Tecon Salvador com crescimento e movimentações recordes
Transcrição
Tecon Salvador com crescimento e movimentações recordes
Ano 05 . Edição 11 . Março 2014 O renascimento do modal ferroviário no Brasil O transporte de cargas excedentes Revisão da habilitação no Siscomex Regime de Entreposto Aduaneiro: incentivo à indústria de óleo & gás. www.valoraduaneiro.com.br Tecon Salvador com crescimento e movimentações recordes 1 editorial Maior vitrine do comércio exterior brasileiro, a INTERMODAL 2014 é o momento ideal para consolidar parcerias e fazer novos negócios. Com 20 anos de história, a Intermodal South America é o 2º maior evento do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. O evento reúne, em três dias, os principais players do mercado nacional e internacional, impulsionando negócios e parcerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, jointventures, vendas e networking. Das empresas que visitarão o evento, considerado pelos executivos do setor como excelente oportunidade estratégica à geração de novos negócios, 65% são embarcadores de carga, 17% são do setor de transporte, logística e armazéns, 10% de empresas de serviços de importação e exportação, 3% de atacado e varejo e 5% de outros segmentos. “Em sua última edição, a INTERMODAL reuniu mais de 600 empresas, representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes.” Em sua última edição, reuniu mais de 600 empresas, representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes. Em 2014, a Intermodal acontece entre os dias 1 e 3 de abril em São Paulo (SP) e a VALOR ADUANEIRO estará como expositora pelo 4º ano consecutivo. Nesta edição ESPECIAL distribuída na feira estaremos abordando temas como o crescimento do Tecon Salvador, Regime de Entreposto Aduaneiro: incentivo à indústria de óleo & gás, o renascimento do modal ferroviáriol, o transporte de cargas excedentes, a armazenagem no comércio exterior dentre outros temas. Uma boa leitura e acesse o “face” da VALOR ADUANEIRO para ver as fotos que serão postadas da maior feira de logística e comercio exterior do Brasil. Uma boa leitura. Mauricio Plaza, Editor www.valoraduaneiro.com.br expediente Editor Mauricio Plaza > Colaboradores desta Edição Aparecida Alves, Carolina Silveira, Fábio Moreira de Souza, Fernando Neves, Hélio Sandro Pereira dos Santos, Joaquim L. de Souza, Marcio Eduardo Medina, Robson Guedes > Projeto e Desenvolvimento Gráfico Ops! Agência Criativa > Fotografia Jaqueline Carvajal > Foto Capa Cortesia Tecon Salvador 3 Atualização da legislação do regime de entreposto aduaneiro: incentivo à indústria de óleo & gás. Por Hélio Sandro Pereira dos Santos* Uma das principais formas de estimular o desenvolvimento de um setor industrial se dá por meio da concessão de incentivos fiscais. No caso da indústria do Óleo & Gás, tradicionalmente, o Brasil estimulou o setor por meio da concessão de regime suspensivo de tributação, espécie do gênero incentivo fiscal. Assim, o Decreto-lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, em seu artigo 9º, com a redação dada pelo art. 69 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto 2001, instituiu o regime especial de entreposto aduaneiro na importação. Veja a transcrição do artigo: Art. 9º O regime especial de entreposto aduaneiro na importação permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em local alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação. ( Redação dada pela Medida Provisória n º 2.158-35, de 2001 ) 4 Do local de operação do regime - Quanto ao lugar, o art. 62 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, ampliou os locais de operação do regime de entreposto aduaneiro, permitindo que fosse operado também em instalações portuárias Contudo, o art. 62 da Lei nº 10.833/2003 foi alterado pelo art. 23 da Lei nº 12.844 de 19 de julho de 2013, alterando o rol de locais onde o regime de entreposto aduaneiro pode ser operado, de forma a incluir as instalações portuárias uso público, bem como permitindo que o regime seja operado em outros bens , além das plataformas, destinados à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no País, tais como navio-sonda, navio-aliviador etc. A Lei nº 12.844/2013 também estabeleceu que o regime poderá ser operado em estaleiros navais ou em outras instalações industriais, destinadas à construção dos bens referidos no parágrafo anterior. Assim, resumidamente, o regime de entreposto aduaneiro, atualmente, poderá ser operado em: • Local alfandegado de uso público; • Instalações portuárias previstas no inciso III do art. 2º da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013; • No próprio bem em construção ou conversão; • Instalações industriais, destinadas à construção dos bens indicados no item anterior; • Estaleiro naval. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br Portanto, segundo o comando normativo, o regime de entreposto aduaneiro somente poderia ser operado em local alfandegado de uso público, por exemplo, portos organizados, instalações portuárias de uso público e portos secos . Então existem duas questões importantes a discutir no regime de entreposto aduaneiro: 1) qual o local de operação do regime; e 2) quais os tributos que estão suspensos pela aplicação do regime. de uso privativo misto e em plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ou conversão no País, contratadas por empresas sediadas no exterior. 5 GENERAL SHIP SUPPLIER Da tributação do regime Quanto à tributação, o art. 9º do Decreto nº 1.455/1976, estabelecia que as importações ao amparo do regime de entreposto aduaneiro gozavam da suspensão do pagamento dos impostos federais, o imposto de importação (II) e o IPI vinculado à importação. www.valoraduaneiro.com.br Com a instituição das contribuições Pis/ Pasep Importação e Cofins Importação, por meio da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, estes dois novos tributos passaram a incidir nas importações brasileiras. 