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Ano V - Agosto 2015 - Nº 5 - R$ 10,00 www.revistaoempreiteiro.com.br 2 Ficha Técnica Sumário 4 Entidades 6 Editorial 8 Aços e Vergalhões Gerdau 9Aditivos para Concreto MC-Bauchemie 10 Andaimes e Escoramento Andaimes Urbe Layher Mecan 15 Automação Industrial Install 33 Autobetoneiras e Betoneiras Convicta Siti 38 Centrais Dosadoras RCO 40Concreto Empresas City 41 Equipamentos para Bloco de Concreto Saur 48 Esferas Plásticas BubbleDeck 49 Fibras Sintéticas Etruria 50 Fixadores Âncora 51 Formas Rio Fôrmas Ulma Destaques Conteúdo editorial reproduzido de edições da revista O Empreiteiro 32 Tecnologia do Concreto Sistema dispensa argamassa na fase de assentamento 16 Túneis Ligação rodoviária Hong Kong-Macau avança com inovações técnicas 21 Complexo Olímpico Vila dos Atletas utiliza técnicas construtivas que garantem velocidade de execução 25 Edificações Prédio de oito andares ancora novo edifício de 20 pavimentos 54 Pisos e Revestimentos Zorzin OCV Zorzin Seven Zorzin SPR Zorzin 76 Pré-moldados Max Sommer 77 Protendidos SAS 78 Serviços de Impermeabilização Impermitte 82 Índice por anunciante e por produto Capa: Fotomontagem OE 42 Produção Fábrica da Supremo Cimento em Adrianópolis (PR) inicia operação 66 Desenvolvimento Urbano Novo shopping tem menos pilares e mais espaço para circulação 70 Empreendimento Industrial Nova fábrica do Boticário abastece Norte-Nordeste 44 Mobilidade VLT Carioca precisa compatibilizar obra com tráfego do centro 61 Construção Industrial Vedacit constrói fábrica de R$ 110 milhões em Itatiba (SP) 62 Construção Residencial Uma estrutura de 240 m de altura, quem diria, em Camboriú (SC) 73 Centro de Distribuição Novo galpão logístico de fármacos exige rigoroso controle de climatização 79 Pontes Recado, análises e obras marcantes de engenheiros estruturais Diretor Editorial Joseph Young Publicidade Ernesto Rossi Jr. (Gerente comercial) Diagramação Cotta Produções Gráficas [email protected] Conteúdo Editorial Revista O Empreiteiro Henrique Schwartz Neto (Coordenador) José Ferreira Marcia Caracciolo Wanderlei Melo Marcelo Sousa Circulação e Distribuição circulaçã[email protected] Rua Pais Leme, 136 – Conj. 1005 Pinheiros – CEP 05424-010 São Paulo – SP – Brasil Telefone: 11 3895-8590 [email protected] www.tecnologiadoconcreto.com.br Entidades Abcic: nascida para valorizar e disseminar a construção industrializada de concreto no Brasil Criada em outubro de 2001, a Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC) nasceu com o propósito de difundir e qualificar as estruturas de concreto pré-fabricadas destinadas a estruturas, fachadas e fundações. Apoiada desde o princípio pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que atualmente congrega 100 empresas, tem se notabilizado por um contínuo trabalho de valorização do pré-moldado, além de auxiliar na ampliação e modernização dos sistemas de construção industrializada, vencendo diversos desafios ao longo desse tempo. Uma das primeiras iniciativas da entidade, logo após ser constituída, foi a criação, em 2003, do Selo de Excelência Abcic. Programa desenvolvido para atestar a conformidade com os padrões de tecnologia, qualidade, segurança, meio ambiente e desempenho das empresas de pré-fabricados, o Selo conta com auditorias do Instituto Falcão Bauer de Qualidade (IFBQ) e é hoje um importante diferencial de competitividade para o segmento, além de ser um guia das melhores práticas empresariais. Aliado ao constante aprimoramento do Selo, a Abcic vem trabalhando com afinco na atualização das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelecem os requisitos e critérios de desempenho para as estruturas e estacas pré-moldadas de concreto. Nesse contexto, destaca-se uma série de parcerias estabelecidas com instituto de pesquisa, órgãos certificadores, entidades governamentais e centros universitários. Ganhou importância também o aprofundamento das relações com organismos internacionais ligados ao concreto, sobretudo o excelente relacionamento mantido com a Federação Internacional de Concreto (FIB). Outra ação desenvolvida pela entidade tem sido a de organizar cursos, seminários, workshops e palestras para formar, aperfeiçoar, qualificar e levar conhecimento técnico para profissionais, executivos e empresários do segmento. Além disso, a associação sempre incentiva as escolas de Engenharia e Arquitetura no trabalho de aproximação do mundo acadêmico com as empresas. Uma das iniciativas nessa direção é o Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricado, criado para prestigiar empresas e profissionais do segmento. Para conseguir realizar todas essas ações, a Abcic está estruturada em comitês, a saber: de Estacas Pré-fabricadas, Habitacional, de Segurança do Trabalho, de Pesquisas e Desenvolvimento, Tributário, além do subcomitê Habitacional de Interesse Social. Para uma melhor gestão, recentemente foi constituído o Conselho Estratégico, encarregado de formular as ações que são colocadas em prática pela presidência executiva e diretores. Todas as ações realizadas são suportadas por divulgação em livros, manuais, artigos técnicos, o Anuário Abcic, além da revista Industrializar em Concreto, publicação quadrimestral que concentra as principais informações sobre o segmento. Presidente - Iria Doniak Durante esses anos, a ABTC vem ganhando respeito, confiança e notoriedade entre o mercado consumidor, por meio do oferecimento gratuito de palestras, cursos, materiais e informações técnicas, como fruto do investimento de nossos associados para a melhoria do setor de saneamento no Brasil. Disponibiliza gratuitamente também, aos consumidores dessas peças, modelos de licitação de tubos e aduelas, software de determinação de classe de resistência de tubos de concreto, entre outros materiais técnicos de autoria da própria Associação. Presidente – Carlos Rocha Acesse: www.abtc.com.br/site/downloads.php e confira! Av. Torres de Oliveira, 76 CEP: 05347-902 - SÃO PAULO/SP Tel: (11) 3763-3637 www.abtc.com.br Skype: abtc.atendimento IBRACON Instituto Brasileiro do Concreto Associação nacional técnico-científica de defesa e valorização da engenharia civil, com objetivo de divulgar a tecnologia do concreto e seus sistemas construtivos. Fundado em 1972, como organização técnico-científica nacional, de caráter associativo e sem fins lucrativos, para proporcionar aos profissionais e intervenientes do setor construtivo nacional informações e conhecimentos sobre a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação sobre a tecnologia do concreto e de seus sistemas construtivos. Com este fim, promove cursos de especialização, edita publicações técnicas, incentiva e apoia a formação de Comitês Técnicos, certifica profissionais do setor construtivo e organiza eventos técnicos. O IBRACON organiza anualmente o Congresso Brasileiro do Concreto, maior evento técnico-científico nacional sobre a tecnologia do concreto e seus sistemas construtivos, que objetiva reunir a comunidade técnica e científica nacional e estrangeira para debater e conhecer mais sobre as pesquisas, os desenvolvimentos e as inovações relacionadas ao concreto e seus materiais constituintes, à análise e ao projeto estrutural, às metodologias construtivas, à gestão e normalização técnica e outros temas correlatos. Missão Criar, divulgar e defender o correto conhecimento sobre materiais, projeto, construção, uso e manutenção de obras de concreto, desenvolvendo seu mercado, articulando seus agentes e agindo em benefício dos consumidores e da sociedade em harmonia com o meio ambiente. Presidente - Tulio Nogueira Bittencourt Site: www.ibracon.org.br Entidade Sindical Patronal, registrada no Ministério do Trabalho, com sede no município de Jacareí/SP, em atividade desde 1993, vem atuando na coordenação, proteção e representação legal da categoria econômica das empresas de extração de areia no Estado de São Paulo. Suas empresas associadas respondem por 90% do total da produção de areia no Estado. Presidente - Antero Saraiva Junior A Associação Paulista das Empresas Produtoras de Agregados para Construção (APEPAC), entidade criada em 27.02.2014, em Assembleia Geral realizada na Rua Santo Amaro, 71 – 18º andar – Bela Vista – São Paulo, com a presença de 24 membros da sociedade, dentre eles, empresários do setor da mineração, empresários do setor de serviços, acadêmicos, representantes de entidades empresarias e acadêmicas. A APEPAC surgiu da premissa de que assuntos pertinentes a extração de areia (SINDAREIA) e de pedra britada (SINDIPEDRAS) têm muitos pontos em comum. Sua criação fundamenta-se em várias ações conjuntas para os dois segmentos, agindo de modo autônomo e independente, supervisionada e gerida por empresários dos setores de extração acima citados e que compõem a direção da entidade no seu primeiro mandato, criando o Estatuto Social e providenciando os registros legais. Presidente – Antero Saraiva Junior Editorial 6 Instrumento de decisão no uso do concreto Com o propósito de atender em um só lugar o grande espectro de materiais, serviços, processos e equipamentos que orbitam em torno do mercado de concreto, a revista O Empreiteiro lançou no ano passado o site Tecnologia do Concreto – www.tecnologiadoconcreto.com.br Em pouco tempo, o ambiente agregou um grande número de empresas, de diversos segmentos do material, como ferramentas, aço, aditivos, equipamentos, formas, sistemas, pré-fabricados e fornecedores de tecnologia. Este Guia de Tecnologia do Concreto (GTC) é uma mostra do conteúdo exposto no site Tecnologia do Concreto. Destaque para as fichas técnicas sobre atuantes deste mercado, com detalhes de aplicação e uso de elementos relacionados ao concreto, e o conteúdo editorial, apresentando selecionadas reportagens de execuções desafiadoras com uso do material. O GTC, em sua quinta edição, com tiragem extra, circula aos profissionais presentes na Concrete Show South America 2015. Uma demonstração da importância de se ter informações do setor reunidas, podendo auxiliar melhor as decisões dos usuários do concreto e suas inúmeras possibilidades, de maneira prática e rápida. 7 Aços e Vergalhões 8 Ficha Técnica Produto Vergalhão Gerdau GG 50 Empresa Gerdau Aços Longos - S/A Endereço Av. das Nações Unidas, 8501 – São Paulo – SP CEP - 05425-070 Telefone (11) 3094-6600 Site E-mail Aplicações do produto www.gerdau.com.br [email protected] Produzido rigorosamente de acordo com as especificações da norma NBR 7480, o Vergalhão Gerdau GG 50 é fornecido na categoria CA-50 com superfície nervurada, garantindo assim maior aderência da estrutura ao concreto. É comercializado em barras retas nas bitolas de 6,3 a 40mm, dobradas até 20mm e em rolos de 6,3 a 16mm. Os feixes de barras possuem comprimento de 12 m e peso de 1.000 kg ou 2.000 kg. Vergalhão GG 50 certificado com o Selo Ecológico Falcão Bauer. Aditivos para Concreto 9 Ficha Técnica Produto MC-PowerFlow 2141 Empresa MC-Bauchemie Brasil Telefone (11) 4158-9158 Site www.mc-bauchemie.com.br E-mail [email protected] Aplicações do produto Concreto de alto desempenho de manutenção expandida Embalagem Tambor de 210 kg e Granel Cor Marrom Validade 12 meses a partir da data de fabricação Estocagem Reservatório e os tambores em local coberto Dados técnicos Densidade = 1,05 g/cm3; Dosagem recomendada = 0,2 a 5,0% sobre o peso do cimento Desempenho Permite grande dispersão dos grãos de cimento e manutenção expandida para os concretos de alto desempenho Observações Produto à base de éter policarboxilato Andaimes e Escoramento 10 Ficha Técnica Produto Balancim Manivela - Andaime Suspenso Empresa Andaimes Urbe Telefone (11) 2236-7000 Aplicações do produto Reforma, pintura, aplicação de texturas e acabamentos, lavagem, instalação de tubulações, colocação de caixilhos e vidros. Capacidade e desempenho Capacidade de carga do Balancim Manivela varia de 447 kg a 308 kg (de acordo com tamanho da plataforma). Combustível / Energia Acionado por rotação manual da manivela. Também disponível modelo com motor elétrico. Segurança Cabos de segurança com trava automática. Piso metálico antiderrapante, guarda-corpo e rodapé incorporado de acordo com NR-18. Fixações por ganchos, vigas, afastadores, contrapesos e trilhos. Montagens sobre a laje ou sobre cavaletes metálicos. Dimensões / Peso Comprimentos de 1,5 m até 8,0 m. Largura de 0,8 m (outras medidas sob encomenda). Comandos e controle Acionamento manual direto no guincho. Também disponível modelo com motor elétrico. Dados para transporte A Andaimes Urbe oferece transporte para entrega e retirada de seus equipamentos. Observações Este equipamento deve ser montado por profissional capacitado e sob supervisão de profissional legalmente licenciado. 