bulletin n°9 Juillet 2011
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bulletin n°9 Juillet 2011
Du Levain pour Demain Bulletin des sympathisants Numéro 9 Sommaire - - - Editorial Acompanhante espiritual Accompagnatrice spirituelle (traduction du texte précédent) Tijuquinha (versions brésilienne et française) Qu’est-ce qui fait vivre des Auxiliaires en France ? Visite à la « fraternité du serviteur souffrant – ISSO » à Santo André – São Paulo – Brésil Visita à « Irmandade do Servo Sofredor – ISSO » em Santo André – São Paulo – Brasil (traduction du texte précédent) Padre Zé, prophète de notre temps. Editorial D epuis la Pentecôte, ne sommes- nous pas dans l’attente et l’espérance qu’un jour nouveau se lève ? Ce jour lumineux traverse l’obscurité de nos vies, façonne avec d’autres une terre nourrie dans le souffle créateur du Don de Dieu et nous accompagne de son Esprit ! Les événements vécus au Japon et dans les pays du Maghreb marquent encore nos mémoires. La volonté de vivre des japonais ne s’est pas laissé ensevelir sous les décombres. La catastrophe de Fukushima nous rappelle que l’homme n’est pas maître de tout ce qu’il crée et entreprend. Un grand désir de démocratie s’est exprimé dans les pays du Maghreb et du Moyen orient. Une présence qui écoute et accompagne un cheminement, favorise libération et croissance de toute vie humaine. Michelle, à Tijuquinha, vit l’accompagnement dans la vie. Elle a le souci de rejoindre les gens, de partager avec eux une activité, d’aller les visiter. Les rencontrer c’est leur donner d’exister. Marie Emmanuel nous entraîne, avec quelques unes de nos sœurs de France, sur un chemin de fraternité vécue au quotidien. La joie des autres devient la nôtre. Ainsi se profile l’horizon d’une communion dans le partage des peines et des joies, de la souffrance et de l’espérance des hommes. Stéphane et Olinda Latarjet nous relatent leur rencontre avec la Fraternité du Serviteur Souffrant de São Paulo. Nara permet à chacun d’être accueilli, écouté et de trouver sa place. C´est une fraternité où sont célébrées dans l’Eucharistie toutes les souffrances traversées par les uns et les autres. Un lieu pour le partage d’un repas et un échange sur nos fragilités. Ainsi prend naissance la force des plus pauvres ! Gérard Aleton nous retrace la vie de José Comblin, un des fondateurs de la théologie de la libération au Brésil. La Parole de Dieu, Cardjin et la JOC du Brésil ont façonné ses convictions et sa foi. Marquée de « l’option préférentielle pour les pauvres », sa réflexion théologique qui croise la vie du peuple brésilien éclaire le sens de son engagement. Laissons-nous conduire par l’Esprit qui nous appelle aujourd’hui à vivre de la vie de Dieu ! Bon été à tous et toutes. Catherine Roth A.S.■ Cette vie jaillissant au cœur de nos forces de mort, trouve sa source pour nous croyants, dans cette découverte à recevoir que toute personne est aimée et appelée à aimer car elle est crée à la ressemblance de Dieu. La rencontre quotidienne de ceux et celles qui croisent nos routes est alors un chemin à saveur d’évangile ! Dans cette dynamique, Marie-Jô, participe avec d’autres à la formation d’accompagnateurs spirituels, au sein de la vie religieuse du Brésil. 05/07/11 Marchande bahianaise traditionnelle – Carybé Page 1/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Marie-Jô, à droite, avec l’équipe d’animation de la vie religieuse (CRB) Acompanhante espiritual R elendo minha história, vejo que, desde a minha juventude, uma « linha de fundo » está me acompanhando. A Ação Católica das Crianças como também a JOCF (Juventude Operária Cristã Feminina) me permitiram aprofundar o que é « ser amada para amar »; descobri assim que todo ser humano precisa ser amado e sendo amado, se levanta e pode « ficar de pé »! Ele se liberta. « A Glória de Deus é o homem Vivo » ! (Sto Irineu) A experiência de ser amada passou entre outros caminhos pelo ser escutada e o acompanhamento espiritual desde jovem ! E isso marcou meu coração para sempre e meu jeito de viver. Penso que marcou também minha vocação à Vida Religiosa e depois o chamado de Deus para ser enviada ao Brasil onde estou há mais de 30 anos. Um dos nossos objetivos no projeto de Congregação aqui no Brasil é « contribuir para o crescimento integral do ser humano ». Meu trabalho se situa neste objetivo. Num primeiro tempo, vivi 15 anos no meio do povo nordestino (no interior da Bahia e do Pernambuco), onde descobri a alma do nosso povo, a sua cultura, sua fé e tentei me deixar modelar. Em 1990, fui nomeada para trabalhar na formação de jovens que procuravam a nossa forma de vida. A vivência no meio do povo e o trabalho de acompanhamento dessas jovens me prepararam para o trabalho que tenho hoje ! 05/07/2011 No segundo tempo, vivi em Salvador, capital da Bahia, onde oficializamos a casa do Noviciado. Aí fui confirmando certos doms em mim: dom da escuta e do acompanhamento. Assim, hoje, não sou mais formadora na minha Congregação, mas vivo um ministério de Acompanhamento Espiritual aberto a todas e todos! Assim, escuto e acompanho muitas pessoas consagradas na Vida Religiosa e leigo/as. Dou retiros para quem pede (leigas/os, religiosas/os), como também estou contribuindo pela formação da Vida Religiosa com as Congregações que pedem uma ajuda. Atualmente, pela CRB (Conferência dos Religiosos/as do Brasil), somos uma equipe de três irmãs e um leigo, pai de família de espiritualidade inaciana, e oferecemos um curso de capacitação para pessoas (consagradas/os ou leigas/os) para ser acompanhantes espirituais. Esse curso tem uma duração de dois anos e se realiza em cinco etapas de oito dias cada uma; uma das etapas é um retiro para confirmar essa missão. Cada pessoa acompanha outras pessoas e são acompanhadas pessoalmente na sua busca de Deus, como também nós as supervisionamos na sua escuta ! No nosso mundo, mais do que nunca, as pessoas precisam ser escutadas e acompanhadas em suas buscas e nas suas buscas de Deus. Há uma grande sede de Deus; mas essa busca vai para todos os lados hoje ! Viver o