6 Assim, atualmente, as importações ao amparo do regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro, na importação, estão sujeitas à suspensão do pagamentos dos impostos federais (II e IPI vinculado) e das contribuições para o Pis/Pasep Importação e da Cofins Importação, nos termos do art. 404 do Decreto nº 6.759/2009. Veja a transcrição do artigo: Art. 404. O regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes na importação (Decreto-Lei nº1.455, de 1976, art. 9º , com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 69; e Lei nº 10.865, de 2004, art. 14). Observe que a suspensão tributária somente se torna efetiva quando se converte em isenção. Deste ponto de vista, nos regime aduaneiros especiais, a conversão da suspensão em isenção ocorre quando o beneficiário do regime adota uma das providências para a extinção do regime disciplinado na legislação específica. No caso do regime de entreposto aduaneiro operado em estaleiros navais, por exemplo, a operacionalização do regime esta disciplinada na Instrução Normativa SRF nº 513/2005, com as alterações promovidas pela Instrução Normativa RFB nº 1.410/2013. Ocorrerá a conversão da suspensão em isenção quando o beneficiário do regime adotar uma das formas de extinção do regime estabelecidas no art. 17 da Instrução Normativa SRF nº 513/2005, dentro do prazo de vigência do regime, fixado pelo art. 408 do Regulamento Aduaneiro que estabelece que o regime será concedido pelo prazo previsto no contrato de construção ou conversão. Portanto, perceba que ocorreu uma atualização da legislação aduaneira aplicável ao regime de entreposto aduaneiro para fazer frente a necessidade de estimular a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. O objetivo é estimular as exportações, já que os regimes aduaneiros especiais reduzem a carga tributária na importação de insumos, matériasprimas, produtos intermediários, bens de capital, reduzindo, desta forma, os custos de produção das empresas exportadoras, aumentando as exportações brasileiras o que auxilia o Good Provisions traz satisfação, harmonia e produtividade a bordo. Cabin, Deck and Engine Stores. Ba Charts. Mercatto di ideias O objetivo é estimular as exportações, já que os regimes aduaneiros especiais reduzem a carga tributária na importação de insumos, matériasprimas, produtos intermediários, bens de capital, reduzindo, desta forma, os custos de produção das empresas exportadoras, aumentando as exportações brasileiras o que auxilia o País a equilibrar a balança comercial. Hélio Sandro Pereira dos Santos, AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil, Chefe Substituto da Divisão de Administração Aduaneira da 5ª Região Fiscal. País a equilibrar a balança comercial. Na Bahia está em construção o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, no município de Maragojipe, a aproximadamente 42 quilômetros de Salvador – BA. Fruto de um investimento privado de R$ 2,6 bilhões e com previsão de conclusão em 2014, o estaleiro já tem contratos de construção de navios-sonda no valor global de R$ 4,8 bilhões, segundo consta do sítio na internet da empresa administradora do estaleiro naval. O Estaleiro Enseada do Paraguaçu já foi habilitado a usufruir do regime de entreposto aduaneiro, nos termos do art. 6º da Instrução Normativa SRF nº 513/2005, Por meio do Ato Declaratório Executivo (ADE) SRRF05 nº 18/2013, publicado no D.O.U. de 06/12/2013, página 130 da seção 1. Your Support In Port Coastallog www.coastallog.com.br Salvador / Brasil 00 55 71 3243 2893 Segurança é prioridade no Porto de São Francisco do Sul Nos últimos anos, o Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, investiu cerca de R$ 10 milhões em melhorias e na ampliação da capacidade operacional. Parte destes recursos foi destinada para segurança e tecnologia da informação para controle de acesso e recebimento de mercadorias. Estas áreas, inclusive, são prioridades e diferenciais do Porto de São Francisco do Sul, com profissionais especializados nestas atividades. Somos o segundo porto em movimentação de carga não conteinerizada e o sétimo em movimentação de carga geral no Brasil. Entre os investimentos, destaque para um sistema pioneiro nos portos públicos. O fluxo de informações relacionadas às cargas de importação, classificadas perante a legislação como perigosas ou de risco, ficou mais detalhado. 8 O projeto foi desenvolvido em parceria com a secretaria municipal do Meio Ambiente de São Francisco do Sul. Pode ser acessado por órgãos competentes e entidades responsáveis pela fiscalização, como Fatma, Ibama, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros. Outro importante avanço no processo de modernização, segurança e controle Outra novidade a partir de 2014 é a implantação de um sistema de reconhecimento óptico de caracteres com câmeras de alta definição e softwares específicos. Conhecido como OCR, vai automatizar a leitura de placas e da numeração do contêiner, por exemplo, para agilizar e aumentar a confiabilidade na entrada e saída de caminhões. O Porto de São Francisco do Sul está certificado ainda desde 2005 com a Declaração de Cumprimento nº 35, emitida pela Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis - Conportos/MJ, por implementar o Plano de Segurança Pública Portuária e cumprir com as disposições do Capítulo XI-2 da Convenção Solas de 1974 e da Parte A do Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias – ISPS CODE. Isso habilita o porto a operar com todos os tipos de navios empregados no tráfego marítimo internacional. O ISPS-Code é um código internacional para a proteção de navios e instalações portuárias, instituído pela Organização Marítima Internacional e implementado por todos os países signatários dos quais o Brasil faz parte. O objetivo é a adoção de medidas de segurança para coibir atos terroristas contra navios e portos. A implantação dessas medidas deve-se principalmente ao atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br Desenvolvemos um programa que permite informar aos órgãos fiscalizadores com antecedência, pela internet, o tipo de carga que está chegando ao porto, a ficha técnica do produto - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FIESPQ), o volume e o local onde será armazenado, entre outros dados. Essas medidas contribuem para prevenir situações de emergência com eficácia. de acesso é o lançamento do edital para contratação de equipamentos de rede, servidores, licenças de softwares e programas. As melhorias beneficiam colaboradores da área operacional e clientes. 9 Os desafios do despachante aduaneiro Os primeiros despachantes aduaneiros surgiram no Brasil com a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional. Em 07 de julho de 1809 Decreto Presidencial assinado por Dom João VI regulamentou a profissão, subdividindo-a no ano de 1843 em despachantes gerais e especiais, cada um deles com direito a três ajudantes. A unificação da classe se deu em 1932, proporcionando aos despachantes especiais o direito ao cadastro no quadro de despachantes aduaneiros, requisito exigido por lei para atuação nas alfândegas brasileiras. www.valoraduaneiro.com.br O Decreto nº 646/1992 regulamentou a profissão até 2009, e, aos poucos, o citado Decreto sofreu alterações até a sua completa revogação em junho de 2010, passando o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6759/2009) a compilar a legislação que rege o exercício das funções de despachantes aduaneiros e ajudantes. 