«sereMos iMunes a pressões ilegítiMas ou a interesses sectoriais»
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«sereMos iMunes a pressões ilegítiMas ou a interesses sectoriais»
Pintura Henna é um “ritual e uma experiência para os 5 sentidos” 1,50 € SEMANÁRIO | ANO 16 | Nº 805 sexta-feira | 24 de Abril de 2015 DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR tribunadamadeira.pt A arte corporal já começou a cativar as madeirenses. 6 «Seremos imunes a pressões ilegítimas ou a interesses sectoriais» O empossado Presidente do XII Governo Regional da Madeira mostrou-se confiante e seguro durante o seu discurso na tomada de posse. Miguel Albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim, e não esqueceu os emigrantes. O governante também enviou uma mensagem às famílias madeirenses e portosantenses, aos jovens, aos pais e aos idosos. 8 a 11 Brito gera expetativas na Saúde novo cerco nas “Malvinas” 32 Operação da PSP volta a isolar o bairro para “operação de limpeza”. Filme “Águas” estreia no Teatro Municipal 13 28 Madeira com menos desempregados Região ainda longe da meta 22 Abandono escolar precoce continua a ser mais alto na Região que no País. 12 HÁ falta de 350 novos enfermeiros “Open Day” de reflexologia no jardim do Lido 15 Informação online em www.tribunadamadeira.pt No sábado, dia 25, das 17 às 19 horas. 16 e 17 2 semeador TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Selecção mundial dos “mete nojo” Escolho estes porque são os mais óbvios e que correm as bocas populares. Mas cada um deles tem uma tão grande catrefada de suplentes que fico a pensar, preocupadamente, no futuro da Humanidade… Casillas – o aviário José Castelo Branco – o andrógeno Feio todos os dias, o seu maior trunfo é o mesmo o da androgenia, pois os adversários nunca sabem se vão ser comidos pela frente ou por trás. Snifa pó-dearroz antes de entrar em campo e joga a defesa direito com chuteiras de salto alto da Louboutin. Mundialmente reconhecido por ser um verdadeiro aviário itinerante, o que transmite uma imensa insegurança aos seus companheiros de equipa. Todo ele é frangos e racção adulterada. A baliza continua-lhe a ser um mistério tão insondável que até mete nojo. Vladimir Putin – o assassino “O czar”, como também é conhecido, tem dificuldade em sorrir e facilidade em mandar matar os adversários. É um jogador frio, soviético de gema, e um adepto ferrenho da “guerra fria”. Joga a trinco, congela quem lhe aparece pela frente e é patrocinado pela SOGELO, S.A. Vitor Pereira – o bronco É das mais recentes contratações desta selecção. Depois de só ter feito merda na Grécia, de ter levado um enxerto de porrada dos No Name Boys no aeroporto da Portela às 4 da manhã e de ter sido cuspido e escarrado por antigos jogadores do FC Porto, só lhe resta mesmo alinhar por esta merda de equipa. Paulo Futre – o rasca Continua labrego, boçal e altamente rasca. Aparece agora na televisão a fazer anúncios de preservativos agarrado a duas tipas de calendário de oficina. Tem voz rasca, tem olhar rasca, tem postura rasca, tem roupa rasca e um hálito medonho. Que acaba por ser a sua maior estratégia para aniquilar o adversário. Obiang – el português Recentemente admitido na equipa da CPLP por falar português corrente e sem mácula, Obiang é o “toque” exótico nesta selecção, destacando-se pela sua tez e também por ser mundialmente reconhecido enquanto violador dos direitos humanos no seu país. O que representa uma enorme mais-valia pelo pandemónio psíquico que incute no adversário. aNTÓNIO BARROSO CRUZ Nicolas Maduro – o destruidor Conseguiu rapidamente destruir o trabalhinho marxista do seu camarada Chávez. Destruiu a economia, os opositores e a vida de milhões de compatriotas. Pelo que a posição de defesa lateral esquerdo assenta-lhe que nem um bolívar desvalorizado. Berlusconi – o papa-ratas Nos balneários é quem mais gosta de exibir o material e não há ratinha (magrebina, sul-americana ou asiática) que não queira para repasto. É adepto do “todos