Fidelidade e Discrição
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Fidelidade e Discrição
Universi Terrarum Orbis Architectonis Ad Gloriam Ingentis Ordo Ab Chao Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil Primeira Região Litúrgica do Paraná – Vale de Curitiba Excelsa Loja de Perfeição General Clodomiro Nogueira Página: 1 de 2 Fidelidade e Discrição Laércio Ferreira Coelho, grau 4. Desde o início de nossa vida maçônica, passamos a aprender o caminho das pedras e que, para que possamos atingir o nosso objetivo maçônico teremos que ler e estudar, procurar entender e assimilar mais. E ao chegarmos à vertente final, termos a certeza de que de acordo com a vontade do Grande Arquiteto do Universo consigamos sucesso na parte a nós confiada na construção do templo de Salomão. Em nossa iniciação chegamos de olhos vendados, descalços, com parte da roupa despida e sem nenhum metal no bolso. Isso representa o útero da mãe, onde nada enxergamos enquanto lá estivermos e ainda não preparado para o início de nossa vida, mas lá estamos sendo guiados pelo amor maternal; descalços, pois em seu ventre ainda não caminhamos; um pouco despido, pois a roupa que nos envolve é parte dela. Ao nascermos, ou seja, ao sermos iniciados, após as caminhadas necessárias, iniciam-se as marchas para o nosso crescimento. Desde o grau de aprendiz, passando pelo de companheiro e até como mestre, aprendemos que com os ensinamentos e com nossa parte na busca dos ensinamentos, estamos lapidando a pedra bruta até que ela se torne cúbica. Podendo então ser essa produção, com suas medidas e tamanhos - cada um terá a sua colocada na parte a nós confiada em dita e abençoada obra. Cada irmão fará a sua parte e com a soma de todas elas, poder-se-á estabelecer uma bela construção. Como uma criança que nasce, cresce e se desenvolve até completar seu ciclo de vida, em nossa caminhada temos que nascer de novo, pois quando iniciados nada sabemos do que nos espera pela frente; temos de crescer, lendo, estudando, meditando com nossos irmãos, eis que, assim estaremos aprendendo o que é certo e o que é errado; a beleza e força da união e o mais importante, estaremos recebendo a solidariedade daqueles que sabem mais, transmitindo-nos a sua ciência para a melhora de nossa sabedoria. Eis o que temos: a sabedoria do que aprendemos; a força da dedicação ao aprendizado e a beleza da união de todos, onde os que ensinam também aprendem. A somatória nos dá um resultado que é o que quer o Grande Arquiteto do Universo, ou seja, o amor. Diz um ensinamento que na nossa escola de Maçonaria filosófica, devemos aprofundar-nos na lenda de Hiram Abiff, vivenciando a personalidade de Adonhiram. Com essa força teremos a oportunidade, porque não dizer, a força, para procurar a chave que nos abrirá a parte secreta do templo de Salomão. Somente lá, podemos vislumbrar a mensagem de vida dirigida ao homem por nosso Criador. Ao conceder a ordem da construção do templo ao Rei Davi, o Senhor iniciou o teste do comportamento humano, assim, verificando o quanto esta criatura (homem) já conseguiu de grandeza. Ao isso conseguir, o obreiro será um irmão humilde, discreto e fiel. A humildade está amplamente ligada à nossa vida, pois se não a tivermos, a felicidade real não acontecerá. Como bem disse o filho do Homem: "os humildes chegarão ao reino dos céus". A luta para isso tudo está eivada no comportamento maior, qual seja, o silêncio. É nele temos a oportunidade de pensar, testar o nosso conhecimento e aprendizagem, e após, programar o nosso futuro de acordo com o que aceitarmos, do que guardarmos de nossas leituras, recebimentos de ensinamentos dos irmãos e da busca do aprendizado, de acordo com nossa vontade e aceitação. O silêncio também que dizer discrição. Ao sermos discretos em nosso caminho, todos nos olharão como uma pessoa reservada para um aprendizado maior. Eis que, sem ele, não obteremos a chave da entrada secreta ao templo de Salomão, onde está o nosso maior tesouro, a vida. Universi Terrarum Orbis Architectonis Ad Gloriam Ingentis Ordo Ab Chao Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil Primeira Região Litúrgica do Paraná – Vale de Curitiba Excelsa Loja de Perfeição General Clodomiro Nogueira Página: 2 de 2 O silêncio não quer dizer calar, mas sim, aceitar aquilo que for bom para o nosso desenvolvimento e após sabermos o que pode ser dito a nosso favor e a favor dos irmãos e a de toda a Maçonaria. O silêncio é meditar; é reter o que é bom; é deixar de lado o que não nos convém. É a razão. Para que a razão seja completa, pois ela já tem a humildade e o silêncio dentro de si, existe a necessidade de compor esses dois fatores com a fidelidade. É ter dedicação à causa que optar; É ter força de vontade para aprender o que for ensinado; É ter respeito aos limites de cada um; É guardar dentro de si, o que de bom possa se aproveitar da meditação e do ensinamento recebido; É respeitar as leis da vida; É amar e respeitar as leis do Grande Arquiteto do Universo. Hiram Abiff teve três oportunidades de demonstrar a força de sua fidelidade. Em nenhum momento hesitou. A vida lhe foi tirada, mas não, a sua fidelidade. Esse é o exemplo a ser seguido para que a acácia nos seja conhecida. Para que os ramos da oliveira e os do loureiro nos façam sombra suficiente para que possamos, como mestre secreto, cumprir a nossa missão e o nosso caminhar até o Templo Maior de Deus, o Grande Arquiteto do Universo.
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