Suplemento "Empresas +"
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Mensal - Distribuição gratuita com o jornal “Público” Encarte comercial da responsabilidade de Páginautêntica - Publicações, Lda e não pode ser vendido separadamente Edição n.º5 junho 2014 CEIA: O maior empreendimento da Região Oeste de Portugal Em destaque: Distrito de Leiria e Concelho de Vila Verde xxx VILAR Área total:17880m2 • Área coberta: 1167m2 • Área loteada: Projecto para construção de edifício multifamiliar com: 18 fogos habitacionais; 3 lojas rés-do-chão; 6 garagens cobertas VENDE-SE ALJUSTREL Área total: 3150 m2 • Snack-Bar/Restaurante; Armazem com +/- 100m2, com 3 divisórias; Duas esplanadas, uma com churrasqueira; Parque de estacionamento; Dois WC’s exteriores; Posto de abastecimento de combustíveis com 4 zonas de abastecimento; O posto de abastecimento está livre de qualquer contrato com alguma companhia petrolífera. SEDE Est. São Brás - Zona Industrial • 2540-136 Bombarral • Tel: +351 262 609 110 FILIAL Rua Francisco da Silva Duarte, Fracção L, Nº 157 • Parque Industrial Ferreiró, Avioso• 4475-269 Maia • Tel: +351 229 826 613 CEIA - Centro Equestre Internacional de Alfeizerão O maior empreendimento da Região Oeste de Portugal Em entrevista ao Suplemento Empresas+, Rogério Nunes, fundador e administrador do CEIA, fala sobre as mais-valias deste complexo desportivo, dedicado essencialmente à prática de hipismo mas que está também preparado para acolher outros desportos de pavilhão. Neste espaço, onde se encontra o maior picadeiro coberto da Europa, realizam-se provas nacionais e internacionais que projetam o concelho de Alcobaça além-fronteiras. Por forma a complementar as várias atividades aqui realizadas, o CEIA dispõe de quatro salas de restauração, bar, pastelaria/cafetaria e duas esplanadas. Está também projetada a construção de um hotel com 64 quartos, que vai concluir a oferta do Centro Equestre Internacional de Alfeizerão. História do CEIA O Centro Equestre Internacional de Alfeizerão, até à data um investimento que ronda os 16 milhões de euros, com apenas dois anos de existência, representa, para Rogério Nunes, não só o alargamento da sua área de atividade enquanto empresário, mas, essencialmente, uma vertente afetiva e geracional. “Isto começou por causa dos meus netos, quatro rapazes, dois dos quais gémeos. Eles começaram a brincar aos cavalos, andaram numa escola e ao aperceber-me que, apesar de jovens, tinham potencialidades ao nível do hipismo, decidi abraçar este projeto”, refere o mentor do centro. O CEIA é um centro hípico que, na Região Oeste, disponibiliza serviços de desbaste e treino de cavalos, escola, preparação de competição, pensionato (vulgarmente designado “penso”), formação teórica, exames de sela e que ainda proporciona a possibilidade de receber nesta zona formações organizadas pela Federação Equestre Portuguesa de juízes e de comissários graças às condições proporcionadas de salas de formação com as condições requeridas para o efeito. Picadeiros interiores e exteriores Idealizado para proporcionar as melhores condições tanto a cavaleiros, como a treinadores e alunos, o CEIA dispõe de dois picadeiros interiores e três exteriores. O CEIA tem o maior picadeiro coberto português, com cerca de 4.000m2 em piso “cushion track”, que é “um piso único em Portugal, que proporciona elevadas performances aos cavalos e previne lesões. Tem a característica curiosa de não precisar de levar água e, ainda assim, não fazer pó nem se desagregar, permitindo prestações constantes durante a competição”, explica Rogério Nunes. 2 Picadeiros Exteriores Piso Fluxo/Refluxo Picadeiro Exterior de Aquecimento Picadeiro Interior — Piso Cushion Track — 4.000m² Picadeiro Interior de Aquecimento 4 www.ceia.pt Este pavilhão conta com bancada para cerca de 1.100 pessoas e permite, para além de provas hípicas, a realização de desportos de pavilhão, possuindo para o efeito um piso amovível com características próprias, aprovadas pelas mais diversas federações desportivas. “Neste espaço, através da utilização de bancadas amovíveis, é possível aumentar a capacidade para os 3500 lugares sentados”. A dar apoio a este pavilhão e à realização das competições existe outro com 1800m2, piso de sílica e fibras geotêxteis, contemplando ainda 250 boxes. O espaço foi idealizado no seu todo para um dia ser também cenário para a realização de exposições e congressos. Tudo foi pensado para conseguir alber- gar atividades muito distintas, daí ter ainda uma boca de palco de grandes dimensões, que também serve para tribuna de júri dos concursos equestres. Por baixo, estão construídas oito cabines para 12 atletas cada e mais duas para árbitros. Rogério Nunes adianta, “estamos, neste momento, a programar e estruturar festivais de música. Se vierem a ser uma realidade, temos capacidade para albergar entre seis e sete mil pessoas”. A integrar a planta geral deste empreendimento de três pisos existem mais três pistas exteriores (60x40m, 75x95m e 130x85m) com bancadas para cerca de 1500 pessoas que permitem a prática de atividades ao ar livre. De maneira a tornar mais eficientes e rentáveis os recursos existentes, os campos exteriores do CEIA funcionam com um método de fluxo/refluxo, ou seja, um sistema colocado debaixo do solo que permite injetar água ou retirar, consoante as condições atmosféricas assim o justifiquem. O Centro Equestre tem ainda uma ETAR própria para tratamento dos resíduos que produz e ainda possui uma central de tratamento de águas por ionização, tornando a água novamente potável para utilização humana. No piso inferior do CEIA existem 250 boxes, sendo 185 de 9m2 e 65 de 12m2, para além de 20 casas de arreios. “Como queremos atingir um nível de cinco estrelas, estamos a dotar o centro com os requisitos necessários. E vamos cumprir esses requisitos, apesar dos custos acrescidos”, explica Rogério Nunes. viradas a sul “as pessoas têm uma vista privilegiada para os picadeiros e podem assistir às provas num local mais resguardado das bancadas enquanto providenciamos refeições ou serviços de catering”, salienta Rogério Nunes. O CEIA dispõe ainda de uma clínica veterinária, que brevemente irá estar aberta tanto para prestar cuidados a equídeos como a pequenos animais. Existem ainda duas lojas, uma com artigos para cavalos e cavaleiros, onde podemos encontrar todo o tipo de acessórios e equipamentos relacionados com equitação e outra com produtos e artigos regionais. De referir também que o parque de estacionamento do empreendimento tem capacidade para mais de 300 veículos, entre ligeiros e pesados, preparado com ligações elétricas e de água para quem pernoita. Atividades hípicas e medicinais Dentro das atividades disponíveis no Centro Equestre de Alfeizerão são de salientar as aulas com professores habilitados ao nível da equitação em geral, podendo os alunos escolher entre a dressage ou os saltos com obstáculos. O CEIA proporciona Restauração, veterinário e lojas Para dar apoio às diversas atividades realizadas, o CEIA dispõe de quatro salas de restauração com capacidade global de 650 lugares sentados, entre o bar, pastelaria e duas esplanadas. As salas do piso 0 servem refeições diariamente, enquanto as salas do piso 1 estão mais vocacionadas para a organização de eventos tais como casamentos, aniversários e almoços de empresas, entre outros, apoiadas por um segunda sala e uma esplanada. Nas duas salas Pastelaria Cafetaria Pão-de-Ló Snack-Bar Estrada Nacional 8—Km 89 Vale de Maceira—Alfeizerão 262 980 048—926 879 008 5 Atividades Hipismo - Saltos de Obstáculos - Dressage/Ensino - Equitação Terapêutica - Horseball Outras Atividades (a desenvolver em breve) - Andebol - Voleibol - Basquetebol - Futsal - Pentatlo Moderno (vertente de equitação) ainda a possibilidade de se efetuarem passeios pela região. A equitação terapêutica ou hipoterapia é mais uma das valências que está a ser implementada, sendo que “já colocámos à disposição de várias câmaras e escolas de educação especial, gratuitamente, a recuperação de crianças através da vertente equina. Temos terapeutas especializados nesta área, preparados para trabalhar neste tipo de atividade. É um tipo de terapia que apresenta resultados já comprovados e começa a ser muito solicitado”. 40 Profissionais formam o CEIA Ricardo Cabrera, neto de Rogério Nunes e vice-campeão de Portugal de Jovens Cavaleiros de Obstáculos, é um dos cavaleiros que diariamente se dedicam ao treino dos muitos cavalos de competição existentes no CEIA e integra uma equipa técnica da qual fazem parte neste momento seis tratadores, três cavaleiros, dirigida pelo diretor técnico do centro, major Pedro Carvalho (mestre de equitação). No total, o Centro Equestre conta com 40 colaboradores diretos, entre a parte hípica, administrativa e de restauração, sendo já um grande empregador do concelho de Alcobaça. Praticantes As lições de equitação são ministradas aos praticantes com o nível etário a partir dos cinco anos, quer seja com cavalos propriedade do CEIA, quer sejam dos próprios alunos. As lições são orientadas segundo três vertentes: RESTAURANTE 4 SALÕES RESERVAS PARA GRUPOS SERVIÇO BUFFET OU À CARTA www.ceia.pt [email protected] 262 980 048 — 926 879 008 6 Teoria Equestre, Maneio e Prática Equestre. Atualmente, o CEIA tem cerca de 80 alunos a frequentar as aulas, dadas por treinadores com classificação de grau I, II e IV. “Neste momento temos mais meninas do que meninos nas aulas. Começam bem pequeninos e podem ir até à idade sénior. As mulheres ocupam lugares de topo no que diz respeito ao hipismo em Portugal. Mais recentemente, temos recebido alguns alunos cujas ambições já estão em conseguir chegar à alta-competição, coisa que lhes podemos aqui proporcionar pois temos todas as condições para isso: cavalos, treinadores e infraestruturas”, explica Rogério Nunes. Cavalos e Criação Equina Considerando os cavalos próprios e os de clientes são já perto de uma centena os cavalos que habitam no CEIA, sendo que os de competição são, na sua maioria, para a vertente de obstáculos, havendo também alguns mais vocacionados para a dressage. Faz também parte das instalações do CEIA uma quinta com 17ha onde andam em regime de liberdade éguas e poldros. Com estas éguas “está a ser feito um trabalho de cruzamento com cavalos de renome mundial cujos sémens são adquiridos a centros especializados e que nos chegam prontos para inseminar. Dos animais já nascidos nas nossas instalações existem oito poldros, filhos de campeões olímpicos, mundiais e europeus sobres sobre os quais temos expetativas muito elevadas. Para além das nossas éguas, neste momento este com vários países para poderem fazer estágios em Portugal. “Nós levamos o nome de Alcobaça ao mundo todo. Somos visitados por gente de toda a Europa”, salienta Rogério Nunes. Projetos de futuro trabalho está também já a ser feito com animais de clientes que usam as nossas instalações para esse fim e é uma área que temos intenção de desenvolver, criando mesmo um centro de inseminação e banco de sémen, com reconhecimento internacional”, refere o proprietário do CEIA. Mercados externos De acordo com o mercado equestre nacional e Calendário de Provas 5 e 6 Jul - CSN-B - Saltos de Obstáculos 19 e 20 Jul - Horseball 26 e 27 Jul - Dressage 2 e 3 Ago - CSN-B - Saltos de Obstáculos 6 e 7 Set - Dressage 13 e 14 Set - CSN-B - Saltos de Obstáculos 27 e 28 Set - CSN-B - Saltos de Obstáculos 4 e 5 Out - Horseball 11 e 12 Out - CSN-B - Saltos de Obstáculos 24, 25 e 26 Out - CSN-A/C- Saltos de Obstáculos 1 e 2 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos 15 e 16 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos 21, 22 e 23 Nov - CSN-A/C - Saltos de Obstáculos 29 e 30 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos 6 e 7 Dez - Horseball 12, 13 e 14 Dez - CSN-A/C - Saltos de Obstáculos 18, 19, 20 e 21 Dez - CSI** - Saltos de Obstáculos 27 e 28 Dez - CSN-E - Saltos de Obstáculos internacional, 90% das pessoas que compram cavalos querem que estes já tenham sido montados. Por essa razão, o Centro Equestre Internacional de Alfeizerão está presente em vários países para onde vende a sua criação. Contudo, Rogério Nunes acrescenta, “os cavalos demoram 11 meses a gestar, depois durante seis meses não largam as mães e só posteriormente são separados das mesmas, não podendo ser montados antes dos três anos. Eu quero vender os meus cavalos e dar garantias de que são ótimos animais”. Ao nível dos praticantes e cavaleiros estrangeiros, o CEIA está a chegar a um acordo A fim de se tornar um centro de referência a nível global, está prevista a construção de um hotel num espaço de terreno contíguo ao CEIA. Este investimento prevê criar 64 quartos em três pisos, com o objetivo de servir não só os cavaleiros e familiares que frequentem o centro, mas também o público em geral. Num futuro próximo, o CEIA vai ainda ter um parque infantil, com profissionais responsáveis por cuidar das crianças enquanto os pais estão a treinar ou em competição. Concursos Nacionais e Internacionais O CEIA desde a sua abertura que vem organizando concursos nacionais e internacionais de obstáculos, bem como dressage e horseball. As entradas são gratuitas pelo que poderá ser a altura certa para poder visitar o CEIA e conhecer in-loco todas as valências que aqui referimos. CENTRO DE INSEMINAÇÃO VETERINÁRIO DESBASTE DE POLDROS TREINO DE CAVALOS www.ceia.pt 262 980 048 [email protected] 926 879 008 AULAS DE EQUITAÇÃO PREPARAÇÃO DE COMPETIÇÃO 7 Competição de Saltos Internacional (CSI**) Cavaleiros e amantes do hipismo elogiam qualidades do CEIA António Vozone Hugo Carvalho Francisco Fleming Ivo Carvalho 8 Durante a Competição de Saltos Internacional (CSI**), que decorreu no CEIA de 5 a 8 de junho, o Empresas + esteve à conversa com alguns cavaleiros e amantes do hipismo, que realçaram a qualidade das infraestruturas de um centro que, apesar da ainda curta existência, é já uma referência nacional na modalidade. As instalações do CEIA estiveram, no primeiro fim de semana de junho, lotadas de conjuntos inscritos e com muitos adeptos que não quiseram perder a oportunidade de assistir à Competição de Saltos Internacional (CSI) de 2 estrelas. No evento marcaram presença várias caras conhecidas da modalidade, que não pouparam elogios ao CEIA e às potencialidades que traz para o hipismo e para a própria região. Na opinião de António Vozone, campeão nacional de Saltos de Obstáculos em título, o CEIA “tem instalações fantásticas, e importa louvar esta grande iniciativa de Rogério Nunes”. Também o cavaleiro Francisco Fleming que monta cavalos do cantor José Cid, realça as “ótimas estruturas e instalações”, referindo ainda “a quantidade de concursos organizada pelo CEIA ao longo do ano, graças às pistas de exterior e interior de grande qualidade”. Por sua vez, Hugo Carvalho, um dos mais assíduos e mais premiados cavaleiros de todos quantos vêm ao CEIA, acredita que “estas são instalações ao nível do que há de melhor na Europa e, quando o hotel previsto no projeto, for construído, o CEIA será certamente um centro único no país e com grande potencial para atrair atletas do estrangeiro”. Ivo Carvalho, campeão nacional de jovens cavaleiros, tem também “uma opinião muito positiva do centro, uma vez que ajuda à evolução do hipismo em Portugal”. Luís Sabino, um dos mais consagrados cavaleiros nacionais corrobora dessa opinião, ao referir que “o hipismo é cada vez mais praticado no nosso país e, o CEIA, ao concentrar um grande número de valências distintas, é já, sem dúvida, uma referência nacional. Finalmente, Mário Wilson, cavaleiro da selecção nacional de obstáculos não esquece que “sem centros como o CEIA, o acesso à modalidade é cada vez mais dificultado e este centro será também um ponto de atração de estrangeiros para o país”. Sá Pinto não é, certamente, um nome a que associamos ao hipismo, mas também o ex-futebolista fez questão de assistir ao CSI**. “A minha filha Leonor, começou a montar há cerca de sete anos e, graças a ela, comecei a apreciar e a acompanhar a modalidade. O CEIA reúne excelentes condições para este desporto e para receber grandes concursos internacionais. Acredito que vai ser um projeto de referência a nível nacional e internacional”, termina. Luís Sabino Mário Wilson Rogério Nunes com Ricardo Sá Pinto Leonor Sá Pinto Cobermetal Tecnologia e Qualidade em Estruturas Metálicas Fundada em 1995, a Cobermetal é uma empresa de referência no ramo das construções metálicas, tanto a nível nacional como fora de portas. A Cobermetal insere-se no grupo Planeta SGPS, detentor de cinco empresas da mesma área e que se distinguem pela aposta na mais avançada tecnologia e qualidade dos seus produtos. Com sede na Batalha, a Cobermetal surgiu em 1995 e, graças à frequente aquisição de maquinaria e várias tecnologias, foi ganhando capacidade e implementando-se de forma sólida no mercado, sendo, hoje, uma das principais empresas do país na área das estruturas e construções metálicas. Com a diversificação do produto, a estratégia passou por criar várias empresas, surgindo assim o grupo Planeta SGPS. A par da Cobermetal, o grupo detém a Maxperfil, dedicada à perfilagem de produtos finos, chapa perfilada, acessórios, entre outros, a Etram, direcionada para os perfis metálicos (madres ) e chapas grande espessura, e a Telba, que trabalha na área das estruturas metálicas pesadas. Para além destas empresas, todas a laborar em território nacional, o grupo Planeta SGPS conta também com duas empresas no estrangeiro: a Couvermetal Marrocos e a Cobermetal Argélia. 9 Na rota das exportações Graças à forte aposta na inovação, design e qualidade dos produtos, a Cobermetal foi desde cedo uma empresa exportadora. 10 Graças à forte aposta na inovação, design e qualidade dos produtos, a Cobermetal foi desde cedo uma empresa exportadora, colocando os seus produtos em países como Espanha, Inglaterra, França e Finlândia. No entanto, foi em 2001 que a empresa apostou de forma mais sólida nos mercados internacionais, com a partida para Marrocos. “Apesar de muitas empresas nacionais não terem sido bem sucedidas em Marrocos, nós temos uma situação extremamente estável nesse mercado, onde crescemos, inclusive, muito mais do que em Portugal. Estamos ligados e mantemos parcerias com empresas de renome nesse mercado”, explica Carlos Crespo, CEO da Cobermetal. A entrada em mercados externos foi também uma forma de compensar a quebra sentida no mercado nacional, sobretudo a partir de 2009, com a chegada da crise. A partir de 2012, a aposta na internacionalização é reforçada, e os países do Magreb e Norte de África continuam a fazer as preferências do grupo. “Estamos a trabalhar muito bem em Marrocos e na Argélia, e uma das vantagens que temos em relação, por exemplo, às empresas que optam por se internacionalizarem em Angola ou Moçambique, prende-se com as distâncias, que são muito mais reduzidas”, continua o responsável, avançando, no entanto, que “se surgir alguma oportunidade, em termos de venda do nosso know-how e tecnologia ou através da constituição de uma parceria, não excluímos a hipótese de apostar nos mercados dos PALOP”. xxx. Complexo de Tomar As futuras instalações do Grupo Planeta SGPS albergam um conjunto de 10 pavilhões com 130 m comprimento por 20 m de largura mais um edifício só para escritórios. Área total = 58660 m² Área de fabricação = 26000 m² Área de escritórios = 1894 m² “Apesar de muitas empresas nacionais não terem sido bem sucedidas em Marrocos, nós temos uma situação extremamente estável nesse mercado, onde crescemos, inclusive, muito mais do que em Portugal. Estamos ligados e mantemos parcerias com empresas de renome nesse mercado.” Tecnologia e Design Vanguardista É graças a “um nível de tecnologia e equipamentos muito avançados, e uma forte aposta num design vanguardista”, aliados a uma experiência e know-how de mais de duas décadas, que a Cobermetal se consegue implementar, com sucesso, em vários mercados. Em 2013, a faturação do grupo Planeta SGPS ascendeu aos 13 milhões de euros, tendo-se verificado uma quebra face a anos anteriores. Neste momento, 60% da faturação das empresas do grupo sediadas em Portugal destina-se à exportação. Esse valor ajuda a colmatar a quebra sentida no mercado nacional que, apesar das dificuldades, continua a fazer parte dos planos de futuro da Cobermetal. “Já sentimos, ainda que muito pequena, uma ligeira recuperação, e acreditamos que daqui para a frente as coisas vão melhorar. Para além disso, do ponto de vista estratégico, continua a ser importante para nós estarmos sediados em Portugal”, continua Carlos Crespo. A principal aposta de futuro da Cobermetal deverá passar pela expansão para novos mercados, sobretudo no norte do continente africano. “Já sentimos, ainda que muito pequena, uma ligeira recuperação, e acreditamos que daqui para a frente as coisas vão melhorar. Para além disso, do ponto de vista estratégico, continua a ser importante para nós estarmos sediados em Portugal.” Grupo Planeta SGPS Outras empresas do Grupo - Maxperfil – Perfis Metálicos A Maxperfil possui uma vasta experiência no setor da perfilagem e quinagem. Uma aposta clara na qualidade e satisfação integral das mais rigorosas exigências dos seus clientes demonstram que a Maxperfil será a opção acertada numa solução global para a construção metálica. - Telba A Telba é uma empresa conceituada na construção de estruturas metálicas. Com um crescimento acentuado ao longo dos anos tem vindo a fazer um forte investimento, tanto em equipamento, como em recursos humanos. Hoje, possui capacidade para produzir um grande número de toneladas de maneira a fazer face aos variados pedidos de mercado. - ETRAM – Empresa Transformadora de Metais, Lda - Couvermetal 11 Pombo & Ferreira – Postos de Combustível e Metalomecânica Inovação pautada pelo crescimento externo Com sede no Bombarral e uma filial na zona Norte do país, na Maia, a Pombo & Ferreira emprega atualmente 36 pessoas e define a sua orientação estratégica, após avaliar a conjuntura do mercado, enquanto empresa prestadora de serviços no que diz respeito à manutenção de postos de combustível, construção de edifícios, desmantelamentos, metalomecânica, serralharia e eletricidade. José Silva, diretor executivo, conta com a ajuda do filho, Nuno Silva, atual diretor de operações, e, neste momento, a empresa encara a entrada no continente africano como um passo importante para a consolidação e crescimento. Execução da pala de cobertura - Horta - Açores A Pombo & Ferreira foi fundada em 1995, dando seguimento a uma empresa familiar do mesmo ramo de atividade e possuindo uma equipa de técnicos, com formação e experiência profissional na área da fabricação de depósitos, montagem e reparação de sistemas de medição de abastecimento de combustíveis, intervindo essencialmente na indústria petrolífera. Certificação de qualidade, ambiente e segurança Em 1997 é concedida a autorização para a construção de depósitos de combustíveis, de parede simples, segundo a norma NF-M88-512, atualizada para a norma EN 12285-2, emitida pela Direção Geral de Energia. No ano de 2000 obteve a sua qualificação pelo IPQ como reparador/instalador de Sistemas de Medição para abastecimento de Combustíveis. Em 2002, a Pombo & Ferreira obtém a licença de Exploração Industrial para o exercício da atividade de fabrico de depósitos para Líquidos e Serralharia ligeira e pesada e, desde 2010, implementa um Sistema de Gestão da Qualidade. As questões ambientais e de segurança são uma preocupação da empresa, o que a faz atuar de forma a minimizar os impactes ambientais e recorre sistematicamente à análise de riscos, envolvendo todos os seus trabalhadores. “Nós fazemos tudo o que tem a ver com manutenção e adequação de postos de combustível, área de construção, metalomecânica, serralharia e eletricidade. Apresentamos um posto de raiz, 12 Desmantelamento de parque de combustível e gás - Madeira chave na mão, incluindo o projeto e licenciamento”, esclarece José Silva. Ultrapassar as dificuldades do mercado interno Com uma faturação, no ano 2013, a ultrapassar os 2 milhões de euros, após dois anos consecutivos sem obter lucro, com incidência apenas no mercado interno, a Pombo & Ferreira assume que os ramos da metalomecânica e serralharia têm vindo a estagnar devido à paragem da construção. Contudo, a empresa tem conseguido superar as dificuldades por via dos seus clientes mais regulares, tais como as companhias petrolíferas. Por outro lado, a Pombo & Ferreira considera que Imagem corporativa e Portefólio Com o cunho inovador de Nuno Silva, a Pombo & Ferreira apostou recentemente na remodelação da sua estratégia de comunicação, destacando-se o lançamento do novo site da empresa onde os clientes e parceiros podem encontrar informação relevante. Entre vários outros trabalhos, a Pombo & Ferreira tem no seu portefólio postos de combustível Galp e Repsol, passando pelo desmantelamento do parque de combustíveis e gás da Shell, na Madeira, construção de postos de abastecimento marítimo no Porto de Leixões, Marina de Angra do Heroísmo, entre outros e até construção de várias moradias unifamiliares. Construção de depositos metálicos existe uma quebra na contratação dos seus serviços, apesar de acreditar que nos próximos anos existam melhorias. “As companhias petrolíferas em Portugal não estão a investir na construção de grandes estações de serviço, tendo em conta a conjuntura económica atual”, referem os entrevistados. Perspetivas de mercado externo A empresa aposta no mercado externo como solução para expandir a sua atuação. Para África, considerada a porta de saída, a Pombo & Ferreira tem dois empreendimentos em mãos. A empresa tem, neste momento, uma adjudicação para fazer uma instalação no Lobito, após ter efetuado “Nós fazemos tudo o que tem a ver com manutenção e adequação de postos de combustível, área de construção, metalomecânica, serralharia e eletricidade. Apresentamos um posto de raiz, chave na mão, incluindo o projeto e licenciamento” contactos com a Sonangol. Outro dos projetos inovadores, facilmente exportável para outros países, e que já rendeu 12 vendas para Angola, “passa pela fabricação de postos de abastecimento contentorizados. O contentor chega a um local, abre-se as portas, liga-se o gerador e temos um posto de combustível móvel. Prático e eficiente em locais remotos. Também fabricamos plataformas de lubrificação móveis, podendo estas ser aplicadas em viaturas pesadas tornando-as numa estação de serviço móvel, capacitada de prestar a manutenção a todas as máquinas numa obra”, explica Nuno Silva. Estabelecidas estas parcerias no estrangeiro, a empresa assume disponibilizar os meios humanos, técnicos e financeiros necessários e suficientes para o desenvolvimento, em segurança de toda a atividade da empresa. Posto de abastecimento Galp no Tojal 13 FGP – Comércio e Representação de Bebidas Equipa de sucesso premiada com a excelência Com 24 anos de experiência, a FGP - Fonseca, Garcia e Prazeres, representante da marca Unicer nos concelhos de Bombarral, Cadaval, Peniche, Lourinhã, Torres Vedras, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Mafra, Azambuja, Vila Franca de Xira, Alcobaça e Nazaré, encontra-se entre os maiores distribuidores nacionais, pelo território que abrange, atualmente, nos 13 concelhos acima descritos. José Fonseca e Carlos Garcia, sócios-gerentes da empresa, têm 55 pessoas a colaborar na empresa e orgulham-se de, ao longo deste tempo, terem constituído uma empresa bastante profissional. Em 1990, do convite da Unicer para se tornar um distribuidor oficial, nasce a FGP, com duas pessoas e apenas dois concelhos: Bombarral e Cadaval. Em apenas seis meses, e devido ao trabalho, dedicação e empenho pela marca, foi proposto à FGP a distribuição nos concelhos de Torres Vedras e Lourinhã. À data de 1996 a atuação passava já pela cidade de Peniche e parte sul deste concelho. Atualmente, com 17 elementos na área comercial e 25 elementos na área da distribuição, a FGP tem cerca 3500 clientes fidelizados. A empresa de distribuição de bebidas foi premiada em seis anos, ao nível da qualidade e serviço prestado, com a medalha de excelência. 