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ISSN 1808-2645
Ano 09 - Edição nº 52 - Jul/Ago/2007 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
Stockxpert
As transformações da
Infância e da Adolescência
Como a sociedade
está lidando com isso
Sumário
4
6
9
Editorial
Notas Gerais
Contato Jurídico
Psicodiagnóstico e a justiça
10
Artigo Assinado
12
Por dentro
14
Matéria de Capa
Classificação Internacional
de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF)
CRP-08 inaugura subsede
de Londrina
As transformações da
Infância e da Adolescência
Como a sociedade está
lidando com isso
16
Contato Matéria
O adolescente e a redução
da maioridade penal
18
Contato Matéria
19
Psicólogo da Silva
20
Contato Matéria
21
Artigo Assinado
22
Contato Entrevista
26
Contato Agenda
Os bastidores do COREP-08
Relatório de um sonho
O trabalho
dos CAPS Infantil
Reflexão sobre a situação
da juventude brasileira
Conscientização junto
à sociedade é uma das
principais Propostas da
chapa que concorre ao
CRP-08
Diretoria
Presidente: Raphael H. Castanho Di Lascio, Vice-Presidente: Guilherme de Azevedo do Valle,
Secretária: Deisy Maria Rodrigues Joppert, Tesoureiro: Alan Ricardo Sampaio Galleazzo
Conselheiros
Alan Ricardo Sampaio Galleazzo, Caçan Jurê Cordeiro Silvanio, Deisy Maria Rodrigues
Joppert, Denise Matoso, Eugênio Pereira de Paula Júnior, Fabiana Da Costa Oliveira, Guilherme
Azevedo do Valle, Lúcia Gebran, Marcos Aurélio Laidane, Raphael H. Castanho Di Lascio,
Rosângela Maria Martins, Rosemary Parras Menegatti, Sérgio Ricardo B. da Rocha Velho,
Thereza C. de A.S. D´Espíndula, Tonio Dorrenbach Luna,Vera Lúcia Barbosa.
Subsede de Londrina
Avenida Paraná, 297- 8 andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu.
CEP 86010-390 - Fone: (43) 3026-5766
Conselheiro: Sérgio Ricardo B. da Rocha Velho - Fone: (43) 3327-9611/9945-2480
Suplente: Denise Matoso - Fone: (43) 3324-4075/3322-0860/9106-6786
e-mail: [email protected]
Subsede de Maringá
Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020
Conselheira: Rosemary Parras Menegatti - Fone: (44) 3026-5935/9109-2099
e-mail: [email protected]
Subsede de Umuarama
Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250 - Fone: (44) 3624-0319
Conselheira: Rosângela Maria Martins - Fone: (44) 3623-3879/9956-5756
e-mail: [email protected]
Subsede de Cascavel
Rua Paraná, 3056 - sala 1302 - CEP 85810 010 - Fone: (45) 3038-5766
Conselheira: Fabiana da Costa Oliveira - Fone: (45) 9981-0417
e-mail: [email protected]
Coordenadora: Lenita T. Sturm da Veiga - Fone: (45) 3222-1166/9965-2487
Representações Setoriais
Campos Gerais: Conselheiro: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (42) 8802-0949
Representante suplente: Lúcia Wolf Batista - Fone: (42) 3225-2207
Campo Mourão: Representante: Maria Sezineide Cavalcanti de Melo - Fone (44) 9978-1514
Foz do Iguaçu: Representante efetiva: Karine Belmont Chaves - Fone: (45) 9103-5803
Representante suplente: Elaine Aparecida de Barros Vendruscolo - CRP 08/01366
Fone: (45) 9103 1959 - [email protected]
Guarapuava: Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mello - Fone: (42) 3622-6066
Representante suplente: Priscilla Adriana Bittencourt - Fone: (42) 3622-3125/9112-4845
Sudoeste: Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 3224-6059
Representante suplente: Geni Célia Ribeiro - Fone: (46) 9911-0550
e-mail: [email protected]/[email protected]
Norte Pioneiro: Representante: Nucinéia Aparecida de Oliveira - Fone: (43) 762-1262
Litoral: Representante: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8406-5721
e-mail: [email protected]
Paranavaí: Representante: Márcia Mitsue Ymakawa Shirahige - Fone: (44) 8403-6681/34239181
Representante suplente: Carla Christiane Amaral Barros Alécio: (44) 9965-3438
União da Vitória: Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 3522-0188/8808-8046
e-mail: [email protected]
Produção
Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645)
Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná
Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119
Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda.
Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR) - Redação: Patrícia Giannini.
Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br
Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges.
Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão
Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00
Os artigos são de responsabilidade de seus autores,
não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08.
Expediente
Contatoeditorial
Esta edição da revista Contato traz matérias que falam
sobre a Infância e a Adolescência dentro de várias perspectivas da
psicologia. A matéria de capa traz opiniões de psicólogos a
respeito da educação e do comportamento das crianças e adolescentes, a questão das mudanças que ocorreram ao longo do tempo
e como a psicologia observa isso. Também tem uma matéria sobre
a redução da maioridade penal e como projetos de medidas
socioeducativas podem auxiliar no processo de inserção social
dos jovens em conflito com a lei. A atuação de psicólogos no
CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) Infantil é ressaltada nesta
edição com um texto que mostra como é realizado o trabalho e a
importância que esses espaços, têm para a sociedade.
Além do tema principal, esta edição traz notas sobre eventos que ocorreram, como a inauguração da subsede de Londrina, e
que acontecerão no CRP-08.
Boa leitura!
Raphael Di Lascio
Presidente do CRP-08
Contatocartas
Carta enviada ao Secretário de Governo da Prefeitura
Municipal de Curitiba, Maurício Ferrante, no dia 20 de março de
2007, sob o Ofício DIR/0788-07, pelo presidente do CRP-08,
Raphael Henrique Castanho Di Lascio.
Em 2006, o Conselho realizou duas reuniões e, atendendo às
orientações emanadas da segunda reunião, os seguintes procedimentos foram realizados:
Resposta enviada ao presidente do CRP-08 pelo
Secretário do Governo Municipal, sob o Ofício n° 093/2007SGM, em 11 de abril de 2007.
- Reuniões com a área de saúde, de modo a compatibilizar as
diretrizes do COMPED com as ações da Secretaria Municipal de
Saúde, articuladas com as normas de procedimentos nacionais do
SUS, especificamente na questão da abordagem e tratamento de
drogadictos;
- Proposta de regimento foi encaminhada à Procuradoria Geral do
Município e à Secretaria Municipal de Finanças, para ser analisa
da quanto aos aspectos legais e financeiros da gestão do Fundo
Municipal de Prevenção às Drogas. A análise técnica e legal
alertou para a necessidade de mudança da Lei nº 11.100/2004,
nos aspectos de gestão do Fundo, de modo a atender as exigências
do Tribunal de Contas;
- Enquanto essas questões estavam sendo debatidas, foi sancionada
a Lei Federal Antidrogas nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que
entraria em vigor 45 dias após a sanção, obrigando a
equipe responsável pelos trabalhos de adequação a uma nova e
extensa análise técnica e jurídica, tanto da Lei Federal como da lei
de criação do COMPED e da proposta de Regimento
Interno dela decorrente;
- Atendendo às novas recomendações, a Procuradoria Geral do
Município está em fase de conclusão da proposta de alteração na
Lei nº 11.100/2004. Ao mesmo tempo, está sendo elaborada
proposta do Regimento, ainda em forma preliminar, já que
depende de orientações que devem advir da mudança da referida Lei;
- Visando assegurar a retomada efetiva dos trabalhos do COMPED
assim que as questões legais forem acertadas, a Secretaria
Municipal do Governo garantiu a dotação orçamentária para o
Fundo Municipal de Prevenção às Drogas para o exercício de
2007, no valor de R$230.000,00. Também, foi destinado um
espaço exclusivo para as reuniões do Conselho, no Palácio 29 de
Março, com infraestrutura de apoio administrativo.
“Em atenção ao Ofício nº DIR/0788-07, protocolado nesta
prefeitura sob o nº 04-000788/2007, vimos prestar-lhe as seguintes
informações a respeito do Conselho Municipal de Políticas sobre
Drogas – COMPED:
Queremos ressaltar que a Secretaria do Governo
Municipal está atenta ao andamento das questões postas na última reunião e que todas as medidas estão sendo tomadas para
garantir a plena legitimidade dos atos do COMPED.
“O Conselho Regional de Psicologia 8ª Região, através de
seus colaboradores, participou e colaborou no processo de criação
do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Como seus representantes no referido Conselho, o plenário deste CRP-08 indicou
os conselheiros Guilherme Azevedo do Valle (efetivo) e Caçan Jurê
Cordeiro Silvanio (suplente), que foram nomeados pelo Decreto nº
158 de 21 de fevereiro de 2006. Compareceram à posse, mas lamentavelmente o COMPED não tem realizado reuniões e temos sido
cobrados sobre o que este CRP-08 tem feito na área de drogas.
Gostaríamos de ser informados porque razões o COMPED
não tem se reunido, já que na realidade cotidiana os problemas em
relação ao abuso de drogas só tem crescido.
Esse Conselho (COMPED), sem dúvida, representa a oportunidade de se pensar e agir de forma articulada no enfrentamento
desse importante desafio: diminuir as estatísticas de tantas perdas,
em inúmeras áreas, relacionadas às drogas.
No aguardo das informações e com votos de que o mais
brevemente possível seja convocada a reunião desse Conselho e que
passe a funcionar com a regularidade necessária para cumprir com
as suas funções.
Enfim, acreditamos que os problemas de ordem burocrática
e política devem ser superados, para agirmos em prol do bem estar
e das demandas da sociedade curitibana.”
4
RevistaContato
Notasgerais
Psicólogo Atualize seu endereço
A Comissão de Orientação e
Fiscalização alerta aos psicólogos da
necessidade manter seu endereço atualizado no CRP. Essa é uma forma de
participação nas questões da psicologia e permite trocas necessárias entre o
profissional e seu órgão de classe.
Com o endereço atualizado o
profissional receberá as comunicações
do Conselho, através da Revista
Contato, jornal do CFP e divulgação de
cursos de interesse da área. Também
permite que o CRP informe com precisão seu telefone comercial, quando for
solicitado por pessoas da comunidade
que necessitem seus serviços.
