Fire 2005 vale R$ 17,5 mil na tabela e as ofertas das concessionárias não ultrapassaram R$ 13 mil. No domingo, recebi a proposta de R$ 15 mil no Anhembi, mas decidi voltar na próxima semana para tentar uma proposta ainda melhor”, diz. O levantamento da Matel indica que os preços de três modelos mais procurados na Feira do Anhembi - Volkswagen Gol, Fiat Palio e Chevrolet Celta tiveram a cotação média de 3% a 9% abaixo da tabela Molicar. Já nas concessionárias, a desvalorização dos mesmos modelos em relação à tabela pode chegar a 27%. liderança e motivação 13 Disciplina: rumo certo para a realização de objetivos Longe de ser escravizadora, a disciplina é uma qualidade observada facilmente em pessoas que abrem mão de uma situação de conforto imediato em troca de uma recompensa duradoura no futuro E mbora o conceito de disciplina seja normalmente associado a algo extremamente rígido, esse quesito, em qualquer circunstância, nos garante muitos benefícios. Sem receios de cometer enganos, afirmo que somente uma pessoa disciplinada conquista resultados satisfatórios em qualquer que seja o segmento na própria vida. Ao contrário do que muitas pessoas pensam a disciplina não é um regime inflexível que exige sofrimento para mantê-lo. A energia gasta para viver disciplinadamente ou não é a mesma, mas os resultados são bem diferentes. Os grandes vilões da infelicidade e da angústia são decorrentes da falta de disciplina. Um esportista, por exemplo, para competir num campeonato investe horas em treinamento para que no dia “D” a vitória sorria para ele – quem tem disciplina pessoal naturalmente é um profissional disciplinado. Essa qualidade é uma grande aliada quando é desenvolvida e mantida para dar suporte ao indivíduo a fim de que sejam atingidas suas metas. E tudo é questão de treino. Atualmente o estresse, as longas jornadas de trabalho, baixa produtividade, atrasos constantes e falta de cumprimento de prazos são apenas alguns dos exemplos decorrentes da falta de disciplina. Longe de ser escravizadora, a disciplina é uma qualidade observada facilmente em pessoas que abrem mão de uma situação de conforto imediato em troca de uma recompensa duradoura no futuro. Ou melhor, para se obter mais qualidade de vida, mais tempo de convívio social e de lazer, competência profissional e alcançar os próprios objetivos é preciso que a pessoa coloque-se em primeiro lugar e torne-se discípulo de si mesmo. A disciplina envolve outros comportamentos do ser humano. A decisão, persistência e flexibilidade são inerentes ao comportamento de uma pessoa disciplinada. A falta de disciplina desencadeia sentimentos de frustração, baixa auto-estima, improdutividade, entre diversos outros fatores negativos. Um profissional que adota o atraso como “aceitável” e faz da sua agenda um amontoado de compromissos é um exemplo bem comum e representa como todos esses comportamentos estão interligados. Para ser uma pessoa bem-sucedida é preciso aliar a ação, a persistência, a flexibilidade e, principalmente, a disciplina. Lembre-se que só depende de você e a energia investida para ser disciplinado é a mesma ou mais intensa para administrar o caos que a falta dela pode fazer na sua vida. Yasushi Arita é facilitador e diretor da Arita Leader Training e autor do livro “Olhe o que você está fazendo com a sua vida!” Site: www.arita.com.br 14 cultura Esforço e dedicação em prol da cultura japonesa Akimatsuri prova força dos nikkeis em Mogi das Cruzes Texto Tamires Alês / Fotos: Rodrigo Meikaru A cidade de Mogi das Cruzes, no interior paulista, provou mais uma vez a força da cultura japonesa na região. Considerado uma das festas mais populares da comunidade oriental, o Akimatsuri reuniu um público de mais de 70 mil pessoas nos dias 10, 11 e 12 de abril, no Centro Esportivo do Bunkyo de Mogi das Cruzes. Sinal de que a transição entre antiga e nova geração, em especial na parte de legado das tradições, está mais fortalecida. Inserido no Calendário Turístico da cidade de Mogi das Cruzes e no do Estado de São Paulo, o 24º Akimatsuri foi um sucesso, de acordo com Kiyoji Nakayama, presidente do Bunkyo de Mogi, responsável pela organização do evento. “Tivemos um pouco de dificuldade para conseguir patrocínio por causa da crise econômica, mas no final deu tudo certo. O evento foi excelente, superou nossas expectativas. A festa estava cheia todos os dias, as pessoas prestigiaram as atrações e os expositores fecharam bons negócios”, revela orgulhoso. O Akimatsuri conta com o patrocinio do Banco Real – Grupo Santander e da Queiroz Galvão, tem apoio do Ministério do Turismo, Prefeitura de Mogi das Cruzes, Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, Consulado Geral do Japão em São Paulo, Senar, Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Nova Schin, Sebrae, Transportadora Turística Natal, RM Segurança e Administração, Alfa e Imprima. O público que foi visitar o evento pôde conhecer os lançamentos de 17 marcas de veículos, além dos 28 estandes com empresas e prestadoras de serviços, e 44 em que era possível encontrar um pouquinho de tudo: importados, bijuterias, roupas, artesanato, artigos orientais, entre outros produtos. Sem falar na praça de alimentação, com mais de 20 boxes com diversos pratos típicos japoneses. “É um evento muito bacana, com muitas comidas gostosas e diversas atividades para as crianças se divertirem”, ressalta Miriam Flores, que veio de Poá para almoçar no evento junto com a família. O cantor Joe Hirata, que encerrou a festa no domingo cantando algumas músicas do seu novo CD, ressalta a importância do festival para a comunidade. “É muito gratificante participar do Akimatsuri, é um evento de referência na comunidade, em que é visível a globalização da cultura, há uma interação entre os orientais e os brasileiros, que sempre vêm em peso prestigiar o evento.” O Bunkyo de Mogi das Cruzes realizou a primeira edição do Akimatsuri em 1986, no bairro de Cocuera, de lá para cá, muitas mudanças ocorreram. “A cada ano o evento fica melhor, mais estruturado para receber o público e mais profissional, sendo uma grande oportunidade de fechar bons negócios”, conclui o coordenador do evento, Yusi Edagi. Miss e Mister Realizado pela primeira vez, o concurso Miss Akimatsuri premiou a mogiana Giuliana Sue Decaro Amano, de 17 anos, que recebeu como prêmio um book fotográfico com a Oriental Models, curso de modelo e manequim com Lilian Gumiero, tratamentos corporal, facial e odontológico, seis meses de academia na Runner do Mogi Shopping, entre outros prêmios, além da classificação para os concursos Miss Festival Brasil-Japão e Miss Nikkey. “É muita responsabilidade representar a minha região no concurso nacional, espero que realize um bom trabalho e se tudo der certo pretendo seguir carreira na área”, ressalta a Miss. A 1º Princesa (2º colocada) é Priscila Sena Watanabe, de 19 anos. A 2º Princesa (3º colocada) é Pâmela Tiemi Kinoshita, de 17 anos. E a mais jovem da turma, com 16 anos, é a Miss Simpatia Fabiana Sanches Ishii, todas de Mogi das Cruzes. Os vencedores do Miss e Mister Akimatsuri Júnior, que já está na 5º edição, foram Stefany Hikari Tamura e Lucas Seiti Muriama. vitrine 15 16 mulher Ato de amor Em busca de um lar, mais de 20 mil crianças esperam por adoção no Brasil Texto Tamires Alês / Fotos Divulgação A maioria das mulheres tem o sonho de ter um filho, independente da época da vida que isso aconteça. Mas, nem todas conseguem alcançá-lo por infinitos motivos, e muitas vezes, adotar uma criança é uma maneira de realizar esse objetivo. Quando essa decisão é tomada inicia-se o longo e complicado caminho da adoção. Para adotar uma criança não são necessários muitos atributos, é preciso ter mais de 18 anos, 16 a mais do que a pessoa a ser adotada e bons antecedentes. A adoção pode ser unilateral, só por uma pessoa, ou por um casal. O primeiro passo para adotar é procurar a Vara da Infância e da Juventude mais próxima da residência e preencher os formulários necessários. Serão realizadas entrevistas, visitas das equipes da Justiça em casa e após uma rigorosa investigação, é realizado o cadastro dos adotantes. Esse período de habilitação pode durar de 2 a 6 meses, de acordo com o Juiz da Vara da Infância e da Juventude do Fórum Regional da Lapa, Reinaldo Cintra Torres de Carvalho. A próxima etapa é esperar até que uma criança com o perfil desejado seja encontrada. “Esse tempo é difícil de prever, pode demorar um mês, como anos, vai depender muito do perfil escolhido pelos adotantes, quanto mais restrito, maior o tempo. A criança sendo encontrada, o processo de adoção leva em média um ano para ser concluído”, explica o juiz. Se a espera é longa para quem quer adotar, nos abrigos, a história não é muito diferente. Só no Estado de São Paulo, mais de mil crianças ainda aguardam por uma família, segundo dados do Cadastro Centralizado Estadual. E, muitas vezes essa espera dura mais de três anos. E isso não é o único problema. De acordo com pesquisa realizada, em 2004, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em abrigos federais, onde vivem mais de 24 mil crianças, cerca de 60% mantêm vínculos com a família, poucos podem ser adotados e quase a metade deles não têm sequer um processo judicial nas varas da Infância e da Juventude. Os motivos para estarem nessas instituições também preocupam. Segundo a mesma pesquisa, muitos foram abandonados (18,8%), sofreram maus tratos (11,6%), sofreram abuso sexual dos pais (3,3%), e o mais alarmante, 25% foram abrigados por causa da pobreza. Enquanto essas crianças ficam nos abrigos, a fila da adoção não para de crescer, só em São Paulo, mais de 7 mil pessoas ainda esperam por um filho, de acordo com o Cadastro Centralizado Estadual. Perfil das crianças O abismo entre os adotantes e as crianças nos abrigos existe, porque ainda há muita restrição quanto ao perfil da criança. “A preferência nacional é menina de até dois anos de idade, branca, que não tenha irmãos e com boa saúde. E o que mais tem nos abrigos, são crianças com mais de 3 anos, afrodescendentes e com irmãos”, justifica Carvalho. Segundo ele, crianças orientais praticamente não existem para ser adotadas, como é pequeno o número de casais orientais que querem adotar. O juiz também explica que esse comportamento dos adotantes tem melhorado nos últimos tempos, mas que a situação ainda é difícil. “Infelizmente o que os adotantes sonham não existe. Por isso é importante que eles participem de grupos de adoção, para que tenham uma visão diferente e aceitem um filho, independente de como ele seja”. Outra visão Tentar reaproximar as crianças que estão nos abrigos de suas famílias de origem, é outra questão que também tem que ser discutida. É no que acredita o coordenador da Área da Infância e Juventude do Centro de Apoio Operacional Civil, Lélio Ferraz de Ciqueira Neto. “Tem que focar na garantia da criança de