ao molho e fé nas virgens”. Jogador irrequieto é raro não terminar os jogos sem levar com um tijolo nos cornos e levanta sempre processos judiciais aos árbitros que amiúde lhe mostram o cartão encarnado. Varoufakis – o tigre de papel Verdadeiro sex symbol e sempre em compita com Berlusconi por mais uma ratinha. Dá entrevistas em cenários ricos e requintados enquanto manda o seu povo apertar o cinto. Demagogo encartado augura-se-lhe uma rápida saída de cena para desgosto de muita vulva tremelicante. Jihadi John – o ganda maluco O “ganda maluco” gosta tanto de bola que não se cansa de separar cabeças dos corpos a que pertencem. Veste de negro e ninguém lhe conhece as fuças. O adversário caga-se literalmente nos calções quando o vê entrar em campo com faqueiros completos presos à cintura. João Araújo – o limpinho Sempre ao ataque, é viciado em nicotina e gordura, conforme atesta o seu barril abdominal. Feio, limpo e mau, ainda que a sua boca lhe fuja permanentemente para a porcaria. Gosta de ver jornalistas femininas a tomar banho mas não assume este seu fetiche perante os microfones. É, seguramente, o melhor ponta-de-lança desta selecção nojenta. [email protected] editorial Governo regulamenta fumo em espaços fechados A partir de 2020 será proibido fumar em “locais de uso público em espaços fechados com serviço”, revelou ontem o ministro da Saúde. Paulo Macedo explicou que o Governo da República decidiu conceder “uma moratória de 5 anos” por causa dos investimentos que entretanto foram realizados pelos donos dos estabelecimentos. Cigarros eletrónicos com nicotina também serão proibidos. As alterações à lei do tabaco, que já tem cerca de oito anos, foram aprovadas ontem, quinta-feira, em Conselho de Ministros. Além de proibir por completo que se fume em espaços públicos fechados, com serviço, o Executivo regulamentou a venda de cigarros eletrónicos e a proibição de venda de tabaco com aroma. Paulo Macedo revelou que o Governo aprovou alterações à “proposta de lei do tabaco passados cerca de oito anos da lei vigente”. Os objetivos passam por “proteger os cidadãos da exposição involuntária” ao tabaco; “proteger os fumadores” e “dar-lhe uma proteção adicional através de mais informação”, explicou o ministro. “É determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogo e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística, sendo esta proibição também aplicada à utilização de cigarros eletrónicos com nicotina”, adiantou o comunicado do Conselho de Ministros. Esta lei, sublinhou Paulo Macedo, “protege os trabalhadores [dos espaços em que se fuma], ao mesmo tempo que se protege os investimentos realizados”. Assim, “instituise um período transitório, até final de 2020, para a entrada em vigor da proibição total de fumar nos estabelecimentos de restauração ou bebi- das que já tenham espaços destinados a fumadores, nos moldes da legislação anterior.” O Governo da República regulamentou também os cigarros eletrónicos, produto para o qual não havia qualquer regulamentação em Portugal. O Executivo determinou ainda que os avisos nos maços de tabaco “deixam de ter advertências só em forma de texto e passam a ter conjunto de imagens” e eliminamse referências a “suaves” e “ligths”; os tabacos com aromas passarão a ser proibidos a partir de Maio de 2020; o espaço de publicidade será menor. Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, está convicto que a nova legislação “não terá impacto negativo” para a restauração, uma vez que considera que a proibição de se fumar em espaços públicos fechados não representa perda de clientes. l 3 Inquérito online Está confiante no trabalho que o novo Governo Regional vai desenvolver nos próximos quatro anos? Vote no site: tribunadamadeira.pt Pergunta anterior: Miguel Albuquerque tem condições para desempenhar um bom mandato à frente do Governo Regional da Madeira? Sim - 67% | Não - 33% PUB TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 4 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 «Saccharum Hotel Resort & SPA» um tributo à cana de açúcar O novo hotel dispõe de 175 quartos, 6 suites e 62 apartamentos O «Saccharum Hotel Resort & SPA» foi inaugurado no passado dia 18. Localizado na Calheta, esta nova unidade hoteleira do empresário Avelino Farinha, oferece vários espaços aos clientes, nomeadamente: o Rhum Bar; uma sala de conferências; Business Centre; a Sala Melaço; piscinas exteriores; Fly Lounge; SPA; Court de Squash; Galeria 1425; duas salas para eventos de conferências; etc. Sobranceiro ao mar e próximo da Marina da Calheta, o «Saccharum Hotel Resort & SPA» foi concebido com um enquadramento natural e paisagístico de excecional qualidade, que permite desfrutar, em simultâneo, da proximidade do mar e da montanha. Sustentado por um conceito de hotel design, o resort foi projetado pelo moderno e inovador atelier de arquitetura RH+, dos arquitetos Roberto Castro e Hugo Jesus, enquanto o design de interiores ficou a cargo da designer madeirense Nini Andrade Silva. O hotel, que dispõe de 175 quartos, 6 suites e 62 apartamentos, foi especialmente pensado para oferecer o máximo de qualidade e conforto. Dos vários espaços, é de realçar a Galeria 1425 que surge como homenagem à cana de açúcar e ao antigo Engenho de Mel da Calheta, local onde nasce o «Saccharum Hotel». As instalações apresentam detalhes que fazem a diferença, e no SPA é possível os clientes reencontrar o equilíbrio entre o corpo e a mente. Todo o ambiente que envolve o hotel oferece uma estadia calma e relaxante aos clientes. l Pub Tribuna.pdf 1 23/04/15 publicidade 16:56 TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 DELICIE-SE COM O DESIGN DO SACCHARUM HOTEL C M Y PROMOÇÃO ESPECIAL DE LANÇAMENTO CM MY Fim de semana 1 a 3 de maio CY CMY K 40€ por noite por pessoa com pequeno-almoço incluído OFERTA UPGRADE VISTA MAR Condições: estadia mínima de 2 noites Contatos para reserva [email protected] +351 291 820 800 5 6 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Pintura Henna é um “ritual e uma experiência para os 5 sentidos” Esta arte corporal já começou a cativar as madeirenses As tatuagens de henna têm a particularidade de se destacar mais na zona das mãos e dos pés. Cristina Perneta dedica-se a esta arte milenar que pode ser aplicada em qualquer pessoa, incluindo grávidas. SARA SILVINO T [email protected] ribuna da Madeira (TM) O que a levou a iniciar este método da pintura Henna? Cristina Perneta (CP) Esta actividade vem no seguimento da minha formação em Artes Plásticas, realizada na Universidade da Madeira. Desde muito cedo que partilho o gosto pelo desenho e pela pintura. Nesse sentido, foi algo natural porque está tudo interligado. Aqui a “tela” passa a ser o corpo. Fiquei surpreendida quando vi pela primeira vez esta arte, e foi isso que me levou a explorar esta vertente artística. Porque podemos expressar o que vem da alma. É um privilégio poder fazer este tipo de trabalho nas pessoas. TM - Em que consiste a pintura mehndi? CP - Mehndi é a palavra indiana usada para descrever a Henna. A henna é um corante vegetal temporário baseado nas folhas da planta Lawsonia Inermis, que é aplicado na pele como forma de adorno. A henna é uma arte milenar usada já pelos antepassados do Egipto. É uma arte cheia de magia que simboliza prosperidade, amor e felicidade e está muito ligada a momentos de celebração da vida. É uma das mais antigas formas de arte corporal, sendo usada à milhares de anos em países da Ásia, África e do Médio Oriente. TM - Há quanto tem- po faz estas pinturas corporais? CP - Desde Novembro de 2008. Mas só no início de 2009 comecei a fazer directamente ao público. TM – Este método está diretamente ligado à sua área de trabalho? CP - Sim está directamente ligada à minha área de trabalho. A minha formação base é a pintura e o desenho, que tento aplicar nas diversas áreas de trabalho e projectos. TM - Como é feito este processo de pintura corporal? CP - Primeiro a henna é aplicada na pele, depois permanece