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ISSN 1808-2645 Ano 09 - Edição nº 52 - Jul/Ago/2007 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná Stockxpert As transformações da Infância e da Adolescência Como a sociedade está lidando com isso Sumário 4 6 9 Editorial Notas Gerais Contato Jurídico Psicodiagnóstico e a justiça 10 Artigo Assinado 12 Por dentro 14 Matéria de Capa Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) CRP-08 inaugura subsede de Londrina As transformações da Infância e da Adolescência Como a sociedade está lidando com isso 16 Contato Matéria O adolescente e a redução da maioridade penal 18 Contato Matéria 19 Psicólogo da Silva 20 Contato Matéria 21 Artigo Assinado 22 Contato Entrevista 26 Contato Agenda Os bastidores do COREP-08 Relatório de um sonho O trabalho dos CAPS Infantil Reflexão sobre a situação da juventude brasileira Conscientização junto à sociedade é uma das principais Propostas da chapa que concorre ao CRP-08 Diretoria Presidente: Raphael H. Castanho Di Lascio, Vice-Presidente: Guilherme de Azevedo do Valle, Secretária: Deisy Maria Rodrigues Joppert, Tesoureiro: Alan Ricardo Sampaio Galleazzo Conselheiros Alan Ricardo Sampaio Galleazzo, Caçan Jurê Cordeiro Silvanio, Deisy Maria Rodrigues Joppert, Denise Matoso, Eugênio Pereira de Paula Júnior, Fabiana Da Costa Oliveira, Guilherme Azevedo do Valle, Lúcia Gebran, Marcos Aurélio Laidane, Raphael H. Castanho Di Lascio, Rosângela Maria Martins, Rosemary Parras Menegatti, Sérgio Ricardo B. da Rocha Velho, Thereza C. de A.S. D´Espíndula, Tonio Dorrenbach Luna,Vera Lúcia Barbosa. Subsede de Londrina Avenida Paraná, 297- 8 andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu. CEP 86010-390 - Fone: (43) 3026-5766 Conselheiro: Sérgio Ricardo B. da Rocha Velho - Fone: (43) 3327-9611/9945-2480 Suplente: Denise Matoso - Fone: (43) 3324-4075/3322-0860/9106-6786 e-mail: [email protected] Subsede de Maringá Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020 Conselheira: Rosemary Parras Menegatti - Fone: (44) 3026-5935/9109-2099 e-mail: [email protected] Subsede de Umuarama Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250 - Fone: (44) 3624-0319 Conselheira: Rosângela Maria Martins - Fone: (44) 3623-3879/9956-5756 e-mail: [email protected] Subsede de Cascavel Rua Paraná, 3056 - sala 1302 - CEP 85810 010 - Fone: (45) 3038-5766 Conselheira: Fabiana da Costa Oliveira - Fone: (45) 9981-0417 e-mail: [email protected] Coordenadora: Lenita T. Sturm da Veiga - Fone: (45) 3222-1166/9965-2487 Representações Setoriais Campos Gerais: Conselheiro: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (42) 8802-0949 Representante suplente: Lúcia Wolf Batista - Fone: (42) 3225-2207 Campo Mourão: Representante: Maria Sezineide Cavalcanti de Melo - Fone (44) 9978-1514 Foz do Iguaçu: Representante efetiva: Karine Belmont Chaves - Fone: (45) 9103-5803 Representante suplente: Elaine Aparecida de Barros Vendruscolo - CRP 08/01366 Fone: (45) 9103 1959 - [email protected] Guarapuava: Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mello - Fone: (42) 3622-6066 Representante suplente: Priscilla Adriana Bittencourt - Fone: (42) 3622-3125/9112-4845 Sudoeste: Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 3224-6059 Representante suplente: Geni Célia Ribeiro - Fone: (46) 9911-0550 e-mail: [email protected]/[email protected] Norte Pioneiro: Representante: Nucinéia Aparecida de Oliveira - Fone: (43) 762-1262 Litoral: Representante: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8406-5721 e-mail: [email protected] Paranavaí: Representante: Márcia Mitsue Ymakawa Shirahige - Fone: (44) 8403-6681/34239181 Representante suplente: Carla Christiane Amaral Barros Alécio: (44) 9965-3438 União da Vitória: Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 3522-0188/8808-8046 e-mail: [email protected] Produção Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645) Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119 Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected] Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda. Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR) - Redação: Patrícia Giannini. Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges. Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00 Os artigos são de responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08. Expediente Contatoeditorial Esta edição da revista Contato traz matérias que falam sobre a Infância e a Adolescência dentro de várias perspectivas da psicologia. A matéria de capa traz opiniões de psicólogos a respeito da educação e do comportamento das crianças e adolescentes, a questão das mudanças que ocorreram ao longo do tempo e como a psicologia observa isso. Também tem uma matéria sobre a redução da maioridade penal e como projetos de medidas socioeducativas podem auxiliar no processo de inserção social dos jovens em conflito com a lei. A atuação de psicólogos no CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) Infantil é ressaltada nesta edição com um texto que mostra como é realizado o trabalho e a importância que esses espaços, têm para a sociedade. Além do tema principal, esta edição traz notas sobre eventos que ocorreram, como a inauguração da subsede de Londrina, e que acontecerão no CRP-08. Boa leitura! Raphael Di Lascio Presidente do CRP-08 Contatocartas Carta enviada ao Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Curitiba, Maurício Ferrante, no dia 20 de março de 2007, sob o Ofício DIR/0788-07, pelo presidente do CRP-08, Raphael Henrique Castanho Di Lascio. Em 2006, o Conselho realizou duas reuniões e, atendendo às orientações emanadas da segunda reunião, os seguintes procedimentos foram realizados: Resposta enviada ao presidente do CRP-08 pelo Secretário do Governo Municipal, sob o Ofício n° 093/2007SGM, em 11 de abril de 2007. - Reuniões com a área de saúde, de modo a compatibilizar as diretrizes do COMPED com as ações da Secretaria Municipal de Saúde, articuladas com as normas de procedimentos nacionais do SUS, especificamente na questão da abordagem e tratamento de drogadictos; - Proposta de regimento foi encaminhada à Procuradoria Geral do Município e à Secretaria Municipal de Finanças, para ser analisa da quanto aos aspectos legais e financeiros da gestão do Fundo Municipal de Prevenção às Drogas. A análise técnica e legal alertou para a necessidade de mudança da Lei nº 11.100/2004, nos aspectos de gestão do Fundo, de modo a atender as exigências do Tribunal de Contas; - Enquanto essas questões estavam sendo debatidas, foi sancionada a Lei Federal Antidrogas nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que entraria em vigor 45 dias após a sanção, obrigando a equipe responsável pelos trabalhos de adequação a uma nova e extensa análise técnica e jurídica, tanto da Lei Federal como da lei de criação do COMPED e da proposta de Regimento Interno dela decorrente; - Atendendo às novas recomendações, a Procuradoria Geral do Município está em fase de conclusão da proposta de alteração na Lei nº 11.100/2004. Ao mesmo tempo, está sendo elaborada proposta do Regimento, ainda em forma preliminar, já que depende de orientações que devem advir da mudança da referida Lei; - Visando assegurar a retomada efetiva dos trabalhos do COMPED assim que as questões legais forem acertadas, a Secretaria Municipal do Governo garantiu a dotação orçamentária para o Fundo Municipal de Prevenção às Drogas para o exercício de 2007, no valor de R$230.000,00. Também, foi destinado um espaço exclusivo para as reuniões do Conselho, no Palácio 29 de Março, com infraestrutura de apoio administrativo. “Em atenção ao Ofício nº DIR/0788-07, protocolado nesta prefeitura sob o nº 04-000788/2007, vimos prestar-lhe as seguintes informações a respeito do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas – COMPED: Queremos ressaltar que a Secretaria do Governo Municipal está atenta ao andamento das questões postas na última reunião e que todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a plena legitimidade dos atos do COMPED. “O Conselho Regional de Psicologia 8ª Região, através de seus colaboradores, participou e colaborou no processo de criação do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Como seus representantes no referido Conselho, o plenário deste CRP-08 indicou os conselheiros Guilherme Azevedo do Valle (efetivo) e Caçan Jurê Cordeiro Silvanio (suplente), que foram nomeados pelo Decreto nº 158 de 21 de fevereiro de 2006. Compareceram à posse, mas lamentavelmente o COMPED não tem realizado reuniões e temos sido cobrados sobre o que este CRP-08 tem feito na área de drogas. Gostaríamos de ser informados porque razões o COMPED não tem se reunido, já que na realidade cotidiana os problemas em relação ao abuso de drogas só tem crescido. Esse Conselho (COMPED), sem dúvida, representa a oportunidade de se pensar e agir de forma articulada no enfrentamento desse importante desafio: diminuir as estatísticas de tantas perdas, em inúmeras áreas, relacionadas às drogas. No aguardo das informações e com votos de que o mais brevemente possível seja convocada a reunião desse Conselho e que passe a funcionar com a regularidade necessária para cumprir com as suas funções. Enfim, acreditamos que os problemas de ordem burocrática e política devem ser superados, para agirmos em prol do bem estar e das demandas da sociedade curitibana.” 