ministério da escuta e do acompanhamento é contribuir para cada pessoa se sentir amada e se libertar ! Agora, moro em Aracaju, capital do Sergipe, estado vizinho da Bahia. Este trabalho o vivo nas estradas entre Salvador e Aracaju. Por quê ? Porque a nossa Igreja do Brasil tem sua organização e os Estados de Bahia e Sergipe formam um Regional Eclesiástico e a Vida religiosa segue também essa mesma organização. A Vida Religiosa no Brasil é muito bem organizada e uma consciência de pertença à CBR existe; desde minha vinda ao Brasil, encontrei minhas irmãs ligadas e bem engajadas também à CRB. Assim, quem sou eu, mais a maneira de viver das minhas irmãs Auxiliares me fez sentir também CRB, quanto mais que toda formação inicial das jovens (Aspirantes, Postulantes, Noviças e Junioristas) é organizada pela e com a CRB. Isso Page 2/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants fez que estou no segundo e último mandato na equipe de animação da vida religiosa masculina e feminina na Bahia e no Sergipe. Todos os meses essa equipe formada por cinco pessoas se encontra para pensar, avaliar e animar a formação da vida religiosa inicial e permanente ! As viagens entre Aracaju e Salvador são para mim ocasião para reverenciar, agradecer e suplicar o nosso Deus ! Muitas vezes recebo luzes para as próximas prestações que vou dar e devo preparar ! Esse meu trabalho como Acompanhante Espiritual e na diretoria da CRB me faz encontrar o povo de outra maneira ! Pois na escuta, mesmo de religiosas/os, é a vida do povo que escuto ! Em cada religiosa consagrada a Deus e ao seu povo, é uma mulher que tem raízes num povo e é marcada na sua história! Também para mim, esse ministério tem todo seu sentido, pois os quinze anos vividos no meio do povo me permitem compreender pelo coração e amar a pessoa que escuto. Acredito muito que minha escuta, como mediação de Deus, permite a uma pessoa de estar bem viva, então, ela poderá melhor amar e servir ao Reino de Deus ! Esse trabalho-missão me dinamiza e corresponde também com um dos apelos que escutamos em Congregação: « Investir na formação para ajudar as pessoas a viver sua vocação cristã, numa busca do compromisso prazeroso ». Marie-Jô Grollier A.S. ■ La dernière équipe en formation à l’accompagnement spirituel avec Marie-Jô au deuxième rang sur la droite. 05/07/2011 Accompagnatrice spirituelle R elisant mon histoire, je vois que depuis ma vie de jeune, une « ligne de fond » m´accompagne. L´Action catholique des Enfants et la JOCF m´ont permis d´approfondir ce que c´est qu´« être aimé pour aimer » ; j´ai découvert ainsi que tout être humain a besoin d´être aimé et étant aimé peut se mettre debout ! Il se libère : « La Gloire de Dieu c´est l´homme vivant » ! (Saint Irénée) L´expérience d´être aimée est passée, parmi d´autres expériences, par le fait d´ être écoutée et accompagnée spirituellement depuis ma vie de jeune ! Et cela a marqué mon cœur pour toujours et ma manière de vivre. Je pense que cela a marqué aussi ma vocation pour la Vie Religieuse et ensuite l´appel pour être envoyée au Brésil, où je suis depuis plus de trente ans. Un des objectifs de notre projet de Congrégation ici au Brésil, est de « contribuer au développement intégral de l´être humain ». Mon travail se situe avec cet objectif. Dans un premier temps, j´ai vécu quinze ans au milieu du peuple nordestin (à l´intérieur de la Bahia et du Pernambuco), et j´ai découvert l´âme de notre peuple, sa culture, sa foi et j´ai essayé de me laisser modeler. En 1990, j´ai été nommée par la Congrégation pour travailler à la formation des jeunes qui cherchaient à vivre notre forme de vie. La vie au milieu du peuple et ce travail d´accompagnement des jeunes m´ont préparée pour la mission que j´ai aujourd´hui ! Dans un deuxième temps, j´ai vécu à Salvador, capitale de l´Etat de Bahia, où nous avons implanté la maison de Noviciat. Au cours de ma mission de formatrice, peu à peu, me furent confirmés certains dons : celui de l´écoute et de l´accompagnement. Aujourd´hui je ne suis plus formatrice dans ma Congrégation, je vis un ministère d´accompagnement spirituel ouvert à tous et toutes ! Ainsi j´écoute et j´accompagne beaucoup de personnes consacrées dans la Vie Religieuse. Je donne des retraites à qui les demande : (laïcs/ques, religieux/ses), et je contribue aussi à la formation de la Vie Religieuse avec les Congrégations qui demandent de l´aide. Actuellement, pour la CRB Page 3/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants (Conferência dos Religiosos/as do Brasil), nous sommes une équipe de trois sœurs et un laïc, père de famille de spiritualité ignatienne, et nous offrons une formation à des personnes consacrés/es ou laïcs/ques) qui deviennent accompagnateurs/es spirituel/les. Ce cours dure deux ans et se réalise en cinq étapes de huit jours; une des étapes est une retraite pour confirmer l´appel à ce ministère. Chacune des personne accompagne d´autres et est elle même accompagnée et également supervisée dans son écoute ! Dans notre monde, plus que jamais, les personnes ont besoin d´être écoutées et accompagnées dans leur recherche de Dieu. Il y a une grande soif de Dieu; mais cette recherche va un peu dans tous les sens aujourd´hui ! Vivre le ministère de l´écoute et de l´accompagnement c´est contribuer á ce que chaque personne se sente aimée et se libère ! Maintenant, je vis à Aracaju, capitale du Sergipe, État voisin de la Bahia. Ce travail, je le vis en voyageant entre Salvador et Aracaju. Pourquoi? Parce que notre Église au Brésil a une organisation et les États de Bahia et Sergipe forment un « Régional Ecclésiastique ». La Vie Religieuse suit aussi cette même organisation. La vie religieuse est très bien organisée et la conscience d´appartenir à la CRB existe; dès mon arrivée au Brésil, j´ai trouvé mes sœurs de congrégation liées et engagées avec la CRB. Je le vis d’autant plus fort que la façon de vivre de mes Sœurs Auxiliaires m´a permis de comprendre en profondeur la CRB. La formation des jeunes (aspirantes, postulantes, novices et junioristes) est aussi organisée par et avec la CRB. J’en suis à mon deuxième et dernier mandat dans l´équipe qui anime la Vie Religieuse masculine et féminine dans la Bahia et le Sergipe. Tous les mois, cette équipe, formée par cinq personnes, se retrouve pour penser, évaluer et animer la formation de la Vie Religieuse initiale et permanente ! Les voyages entre Aracaju et Salvador sont pour moi l´occasion de prière ! Je peux remercier, offrir et supplier notre Dieu ! Souvent cela me donne des idées pour les prochaines prestations que je vais devoir donner et qu´il me faut donc préparer ! 