10 O Regulamento Aduaneiro prevê a possibilidade de o próprio importador ou empregado da empresa representála diretamente na Receita Federal. Ressalta-se, no entanto, que a execução das atividades inerentes ao desembaraço aduaneiro de mercadorias estrangeiras requer dedicação exclusiva e conhecimento técnico específico na área. Essa função não compõe as atividades básicas da empresa exportadora/importadora, o foco dessas empresas é a produção e a comercialização de seus produtos. Seus Departamentos de Comércio Exterior – COMEX possuem mão de obra especializada nos setores de compras internacionais, análise de viabilidade de negócios, remessa de recursos ao exterior (fechamento de câmbio) etc. A experiência comprova ser inviável adicionar-se às suas atividades o desembaraço aduaneiro. A alta rotatividade de talentos nas empresas, adicionada à necessidade constante de capacitação e formação de novos profissionais, é fator desmotivador à manutenção dessa atribuição à empresa. O amadorismo resulta no atraso na liberação de mercadorias, ocasionando despesas extras de armazenagem nos portos, de aluguéis de containers, além do prazo de carência concedido pelo armador (demurrage), dentre outras. O crescimento do comércio “O crescimento do comércio exterior brasileiro, ocorrido a partir da década de 90, associado aos requisitos mínimos para se adquirir o registro de despachante aduaneiro, colaborou para o significativo aumento de profissionais registrados” exterior brasileiro, ocorrido a partir da década de 90, associado aos requisitos mínimos para se adquirir o registro de despachante aduaneiro, colaborou para o significativo aumento de profissionais registrados, porém o acréscimo de profissionais não veio acompanhado da qualificação técnica imperativa ao exercício da função. A falta de qualificação técnica que resulta na inferior prestação de serviços colabora para a desqualificação das funções e da remuneração na prestação de serviços de desembaraço aduaneiro. Objetivando a valorização da qualificação técnica e profissional do despachante aduaneiro, a Instrução Normativa/SRF nº1169/2011 instituiu o exame de qualificação técnica para o exercício da profissão e inscrição no Registro de Despachante Aduaneiro (RDA). O exame propõe-se a avaliar a capacidade profissional do ajudante de despachante aduaneiro para o exercício da profissão de despachante aduaneiro. A exigência culminará na valorização e respeito do profissional e na profissionalização das atividades de Desembaraço Aduaneiro. Na era do conhecimento o mercado dita as regras. A capacitação técnica, a especialização, a modernização e até mesmo a mudança de paradigmas são requisitos de sobrevivência. Os despachantes aduaneiros modernos não se prestam simplesmente ao protocolo de documentos, esses profissionais assessoram as atividades do desembaraço aduaneiro de mercadorias com expertise desde as informações iniciais de cadastro na Receita Federal do Brasil, passando pela elaboração de projetos, Registros de Operações Financeiras (ROF), elaboração de Licenças de Importação (LI) junto aos órgãos anuentes, registro da Declaração de Importação/Exportação(DI/DE) até a total liberação das mercadorias nas alfândegas. Em que pesem as polêmicas em torno do assunto, o exame de qualificação dos ajudantes de despachantes é imperativo para a elevação do nível técnico e profissional da futura geração de despachantes aduaneiros. O nivelamento desses profissionais resultará numa prestação de serviços de excelência, com a redução de multas e penalidades provocadas, em parte, pela falta de qualificação técnica. O profissional do século 21 não poderá limitar-se à prestação dos serviços básicos que envolvem o desembaraço aduaneiro, o diferencial na prestação “quebra-cabeças” do Comércio Exterior brasileiro, merecendo o respeito, a consideração e o reconhecimento de todos os que, direta ou indiretamente, participam das atividades que envolvem o Comércio Exterior. de serviços será a assessoria completa ao importador/exportador pela inserção da consultoria aduaneira, da logística aduaneira e tributária aos já tradicionais serviços oferecidos. É fundamental que esse profissional domine o idioma nacional falado e escrito e tenha fluência na língua inglesa, a evolução tecnológica possibilitará o manejo de novas tecnologias. Convém mencionar, por fim, que, apesar da pressão diária e da baixa remuneração imposta pelo atual cenário, esses profissionais expõem-se a riscos financeiros, responsabilização civil e criminal. Assim, sem dúvidas, o despachante aduaneiro é peça fundamental no intrincado Experiência e Controle de Resultados Fui apresentada ao comércio exterior quando, há alguns anos, iniciei minha carreira no Polo Petroquímico de Camaçari-Ba. Aprendi com grandes mestres, alguns deles despachantes aduaneiros ainda atuantes na 5ª Região, onde também fui nomeada. Aparecida Alves, Mestranda em Educação USAL-B.A. – MBA Logística UCSAL. Despachante Aduaneiro – Diretora Executiva do Grupo O.P.R. Tributário Aduaneiro Comércio Exterior Logística O FN Advocacia Corporativa é um dos mais conhecidos escritórios de advocacia na área empresarial, com especializações em direito aduaneiro e alfandegário, comércio exterior e direito tributário. Os resultados alcançados em mais de 20 anos de atuação em assessoria e consultoria jurídica, elaboração de pareceres e orientação legal fizeram com que o FN conquistasse reconhecimento não apenas no Brasil, mas também no exterior. Av. Tancredo Neves, 1222 Edf. Catabas Tower - 2º piso Caminho das Árvores Salvador - Bahia +55.71.3183-1174 www.fernandoneves.adv.br Para isso, o escritório sempre investiu em qualidades como competência, saber jurídico, eficiência, ética e confiança nas relações com parceiros e clientes. O investimento em recursos humanos também é, desde o início, um importante diferencial. Nossa equipe tornou-se a expressão maior de todos esses valores que consolidamos ao longo dos anos. Hoje, nosso escritório está presente em Salvador e Brasília, além de manter parcerias consolidadas nas principais capitais. Mantemos também presença na China e na Suíça, além de outros países da Europa e América do Sul. Mas esteja onde estiver, nosso cliente sabe que pode contar com um time de profissionais treinados e comprometidos na busca das melhores soluções para oferecer um serviço de excelência verdadeira. A LOGÍSTICA DE ARMAZENAGEM NO COMÉRCIO EXTERIOR Por Joaquim L. de Souza* No Brasil, nos últimos anos, logística virou palavra da moda. O mais das vezes é empregada sem o menor critério e, em certos casos, até indevidamente. Do caminhoneiro autônomo ao pequeno, médio e grande empresário, todos incluíram a logística no seu vocabulário. www.valoraduaneiro.com.br Segundo o “Mestre” Aurélio, a palavra logística se origina do francês “logistique”, que vem a ser a “parte da arte de guerra que trata do planejamento e da realização de várias etapas (obtenção de suprimentos, armazenamento, transporte, manutenção e distribuição de material bélico...) destinadas a ajudar o desempenho de qualquer função militar.” (grifo nosso). Com efeito, logística referese à administração e organização de todas as fases de qualquer operação – abrangendo os pormenores – que se pretenda bem-sucedida, firmando-se contemporaneamente como fator de eficiência e diferenciação entre empresas. 