14 Distribuidor oficial de marcas de referência Considerando-se uma empresa dinâmica e influente na zona Estremadura-Ribatejo, hoje apresenta-se aos seus clientes como distribuidora com os seguintes parceiros, Unicer, Sogrape, Diageo, Viborel e New Coffe entre outro. Representando, entre outras, as seguintes marcas: Super Bock, Carlsberg, Pedras Salgadas, Vitalis, Mateus Rosé, Planalto, Esteva, Barca Velha, Quinta Carmo, Cartuxa, Tapada do Barão, Quinta da Bacalhoa, Morganheira, Raposeira, Cutty Sark, Porto Ferreira, JB, Smirnoff, e as marcas de café Bogani e Cafeeira. Consolidação e crescimento das vendas Com perspetivas de crescimento ao nível dos clientes e com uma faturação anual de 9 milhões de euros, esta empresa ambiciona continuar a crescer nos próximos anos. A FGP comercializa sete milhões de litros de todo o tipo de bebidas por ano, entre cerveja, sumos e néctares, águas lisas e gaseificadas, cafés, vinhos e bebidas espirituosas. “Hoje são os litros que contam e não os euros. Vamo-nos adaptando às circunstâncias.”, afirma José Fonseca, acrescentando que “os nossos parceiros, com a introdução de novos produtos ou marcas, também nos têm ajudado no acompanhamento das tendências de consumo, permitindo assim fidelizar mais os clientes”. O foco de mercado da FGP está no mercado que se designa por Horeca, onde em Portugal se encontra o maior consumo de bebidas, apesar de nos últimos anos se ter assistido a um maior consumo dentro de casa. A nível percentual, o trabalho da FGP divide-se em traços gerais da seguinte forma: “O nosso mercado a nível de restauração é muito grande e a distribuição de vinhos foi mais um elemento. A Unicer representa 65% e os vinhos e derivados 35%, é uma mais-valia. Foi em boa hora que abraçamos esta parte”, refere José Fonseca. Um dos últimos projetos foi a abertura de uma Garrafeira destinada ao público em geral, nas instalações, que permite estar junto do consumidor final e perceber as suas preferências. Em 2014, associou uma Garrafeira Online, permitindo aumentar a geografia de venda. Neste momento, o projeto da FGP passa também por manter a consolidação orçamental. O investimento nas novas instalações tem apenas dois anos e rondou os 2 milhões de euros. Armazenagem dos produtos O armazém está desenhado de forma adequada, considerando a dimensão necessária, ou seja, o espaço mínimo coberto para armazenar três dias de stock. O fluxo operacional de cargas e descargas compreende o total do produto cheio e os vasilhames em stock, de modo a permitir a movimentação de cargas e descargas de viaturas durante o horário de serviço. Existem meios de stockagem adequados à optimização vertical do espaço, ou seja, suportes (prateleira, seed locks). Estes suportes permitem a política FIFO (o primeiro lote de produto a entrar em armazém é o primeiro a sair). Dinâmica de equipa A FGP aposta e investe atualmente em formação, facultando o desenvolvimento ao nível das competências profissionais dos seus colaboradores. “Queria salientar o espírito de sacrifício dos funcionários desta empresa. Esta é uma empresa familiar, brincamos, trabalhamos e respeitamo-nos uns aos outros. O sucesso é coletivo”, salienta José Fonseca. 15 Américo Alves, S.A. Interotel – A marca referência em produtos e soluções para profissionais da restauração e hotelaria O Grupo Américo Alves iniciou a sua atividade em 1975, através da Alves & Alves, Lda, empresa com atividade marcante no canal doméstico - utilidades e decoração para o lar. Em 2002 Américo Alves percebe que o percurso daquela empresa, que entretanto incorporara no portefólio alguns produtos de utilização profissional – restauração - tinha que ser especializado, criando então a Américo Alves, S.A., com sede em Caldas da Rainha. Emerge então o conceito de produtos direcionados a clientes do canal profissional de restauração e hotelaria. Era a génese da Interotel. possibilitou o nascimento no Grupo de um novo conceito e de uma marca hoje de referência, a Interotel”, explica o fundador da marca. O Grupo de empresas conta com mais de 50 colaboradores e tem tido um crescimento e evolução sustentadas. O volume de negócios emerge entre os 5 e 10% ao ano. “Tivemos um crescimento médio de 8%, pois contamos com as adversidades da conjuntura económica no canal doméstico [Alves & Alves], enquanto o crescimento e expansão da Américo Alves é acentuado. A Interotel tem aqui um peso muito relevante”, afirma Américo Alves. Interotel – A marca Américo Alves, hoje com 68 anos, lidera o Grupo com a colaboração do seu filho Júlio Alves. “Na vida, o trabalho e a dedicação aos produtos e clientes, foram sempre a minha orientação. A experiência empresarial de décadas A necessidade de produtos para os profissionais de hotelaria é complexa. Este universo comporta segmentos díspares que vão da pastelaria, ou da nossa tradicional “tasca” ao hotel, passando pelos mais diversificados conceitos de restauração comercial e institucional. É necessário um trabalho constante de procura e inovação nos produtos. A oferta Interotel é hoje superior a 40.000 referências e a predisposição é de apresentar mais soluções e produtos. Mercado Interno e áreas de produtos Com uma estrutura sólida, profissionais especializados e com três plataformas de distribuição (pontos de venda de tipologia cash & carry) implantadas em Caldas da Rainha, Sto. Antão (Batalha) e Buarcos (F. Foz) a Interotel tem um nível global de stocks e capacidade instalada, que normalmente permitem satisfazer “na hora” as necessidades do cliente. A Interotel é pois sinónimo de produtos e soluções para 16 cozinha, pastelaria, mesa, buffet, bar, equipamento, higiene, limpeza, fardamento e descartáveis. A relação preço/qualidade é sustentada com uma oferta múltipla de produtos, para uma mesma finalidade. “A nossa preocupação é que o cliente sinta na Interotel a confiança, profissionalismo, serviço e satisfação, nos produtos e preços, com a capacidade de resposta dos nossos stocks”, salienta Américo Alves. Interotel – Comunicação e Distribuição Tendo os pontos de venda afastados dos grandes centros, a Interotel disponibiliza recursos em plataformas digitais (via Internet) aos clientes registados no seu site. As novas tecnologias são cada vez mais uma ferramenta de trabalho e uma ponte de apoio para o cliente, pois os catálogos digitais facilitam a ligação com a empresa na hora de procurar soluções. “Também na cobertura dos principais grupos hoteleiros e centrais de compras, a Interotel se faz notar, com visão de mercado e estratégias que, sem precipitações ou atropelos, vão marcando posição”, comenta Américo Alves. Produtos – Origens As necessidades e exigências são, hoje, multifacetadas. Os novos conceitos, as misturas de influências étnicas, as nossas tradições… um Mundo! Assim a Interotel disponibiliza produtos de origem nacional ou importados. Vão das principais marcas produzidas em Portugal, em porcelana ou cutelaria, até marcas de referência importadas. Assim é tão relevante perceber que Américo Alves é sócio-fundador da Costa Verde, como é importador de escala sob a marca Interotel. O mercado assim o exige. Mercado externo “O peso do mercado externo no nosso volume de negócios é hoje inferior a 10%”, diz Américo Alves, ciente que a internacionalização da Interotel é o próximo passo. Projeta então a Interotel aumentar a visibilidade e presença da marca no mercado externo. Está já garantida para 2014 a presença nos principais certames europeus da especialidade, perspetivando potenciar o volume de negócios de forma sustentada. Angola, mercado emergente e de valor seguro, assim diz Américo Alves, tem tido presença da Interotel em negócios pontuais, principalmente através de compras efetuadas em Portugal. Agora, a Interotel prepara-se para selecionar dois ou três parceiros locais, com quem partilhe know-how e produtos, permitindo-lhes especialização e portefólio. A análise que efetua aos potenciais parceiros angolanos é paralelamente estendida aos Palop, pois a capacidade como importador de escala permite olhar para esses mercados e concluir que a expansão da marca é transversal aos mercados interno e externo. 17 Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão Delícias com história e tradição Fundada há 89 anos, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão foi a primeira a comercializar este doce de origem conventual, cuja receita remonta ao século XII da nossa história. Situada perto de Alcobaça, uma zona do país onde antigamente existiam inúmeros conventos, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão não deixou cair no esquecimento as receitas de diversas iguarias conventuais e ainda hoje as fabrica e comercializa para delícia dos seus inúmeros clientes. Além do famoso pão-de-ló, temos as restantes especialidades em doces regionais como as trouxas-de-ovos, as queijadas, os suspiros, empadas de galinha, entre muitos outros. Reza a história que a receita do pão-de-ló de Alfeizerão tem a sua origem no Mosteiro de Santa Maria de Cós, em Alcobaça, ainda no século XII. Quando, no século XIX, várias ordens religiosas foram alvo de brutas perseguições, diz a história que algumas freiras ter-se-ão refugiado na pacata vila de Alfeizerão, e que na altura teriam passado a receita deste bolo às senhoras da terra. Além da sua história, do pão-de-ló de Alfeizerão é também contada uma antiga lenda. A zona de Alfeizerão e São Martinho do Porto eram frequentes locais de estadia do rei D. Carlos e na mesa do rei não poderiam faltar as iguarias da região. Diz a lenda que, numa das visitas das cortes do rei, o nervosismo de uma das cozinheiras fez com que a cozedura do pão-de-ló ficasse incompleta, ficando com a sua única consistência e aspeto que ainda hoje apresenta. Fundada há 89 anos pelo padre João Matos e sua irmã, 18 Adília de Matos Vieira, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão fez com que, ao longo dos anos, muitas receitas de iguarias e doces conventuais não se perdessem no tempo e ainda hoje mantém vivas todas as histórias e sabores de antigamente. Ao longo destas quase nove décadas de história, a casa começou por ganhar fama pelos seus doces e respetivo pão-de-ló e começou por ser ponto de paragem obrigatória de inúmeras pessoas que viajavam de norte para sul, e vice-versa, e que escolhiam a região para passar os meses de veraneio. A fama dos sabores da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão ultrapassou gerações e o local encerra em si atualmente, recordações, histórias e um sem número de episódios de vida de muitas pessoas que ainda hoje se mantêm vivas neste local. Por isso, há 20 anos que José Castro abraçou o projeto da Casa de Pão-de-Ló de Alfeizerão para não deixar morrer a tradição e a história da primeira casa de pão-de-ló da terra, além de que o próprio passou a sua infância neste local, nutrindo por isso um sentimento mais do que puramente empresarial por este negócio. Fizeram obras de remodelação e aumento de instalações de modo a “voltar a caracterizar esta casa nos moldes que toda a gente conhecia, remodelando de acordo com a traça inicial. Dotámos a casa de melhores condições de resposta e procurámos repor o pão-de-ló no seu devido lugar e fazer ver ao público que nós estávamos cá como antigamente e com a mesma qualidade de sempre”, salienta José Castro. Atualmente com dez colaboradores, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão é a única da terra a fazer parte da Confraria do Pão-de-Ló Tradicional Português. Trata-se de uma casa com muita história e tradição e, por isso, “há um mercado da saudade. Com a evolução dos tempos, quem vem aqui é realmente quem gosta, quem vem matar a saudade da qualidade dos produtos”, diz José Castro. Apesar dos picos de negócio serem no Natal, na Páscoa e no verão, durante todo o ano a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão recebe inúmeros clientes para degustar as suas especialidades. Ao pão-de-ló tradicional que é a bandeira da casa, juntam-se as trouxas-de-ovos, queijadas, suspiros, entre muitos outros doces de origem conventual. Além das especialidades tradicionais, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão procura também a introdução de novos produtos, entre os quais bolos sem glúten, e uma das especialidades da casa que tem tanta procura como o pão-de-ló são as empadas de galinha. Para manter viva a tradição, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão faz todos os dias visitas guiadas para grupos às suas instalações, visitando toda a área da produção, com a degustação de vários doces no final. “Temos uma parceria com a Fundação Inatel, que através do turismo sénior nos permitem ter cá pessoas nos períodos mais baixos. Há também uma parceria com a Embaixada do Japão, de onde chegam muitos turistas japoneses, onde a tradição do nosso pão-de-ló foi levado para lá pelos nossos missionários”, frisa Helena Castro, esposa de José Castro e sócia do espaço. Um desejo antigo dos proprietários da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão era que partisse das “entidades estatais fazer a denominação e certificação de origem e criar uma associação. Se nós nos juntássemos e estabelecêssemos padrões de qualidade, mais a denominação de origem, podíamos melhorar a qualidade de todos e proteger o nosso produto”, explica Helena Castro. A delícia do pão-de-ló de Alfeizerão faz com que a casa tenha constantemente várias solicitações para colocar o produto noutros pontos do país e até no estrangeiro. “Temos a expansão no nosso pensamento, mas não queremos massificar devido aos padrões de qualidade. A partir do momento em que temos o nosso pão-de-ló em todo o lado, perdemos o nosso fator de diferenciação”, refere José Castro. Assim, nos planos de futuro da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão continua a estar a missão de manter o local como uma casa de referência na rota da doçaria nacional e na preferência dos seus clientes, dos avós aos netos. No ajuste à nova realidade, mas sem deturpar a tradição, poderá existir a longo prazo a expansão a nível nacional e a internacionalização do produto. 19 RGE – Engenharia de Moldes Os moldes do presente para os produtos do futuro Com 25 anos de atividade, a RGE dedica-se à produção de moldes para a indústria de plásticos e fundição injetada de alumínio e zamac. Situada na Marinha Grande, a empresa tem ao seu dispor as mais variadas e modernas soluções existentes no mercado para ser o seu parceiro de negócio. Com tecnologia de ponta e recursos humanos qualificados, a RGE projeta, desenvolve e fabrica os seus moldes destinados a várias áreas de atividade, desde a indústria automóvel, aos eletrodomésticos, iluminação entre outros. Atualmente, 60% dos moldes produzidos pela RGE são para exportação direta. 20 Fundada em 1984, a RGE nasce no seio de um dos mais importantes clusters industriais do nosso país. É na Marinha Grande que se situa a maioria das indústrias de moldes existentes em Portugal, num tecido industrial sobejamente reconhecido a nível mundial. Neste campo, a RGE desenvolve a sua atividade no início da cadeia produtiva, ou seja, a empresa produz os moldes que irão dar origem às peças com que são fabricados os mais variados tipos de produtos em diferentes ramos de negócio. Com 22 colaboradores, a empresa da Marinha Grande atingiu em 2013 um volume de negócios superior a 1,6 milhões de euros, sendo que 60% deste total diz respeito a negócios diretos para o mercado externo. No entanto, a restante fatia deste bolo também se destina na sua larga maioria à exportação, através de clientes nacionais. E porque esta indústria tem um mercado bastante abrangente, carece hoje em dia de empresas que forneçam soluções técnicas e que, ao mesmo tempo, possam dar total resposta às exigências do setor. Há 25 anos que a RGE fornece ao mercado e aos seus clientes soluções para os seus problemas, assumindo-se como o parceiro de negócio ideal. A RGE dedica-se ao projeto e fabrico de moldes para a indústria de produção em massa de peças e componentes plásticos e peças através da fundição injetada de metais como o alumínio ou o zinco. No seu processo operacional, a empresa dispõe de vários departamentos que acompanham todo o processo produtivo, desde o desenho informático do projeto do molde, passando pela sua maquinação até ao departamento de qualidade que atesta a precisão e fiabilidade dos moldes produzidos. Os moldes fabricados pela RGE destinam-se a empresas especializadas na produção de peças e componentes para vários setores de actividade, seja para a indústria automóvel, eletrodomésticos e aplicações domésticas, setor eletrónico ou para utilidades diversas. Atualmente, 60% dos moldes fabricados pela RGE são para a indústria dos plásticos e 40% para a fundição injetada de metais. Uma vez que 65% dos moldes produzidos pela empresa da Marinha Grande são para exportação direta, a empresa exporta muito para o mercado europeu, nomeadamente para a Alemanha, onde se concentram grandes marcas de automóveis ou para a Inglaterra, na indústria de aplicações domésticas e outras. Ao nível dos metais, a RGE já produziu moldes para a indústria das energias eólicas e para o setor da iluminação, mais precisamente a iluminação LED “porque este liberta grandes temperaturas e estas lâmpadas só podem ter uma estrutura em metal para dissipar o calor”, informa José Carlos Magalhães, um dos sócios-gerentes da empresa. Olhando para o panorama atual do mercado, prevê-se que, no futuro, a procura de moldes para a fundição de metais sofra um aumento de procura, pois “é uma alternativa e um nicho de mercado que tem ganho cada vez mais espaço”, refere João Alexandre, diretor geral da RGE. Isto é explicado porque “estamos há quatro anos a expandir a vertente comercial da empresa e está a começar a dar frutos. O ano passado foi o ano que obtivemos mais volume de negócios e este ano está a manter-se”, continua João Alexandre. Isto é explicado também pela presença cada vez mais assídua da RGE RGE em feiras internacionais da especialidade no setor. No futuro, está nos planos da RGE operar alguns investimentos na área fabril, contudo, “isto é uma atividade muito exigente. Há necessidade de fazer alguns investimentos na área fabril, porém, a incerteza em termos da conjuntura económica deixa-nos a pensar se devemos fazer no imediato ou esperar”, salienta Gabriel Alexandre, também sócio-gerente da RGE. Apesar de a empresa estar a crescer sustentadamente, a sua política de atuação no mercado é sensata e moderada, o objetivo primário passa então por abordar novos mercados externos e consolidar a sua posição tanto no mercado nacional como nos países para onde já exporta. ENGENHARIA DE MOLDES, LDA. MOLDES PARA A INDÚSTRIA E FUNDIÇÃO INJECTADA MOULDS FOR THE INDUSTRY DIE CASTING 21 NORMAX – Fábrica de Vidros Científicos Liderança e qualidade na produção do vidro Implementada no mercado desde a década de 60, a Normax, fundada por Joaquim Manuel Gomes, pai de Joaquim e Rui Gomes, atualmente sócios-gerentes da empresa, é líder nacional destacada na produção e distribuição de produtos para as áreas da Saúde, Educação, Investigação, Controlo e Indústria. Ao nível do mercado externo encontra-se presente nos cinco continentes. Hoje em dia com 94 colaboradores, a empresa domina uma grande variedade de tecnologias para transformação de tubo e chapa de vidro, assim como diversas técnicas de fabrico de vidro fundido, quer através das linhas automáticas da transformação, quer através do fabrico manual. Criada por uma família de vidreiros, desde a geração dos avós aos pais, que trabalhavam a cultura do vidro em casa, a Normax tem vindo a crescer a um ritmo sustentado, sendo que o maior impulso se deu em 1975 com a mudança para as atuais instalações. A atividade da Normax passa, para além da produção de todo o tipo de artigos em vidro para laboratório, pela comercialização de bens consumíveis de laboratório e hospitalares, que vão desde os plásticos, doseadores de líquidos, reagentes, material de colheita, passando pelo material cirúrgico e mobiliário clínico até à assistência preventiva e corretiva de equipamentos médicos e científicos. Joaquim Gomes resume, “somos fornecedores de material de laboratório para todo o tipo de entidades que precisem de fazer ensaios. Universidades, farmacêuticas, hospitais, laboratórios clínicos, ou seja, qualquer tipo de empresa que tenha um laboratório é um potencial cliente”. Representação exclusiva de marcas mundiais e mercado externo Apesar de enfrentarem a concorrência na área do vidro, estabelecida pelas empresas importadoras, a Normax orgulha-se de representar algumas marcas de prestígio mundial que confiaram na sua equipa de vendas para promover e introduzir idoneamente os Normalab O Normalab - Laboratório de Calibração de Vidraria Volumétrica da Normax dedica-se à manutenção e calibração de instrumentos de medição de volumes, tais como micropipetas, doseadores, buretas e vidraria volumétrica em geral. Disponibiliza um serviço de recolha e entrega em qualquer ponto de país, incluindo ilhas. 22 seus produtos em todo o país. Com uma faturação anual de cerca de 7,5 milhões de euros, da qual resultam 2 milhões em exportação, Joaquim Gomes refere, “o ano passado foi o nosso melhor ano de vendas no mercado interno e este ano vamos bater essa fronteira. Há oportunidades que aparecem e vamos aproveitar esses momentos para aumentarmos o número de artigos com a nossa marca própria”. No mercado externo, onde está presente em 60 países, o equivalente a 80% do escoamento do material produzido, a Normax considera a vizinha Espanha o melhor mercado europeu. As vendas para o mercado angolano estão em crescimento e no continente asiático têm já negócios na China. Últimos investimentos e projetos de futuro As mais recentes apostas da empresa têm passado pela área tecnológica e investimento em equipamentos de fabricação produzidos, exclusivamente, pela empresa. Os produtos mais vendáveis da Normax são fabricados com tecnologia própria. O futuro passa pela diversificação de mercados, “em vez de 200 clientes ativos queríamos ter 300 ou 400 e estar em 80 países”, explica o diretor geral. Desde há três anos a esta data, a Normax realiza um encontro nacional de distribuidores externos, onde disponibiliza nas suas instalações formação técnica de vidro, recebendo pessoas de todo o mundo. Moldetipo A moldar o futuro Direcionada para a conceção e engenharia de moldes, a Moldetipo tem expandido, desde a sua fundação, o seu raio de intervenção a diferentes pontos do globo. Para além da unidade da Marinha Grande, a empresa tem já uma filial no México e abriu, mais recentemente, outra na China. A Moldetipo pauta-se pelo elevado grau tecnológico das suas soluções, somando clientes de prestígio na indústria automóvel e de eletrodomésticos. A Moldetipo assumiu-se, desde a sua origem, em 1996, como uma empresa exportadora, tendo começado pelo mercado europeu e, aos poucos, expandindo o seu raio de ação a vários países por todo o mundo. Em 2007 nasceu a filial no México, dedicada à manutenção de moldes e, mais recentemente, em 2013, a empresa deu um novo passo na internacionalização, com a abertura de uma filial na China. A Moldetipo conta, assim, com uma equipa de 60 colaboradores dividida pelas suas três unidades, tendo atingido, em 2013, um volume de negócios que ultrapassa os 15 milhões de euros, num crescimento de 30% face a 2012. Adotando a máxima “From ideas to series”, a Moldetipo investe na conceção de soluções integradas para o cliente, que nascem com uma ideia e terminam com o produto final. A empresa aplica técnicas avançadas no fabrico de moldes de injeção de plástico, recorrendo a tecnologias inovadoras na área de moldes bimatéria, sopro e injeção de água. Com grande flexibilidade em relação às necessidades dos clientes, a Moldetipo tem uma equipa de projeto multidisciplinar e experiente, apostando nos rápidos prazos de entrega e preços ajustados ao mercado. A empresa dedica-se a 100% à exportação, com o mercado europeu a representar 60% do volume de negócios (Alemanha, França, Suécia e Espanha). Fora da Europa, o México é um dos mercados mais relevantes, e a China e Índia são apostas que têm ganho expressão. O setor automóvel representa 70% da faturação da Moldetipo, com clientes de prestígio internacional como a Renault, Rolls Royce e Porsche. A segunda área de negócio mais forte é a indústria de eletrodomésticos, mas a empresa desenvolve também produtos para áreas como os plásticos para a indústria médico-farmacêutica, ou até setores tecnologicamente muito exigentes, como a nanotecnologia, a injeção de peças plásticas assistidas com água o os moldes para plásticos reforçados com fibra de vidro. Destaca-se, em particular, um projeto de ID&T desenvolvido pela empresa, com suporte no âmbito do QREN Inovação (IAPMEI), que permitiu o lançamento de um pedal de embraiagem marca BMW através do processo de injeção de água. Trata-se de um produto que permite uma redução de custo de 50% para o cliente face a um pedal convencional. Neste momento, a Moldetipo já se encontra em negociações com a Mercedes para avançar com a mesma solução tecnológica. Mais do que uma empresa exportadora, a Moldetipo é já, atualmente, uma empresa internacional, com unidades de negócio espalhadas pelo mundo, particularmente em países com taxas de crescimento do setor automóvel acima dos 10%. Dentro deste âmbito, a expansão continua a fazer parte dos planos de futuro da empresa, sendo a Índia, a médio prazo, um dos mercados mais apetecíveis. 23 Megatech Industries – Marinha Grande Uma referência no grupo Sediado na Áustria e com unidades distribuídas por vários países em dois continentes, o grupo Megatech Industries é especializado na conceção, desenvolvimento e produção de vários tipos de componentes plásticos para a indústria automóvel. Em 2011, o grupo opta por instalar uma unidade produtiva na Marinha Grande. Em dois anos, a fábrica portuguesa atinge um crescimento de relevo, duplicando o número de produção, volume de negócios e ao mesmo tempo de colaboradores. Este êxito nos negócios fez da unidade da Marinha Grande um exemplo para todo o grupo. 24 Com 70 anos de história, o grupo Megatech Industries tem hoje com 1500 colaboradores à escala mundial, contando com várias unidades produtivas e de desenvolvimento de componentes para a indústria automóvel em vários países da Europa e no Brasil. No decorrer da sua estratégia de crescimento, em Abril de 2011 o grupo adquire uma empresa familiar na Marinha Grande, uma empresa portuguesa já inserida no setor de atividade da Megatech. Especializada na conceção, desenvolvimento e produção de sistemas, módulos e componentes de plástico para a indústria automóvel, a Megatech Industries produz na Marinha Grande, componentes para grandes marcas de viaturas e peças como o grupo PSA, Plasticomnium, Faurecia e Valeo. A unidade portuguesa conta com 60 colaboradores e tem um volume de negócios na ordem dos quatro milhões de euros, sendo que 95% deste valor se destina à exportação. Em apenas dois anos, a unidade portuguesa da Megatech Industries alcançou números de crescimento relevantes, duplicando a sua produção e volume de negócios e por consequência o número de colaboradores. “O êxito da Marinha Grande tem a ver com a revolução que fizemos na fábrica. Incrementamos o número de colaboradores, duplicamos a produção e faturação. Hoje somos uma referência no grupo. O trabalho que fizemos nestes dois anos demonstrou as boas capacidades que tem a fábrica e há boas perspetivas para o futuro. Em 2013 entraram novos projetos que representam 85% da faturação. A entrada dos novos moldes para o modelo Citroën C4 Picasso foi o que nos fez despoletar”, salienta Sara Mendez, diretora de fábrica da Marinha Grande. O facto de a Megatech Industries não se especializar somente no fabrico dos componentes, mas também na sua criação e desenvolvimento, faz com que o grupo trabalhe com as melhores marcas de viaturas e peças do ramo automóvel. Esta grande mais-valia de inovação resulta do centro técnico do grupo situado no País Basco em Espanha. “É uma entidade que dá suporte a todo o grupo, possuidora de muitas patentes, com mais de 30 anos de experiência e uma equipa técnica de mais de 40 engenheiros que fazem todo o desenvolvimento das peças e têm demonstrado soluções inovadoras”, explica Sara Mendez. Os planos de futuro do grupo Megatech Industries passam naturalmente pelo crescimento agregado de todas as unidades. “Acreditamos que podemos trazer inovação e desenvolvimento a esta indústria”, diz a diretora de fábrica da Marinha Grande. A respeito da unidade portuguesa, as perspetivas são otimistas, pois o objetivo é até 2016 crescer o dobro destes últimos anos. Sendo já uma referência no grupo Megatech Industries, a fábrica da Marinha Grande continuará a vencer e a convencer com o seu crescimento. DB Schenker Portugal Aposta em Portugal reforçada Prestes a completar 50 anos em Portugal, a DB Schenker, presente em cerca de 130 países em todo o mundo, tem reforçado a sua aposta no território nacional. O investimento de nove milhões de euros num novo centro logístico em Vila do Conde veio centralizar e otimizar as operações da empresa na região Norte e dar emprego a 170 colaboradores. A par disso, a DB Schenker considera a sua presença em Portugal uma vantagem por vários fatores, entre os quais a ponte com o mercado angolano, onde também já se instalou. O novo centro logístico de Vila do Conde veio substituir os armazéns da DB Schenker na Maia e concentrar todas as operações num só local, com mais de 14 mil metros quadrados. O novo layout, que combina as atividades de logística e “cross docking”, tem como vantagens “a otimização dos recursos, uma melhoria significativa nos processos e organização, com reflexos no aumento da produtividade e qualidade de serviço ao cliente”, refere Frank Gutzeit, diretor geral da DB Schenker Portugal. Trata-se de um investimento de 9 milhões de euros e que vai assegurar cerca de 170 postos de trabalho. A nível nacional, a DB Schenker conta com mais de 350 colaboradores e uma frota de 350 viaturas. “O nosso serviço é a logística integrada. Oferecemos um leque vasto de soluções ao cliente, que vai desde o transporte à armazenagem, carga marítima, aérea, entre outros serviços associados. Em Portugal, não existem muitas empresas com uma gama de serviços tão alargada como a DB Schenker. Estamos no top 3 dos maiores operadores de logística e transportes a nível nacional”, continua Frank Gutzeit. Mesmo em tempos economicamente conturbados, a DB Schenker mantém uma aposta estratégica no nosso país. “Devido à existência de vários fornecedores do setor automóvel, cuja produção se destina a 100% para a exportação, conseguimos desenvolver em Portugal uma divisão que se dedica apenas à área das componentes automóveis. Neste momento, e dentro do grupo, Portugal é o segundo país mais forte nesta área, logo atrás da Alemanha”. Para além disso, a DB Schenker implementou-se em Angola, e a ligação com Portugal é crucial. “A DB Schenker Angola vai reportar diretamente a Portugal, e nós temos cá competências muito valiosas no relacionamento com Angola, nomeadamente a língua e as semelhanças no sistema legal”, refere. A empresa já “oferece um serviço muito estável e de grande qualidade em Angola”, contando com 40 colaboradores. As relações privilegiadas de Portugal com os PALOP também serão vantajosas para o mercado moçambicano, para o qual a DB Schenker pretende avançar em breve. No futuro, a DB Schenker pretende aperfeiçoar o seu serviço nas mais diversas vertentes, inclusive na distribuição nacional, que iniciou há cerca de dois anos, com entregas feitas em 24 horas. “Estamos a ter muito sucesso com esse serviço, porque somos muito cumpridores em termos de prazos. Temos ganho novos clientes todos os dias”, atenta o responsável. Mas, a DB Schenker promete ir ainda mais longe. Um dos projetos prestes a entrar em funcionamento é o serviço de transporte ferroviário. Iniciado em 2012, este serviço foi entretanto suspenso devido a obras em França, mas, e depois de estudadas as melhores alternativas, as diferentes delegações da DB Schenker na Alemanha, França, Espanha e Portugal chegaram a um consenso que lhes vai permitir retomar a aposta no transporte ferroviário. “É uma iniciativa inovadora e muito positiva para Portugal, porque a ligação ferroviária vai permitir que as empresas sejam mais competitivas num cenário europeu, sobretudo se tivermos em conta que, nos próximos anos, a tendência é que o transporte rodoviário seja cada vez mais dispendioso e prejudicial para o ambiente”, termina Frank Gutzeit. 