Para atualizar o endereço basta
entrar no site do CRP: www.crppr.org.br,
link downloads, ficha de atualização de
cadastro. Após preenchido enviar para o CRP,
através do e-mail: [email protected].
de Saúde (OMS), numa abordagem biopsicossocial.
O treinamento foi ministrado
pela neurologista, doutoranda e mestre
da Faculdade de Saúde Pública da USP,
Heloisa Bruno W. Ventura Di Nubila, e
aconteceu na sede do Conselho.
A CIF faz parte da “família” de
classificações desenvolvida pela
OMS. Segundo a Organização, a CID10 e a CIF são complementares: a
informação sobre o diagnóstico
acrescido da funcionalidade fornece
um quadro mais amplo sobre a saúde
do indivíduo ou populações. O modelo da CIF substitui o enfoque negativo
da deficiência e da incapacidade por
uma perspectiva positiva, considerando as atividades de um indivíduo que
apresenta alterações de função e/ou da
estrutura do corpo pode desempenhar,
assim como sua participação social.
O CRP-08 também se comunica
com o psicólogo por e-mail. Cadastrar
seu e-mail é mais uma alternativa de
manter-se em dia com as novidades do
seu Conselho. Faça seu cadastramento
na página inicial do site do CRP-08,
onde consta “assinar grupos”.
Treinamento para o uso da CIF
Nos dias 13 e 14 de abril, o
CRP-08, por intermédio de sua Comissão de Psicologia Hospitalar, realizou o
Treinamento para uso da Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). O Encontro
teve como objetivo instrumentar e
habilitar profissionais psicólogos para a
utilização da CIF, favorecendo que
estes, posteriormente, tornem-se multiplicadores do uso de uma linguagem
padronizada pela Organização Mundial
6
RevistaContato
Heloisa explicando
aos participantes sobre a CIF.
O Encontro teve a intenção de
produzir referenciais tanto para o exercício da profissão, quanto para a formação na graduação e na especialização, para melhor qualificar o profissional que atua na área. O evento foi
destinado a profissionais da área e demais interessados.
A programação do evento contou com uma mesa redonda com o
tema “Psicologia e Medidas Socioeducativas”, ministrada pela psicóloga
Ana Lúcia Canetti (CRP-08/10403) e
pelo psicólogo Celso Durat Júnior
(CRP-08/04537).
CRP-08 realiza Programa
de Atualização
em Avaliação Psicológica
O CRP-08 e a Comissão de Avaliação Psicológica realizaram, nos dias
22, 23 e 24 de junho, em Maringá e
União da Vitória, mais dois eventos do
Programa de Atualização em Avaliação
Psicológica (PAAP), O encontro foi
dirigido a profissionais e estudantes de
psicologia e teve como objetivo promover um espaço de discussão e atualização a respeito de Avaliação Psicológica, desenvolvendo a técnica e a
análise crítica sobre as responsabilidades profissionais e éticas dos psicólogos que atuam nesta área.
CRP-08 realiza II Encontro
de Psicólogos da Rede de
Atendimento das Medidas
Socioeducativas
Em Maringá, o encontro foi
ministrado pela psicóloga Adriane
Picchetto Machado(CRP-08/02571).
Já em União da Vitória, por Valéria
Cristina Morona (CRP-08/11550).
O CRP-08, por meio da sua
Comissão de Direitos Humanos, promoveu, no dia 18 de maio, o II Encontro
de Psicólogos da Rede de Atendimento
das Medidas Socioeducativas. O evento
foi realizado na sede do CRP-08, em
Curitiba.
O PAAP abordou os seguintes
assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e as Perspectivas da Avaliação
Psicológica; Técnicas de Avaliação
Psicológica - Entrevista, Observação e
Testes; O Processo de Avaliação
Psicológica nos Diferentes Contextos;
Aspectos Éticos na Avaliação Psicológica; A Produção de Documentos
Legais Decorrentes da Avaliação
Psicológica.
Em Curitiba o PAAP aconteceu
nos dias 23 e 24 de março, na sede do
Conselho e foi ministrado pelas
psicólogas Maria Elizabeth Haro
(CRP-08/00211) e Tatiana Zampieri
Loddo (CRP-08/06921). Nos dias 11 e
12, aconteceu em Foz do Iguaçu.
Participaram cerca de 40 pessoas, o
programa foi ministrado pela psicóloga Adriane Pichetto.
PAAP realizado em maio
em Foz do Iguaçu.
Projeto Como Eu Faço
O CRP-08, por intermédio da
Comissão de Avaliação Psicológica,
está realizando o projeto “Como Eu
Faço”. No dia 4 de maio o tema foi
Orientação Vocacional - Relato de
Experiências em Clínica e em Escola
Particular. O encontro aconteceu na
sede do Conselho, em Curitiba.
O evento teve como objetivo
promover um espaço de discussão,
entre psicólogos e estudantes de psicologia, sobre as particularidades que
envolvem os objetivos e procedimentos
da Orientação Vocacional nas áreas
clínica e escolar.
Esta fase do projeto foi ministrada pelas psicólogas Maria Elizabeth
Nickel Haro (CRP-08/00211) e Gilva-
nise Gulicz Vial (CRP-08/04116), que
discutiram os seguintes assuntos:
Contextualização e Objetivos da
Orientação Vocacional na Escola;
Metodologia Utilizada - Recursos e
Técnicas; Aspectos Positivos e Dificuldades encontradas; Entrevista Devolutiva; Resultados e Propostas para
Orientação Vocacional em Escola,
baseadas nas experiências citadas.
Já no dia 15 de junho o Projeto
Como Eu Faço, teve como tema "Como
Eu Faço Avaliação Psicológica Em
Recursos Humanos". O objetivo do
encontro, foi propiciar a discussão sobre
a prática da avaliação psicológica no
contexto de Recursos Humanos. O
evento foi realizado na sede do Conselho, em Curitiba.
O projeto abordou "A Avaliação
Psicológica em Empresas de Transportes", com a psicóloga Valéria Cristina
Morona (CRP-08/11550), e "A Avaliação Psicológica em Brigadas de Emergência", com o psicólogo Nelson Fernandes Junior (CRP-08/07298-7).
Como eu Faço - O projeto tem
como objetivo convidar profissionais
para exporem como realizam o atendimento nas diferentes áreas de avaliação
psicológica (avaliação infantil, cirurgia
bariátrica, porte de arma, etc).
Falando Sobre
A subsede de Maringá realiza
todo mês o “Falando Sobre”, evento
que tem como finalidade discutir a psicologia e suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas, na
Biblioteca Municipal de Maringá, na
Av. XV de Novembro, 514. No último
encontro, no dia 13 de junho foi abordado o tema Psico Oncologia, com a
psicóloga Fabiana da Silva Pereira
(CRP-08/11830).
O “Falando Sobre” retornou no
dia 21 de março. O primeiro tema dis-
cutido foi “Dor e Cuidados Paliativos”,
tendo como ministrantes a psicóloga
Keila Mary Gabriel (CRP-08/05786) e
o médico Marcelo Mariano (CRM
21913). Já no dia 18 de abril, estava em
pauta o assunto Psicanálise e Cultura:
Mitos e Subjetividade, com o psicólogo
Calvino Camargo (IS 088). No dia 16
de maio, o tema foi Vida a Dois – Um
Enfoque Sexual, ministrado pela
psicóloga Eliany Regina Mariussi
(CRP-08/04751) e pelo médico Márcio
de Carvalho (CRM 12.020-PR).
Programação 2007
- Data: 22/08/2007
- Tema: Cuidando do cuidador
Psic. Jhainieiry Cordeiro Famelli
CRP-08/05607
- Data: 12/09/2007
- Tema: Identidade
Psic. Renata Marques Wolf
CRP-08/10707
Psic. Geovana Fuzer Polsaque
CRP-08/11203
- Data: 17/10/2007
- Tema: Psicologia do Esporte
A definir
- Data: 28/11/2007
- Tema: Emergência da Psicologia
no Trabalho
Psic. Tatiane Freitas Canalli
CRP-08/08229
Quartas-feiras no CRP-08
Programação mês de julho:
Transtornos Mentais
- Dia 04 - 20h - Palestra
“Transtorno Bipolar”
Psic. Maria Olívia C. e Silva
CRP-08/02540
- Dia 11 - 18h - Psicocine
“As horas”
- Dia 18 - 20h - Mesa Redonda
“Transtorno Obsessivo Compulsivo”
Psiquiatra a confirmar
Psic. Dulce Mara Gaio
RevistaContato
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CRP-08/00892
Neurologista a confirmar
- Dia 25 - 20h - Mesa Redonda
“Transtorno Alimentar”
Psic. Tonio Luna CRP-08/7258
Psic. a confirmar
Programação do mês de agosto:
Psicologia Hospitalar
e a Contemporaneidade
- Dia 01 - 18h - Psicocine
“Gêmeos: Mórbida Semelhança”
20h - Debate
- Dia 08 - 20h Mesa Redonda
“Reprodução Assistida: sobre
o erotismo”
Convidados a confirmar
- Dia 15 - 20h Mesa Redonda
“Reprodução Assistida:
sobre questões éticas”
Convidados a confirmar
- Dia 22 - 20h Mesa Redonda
“A Prática da Humanização
nas Instituições Hospitalares”
Convidados a confirmar
- Dia 29 – 20h Mesa Redonda
“Novas Necessidades
Femeninas: procedimentos
invasivos”
Convidados a confirmar
Próximos temas:
- Julho: Transtornos
- Agosto: Psicologia Hospitalar
- Setembro: Por onde transita
a Psicologia
- Outubro: Combate à Violência
Contra à Criança e o Adolescente
- Novembro: Tanatologia
Coletânea ConexãoPsi
O CRP-08 lançará no dia 27 de
agosto, em comemoração ao Dia do
Psicólogo, a Coletânea ConexãoPsi. O
evento acontece na sede do Conselho
em Curitiba, às 19h30.
8
RevistaContato
A Coletânea é formada por 18
livros (manuais, cadernos, cartilhas e
o relatório de gestão), sendo 12 da
série Técnica e seis da Administrativa. O Conselho já conseguiu que
fosse atribuído o ISSN 1981-6138 à
publicação. O ISSN ou International
Standard Serial Number é um número padrão, aceito internacionalmente, que identifica uma publicação
seriada de forma única. A instituição
responsável por isso é o Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência
e Tecnologia.