05/07/2011 Ce travail comme Accompagnatrice Spirituelle et dans l´équipe d´animation de la CRB, me fait rencontrer le peuple d´une autre manière ! Car par l´écoute, même de religieux/ses, c´est la vie du peuple que j´écoute ! Chaque religieux/se consacré/e à Dieu et à son peuple, est un être humain qui a des racines dans un peuple et est marquée par son histoire ! Ce ministère, pour moi, a aussi tout son sens, car les quinze années vécues au milieu des pauvres me permettent de comprendre par le cœur et d´aimer la personne que j´écoute. Je crois beaucoup que mon écoute, comme médiation de Dieu, permet à une personne d´être bien vivante et de devenir capable d´aimer et servir le Règne de Dieu ! Ce travail-mission me dynamise et correspond aussi à un des appels que nous entendons en Congrégation : « Investir dans la formation pour aider les personnes à vivre leur vocation de chrétiens, dans un engagement qui est aussi source de joie ». ■ Marie-Jô Grollier A.S. Repas de Noël 2010 chez les A.S. de Tijuquinha. Marie-Jô, Michelle et une famille invitée Tijuquinha T ijuquinha é um bairro de Saõ Cristõvaõ, pequena cidade, a quarta das mais antigas do Brasil. Ela foi capital do Estado de Sergipe (Nordeste). A partir de 1855, Aracaju tornou-se a capital. Na rua principal de Tijuquinha, se vêem muitas pequenas lojas: mercearias, variedades, concerto de tudo, dois ou três armazéns de construção, porque, aqui, cada um faz sua casa ou a aumenta. As ruas adjacentes são ladeiras muito acidentadas. Quando você esta no alto, descobre Page 4/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants um panorama bonito. No campo circunvizinho, têm pequenas fazendas com tudo que se encontra numa fazenda. Na rua, se encontram também as pessoas: a pé, a cavalo, de bicicleta, de carroça , e, uns poucos, de moto ou automóvel. E os animais ! Muitos cachorros, algumas galinhas, cavalos que buscam um pouco de capim. Os cavalos são, evidentemente, os motores das carroças. Essas servem de meio de transporte ou de entrega. E não se pode esquecer as lindas flores amarelas que crescem em tudo lugar, mesmo no meio do lixo. Então, em agosto de 2008, a comunidade das Auxiliares do Sacerdócio chega a Tijuquinha: de risco, 10 - 18 anos); e na pastoral do menor. Paralelo a isso, Márcia foi visitar o Conselho Tutelar que faz parte da Justiça, para a prevenção da delinquência e proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Com muita alegria, o grupo a acolheu para ajudar na secretaria. Márcia esta também na formação dos catequistas da paroquia N.S. Loreto, da qual depende nossa comunidade cristã. Esta comunidade gosta das irmãs, podemos dizer sem orgulho. Senão, porque Claudio e Pedro teriam dito: « deste a presença das irmãs, eu cresci. » ■ Michelle Nigay A.S. Marie-Jô, sempre nas estradas por causa do seu engajamento na Igreja: retiros pregados, acompanhamento espiritual, compromisso com a Conferência dos Religiosos do Brasil. Elenilda (ou Lene), estudante em pedagogia e muito atenta à vida da comunidade : catequese, grupo de jovens… Renata começou por muitas visitas para conhecer o povo e se engajou no artesanato de dona Marina que reúne uma dúzia de mulheres, e na pastoral dos Idosos com dona Nazaré, visitando, confortando-os e vigiando a saúde deles. Mas, Renata adoeceu e teve que ficar na França no verão 2010. Como Lene ia aguentar sozinha, na ausência de Marie-Jô ? Então, Michelle foi chamada para ficar um tempo no Brasil. Toda feliz de voltar pela terceira vez ! Michelle, sou eu. Comecei, seguindo um pouco o que fazia Renata. É assim que vou, uma vez por semana, no artesanato, ligando amizade com as mulheres. Fui convidada por uma delas para fazer parte de um dos corais de nossa igreja « Nossa Senhora das Graças ». Ofereci de acompanhar alguns meninos em dificuldade, numa escola do Estado. Tenho assim três crianças de 9 a 12 anos que distinguem apenas o O do A...Faço visitas também, para conhecer o mundo no meio do qual vivemos. E isso mostra bem nossa missão aqui: « Viver uma Igreja de proximidade perto dos quais fomos enviadas ». Mas agora somos quatro. Chegou Márcia, uma irmã jovem. Ela já se comprometeu com a « casa do menor » (acolhimento de jovens, em situação 05/07/2011 Tijuquinha, T ijuquinha est un quartier de São Cristovão1, petite ville, la quatrième parmi les plus anciennes du Brésil. Elle fut capitale de notre Etat du Sergipe (Nord-Est ). Depuis 1855, c’est Aracaju la capitale. Dans la rue principale de Tijuquinha, on voit beaucoup de toutes petites échoppes: épiceries, « magasins en tous genres », réparateurs de tout, et deux ou trois magasins de construction. Car on construit beaucoup, on bâtit sa maison ou on l’agrandit. Les rues adjacentes sont des sentiers très accidentés. Quand vous êtes en haut, vous avez un beau panorama. Dans la campagne environnante, de petites fermes, avec ce qu’on trouve dans toute ferme qui se respecte. Dans la rue, on rencontre aussi des gens, bien sûr: à pied, à cheval, à vélo, en charrette à cheval, et quelques-uns à moto ou en voiture. Et les animaux ! Beaucoup de chiens, quelques poules, des chevaux à la recherche de touffes d’herbe car les chevaux sont évidemment, les moteurs des charrettes! Celles-ci servent de transport, de camions de déménagement et de livraison. Et l’on ne peut oublier les belles fleurs jaunes qui croissent partout y compris dans les ordures. Donc, en août 2003, la communauté des Auxiliaires du Sacerdoce arrive à Tijuquinha. Marie-Jô, toujours