25 Dingipeças – Comércio de Peças Automóvel Experiência e qualidade no mercado das peças A Dingipeças, sediada em Madeiras, Leiria, conta com a experiência de 35 anos no comércio de peças para automóveis, devido ao saber adquirido ao longo dos anos por Alberto Flora, de 50 anos, e José Luís, de 47, que concretizaram o sonho de se estabelecerem por conta própria em Abril de 2002. Atualmente com 13 colaboradores, a Dingipeças é representante oficial no distrito de Leiria da marca de lubrificantes Valvoline, tendo sido distinguida em 2013, pela mesma entidade, com o prémio de Maior Implementação Local, e considerada uma PME Líder no mesmo ano. 26 “O projeto começou porque já trabalhávamos juntos na área. Eu, desde 1977, e o José Luís entrou pouco depois, em 1980. Quando criámos a Dingipeças, há 12 anos, éramos apenas três pessoas, eu fiquei responsável pelas peças e ele era vendedor”, começa por afirmar Alberto Flora, a propósito do início da empresa. Liderança na distribuição de equipamento original O principal objetivo da Dingipeças é prestar um bom serviço, conciliando profissionalismo e qualidade nos produtos que comercializa e serviços que presta. Por essa razão trabalha, desde o início, com marcas de referência do ramo automóvel, tais como a Opel, Ford, Volkswagen, Mercedes e BMW. Entre outros artigos automóveis, a Dingipeças é também distribuidor oficial de marcas mundiais como a TRW, Lucas e LUK-INA-FAG e nas suas instalações os clientes podem adquirir peças para embraiagem, travagem, suspensão, rolamentos, filtros, escovas limpa vidros etc. Com um leque de clientes de cerca de 130 oficinas apenas no raio de ação do distrito de Leiria, a aposta e o sucesso da Dingipeças passa pela venda de artigos testados e certificados, sem margem para reclamações e, essencialmente, pela rapidez no serviço de entrega das peças às oficinas. Com cinco viaturas ao serviço da distribuição, “a nossa filosofia é termos três pessoas na rua, que fazem uma ou duas rotas diárias. Aqui perto, atuamos sempre que o cliente solicita, o que pode ser quase de hora a hora. Há sempre clientes que vêm cá ao balcão, mas são cada vez menos”, salienta o sócio-gerente e supervisor de distribuição, José Luís. Com um crescimento sustentado e valores de faturação de 1 milhão e 200 mil no ano de 2013, a empresa regista no primeiro semestre de 2014 um crescimento na ordem dos 10%, que, de acordo com a gerência, se deve ao “conhecimento, rapidez, satisfação do cliente e relação qualidade/preço”. Alberto Flora salienta ainda que “somos uma empresa que leva o negócio das peças a sério. O correto seria os importadores venderem só às casas de peças e nós vendermos às oficinas, só que está tudo misturado, os importadores são desleais e vendem diretamente a oficinas particulares”. Inovação e formação de clientes A Dingipeças conta ainda com a colaboração dos filhos de Alberto Flora e José Luís. A nova geração contribui para o desenvolvimento desta empresa, que conseguiu fidelizar os seus clientes ao longo dos anos através da lealdade, proximidade e também pela implementação de campanhas promocionais. O futuro passa pela diferenciação e consolidação dos caminhos trilhados. De salientar que nos cerca de 400 m2 das instalações, as peças estão minuciosamente separadas em estantes por referência, marca e tudo com localização, para que o balconista ao introduzir a referência da peça saiba exactamente onde a ir buscar de modo a servir rapidamente o cliente, uma vez que todo o sistema é computorizado. A Dingipeças preocupa-se com a formação dos seus clientes, disponibilizando-lhes cursos de formação. Estes cursos de cinco módulos são ministrados na ATEC, no parque empresarial da Autoeuropa e têm uma periodicidade regular. Um complemento a isso são as acções de formação locais que a empresa disponibiliza nomeadamente acerca de embraiagem, travagem, direcção, suspensão, sistema EGR entre outras. AZ PEÇAS – Peças automóvel usadas Armazém inteligente e parque automóvel com 1000 carros A atividade da AZ Peças, situada em Ataíja de Cima, Aljubarrota, caracteriza-se pela venda de peças auto, usadas e salvados. As atuais instalações, com cerca de 30 mil m2, permitem a António Pinho, de 38 anos, ter uma empresa de referência no que diz respeito ao desmantelamento e venda de peças automóvel. Com sete colaboradores, esta demonstra ser uma equipa dinâmica que pretende oferecer aos clientes as melhores opções de mercado. A trabalhar na área há mais de dez anos, foi em 2012 que António Pinho, enquanto mentor do projeto, decidiu alargar a sua oferta para corresponder à procura dos clientes. Com uma variedade enorme de artigos para comercialização, para ligeiros e pesados, o atual estabelecimento encontra-se numa fase de organização em que o objetivo passa por selecionar todas as peças nas prateleiras por marcas, categorias e referências. Armazém inteligente, raro em Portugal “Foi um grande investimento, uma aposta colossal. O objetivo passará por fazer um armazém inteligente. Eu tirei esta ideia de Espanha já há alguns anos e agora decidimos dar o passo”, salienta António Pinho. Para além da alta densidade do armazenamento, que proporciona tempos de entrega extra-rápidos, a gestão de armazém integrada permite a proteção e controlo do inventário e uma visível redução de custos. A lógica é produto ao utilizador, em vez de utilizador ao produto. “O que me importa é que a casa esteja a trabalhar bem. O que tem valor é o cliente chegar aqui, ser atendido com rapidez, que seja prático e que as coisas cheguem ao balcão. Basta introduzir no sistema computorizado as referências e verificar se temos as peças”, é assim que António Pinho define o projeto. A dinâmica da AZ Peças passa pela compra de automóveis, alguns no estrangeiro, outros em Portugal, e a venda das peças. Deste processo faz parte o desmantelamento do carro, ou seja, tirar as peças que podem ser aproveitadas e vendê-las a particulares ou oficinas de reparação automóvel. Mercado nacional e perspetivas internacionais Sendo uma empresa multimarcas, que importa grande parte dos carros de Madrid, António Pinho considera que há mais hipótese de negócio. “Motores e caixa são logo das primeiras peças a serem retiradas, pois são os produtos mais vendáveis e assim, quando os clientes pedem, já estão disponíveis. O restante do automóvel volta para o parque, que de momento tem cerca de 1000 carros”, explica o sócio-gerente. Com 300 mil euros de faturação em 2013, principalmente para o mercado interno, a AZ Peças tem já parte do seu volume de negócios em Espanha e Cabo Verde, com mais destaque para esta última ilha. Os PALOP são mercados que interessam a António Pinho que, contudo, refere que “até podia ter várias parcerias com esses países, mas, quando começamos a ter muita coisa, algo fica para trás. E não estando lá é muito complicado. O licenciamento desta obra é uma prioridade”, afirma. Mercado online Através do site da Telepeças, Localização de Peças Auto Usadas, e enquanto a página da AZ Peças não estiver acessível a essa função, António Pinho tem catalogadas online todas as peças disponíveis. O cliente só precisa de introduzir o artigo que pretende e aguardar pela entrega da peça ou deslocar-se à AZ Peças e proceder ao levantamento ao balcão. 27 José Ilídio da Cruz – Serralharia e Carroçarias Empresa familiar no ramo das carroçarias Com 30 anos de experiência no ramo da serralharia e fabricação de carroçarias, José Ilídio da Cruz constituiu a empresa em 1985 e estabeleceu-se em 1992, mantendo-se até aos dias de hoje nas mesmas instalações, nas Caldas da Rainha, que perfazem um total de 2000 mil m2 de área coberta. Na empresa conta com a colaboração de sete empregados, incluindo a sua filha Catarina que trata da parte administrativa, e o seu filho Pedro na parte da produção. Pautada pela qualidade, a José Ilídio Cruz contribui para a economia nacional ao comprar as matérias-primas para a produção em Portugal. Tendo iniciado a sua atividade com apenas três colaboradores, a empresa dedica-se ao fabrico de caixas de carga para os veículos de transporte. O veículo chega à empresa em chassi e o processo passa por produzir e fixar a caixa de carga adequada às medidas e em função daquilo que o cliente pretende. “Fazemos entre caixas tradicionais abertas com taipais, contentores de alumínio ou madeira, caixa de toldos de cortinas e outras estruturas. Não fazemos básculas. Fazemos a carroçaria ou a reparação”, explica José Ilídio. Com maquinaria suficiente para construir carroçarias fechadas, tipo TIR, e plataformas elevatórias, os serviços da empresa passam também pelas reparações e assistência técnica dos veículos, pequenos serviços de corte e quinagem de chapas. Empresa familiar e inovadora Desde o início da sua atividade que a José Ilídio da Cruz se afirma no mercado por ir ao encontro das necessidades dos clientes, insistindo sempre na evolução e inovação, como veículos essenciais para a modernização. A aposta ao longo dos anos tem sido no investimento em meios técnicos e humanos para melhor servir a procura. Na expectativa para saber em que sentido vai o mercado, o empresário afirma, “gostaria que os meus filhos continuassem com isto. Daqui a alguns anos isto vai melhorar e voltar ao que já foi”. Um olhar sobre o mercado No ramo da serralharia e carroçarias tem-se assistido, nos últimos anos, ao encerramento de várias empresas, principalmente, familiares. O setor das viaturas comerciais parou as vendas em mais de 90% e o aumento dos combustíveis apresenta-se também uma razão para este flagelo em Portugal. 28 José Ilídio Cruz justifica, “o que aconteceu foi um excesso de vendas no passado, a maior parte das empresas que fecharam puseram esses carros à venda no mercado secundário. Daqui a quatro anos não existirão carros seminovos porque não se venderam hoje. Hoje os bancos também já não emprestam dinheiro para comprar viaturas”. As perspetivas da empresa para o ano de 2014 prendem-se com a estabilização do orçamento, dos serviços e dos materiais, sem perspetivas de crescimento, por enquanto, apesar de acreditarem na mudança. “Aqui há uns anos não havia mãos a medir, trabalhávamos a 100%, hoje já não é bem assim. Contudo, tenho qualidade e tenho clientes que me procuram pela qualidade, ainda há clientes que olham para esse facto e não só para o preço”, salienta José Ilídio. Perspetivas de exportação Sendo um ramo em que se torna complicado aderir aos mercados externos devido aos obstáculos colocados e ao difícil acesso em conquistar os empresários estrangeiros e estabelecer parcerias, José Ilídio acrescenta, “é muito difícil por causa do transporte. Há viabilidade para fazer, mas ainda não exploramos pelo grande entrave que é o transporte devido ao volume das peças”. Grupo Hermínio – Compra e venda de peças e camiões Manutenção e reparação de peças e camiões Com mais de 20 anos de experiência, a Hermínio Cordeiro Batalha (HBC) é um grupo de empresas especializadas na manutenção, reparação e comercialização de peças e camiões, das principais marcas de pesados. Num total de 70 pessoas, o grupo tem atualmente seis lojas, sendo que a sede e a oficina se situam na Batalha e as filiais se encontram nas cidades de Pombal, Ovar, Alverca, Ermesinde e Rio Maior. Estas lojas estão abertas ao público, localizadas para servir de forma eficiente clientes de todo o país. Hermínio Batalha começou esta atividade com 26 anos, por conta própria, e dedicava-se à venda de peças de camiões da marca Scania. A HBC surge em 1996 e, a certa altura, após a criação de diversas empresas fundiram todas num grupo. Atualmente tem duas empresas ativas, a HBC II – Peças Auto e a HBC – Transportes que se dedica ao transporte de viaturas pesadas. HBC II – Peças Auto Com 30 mil metros m2 de área, sendo que 10 mil são cobertos, a empresa disponibiliza um grande leque de peças novas, usadas e recondicionadas. A HBC é ainda licenciada para fazer o desmantelamento de viaturas em fim de vida. No leque de peças recondicionadas pela HBC os clientes podem encontrar desde motores, caixas de velocidade, diferenciais, bombas e caixas de direcção, bombas injetoras, motores de arranque e alternadores. Este tipo de material não se limita apenas à marca Scania como se extende pelas marcas ZF, Mercedes, Volvo, DAF e MAN. Oficina de Reparações A HBC II tem uma oficina modernizada que dispõe de equipamentos sofisticados para assistência aos veículos, bem como profissionais devidamente qualificados, desde mecânicos, bate-chapas e eletricistas, que se dedicam à manutenção e reparação de camiões Scania. A HBC II trabalha com as principais marcas de aftermarket, 65% das peças que trabalham e comercializam estão relacionadas com a marca Scania, mas a HBC II é uma empresa multimarcas. No que diz respeito à concorrência, Hermínio Cordeiro refere “alguns dos nossos concorrentes são também nossos parceiros e nossos clientes, às vezes até acabamos por trocar, mas mantendo sempre a nossa posição no mercado”. Mercado de importação e investimentos A faturar mais de 9 milhões de euros/ano, a empresa considera que atualmente as perspetivas são de consolidação orçamental e a aposta está a ser feita na área das peças e no aumento e diversidade de stock. João Cordeiro, filho de Hermínio Cordeiro, colabora com o pai na empresa dedicando-se à parte da importação de países tais como Espanha, Itália, Alemanha, China e Brasil, participando também em feiras no estrangeiro. “Temos que estar atentos ao mercado interno. Neste momento, o site está em preparação para venda online, onde o cliente tem uma área reservada com acesso a preços e a stock”, salienta João Cordeiro. Mercado externo Com valores residuais no mercado externo, entre 5 a 10% a HBC II tem clientes em Angola e Moçambique, mas não pretende abrir filiais nesses locais, uma vez que possui lá clientes estabelecidos. A nível europeu a empresa tem vindo a focar a sua atuação na exportação para Espanha. TTP – Marca própria A TTP, Truck and Trailer Parts, corresponde a 7% da faturação. “Em 2009 estabelecemos uma parceria com uma empresa espanhola e uma italiana, encomendando assim maiores volumes a melhores preços, uma vez que estamos juntos.” A marca TTP atualmente dispõe dos seguintes produtos: discos e pastilhas e calços de travão, foles e amortecedores de suspensão, baterias, farolins, espelhos e barras de direção. 29 Yudo Portugal como centro de decisão estratégico A Yudo é um grupo empresarial que opera em vários setores de atividade, entre os quais o fabrico de sistemas de injeção de plástico para o setor dos moldes. Portugal mereceu a escolha do grupo para a instalação de uma unidade industrial que funciona ao mesmo tempo como centro de decisão para a Europa, África e América Latina. Situada na Marinha Grande, a Yudo exporta 65% da sua produção e é líder mundial no setor onde opera. Com um crescimento acentuado ano após ano, está nos planos da Yudo a sua ampliação com vista a duplicar a produção. Fundada em 1980 na Coreia do Sul, a Yudo nasceu “fruto da visão e sonho do fundador, Francis Yu, com o fim de desenvolver ferramentas que auxiliassem o processo de injeção de plástico”, revela Fausto Esperança, diretor geral da Yudo em Portugal. Depois de um grande crescimento e expansão internacional, hoje a Yudo está presente em vários países em todos os continentes do globo. No final dos anos noventa a Yudo chega a Portugal. Portugal foi o país da Europa onde a Yudo mais cresceu e criou uma estrutura dinâmica e capaz de ser um ponto de partida para a conquista da Europa. “Havia várias localizações em discussão, mas o fator principal da escolha da Marinha Grande teve a ver com o cluster dos moldes. Este cluster traz-nos a concentração e proximidade dos clientes, traz-nos a mão-de-obra e acesso a fornecedores de serviços e produtos”, explica Fausto Esperança. Em 2007 a Yudo constrói a fábrica na Marinha Grande num investimento de quatro milhões de euros. A fábrica dá emprego a 70 pessoas e tem um volume de negócios de 7,5 milhões de euros. Neste valor, 65% é exportação direta e a restante percentagem 30 diz respeito às vendas para o mercado português. Portugal assume-se como o maior cliente da Yudo na Europa, seguindo-se a Alemanha, Espanha, França e Itália. A Yudo fez de Portugal a base para liderar a expansão pela Europa, África e América Latina, exceto o Brasil. “Portugal é um centro de decisão nevrálgico e estratégico e estamos a liderar um processo de afirmação e sustentação do mercado europeu”, salienta Fausto Esperança. A empresa tem vindo a obter um crescimento de dois dígitos todos os anos. Por esta razão, a fábrica da Marinha Grande está a ser insuficiente para a demanda do mercado e a Yudo tem já um projeto de ampliação para duplicar a capacidade de produção. Sendo a Yudo líder mundial no fabrico e comercialização de bicos de injeção de plástico para aplicar nos moldes, neste momento “estamos numa fase de investimento muito grande na transição de uma gama de produtos, a reformular todo o catálogo e a parte produtiva no desenvolvimento de ferramentas informáticas para ganhos de eficiência produtiva. Estamos a trabalhar em eficiência dos processos a fim de obter uma vantagem competitiva perante os nossos concorrentes nos prazos de entrega”, informa Fausto Esperança. Não é por acaso que hoje a Yudo é líder mundial no setor onde opera e é um dos grupos empresariais que regista atualmente uma maior ascensão e expansão nos ramos de atividade onde opera. A partir de Portugal e em apenas sete anos, o grupo sul coreano está, portanto, a dar passos de gigante no seu crescimento a nível global. Doces Sabores – Pastelaria e Restaurante Sabores que falam por si Aberto em 2011, o Doces Sabores é um espaço recente de pastelaria e restauração, situado em Ataíja de Cima, Alcobaça, à face da EN1. Criado com o objetivo de ser um espaço diferente dos demais, o Doces Sabores preza a qualidade dos seus produtos e o sabor dos seus pratos. Com capacidade para 100 pessoas em duas salas separadas, o Doces Sabores também pode levar as suas delícias até si, pois também presta serviços de catering em diversos locais. O Doces Sabores é um novo espaço de pastelaria e restaurante criado em 2011 por Carlos Roxo e Pedro Luís. Amigos de infância, os dois decidiram juntar-se no mundo dos negócios para criar um novo conceito de hotelaria na localidade. “Apesar de termos aberto na pior fase da restauração nos últimos 30 anos, com a baixa do poder de compra e o aumento do IVA, tenho de fazer uma análise positiva destes anos pois todos os anos aumentámos a faturação”, diz Pedro Luís. Situado junto a um tecido empresarial relevante e junto a uma via de passagem principal, o Doces Sabores é um espaço diferente que não existia na zona até então. Aberto desde cedo, disponibiliza o serviço de café, pastelaria e snack-bar num espaço, e numa sala contígua existe o restaurante, cada espaço separado e individual. O restaurante define-se pela qualidade dos seus pratos tanto de carne como de peixe. Carlos Roxo, responsável pela cozinha, conta com 30 anos de experiência neste ramo e é da sua responsabilidade a escolha dos produtos a confecionar e as receitas. “Costumo dizer que não sei cozinhar, o que eu faço aqui é ser criterioso ao comprar matérias-primas de muito boa qualidade e respeitá-las”, humoriza Carlos Roxo. Com serviço de diárias, mas também escolha à carta, no menu temos pratos de todo o tipo de carnes. No pescado, a frescura dos peixes da nossa costa fazem a diferença na hora de escolher um prato. No fim de uma deliciosa refeição, o Doces Sabores tem uma adocicada lista de sobremesas onde se destacam os crepes, panacotas e um doce da criação da casa de nome Arrepiado, feito com doce de maçã de Alcobaça, leite-creme e merengue queimado. “Nós temos um produto e levámo-lo para onde quisermos. Temos um conceito, foi isso que nós quisemos criar independente do sítio onde estivéssemos”, salienta Pedro Luís. Assim, o Doces Sabores também faz serviços de catering em convívios, festas ou casamentos. Se preferir degustar os saborosos pratos num momento mais íntimo, Carlos Roxo pode deslocar-se a qualquer local para confecionar as suas receitas. Com esta solução polivalente de negócio, o Doces Sabores tem vindo a conquistar cada vez mais clientes, não só no seu espaço mas também por toda a região, fazendo as delícias dos clientes. Gambas al ajillo Tábua de queijos Tábua de enchidos ibéricos Tábua de presunto ibérico Foie Gras salteado com maçã ou alcaparras Cogumelos salteados Pimento recheado Salada de tomate, alface, pepino, feijão frade e polvo (azeite, cebola, vinagre e sal) Salada de polvo Linguine de tinta de choco com camarão, ameijoa e tomate Lasanha de legumes Percebes cozidos Lombo de bacalhau à Doces Sabores Açorda de bacalhau Polvo à lagareiro Peixe no pão (por encomenda) Mista de porco preto Maminha Bife do acém Bife de alcatra Bife do pojadouro Panacota com frutos silvestres Crepe com gelado / frutos silvestres Cheesecake de lima Arrepiado 31 Câmara Municipal de Alcobaça Um concelho empreendedor Reeleito nas mais recentes eleições autárquicas para um segundo mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio tem implementado diversas medidas para estimular a economia de “um concelho de forte cariz empreendedor, com uma produção voltada para a exportação”. O apoio aos empresários da região está patente em diversas medidas, desde a criação de uma Linha Verde de atendimento prioritário até aos incentivos à instalação de empresas em zonas industriais, entre outras. Como carateriza o tecido industrial e empresarial do concelho de Alcobaça? O tecido industrial e empresarial do concelho de Alcobaça carateriza-se pelo seu forte cariz empreendedor, o qual tem levado as nossas empresas a alcançar bons resultados, inclusive, e com destaque, para uma produção voltada para a exportação. Este facto tem permitido alcançar resultados muito expressivos, traduzindo-se numa balança comercial positiva. O concelho de Alcobaça registou o ano passado um saldo positivo da balança comercial que ronda os 81.500.000,00€, o valor mais siginificativo dos concelhos da Região Oeste, bem como um dos mais elevados do distrito de Leiria. protocolos de geminação. Queremos também apostar nos nossos emigrantes, no sentido em que pretendemos que sejam embaixadores destas missões. Que medidas concretas a autarquia instaurou ou irá concretizar para apoiar as empresas do seu concelho? A autarquia instaurou a Linha Verde para atendimento prioritário a empresários, com vista a uma resolução rápida e eficaz de todas as questões que estes tenham a colocar, procurando fazer uma discriminação positiva de setores que entendemos estratégicos para o concelho. O dossier da Área de Localização Empresarial da Benedita já está concluído? Em que fase se encontra o processo? Este dossier encontra-se já em fase de conclusão. Vai ter lugar a segunda conferência de interessados para conseguirmos ultrapassar as questões burocráticas que ainda se levantam, com a maior brevidade. Que tipo de benefícios ou apoios a autarquia oferece para a instalação de novas empresas no concelho e como medidas de atração de investimento? Para além da Linha Verde para atendimento prioritário aos empresários, apostamos na Zona Industrial do Casal da Areia, com condições vantajosas para os empresários que se queiram lá sediar, uma vez mais tentando fazer uma discriminação positiva em relação a setores como a cerâmica e novas tecnologias, entre outros, que entendemos serem estratégicos para o desenvolvimento do concelho de Alcobaça. Pela sua história, património e riqueza cultural, o turismo também é uma das áreas que traz muitos benefícios à economia local. Que esforços tem a autarquia encetado para divulgar as potencialidades turísticas do concelho? A autarquia tem-se concentrado nos eventos que melhor a diferenciam e dão a conhecer o que de melhor se faz no concelho de Alcobaça, procurando atingir escala e atraindo assim muitos turistas e visitantes. Posso adiantar que Alcobaça teve honras de capa na revista da TAP no passado mês de Maio, sendo que a visibilidade internacional é algo que, constantemente, procuramos alcançar. Importa acrescentar que o concelho de Alcobaça, apesar da crise que o país vive, tem demonstrado saldos económicos significativos em áreas de referência, como a agricultura, e sendo um concelho com uma grande diversificação setorial, tem obtido também resultados significativos nas suas exportações. Apesar da taxa de desemprego ser significativa, a mesma encontra-se abaixo da média nacional. O município tem diligenciado nas mais diversas formas para a captação de investimento privado para o concelho de Alcobaça. A Câmara Municipal de Alcobaça apoia os empresários na concretização de novos negócios? Por exemplo, na concretização de missões empresariais ao estrangeiro ou facilidades de comunicação entre entidades estatais e os empresários. A Câmara Municipal de Alcobaça tem vindo a realizar diversos eventos e seminários com o objetivo de apoiar os empresários e o surgimento de novos negócios. Temos em vista a realização de missões empresariais, nomeadamente com cidades e territórios com quem já mantemos FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor: Páginautêntica – Publicações, Lda Administração, Redação e Depto. Gráfico: Avenida Rodrigues de Freitas, 164, 2º traseiras, 4000-416 Porto, Tel. 225 360 898, [email protected], www.empresasmais.pt Editor: Carla Borges Produção de Conteúdos: Nuno Sobrosa, Joana Martins Gestão de Comunicação: Alberto Santos, Hugo Midão, Susana Oliveira Periodicidade: Mensal Depósito Legal: 370221/14 Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução, total ou parcial, sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com localização obrigatória paga. O editor não se responsabiliza pelas inserções com erros, lapsos ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos não são da responsablidade do editor. 