11 Ficha Técnica Andaimes e Escoramento 14 Ficha Técnica Produto Andaime Multidirecional Mecanflex Empresa MECAN Telefone (31) 3629-4000 | 0800 200 0010 Site E-mail www.mecan.com.br [email protected] Aplicações do produto Adaptável a diversas aplicações, especialmente manutenção industrial (Indústria Naval, Petroquímica, Oil & Gás e Mineração), construção pesada, edificações, acessos diversos e eventos. Vantagens exclusivas Alta produtividade na montagem. Produto todo galvanizado, garantindo maior vida útil. É um andaime multidirecional certificado, de origem e fabricação confiável. Trava automática das peças. Possibilita a movimentação da estrutura já montada. Facilidade da montagem em ângulos, num giro total de 360º. Em conformidade com as Normas Brasileiras - NBR-6494 da ABNT e NR18. É intercambiável com o andaime Tubo abraçadeira. Oferece inúmeras possibilidades de estruturas, combinando as diferentes peças em várias direções e níveis. Versatilidade O princípio do sistema MECANFLEX é uma chaveta rápida autobasculante que garante a fixação perfeita em ângulo reto entre as travessas e o poste. Vence desafios geométricos, interferências e permite estruturas esféricas. Montagens suspensas e em balanço. Acesso a quaisquer níveis, por meio de escadas verticais (externas ou por meio de escadas internas via alçapão). Segurança Redução dos índices de acidentes com quedas de materiais e ferramentas por não ter peças soltas. Sua flexibilidade associada à eficiência dos seus acessórios garante, simultaneamente, estabilidade, segurança, agilidade e acessibilidade. Não há sobras e pontas, o que dispensa o uso de acessório de proteção. Economia Baixa indenização de acessórios, pois o equipamento não tem peças soltas. Economia de mão de obra devido a sua versatilidade e praticidade. Armazenagem Menor número de peças. Redução da área de montagem. Facilidade de armazenagem e transporte. Todo paletizável. Automação Industrial 15 Ficha Técnica Produto Automação de Centrais de Concreto; Balanças de Aditivo Simples e Dupla, Sensor de Umidade Empresa Install Automação Endereço Rua Idomineu Antunes Caldeira, 79,V.Sto.Antonio do Portão, Cotia,SP, 06716-705 Telefone (11) 4614-2868 Site E-mail www.installautomacao.com.br [email protected] Aplicações do produto Automação de Centrais P e Tow-Go e Centrais Misturadoras Observações Adequações às necessidades dos clientes; Sistema autoajustável; total monitoramento de consumo de matéria-prima, tanto em automático quanto em manual; coleta de consumos de matéria-prima mesmo com o micro desligado; cálculo automático de água e areia, de acordo com umidade inserida ou sensor de umidade; total integração com ERP do cliente; na automação de Tow-Go, sistema contínuo de carregamento, otimizando em 40% o tempo; balança de aditivo com sistema de descarga por sucção, proporcionando muito mais segurança, com instalação ao nível do solo, de fácil manutenção; montagem de painéis elétricos/mesas de comando. Túneis 16 Ligação rodoviária Hong Kong-Macau avança com inovações técnicas Projeto inclui o mais longo túnel submerso do mundo, medindo 6,7 km, e um dos mais profundos - a 45 m, no delta do rio Pearl A possibilidade de ligar por rodovia Hong Kong e Macau, dois polos econômicos de vital importância para a China, é avaliada há 20 anos. Mas essa rodovia de quase 50 km precisa contornar o aeroporto de Hong Kong, com as restrições do espaço aéreo, executar um túnel submerso em solos difíceis, que vão desde o argiloso ao arenoso, enfrentar a ocorrência frequente de tufões, além das condições de mar aberto. O assoreamento excessivo do rio Pearl e o impacto sobre o hábitat de um raro golfinho branco precisaram ser estudados, e três entidades com interesses diversos foram buscar um consenso — os governos de Hong Kong, Macau e do município de Zhuhai, na província de Guangdong. Esse é o cenário de um projeto complexo, afirma o vice-gerente geral da CCCC-China Communications Construction Co., Luo Dong, que supervisiona as obras do túnel imerso, duas ilhas artificiais de 100 mil m² nas duas extremidades, que servem de interligação com pontes que somam 23 km, dois sítios de reaterro no mar e diversos acessos rodoviários. O prazo é apertado — os três governos querem inaugurar o complexo em 2016, como parte do 20º aniversário da devolução de Hong Kong à China, em 1997. Três padrões de qualidade O estudo de viabilidade, lançado em 2004, se junta a outros 30 programas de pesquisa, na sua maior parte de natureza ambiental, além dos aspectos econômicos e financeiros, diz Tian Feng, gerente-geral da CHELBI Engineering Consultants, uma associação entre Louis Berger International e China Highway Planning and Design Institute Consultants, esta controlada pela CCCC. Hong Kong adota padrões britânicos; Macau utiliza os padrões europeus; e há os padrões chineses a ser considerados. Os projetistas acabaram adotando os melhores padrões para as partes importantes do empreendimento — o concreto seguiu as normas europeias; a capacidade da rodovia acompanhou o padrão chinês de seis faixas de tráfego; e o projeto todo aplicou o conceito britânico de 120 anos de vida útil. 17 Dong relata que a maior parte do trajeto da rodovia é percorrida sobre pontes, que em alguns trechos marítimos precisam prever a passagem de milhares de embarcações todo dia. Houve longas discussões sobre a adoção de um túnel perfurado por TBM, que teria que atingir 60 m de profundidade e resultaria em maior comprimento. O túnel imerso seria algo mais econômico, mas de impacto ambiental maior, por causa da escavação da vala no leito do mar. Trabalhando com empresas globais — COWI, Tunnel Engineering Consultants, AECOM, Mott MacDonald e Ove Arup, entre outras — a CCCC e algumas subsidiárias começaram as obras em 2009. O processo de construção se assemelha ao túnel Busan-Geoje, na Coreia do Sul, em que elementos pré-fabricados do túnel são imersos ainda no dique seco, para ser rebocados até o local definitivo, onde são assentados sobre leitos de cascalho, especialmente projetados com rigorosas tolerâncias. A COWI trouxe a sua experiência do túnel da Coreia para a obra de Hong Kong-Macau. Este túnel tem uma complexidade singular porque se situa entre duas ilhas artificiais, sobre camadas de solo mole. Sua estrutura fica bem abaixo do leito do mar existente, para assegurar o calado do futuro canal por onde passam navios de 300 mil t. Com a sua largura incomum para seis faixas de tráfego, o túnel trabalha com cargas pesadas e terá uma estrutura densamente armada. Os engenheiros chineses estão adquirindo uma experiência até então inédita, trabalhando lado a lado com construtoras globais. Empregando tecnologias sofisticadas, as equipes estão lançando um a um os 33 elementos pré-moldados do túnel numa vala dragada com precisão, que pos- Túneis 18 sui um greide de 3%. Pesando 75 mil t cada, as seções medem 180 m X 38 m de largura (em média) X 10 m de altura. O 11º elemento do túnel foi, na verdade, o primeiro a ser assentado no funda da vala. Os engenheiros monitoram o efeito desconhecido das diferentes velocidades das correntes nesta profundidade e os movimentos da seção pré-moldada dentro da vala: na vala as correntes se deslocam a 1 m/s versus 0,6 m/s a 0,8 m/s no leito do mar. Antes de retomar os trabalhos, houve um tradicional banquete comemorativo na obra. Ilhas artificiais formadas por megaestacas As partes de pontes da ligação rodoviária fazem a transição para o túnel através de duas ilhas artificiais quase idênticas, medindo 625 m de comprimento por 160 m de largura. São cerca de 1.000 m² de área, aterrados com camadas de solo com espessura de 30 m. As subsidiárias da CCCC, First Harbour Engineering e Third Harbour Engineering, constroem as ilhas nos lados do ocidente e oriente. Peng Li Yan, diretor da primeira empresa, lembra que consultou a APE-American Piledriving Equipment, em 2009, sobre a viabilidade, do ponto de vista técnico, de se cravar tubulões de grande diâmetro, ao invés de estacas-prancha, para formar o perímetro da ilha — o que reduziria dois anos de prazo nestas obras. A CCCC já dispunha de experiência no estuário do rio Yangtsé em 2003, quando cravou estacas de concreto de 13,4 m de diâmetro, com a consultoria da APE. Esta empresa norte-americana acabou ganhando em 2011 o contrato para construir um supermartelo, ao custo de US$ 20 milhões — que na verdade são oito martelos vibratórios formando um conjunto, os 19 quais precisam operar em sincronia perfeita. Se apenas um martelo vibrar fora da fase dos outros, geraria tanto calor, que fundiria o aço em menos de 15 segundos. A margem de erro era de 1/300 frações de segundo. Apelidado de Octakong, o supermartelo consumia 9.600 HP para cravar estacas pesando 600 t. A APE instalou 61 “cilindros” na ilha ocidental e 59 na outra. Os cilindros gigantescos foram fabricados pela Shanghai Zhenhua Heavy Industries e embarcados para o canteiro do túnel. Medindo 40,5 m a 50,5 m de altura, 22 m de diâmetro, empregando placas de aço de até 25 mm, foram cravados a 29 m de profundidade em solo arenoso — um recorde mundial. Uma vez fechado o perímetro, o interior era aterrado e a água, esgotada. Recalques potenciais tinham que ser controlados dentro de 30 cm de tolerância. Curtas escavações de corte e aterro farão a transição entre as ilhas e o túnel submerso. Pré-fabricação de alta precisão Na ilha desabitada de Guihan, a CCCC instalou geradores e alojamentos para cerca de 1.000 trabalhadores, para construir os elementos pré-fabricados do túnel — medindo 180 m de extensão, 38 m de largura e 11,4 m de altura. Cada seção é formada por oito segmentos de concreto de 22,5 m, moldados continuamente em etapas de 33 horas. Rigorosos critérios na mistura do concreto e em aditivos e na concretagem possibilitaram limitar as fissuras abaixo de 0,2 mm. Cada m³ de concreto tem mais de 300 kg de armadura, duas vezes a média habitual. A fábrica de elementos de concreto opera desde 2011 em três turnos, 24 horas ao dia. Foi montada uma correia transportadora para levar o concreto refrigerado com gelo para um sistema hidráulico de formas. Cada par de elementos é moldado casado sobre leitos fixos, para depois ser empurrados sobre trilhos deslizantes, abrindo espaço para o par seguinte. No final, o elemento concluído do túnel é deslocado sobre trilhos para o dique seco, onde é imerso na água. A CCCC construiu uma barcaça sob medida para rebocar e baixar os elementos pré-fabricados em mar aberto, até o local a 11 km da fábrica. A viagem precisava levar em conta as ondas, ventos, o deslocamento do gigantesco elemento, intenso tráfego marítimo na região e o hábitat do golfinho branco. Ao rebocar o primeiro elemento pronto, foram mobilizados seis rebocadores e a viagem foi contra a correnteza, para se ter melhor controle, e demorou 96 horas. Já no segundo elemento foram acionados dez rebocadores e navegou-se a favor da correnteza, e o tempo total gasto foi menos da metade da primeira vez. Do comprimento total de 6,7 km do túnel, os elementos imersos somam 5.664 m, sendo o restante formado pelas seções de corte e aterro e rampas. Equipamentos montados sobre barcaças fizeram a dragagem da vala, com Túneis 20 tolerância de 0,5 m, onde se assentariam os elementos pesando 74 mil t. A COWI desenvolveu um modelo informatizado para monitorar o recalque diferencial do leito de cascalho, que pode ser de 1 m ou 2 m em espessura por causa das variações das camadas de solo, com diversos tipos de material mais mole sobre uma camada de rocha dura. 209 ha “recuperados” do mar Em 2013, empresas do grupo CCCC concluíram outro componente importante do programa, ao aterrar uma área de 209 ha para alojar novas instalações de píeres e para viajantes destinados às administrações de Zhuhai e Macau, na baía de Gongbei. No lado oposto, a China Harbor Engineering-CHEC avançava um projeto similar de 150 ha, ao custo de US$ 900 milhões, ao nordeste do aeroporto internacional de Hong Kong. O complexo inclui um dique de proteção contra o mar, de 6 km, composto de 135 estruturas celulares e de estacas-prancha, de 34 m de comprimento e 30 m de diâmetro. É a primeira vez que se fez um aterro no mar sem recorrer à dragagem de depósitos no leito marinho, minimizando o impacto ambiental. Por sobre o dique, geotêxteis cobertos por uma camada de areia funcionam como uma cortina de proteção contra a sedimentação, aponta Ian Chung, diretor-gerente da AECOM de Hong Kong. A CHEC participa ainda de uma joint venture com a Dragages, subsidiária da francesa Bouygues, e a VSL, para construir 9,4 km de viadutos, num contrato de R$ 1,7 bilhão. Servem para ligar o píer e instalações administrativas da baía de Gongbei através de um canal estreito, com o aeroporto no lado norte e uma porção de terra virgem protegida no lado sul. As restrições do aeroporto afetaram os trabalhos, limitando a altura dos equipamentos à faixa de 30 m a 53 m. Os viadutos vão utilizar quase 5.700 elementos pré-moldados; para cruzar o canal, haverá um trecho de 180 m executado com balanço sucessivo. O contrato de 54 meses é considerado o maior já realizado na modalidade projeto e construção em Hong Kong. No lado leste, a China State Construction Engineering está executando um túnel de 1 km e 1,6 km da rodovia de acesso. No lado oeste do túnel, as pontes do projeto principal vão empregar tanto vigas metálicas, como estruturas de concreto moldadas in loco, mobilizando betoneiras e guindastes sobre balsas. Os pilares de 30 m de altura são suportados por estacas metálicas cravadas a 100 m de profundidade em rocha dura, servindo como plataformas de trabalho temporárias. Os vãos variam de 90 m em águas rasas a 110 m em profundidades maiores. Vigas metálicas estaiadas vão cruzar os três canais de navegação principais, com mastros dos estais atingindo 180 m de altura. Complexo Olímpico 21 Vila dos Atletas utiliza técnicas construtivas que garantem velocidade de execução Primeiro complexo a ser ocupado pelas delegações dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, área residencial tem dia e hora para ser entregue ao Comitê Olímpico Brasileiro No dia 5 de agosto do ano que vem, serão abertos oficialmente os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E, 12 dias antes, as primeiras delegações de 205 países já poderão acomodar-se na Vila Olímpica e Paralímpica, que está sendo erguida na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Batizado de Ilha Pura, o complexo residencial de sete condomínios, com 31 edifícios de 17 andares e 3.604 apartamentos e um parque de 72 mil m², está sendo construído pelo consórcio formado pela Carvalho Hosken e Odebrecht Realizações Imobiliárias. Todos os apartamentos serão vendidos e o espaço será incorporado à cidade praticamente como um novo bairro. Depois dos jogos, os condomínios de alto padrão de acabamento, com 11 tipos de plantas diferentes e com vista privilegiada, serão entregues aos seus proprietários. “Tudo está praticamente dentro do cronograma”, garante o diretor geral do Ilha Pura, Maurício Cruz Lopes. Ele relatou a trajetória do empreendimento aos participantes do III Workshop “As Práticas de Sucesso na Gestão Profissional de Obras e Projetos”, realizado no final de maio, em São Paulo, e organizado pela revista O Empreiteiro. No dia 1º de março de 2016, o Comitê Olímpico toma posse da Vila Olímpica e, no dia 24 de julho, os primeiros atletas começam a chegar. “Esse é Complexo Olímpico 22 um daqueles projetos que o prazo tem que ser cumprido”, afirma o diretor geral do Ilha Pura. A escala gigantesca do empreendimento e o prazo de execução, de acordo com Lopes, têm exigido muito planejamento e versatilidade na execução. De todas as obras da Olimpíada do Rio, o alojamento será a primeira instalação a ser entregue aos atletas que, durante 17 dias, disputarão 306 medalhas, na primeira Olimpíada a ser realizada na América do Sul, em 120 anos de história dos Jogos Olímpicos da era moderna. Segundo Lopes, o avanço físico da obra está na média de 70%, sendo que o condomínio 2 já está praticamente concluído. Ele assegura que a conclusão e entrega das obras será em fevereiro. Largada Lopes conta que a primeira ideia era industrializar tudo e centralizar toda a obra, iniciada em 2012, quando começaram as primeiras fundações. Mas, como a exigência do prazo de entrega era crítica, o consórcio optou por dividir a obra em sete empreendimentos. “Com isso, refizemos o planejamento com um plano B que virou plano A”, explica. Cada condomínio, então, passou a ser uma edificação independente. “Para cada uma dessas obras foi formada uma equipe completa”, relata Lopes. Segundo ele, desde um gerente de obras, passando por um gerente de produção de engenharia, um gerente comercial, um administrativo-financeiro, um responsável por segurança do trabalho, entre