4 RevistaContato Notasgerais Psicólogo Atualize seu endereço A Comissão de Orientação e Fiscalização alerta aos psicólogos da necessidade manter seu endereço atualizado no CRP. Essa é uma forma de participação nas questões da psicologia e permite trocas necessárias entre o profissional e seu órgão de classe. Com o endereço atualizado o profissional receberá as comunicações do Conselho, através da Revista Contato, jornal do CFP e divulgação de cursos de interesse da área. Também permite que o CRP informe com precisão seu telefone comercial, quando for solicitado por pessoas da comunidade que necessitem seus serviços. Para atualizar o endereço basta entrar no site do CRP: www.crppr.org.br, link downloads, ficha de atualização de cadastro. Após preenchido enviar para o CRP, através do e-mail: [email protected]. de Saúde (OMS), numa abordagem biopsicossocial. O treinamento foi ministrado pela neurologista, doutoranda e mestre da Faculdade de Saúde Pública da USP, Heloisa Bruno W. Ventura Di Nubila, e aconteceu na sede do Conselho. A CIF faz parte da “família” de classificações desenvolvida pela OMS. Segundo a Organização, a CID10 e a CIF são complementares: a informação sobre o diagnóstico acrescido da funcionalidade fornece um quadro mais amplo sobre a saúde do indivíduo ou populações. O modelo da CIF substitui o enfoque negativo da deficiência e da incapacidade por uma perspectiva positiva, considerando as atividades de um indivíduo que apresenta alterações de função e/ou da estrutura do corpo pode desempenhar, assim como sua participação social. O CRP-08 também se comunica com o psicólogo por e-mail. Cadastrar seu e-mail é mais uma alternativa de manter-se em dia com as novidades do seu Conselho. Faça seu cadastramento na página inicial do site do CRP-08, onde consta “assinar grupos”. Treinamento para o uso da CIF Nos dias 13 e 14 de abril, o CRP-08, por intermédio de sua Comissão de Psicologia Hospitalar, realizou o Treinamento para uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). O Encontro teve como objetivo instrumentar e habilitar profissionais psicólogos para a utilização da CIF, favorecendo que estes, posteriormente, tornem-se multiplicadores do uso de uma linguagem padronizada pela Organização Mundial 6 RevistaContato Heloisa explicando aos participantes sobre a CIF. O Encontro teve a intenção de produzir referenciais tanto para o exercício da profissão, quanto para a formação na graduação e na especialização, para melhor qualificar o profissional que atua na área. O evento foi destinado a profissionais da área e demais interessados. A programação do evento contou com uma mesa redonda com o tema “Psicologia e Medidas Socioeducativas”, ministrada pela psicóloga Ana Lúcia Canetti (CRP-08/10403) e pelo psicólogo Celso Durat Júnior (CRP-08/04537). CRP-08 realiza Programa de Atualização em Avaliação Psicológica O CRP-08 e a Comissão de Avaliação Psicológica realizaram, nos dias 22, 23 e 24 de junho, em Maringá e União da Vitória, mais dois eventos do Programa de Atualização em Avaliação Psicológica (PAAP), O encontro foi dirigido a profissionais e estudantes de psicologia e teve como objetivo promover um espaço de discussão e atualização a respeito de Avaliação Psicológica, desenvolvendo a técnica e a análise crítica sobre as responsabilidades profissionais e éticas dos psicólogos que atuam nesta área. CRP-08 realiza II Encontro de Psicólogos da Rede de Atendimento das Medidas Socioeducativas Em Maringá, o encontro foi ministrado pela psicóloga Adriane Picchetto Machado(CRP-08/02571). Já em União da Vitória, por Valéria Cristina Morona (CRP-08/11550). O CRP-08, por meio da sua Comissão de Direitos Humanos, promoveu, no dia 18 de maio, o II Encontro de Psicólogos da Rede de Atendimento das Medidas Socioeducativas. O evento foi realizado na sede do CRP-08, em Curitiba. O PAAP abordou os seguintes assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e as Perspectivas da Avaliação Psicológica; Técnicas de Avaliação Psicológica - Entrevista, Observação e Testes; O Processo de Avaliação Psicológica nos Diferentes Contextos; Aspectos Éticos na Avaliação Psicológica; A Produção de Documentos Legais Decorrentes da Avaliação Psicológica. Em Curitiba o PAAP aconteceu nos dias 23 e 24 de março, na sede do Conselho e foi ministrado pelas psicólogas Maria Elizabeth Haro (CRP-08/00211) e Tatiana Zampieri Loddo (CRP-08/06921). Nos dias 11 e 12, aconteceu em Foz do Iguaçu. Participaram cerca de 40 pessoas, o programa foi ministrado pela psicóloga Adriane Pichetto. PAAP realizado em maio em Foz do Iguaçu. Projeto Como Eu Faço O CRP-08, por intermédio da Comissão de Avaliação Psicológica, está realizando o projeto “Como Eu Faço”. No dia 4 de maio o tema foi Orientação Vocacional - Relato de Experiências em Clínica e em Escola Particular. O encontro aconteceu na sede do Conselho, em Curitiba. O evento teve como objetivo promover um espaço de discussão, entre psicólogos e estudantes de psicologia, sobre as particularidades que envolvem os objetivos e procedimentos da Orientação Vocacional nas áreas clínica e escolar. Esta fase do projeto foi ministrada pelas psicólogas Maria Elizabeth Nickel Haro (CRP-08/00211) e Gilva- nise Gulicz Vial (CRP-08/04116), que discutiram os seguintes assuntos: Contextualização e Objetivos da Orientação Vocacional na Escola; Metodologia Utilizada - Recursos e Técnicas; Aspectos Positivos e Dificuldades encontradas; Entrevista Devolutiva; Resultados e Propostas para Orientação Vocacional em Escola, baseadas nas experiências citadas. Já no dia 15 de junho o Projeto Como Eu Faço, teve como tema "Como Eu Faço Avaliação Psicológica Em Recursos Humanos". O objetivo do encontro, foi propiciar a discussão sobre a prática da avaliação psicológica no contexto de Recursos Humanos. O evento foi realizado na sede do Conselho, em Curitiba. O projeto abordou "A Avaliação Psicológica em Empresas de Transportes", com a psicóloga Valéria Cristina Morona (CRP-08/11550), e "A Avaliação Psicológica em Brigadas de Emergência", com o psicólogo Nelson Fernandes Junior (CRP-08/07298-7). Como eu Faço - O projeto tem como objetivo convidar profissionais para exporem como realizam o atendimento nas diferentes áreas de avaliação psicológica (avaliação infantil, cirurgia bariátrica, porte de arma, etc). Falando Sobre A subsede de Maringá realiza todo mês o “Falando Sobre”, evento que tem como finalidade discutir a psicologia e suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas, na Biblioteca Municipal de Maringá, na Av. XV de Novembro, 514. No último encontro, no dia 13 de junho foi abordado o tema Psico Oncologia, com a psicóloga Fabiana da Silva Pereira (CRP-08/11830). O “Falando Sobre” retornou no dia 21 de março. O primeiro tema dis- cutido foi “Dor e Cuidados Paliativos”, tendo como ministrantes a psicóloga Keila Mary Gabriel (CRP-08/05786) e o médico Marcelo Mariano (CRM 21913). Já no dia 18 de abril, estava em pauta o assunto Psicanálise e Cultura: Mitos e Subjetividade, com o psicólogo Calvino Camargo (IS 088). No dia 16 de maio, o tema foi Vida a Dois – Um Enfoque Sexual, ministrado pela psicóloga Eliany Regina Mariussi (CRP-08/04751) e pelo médico Márcio de Carvalho (CRM 12.020-PR). Programação 2007 - Data: 22/08/2007 - Tema: Cuidando do cuidador Psic. Jhainieiry Cordeiro Famelli CRP-08/05607 - Data: 12/09/2007 - Tema: Identidade Psic. Renata Marques Wolf CRP-08/10707 Psic. Geovana Fuzer Polsaque CRP-08/11203 - Data: 17/10/2007 - Tema: Psicologia do Esporte A definir - Data: 28/11/2007 - Tema: Emergência da Psicologia no Trabalho Psic. Tatiane Freitas Canalli CRP-08/08229 Quartas-feiras no CRP-08 Programação mês de julho: Transtornos Mentais - Dia 04 - 20h - Palestra “Transtorno Bipolar” Psic. Maria Olívia C. e Silva CRP-08/02540 - Dia 11 - 18h - Psicocine “As horas” - Dia 18 - 20h - Mesa Redonda “Transtorno Obsessivo Compulsivo” Psiquiatra a confirmar Psic. Dulce Mara Gaio RevistaContato 7 CRP-08/00892 Neurologista a confirmar - Dia 25 - 20h - Mesa Redonda “Transtorno Alimentar” Psic. Tonio Luna CRP-08/7258 Psic. a confirmar Programação do mês de agosto: Psicologia Hospitalar e a Contemporaneidade - Dia 01 - 18h - Psicocine “Gêmeos: Mórbida Semelhança” 20h - Debate - Dia 08 - 20h Mesa Redonda “Reprodução Assistida: sobre o erotismo” Convidados a confirmar - Dia 15 - 20h Mesa Redonda “Reprodução Assistida: sobre questões éticas” Convidados a confirmar - Dia 22 - 20h Mesa Redonda “A Prática da Humanização nas Instituições Hospitalares” Convidados a confirmar - Dia 29 – 20h Mesa Redonda “Novas Necessidades Femeninas: procedimentos invasivos” Convidados a confirmar Próximos temas: - Julho: Transtornos - Agosto: Psicologia Hospitalar - Setembro: Por onde transita a Psicologia - Outubro: Combate à Violência Contra à Criança e o Adolescente - Novembro: Tanatologia Coletânea ConexãoPsi O CRP-08 lançará no dia 27 de agosto, em comemoração ao Dia do Psicólogo, a Coletânea ConexãoPsi. O evento acontece na sede do Conselho em Curitiba, às 19h30. 8 RevistaContato A Coletânea é formada por 18 livros (manuais, cadernos, cartilhas e o relatório de gestão), sendo 12 da série Técnica e seis da Administrativa. O Conselho já conseguiu que fosse atribuído o ISSN 1981-6138 à publicação. O ISSN ou International Standard Serial Number é um número padrão, aceito internacionalmente, que identifica uma publicação seriada de forma única. A instituição responsável por isso é o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Contatojurídico A Psicologia Jurídica é uma das denominações para a área da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça. Segundo a publicação do Colégio Oficial de Psicólogos da Espanha, na qual a psicóloga jurídica Fátima França fez adequações, essa área pode ser subdividida em: Psicologia do Testemunho Jurado: é o estudo dos testemunhos nos processos criminais, de acidentes ou acontecimentos cotidianos. “Psicologia Jurídica e o Menor: No Brasil, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança passa a ser considerada sujeito de direitos. Assim, muda-se o enfoque da criança representada pelo termo “menor”, que foi forjado no período da ditadura para se referir à criança em situação de abandono, risco e abuso. Denominá-la como “menor” era uma forma de segregá-la e negar-lhe a condição de sujeito de direitos. Psicologia Policial e das Forças Armadas - o psicólogo jurídico atua na seleção e formação de pessoal das polícias civil, militar e do exército. Vitimologia- busca-se a atenção à vítima. Psicologia Jurídica e o Direito de Família: separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do pátrio poder. Neste setor, o psicólogo atua, designado pelo juiz, como perito oficial. Entretanto, pode surgir a figura do assistente técnico, psicólogo perito contratado por uma das partes, cuja principal função é acompanhar o trabalho do perito oficial. Psicologia Jurídica e Direito Cível: casos de interdição, indenizações, entre