32 Câmara Municipal de Vila Verde Um município em crescimento Eleito nas autárquicas de 2013 para um segundo mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela tem na criação de emprego e atração de investimento uma das maiores prioridades para os próximos quatro anos. A construção de diversas infraestruturas, como é o caso da rede de saneamento, dos centros escolares e da Casa do Conhecimento, e as iniciativas ligadas à cultura, onde se incluem o Namorar Portugal e a Rota das Colheitas, são alguns dos projetos-chave da autarquia. Nas mais recentes eleições autárquicas, os vilaverdenses mostraram-se agradados com o trabalho realizado por António Vilela no seu primeiro mandato, e reelegeram, por isso, o autarca, para um novo mandato à frente do município. As prioridades para os próximos quatro anos resultam, assim, de um planeamento já feito no passado, e “de uma estratégia de desenvolvimento local que assenta, especialmente, na criação de emprego, e que implica a atração de investimento”. O município aposta na criação de condições que facilitem a instalação de empresas no concelho, nomeadamente “a isenção de pagamentos das taxas de licenciamentos, as taxas de IMI no valor mínimo e taxas de água e saneamento com valores entre as mais baixas do país. Pontualmente, fazemos também a cedência de terrenos para a instalação de unidades empresariais”, atenta António Vilela. O responsável entende também que, para atrair investimento, é necessário que exista mão de obra qualificada, daí a importância da formação. A autarquia está, assim, a concluir a construção de todos os equipamentos previstos na carta educativa. “Esse é o primeiro passo para fixar as pessoas em Vila Verde, pois os pais sabem que vamos proporcionar aos seus filhos uma formação de qualidade, em centros escolares de excelência, espalhados por todo o concelho. Neste momento, além dos que já estão em funcionamento, encontram-se em construção os de Turiz, Soutelo, Lage e Cervães, com conclusão prevista para o final do ano. Falamos de centros escolares requalificados, ampliados e de excelentes condições, que abrangem desde o pré-escolar até ao terceiro ciclo, e também o ensino profissional”, explica o autarca. Ainda dentro do âmbito pedagógico, a Casa do Conhecimento, um espaço de experimentação e de desenvolvimento de iniciativas ligadas às novas Rota das Colheitas – Um Evento a Descobrir Todos os anos, o concelho de Vila Verde organiza a Rota das Colheitas, e este ano não é exceção. Com início em agosto e término no fim de novembro, o evento inclui “uma agenda de eventos associados, no sentido de promover o concelho, os produtos e as suas tradições”. Todos os fins de semana são reproduzidos quadros associados ao mundo rural, como as desfolhadas, malhadas e fiadas, entre outros. Em outubro, têm lugar vários eventos associados à gastronomia e colheitas, dos quais se destacam a Festa das Colheitas no primeiro e segundo fins de semana, e que incluem áreas como a gastronomia, o artesanato, e a degustação de produtos regionais e a venda de produtos agrícolas. tecnologias, é outro dos projetos que deverá ser inaugurado ainda este ano, e que terá também associada uma vertente de formação. Namorar Portugal Cada vez mais conhecidos em todo o país, os lenços dos namorados, tradição com raízes em Vila Verde, motivaram a criação, há 11 anos, do projeto Namorar Vila Verde que, um ano depois, assumiu um âmbito nacional, passando a designar-se Namorar Portugal. Na edição deste ano do evento, foi criada uma marca registada para os produtos, que podem ser desde artigos de decoração para o lar, souvenirs, vestuário e calçado ou até peças de arte. “Hoje, temos parceiros a nível nacional e internacional, como é o caso, por exemplo, da Lameirinho e da Vista Alegre, que criaram linhas de produtos inspirados nos motivos de lenços de namorados. A nível local, este é um projeto gerador de mais-valias para o território, gerando emprego, e que é fundamental para a dinamização da atividade económica. Para além disso, tem trazido uma grande visibilidade e notoriedade para o concelho”, termina António Vilela. 33 Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde Celebrar 70 anos com novo hospital Foi em 1944 que nasceu a Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde e, com ela, o Hospital da Misericórdia. 70 anos depois, a instituição cresceu, projetando-se para todo o Alto Minho e tornando-se uma referência a nível nacional. Hoje, em pleno aniversário e como forma de retribuir a criação do hospital, a Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde está a renovar e ampliar as suas instalações, prevendo-se, assim, a entrada em funcionamento do novo Hospital da Misericórdia já em setembro. Desde a criação do Hospital da Misericórdia, várias valências têm sido acrescentadas na Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde. Entre infantário, lares de idosos, lar residencial para deficientes profundos, unidades de cuidados continuados e até uma farmácia, um spa e uma padaria, entre outros, a instituição serve uma população de 350 mil habitantes, e conta com uma equipa de 500 colaboradores. Na instituição desde 1997, o provedor Bento Sousa Morais tem impulsionado e acompanhado este crescimento, em que se procuram também incluir valências inovadoras, como é o caso do Hospital de Dia para doentes de Alzheimer. “Existem muito poucos no país, e um deles é aqui em Vila Verde. Neste momento, abrangemos 15 utentes, e asseguramos o acompanhamento muito técnico e especializado que esses casos exigem”, atenta Bento Sousa Morais. Ainda assim, de todas as valências da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, o hospital continua a ser o mais procurado pela população. “O nosso hospital é já uma referência no país. Temos 130 médicos, que abrangem todas as especialidades, e fazemos também todo o tipo de cirurgias, exeto ao coração. Temos três salas de cirurgia, 30 camas de apoio à cirurgia, e fazemos cerca de 300 consultas diárias. Dispomos ainda de uma maternidade e de um centro de imagiologia, de um laboratório de análises clínicas e uma unidade de medicina física e reabilitação”, continua o provedor. Na atual conjuntura, as principais necessidades que levam a população à Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde prendem-se com os cuidados de saúde, e ali, de facto, os VALÊNCIAS Creche e Jardim-de-Infância; Hospital; Lares de Idosos e Centro de Dia; C.A.O. e Lar Residencial; Farmácia e Parafarmácia; Apoio Domiciliário; Empresas de Inserção; Pastelaria; Formação; Spa; Unidade de Prado; Banco Solidário 34 utentes podem contar com “uma maneira distinta de tratar cada doente, com um atendimento rápido, eficiente, e preços mais acessíveis”. O novo e remodelado hospital, cuja entrada em funcionamento está prevista para setembro, estará “bem equipado e pronto para servir não só as populações do concelho, mas toda a região do Alto Minho”. As preocupações ambientais não foram esquecidas no novo projeto, nomeadamente através da inclusão de tecnologias de poupança energética, quer de aquecimento, quer de arrefecimento. Mas, a abertura do novo Hospital da Misericórdia não é o único projeto que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde tem em mãos. Bento Sousa Morais aponta “a ampliação do lar residencial para deficientes profundos, uma obra de importância social enorme”, como um dos projetos de futuro da instituição, e ainda da criação do 1º ciclo. ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave A lutar pelo desenvolvimento rural integrado desde 1991 Ao longo de 23 anos, a ATAHCA ajudou a colocar em marcha diversas ações e projetos na sua área de intervenção geográfica, num investimento que ultrapassa os 50 milhões de euros. Hoje, a ATAHCA mantém-se num lugar cimeiro entre as associações congéneres, a nível nacional, em termos de execução financeira, e continua a apoiar diversos projetos, inseridos no âmbito do turismo, recuperação do património, atividade complementar à agricultura, apoio a micro-empresas, atividades agrícolas e formação profissional, entre outras. A ATAHCA é uma instituição do terceiro setor, onde o desenvolvimento rural integrado é o seu principal objetivo. A ATAHCA como associação de desenvolvimento local desenvolve um vasto conjunto de iniciativas transversais e necessárias ao desenvolvimento do território do Alto Cávado, que engloba seis municípios. O LEADER, o PRODER e o POPH têm sido as principais fontes de financiamento das iniciativas que têm desenvolvido durante os 23 anos da sua existência. O desenvolvimento rural integrado é o grande objetivo da ATAHCA, e no qual “cabe um leque de atividades, como as atividades complementares à agricultura, o apoio às micro-empresas, o turismo no espaço rural, a animação turística, a recuperação do património, com realce para o património etnológico, e o apoio na área social”, destaca José Mota Alves, presidente da ATAHCA. Depois da iniciativa LEADER, entrou em vigor, entre 2007 e 2013, o subprograma 3 da abordagem LEADER do PRODER, durante o qual a ATAHCA aprovou 149 projetos para um investimento de cerca de 20 milhões de euros. Com o término desta iniciativa, a associação está a preparar-se para o próximo quadro comunitário, que decorrerá entre 2014 e 2020, no âmbito do FEADER, FEDER E FSE, com gestão plurifundo. A ATAHCA está preparada para a gestão plurifundo, pois a sua experiência nesta tipologia de gestão, permite uma aplicação mais eficaz e mais sustentada na estratégia integrada do território, esperando-se que a tutela continue a acreditar no trabalho de missão que as ADL têm desempenhado no desenvolvimento transversal do mundo rural. No futuro, a ATAHCA prepara-se para abranger mais território e mais população, mantendo-se atenta a este reforço das atividades agrícolas na região e prestando o seu apoio a micro-empresas do setor. Para além disso, o grande potencial do turismo na região, dada a proximidade do Gerês, o dinamismo jovem e a centralidade, é também algo a ter em conta. “Vamos ter sempre presente a preocupação de como vender o território, no seu todo e como diferenciar o Alto Cávado como marca”, termina José Mota Alves. A atividade da ATAHCA não se cinge à gestão de fundos comunitários. “A dada altura, identificámos uma necessidade junto da população – a formação – e começámos a intervir nessa área. Já tivemos cursos EFA, um centro de Novas Oportunidades, e atualmente temos um CQEP (Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional), Cursos de Aprendizagem destinados a jovens entre os 18 e os 23 anos que abandonaram a escolaridade obrigatória, e que permitem completar o 12.º ano com direito a uma certificação profissionalizante. Temos ainda cursos de Design de Moda, Programação, Saúde, Comercial e Multimédia. No 1º e 2º semestre deste ano, vamos iniciar novos cursos de aprendizagem para jovens. O território só cresce e se desenvolve com conhecimento, com uma população formada e bem preparada profissionalmente”, refere o responsável. Alto Cávado Com ... Vida! 35 Decor-Verde, Interiores e Arquitetura, Lda. A decorar interiores há mais de três décadas Inaugurada em 1981 a Decor-Verde surge como empresa de decoração, que aposta na criação de novos espaços, com o intuito de oferecer um serviço de qualidade a nível de interiores e revestimentos. Situada em Vila Verde, a Decor-Verde representa um serviço de referência nesta área. Com o término dos estudos, Adelaide Marques viu na área da decoração uma oportunidade de negócio. A ajuda do marido António Marques que trabalhava nessa área, especificamente na pintura de construção civil, foi importante para a planificação do negócio. A abertura da loja aconteceu em 1981 com a comercialização de tintas, papel de parede e alcatifas, tendo sido acrescentado, mais tarde, à gama de produtos as passadeiras, carpetes e revestimentos vinílicos e de madeira. O negócio da decoração foi crescendo com a ampliação da loja e a junção de novos produtos como móveis (estes que se executam por medida e personalizados), cortinas, colchas, candeeiros, quadros, loiças e bibelôs. A Decor-Verde apostou, igualmente, num atelier próprio para a confeção de cortinas, reposteiros e colchas. O mercado de tendências da decoração é ditado pela região e pelos clientes, e a aposta de Adelaide Marques passou por fazer várias formações, incluindo decoradora profissional, para que o atendimento seja personalizado e diferenciado dos diversos espaços que decora, tendo acompanhamento técnico em todas as áreas. No fundo, a Decor-Verde apresenta atualmente um posicionamento transversal a vários setores de atividade, como arquitetura, decoração, revestimentos e construção de espaços interiores. Projeto “Namorar Portugal” O lenço dos namorados é um marco de Vila Verde, e foi a partir dessa tradição que surgiu a ideia de Adelaide Marques em expor no ano passado um produto alusivo ao dia dos namorados na loja. A perda de hábito das pessoas na escrita de cartas foi o florear desta ideia que se começou a delinear. Com a mente neste projeto, Adelaide Marques bordou uma carta em linho e o respetivo envelope com as quadras que tinha escrito. Após expor esses produtos na loja foi 36 contactada pela Câmara Municipal de Vila Verde para se associar ao projeto “Namorar Portugal”. A sucessão de ideias e projetos cresceu e Adelaide Marques criou a receita do amor e a receita de amizade, das quais fazem parte os ingredientes necessários, para bons relacionamentos. A partir daqui os bordados assumiram um papel importante na Decor-Verde e também no projeto de Adelaide Marques, que associou aos bordados uma imagem de marca, a tulipa, que borda em todos os trabalhos. Estes produtos já chegaram ao mercado internacional com uma exposição em Bruxelas, e a venda para a América, Luxemburgo e Paris vem atestar isto mesmo. Este acaba por ser um trabalho demorado, que requer qualidade e dedicação, mas que dá um gosto especial à proprietária. Perspetivas de Futuro Com o olhar no futuro, Adelaide Marques pensa em novos projetos relativos aos produtos de “Namorar Portugal”, referindo a vontade de “continuar a inovar e a divulgar novos produtos”. Em relação à Decor-Verde o fundamental é manter a loja e continuar a trabalhar em decorações inovadoras e de qualidade, que mantenham a fidelização dos clientes. Por fim, a nossa entrevistada encontra-se a ponderar ainda a abertura de uma loja noutro local, ainda em estudo. Agradecimentos Adelaide Marques endereça um especial agradecimento a todos os clientes pela confiança e preferência depositada na Decor-Verde. Ao Município de Vila Verde pela oportunidade de divulgação e criação dos produtos ligados ao “Namorar Portugal”. E finalmente, ao presidente António Vilela, à vereadora da Cultura Júlia Fernandes e às colaboradoras Paula e Arminda. Clínica da Botica Uma referência na saúde da Vila de Prado Com uma localização privilegiada, no centro da Vila de Prado, a Clínica da Botica surgiu num local histórico – pensa-se que, ali, terá nascido uma das primeiras farmácias de Portugal. Muitos anos, décadas, e até séculos depois, no ano de 1995, a Clínica da Botica abria, pela primeira vez, as suas portas ao público, procurando oferecer logo desde a sua fundação um conjunto abrangente de especialidades, chefiadas por um corpo clínico de referência na região. O nome Botica vem precisamente do facto de, noutros longínquos tempos, no local onde se encontra, atualmente, a clínica, ter existido uma farmácia que, diz-se, terá sido a primeira farmácia de Portugal. Depois de reconstruída a casa, nasceu, há 19 anos, a Clínica da Botica. A iniciativa partiu de Beatriz Macedo, diretora clínica e responsável pela área de medicina dentária. “A ideia inicial era, desde o início, fazer uma clínica com várias especialidades, que foram sendo introduzidas aos poucos. Começámos por ter clínica geral, cirurgia geral e medicina dentária. Entretanto, fomos entrando em contato com outros médicos, de instituições e clínicas de referência, até que, hoje, conseguimos reunir 20 especialidades. A clínica foi crescendo até porque, na altura, não existia aqui na região nenhuma instituição que prestasse os mesmos serviços que nós, e também porque a própria população assim o foi exigindo”, recorda Beatriz Macedo. Esse aumento na procura levou, precisamente, há nove anos, a uma ampliação da clínica. Atualmente, o espaço é composto por seis gabinetes de consulta, um gabinete de pequena cirurgia em ambulatório e uma unidade de recolha de análises clínicas. Entre médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares e prestadores de serviços, a clínica conta com uma equipa de cerca de 40 profissionais. E, para além das instalações principais, a Clínica da Botica conta com uma unidade em Palmeira, aberta há cerca de dez anos e que possui dois gabinetes de medicina dentária, um gabinete médico com algumas especialidades e um posto de recolha de análises clínicas. No que diz respeito ao público-alvo, a clínica Especialidades Medicina Dentária; Clínica Geral; Cirurgia Geral Cirurgia Vascular; Cardiologia; Dermatologia Endocrinologia; Audiologia; Gastroenterologia Ginecologia e Obstetrícia; Neurocirurgia; Nutrição Ortopedia; Otorrinolaringologia; Pneumologia Podologia; Pediatria; Psicologia Psiquiatria; Terapia da Fala; Urologia abrange uma população de vários estratos sociais, uma vez que “os preços das consultas são acessíveis e o serviço é de grande qualidade”. Em termos geográficos, a clínica é procurada, sobretudo, por clientes da zona sul do concelho, de Barcelos, e, por uma questão de proximidade, também de Braga. É “uma equipa com médicos de referência, reconhecidos pela sua grande experiência” que faz com que tantos utentes prefiram a Clínica da Botica, e Beatriz Macedo espera que, no futuro, o bom serviço prestado pela instituição faça, cada vez mais, a preferência dos utentes. 37 Agrupamento de Escolas de Vila Verde Oferta diversificada de qualidade no ensino público O Agrupamento de Escolas de Vila Verde é um espaço de referência no ensino do município, um mega agrupamento que disponibiliza uma oferta formativa diversificada e de excelência. Desde a ciência, ao desporto e passando pela música, a oferta escolar deste agrupamento conta com diversas valências que o reconhecem como serviço escolar de qualidade. Data de julho de 2012 a junção de dois dos maiores agrupamentos do concelho de Vila Verde: o Agrupamento Monsenhor Elísio Araújo e o Agrupamento de Escolas de Vila Verde. Com uma estrutura de cerca de 170 professores, 120 funcionários e perto de 3000 alunos, este é considerado um mega agrupamento. Com uma dimensão significativa, este agrupamento estende-se por todo o leste do concelho de Vila Verde, desde a região de Soutelo mais a sul, até Covas, uma das freguesias mais a norte. A conclusão das obras do parque escolar nas escolas de Turiz e Soutelo termina a última fase do projeto e torna-o num dos agrupamentos mais atrativos da região. Alberto Rodrigues, diretor do mega agrupamento sedeado na escola básica de Vila Verde, realça a força desta estrutura: “Este é um agrupamento jovem, dinâmico e com uma grande propensão para as tecnologias”. Para além da qualidade das instalações, Alberto Rodrigues destaca a importância do trabalho dos professores, bem como o empenho e a dedicação dos alunos e das famílias, elementos base do sucesso da estrutura educativa. Essa dedicação dos alunos reflete-se na conquista de bons resultados nos exames nacionais, tendo este agrupamento as duas melhores escolas do concelho de Vila Verde. Oferta formativa e atividades extracurriculares No ensino regular, a oferta do Agrupamento de Escolas de Vila Verde estende-se desde o jardim-de-infância, até ao 3.º ciclo do ensino básico. Esta oferta é complementada pelos cursos de educação e formação, e pelos cursos vocacionados - um projeto piloto de 38 âmbito nacional. Uma das referências do Agrupamento de Vila Verde centra-se no projeto “Português para todos”, o qual visa integrar os imigrantes recém-chegados a esta região no processo de alfabetização. Uma das imagens de marca deste agrupamento é a oferta do Ensino Especializado da Música, em articulação com a Academia de Música de Vila Verde, onde os nossos alunos se têm destacado. O Agrupamento de Escolas de Vila Verde é, igualmente, uma referência no âmbito do ensino especial, com duas unidades de multideficiência: uma no primeiro ciclo do ensino básico a funcionar no Centro Escolar de Vila Verde, e uma outra presente na escola sede, a Escola Básica de Vila Verde. Este ensino especializado pretende desenvolver as capacidades dos jovens com multideficiência, trabalhar as suas capacidades de aprendizagem e, desse modo, proporcionar um melhor nível de vida e com a máxima qualidade a esses alunos com maior dificuldade. A oferta formativa não se extingue na excelência programática, passa igualmente pelas atividades extracurriculares, que incentivam os alunos a desenvolver outro nível de capacidades. O Agrupamento de Escolas de Vila Verde tem ao dispor dos seus alunos clubes escolares com as mais diversas vertentes, como arte, bordados, teatro, pintura de azulejos, línguas, necessidades educativas especiais, cursos de educação e formação de jardinagem, e mini-hortos. Um dos mais significativos projetos que o agrupamento abraça é o Projeto Comenius, um projeto internacional de trabalho e de aprendizagem que visa o intercâmbio de saberes entre escolas da União Europeia. Os jardins-de-infância e as escolas de 1.º ciclo do agrupamento possuem hortos pedagógicos com produtos da terra, assim como programas direcionados para a área da reciclagem, recuperação de embalagens e reutilização, reforçando desde cedo nos mais novos os cuidados a ter com a natureza e o ambiente. A nível desportivo são 13 os clubes de desporto escolar que podemos encontrar, entre estes o de badminton, corfebol, ténis de mesa, boccia, futebol, natação, remo, andebol e a ginástica desportiva, onde, nos últimos anos se distinguem alunos no distrito e na região. Estas atividades extracurriculares contam com a colaboração de parceiros fortes ligados ao Agrupamento de Vila Verde. Alberto Rodrigues referiu-nos esses protocolos de cooperação entre o agrupamento e as diversas instituições, destacando a Associação Empresarial de Vila Verde e o Complexo de Lazer de Vila Verde. namorados e que pretende a participação em massa de todo o país. Projeto “Namorar Portugal” Um futuro promissor O projeto municipal de Vila Verde também está implementado neste agrupamento de escolas. Como salienta Alberto Rodrigues: “Este projeto está presente nas nossas escolas. E passa por, no futuro, divulgar não só o nome da escola, mas principalmente de Vila Verde”. Uma divulgação que incluirá o lançamento a nível nacional de um concurso literário alusivo a esta temática, que compõe três vertentes possíveis: a literária, o cinema, e a arte. No fundo, trata-se de um concurso direcionado para a temática dos lenços dos Para Alberto Rodrigues o futuro antevê-se positivo, com algumas preocupações. “O futuro prevê-se risonho, com qualidade e com uma oferta educativa forte, e igualmente de qualidade”. Um positivismo que se transmite numa esperança reforçada do agrupamento de escolas de Vila Verde ter bons resultados a nível nacional neste ano letivo. O nosso interlocutor não deixa, no entanto, de se manifestar apreensivo com “os problemas da natalidade, emigração e criação de emprego”. 39 AgroInvest Lance a semente e colha o fruto com a AgroInvest Falámos com Tadeu Alves, líder da AgroInvest, técnico agrícola especializado em mecanização e tecnologia agrária. Desde a semente até à colheita do fruto, a AgroInvest faz brotar o seu investimento agrícola. 40 Em Junho de 2012, pelas constantes solicitações que aconteciam diariamente no terreno e pela motivação expressa dos seus sócios, Tadeu Alves e Nuno Antunes, é criada a empresa Antunes & Alves Consultores Associados, Lda, cuja referência é a marca AgroInvest, que atua na área dos investimentos agrícolas e de turismo rural. A AgroInvest encara a agricultura como um pilar do desenvolvimento territorial sustentado, onde o investimento tem, obrigatoriamente, que ser considerado na vertente empresarial, em que o empresário agrícola almeja a rentabilização dos capitais colocados à disposição do investimento realizado. Fruto desta perspetiva empresarial, no ano de 2012 a Agroinvest foi consultada por mais de 300 pessoas, tendo daí resultado a apresentação de 60 candidaturas de investimento ao PRODER, num montante superior a 9 M€, com uma taxa de aprovação de 100% em relação às candidaturas e de 92,13% em relação ao investimento apresentado. No ano de 2013, apesar de consultada por cerca de 400 pessoas para elaborar candidaturas, após a primeira reunião preparatória e visita técnica aos terrenos envolvidos, foram apresentadas 40 candidaturas ao PRODER, tendo sido aprovadas até à data 15 candidaturas, estando 7 em fase de análise e as restantes aguardam validação por parte do PRODER. Com base no sucesso alcançado nas diversas áreas de atuação, a AgroInvest posiciona-se como parceiro ideal do investidor agrícola. O target da AgroInvest é o jovem agricultor na faixa etária entre os 23-40 anos, onde 80% dos investidores possuem formação superior e, amiúde, provêem de outros sectores de atividade que não a agricultura. No ano de 2013 a AgroInvest teve um crescimento de O target da AgroInvest é o jovem agricultor na faixa etária entre os 2340 anos, onde 80% dos investidores possuem formação superior. 300% e Tadeu Alves prevê uma curva de crescimento de 25% a 30% para 2014. Além de elaborar a candidatura aos apoios PRODER, a AgroInvest avalia a execução do investimento e faz o acompanhamento administrativo e financeiro após aprovação da candidatura. Posteriormente, faz o acompanhamento de todo o processo de investimento. A AgroInvest recorre a uma vasta equipa de especialistas: engenheiros agrícolas e agrónomos, engenheiros civis, arquitetos, contabilistas, topógrafos e economistas. A equipa técnica atual dispõe de seis pessoas, a tempo inteiro, com formação superior na área agrícola. Aliás, merece destaque o facto da maioria dos técnicos da AgroInvest trabalharem, também, em consultoria e formação profissional agrícola – nas vertentes da formação para agricultores e para técnicos, nomeadamente na aplicação sustentada de produtos fitofarmacêuticos – know-how que é aplicado nos projetos agrícolas. Existe ainda outra equipa que faz a instalação dos investimentos agrícolas, nomeadamente na preparação de solos, plantações e montagem de estruturas de suporte e proteção. O cliente tem a garantia total de satisfação por parte da Agroinvest O empresário/a pode ainda recorrer aos serviços de consultoria especializada na área de produção dos pequenos frutos, plantas aromáticas e medicinais, horticultura, pecuária e fruticultura. Esta consultoria tem acompanhamento periódico da exploração com emissão de relatório técnico detalhado de aconselhamento após cada visita. Outra vertente da empresa é a comercialização de alguns fatores de produção, onde se destacam todos os materiais associados à montagem de estruturas de suporte e proteção das culturas e o fornecimento de plantas de mirtilos, estando reconhecida como Fornecedor de Materiais de Propagação (viveirista) com o n.º 1-7662 pelo Ministério da Agricultura e do Mar através da D.G.A.V - Direcção Geral de Alimentação e Veterinária. A AgroInvest faz igualmente aconselhamento emérito na escolha adequada dos fatores de produção, equipamentos, ferramentas e infra-estruturas a instalar, como sejam estufas, sistemas de regas, entre outros, auxiliando na análise de orçamentos. A empresa preza os valores da responsabilidade social e do crescimento sustentável. Esta cultura empresarial é efígie da AgroInvest para com os seus clientes e o mercado. A consciência social, ambiental e a responsabilidade são um selo de qualidade com que rotulam os seus serviços. 41 João Abreu Mediação de Seguros / Contabilidade e Serviços Sempre ao lado do cliente João Abreu começou há mais de vinte anos a trabalhar, em nome individual, nas áreas de seguros, contabilidade e serviços associados. Entretanto, em 1999, fruto do crescimento do negócio, foram constituídas duas empresas distintas, mantendo a complementaridade das áreas. Hoje, as duas empresas reúnem 13 colaboradores que prestam um apoio muito próximo e estão sempre ao lado do cliente. A João Abreu Mediação de Seguros e João Abreu Contabilidade e Serviços são duas empresas distintas, mas criadas na mesma altura e pela mão do mesmo fundador. No entanto, aquando da fundação das empresas, a ideia passaria por apostar na área dos seguros apenas como um complemento, mas, mais tarde, veio a provar-se o contrário. Há cerca de três anos, houve um reforço na área da mediação de seguros. Precisamente na área dos seguros, a empresa mantém já há vários anos uma oferta tradicional, procurando, no entanto, diferenciar-se. “O mercado dos seguros está cada vez mais saturado. Vender o produto em si não é difícil, mas quando os problemas surgem, o importante é trabalhar com seguradoras que garantam uma grande proximidade aos parceiros e clientes”, atenta João Abreu. No que diz respeito à empresa de contabilidade, os serviços são vários. “Fazemos, de uma forma geral, a assessoria fiscal às empresas, oferecendo um conjunto de serviços nas áreas de contabilidade, fiscalidade e consultoria financeira, serviços esses, de qualidade, prestados por uma equipa de profissionais dinâmica e especializada. Esse 42 conjunto de serviços é prestado tanto dentro de portas, como também nas instalações dos próprios clientes. Intervimos nas empresas desde a sua constituição, mas principalmente no acompanhamento do cumprimento das obrigações fiscais e segurança social, na divulgação da informação fiscal, na gestão e no desenvolvimento das suas atividades, com análises periódicas da situação económico-financeira, definindo em conjunto estratégias empresariais e de planeamento fiscal. De forma a conseguirmos prestar um serviço de qualidade e rigor, trabalhamos com um advogado em regime de avença, que nos permite também oferecer ao cliente algum acompanhamento e assessoria jurídica”, continua o responsável. As empresas de João Abreu trabalham com os mais variados setores de atividade, sendo que há alguma prevalência de empresas ligadas à construção civil e atividades relacionadas (serralharia, metalomecânica, pichelarias e carpintarias, entre outras). “Os nossos clientes são sobretudo pequenas empresas, algumas delas micro, e também empresários em nome individual. Esse tipo de cliente sempre foi uma aposta minha e a verdade é que, ao contrário de muitas grandes empresas, estes têm resistido às turbulências do mercado. Graças a esses pequenos empresários, conseguimos ter uma carteira de clientes muito bem estruturada”, afirma. No que toca ao raio de intervenção das empresas, este estende-se “à zona de Braga, Ponte da Barca e Ponte de Lima, sendo que a maioria dos nossos clientes encontra-se na zona norte do concelho de Vila Verde”. Qualidade, rigor e proximidade Uma das razões que leva a que as empresas de João Abreu se encontrem com grande dinâmica e com boas margens de crescimento no mercado há mais de 20 anos prende-se com “a qualidade, rigor e proximidade que temos em relação aos nossos clientes. Vemos o problema do cliente como o nosso problema, e a verdade é que não temos reclamações por falta de apoio. Estamos sempre contatáveis e isso é algo que, neste meio, faz toda a diferença”. Numa fase em que “as margens são cada vez mais reduzidas”, a João Abreu Mediação de Seguros e João Abreu Contabilidade e Serviços continuam a conseguir manter um volume de negócios considerável e uma boa margem de progressão. A aposta na divisão das empresas em dois espaços distintos pretende “dar resposta ao crescimento do negócio num futuro próximo, principalmente no que diz respeito à área dos seguros. No ramo da contabilidade, queremos dar primazia à qualidade dos nossos serviços, o aumento do volume de negócios não é a principal preocupação. Há que manter a boa carteira de clientes que detemos, e a nossa estrutura está bem dimensionada para isso. Eventualmente, no futuro, poderei admitir mais um ou dois colaboradores”, termina João Abreu. “Os nossos clientes são sobretudo pequenas empresas, algumas delas micro, e também empresários em nome individual. Esse tipo de cliente sempre foi uma aposta minha e a verdade é que, ao contrário de muitas grandes empresas, estes têm resistido às turbulências do mercado. Graças a esses pequenos empresários, conseguimos ter uma carteira de clientes muito bem estruturada.” 