par monts et par vaux de par son engagement dans l’Eglise: retraites prêchées, 1 Saint Christophe en français. Page 5/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants accompagnement spirituel, engagement à la Conférence des Religieux du Brésil. Elenilda (ou Lene), étudiante en pédagogie et très attentive à la vie de la communauté chrétienne: catéchèse, groupe de Jeunes… Renata, elle, a commencé par faire beaucoup de visites pour connaître les gens et s’est fixée sur l’artisanat de dona Marina, qui réunit une douzaine de femmes, deux fois par semaine; et dans la pastorale des personnes âgées avec dona Nazaré pour visiter, réconforter et veiller sur la santé de ces gens. Mais Renata est tombée malade et a dû rester en France après l’été 2010. Comment Lene allait-elle pouvoir vivre seule, durant les nombreuses absences de Marie-Jô ? On a donc appelé Michelle, encore une fois au Brésil, bienheureuse d’y revenir ! Michelle, c’est moi. J’ai mis un peu mes pas dans ceux de Renata. C’est ainsi que je vais une fois par semaine à l’artisanat, faisant amitié avec les femmes. J’ai été invitée par l’une d’elles à faire partie de la chorale de la communauté chrétienne « N.S. das graças ». J’ai offert un accompagnement scolaire dans une école publique. Je fais aussi des visites, bon moyen pour connaitre le monde dans lequel nous vivons. Et là, peut se définir notre mission: « Vivre une Eglise de proximité auprès de ceux auxquels nous sommes envoyées ». de Tutelle, qui fait partie de la Justice, et a pour mission, la prévention de la délinquance. Ce groupe lui a demandé de l’aider dans son secrétariat. Elle travaille aussi à la formation des catéchistes, dans la paroisse dont dépend notre communauté chrétienne. Celle-ci aime bien les sœurs et nous pouvons le dire sans vanité. Sinon, pourquoi Claudio et Pedro (16-17 ans) auraient-ils dit: « depuis que les sœurs sont là, j’ai grandi. » ■ Michelle Nigay A.S. Qu’est-ce qui fait vivre les Auxiliaires en France ? L es sœurs retraitées y sont nombreuses. Sont-elles vraiment en retraite ? Ne peuvent-elles pas enfin profiter un peu de la vie ? A travers quelques flashes, à vous d’en juger ! Louise vit en communauté avec Nicole, Renée et Renata (de retour du Brésil, en repos cette année) dans la montagne bourbonnaise. Tous les ans à l’occasion du Carême, Louise réunit quelques grand’mères et chemine avec elles vers Pâques. Mais cette année, Louise n’est pas disponible à la première rencontre. Va-t-elle demander à Jeannette de l’animer ? Cette femme intervient toujours avec justesse dans le groupe… Acceptera-t-elle ? Mais oui ! elle accepte et même sans hésitation… « Nous préparons ensemble et cela se passe très bien ! » Louise est heureuse de la joie de Jeannette ! Comme Jean -Baptiste : « Telle est ma joie, il faut qu’il grandisse et que moi je décroisse » Marie Aimée, Irène, Odette, et Jeannette vivent en appartement dans une cité HLM des Prés -St Jean à Chalon-sur-Saône. Michelle et Marie-Jô dans leur chapelle de Tijuquinha Mais maintenant nous sommes quatre. Est arrivée une jeune sœur: Márcia. Elle s’est déjà engagée à la « Maison de mineurs », pour des enfants en situation de risque (10-18 ans). Dans le sens de ce travail, elle est allée voir le Conseil 05/07/2011 Marie Aimée : « Je m'oblige chaque semaine à aller voir Marie Thé, notre voisine incroyante. Elle déprime, elle souffre de solitude. Un jour elle va mieux et me dit : ″Pendant ma déprime, j'ai pensé plusieurs fois en finir avec la vie et me jeter par la fenêtre, j’ai prié et Dieu m'a empêchée de le faire ... ″ Merci Marie -Thé, tu m'as confié ta foi en Celui qui t'a sauvée de la désespérance. Je continuerai ma route avec toi par la prière, les visites, l'amitié. » Page 6/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Irène : « Les personnes venues d'ailleurs traversent bien des difficultés : la langue, les moyens qui manquent etc. Un jour elles trouvent l’adresse du Secours Catholique. Cela change leur vie, mais pas seulement la leur. Je les rencontre là dans un petit groupe, aidée d’une traductrice. Leur désir de vivre, leur sourire d'avoir été comprises et écoutées me fait vivre ; une phrase de notre dernier Chapitre me confirme sur ce chemin : "L'Eglise est appelée à sortir d'elle- même pour témoigner d’une qualité de relations et manifester la communion entre les hommes". Mon engagement à "Artisans du monde" m'ouvre les yeux sur l'injustice du commerce avec les pays du Sud. Les paysans producteurs vendent leurs productions aux pays du Nord à un prix qui ne leur permet pas de subvenir à leurs besoins. A la boutique, je suis là pour vendre leurs produits à un plus juste prix, sensibiliser les personnes au commerce équitable. Une autre manière pour moi de servir le monde et l'Eglise: j’assure une permanence à la paroisse pour accueillir ceux qui demandent un sacrement ou un autre service. Toute cette vie nous la reprenons dans la prière communautaire comme nous y invite notre prière-offrande : "Nous t'offrons Père, les peines et les joies de ce jour, la souffrance et l'espérance des hommes. "» Odette : « Depuis octobre 2009, je participe à un groupe de Mission Ouvrière Locale. Avec quelques membres de l’A.C.O. nous cherchons à rassembler des personnes engagées sur le quartier, afin de mettre en valeur les belles choses qui se vivent sur la cité des Prés St Jean. Nous nous retrouvons une bonne quinzaine à partager une fois par trimestre. Avec un partipris d'espérance malgré les difficultés de la vie. Ce groupe me fait vivre et évolue. En mars nous avons eu connaissance d'une enquête pour améliorer la vie du quartier. Dans cet esprit, nous proposons de rassembler les besoins perçus en réalisant une maquette. Tout le monde a joué le jeu! S'est posée la question : comment transmettre ces souhaits ? La décision est prise: rencontrer un élu à sa permanence dans la maison de quartier. Et nous voilà sept, emportant la maquette. Le conseiller municipal prend note des besoins: améliorer le cadre de vie et les transports, lutter contre le bruit, la solitude, proposer