outros colaboradores, funcionando como forças independentes. “A ideia era dar agilidade para que esses gerentes pudessem contratar o projeto, todos os 23 serviços, os materiais e executar a obra individual dentro do prazo”, frisa. Mesmo sendo independentes, Lopes afirma que as obras dos edifícios, que variam entre 400 e 680 apartamentos, representaram complexas tarefas para as suas respectivas equipes. “Sobretudo, quando se considera o prazo para a sua execução, diante ainda da escassez de mão de obra que existia no momento em que as obras começaram”, lembra. Por conta de toda a movimentação do mercado de trabalho, em 2012, tendo em vista as obras da Copa do Mundo, Lopes diz que havia muita dificuldade de contratação de pessoal. Questão ao final equacionada, no pico das obras, foram mais de sete mil funcionários no canteiro do Ilha Pura. “Desses, quase 80% de mão de obra própria”, destaca. Recorde A maior parte das 6.800 estacas utilizadas nas fundações foi do tipo hélice contínua. “Apenas um condomínio usou estacas metálicas”, lembra Lopes. No ano passado, todas as estruturas de concreto foram concluídas, e consumiram mais 400 mil m³ de concreto produzido por usina instalada no local. O volume de cimento atingiu 170 mil t. Além disso, o Ilha Pura vai consumir 356 mil unidades de interruptores e disjuntores, 260 mil m² de material de fachadas, 120 mil m² de vidros, 40 mil louças sanitárias, 360 mil m de tubulações, 7,5 mil km de fios e cabos, 159 elevadores, entre outros itens. “Esse é um volume fora do comum para um empreendimento imobiliário residencial dentro da cidade do Rio de Janeiro”, ressalta Lopes. Para dar conta dessa demanda, foram montadas no empreendimento duas centrais de concreto, que funcionaram em paralelo. Seis silos de cimento (600 t), estoque de brita e areia, reservatórios de água e uma recicladora de concreto possibilitaram a verticalização da produção. Um extenso planejamento logístico foi implementado para atender às necessidades de abastecimento da obra. “Cerca de 300 carretas abastecem diariamente de insumos o Ilha Pura”, afirma o diretor. Ele conta que foi preciso ajustar os recebimentos para horários alternativos ao de pico. “Tudo isso para evitar impacto no trânsito da região, numa cidade que já sofre bastante com as diversas obras que estão em andamento por conta da Olimpíada.” Velocidade Se a corrida é contra o tempo, e pode ser com obstáculos, o diretor do Ilha Pura diz que o consórcio foi buscar tecnologias construtivas que garantissem velocidade recorde na execução. “Usamos mesas voadoras em alguns condomínios e isso ajudou muito no ciclo de concretagem dessas lajes”, diz. Entretanto, essa tecnologia não foi utilizada em todos os edifícios. Complexo Olímpico 24 “Tivemos de compatibilizar projetos e engajar projetistas que têm experiências no uso de algumas tecnologias”, afirma Lopes. Ele ressalta que foi preciso adequar a oferta de materiais e de fornecedores e subempreiteiros para a execução dos serviços. “Fomos adaptando cada condomínio à disponibilidade que havia no mercado de projetistas, de materiais e de mão de obra qualificada.” Para a parte de alvenaria, Lopes diz que contrataram uma empresa especializada no ciclo completo para execução de paredes. “A empresa faz os projetos das paredes, a fabricação e o transporte dos blocos até os pavimentos, executa as paredes e descarta os resíduos gerados”, explica. Segundo ele, houve muita produtividade com essa técnica, que ajudou bastante no cumprimento dos prazos. No revestimento de parede sobre a alvenaria de bloco, Lopes conta que optou por revestimento de gesso. Reta final Neste ano, a obra avança nas etapas de acabamento dos apartamentos e das áreas comuns e de lazer. Iniciadas no ano passado, as obras do parque também ficam prontas até o final deste ano. Projetado pelo escritório Burle Marx, o parque que está sendo construído na Vila dos Atletas terá 4,5 km de ciclovia e 8 mil m² de espelho d’água. Logo após os jogos, os edifícios residenciais passarão por uma etapa de retrofit, avisa o diretor do Ilha Pura. Ele explica, no entanto, que esse processo será necessário, basicamente, em apenas 800 das 3.604 unidades. “Serão os apartamentos utilizados por atletas paralímpicos”, explica o executivo. Segundo ele, serão necessários ajustes, principalmente em banheiros adaptados para os atletas da Paralimpíada do Rio. Edificações 25 Prédio de oito andares ancora novo edifício de 20 pavimentos A engenharia adotada na ampliação do Hospital Sírio-Libanês, em área central de São Paulo, permitiu a construção de um dos edifícios, de 20 pavimentos, sobre a estrutura antiga do prédio de oito andares. Naquela e nas outras duas novas edificações houve uso de tecnologias de ponta O projeto da ampliação do Sírio-Libanês, concebido e elaborado pelo escritório de arquitetura L+M Gets, refere-se apropriadamente a uma espécie de “implante arquitetônico”. O termo explica o êxito da obra, executada num hospital em operação normal, que ficou durante todo o tempo, mesmo no pico dos trabalhos, que reuniu contingente de mais de 1.300 pessoas, imune a qualquer possibilidade de interrupção. São três torres: E (a maior – com 20 pavimentos), F (com 14 pavimentos) e G (com 17 pavimentos), somando área construída da ordem de 72 mil m². Na prática, o hospital, que antes da reforma possuía 350 leitos, passa a disponibilizar 710, com maiores e mais modernas instalações. Desde o começo das obras, em 2011, estava claro que a construção, a cargo de duas empresas experientes, a Método Engenharia e a Schahin Engenharia, exigiria um conjunto de tecnologias novas e uma infinidade de pequenos cuidados do ponto de vista de planejamento, gerenciamento e exigências logísticas. A rigor, elas não dispunham de área para a instalação de canteiro. Os trabalhos teriam de ser desenvolvidos no espaço da estrutura do hospital, na Bela Vista, no enclave das ruas Nicolau dos Santos e Barata Ribeiro e Daher Cutait, junto à antiga praça 14 Bis, ao lado da avenida Nove de Julho. As construtoras teriam de respeitar a história do bairro, da vizinhança (grande parte residencial) e a especificidade da rotina das atividades hospitalares. As primeiras instalações foram inauguradas em agosto de 1965. Resultaram de um generoso trabalho humanitário da então Sociedade Beneficente de Senhoras, que convocou empresários e médicos, entre eles o dr. Daher Elias Cutait, hoje nome de rua no local e que foi o primeiro diretor clínico do hospital, a fim de materializar a ideia da construção do estabelecimento hospitalar. Construído naquela época e Edificações 26 ampliado conforme o aumento da demanda e da necessidade da aquisição e uso de novos equipamentos, ele veio a exigir uma reforma mais ampla de suas instalações em anos recentes. E a construção dos novos espaços deveria considerar essa história, seu desenvolvimento e a excelência dos serviços continuamente prestados. O projeto de arquitetura, e a engenharia adotada, levaram em conta aqueles parâmetros, sobretudo os requisitos para a continuidade e a manutenção do padrão daqueles serviços. Por isso, o processo para a conquista da certificação LEED Gold tornou-se uma consequência natural. As soluções logísticas Os engenheiros Gustavo Aguiar (Método Potencial Engenharia) e Jorge Hercos (Schahin Engenharia), ambos gerentes de contrato, relacionam as principais dificuldades no curso da construção e chamam a atenção, em especial, para a questão das soluções logísticas. “Entendemos”, enfatiza Gustavo Aguiar, “que o maior problema foi mesmo fazer essa construção com o hospital em funcionamento. A região não ajudava muito. É extremamente urbanizada, havia restrição de circulação de veículos pesados e as operações ininterruptas de carga e descarga de equipamentos e materiais, além da movimentação de trabalhadores, não poderiam prejudicar pacientes nem o trabalho dos funcionários e das equipes médicas. Tudo precisava ser feito num ambiente de absoluta normalidade”. Jorge Hercos reforça: “Praticamente não havia espaço para estocagem de materiais. O canteiro era o local da própria evolução das obras. Pudemos dispor de um terreno pequeno, aqui perto, para algum apoio, mas local para um canteiro mesmo não havia. E teríamos de proceder à operação de transporte vertical dos equipamentos e materiais simultaneamente ao avanço das obras.” 27 Aguiar lembra que as construtoras chegaram a contar com sete elevadores cremalheiras funcionando ao mesmo tempo. “Tivemos que replanejar, mudar as cremalheiras de posição, utilizar adicionalmente quatro gruas e outros equipamentos, para manter o fluxo do transporte de homens e materiais.” Alguns dos elevadores cremalheiras tiveram de ser instalados segundo dimensões previamente especificadas para o transporte de painéis de fachadas e de outros elementos. Os dois engenheiros salientam que durante todo o tempo da construção — e em especial antes desse processo — o trabalho mais notável de engenharia foi o planejamento. “Não dá para executar um serviço dessa natureza, considerando-se as restrições já mencionadas, sem, antes, cuidar do planejamento em todas as suas fases e minúcias: as soluções logísticas, a entrada e saída dos trabalhadores, a instalação de refeitório (selecionamos um local no meio da torre e, depois, em outros lugares da torre em construção conforme o andamento dos trabalhos). O refeitório, que funcionou nessas circunstâncias, operava em três turnos. E havia, paralelamente, os cuidados com higiene e saúde, tomando-se precauções quanto a ruídos, difusão de pó e prevenção para neutralizar fatores dessa ordem, que pudessem causar desconforto aos pacientes internados nas torres anteriormente construídas”. Um espaço construído em cima de outro O projeto do bloco D, construído nos anos 90, já previa uma expansão futura. Tanto é que as fundações — tubulões e sapatas — tinham sido concebidas e executadas levando em conta essa possibilidade. Contudo, o projeto da expansão incluía na torre E uma quantidade de andares e cargas superiores ao que fora inicialmente previsto. Para a manutenção desse programa de obras, houve necessidade de reforço nas fundações originais, recorrendo-se a diversas soluções técnicas. Uma delas previa o aumento da seção do tubulão. Para isso, procedia-se à escavação das laterais do tubulão, a execução de novos tubulões adjacentes para aumento da seção e, posteriormente, a concretagem de novo bloco também com maiores dimensões. Em alguns casos houve também o aumento de secção de pilares e, em Edificações 28 outros, o reforço de pilares, vigas e lajes com concreto de alto desempenho e fibra de carbono. Fazer o reforço de um tubulão, cuidando-se ao mesmo tempo do bota-fora do material escavado, em uma área restrita onde não havia como movimentar equipamentos, foi um trabalho de extrema complexidade. E deu certo. Há um pormenor que ilustra o grau dessa operação: era preciso reforçar o tubulão encravado na central de geradores, sem que estes fossem desligados. Os engenheiros mandaram fazer o isolamento da área no espaço exíguo de 2 x 2 m, com um planejamento específico da parte de segurança do trabalho. Depois do reforço e da concretagem do bloco foi removido o isolamento. A colocação de uma estrutura maior sobre uma estrutura antiga e menor implicava o planejamento para que os pavimentos ali acrescentados tivessem peso específico menor. Por isso, optou-se, na construção desses novos pavimentos, pelo emprego de estruturas metálicas, como laje steel deck, que dispensa escoramento, reduz gastos com desperdício de material e facilita a execução, permitindo maior rapidez construtiva. Além disso, tanto na torre maior (E) quanto na torre F, que ancora oito pavimentos sobre uma estrutura antiga houve o uso da tecnologia drywall e steel frame nos fechamentos internos. Foi empregada alvenaria somente na caixa da escadaria e no poço dos elevadores (que somaram 29 novos equipamentos), para o qual foi executada uma fundação específica. Até mesmo a concretagem das lajes e alguns elementos foi efetuada com concreto de baixo peso específico. À exceção das torres E e F, a G foi construída pelo método convencional, a partir de escavações, contenção com parede-diafragma e fundação com estacas barretes, solução que permitiu simultaneamente a construção do subsolo e a contenção do terreno, de modo a proporcionar proteção às fundações dos prédios vizinhos. No conjunto, são quatro subsolos totalizando 17 pavimentos. As instalações e segurança As instalações hospitalares exigiram um cuidado especial. O suprimento de energia elétrica, gases medicinais, água fria, água quente e água gelada para o sistema de ar-condicionado foram ampliados e interligados aos sistemas existentes do hospital em funcionamento. Foi construída também uma usina de geração de energia com capacidade de 8.750 kVA e instalados geradores backup com 4.500 kVA de potência, além de nobreaks de 900 kVA de potência, que constituem um sistema seguro de abastecimento de energia. Para o abastecimento de água gelada do sistema de ar-condicionado foram instalados chillers com capacidade total de 3.040 TRs. O sistema de água quente é suprido por aquecimento solar, 29 trocadores de calor elétricos e caldeiras a gás, demonstrando a redundância necessária para assegurar o abastecimento ininterrupto de que um hospital de ponta necessita. No meio do caminho, uma estrutura protendida Essas ampliações implicariam um sistema inteligente de circulação entre as edificações, para que pacientes, visitantes e outros usuários não se sintam deslocados ao passar de um ambiente para outro. Em meio ao sistema de circulação há uma estrutura que requereu cuidado singular na construção. Trata-se de uma laje com vão-livre de 24 m. As construtoras executaram essa laje de ligação com vigas de concreto protendido, porque exatamente naquele local não seria possível fazer uma nova fundação. Ela se localiza em um subsolo, em área em operação permanente. A solução foi construir uma estrutura livre, protendida, e engastá-la nas estruturas fixas laterais (blocos F e G). Para escorar o primeiro pavimento foi feita uma estrutura metálica provisória para apoio das escoras, sem comprometer as atividades do pavimento inferior. Tecnologia de ponta Gustavo Aguiar e Jorge Hercos são unânimes: da fundação à conclusão das novas instalações, nunca se deixou de empregar tecnologia de ponta. Uma solução que reforça essa afirmativa é a execução do contrapiso. A premissa do projeto, nesse sentido, é de que ele fosse considerado um contrapiso acústico. Além da laje, a concretagem seria realizada sobre uma manta acústica. Como se dispunha de áreas muito amplas, os responsáveis pela construção decidiram fazer alguns testes iniciais e observaram que poderia haver o risco de empenamento. É