43 Reinaldo Veloso Martins Seriedade e Rigor ao serviço do Direito A exercer advocacia desde 2001, Reinaldo Veloso Martins tem trilhado um caminho pautado pela seriedade e rigor ao serviço do Direito. Graças ao trabalho que tem vindo a fazer há quase 14 anos, Reinaldo Veloso Martins é cada vez mais um nome conhecido não só dos vilaverdenses, mas por todo o país. Depois de concluir a licenciatura em Direito na Faculdade Clássica de Direito de Lisboa, em 1999, Reinaldo Veloso Martins deixou a capital e regressou a Braga, onde realizou, sob a alçada de Artur Guimarães Marques, o estágio da Ordem dos Advogados. O percurso profissional do advogado começou, assim, com a abertura de um escritório na Praça do Município, em Vila Verde, onde, apesar de ter passado por vários espaços, ainda se mantém hoje. Um percurso em rota ascendente “Recordo-me que, no início, não tendo muito mais onde me agarrar a não ser o gosto pela área do Direito, foi difícil começar. Aos poucos, foram chegando os primeiros clientes, e o trabalho foi surgindo. Entretanto, reuni uma equipa de quatro advogados e, como o espaço começou a ficar exíguo, mudámo-nos para as atuais instalações. Neste local temos ótimas condições para trabalhar, até porque a área do Direito assim o exige. Mais espaço permite melhor organização, e uma melhor organização permite rentabilizar o trabalho”, explica Reinaldo Veloso Martins. Atualmente, o advogado conta, assim, com uma equipa de nove colaboradores: os advogados José Tinoco, Margarida Lira Fernandes e Vânia Rocha, as advogadas estagiárias Sofia Souto, Margarida Teixeira Fernandes, Cristina Azevedo e Vitória Rodrigues e a secretária Raquel Filipa Silva. No escritório de Reinaldo Veloso Martins trabalham-se as mais diversas áreas do Direito, desde o Direito Penal, Comercial, Civil, Administrativo e da Família, entre outras. Para o advogado, a vantagem de “ter um escritório com vários advogados prende-se com o facto de cada elemento ter mais apetência por uma área em específico, o que faz com que se possa distribuir melhor o trabalho. É uma equipa que veste verdadeiramente a camisola e em quem eu confio muito. Para além disso, é muito importante no Direito que exista um estudo constante e uma atualização de conhecimentos sobre os mais variados assuntos, e todos nós fazemos esse acompanhamento”. Reinaldo Veloso Martins conta, atualmente, com um leque de clientes que ultrapassa largamente a região de Vila Verde, estendendo-se a outras regiões do país. Novo mapa judiciário traz “aumento de custos para todos” A nova organização do mapa judiciário é um tema a que Reinaldo Veloso Martins não fica indiferente. Apesar de reconhecer que a situação do tribunal de Vila Verde não é das piores, o advogado entende que, de uma forma geral, esta reforma não vai trazer vantagens para nenhum dos envolvidos. “Há vários tipos de processos que vão deixar de existir em Vila Verde e vão ser redistribuídos pelos tribunais de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, e isso obriga a um maior número de deslocações por parte dos advogados” 44 “Há vários tipos de processos que vão deixar de existir em Vila Verde e vão ser redistribuídos pelos tribunais de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, e isso obriga a um maior número de deslocações por parte dos advogados, o que implicará uma maior perda de tempo e também um aumento nos custos nas deslocações e horas despendidas, que se irão refletir no cliente. A situação é complexa, tendo em conta que as pessoas, com a crise económica que se instalou no país, têm que fazer face a cada vez mais encargos, pelo que pagar ao advogado também se torna mais difícil. E, infelizmente, a protecção jurídica só abrange uma fatia da população com rendimentos muito baixos”, afirma. Reinaldo Veloso Martins lamenta, sobretudo, “o encerramento de tribunais nas comarcas mais pequenas, principalmente porque houve muitos tribunais que ou foram construídos recentemente, ou foram objeto de obras de restauro e têm excelentes condições, mas agora vão encerrar. As populações estão revoltadas, e com razão”. Voltando ao caso particular de Vila Verde, o advogado entende que “o nosso tribunal estava a funcionar relativamente bem, pese embora necessitasse de mais meios, nomeadamente mais funcionários. Agora, vão ser retirados determinados processos que vão ser encaminhados para outros tribunais. Se querem que as comarcas pequenas se desenvolvam, a justiça tem que estar próxima dos cidadãos. Para além disso, todos sabemos que a justiça, por si só, já é algo morosa, e se vai haver a transferência de processos para outros tribunais, a tendência poderá ser para a situação piorar. E coloca-se a questão: como é que os tribunais que vão receber novos processos, e outros redistribuídos de outros tribunais, vão fazer face ao aumento do volume de trabalho? Será que nesses tribunais irão ser colocados mais juízes e funcionários? Penso que esse é outro assunto importante. Por exemplo, aqui em Vila Verde, existem três juízes e o volume de trabalho para cada um deles é considerável”, atenta. Apesar de tudo, Reinaldo Veloso Martins mantém algumas reservas sobre se a nova organização do mapa judiciário vai, efetivamente, entrar em funcionamento. “O passado mostra-nos que já houve uma série de reformas que foram aprovadas e que nem sequer foram colocadas em prática, portanto penso que nesta reforma ainda podem acontecer alterações ou reveses. De qualquer das formas, a nossa classe é uma classe lutadora, nós estamos habituados a ter que nos adaptar às constantes alterações na legislação”, termina, em tom de brincadeira. REINALDO VELOSO MARTINS ADVOGADOS Travessa do Outeirinho, nº 42 Edifício Abade de Priscos, Fração CJ 4730-794 Vila Verde Tlf.: 253 312 843 / Fax: 253 321 649 45 Delícias do Tojal Na vanguarda dos pequenos frutos A Delícias do Tojal nasceu pela mão de José e Patrícia Cerqueira, que, depois de testarem, com sucesso, vários frutos na zona de Vila Verde, começaram a juntar produtores e a dar escoamento a vários produtos, com destaque para a fileira dos pequenos frutos (framboesa, mirtilo, amora, groselha e morango). A associação é cada vez mais procurada por novos produtores, até porque o fruto que existe no mercado ainda não é suficiente para dar resposta à procura. A história da Delícias do Tojal começa em 1982, quando José e Patrícia Cerqueira fizeram os primeiros ensaios de kiwi em Portugal. Passados três anos, já com uma produção de cinco hectares, começaram a reunir-se vários produtores e a ideia de criar uma associação foi ganhando forma. A empresa acabaria ser constituída no início dos anos 90, já com instalações e armazém próprio. Entretanto, a estratégia da empresa passou pela diversificação dos produtos. “O kiwi deixou de ser a nossa prioridade. Continuamos, no entanto, a manter uma boa relação com os produtores e a dar rentabilização ao fruto. A meados da década de 90 partimos para os frutos silvestres, com a framboesa, e fomos introduzindo a amora, mirtilo, groselha e morangos”, recorda Ayrton Cerqueira. Produtores precisam-se Hoje, para além de deter produção própria destes frutos, sendo viveirista certificada, a Delícias do Tojal tem cerca de 100 produtores espalhados pelo país, a quem assegura todo o apoio técnico, com visitas de campo incluídas. “Temos ganho força e volume de forma a exportar em quantidade e com qualidade, para que o fruto português seja bem visto fora de portas”, atenta o responsável. A empresa exporta 90% da sua produção, que tem como principais destinos França e Bélgica. “Vamos entrar este ano em novos mercados como o Japão e o Brasil, mas uma dificuldade que temos é que não há fruto suficiente para dar resposta aos pedidos dos clientes. Estamos numa fase em que quantos mais produtores tivermos, melhor, até porque damos boas condições, praticamos os melhores preços do mercado, e garantimos a 100% o escoamento dos produtos”, realça Ayrton Cerqueira. 46 A Delícias do Tojal tem sentido a procura de cada vez mais pessoas que querem iniciar as suas produções, particularmente jovens. Apesar disso, Ayrton Cerqueira defende que, e particularmente em produções a partir de cerca de um hectare, é necessária uma regulamentação e profissionalização do setor. “Ser agricultor não é um hobby, é uma atividade a tempo inteiro. Há muita gente que quer entrar na área e não tem essa noção. Esta é, sem dúvida, uma excelente oportunidade de mercado, é uma fileira ótima e rentável, mas é preciso trabalhar com planeamento, com pés e cabeça. Para além disso, ser agricultor não é uma profissão inata. Há muita aprendizagem envolvida”, atenta. A ideia para o futuro é, portanto, crescer, mas com os pés assentes na terra. “Temos uma grande margem de crescimento porque, como já foi referido, a procura é imensa. Este ano projetamos atingir as 300 toneladas de produção de frutos silvestres, face às 100 de 2013, e ambicionamos, em dois ou três anos, atingir as 500”, termina Ayrton Cerqueira. MotorSport Crescimento e expansão num negócio com 15 anos de existência A MotorSport em Vila Verde apresenta-se como um negócio familiar que nasceu da ideia de José Dias e Nuno Dias de formar um stand que abrangesse uma maior oferta e variedade de carros. A empresa formou-se em 1999 e conta, atualmente, com três espaços em Vila Verde. Com sede em Vila Verde, a MotorSport tem vindo a crescer no mercado da região. Começou por ser um projeto pequeno, com cerca de cinco viaturas. Entretanto, a evolução do mercado e as naturais necessidades de crescimento e projeção da marca acabaram por proporcionar a mudança de instalações, passados dois anos. Neste momento, a MotorSport tem três espaços que abrangem uma variedade de gamas centradas nos carros usados e seminovos, sendo eles, a MotorSport, a MotorSport Outlet e a MotorSport Prestige & Classics. Estes três locais pretendem garantir a diferenciação e abarcar uma gama variável de automóveis que permitam chegar a todos os clientes. Com especial destaque para a gama Prestige & Classics, à qual Nuno Dias salienta a importância da imagem da marca: “Esta gama é a joia da coroa. Projeta a nossa marca noutro sentido, e ajuda-nos a vender outro tipo de carros que possamos ter nos outros dois espaços.” Com um raio de ação que se estende muito além do concelho de Vila Verde, os proprietários da Motorsport revelam que, com o aparecimento do canal da Internet, o mercado se tornou ultracompetitivo. Com este novo veículo de informação conseguem abranger uma área de mercado muito maior, incluindo as ilhas: “Vila Verde continua a dar-nos boas referências, mas hoje em dia, o mercado da Internet é um mercado nacional”, revela José Dias. A Motorsport diferencia-se, igualmente, pela aposta num serviço que vai muito além da garantia e em que o pós-venda assume-se como um pilar base da empresa. José Dias considera mesmo que “cada vez mais as pessoas confiam na casa, e isso deve-se em parte à antiguidade. Mas, hoje em dia, as pessoas percebem que é uma mais-valia comprarem uma “Vila Verde continua a dar-nos boas referências, mas hoje em dia, o mercado da Internet é um mercado nacional.” viatura usada num local onde têm um feedback e a garantia de poderem reclamar dos direitos adquiridos”. Mais recentemente, e na perspetiva de futuro da empresa, a MotorSport vai inaugurar, em Moure, um espaço com 2000 m2 à face da estrada. Nesse novo espaço vão abranger toda a gama média e o outlet, aproveitando também o potencial do local. Com este investimento pretende-se um melhoramento das condições e uma maior oferta e diversificação no que concerne ao stock de viaturas. Este espaço irá ter uma capacidade de stock na ordem das 120 às 150 viaturas. Nuno Dias completa a ideia revelando que “neste novo espaço vamos concentrar todo o conceito motorsport, por também ser uma zona de elevado interesse”. Para já concentrados na abertura do novo espaço, os proprietários da MotorSport pretendem continuar a crescer em mercado, ser cada vez mais competitivos e manter o enfoque na relação com o cliente. 47 ResiSénior Um novo conceito de residências para a terceira idade Com uma larga experiência e formação na área social, Carlos Branco introduziu em Portugal um novo conceito na área da prestação dos cuidados geriátricos. Um modelo dividido entre o apoio residencial e os cuidados ao domicílio, visando a satisfação total dos residentes e familiares. 48 É com o know-how desenvolvido em Espanha que Carlos Branco apostou na vertente privada das residências para séniores, com o objetivo de dignificar e potenciar este serviço em Portugal. A experiência de oito anos é uma das mais-valias da empresa, para além do enfoque referido por Carlos Branco na abordagem funcional e biopsicossocial que direcionam aos residentes. A ResiSénior iniciou a atividade em 2007 com a abertura da residência geriátrica, que introduziu um novo conceito, no qual os residentes têm ao dispor todo o tipo de equipamentos e apoio especializado, com a garantia de serviços de qualidade. Com uma capacidade máxima para 40 residentes, a ResiSénior tem um raio de intervenção regional, que não se confina ao concelho de Vila Verde. Trata-se de um novo modelo com valências a nível do conforto, tranquilidade e segurança, que pretende proporcionar aos residentes uma vida autónoma e independente. A complementar este serviço privado na área geriátrica e da gerontologia, destaca-se o ambiente familiar e as acessibilidades. Em 2008, a ResiSénior acrescenta ao percurso a área da consultadoria técnica em projetos de investimento. Esta área, pouco reconhecida em Portugal, pretende prestar serviços de aconselhamento a empresas privadas que pretendam abrir unidades geriátricas, e desse modo dar a devida orientação. A formação de profissionais especializados e de qualidade na área geriátrica é igualmente um parâmetro importante na ResiSénior. Nesse sentido, destacamse as duas candidaturas ao abrigo do POPH a dois projetos de formação especializada. Com a progressão natural da ResiSénior, foi implementado, em 2010, um sistema de gestão de qualidade, que acrescentou uma nova linha empresarial e um novo parâmetro na área dos cuidados ao domícilio. Este recente paradigma pretende uma abordagem diferenciada com uma multiplicidade de serviços, que vão desde o apoio clínico, aos cuidados de enfermagem, fisioterapia, reabilitação, podologia, imagem e estética. Com o registo da marca ResiSénior, Carlos Branco direcionou-se para uma nova vertente no negócio: “Decidimos lançar uma linha de franchising, o que de facto é uma inovação, por ser uma empresa do Norte, e em especial de Vila Verde”. Relativamente ao futuro, a empresa pretende consolidar este novo conceito social e estendê-lo a nível nacional, como modelo de referência e de replicação noutras regiões. Serviços Personalizados - Alojamento temporário ou permanente - Avaliação gerontológica integral - Apoio médico e de enfermagem - Apoio psicológico e social - Animação sócio-cultural/ Terapia ocupacional - Visitas culturais e viagens - Programa de ginásio - Ateliers de estimulação física e cognitiva - Manualidades - Serviço de refeições - Acompanhamento nas atividades da vida diária - Acompanhamento a consultas externas e assuntos pessoais - Serviço de lavandaria - Serviços religiosos - Serviço de transporte particular da ResiSénior - Vídeo-conferência - Internet Júlio Fernandes Serralharia Exportação do Sucesso A Júlio Fernandes Serralharia iniciou a sua atividade em dezembro de 2003 e executa obras de serralharia em alumínio e projetos de caixilharia. Atualmente, a exportação de produtos para os mercados internacionais como França, Suíça e Luxemburgo, representa metade da faturação e, no futuro imediato, a empresa pretende entrar nos mercados moçambicano e angolano. Júlio Fernandes é o paradigma do empresário que subiu a pulso. Deixa a escola cedo e inicia-se na indústria de serralharia pela mão do seu pai, com quem abriu, em 2003, a empresa. Desde o seu arranque, a Júlio Fernandes Serralharia angariou uma vasta clientela, fruto da reputação construída no setor e do contacto direto com clientes e fornecedores, fortalecendo uma relação mútua de confiança. Em 2010, a empresa muda de instalações para o espaço atual da fábrica, numa área de 800 m2. A nova fábrica, erigida a partir de capitais próprios em terreno familiar, representa um investimento de 500 mil euros, e nela trabalham diariamente seis trabalhadores. Situada no nº 10 da Avenida Central de Marrancos, em Vila Verde, a empresa concebe, executa e instala projetos de serralharia em alumínio e produz objetos de caixilharia diversa como janelas, portas, portadas e gradeamentos. “Acredito que é a trabalhar que se consegue atingir os objetivos” Em setembro deste ano a empresa irá completar a sua oferta com novos serviços de serralharia. O cliente passa, assim, a dispor de serviços de caixilharia, serralharia, instalação e acompanhamento em obra num espaço só. 90% do volume de negócios da Júlio Fernandes Serralharia é representado pelo mercado particular e residencial, estabelecendo-se uma forte relação de confiança com os clientes. A empresa colaborou também em vários projetos de reformulação do parque escolar público, sendo ainda uma parceira estratégica de importantes marcas do setor, como Extrusal, Grupo Navarra, Cortizo, Bramolde, Portalux, Lacoviana, Perfiviana, Vitrália do Neiva, entre outras. Ligado à política local, através da junta de freguesia, Júlio Fernandes afirma: “Tenho o defeito de querer acreditar muito na minha terra” e encara o futuro com otimismo, sem deixar de, no entanto, deixar algumas críticas. “Quando há, por exemplo, visitas oficiais do Presidente da República, só participam empresários de grandes empresas e consórcios, e os pequenos e médios empresários ficam de fora. Faz falta uma associação industrial que represente esse grupo de empresários nas visitas oficiais de Estado”, sugere. A falta de união da indústria, também entre os pequenos e médios empresários, acaba por, na opinião de Júlio Fernandes, enfraquecer o setor. O futuro imediato da empresa de Vila Verde é encarado de forma positiva, graças à prosperidade e expansão prevista para os mercados de França, Suíça e Luxemburgo. A Júlio Fernandes Serralharia vai também apostar em mercados africanos da diáspora portuguesa, com enfoque em Angola e Moçambique. 49 UT Químicos Distribuição de matérias-primas para a indústria Com a base no projeto pessoal de Filipe Carvalho, a UT Químicos destaca-se no mercado como uma empresa de distribuição de produtos químicos e matérias-primas dirigidas à indústria. Criada em 2009, a empresa procura continuar a crescer no mercado e distinguir-se como referência neste setor. 50 Licenciado em Química, e depois de uma larga experiência profissional no setor da química industrial, adquirida em várias multinacionais de referência, Filipe Carvalho decidiu apostar num negócio próprio. Em 2009 decide fundar a U.T. Químicos, Lda e começa a trabalhar com vários fabricantes através de representações. As representadas que se espalham pela União Europeia e Ásia, nomeadamente em países como Espanha, Itália, Holanda, Alemanha, Inglaterra, China e Índia são divulgadas através da UT Químicos, que coloca as representações no mercado. A base da empresa centra-se na distribuição de matérias -primas de base, ou seja, especialidades químicas que são fornecidas às diversas indústrias, para estas produzirem os produtos finais. As especialidades químicas distribuídas são usadas nas mais diversas atividades industriais, desde curtumes, têxtil, tintas e vernizes, plásticos, colas, borrachas, detergentes, cosmética e papel. Com escritórios em Vila Verde, a empresa UT Químicos tem a sua base logística na Maia, tendo para isso contratado num sistema de outsourcing um armazém especializado em logística de produtos químicos, sendo este responsável pela receção, stockagem e posterior envio das mercadorias paras os clientes. Filipe Carvalho salientou que este setor é muito exigente nos aspetos técnicos e requer uma contínua abordagem a todas as inovações na área da química para poder transmitir aos clientes uma informação sempre atualizada e proporcionar-lhes uma otimização dos processos produtivos. Nesta atividade a relação entre fornecedor e cliente é vista sempre numa perspetiva de parceiros de negócios, pois existe uma interdependência muito forte. A fazer o balanço deste início de atividade, Filipe Carvalho assume que “tem corrido acima das expetativas, até porque o mundo da química é muito abrangente”, mas revela que é necessário uma adaptação e aposta em nichos de mercado. Com cerca de 40% do mercado no setor dos curtumes, e outros 40% no setor dos vernizes e tintas, em especial no fornecimento de corantes para o mobiliário, esta empresa continua a tentar diferenciar-se e a levar matérias-primas aos clientes que sejam uma mais-valia no setor. A UT Químicos destaca, igualmente, as parcerias criadas com outras empresas ligadas à química, pois esta é uma área que requer especializações, o que demonstra uma clara valorização das sinergias no setor complementando os serviços que os potenciais clientes precisam e podem requerer. A nível de perspetivas de futuro, Filipe Carvalho pretende continuar no caminho traçado: “Mantermo-nos no mercado, avançar ano após ano com um crescimento sustentado e, futuramente, colocar mais uma pessoa no setor comercial”. Reforça também a importância de continuar à procura de novos mercados e clientes, algo que se torna inerente à própria atividade. Apesar de uma estrutura reduzida, a UT Químicos reflete o rigor e o profissionalismo da equipa especializada que se mantém num mercado exigente, com um acompanhamento continuado. MultiOpticas Vila Verde Um percurso de empreendedorismo e estabilidade Com um percurso ascendente na marca MultiOpticas, Susana Vieira começou a carreira profissional como optometrista, subiu para subgerente e mais tarde para gerente da óptica. Este percurso natural fez com que decidisse apostar numa ótica própria, e resultou na atual gerência de três óticas. É na MultiOpticas de Braga que Susana Vieira começou o estágio de optometrista, local esse onde iniciou a progressão natural na empresa. Foi promovida a subgerente, e logo depois a gerente, o que a levou a pensar no passo seguinte: o de abrir uma ótica própria. Um processo facilitado, pois Susana Vieira identifica-se completamente com a filosofia da empresa. Concluída a candidatura e após um estudo de mercado, a região escolhida foi Vila Verde. A ótica de Vila Verde é inaugurada em 2003, mas a necessidade de crescimento e alargamento levou à abertura, em 2007, de um outro espaço em Amares, completando este ciclo em 2011 com a abertura da ótica de Ponte de Lima. MultiOpticas: marca de confiança dos portugueses A política da MultiOpticas, eleita pelo segundo ano consecutivo como “marca de confiança dos consumidores”, é apostar no bem-estar da saúde ocular dos portugueses com rastreios gratuitos (exame de optometria). Susana Vieira tem nas três óticas quatro optometristas que garantem as necessidades dos clientes, e que têm sempre ao dispor um serviço profissional e atento. A consulta de optometria divide-se em dois exames importantes: o subjetivo, que depende das respostas do paciente, e o objetivo, que já não depende do paciente. O aconselhamento personalizado dependerá destes dois exames, e poderá incluir a recomendação ou não do uso de óculos ao paciente. Quanto aos produtos, existe desde o óculo de sol, a óculos graduados e lentes de contato, uma gama diversificada em materiais e preços que pretende chegar a todos os clientes. As armações, os modelos, as cores, tudo isto se evidencia na hora de escolher um óculo, que ganhou um estatuto de moda, e não somente de saúde. Uma das campanhas mais conhecidas da marca passa pela compra do primeiro óculo com a oferta do segundo e pretende, assim, contribuir para a divulgação da importância do óculo de sol como protetor dos raios ultravioletas. Ou seja, é uma marca que não deixa de apostar na moda, mas com preocupações equivalentes na saúde. Para além disso, a MultiOpticas apresenta marcas próprias e exclusivas, pretendendo assim chegar a todo o mercado. Apesar do nome da marca ser fundamental em termos publicitários, Susana Vieira realça que “tentamos que seja o próprio cliente a fazer a publicidade da nossa casa”, tornando-se fundamental um serviço profissional e de qualidade. A localização destas três óticas contribui para um relacionamento ainda mais personalizado, na medida em que os clientes conhecem os profissionais e cria-se uma relação até familiar. Os protocolos estabelecidos com as mais diversas instituições, entidades e empresas contemplam este relacionamento pessoal e regional, em locais de referência de Vila Verde, Amares e Ponte de Lima. Visão de Futuro A MultiOpticas está presente no mercado português há 26 anos, como marca de confiança dos portugueses, e representa a evolução do mercado da ótica. Um progresso de liderança e solidez que se revê nas três óticas de Susana Vieira, e que prova a qualidade do serviço prestado. A proprietária acrescenta mesmo, “viemos alertar os consumidores para aspetos que estes desconheciam no segmento da ótica. E com o nosso crescimento de mercado possibilitamos a todas as pessoas a facilidade de adquirir os óculos, e isso tornou-se numa das nossas mais-valias”, conclui. 51 David Ferreira Transportes Qualidade de serviço e enfoque no cliente Depois de ter trabalhado, durante vários anos, como motorista de várias empresas, David Ferreira decidiu criar o seu próprio emprego, fundando uma pequena empresa dedicada ao aluguer de autocarros para serviços ocasionais e transporte fixo. Com um crescimento lógico e bem ponderado, a David Ferreira Transportes pauta-se por atuar no mercado com qualidade de serviço e total enfoque no cliente. A aquisição de uma nova viatura, de 55 lugares, é um dos projetos de futuro da empresa. 