Contatojurídico
A Psicologia Jurídica é uma das
denominações para a área da Psicologia
que se relaciona com o sistema de
justiça. Segundo a publicação do Colégio Oficial de Psicólogos da Espanha,
na qual a psicóloga jurídica Fátima
França fez adequações, essa área pode
ser subdividida em:
Psicologia do Testemunho Jurado: é o estudo dos testemunhos nos
processos criminais, de acidentes ou
acontecimentos cotidianos.
“Psicologia Jurídica e o Menor:
No Brasil, por causa do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), a
criança passa a ser considerada sujeito
de direitos. Assim, muda-se o enfoque
da criança representada pelo termo
“menor”, que foi forjado no período da
ditadura para se referir à criança em
situação de abandono, risco e abuso.
Denominá-la como “menor” era uma
forma de segregá-la e negar-lhe a
condição de sujeito de direitos.
Psicologia Policial e das Forças Armadas - o psicólogo jurídico
atua na seleção e formação de pessoal das polícias civil, militar e do
exército. Vitimologia- busca-se a
atenção à vítima.
Psicologia Jurídica e o Direito
de Família: separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do pátrio poder. Neste setor, o
psicólogo atua, designado pelo juiz,
como perito oficial. Entretanto, pode
surgir a figura do assistente técnico,
psicólogo perito contratado por uma das
partes, cuja principal função é acompanhar o trabalho do perito oficial.
Psicologia Jurídica e Direito
Cível: casos de interdição, indenizações, entre outras ocorrências cíveis.
Psicologia Jurídica do Trabalho:
acidentes de trabalho, indenizações.
Psicologia Jurídica e o Direito
Penal (fase processual): exames de
corpo de delito, esperma, insanidade
mental, entre outros procedimentos.
Psicologia Penitenciária (fase de
execução): execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito.
Mediação: trata-se de uma forma inovadora de fazer justiça. As partes
são as responsáveis pela solução do
conflito com ajuda de um terceiro
imparcial que atuará como mediador. A
mediação pode ser utilizada tanto no
âmbito Cível como no Criminal.”
Em razão da extensão do tema,
vamos nos ater à psicologia direcionada aos direitos da criança e do adolescente, posto que revelam questões delicadas a serem enfrentadas pelos profissionais da área: pais que disputam a
guarda e direito de visitação aos filhos
(caso não consigam resolver o impasse
amigavelmente); maus-tratos e violência sexual contra à criança (praticado
pelos pais ou companheiros destes);
dificuldades emergentes de adoção;
envolvimento de crianças e adolescentes com drogas e tráfico.
O psicólogo tem o seu trabalho,
de forma crescente, voltado à informação, acompanhamento e orientação
nos diversos âmbitos do sistema judiciário. Porém foram feitas denúncias
junto ao CRP-08, no que se refere a
elaboração de laudos e pareceres direcionados aos Juízes por peritos e psicólogos. Observa-se na maioria dos
processos éticos as seguintes inadequações: desconhecimento da Resolução nº
007/2003, que institui o Manual de
Elaboração de Documentos Escritos
Produzidos pelo Psicólogo decorrentes
da Avaliação Psicológica, que tem como
conseqüência imediata a estruturação
diferente da recomendada pela norma
citada; número de sessões reduzidos, em
quantidade que não dão consistência ao
documento; avaliações unilaterais, na
qual não se observa a participação de
indivíduos significativos no meio da
criança ou adolescente entrevistado; parcialidade no documento emitido por
parte do profissional; extrapolação de
dados explicitados no documento, com
análise e conclusão que vão além dos
conteúdos apresentados para análise, e
distanciamento das atribuições básicas
do documento, o que fere o artigo 13 do
Código de Ética Profissional do Psicólogo; ausência de especialização na área
para a avaliação a que se sujeita.
Pela psicologia ter se voltado ao
aspecto social, entende-se que o profissional deve se nortear, na elaboração de
qualquer documento, pelo preceito contido no artigo 4º do Código de Ética do
Psicólogo, o qual assevera que: “O psicólogo atuará na instituição de forma a
promover ações para que esta possa se
tornar um lugar de crescimento dos indivíduos, mantendo uma posição crítica
que garanta o desenvolvimento da instituição e da sociedade.”
Zenaide Carpanez (OAB/PR 18420)
Assessora Jurídica do CRP-08
RevistaContato
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Marcelo Gerpe
Psicodiagnóstico e a justiça
Artigoassinado
Classificação Internacional
de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)
*Claire Lazzaretti
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) faz parte da
“família” de classificações desenvolvida pela Organização Mundial
da Saúde (OMS). Segundo a OMS,
a CID-10 e a CIF são complementares, pois a informação sobre o
diagnóstico, acrescido da funcionalidade, fornece um quadro mais
amplo sobre a saúde do indivíduo
ou populações.
A CIF coloca em questão as
idéias tradicionais sobre a saúde e a
deficiência, refletindo numa mudança na forma de conceber a incapacidade. Segundo a OMS, dentro
da experiência da saúde, uma incapacidade é toda restrição ou ausência (devido a uma deficiência) da
capacidade de realizar uma atividade na forma ou dentro da margem
que se considera normal para um
ser humano. Neste novo enfoque
dado pela CIF, a incapacidade é
algo muito mais amplo que o resultado de uma deficiência, já que está
ligada a um contexto social e aos
fatores pessoais. Até agora, tínhamos definido a incapacidade
segundo a lesão, ficando somente
no reconhecimento de que uma
estrutura ou função do corpo estava
limitada. Com a CIF, incluem-se
também as capacidades e dificuldades que enfrenta a pessoa com
incapacidade na execução de suas
atividades cotidianas e na vida
social, os fatores ambientais e pes-
10
RevistaContato
soais que facilitam ou dificultam seu
desempenho etc. Enfim, um olhar
muito mais complexo e integral.
A CIF é baseada em uma
abordagem biopsicossocial que
incorpora os componentes de saúde
nos níveis corporais e sociais, ou
seja, está baseada na integração de
dois modelos opostos: o modelo
médico e o modelo social.
O modelo médico considera
a incapacidade como um problema
da pessoa, diretamente causado por
uma doença, trauma ou condição
de saúde, que requer cuidados,
prestados em forma de tratamento
individual por diferentes profissionais da área de saúde. O tratamento da incapacidade visa conseguir a cura ou uma melhor adaptação da pessoa e uma mudança de
seu comportamento. No âmbito
político, a atenção sanitária é considerada questão primordial e,
assim, modificar e reformar a
política de atenção a saúde é sua
resposta principal.
No modelo social, a incapacidade é considerada fundamentalmente como um problema de
origem social e, principalmente,
como um produto decorrente da
integração das pessoas na sociedade. A incapacidade não é atributo
da pessoa: é vista como um complexo conjunto de condições,
muitas das quais são criadas pelo
contexto social. O manejo do problema requer a atuação social e é
responsabilidade da sociedade, de
modo coletivo, fazer modificações
ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com
incapacidades em todas as áreas da
vida social. Neste modelo, a resposta principal requer uma mudança social.
A partir desta estrutura conceitual, a CIF objetiva conseguir
uma síntese e, assim, proporcionar
uma visão coerente das diferentes
dimensões da saúde (perspectiva
biológica, individual e social). Seu
modelo explicativo da incapacidade
extrai o melhor do modelo médico e
do modelo social para, de maneira
integral, mostrar as verdadeiras
dimensões da incapacidade e como
diferentes contextos (fatores ambientais e pessoais) participam na
aparição desta condição. Os fatores
ambientais são extrínsecos à pessoa
(atitudes da sociedade, características arquitetônicas). Os fatores pessoais podem incluir sexo, raça,
idade, forma física, estilos de vida,
hábitos da infância, profissão, tipo
de personalidade. Todas elas em
conjunto ou individualmente podem
desempenhar um papel na incapacidade, pois o entendimento é que
existe uma interação dinâmica entre
estes elementos.
É uma classificação que
identifica os constituintes dos componentes da saúde e dos aspectos
relacionados com a saúde, sendo
possível elaborar um perfil do funcionamento e da incapacidade de
determinadas patologias. É importante ressaltar que a CIF nos oferece elementos para destacar o funcionamento humano visando o lado
positivo e não a estigmatização, ou
seja, o importante é o que o indivíduo com determinada incapacidade
faz ou potencialmente pode vir a
fazer e não o que ele não faz.
Na área clínica hospitalar, a
CIF se propõe a servir de modelo
de atendimento multidisciplinar,
abrangendo as várias equipes e os
diferentes profissionais envolvidos
nos serviços de saúde, tais como
médico, psicólogo, terapeuta, assistente social etc.
A CIF é uma ferramenta que
permitirá a uniformização de conceitos e, portanto, da utilização de
uma linguagem padrão que permita
a comunicação entre profissionais de
saúde, pesquisadores, gestores e
usuários em geral. Permitirá também, a comparação dos dados entre
países, entre as disciplinas de saúde,
entre os serviços, em diferentes
momentos ao longo do tempo.
Contribuirá enormemente para a epidemiologia e para responder a
importantes questões de Saúde
Pública. E o mais relevante é que a
CIF representa uma mudança de paradigma para se pensar e trabalhar a
deficiência e a incapacidade, constituindo um instrumento importante
para avaliação das condições de vida
e para a promoção de políticas de
inclusão social.
uma dinâmica de aquisição e também
perda de capacidades e habilidades.
Podemos, assim, dizer que a incapacidade é tão inerente ao ser humano
como a capacidade e que ambas
dependem das oportunidades que o
contexto oferece para suprir a deficiência ou facilitar o funcionamento
com ela, incluindo as atitudes do contexto social. É possível também, com
a CIF, conhecer as diferentes dificuldades de funcionamento que se apresentam na população em geral, associando a deficiências específicas e
distintas incapacidades tanto de
caráter temporal como permanente.
resse pela vida, considerando a forma
como as pessoas vivem os seus problemas de saúde e como estas podem
melhorar as suas condições de vida
para que consigam ter uma existência
produtiva e satisfatória.
Esta nova classificação, vem
sendo incorporada e utilizada em
diversos setores da saúde e equipes
multidisciplinares, mas levando-se
em consideração que é, intrinsecamente, uma classificação da saúde e
dos aspectos relacionados com a
saúde, também pode ser utilizada,
dentre outros setores, nas companhias
de seguros e de segurança social.