que o concreto, consistindo de uma placa muito fina, da ordem de 5 cm a 7 cm, resultaria num pano muito grande que se retrairia na face superior. Para evitar isso, foi desenvolvida uma solução própria — um traço especial de concreto com um aditivo, mantendo-se um controle tecnológico específico e uma forma de aplicação também específica. Com essa solução foi executada a laje, dotada de contrapisos armados em toda a área do pavimento de modo a proporcionar a isolação acústica prevista e a produtividade necessária. Além disso, forro, paredes, portas e outros elementos são dotados de solução acústica própria. A fachada também possui uma solução de alto desempenho. Adota alumínio composto e vidro especial. Certificação LEED O empreendimento busca a certificação LEED Gold. E tem argumentos decisivos para a obtenção dessa conquista. O projeto, nesse sentido, foi Edificações 30 submetido ao Green Building Council, que validou pontos que ele especificou: utilização de águas de reúso, aquecimento das instalações com placas solares, telhados verdes e outras soluções que distinguem as edificações do ponto de vista da consciência da sustentabilidade ambiental. É dentro dessa conceituação que as três torres foram construídas, seguindo um cronograma segundo o qual elas vêm sendo liberadas e entregues para funcionamento, seguindo diversas etapas. Os dois engenheiros dizem que, hoje, os acabamentos se encontram na fase final e dentro de uma estratégia em que o planejamento dos trabalhos constitui uma grande lição, dentro da arquitetura e da engenharia voltada para a humanização das edificações hospitalares. Medidas para modernizar instalações A obra de ampliação do Hospital Sírio-Libanês moderniza também as instalações elétricas, hidráulicas e de ar-condicionado. O hospital conta com uma usina de geração formada por três geradores a diesel de 3,4 MVA cada um e outro de 2,5 MVA. O sistema provê energia elétrica no caso de falha da concessionária e permite o uso da opção de geração com diesel no horário de pico (17h30 às 20h30). Para economizar água, o esgoto proveniente dos lavatórios, chuveiros, pias e também a água de chuva coletada na cobertura são tratados e reutilizados nos sistemas de ar-condicionado, de irrigação e de bacias. Os barramentos blindados, que possuem maior capacidade de condução de corrente em relação à distribuição com cabos, e que contribuem com a diminuição da perda por queda de tensão, também podem ser usados. Esta solução, um pré-requisito para o LEED, permitiu uma redução significativa tanto do custo como do espaço ocupado pelos alimentadores. O ar externo quente e úmido é resfriado e desumidificado, possibilitando a otimização da qualidade do clima interno. “Para o aquecimento da água, optou-se pelo uso de bombas de calor, que oferecem melhor eficiência do que um sistema elétrico ou a gás”, conta Raymond Khoe, engenheiro da MHA Engenharia, que realizou os projetos de elétrica, hidráulica, incêndios, gases medicinais, sistemas eletrônicos, controle de fumaça, pressurização de escadas, climatização e ventilação das novas torres. O sistema de monitoramento realiza o controle e ajustes das demandas de energia. De acordo com as variações de carga térmica e intensidade de luz natural, o sistema de automação otimiza o uso dos equipamentos de ar-condicionado e a iluminação artificial em qualquer horário do dia ou da noite. Para tornar a instituição mais funcional e reunir os sistemas de segurança do complexo e das novas torres em uma única nova sala, foi realizado 31 o retrofit dos equipamentos da central de água gelada (CAG). Os sistemas de distribuição principal de baixa tensão em barramentos blindados viabilizam a conexão de novas linhas de alimentação, Sistema de Segurança (Controle de Acesso e CFTV PoE) e Chamada de Enfermeira com tecnologia IP. Trafegam na rede corporativa, o que facilita a expansibilidade dos sistemas da instituição. Outra novidade, prevista para as novas torres, é o controle de fumaça. Ele extrai mecanicamente a fumaça e faz a reposição mecânica de ar limpo. Em caso de incêndio, as pessoas podem ser retiradas com segurança. Durante o processo de obras do hospital, houve preocupação com a escolha dos materiais a ser utilizados, optando-se por aqueles que apresentassem alta durabilidade, resistência à corrosão, facilidade para substituição e gabinetes com espaços adequados para permitir manutenção. Por uma questão de complexidade no controle do tratamento de água, foi descartado o reúso de água das bacias sanitárias e da água pluvial coletada no pavimento térreo. Ficha Técnica - Ampliação Hospital Sírio-Libanês - Obra: Ampliação do Hospital Sírio-Libanês, em SP - Construção: Método Potencial Engenharia S. A. e Schahin Engenharia S. A. - Projeto de arquitetura, iluminação, caixilharia e fachada: Escritório L+M Gets - Projeto da estrutura de concreto e metálica: ETCPL - Projetos de instalações elétrica, hidráulica, automação e telecomunicação: MHA - Fundações: Consultrix - Reforços estruturais: Escale - Projeto de acústica: Passeri Arquitetos Associados - Lajes steel deck: Metform - Consultoria Leed: CTE - Outros fornecedores: Estruturas metálicas (Codeme e Usiminas) Acústica (Sotreq, Harmonia, Isonar) Fachada (Tecnofeal e Alubond) Esquadrias (Alumitre, Dipanny, Metálika) Impermeabilização (Proiso e Proassp, Unimper) Forro tensionado (Clipso e Diarco) Contenção (Geofix) Mármores e granitos (Di Mármore) Elevadores e escadas rolantes (Atlas Schindler) Iluminação (Trilux) Ar-condicionado (Servtec) Instalações elétricas e hidráulicas (Temon) Sistemas eletrônicos (Bettoni, MML, JCI, Eritel, Teleinfo, Schneider) Gases Medicinais (Air Liquid) Correio Pneumático (Aerocon) Consultor de concreto de alto desempenho (Prof. Paulo Helene) Consultor de fachadas (Paulo Duarte) Tecnologia do Concreto 32 Sistema dispensa argamassa na fase de assentamento Fundada há cerca de dez anos, a empresa Sistema Inteligente de Construção Avançada (Sica) vem colocando no mercado a tecnologia dos blocos estruturais de concreto. O engenheiro Luís Cláudio, diretor, informa que os produtos com os quais vem trabalhando têm merecido atenção e aprovação de usuários. “A nossa tecnologia”, diz ele, “está muito à frente do que hoje dispomos no mercado. Tenho desenvolvido projetos para as minhas obras e venho tentando estabelecer parcerias para ampliar o nosso espaço no mercado”. Ele diz que não vende blocos, mas um sistema construtivo, com blocos assentados a seco, salientando que o sistema não requer argamassa. “E a respeito disso tenho demonstrado as vantagens e o valor em m².” O sistema pode ser utilizado em qualquer tipo de obra, inclusive mista. “Estamos presentes numa obra da prefeitura de Itaquaquecetuba (SP), o Instituto do Idoso. E já dispomos, em nosso portfólio, de obras como sobrados geminados e galpões comerciais de até 5,40 m de pé-direito, além de casas térreas e assobradadas”. Ele diz que, com a Sica, pode economizar de 30% a 40% em relação a outros sistemas construtivos tradicionais e enfatiza que a empresa tem atuado mais no mercado de São Paulo, embora venha procurando despertar interesses, para a tecnologia, em outras regiões brasileiras. A expectativa, segundo ele, é tentar algumas franquias a fim de facilitar o acesso da Sica a outros polos de atividades. “Infelizmente”, lamenta, “o frete é muito caro e nos onera demais. De qualquer modo, os resultados são compensadores, tanto pela redução nos custos finais quanto na redução de cronogramas”. Autobetoneiras & Betoneiras 33 Ficha Técnica 34 35 36 Ficha Técnica 37 Ficha Técnica Centrais Dosadoras 38 Ficha Técnica Produto Central Dosadora de Concreto Móvel – NOMAD D-20 Empresa RCO Telefone (19) 3673-9393 Site www.rco.ind.br Aplicações do produto Por conta de sua fácil mobilidade, a maior aplicação é em canteiros de obras de construtoras e concreteiras. A NOMAD D-20 pode ser uma substituta às centrais dosadoras fixas tradicionais. Capacidade e desempenho 20 m³/h Motor / Potência Central Dosadora: 27 KVA/ 36A* Silo: 20 KVA/25 A* *variável conforme versão e opcionais Combustível / Energia 380 VAC / 60 Hz 3~. Como opcional, 440 V ou 220 V Recursos adicionais Balança de aditivos; Paredes para rampa da balança de agregados; Cobertura para o transportador; Sistema para abatimento de pó; Caixa para contenção de aditivos; Cabine de operação; Passadiço para manutenção. Observações Por conta de sua fácil mobilidade, a maior aplicação é em canteiros de obras de construtoras e concreteiras. A NOMAD D-20 pode ser uma substituta às centrais dosadoras fixas tradicionais. Dimensões / Peso Variável Comandos e controle Operada de forma manual através de painel de comando ou automatizada via software instalado em computador. Dados para transporte 1 carreta (variando de acordo com a versão e suas dimensões) Observações Com montagem simples e rápida, é mais uma solução inovadora da RCO para o mercado; Fornecida totalmente pré-montada de fábrica incluindo todas as interligações elétricas, pneumáticas e hidráulicas; Não necessita de fundações bastando terreno nivelado e compactado para se colocar em operação; Não possui rodas, portanto possui a melhor relação custo/benefício ao permitir o transporte em carretas convencionais; Para máxima mobilidade e armazenagem de material, a Central NOMAD D-20 pode ser utilizada em conjunto com os Silos Horizontais Móveis RCO que também não necessitam de fundações; 7 horas: tempo para montagem do equipamento e início da operação. Índice competitivo para quem exige agilidade. 39 anúncio rco Concreto 40 Ficha Técnica Produto CONCRECITY Pronto! Empresa CONCRECITY Endereço Rua Cenno Sbrighi, 170 - Edificio 1 - Água Branca - São Paulo Telefone (11) 3619-9100 Site E-mail www.empresascity.com.br [email protected] Aplicações do produto Concreto para Lajes - Concreto para pisos e calçadas - Concreto Convencional Concreto Bombeado Observações Qualidade e agilidade na entrega unidos ao melhor custo-benefício da região. Esses são os pilares que o Concrecity Pronto oferece ao mercado. Equipamentos para Bloco de Concreto 41 Ficha Técnica Produto Pavimentadora de Intertravados (Modelos VM301; VM301-K; VM401) Empresa SAUR Equipamentos S.A Endereço Av. Presidente Kennedy, 4025 - Bairro Arco Iris - Panambi/RS, 98280-000 Rodovia Visconde de Porto Seguro, 2660 A-B - Sitio Recreio dos Cafezais, Valinhos - SP, 13278-327 Telefone (55) 3376 9300 / (19) 3518 7200 Site www.saur.com.br E-mail [email protected] Aplicações do produto Máquina para Assentamento de Intertravados Capacidade e Desempenho Modelo VM401 Suporta até 600 kg e Modelo VM301 400 kg Motor / Potência Modelo VM401 = Kubota 4 cilindros 26,5kW / 36HP Modelo VM301 = Kubotoa 3 cilindros 18,7kW / 25HP Combustivel / Energia Diesel Aplicações do produto Máquina para Assentamento de Intertravados Recursos adicionais Cabine Fechada, rário, aquecedor, ar condicionado, luz de movimento, retrovisores externos Dimensões / Peso Modelo VM401 = 1800 kg, 1.980 mm (A) x 1.300 mm (L) x 3.800 mm (C) Modelo VM301 = 1335 kg, 1.980 mm (A) x 1.220mm(L) x 3.700mm (C) Comandos e Controle Pedal e Joystick Dados para Transporte Munck / Plataforma Observações Com quase 90 anos de atuação, a SAUR é especialista no desenvolvimento de equipamentos para a movimentação de cargas nos mais variados segmentos. Para atender a construção civil, conta com a tecnologia da alemã Probst, líder mundial em pavimentação mecanizada. Essa parceria resulta no fornecimento de soluções eficientes e ergonômicas, para assentar pavimentos e movimentar materiais. Produção 42 Concreto produzido no canteiro Uma das medidas adotadas para reduzir a circulação de caminhões em um canteiro de obras é a instalação de uma usina de concreto no site. A prática foi adotada no projeto Parque da Cidade, em São Paulo (SP). A usina serve diretamente a central de pré-moldados de concreto local, com a produção de pilares e pré-vigas, utilizando os caminhões-betoneira apenas para transporte interno, até a área de execução. As lajes alveolares, usadas na execução de andares de uma edificação, já chegaram prontas ao local. A capacidade de produção da usina lá instalada é de 500 m³ por dia. Neste empreendimento, a medida permitiu mitigar e reduzir os impactos com relação ao uso do concreto. A estrutura para a análise do concreto produzido no local inclui laboratório de ensaios e testes de qualidade, por exemplo, de resistência, com engenheiro especialista encarregado da tarefa. Fábrica da Supremo Cimento em Adrianópolis (PR) inicia operação A Supremo Cimento, com sede em Pomerode (SC), inaugurou fábrica no município de Adrianópolis, no norte do Estado do Paraná, divisa com o Estado de São Paulo. Com investimento de R$ 700 milhões, a segunda unidade de produção da companhia no Brasil deverá atingir 100% de capacidade produtiva em 2017, quando se prevê chegar ao volume de 1,7 milhão de t/ano. Fundada em Pomerode, em 2003, a Supremo Cimento conta atualmente com 500 colaboradores e capacidade de produção de 400 mil t/ano. No ano passado, faturou cerca de R$ 200 milhões. Com a entrada em operação da unidade de Adrianópolis, a empresa aumentará sua capacidade para 2,1 milhões de t/ano. Segundo a empresa, além de desafogar sua fábrica de Pomerode, quase no limite de sua capacidade produtiva, a planta do Paraná vai permitir maior proximidade com os clientes paranaenses e com os do Estado de São Paulo. É na cidade de Adrianópolis também que está localizada a jazida de calcário da companhia cimenteira catarinense. A nova fábrica ocupa 25 ha de um terreno com área total de 94 ha no parque industrial de Adrianópolis. A obra demorou três anos para ser concluída e empregou 1.500 funcionários. A construção da planta 43 consumiu 60 mil m³ de concreto, 6,6 mil t de aço de construção e 10 mil t de aço em equipamentos e estruturas metálicas. De acordo com o gerente de projetos da Supremo Cimento, Flávio Gouvêa Avelar, um dos principais desafios da obra foi chegar a um layout compacto e racionalmente energético, além de empregar os equipamentos com a melhor tecnologia e eficiência. “A fábrica é hoje a mais moderna em termos de eficiência energética e com o maior cuidado com o meio ambiente no Brasil”, afirma. Avelar ressalta ainda as técnicas construtivas empregadas na obra da nova fábrica da Supremo Cimento. “Desenvolvemos projeto de fundações diretas, utilizamos concreto com alta resistência e fluidez e formas deslizantes e trepantes”, lembra. Segundo ele, todo o concreto utilizado foi fornecido pela fábrica da Supremo Cimento, em Pomerode, a cerca de 300 km de Adrianópolis. A construção civil ficou a cargo da CMP Construções, as montagens industriais foram desenvolvidas pela Tecnomont Montagens Mecânicas, SMA Montagens Elétricas, entre outras. O gerente de projetos