52 A constituição da sua própria empresa foi, para David Ferreira, “um passo normal no seguimento do trabalho de motorista que já fazia noutras empresas”. Graças a essa experiência, foi percebendo como funcionava o mercado e, movido pela ideia de que “poderia ter uma palavra a dizer neste setor”, o responsável partiu para este projeto em nome próprio. “O percurso tem sido trabalhoso, mas também muito gratificante, pois faço a minha gestão, decido cada passo que vou dar e o caminho que quero seguir, com toda a ponderação”, confirma. Assim, a David Ferreira Transportes dedica-se ao aluguer de autocarros, tanto para serviços ocasionais e transportes fixos, nos quais se incluem desde passeios de família, excursões, viagens de grupo, circuitos turísticos e transportes de atividades desportivas, culturais e religiosas, até ao transporte coletivo de crianças, serviço escolar, transferes e visitas de estudo. Recentemente, David Ferreira adquiriu uma carrinha de nove lugares que, juntando Próximos Passeios 14 de setembro - Castro Laboreiro e Srª da Peneda 4 e 5 de outubro - Aldeias de Xisto 9 de novembro - Golegã - Feira Nacional do Cavalo 14 de dezembro - Maior Presépio do Mundo – Santa Maria da Feira 19 de dezembro - Convívio de Grupo - Jantar de Natal ao mini-bus de 27 lugares já detido pela empresa, vai permitir “abrir uma nova área de negócios, trabalhando para o mercado de operadores turísticos em serviços especializados”. Apesar de estar apenas há dois anos no mercado, a David Ferreira Transportes é uma empresa em que se procura “uma melhoria constante dos serviços. Trata-se de uma pequena empresa, mas com total enfoque no cliente, nas suas necessidades e bem-estar. O respeito pelo que é acordado e o profissionalismo são os pilares em que nos baseamos e têm sido, efetivamente, o melhor cartão de visitas, pois os clientes vão sendo fidelizados e, ao mesmo tempo, vamos angariando novos”, atenta David Ferreira. Já num futuro próximo, o responsável pretende adquirir uma nova viatura, de 55 lugares, “de forma a conseguir dar uma resposta mais completa às solicitações que a empresa tem e que, neste momento, tenho que subcontratar. No entanto, o valor do investimento será um passo feito na mesma lógica, numa aposta segura e ponderada, que tenho vindo a seguir e que tem dado frutos. Crescimento sim, mas honrando os compromissos com os clientes e fornecedores, mantendo uma imagem de seriedade e profissionalismo que é cada vez mais importante neste mercado e setor”, termina. Zenit Automóveis Segurança no comércio online de peças usadas A Zenit Automóveis é, desde a sua fundação, em 2008, uma empresa de referência na área da venda de peças usadas e no abate de viaturas em fim de vida (VFV). Com um raio de atuação que se estende a todo o país, a Zenit Automóveis procura manter uma política de responsabilidade social em que as preocupações ambientais, a inovação e a prestação de um bom serviço estão sempre no topo da lista de prioridades. Quando Tiago, Ana e Martinho Almeida fundaram, há seis anos, a Zenit Automóveis, fizeram-no com o objetivo de “não ser apenas mais um centro de abate, com aquela ideia que as pessoas têm deste tipo de negócios. Tentámos, desde o início, adaptar todos os procedimentos à legislação em vigor, e procurámos evoluir e inovar na forma de trabalhar. Isso vê-se, desde logo, na apresentação das nossas instalações, na organização e na limpeza do espaço”, inicia Ana Almeida. A Zenit Automóveis dedica-se ao abate de viaturas em fim de vida e à venda de peças usadas, sobretudo online, onde desenvolveu uma plataforma segura e de confiança, “Temos várias certificações na área da segurança e estamos a concluir o programa de acreditação confiança online. Adaptamos ainda o nosso site às novas regras que protegem o consumidor nas vendas à distância”. A atividade da empresa está associada a uma forte responsabilidade social, e existe a preocupação de desmistificar, perante a sociedade, como funciona a reciclagem de automóveis. “O objetivo da criação de um centro de abate é o desmantelamento da viatura, garantindo a reutilização e reciclagem de cerca de 90%, em peso, de cada VFV. Todos os resíduos são alvo de uma gestão eficiente, respeitando exigentes padrões ambientais, sendo enviados para operadores autorizados. Posteriormente, são reintroduzidos no mercado das mais diversas formas, como, por exemplo, o ferro na construção civil ou o plástico no mobiliário urbano. O proprietário pode entregar-nos o seu VFV, sem custos, e garantir assim o correto destino dos seus resíduos”, explica a responsável. A empresa recebe visitas de estudo de alunos de escolas da região, que ficam assim a perceber como, de forma geral, se processa a reciclagem dos veículos e, ao mesmo tempo, mais sensibilizados para o tema. “Um carro abandonado pode prejudicar, e muito, o ambiente, e tentamos que os alunos percebam isso. É a nossa forma de contribuir para um futuro melhor, com menos desperdício, mais reciclagem e mais poupança dos recursos energéticos”, reforça. Seguindo também esta lógica de reaproveitamento, a Zenit Automóveis detém uma secção de salvados, “viaturas danificadas, mas que podem ser recuperadas”, e um serviço de reboque. De qualquer forma, a venda de peças usadas é o serviço mais procurado. “Neste momento, a nossa grande aposta é a loja online, que nos permite alcançar todo o mercado nacional. A exportação é pontual, sendo que temos algumas vendas já feitas para países como a Ucrânia, Espanha e França. A pessoa faz a encomenda da peça, pela internet ou telefone, e nós verificamos a sua compatibilidade, de forma a tentar minimizar a troca. A nossa política vai sempre no sentido de satisfazer o cliente. Se a peça não for compatível, fazemos a troca imediata”, continua Ana Almeida. No futuro, “pretendemos continuar a prestar um bom serviço, adaptando-nos ao que o mercado oferece e exige. Queremos estar sempre a evoluir e a fazer a empresa crescer, dando também apoio aos nossos 11 colaboradores”, termina. 53 Sinergeo Inovação a partir do Minho Dedicada à prestação de serviços, consultoria e execução de projetos nas áreas de geologia, hidrogeologia, geofísica e geotecnia, a Sinergeo é uma jovem empresa sediada no Instituto Empresarial do Minho que, graças à aposta na inovação e desenvolvimento, criou dois projetos que prometem revolucionar o mercado: o Agrocontrol e o Prospeg. 54 Bruno Pereira, João Azevedo e Jorge Oliveira tinham a ideia de formar uma empresa juntos desde os tempos de colegas de turma, na Universidade do Minho. Três anos depois de terminarem o curso, os três geólogos reuniram-se, nascendo assim, em 2006, a Sinergeo. A alteração de lei que veio obrigar a que as empresas de pesquisa e captação de água tivessem um diretor técnico garantiu à Sinergeo, logo numa fase inicial, um volume de trabalho que lhe permitiu, mais tarde, enveredar por novos mercados, como é o caso da geotecnia. Paralelamente, a empresa quis dirigir os seus esforços para a área da inovação e desenvolvimento. “Em 2007 decidimos aproveitar os apoios do QREN, diversificando os nossos serviços e enveredando pela pesquisa e investigação científica, sempre com o objetivo de colocar os resultados dessa pesquisa no mercado”, explica Bruno Pereira. Foi assim que surgiu o primeiro projeto de I&D da Sinergeo, o Agrocontrol, dedicado à deteção de teores de humidade no solo através de um georadar. Trata-se de um projeto com grande aplicabilidade no setor agrícola, uma vez que permite a gestão racional da rega e o conhecimento do volume de água existente no solo. A empresa já colocou, inclusive, este projeto em marcha numa plantação de vinha. Importa referir, no entanto, que o Agrocontrol tem aplicação também noutras diversas áreas, como a arqueologia, engenharia civil ou até a ciência forense. Mais recentemente, a Sinergeo abraçou um novo projeto, desta feita dedicado à prospeção e pesquisa de recursos mineiras com recurso à interpretação e análise de imagem-satélite. “Trata-se de uma tecnologia que permite analisar remotamente o potencial mineral de qualquer área, em qualquer local do mundo. É uma forma mais eficaz, mais rápida e mais económica de fazer prospeção geológica e que permite o acesso a zonas atualmente inacessíveis”, refere o responsável da Sinergeo, que já tem sido contatada por entidades, em vários países, interessadas no Prospeg. O projeto encontra-se, neste momento, em fase de divulgação, e quase a postos para entrar no mercado. No que diz respeito à restante atividade da empresa, os serviços como os estudos geotécnicos, ensaios de caudal e captação de água, entre outros, são procurados tanto no mercado nacional como em países como Espanha, Angola e, pontualmente, Brasil. No entanto, como realça Bruno Pereira, “nesta fase estamos a dar mais atenção ao mercado nacional, de forma a que, quando chegarmos a projetos internacionais, o possamos fazer com maior know how e eficácia”. A versatilidade de serviços, a procura constante de novas soluções e a proximidade com o cliente são algumas das mais-valias da Sinergeo e que lhe vão permitir, no futuro, chegar a cada vez mais mercados. A aposta no I&D continuará a estar nos horizontes da empresa, e Bruno Pereira não esquece o agradecimento “aos parceiros dos nossos projetos, desde a Universidade do Minho até às empresas prestadoras de serviços, equipas sem as quais seria impossível colocar estes projetos no terreno”. Glamour – Clínica de Saúde e Beleza De Braga para Vila Verde Depois de ter o seu gabinete durante mais de duas décadas no centro de Braga, Martine Soares fez as malas e procurou uma nova paragem para a sua clínica de saúde e beleza. Vila Verde, terra de onde é, aliás, natural, acabou por ser o local eleito, e onde conseguiu manter a clientela bracarense, fidelizada ao longo dos anos, e um novo leque de clientes das proximidades. Foi com apenas 20 anos que Martine Soares abriu o seu primeiro espaço dedicado aos tratamentos de estética, na central Avenida da Liberdade, em Braga. Com o passar do tempo e a evolução galopante da área, a responsável viu abrir muitos novos espaços na cidade, e, 24 anos depois, o espaço era curto e a vontade de mudar foi-se instalando. “Ponderei muito bem se deveria sair de Braga, porque estava lá há muitos anos. Entretanto, comecei a estudar outras zonas onde me poderia implementar, e surgiu um espaço que me interessou bastante aqui em Vila Verde, que tinha também a vantagem de ser uma zona pouco explorada”, revela Martine Soares. Com a mudança concretizada, assim, há cerca de dois anos, nasceu o novo espaço Glamour, com uma grande variedade de serviços na área da estética. “O que mais fazemos é a epilação de luz pulsada; é algo que eu faço, aliás, já há 12 anos. Fazemos também limpezas de pele e hidratações, micropigmentação, drenagem, radiofrequência, entre outros”, atenta. A epilação de laser luz pulsada é, efetivamente, um dos serviços mais procurados, e, com a sua vasta experiência, Martine Soares acredita que há ideias que importam desmistificar. “Os resultados nesse tipo de tratamentos estão muito ligados à parte hormonal, daí que variam muito de paciente para paciente. Quando há alguém a quem volta a nascer o pêlo, isso deve-se, precisamente, a questões hormonais, e acontece frequentemente em pessoas mais jovens. A partir dos 35 anos, as sessões já funcionam a 90%. E, ao contrário do que as pessoas possam pensar e ao que é apregoado em vários locais, são sempre necessárias muitas sessões para que o trabalho seja bem feito”, clarifica, realçando ainda o “feedback muito positivo” que tem tido nesta área. Martine Soares faz um balanço positivo da mudança do negócio para Vila Verde, até porque conseguiu “trazer cerca de 60% da minha clientela em Braga. Vila Verde acaba por ter algumas vantagens, mesmo para as clientes que vêm de lá, porque os acessos são bons, o trânsito é menor e o estacionamento é mais facilitado”. O facto de ter conseguido atrair as clientes de Braga para Vila Verde ajudou a alavancar o negócio, que se encontra ainda numa fase bastante inicial. No entanto, aos poucos, as clientes de Vila Verde também foram aderindo. “Como procuramos ter uma clínica com um aspeto e decoração cuidada, as pessoas achavam que iamos praticar preços muito elevados, mas começaram a experimentar e aperceberam-se, precisamente, do contrário. Felizmente, tenho conseguido aumentar o meu número de clientes, e conto, no futuro, continuar a manter a qualidade nos serviços, a vanguarda nos equipamentos e os preços acessíveis”, termina Martine Soares. 55 Palhágua 2 Qualidade e serviço de excelência Sediada em Vila Verde, a Palhágua 2 Lda é uma empresa com grande ligação comercial à Palhágua, com sede em Braga, fundada em 1998 pelo sócio João Silva Palha. A empresa labora no ramo das piscinas, saunas, spas, turcos, regas e canalizações em geral, contando com clientes de vários setores de atividade e uma equipa de onze colaboradores sempre prontos a dar resposta às mais variadas solicitações. 56 Aberta ao público desde 2007,a Palhágua 2 surgiu pela iniciativa dos sócios Luís Cerqueira e João Palha, com o objetivo de alargar a área de negócios deste ramo, e “uma forma de aproveitar o nome Palhágua, que já existia no mercado há alguns anos e que era sinónimo de qualidade e sucesso na sua área”, refere Luís Cerqueira. No caso da Palhágua 2, tem havido um reforço na área dos sistemas de rega. “Aqui em Vila Verde temos implementado muitos sistemas de rega para plantações de pequenos frutos, como o mirtilo e as framboesas, muito em voga nesta região. Trata-se de um mercado em ascensão e temos sentido bastante satisfação e aceitação por parte dos clientes”, continua o responsável. Já na área das piscinas, e contrariamente ao passado, em que os particulares, que queriam ter piscinas nas suas casas, eram os principais clientes, atualmente a Palhágua tem trabalhado mais para clientes com projetos turísticos, hotéis, parques de campismo, turismo rural, câmaras municipais, escolas, ginásios, spas e outros. Também na área das piscinas, a Palhágua 2 tem feito trabalhos além-fronteiras, particularmente em Espanha e França, sendo que as negociações com Angola estão em cima da mesa. A empresa também faz manutenção em todos os serviços do seu ramo. “É um serviço que ajuda a contrariar a sazonalidade deste negócio”, atenta Luís Cerqueira. Para além disso, a venda e instalação de equipamentos específicos, como as bombas de calor, desumidificação e aquecimento, natação contra corrente, desinfeção de águas, coberturas automáticas, entre outros, ajuda a completar a oferta de serviços da Palhágua 2. Com uma clientela cada vez mais exigente, a Palhágua 2 promete, no futuro, continuar a procurar as melhores soluções e a prestar um serviço de excelência ao cliente. Luís Cerqueira não esconde que gostaria de expandir o negócio, “mas não será no imediato, pois o mercado ainda tem que melhorar e estabilizar. Acredito que, no entanto, depois de o país ultrapassar esta fase, não só a Palhágua 2 mas, de forma geral, toda a sociedade vai estar melhor preparada para crescer, fazendo-o de forma sustentada”, termina o responsável. Centro Social do Vale do Homem Qualificação e vertente humana num projeto de cariz social Com apenas cinco meses de existência, o centro social do Vale do Homem já se apresenta como um espaço de referência dos concelhos de Vila Verde e Amares. A componente de lar já se encontra completamente implementada, e a aprovação do serviço de apoio ao domicílio é também já uma realidade. É pela necessidade de 16 freguesias da região de Vila Verde e sete freguesias da região de Amares, mais concretamente do Vale do Homem, que surge um projeto no âmbito social para a criação de uma estrutura que abrangesse esta área de atuação. Nos concelhos que apresentam um grande envelhecimento da população, existia a necessidade de um elemento de aproximação e desenvolvimento da região. Na condução deste projeto foi criada uma associação, o Centro Social do Vale do Homem, que conseguiu o estatuto de IPSS passados cerca de dois anos. Esta associação nasceu fundamentalmente da vontade dos cidadãos atentos que identificaram o iminente envelhecimento e também a carência de outros apoios de caráter social. Além disso, a criação desta instituição surgiu também como meio para gerar emprego e assim fixar a população. Neste âmbito, candidatou-se aos fundos comunitários, mais concretamente ao POPH, reunindo todas as condições exigidas e consequente aprovação do projeto. Em Dezembro de 2013 é acolhido o primeiro utente no centro social, que passados quatro meses, apresentava 100% da capacidade na valência de lar. Com esta valência preenchida, a direção do centro social sentiu um enorme desafio em alargar a resposta social às necessidades específicas da população, apostando noutra valência, mais concretamente, no serviço de apoio ao domicílio. Jorge Pereira, presidente da instituição, considera este início extremamente positivo, como o transmitiu: “Uma nova instituição que surge como nós surgimos e que, ao fim de quatro meses, está a trabalhar como nós estamos, torna-se já numa referência”. Quanto às valências necessárias ao funcionamento do lar, este tem todas as componentes fundamentais e indispensáveis à saúde e bem-estar dos utentes, assim como um conjunto alargado de serviços: fisioterapia, nutrição, enfermagem, cabeleireiro e assistência religiosa. A animação sociocultural funciona como complemento a esses serviços prioritários, como exemplo: ver televisão, executar jogos, praticar outras atividades, para além da assistência aos ensaios do rancho folclórico. Esta animação é intrínseca à instituição, uma vez que o rancho folclórico pertence e apoia a vertente cultural deste Centro Social. Na ótica de Jorge Pereira existem assim três pontos fundamentais para o sucesso do Centro Social do Vale do Homem: “a qualificação e escolha dos profissionais, a qualidade das instalações, e a vertente humana, que é essencial”, conclui. Este projeto contou, igualmente, com os apoios institucionais da Misericórdia de Vila Verde, da Escola Profissional Amar Terra Verde, da Associação Empresarial de Vila Verde, das Câmaras Municipais de Amares e de Vila Verde e do arcipreste de Vila Verde. A ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave) desempenhou também um papel importante no processo, através do apoio à candidatura ao PRODER, e que se concretizou na criação de uma cozinha, lavandaria, e na aquisição de uma viatura de nove lugares. Com a mente no futuro, o presidente da instituição acredita que este centro social está a marcar pela diferença, e afirma: “Vamos continuar a inovar. Estamos a fazer bem e diferente”. O responsável espera também que, no futuro mais próximo, o serviço de apoio ao domicílio esteja a funcionar em pleno e a dar resposta a cerca de 40 utentes. 57 Casa Fonseca Honestidade e bem servir desde 1910 Sediada em Vila Verde, Braga, a Casa Fonseca é uma referência na região para quem procura materiais nas mais diversas áreas – desde os materiais de construção passando pela drogaria e agricultura, entre outros. Com mais de um século de existência, o negócio, que mantém uma estrutura familiar desde a sua fundação, procura marcar a diferença pela honestidade e bem servir. As raízes da Casa Fonseca remontam a 1910, quando João Serôdio da Fonseca, pai do sogro do ainda hoje proprietário, António da Silva Domingues, abriu, em conjunto com outro sócio, a “Ferraz e Fonseca”, dedicada ao comércio de mercearia, drogaria e ferragens. Ao longo dos anos, o negócio foi sofrendo várias mutações e atravessando gerações. Depois do fundador, o filho, Mário Santos da Fonseca, assumiu a gestão da casa, e, em 1964, chegou a vez de António da Silva Domingues, a quem coube a tarefa de trazer um novo fôlego depois de uma fase mais difícil na vida da Casa Fonseca. Foi também nessa fase que se iniciou uma grande restruturação em termos de produtos, com o negócio a voltar-se para as áreas que abrange atualmente: materiais de construção, drogaria, eletrodomésticos, ferragens, 58 material elétrico, pichelaria, agricultura, jardim e pecuária, e, finalmente, decoração, casa e lar. Com uma vasta visão do negócio, pelos largos anos de experiência que tem, António da Silva Domingues explica que “apesar de, hoje em dia, se vender muito menos produto em termos de quantidade, por outro lado temos muitas mais condições, produtos de boas marcas e uma grande diversidade e qualidade. Para além disso, acredito que, ao fim de todos estes anos, o que marca a diferença no nosso negócio é a honestidade e o bem servir dos clientes”. A Casa Fonseca conta, para além do espaço principal que se mantém no mesmo local desde a sua fundação, e que foi alvo de obras em 2009, com um segundo armazém voltado para a área de agricultura, jardim e decoração. Atualmente, a equipa da Casa Fonseca conta com 13 colaboradores, e a estrutura familiar deverá manter-se no futuro, com os filhos de António da Silva Domingues, Epifânio, Maria Fernanda, Manuela Maria e Carla Cristina Domingues à frente do negócio. Lar S. Salvador Um lar de referência em Vila Verde Carlos Saraiva Dias tinha apenas 26 anos quando começou a idealizar o seu projeto de sonho. Com a esposa, Marta Gonçalves, foi alinhavando as ideias e, aos poucos, começou a nascer o Lar S. Salvador. Aberto há dois anos, este lar para seniores é já uma referência em Vila Verde, graças a uma série de valências que garantem a máxima comodidade aos seus utentes. A ideia para a criação do Lar S. Salvador vagueava na mente de Carlos Saraiva Dias já há vários anos, e saltou, finalmente, do papel para o terreno há dois anos. Com o objetivo de proporcionar aos seus utentes o maior conforto possível, o lar reúne, assim, valências de acompanhamento médico e enfermagem, fisioterapia e reabilitação, serviço de nutrição, higiene pessoal e transporte, dispondo de 10 quartos single e 10 quartos duplos. Neste momento, o Lar S. Salvador já atingiu a sua capacidade máxima, com 30 utentes. O lar encontra-se aberto a todo o tipo de utentes, mas, e “tendo em consideração que existem muitas instituições que não aceitam utentes com quadros demenciais, nós temos tido uma grande procura desse nicho de mercado. Neste momento, 80% dos nossos residentes são pessoas portadoras de patologias demenciais, das quais alzheimer, demências vascular e outras e, por isso, queremos especializar-nos nessa área, de forma a saber lidar com a demência e envelhecimento em todos os seus quadrantes”, explica Raquel Carvalho, diretora técnica do lar. A introdução de terapias inovadoras é uma das apostas do Lar de S. Salvador, como é o caso da sala de snoezelen. “Trata-se de uma sala que disponibilizamos para os nossos utentes mais desorientados no espaço e no tempo, monitorizada pela nossa fisioterapeuta, que graças ao seu equipamento produz diversos efeitos sensoriais – visuais, auditivos, gustativos e táteis, musicoterapia e efeitos luminosos num ambiente controlado. O objetivo é proporcionar o máximo de relaxamento e harmonia aos residentes, com grandes benefícios, por exemplo, na redução da ansiedade, na majoração da função cognitiva, renal, circulatória e digestiva e coadjuvando também no repouso”, atenta a responsável. Esta técnica tem tido resultados tão positivos que a sala já foi ampliada e, no futuro, o lar pretende implementá-la também ao domicílio. Para além disso, o lar dispõe de salas de atividades, com uma animadora social, cozinha com todas as refeições preparadas no local e sala de enfermagem, permitindo aos utentes “usufruir de um conjunto de serviços dentro do lar, sem necessitarem de se deslocarem ao exterior. E, quando têm consultas de saúde, nós fazemos todo o acompanhamento, o que deixa as famílias muito mais tranquilas”. Aqui, procura-se “que nada falte aos utentes e que as pessoas se sintam em casa. Temos sentido que há muita gente que têm uma ideia muito negativa do conceito de lar, mas a verdade é que os nossos utentes gostam muito de cá estar, sentem-se satisfeitos”, atenta Carlos Saraiva Dias. A expansão das valências é um dos projetos de futuro do Lar S. Salvador. “Prevemos aumentar a capacidade do lar/ residência, de forma a acolher mais cerca de seis pessoas. Outro projeto passará pela criação de um serviço pioneiro, que passará pela prestação de fisioterapia de neuro reabilitação em domicílio. Pretendemos também introduzir a valência de apoio domiciliário”, terminam os responsáveis. 59 Investe Brasil Exportar o made in Portugal para o Brasil e o Mundo De Vila Verde para o Mundo. Instalada no Instituto Empresarial do Minho, a Investe Brasil quer levar o made in Portugal para terras de Vera Cruz. E, no horizonte, estão os mercados do Mercosul, África e Europa. A sua empresa é uma PME? Não tem experiência na internacionalização? Procura um parceiro que o ajude a implementar a sua empresa no Brasil? Não se preocupe. A Investe Brasil tem a resposta a todas estas perguntas. A Investe Brasil é uma empresa de consultoria que apoia empresários que pretendem inserir-se no competitivo mercado brasileiro. Prestam serviços de apoio administrativo, consultoria imobiliária, consultoria ambiental, assessoria jurídica, assessoria bancária, assessoria contabilística e fiscal, assessoria a expatriados, assessoria em prospeção e pré-atendimento e assessoria em comunicação e marketing. A união faz a força Projeto de duas amigas de infância, Susana Costa, contabilista e formadora de contabilidade/gestão no IEFP, e Sofia Fernandes, também contabilista. Trabalharam em gabinetes concorrentes durante nove anos, acumulando experiência, que se materializou na Investe Brasil. Susana Costa concluiu que era altura de mudar de rumo, e com a sua amiga Sofia Fernandes abriram uma empresa com objetivo de oferecer serviços de contabilidade e outros de apoio ao negócio e à gestão como: serviço de advocacia, consultoria no âmbito da criação e modernização das empresas no mercado, entre outros serviços. O duo de empreendedoras identificou a necessidade de fazer a ponte entre o mercado luso e o mercado brasileiro quando um cliente lhes pediu ajuda para abrir uma empresa no Brasil. A solução para responder ao pedido de ajuda deste cliente passou pela parceria com os amigos Lídia Vieira e Vítor Silva, portugueses empresários no Brasil há cerca de dez anos. Estava lançada a semente. 60 O target são as PME’s com pouco ou nulo conhecimento da realidade brasileira, que necessitem de um parceiro sólido, com larga experiência no setor de gestão e assessoria, mas também com o profundo entendimento do apetecível mercado brasileiro. “Acreditamos no projeto” “Sentimo-nos hoje, para além de técnicas oficiais de contas, verdadeiras parceiras de negócio dos nossos clientes”, afirma Susana Costa. A Investe Brasil apoia o empresário que deseja investir no ramo imobiliário, bem como o empresário que pretende abrir uma sucursal no Brasil ou criar uma empresa de raiz, ou ainda o empresário que pretende exportar os seus produtos made in Portugal, como calçado, artesanato, produtos alimentares ou produtos regionais para o mercado brasileiro. A Investe Brasil faz um acompanhamento personalizado ao negócio de cada empresário, dotando-o de um plano de negócios, preparação de um dossier para requisição de crédito bancário no Brasil e assessoria de prospeção de mercado, além dos serviços mencionados. 2012 foi o ano em que a Investe Brasil firmou parcerias fulcrais com diversas instituições. É o exemplo da parceria com a Rede Petro – Bacia de Campos, organização que promove, articula e fomenta a celebração de negócios entre os players da cadeia produtiva de petróleo, gás e energia da Bacia de Campos – Rio de Janeiro. Em 2013, a Investe Brasil continua em ascensão. Para o futuro próximo, as empresárias Susana Costa e Sofia Fernandes visionam a expansão para outros países do Mercosul e a expansão para o mercado Africano e Europeu. Magnific-International Qualidade e bem-estar na hora do deitar Presente no mercado desde 1991, a Magnific-International assume-se como marca de referência na área da saúde e bem-estar no que concerne aos colchões. A passar uma fase de transferência de testemunho do negócio, esta empresa localizada em Vila Verde continua a manter o núcleo familiar. É no ano 2009 que Lúcio Lomba decide comprar a prestigiada marca Magnific-International, que se encontrava a ser comercializada por uma empresa, que, infelizmente, teve de fechar portas. Foi então que teve a iniciativa de abrir uma empresa em que colocasse a marca/produto em contato com os clientes. A empresa dedica-se à comercialização de uma vasta gama de produtos que visam o conforto individual, desde colchões, poltronas de massagem, estrados elétricos e almofadas. O forte das vendas concentra-se nos colchões ortopédicos com características anatómicas, medicinais e terapêuticas. Esta foi a primeira marca a produzir colchões ortopédicos sem molas, mantendo a mesma identidade desde a fundação. Resistentes, ventilados, flexíveis, adaptáveis ao corpo e antialérgicos são alguns dos atributos dos colchões da Magnific, que se distinguem igualmente pelos materiais utilizados, que vão desde a soja, viscoelástico, látex, a diferentes densidades de poliuretano. As várias gamas de colchões são a prova disso mesmo, sendo elas: Magnidreams, Magnivisco, Magnilight, Magnisoja, Magnisoft, Magniflex e Magniplus. Cada uma destas gamas pretende garantir todos os padrões de qualidade e bem-estar, com uma garantia equivalente aos valores apresentados. A procura pela personalização no atendimento e acompanhamento dos clientes é, igualmente, uma das mais-valias que distinguem a Magnific no mercado, sendo esta a maior marca de colchões ortopédicos a nível nacional. A passagem da empresa para a geração seguinte está assente num percurso sustentado. Diogo Ramalho começou pela área comercial da empresa, com vista a perceber todo o processo que envolve a venda de um colchão. Neste momento dedica-se à gestão da área comercial, e salienta “quando me iniciei nesta área, comecei a gostar do feedback positivo dos clientes e, além disso, sinto-me orgulhoso por estar a proporcionar bem-estar e qualidade de vida às pessoas. É gratificante servir e sentir a alegria e a satisfação de cada cliente”, afirma Diogo Ramalho. Com uma intervenção de mercado essencialmente a nível nacional, estando presente nas maiores exposições em Portugal, a Magnific-International começa a marcar presença no mercado internacional, em países como Angola, Suíça e França. Os colaboradores, experientes e com formação a nível de ortopedia e medicina, são outra das distinções da empresa, que assenta o serviço no envio do comercial à casa do cliente, visando um acompanhamento mais especializado e adequado às necessidades de cada possível comprador. Com uma presença marcada a nível nacional, a Magnific-International oferece qualidade, durabilidade e garantia de um produto que pretende proporcionar um nível de vida saudável na hora de deitar. Diogo Ramalho perspetiva o futuro com a continuação de um crescimento sustentado e avança: “Gostaríamos de apostar na expansão, mas são projetos ainda a ponderar, contudo a intenção é, claramente, continuar a crescer”. Lúcio Lomba, Diogo Ramalho e toda a sua equipa agradecem “o voto de confiança e preferência pela nossa marca ao longo destes 23 anos presente no mercado”. “Dormir Bem e Viver Melhor”. 