viver bem e com a família, investindo em políticas públicas”, explica. Carvalho também concorda com essa questão. “Eu acredito que o foco está errado. Não temos que nos preocupar só com a adoção e sim com as famílias dessas crianças, dando estrutura para que elas não precisem deixar os filhos em um abrigo”, finaliza. vitrine 17 18 beleza e saúde Fortalecimento e hidratação para os cabelos ressecados A escova catiônica, novo tratamento do Soho Hair International, promete acabar com os fios indisciplinados Texto Redação / Fotos Divulgação A Lídia Saporito adora o corte curto e desfiado e também os reflexos louros, mas costuma lavar o cabelo todos os dias. “O brilho no cabelo loiro é difícil de se conquistar, porque é o tom mais opaco, no fio descolorido então é quase impossível, principalmente porque eu uso o secador todos os dias e a chapinha freqüentemente”, relata. Para o cabelo da Lídia, Telma Watanabe, cabeleireira do Soho Academy, indicou a escova catiônica, um tratamento de polimento dos fios, perfeito para fortalecer e hidratar profundamente os cabelos ressecados e indisciplinados. Para começar é preciso lavar os cabelos com um xampu anti-resíduos, para limpar profundamente o fio e o couro cabeludo e eliminar todos os resíduos de outros produtos. A segunda lavagem deve ser feita com um xampu hidratante com óleo de macadâmias, cera de candelila e purificadores catiônicos para devolver um pouco da maleabilidade dos cabelos desde a lavagem. Depois de tirar o excesso de água e desembaraçar os fios é aplicada uma mistura de condicionador Redken Strenght Shot, rico em proteínas, e Anti-frizz Shot. Bastam algumas gotas, aplicadas diretamente sobre pequenas mechas de cabelos. Deve-se massagear os fios com as mãos e usar um pente fino para ajudar a distribuir o produto por todo o fio. Com o restante da mistura, reforça-se a aplicação na parte de cima da cabeça, onde os fios são mais expostos às agressões naturais como o sol e a poluição. Por último é realizado uma escova para finalizar o tratamento. Antes Depois vitrine 19 20 okids Para a diversão da garotada Feira de brinquedos apresenta novidades que vão divertir a criançada neste ano Texto Tamires Alês / Imagens Divulgação J á foi o tempo que os brinquedos se resumiam em bonecas, para as meninas, e carrinhos, para os meninos. Hoje em dia há inúmeras possibilidades de diversão para a criançada, dos didáticos, com um foco educativo e na primeira infância até os mais modernos jogos eletrônicos. E os lançamentos não param. Exemplo disso é a Feira Nacional de Brinquedos (Abrin), cujas novidades prometem animar não só os pequenos, mas muitos adultos. Durante o evento, mais de 6 mil compradores de todos os estados do Brasil e de mais de 10 países da América Latina estiveram presentes para conhecer os quase 1.300 brinquedos lançados na Feira, entre pedagógicos, jogos, pelúcias, fantasias, eletrônicos, modelismo, audiovisual e miniaturas. As linhas de brinquedos são bem abrangentes e atingem meninos e meninas. O gerente da A Miniatura Presentes, Luiz Douglas Fernandes Duarte, explica que as empresas de brinquedos desenvolvem seus produtos de acordo com os filmes e desenhos que estão fazendo sucesso na televisão ou cinema. “Os lançamentos desse ano estão muito ligados ao que está fazendo sucesso na mídia, tanto para as meninas quanto para os meninos”. Entre as principais novidades para as crianças mais novas, de 2 a 4 anos, estão a linha Pokoyo, com bonecos de banho, blocos de atividades, carrinhos de corda, triciclo dobrável entre outros, e os brinquedos baseados no desenho Charlie e Lola, com bonecos colecionáveis de toda a turminha e lanterna infantil. Os mais grandinhos, de 4 a 10 anos, vão poder se divertir com os novos cards baseado no desenho animado japonês Bakugan. E diversos brinquedos baseado no mais novo super-herói da criançada, o garoto Ben 10. O que já foi sucesso em anos passados, também está voltando com força, como os skates de dedo da Tech Deck, que vem acompanhado de diversos acessórios. Outra novidade que vai alegrar os garotos são as miniaturas da McLaren do Ayrton Senna para autorama. A linha baseada no mundialmente conhecido desenho animado The Simpsons também vem com força total e vai conquistar não só os garotos como também os jovens que gostam de colecionar as miniaturas dos personagens. Para as meninas têm pelúcias baseadas nos filmes e desenhos da Disney como o Dumbo, A Dama e o Vagabundo e o Tico e Teco. E a nova linha Aqua Sand, da Long Jump, que são vários potinhos com uma espécie de areia para brincar com água, em vasos ou aquários. Na linha dos brinquedos didáticos, muitos livros e jogos vão divertir e educar a garotada. “Esse ano, os didáticos e o setor de papelaria se destacaram, as empresas ficaram um pouco cautelosas por causa da crise econômica e evitaram muitos lançamentos de eletrônicos”, explica Duarte. “Mas, o segundo semestre será bem promissor, acreditamos que vamos dar uma virada na crise”, conclui. vitrine 21 22 educação Educação e qualificação profissional Colégio Liberdade oferece cursos técnicos além de supletivo e pósgraduação à distância Texto Redação / Fotos Divulgação C ursos técnicos, supletivo de ensino fundamental e médio e pós-graduação à distância. Esses são os cursos oferecidos pelo Colégio Liberdade, que desde 2007 está presente no bairro de mesmo nome e desde o início do ano sob nova direção. Um dos destaques do Colégio são os cursos técnicos, com duração de 18 meses, como o de Radiologia Médica e o de Segurança do Trabalho. Os cursos são apostilados, com aulas teóricas e práticas em laboratório e estágio supervisionado. O curso de Radiologia envolve conceitos de biologia e fotografia. O técnico em radiologia médica realiza exames de diagnóstico por imagem, operando equipamentos de raio x, tomografia computadorizada, ressonância entre outros. No curso, os conceitos de anatomia, proteção radiológica, técnicas e protocolos de exames, também são ministrados. Já o de Segurança do Trabalho busca introduzir no setor produtivo das empresas conceitos sobre prevenção de acidentes. De acordo com o professor Ricardo Antonio Ramos o mercado de trabalho nas duas áreas é promissor, uma vez que faltam pessoas qualificadas para ocupar as vagas existentes. “Em ambos os cursos o número de vagas aumentou e não tem pessoas capacitadas para ocupá-las”, relata. Além dos cursos técnicos também oferece o curso Supletivo de Ensino Fundamental e Médio Flexível, voltado para aqueles que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos no tempo regular. Quem preferir, pode ainda optar por cursos preparatórios para concursos públicos. Para mais informações sobre esse e todos os outros cursos ministrados acesse o site do colégio, www.colegioliberdade.com, ou entre em contato pelo telefone (11) 3207-9806. vitrine exatus 2321 24 gastronomia Sabores inusitados do oriente Doces japoneses, feitos a base de arroz e feijão, encantam os olhos e o paladar de quem experimenta Texto: Tamires Alês / Imagens: Divulgação O sabor dos alimentos e o aspecto visual são muito valorizados na culinária japonesa, e com os doces não poderia ser diferente. Com formatos e cores diversas, tais iguarias nipônicas caíram no gosto da população brasileira, mesmo que o sabor seja bem diferente das guloseimas ocidentais. Produzidos a base de arroz especial - o moti gome e feijão azuki - possuem um sabor delicado são muito saborosos. De acordo com o Pedro Issao Takenouchi, gerente administrativo da Satsumaya, empresa pioneira na fabricação de doces no Brasil, os mais consumidos pela população brasileira são o moti e o manju. O primeiro é uma espécie de bolinho de arroz e é muito consumido no Oshogatsu (Festa de Final de Ano) o que traz sorte e prosperidade. Já o manju, tem uma casca feita de farinha e é recheado de pasta de doce de feijão (anko). Os outros tipos de doces tradicionais têm o consumo bem equilibrado e também fazem sucesso entre os brasileiros. É o caso do senbei, a massa é parecida com a do biju, só que mais fina e com formato redondo ou quadrado. No Japão, o “cookie” é servido quente, mas as versões industrializadas fizeram da receita um biscoito frio. No Brasil, o senbei também pode ser encontrado nas grandes redes de supermercado. Outro doce muito procurado, é o okoshi, é preparado como pipoca, mas, ao invés do milho, usa-se o arroz, que passa por uma caramelização. Há também o neri yokan, feito de anko, açúcar e gelatina de alga, em formato retangular. O taiyaki, muito procurado no inverno, é servido bem quente e pode ter inúmeros recheios, é derivado do arroz e, geralmente, é comercializado em formato de peixe. Outro doce muito procurado é o kushi dango, bolinho de arroz, geralmente, servido em espetos, enrolado em algas ou flambado com açúcar. De maneira geral, a culinária japonesa vem sofrendo uma forte influência ocidental, e os doces não ficaram de fora. Pedro explica que alguns doces foram adaptados para a cultura e o gosto dos brasileiros. “Achamos importante conquistar o paladar dos brasileiros, por isso, que fabricamos, por exemplo, moti com cobertura de coco.” Histórico Os doces japoneses tiveram grande influência chinesa, alguns chegaram ao Japão no período zen-budista e eram consumidos, principalmente, pelos daimiô, shoguns e samurais. Junto com a cerimônia do chá, os doces apreciados simbolizam paz e felicidade. No Brasil, os tradicionais doces desembarcaram junto com os primeiros imigrantes japoneses. A Satsumaya foi uma das primeiras empresas a produzir as iguarias, por volta dos anos 70. Primeiramente, a fabricação era realizada em Marília, interior de São Paulo, depois foi transferida para o Paraná, até se instalar em Guarulhos. Hoje os diversos tipos de doces japoneses podem ser encontrados nas principais lojas de conveniência e empórios dos Estados do Paraná e São Paulo, principalmente, no bairro da Liberdade. vitrine 25 26 vitrine vitrine 27 28 gastronomia Planejamento e dedicação Segredos da dieta eficaz? Pois saiba que um bom programa alimentar é fundamental para o começo Texto: Redação/Imagens: Divulgação E m um mundo cada vez mais baseado em beleza e estética, ser magro faz a diferença. Mas, para se chegar a silhueta perfeita, é necessário alguns cuidados. Especialmente quando se fala em dietas. Para obter um resultado satisfatório – tanto para a saúde quanto para a beleza – é necessário iniciar uma dieta eficaz e personalizada, indicando a estimativa individualizada do balanço energético de cada pessoa. A recomendação é feita para que o planejamento alimentar seja específico para o indivíduo e possibilite identificar a quantidade de calorias necessárias para realização das atividades básicas diárias, como dormir, tomar banho, andar, falar etc. Para avaliar esse consumo energético, hoje já é possível realizar um exame que aponta alguns dados com precisão. Trata-se de um novo recurso diagnóstico que mede, por meio da avaliação da produção de gás carbônico e consumo de oxigênio, a taxa de metabolismo do indivíduo, isto é, a quantidade de calorias necessárias para suprir as funções básicas do organismo. O exame, realizado pela coleta e análise do ar expirado num dispositivo próprio, é conhecido como “metabolismo de repouso” e é recomendado para quem deseja seguir uma dieta planejada. “Com o laudo, os especialistas fazem um balanço energético individualizado de cada paciente, podendo traçar um mapa preciso para readequar suas rotinas de alimentação e de exercícios físicos”, explica Tebexreni. Se- gundo o especialista, o grande diferencial do diagnóstico é a obtenção da taxa de metabolismo de repouso real e personalizada e não aquela calculada por equações matemáticas. “Muitas equações superestimam essa taxa o que pode, em parte, prejudicar o planejamento nutricional”, confirma a nutricionista do Fleury, Carla Yamashita. O metabolismo de repouso pode ser feito na Nova Unidade Itaim do Fleury Medicina e Saúde. A Unidade está localizada na avenida Juscelino Kubitschek, 1.117, e conta com estacionamento com manobrista. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 6h às 18h30 e aos sábados das 6h às 12h30. O agendamento deve ser feito pelo telefone (11) 3179.0822. vitrine 29 30 especial capa Irashaimasê! Huan Yin! Hwayoung Hapnida! Influências japonesa, chinesa e coreana em um dos bairros S ão Paulo é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Por si só, a capital paulista conta com uma grande miscigenação de raças, credos e, principalmente, culturas. Nesse contexto, a região central da cidade de São Paulo revela seu encanto ao unir povos de diversos países. Dentre os orientais, japoneses, chineses e coreanos encontraram seu espaço na Liberdade. Por lá, as tradições já conquistaram o paulistano e, mesmo após o centenário da imigração japonesa no Brasil, comemorado em 2008, a cultura oriental continua em alta, despertando cada vez mais interesse dos ocidentais. Por trazer essa carga cultural tão intensa, o bairro tornou-se referência em todo o Brasil e ponto turístico da cidade, recebendo todos os anos milhares de turistas de todo o País e do exterior, que não resistem ao charme e diversidade da região. È tão relevante que ganha destaque até mesmo no site da São Paulo Turismo (empresa de Promoção Turística e Eventos da Cidade) que dedica informações sobre o bairro como um local que deve ser conhecido durante a estada na capital paulista. Para o subprefeito da Sé, Amauri Pastorello, a região tem grande importância cultural e gastronômica para São Paulo. “Além de preservar as tradições e história dos imigrantes orientais, é um exemplo da globalização que acontece em São Paulo: pessoas de várias origens convivendo bem e ajudando a construir a identidade da cidade”, ressalta. O bairro mais oriental de São Paulo, além de conviver com japoneses, chineses e coreanos que circulam pelo bairro, também recebe milhares de não-descendentes todos os dias. São trabalhadores e estudantes que frequentam os cursinhos e universidades, e os hospitais da região. O bairro já é conhecido como polo educacional por abrigar diversas escolas, cursinhos e universidades, e consequentemente, um grande número de jovens estudantes. Ao caminhar pelas ruas da Liberdade é possível encontrar os cursinhos Anglo, na Rua Tamandaré, e o Etapa, na São Joaquim. As Universidades Cruzeiro do Sul (Unicsul), Faculdades Metropolitana Unidas (FMU), as duas na rua Galvão Bueno, Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), na avenida Liberdade, a Universidade Paulista (Unip) e a Universidade Nove de Julho (Uninove), na rua Vergueiro, além do Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa (Ipep), na Pirapitingui, e a Escola Técnica São Francisco de Bórgia, na rua São Joaquim. A Liberdade também abriga quatro importantes hospitais da cidade, o Bandeirantes, o Sepaco, a Beneficência Nipo-Brasileira e o Hospital do Câncer – A. C. Camargo, em que circulam milhares de pessoas todos os dias. especial capa 31 Bem vindo ao bairro oriental de SP mais tradicionais e visitados da capital paulista Texto: Cibele Hasegawa e Tamires Alês / Fotos: Revista Mundo Ok, Gabriel Inamine e Acervo do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil Polo Turístico A região que antes era conhecida pela tranquilidade se transformou em um verdadeiro ponto turístico e cultural da cidade de São Paulo. Na década de 60, a Praça da Liberdade, por exemplo, abrigava uma grande e bela árvore e um lago com barcos, e nas ruas era fácil de encontrar jovens casais de namorados passeando. A situação começou a mudar com a construção da avenida 23 de maio e do metrô. Assim, o bairro começou a perder as características residenciais, para se tornar um bairro comercial. “Com o metrô aumentou muito a densidade de pessoas que circulavam na região, o que ajudou a ampliar o comércio”, conta o empresário Paulo Hissao Mizumoto, que tem um loja de presentes, especializado em artigos orientais há mais de 30 anos no bairro. Com as transformações que estavam ocorrendo no bairro surgiu a ideia de transformá-lo em um ponto turístico. “Assim, na década de 70 a Associação dos Lojistas da Liberdade, que foi fundada pelo meu pai, e é a atual Acal [Associação Cultural e Assistencial da Liberdade], teve a ideia de implantar no bairro uma decoração oriental”, explica Mizumoto. O bairro recebeu da prefeitura as luminárias típicas (suzuranto), o portal xintoísta (torii) e a reformulação das calçadas. “Nascia o Bairro Oriental que começou a crescer e a ficar conhecido em todo o Brasil”, relata orgulhoso o empresário. Nessa mesma época começa a funcionar a Feirinha da Liberdade, que já se tornou um dos símbolos do bairro e da cidade. “A feira foi uma oportunidade para os artesãos japoneses apresentarem trabalho deles. Tinha diversos produtos orientais na feirinha, como as sandálias típicas, bonecas de pano e objetos feitos em bambu”, lembra Mizumoto. As festas típicas começaram a acontecer na praça da Liberdade também nessa época. De acordo com Luiz Sato, que nasceu e é residente no bairro há 50 anos, foi na década de 80 e 90 que a popularização dos festivais japoneses e orientais, no bairro promovido pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade, começaram a atrair muitas pessoas, e o interesse de pesquisadores passa a ser ainda maior. Hoje a Liberdade continua sendo o bairro mais oriental do Brasil, e a fama atrai milhares de pessoas para o comércio da região, principalmente os ocidentais. “Atualmente a Liberdade é um ponto turístico e cultural muito importante de São Paulo. Ela representa todo o cuidado e dedicação do povo oriental”, ressalta o empresário. 32 especial capa A chegada dos orientais na Liberdade T udo começou na rua Conde de Sarzedas, que fica na divisa do Centro com a Liberdade. Os imigrantes japoneses insatisfeitos com o trabalho nas lavouras e, percebendo serviço “escravo” a qual eram submetidos, resolveram tentar a sorte na capital. Instalaram-se para o local, onde era possível alugar porões a preços acessíveis. Com o número crescente da população japonesa que vinha para o bairro surgem as primeiras pensões e mercearias, em 1914. A região começa a ganhar características próprias, como placas cheias de ideogramas nipônicos no comércio, o cheiro peculiar da comida oriental, e o idioma japonês era o mais utilizado. Na época da Segunda Guerra Mundial, com a política de retaliação aos imigrantes dos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália), os japoneses foram proibidos de ensinar o idioma, os descendentes não podiam mais se reunir e foram obrigados a deixar a Rua Conde de Sarzedas. Só após a guerra, os japoneses passaram a voltar à região e a retomar o desenvolvimento do comércio que tinha sido interrompido. “Desterrados nos anos 40 retornaram na década de 50, estabelecendo as bases culturais na arte, na informação, no entretenimento, na gastronomia e na assistência social. Datam desta época: a cinelândia de filmes japoneses do bairro da Liberdade e circulação dos diversos jornais da comunidade, e criação de associações representativas da comunidade”, conta Luiz Sato, que também atua na ACAL. Mas foi em agosto de 1973, que o bairro ganha a roupagem do oriente. Uma promessa feita pelo Prefeito Figueiredo Ferraz a colônia japonesa, na época, a fim de incentivar o comércio local. Assim, são instalados as lanternas, “suzurantos”, e os portais, “toris”. De acordo com a jornalista e historiadora Célia Oi, que chegou ao bairro O bairro da Liberdade que conheci no final da década de 70, era bastante diferente – tenho a sensação que, realmente, era um bairro de costumes “nipo-brasileiros”, com restaurantes de comida japonesa (em geral preparada e servido pelos proprietários ou por membros da família proprietária) em que os pedidos eram feitos em japonês. As casas de comércio vendiam muitos produtos japoneses feitos artesanalmente, desde comidas como tofu, conservas, até objetos de uso diário. Além dos japoneses... E m meados dos anos 80, com o crescimento do bairro, a melhora do comércio, o início do movimento dekassegui e o envelhecimento dos comerciantes japoneses, novas “caras” foram surgindo no bairro. Eram os coreanos e chineses, que se instalavam na várzea do Glicério, devido à facilidade de encontrar moradias e ainda, a baixo custo. Aos poucos, se interessavam pelo grande pólo comercial e oportunidade de trabalho. Começaram assim, a abrir lojas na Liberdade, como restaurantes, lojas de produtos importados e quitandas, e muitos ainda mantêm a identidade oriental nas fachadas. “Os filhos de japoneses foram para outras áreas profissionais ou mudaram o comércio para outros bairros, e os chineses e coreanos começaram a investir na Liberdade”, relata Mizumoto. Contudo, à medida que conquistavam melhores condições de vida, deixavam a região como residência, permanecendo apenas como comerciantes, assim como aconteceu com muitos japoneses. Segundo Mizumoto antigamente “a maioria das pessoas que circulavam no bairro eram japonês e falavam em japonês. Pelo menos 80% dos comerciantes eram japoneses. E hoje, andamos pelas ruas da Liberdade e ouvimos os três idiomas”. A jornalista e historiadora Célia Oi lembra que nessa época a frequencia do bairro começou a mudar. “De um lado os japoneses que tinham comércio em regiões como a Paulista, começam ir ao bairro para comprar produtos japoneses e comer nos restaurantes típicos. Aumenta também o número de não-descendentes interessados em culinária japonesa. Junto com eles aumenta a presença de chineses e coreanos que vão pouco a pouco se estabelecendo no comércio local”. vitrine 33 34 especial capa Uma cara nova para o bairro oriental Segunda etapa do projeto de revitalização está prevista para começar em junho N ovas fachadas, jardins, praças, iluminação, ruas