da Supremo Cimento também cita a participação de empresas internacionais, como a FLSmidth (Dinamarca e Estados Unidos), Secil (Portugal), MAG e Pfister (Alemanha), e empresas internacionais com presença no Brasil, como as ABB, WEG, Eletele e a Rockwell, para o sucesso do empreendimento. Em 2011, 50% do capital da Supremo Cimento foi adquirido pelo grupo português Secil. Segundo maior produtor de cimento de Portugal, o grupo Secil também tem atuação em Angola, na África, e no Líbano, no Oriente Médio. Ficha Técnica Fábrica Supremo Cimento - Investimento: R$ 700 milhões - Localização: Adrianópolis (PR) - Área do terreno: 94 ha - Início da obra: 2012 - Conclusão da obra: 2015 - Construção civil: CMP Construções - Fornecimento de concreto: Supremo Cimento - Montagem mecânica: Tecnomont Montagens Mecânicas - Montagem elétrica: SMA Montagens Elétricas - Equipamentos principais da fábrica: FLSmidth (Dinamarca e EUA) - Projetos e consultoria: Secil (Portugal) - Redutores de velocidade: MAG (Alemanha) - Balanças dosadoras: Pfister (Alemanha) - Paineis elétricos e inversores de frequência: ABB - Subestação kV, motores e painéis de controle: WEG - Reostatos de partida: Eletele - Controles, painéis e software: Rockwell Mobilidade 44 VLT Carioca precisa compatibilizar obra com tráfego do centro Operação está prevista para começar no início de 2016, a tempo de atender aos Jogos Olímpicos Além das obras na zona portuária e da demolição do elevado da Perimetral, mais uma intervenção se destaca no centro do Rio de Janeiro. Trata-se da construção da primeira linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, que deverá ficar pronta até o final do ano e entrar em operação no início de 2016. Há 650 trabalhadores envolvidos nos trabalhos. As execuções se concentram atualmente na zona portuária e na Avenida Rio Branco, principal via que cruza a região central da cidade. Dessa avenida duas e, dependendo do trecho, três das cinco faixas estão interditadas desde novembro e uma grande operação de mudança de trânsito de linhas de ônibus foi feita. O engenheiro civil Luiz Eduardo Oliveira da Silva, diretor de operações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), explica que as obras civis estão sendo realizadas à noite para facilitar o tráfego de betoneiras e os serviços de concretagem da calha do VLT. De dia se procedem trabalhos de escavações, remanejamento de interferências e serviços de arqueologia (já que a obra se realiza em solo onde o Rio prosperou há 200 anos). “Não tem como fechar a avenida. O planejamento tem sido vital para condução das obras. É preciso manter a cidade funcionando”, diz. O problema não é só o trânsito, é também manter o comércio e os serviços das áreas atingidas operando. Luiz Eduardo dá um exemplo. O Banco Central tem movimentação gran- 45 de de carro-forte e por uma questão de segurança exige intervenção de rua na passagem dos veículos em uma quadra da Avenida Rio Branco (a instituição tem sede na via). “Não se pode atrapalhar esse acesso durante o dia”, ressalta. Carlos Baldi, presidente da concessionária do VLT Carioca, também ressalta o desafio de trabalhar no centro da cidade: “É uma região altamente urbanizada e com um grande número de interferências, sem esquecer dos vestígios arqueológicos que, a todo momento e sem nenhuma previsibilidade, são identificados e precisam, obrigatoriamente, de tratamento apropriado”. Embora o VLT visa a atender toda a região central do Rio e não apenas a zona portuária (dentro do âmbito do projeto Porto Maravilha), a Cdurp foi designada pela prefeitura para gerir e articular ações com agentes públicos e privados no desenvolvimento do modal de transporte. “O VLT é um projeto simbólico no Porto Maravilha, embora ele transcenda a área, por conta da sua integração”, explica Luiz Eduardo. Há muitas interferências pelo caminho do VLT Carioca, incluindo tubulações de água, esgoto e gás, cabos de dados e telefone, além de caixas de drenagem. E é a Cdurp que contata as concessionárias e proprietários das utilidades para promover o remanejamento. Custos e consórcio A implantação do VLT Carioca tem custo orçado em R$ 1,2 bilhão, sendo parte proveniente de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e pouco mais de R$ 600 milhões viabilizados por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) feita com o consórcio vencedor da licitação, responsável por construir, operar e realizar manutenção do sistema durante 25 anos. O consórcio é formado pela CCR (24,4375%), Invepar (24,4375%), Odebrecht Transportes (24,4375%), Riopar Participações, sócia do Grupo CCR na CCR Barcas (24,4375%), Benito Roggio Transporte (2%) e RATP do Brasil Operações (0,25%). Obras na calha Atualmente, os trabalhos do VLT Carioca se concentram na construção da calha para posterior colocação dos trilhos. No trecho da zona portuária, onde se desenvolve o projeto Porto Maravilha, a reestruturação urbana já promovida deixou parte do caminho do VLT pronto. Assim, Mobilidade 46 é na Praça Mauá, Avenida Rio Branco e Cinelândia onde se realizam as intervenções que mais exigem mobilização do consórcio responsável pela obra - segundo a empresa, existem quatro frentes de trabalho na região portuária e duas na Avenida Rio Branco. Depois da remoção do asfalto da via com fresadora para abertura da calha nos dois sentidos, processa-se a escavação, remanejamento de interferências, serviços de arqueologia, preparação da base e, em seguida, concretagem in loco. O engenheiro explica que o solo na região combina rocha e areia, com várias áreas de aterro. Em paralelo, multidutos pré-fabricados estão sendo instalados na calha. Neles, passarão os sistemas elétricos e de dados do modal. Depois do assentamento dos trilhos e, posteriormente, da montagem dos sistemas - a integração será feita pela Alstom, que fornecerá também os trens. A calha (depois de pronta) ficará ao nível da via existente”, ressalta. O Centro Integrado de Operação e Manutenção (CIOM) do VLT está sendo erguido na Gamboa, sub-bairro da zona portuária - atualmente, processam-se serviços de terraplenagem. No local também ficará a administração do sistema. Pontos de parada e estações de interligação com outros modais estão no contrato da obra e ainda deverão ser construídos - a previsão do consórcio é erguê-los no segundo semestre. De acordo com a Cdurp, não está prevista desapropriação para passagem do VLT. 6 linhas e 38 paradas Quando totalmente concluído, o VLT Carioca terá seis linhas, 38 paradas e quatro estações, representando 28 km de extensão. O sistema poderá transportar até 285 mil passageiros/dia. O projeto privilegia 47 a ligação intermodal, conectando o sistema com a Rodoviária Novo Rio, Central do Brasil (trens e metrô), Barcas e o Aeroporto Santos Dumont, além dos BRTs, linhas de ônibus convencionais e o Teleférico do Morro da Providência. Cada carro do VLT Carioca - com 3,82 m de altura, 44 m de comprimento e 2,65 m de largura e sete módulos articulados - trafegará com velocidade média de 17 km/h e terá capacidade para até 420 passageiros. O sistema não prevê uso das catenárias ou cabos aéreos para operação. O fornecimento de energia se dará com alimentação pelo solo (sistema APS). “Será o primeiro VLT implantado no Brasil sem catenárias e esse pioneirismo também é um desafio e uma responsabilidade para o consórcio”, destaca Carlos Baldi, presidente da concessionária do VLT Carioca. Consórcio Rio Barra constrói dois mergulhões O Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB), responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, executa duas passagens subterrâneas (mergulhões) de retorno de veículos sob a avenida Armando Lombardi, no bairro da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Cada mergulhão terá uma faixa de rolamento, com 416 m de comprimento e 9 m de largura. A obra exigirá a movimentação de 12.500 m³ de terra para a escavação das passagens. A construção consumirá 4.100 m³ de concreto, 600 m³ de asfalto e cerca de 1,2 mil t de aço. Atualmente, ocorre a instalação do sistema de contenção do terreno para escavação dos mergulhões, que consiste na cravação de estruturas metálicas a aproximadamente 15 m de profundidade. A construção mobiliza 110 trabalhadores. De acordo com o CCRB, as duas passagens estão sendo construídas de forma coordenada com os túneis da Estação Jardim Oceânico da Linha 4 do Metrô e estarão disponíveis para a população em meados do ano que vem. Os mergulhões são uma solução nova para o viário do entorno da estação. A obra atende a uma antiga demanda da população local para melhorar a fluidez do trânsito de automóveis naquela região da cidade. O projeto é uma parceria entre o governo do Rio, o CCRB e a CET-Rio. Esferas Plásticas 48 Ficha Técnica Empresa BubbleDeck Brasil Ltda. Endereço SRTVS, Quadra 701, Bloco O, n° 110 - Salas 221 e 222 - Brasília/DF Site www.bubbledeck.com.br E-mail [email protected] Produto Tecnologia da Construção Civil (Painéis Pré-moldados ou Módulos Pré-Armados) Aplicações do produto Sistema Construtivo Aplicado em Lajes de Edificações em Geral. Capacidade e desempenho Industrialização de Obras, Redução de Material e Ganho de Eficiência. Recursos adicionais Ganhos de Velocidade e Sustentabilidade em Obras. Dimensões / Peso Dimensionado de acordo com a obra, limitando-se ao transporte rodoviário quando não possível fabricar no próprio canteiro de obra. Dados para transporte Carretas Comuns. Observações BUBBLEDECK é um sistema construtivo de origem dinamarquesa composto pela incorporação de esferas plásticas nas lajes de concreto. As esferas ocupam uma zona de concreto sem prejudicar o desempenho estrutural. Apresenta os mesmos princípios estruturais de uma laje maciça convencional, trabalhando nas duas direções, mas com até 35% de redução do seu peso próprio. Fibras Sintéticas 49 Ficha Técnica Produto Sticklock - Macrofibra sintética estrutural para piso de concreto Empresa Etruria Indústria de Fibras e Fios Sintéticos Ltda Endereço Rodovia Raposo Tavares, Km 66 S/Nº Granada, Mairinque - SP Telefone (011) 4718-8700 Site www.etruria.com.br E-mail [email protected] Aplicações do produto Sticklock substitui a tela metálica; na grande maioria dos projetos de piso com economia e praticidade. Embalagem 15 Kg - Contendo 5 sacos de 3Kg Cor Cinza Validade Indeterminada Dados técnicos Largura 1,20mm; Espessura 0,21mm; Composição 100% polipropileno Desempenho É uma macrofibra sintética estrutural de 100% polipropileno aditivado que permite criar um sistema de reforço no concreto. Observações As dosagens devem ser especificadas pelo projetista/calculista, podendo varias entre 3 e 5 kg/m³. Fixadores 50 Ficha Técnica Produto QEP1500 Empresa Âncora Sistemas de Fixação Endereço Av. Saudade, 690 - Jd. Alves Nogueira - Vinhedo / SP Telefone / Fax +55 (19) 2136 4455 / 0800 724 4466 Site www.ancora.com.br E-mail [email protected] / [email protected] Aplicações do produto Arranques, Reforço estrutural, Fixação e instalação de Estruturas Embalagem 1500 ml Cor Epóxi branco e catalisador cinza Validade 24 meses Estocagem Local seco - Não expor ao sol e a temperaturas acima de 40° Dados técnicos Puro Epóxi sem estireno Desempenho Estrutural - Para altas cargas Observações Não gera tensões no material base. Fixações mais próximas da borda e entre ancoragens. Pode ser utilizado em concretos de baixa resistência compressiva ou de qualidade desconhecida. Aprovação técnica nacional e internacional e testes realizados no laboratório Âncora, único especializado em fixação para construção civil do Brasil, localizado em Vinhedo / SP Formas 51 Ficha Técnica Produto Formas p/ Barreiras New-Jersey Empresa Rio Fôrmas Telefone (11) 4446-5210 / 4446-5211 E-mail [email protected] Aplicações do produto Barreiras New-Jersey Padrão DNIT, DER, Simples e Duplas, Baixa e Alta, Assimétricas e qualquer outro projeto atípico. Características Fôrmas Metálicas em Aço SAC 41, de 3mm, com comprimentos de 1,00m e 2,00m, equipadas com Vigas metálicas 3” para alinhamento, tirantes, porcas 5/8”, cunhas e galgas de travamento, bem como escoras aprumadoras. Vantagens Facilidade de montagem e alta produtividade, devido aos tamanhos das peças, à minimização de acessórios e ao fato de que a forma não é composta de semiformas e sim uma folha de aço de alto a baixo. Observações A Rio Fôrmas fabrica, aluga e vende formas para os mais variados tipos de estruturas. Formas 52 Ficha Técnica Produto Estruturas MK Empresa ULMA Telefone (11) 3883-1300 Email [email protected] Características Sistema desenvolvido para execução de estruturas com grande capacidade de carga, em obras de construção pesada. Formado por vigas de aços especiais de alta resistência (até 36 toneladas por poste), que unidas entre si podem configurar diversas modulações de estruturas de suporte, tais como treliças, carros de ala e carros para túneis, entre outras soluções para execução de pontes, viadutos, túneis, usinas, lajes, vigas, entre outras necessidades de estruturas em obra. Aplicações do produto Treliças, Carros para Túneis, Carros para Pontes, Formas, Escoramentos, Consoles Trepantes e Estruturas Especiais em obra. Capacidade e desempenho 36 kN - por poste Vantagens Versatilidade por resolver diversas estruturas em obra Facilidade de montagem Alta capacidade de carga Observações Por ser um sistema modular de grande versatilidade, sua aplicação pode ser estudada para qualquer necessidade de estruturas em obras. Pisos e Revestimentos 54 Ficha Técnica Produto Rennerdur Empresa Renner Coatings Telefone 0800 727 0490 Site www.rennercoatings.com Aplicações do produto Pisos e demarcação Capacidade e desempenho Aplicação e liberação para tráfego pesado em 1 dia. Recursos adicionais Revestimento livre de solventes, com cura a temperatura ambiente. Pode ser usado tanto em pisos de concreto e asfalto quanto em pisos de madeira e metal, oferecendo, quando desejado, superfície antiderrapante. Dimensões/peso Os produtos são vendidos separadamente (A e B), e as embalagens e pesos variam de acordo com o sistema especificado. Pisos e Revestimentos 56 Ficha Técnica Principais produtos Macrofibra de vidro estrutural, Microfibra de vidro, Selante de Poliuretano, Agregado mineral, Aditivo de alto desempenho, Cura Química. Endurecedor de Concreto, Tela de aço soldada, Espaçador de aço treliça, Espaço plástico, Barra de transferência, Lona preta, Manta para juntas de encontro Empresa SEVEN – Produtos de alta performance Telefone (54) 3341 1025 Macrofibra Anti-Crak® HP 67/36 Anti-Crak® HP 67/36 é uma macrofibra de vidro álcali resistente de alta performance, desenvolvida para reforço contra a fissuração por retração plástica, térmica e de secagem. Anti-Crak® HP 67/36 aumenta a resistên cia a flexão e ductilidade, adicionando dureza, resistência