outras ocorrências cíveis. Psicologia Jurídica do Trabalho: acidentes de trabalho, indenizações. Psicologia Jurídica e o Direito Penal (fase processual): exames de corpo de delito, esperma, insanidade mental, entre outros procedimentos. Psicologia Penitenciária (fase de execução): execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito. Mediação: trata-se de uma forma inovadora de fazer justiça. As partes são as responsáveis pela solução do conflito com ajuda de um terceiro imparcial que atuará como mediador. A mediação pode ser utilizada tanto no âmbito Cível como no Criminal.” Em razão da extensão do tema, vamos nos ater à psicologia direcionada aos direitos da criança e do adolescente, posto que revelam questões delicadas a serem enfrentadas pelos profissionais da área: pais que disputam a guarda e direito de visitação aos filhos (caso não consigam resolver o impasse amigavelmente); maus-tratos e violência sexual contra à criança (praticado pelos pais ou companheiros destes); dificuldades emergentes de adoção; envolvimento de crianças e adolescentes com drogas e tráfico. O psicólogo tem o seu trabalho, de forma crescente, voltado à informação, acompanhamento e orientação nos diversos âmbitos do sistema judiciário. Porém foram feitas denúncias junto ao CRP-08, no que se refere a elaboração de laudos e pareceres direcionados aos Juízes por peritos e psicólogos. Observa-se na maioria dos processos éticos as seguintes inadequações: desconhecimento da Resolução nº 007/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos Produzidos pelo Psicólogo decorrentes da Avaliação Psicológica, que tem como conseqüência imediata a estruturação diferente da recomendada pela norma citada; número de sessões reduzidos, em quantidade que não dão consistência ao documento; avaliações unilaterais, na qual não se observa a participação de indivíduos significativos no meio da criança ou adolescente entrevistado; parcialidade no documento emitido por parte do profissional; extrapolação de dados explicitados no documento, com análise e conclusão que vão além dos conteúdos apresentados para análise, e distanciamento das atribuições básicas do documento, o que fere o artigo 13 do Código de Ética Profissional do Psicólogo; ausência de especialização na área para a avaliação a que se sujeita. Pela psicologia ter se voltado ao aspecto social, entende-se que o profissional deve se nortear, na elaboração de qualquer documento, pelo preceito contido no artigo 4º do Código de Ética do Psicólogo, o qual assevera que: “O psicólogo atuará na instituição de forma a promover ações para que esta possa se tornar um lugar de crescimento dos indivíduos, mantendo uma posição crítica que garanta o desenvolvimento da instituição e da sociedade.” Zenaide Carpanez (OAB/PR 18420) Assessora Jurídica do CRP-08 RevistaContato 9 Marcelo Gerpe Psicodiagnóstico e a justiça Artigoassinado Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) *Claire Lazzaretti A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) faz parte da “família” de classificações desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS, a CID-10 e a CIF são complementares, pois a informação sobre o diagnóstico, acrescido da funcionalidade, fornece um quadro mais amplo sobre a saúde do indivíduo ou populações. A CIF coloca em questão as idéias tradicionais sobre a saúde e a deficiência, refletindo numa mudança na forma de conceber a incapacidade. Segundo a OMS, dentro da experiência da saúde, uma incapacidade é toda restrição ou ausência (devido a uma deficiência) da capacidade de realizar uma atividade na forma ou dentro da margem que se considera normal para um ser humano. Neste novo enfoque dado pela CIF, a incapacidade é algo muito mais amplo que o resultado de uma deficiência, já que está ligada a um contexto social e aos fatores pessoais. Até agora, tínhamos definido a incapacidade segundo a lesão, ficando somente no reconhecimento de que uma estrutura ou função do corpo estava limitada. Com a CIF, incluem-se também as capacidades e dificuldades que enfrenta a pessoa com incapacidade na execução de suas atividades cotidianas e na vida social, os fatores ambientais e pes- 10 RevistaContato soais que facilitam ou dificultam seu desempenho etc. Enfim, um olhar muito mais complexo e integral. A CIF é baseada em uma abordagem biopsicossocial que incorpora os componentes de saúde nos níveis corporais e sociais, ou seja, está baseada na integração de dois modelos opostos: o modelo médico e o modelo social. O modelo médico considera a incapacidade como um problema da pessoa, diretamente causado por uma doença, trauma ou condição de saúde, que requer cuidados, prestados em forma de tratamento individual por diferentes profissionais da área de saúde. O tratamento da incapacidade visa conseguir a cura ou uma melhor adaptação da pessoa e uma mudança de seu comportamento. No âmbito político, a atenção sanitária é considerada questão primordial e, assim, modificar e reformar a política de atenção a saúde é sua resposta principal. No modelo social, a incapacidade é considerada fundamentalmente como um problema de origem social e, principalmente, como um produto decorrente da integração das pessoas na sociedade. A incapacidade não é atributo da pessoa: é vista como um complexo conjunto de condições, muitas das quais são criadas pelo contexto social. O manejo do problema requer a atuação social e é responsabilidade da sociedade, de modo coletivo, fazer modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Neste modelo, a resposta principal requer uma mudança social. A partir desta estrutura conceitual, a CIF objetiva conseguir uma síntese e, assim, proporcionar uma visão coerente das diferentes dimensões da saúde (perspectiva biológica, individual e social). Seu modelo explicativo da incapacidade extrai o melhor do modelo médico e do modelo social para, de maneira integral, mostrar as verdadeiras dimensões da incapacidade e como diferentes contextos (fatores ambientais e pessoais) participam na aparição desta condição. Os fatores ambientais são extrínsecos à pessoa (atitudes da sociedade, características arquitetônicas). Os fatores pessoais podem incluir sexo, raça, idade, forma física, estilos de vida, hábitos da infância, profissão, tipo de personalidade. Todas elas em conjunto ou individualmente podem desempenhar um papel na incapacidade, pois o entendimento é que existe uma interação dinâmica entre estes elementos. É uma classificação que identifica os constituintes dos componentes da saúde e dos aspectos relacionados com a saúde, sendo possível elaborar um perfil do funcionamento e da incapacidade de determinadas patologias. É importante ressaltar que a CIF nos oferece elementos para destacar o funcionamento humano visando o lado positivo e não a estigmatização, ou seja, o importante é o que o indivíduo com determinada incapacidade faz ou potencialmente pode vir a fazer e não o que ele não faz. Na área clínica hospitalar, a CIF se propõe a servir de modelo de atendimento multidisciplinar, abrangendo as várias equipes e os diferentes profissionais envolvidos nos serviços de saúde, tais como médico, psicólogo, terapeuta, assistente social etc. A CIF é uma ferramenta que permitirá a uniformização de conceitos e, portanto, da utilização de uma linguagem padrão que permita a comunicação entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e usuários em geral. Permitirá também, a comparação dos dados entre países, entre as disciplinas de saúde, entre os serviços, em diferentes momentos ao longo do tempo. Contribuirá enormemente para a epidemiologia e para responder a importantes questões de Saúde Pública. E o mais relevante é que a CIF representa uma mudança de paradigma para se pensar e trabalhar a deficiência e a incapacidade, constituindo um instrumento importante para avaliação das condições de vida e para a promoção de políticas de inclusão social. uma dinâmica de aquisição e também perda de capacidades e habilidades. Podemos, assim, dizer que a incapacidade é tão inerente ao ser humano como a capacidade e que ambas dependem das oportunidades que o contexto oferece para suprir a deficiência ou facilitar o funcionamento com ela, incluindo as atitudes do contexto social. É possível também, com a CIF, conhecer as diferentes dificuldades de funcionamento que se apresentam na população em geral, associando a deficiências específicas e distintas incapacidades tanto de caráter temporal como permanente. resse pela vida, considerando a forma como as pessoas vivem os seus problemas de saúde e como estas podem melhorar as suas condições de vida para que consigam ter uma existência produtiva e satisfatória. Esta nova classificação, vem sendo incorporada e utilizada em diversos setores da saúde e equipes multidisciplinares, mas levando-se em consideração que é, intrinsecamente, uma classificação da saúde e dos aspectos relacionados com a saúde, também pode ser utilizada, dentre outros setores, nas companhias de seguros e de segurança social. Diferente dos indicadores tradicionais, tais como a CID, que se baseiam em taxas de mortalidade da população, a CIF focaliza o seu inte- *Psicóloga Clínica do Hospital de Clínicas da UFPR. Coordenadora da Comissão de Psicologia Hospitalar do CRP-08. Referências Bibliográficas: - (OMS) Organização Mundoal da Saúde, CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria Buchalla). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo - EDUSP; 2003. - FARIAS, Norma; BUCHALLA, Cassia Maria. A classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da organização mundial da saúde: conceitos, usos e perspectivas. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 8, n. 2, 2005. Para concluir, o princípio de universalidade que a CIF incorpora, faz da incapacidade um conceito relativo e dinâmico que se move na bipolaridade capacidade e incapacidade. O ser humano evolui em RevistaContato 11 Pordentro Caximbo CRP-08 inaugura subsede de Londrina Cerimônia de abertura. No dia 11 de maio foi inaugurada a nova subsede de Londrina. Participaram do evento conselheiros, funcionários e colaboradores do CRP08, além de vários psicólogos. Dentre as autoridades presentes estavam: o presidente da Associação Odontológico do Paraná, Jurandir Alves Ferreira, a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Metropolitana, Elizabete Coelho (CRP-08/00252), Nanci Skau Kemmer de Moraes (foi representando a secretária Municipal de Educação, Carmen Lúcia Baccaro Sposti), a representante do Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL), Clélia Prestes Zerbini (CRP-08/07575). A subsede está localizada na Av. Paraná, número 297 e foi adquirida ainda no ano passado, mas estava passando por reformas para melhor atender os 1050 psicólogos de Londrina. O CRP-08 comprou o imóvel no Edifício Itaipu, prédio comercial, localizado bem no centro de Londrina. 12 RevistaContato Além de bem localizado, o novo imóvel é bem maior do que o anterior. De acordo com o representante da subsede, o conjunto tem 160m². “O novo imóvel não tem comparação com o antigo, que mede cerca de 40m²”, afirma o representante da subsede, Sérgio Ricardo Belon da Rocha Velho 08/07140). A nova aquisição ocupa um andar inteiro do prédio. A subsede tem mais espaço, tanto para o trabalho do dia-dia, quanto para eventos. “Temos uma sala para as Comissões poderem se reunir, um espaço só para a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), um hall de entrada e um mini-auditório, que poderá ser sublocado para eventos”, conta Rocha Velho. Na cerimônia de inauguração, o presidente do CRP-08, Raphael Henrique Castanho Di Lascio (CRP08/00967) agradeceu a presença de todos e disse que era uma vitória para todos a nova subsede. “É um motivo de muito orgulho e satisfação proceder à inauguração da subsede em Londrina, exatamente porque é uma vitória para nós psicólogos, principalmente psicólogos londrinenses”, declarou. Ele comentou que o novo local é digno para que o psicólogo possa trabalhar, pois terá mais recursos e condições para realização de seminários e workshops, representando uma melhoria para a profissão. “Era uma vontade que estamos concretizando, devido ao trabalho de uma gestão séria que, com sacrifício, luta e economia, conseguiu adquirir o imóvel”, complementa. Durante a inauguração, a representante setorial de Campo Mourão, Maria Sezineide de Melo (CRP08/03183), e o conselheiro e tesoureiro do CRP-08, Alan Galleazo (CRP08/04768), receberam o prêmio “Psicologia, Ética e Cidadania”. Maria Sezineide foi premiada pela dedicação profissional, pois participa de vários Conselhos de Políticas Públicas lutando pela profissão, além de estar há mais de Caximbo dez anos atuando no CRP-08. O Conselheiro Alan recebeu o prêmio pela dedicação na aquisição e reforma da subsede. “Esse prêmio é o mínimo de reconhecimento, agradecimento e valorização aos nossos colegas”, explica o presidente do Conselho. Alan declarouse surpreso ao receber o troféu. “É uma grande surpresa receber esse troféu, porque é uma conquista do grupo e não uma conquista minha. Quero agradecer a cada um dos presentes e a essa Conexão que realmente fez e faz a diferença”, disse o conselheiro. Alan recebendo Prêmio. Maria Sezinéide recebendo Prêmio. Caximbo Para o presidente da Associação Odontológica do Paraná, é um progresso e um avanço a aquisição da subsede. “O imóvel foi adquirido com recursos advindos dos psicólogos, então isso significa que é uma classe unida, uma classe que busca os seus objetivos. E esse é um espaço espetacular e central”, comenta Ferreira. A representante da Secretaria Municipal de Educação expôs que a nova subsede é uma conquista muito importante. “O psicólogo é muito importante na sociedade e por isso tem que ter um reconhecimento social. Assim, é fundamental que ele tenha um lugar bonito e agradável”, esclarece Nancy. A representante do Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL) acredita que a subsede “representa para categoria independência, força e é um novo fôlego, além de ser um lugar nosso. Temos uma sede comprada com o nosso dinheiro”, finaliza Clélia. Caximbo Os conselheiros e representantes da subsede de Londrina, Sérgio e Denise, agradeceram a presença de todos na cerimônia de inauguração. Sérgio disse que era um sonho ter a construção do jeito que está. “Só tenho a agradecer à Conexão que proporcionou o que Londrina e região merecia”, conta. Convidados da inauguração RevistaContato 13 Matériacapa As transformações da Infância e da Adolescência Como a sociedade está lidando com isso A cada época a sociedade passa por processos de transformações, isso não poderia ser diferente com a infância e a adolescência. Os processos de relacionamento, interação e raciocínio das crianças e adolescentes estão se modificando. De acordo com a psicologia a infância é a fase que vai desde o nascimento até aproximadamente 11 a 12 anos de idade, sendo a fase mais crucial do desenvolvimento humano, pois envolve o desenvolvimento da base biopsicossocial sobre a qual se estabelece a personalidade do adulto. Já a adolescência é a fase que se inicia aproximadamente entre 12 a 13 anos e vai até os 18 ou 19 anos. É um estágio intermediário entre a infância e a fase adulta, quando o adolescente passa por profundas alterações em todas as áreas. Isto gera novas formas de se perceber, pensar sentir e agir. É uma fase de grandes oscilações entre posturas infantis e adultas, em uma busca de definição da identidade própria. O estabelecimento desta identidade é que define o final da adolescência. Porém algumas dessas fases tem ficado um pouco embaralhadas e o desenvolvimento acontece de forma precoce ou tardia. Segundo a psicóloga Maria Elizabeth Nickel Haro (CRP-08/0211), as crianças hoje têm menos tempo de contato com os pais e iniciam uma interação ampla mais cedo, pois tendem a iniciar a escola bem novas ou ficar sob os cuidados de outras pessoas que não são seus familiares. “Isso as expõe a uma variedade muito maior de valores, comportamentos e estímulos em geral, tanto positivos quanto questionáveis”, explica. Outro fator é o ritmo de vida das crianças atuais, muito mais veloz que o de antigamente. As agendas costumam ser cheias e cronometradas. “Não é por acaso que temos hoje tantas crianças muito agitadas e com dificuldades na adaptação a limites. Além disso, há menos tempo livre para brincar, pois até mesmo as brincadeiras são planejadas, com tempo marcado para acontecer e sob a supervisão de cuidadores ou professores”, explica. A psicóloga complementa que a supervisão constante de adultos em ambientes protegidos, como escolas 14 RevistaContato e creches, tem como conseqüência a potencial limitação da espontaneidade da criança, em uma fase em que ela é crucial, pois a criança aprende a brincar o que lhe é comandado. “Muitas vezes não sabe como reagir diante de situações simples, como quando outra criança tira seu brinquedo, porque está habituada a ter um adulto por perto que intervém antes que ela possa tomar uma iniciativa”, fala Maria Elizabeth. Por outro lado, toda esta aceleração tem trazido incrementos na agilidade mental, maior flexibilidade, rapidez de raciocínio e conectividade de assuntos antes estanques. “A bagagem de conhecimentos de uma criança de seis anos hoje, é incomparável à de uma com a mesma idade há 20 anos atrás”, explica a psicóloga. Um dos problemas mais comentados por pais e professores é o déficit de atenção das crianças, mas a psicóloga Tereza Brandão (CRP-08/00130) acredita que às vezes é excesso de atenção. “As crianças vêm vindo com uma nova configuração para esse momento de mundo e elas estão mais telepáticas, essas crianças se comunicam pelo pensamento. A sintonia e a percepção é muito aguçada”, conta Tereza. Ela exemplifica uma situação na sala de aula. “As crianças são extremamente auditivas, elas podem estar olhando para fora, mas estão prestando atenção no que a professora está falando e conseguem aprender. Mas a professora pode não entender, achando que elas estão distraídas e chamando a atenção, mas a criança não é visual ela é auditiva, se ela ficar presa ali no quadro perderá toda a maneira de aprender, como se ela tivesse de desencaixado do jeito habitual de ser. Essa situação vai dificultar a aprendizagem, mas não é porque ela tem déficit de aprendizagem e sim porque ela tem um outro modo de aprender”, explica Tereza. Tory Byrne Segundo o psicólogo Luiz Henrique Ramos (CRP – 08/03698), para se levar em conta as mudanças que aconteceram com os adolescentes, tem que considerar o habitat e a cultura que ele está inserido. Uma pesquisa realizada recentemente com adolescentes, através de uma técnica projetiva chamada “visão do futuro” (em que adolescentes na faixa etária de 16 anos expõe como eles acreditam que estarão daqui há 15 anos) detectou na a amostra de estudantes da cidade de Curitiba que as meninas se retrataram com filhos, às vezes, produção independente e com uma profissão, e os meninos sem filhos, sozinhos, sem companheiras, mas trabalhando no litoral, vendendo cocos, com prancha de surf. A mesma pesquisa realizada em uma cidade do interior de Santa Catarina, que preserva a cultura e os costumes da família, mostrou que os adolescentes retrataram-se casados, com filhos, e com profissão definida e ideologia própria de vida. “Antigamente era visível a preocupação do adolescente na busca de uma identidade sexual, ideologia e profissional, hoje a aquisição destas identidades acontecem tardiamente”, conta Ramos. Outro fator importante para levar em consideração são as mudanças de ordem fisiológica que têm acontecido com os adolescentes. Para Ramos, hoje, a adolescência antecede a puberdade e desaparece o período de latência. “Antigamente eram presentes as identificações, as projeções e as introjeções que os adolescentes faziam com as figuras parentais (pai-mãe). O mundo interno prevalecia ao mundo externo. Atualmente, as identificações, projeções e introjeções acontecem com o meio ambiente atual, longe das figuras parentais”, explana. Wooden toy Segundo Tereza, precisa ser feita uma reflexão mais profunda com relação à educação, para ver o que está acontecendo e criar um formato que consiga abordar essas crianças. “Tem situações que nós deixa muito assustados, nos EUA houve um ano que havia 100 mil crianças tomando ritalina, no