Diferente dos indicadores
tradicionais, tais como a CID, que se
baseiam em taxas de mortalidade da
população, a CIF focaliza o seu inte-
*Psicóloga Clínica do Hospital
de Clínicas da UFPR.
Coordenadora da Comissão
de Psicologia Hospitalar do CRP-08.
Referências Bibliográficas:
- (OMS) Organização Mundoal da Saúde, CIF: Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (Centro
Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de
Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia
Maria Buchalla). São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo - EDUSP; 2003.
- FARIAS, Norma; BUCHALLA, Cassia Maria. A classificação
internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da organização
mundial da saúde: conceitos, usos e perspectivas. Rev. bras. epidemiol.,
São Paulo, v. 8, n. 2, 2005.
Para concluir, o princípio de
universalidade que a CIF incorpora, faz da incapacidade um conceito
relativo e dinâmico que se move na
bipolaridade capacidade e incapacidade. O ser humano evolui em
RevistaContato
11
Pordentro
Caximbo
CRP-08 inaugura subsede de Londrina
Cerimônia de abertura.
No dia 11 de maio foi inaugurada a nova subsede de Londrina.
Participaram do evento conselheiros,
funcionários e colaboradores do CRP08, além de vários psicólogos. Dentre as
autoridades presentes estavam: o presidente da Associação Odontológico do
Paraná, Jurandir Alves Ferreira, a coordenadora do curso de Psicologia da
Faculdade Metropolitana, Elizabete
Coelho (CRP-08/00252), Nanci Skau
Kemmer de Moraes (foi representando
a secretária Municipal de Educação,
Carmen Lúcia Baccaro Sposti), a representante do Centro Universitário
Filadélfia (UNIFIL), Clélia Prestes
Zerbini (CRP-08/07575).
A subsede está localizada na Av.
Paraná, número 297 e foi adquirida
ainda no ano passado, mas estava passando por reformas para melhor atender
os 1050 psicólogos de Londrina. O
CRP-08 comprou o imóvel no Edifício
Itaipu, prédio comercial, localizado
bem no centro de Londrina.
12
RevistaContato
Além de bem localizado, o novo
imóvel é bem maior do que o anterior.
De acordo com o representante da subsede, o conjunto tem 160m². “O novo
imóvel não tem comparação com o antigo, que mede cerca de 40m²”, afirma o
representante da subsede, Sérgio
Ricardo Belon da Rocha Velho
08/07140). A nova aquisição ocupa um
andar inteiro do prédio. A subsede tem
mais espaço, tanto para o trabalho do
dia-dia, quanto para eventos. “Temos
uma sala para as Comissões poderem se
reunir, um espaço só para a Comissão
de Orientação e Fiscalização (COF), um
hall de entrada e um mini-auditório, que
poderá ser sublocado para eventos”,
conta Rocha Velho.
Na cerimônia de inauguração, o
presidente do CRP-08, Raphael
Henrique Castanho Di Lascio (CRP08/00967) agradeceu a presença de
todos e disse que era uma vitória para
todos a nova subsede. “É um motivo de
muito orgulho e satisfação proceder à
inauguração da subsede em Londrina,
exatamente porque é uma vitória para
nós psicólogos, principalmente psicólogos londrinenses”, declarou. Ele comentou que o novo local é digno para
que o psicólogo possa trabalhar, pois
terá mais recursos e condições para realização de seminários e workshops, representando uma melhoria para a profissão. “Era uma vontade que estamos
concretizando, devido ao trabalho de
uma gestão séria que, com sacrifício,
luta e economia, conseguiu adquirir o
imóvel”, complementa.
Durante a inauguração, a representante setorial de Campo Mourão,
Maria Sezineide de Melo (CRP08/03183), e o conselheiro e tesoureiro
do CRP-08, Alan Galleazo (CRP08/04768), receberam o prêmio “Psicologia, Ética e Cidadania”. Maria
Sezineide foi premiada pela dedicação
profissional, pois participa de vários
Conselhos de Políticas Públicas lutando
pela profissão, além de estar há mais de
Caximbo
dez anos atuando no CRP-08. O
Conselheiro Alan recebeu o prêmio pela
dedicação na aquisição e reforma da
subsede. “Esse prêmio é o mínimo de
reconhecimento, agradecimento e valorização aos nossos colegas”, explica o
presidente do Conselho. Alan declarouse surpreso ao receber o troféu. “É uma
grande surpresa receber esse troféu,
porque é uma conquista do grupo e não
uma conquista minha. Quero agradecer
a cada um dos presentes e a essa
Conexão que realmente fez e faz a
diferença”, disse o conselheiro.
Alan recebendo Prêmio.
Maria Sezinéide recebendo Prêmio.
Caximbo
Para o presidente da Associação
Odontológica do Paraná, é um progresso e um avanço a aquisição da subsede.
“O imóvel foi adquirido com recursos
advindos dos psicólogos, então isso
significa que é uma classe unida, uma
classe que busca os seus objetivos. E
esse é um espaço espetacular e central”, comenta Ferreira. A representante da Secretaria Municipal de
Educação expôs que a nova subsede é
uma conquista muito importante. “O
psicólogo é muito importante na
sociedade e por isso tem que ter um
reconhecimento social. Assim, é fundamental que ele tenha um lugar bonito e agradável”, esclarece Nancy. A
representante do Centro Universitário
Filadélfia (UNIFIL) acredita que a
subsede “representa para categoria
independência, força e é um novo
fôlego, além de ser um lugar nosso.
Temos uma sede comprada com o
nosso dinheiro”, finaliza Clélia.
Caximbo
Os conselheiros e representantes
da subsede de Londrina, Sérgio e
Denise, agradeceram a presença de
todos na cerimônia de inauguração.
Sérgio disse que era um sonho ter a
construção do jeito que está. “Só tenho a
agradecer à Conexão que proporcionou
o que Londrina e região merecia”, conta.
Convidados da inauguração
RevistaContato
13
Matériacapa
As transformações da Infância e da Adolescência
Como a sociedade está lidando com isso
A cada época a sociedade passa por processos de
transformações, isso não poderia ser diferente com a
infância e a adolescência. Os processos de relacionamento, interação e raciocínio das crianças e adolescentes
estão se modificando. De acordo com a psicologia a
infância é a fase que vai desde o nascimento até aproximadamente 11 a 12 anos de idade, sendo a fase mais crucial do desenvolvimento humano, pois envolve o desenvolvimento da base biopsicossocial sobre a qual se estabelece a personalidade do adulto. Já a adolescência é a
fase que se inicia aproximadamente entre 12 a 13 anos e
vai até os 18 ou 19 anos. É um estágio intermediário entre
a infância e a fase adulta, quando o adolescente passa por
profundas alterações em todas as áreas. Isto gera novas
formas de se perceber, pensar sentir e agir. É uma fase de
grandes oscilações entre posturas infantis e adultas, em
uma busca de definição da identidade própria. O estabelecimento desta identidade é que define o final da adolescência. Porém algumas dessas fases tem ficado um
pouco embaralhadas e o desenvolvimento acontece de
forma precoce ou tardia.
Segundo a psicóloga Maria Elizabeth Nickel
Haro (CRP-08/0211), as crianças hoje têm menos
tempo de contato com os pais e iniciam uma interação
ampla mais cedo, pois tendem a iniciar a escola bem
novas ou ficar sob os cuidados de outras pessoas que
não são seus familiares. “Isso as expõe a uma variedade muito maior de valores, comportamentos e
estímulos em geral, tanto positivos quanto questionáveis”, explica. Outro fator é o ritmo de vida das
crianças atuais, muito mais veloz que o de antigamente. As agendas costumam ser cheias e cronometradas. “Não é por acaso que temos hoje tantas crianças
muito agitadas e com dificuldades na adaptação a limites. Além disso, há menos tempo livre para brincar,
pois até mesmo as brincadeiras são planejadas, com
tempo marcado para acontecer e sob a supervisão de
cuidadores ou professores”, explica.
A psicóloga complementa que a supervisão constante de adultos em ambientes protegidos, como escolas
14
RevistaContato
e creches, tem como conseqüência a potencial limitação
da espontaneidade da criança, em uma fase em que ela
é crucial, pois a criança aprende a brincar o que lhe é
comandado. “Muitas vezes não sabe como reagir diante
de situações simples, como quando outra criança tira
seu brinquedo, porque está habituada a ter um adulto
por perto que intervém antes que ela possa tomar uma
iniciativa”, fala Maria Elizabeth. Por outro lado, toda
esta aceleração tem trazido incrementos na agilidade
mental, maior flexibilidade, rapidez de raciocínio e
conectividade de assuntos antes estanques. “A bagagem
de conhecimentos de uma criança de seis anos hoje, é
incomparável à de uma com a mesma idade há 20 anos
atrás”, explica a psicóloga.
Um dos problemas mais comentados por pais e
professores é o déficit de atenção das crianças, mas a
psicóloga Tereza Brandão (CRP-08/00130) acredita que
às vezes é excesso de atenção. “As crianças vêm vindo
com uma nova configuração para esse momento de
mundo e elas estão mais telepáticas, essas crianças se
comunicam pelo pensamento. A sintonia e a percepção
é muito aguçada”, conta Tereza. Ela exemplifica uma
situação na sala de aula. “As crianças
são extremamente auditivas, elas
podem estar olhando para fora, mas
estão prestando atenção no que a
professora está falando e conseguem aprender. Mas a professora
pode não entender, achando que
elas estão distraídas e chamando a atenção, mas a criança
não é visual ela é auditiva,
se ela ficar presa ali no quadro
perderá toda a maneira de aprender, como se ela tivesse de desencaixado do jeito habitual de ser.
Essa situação vai dificultar a
aprendizagem, mas não é porque
ela tem déficit de aprendizagem e
sim porque ela tem um outro modo
de aprender”, explica Tereza.
Tory Byrne
Segundo o psicólogo Luiz Henrique Ramos
(CRP – 08/03698), para se levar em conta as mudanças
que aconteceram com os adolescentes, tem que considerar o habitat e a cultura que ele está inserido. Uma
pesquisa realizada recentemente com adolescentes,
através de uma técnica projetiva chamada “visão do
futuro” (em que adolescentes na faixa etária de 16 anos
expõe como eles acreditam que estarão daqui há 15
anos) detectou na a amostra de estudantes da cidade de
Curitiba que as meninas se retrataram com filhos, às
vezes, produção independente e com uma profissão, e
os meninos sem filhos, sozinhos, sem companheiras,
mas trabalhando no litoral, vendendo cocos, com prancha de surf. A mesma pesquisa realizada em uma
cidade do interior de Santa Catarina,
que preserva a cultura e os costumes
da família, mostrou que os adolescentes retrataram-se casados, com
filhos, e com profissão definida e
ideologia própria de vida. “Antigamente era visível a preocupação
do adolescente na busca de
uma identidade sexual, ideologia e profissional, hoje a
aquisição destas identidades acontecem tardiamente”, conta Ramos.