durante algumas horas para esta absorver a tinta. Passado um dia ou dois a pele adquire uma tonalidade castanha. Gostaria também de deixar uma breve nota sobre a henna natural que fica sempre castanha na pele, mas que algumas vezes é confundida com a “black henna”, um produto alterado e que pode causar alergias. A verdadeira henna fica sempre castanha na pele e nunca preta. Na dúvida, é sempre bom perguntar os ingredientes que são adicionados à henna. TM - os clientes já chegam com uma ideia do que querem fazer ou também pedem a sua opinião? CP - Geralmente, o cliente escolhe um desenho dos nossos catálogos, mas muitas vezes existe abertura e flexibilidade para criar algo no momento, e isso é realmente único. Essa confiança no nosso trabalho. Algumas pessoas por sua vez trazem já uma ideia e um desenho que querem fazer. Os desenhos também podem ser criados e personalizados para o momento, isso faz os clientes sentiremse especiais. Mais do que uma pintura na pele, é um ritual e uma experiência para os 5 sentidos. TM - Quanto tempo é que as pinturas mehndi resistem no corpo? CP - Duram em média entre uma a duas semanas, variando consoante a natureza de cada pele, o lugar escolhido e os cuidados. A pintura de henna vai saindo com a renovação celular da pele e com as lavagens. TM - Quais são as zonas do corpo que os clientes preferem para estas tatuagens? CP - As tatuagens de henna têm a particularidade de se destacar mais na zona das mãos e dos pés, que são os lugares onde faço a maioria das minhas tatuagens. Contudo as pessoas escolhem sempre o lugar que mais se identificam. A tatuagem pode ser realizada em todo o corpo, sendo a zona das mãos, braços, pés e tornozelos que a henna fica mais escura. TM - Quantas horas leva a fazer os desenhos e a pintura no corpo? CP - Depende do desenho e da sua complexidade, podem ser realizados em poucos minutos como durante algumas horas. Depende do desafio que nos é proposto. Já fiz alguns trabalhos que duraram 3 a 4 horas. TM - Podemos afirmar que esta será uma nova moda para este Verão? CP - É natural que o Verão propicie uma maior abertura a este tipo de arte corporal, pois o calor deixa-nos mais abertos a novas experiências. TM - Qualquer pessoa pode fazer essas pinturas? CP – Sim, qualquer pessoa pode fazer a pintura de henna. As pinturas podem ser realizadas tanto em crianças como em adultos, uma vez que são seguras para a pele e completamente indolores. A henna apenas fica na primeira camada da pele. É um processo artesanal e natural, sem qualquer contraindicação. As mulheres que estão grávidas, também podem fazer. TM - Existem alguns cuidados a ter em conta antes destas pinturas serem feitas no corpo? CP - Apenas que a pele esteja sem cosméticos como cremes, óleos, etc. TM - Quem quiser experimentar este método o que deve fazer, onde pode procurar o serviço? CP - Qualquer pessoa pode fazer estas tatuagens temporárias, na loja Saudade Madeira, (por detrás da Sé Catedral), pode contactar através do número 291237151, pelo email cristinaperneta@gmail. com, e pelo site www.cristinaperneta.com. TM - Aconselha a tatuagem de henna indiana para este Verão? CP - Sim, principalmente para aquelas pessoas que não querem se comprometer com uma tatuagem para sempre, esta é uma boa alternativa. Podem também servir para ter uma ideia de como ficaria uma tatuagem definitiva. Para ocasiões especiais, para um evento ou simplesmente para se divertir. l TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 publicidade 7 8 política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 «Seremos imunes a pressões ilegítimas ou a interesses sectoriais» Garantiu Miguel Albuquerque O empossado Presidente do XII Governo Regional da Madeira mostrou-se confiante e seguro durante o seu discurso na tomada de posse. Miguel Albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim, e não esqueceu os emigrantes. O governante também enviou uma mensagem às famílias madeirenses e portosantenses, aos jovens, aos pais e aos