e viadutos. O bairro da Liberdade ganhará mais características orientais com a realização do projeto “O Caminho do Imperador”, idealizado pelo Instituto Paulo Kobayashi em conjunto com a Kallipollis Arquitetura, com o apoio da Prefeitura de São Paulo, que se prepara para começar a segunda etapa das obras em junho. A próxima fase da revitalização irá reformar a sede da Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), o Museu do Bonsai e o Jardim de Osaka, localizado na rua Galvão Bueno. Em outras etapas ruas como a Tomás Gonzaga, dos Estudantes e da Glória, os viadutos Cidade de Osaka, Mie Ken, Shunei Uetsuka e Guilherme de Almeida também serão reformados. A primeira etapa do projeto, que começou em maio de 2008, foi entregue em dezembro e reformou a tradicional Praça da Liberdade, além das lanternas suzurantos, que foram trocadas com o apoio do vereador Kamia. Com o patrocínio do Bradesco, as fachadas dos edifícios ganharam novos beirais e frontões com peças entalhadas em madeira, e o piso foi trocado por ladrilhos hidráulicos e intertravados. “Do que estava proposto no projeto para essa primeira fase, só não foi realizada a implantação do posto policial, porque não conseguimos ainda a liberação da prefeitura. Correções de valores e mudanças de alguns detalhes também aconteceram”, justifica o arquiteto responsável pelo projeto, Márcio Lupion. Mais nove etapas serão realizadas ao todo, cada uma deve demorar em torno de 3 a 4 meses para ficar pronta. “Acreditamos que até o final de 2010 cerca de 70% do projeto já esteja concluído, vamos depender muito da captação de recursos, que deve ficar mais fácil agora que conseguimos a aprovação da Lei Rouanet”, explica Lupion. Segundo ele, em seis anos a revitalização vai estar completa, e o bairro terá realmente características orientais, se tornando um verdadeiro ponto turístico da cidade, levando informação, cultura e entretenimento aos visitantes e moradores. vitrine Mais qualidade em sua mesa. Fone: (11) 2 2 7 6 . 9 5 3 3 8149.6176 Fax: (11) 2 2 7 6 . 9 0 6 3 anu121x115b.indd 1 [email protected] w w w. m a r u i t i . c o m . b r 3/30/09 12:15:24 PM 35 36 especial capa Um bairro cheio de tradições também tem festa! Conheça os principais eventos que ocorrem na Liberdade ao longo do ano A Praça da Liberdade é palco de diversos eventos ao longo dos 365 dias. E o primeiro deles é a Festa do Ano Novo Chinês, data em que os chineses comemoram a chegada do ano novo baseado no calendário lunar. Uma tradição de mais de 2.000 anos celebrada no Brasil, entre os meses de janeiro e fevereiro, com demonstrações de esportes, música, dança, cultura e gastronomia. Em abril, o local cede espaço para um ritual sagrado que celebra o aniversário do Buda Xaquiamuni, o Hanamatsuri – Festa das Flores. O público participa da homenagem espargindo o amachá chá naturalmente adocicado, na imagem do Buda – conforme a crença, as pessoas que assim homenageiam são abençoadas. No último dia do evento, o cortejo solene do “elefante branco” encanta os presentes com sua paz e sua beleza ao longo do desfile final. E as festividades não param por aí, nem mesmo durante a estação mais fria do ano. O Tanabata Matsuri – Festival das Estrelas atrai milhares de pessoas, em julho, para fazerem seus pedidos nos papéis coloridos, denominados como tanzakus, e pendurarem em um dos diversos ramos de bambu – de acordo com a lenda, a princesa Orihime e seu amado Kengyu encontram-se uma vez por ano e nesta ocasião, realizam os desejos das pessoas. Já no fim do ano, é o Toyo Matsuri [festival oriental], que enfeita os arredores da Liberdade com diversos noboris (bandeiras típicas do Japão). São cerca de 700 artistas que divertem o público com o que há de mais tradicional e moderno na cultura japonesa e brasileira, além de oferecer ao público diver- sos pratos típicos e ainda, fazer compras no bazar. O último evento que traz a alegria à Praça da Liberdade é o tradicional Moti Tsuki Matsuri (Festival do Bolinho da Prosperidade). A festa acontece sempre no dia 31 de dezembro, em comemoração a passagem do ano, agradecendo aos Deuses todas as dádivas e benefícios recebidos durante todo o ano e, abençoando a prosperidade e fartura no próximo ano, desejando muita saúde, paz e harmonia. Um passeio pela Liberdade... Cultura, gastronomia, história, presentes em um só lugar U m dos cartões postais da cidade de São Paulo, o bairro da Liberdade revela a beleza da cultura oriental com fácil acesso. Logo na saída da estação de metrô, o visitante depara-se com as luminárias suzurantos e diversos estabelecimentos. Para quem busca cultura, artes e conhecimento, vale a pena começar pela Praça da Liberdade e conhecer a Livraria Sol (Praça da Liberdade, 153). Lá, as pessoas encontrarão livros, revistas, mangás, entre outros artigos. Aliás, na Rua da Glória, 242, a Livraria Fonomag também é uma outra opção para achar os mais diversos títulos. Seguindo adiante, já na Galvão Bueno, há uma grande diversidade no comércio. A estudante Andressa Ino, 22 anos, é de Santos. Sempre que vem à capital paulista, visita a Liberdade vai às compras na loja de cosméticos Ikezaki (R: Galvão Bueno, 37 ou no novo estabelecimento, Av. Liberdade, 146) e também na Casa Bueno (R: Galvão Bueno, 48) e na Marukai (R: Galvão Bueno, 34), onde são comercializados os mais diversos produtos alimentícios japoneses, chineses e coreanos, além artigos de cozinha, eletrônicos, entre outros. E para quem busca presentes do Oriente, a Hime-Ya (R: Galvão Bueno, 54) comercializa decorações, enfeites, cerâmicas e para quem se arrisca na cozinha, há também panela elétrica de sukiyaki e facas para sashimi. No Minikimono (R: Galvão Bueno, 22), desde vestimentas e sapatos a luminárias e objetos decorativos trazem um pedacinho do Japão. Um pouquinho de cultura e história... Um local que vale a pena conhecer e tornar o passeio pelo bairro ainda mais enriquecedor é o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. Em 3 andares são preservados toda a passagem dos imigrantes japoneses no país, suas culturas, tradições, e suas contibuições, além de disponibilizar o seu acervo para pesquisas e consultas. Faça uma visita monitorada! especial capa Exposição De 3ª a domingo: das 13h30 às 17h30 Ingressos: R$ 5 (adultos)/ R$ 2,50 (estudantes) Crianças de 6 a 11 anos: R$ 1,00 Entrada franca: menores de 5 anos e idosos acima de 65 anos Biblioteca/Escritório De 3ª a 6ª: das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h 2ª e Sábado: das 13h30 às 18h Tel: (11) 3209-5465 Feira da Liberdade... Aos finais de semana, quem visita a região pode conferir uma feira de artesanato que fica na Praça da Liberdade. Roupas, bijuterias, cerâmica japonesa, lanternas e luminárias em estilo oriental, bordados, entre outros. Tudo isso e muito mais pode ser encontrado durante o passeio e ainda provar os tempurás, bolinhos de camarão, yakissoba, acarajé vendidos na área de alimentação. Bares e karaokês... A vida noturna no local também é muito movimentada. Diversos bares ficam lotados seja por estudantes de faculdades da região, seja pelos happy hours de quem trabalha por aí, ponto de encontro de muitos jovens de entidades nikkeis, ou pelos simpatizantes do local. Abe bar (R: da Glória, 621) é desses locais. Mantém uma clientela fiel e a simpatia do Carioca, que serve petiscos e pratos nipônicos. E por falar em petiscos, vale destacar também o Kintarô (R: Tomás Gonzaga, 57), que Serve petiscos como berinjela com missô servida gelada, sardinha, carne seca, dobradinha. Para aqueles que buscam uma cervejinha entre os amigos e ainda, soltar o gogó conheça o Karaokê Choperia Liberdade (R: da Glória, 523). O local já virou “mania” entre muitos, lotando aos finais de semana. Mas se cantar em público não for o seu forte, a dica do estudante Carlos Ramos, 16, é ir ao Porque Sim Karaokê Box (R: Tomaz Gonzaga, 75 – Tel.: 3277-1557 – www.karaokeboxporquesim.com.br). Diversas salas comportam grupos de amigos de até 25 pessoas. E se a fome bater, teishoku, lámen e porções são servidas no salão térreo, com preço médio de R$15,00 a R$20,00. Restaurantes e comidinhas... Um dos locais mais conhecidos do bairro quando o assunto é gastronomia, é a Rua Tomás Gonzaga. Não é a toa que, futuramente, o projeto é transformar a via em um Boulevard. Os estabelecimentos um ao lado do outro, com letreiros japoneses, portas corrediças e luzes dão o ar que remete ao Japão. Na mesma calçada, estão os restaurantes mais tradicionais do bairro, seja pela decoração, seja pelos pratos, seja pelo tempo: Itidai (nº 70), Yamaga (nº 66), Hinodê (nº 62) e já próximo a Avenida Liberdade, o Gombe (nº 22). Na Rua Galvão Bueno também são encontrados outros lugares de igual destaque como o Bueno (nº 458), comandado por um ex-lutador de sumô, o Kaburá (nº 346), com seu charme rústico e o 37 Makoto, situado no Nikkey Palace Hotel (nº 425). Na Rua da Glória, o Okuyama (nº 553), oferece uma boa comida e não é tão caro, e o Samurai (nº 608), dá ainda a opção de karaokê. Vale destacar ainda nessa mesma via o Food Center (Rua da Glória, 103). Um prédio com seis diferentes restaurantes, cada um servindo uma das especialidades da cozinha japonesa. É só escolher um prato de sua preferência! E se a opção for uma comidinha rápida, dê uma passadinha na Rua dos Estudantes. O Yoka (nº 37) serve pastéis feitos na hora feitos com massa fina e crocante. E se o paladar pedir a culinária da terra do sol nascente, o “japonês” (tofu, shiitake, kamaboko e cebolinha) é uma boa pedida. Ou então, na Bakery Itiriki (nº24), padaria tipicamente nipônica. Outras cozinhas... E não é só da culinária do Japão que vive a Liberdade. Pratos de outros países asiáticos também comandam a região. No Banri (Rua Galvão Bueno, 160), é possível fazer compras na mercearia no térreo, tomar um cafezinho ou então, degustar dos sabores do Japão e da China no mezanino. No Rong He (Rua da Glória, 622) além de apresentar o cardápio do norte da China, entretêm os freqüentadores com o macarrão que é feito na hora. E no Korea House (Rua Galvão Bueno, 43), que apesar do nome também serve comida chinesa, a grande especialidade é o bul go gui (churrasco coreano), que acompanha arroz, verduras e conservas, tradicionalmente apimentadas. Fast food japonês... As Casas de Lamen fazem sucesso no bairro. O prato chega é feito na hora e pode ser observado da bancada no Lamen Kazu (R: Tomás Gonzaga, 51) e no Aska (R: Galvão Bueno, 466). Prato leve e saboroso pode acompanhar também uma porção de gyozá. E nada de ficar ali sentado enrolando para sair, afinal, é o “fast food japonês”. E mesmo que façam “cara feia”, você sai com vontade de voltar! 