61 Jerofil Aposta séria na globalização Constituída em novembro de 1998, a Jerofil é uma sociedade familiar especializada em serralharia mecânica pesada para a indústria transformadora e extração de inertes. Com 95% da sua faturação direcionada para o mercado internacional, a empresa é detentora do estatuto de PME Líder e PME Excelência, atribuído pelo IAPMEI. A Jerofil começa a sua atividade ligada à construção civil, com o fabrico de betoneiras, andaimes, portões, entre outros equipamentos para a construção civil. Aquando da crise nacional no setor, a empresa decide apostar na exportação e, em 2002, entra no mercado europeu, nomeadamente em Espanha. Atualmente, está presente em países como a Alemanha, França, Rússia e Bélgica, estando também posicionada no mercado africano, em Angola, Camarões, Serra Leoa, Congo, Gana, Senegal, Cabo Verde e Moçambique, bem como no mercado árabe. Novos negócios na América do Sul foram recentemente firmados, em países como a Venezuela, Chile, Equador e Peru. A companhia foi distinguida com o estatuto empresa PME Excelência e é uma entidade global, mas sem perder a sua essência familiar. Excelência e experiência internacional Situada em Lugar do Monte, Vila Verde, a sociedade conta já com 15 anos de existência e não possui concorrência direta na indústria. A Jerofil especializou-se no setor da serralharia mecânica pesada e constrói equipamentos para a indústria extrativa e transformadora de inertes. Na fábrica da Jerofil projetam-se, produzem-se e instalam-se máquinas e equipamentos industriais. A atuação da firma abrange todos os componentes para as indústrias, desde a extrativa à industrial, e desenvolve projetos especiais de consultoria, elaborando um plano de desenvolvimento e estudo tecnológico para que o seu negócio 62 prospere em força e escala. Cada peça desenvolvida pela Jerofil é criada de raiz, tendo em conta elevados padrões de qualidade. A marca procura sempre a satisfação máxima do cliente, atendendo a todas as características distintas que cada trabalho exige. Na Jerofil, cada projeto é criteriosamente estudado e condicionado pelo material a extrair. “Um cliente que tenha mais do que uma pedreira não tem duas extratoras iguais. As máquinas diferem pelo tipo de rocha extraída e devido à morfologia do terreno”, esclarece António Jorge, sócio-gerente da Jerofil. Todos os projetos são elaborados em CAD na sede, e a inovação tecnológica é sinónimo de mais encomendas e de um período de entrega ainda mais curto. A firma dedica-se ainda à comercialização de materiais elétricos e tudo o que esteja relacionado com a motorização e movimentação. Com uma equipa de 15 colaboradores e mais sete funcionários subcontratados, dedicados exclusivamente aos projetos de serralharia, a Jerofil aposta também na formação contínua. Já se planeia 2015 na empresa de Vila Verde, estando em produção encomendas que serão entregues apenas em 2016, expressão do triunfo desta organização. Recentemente, a Jerofil executou uma obra de grande envergadura em Portugal, impulsionada pelos apoios estatais concedidos às PME. A Jerofil vai continuar a consolidar a sua posição nas diversas esferas de atuação, estabelecendo um padrão elevado de qualidade com que premeia os seus clientes. ASF Clínica Médica e Dentária Empatia e competência ao serviço do utente Ana Sofia Fernandes ainda não tinha terminado o curso de Medicina Dentária, mas já tinha a ambição de, um dia, vir a abrir a sua própria clínica. Depois de concluída a formação, a responsável procurou um espaço de referência em Braga, que lhe deu a experiência necessária até abrir, em Vila Verde, a ASF – Clínica Médica e Dentária. Aberta há nove anos em Vila Verde, a ASF – Clínica Médica e Dentária foi o resultado do percurso de Ana Sofia Fernandes, que, ainda durante a faculdade, já tinha a ambição de ter a sua própria clínica. No entanto, e como recorda a própria, “quando terminei o curso senti que não tinha a experiência suficiente para assumir a direção de uma clínica, e, por isso, procurei um espaço de referência em Braga, a Clínica Dr.Jorge Lima Fernandes, onde trabalhei e trabalho desde então”. A jovem bracarense quis sair do centro da cidade e optou por abrir a clínica em Vila Verde, porque “sabia que era uma zona de referência e na qual, apesar de já existir bastante oferta, poderia oferecer algo de diferente”. A estratégia passou por “ter todas as áreas da medicina dentária, desde a cirurgia oral à implantologia, ortodontia ou odontopediatria, entre outras, mas em permanência, algo que não existia em Vila Verde. Qualquer paciente que nos visite tem sempre todas as especialidades disponíveis, não necessitando, por exemplo, de esperar pelo médico que só vem uma vez por semana. O facto de o paciente vir cá e ter sempre, sem exceção, um médico para o ver, seja qual for o tratamento, é uma mais-valia”, explica Ana Sofia Fernandes. Constituída por cinco médicos e três assistentes, a equipa da ASF – Clínica Médica e Dentária foi “escolhida pela sua grande competência técnica, mas por outro fator que valorizo muito, que é o tipo de relação, de grande empatia, que estabelecemos com os pacientes. Há também um grande espírito de entreajuda entre todos, o que gera um bom ambiente no local de trabalho e se reflete nos pacientes, que nos procuram mais”, continua a responsável. A responsabilidade social é também uma vertente importante na clínica, que optou, “desde o início”, por trabalhar com o cheque-dentista. “Penso tratar-se de uma grande mais-valia, pois temos muitas crianças que, de outra forma, nunca viriam ao dentista, pois há pais que nem dinheiro têm para comprar uma escova ou pasta de dentes. E é importante que as crianças venham regularmente ao dentista, pois se os problemas não forem tratados há um grande risco de chegarem a adultos com situações muito graves por resolver”, atenta. Em quase dez anos, a ASF Clínica Médica e Dentária tem trilhado um caminho de sucesso, e a expansão é um dos planos feitos para o futuro. “Neste momento, estamos em obras para abrir mais um consultório na clínica; prevemos que esteja pronto no mês de setembro. A longo prazo, gostaria muito de abrir um novo espaço semelhante a este e também num local do distrito de Braga”, termina Ana Sofia Fernandes. 63 Sergyos On Style Um espelho da modernidade e das novas tendências Muito mais do que um salão de cabeleireiro, o Sergyos on Style apresenta-se como um novo conceito de beleza e moda na cidade do Porto. Com a junção de cabeleireiro, estética, massagem, joalharia e guarda-roupa, quem visita este espaço encontra o enquadramento perfeito entre o bem-estar e a preocupação com a imagem. 64 É com o início numa parceria ligada à organização de casamentos, que Sérgio Pinto e Sérgio Costa se associaram neste ramo de negócio. Sérgio Pinto na área da decoração de interiores, gestão de espaços e no tratamento das noivas, e Sérgio Costa com toda a envolvente dos cabelos. A inauguração do salão Sergyos on Style aconteceu a 9 de Maio de 2011, com um conceito totalmente inovador na cidade do Porto: “Todo o ser humano está habituado a chegar a um cabeleireiro, ver imensos expositores e muita publicidade. Quem chega ao nosso espaço não encontra nada disso. O nosso cabeleireiro é completamente diferente, aqui damos a conhecer os profissionais e as tendências”, revelou Sérgio Costa. Com a abertura deste espaço, os proprietários notaram uma mudança de comportamento dos clientes, ou seja, perceberam que existe uma preocupação maior por parte da classe masculina em tratar do aspeto e do bem-estar do corpo, e não só da classe feminina. O salão Sergyos on Style pretende deste modo que as pessoas entrem, sintam conforto e confiança. É um espaço desenvolvido a pensar em toda a envolvente da beleza e do bem-estar dos clientes, com diversos serviços desde o cabeleireiro unissexo, venda de joalharia em prata e ouro, estética, massagens, unhas de gel, e ainda roupa por medida. Sérgio Pinto confessa mesmo que, “quando o cliente chega aqui, eu digo que está a entrar num shopping”. Um sábado por mês o Sergyos on Style diferencia-se, igualmente, pelas atividades que desenvolve e concretiza durante o horário de funcionamento do cabeleireiro: “Já tivemos fados, música ao vivo, bodypainting, dança do ventre, dança indiana com pinturas aos clientes, workshops de produtos de limpeza de pele, tudo enquanto os clientes estão a ser atendidos e tratados”, revela Sérgio Pinto. Com uma presença recente no mercado e a comemoração dos três anos de existência, este é um espaço já recomendado por figuras públicas, mas que não desmobiliza os proprietários de continuar a apostar no trabalho, empenho, e na atualização das várias formações. Sérgio Pinto revela também que pretende chegar a todas as pessoas: “Temos preços para todos os segmentos. O que pretendemos é que as pessoas possam ter acesso a estes tratamentos, se sintam bonitas e possam tratar da imagem”, sintetiza. Os proprietários do Sergyos on Style consideram que o balanço dos três anos de existência é positivo, com possibilidades de crescimento, e em que podem começar a surgir novos projetos. “Vamos continuar a apostar na simpatia, nos bons trabalhos, na boa relação qualidade/preço, com produtos nacionais Lupabiológica, e em dar a conhecer o nosso trabalho e quem somos”, concluem. Pajá Internacional Lda A qualidade traduzida nos produtos Especializada no fabrico de ferragens e puxadores, a Pajá é uma das empresas mais conhecidas no mercado português neste setor. Com décadas de história, a empresa de Matosinhos exporta a maioria da sua produção para vários países da Europa, apresentando uma grande diversidade de produtos com diversos tipos de acabamentos. Ostentando com orgulho o selo de “made in Portugal”, os produtos da Pajá traduzem qualidade e design, uma maisvalia reconhecida pelos clientes. “A empresa começou com o nosso avô a fazer cunhos e cortantes na sua oficina em casa”, revela Rui Pinto, sócio-gerente da empresa. A altura remonta a 1957, ano de fundação da Pajá, que de seguida se especializou no fabrico de ferragens e puxadores em alumínio, latão e também em inox. Ao fim de décadas de história e de crescimento sustentado no mercado, a Pajá tornou-se uma empresa de referência no setor e uma das mais conhecidas no país. Hoje com 35 colaboradores, a Pajá exporta cerca de 65% da sua produção para vários países europeus com especial relevância para o mercado inglês, estando também presente em Espanha, França ou Alemanha. Com uma extensa variedade de produtos e referências em ferragens e puxadores, seja para interior ou exterior, para portas, portões, janelas, móveis, etc, todos os produtos fabricados na Pajá são desenvolvidos pela própria empresa. “Em termos concorrenciais, as nossas mais-valias são a flexibilidade e a nossa capacidade de desenvolver as ferramentas necessárias para o nosso fabrico e com isso temos capacidade de resposta temporal, com curtos prazos de serviço, fornecendo o produto à medida do cliente”, salienta Rui Pinto. Com produtos para todas as gamas de preços mas sempre com a mesma garantia de qualidade, outra das grandes mais-valias da Pajá passa pela diversidade de acabamentos. “As pessoas começam a dar mais atenção ao design e à qualidade em detrimento do preço, e nesse campo somos muito competitivos. Incorporamos diferentes materiais nos nossos produtos, como por exemplo madeira, cortiça, couro, vidro ou porcelana”, acrescenta Pedro Pinto, também sócio-gerente da Pajá. Um exemplo da qualidade dos produtos da Pajá passa pela parceria com a marca Swarovski, onde a empresa portuguesa trabalha diretamente com a marca no fabrico de puxadores, incorporando os cristais da reconhecida marca de produtos de luxo. A respeito da conjuntura económica, a Pajá não passou imune à crise mas “já invertemos o declínio e agora a empresa está em crescimento. Neste momento estamos a mudar a política comercial e por isso este ano e os próximos serão de crescimento. Queremos crescer e não queremos esquecer o mercado interno, pois é por aqui que começamos a mudar a nossa política comercial”, afirma Pedro Pinto. “O mercado interno é muito importante e podemos dizer que somos dos poucos fabricantes no nosso ramo que se mantiveram fiéis ao fabrico. Os produtos são todos de fabrico nosso e nunca trouxemos produto de fora”, acrescenta Rui Pinto. Sempre a desenvolver novos produtos, a Pajá prepara-se para lançar uma nova linha de ferragens para casa de banho. Ao nível dos mercados, a empresa de Matosinhos está em fase adiantada nas negociações para entrar nos países da Escandinávia. A exportação para Moçambique e para os países árabes também está na calha. A tendência no futuro será para um aumento das exportações, dependendo do comportamento do mercado nacional. Para o ano que vem, a Pajá marcará presença numa importante feira do setor no exterior, a fim de apresentar as suas novas gamas de produtos. 65 Oficinas Santa Bárbara – Conservação e Restauro Execução com cuidado e rigor Com uma larga experiência em conservação e restauro do património cultural, as Oficinas Santa Bárbara assinam já numerosas intervenções de recuperação em todo o país. Desde a pintura de cavalete à pintura decorativa, da talha religiosa à escultura em madeira e pedra, passando por materiais etnográficos e de colecionismo, assim como tratamento de estrutura edificadas, fazem parte das especialidades de conservação e restauro das Oficinas Santa Bárbara. Outra das missões da empresa passa pela divulgação, formação e sensibilização das pessoas para a conservação do património. 66 Fundadsa há 15 anos, as Oficinas Santa Bárbara são o projeto de duas pessoas com uma vasta experiência na área da conservação e restauro de bens culturais. Falamos de Pedro Santa Bárbara, fundador e antigo diretor do curso superior de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar, e Olga Santa Bárbara, que conta com mais de 20 anos de experiência nesta atividade e passou por diversas instituições ligadas ao património nacional. Sediadas em Matosinhos, as Oficinas Santa Bárbara são o corolário de um percurso de vida integralmente dedicado a esta área, e hoje contemplam cinco pessoas totalmente especializadas e qualificadas para a execução de conservação e restauro. Sempre com uma preocupação de abordagem segundo os materiais que constituem a peça a intervencionar, especializaram-se na conservação e restauro de pintura (sobre tela, madeira, estuque, metal, etc.), madeira (talha dourada e policromada, mobiliário, escultura), pedra (estruturas edificadas, monumentos, estatuária, etc.) e materiais diversos (colecções etnográficas, colecionismo, desde o marfim às lacas), assim como controle ambiental e desinfestações de colecções e espaços. As Oficinas Santa Bárbara imprimem um trabalho de qualidade e de rigor técnico em todas as suas intervenções, baseado no saber e na experiência. “Sempre que nos pedem trabalhos fora da nossa área de intervenção, como por exemplo têxteis e documentos gráficos, recorremos a técnicos especializados. O que hoje em dia continua a ser extremamente importante é a qualidade de trabalho. De facto, é a confiança que o cliente deposita na empresa, isso tem um peso muito importante, quer em termos de clientes particulares ou institucionais”, revela Olga Santa Bárbara. Com intervenções no património espalhadas por todo o país, os principais clientes da empresa são institucionais, desde a Igreja às autarquias e instituições públicas e privadas, e ainda mantêm uma carteira de clientes particulares com colecções especializadas. O objetivo de futuro da empresa de conservação e restauro passa por continuar o seu caminho de qualidade e rigor técnico impresso em cada trabalho e intervenção, contribuindo de forma ativa na manutenção do nosso património e riqueza cultural. Marisqueira de Matosinhos Entre os 50 melhores do mundo A Marisqueira de Matosinhos é um dos restaurantes mais afamados da região, e não só. A publicação britânica The Telegraph colocou este espaço entre os 50 melhores restaurantes de todo o mundo, realçando as suas iguarias, com destaque para os percebes. De portas abertas desde 1978, esta casa serve marisco de grande qualidade que, a par do excelente serviço e da boa relação qualidade/preço, tem assegurado a longevidade do negócio. Foi em 1978 que nasceu, pela mão de Henrique Torres, um dos empresários mais dinâmicos da restauração e hotelaria da cidade, a Marisqueira de Matosinhos. Na altura, o empresário reuniu-se de alguns colaboradores, entre os quais Miguel Faria, que acabaria por deter a totalidade do restaurante em 1993. Desde a sua fundação na rua Roberto Ivens, a Marisqueira de Matosinhos foi alvo de uma grande remodelação em 2001, melhorando sobretudo as instalações e mantendo a qualidade do serviço. Para além disso, “vamos fazendo ajustes e acrescentando coisas novas sempre que necessário. Como estamos abertos há muito tempo, já temos a perceção de que o mercado nos obriga a adaptar-nos. No entanto, há algo que valorizamos e procuramos manter ao longo dos anos, que é a qualidade do serviço”, explica Miguel Faria. Essencial para essa qualidade de serviço é a equipa de 20 colaboradores, “todos com muitos anos de casa. Penso que é aí que está um pouco do nosso segredo. A equipa já têm uma forma de trabalhar muito interiorizada, que reflete aquilo que queremos para esta casa. Para além disso, o facto de já conhecerem muito bem alguns clientes facilita também o serviço”. Miguel Faria aponta ainda “a higiene, atendimento e a boa relação preço/qualidade” como aspetos que têm ajudado à longevidade do restaurante. Com uma clientela muito fidelizada, o principal cartão de visita da marisqueira é a qualidade dos produtos. Aqui, o marisco, ao natural, grelhado ou cozido, é o principal chamariz, sendo também o arroz de marisco um dos pratos mais procurados. No entanto, nem só de frutos de mar é composta a carta do restaurante. O peixe fresco e um bom bife, de carne do vazio ou de lombo, são alternativas à altura. E, importa referir que “apesar da especialidade ser o marisco, tudo o que temos na nossa carta é feito com a mesma dedicação e qualidade”. Foi, precisamente, essa aposta na qualidade que levou a Marisqueira de Matosinhos às páginas do britânico The Telegraph. O espaço faz parte da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo elaborada pelo jornal, tendo sido alvo de atenção de uma crítica da publicação, que destacou “um restaurante de marisco prático e eficiente mas muito profissional”, referindose ainda aos “deliciosos” percebes. Manter viva a memória de Henrique Torres Miguel Faria recorda, com saudade, a vida de Henrique Torres, “o grande hoteleiro de Matosinhos” que fundou também, entre várias casas de restauração, a Marisqueira de Matosinhos. O responsável entende que, por ter feito tanto pela restauração naquela zona, Henrique Torres merecia ser homenageado. “Acho que a cidade devia fazer algo para manter viva a memória de Henrique Torres”, termina. 67 Microprocessador – Sistemas Digitais S.A. Soluções tecnológicas em produtos e serviços Como uma empresa de base tecnológica, a Microprocessador atua em dois ramos de atividade, fornece soluções de automação industrial e de edifícios e é produtora de painéis eletrónicos de informação para o setor dos transportes. Sediada em Matosinhos, a Microprocessador foi criada em 1979 e desde então tem marcado a sua referência no panorama empresarial português pelas soluções que desenvolve. A empresa já deu o salto da internacionalização, exportando atualmente os seus produtos para vários países. A comemorar 35 anos de atividade, a Microprocesador foi criada por um grupo de docentes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, “com ideias de desenvolver tecnologia própria, pois na altura tinham saído para o mercado os microprocessadores e eles pretendiam criar uma gama de produtos de tecnologia portuguesa”, explica Fernando Sá, administrador delegado da empresa. O sucesso alcançado com os projetos desenvolvidos pela Microprocessador atraiu a atenção de grandes grupos empresariais nacionais, até que, em 1984, a Sonae adquiriu a maioria do capital da empresa. Em 1990, a Sonae sai do capital da empresa, contudo, não durou muito tempo até que o interesse da Efacec pela Microprocessador se concretizasse, adquirindo a maioria das ações da empresa. Durante 14 anos a Efacec esteve à frente da Microprocessador, quando, em 2006, a Microprocessador voltou à sua condição inicial. O facto de a Microprocessador ter estado 68 no seio de dois grandes grupos empresariais portugueses permitiu à empresa crescer sustentadamente ao longo dos anos e desenvolver o seu know how de base tecnológica. Atualmente a empresa conta com 68 colaboradores e fechou o ano de 2013 com um volume de negócios a rondar os cinco milhões de euros. A área de atividade da Microprocessador divide-se em dois setores: na área dos serviços de automação industrial e de edifícios e na área dos produtos, onde produz painéis electrónicos de informação e sinalização para o setor dos transportes. Na área dos serviços a empresa integra e funciona com as tecnologias presentes no mercado. A Microprocessador foi pioneira no mercado na introdução do conceito de gestão integrada para edifícios, isto é, a empresa implementa soluções de automação que permitam o controlo dos vários sistemas operacionais de um edifício, sejam de segurança, ventilação, sistema elétrico, energético, etc. Já na automação industrial, o mesmo princípio de fornecer soluções de automação e gestão integrada também se aplica, mas desta vez ligada à produção, controlo e supervisão de todos os sistemas. Se na área dos serviços a Microprocessador trabalha com a tecnologia existente no mercado, é no setor dos produtos que a empresa de Matosinhos aplica a sua tecnologia própria. No desenvolvimento e fabrico das placas de sinalização e informação eletrónica, todas as soluções e tecnologia são “made in Portugal”. Assim, inserida no setor dos transportes a Microprocessador fabrica painéis de sinalização rodoviária utilizadas em autoestradas, túneis, entre outros, e painéis de sinalização e informação para metropolitanos, comboios, etc. A conceção e fabrico destes produtos é inteiramente da Microprocessador, desde as placas electrónicas ao software dos controladores. Uma vez que estes produtos têm de obedecer a normas europeias e certificações de cada país, eles são testados e certificados em laboratórios internacionais independentes. “Para vendermos em todos os países tivemos de homologar o produto junto das entidades oficiais desses países. O investimento é sempre elevado e exige-nos muito desenvolvimento interno para que o produto se ajuste às exigências do mercado”, informa Fernando Sá. Sempre esteve vocacionada para o mercado interno, a Microprocessador tinha em Portugal entre 80/90% do seu mercado. “Em 2006 desenhamos a estratégia de internacionalização do nosso produto para manter a nossa atividade. Procuramos parceiros em mercados que consideramos interessantes no setor dos transportes. Passamos a inverter a percentagem, hoje temos mais atividade no estrangeiro do que em Portugal”, salienta Fernando Sá. Atualmente a Microprocessador está presente em todos os países da Europa Central, bem como Polónia, Dinamarca, Angola, e já efetuou projetos para Israel, Índia e Arábia Saudita. “Mesmo que o mercado interno retome a sua atividade, a nossa dimensão enquanto empresa é já suficientemente grande para pensarmos de maneira global, mesmo dentro dos mercados onde já estamos.”, afirma Fernando Sá. No futuro, um dos objetivos da Microprocessador é começar a fabricar fora de Portugal para estar mais perto dos seus clientes, nomeadamente numa fábrica de um parceiro na Polónia. Restaurante São Gonçalo Comida tradicional portuguesa com boa disposição Situado na zona do Cais de Gaia, com vista privilegiada para o Centro Histórico do Porto, encontra-se o Restaurante São Gonçalo, gerido por Fernando Jorge Dias e esposa, Isabel Dias, onde o peixe sempre fresco atrai inúmeros turistas e locais. No nº 144 da Avenida Diogo Leite, zona do Cais de Gaia, os clientes, turistas e locais chegam às tripas à moda do Porto, às francesinhas, ao bacalhau à lagareiro, ao polvo à lagareiro, à cataplana de peixes, parelhada de carnes na brasa e ao robalinho fresco grelhado pelo boca-a-boca que faz crescer água na boca. “Somos todos uma família”, diz-nos o gerente do espaço, Fernando Jorge Dias. “Os turistas dizem que é um restaurante familiar e ficam surpreendidos por pagar tão pouco!” O responsável conta o episódio de um casal norte-americano, de visita ao Porto, que só após duas semanas de descoberta da cidade Invicta é que conseguiu finalmente degustar uma bela refeição no restaurante São Gonçalo. E chegaram ao espaço recomendados por outros turistas. “Eles adoraram! Foi pena terem ido embora!”, relembra com orgulho Fernando Jorge Dias. Há quatro anos, com a esposa, o responsável assumiu a gerência do S. Gonçalo, que pertencia anteriormente a Avelino Martins, seu cunhado. O restaurante tem crescido exponencialmente, pelo que o casal pondera aumentar o espaço, com outra loja adjacente. Aberto todos os dias das 9h30 até às 22h, exceto domingo (dia em que existe sempre cabrito assado no forno) e segunda-feira, em que abre às 9h30 e fecha às 15h, serve pequenos-almoços e funciona como snack-bar restaurante. Com 56 lugares nas mesas e oito ao balcão (64 no total), o forte está nos almoços e jantares, chegando a servir centenas de refeições desde o meio-dia até as 15h. No inverno fazem dezenas de refeições ao almoço para os locais e o restaurante está aberto também ao jantar, que é a base de sustentação do espaço. “A cozinha está sempre aberta”, confidencia-nos o proprietário, e esta privilegia sempre a cozinha tradicional portuguesa. No Restaurante São Gonçalo pode fazer a sua festa de aniversário ou marcar aquele jantar de amigos especial. Há sempre desconto para grupos, 10 euros por pessoa (no máximo 15 euros) com direito a entradas e sobremesa. Com uma equipa de seis elementos fixos, a boa disposição e sorriso largo é apanágio da casa. Qualidade é o que diferencia este espaço da concorrência, além da comida, feita pela esposa de Fernando Jorge Dias, e evidentemente, o preço económico. “É uma casa que chega a toda a gente”, sorri-nos Fernando Jorge Dias. Pode desfrutar dos sabores tradicionais da nossa cozinha portuguesa deslocando-se ao nº 144 da Avenida Diogo Leite, zona do Cais de Gaia, ao Restaurante São Gonçalo, ou marcando antecipadamente a sua reserva através do sítio online http:// www.restaurante-sgoncalo.pt/. 69 AH Catering A paixão pela cozinha Apesar de não ter qualquer tipo de formação na área, a cozinha sempre foi a paixão de Ângelo Teixeira. Aos poucos, foi entrando na área, agarrando as oportunidades e ganhando experiência, que lhe levou a fundar, em 2007, a AH Catering. Iguarias excelentemente apresentadas e de paladares apurados são a proposta da empresa, que é solicitada para todo o tipo de eventos. 