12 Retroagindo um pouco no tempo, lá pelo início dos anos 90 a Logística começou a ser cantada em prosa e verso no Brasil na ocasião em que foi deflagrado o processo de abertura econômica e logo após a expansão das importações brasileiras, que, no seu bojo, entronizou algo que o brasileiro tinha esquecido, ou, até então, dispensado pouca importância: Parâmetros, que vêm a ser a comparação, quer de produtos, quer de preços e/ou de serviços desejados. Outro fator contributivo para a afirmação da logística foi a estabilização monetária, que pôs fim à famosa ciranda financeira, em que as empresas ganhavam com a armazenagem de matéria-prima, insumos e ou produto acabado, obtendo ganhos com os aumentos sistemáticos de preços. A par desses fatores, há que se destacar as mudanças que impactaram substancialmente nos negócios das empresas, a exemplo da globalização, da desregulamentação, da privatização e, sobretudo, dos avanços tecnológicos, obrigando-as a enfrentarem novos desafios em termos de competição. As empresas dos setores automobilístico e eletrônico, entre outras, servem como exemplo das que passaram a se concentrar em seus “core-business”, transferindo para terceiros as atividades relacionadas à pré-montagem, fornecimento às linhas de montagem, embalagem etc As empresas dos setores automobilístico e eletrônico, entre outras, servem como exemplo das que passaram a se concentrar em seus “core-business”, transferindo para terceiros as atividades relacionadas à pré-montagem, fornecimento às linhas de montagem, embalagem etc., utilizando, para tanto, sistematicamente e em níveis crescentes, ... não basta um marketing agressivo nem, tampouco, uma boa campanha publicitária. Antes, é preciso aumentar a taxa de inovação, conhecer e levar em conta as necessidades e exigências dos seus clientes e direcionar os processos logísticos da empresa para atendê-las com a eficiência requerida. Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior 20ª edição Onde o setor faz negócios C M Y CM MY CY CMY 14 a logística como forma de reduzir estoques, custos, tempo de suprimento entre outras vantagens obtidas. pesquisa deve ir além dos clientes tradicionais, valendo incluir o cliente do cliente, motoristas dos caminhões etc. Até porque a fonte da vantagem competitiva sustentável está na capacidade da empresa em destacar-se dos seus concorrentes. Nesse particular, não basta um marketing agressivo nem, tampouco, uma boa campanha publicitária. Antes, é preciso aumentar a taxa de inovação, conhecer e levar em conta as necessidades e exigências dos seus clientes e direcionar os processos logísticos da empresa para atendê-las com a eficiência requerida. A propósito, convém não esquecer que, em qualquer segmento, a resistência às mudanças é grande, daí por que as empresas de armazenagem focadas na competitividade devem trabalhar continuamente para incentivar as inovações que vão resultar em mudanças construtivas. É preciso ter em mente que a imagem transmitida pode representar a diferença entre uma boa e uma excelente armazenagem. Numa atividade de prestação de serviços, como a de armazenagem, seja ela no segmento alfandegado ou não, mas, seguramente, como elo de maior influência na cadeia logística de “Movimentação, Armazenagem e Distribuição”, não basta perguntar aos clientes o que pode ser oferecido além do que já é disponibilizado. Esta A CLIA-EMPÓRIO, pioneira no segmento alfandegado no Norte/ Nordeste, também pode ser invocada como exemplo da empresa que soube entronizar no seu contexto operacional a logística como uma atividade estratégica direcionada para satisfazer as necessidades dos seus clientes. Destarte, ao longo desses anos de atuação na cadeia logística do Comércio Exterior, por estar inserida no contexto dos processos logísticos que envolvem movimentação e armazenagem de cargas importadas e/ou destinadas à exportação, soube adotar como corolário da sua política de qualidade a busca sistemática de inovações e soluções logísticas capazes de fidelizar a preferência dos usuários dos seus serviços como contrapartida da credibilidade de sua atuação. O Brasil, evidentemente, ainda não atingiu os estágios mais desenvolvidos em termos de abrangência dos serviços logísticos, a exemplo, entre outros, da logística reversa. Contudo as mudanças ocorridas nos últimos anos no ambiente competitivo têm contribuído para tornar o consumidor mais exigente e, por via de consequência, evidenciado o reconhecimento da importância da utilização da logística em larga escala e em todos os níveis dos mais diversos segmentos da nossa economia. ■ ■ ■ ■ ■ Aeroportos EADIs Portos Terminais Serviços e Sistemas de Transporte 13h às 21h Transamerica Expo Center São Paulo – Brasil ■ Logística ■ Comércio Internacional de Cargas ■ Equipamentos ■ Tecnologia 2º MAIOR EVENTO DO MUNDO PARA OS SETORES DE LOGÍSTICA, TRANSPORTE DE CARGAS E COMÉRCIO EXTERIOR MAIS DE 45 MIL VISITANTES ALTAMENTE QUALIFICADOS Para expor ou patrocinar Kelly Lima (11) 4878-5921 Felippe Fontanelli (11) 4878-5922 [email protected] 65% DOS VISITANTES SÃO EMBARCADORES DE CARGAS EM BUSCA DE NOVAS SOLUÇÕES www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br K O mundo Intermodal em exposição 1 a 3 Abril de 2014 www.intermodal.com.br Realização Patrocínio 15 Tecon Salvador Novos investimentos Nos últimos cinco anos, o Tecon Salvador cresceu aproximadamente 23% em sua movimentação total. Por estar localizado próximo a grandes polos produtores e a quase todas as regiões brasileiras, o terminal tem acesso a uma diversidade de cargas, que vai do agronegócio até o setor industrial. Já descarregaram no terminal cargas para projetos eólicos, indústria química e outros segmentos. Só em janeiro deste ano, o Tecon Salvador recebeu mais de 11 mil metros cúbicos de equipamentos do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, empreendimento da Odebrecht para atuação no desenvolvimento da produção de óleo e gás no pré-sal. Ainda para 2014, está previsto descargas do setor automobilístico atendendo as empresas Foton e Jac Motors. movimentou 289 mil TEUs em 2013, crescendo 6,3% em relação ao ano anterior. PRINCIPAL PORTO DO NORDESTE ENCERRA O ANO COM CRESCIMENTO E MOVIMENTAÇÕES RECORDES 16 O incremento na movimentação de cabotagem, a participação no escoamento da safra de frutas e o recorde de importação são alguns dos resultados positivos que o Tecon Salvador conquistou após a sua expansão e modernização. Com investimentos na ordem de R$180 milhões, o terminal foi ampliado, e hoje se configura como o principal porto do Nordeste. Atualmente o Tecon Salvador dispõe de uma moderna e eficiente estrutura operacional que permite