des lieux d'accueil, de convivialité, bref humaniser les relations. Nous nous sommes 05/07/2011 présentés comme un groupe d'Eglise. Dans ce groupe apparaît aujourd’hui une recherche de sens que l'équipe d'animation désire voir éclairée par l'évangile. Je me sens bien Auxiliaire du Sacerdoce dans ces rencontres. Ma lettre de mission à Chalon notait : " créer des liens à partir des enfants, des jeunes, nous rendre solidaires des peines et des joies, des souffrances et de l'espérance des hommes, participer à la vie associative de la cité pour la rendre plus humaine, collaborer avec la communauté chrétienne pour y témoigner de notre foi... " . Oui, je me sens bien Auxiliaire du Sacerdoce, bien incarnée ici, en communion avec Celui qui s'est fait l'un de nous pour que nous ayons la vie en abondance. J’entre ainsi dans son mouvement d'amour pour le monde qui ramène tout au Père. Depuis l'arrivée des jeunes prêtres, l'accent pastoral est mis sur l'annonce plus explicite de l’Evangile. Cette annonce, il me semble la vivre surtout en actes, en paroles c'est encore en espérance… Je le désire, je le cherche… » Jeannette : « Au pied de l'immeuble, nous rencontrons souvent Nicolas. Il vient d'avoir son bac. Il est stagiaire, employé par la régie de quartier pour l'entretien des Entrées A et B. Le contexte de son travail est rendu peu intéressant par la malpropreté et les incivilités des locataires. Nicolas ne baisse pas les bras, il en parle à la régie. La régie lui fournit une machine à nettoyer le sol qui lui facilite le travail. Résultat: le travail est propre et exercé avec moins de peine. Nicolas est content, il connait de plus en plus de gens qui lui manifestent leur soutien. En sortant du bâtiment, je vois une maman avec sa fillette de trois ans qui montre un chat. Elle veut le caresser, mais le chat se déplace. "Si on le tient, tu pourras peut être le caresser ?". La maman sourit. Nicolas sort du local, prend le chat au passage, le tient devant la fillette. Sara est heureuse, caresse la tête et le dos du chat. Il est content. Je dis à Sara : "Tu vois Nicolas est gentil, grâce à lui tu as pu caresser le chat." Et à la maman : "Nicolas est ici depuis quelques temps, il va peut être chercher du travail ailleurs ? " Il intervient avec un grand sourire : "On vient de m'offrir un CDI. Je ne vais pas quitter maintenant." Bravo Nicolas, on vous souhaite de bien continuer ! Se rencontrer pour apprécier les talents et la générosité des personnes. Ma lettre d'envoi précise : " Etre proche des hommes et des femmes qui habitent dans le quartier … " Se Page 7/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants rencontrer pour partager les joies et les peines des uns et des autres et les offrir au Christ Seigneur, c’est ma vie quotidienne, c’est celle que j’ai choisie et que j’aime ! » Ces quelques miettes sembleront insignifiantes. Pourtant celles qui les vivent n’apparaissent ni désabusées ni déçues. Ne profitent-elles pas de la vie d’une manière inattendue? Elles me font penser aux paraboles de Jésus : « Vous êtes le sel de la terre… Le Royaume de Dieu est semblable a du levain qu’une femme a enfoui dans trois mesures de farine…» Vivre du Sacerdoce du Christ n’est pas autre chose: dans la banalité des rencontres, là où transparaît le cœur des hommes, s’ouvre un chemin vers Dieu dont il a le secret. Il nous donne parfois d’en saisir un rayon et cela suffit pour illuminer nos journées.■ Marie Emmanuel Crahay A.S. Visite à la « Irmandade do Servo Sofredor – ISSO » à Santo André – São Paulo – Brésil O linda et moi avons profité d’un séjour dans la famille au Brésil2, près de São Paulo, pour rencontrer Nara et la Fraternité du Serviteur Souffrant dans le quartier (ancienne favelle) Lamartine de Santo André, commune industrielle du « Grand São Paulo ». Lorsqu’il n’était pas avec les gens de la rue, Padre Alfredinho3, vivait à la « Capelinha » (Chapelle), une petite maison en haut de la colline, aujourd’hui urbanisée. La Ville a voulu raser la Capelinha mais les habitants se sont mobilisés pour l’empêcher. Ils y sont parvenus. Aujourd’hui Nara vit à la Capelinha qui est le cœur de l’Irmandade4. Y viennent les gens qui habitent le quartier, les gens de la rue, et aussi des paroissiens, des séminaristes, des jeunes, etc… pour des temps de prière, des rencontres, des journées de retraite, etc… C’est tout petit mais on y a toujours sa place ! C’est une pièce commune qui est à la fois chapelle, salle de réunion, dortoir, etc… Ici tout est très très simple, bien décoré, entouré de fleurs, pratique, pauvre, et très accueillant, dans l’Esprit de la Fraternité. Nara nous y a reçus avec la douceur, l’amitié et la disponibilité qui la caractérisent.. Le samedi après-midi, le quartier se retrouve à la Capelinha pour célébrer l’eucharistie. Nous avons retrouvé des pèlerins de la Romaria de Santa Fé, de Janvier 2010, et des personnes rencontrées le matin lors de notre pérégrination dans les ruelles escarpées du quartier. Quel accueil, quelle attention ! Chaque personne a un parcours de souffrances traversées grâce à la résistance, l’entraide, la solidarité, l’espérance, la foi en Jésus vivant et présent en chacun. Le lendemain, nous nous sommes retrouvés une vingtaine qui avaient affronté la bruine, le vent et le froid, pour la rencontre mensuelle de la Fraternité dans la région autour d’ un bon café chaud agrémenté de ce que chacun avait apporté, en chantant la bienvenue pour tous : « Seja bemvindo Olê-là (bis) ! Paz e Bem para você, que veio participar ! » « Sois Bienvenue Olê-là (bis) ! Paix et du Bien à toi qui est venue participer ! » Ce fut une journée riche d’échanges, partage et solidarité. 