idosos. SARA SILVINO PUB PUB [email protected] F oi perante “casa cheia” que Miguel Albuquerque tomou posse como Presidente do Governo Regional da Madeira. Junto com a equipe que irá governar no XII Governo da Madeira, Albuquerque mostrou-se confiante no seu mandato garantindo que ira cumprir as prioridades que já haviam sido apontas. No início do seu discurso, Albuquerque começou por reafirmar “o compromisso de o novo Governo Regional tudo fazer para dignificar esta Casa, mãe da Democracia e da Autonomia”. Apontou que «a recente redução em 40% do financiamento dos partidos políticos; a eleição de uma Mesa politicamente plural para esta Assembleia; o compromisso de o Governo comparecer com regularidade no Plenário e nas Comissões, e outras medidas que se seguirão na reforma e na credibilização do nosso sistema político regional, são a garantia de que vamos cumprir integralmente aquilo que prometemos aos madeirenses e aos portosantenses». E afirmou: «Podem contar connosco para a concretização desta missão. Uma missão que exige um envolvi- mento de todos nós.» No seu discurso, Albuquerque enalteceu o trabalho feito e deixado por Jardim. «Quero cumprimentar o executivo cessante na pessoa do Doutor Alberto João Jardim, sendo inegável reconhecer o seu papel histórico na implantação da Autonomia Política e no desenvolvimento da Região. Mais do que os Homens, a História fará justiça ao desempenho e à obra de V. Exª, em prol dos madeirenses e portosantenses», afirmou. Albuquerque não esqueceu os emigrantes. «Envio um caloroso abraço às nossas Comunidades Madeirenses espalhadas pelo Mundo, afirmando de uma forma clara que este também será o vosso Governo», apontou. «Temos que simplificar a linguagem política», frisou. O governante também política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 enviou uma mensagem às famílias, aos jovens, aos pais e aos idosos. «Não posso deixar de passar uma mensagem de esperança às famílias que vivem o drama do desemprego; aos jovens que se vêem obrigados a sair da nossa terra, muitas vezes por o idoso que vive na precariedade social e na solidão». E garantiu: «A solução passa por políticas humanizantes e de inclusão, que dignifiquem cada um dos nossos concidadãos, e que os retirem do ciclo constrangedor da pobreza e da iniquidade». Disse ainda, mos imunes a pressões ilegítimas ou a interesses sectoriais que desvirtuem o nosso dever perante a “res pública”». Continuando: «Assumiremos as nossas responsabilidades políticas e tomaremos as decisões, mesmo as menos populares, necessárias à salvaguarda dos interesses da Região», disse. «Não teremos receio em tentar estabelecer consensos com a oposição em matérias vitais e estruturais para o futuro da Madeira, como é o caso do Novo Hospital, a Reforma do Sistema Político ou a necessidade de um novo Quadro Fiscal para a Região», acrescentou ainda. Albuquerque frisou que «ninguém pode esperar da nossa parte soluções mágicas ou instantâneas para os problemas e dossiers pendentes». O Presidente do Governo Regional garantiu que após a aprovação do programa de Governo que será apresentado à Assembleia nos prazos estatuários, «encetaremos a concretização dos nossos compromissos de governo com os Madeirenses e Portosantenses». Áreas com políticas transparentes e consistentes para o futuro razões de sobrevivência; para os pais que lutam diariamente para assegurar o sustento dos seus filhos; para os idosos que vivem na angústia de uma escolha entre uma refeição condigna ou a compra de medicamentos», disse. «Não basta dar respostas convencionais. Nem muito menos discursos demagógicos carregados de falsas promessas», adiantou. Miguel Albuquerque sublinhou que «compete, em primeiro lugar, aos governantes ter objetivos claros relativamente ao tipo sociedade em que todos queremos viver». «O nosso Governo não deixará de intervir na correcção das desigualdades e na construção diária da coesão social» Albuquerque realçou: «Temos de apresentar uma esperança. Para o