operar os maiores navios que transitam na costa da América Latina. De janeiro a dezembro, foram movimentados mais de 289 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), atingindo um incremento de 6,3% em relação a 2012. Um dos destaques do ano foi o aumento de 16% de cabotagem em contêineres cheios (44,6 mil TEUs movimentados), refletindo a tendência de diversificação do modal logístico e o empenho comercial para a atração e conteinerização de novas cargas. Atrelado a isso, o terminal dispõe de um cais preferencial para navios de cabotagem e um escritório, em Manaus, região considerada estratégica para desenvolver o modal. O resultado disso foi o aumento extraordinário na movimentação, principalmente, de alimentos derivados de leite e carnes de frango (204%), siderúrgicos - cobre e derivados (132%) e bebidas - cervejas (40%). Com as descargas - longo curso - não foi diferente. A movimentação de mais de 60,7 mil teus teve incremento de 16% nas importações em relação a 2012. As cargas importadas foram majoritariamente insumos para a indústria química, eletroeletrônicos, além de maquinário para instalação e renovação de empresas instaladas na Bahia. “Esse resultado acompanha o processo de organização e crescimento industrial pelo qual passa o estado da Bahia, somado ao gradativo aumento da renda doméstica e do consumo, o que torna as expectativas para 2014 extremamente positivas”, afirma a gerente comercial, Patrícia Iglesias. As mudanças e melhorias do terminal contribuíram para a redução significativa de 98% no tempo de espera dos navios, que passou de 24 horas para 35 minutos, gerando uma economia de U$ 23 milhões para os armadores. Para João Luís Gomes, gerente do grupo Hamburg Sud (filial Salvador) “esses avanços são importantes, pois permitem programar uma entrega, cumprindo o serviço dentro do prazo estabelecido. Isso é uma condição essencial para ter sucesso e credibilidade com os clientes”. Longo curso - Nas movimentações de longo curso, mais uma vez figurou Salvador em primeiro lugar entre os terminais de contêineres do Nordeste. Foram operados 134 mil TEUs cheios na modalidade, destacando o escoamento de 52% da safra de frutas do Vale do São Francisco, ante 38% da safra movimentada em 2012. As mais 120 mil toneladas de uva e manga tiveram como destino a Europa e América do Norte. “O Tecon Salvador recuperou posição de destaque no escoamento das frutas do Vale. O terminal ampliou as opções de serviços marítimos, o número de tomadas reefer para receber cargas refrigeradas e, também, criou o Reefer Inteligence, especializada no atendimento para estes clientes”, afirma Patrícia. As operações de longo curso mantém sua linha de crescimento também em 2014. No mês de janeiro, foram movimentadas 140 mil toneladas, 10% a mais do volume movimentado no mesmo período do ano anterior. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br Da Redação 17 O renascimento do modal ferroviário no Brasil 18 Apesar de tentativas e esforços anteriores, foi apenas em 1854, dois anos após a assinatura do DecretoLei 641 – que estabeleceu para os investidores da época incentivos para a construção de linhas férreas no Brasil, como prazos de concessão de até 90 anos, isenção de impostos na importação de locomotivas e vagões, taxa de retorno garantida para o capital investido, além de direito a desapropriação de terras –, que foi inaugurada por Irineu Evangelista de Souza, mais tarde conhecido como Barão de Mauá, a primeira ferrovia do País. Com apenas 14,5 km de extensão a Companhia de Navegação a Vapor – Estrada de Ferro Petrópolis, ligava o Porto de Mauá, na Baía de Guanabara, à região Serrana do Rio de Janeiro. Deu-se aí o pontapé inicial para a construção da malha ferroviária brasileira. Em 1889, ano da proclamação da República, havia no Brasil pouco mais de 9.500 km de ferrovias em operação, que atendiam à capital e catorze províncias. A partir daí a malha ferroviária nacional passou por forte expansão, atingindo aproximadamente 29.000 km no final da década de 20. Tal crescimento, porém, diferente do ocorrido em outros países, foi desordenado. Foram construídos trechos com excesso de curvas e sem padronização na via permanente, tendo como consequências uma maior distância entre as cidades, limitação da capacidade da via, além da pluralidade nos tamanhos das bitolas. Em complemento, não foi dada a devida importância para a construção de terminais ferroviários eficientes. Boa parte dos carregamentos era feita nas próprias estações ferroviárias, limitando a possibilidade de formação de trens maiores e mais produtivos. A partir da década de 30 o Governo Federal passou a priorizar o desenvolvimento do modal rodoviário na matriz de transportes do país. Além disso, foi iniciado um processo de estatização das ferrovias controladas por capital estrangeiro para evitar que parte delas “quebrasse”. A falta de planejamento adequado, somada à falta de recursos provocada pelo período de guerras, fez com que os investimentos no setor ferroviário, e por consequência o ritmo de novas construções, caíssem. As ferrovias sofreram a partir daí um processo de degradação e redução da malha, que havia chegado a aproximadamente 35.000 km. A falta de investimento e manutenção adequados agravou a já precária situação econômica das ferrovias brasileiras. No final da década de 50 aproximadamente 14% da receita da União era consumida pelos déficits das mesmas. O “remédio” encontrado pelo Governo foi a criação, em 1957, da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), empresa que reuniu 22 ferrovias e que foi criada com a finalidade de reduzir os déficits por meio da modernização das operações, aumento da produção e corte de despesas. De fato a RFFSA introduziu algumas mudanças importantes, como a adoção de locomotivas com tração dieselelétrica, substituindo a tração a vapor; utilização de trilhos mais pesados e de maior capacidade; extinção de trechos considerados antieconômicos etc. Entretanto a RFFSA continuou sofrendo com a falta de recursos, provocada pelas diversas crises econômicas ocorridas nas décadas de 70 e 80, e com a manutenção da prioridade pelo desenvolvimento do modal rodoviário. Foram mais de 20 anos sem investimentos adequados no setor. O Governo decide, então, privatizar a RFFSA, o que ocorre entre os anos de 1996 e 1998. Mais de 28.000 km de linhas férreas foram concedidos a operadores privados que retomaram os investimentos no setor, aumentando a segurança no transporte e elevando o volume transportado pelo modal. De acordo com a ANTF – Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, entre os anos de 1997 e 2012 foram investidos R$ 33,4 bilhões pelas concessionárias na compra de vagões e locomotivas, recuperação da malha ferroviária, melhorias no transporte, adoção de novas tecnologias e capacitação profissional. Como consequência dos novos investimentos, a produção das ferrovias brasileiras cresceu 117% nos 16 anos seguintes à privatização, saindo de 137,2 bilhões de tku em 1997 para 297,7 bilhões de tku em 2012, conforme Gráfico 1. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br Por Marcio Eduardo Medina* “A falta de investimento e manutenção adequados agravou a já precária situação econômica das ferrovias brasileiras. No final da década de 50 aproximadamente 14% da receita da União era consumida pelos déficits das mesmas. “ 19 www.valoraduaneiro.com.br 20 Elevou-se também a participação do modal ferroviário na matriz de carga do país, saindo de 19,9% logo após a desestatização da malha para números próximos a 30% no final de 2011. A expectativa é que a participação do modal continue crescendo, chegando a 36% em 2025, puxada pela continuidade dos investimentos das concessionárias e pelo PIL – Programa de Investimentos em Logística, lançado pelo Governo Federal no segundo semestre de 2012, que prevê investimentos de R$ 99,6 bilhões em construção e/ou melhoramento de 11 mil km de linhas férreas. Destaca-se ainda a evolução nos números relacionados à segurança envolvendo trens de carga. De acordo com a ANTF, desde 1997 o número de acidentes por milhão de trens.km caiu 82,8%, atingindo patamares próximos aos de referência internacional, que variam entre 8 e 13 ocorrências, sendo “Entre os anos de 1997 e 2012 foram investidos R$ 33,4 bilhões pelas na compra de vagões e locomotivas, recuperação da malha ferroviária, melhorias no transporte, adoção de novas tecnologias e capacitação profissional. esse resultado reflexo direto dos aportes realizados em treinamento, melhora da malha e novas tecnologias. O balanço dos últimos 16 anos indica que o modal ferroviário no Brasil evoluiu em várias frentes, transformando um setor que apresentava déficits anuais próximos a R$ 300 milhões em uma indústria geradora de lucro. O desafio agora é manter a tendência de evolução. Para isso, é necessário promover a expansão da malha, a continuidade da melhoria nos trechos ferroviários já existentes (a maior parte com idade secular), além de criar novas condições que favoreçam a intermodalidade, como a construção e modernização de terminais de transbordo e portuários capazes de promover o aumento de produtividade e consequente redução de custos. O Brasil precisa disso. Marcio Eduardo Medina, Gerente Comercial da VLI e responsável pela comercialização de serviços para os setores de açúcar e fertilizantes. [email protected] Transporte de Cargas Excedentes 22 Acreditamos que o cenário do transporte de cargas excedentes no Brasil é promissor para os próximos 10 anos. Mesmo com as oscilações da economia mundial, a competitividade globalizada sempre estimulará as empresas a investirem em sua ampliação e modernização, para manter seu crescimento sustentável e atender às necessidades de seus stakeholders. Já em plena execução, existem diversas oportunidades de negócio em infraestrutura, implantação de novas fábricas, ampliação de plantas industriais, construção de parques eólicos, estaleiros, paradas de manutenção, dentre outros. A magnitude de uma operação em transportes de cargas excedentes ou logística over-sized extrapola o conceito básico da logística em transportar uma carga do ponto A ao B com qualidade, segurança, pontualidade e rentabilidade. Para mitigar todos os riscos se faz necessário um planejamento minucioso de cada operação. Para os que não gostam de trabalho repetitivo, aqui é o paraíso. Cada transporte é dinâmico, com sua peculiaridade e responsabilidade civil, não existindo margem para erro. Escopo do serviço: Nesta fase inicial são coletadas todas as premissas e informações da operação e carga para estruturação do projeto, tais como transit time, dimensões, pesos, fragilidade, particularidades, geometria, cálculos, amarração, centro de gravidade, resistência estrutural, dentre outras. É vital não deixar faltar nenhuma informação para que o planejamento seja o mais preciso possível. A falta de informação pode gerar prejuízo, dano material e civil. Rotograma: Licenças especiais: Detalha-se toda a rota verificando quilometragem total a ser percorrida, tempo de viagem, legislação, condições das rodovias, topografia, peso e horários permitidos para trafegar, exigências das concessionárias, necessidade de remoção de fiações, contato com os órgãos públicos, dimensões e limitações das obras de arte (viadutos e pontes), se necessário trafegar na contramão, manobras para desviar de obstáculos fixos, fluxo do trânsito, escolta de batedores e da PRF – Polícia Rodoviária Federal. Com todos os dados da operação consolidados, verifica e organizase toda a documentação dos veículos e equipamentos. Por exemplo: para cargas com largura excedente a 3,20m e/ou comprimento maior que 23,00m e/ou altura maior que 4,40m se faz necessária a solicitação da AET – Autorização Especial de Trânsito nos órgãos: DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e DER – Departamento de Estradas e Rodagem dos estados e, se preciso, também à Polícia Rodoviária Federal para programar viatura junto aos veículos batedores/escolta da empresa, além da comunicação junto às concessionárias de pedágio.responsável para execução do serviço, calculando, dimensionado e aprovando os equipamentos para transporte e movimentações das cargas. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br Por Fábio Moreira de Souza* Fluxograma Simplificado do Transporte de Cargas Excedentes 23 Definição dos equipamentos e equipe: www.valoraduaneiro.com.br Após coleta e organização das informações fazemos o levantamento técnico de compatibilidade dos equipamentos para amarração, transporte e movimentação das cargas, configuração dos veículos e equipamentos, capacidade de cargas, pesos máximos autorizados pelo DNIT/ DER. Tão importante quanto os equipamentos é o fator humano, a equipe é escalada de acordo com a expertise necessária de cada motorista, operador de guindaste e rigger para executar a operação com segurança, eficiência, qualidade e rentabilidade. 