3 Nara et Olinda devant la maison du padre Alfredinho 2 Visite en avril 2011- note de D.L.P.D. 05/07/2011 Fils de la Charité, fondateur de l’ « Irmandade do Servo Sofredor » en 1983 lorsqu’il vivait à Crateus – Cearà, dans le Nordeste- au milieu des plus pauvres, décédé le 12 août 2000, à Santo André. Ayant toujours vécu avec les exclus et marginaux, il a écrit « l’ânesse de Balaam » 4 Irmandade : la Fraternité Page 8/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Les participants se sont ensuite organisés pour les prochains temps forts d’Eglise auxquelles la Fraternité est invitée à participer, et parfois sollicitée à ouvrir ses portes en tant que lieu d’accueil, de rencontre, de prière. Après le repas partagé, la Fraternité a préparé sa Retraite régionale des 13-15 Mai 2011, sur le thème : « Quel Dieu ? Et nous qui sommes nous ? » Les 7 rencontres du Livret ont été réparties entre groupes- y compris les prêtres de la paroisse- où ils seront travaillés pour être présentés à la retraite. Comme nous en Europe, en somme… Nara nous avait invités à venir à Santo André « partager nos fragilités »…. En effet, les souffrants de Lamartine sont bien malmenés par la société, leur vie ne tient souvent qu’à un fil. Un rien peut faire basculer dans la violence, l’agression, ou dans la dépression, le renoncement. Mais la force des plus pauvres est là, qu’ils puisent certainement en Jésus et dans les multiples gestes fraternels des uns envers les autres. Quelques mots sur ce qui nous a frappés dans cette région de São Paulo, où nous n’étions pas venus depuis environ 20 ans. Comme dans le reste du pays, on construit à tour de bras. Les quartiers d’extrême pauvreté ont été rasés ou repoussés à une lointaine périphérie et remplacés par des voies rapides et autoroutes qui sillonnent la mégapole et la relient aux villes voisines. La spéculation foncière bat son plein. Dans les quartiers populaires les maisons en dur ont remplacé les cabanes en bois, mais elles restent de bien petite taille pour abriter la famille et les proches venus d’autres régions chercher du travail à São Paulo. Le Brésil se développe à grande vitesse. On voit bien moins d’enfants dans les rues, suite à la création de la « bourse famille » dont bénéficient les familles pauvres dans la mesure où les enfants vont à l’école. Il apparaît que le pourcentage de familles dans la misère a bien diminué. On trouve plus de travail mais les salaires restent à un bas niveau pour la main d’œuvre peu ou moyennement qualifiée. Globalement, il nous est apparu que le Brésil suit une politique économique et sociale tout à fait comparable aux politiques des pays du G8, alors qu’on s’attendait à ce que soient prises, par le 05/07/2011 gouvernement Lula, des mesures innovantes, originales, empreintes de plus de justice sociale, principalement pour les petits paysans (réforme agraire) et les travailleurs pauvres (salaire minimum encore limité à 270 euros par mois alors que le coût de la vie est élevé). Il n’est est rien, mis à part le désendettement extérieur (remplacé par un endettement interne public très important, comme chez nous), la mise en place de systèmes d’allocations sociales, et le renforcement du système de santé publique, encore bien insuffisant pour la population qui en dépend. ■ Olinda et Stéphane Latarjet Visita à Irmandade do Servo Sofredor – ISSO em Santo André – São Paulo - Brasil O linda e eu aproveitamos uma visita à nossa familia no Brasil, para encontrar Nara e a Irmandade do Servo Sofredor no bairro (antiga favela) Lamartine, em Santo André, municipio industrial da periferia de Sao Paulo. O Padre Alfredinho5 vivia na « Capelinha » e com o povo da rua. Uma casinha em cima do morro, que foi urbanizado depois. A prefeitura quiz tirar a Capelinha. O povo se mobilizou e não deixou. Hoje Nara mora na Capelinha, o coração da Irmandade. Aqui vêm os moradores do bairro, outros da rua, paroquianos, seminaristas, jovens, etc… para orar, participar de encontros ou dias de retiro, etc… E muito pequeno, mas sempre tem lugar para mais um. Uma sala usada para reuniōes, oficios, missas, e para dormir. Tudo é muito simples, bem decorado, com flores ao redor. Tudo muito pratico, pobre, acolhedor, no espirito da Irmandade. 5 Filho da Caridade, fundador da Irmandade do Servo Sofredor em 1983, quando vivia em Crateus – Cearà, no Nordeste, no meio dos mais pobres. Faleceu no dia 12 de agosto de 2000 em Santo André. Sempre viveu na fileira dos excluidos e marginalizados. Page 9/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Nara nos acolheu com muito carinho e amizade. Ficou à nossa disposição nos dias que passamos com ela. dos mais pobres sempre aparece, alimentada por Jesus e pelos mil gestos fraternos entre uns e outros. Aos sabados de tarde, o pessoal do bairro encontra-se na Capelinha para celebrar a eucaristia. Ai encontramos peregrinos da Romaria de Santa Fé (Janeiro de 2010) e pessoas do bairro que visitamos pela manha. Fomos acolhidos com muito carinho e atenção. Cada pessoa encontrada tem uma vida sofrida, que enfrenta com muita coragem, contando com a solidariedade, a ajuda dos demais, a esperança, a fé em Jesus Cristo que habita em cada um. O que nos chamou mais atenção nesta região de Sao Paulo, depois de 20 anos sem vir,… Aqui se constroi prédios por todo canto. Igual nas outras cidades do pais. Os bairros de extrema miséria foram empurrados para mais longe, para dar espaço à grande rêde de rodovias urbanas intra muros e para as cidades vizinhas. A especulação tira proveito. Nos bairros populares casas de tijolos substituiram os casebres de madeira. Porém são muito pequenas para acolher familias numerosas… que vêm de longe, na maioria das vezes, para encontrar trabalho. O Brasil se desenvolve muito rapidamente. A gente vê poucas crianças nas ruas, devido à « Bolsa familia » que familias pobres recebem quando o filho vai para escola. Parece que o numéro de familias vivendo na miséria, diminuiu muito. Hà trabalho, mas os salarios permanecem muito em baixo para a mão de obra pouco qualificada. Photo de groupe prise à l’occasion de la rencontre de la Fraternité No domingo, havia o encontro mensal dos membros da Irmandade da região. Umas vinte pessoas enfrentaram o frio, a chuva, trazendo café quente, comes e bébés, cantando : « Seja bemvindo Olê-là (bis) ! Paz e Bem para você, que veio participar ! » Foi um dia de partilha e solidariedade, onde todos participaram aos debates. Os