38 vitrine vitrine 39 40 especial capa A força da geração mais nova Jovens de diversas tribos escolhem bairro como “ponto de encontro” N ão é difícil visitar o bairro da Liberdade e deparar-se com muitos jovens, em sua maioria entre 13 e 20 anos, com um estilo peculiar, seja nas roupas e acessórios, seja no corte e nas cores do cabelo. Estão principalmente na região da Praça da Liberdade e nos arredores da estação de metrô. Aqui, a cultura nipônica mostra a sua influência sobre a juventude, que se identifica pelo interesse em comum, reflexo de uma febre que conquistou o mundo todo. Animês, mangás, música pop japonesa e coreana, além da moda que domina os bairros de Tokyo como Harajuku e Shibuya, no Japão. Eles se reúnem no bairro, principalmente, aos finais de semana. Passeiam pela tradicional “feirinha”, provam alguns dos pratos típicos vendidos ali, visitam o comércio da região, frequentam restaurantes, karaokês ou simplesmente, se encontram para colocar o papo em dia nas escadarias próximas à Praça, reunindo grupos de mais de 30 pessoas. Cláudia Yumi Sato, de 13 anos, Gabriella Mukibata, 17, Mayara Maciel, 18, Carlos Ramos e Fábio Leal, ambos com 16 anos, fazem parte de um dos grupos de amigos que “batem ponto” na região. Conheceram-se pela internet, por meio de sites de relacionamento. Das afinidades e os interesses em comum, nasceu à amizade entre eles e o local de encontro. “Gostamos de cultura e da música pop japonesa e oriental e nos encontramos sempre no bairro da Liberdade”, relata Mayara. Trajados, em sua maioria, de preto, sobre uma maquiagem escura no rosto, principalmente nos olhos – talvez uma inspiração nas bandas de j-rock [rock japonês] –, ou então, usam um “visual descolado”, madeixas coloridas e desfiadas, esses jovens marcam a sua identidade por meio do gosto pela modernidade japonesa. Chamam a atenção pelo jeito “diferente” de ser e por geralmente andarem em grupo, independente da “tribo” que pertencem. Dentre eles, há também aqueles que ultrapassam as barreiras da fantasia e mostram o fascínio pelos mangás, filmes e jogos, vivendo o personagem. Eles se vestem a caráter e interpretam a figura escolhida, chamados de cosplayer. Aderentes do estilo de vida e apaixonados pela cultura jovem do outro lado do mundo, estas pessoas também se encontram no bairro, seja para se reunir para ir a algum evento, para comer, cantar, ou até mesmo para conversar. “Não podia ter um lugar melhor, a Liberdade é totalmente ligada ao mundo japonês, é a referência. A gente já está muito habituado ao bairro, é como se fosse nossa segunda casa”, explica Loren de Oliveira Louro, que trabalha com eventos e há 10 anos é cosplayer. Para eles, fantasiar-se é uma atividade feita apenas em locais específicos. No pedacinho do Oriente em São Paulo, encontram identidade e lazer. Muitos acham estranha a maneira como esses jovens se vestem e se comportam. Aliás, por mostrarem sua personalidade e seus gostos, acabam sofrendo certo tipo de preconceito, embora essa situação tenha melhorado. “Já sofri preconceito sim, há muito tempo. A mídia também já falou muito mal de cosplay, mas depois do centenário, isso mudou, nós viramos atração e temos chances de nos defender”, ressalta Loren. São esses jovens que fazem parte do cenário da região e mostram que não é só de tradição que vive os países asiáticos. vitrine 41 moda 42 Estilos e tendências para o outono e inverno Roupas, sapatos e acessórios, tudo para deixar o visual dos baixinhos ainda mais bonito Texto: Redação / Fotos: Divulgação Tyrol A cada dia que passa as crianças estão mais antenadas com o mundo da moda e preocupadas em se vestir bem e seguir tendências. Por isso que os estilistas e as grifes infantis querem oferecer mais inovações que atendam ao gosto desse público um tanto quanto exigente. Para que o seu pequeno ande sempre na moda, fique atento as novidades que vão fazer sucesso entre as crianças na próxima estação. Para os dias mais frios do ano, as crianças mais ligadas ao universo fashion vão poder utilizar as roupas de forma inusitada, com peças únicas ou sobreposições. Tanto os tons monocromáticos quanto os coloridos vão arrasar nesse outono e inverno. Para as meninas, um visual mais retrô e descontraído vai predominar. Estampas delicadas e apliques em tecidos xadrez vão encantar a garotada. Combinações com vestidos, saias, leggings, calças skinnys, batas e cachecol vão fazer sucesso misturando estilos modernos e clássicos. Já os meninos, podem desfrutar de looks descolados, com um conceito mais urbano e contemporâneo. Os moletons, camisetas, camisas polos, calças, bermudas e jaquetas vão sobressair nessa estação. Nas peças esportivas vai predominar as linguagens gráficas e o estilo grafiteiro, em que predomina o conforto, característica preferida dos garotos. Diversas cores vão estar à disposição da turminha jovem nesse outono e inverno. Além das cores mais sóbrias, tradicionais dessas estações, como preto, branco, marrom e azul marinho, matizes mais vivas vão completar o visual como laranja, amarelo, rosa, pink, verde esmeralda, ameixa e bordô. Para completar o visual dos pequenos, acessórios de inverno farão sucesso. Destaque para toucas, cachecóis, meias-calças, boinas, chapéus, presilhas, faixas e broches. Para completar o look Acessórios e bijuterias de todos os tipos vão invadir as vitrines das lojas e ressaltar o look da próxima estação Texto: Redação / Imagens: Divulgação Q ue mulher não gosta de um acessório ou uma bijuteria para completar o visual? Seja em um evento mais casual, ou uma festa de gala, eles sempre são bem-vindos. Desde um simples anel, até um colar mais arrojado ou um par de brincos exuberante, os adereços já fazem parte do look de qualquer pessoa antenada ao universo da moda. E nessa coleção outono/inverno não poderia ser diferente, os acessórios vão reinar absolutos e serão o destaque dessa estação. Em tempos de crise econômica, o poder transformador dos acessórios também deve ser ressaltado, uma vez que a mesma roupa pode ganhar versões diferentes de acordo com o acessório utilizado, podendo modificar desde um visual mais causal até um look mais luxuoso. Com isso o comércio de acessórios está aquecido, uma prova é o sucesso de feiras como a 45º Bijóias de São Paulo, que apresentou sua coleção de inverno 2009 no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, com lançamentos de 200 dos principais designers e fabricantes de bijuterias, jóias de prata, aço e folheados. Os motivos étnicos serão o destaque da coleção outono e inverno. Peças mais coloridas e vibrantes que chegam da África, como as peles de animais, sementes e contas farão sucesso. De outro lado, motivos mais românticos também serão destaques, com peças mais delicadas e exuberantes florais. Os acessórios para a cabeça chegam com força total nessa estação, com belas tiaras, presilhas e fitas com flores, corações e laços, bem suaves e femininos. E para finalizar o visual, o dourado volta à cena com lugar de destaque. vitrine 43 44 beleza Rendidos ao mundo da beleza Homens mostram-se mais cuidadosos e já são metade de clientes nas clínicas de estética Texto: Redação/Foto: Divulgação P ensar que há poucos anos eles nem se atreviam a entrar em um salão de beleza. Clínica de estética então nem pensar, era território exclusivo das mulheres. A aparência é hoje para o homem, quesito importante e porque não dizer prioritário. Eles se vestem cada vez melhor, freqüentam salões de beleza, clínicas de estéticas, consultórios de cirurgia plástica, dermatologia e por aí vai. A era da Biosociedade, na qual o ser humano busca e preza pela qualidade de vida, está automaticamente ligada ao bem estar físico e emocional. Pensando nesta grande parcela de público masculino que gosta de estar antenado com os mais eficazes tratamentos de beleza e bem estar, a Deep Laser, clínica situada nos Jardins em São Paulo, possui os mais inovadores tipos de tratamentos para “eles”. O corpo multidiscliplinar da clínica tem os melhores especialistas em cirurgia plástica, odontologia, medicina estética, dermatologia, nutrição e massoterapia. “Hoje, 40% dos nossos clientes são do sexo masculino. É muito gratificante ver que hoje eles vêm fazer os tratamentos acompanhados da mulher, dos filhos ou mesmo sozinhos. Percebo que o constrangimento que existia antes para um homem entrar numa clínica de estética ficou no passado. Eles prezam pela saúde e pela aparência”, declara Sueli Domingues, cosmetóloga e diretora da clínica. A avaliação inicial indica os melhores tratamentos para cada caso. Todos os ambientes da clínica são harmoniosos e aconchegantes, garantindo bem estar ao paciente durante qualquer tipo de procedimento. Os profissionais são altamente treinados e recebem atualização constante sobre os tratamentos inovadores que chegam a todo o momento. Exemplos de tratamentos Titan 3D - Conhecido como “Oscar Plastic”, o Titan 3D melhora rugas de expressão, volta o relógio biológico e rejuvenesce a pele algumas horas antes. Portanto é indicado como tratamento antes de festas e eventos. Rejuvenesce a pele do rosto, pescoço, braços, glúteos, abdômen e pernas. Ultracontour - Este aparelho promove a quebra de gorduras com muito mais potência. Qualquer região do corpo onde há acúmulo de gordura localizada pode ser tratada, tais como abdômen, flancos, braços, coxas, costas. A recomendação é que se tratem no máximo duas regiões por sessão, sendo o intervalo recomendado de quinze dias. O número de sessões varia individualmente, de acordo com a quantidade de gordura na região. O tratamento é indicado para pacientes saudáveis com espessura de tecido subcutâneo de no mínimo 1,5 cm em áreas de abdômen, coxa ou flancos. A gordura deve estar numa área localizada e o tamanho dessa área deve ser maior que 100 cm2. Shiatsu nos pés - faz parte da medicina chinesa e tem como benefícios o relaxamento, a energização, a liberação dos pontos de tensão muscular e a melhora da função dos órgãos internos. Depilação a laser - A Deep Laser possui aparelhos de última geração que realizam a remoção dos pêlos de maneira rápida e segura. O tratamento é executado por médicos especializados e não oferece nenhum risco à saúde. A depilação a laser pode ser feita em todos os tipos de pele, clara ou escura. Pode ser aplicado em diversas partes do corpo como face, buço, axila, virilha, peito, abdômen e costas. Cabelo - a clínica conta com profissionais especializados em cabelos masculinos. Emerson Sander é hairstylist há 8 anos, com formação pela Soho Academy Hair. vitrine 45 46 vitrine vitrine 47 48 multimídia Os bons tempos da década de 70 voltaram... Banda Appa Tota faz o público relembrar época nostálgica em baile histórico R esponsáveis por agitar a platéia, seja com os rocks dançantes ou pelos hits que embalavam os casais de rostos colados, a Banda Appa Tota mostra que ainda são os “garotos que amavam os Beatles e os Rolling Stones”. Pois é, os bons tempos voltaram e prometem animar a todos no 14º Baile dos Anos 70. Com bailinhos que já reuniram cerca de 1600 pessoas, o evento é considerado a “chance de reviver a época” – marcada pela eclosão dos movimentos musicais do Rock ‘n Roll e da Disco Music (atual dance music), da moda hippie às tendências que trazem o brilho do gloss e do glitter, e as discotecas, trazidas à tona, principalmente, pelo ator John Travolta no clássico “Os embalos de sábado a noite” (Saturday Night Fever). Por isso, no repertório não faltarão as melodias das bandas como Bee Gees, The Carpenters, Creedence Clearwater e, claro, Beatles e Rolling Stones, que fizeram sucesso e algumas mantém a fama até hoje. Além das músicas que marcaram época, outros ritmos como forró, samba, rock e músicas românticas antigas Texto: Cibele Hasegawa/Imagens: Divulgação e atuais também agitam a noite e agradam a todos os gostos. Uma das novidades da nova geração da banda é a vocalista Adriana Mayumi, que inclusive já ganhou um concurso na televisão. Ela canta e encanta o público com a voz suave das canções dos Carpenters, dupla consagrada dos anos 70, composta pelos irmãos Karen e Richard Carpenters. Todavia, a organização ressalta que a idéia é atrair não só àqueles que vivenciaram, mas ainda, simpatizantes e jovens com idade acima de 25 anos. “É uma oportunidade também para os mais novos conhecerem como foi aquela fase”, finaliza o guitarrista da banda, Gombo. 