ano seguinte um milhão estavam tomando esse medicamento (é uma droga que é dada para baixar o giro das crianças). O ideal é que a gente aja de outro modo, essas crianças precisam aprender a meditar, praticar atividades físicas. As crianças estão mais evoluídas e que é maravilhoso, mas precisamos aprender a lidar com isso. Os pais precisam dar à criança um espaço de contato, diálogo, sintonia para que a criança não se perca”, comenta Tereza. Ramos explica que o adolescente de hoje não é mais visto como um indivíduo “chato”, um “rebelde” ou um “aborrescente”, como era visto no século passado. “Infelizmente atribuo ao adolescente de hoje a um ‘vazio’. O adolescente da contemporaneidade não lê, não pensa... A ação prevalece o pensar, simplesmente atua. O tempo interno dos adolescentes hoje é muito mais rápido do que o tempo dos adultos. Eles são Fast Kids. Fazem parte da geração fast, da cultura do descartável e do espaço virtual. São as conseqüências de uma sociedade consumista, competitiva, com vínculos afetivos pobres, frágeis e completamente narcisista”, complementa o psicólogo. De acordo com Tereza o adolescente está extremamente exposto à Internet e a televisão e que está faltando o acompanhamento dos pais. Ela conta que os pais precisam de um reposicionamento. “Muitas vezes os pais tem que compreender que são pais. Hoje tem uma pressão maior, porque o pai e a mãe trabalham. Antes, a ordem familiar era mais tranqüila. A gente tem que criativamente encontrar novas soluções para os problemas das crianças e os adolescentes. É importante trazer o diálogo para dentro das famílias”, finaliza. RevistaContato 15 Contatomatéria O adolescente e a redução da maioridade penal Atualmente, uma das questões mais discutidas no Brasil refere-se à redução da maioridade penal. A discussão veio à tona devido ao envolvimento de um rapaz de 16 anos na morte do menino João Hélio Fernandes, de seis anos. O fato ocorreu em 7 de fevereiro e a partir desse dia a discussão foi reascendida. O decreto de lei, em sua primeira fase, foi aprovado na Comissão e Constituição de Justiça, porém ainda há várias discussões a serem travadas junto com movimentos convergentes e antagônicos à redução da maioridade para que a mesma possa ser votada no Congresso Nacional. Vários grupos têm se posicionando contra a redução da maioridade penal, um deles é o IDDEHA Instituto de Defesa dos Direitos Humanos. O Instituto trabalha com educação em Direitos Humanos e Cidadania através de uma perspectiva de estímulo à reformulação da visão de mundo dos sujeitos. A ênfase maior não é dada aos aspectos legais e sim ao desenvolvimento de uma consciência cidadã. Entre os diversos projetos desenvolvidos pelo IDDEHA, há dois específicos com o público infantojuvenil, o Arte da Paz e o Cidadania em Formação. Para a psicóloga e colaboradora da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região, Anita Machado (CRP08/08874), que trabalha na parte de desenvolvimento de projetos do IDDEHA, é um mito transformar os adolescentes como a causa da violên- 16 RevistaContato cia na sociedade. “Em uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2000, constatou-se que no universo total de 169.872.856 adolescentes existentes no Brasil, apenas 0,16% são jovens em conflito com a lei. Eu percebo a construção de ‘pseudoproblemas’, como se o adolescente fosse a causa da violência, e um indicativo de ‘pseudosoluções’, como se da redução da idade penal fosse resolver a violência. Este é um fenômeno complexo e sistêmico que não pode ser simplificado ou reduzido ao objeto de campanhas populistas”, comenta Anita. Segundo Anita está se vivendo um processo perigoso de criminalização da pobreza. “Se formos olhar e analisar quem cumpre medida sócioeducativa, seja em meio aberto ou fechado, observamos que são os jovens empobrecidos, que não têm garantidos os seus direitos mais básicos”, explica. Para ela a análise da situação através de uma perspectiva histórica é imprescindível, não só da história pessoal de cada adolescente, mas da história social deste grupo de adolescentes. “Se analisarmos a história desses adolescentes vislumbraremos uma geografia de negação dos seus direitos mais fundamentais”, relata. A psicologia permite a compreensão desse fenômeno, de um ponto de vista mais complexo, ao reconhecer as possíveis repercussões da ausência de referenciais de lei e afeto tanto no contexto familiar quanto no contexto social. “Esses adolescentes envolvidos em atos infracionais precisam ser vistos como uma denúncia da nossa própria incompetência enquanto sociedade brasileira. Não estamos conseguindo dar oportunidade para eles se desenvolverem como sujeitos biopsicosociais”, explica Anita. O educador social do IDDEHA, Célio Pereira de Oliveira, já realizou várias discussões sobre a redução da maioridade penal, dentro do projeto Arte da Paz. Ele conta que os jovens (de 14 a 18 anos) a partir de um sólido embasamento chegaram a uma conclusão do que seria o correto nessa situação. “Não queremos influenciar, nós levamos o debate. Levamos vários textos, matérias e opinião de pessoas que participam de blogs. Depois de uma discussão, eles concluíram que se tivesse esporte, cultura e lazer, não haveria tanta violência e esse jovem não iria para cadeia”, fala. A proposta da discussão era escrever um texto para o jornal que eles produzem, uma das participantes escreveu a seguinte declaração: “Concordo com aqueles que acreditam que a educação pode construir uma sociedade mais justa. Penso, que ao invés de tentar punir o jovem, o estado construísse centros de capacitação, onde os jovens pudessem aprender uma profissão, construísse um centro de lazer e esporte, não estaria economizando dinheiro dos impostos”. Segundo o gerente de projetos do IDDEHA, José Luis Leal, esses jovens já estão no projeto Arte da Paz há algum tempo, por isso tem idéias e posicionamentos bem claros. “Com uma reflexão mais profunda, normalmente o posicionamento desses jovens é contra a redução da maioridade penal”, explica Leal. Para os jovens que cometem algum tipo de infração são aplicadas medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como: prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. “Tem adolescentes que poderiam se beneficiar muito com essas medidas, mas hoje em muitos municípios a medida de liberdade assistida, por exemplo, não pode ser aplicada efetivamente, por falta de recursos financeiros, humanos e políticas públicas. Assim, o atendimento fica reduzido a um ato formalista do adolescente assinar uma folha de freqüência”, explica. As medidas socioeducativas têm caráter de provocar a aprendizagem de todos os atores envolvidos na garantia de direitos dos adolescentes em conflito com a Lei (professores, técnicos, pais, entre outros). “O ECA é uma lei moderna, prioriza medidas socioeducativas, ao invés de uma abordagem punitiva, pois esses adolescentes precisam de novos referenciais que gerem reformulações no seu comportamento frente às ações de uma sociedade injusta com a qual se depara diariamente. Quando são aplicadas medidas socioeducativas, que responsabilizam o adolescente e não passam a mão na cabeça, se dá uma outra perspectiva de condução, desse comportamento infracional.”, relata Anita. município. Nas quintas-feiras os adolescentes passam pelo processo de oitiva informal, que é uma aplicação prévia de medida socioeducativa baseada nos antecedentes do menor, antes desta etapa eles passam por atendimento psicológico de grupo, denominado grupo de Escuta. Participam deste projeto, adolescentes na faixa etária entre 12 a 17 anos, mas já foram atendidas crianças de nove a 11 anos. O atendimento é feito aos adolescentes em conflito com a lei dos municípios de Braganey, Anahy, Iguatu, Cafelândia e Corbélia. Cada grupo inicia com quatro sessões de acompanhamento psicológico, já estabelecido pela promotoria nas medidas socioeducativas. Segundo Cleci, são averiguados os motivos que levaram aqueles jovens ao fórum. “Em seguida escuto seus manifestos como, as angústias familiares, enfim, seus desabafos. Feito a acolhida, procuro fazer com que reflitam seus sentimentos e suas relações com o mundo. Os menores falam sobre várias questões e o grupo possibilita uma reflexão a cada semana”, comenta. Ao final dos atendimentos é feita uma avaliação de todo o processo que o grupo passou, se observado que o adolescente conseguiu refletir sobre o ato infracional cometi- do e foi constatado a construção de um pensamento reflexivo, ele é liberado do atendimento em grupo. Já quando se percebe a necessidade de atendimento individual, fazse um encaminhamento ao psicólogo clínico ou quando a questão passa pela família se encaminha a uma assistente social. Em ambos os casos são realizados trabalhos com os pais e/ou responsáveis. A psicóloga conta que está visitando os locais onde os adolescentes prestam serviços comunitários, “pois acredito que tal postura favoreça o desenvolvimento do trabalho”, complementa. A psicóloga acrescenta que este é um trabalho conjunto entre Promotoria Pública e o Conselho da Comunidade. “Acredito que abrir um espaço para que se iniciasse um trabalho terapêutico de grupo, foi a demonstração de que uma equipe interdisciplinar pode desenvolver um bom trabalho e assim construir para uma sociedade justa e consciente. Esta parceria entre a psicologia, a promotoria e o Conselho da Comunidade favorece aos participantes do projeto, sejam eles adolescentes ou mesmo às famílias, que assumam seu papel de sujeitos de sua própria história e convivam melhor na sociedade”, finaliza Cleci. A psicologia e as medidas socioeducativas Um exemplo de trabalho envolvendo medidas socioeducativas é o realizado pela psicóloga Cleci Barbosa Dams (CRP-08/12273) em Corbélia (PR). O projeto acontece no Salão do Tribunal do Júri no Fórum do RevistaContato 17 Contatomatéria Os bastidores do COREP-08 Nos dias 27, 28 e 29 de abril, o CRP-08 realizou o Congresso Regional da Psicologia (COREP-08). O evento precedeu o VI Congresso Nacional da Psicologia (CNP), que aconteceu de 14 a 17 de junho, em Brasília. O tema do VI CNP e, conseqüentemente, do COREP-08 foi: “Do Discurso do Compromisso Social