Outro fator importante para
levar em consideração são as mudanças de ordem fisiológica que têm
acontecido com os adolescentes.
Para Ramos, hoje, a adolescência antecede a puberdade e
desaparece o período de
latência. “Antigamente eram
presentes as
identificações,
as projeções e as
introjeções que
os adolescentes
faziam
com as figuras parentais (pai-mãe).
O mundo interno prevalecia ao mundo
externo. Atualmente,
as identificações, projeções e introjeções acontecem com o meio ambiente atual,
longe das figuras parentais”, explana.
Wooden toy
Segundo Tereza, precisa ser feita uma reflexão
mais profunda com relação à educação, para ver o que
está acontecendo e criar um formato que consiga abordar essas crianças. “Tem situações que nós deixa muito
assustados, nos EUA houve um ano que havia 100 mil
crianças tomando ritalina, no ano seguinte um milhão
estavam tomando esse medicamento (é uma droga que
é dada para baixar o giro das crianças). O ideal é que a
gente aja de outro modo, essas crianças precisam
aprender a meditar, praticar atividades físicas. As crianças estão mais evoluídas e que é maravilhoso, mas
precisamos aprender a lidar com isso. Os pais precisam
dar à criança um espaço de contato, diálogo, sintonia
para que a criança não se perca”, comenta Tereza.
Ramos explica que o adolescente de hoje não é
mais visto como um indivíduo “chato”, um “rebelde”
ou um “aborrescente”, como era visto no século passado. “Infelizmente atribuo ao adolescente de hoje a
um ‘vazio’. O adolescente da contemporaneidade não
lê, não pensa... A ação prevalece o pensar, simplesmente atua. O tempo interno dos adolescentes hoje é
muito mais rápido do que o tempo dos adultos. Eles
são Fast Kids. Fazem parte da geração fast, da cultura
do descartável e do espaço virtual. São as conseqüências de uma sociedade consumista, competitiva, com
vínculos afetivos pobres, frágeis e completamente
narcisista”, complementa o psicólogo.
De acordo com Tereza o adolescente está
extremamente exposto à Internet e a televisão e que
está faltando o acompanhamento dos pais. Ela conta
que os pais precisam de um reposicionamento.
“Muitas vezes os pais tem que compreender que são
pais. Hoje tem uma pressão maior, porque o pai e a
mãe trabalham. Antes, a ordem familiar era mais
tranqüila. A gente tem que criativamente encontrar
novas soluções para os problemas das crianças e os
adolescentes. É importante trazer o diálogo para dentro das famílias”, finaliza.
RevistaContato
15
Contatomatéria
O adolescente e a redução
da maioridade penal
Atualmente, uma das questões
mais discutidas no Brasil refere-se à
redução da maioridade penal. A discussão veio à tona devido ao envolvimento de um rapaz de 16 anos na
morte do menino João Hélio
Fernandes, de seis anos. O fato ocorreu em 7 de fevereiro e a partir desse
dia a discussão foi reascendida. O
decreto de lei, em sua primeira fase,
foi aprovado na Comissão e Constituição de Justiça, porém ainda há
várias discussões a serem travadas
junto com movimentos convergentes e
antagônicos à redução da maioridade
para que a mesma possa ser votada no
Congresso Nacional.
Vários grupos têm se posicionando contra a redução da maioridade
penal, um deles é o IDDEHA Instituto de Defesa dos Direitos
Humanos. O Instituto trabalha com
educação em Direitos Humanos e
Cidadania através de uma perspectiva
de estímulo à reformulação da visão
de mundo dos sujeitos. A ênfase maior
não é dada aos aspectos legais e sim ao
desenvolvimento de uma consciência
cidadã. Entre os diversos projetos
desenvolvidos pelo IDDEHA, há dois
específicos com o público infantojuvenil, o Arte da Paz e o Cidadania
em Formação.
Para a psicóloga e colaboradora da Comissão de Direitos Humanos
do Conselho Regional de Psicologia
da 8ª Região, Anita Machado (CRP08/08874), que trabalha na parte de
desenvolvimento de projetos do
IDDEHA, é um mito transformar os
adolescentes como a causa da violên-
16
RevistaContato
cia na sociedade. “Em uma pesquisa
realizada pelo IBGE, em 2000, constatou-se que no universo total de
169.872.856 adolescentes existentes
no Brasil, apenas 0,16% são jovens em
conflito com a lei. Eu percebo a construção de ‘pseudoproblemas’, como se
o adolescente fosse a causa da violência, e um indicativo de ‘pseudosoluções’, como se da redução da idade
penal fosse resolver a violência. Este é
um fenômeno complexo e sistêmico
que não pode ser simplificado ou
reduzido ao objeto de campanhas populistas”, comenta Anita.
Segundo Anita está se vivendo
um processo perigoso de criminalização da pobreza. “Se formos olhar e
analisar quem cumpre medida sócioeducativa, seja em meio aberto ou
fechado, observamos que são os jovens
empobrecidos, que não têm garantidos
os seus direitos mais básicos”, explica.
Para ela a análise da situação através de
uma perspectiva histórica é imprescindível, não só da história pessoal de
cada adolescente, mas da história social
deste grupo de adolescentes. “Se analisarmos a história desses adolescentes
vislumbraremos uma geografia de
negação dos seus direitos mais fundamentais”, relata.
A psicologia permite a compreensão desse fenômeno, de um ponto
de vista mais complexo, ao reconhecer
as possíveis repercussões da ausência
de referenciais de lei e afeto tanto no
contexto familiar quanto no contexto
social. “Esses adolescentes envolvidos
em atos infracionais precisam ser vistos
como uma denúncia da nossa própria
incompetência enquanto sociedade
brasileira. Não estamos conseguindo
dar oportunidade para eles se desenvolverem como sujeitos biopsicosociais”, explica Anita.
O educador social do IDDEHA,
Célio Pereira de Oliveira, já realizou
várias discussões sobre a redução da
maioridade penal, dentro do projeto
Arte da Paz. Ele conta que os jovens
(de 14 a 18 anos) a partir de um sólido
embasamento chegaram a uma conclusão do que seria o correto nessa
situação. “Não queremos influenciar,
nós levamos o debate. Levamos vários
textos, matérias e opinião de pessoas
que participam de blogs. Depois de
uma discussão, eles concluíram que se
tivesse esporte, cultura e lazer, não
haveria tanta violência e esse jovem
não iria para cadeia”, fala.
A proposta da discussão era
escrever um texto para o jornal que
eles produzem, uma das participantes
escreveu a seguinte declaração:
“Concordo com aqueles que acreditam
que a educação pode construir uma
sociedade mais justa. Penso, que ao
invés de tentar punir o jovem, o estado
construísse centros de capacitação,
onde os jovens pudessem aprender
uma profissão, construísse um centro
de lazer e esporte, não estaria economizando dinheiro dos impostos”.
Segundo o gerente de projetos do
IDDEHA, José Luis Leal, esses jovens
já estão no projeto Arte da Paz há
algum tempo, por isso tem idéias e
posicionamentos bem claros. “Com
uma reflexão mais profunda, normalmente o posicionamento desses jovens
é contra a redução da maioridade
penal”, explica Leal.
Para os jovens que cometem
algum tipo de infração são aplicadas
medidas socioeducativas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), como: prestação de serviço à
comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. “Tem adolescentes que poderiam se beneficiar
muito com essas medidas, mas hoje
em muitos municípios a medida de
liberdade assistida, por exemplo, não
pode ser aplicada efetivamente, por
falta de recursos financeiros, humanos
e políticas públicas. Assim, o atendimento fica reduzido a um ato formalista do adolescente assinar uma folha
de freqüência”, explica. As medidas
socioeducativas têm caráter de provocar a aprendizagem de todos os atores
envolvidos na garantia de direitos dos
adolescentes em conflito com a Lei
(professores, técnicos, pais, entre outros). “O ECA é uma lei moderna,
prioriza medidas socioeducativas, ao
invés de uma abordagem punitiva,
pois esses adolescentes precisam de
novos referenciais que gerem reformulações no seu comportamento
frente às ações de uma sociedade
injusta com a qual se depara diariamente. Quando são aplicadas medidas
socioeducativas, que responsabilizam
o adolescente e não passam a mão na
cabeça, se dá uma outra perspectiva de
condução, desse comportamento infracional.”, relata Anita.
município. Nas quintas-feiras os adolescentes passam pelo processo de
oitiva informal, que é uma aplicação
prévia de medida socioeducativa
baseada nos antecedentes do menor,
antes desta etapa eles passam por
atendimento psicológico de grupo,
denominado grupo de Escuta. Participam deste projeto, adolescentes na
faixa etária entre 12 a 17 anos, mas já
foram atendidas crianças de nove a 11
anos. O atendimento é feito aos adolescentes em conflito com a lei dos
municípios de Braganey, Anahy,
Iguatu, Cafelândia e Corbélia. Cada
grupo inicia com quatro sessões de
acompanhamento psicológico, já estabelecido pela promotoria nas medidas
socioeducativas.
Segundo Cleci, são averiguados os motivos que levaram aqueles
jovens ao fórum. “Em seguida escuto
seus manifestos como, as angústias
familiares, enfim, seus desabafos.
Feito a acolhida, procuro fazer com
que reflitam seus sentimentos e suas
relações com o mundo. Os menores
falam sobre várias questões e o grupo
possibilita uma reflexão a cada semana”, comenta. Ao final dos atendimentos é feita uma avaliação de todo o
processo que o grupo passou, se observado que o adolescente conseguiu
refletir sobre o ato infracional cometi-
do e foi constatado a construção de um
pensamento reflexivo, ele é liberado
do atendimento em grupo.