70 Quando a profissão de modelador de calçado deixou de ser uma alternativa viável, Ângelo Teixeira viu naquela que é a sua paixão, a cozinha, uma oportunidade de começar a trabalhar numa nova área. Aos poucos, começou a trabalhar como empregado de mesa, posição que lhe foi permitindo angariar conhecimentos, estar próximo dos chefs e conhecer as cozinhas. Foi em 1998 que começou a fazer trabalhos pontuais para um reconhecido hotel portuense, e, em paralelo, entrava no mundo das festas particulares e dos congressos hospitalares. A experiência acumulada e “todo o apoio que tenho tido da minha esposa e filha” ajudaram-no a fundar, em 2007, a AH Catering. Desde o início que a empresa se posicionou com sucesso num segmento de clientes de classe alta, muito graças “ao serviço diferenciado, apresentação cuidada, aspeto e qualidade gourmet e uma vasta gama de produtos”, nota Ângelo Teixeira, explicando que “as ideias para confecionar os meus pratos saem da minha imaginação e de uma grande improvisação no momento. Não tenho formação, tudo o que faço vem de uma grande paixão por esta área, da vontade de trabalhar e chegar mais longe”. Entre algumas das iguarias de autor de Ângelo Teixeira está o mil folhas de cherne, pescada ou camarão e a pescada gratinada em papelote com arroz basmati, molho de açafrão e camarão. Atualmente, o tipo de eventos mais procurados é o catering para casamentos. A AH Catering trabalha em parceria com a Quinta de Santo António, tendo a seu cargo todo o catering realizado nas instalações da quinta, mas trabalhando também noutros espaços quando contratada para o efeito. Para além disso, “continuamos a ter uma grande procura para festas e coquetéis privados, onde trabalhamos muitas vezes na residência ou empresas dos clientes. Trata-se de uma clientela muito exigente mas que fica sempre satisfeita com o nosso trabalho. Gosto de trabalhar com qualidade e adoro ver o sorriso de satisfação no rosto dos clientes. É muito gratificante”, conclui Ângelo Teixeira que, até ao final de outubro, já tem a agenda lotada de eventos. Anjos Urbanos Marcar uma filosofia Há 12 anos que os Anjos Urbanos têm vindo a mostrar o seu lado alternativo, a sua visão, a sua maneira pessoal e única de fazer cortes e penteados. Hoje, mais do que um nome e uma marca, ganharam um lugar no panorama da moda nacional, expressando a sua arte a cada trabalho com assinatura própria. Com o seu salão situado na baixa da cidade do Porto, os Anjos Urbanos têm clientes dos oito aos oitenta, pessoas que confiam na mestria e arte e na liberdade para criar. Mais do que uma moda, trata-se de uma filosofia que os Anjos Urbanos fazem por passar para os seus clientes. A busca por um nome que ficasse na mente das pessoas e que marcasse a diferença “surgiu numa noite de loucura”, diz Carlos Almeida, proprietário do salão Anjos Urbanos. Corria o ano de 2002 quando abriram um espaço em Santo Tirso, mas “a necessidade de querer crescer obrigou-nos a dar o salto. Sentimos que o Porto não tinha nada do género do que queríamos fazer”, continua Carlos Almeida. A nova cidade parecia ser o local ideal para deixar florescer o seu conceito e marcar uma posição. No entanto, para que o trabalho dos Anjos Urbanos passasse a ser visto e reconhecido pelo público, tiveram de o mostrar durante a noite por variadíssimos bares da cidade. “No início não foi fácil porque vínhamos com um conceito na altura um bocado alternativo para a cidade, as pessoas associavam os Anjos Urbanos a um espaço onde só se faziam coisas diferentes e neste momento estou a tentar quebrar essa filosofia porque não é isso que fazemos”, revela Carlos Almeida. A equipa dos Anjos Urbanos é formada atualmente por oito pessoas. Com clientes dos oito aos oitenta, numa percentagem idêntica entre homens e mulheres, o objetivo da equipa é fazer um trabalho sempre com a máxima qualidade e encaixar na imagem, filosofia das pessoas e ir de encontro ao que os clientes necessitem para se sentirem bem, “mas ao mesmo tempo deixar a nossa marca”, salienta Carlos Almeida. “Adoro esculpir, trabalhar o rosto das pessoas e criar. É o que me dá gozo fazer, mas também gostamos muito das limitações que nos dão, pois exigem-nos algo novo. Sentimos que as pessoas se vão sentir diferentes e sair daqui a sentirem-se bem”, acrescenta o propretário dos Anjos Urbanos. A liberdade com que os Anjos Urbanos gostam de trabalhar é-lhes fornecida pelos clientes. É através deles que toda a equipa corta, penteia e cria, numa relação de confiança mútua. Os Anjos Urbanos pretendem deixar a sua marca em cada trabalho e marcar a sua filosofia em cada obra. “Temos necessidade de estar sempre a criar e a fazer coisas novas, temos uma filosofia que marcamos e conseguimos consolidar”, refere Carlos Almeida. Por isso, os Anjos Urbanos preparam para este ano o lançamento do primeiro book de tendências. A fim de propagar a sua filosofia e o seu conceito, existe o objetivo de franchisar a marca a nível nacional, sendo que o sonho de Carlos Almeida é ter, no futuro, um salão em cada capital de distrito. 71 Bulls Restaurante Rodízio O suprassumo da carne Aberto desde o início do ano em Matosinhos, o restaurante Bulls marca pela diferença naquela zona – ou não fosse um restaurante em que a carne reina no meio de uma oferta de espaços dedicada, sobretudo, ao peixe e marisco. E o Bulls é mais do que um mero restaurante de rodízio. Aqui, a experiência dos fundadores alia-se a uma carne que não é simplesmente boa, é “o suprassumo da carne”, servida num ambiente de degustação refinado. 72 O projeto Bulls começou a ser pensado em setembro do ano passado, quando Artur Silva e Marcos Cruz, dois nomes ligados à restauração portuense há cerca de 20 anos, detentores de uma vasta experiência na área, se juntaram a Cristiano Sousa, com quem mantinham uma relação de amizade, e que viu no Bulls uma oportunidade de entrar num novo ramo, com perspetivas a longo prazo. “Desde logo soubemos, fruto da experiência do Artur e do Marcos, que queríamos ter um espaço dedicado à carne, e Matosinhos interessava-nos, sobretudo, por ser uma zona de restauração por excelência. Foi um projeto muito bem pensado e um investimento muito ponderado. Quando andávamos à procura de um local para o restaurante, tivemos a sorte de encontrar um local que já tinha funcionado como um restaurante de rodízio, e que, por ainda ter alguns equipamentos dessa altura, ajudou um pouco a minimizar os custos iniciais”, refere Cristiano Sousa. Depois de uma noite de abertura lotada, o Bulls tem conseguido manter uma procura crescente, sendo que “o facto de termos duas pessoas muito experientes nesta área, que já estiveram noutras casas, faz com que os clientes já conheçam o seu bem servir, o que fez com que rapidamente nos visitassem e se tornassem assíduos”. Aos poucos, cada vez mais curiosos vão entrando, desejosos por provar o fantástico rodízio, a picanha, linguiça toscana ou filé com queijo, entre outros. A refeição fica completa com a excelente carta de vinhos e as apetitosas sobremesas. “A nossa carne passa por uma seleção muito apertada, procuramos o suprassumo da carne. Em termos de restaurantes de rodízio, podemos dizer que nos inserimos num segmento diferente. Somos um espaço mais gourmet, em que valorizamos a degustação e o excelente serviço”, explica Marcos Cruz. O ambiente contrasta, efetivamente, com o de muitos espaços de rodízio. Música ao vivo é algo que, por exemplo, não entra nas portas do Bulls. O ambiente é refinado e discreto. “Temos pessoas que nos visitam e dizem, à saída, que nunca tinham estado num restaurante de rodízio como este”, confirma Cristiano Sousa. Neste momento já com uma equipa de 14 colaboradores, os sócios do Bulls fazem um balanço positivo da ainda curta vida do restaurante, procurando evoluir e limar algumas arestas. “Todas as semanas procuramos experimentar coisas novas, seja nas nossas entradas, na procura de novos fornecedores, na própria forma de servir as carnes ou na pesquisa constante que fazemos sobre o melhor que se faz lá fora”, termina Cristiano Sousa. Barão & Barão Há 30 anos a produzir leite com rigor e inovação É à produção de leite de vaca que a empresa Barão & Barão se tem dedicado há cerca de 35 anos, tendo expandido a produção também ao leite de cabra nos últimos dez. Com raízes familiares, a empresa Barão & Barão iniciou a atividade na zona do Montijo, deslocalizando depois a produção para Benavente, onde se encontra atualmente. Com uma aposta clara na produção de leite de qualidade, a exploração possui neste momento cerca de 1000 bovinos, dos quais 500 são vacas adultas, assim como na área dos caprinos conta com cerca de 2500 cabeças, das quais 1800 são cabras adultas. Toda a capacidade produtiva de leite é comercializada através de uma cooperativa local, que por sua vez vende a diversas entidades, em cisternas de 25 mil litros. Investimento e inovação Nos últimos anos, a Barão & Barão tem investido e apostado em nova tecnologia, no que concerne aos sistemas de ordenha, e investido na optimização do armazenamento e conservação do leite. Como refere António Barão, administrador da Barão & Barão, “neste momento está em curso um investimento de cerca de um milhão de euros, que passa por investir principalmente em equipamentos para optimização da colheita e conservação das forragens - alimentação dos animais – e em adquirir novos equipamentos de ordenha, recorrendo ao que de melhor existe no mundo em tecnologia de ponta”. Outro aspeto que a empresa revela como de extrema importância é o bem-estar e a qualidade de vida dos animais, fatores que afirmam estar diretamente relacionados com a saúde do animal e com o aumento da produção de leite. “Todas as semanas as vacas são vistas por um nutricionista e, mensalmente, todos os alimentos que possam ingerir são analisados laboratorialmente, para quantificar os valores nutricionais, tais como energia e proteína e, dessa forma, estabelecer uma alimentação mais equilibrada”, sublinha o administrador. Todo este processo tem como base a preocupação com o bem-estar animal, o qual refletiu resultados bastante positivos na produção de leite do ano 2013, com 11 mil e 800 litros de leite produzidos em 305 dias. O objetivo para este ano está já traçado. Pretende-se uma produção de 12 mil litros de leite vaca/ano, algo que António Barão pretende alcançar através do investimento no maneio e na criação de boas condições ambientais e de nutrição. Perspetivas de Futuro António Barão vê de forma apreensiva o futuro devido às novas regulamentações do setor na União Europeia. “Temos de ser otimistas em relação ao futuro, mas neste setor estamos algo apreensivos devido à extinção das cotas leiteiras. A campanha de 2014 e 2015 será a última das cotas leiteiras, e era algo que nesta atividade dava tranquilidade e equilibrava a oferta e a procura. Uma outra preocupação do setor é a nova PAC, pois os rendimentos dos produtores de leite vão diminuir cerca de 30% até 2020, o que, certamente, vai afetar o setor”. No entanto, esta é uma empresa que continua a trabalhar e a inovar em prol da qualidade da produção de leite, e que valoriza o trabalho e empenho da equipa. António Barão salienta mesmo: “O trabalho, dedicação e gosto por uma atividade que se desenvolve 365 dias por ano”. 73 Litoral Regas Inovação ao serviço da Agricultura A Litoral Regas surgiu em 2007 pela iniciativa de Joaquim Cantadeiro e Afonso Costa, detentores de uma vasta experiência e profundo conhecimento na área da rega e automação. A pesquisa e inovação ao serviço da agricultura está no ADN desta empresa, que tem sido uma das maiores responsáveis pela introdução de técnicas inovadoras num setor que é, cada vez menos, tradicional. A agricultura é, hoje, uma área cada vez mais procurada por uma nova vaga de empreendedores que não têm medo de inovar e procurar novas soluções, e a Litoral Regas é o parceiro ideal para esses produtores. 74 Desde a sua fundação que a Litoral Regas se dedica à pesquisa e inovação ao serviço e no apoio à agricultura, criando e desenvolvendo na íntegra o software e hardware das suas máquinas e equipamentos. Com uma equipa que serve esses propósitos, uma das grandes apostas da Litoral Regas é a investigação em automatismos que facilitam e respondem às exigências dos agricultores, seja em termos de poupança de tempo ou de criação de ferramentas mais intuitivas, que respondam aos anseios dos produtores e às novas técnicas de produção. Entre as soluções que a Litoral Regas disponibiliza ao mercado encontram-se os equipamentos de controlo de rega, de adubação (máquinas de fertirega), de controlo de pH e Ce, de controlo climático e de fitossanitários. A empresa encontra-se na vanguarda do mercado, colocando em marcha as soluções mais inovadoras, em particular na área da hidroponia [ver caixa], com projetos que têm causado uma autêntica revolução no setor – o Nutrient Film Technique (NFT) e os sistemas de cultura suspensa fixa ou oscilante. “Estou há 25 anos no setor agrícola e tenho procurado sempre inovar e crescer. Com estes sistemas, estamos a lançar um desafio não só a nós mesmos mas também ao mercado, e podemos dizer que esse desafio está a ser superado. Temos feito as maiores instalações de sistemas de hidroponia no território nacional e somos, por isso, detentores de uma quota de mercado muito assinalável, graças à qualidade e fiabilidade da solução de engenharia criada”, revela Joaquim Cantadeiro. Importa referir que um dos parceiros da Litoral Regas, o projeto Hortovolátil, foi premiado a nível nacional e internacional pela inovação em termos de produção e automatização num produção de morangos suspensa em hidroponia, implementado, precisamente, pela empresa. Vantagens para todos Tanto o NFT como o modelo suspenso ou oscilante têm inúmeras vantagens para o produtor, o consumidor e o próprio ambiente. “Por se trata- rem de sistemas onde existe a recirculação da água, há um reaproveitamento da mesma, a rondar os 70%. Para além disso, a automatização que é feita, desde a rega e a fertilização até à climatização das estufas, permite ganhos de eficácia, e, como estes sistemas são suspensos, não há o contato com o solo, o que reduz a propagação de pragas, diminuindo o uso de pesticidas. Os produtos são colhidos com grande frescura, têm uma excelente qualidade e apresentam uma durabilidade entre o momento em que são colhidos e consumidos superior à média. No que toca ao nosso controlador climático, que foi desenvolvido para dar o apoio em culturas de estufa, foi desenvolvido um sistema que proporciona a otimização da gestão dos sistemas de ventilação, sombreamento por telas térmicas, humidificação, ventiladores, extratores e aquecimento, e possiu ainda sensores de direção de vento, radiação solar, chuva, humidade, temperatura, anemómetro, pluviómetro e protetor de sondas”, esclarece Joaquim Cantadeiro. A Litoral Regas desenvolveu também recentemente um projeto na área dos resíduos florestais amigo do ambiente. “Os nossos sistemas trabalham preferencialmente com aquecimento, em ambiente controlado, e tendo em conta que os custos dos combustíveis fósseis são incomportáveis, apostámos na biomassa, cuja produção é excedentária no nosso país. Trabalhamos com caldeiras de biomassa, que representam um investimento ligeramente ao superior ao das caldeiras de gasóleo ou gás, mas que depois trazem um retorno muito interessante.” Trilhar novos caminhos Joaquim Cantadeiro entende que se não fossem “os muitos agricultores e empreendedores que têm compreendido e acreditado na nossa mensagem, e que têm partilhado o risco de trilhar novos caminhos e desenvolver novas soluções”, o trabalho da Litoral Regas seria muito diferente. Com cerca de 60% de clientes que “vêm de áreas que não a agricultura”, a empresa congratula-se por “trazer jovens para esta área”, num trabalho feito com uma visão e profissionalismo muito distinta dos tempos passados. Neste momento, a maioria das soluções da empresa são implementadas em território nacional, mas a exportação, iniciada em 2008, já fez chegar os sistemas da Litoral Regas a países como Angola, Turquia, México, Porto Rico, República Dominicana e Brasil, sendo que há novos mercados em negociação. Da equipa de 20 funcionários, 70% têm formação e estão aptos para trabalhar em qualquer parte do mundo, dado que a exportação não se limita ao envio dos produtos, há todo um acompanhamento que só pode ser feito no próprio local. Em termos de território nacional, o crescimento da Litoral Regas tem sido assinalável. “Na área do NFT tem sido criado um núcleo muito interessante nas zonas do Oeste e do Ribatejo e que está agora a chegar à zona Norte e Centro. Trata-se de uma solução que pode, no entanto, ser implementada em qualquer zona do país. No que diz respeito aos sistemas de cultura suspensos, as nossas soluções já se encontram de norte a sul do país”, atenta o responsável. A Litoral Regas valoriza, sobretudo, “a inovação, o desenvolvimento e o funcionamento dos sistemas in loco, com a preparação, execução e conclusão de projetos”, reunindo-se de um conjunto de parceiros escolhidos de forma criteriosa. “Abrangemos o território nacional com a ajuda dos nossos parceiros mas escolhemos trabalhar com poucos, porque estas são tecnologias que obrigam a um estudo muito exaustivo e a uma grande dedicação. Escolhemos parceiros de confiança e que trabalham sob a nossa supervisão”, realça Joaquim Cantadeiro. O responsável destaca também a ideia de que “mais do que vender projetos, procuramos dar-lhes sustentabilidade. Somos contatados por muita gente interessada, mas temos que analisar cada caso, e há situações em que o investimento não compensa, pois pode ser inferior ao retorno, sobretudo se a área a ocupar/explorar não for suficiente. Nós disponibilizamos um pré-estudo ao nosso cliente, com a definição de uma área mínima, e a partir daí apresentamos um leque de opções disponíveis e que garantam sustentabilidade. Novas Instalações e Projetos de Futuro No início deste ano, e no seguimento de um crescimento que a empresa tem vivido todos os anos, desde a sua fundação, a Litoral Regas mudou-se para novas instalações com uma estrutura logística definida, departamentos bem delimitados e um local próprio para dar formação. As novas instalações vieram ainda dar resposta ao aumento dos funcionários, que passaram de dez para vinte. Joaquim Cantadeiro acrescenta que “nestas instalações vamos ter uma estufa dedicada à investigação, ensaios e inovação no terreno, e vai estar a cargo do departamento de engenharia, que vai monitorizar as plantas. Para além disso, no futuro, vamos evoluir ainda mais na criação de software e hardware, e vamos passar a ser totalmente autónomos nessas áreas, graças, novamente, ao departamento de engenharia, criado já nas novas instalações. E, finalmente, vai haver um reforço da área comercial além-fronteiras, com a venda e o apoio técnico a outro tipo de estruturas”, termina Joaquim Cantadeiro. O que é a hidroponia? A hidroponia é uma técnica de cultivo de plantas sem a utilização do solo, em que as raízes das plantas recebem uma solução nutritiva que contém água e uma combinação de nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. No sistema Nutrient Film Technique (NFT), as plantas são colocadas em canais suspensos a cerca de 80 cm do solo, por onde circula essa solução nutritiva que é monitorizada com o máximo rigor (concentração de nutrientes e PH). A qualidade superior e rentabilidade dos produtos é uma das grandes vantagens da hidroponia, que pode ser implementada numa grande diversidade de produtos – alfaces, rúcula, espinafres, nabiça ou salsa, entre outros. Para além do sistema NFT, a Litoral Regas desenvolve e implementa os sistemas de cultura suspensa fixa ou oscilante, que têm tido uma procura crescente no mercado, particularmente em plantações de morangos. 75 Hidrofrut Nutrimondego Uma lufada de ar fresco Várias culturas com escoamento garantido Vasco Silva, Paulo Cosme e Renato Domingues são três amigos cuja atividade profissional nunca esteve sequer próxima da agricultura. O projeto Hidrofrut, que consiste na produção de morangos em sistema oscilante, fascinou estes empreendedores, que se lançaram no final de 2013 nesta aventura. Apesar de só estar no terreno há cerca de seis meses, o projeto Hidrofrut já converteu três novos empreendedores à agricultura. Logo numa fase inicial, depois de feita a candidatura ao programa PRODER, foi crucial a escolha de fornecedores. “Queríamos que fossem credíveis, que nos dessem garantias da execução do trabalho, acompanhamento e assistência. Foi assim que surgiu a Litoral Regas”, inicia Vasco Silva. A Litoral Regas foi, assim, o parceiro eleito para a implementação do sistema oscilante de produção de morangos. “É um sistema que proporciona poupanças energéticas, de água, e minimiza a contaminação do solo e o uso desenfreado de pesticidas e químicos. Sentimos que fomos uma lufada de ar fresco no nosso mercado local, pois começámos a ter morangos fora de época, que têm grande qualidade, tanto em termos de sabor como de aspeto”, continua o responsável. Com uma área de cerca de um hectare e 170 mil plantas, este sistema permite uma produção constante de morangos, sendo que este, por ser o ano de arranque do projeto, ainda não atingirá a produção no seu pleno. A expetativa é que, no final de 2014, a produção atinja as 80 toneladas. Considerando esta atividade “muito gratificante”, é vontade destes três amigos tornarem-se “empresários agrícolas a tempo inteiro” e é por isso ambição de todos fazer chegar a Hidrofrut mais longe. Um dos projetos de futuro é, assim, a aposta na exportação dos produtos. A produção de produtos hortícolas de elevada qualidade e durabilidade foi um dos motivos por detrás da criação da Nutrimondego, projeto de Sandra Domingues que, com o apoio do Programa Proder, criou uma plantação em sistema de hidroponia com enfoque em várias culturas. Foi em 2012, depois da candidatura ao programa PRODER, que Sandra Domingues investiu no projeto Nutrimondego. Inserida numa quinta com 2,5 hectares, na zona norte de Coimbra, foi construída uma estufa com 1800m2. Com resultados positivos à vista, a responsável refere que ampliará o projeto durante o ano de 2015. O sistema hidropónico NFT (Nutrient Film Technique), implementado com o apoio da Litoral Regas, foi a opção ideal para o projeto, e as nabiças, alfaces, coentros, salsa, rúcula, agrião e espinafre crescem a um excelente ritmo – 45 mil plantas/mês. A responsável prevê, no entanto, que por volta de 2015 esse número duplicará com a finalização do projeto, que contempla uma área de 3 mil m2. Tratam-se de números apelativos, tendo em conta que “consegue-se assegurar uma produção constante e independente das condições climatéricas”, realça Sandra Domingues. Neste momento, a produção da Nutrimondego é escoada a nível local, através de pequenos distribuidores, embora “existam já alguns clientes de referência nacional muito interessados em comercializar a produção das próximas estufas”, refere a responsável. Para o desenvolvimento do projeto Nutrimondego foi essencial a ação de dois grandes parceiros. Para além da Litoral Regas, que fez a instalação de todo o sistema de rega e controlo climático, também a Estufas Minho, que teve a cargo a construção de toda a estrutura das estufas, desempenhou um papel crucial no desenvolvimento deste projeto. 76 Biostasia Um percurso dedicado à inovação Há dez anos no mercado, a Biostasia, sediada em Almada, começou por dedicar-se à conceção, execução e manutenção de espaços exteriores. No entanto, nos últimos anos, a empresa direcionou os seus esforços para uma nova área de negócio – os produtos e serviços de controlo biológico. Com uma política ativa de inovação, a Biostasia dedica-se ainda à investigação e desenvolvimento, sempre atenta às necessidades do mercado. A criação, desenvolvimento e execução de projetos de requalificação paisagística começou por ser, em 2004, a atividade principal da Biostasia. A empresa dispõe de uma equipa de engenheiros e arquitetos especializados, que procuram elaborar estudos personalizados e adaptados às necessidades de cada espaço. Neste âmbito, a empresa é reconhecida a nível ibérico pela especialização na conceção de hidrossementeiras. Em 2010 a Biostasia iniciou-se na comercialização de produtos “com grandes exigências técnicas, mantendo a premissa de satisfação das necessidades dos nossos clientes. Conseguimos trazer para Portugal técnicas e produtos inovadores”, atenta Carlos Gabirro, sócio-gerente da empresa. Entre esses produtos, o destaque vai para os pavimentos drenantes, “muito importantes para a afirmação da Biostasia no mercado da construção e espaços exteriores, uma vez que nos permitiram mostrar toda a nossa capacidade técnica e inovadora, utilizando soluções integradas de engenharia ambiente”. Foi também há cerca de quatro anos que a Biostasia redefiniu o seu caminho, apostando em força no mercado do controlo biológico, em particular na praga do escaravelho da palmeira. Esta nova área viria a trazer à empresa um grande reconhecimento no mercado nacional, bem como um reforço na área da investigação, desenvolvimento e inovação, potenciando novas oportunidades na criação e desenvolvimento de novos produtos. Esse percurso culminou, assim, no lançamento do primeiro produto da Biostasia, um fertilizante “doméstico” para plantas, totalmente biológico. “Hoje, temos a preocupação em desenvolver produtos para o mercado profissional, sobretudo na área da agricultu- ra, e para mercado o doméstico (casa e jardim). Para além disso, mantemos a comercialização e alargámos o leque de oferta no mercado da decoração, especialmente nos inertes naturais”, continua o responsável. Em 2014, a Biostasia é já uma empresa com um raio de ação internacional, continuando “a firmar parcerias que nos permitam alcançar a satisfação e a excelência junto dos nossos clientes”. A grande aposta para o futuro passará pelo crescimento e desenvolvimento sustentado da empresa, focandose, sobretudo, no setor agrícola e mercado dos biológicos. Num curto a médio prazo, a Biostasia vai apostar ainda mais na internacionalização da empresa, mantendo aquela que foi, desde sempre, a sua missão – a satisfação das necessidades do cliente através de soluções inovadoras e de grande fundamentação técnica. 77 Gestiverde A apoiar projetos no meio rural desde 1995 Fundada em 1995, a Gestiverde partiu da iniciativa de José Luís André, que detinha já uma vasta experiência na área da consultoria, planeamento e gestão nas áreas agrícola e florestal. Uma das áreas de intervenção da Gestiverde é o apoio na preparação de candidaturas a fundos comunitários, uma opção cada vez mais procurada por uma nova vaga de empreendedores que está interessada em investir em projetos de índole agrícola. 78 Para além de se dedicar à consultoria agrícola, agroflorestal e agroindustrial, a Gestiverde intervém também na execução dos trabalhos em si, recorrendo a maquinaria, equipamentos e mão de obra especializada. Esta é uma ajuda preciosa para os empresários que querem colocar os seus projetos em marcha, seja no trabalho de ‘bastidores’, com grande enfoque no apoio à preparação de candidaturas a fundos comunitários, seja in loco, no terreno. “O nosso trabalho consiste, essencialmente, em ajudar os proprietários a enquadrar o propósito dos seus investimentos, seja no que diz respeito a benfeitorias, maquinaria, novas plantações, ou obras e equipamentos em adegas, lagares ou outro tipo de agro-indústrias. A nossa função passa ainda pelo planeamento desses investimentos e o enquadramento no melhor programa de apoio”, refere José Luís André. Neste momento, encontra-se já aprovado um novo pacote de ajudas para o período entre 2014/2020, sendo que, ao abrigo do regime de transição do atual para o novo programa, o Ministério da Agricultura já recebeu cerca de 8300 candidaturas. José Luís André reconhece que “a atividade agrícola está, hoje, em constante evolução técnica, e há cada vez mais pessoas atentas e a acompanhar a evolução, pois a necessidade de investimento e modernização é constante. Quando muitas das áreas estão em declínio, a verdade é que a agricultura está em contraciclo, onde o investimento e a criação de emprego não param de crescer. Há muitas pessoas, sobretudo jovens, que nunca estiveram ligados a este ramo e agora estão a entreter pela agricultura. Com um raio de ação que abrange todo o território nacional, a Gestiverde procura analisar caso a caso, tendo em conta as necessidades dos clientes e procurando maximizar a rentabilidade do seu património rural. “Tentamos perceber quais as infraestruturas que existem, as condições edafo-climáticas (disponibilidades hídricas, solo, clima, etc...), para melhorar enquadrar as atividades a desenvolver. Tudo isto é incluído no estudo prévio de viabilidade económica do projeto, e depois é feito o acompanhamento financeiro da sua execução”, atenta José Luís André, realçando ainda que “estes programas são transversais a todo o tipo de atividades agrícolas, e, por isso, temos que estar preparados para dominar todas as áreas, tendo uma visão global para melhor aconselhar os clientes e garantir-lhes rentabilidade no seu negócio”. O Hotel D. Afonso tem à sua disposição: 75 quartos (incluíndo 1 suite) Restaurante de cozinha tradicional portuguesa Bar e sala de televisão Garagem privativa gratuita Piscina semi-olímpica coberta e aquecida com cascatas, hidromassagem e Jacuzzi Spa com ginásio, sauna, banho turco, duche Vichy, massagens e solário natural Sala para eventos Espaços para a prática de jogos (tennis, snooker, bilhar, ping pong e matraquilhos) Área de lazer para crianças com 2 parques infantis Área ajardinada Situado no centro do País, tem uma localização privilegiada relativamente a Coimbra (85 km), Lisboa (150km) ou Porto (180km). Contacto: R. Dr. Oliveira Salazar, 19 2425-044 Monte Real Int: +351 244 611 184 Fax: 244 611 322 [email protected] www.hoteldomafonso.com Pavilhão de 100x38m em piso "cushion track" Bancada para 1100 pessoas Picadeiro de Aquecimento 60x30m 250 Boxes Fixas e 20 Casas de Arreios 3 Picadeiros Exteriores - 70x85m+120x85m+60x40m Piso de fluxo e Refluxo e bancadas para 1500 pessoas Restaurante com 4 Salões Serviço Buffet e à Carta (Reservas para Grupos) Pastelaria/Cafetaria 2 Esplanadas Clínica Veterinária para equídeos e pequenos animais (brevemente) Lojas de Artigos Equestres e Regionais Parque de Estacionamento com capacidade para 250 ligeiros e 70 camiões Hotel (em projecto) Estrada Nacional 8 – Km 89 2460-204 Vale de Maceira – Alfeizerão Tel.: 262 980 048 / 926 879 008 Coordenadas GPS: 39.472461 / -9.110906 Email Geral: [email protected] www.ceia.pt