14º BAILE DOS ANOS 70 – Banda Appa Tota Local: Espaço de Eventos Hakka Endereço: R: São Joaquim, 460 – Liberdade Data: 16/maio/ 2009 Horário: das 21h às 5h Preços: R$ 30 (antecipados) e R$ 35 (bilheteria). Estacionamento pago à parte Informações: 3255-2028 ou 9124-8044 vitrine 49 50 encontro pets 51 Cuidados com os bichanos Tem um gato em casa? Pois saiba como cuidar da saúde e da beleza dele V er os gatos bonitos e saudáveis é um desejo de todos que adoram os seus animais de estimação. E para que isso aconteça é necessário algumas providências básicas, como banhos frequentes, escovação, uma boa alimentação e vacinação adequada. A especialista em gatos, Marisa Paes, que há mais de 20 anos trabalha com os felinos, indica começar com o embelezamento dos animais desde os primeiros meses de vida, para que eles se acostumem e fiquem mais dóceis e sociáveis. Apesar da fama que o gato tem de ser um animal limpo, o banho é sempre necessário, pelo menos uma vez por semana ou a cada quinze dias, principalmente nos que têm pelagem clara ou branca. Primeiramente, deve cortar as unhas do bichinho. Aquecer a água a uma temperatura superior a 39,0º C, o lugar para o banho deve ser de preferência num tanque, onde quem realiza o trabalho esteja em uma posição acima do gato e tenha o controle sobre o mesmo. Após o banho é imprescindível a secagem, se possível com secador profissional que faz menos barulho e não irrita os gatos. A escovação também é importante e pode ser realizada em dias alternados. Se o gato realmente abomina o banho tradicional, então pode ser realizado o famoso banho a seco, utilizando produtos importados. “Não é o ideal, mas eles também dão bons resultados”, relata Marisa. Origami, Biscuit, Pintura, Decoupage e diversas outras técnicas você irá acompanhar e aprender diariamente. Estréia em abril Texto Tamires Alês / Fotos Divulgação Para completar, uma boa alimentação, é indispensável. E para que o gato tenha todas as vitaminas e minerais que precisa para ter uma boa saúde, a melhor pedida é uma ração seca, que faz com que o animal mastigue o alimento antes de engolir, além de ajudar no combate ao tártaro dentário. A ração úmida, enlatada também pode ser utilizada de vez em quando. Para mais informações sobre os cuidados necessários para manter o seu gatinho sempre limpo e saudável, acesse o site www.casadogato.com.br. Com a Erin e sua turma, você vai aprender japonês de um jeito fácil e divertido. Muita música, entrevistas e tudo que acontece no mundo sertanejo apresentado por Mauricio Miya. 52 agricultura Base atualizada para os agricultores Texto: Redação/Imagens: Cris Castelo Branco e Divulgação Censo agropecuário completo é lançado em São Paulo O s agricultores do estado de São Paulo podem contar com mais uma ferramenta para ajudar na produção e distribuição de seus produtos. No dia 22 de abril, o Governo de São Paulo apresentou os resultados do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa), com informações detalhadas sobre toda a produção agropecuária do Estado de São Paulo. O censo, feito pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento entre 2007 e 2008, é a maior análise do setor rural estadual já realizada e está disponível na Internet para todos os cidadãos. O site do Lupa permite que as informações sejam visualizadas com grande nível de detalhamento. É possível verificar os dados completos do Estado ou checar o material por região, com a ajuda de um mapa, ou até cada um dos municípios. Em cada modalidade, estão consolidadas informações sobre estrutura fundiária, ocupação do solo, culturas, maquinário e benfeitorias, com inúmeras possibilidades de cruzamento de dados. Para o levantamento de dados utilizados no Lupa 2009, foram entrevistados produtores rurais de 324.720 unidades de produção agropecuárias (UPA). A área de cobertura aumentou em relação ao último censo, totalizando mais de 20 milhões de hectares nos 645 municípios do Estado. O trabalho de pesquisa, coordenado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), envolveu aproximadamente 3 mil funcionários da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e de Prefeituras Municipais. Resultados - Com o Lupa é possível observar, por exemplo, que dois terços das propriedades rurais do Estado têm, hoje, até 500 hectares e são consideradas, portanto, até médios produtores. É possível avaliar também que há uma maior divisão da terra, já que a área média das propriedades caiu de 72 para 63 hectares. Outra conclusão é que a cultura de cana-de-açúcar, que hoje ocupa 31% das UPAs, substituiu a cultura do milho, que ocupava 30 % do total no levantamento anterior. Destaca-se ainda que o crescimento na área de Governador José Serra e o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, durante lançamento lavouras (temporárias, perenes e reflorestamento) de 34% para 44% da área total, foi acompanhado por um crescimento da área de vegetação natural, que passou de 10% para 12%. Ao mesmo tempo, ocorreu uma redução na área de pastagem, de 51% para 39%. No entanto, a diminuição no tamanho do rebanho bovino foi menos que proporcional, o que aponta ganho de eficiência no manejo da pecuária paulista. Todas as informações do Lupa estão disponíveis para consulta na Internet, em três endereços diferentes. Estudos, artigos e textos de interesse público produzidos a partir do cruzamento dos dados fornecidos pelo censo, também serão disponibilizados nos sites: www.agricultura.sp.gov. br, www.cati.sp.gov.br/projetolupa e www.iea. sp.gov.br. vitrine 53 54 dekassegui IMPOSTO DE RENDA PAGO NO JAPÃO Texto por S.J.Nakaoka O que é importante fazer para restituir no retorno ao Brasil - Parte 3 D eclaração de Imposto de Renda – RESTITUIÇÃO Todos os dekasseguis que trabalharam como empregados, seja diretamente nas empresas e suas fábricas (chain), ou através de empresas contratadas por estes, chamadas de empreiteiras, tem o imposto de renda descontado na fonte, ou seja, o valor já vem deduzido no holerite. Todas as pessoas que durante o ano tiveram qualquer alteração na condição de trabalhador, seja por aumento na quantidade de dependentes diretos (casamento, filhos, etc.), mudança de emprego, eventual despesa com assistência médica própria ou de dependentes, poderão fazer a declaração individual do imposto de renda (Kakutei Shinkoku). Através da declaração do imposto de renda, poderão efetivamente calcular os valores ao que deveriam ter recolhido à receita japonesa e desta forma solicitar a devolução do imposto pago a mais durante o ano. Para quem é estrangeiro, a receita tem em suas normas, o prazo de cinco anos retroativos para efetuar a declaração e solicitar a restituição dos valores. Para que isto seja possível, é possível fazer através da nomeação de um procurador com conhecimentos sobre a legislação de imposto de renda do Japão, domínio do idioma japonês, efetuar os cálculos necessários para esta finalidade, preencher os formulários definidos para a declaração e anexando todos os documentos necessários para esta finalidade, encaminhando em seguida ao órgão japonês para análise dos fiscais e aguardar a liberação dos valores solicitados. Portanto, quem está retornando ao Brasil, ou quem está no Brasil é hora de providenciar os documentos e buscar suporte de empresa especializada e idônea para fazer valer o seu direito de restituir o Imposto de Renda pago no Japão. Dependendo de como e quem fizer, os valores a serem restituídos diferenciam, então, mãos à obra para que você possa receber o que é seu. Basta um pouco de paciência para juntar os documentos necessários. Shinji Jorge Nakaoka [email protected] (11) 5572-1717 (11) 3105-2115 mundo oriental 55 Preservação de raízes Ryukyu Matsuri Daiko comemora 10 anos de preservação da cultura okinawana Texto: Redação/Fotos: Revista Mundo OK M anter a cultura de um povo não é tarefa das mais fáceis. Principalmente quando se está em um país completamente diferente, longe das tradições e com referências apenas dos antepassados. Nesse contexto, os descendentes de Okinawa, no Japão, mantêm firme o preceito de fortalecer, a cada geração, o legado de seus ancestrais no Brasil. Exemplo claro dessa força é o grupo de taikô (tambor japonês) Ryukyu Koku Matsuri Daiko, formado por descendentes de okinawanos. No começo de abril, os integrantes (da nova e antiga geração) comemoraram com maestria os 10 anos de fundação, em São Paulo. Foram mais de quatro horas de uma verdadeira miscelânea de Okinawa: permearam a apresentação danças típicas, shows musicais e, claro, os tambores que tanto fazem sucesso. “Deixemos que nossos corações vibrem ao som dos tambores” foi a frase que deu abertura à apresentação. O evento chamado de “Shima ni muduti” (de volta às origens), procurou traçar a evolução do estilo tradicional ao mais moderno. Ao mesmo tempo, uma forma de homenagear o precursor do estilo em terras nacionais. Naohide Urasaki. Para o vice-presidente da Associação Okinawa Vila Carrão, Eduardo Uyeta, a velocidade com que a cultura okinawana foi disseminada pelo Brasil foi surpreendente. “Há 10 anos, existiam 16 praticantes de taiko no País. Hoje, esse número cresceu para 600”, diz ele. As apresentações, segundo o presidente da comissão organizadora, Tério Uehara, foram ensaiadas durante meses, contando com o reforço de líderes regionais (Campo Grande, Brasília, Campinas, etc.) “que não mediram esforços para estarem presentes e fazer um capítulo inesquecível na história do grupo”. No total, foram cerca de 500 membros e centenas de voluntários. Uma verdadeira legião de admiradores da arte dos tambores okinawanos, além de seguidores fieis de Naohide Urasaki. Para o público, que lotou o Palácio de Convenções do Anhembi, o espetáculo fez valer as tradições de Okinawa. Gabriel Silva Oshiro, um dos que estavam presentes, aprovou a apresentação. “Gostei muito de tudo. Não conhecia quase nada da cultura okinawana, mas agora vou aproveitar para pesquisar”, afirmou ele. Com 18 anos, o jovem aproveitou o evento para conhecer mais pessoas com sangue uchinanchu (como os descendentes de okinawa são chamados). “Conheci pessoas legais do próprio Matsuri Daiko. Quem sabe um dia eu possa estar no palco e mostrar que a cultura okinawana. É um sonho”, finalizou. 