jovem desempregado, para a mãe de família angustiada, para «é absurdo pensar que basta o crescimento económico para termos uma sociedade desenvolvida». O Presidente do Governo Regional garantiu que a sua equipa agora formada irá trabalhar em prol do povo. «Eu e todos os membros deste Governo, estamos aqui, ao serviço da nossa Região, do nosso Povo e do nosso País, determinados a ultrapassar e a vencer os desafios, mesmo os mais difíceis. Temos total disponibilidade para estabelecer pontes de diálogo. Temos a humildade de ouvir os outros. Mas que ninguém duvide da nossa determinação férrea de tomar as decisões necessárias ao bem comum». Sereno e confiante nas suas palavras, que eram ouvidas atentamente por muitas pessoas que se encontravam na sala, Miguel Albuquerque fez questão de realçar «sere- Miguel Albuquerque traçou as áreas que terão políticas transparentes e consistentes para o futuro. «A sustentabilidade das Finanças Públicas, a melhoria da Saúde e da Educação, a questão dos Transportes e Mobilidade, a dinamização da nossa Economia e a redução da Carga Fiscal, o Turismo e Agricultura, a captação de investimento e a boa aplicação dos Fundos Europeus, o reforço das áreas da Inclusão e da Solidariedade, o Ambiente, a preservação do nosso Património Natural e Edificado, a Cultura», apontou. Os canais de entendimento com o Governo da República, «na defesa firme e inteligente dos direitos dos Madeirenses e Portosantenses» serão, segundo Miguel Albuquerque, mantidos e reforçados. «Dissipando de uma vez por todas mal entendidos e reforçando a nossa notoriedade positiva e a nossa credibilidade em todo o País», disse. No final do seu discurso, Albuquerque realçou «como principal responsável público destas Ilhas que me viram nascer, sinto que estou unido a cada um de vós no dia-a-dia dos próximos quatro anos». «Temos consciência do imenso trabalho que nos espera» Tranquada Gomes é o atual Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), tomando assim o lugar até agora ocupado por Miguel Mendonça. No seu discurso proferido na tomada de posse do XII Governo Regional da Madeira, Tranquada Gomes afirmou que os políticos não podem ser desiludidos. «As acrescidas dificuldades dos tempos que vivemos exigem de todos nós, responsáveis políticos, a maior determinação e empenho, só possível se estivermos motivados e comprometidos com as obrigações inerentes ao exercício dos cargos que nos confiaram», disse. «É neste ambiente de mudança, de renovação, de um novo ciclo político que queremos seja rapidamente também social e económico, que damos hoje ‘primeiro passo de uma Legislatura que todos desejamos venha a corresponder às expectativas criadas», afirmou. Tranquada Gomes defende «temos de privilegiar o diálogo entre nós, resolvendo internamente divergências que, natural e saudavelmente, surgirão nos próximos quatro anos, na convicção de que pugnaremos 9 todos pela credibilidade deste Parlamento, construindo nesta Legislatura, uma nova imagem desta Instituição junto da opinião pública». O Presidente da ALM garantiu «respeitaremos os direitos da maioria, mas não ignoremos os direitos da oposição, desafiando-a a prescindir de qualquer radicalismo dialético, para que possa dar, também ela, um contributo efetivo na abordagem das problemáticas socialmente mais urgentes regionais e nacionais». Tranquada Gomes realçou que o «novo Executivo madeirense compromete-se a marcar presença regular neste Parlamento, no âmbito das suas competências, reconhecendo, deste modo, a importância do debate político com a oposição e a relevância do poder legislativo no atual contexto regional». Disse ainda que «os cidadãos conhecem o que foi feito e sabem o que tem de ser feito. Mas esperam algo mais, esperam sinais concretos da nova governação, que a esperança que os anima, e nos anima a todos, nesta fase da vida regional, não seja frustrada nem traída». Tranquada Gomes realçou «temos consciência do imenso trabalho que nos espera para que a Autonomia recupere