a Produção de Referências para a Prática: Construindo um Projeto Coletivo para a Profissão”. O Congresso aconteceu no Hotel Vernon, em Curitiba. Logo no início do COREP-08 foi eleita a mesa diretora. O conselheiro Tonio Luna (CRP-08/07258) foi eleito presidente do Congresso; Sildemar Barros (CRP-08/02848) foi o relator, juntamente com Maricelma Bregola (CRP-08/01162), já as psicólogas Shirlei Haertel (CRP-08/09495) e Eliane Subtil Marçal (CRP-08/05774) foram as secretárias. Durante o COREP-08 das 156 teses (propostas de ação para o Sistema Conselhos) sistematizadas pela Comissão Nacional do VI CNP. Foram recebidas inicialmente mais de 1500 teses dos 16 CRPs do país, as quais foram trabalhadas e discutidas, 23 teses foram aprovadas sem alteração, 85 foram aprovadas com alteração e 48 foram reprovadas. Porém, para uma tese fazer parte do documento a ser votado no Congresso Nacional, deverá ser aprovada em, no mínimo, cinco COREPs. Para o presidente do CRP-08, Raphael Henrique Castanho Di Lascio, o COREP-08 é muito importante para a psicologia paranaense. “Pois é nesse Congresso que os psicólogos podem manifestar idéias e sugestões para definições de novas políticas para 18 RevistaContato psicologia”, explica Di Lascio. Participaram do COREP 104 psicólogos e duas doutorandas, participando como observadoras. Na plenária final (último dia do COREP-08) havia 98 psicólogos e as duas observadoras, que não podiam votar. Assim, foram eleitos 12 delegados efetivos, quatro suplentes e um observador para participarem do Congresso Nacional. Foram eles: João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), Maria Sezineide C. Melo (CRP-08/03183), Denise Matoso (CRP08/02416), Alan Ricardo Sampaio Galleazzo (CRP-08/04768), Rosemary Parras Menegatti (CRP-08/3524), Caçan Jure (CRP-08/07685), Karine Belmont Chaves (CRP-08-0962), Rosângela Martins (CRP-08/01169), Cleci Barbosa Dams, Maricelma Bregola (CRP-08/01162), Ivete Goinski Pellizzetti (CRP-08/01832). Karin Brukheimer (CRP-08/03984) foi eleita observadora e/ou suplente, por isso foi no lugar do delegado eleito Tonio Luna (CRP-08/7258), que não pode participar. Elza Terezinha Dolejal (CRP08/11283) ficou como suplente. O presidente do CRP-08, durante o fechamento do COREP, parabenizou a todos os participantes pela presença e pela discussão em torno das teses. “Foi realizada uma importante construção para a psicologia e ela aconteceu de forma democrática. Assim fizemos a nossa parte”, comenta Di Lascio. As psicólogas Clélia Prestes Zerbini (CRP-08/07575), Thayana Garcia de Novaes (CRP-08/12280) e Shirlei Figueiredo Haertel (CRP08/09495), acharam o COREP-08 produtivo e bem organizado. “Está um clima gostoso que favorece a produção”, diz Clélia. “Algumas teses estavam muito bem formuladas e outras deixaram algumas dúvidas na hora da discussão”, complementa Shirley. Eleições De acordo com o presidente do CRP-08, o COREP tem um cenário muito importante, pois contribui para a “construção das teses e diretrizes e também atua na articulação da política, com a candidatura da gestão”, explica. No dia 29, último dia do Congresso, foi feita a homologação das chapas para concorrerem à gestão do CRP-08, porém apenas uma chapa se increveu. As eleições acontecerão no próximo dia 27 de agosto (Dia do Psicólogo), o voto é obrigatório. Mesa diretora. Psicólogos votando aprovação da tese. PsicólogodaSilva Por Tonio Luna (CRP-08/07258) Relatório de um sonho Brasil de um sonho intenso... Restará a nós apenas interpretar o imaginário de seu sono, eterno sono? Interpretar este coletivo e seus arquétipos do herói, heróis mortos ou de falsos heróis vivos? Des-animas, des-animus, des-perto transcendente, como curador-ferido. Afinal, de que adianta interpretar o sonho de quem não acorda? RevistaContato 19 Contatomatéria O Trabalho dos CAPS Infantil Em dezembro de 2006, foi inaugurado em Curitiba no bairro Boa Vista o segundo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil, para atender crianças e adolescentes com transtornos mentais graves, moradores da cidade de Curitiba. Há dois anos, funciona na capital paranaense o CAPS Infantil Pinheirinho, que atualmente é responsável pelo público infantil da região Sul. Estes equipamentos fazem parte de uma rede de serviços de saúde que, juntamente com a atenção básica, ambulatorios e hospitais, compõem o Sistema Integrado de Serviços de Saúde Mental de Curitiba Os CAPS infantis recebem crianças e adolescentes encaminhados por médicos de Unidades de Saúde da Prefeitura Municipal de Curitiba. São centros de atendimentos especializados intermediários entre o ambulatório e o hospital psiquiátrico - que trabalham com jovens portadores de problemas emocionais graves como psicoses, esquizofrenia, depressão, transtornos de conduta e transtornos invasivos, e que também têm uma problemática social e familiar complexa. Logo que chega ao CAPS, a criança ou o adolescente passa por uma avaliação - que pode durar mais do que uma consulta - realizada por uma equipe de psicólogos, enfermeiras, psiquiatras, assistentes sociais, TO ou outros profissionais de nível superior que fazem parte da equipe interdisciplinar. Para cada caso são construídos planos terapêuticos individuais, que podem se encaixar nos atendimentos intensivos (diário), semiintensivos (três vezes na semana) ou nãointensivos (três vezes ao mês). Também nos planos terapêuticos são definidas as atividades das quais os pacientes participarão, incluindo as consultas individuais oficinas e grupos terapêuticos. As oficinas terapêuticas - voltadas para a sociali- 20 RevistaContato zação - podem ser de culinária, habilidades sociais, saúde e bem-estar, música, artesanato, entre outras. Já os grupos terapêuticos, como o de Arteterapia e Oficina da Palavra, que acontecem no CAPS Pinheirinho, são realizados por psicólogos e funcionam nos moldes de terapia de grupo. “Atendemos uma população que geralmente apresenta uma problemática social enorme, sendo comum que haja na família outras pessoas que também sofram de transtornos mentais. Nossa grande missão é reinserir socialmente estes indivíduos”, explica Maria Christina Barreto, psicóloga que atua na gerência do CAPS Pinheirinho, como Autoridade Sanitária Local. evolução dele no tratamento. “É extremamente importante que o psicólogo que trabalhe no CAPS tenha um grande conhecimento sobre saúde pública. Tenha um olhar social, comunitário e interdisciplinar. Na verdade, esta visão da psicologia social comunitária é essencial na formação de todos os psicólogos, independente da área que ele escolha atuar”, ressalta a psicóloga do CAPS Pinheirinho. Essencial na formação do psicólogo Não existe um tempo pré-determinado para a criança ou adolescente freqüentar o CAPS. Crianças com dificuldades escolares ou completamente fora da escola, por exemplo, podem receber alta do atendimento do CAPS a partir do momento que ela se estabilize e esteja mais organizada na vida escolar e familiar. A partir daí, ela pode ser encaminhada para atendimento ambulatorial. Nos CAPS os psicólogos trabalham na triagem, no desenvolvimento dos planos terapêuticos, nos grupos e nos atendimentos individuais. São responsáveis também pela realização de estudos de casos mais profundos. Segundo Maria Christina, os psicólogos ajudam a equipe profissional a desenvolver um olhar terapêutico para o paciente e a O CAPS Pinheirinho já atendeu aproximadamente 640 crianças e adolescentes. Deste total, apenas 13 crianças necessitaram de internamento psiquiátrico por apresentarem um quadro de desorganização gravíssimo, que exigia atendimento 24 horas. O novo CAPS Boa Vista já atendeu uma média de 150 crianças. Artigoassinado Reflexão sobre a situação da juventude brasileira *Samira Rodrigues Alves (CRP-08/09516) Punição já! - gritam os conservadores. Bilinha, Barão, Sandro, Anderson, Beatriz. Estes são alguns jovens vítimas do descaso da sociedade brasileira com a infância e adolescência. Personagens reais, com uma trajetória de vida em comum. Pobres, marginalizados, vivendo pelas ruas das grandes cidades, sob tutela de si mesmo, sem pai ou mãe. Pedindo esmola, comida e que, estigmatizados, tiveram como único ponto de apoio a droga, grande salvadora, que tem o poder de possibilitar alguns momentos no paraíso, onde a miséria e o abandono não existem. Engano! Não é a redução da maioridade penal ou a construção de novas unidades de internamento que trarão a paz tão desejada. Enquanto o debate eclode, as pessoas estão dentro de suas casas, cercadas por inteligentes sistemas de proteção, como se não fizessem parte do caos, vivendo com o falso sentimento de segurança. Isentam-se do mundo e essa contradição os limita a fazer uma análise parcial dos fatos, na qual a única solução apresentada é o encarceramento do jovem, pois “quanto mais cedo melhor”. Estes cinco jovens são apenas uma amostra do perfil de outros milhares, que de vítimas, passam a ser os grandes responsáveis pela violência. Bilinha, Barão, Beatriz e Sandro, não estão mais aqui, sobreviventes da chacina da Candelária, não conseguiram se salvar de seus destinos. Anderson viveu 10 anos em um abrigo. Após perder seu avô, perdeu o controle de sua vida também e morreu com cinco tiros ao assaltar um supermercado. Cinco jovens com o mesmo fim: a morte! E se não estivessem mortos, estariam presos. Esse sensacionalismo barato e irracional parece estar ganhando a guerra, mas não será uma batalha fácil, o debate ainda não finalizou. Assim como existiu Bilinha, Barão, Sandro, Beatriz e Anderson, que não tiveram a oportunidade de viver, existe Adilson, Tato, Paulo, Esmeralda, vítimas do descaso social e que bravamente vencem as barreiras, saindo das ruas, das drogas e do status de “menor abandonado”, tornando-se protagonistas de sua história. Qual a diferença destes jovens? Foram acolhidos em um contexto que possibilitou sua reconstrução como sujeitos, merecedores de respeito e atenção, não pela sua condição de vulnerabilidade ou pobreza, mas pela sua condição de Ser Humano e, hoje, bravamente constroem o seu caminho. Outros como Anderson, continuam nas ruas, privados de liberdade ou envolvidos no crime. Agora é por estes que devemos lutar, não