56 mundo oriental Os Jogos Mundiais de Kaohsiung C ompetições do mais alto nível em numerosos esportes diferentes, populares e espetaculares constituem o principal pilar dos Jogos Mundiais. Esportes praticados em terra, no ar e na água, todos eles participam da busca do “Mais Rápido, Mais Alto e Mais Forte”. A cada quatro anos, nos anos seguintes aos Jogos Olímpicos, os melhores atletas do mundo nesses esportes se unem na busca comum da excelência durante os Jogos Mundiais. Como apogeu no calendário de competições e como palco altamente visível, onde grandes atletas se apresentam, os Jogos Mundiais propiciam exposição mundial tanto para os esportes como para os atletas. Acima de tudo, os Jogos Mundiais constituem o cenário singular para que milhares de atletas em diferentes esportes e países possam se reunir em uma celebração de unidade e amizade que atravessam fronteiras. Os Jogos Mundiais constituem o principal evento para todos esses atletas – um evento esportivo marcado por façanhas esportivas e camaradagem. Jogos Mundiais, IWGA, IOC e muito mais... Os Jogos Mundiais são realizados sob os auspícios da Associação Internacional de Jogos Mundiais (IWGA). Ela é constituída por 32 federações internacionais que regem todos aqueles esportes e disciplinas esportivas qualificadas para participação no Programa Oficial de Esportes. A organização dos Jogos Mundiais é confiada pela IWGA a uma Comissão Organizadora formada pela cidade-anfitriã e entidades como o Comitê Olímpico Nacional, governo regional, etc. Os Jogos Mundiais têm uma duração de 11 dias. Eles começam com a Cerimônia de Abertura e terminam com a Cerimônia de Encerramento. A realização das cerimônias e disputas se sujeita às “Regras dos Jogos Mundiais”, diretrizes de organização e realização do evento. Enquanto o Comitê Olímpico Internacional dá o seu patrocínio a todas as edições dos Jogos Mundiais e enquanto a IWGA aceita explicitamente e se adere aos princípios da Carta Olímpica, os jogos multiespor- tivos diferem das Olimpíadas em um importante aspecto. Ao anfitrião nunca é solicitado construir instalações ou aumentar a infraestrutura disponível em nome dos Jogos Mundiais apenas. O ideal é que o evento seja realizado em instalações existentes, de tamanho adequado previamente planejado ou construído, independentemente do candidato estar concorrendo para ser o anfitrião dos Jogos Mundiais. Esta condição influencia a composição do Programa dos Jogos Mundiais. A infra-estrutura e os locais existentes na cidade-anfitriã e em seu entorno são fatores determinantes na escolha dos esportes que constarão do Programa Oficial de Esportes. O anfitrião também poderá endossar um número limitado de esportes adicionais que não são regidos pelas federações que participam da IWGA e que constarão do Programa de Esportes Convidados. Empiricamente, cerca de 35 esportes constam em uma edição dos Jogos Mundiais. Daí o tema adotado pela IWGA em 2003: Jogos Mundiais: Mais de 30 esportes em seu mas alto grau! mundo oriental 57 Tradição e sensibilidade da música coreana Expressões artísticas são consideradas tesouros e patrimônios culturais da Coréia Texto: Cibele Hasegawa/Imagens: Divulgação T odo ritmo musical carrega, por si só, uma carga cultural intensa. Na Coreia, mais que notas musicais combinadas e ritmadas, as canções tradicionais mostram toda a tradição de um dos povos que, por aqui, ainda despertam muitas curiosidades. Resumindo, uma singularidade e personalidade já enraizada, construída ao longo de milhares de anos – tudo isso permeado com toques de seus países vizinhos como China e Japão. O som milenar passado de geração em geração absorveu as diversas informações vindas tanto do ocidente como do oriente e desenvolveu o seu estilo próprio. Em linhas gerais, a expressão musical tradicional é dividida, assim como na dança, em duas vertentes: clássica e folclórica. A clássica era ouvida por pessoas com maior status e mais letradas, enquanto a folclórica era tocada por camponeses e pessoas mais simples. Combinadas intimamente pela arte, a dança e a música são unidas pela demonstração de sentimento de cada seguimento. O ritmo clássico transmite o sentido de tranqüilidade espiritual, voltado para a mente. Em seus movimentos de pernas e braços, enfatizam a conquista interior. Já a folclórica é voltada para o coração, em tons alegre e nas performances são acompanhadas com um sorriso no rosto. Essa união, em que uma não existe sem a outra, artes, como Cheoyongmu (Dança da Máscara) da Silla, foram designadas “Tesouros Culturais Intangíveis” pelo Governo. Na música tradicional, o mais famoso é o Pansori, que ganhou o título de Patrimônio Artístico Cultural da Coreia pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Intenso e com um alto grau de sensibilidade, as apresentações são constituídas com textos improvisados que combinam o dialeto coreano rural junto de um linguajar erudito e expressões literárias. De tão denso, cada espetáculo pode durar até oito horas. Com tanta beleza que ultrapassa séculos, foi criado em 1951 o Centro Nacional para Artes Performáticas Tradicionais Coreanas, no intuito de preservar ainda mais a música e a as artes do espetáculo. Anos depois, em 1933, foi estabelecida a Universidade Nacional Coreana de Artes, que oferece educação em nível mundial com seus seis institutos: Música, Drama, Dança, Artes Visuais, Filme & Multimídia e Artes tradicionais coreanas. É assim que jovens, adultos e idosos mantêm firme e forte um dos patrimônios mais valorizados entre os coreanos. Aliás, não só lá como em todo o mundo. 58 vitrine vitrine 59 click 60 Marcelo Ik emori, Nakamura Nelson Inouye, Má ri , Celso Ta keda e Cla o Shiraishi, Celso udio Take da ITAPEVI A Associação Cultural e Esportiva de Itapevi realizou um jantar animado em sua sede. Por lá, autoridades e personalidades degustaram diversos pratos, além de conhecerem mais sobre os nikkeis da região. (crédito: elvio Kawasaki) strital centro, Stockler, da di a or Fl lo aurante ce ar M entante do rest es pr re ao éu entrega trof Nakamura Banri, Marcelo Akimatsuri 2009 O maior festival de cultura japonesa da região da Alta Tietê, o Akimatsuri, movimentou a região de Mogi das Cruzes nos dias 10, 11 e 12 de abril. Na ocasião, mais de 30 mil pessoas visitaram o evento, no qual o grande destaque foram as apresentações artísticas e, claro, a gastronomia japonesa. m mais líticas brindara Autoridades po de sucesso um ano Banri A Associação Comercial de São Paulo premiou o restaurante Banri, durante a solenidade aos premiados do Concurso Natal Iluminado. O evento aconteceu na sede da distrital São Bento, contando com a presença de personalidades da sociedade. ama, oji Nakay yashi, iy K i, g o nkyo de M stituto Paulo Koba nte do Bu In O preside do presidente do enador Frank Tuda o rd d o a o h c n acompa r Kobayashi, e o Victo Diretores do Bunkyo de São Pau lo posaram para foto com lideranças mogianas Akio caro, ki Obe Í o t u a it l Kazu o Inst nte d nsul gera e d i s O pre com o cô a, Ogaw click ividades do ticipam das at ar p os ri tá un Vol ta Maria Okinawa San 61 m em ecera r a p m ta es co ridad eso à fes o t u A p Santa Maria A Associação Cultural e Esportiva Okinawa Santa Maria comemorou, no dia 18 de abril, seus 35 anos. Na ocasião, danças, música e tradições okinawanas fizeram do evento mais um sucesso. músicas público com o u o im n a nshin Grupo de sa okinawanas 4° Nikkey Matsuri A quarta edição do Nikkey Matsuri reuniu milhares de pessoas na Zona Norte de São Paulo. Por lá, atrações da cultura japonesa mostraram ao público a força da comunidade nipo-brasileira – especialmente as associações e entidades da região. ens o Rub i l é H , uruvi o a/Tuc saudaçã n a t n e a t S n o de do, dura refeit re Subp Figuei foi taikô e d o Grup nto o eve d s e staqu os de d m u tes entan s e r p om re tou c nidade n o c comu ertura de ab ranças da a i n ô e lide Cerim 62 mangá Editora NewPOP faz promoção com todo seu acervo Texto: David Denis Lobão e Junior Fonseca / Imagens: Divulgação contro entre eles é breve, mas marcaria para sempre suas vidas. Eles se reencontram alguns anos depois e descobrem estar apaixonados um pelo outro. Mas Elen é parte de um grupo de estudantes que distribui panfletos clandestinos, enquanto Alex passa a fazer parte da SS por se sentir em dívida com a pessoa que cuidou dele depois da morte de seus pais. Um belo conto de amor e tragédia, ambientado em plena II Grande Guerra. A NewPOP Editora anunciou sua presença no Anime Friends, maior evento de animês do continente americano com uma ação especial. Todo o catálogo da editora - inclusive os lançamentos - estarão com descontos entre dois e quatro reais. Além disto estão planejados dois lançamentos: O mangá completo de “Speed Racer” e o volume dois de “Grimms Mangá”. Mas para você que ainda não conhece todo o acervo da NewPOP nós preparamos um resumo de todos os mangás (quadrinhos japoneses) e manhwas (HQs coreanas) já lançados pela editora no Brasil. Confira! Tarot Café (Sang-Sun Park – 7 Volumes) Pamela é a bela proprietária de uma cafeteria. À meia-noite, porém, a clientela muda – Vampiros, lobisomens, fadas e outros seres passam a frequentar o local. Enquanto prevê seus futuros através do Tarô, Pamela ainda carrega um segredo que precisa ser resolvido antes que ela passe para outra vida. Desenhado por Sang-Sun Park, Tarot Café é sucesso mundial e tem tudo para cair no gosto dos leitores brasileiros, com um design gótico e um enredo místico que reúne horror, romance, fantasia e mistério. Ark Angels (Sang-Sun Park – 3 Volumes) Elas são três meninas muito especiais, com super-poderes para salvar os animais em extinção e o próprio planeta! Shem, Hamu e Japheth – três irmãs que chegam com tudo, equipadas com poderes mágicos! Entretanto, há alguém ou algo muito sinistro, tentando acabar com elas. E no meio de toda essa confusão, essa turma tem que aprender a viver como garotas normais, ir à escola e até mesmo se apaixonar… Da mesma autora de Tarot Café, mas com um tom muito menos sombrio e com muito mais humor! 