Já quando se percebe a necessidade de atendimento individual, fazse um encaminhamento ao psicólogo
clínico ou quando a questão passa pela
família se encaminha a uma assistente
social. Em ambos os casos são realizados trabalhos com os pais e/ou responsáveis. A psicóloga conta que está visitando os locais onde os adolescentes
prestam serviços comunitários, “pois
acredito que tal postura favoreça o
desenvolvimento do trabalho”, complementa.
A psicóloga acrescenta que este
é um trabalho conjunto entre Promotoria Pública e o Conselho da Comunidade. “Acredito que abrir um espaço
para que se iniciasse um trabalho terapêutico de grupo, foi a demonstração
de que uma equipe interdisciplinar
pode desenvolver um bom trabalho e
assim construir para uma sociedade
justa e consciente. Esta parceria entre
a psicologia, a promotoria e o Conselho da Comunidade favorece aos participantes do projeto, sejam eles adolescentes ou mesmo às famílias, que
assumam seu papel de sujeitos de sua
própria história e convivam melhor na
sociedade”, finaliza Cleci.
A psicologia e as medidas
socioeducativas
Um exemplo de trabalho envolvendo medidas socioeducativas é o
realizado pela psicóloga Cleci Barbosa Dams (CRP-08/12273) em
Corbélia (PR). O projeto acontece no
Salão do Tribunal do Júri no Fórum do
RevistaContato
17
Contatomatéria
Os bastidores do COREP-08
Nos dias 27, 28 e 29 de abril, o
CRP-08 realizou o Congresso Regional da Psicologia (COREP-08). O
evento precedeu o VI Congresso
Nacional da Psicologia (CNP), que
aconteceu de 14 a 17 de junho, em
Brasília. O tema do VI CNP e, conseqüentemente, do COREP-08 foi: “Do
Discurso do Compromisso Social a
Produção de Referências para a
Prática: Construindo um Projeto
Coletivo para a Profissão”. O
Congresso aconteceu no Hotel
Vernon, em Curitiba.
Logo no início do COREP-08
foi eleita a mesa diretora. O conselheiro Tonio Luna (CRP-08/07258) foi
eleito presidente do Congresso; Sildemar Barros (CRP-08/02848) foi o
relator, juntamente com Maricelma
Bregola (CRP-08/01162), já as psicólogas Shirlei Haertel (CRP-08/09495)
e Eliane Subtil Marçal (CRP-08/05774)
foram as secretárias.
Durante o COREP-08 das 156
teses (propostas de ação para o Sistema Conselhos) sistematizadas pela
Comissão Nacional do VI CNP.
Foram recebidas inicialmente mais
de 1500 teses dos 16 CRPs do país,
as quais foram trabalhadas e discutidas, 23 teses foram aprovadas sem
alteração, 85 foram aprovadas com
alteração e 48 foram reprovadas.
Porém, para uma tese fazer parte do
documento a ser votado no Congresso Nacional, deverá ser aprovada
em, no mínimo, cinco COREPs. Para
o presidente do CRP-08, Raphael
Henrique Castanho Di Lascio, o
COREP-08 é muito importante para a
psicologia paranaense. “Pois é nesse
Congresso que os psicólogos podem
manifestar idéias e sugestões para
definições de novas políticas para
18
RevistaContato
psicologia”, explica Di Lascio.
Participaram do COREP 104 psicólogos e duas doutorandas, participando
como observadoras.
Na plenária final (último dia do
COREP-08) havia 98 psicólogos e as
duas observadoras, que não podiam
votar. Assim, foram eleitos 12 delegados efetivos, quatro suplentes e um
observador para participarem do Congresso Nacional. Foram eles: João
Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), Maria Sezineide C. Melo
(CRP-08/03183), Denise Matoso (CRP08/02416), Alan Ricardo Sampaio
Galleazzo (CRP-08/04768), Rosemary
Parras Menegatti (CRP-08/3524), Caçan Jure (CRP-08/07685), Karine
Belmont Chaves (CRP-08-0962), Rosângela Martins (CRP-08/01169), Cleci
Barbosa Dams, Maricelma Bregola
(CRP-08/01162), Ivete Goinski Pellizzetti (CRP-08/01832). Karin Brukheimer (CRP-08/03984) foi eleita observadora e/ou suplente, por isso foi no
lugar do delegado eleito Tonio Luna
(CRP-08/7258), que não pode participar. Elza Terezinha Dolejal (CRP08/11283) ficou como suplente.
O presidente do CRP-08,
durante o fechamento do COREP,
parabenizou a todos os participantes
pela presença e pela discussão em
torno das teses. “Foi realizada uma
importante construção para a psicologia e ela aconteceu de forma democrática. Assim fizemos a nossa parte”,
comenta Di Lascio.
As psicólogas Clélia Prestes
Zerbini (CRP-08/07575), Thayana
Garcia de Novaes (CRP-08/12280) e
Shirlei Figueiredo Haertel (CRP08/09495), acharam o COREP-08 produtivo e bem organizado. “Está um
clima gostoso que favorece a produção”, diz Clélia. “Algumas teses
estavam muito bem formuladas e outras deixaram algumas dúvidas na
hora da discussão”, complementa
Shirley.
Eleições
De acordo com o presidente do
CRP-08, o COREP tem um cenário
muito importante, pois contribui para
a “construção das teses e diretrizes e
também atua na articulação da política, com a candidatura da gestão”,
explica.
No dia 29, último dia do
Congresso, foi feita a homologação
das chapas para concorrerem à gestão
do CRP-08, porém apenas uma chapa
se increveu. As eleições acontecerão
no próximo dia 27 de agosto (Dia do
Psicólogo), o voto é obrigatório.
Mesa diretora.
Psicólogos votando aprovação da tese.
PsicólogodaSilva
Por Tonio Luna (CRP-08/07258)
Relatório de um sonho
Brasil de um sonho intenso... Restará a nós apenas interpretar o imaginário de seu sono, eterno sono? Interpretar este
coletivo e seus arquétipos do herói, heróis mortos ou de falsos heróis vivos? Des-animas, des-animus, des-perto transcendente, como curador-ferido. Afinal, de que adianta interpretar o sonho de quem não acorda?
RevistaContato
19
Contatomatéria
O Trabalho dos CAPS Infantil
Em dezembro de 2006, foi inaugurado em Curitiba no bairro Boa Vista o
segundo Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) Infantil, para atender crianças e
adolescentes com transtornos mentais
graves, moradores da cidade de Curitiba.
Há dois anos, funciona na capital paranaense o CAPS Infantil Pinheirinho, que
atualmente é responsável pelo público
infantil da região Sul. Estes equipamentos fazem parte de uma rede de serviços
de saúde que, juntamente com a atenção
básica, ambulatorios e hospitais, compõem o Sistema Integrado de Serviços de
Saúde Mental de Curitiba
Os CAPS infantis recebem crianças e adolescentes encaminhados por
médicos de Unidades de Saúde da Prefeitura Municipal de Curitiba. São centros de atendimentos especializados intermediários entre o ambulatório e o
hospital psiquiátrico - que trabalham
com jovens portadores de problemas
emocionais graves como psicoses,
esquizofrenia, depressão, transtornos de
conduta e transtornos invasivos, e que
também têm uma problemática social e
familiar complexa.
Logo que chega ao CAPS, a criança ou o adolescente passa por uma
avaliação - que pode durar mais do que
uma consulta - realizada por uma equipe
de psicólogos, enfermeiras, psiquiatras,
assistentes sociais, TO ou outros profissionais de nível superior que fazem parte
da equipe interdisciplinar. Para cada caso
são construídos planos terapêuticos individuais, que podem se encaixar nos
atendimentos intensivos (diário), semiintensivos (três vezes na semana) ou nãointensivos (três vezes ao mês). Também
nos planos terapêuticos são definidas as
atividades das quais os pacientes participarão, incluindo as consultas individuais
oficinas e grupos terapêuticos. As oficinas terapêuticas - voltadas para a sociali-
20
RevistaContato
zação - podem ser de culinária, habilidades sociais, saúde e bem-estar, música,
artesanato, entre outras.
Já os grupos terapêuticos, como o
de Arteterapia e Oficina da Palavra, que
acontecem no CAPS Pinheirinho, são
realizados por psicólogos e funcionam
nos moldes de terapia de grupo.
“Atendemos uma população que geralmente apresenta uma problemática
social enorme, sendo comum que haja na
família outras pessoas que também
sofram de transtornos mentais. Nossa
grande missão é reinserir socialmente
estes indivíduos”, explica Maria Christina Barreto, psicóloga que atua na
gerência do CAPS Pinheirinho, como
Autoridade Sanitária Local.
evolução dele no tratamento. “É extremamente importante que o psicólogo
que trabalhe no CAPS tenha um grande
conhecimento sobre saúde pública.
Tenha um olhar social, comunitário e
interdisciplinar. Na verdade, esta visão
da psicologia social comunitária é essencial na formação de todos os psicólogos,
independente da área que ele escolha
atuar”, ressalta a psicóloga do CAPS
Pinheirinho.
Essencial na formação
do psicólogo
Não existe um tempo pré-determinado para a criança ou adolescente
freqüentar o CAPS. Crianças com dificuldades escolares ou completamente
fora da escola, por exemplo, podem receber alta do atendimento do CAPS a partir do momento que ela se estabilize e
esteja mais organizada na vida escolar e
familiar. A partir daí, ela pode ser encaminhada para atendimento ambulatorial.
Nos CAPS os psicólogos trabalham na triagem, no desenvolvimento
dos planos terapêuticos, nos grupos e nos
atendimentos individuais. São responsáveis também pela realização de estudos de casos mais profundos. Segundo
Maria Christina, os psicólogos ajudam a
equipe profissional a desenvolver um
olhar terapêutico para o paciente e a
O CAPS Pinheirinho já atendeu
aproximadamente 640 crianças e adolescentes. Deste total, apenas 13 crianças necessitaram de internamento
psiquiátrico por apresentarem um quadro de desorganização gravíssimo, que
exigia atendimento 24 horas. O novo
CAPS Boa Vista já atendeu uma média
de 150 crianças.
Artigoassinado
Reflexão sobre a situação
da juventude brasileira
*Samira Rodrigues Alves (CRP-08/09516)
Punição já! - gritam os conservadores.