no sentido de não responsabilizá-los pela transgressão ou livrá-los do cumprimento de medidas sócioeducativas, mas sim para garantir políticas sociais eficientes e que sejam suficientemente estruturadas para combater a entrada destes jovens para o crime organizado e resgatá-los desse poder paralelo. Porém, sem considerar a trajetória destes jovens e entender que foi o descaso social que os levou a tragédia, a sociedade continua levantando a bandeira da redução da maioridade penal, acusando o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) pelo aumento do envolvimento de jovens no crime, sem analisar a violência estrutural a que eles são submetidos (miséria, desemprego, falta de apoio às famílias). As medidas repressivas e punitivas mostram-se ineficazes, mas continuamos querendo respostas imediatas a problemáticas históricas. Essas vidas foram despertadas para o lazer, a cultura, o esporte e, também, para educação, diferente de outras que, infelizmente, foram despertadas pela criminalidade. Acreditar que a juventude pobre é o algoz da sociedade e que seu lugar é no lixo das instituições carcerárias, apenas contribui para que ela assuma o papel de criminosa que lhe está sendo atribuído. É necessário reverter essa situação! O comportamento violento e a participação da juventude em ações criminosas não será enfrentado com ações isoladas, com intervenção policial ou ações educacionais, mas também com a difusão de uma cultura da paz, através de uma linguagem jovem que promova interlocução com o imaginário da juventude. *Psicóloga, Educadora, membro da Comissão de Direitos Humanos RevistaContato 21 Contatoentrevista Conscientização junto à sociedade é uma das principais Propostas da chapa que concorre ao CRP-08 E como isso funcionaria? Esquerda para direita - fila da frente: Rosângela Martins, Anaídes Orth, Maria Elizabeth, Mariana Bacellar, Denise Matoso. Fila de trás: Dionice Cardoso, Marilda dos Anjos, Rosângela Cardoso, João Oliveira, Márcia Walter, Beatriz Dorigo, Rosemary Menegatti. Não estão na foto: Adriana Maejima, Celso Durat Jr, Eugênio de Paula Jr., Lisiane Steagall-Conde, Maria Sezineide e Marina Machado. No dia 27 de agosto serão realizadas as eleições para o Sistema Conselhos. O voto é obrigatório, o psicólogo que não votar está sujeito amulta. Uma chapa se candidatou para assumir o Conselho Regional de Psicologia 8ª Região (CRP-08). A chapa é composta por 18 psicólogos, que tem como meta principal da sua plataforma, atuar de forma efetiva junto aos psicólogos e a sociedade. Em entrevista para a revista Contato os integrantes da chapa contam quais são suas principais idéias e propostas para a próxima gestão. Qual a principal proposta da chapa? Acreditamos que as funções do Conselho, como fiscalização, regulamentação, ética, cidadania, entre outros, não são propostas para uma plataforma, são obrigações, já que fazem parte do papel de um Conselho. O que estamos propondo é o que podemos implementar além dessas questões. Dessa forma, nosso principal objetivo é ter um papel de conscientização junto à sociedade, buscando formas de mostrar como a psicologia pode auxiliar a 22 RevistaContato população. Não é uma posição estanque, de ficar apenas observando de dentro do Conselho, mas de ir ao encontro da comunidade. A sociedade, a nosso ver, parece estar um pouco perdida sobre os fatos sociais que estão acontecendo. Acreditamos que nosso papel, enquanto Conselho é fomentar reflexões que ofereçam apoio a posicionamentos conscientes sobre determinados assuntos. A idéia é proporcionar momentos de discussão com a sociedade e com o psicólogo sobre esses pontos críticos que estão sendo discutidos hoje, como o aborto, a violência infantil, a maioridade penal e outros assuntos que fazem parte do contexto atual. Nossa meta é motivar discussões e reflexões com a participação dos diversos segmentos da sociedade. Queremos alimentar o debate com as especificidades da nossa profissão, mostrando o olhar científico da psicologia. Dar nossa contribuição profissional! Queremos oferecer à sociedade subsídios para um posicionamento mais respaldado. Temos que ir de encontro à população, aproveitando os espaços e instrumentos que já temos e criando outros. Podemos usar as “Quartas-feiras no CRP”, como estratégia. Temos que produzir eventos científicos, debates e palestras e também utilizar a mídia. A universidade é outro espaço muito importante que servirá de foco nas nossas estratégias. A tática utilizada para chegar ate a sociedade dependerá do contexto e assuntos em enfoque no momento, pois cada situação é específica. Quais são as outras propostas, além desse contato com a população? Vai muito além do contato com a população. É uma ajuda especializada, é a nossa contribuição profissional que podemos dar a sociedade. É na verdade uma rede, não é só uma ação específica. Com esta rede de ações podemos interligar muitas ações. A questão é: a partir do momento que se conscientiza a população, mostra-se o trabalho do CRP e do psicólogo, como conseqüência, a sociedade deve procurar mais o Conselho, fazendo com que outras ações surjam. Queremos também uma mobilização entre Conselho e as entidades formadoras, as universidades, para desenvolvimento desse trabalho. Assim como uma reaproximação com os núcleos formadores da área de especialização para a efetivação de novas parcerias. Outro ponto importante que vamos trabalhar é a comunicação, fortalecendo o nosso espaço profissional e mostrando para a sociedade a importância do nosso trabalho. Estamos organizando um planejamento de divulgação, pensando em prováveis pautas que estarão em voga naquele ano. Como será o trabalho com os psicólogos? A chapa é uma continuação da ConexãoPsi? Queremos propiciar um fortalecimento também na comunicação entre os profissionais. Muitas vezes, estamos trabalhando em projetos semelhantes, mas de forma isolada, a idéia seria possibilitar a discussão entre esses profissionais, criando estratégias em diferentes áreas, para que a categoria tenha a oportunidade de uma intervenção mais forte junto à sociedade. Não somos da oposição, mas também não vamos permanecer simplesmente na continuidade, a palavra correta é favorecer a sustentabilidade. Isto é, promover a convergência de conhecimentos e práticas para a sustentabilidade. Nossa proposta é continuar, manter e aprimorar o que está dando resultados. Também vamos consultar todas as comissões para ver como estão funcionando, para saber o que está acontecendo e implementar novas ações. Se ficássemos apenas na continuidade, estaríamos nos acomodando. Somente quatro psicólogos da chapa fazem parte da ConexãoPsi, este é um grupo diferente que tem muitas idéias e propostas novas para serem trabalhadas. Nossa chapa é formada por profissionais de diversas áreas da psicologia, desta forma pretendemos fortalecer os diversos grupos com os seus representantes fortalecendo em conseqüência a psicologia enquanto ciência. Vamos estabelecer prioridades, verificar os pontos fracos, localizar onde podemos intervir primeiro e desenvolver estratégias. Também precisamos estar mais próximos do profissional psicólogo, buscar o que ele precisa e ter acesso ao local de trabalho dele. A Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) já faz isso, mas podemos aprimorar esse trabalho. É procurar trazer cada vez mais psicólogos e alunos, para conhecer e participar do Conselho, para que se envolvam mais ativamente. Essa tem sido uma das grandes dificuldades de fortalecimento da nossa profissão como classe. Nossa proposta é ter mais participações em votações, nas comissões, é tornar isso uma cultura. Quais são as propostas para o interior? Tudo o que falamos engloba o CRP-08, sede, subsedes e representações setoriais. Além disso, temos como estratégia para o interior a verificação da demanda de cada região para realização de cursos, palestras e jornadas. Para as comissões precisamos ter o mesmo pensamento, talvez uma comissão que funciona bem em Curitiba, não funcionará em outro município, queremos atender as necessidades do psicólogo da região. Integrantes da chapa: - Adriana Tie Maejima (CRP 08/7885) Graduada em Psicologia (UFPR - 1999). Conclusão do I Módulo em Psicoterapia Breve com abordagem psicanalítica, conclusão do Programa de Formação de Coordenadores de Dinâmica dos Grupos. Psicóloga Clínica e Psicóloga Social de uma ONG que atua na área de Direitos Humanos. - Anaides Pimentel da Silva Orth Mestre em Psicologia, especialista em Dependência Química, em Psicologia Clínica e Hospitalar, em Psicodrama Terapêutico e em Educação Especial. Formação em Terapia Familiar Sistêmica e graduada em Psicologia (Tuiuti – 1982). Atua como psicóloga clínica e professora universitária. - Beatriz Lilian Dorigo (CRP -08 / 6615) Mestre em Qualidade de Vida e Ergonomia, especialização em Fisiologia do Exercício e Psicologia Analítica e em Psicologia Clínica. Graduada em Psicologia (UTP - 1995) e em Educação Física (PUCPR - 1983). Formação em Hipnoterapia Ericksoniana. Professora da Universidade Tuiuti, Psicóloga do Esporte. - Celso Durat Junior (CRP-08/04537 Formação em Psicologia pela UFPR (1990), Mestre em Psicologia pela Universidade São Francisco (Itatiba -SP). Atua com adolescentes em conflitos com a lei, com psicologia clínica e jurídica. - Denise Matoso (CRP-08/02416 Formada em Psicologia (UEL - 1981), Especialista em Psicologia Clínica. Atua com atendimento com psicótico em serviço de ressocialização, atendimento em consultório e em ambulatório de serviços psiquiátricos. Participante de conselhos de controle social - saúde e saúde mental de Londrina. - Dionice Mayumi Cardoso (CRP-08/8270) Psicóloga Clínica. Graduada em Psicologia (PUCPR - 2000). - Eugenio Pereira de Paula Jr. (CRP-08/6099) Neuropsicólogo, mestre e especialista em educação. Psicólogo escolar/ educacional, Psicólogo do Esporte e professor da Faculdade Dom Bosco. - João B. Fortes de Oliveira (CRP-08/0173) Formado em psicologia (PUCPR - 1976). Psicólogo Clínico. - Lisiane Vasconcelos do Amaral Steagall-Conde (CRP-08/07255-3) Especialista em Psicanálise (UCDB), coordenadora de Dinâmica de Grupos (SBDG), coordenadora da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho no CRP-08, participante do Grupo de Profissionais de Recursos Humanos de Londrina (GPRH), consultora em Psicologia Organizacional e do Trabalho. RevistaContato 23 - Márcia Regina Walter (CRP-08/02054) Mestre em Ciências do Esporte, especializada em Psicologia do Esporte, formada em Psicologia (PUCPR - 1984) e Educação Física (UFPR - 1992). Atua na Secretaria Municipal do Esporte e Lazer, professora Universidade Tuiuti, coordenadora da Comissão de Psicologia do Esporte do CRP-08. - Maria Elizabeth Nickel Haro (CRP- 08/0211) Mestre em Educação, especialização em Psicomotricidade, em Psicologia Organizacional e do Trabalho, formação em Psicodrama e Terapia Familiar Sistêmica, graduada e bacharel em Psicologia (PUCPR - 1977). Atua como assessoria educacional, Psicóloga Clínica, Clínica Comportamental, coordenadora da Comissão de Educação do CRP-08. - Maria Sezineide Cavalcante de Melo (CRP-08/03183) Graduada em Psicologia (UEM – 1987). 