24 Viabilidade do serviço: Execução do serviço: Este estudo minucioso é feito pela equipe especialista da transportadora e de seu cliente. Além de levantar todos os custos pertinentes à operação, também é feito laudo técnico pelo engenheiro responsável para execução do serviço, calculando, dimensionado e aprovando os equipamentos para transporte e movimentações das cargas. Aqui a sinergia da equipe e equipamentos faz o projeto tomar vida, transpondo a papelada, em que tudo é posto em prática, inclusive capacidade de solucionar problemas imprevistos com agilidade para não comprometer a operação. “A magnitude de uma operação em transportes de cargas excedentes ou logística over-sized extrapola o conceito básico da logística em transportar uma carga do ponto A ao B” Benchmark para futuras operações: Após realização da operação é feita uma pesquisa de satisfação com o cliente e uma reunião de fechamento com a equipe no intuito de levantar todos os pontos aprendidos e melhorar para futuras operações, focando na melhoria contínua dos serviços prestados aos nossos clientes. Saiba Mais! A logística de cargas excedentes é uma atividade complexa, além de todos os treinamentos da equipe, processos, procedimentos, normas, legislação, certificação e investimentos em equipamentos de alto valor agregado. Se o fator humano tomar uma decisão errada, por um instante, os danos serão irreversíveis. Como, por exemplo, recentemente houve um acidente no Estado da Bahia em que um trator se desprendeu da carreta na pista e chocou-se contra um ônibus, ocasionando a morte de quatorze pessoas. Na mesma semana, no Estado do Rio de Janeiro, um motorista derrubou uma passarela, sendo o limite máximo de altura na pista de 4,5m, levando a óbito quatro pessoas. Como já dizia Confúcio: “Se quiser ter prosperidade por um ano, cultive grãos. Por dez, cultive árvores. Mas para ter sucesso por 100 anos, cultive gente”. Fábio Moreira de Souza, Administrador de empresas, Gerente de Logística na Ibéria e docente MBA em Controladoria na Unifacs. Já atuou em empresas de grande porte como: Columbia, JSL, Schincariol e Scania, na gestão de logística, comercial e administração. Linkedin: br.linkedin.com/in/ fabiomoreiradesouza/ Para aprofundar conhecimentos: • NR11 – Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais. Embasados nos artigos 182 e 183 da CLT (consolidação das leis do trabalho). • MPO17 – Manual de Procedimento Operacional da Polícia Rodoviária Federal que regulamenta o credenciamento, funcionamento e fiscalização das empresas responsáveis pela execução dos serviços de escolta aos veículos de transporte de cargas superdimensionadas. • Resolução Nº11 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. Estabelece as instruções para transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e / ou dimensões e para trânsito de veículos especiais • dnit.gov.br e derba.ba.gov.br A TOPLOG NÃO PARA DE INVESTIR. REVISÃO DA HABILITAÇÃO NO SISCOMEX – ALCANCE DA ACEPÇÃO “CAPACIDADE FINANCEIRA” Por Fernando Neves e Carolina Silveira* www.valoraduaneiro.com.br 26 Ora, ativo circulante, em contabilidade, é uma referência aos bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em curto prazo. Não é razoável que os importadores sejam impedidos de dar cumprimentos aos seus contratos em razão de uma interpretação restritiva da legislação aplicável à revisão de habilitação no SISCOMEX. Os procedimentos para habilitação no sistema encontram-se disciplinados na Instrução Normativa SRF nº 1.288 de 2012, que prevê dois tipos de habilitação: Segundo a citada Instrução normativa, a pessoa jurídica habilitada na submodalidade “limitada” poderá, para fins de habilitação na submodalidade ilimitada, requerer, revisão da estimativa apurada na análise fiscal, apresentando documentação que ateste capacidade financeira superior à Ocorre que esta interpretação vai de encontro com a teleologia da norma aplicável e fere de morte os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e livre atividade econômica. Os ativos que podem ser considerados como circulantes incluem: dinheiro em caixa, conta movimento em banco, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas antecipadas, numerário em caixa, depósito bancário, mercadorias, matérias-primas e títulos. Atualmente, para as empresas realizarem operações de importação ou exportação, é necessária a sua habilitação no Siscomex - Sistema Integrado de Comércio Exterior, instrumento que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior. a) ilimitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade financeira a que se refere o art. 4 º e seus parágrafos seja superior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América); ou b) limitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade financeira a que se refere o art. 4 º e seus parágrafos seja igual ou inferior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América); ou importadores a comprovação da capacidade financeira, unicamente, através da existência de capital (moeda corrente) em conta bancária. Fernando Neves, Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Advogado atuante nas áreas tributária, aduaneira, previdenciária de custeio. Pós-graduado em Direito Previdenciário pela Universidade Gama Filho / CEED e em Regulação de Serviços Públicos com ênfase em Tributação do Gás e Petróleo pela UFBA/FAPEX. Contato: [email protected] A norma é clara quando dispõe que entre outras situações, a capacidade financeira poderá ser atestada através de capital disponível em ativo circulante, ou seja, em nenhum momento é taxada a necessidade de disponibilidade de dinheiro em contacorrente. estimada. A norma é clara quando dispõe que entre outras situações, a capacidade financeira poderá ser atestada através de capital disponível em ativo circulante Neste sentido, o ato declaratório COANA n. 33/2012 foi além e facultou a interpretação acerca da acepção “capacidade financeira” dispondo que poderá a mesma ser comprovada através da existência de capital disponível em ativo circulante. A verdade é que a Receita Federal do Brasil vem indeferindo os pedidos de revisão de habilitação por considerar que deve haver por parte dos Neste contexto, recentemente o escritório FERNANDO NEVES ADVOGADOS & CONSULTORES obteve uma liminar para uma empresa baiana para que a mesma pudesse habilitar-se na submodalidade ilimitada comprovando a sua capacidade financeira através dos contratos já firmados. Dessa forma, o importador que for prejudicado com o indeferimento do pedido de revisão de habilitação poderá recorrer ao judiciário para que seja realizada uma interpretação coerente acerca da acepção “capacidade financeira”. Carolina Silveira, Advogada graduada pela Universidade Católica do Salvador – UCSAL. Pós -graduada em Planejamento Tributário pela Universidade Salvador – Unifacs / Laureate International Universities. Pós - graduanda em Comércio Internacional pela LFG- Universidade Anhanguera (SP). Coordenadora do núcleo tributário e aduaneiro do escritório Fernando Neves Advogados & Consultores. Contato: carolinasilveira@ fernandoneves.adv.br ALGUMAS QUALIFICAÇÕES DE UM PORTO EFICIENTE necessidade básica para que os navios possam atracar e desatracar nos portos sem riscos para o “casco”, carga e seus tripulantes. Os portos com profundidade maior permitem que as grandes embarcações transportem mais carga cobrando um frete menor, importante para a competitividade do comércio mundial. Os calados dos portos brasileiros variam de 9m em Recife-PE, 15m em Suape-PE, 17m em Itaguaí-RJ e até 23m no Terminal de Ponta da Madeira (MA), onde os supernavios graneleiros