1945 (Keiko Ichiguchi – Volume Único) Alemanha, final dos anos 30. Elen conhece Alex durante as férias. O en- Grimms Mangá (Kei Ichiyama – Volume Único) Os Contos dos Grimm dão asas novamente à fantasia de diversos artistas. É o caso da desenhista japonesa de mangá Kei Ishiyama, que nos apresenta, neste volume, variações muito especiais de 5 de seus contos. Em quadrinhos pra lá de encantadores, são contadas de uma nova maneira as histórias de “Chapeuzinho Vermelho”, “Rapunzel”, “João e Maria”, entre outros. Romantismo, comicidade e charme garantidos – um momento mágico com contos de natureza muito especial, numa versão mangá como você nunca viu! Dark Metrô (Tokyo Calen e Yoshiken – 3 volumes) O que repousa sob as profundezas do metrô de Tóquio é mais assustador do que se imagina. Nos subterrâneos há um lapso entre este mundo e o mundo dos mortos, e o misterioso jovem chamado Seiya será o seu guia. Nesta tensa coleção de histórias, acompanharemos estranhos contos de morte e assombração que surgem deste horrível universo de trevas, onde jovens inocentes caem vítimas de almas rancorosas que povoam as linhas do transporte da cidade. Doors Of Chaos (Ryoko Mitsuki – 3 Volumes) Fantasia Gótica. Clarissa e Mizeria são duas moças que controlam as quatro portas de um mundo mágico. Entretanto, Clarissa é sequestrada pelo seu antigo guardião, Rikhter, e os monstros que vivem presos em outra dimensão invadem o mundo para destruir quem esteja na sua frente. Para restabelecer as portas do Caos, as duas irmãs precisam ser reunidas – e Mizeria entra em uma longa jornada, ao lado do rabugento Zelfa, para que possam salvar o mundo. Os fãs do gênero Fantasia não podem perder! Vampire Kisses (Ellen Schreiber e REM – 3 Volumes) Raven, uma menina gótica, não consegue tirar da mente os novos moradores da mansão mal-assombrada no topo da colina Benson. Na verdade, ela não consegue tirar da cabeça UM deles – o jovem Alexander Sterling. E se ela estiver encarando algo muito maior do que imagina – e arriscar sua própria alma mortal ao lado de um… vampiro? Abrindo novos horizontes, a NewPOP publica o seu primeiro mangá baseado em livros juvenis, e para começar, a escolha foi uma das franquias mais famosas da atualidade! vitrine 63 64 tokusatsu Ryukendo: Após nove anos, um seriado japonês na televisão brasileira por David Denis Lobão A Rede TV! estreou na segunda-feira (13 de maio) o tokusatsu (série japonesa com efeitos especiais) “Ryukendo”, primeira produção do gênero a estrear na TV aberta brasileira desde “Ultraman Tiga”, em 2000. A chegada de “Ryukendo” ao país foi graças a sucesso do desenho japonês “Pokémon”, que frequentemente atinge três pontos no Ibope. Mas para surpresa da emissora, o seriado – dos mesmos produtores de Transformers - conseguiu a façanha de levar a Rede TV! registrar cinco pontos em plena sete da noite, um índice ótimo para a emissora no horário. A produção, inédita no Brasil, registrou 4.7 pontos de média e 5.4 de pico já na estreia. O seriado tem 52 episódios e é transmitido de segunda a sexta, às 19h, dentro do programa “TV Kids” que começa às 18h, com o animê “Pokémon”. Madan Senki Ryukendo (Crônicas Mágicas Ryukendo), foi a primeira produção da Takara Tomy, em parceria com a We’ve Inc. O programa foi exibido às 7h da manhã na TV Aichi de 8 de janeiro a 31 de dezembro de 2006 no Japão. Na história da série, conhecemos a cidade de Akebono, no interior Japão, que é uma grande fonte de energia negativa (Minus Energy, no original), que se origina dos sentimentos ruins das pessoas, como o ódio, o medo ou a discórdia, concentradas em um chamado ponto de energia (Power Spot). Visando usar essa energia para criar monstros mágicos, Dr. Worm, membro do império Jamanga, resolve atacar a cidade com seus soldados e bestas, para que as pessoas, através do temor, liberem ainda mais essa força. Para detê-lo foi criada uma organização, a S.H.O.T. (Shoot Hell Obduracy Troopers), que se mantém em segredo e luta contra os demônios. Logo no primeiro episódio conhecemos Kenji Narukami, um jovem que se muda para Akebono e é confundido com um demônio. Ao mesmo tempo, um exército de soldados monstros começam a atacar a cidade e Kenji se vê diante de um confronto entre a polícia local e os invasores. Após enfrentar um monstro gigante, Kenji é derrubado e escolhido pela GekiRyuuKen, uma espada mágica com grandes poderes para ser um guerreiro. Ao ativá-la, Kenji acaba se tornando o herói Ryukendo, cujo destino é combater Yamanga. A dublagem da série foi realizada na Centauro, e devido ao contrato com a Televix, tem por base a dublagem em espanhol, o que levou a alteração de alguns nomes: Jamanga virou Yamanga, Jack Moon se tornou Yack Moon e os mechas dos heróis, que no original se chamam “JuuOh”, são pronunciados como “YuuOh”. games 65 Tectoy e Warner lançam games em português A Texto: Tom Marques / Imagens: Divulgação empresa brasileira Tectoy lançou mês passado, o seu primeiro jogo para o console portátil Nintendo DS. “Tim Power Soccer Star” foi criado pelo estúdio de desenvolvimento da empresa e publicado pela francesa Ubisoft. O jogo de futebol é bem simples e indicado para meninos entre 5 a 9 anos. O conceito original do jogo veio de uma ideia de misturar o futebol brasileiro com a tecnologia touch do videogame da Nintendo. “Queríamos testar o potencial da funcionalidade ‘touch’ num game de futebol, mistura ainda inédita no Nintendo DS. O resultado foi excelente: a stylus, caneta semelhante às usadas por celulares e palm top, faz as vezes do pé do jogador e toca na tela do console como se chuta uma bola de verdade”, explica André Nogueira, produtor da Tectoy Digital. O jogo possui um modo de história, onde o jogador deve passar por vários mini-games como se fossem os treinamentos de escolinhas de futebol. No modo multiplayer há a troca de ítens especiais que podem ser usados durante uma partida, entre eles a chuteira magnética, onde a bola é atraída para os pés do jogador. Enquanto isto, a Warner também divulgou seus primeiros títulos de jogos que serão lançados oficialmente no Brasil. Todos os games virão com manual traduzido em português e estarão disponíveis para venda nas lojas das redes autorizadas UZ Games, Saraiva e Submarino. Os lançamentos serão para Playstation 2, Playstation 3, Xbox 360, Wii e PC. Os preços sugeridos para venda são de R$199 para Playstation 3, R$159 para Playstation 2 e R$99 para o restante. Confira a agenda de lançamentos da Warner até o mês de outubro - Tomb Raider: Underworld (PC, PS3, PS2) - F.E.A.R. 2 (PC, PS3, X360) - Wanted (PC, PS3, X360) Maio - Battlestations: Pacific (PC, X360) - FUEL (PC, PS3, X360) Junho - Batman: Arkham Asylum (PC, PS3, X360) - Operation Flashpoint 2: Dragon Rising (PC, PS3, X360) - Terminator Salvation (PC, PS3, X360) Outubro - Mini Ninjas (PC, PS3, Wii, X360, DS, PSP) 66 opinião A INJUSTIÇA DO SISTEMA DE COTAS Q uando os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil, o país já havia abolido a escravatura há mais de vinte anos. Mas pelo tratamento que receberam nas fazendas era como se a abolição não tivesse acontecido. Péssimas condições de moradia, de alimentação e de trabalho acabaram fazendo com que aqueles pequenos amarelos começassem a se rebelar, fugindo das fazendas, criando colônias agrícolas e guetos urbanos. Por este espírito combativo e pelos costumes estranhos passaram a ser discriminados e até perseguidos oficialmente pela sociedade brasileira durante a segunda guerra. A integração e o reconhecimento eram questões que se mostravam difíceis de serem superadas,. Mas o espírito combativo, de não se acomodar com situações adversas foi colocada em prática, sendo adotado o binômio trabalho-estudo como solução para o problema. Ser exemplo no trabalho e colocar seus filhos e netos nas faculdades passou a ser obsessão para os imigrantes, quase sempre a custa de muito sacrifício, esforço, dedicação e sofrimento. Mas tudo isso foi recompensado. Depois de muitos anos de trabalho árduo e honesto e de muitos nikkeis formados em curso superior, a comunidade acabou conquistando o respeito e a admiração do povo brasileiro. Mesmo sendo parcela minúscula da população brasileira, talvez menos de 1%, a comunidade nikkei é presença marcante em várias áreas como a medicina, a odontologia, a engenharia e muitos outras. Atualmente, para a maioria dos jovens nikkeis fazer um curso superior é um pré-requisito para a cidadania, de vez que são raros os que não são formados. Daí que continuam a formar parcela considerável dos universitários, principalmente nos estados de São Paulo e Paraná. Nos últimos anos vem sendo implantado nos exames vestibulares, o sistema de cotas para negros, pardos, índios e estudantes oriundos de colégio público. Foi constatado que estes segmentos tinham dificuldades para ingressar nas universidades e as autoridades optaram pela saída mais fácil, que com certeza não é a mais correta. Para resolver um problema criaram outro bem pior, ao oficializar e incentivar o racismo no país. Naturalmente que privilégios para uns, acaba causando prejuízo para outros. O sistema de cotas está punindo muita gente, que por mérito deveria ficar com estas vagas. Ou seja, uma política oficial está prejudicando uma parcela da po- pulação, que não pode pagar pelas dificuldades de outros segmentos. Se a escola pública não é de boa qualidade, que sejam feitos investimentos para que seja melhorada. Se negros e pardos são minoria nas universidades, é preciso conscientiza-los desde a mais tenra idade, da importância da escola e que o sucesso nos bancos escolares é resultado de sacrifício, esforço e dedicação. É preciso conscientizar que estudar é obrigação e não opção. Como somos todos iguais, negros, brancos, amarelos e mestiços, se todos se dedicarem da mesma forma, com toda certeza, os resultados serão iguais e não será necessário separar uns e outros pela cor da pele. Ao dar tratamento diferenciado as autoridades estão definindo que não somos iguais, que uns são mais inteligentes que outros. Durante muitas décadas, até os anos 80 do século passado, a escola pública de primeiro e segundo grau era de boa qualidade, do que se aproveitou muita gente humilde na época, e que hoje compõe o grosso das classes média e alta da população brasileira. Nós, nikkeis, fizemos parte desta turma. Esta escola estava aberta para todos, mas muita gente, por ignorância ou falta de boa vontade, preferiu o ócio. Porque estudar requeria sacrifício, dedicação e até sofrimento. Agora que viram que, para quem não tem talento para artes e esportes, o estudo é pré- requisito para o sucesso na vida, estes segmentos querem cortar caminho. Querem pular as fases do sacrifício e dedicação, indo direto para os privilégios. O objetivo é altamente honrado e necessário, a forma de atingi-lo é que não é conveniente e correto. Queremos todos na universidade, mas sem jeitinhos!! Nelson Fukai é engenheiro, escritor e analisa questões do presente e passado da comunidade nipo-brasileira. E-mail: [email protected] 68