COMÉRCIO BILATERAL BRASIL
Transcrição
COMÉRCIO BILATERAL BRASIL
INFORMATIVO Nº. 61. SETEMBRO de 2016 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro e agosto de 2016, a corrente de comércio Brasil-China totalizou aproximadamente US$ 41 bilhões, indicando uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações apresentaram leve acréscimo de 2%, enquanto as importações advindas do país asiático tiveram queda de 32%. Com esses resultados, o saldo comercial entre os dois países encerrou o período com superávit de US$ 10,8 bilhões para o Brasil. Cabe ressaltar, no entanto, que o saldo favorável se deve mais a queda nas importações oriundas da China do que, necessariamente, a um salto nas exportações brasileiras. Tabela 1 - Balança Comercial: janeiro-agosto de 2016 em comparação com janeiro-agosto de 2015 (US$ milhões) Balança Comercial (US$ Milhões) 1º Trimestre Janeiro Fevereiro Março 2º Trimestre Abril Maio Junho Julho Agosto Acumulado Exportação Importação Saldo Corrente 2015 2016 Var.% 2015 2016 Var.% 2015 2016 Var.% 2015 2016 Var.% 6.190 1.345 1.532 3.313 19.304 3.435 4.109 4.741 4.101 2.918 25.494 6.965 1.391 1.822 3.752 18.990 4.302 4.427 4.075 3.370 2.816 25.955 13% 3% 19% 13% -2% 25% 8% -14% -18% -3% 2% 9.665 3.703 2.769 3.193 12.709 2.487 2.270 2.299 3.255 2.399 22.374 5.945 2.305 1.713 1.927 9.199 1.431 1.845 1.991 1.787 2.145 15.144 -38% -38% -38% -40% -28% -42% -19% -13% -45% -11% -32% -3.475 -2.358 -1.237 120 6.595 948 1.839 2.443 846 519 3.120 1.020 -914 109 1.826 9.791 2.871 2.581 2.084 1.583 671 10.811 129% 61% 109% 1420% 48% 203% 40% -15% 87% 29% 247% 15.854 5.048 4.301 6.505 32.014 5.923 6.379 7.040 7.355 5.317 47.868 12.911 3.696 3.536 5.679 28.189 5.733 6.272 6.066 5.156 4.962 41.100 -19% -27% -18% -13% -12% -3% -2% -14% -30% -7% -14% Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços /Elaboração: CEBC. As transações comerciais correspondentes apenas a agosto somaram US$ 4,9 bilhões, valor 7% menor se comparado ao mesmo mês de 2015. As exportações brasileiras chegaram a US$ 2,8 bilhões, e as importações, US$ 2,1 bilhões. Em ambos os casos houve queda nas movimentações, respectivamente, de 3% e 11%. Mesmo com resultados relativamente fracos, o saldo comercial foi favorável ao Brasil, chegando a US$ 671 milhões. Em análise por unidades federativas do Brasil fica evidente a maior participação de São Paulo nas transações comerciais com a China. Entre janeiro e agosto, o Estado apresentou corrente comercial de US$ 8,3 bilhões com o país asiático, sendo a cifra praticamente o dobro do verificado no montante das trocas de comércio do segundo Estado com maior participação, Minas Gerais. Em seguida, os principais parceiros são: Paraná; Rio Grande do Sul; Mato Grosso; Rio de Janeiro; Santa Catarina; Pará; Bahia; e Amazonas. Gráfico 1 – Corrente de Comércio Brasil-China por unidade federativa (10 primeiras): janeiro-agosto de 2016 (US$ milhões) 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços /Elaboração: CEBC. No que tange a balança comercial das unidades federativas com a China é perceptível que mais da metade apresenta uma relação deficitária com o país asiático. O principal vetor para tal cenário, no caso dos Estados com maior défict absoluto, está ligado ao considerável peso do setor industrial, como ocorre em São Paulo, Amazonas (devido, sobretudo, a Zona Franca de Manaus) e Santa Catarina, receptores de manufaturas chinesas que incluem, particularmente, peças e insumos para a produção industrial local. Aos Estados superavitários, uma das explicações está ligada ao grande volume de vendas do agronegócio em particular devido a soja, como no caso do Mato Grosso e Rio Grande do Sul - e também as exportações de minério de ferro, no caso de Minas Gerais. Tabela 2 – Saldo Comercial Brasil-China por unidade federativa: janeiro-agosto de 2016 (US$ milhões) SUPERAVITÁRIOS UF Mato Grosso Minas Gerais Rio Grande do Sul Paraná Pará Rio de Janeiro Goiás Mato Grosso do Sul Bahia Tocantins Maranhão Piauí Saldo 3.570 2.901 2.755 1.813 1.774 1.287 1.129 1.046 751 216 126 57 Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Elaboração: CEBC DEFICITÁRIOS UF São Paulo Amazonas Santa Catarina Ceará Pernambuco Espírito Santo Alagoas Rondônia Paraíba Rio Grande do Norte Sergipe Distrito Federal Roraima Amapá Acre Saldo -2.925 -1.354 -1.312 -359 -221 -216 -109 -61 -37 -27 -9 -7 -2,3 -2,2 -0,2