Bilinha, Barão, Sandro, Anderson, Beatriz. Estes são
alguns jovens vítimas do descaso da sociedade brasileira com
a infância e adolescência. Personagens reais, com uma trajetória de vida em comum. Pobres, marginalizados, vivendo
pelas ruas das grandes cidades, sob tutela de si mesmo, sem
pai ou mãe. Pedindo esmola, comida e que, estigmatizados,
tiveram como único ponto de apoio a droga, grande salvadora, que tem o poder de possibilitar alguns momentos no paraíso, onde a miséria e o abandono não existem.
Engano! Não é a redução da maioridade penal ou a
construção de novas unidades de internamento que trarão a
paz tão desejada. Enquanto o debate eclode, as pessoas estão
dentro de suas casas, cercadas por inteligentes sistemas de
proteção, como se não fizessem parte do caos, vivendo com
o falso sentimento de segurança. Isentam-se do mundo e essa
contradição os limita a fazer uma análise parcial dos fatos, na
qual a única solução apresentada é o encarceramento do
jovem, pois “quanto mais cedo melhor”.
Estes cinco jovens são apenas uma amostra do perfil de outros milhares, que de vítimas, passam a ser os
grandes responsáveis pela violência. Bilinha, Barão,
Beatriz e Sandro, não estão mais aqui, sobreviventes da
chacina da Candelária, não conseguiram se salvar de seus
destinos. Anderson viveu 10 anos em um abrigo. Após
perder seu avô, perdeu o controle de sua vida também e
morreu com cinco tiros ao assaltar um supermercado.
Cinco jovens com o mesmo fim: a morte! E se não
estivessem mortos, estariam presos.
Esse sensacionalismo barato e irracional parece
estar ganhando a guerra, mas não será uma batalha fácil,
o debate ainda não finalizou. Assim como existiu Bilinha,
Barão, Sandro, Beatriz e Anderson, que não tiveram a
oportunidade de viver, existe Adilson, Tato, Paulo,
Esmeralda, vítimas do descaso social e que bravamente
vencem as barreiras, saindo das ruas, das drogas e do status de “menor abandonado”, tornando-se protagonistas de
sua história. Qual a diferença destes jovens? Foram acolhidos em um contexto que possibilitou sua reconstrução
como sujeitos, merecedores de respeito e atenção, não
pela sua condição de vulnerabilidade ou pobreza, mas
pela sua condição de Ser Humano e, hoje, bravamente
constroem o seu caminho.
Outros como Anderson, continuam nas ruas, privados
de liberdade ou envolvidos no crime. Agora é por estes que
devemos lutar, não no sentido de não responsabilizá-los pela
transgressão ou livrá-los do cumprimento de medidas sócioeducativas, mas sim para garantir políticas sociais eficientes
e que sejam suficientemente estruturadas para combater a
entrada destes jovens para o crime organizado e resgatá-los
desse poder paralelo.
Porém, sem considerar a trajetória destes jovens e
entender que foi o descaso social que os levou a tragédia, a
sociedade continua levantando a bandeira da redução da
maioridade penal, acusando o Estatuto da Criança e
Adolescente (ECA) pelo aumento do envolvimento de jovens
no crime, sem analisar a violência estrutural a que eles são
submetidos (miséria, desemprego, falta de apoio às famílias).
As medidas repressivas e punitivas mostram-se ineficazes, mas continuamos querendo respostas imediatas a
problemáticas históricas.
Essas vidas foram despertadas para o lazer, a cultura, o esporte e, também, para educação, diferente de
outras que, infelizmente, foram despertadas pela criminalidade. Acreditar que a juventude pobre é o algoz da
sociedade e que seu lugar é no lixo das instituições
carcerárias, apenas contribui para que ela assuma o papel
de criminosa que lhe está sendo atribuído. É necessário
reverter essa situação! O comportamento violento e a participação da juventude em ações criminosas não será
enfrentado com ações isoladas, com intervenção policial
ou ações educacionais, mas também com a difusão de
uma cultura da paz, através de uma linguagem jovem que
promova interlocução com o imaginário da juventude.
*Psicóloga, Educadora,
membro da Comissão de Direitos Humanos
RevistaContato
21
Contatoentrevista
Conscientização junto à sociedade é uma das principais
Propostas da chapa que concorre ao CRP-08
E como isso funcionaria?
Esquerda para direita - fila da frente: Rosângela Martins, Anaídes Orth, Maria Elizabeth, Mariana
Bacellar, Denise Matoso. Fila de trás: Dionice Cardoso, Marilda dos Anjos, Rosângela Cardoso, João
Oliveira, Márcia Walter, Beatriz Dorigo, Rosemary Menegatti. Não estão na foto: Adriana Maejima,
Celso Durat Jr, Eugênio de Paula Jr., Lisiane Steagall-Conde, Maria Sezineide e Marina Machado.
No dia 27 de agosto serão realizadas as eleições para o Sistema Conselhos. O voto é obrigatório, o psicólogo
que não votar está sujeito amulta. Uma
chapa se candidatou para assumir o
Conselho Regional de Psicologia 8ª Região
(CRP-08). A chapa é composta por 18
psicólogos, que tem como meta principal da
sua plataforma, atuar de forma efetiva junto
aos psicólogos e a sociedade. Em entrevista
para a revista Contato os integrantes da
chapa contam quais são suas principais
idéias e propostas para a próxima gestão.
Qual a principal proposta
da chapa?
Acreditamos que as funções do
Conselho, como fiscalização, regulamentação, ética, cidadania, entre outros, não são
propostas para uma plataforma, são obrigações, já que fazem parte do papel de um
Conselho. O que estamos propondo é o que
podemos implementar além dessas
questões. Dessa forma, nosso principal
objetivo é ter um papel de conscientização
junto à sociedade, buscando formas de
mostrar como a psicologia pode auxiliar a
22 RevistaContato
população. Não é uma posição estanque,
de ficar apenas observando de dentro do
Conselho, mas de ir ao encontro da
comunidade.
A sociedade, a nosso ver, parece
estar um pouco perdida sobre os fatos sociais que estão acontecendo. Acreditamos
que nosso papel, enquanto Conselho é
fomentar reflexões que ofereçam apoio a
posicionamentos conscientes sobre determinados assuntos. A idéia é proporcionar
momentos de discussão com a sociedade e
com o psicólogo sobre esses pontos críticos
que estão sendo discutidos hoje, como o
aborto, a violência infantil, a maioridade
penal e outros assuntos que fazem parte do
contexto atual.
Nossa meta é motivar discussões e
reflexões com a participação dos diversos
segmentos da sociedade. Queremos alimentar o debate com as especificidades da
nossa profissão, mostrando o olhar científico da psicologia. Dar nossa contribuição
profissional! Queremos oferecer à sociedade subsídios para um posicionamento
mais respaldado.
Temos que ir de encontro à população, aproveitando os espaços e instrumentos que já temos e criando outros.
Podemos usar as “Quartas-feiras no
CRP”, como estratégia. Temos que produzir eventos científicos, debates e palestras e também utilizar a mídia. A universidade é outro espaço muito importante que servirá de foco nas nossas
estratégias. A tática utilizada para chegar
ate a sociedade dependerá do contexto e
assuntos em enfoque no momento, pois
cada situação é específica.
Quais são as outras propostas, além
desse contato com a população?
Vai muito além do contato com a
população. É uma ajuda especializada, é a
nossa contribuição profissional que podemos dar a sociedade. É na verdade uma
rede, não é só uma ação específica. Com
esta rede de ações podemos interligar
muitas ações. A questão é: a partir do
momento que se conscientiza a população, mostra-se o trabalho do CRP e do
psicólogo, como conseqüência, a sociedade deve procurar mais o Conselho,
fazendo com que outras ações surjam.
Queremos também uma mobilização entre Conselho e as entidades formadoras, as universidades, para desenvolvimento desse trabalho. Assim como
uma reaproximação com os núcleos formadores da área de especialização para a
efetivação de novas parcerias.
Outro ponto importante que vamos
trabalhar é a comunicação, fortalecendo o
nosso espaço profissional e mostrando para
a sociedade a importância do nosso trabalho. Estamos organizando um planejamento de divulgação, pensando em prováveis
pautas que estarão em voga naquele ano.
Como será o trabalho com
os psicólogos?
A chapa é uma continuação
da ConexãoPsi?
Queremos propiciar um fortalecimento também na comunicação entre
os profissionais. Muitas vezes, estamos
trabalhando em projetos semelhantes,
mas de forma isolada, a idéia seria possibilitar a discussão entre esses profissionais, criando estratégias em diferentes áreas, para que a categoria tenha a
oportunidade de uma intervenção mais
forte junto à sociedade.
Não somos da oposição, mas
também não vamos permanecer simplesmente na continuidade, a palavra correta
é favorecer a sustentabilidade. Isto é,
promover a convergência de conhecimentos e práticas para a sustentabilidade. Nossa proposta é continuar, manter e aprimorar o que está dando resultados. Também vamos consultar todas as
comissões para ver como estão funcionando, para saber o que está acontecendo e implementar novas ações. Se
ficássemos apenas na continuidade,
estaríamos nos acomodando. Somente
quatro psicólogos da chapa fazem parte
da ConexãoPsi, este é um grupo diferente que tem muitas idéias e propostas
novas para serem trabalhadas.
Nossa chapa é formada por profissionais de diversas áreas da psicologia,
desta forma pretendemos fortalecer os
diversos grupos com os seus representantes fortalecendo em conseqüência a
psicologia enquanto ciência. Vamos estabelecer prioridades, verificar os pontos
fracos, localizar onde podemos intervir
primeiro e desenvolver estratégias.
Também precisamos estar mais
próximos do profissional psicólogo,
buscar o que ele precisa e ter acesso ao
local de trabalho dele. A Comissão de
Orientação e Fiscalização (COF) já faz
isso, mas podemos aprimorar esse trabalho. É procurar trazer cada vez mais
psicólogos e alunos, para conhecer e
participar do Conselho, para que se
envolvam mais ativamente. Essa tem
sido uma das grandes dificuldades de
fortalecimento da nossa profissão como
classe. Nossa proposta é ter mais participações em votações, nas comissões, é
tornar isso uma cultura.
Quais são as propostas
para o interior?
Tudo o que falamos engloba o
CRP-08, sede, subsedes e representações
setoriais. Além disso, temos como estratégia para o interior a verificação da demanda de cada região para realização de cursos, palestras e jornadas. Para as comissões precisamos ter o mesmo pensamento,
talvez uma comissão que funciona bem
em Curitiba, não funcionará em outro
município, queremos atender as necessidades do psicólogo da região.