à fadiga e impacto ao concreto. Anti-Crak® HP 67/36 pode ser utilizado como reforço primário e também como reforço secundário em aplicações específicas. Microfibra Anti-Crak® HD As fibras Anti-Crak® HD são utilizadas em baixos níveis de adição para prevenir a fissuração e melhorar o desempenho do concreto e argamassa, por retração plástica, térmica ou de secagem. Elas incorporam facilmente às misturas, criando um reforço homogêneo e tridimensional à matriz. Recursos adicionais Revestimento livre de solventes, com cura a temperatura ambiente. Pode ser usado tanto em pisos de concreto e asfalto quanto em pisos de madeira e metal, oferecendo, quando desejado, superfície antiderrapante. Atuação Empresa especializada em produtos, insumos e materiais para pisos industriais atuando em todo território nacional. Pisos e Revestimentos 57 Ficha Técnica Pisos e Revestimentos 58 Ficha Técnica Principais produtos Macrofibra de vidro estrutural, Microfibra de vidro, Selante de Poliuretano, Agregado mineral, Aditivo de alto desempenho, Cura Química. Endurecedor de Concreto, Tela de aço soldada, Espaçador de aço treliça, Espaço plástico, Barra de transferência, Lona preta, Manta para juntas de encontro Empresa SPR – Engenharia e Consultoria Telefone (54) 3341 1025 Site E-mail www.sprengenhariaeconsultoria.com.br [email protected] Descrição Desde 2010 desenvolve soluções diferenciadas, implementando tecnologias avançadas e buscando as melhores práticas profissionais de dimensionamento, processos executivos funcionais que otimizam o resultado final. Especializada em projetos para sistemas VNA, trilaterais e pisos superflat. Principais serviços Projetos específicos para pisos industriais Projetos específicos para revestimentos de alto desempenho Projetos para recuperação de pisos e revestimentos Consultoria Técnica Atuação: Todo território nacional 59 Ficha Técnica Pisos e Revestimentos 60 Ficha Técnica Empresa ZORZIN PISOS E REVESTIMENTOS INDUSTRIAIS Telefone (54) 3341 1025 Site E-mail www.zorzin.com.br [email protected] Descrição Somos uma empresa com mais de 15 anos de experiência no segmento de pisos industriais e revestimentos de alto desempenho. Reconhecidos por priorizarmos a excelência na qualidade, desenvolvimento de soluções técnicas com alta tecnologia e projetos personalizados. Principais Serviços • Piso Superfloor • Revestimento Uretânico • Revestimento Epóxi • Pisos de Concreto • Pisos de Alta Performance à base de resinas metacrílicas-MMA. Serviços complementares Sistema de Tratamentos superficiais - Reparos pontuais e localizados – Tratamentos de Juntas – Conservação de pisos industriais Atuação Todo território nacional, com maior abrangência na Região Sul. Construção Industrial 61 Vedacit constrói fábrica de R$ 110 milhões em Itatiba (SP) A Vedacit instala na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo, sua terceira fábrica no País. A nova unidade fabril representa um investimento de R$ 110 milhões. Segundo a companhia, atenderá ao crescimento da demanda do mercado de mantas asfálticas. A nova fábrica terá 33 mil m² de área construída, dentro de um terreno de 270 mil m². A capacidade de produção será de 6 mil m2 de mantas asfálticas por hora, em duas linhas de produção independentes. A fábrica foi projetada para operar com alto grau de automatização e com equipamentos produtivos de última geração. O destaque fica para o completo sistema de controle ambiental, que inclui a lavagem e incineração de gases. Segundo a companhia, a localização da nova unidade de produção na Região Sudeste levou em conta a facilidade para garantir uma logística de distribuição eficaz dos produtos fabricados em Itatiba. As mantas produzidas na nova fábrica terão alta tecnologia e reduzirão a necessidade de importação. De acordo com o diretor da Vedacit Alexandre Baumgart, com os equipamentos utilizados na nova unidade, será possível fabricar produtos de melhor aparência e com controle dimensional automatizado dos rolos. Também serão fabricados produtos especiais, como mantas com isolante acústico acoplado e mantas autoadesivas. Os produtos da Vedacit oferecem diversas aplicações, tanto para construções residenciais, comerciais e industriais, quanto para obras de infraestrutura. Os produtos são utilizados na impermeabilização de lajes, telhados, jardineiras, piscinas, reservatórios, pontes, viadutos, entre outras estruturas que necessitem de proteção contra a água da chuva ou confinada. Construção Residencial 62 Uma estrutura de 240 m de altura, quem diria, em Camboriú (SC) Está ali, na Barra Norte, a cada dia crescendo mais. Não será um edifício comum. Quando concluído - a data prevista é setembro de 2017 -, o Infinity Coast terá 240 m de altura e deverá ser o mais alto já construído na América Latina O Infinity Coast foi projetado pelo escritório AJB Arquitetura, com 240 m de altura e 66 andares. Até aqui, o prédio considerado o mais alto da América Latina é o Titanium La Portada, em Santiago do Chile, com 193 m de altura e 52 pavimentos. A edificação de Camboriú, que vai superá-lo, foi concebida com essa dimensão, para potencializar as características do terreno privilegiado, de 4.460 m² (área total), em que seria construído. “O alto potencial construtivo do terreno e os estudos que realizamos influenciaram a decisão de se optar por uma única torre de 66 pavimentos”, informa o arquiteto Andres J. Bandeo, do AJB Arquitetura. E prossegue: “Vimos que, com a verticalização, obteríamos uma melhor qualidade, do ponto de vista de privacidade, ventilação e iluminação, dentre outros fatores”. A locação da torre naquele local e a volumetria da planta constituiu, no entendimento do arquiteto, a resposta às condicionantes expostas pelo empreendedor, a FG Engenharia e Empreendimentos, empresa que Jean Graciosa administra, com o pai, Francisco Graciosa. 63 Todas as unidades residenciais da edificação foram projetadas com vista para o mar. Com uma planta em forma de cunha, conforme destaca o arquiteto, o prédio se encaixa entre os demais prédios já distribuídos no entorno, obtendo, assim, uma vista panorâmica para o mar e para a orla do balneário. O programa sobre o qual o escritório de arquitetura trabalhou previu uma área de lojas no térreo, o que vai possibilitar uma adequada conformação com um passeio comercial. Nos andares superiores do embasamento foram dispostos os pavimentos de garagem e uma área de lazer, que deverá funcionar como um amplo clube. A circulação vertical será resolvida com a instalação de quatro elevadores de alto desempenho. Um deles, de segurança, ficará situado na antecâmara da escada pressurizada. A torre é composta de dois apartamentos por andar em toda a sua extensão. Haverá uma variação de tamanho nos apartamentos inferiores. Duas coberturas duplex irão coroá-la. “Temos a convicção”, conclui o arquiteto, “de que os 240 m de altura serão um ponto de referência da cidade e também da engenharia, pelas dificuldades que ela vai superar para realizar o projeto, em sua totalidade”. As obras Em meados de abril (as obras seriam interrompidas no começo de maio e retomadas no fim de junho por decisão judicial), a construção do Infinity Coast havia chegado ao 23º pavimento. Até atingir o 66º andar ainda haverá muito caminho pela frente. Contudo, os empreendedores estão convencidos de que o cronograma – inauguração em setembro de 2017 – será cumprido. E, isto, devido ao conjunto de técnicas que ali está sendo utilizado. Todo o trabalho de execução é acompanhado de um embasamento obtido mediante estudos dos diversos fatores intervenientes. Por exemplo: o engenheiro Celso Prates, da Emepê Funda- Construção Residencial 64 ções, informa que os trabalhos de fundação ali desenvolvidos se ancoram em rigorosos estudos geofísicos, realizados numa área de 3,5 mil m². Para esse fim foi utilizado o mapa topográfico Google Earth e um receptor GPS. Também foi utilizado o mapa elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM 1981). O estudo geofísico levou em conta, segundo ele, o método eletrorresistividade, que emprega uma corrente elétrica artificial, introduzida no terreno por intermédio de dois eletrodos. A resistividade elétrica relaciona-se aos tipos de solos e rochas. O ensaio realizado com aqueles recursos técnicos mapeou solos e rochas até 50 m de profundidade no sítio onde está sendo construído o edifício. Além disso, o estudo geológico foi complementado com a realização de sondagens rotativas até 35 m de profundidade. Os estudos nortearam o tipo de fundação empregada. Na fundação da torre foram previstas 125 estacas escavadas de 1,5 m de diâmetro, com aproximadamente 24 m de profundidade e 198 estacas-raiz de 35 cm de diâmetro a 12 m de profundidade. Já na fundação do embasamento foram empregadas 166 estacas com hélice contínua com Ø 50 cm e Ø 60 cm, a 15 m de profundidade. O engenheiro Reinaldo da Rosa, da Reical Estrutural e Fundações, diz que o projeto estrutural da edificação previu o uso de concreto armado na execução da torre. Ela é composta de vigas especificadas nas dimensões 18 x 70 apenas nas periferias e na região da escada e dos elevadores. E previu o emprego de laje nervurada, com espessura de 28 cm. As formas utilizadas na execução das lajes são as Topec, da SH Formas. Trata-se de forma composta de painéis de alumínio forrados com compensado plastificado. É aplicada em lajes planas, protendidas e nervuradas, dispensando a necessidade de cortes. E ali vêm sendo usadas também escoras drophead, fornecidas pela mesma empresa. O concreto utilizado na torre é de 45 MPa da fundação ao 4º pavimento tipo diferenciado; Fck 40 Mpa, do 1º ao 7º pavimento tipo 2; Fck 35 Mpa do 5º (tipo diferenciado) ao 7º pavimento (tipo 3) e Fck 30 Mpa do 8º pavimento (tipo 3) à caixa d´água. Cuidados ambientais Oe empreendedores informam que os operários e todos os demais envolvidos na construção têm sido conscientizados quanto à necessidade da redução do consumo de água e de energia elétrica. E todos vêm cumprindo exigências quanto ao controle de ruídos. Ao mesmo tempo, há geren- 65 ciamento de resíduos sólidos através de mecanismos para minimizar os impactos de desperdícios, segregando-se materiais, havendo separação no canteiro e destinação final segundo a política urbana ali estabelecida. Eles informam também que há supervisão ambiental para garantir o cumprimento das ações de controle dos impactos provocados pela construção, a fim de que estes sejam reduzidos e não ocasionem desconforto dentro do canteiro e no entorno da área de influência da edificação. O engenheiro Gustavo Andrey Simas, que está respondendo pela construção, informa que a FG Empreendimentos saiu em busca das inovações tecnológicas, no empenho para executar uma obra desse porte, segundo os parâmetros da melhor qualidade. Com esse fim a empresa chegou a levar um grupo de engenheiros e arquitetos para pesquisar soluções no Panamá, China e Dubai, onde foi construído o Burj Dubai, então o maior prédio do mundo. Ele diz que os testes, tendo em conta as cargas de vento, foram realizados no Building Research Establishment (BRE), na Inglaterra. Ficha Técnica — Edifício Infinity Coast - Local: Balneário Camboriú (SC) - Empreendedor e execução: FG Empreendimentos - Arquitetura: AJB Arquitetura - Projeto estrutural: Reical Estrutural e Fundações - Projeto das instalações hidráulicas e elétricas: Frazmann Engenharia e Consultoria - Fundações: Emepê Fundações - Principais fornecedores: Grupo MaxMohr – Concreto ArcelorMittal – aço Principais equipamentos: - Grua Link Fast Work com 40 m de lança e 1 t na ponta; 4 t de carga máxima aos 10 m de lança; sistema elétrico com inversor de frequência; sistema ascensional que permite trabalho até 330 m de altura - Três elevadores externos Link Fast Work com capacidade de carga de 2 t - Dois elevadores de fosso também Link Fast Work - Bomba de concreto SP 480 – Schwing Principais quantitativos: - Aço: 331 t nas estacas; 649 t nos blocos de fundação e 2.265 t na supraestrutura, totalizando 3.245 t - Concreto: 10 mil m³ nas estacas e blocos de fundações e 16.500 m³ na supraestrutura totalizando 26.500 m³ (Nota da redação: As estacas escavadas com hélice contínua começaram a se difundir no Brasil há 25 anos. A estaca, por esse método, é moldada in loco e executada mediante perfuração do terreno utilizando-se equipamentos compostos de uma haste tubular envolta num trado. O concreto é bombeado para o interior da perfuração pela haste tubular, ao mesmo tempo em que a hélice é removida. Desse modo são preenchidos os vazios e, assim, é evitado o desmoronamento das paredes de perfuração e, consequentemente, se evita também o seccionamento da estaca.) Desenvolvimento Urbano 66 Novo shopping tem menos pilares e mais espaço para circulação O Parque Shopping Maia utiliza laje π (Pi), que transpõe vãos maiores com menor volume de concreto e aço; quanto a estruturas metálicas, a média alcançou 16 kg/m² A cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, conta com mais um centro de compras. Inaugurado em abril, o Parque Shopping Maia tem 90 mil m² de área construída, quatro pavimentos, 175 lojas e estacionamento com 1.600 vagas. O shopping possui 22 escadas rolantes, sete elevadores, dos quais, dois panorâmicos. Com foco no público AB, o empreendimento da General Shopping Brasil está localizado bem próximo ao Bosque Maia, principal área verde da cidade e uma das mais valorizadas regiões de Guarulhos. A abrangência do novo centro de compras atinge, além da cidade, boa parte da região metropolitana de São Paulo. A reportagem de O Empreiteiro visitou o empreendimento em março, quando 93% dos trabalhos já estavam concluídos, nos cálculos do engenheiro de produção da Construcap, responsável pela obra, Leonardo Cruz de Miranda. Segundo ele, faltavam apenas os últimos detalhes das obras civis, iniciadas dois anos antes, na parte externa do centro de compras, o que incluía a execução dos acessos viários e da pavimentação externa. 