24 RevistaContato Aperfeiçoamento em Gestão da Qualidade, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Atua na equipe de Monitoramento e Avaliação na Secretaria de Ação Social de Campo Mourão - Instrutora do Senac - Disciplina de Saúde Mental. - Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021) Graduada e bacharel em Psicologia (UTP - 2003). Atua como Psicóloga organizacional e diretora da empresa SIP - Serviços Integrados de Psicologia. - Marilda Andreazza dos Anjos (CRP-08/1970) Psicóloga Clínica especializada pelo CRP-08. Graduada em Psicologia (PUCPR - 1983). - Marina Pires Alves Machado (CRP-08/10216) Especialista em Psicodrama, graduada e bacharel em Psicologia (UFPR - 2003). Psicóloga Clínica dentro da abordagem Psicodramática, professora universitária da Faculdade Assis Gurgacz. - Rosangela Maria Martins (CRP 08/1169) Psicóloga Clínica. Mestranda em Psicologia, especializada em Psicanálise, Psicanálise de Freud a Lacan e Psicologia Clínica e Comunitária, graduada pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (1981). - Rosangela Lopes de Camargo Cardoso (CRP-08/1520) Graduada em Psicologia (UTP - 1982). Mestre em Educação (UTP-2003). Atua como Psicóloga Clínica, professora e supervisora universitária. - Rosemary Parras Menegatti (CRP 08/03524) Especialização em Sociologia, formação em Terapia Familiar Sistêmica, gradua da em Psicologia (UEM - 1988). Atua como professora universitária na Cesumar - Maringá e nas Comissões de Clínica, Avaliação Psicológica e Estudantes - subsede de Maringá. Classificados Declaração “Através da presente declaração o Conselho Federal de Psicologia e o Conselho Regional de Psicologia – 8ª Região dão como valiosa a pioneira contribuição de Dr. César Ricardo Skaf, que através de seu “Instruções Técnicas para Elaboração de Atestados, laudos e Pareceres” constituiu uma contribuição àquele momento pertinente e útil à classe dos psicólogos para a elaboração de documentos jurídicos. A obra chegou a ser citada na obra de referência “Psiodiagnóstica-V”, de Jurema Alcides Cunha, publicada pela Artmed Editora, Porto Alegre, 2000, compêndio este de referência nos seus temas em muitos cursos de graduação de Psicologia no território nacional. Ademais, os referidos Conselhos em nenhum momento tiveram a intenção de desabonar as qualidades técnicas do autor, cuja obra tem uma projeção e mérito evidentes.” Aluga-se: sala para Cursos e Palestras na área de saúde, com 80 metros quadrados, no bairro Ahú, com fácil estacionamento. Maiores informações: 3019-9553. Espaço Hummani. Curitiba - PR. Aluga-se: salas de psicoterapia e ludoterapia. Grupos de horário, meio período e período integral em clínica com fácil estacionamento e salão de cursos - Bairro Ahú. Maiores informações: 3019-9553. Curitiba - PR. Av. João Gualberto - excelente local. Subloca-se por períodos semanais de: 4h à 8h. Prédio com porteiro 24h/ Sala de convenções. Estacionamento na frente. Fone: (41) 3352-3736 / (41) 8433-3736. Clínica Psicocentro subloca sala mobiliada para psicólogos e psicopedagogos. Dispomos de materiais pedagógicos e brinquedos. Localizada em Região Central. Mais informações com Ana Paula. Telefones: (41) 3324-1014 ou 9912-3560. Subloca-se salas para profissionais de saúde em clínica com ótima localização e estrutura. Dispomos de sala para grupos, palestras e cursos. Informações: (41)3233-7364 ou na Rua Visconde do Rio Branco, 449. Salas mobiliadas para psicologia, psicanálise, psicopedagogia e psiquiatria. Excelente localização, Tel. e secretária. Av. Getúlio Vargas 2682. Tel: (41) 3243-1007. 27 de agosto Dia do Psicólogo Lançamento da ConexãoPsi RevistaContato 25 Contatoagenda Congresso ABRAMET VII Brasileiro e V Latino-Americano sobre Acidentes e Medicina de Tráfego 5 a 8 de setembro de 2007 Porto Seguro - BA Chamada para trabalhos até 15/06 Tema livre e pôster Informações: www.congressoabramet.com.br Palestra com Dr. José Ângelo Gaiarsa em Curitiba Achados ...e ...Perdidos nos dias de hoje. Local - Teatro Fernanda Montenegro, 30/08, às 20:00 hs. Participe também do Workshop para Terapeutas. Informações: (41) 30231651 Coordenação: Marco Aurélio Varassin Hernandes (CRP-08/07142) e Marcio Luis Reipert (CRP-08/09168)." Qualità - Avaliações Psicológicas e Treinamento LTDA. Próximos cursos: - 06, 07 e 08.08.07 - Teste PMK - Psicodiagnóstico Miocinético - 20 e 21.08.07 - Técnicas de Avaliação Psicológica I - 03 e 04.09.07 - Técnicas de Avaliação Psicológica II - 17 e 18.09.07 - Entrevista Psicológica para Fins de Avaliação Diretora - Adriane Picchetto Machado (CRP 08/2571). Endereço: R. Constantino Marochi, 438 - Loja 02 - Curitiba - PR. Fone: (41) 3353-2871 - E-mail: [email protected] - w.qualitapsi.com.br Curso: E na prática, o que eu faço?: O Cotidiano Clínico na Psicoterapia de Crianças e Adolescentes. Cláudio Rotemberg (CRP-08/08532) - psicoterapia infanto-juvenil - Tavistock/ Londres. Eugênia Maria Oliveira (CRM 10398) - psicoterapeuta, Psiquiatria Infanto-juvenil- UFRJ. Helena C. L. Pimentel (CRP-08/06056) Mestre em Psicologia, psicoterapia infanto-juvenil -Tavistock Londres. Maria Lúcia Bezerra (CRM 9050) psicoterapeuta, psiquiatria infanto-juvenil. Vice-presidente ABMP. Data: Ago/Set de 2007 - 4ª feiras às 19h30. Informações: www.invivo.com.br ou (41) 3264-6940. EMDR Brasil Promove em CURITIBA: Treinamento em EMDR: uma nova terapia especialmente empregada no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático. Nível 1. Data: 31 de agosto, 01 e 02 de setembro de 2007 Vagas limitadas. Organização: Deuza Maria de Avellar (CRP 08/05996) Psicóloga Clínica e Terapeuta em EMDR Informações: (41) 3338-8547 ou [email protected] O grupo Psicosaúde oferece: Curso de Psicologia Hospitalar e Curso de Psicologia Hospitalar com Ênfase em UTI - módulos I e II. Hospitais: Vita Curitiba, Vita Batel e das Nações Início: Agosto/2007 Informações: (41) 3362-6633 ou 9971-4408 e-mail: [email protected] site: www.psicosaude.com.br Curso de Pós Graduação "Latu Sensu" em Desenvolvimento Pessoal e Familiar Início: 16 de julho de 2007. Realização: IEF - Instituto de Ensino e Fomento, Universidad de La Sabana-Colombia e Universidade Estadual de Ponta Grossa. Informações e inscrições: IEF (41) 3233-56-76 E-Mail: [email protected], ou visite o site: www.ief.org.br IPG - Instituto Paranaense de Gestalt-Terapia oferece os cursos: Introdução à Gestalt-terapia: 23 a 28/07. Carga horária: 20h As Dinâmicas Neuróticas na Gestalt-terapia: 11,12,18 e 19/08. Carga horária: 20h. Curso de Formação em Gestalt-terapia: A. Semanalmente às 4as feiras à noite. Início: 01/08/07; B. Quinzenalmente aos sábados. Início: 04/08/07. Gestalt-terapia Infantil: 20 a 25/08. Carga horária: 20h. Informações: Fone: (41) 3019-4416. E-mail: [email protected]/Site: www.gestaltpr.com.br Próximos cursos - Curitiba-PR Coordenação: Lysle Marley Farion de Aguiar - CRP: 08/6930 1 - Confecção de laudos - 10/08 2 - Formação em avaliação psicológica - início em 10/08 3 - Formação em terapia cognitiva comportamental - início 18/08 4 - Responsabilidades/obrigações legais e técnicas do perito e do assisitente técnico - 30 e 31/08. Informações: www.avaliacaopsicologica.com.br ou (41) 3233-1422 Curso de Formação em Ludoterapia Psic.Eliana Paciornik Galbinsky-CRP 08/00070 Duração: 2 anos Início: AGOSTO de 2007 Informações pelos telefones: (41)-3222-2514 à tarde - (41)-9963-0332 Site: www.cursodeludoterapia.com.br. Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 475 - 12º andar - conj 1212 - Centro-Curitiba-Paraná Cursos em Avaliações Psicológicas Paulo Vaz (CRP 08/03118) Cursos: TAT 07/07/2007; Quati 28/07/2007;Teste do Desenho de Silver 11/08/2007; PLG 25/08/2007; PMK Avançado 15/09/2007 ; Bender( B-SPG) 22/09/2007 e Escala Beck 29/09/2007. Horário das 14h às 20h. Endereço: Rua Nunes Machado, 472 sala 702 - 7º andar - Ctba - Pr Fone: (41) 3323-5344 / 9112-8187 - e-mail: [email protected] Curso de Formação em Psicanálise (dirigido a profissionais da área da saúde e afins) O Centro de Estudos Psicanalíticos já está com inscrições abertas para o Curso de Formação em Psicanálise, com coordenação de: Ernesto Duvidovich, Walkiria Del Picchia Zanoni e Equipe de docentes. As entrevistas podem ser agendadas pelos telefones: (11) 3864-2330/ 3865-0017. Início: Agosto de 2007. Horário: 5ª feira: das 18h às 21h. Instituto de Psicologia Fronteiras Gestálticas de Joinville - SC promove:1 - Curso de Formação Básica na Abordagem Gestáltica. 2 - Curso de Formação: Processo e Terapia Grupal. 3 - Curso de Formação: Casais, Famílias e Sistemas Íntimos. 4 - Curso de Formação: A Dinâmica dos Grupos nas organizações. 5 - Curso Introdutório à Abordagem Gestáltica. Informações: (47) 34356740 - Rua Teresina, 128 Saguaçu - Joinville-SC. Site: www.fronteirasgestalticas.com.br ou e-mail: [email protected] Clínica Psicoterapêutica de Estudos e Atendimento em Dependências Químicas. Cursos em Curitiba - 11/08/2007 - Aspectos Forenses em Transtornos Mentais - 25/08/2007 - Dependências Químicas - 15/09/2007 - Transtornos Mentais Informações: (41) 3225.3024 - 3224.9379 [email protected] - Prof°. Luiz Renato Carazzai 26 RevistaContato Vicente Sledz
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