Integrantes da chapa:
- Adriana Tie Maejima
(CRP 08/7885)
Graduada em Psicologia (UFPR - 1999).
Conclusão do I Módulo em Psicoterapia
Breve com abordagem psicanalítica,
conclusão do Programa de Formação de
Coordenadores de Dinâmica dos
Grupos. Psicóloga Clínica e Psicóloga
Social de uma ONG que atua na área de
Direitos Humanos.
- Anaides Pimentel da Silva Orth
Mestre em Psicologia, especialista em
Dependência Química, em Psicologia
Clínica e Hospitalar, em Psicodrama
Terapêutico e em Educação Especial.
Formação em Terapia Familiar
Sistêmica e graduada em Psicologia
(Tuiuti – 1982). Atua como psicóloga
clínica e professora
universitária.
- Beatriz Lilian Dorigo
(CRP -08 / 6615)
Mestre em Qualidade de Vida e
Ergonomia, especialização em
Fisiologia do Exercício e Psicologia
Analítica e em Psicologia Clínica.
Graduada em Psicologia (UTP - 1995)
e em Educação Física (PUCPR - 1983).
Formação em Hipnoterapia
Ericksoniana. Professora da
Universidade Tuiuti, Psicóloga
do Esporte.
- Celso Durat Junior
(CRP-08/04537
Formação em Psicologia pela UFPR
(1990), Mestre em Psicologia pela
Universidade São Francisco
(Itatiba -SP). Atua com adolescentes em
conflitos com a lei, com psicologia
clínica e jurídica.
- Denise Matoso
(CRP-08/02416
Formada em Psicologia (UEL - 1981),
Especialista em Psicologia Clínica. Atua
com atendimento com psicótico em
serviço de ressocialização, atendimento
em consultório e em ambulatório de
serviços psiquiátricos. Participante de
conselhos de controle social - saúde e
saúde mental de Londrina.
- Dionice Mayumi Cardoso
(CRP-08/8270)
Psicóloga Clínica. Graduada em
Psicologia (PUCPR - 2000).
- Eugenio Pereira de Paula Jr.
(CRP-08/6099)
Neuropsicólogo, mestre e especialista
em educação. Psicólogo escolar/
educacional, Psicólogo do Esporte e
professor da Faculdade Dom Bosco.
- João B. Fortes de Oliveira
(CRP-08/0173)
Formado em psicologia
(PUCPR - 1976). Psicólogo Clínico.
- Lisiane Vasconcelos do Amaral
Steagall-Conde (CRP-08/07255-3)
Especialista em Psicanálise (UCDB),
coordenadora de Dinâmica de Grupos
(SBDG), coordenadora da Comissão de
Psicologia Organizacional e do Trabalho
no CRP-08, participante do Grupo de
Profissionais de Recursos Humanos de
Londrina (GPRH), consultora em
Psicologia Organizacional
e do Trabalho.
RevistaContato
23
- Márcia Regina Walter
(CRP-08/02054)
Mestre em Ciências do Esporte,
especializada em Psicologia do Esporte,
formada em Psicologia (PUCPR - 1984)
e Educação Física (UFPR - 1992). Atua
na Secretaria Municipal do Esporte e
Lazer, professora Universidade Tuiuti,
coordenadora da Comissão de
Psicologia do Esporte do CRP-08.
- Maria Elizabeth Nickel Haro
(CRP- 08/0211)
Mestre em Educação, especialização em
Psicomotricidade, em Psicologia
Organizacional e do Trabalho, formação
em Psicodrama e Terapia Familiar
Sistêmica, graduada e bacharel em
Psicologia (PUCPR - 1977). Atua como
assessoria educacional, Psicóloga
Clínica, Clínica Comportamental,
coordenadora da Comissão de Educação
do CRP-08.
- Maria Sezineide Cavalcante de Melo
(CRP-08/03183)
Graduada em Psicologia (UEM – 1987).
24
RevistaContato
Aperfeiçoamento em Gestão da
Qualidade, especialista em Psicologia
Organizacional e do Trabalho. Atua na
equipe de Monitoramento e Avaliação
na Secretaria de Ação Social de Campo
Mourão - Instrutora do
Senac - Disciplina de Saúde Mental.
- Mariana Patitucci Bacellar
(CRP-08/10021)
Graduada e bacharel em Psicologia
(UTP - 2003). Atua como Psicóloga
organizacional e diretora da empresa
SIP - Serviços Integrados de Psicologia.
- Marilda Andreazza dos Anjos
(CRP-08/1970)
Psicóloga Clínica especializada pelo
CRP-08. Graduada em Psicologia
(PUCPR - 1983).
- Marina Pires Alves Machado
(CRP-08/10216)
Especialista em Psicodrama, graduada e
bacharel em Psicologia (UFPR - 2003).
Psicóloga Clínica dentro da abordagem
Psicodramática, professora universitária
da Faculdade Assis Gurgacz.
- Rosangela Maria Martins
(CRP 08/1169)
Psicóloga Clínica. Mestranda em
Psicologia, especializada em
Psicanálise, Psicanálise de Freud a
Lacan e Psicologia Clínica e
Comunitária, graduada pelo Centro de
Estudos Superiores de Londrina (1981).
- Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
(CRP-08/1520)
Graduada em Psicologia (UTP - 1982).
Mestre em Educação (UTP-2003). Atua
como Psicóloga Clínica, professora e
supervisora universitária.
- Rosemary Parras Menegatti
(CRP 08/03524)
Especialização em Sociologia, formação
em Terapia Familiar Sistêmica, gradua
da em Psicologia (UEM - 1988). Atua
como professora universitária na
Cesumar - Maringá e nas Comissões de
Clínica, Avaliação Psicológica e
Estudantes - subsede de Maringá.
Classificados
Declaração
“Através da presente declaração o Conselho Federal de Psicologia e o
Conselho Regional de Psicologia – 8ª Região dão como valiosa a pioneira
contribuição de Dr. César Ricardo Skaf, que através de seu “Instruções
Técnicas para Elaboração de Atestados, laudos e Pareceres” constituiu
uma contribuição àquele momento pertinente e útil à classe dos psicólogos para a elaboração de documentos jurídicos.
A obra chegou a ser citada na obra de referência “Psiodiagnóstica-V”, de
Jurema Alcides Cunha, publicada pela Artmed Editora, Porto Alegre,
2000, compêndio este de referência nos seus temas em muitos cursos de
graduação de Psicologia no território nacional.
Ademais, os referidos Conselhos em nenhum momento tiveram a intenção
de desabonar as qualidades técnicas do autor, cuja obra tem uma projeção
e mérito evidentes.”
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27 de agosto Dia do Psicólogo
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25
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R. Constantino Marochi, 438 - Loja 02 - Curitiba - PR. Fone: (41)
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Londres. Maria Lúcia Bezerra (CRM 9050) psicoterapeuta, psiquiatria
infanto-juvenil. Vice-presidente ABMP. Data: Ago/Set de 2007 - 4ª
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Psicóloga Clínica e Terapeuta em EMDR
Informações: (41) 3338-8547 ou [email protected]
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e-mail: [email protected]
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Realização: IEF - Instituto de Ensino e Fomento, Universidad
de La Sabana-Colombia e Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Informações e inscrições:
IEF (41) 3233-56-76
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Semanalmente às 4as feiras à noite. Início: 01/08/07; B.
Quinzenalmente aos sábados. Início: 04/08/07. Gestalt-terapia
Infantil: 20 a 25/08. Carga horária: 20h. Informações: Fone: (41)
3019-4416. E-mail: [email protected]/Site: www.gestaltpr.com.br
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Coordenação: Lysle Marley Farion de Aguiar - CRP: 08/6930
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2 - Formação em avaliação psicológica - início em 10/08
3 - Formação em terapia cognitiva comportamental - início 18/08
4 - Responsabilidades/obrigações legais e técnicas do perito e do
assisitente técnico - 30 e 31/08.
Informações: www.avaliacaopsicologica.com.br ou (41) 3233-1422
Curso de Formação em Ludoterapia
Psic.Eliana Paciornik Galbinsky-CRP 08/00070
Duração: 2 anos
Início: AGOSTO de 2007
Informações pelos telefones:
(41)-3222-2514 à tarde - (41)-9963-0332
Site: www.cursodeludoterapia.com.br. Endereço: Rua Voluntários
da Pátria, 475 - 12º andar - conj 1212 - Centro-Curitiba-Paraná
Cursos em Avaliações Psicológicas
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Cursos: TAT 07/07/2007; Quati 28/07/2007;Teste do Desenho de
Silver 11/08/2007; PLG 25/08/2007; PMK Avançado 15/09/2007 ;
Bender( B-SPG) 22/09/2007 e Escala Beck 29/09/2007.
Horário das 14h às 20h. Endereço: Rua Nunes Machado, 472
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Fone: (41) 3323-5344 / 9112-8187 - e-mail: [email protected]
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(dirigido a profissionais da área da saúde e afins)
O Centro de Estudos Psicanalíticos já está com inscrições abertas
para o Curso de Formação em Psicanálise, com coordenação de:
Ernesto Duvidovich, Walkiria Del Picchia Zanoni e Equipe de
docentes. As entrevistas podem ser agendadas pelos telefones: (11)
3864-2330/ 3865-0017. Início: Agosto de 2007.
Horário: 5ª feira: das 18h às 21h.
Instituto de Psicologia Fronteiras Gestálticas
de Joinville - SC promove:1 - Curso de Formação Básica na
Abordagem Gestáltica. 2 - Curso de Formação: Processo e Terapia
Grupal. 3 - Curso de Formação: Casais, Famílias e Sistemas
Íntimos. 4 - Curso de Formação: A Dinâmica dos Grupos nas
organizações. 5 - Curso Introdutório à Abordagem Gestáltica.
Informações: (47) 34356740 - Rua Teresina, 128
Saguaçu - Joinville-SC. Site: www.fronteirasgestalticas.com.br
ou e-mail: [email protected]
Clínica Psicoterapêutica de Estudos e Atendimento em
Dependências Químicas.
Cursos em Curitiba
- 11/08/2007 - Aspectos Forenses em Transtornos Mentais
- 25/08/2007 - Dependências Químicas
- 15/09/2007 - Transtornos Mentais
Informações: (41) 3225.3024 - 3224.9379
[email protected] - Prof°. Luiz Renato Carazzai
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Vicente Sledz