67 Na parte interna, o time da Construcap e outros fornecedores terceirizados realizavam os arremates finais nos acabamentos, como a finalização do forro de gesso acartonado e aplicação do piso vibro-prensado com inserções de mármore espanhol (marrom imperial). “No pico da obra, nosso efetivo (Construcap mais terceiros) somava 850 pessoas, em dois turnos de oito horas”, informa o engenheiro. Numa outra frente de obras, estavam os trabalhadores que já adaptavam os espaços onde seriam montadas as lojas, segundo Miranda, mobilizando mais ou menos 800 pessoas. O projeto, assinado pela Lopes Dias Arquitetura, contemplou 1.500 t de estruturas metálicas na construção do empreendimento, o que resultou na média de 16 kg/m² no total geral da obra. Elas foram utilizadas em diversos espaços do empreendimento, entre os quais a cobertura da praça de alimentação, nas duas escadas de emergência, na estrutura dos elevadores panorâmicos e no de monta-cargas, no caixilho da fachada principal, no cinema e na estrutura auxiliar revestida de ACM da fachada, em curva, onde há um telão de 20 m x 10 m, apoiado nos pilares da fachada. De acordo com Miranda, o uso da estrutura metálica gerou economia no custo da obra, entre 15% e 30%, porque implica menos carga nas fundações. O engenheiro conta que foram cravadas no terreno 350 estacas Franki e Strauss. Na terraplenagem, houve necessidade de movimentação de 270 mil m³ de terra. “O local da construção era um morro que precisou ser adequado ao projeto”, lembra Miranda. Desenvolvimento Urbano Espaço 68 Para permitir corredores com extensos vãos que oferecem mais visibilidade, até mesmo dos outros pavimentos, o engenheiro conta que foi utilizada laje π (Pi), segundo ele, patenteada pelo projetista Aluizio D’Ávila. “Com isso, a relação entre carga e vão fica mais econômica e usa-se menos concreto e aço para vencer o maior vão, que é de 10 m”, ressalta. O resultado, segundo o engenheiro, foi um maior aproveitamento do espaço, com menor número de pilares nos boxes e nas áreas de circulação do shopping, que ficou com apenas 16 deles. A utilização de claraboias centrais também deu alto índice de luminosidade natural ao longo de toda a área de circulação do Parque Maia Shopping. Na praça de alimentação, local onde se concentra o maior número de pessoas em shopping centers, foi instalado forro acústico ranhurado com lã de vidro no entreforro. “A ideia é diminuir o ruído em 20 decibéis”, ressalta Miranda. Segundo o engenheiro, normalmente, o barulho dessa área chega a atingir até 100 decibéis — bem acima do nível de conforto dos clientes. A obra consumiu 11.350 m³ de estrutura pré-moldada, entre pilares, vigas e lajes. Também foram utilizados 10.500 m³ de concreto e 920 t de aço. Para obter maior velocidade na execução, a opção foi pelo uso de pré-moldado pronto. Segundo o engenheiro, a ideia inicial de produzi-los na obra foi descartada, até por conta da intensidade de chuvas, “que inviabilizariam a produção local dos pré-moldados”. As peças foram fabricadas em Itatiba, a mais ou menos 60 km de Guarulhos, e entregues prontas no local. Toda a operação de transporte e descarga, por conta do trânsito diurno no entorno da construção do shopping, foi feita durante a noite. 69 Desafios O engenheiro da Construcap afirma que a parte mais complexa da obra foi a logística. A obra é vertical, com poucos acessos, localizada numa das avenidas mais movimentadas da cidade, a Bartholomeu de Carlos. “Além de nos preocupar com a vizinhança, também tivemos que ficar atentos à movimentação de materiais internos”, frisou Miranda, principalmente na fase em que os lojistas já começavam a montar os seus espaços. Para coordenar as entregas, o engenheiro conta que foi criado um fluxo separado na movimentação. “Todo o material destinado à obra passou a ser descarregado à noite; os lojistas movimentavam suas cargas durante o dia.” O projeto prevê, ainda, integração com um condomínio residencial, que está sendo erguido ao lado do shopping. Os vizinhos poderão ter acesso direto ao centro de compras por meio de uma passagem metálica de 6 m de largura por 12 m de comprimento, localizada no piso 2. Para abastecer o sistema de ar-condicionado, uma torre metálica, com revestimento térmico de poliuretano expandido, vai garantir 2,234 milhões de litros de água gelada. O shopping ainda vai ter uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e um ecotelhado (telhado verde). Ficha Técnica - Parque Shopping Maia - Localização: Guarulhos (SP) - Projeto de arquitetura: Lopes dias - Projeto da estrutura de concreto: Aluizio D’Ávila - Projeto das instalações elétricas e hidráulicas: Soeng - Projeto de paisagismo: Chris Roncato - Projeto de comunicação visual: Valeria London - Projeto de acústica: Harmonia - Projeto de impermeabilização: Proiso - Projeto de estrutura metálica: Solutec - Projeto do sistema viário interno: Michel Sola - Projeto de automação: Interativa - Projeto de readequação do sistema viário externo: TMSG - Projeto de estrutura metálica da fachada curva: Prometal Engenharia - Projetos de caixilhos: QMD - Consultor de bombeiros: Exacta - Projeto de ar-condicionado: Teknika - Instalações do ar-condicionado: Prodac - Construção civil: Construcap - Instalações elétricas e hidráulicas: Temon - Fabricação e montagem da estrutura metálica da fachada curva: Imesul - Projeto de luminotécnica: Theo Kondos - Execução das estruturas metálicas: Gradmetal - Estrutura de concreto pré-moldado: Concrebem Empreendimento Industrial 70 Nova fábrica do Boticário abastece Norte-Nordeste A fábrica do Grupo Boticário na cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (BA), em operação desde setembro do ano passado, atende aos planos da empresa de expandir suas atividades no Norte e Nordeste e, ao mesmo tempo, de abastecer o mercado consumidor dessas duas regiões. Uma das mais importantes empresas do setor de cosméticos do País, o Grupo Boticário seguiu o caminho de centenas de outras empresas que optaram pela Bahia como ponta de lança para atender ao mercado emergente de uma das regiões brasileiras que mais cresceram nos últimos anos. A obra da Fábrica de Hidroalcoólicos, como prefere chamar o gerente de Operações da planta do Grupo Boticário em Camaçari, Leandro Balena, demorou cerca de três anos para ser concluída. Instalada no polo logístico da Via Parafuso (BA-535), o empreendimento possui 61 mil m² de edificações fabris e de apoio, dentro de uma área total de pouco mais de 175 mil m². O site ainda contempla 50 mil m² de paisagismo, 26 mil m² de ruas e 16 mil m² de estacionamentos. Investimento de R$ 380 milhões, a nova fábrica tem capacidade de produzir até 150 milhões de itens por ano. Opera com 12 linhas de perfumaria e nove de cuidados pessoais que abastecem as lojas do Boticário nos Estados das regiões Nordeste e Norte e parte da Centro-Oeste. Obras A terraplenagem começou em maio de 2012 e terminou em outubro do mesmo ano, com movimentação de terra em torno de 6 milhões de m³. “Adotamos o conceito de compensação dentro do terreno, entre corte e aterro, para executar um grande platô principal para a implantação da fábrica”, lembra Balena. Outros dois platôs, em níveis infe- 71 riores, foram feitos. Um para a implantação dos prédios auxiliares da produção e edifícios administrativos e outro para estacionamentos, vias de circulação e portarias. De acordo com o gerente de Operações, o maior desafio da obra foi vencer grandes períodos de chuva. “Intensa em certas fases da construção, comprometeu o cronograma de entregas. Foi necessário utilizar vários recursos e contingências para alcançarmos o objetivo de dar início às operações no ano passado”, afirma Balena. A estrutura principal da fábrica e o prédio de armazenamento vertical automatizado somam 46 mil m² de área. “As duas edificações estão distribuídas em cinco prédios internos que se interligam de acordo com o fluxo da operação da fábrica”, explica o gerente. Com 40 mil m² de área construída, o prédio da fábrica possui vãos livres de aproximadamente 20 m x 20 m, com pilares pré-moldados de 16 m de altura sobre blocos de concreto com quatro estacas tipo hélice de 15 m de profundidade cada. “No total, são 180 estacas”, afirma Balena. O prédio de armazenamento tem fundação direta, tipo radier, com um volume de concreto de aproximadamente 3.600 m³ e uma estrutura metálica autoportante de 35 m. O gerente da planta do Boticário conta que a cobertura é única, em duas águas, constituídas por treliças metálicas dimensionadas para suportar uma sobrecarga elevada das instalações. O forro é autoportante nos prédios de produção e envase dos produtos. “Todo o fechamento lateral externo, cobertura, divisão interna dos prédios e forro autoportante são feitos com painéis termoisolantes com chapas de aço pintadas externas e miolo em PIR (Poli-isocianurato)”, afirma Balena. “Além de dar uma condição térmica interna mais adequada, temos a condição de limpeza e conservação necessárias para atender aos padrões de qualidade e manipulação dos produtos fabricados pela planta”, diz. O material, além de contribuir para Empreendimento Industrial 72 o conforto térmico da unidade, também deu agilidade à obra. Nos prédios de produção e envase da planta do Boticário, Balela conta que foi aplicada uma camada de revestimento de alto desempenho tipo Ucrete. “Isso garante resistência química e mecânica ao piso de concreto, que tem uma sobrecarga média de 5 t/m²”, afirma. Além de suportar o peso da circulação de equipamentos, como empilhadeiras, o piso é de fácil manutenção, pois não retém sujeiras. Segundo Balena, o prédio tem alguns diferenciais de instalações e infraestrutura acessíveis em todo entreforro. “Os destaques são para os sistemas de água gelada para o processo, ar-condicionado de conforto, água com alto grau de pureza e uma rede de prevenção e combate a incêndio”, frisa. Segundo ele, para isso, foram aplicadas as melhores soluções técnicas e materiais de ponta na área da engenharia. Ficha Técnica – Fábrica do Grupo Boticário em Camaçari (BA) - Projetos de arquitetura, engenharia e estrutural: Escritório Técnico Arthur Luiz Pitta (ETALP) - Gerenciamento: MHA Engenharia - Construção: Aratu Construções Centro de Distribuição 73 Novo galpão logístico de fármacos exige rigoroso controle de climatização Obras do empreendimento atenderam várias especificações para armazenar produtos farmacêuticos Um novo centro irá atender a área de healthcare (produtos farmacêuticos) da Luft Logistics. O empreendimento da Logbras foi desenvolvido à empresa de logística na modalidade built-to-suit. A Luft já possuía um moderno galpão logístico de healthcare em Itapevi (SP), mas precisou ampliar as operações. Então, buscou novo espaço no município vizinho de Cabreúva. O novo centro logístico, de 33.137,85 m² de área construída, teve sua obra concluída em abril – após 12 meses de trabalhos. O grande diferencial do projeto foi implantar um centro climatizado para receber produtos farmacêuticos, com capacidade para manter a temperatura interna controlada, equalizada em todo o ambiente, em até 24° C, para garantir a integridade dos produtos armazenados. Richard Gentil, diretor de Negócios da Engineering, empresa gerenciadora da construção do empreendimento, afirma que é preciso manter a temperatura variando no máximo 1° C em todo o ambiente do galpão logístico. “Não pode ter diferença de temperatura, nem condensação ao longo do sistema”, afirma. Gerson Pigatto, engenheiro e coordenador de obras da gerenciadora, explica que foi aplicada facefelt (lã de vidro) não somente na cobertura, como é comum em centros logísticos, como também nas paredes laterais, para melhor controlar a temperatura. Além disso, a facefelt utilizada possui três polegadas de espessura – uma polegada a mais do que o padrão de condomínios logísticos. “A telha tem muita condutibilidade de transmissão de calor e, por conta disso, necessita-se ter bom isolamento no ambiente”, diz. A questão da climatização é tão importante que estavam programados o comissionamento do centro logístico sem e com produto armazenado. “O projeto foi voltado para esse escopo. É necessário garantir estanqueidade para se ter clima igual em todos os lugares do espaço”, aponta. Por conta disso, o sistema de climatização é robusto. Na cobertura fo- Centro de Distribuição 74 ram instaladas 30 máquinas que geram um total de 1.080 TRs. Tubulações espalhadas por toda a cobertura até os extremos da edificação climatizam o ambiente de maneira uniforme. A climatização reúne condicionamento de ar, ventilação mecânica e exaustão. A Luft ainda irá instalar 5.200 sensores que monitorarão a temperatura dentro do ambiente. Nas docas para carga e descarga, foram instalados dock shelters, sistema que se acopla à traseira do caminhão, evitando a entrada de ar de fora para o ambiente climatizado do centro logístico. Vale lembrar que caminhões de transporte de produtos farmacêuticos também têm temperatura interna controlada. No novo centro logístico de Cabreúva, existem 46 docas, além de grandes portões nos extremos para acessos de caminhão para dentro do empreendimento, se necessário. No empreendimento, foi instalada uma subestação de 2 mil kVA, e quatro geradores de 500 kVA cada para uso em caso de emergência. “É importante essa estrutura de energia, porque precisamos ter o sistema de climatização funcionando 24 horas ao dia”, ressalta o engenheiro Gerson. A edificação foi também projetada para não ter frestas na estrutura, para evitar a entrada de impurezas ou algum tipo de animal. Outras características O centro conta com um mezanino que se estende por uma das laterais – onde se instalará a administração — e na frente — onde será usado para armazenagem de carga menor. Além dos tradicionais refeitórios, es- 75 paço de lazer, portaria e vestiários, o centro também possui área de apoio aos motoristas ao lado da entrada, já que o galpão logístico terá funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. O empreendimento é de estrutura pré-fabricada de concreto convencional, com fechamento lateral com painéis e parede de alvenaria (fechamento misto). O piso do galpão possui resistência de 6 t/m² de carga. De acordo com a Engineering, houve cuidados especiais na execução do piso para evitar abrasão, trinca e fissura. O piso possui 15 cm de espessura, com adição de fibras em cantos e pontos de movimentação de carga, telas armadas e barras de transferência. “O piso é ponto crítico de um centro logístico. É preciso manter a planicidade e nivelamento. Em geral, faz-se junto com a cobertura por conta do prazo, o que aumentam as dificuldades de execução. O piso tem que garantir performance e costuma ser um ponto da curva de custo de um empreendimento desse tipo”, analisa Richard Gentil. Foi construída uma via de 1,5 km, a partir da Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (SP-300), no trevo do km 82 da estrada, para acesso ao centro logístico. O empreendimento faz parte da fase 1 do projeto da Logbras. A área total do terreno é de 171.537 m², e prevê-se a construção de dois outros centros logísticos, além do locado à Luft em contrato de 20 anos. A obra contou com 300 operários no pico. O empreendimento seguiu padrões de sustentabilidade na construção e deve obter certificação Leed. Ficha Técnica – Centro Logístico da Luft Logistics em Cabreúva (SP) - Empreendimento: Logbras - Gestor: TRX - Projeto: A.Dell’Agnese Arquitetos Associados - Gerenciamento, fiscalização e planejamento: Engineering - Construtora: PW Construções - Pré-fabricado: SB Pré-fabricado - Instalação eletromecânica: Girotto 404 Engenharia e Montagens - Projeto e instalação de climatização: Termotec - Cobertura metálica: Medabil - Projeto de piso: Monobeton - Piso (execução): Pisoplan Soluções de Concreto - Fundação: Cortesia - Terraplenagem: Terpav Engenharia - Sondagens: Sondap - Consultoria de sustentabilidade: Otec - Portão das docas: Inovadoor - Plataforma das docas: Cargomax Pré-moldados 76 Ficha Técnica Produto Comercialização e montagem de painéis e placas de concreto pré-fabricados, lajes e paredes Empresa Max Sommer Pré-Fabricados do Brasil Ltda Endereço Quadra C, lote 1A, Distrito Industrial João Gouveia da Silva S/n., CEP 55.500-000, Escada, Pernambuco Telefone (13) 3426 2376 Site www.sommer.ind.br E-mail [email protected] Aplicações do produto construção civil Dados técnicos Painéis autoportantes de concreto Observações A Max Sommer Pré-Fabricados do Brasil produz, comercializa e monta painéis e placas de concreto armado para qualquer edificação. Produção automatizada com plantas Sommer com permanente controle de qualidade. Planta com câmaras de cura e robô de formas, assim como estação basculante para desforma. Protendidos 77 Ficha Técnica Produto Sistemas de Protensão com barras de aço e cordoalhas Empresa SAS Stup Brasil Sistemas de Protensão Ltda. Endereço Rua Brasilândia, n° 160, Chácaras Marco, Barueri, SP, CEP: 06419-060 Telefone (11) 4161-0902 Site www.sasprotensao.com E-mail [email protected] Aplicações do produto Reforços Estruturais, Tirantes e Sistemas de Protensão, Ancoragens Passivas e Protendidas, Estais de Pontes, Tensores para fundações de Torres Eólicas, Emendas de Estruturas de Concreto Pré-Moldado, Tirantes de Contenção, Chumbadores, Solo Grampeado, Reação para Provas de Carga, Estacas de Fundação Tracionadas, Estacas para Lajes de Subpressão, Ancoragens de Fundação para Estais de Torres de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica, Sistemas de Ancoragem para Portos. Embalagem Pallets e caixas Cor Prata, cinza e preto Validade Mais de 50 anos Estocagem Em abrigo do sol e da água Dados técnicos Aço de alta resistência, específico para a protensão, com rosca e com patamar de escoamento definido e real. Resistência SAS 835/1035 (85/105). A sigla SAS significa Stahlwerk Annahütte Systems e o número 835/1035 mostra a resistência de 835 (Mpa) como tensão de escoamento e 1035 (Mpa) como tensão de ruptura do aço, ou como é conhecido no Brasil 85/105; sendo 85 (Kgf/mm2) como tensão de escoamento e 105 (Kgf/mm2) como tensão de ruptura do aço. Observações Empresa Siderúrgica Alemã SAS Protensão, pioneira e líder mundial no setor de ancoragens e aços especiais para protensão. Serviços de Impermeabilização 78 Ficha Técnica Produto VF-350 Sistema elastomérico de poliureia Empresa Impermitte Impermeabilização Telefone (41) 3336 7919 Site www.mecan.com.br E-mail [email protected] Aplicações do produto Aplicações do produto: Impermeabilização e proteção de estruturas em geral Capacidade e desempenho Alta resistência mecânica e química, capacidade de alongamento de 400% e 100% de adesão ao substrato com 300psi de força. Recursos adicionais Aplicação rápida em qualquer tipo de estrutura, com cura parcial em 1 hora e completa em 24 horas. Em função de elevada resistência, dispensa proteção mecânica em qualquer aplicação. Isento de VOC’s, solventes ou agentes nocivos. Dimensões/peso Kits de 2 tambores (comp. A e B) de 200kg cada. Dados para transporte Sem restrições Observações Os sistemas de poliureia desfrutam de popularidade crescente no mundo todo, representando a solução mais durável e eficiente para impermeabilização e revestimento de estruturas diversas. Estes sistemas apresentam altíssima resistência a abrasão, punções e rasgamentos, além de excelente estabilidade química. A rapidez de aplicação garante versatilidade em qualquer projeto e o resultado final é uma membrana monolítica (sem emendas), 100% estanque e de altíssima resistência. O aspecto estético final do produto aplicado é excelente e, como dispensa proteção mecânica, pode ser usado como revestimento final de acabamento, mesmo em estacionamentos e vias de trânsito de veículos pesados. É fornecido na cor de preferência do cliente. Pontes 79 Recado, análises e obras marcantes de engenheiros estruturais Engenheiros estruturais deixaram claro, no 8º Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, que prosseguem buscando soluções inovadoras e especificando novos materiais e equipamentos. O público, cerca de 200 participantes, incluindo estudantes, ouviu e anotou E não havia como deixar de ouvir e anotar. Sobretudo, a partir da palestra do engenheiro Mário Franco que, na abertura dos trabalhos, realizados em maio último, em São Paulo (SP), fez uma análise “incremental” e falou de sua experiência em obras que estão disseminadas pelo País. As palestras cobriram temas tais como inovações em projeto, recuperação e reforço de pontes, a concepção, cálculo e construção das arenas, velódromo e de outros espaços para os Jogos Olímpicos do ano que vem; o Museu da Imagem e do Som (MIS) do RJ e outras estruturas. E houve palestras sobre o uso dos sistemas ABC e OPS, este utilizado na Ponte da Laguna (SC). Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), que promoveu e organizou o evento, informa que o comparecimento daquele público, constituído de titulares de escritório – e também de estudantes – foi muito representativo da importância desse segmento da engenharia brasileira. E as palestras, abertas e pormenorizadas, constituíram aulas de engenharia em cima de projetos efetivamente em execução. Salienta que a presença de profissionais de outras regiões brasileiras mostra que as coisas não estão acontecendo apenas no Sul ou Sudeste e que isso enriqueceu a massa crítica do encontro. “Agora”, disse ele, “é aproveitar esse momento e nos prepararmos para o 18º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural (Enece), a realizar-se em São Paulo nos dias 8 e 9 de outubro, ocasião Pontes 80 em que ocorrerá também a entrega do 13º Prêmio Talento da Engenharia Estrutural, iniciativa da Abece e da Gerdau”. As palestras O engenheiro Atorod Azizinamini, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Florida International University, fez palestra sobre o sistema construtivo ABC (Accelerated Bridges Construction), muito utilizado na construção de pontes e de outras obras nos Estados Unidos. Ele está difundido na Europa e começa a ser adotado também por algumas construtoras brasileiras. O sistema incorpora estruturas pré-fabricadas de concreto, significa melhoria em termos de prazo e custo final e oferece condições consideradas seguras tanto aos usuários quanto aos trabalhadores que operam na construção de obras rodoviárias. No ano passado, em palestra durante a Brazil Road Expo, realizada em São Paulo (SP), o engenheiro Júlio Timermann, presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon), relatou que, nos Estados Unidos, pontes e viadutos puderam ser ampliados, segundo projetos específicos, ao longo de apenas duas semanas de obras, em razão do uso do sistema, que considera muito eficiente. O engenheiro Diogo Graça Moura, vice-presidente da Berd, empresa de origem portuguesa, apontada como pioneira na adoção de novas soluções e métodos construtivos para pontes e viadutos, falou sobre o Sistema OPS, empregado no Rodoanel “Mário Covas” e utilizado, com êxito, na construção da Ponte de Laguna. Nesse caso, a Berd disponibilizou a treliça lançadora LG 50/100, especialmente concebida para aquela obra. Funcionando com aquele sistema, ela foi usada na construção dos 49 vãos correntes, executados um a um em ciclo semanal. A treliça lançadora tem, entre outras, as seguintes vantagens: reduz o prazo em relação a métodos tradicionais; funciona com menor número de trabalhadores na montagem, uma vez que é totalmente mecanizada; proporciona segurança aos operadores e traz resultados compensadores do ponto de vista de custo final. A Berd, hoje, segundo o vice-presidente da empresa, está presente não apenas em Portugal e no Brasil; está também na Espanha, França, Alemanha, Polônia, Romênia, Estados Unidos, Rússia, Turquia, República Checa, Eslováquia, Índia, Colômbia, Peru e Venezuela. As arenas, o velódromo e o MIS Foi muito ilustrativa, do ponto de vista da apresentação das soluções técnicas, a palestra do engenheiro João Luís Casagrande, que falou sobre o projeto e construção das três arenas cariocas, o velódromo e outras instalações destinadas à Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. No conjunto, são obras que podem resultar em importante legado para a cidade. O velódromo, segundo o engenheiro, é uma arena com um eixo simétrico diferenciado, postado na direção nordeste-sudeste e cuja arquibanca- 81 da tem estrutura pré-moldada e cobertura metálica. Os sistemas construtivos foram previstos considerando a qualidade, a vida útil e o cronograma. Com relação às três arenas do Centro Olímpico de Treinamento (COT), que durante os jogos abrigarão modalidades tais como basquete, caratê, judô etc., a empresa Casagrande Engenharia desenvolveu tanto o projeto das estruturas pré-moldadas quanto o projeto das fundações. Dentre as diversas estruturas, uma será temporária. Trata-se do parque aquático. Assim que os jogos olímpicos acabarem, essa edificação deverá ser desmontada. A estrutura metálica será desparafusada e os diversos elementos poderão ser reaproveitados pela prefeitura carioca em outros projetos. A engenheira Suely B. Bueno (escritório JKMF) e o engenheiro Carlos Britez (diretor do escritório do professor Paulo Helene - PhD Engenharia) discorreram sobre a estrutura do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro, construído pela Rio Verde Engenharia e Construções na avenida Atlântica, a 50 m da praia de Copacabana. A tipologia da estrutura acentua três setores diferenciados: o primeiro corresponde a uma superestrutura executada com concreto armado em forma convencional e um concreto de alta resistência (50 MPa), com slump convencional; o segundo é uma superestrutura de concreto armado protendido com forma nervurada, utilizando também concreto de alta resistência e, o terceiro, corresponde a uma superestrutura de concreto armado com forma especial prismática, empregando-se concreto aparente autoadensável de alta resistência, cuja taxa de aço é superior a 400 kg/ m³ em alguns elementos estruturais. Dentre outras palestras chamou atenção a que foi feita pelo engenheiro José Afonso Pereira Vitório, sócio e diretor do escritório Vitório & Melo Projetos Estruturais e Consultoria, enfocando o tema da conservação, segurança estrutural e reforço de pontes rodoviárias de concreto. O engenheiro disse que inspeções periódicas em pontes e viadutos, em especial em áreas urbanas, são sistematicamente negligenciadas pelo poder público, apesar de reiteradamente recomendadas. No Brasil não faltam leis prevendo a exigência de inspeções, mas nenhuma chega a ser cumprida. Ao final fez uma crítica contundente: “Aqui no País as reformas raramente são feitas; no geral acabam postergadas, mesmo quando absolutamente necessárias. É que reforma não dá votos; o que dá votos são obras novas”. Outras palestras importantes: Projeto da obra BMX – Parque da Cidade (Francisco Paulo Graziano); São Paulo Corporate Tower (Ricardo Leopoldo França e Júlio Fruchtengarten); Evolução dos métodos de análise, dimensionamento e detalhamento no projeto de obras de arte especiais (Ademir Ferreira dos Santos); Museu do Amanhã (Fabrício Gustavo Tardivo) e Projeto da Ponte Salvador-Itaparica (Catão Francisco Ribeiro). 82 Índice por Anunciante Âncora.................................................50 Bubbledeck........................................48 Convicta..................................... 34 e 35 Empresas City..................................40 Etruria.................................................49 GERDAU...................................................8 Impermitte..........................................78 Install............................... 15 e 3ª Capa Layher......................................... 12 e 13 Max Sommer.......................................76 MC-Bauchemie.....................................9 Mecan....................................................14 RCO................................................ 38 e 39 Rio Fôrmas.........................................51 SAS Protensão.................................77 Saur.................................... 41 e 2ª Capa Siti.................................................. 36 e 37 Ulma.............................................. 52 e 53 Urbe...............................................10 e 11 Zorzin................................ 60 e 4ª Capa Zorzin OCV................................. 54 e 55 Zorzin SEVEN............................ 56 e 57 Zorzin SPR................................. 58 e 59 Índice por Produto Aços e Vergalhões ...................................................................................................8 Aditivos para Concreto ..........................................................................................9 Andaimes e Escoramentos ..........................................................................10 a 14 Automação Industrial ...........................................................................................15 Autobetoneira e Betoneira ........................................................................33 a 37 Central Dosadora de Concreto .............................................................38 e 39 Concreto .....................................................................................................................40 Equipamentos para Blocos de Concreto ...................................................41 Esferas Plásticas ...................................................................................................48 Fibras Sintéticas ......................................................................................................49 Fixadores .....................................................................................................................50 FOrmas ...................................................................................................................51 a 53 Pisos e Revestimentos ..................................................................................54 a 60 Pré-Moldados ............................................................................................................76 Protendidos ...............................................................................................................77 Serviços de Impermeabilização ........................................................................78