chegam a carregar até 400 mil toneladas de minério de ferro de uma só vez. EQUIPAMENTO é outra ferramenta indispensável e essencial para que as operações sejam realizadas de forma segura e rápida, a fim de que os navios permaneçam o menor tempo possível atracados, permitindo escalas com custo operacional baixo. Outra importante qualidade para que as operações portuárias ocorram de forma segura e sem atrasos tem a ver com espaço físico, também conhecido como RETROÁREA, necessária para acomodação temporária das mercadorias que são descarregadas e carregadas. Os grandes portos mundiais estão a cada ano multiplicando esses espaços, principalmente com o aumento contínuo da movimentação de contêineres no planeta. Vale notar que dentro dessas mencionadas áreas armazéns bem projetados e de alta capacidade também devem fazer parte desse cenário. E se há cargas chegando e saindo 24 horas por dia do porto é preciso transporte e ACESSO fáceis, pois tanto a logística rodoviária quanto a ferroviária exigem rotas dedicadas para alcançar o complexo portuário. 28 Sinalizar algumas características para qualificar um porto eficiente e competitivo não é uma tarefa muito difícil. Podemos começar com a primeira qualidade, requisito básico para se construir um porto: PROFUNDIDADE, também chamada de “calado” ou “draft” em inglês. Essa é uma Robson Guedes, Gerente Administração de Vendas / Administration Sales Manager Departamento de Manganês - Vale Km 24 da BR 324, Simões Filho, Bahia, Brasil Contato: [email protected] E, para finalizar, PESSOAS, pois sem mão de obra capacitada e comprometida um porto não suporta o fluxo intenso de entrada e saída de cargas e navios simultaneamente durante os 365 dias do ano. Afinal de contas, um bom porto não descansa. www.valoraduaneiro.com.br www.valoraduaneiro.com.br O melhor conceito que conheci sobre porto é que ele pode ser comparado a um ponto de transição, por onde cruzam mercadorias de todas as naturezas, além de pessoas que, em algumas circunstâncias passam a ser consideradas também como cargas, normalmente transportadas nos imensos e luxuosos navios transoceânicos conhecidos como “paquetes”. Entretanto essa rota de passagem de tantos produtos requer uma série de estruturas adequadas e com custos competitivos para se tornarem atraentes para comerciantes (exportadores/ importadores) e armadores (donos dos navios). 29 BYSOFT – Desenvolvedora de Soluções em Sistemas para Comércio Exterior paulistana, comemora 23 anos de trajetória Para conhecer a Bysoft, acesse: www.bysoft.com.br O PRIMEIRO CLIA DO NORTE-NORDESTE Contato: 55-11-3585.6000 [email protected] Para falar com o Representante Bysoft Nordeste: www.iwtec.com.br Edneia Moura Chebabi, Diretora Executiva e fundadora da Bysoft Empresa especializada no desenvolvimento de soluções em sistemas para Comércio Exterior, fundada em 1991, na Cidade de São Paulo, com escritórios de representação nas regiões Nordeste, Sul e CentroOeste, se destaca por sua excelência na concepção de produtos e serviços de software para a cadeia de operação logística, integrando todos os intervenientes do processo através de um único módulo de sistema ERP de Comércio Exterior, denominado i-Global. Desde então não parou mais de investir em tecnologia. Ao longo de sua existência, buscou o aprimoramento de sua arquitetura de software, implementando processos de documentação avançada e desenvolvendo o conceito de Software as a Service – SaaS, permitindo que a informação possa ser compartilhada em ambiente WEB, com baixo consumo de hardware e investimento para os seus clientes. A abrangência de seus produtos lhe proporciona ser provedora para os segmentos de: importação e exportação, comissárias de despachos, agentes de cargas, trading companies e transportadoras rodoviárias, integrando as suas soluções sistêmicas aos órgãos intervenientes do Anvisa, Mapa-SigVig, Marinha Mercante, Siscarga, Mantra, Sefaz, Prefeituras, entre outros. Com 1.700 licenças de uso ativas, somando mais de 60.000 usuários, orgulha-se pela curva de crescimento exponencial atingida desde o ano de 1999, na marca de 35%. A mensagem que transmite é que, as mudanças por quais passou em todos os seus anos de existência, resultaram na reconstrução dos alicerces que sustentam uma Companhia de sucesso, voltada ao compromisso com a qualidade, respeito e atendimento de excelência para o seu cliente. A exemplo do ocorrido em 1990, quando a Cia. Empório obteve a permissão para explorar, em caráter pioneiro no Norte e Nordeste, um “Terminal Retroportuário Alfrandegado – TRA”, obtivemos, agora, a licença para operar, pioneiramente nesta Região, um Centro Logístico e Industrial Aduaneiro – CLIA. Cumpre-nos informar, outrossim que o regime do CLIA não altera as atividades até então desempenhadas pela EADI abrangendo os regimes: I Comum e II Suspensivos: entreposto aduaneiro na importação e exportação, admissão temporária, trânsito aduaneiro, drawback, depósito alfandegado certificado e depósito especial alfandegado. www.valoraduaneiro.com.br O processo de consolidação de sua marca iniciou-se em 1994, com o advento da chegada do Sistema de Comercio Exterior – Siscomex, instituído pela Secretaria da Receita Federal – SRF, com o intuito de informatizar as guias de importação e exportação, as quais, naquela época, eram preenchidas através de máquina de escrever ou de soluções sistêmicas de preenchimento automatizado, tais como as que a Bysoft já comercializava. A Companhia Empório de Armazéns Gerais Alfrandegados tem a grata satisfação de comunicar aos prezados Clientes, Despachantes e a todas as entidades e “players” que atuam no segmento do Comércio Exterior, que a Superintendência Regional da 5º Região Fiscal acatou o pedido de adesão da Eadi-Empório ao novo regime previsto na medida Provisória nº 612, de 4 de abril de 2013, concedendo-lhe, através do Ato Declaratório nº 7, de 23 de julho de 2013, a licença para a transferência de Porto Seco para o regime de exploração de “Centro Logístico e Industrial Aduaneiro - CLIA”, em vigor desde a data da sua publicação no DOU de 30 de julho de 2013. 31 design/diagramação: [email protected] FORTALEZA: Av. Eng Santana Jr, 3000 - Sala 1202 Ed. Central Park Business - Bairro: Cocó - CEP: 60.192-205 - Fortaleza - CE - Tel: + 55 85 3031-3800 - Fax: +55 85 3031-3701 | RECIFE: Rua Gal. Joaquim Inácio, 830 - Sala 407- Bairro: Paissandú CEP: 50.070-270 - Recife - PE - Tel.: + 55 81 3037-0616 - Fax: + 55 81 3034-0616 | SALVADOR: Rua Roberto Ottoni, 864 - Bairro: Valéria CEP: 41.301-325 - Salvador - BA - Tel.: + 55 71 3616-0100 - Fax: + 55 71 3616-0105
Documentos relacionados
Revista Comex Logistica
ao longo destes anos junto às autoridades federais, em esforços comuns com estas, tanto que mais tarde inseriu-se nesse mesmo Regulamento, a exigência de “aprovação em exame de qualificação técnica...
Leia mais