participantes se organizaram para participar dos eventos da Igreja, onde a Irmandade é convidada ou solicitada para acolher tempo de oração ou de encontro. O almoço foi partilhado entre todos. O encontro prosseguiu com a preparação do Retiro Regional, dias 13-15 de maio de 2011, com o tema : « Qual Deus ? Quem somos nos ? » Nara nos tinha convidados para « partihar as nossas fragilidades ». De fato, os sofredores de Lamartine, são muito machucados pela sociedade, a vida deles se sustenta com quase nada. A violência sempre rodeia perto , assim como as agressōes e a depressão. Mas a força 05/07/2011 Chapelle de la Fraternité à Santo André De maneira geral, o Brasil segue uma politica econômica e social bem parecida com os paises do G8. Esperava-se que o Governo de Lula tomasse medidas inovadoras, com mais justiça social, sobretudo para os pequenos agricultores (reforma agraria) e para os trabalhadores pobres (salario minimo limitado à 540 reais por mês, enquanto o custo de vida é elevado). Nada disso. O Governo anulou a divida externa, substituindo-a por un endividamento interno publico, criou o sistema de allocaçōes sociais, reforçou o sistema de saùde publica enquanto permanece insuficiente. ■ Olinda e Stéphane Latarjet Page 10/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Padre Zé, prophète de notre temps. J oseph Comblin que l’on appelait José ou Zé nous a quittés le 27 mars dernier. Décédé subitement à l’âge de 88 ans près de Salvador dans l’Etat de Bahia, il fut enterré à Soleânea près du Pe. Ibiapina, prêtre nordestin du XIX ème siècle, qu’il considérait comme un modèle pour la mission, la promotion humaine des plus pauvres, des femmes et des petits. Je n’ai pas connu personnellement Joseph Comblin mais accompagnant sa réflexion depuis plusieurs années, je vais dresser un portrait de ce prêtre belge, naturalisé brésilien qui fut l’un des fondateurs de la théologie de la libération et qui a suffisamment cru en l’évangile pour mettre en cohérence sa vie avec sa foi ses paroles et sa réflexion. Joseph Comblin A l’âge de 35 ans - en 1958- , il partit pour le Brésil non pas pour remédier au manque de prêtres sur le continent américain ou encore répondre à un appel du pape qui voulait à l’époque contrecarrer la montée du communisme, du protestantisme ou du spiritisme mais car il eut l’intuition que le nouveau monde offrait une chance de renouveau au christianisme qui s’épuisait dans la vieille Europe. Influencé par Cardijn, prêtre du diocèse de Bruxelles et fondateur de la Jeunesse Ouvrière Chrétienne, ses premiers contacts brésiliens furent noués avec la JOC (Juventude Operária Católica) du Brésil, pays qui le conquit immédiatement. Avec Gustavo Gutiérrez (Pérou) et Juan Luis Segundo (Uruguay) il travailla très tôt sur « l’option préférentielle pour les pauvres » correspondant à la pratique d’évêques sud-américains qui avaient signé le 05/07/2011 pacte des catacombes le 16 novembre 1965 à la fin du concile Vatican II. La réflexion des trois théologiens donnera ultérieurement naissance à ce que l’on a appelé la théologie de la libération. Dès 1965, Dom Helder Câmara, lui demanda de venir travailler à Recife ce qui lui permit de nouer des relations étroites avec les évêques progressistes d’Amérique Latine comme Leônidas Proaño (Equateur), Mendez Arceo (Mexique), Aloisio Lorscheider (Brésil), José Maria Pires (Brésil) et bien d’autres. Les théologiens de la libération approfondirent les thèmes de la solidarité avec les plus démunis et le rejet de l’idée de développement comme sousproduit du système capitaliste. Expulsé du Brésil par les militaires en 1972 il trouva refuge au Chili d’où il fut expulsé à nouveau en 1974 à la chute de Salvador Allende. En 1977, il profita de l’ouverture progressive du Brésil pour y séjourner avec un visa touristique jusque dans les années 1980 au cours desquelles sa situation fut régularisée. Durant cette période, il élabora la théologie de la houe (enxada) et se dédia à la formation de séminaristes en milieu rural, destinés à devenir des prêtres de communautés ecclésiales de base. L’agriculture à la houe, traditionnelle du « nordeste », s’oppose à celle du tracteur et de la charrue. Plus profondément, elle symbolise une agriculture familiale respectueuse de l’environnement et de l’homme en opposition à une agriculture industrielle profitant à quelques privilégiés et destructrice de l’environnement. Sillonnant le « nordeste » à pied et en jeep, délaissant les grands centres, il travailla de plus en plus à la formation des laïcs en contact étroit avec les paysans et les communautés de base en se ressourçant de temps à autre dans son université de Louvain. A la fin de sa vie il s’était établi dans le diocèse de Barra qui dépend de l’évêque franciscain Dom Luiz Cappio6 pour vivre – disait-il- au sein d’une Eglise qui a fait le choix d’être au service des pauvres. Joseph Comblin, théologien de « la houe », mort en pèlerin des routes « nordestines », fut l’un des meilleurs représentants des théologiens de la libération qui prit au sérieux le savoir populaire et l’articula avec le savoir académique de façon critique et engagée; chacun des savoirs enrichissant l’autre: 6 Dom Luiz Cappio est connu pour avoir entamé deux grèves de la faim de protestation contre le détournement du Rio São Francisco qui spolie les riverains en faveur de l’agro business. Page 11/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants l’intellectuel repasse au peuple un savoir qui l’aide à avancer et le peuple oblige l’intellectuel à penser les problèmes actuels et à formuler des propositions. Approfondissant en permanence sa compréhension des évangiles et de la bible, il y puisait une forte conscience de l’importance du rôle du peuple de Dieu et de la responsabilité du chrétien à s’engager dans le Monde au service des hommes, pour la justice, la paix et la fraternité. Il a publié une quantité impressionnante de livres tant en français qu’en portugais. Ses collaborateurs qui poursuivent son travail de formation permanente de leaders communautaires dans les villes et les campagnes, témoignent que son message a porté du fruit d’autant plus qu’ils sont en nombre et proviennent de milieux populaires. Joseph Comblin fut un pédagogue et un prophète. Sa pensée toujours limpide s’exprimait en termes compréhensibles par tous. Difficile de résumer en quelques mots une réflexion aussi féconde que la sienne mais si on pouvait la caractériser par un seul mot je m’attacherais au terme de liberté que Paul de Tarse exprime de la façon suivante « C’est pour que nous soyons vraiment libres que Christ nous a libérés. Tenez donc ferme et ne vous laissez pas remettre sous le joug de l’esclavage » (Gal, 5.1). Cette recherche de la libération que l’on peut assimiler à un refrain repris sans cesse dans toute son œuvre et sa vie, ne peut évidemment être confondue avec celle hédoniste de nos sociétés bourgeoises car « n’est pas libre celui qui dit qu’il fait ce qu’il veut mais qui est en réalité soumis à la pression de ses désirs et est esclave des objets qu’il convoite ». La liberté présuppose la libération de ses désirs individuels pour se consacrer à la cause des plus pauvres. Cette réflexion s’applique aussi à la notion de Dieu qui n’est pas le fondement de l’ordre mais de l’amour. Or l’amour fonde la liberté et par conséquent le désordre. Pour Joseph Comblin, lutter pour la liberté ce n’est pas travailler dans l’espoir d’un monde utopique d’où le mal serait absent. Dieu a fait le Monde tel qu’il est et le péché est consubstantiel au Monde. Dieu frappe à notre porte mais nous sommes libres de ne pas la lui ouvrir ! Joseph Comblin a eu le courage prophétique de dénoncer les pesanteurs de notre Eglise en s’attachant à séparer le message évangélique de la religion. « L’évangile n’est pas religieux : Jésus n’a fondé aucune religion, n’a pas établi de rites, n’a pas 05/07/2011 enseigné de doctrines, n’a pas organisé un système de gouvernement. Rien de tout cela. Il s’est voué à annoncer, à faire connaître le Royaume de Dieu, c'est-à-dire un changement radical de l’humanité entière sous tous les aspects, un changement dont les auteurs seront les pauvres. »7 L’absolue liberté de parole de Joseph Comblin incommodait. Pour cette raison, il fut expulsé du Brésil puis du Chili. Il y a peu de temps encore, certaines autorités ecclésiastiques jugeant que l’on ne pouvait tolérer son message, lui interdisaient la prise de parole publique et le disaient gâteux pour mieux le discréditer! Carlos Mersters8 n’a pas craint de le comparer au prophète Amos qui répondit au prêtre de Béthel, Amacya, lui demandant de quitter Israël : « Je n’étais pas prophète, je n’étais pas fils de prophète, j’étais bouvier, je traitais les sycomores ; mais le Seigneur m’a pris de derrière le bétail et le Seigneur m’a dit : Va ! prophétise à Israël mon peuple. » (Amos 7,14-15). Le « padre Zé », comme Amos, ne s’est jamais présenté comme prophète, mais par la cohérence de sa vie, la simplicité de sa façon de dialoguer, la force de son témoignage, il fut un prophète de notre temps ! ■ Dom Helder Camara et Joseph Comblin Gérard Aleton 7 Extrait d’une conférence de joseph Comblin intitulée « Eglise : crise et espérance » prononcée le 18 mars 2010 à l’université Centroaméricaine José Siméon Cañas (UCA) d’El Salvador. Le texte qui a été publié par DIAL (numéro 3123) peut vous être transmis sur simple demande par le secrétariat. 8 Carlos Mesters, auteur du livre : la mission du peuple qui souffre, est prêtre carme, membre du Comité national du mouvement international de la réconciliation et a longtemps dirigé l’Ecole biblique de Belo Horizonte (Brésil). Page 12/13 Du levain pour Demain Numéro 9 Bulletin des sympathisants Courrier des lecteurs Thérèse Dreyer nous a transmis le courrier cidessous. Merci à elle qui nous partage ce qui touché son cœur : la vie qui se donne et qu'elle ne cesse de recevoir : « J’ai été ravie par le dernier bulletin « Du Levain pour Demain ». J’ai beaucoup aimé l’article de Jacques Hahusseau : une vraie homélie évangélique que j’ai vécue sur la naissance et le baptême de la « Pastorale de la Terre ». Bien sûr « l’ibis Rouge » fait un tabac. C’est magnifique, je retrouve tous les hommes brésiliens que j’ai connus et aimés durant mes trente et un ans de présence au Brésil. Je les connais dans leur être profond. Combien de fois ne m’ont-ils pas fait craquer ! Ils sont devenus de vrais amis, des frères. Je n’oublierai pas leurs yeux de velours et de souffrance et celui qui m’a payé avec une pépite d’or dans la Serra Pelada dans le Para. Ils sont tous gravés dans mon cœur avec leurs femmes et enfants. Je voulais vous dire aussi que j’ai apprécié l’article de Dilma ; je vais le lui dire moi-même. Mais le clou est le poème de Casaldaliga : « Ma croix c’est l’Amérique Latine ». J’ai laissé le poème inonder ma figure et ça continue encore. Vous savez je l’ai connu chez Yves et Marysé avec François Jantel et Odile. Aujourd’hui les larmes vivifient mon être. Il faut dire que je vis avec les communautés du Brésil, plus celles qui ont donné leur sang pour le Tchad et qui sont en France. » électronique, transmettre. n’oublient pas de nous la Faites part de vos remarques et suggestions à Cécile Biraud et Catherine Roth. Vous pouvez adresser vos dons soit par chèque à l’attention de « Du levain pour demain » au 57, rue Lemercier, 75017 Paris en mentionnant « à l’attention de sœur Anne-Lise Sieffert » soit par virement bancaire. Les coordonnées en sont données ci-après. ■ D.l.p.d. Thérèse Dreyer. Les personnes à contacter : Pour ouvrir un échange entre lecteurs et auteurs des articles, qui souhaiterait se lancer pour communiquer ce qu'il a aimé ? ou même ce qui l'interroge ? ■ Cécile Biraud : [email protected] Vilma Marinho : [email protected] Catherine Roth: [email protected] Gérard Aleton : [email protected] Stéphane Latarjet :[email protected] Catherine Roth A.S. Que celles et ceux qui reçoivent une version papier du bulletin et qui possèdent une adresse 05/07/2011 Anne-Lise Sieffert, trésorière : [email protected] 57 rue Lemercier, 75017 Paris Page 13/13