o seu espaço de afirmação e o seu poder de decisão, que em grande medida, e espero que apenas conjunturalmente, tal como aconteceu à soberania do Estado foi perdido». l «Esta autonomia já não me diz nada» Alberto João Jardim passou o testemunho da governação a Miguel Albuquerque. Aquele que já havia sido apontado como um dos delfins preferidos de Jardim, mas também que encarou o presidente cessante de frente, que teve coragem de dar um murro na mesa, mas que também soube enaltecer o trabalho feito por Jardim ao longo da sua governação. Palavras de agradecimento que foram deixadas no discurso de Albuquerque na tomada de posse. Jardim manteve-se atento ao discurso do seu sucessor. Na sua saída, em declarações aos jornalistas, e respondendo à questão lançada se se sente optimista em relação ao futuro, Alberto João Jardim limitou-se a rematar: «Apenas com uma reserva mental. É que boas intenções há do lado da Madeira, agora do lado de Lisboa não acredito. São as minhas convicções, não sou apenas autonomista, sou um federalista. E, portanto, esta autonomia já não me diz nada. É preciso dar um grande passo em frente, constitucional, obviamente». Quanto a se Jardim vai manter canais de comunicação com este novo governo, respondeu prontamente: «Sim, eu dou-me bem com as pessoas. Aliás, o tom forte em que decorreu o debate interno mas que depois culminou num excelente resultado, demonstra que o partido estava mais do que preparado para isto. Foi o meu último trabalho no PSD». Jardim deixa o governo e o rumo da Madeira mas, certamente, será um espetador de bancada muito atento ao que se seguirá. 10 política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 XII Governo Regional da Madeira Miguel Albuquerque Presidência do Governo Regional da Madeira Á Presidência do Governo são cometidas as atribuições referentes ao sector da Administração Pública do Porto Santo. Sérgio Marques Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus Sectores atribuídos: Administração da Justiça. Assuntos europeus. Assuntos parlamentares. Comunidades madeirenses e imigração. Comunicação Social. Edifícios e equipamentos públicos. Estradas. Obras públicas. A Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus exerce a tutela sobre as seguintes entidades: a) Empresa Jornal da Madeira, Lda. b) VIAMADEIRA – Concessão Viária da Madeira, S.A. São ainda cometidas à Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus as atribuições referentes à manutenção, gestão e apoio às Casas da Madeira de Lisboa, Porto e Coimbra em território continental e na Região Autónoma dos Açores. Rubina Leal Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais Sectores atribuídos: a) Segurança social. b) Emprego. C) Proteção Civil. d) Habitação. e) Trabalho. f) Inclusão e desenvolvimento local. g) Inspeção do trabalho. h) Defesa do consumidor. i) Concertação social. No âmbito das atribuições referidas no número anterior, funcionam sob a tutela e superintendência da Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, os seguintes serviços da administração indireta da Região Autónoma da Madeira: a) Conselho Económico e social da Região Autónoma da Madeira. b) Instituto de Emprego da Madeira, IP-RAM. C) Instituto de Segurança Social da Madeira, IP-RAM. d) Serviço Regional de Proteção Civil, JP-RAM. A Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais exerce a tutela sobre a IHM - Investimentos Habitacionais da Madeira, EPE-RAM. e) indústria. f) inspeção das Atividades Económicas. g) Transportes. h) Energia. i) Qualidade. j) Empreendedorismo. k) Inovação. l) Apoio às empresas. Serviços da administração indireta da RAM que funcionam sob a tutela da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura: a) Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, atualmente concessionada. b) Instituto do Desenvolvimento Empresarial, IP-RAM. A Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura exerce a tutela sobre as seguintes entidades: a) Associação de Promoção da Madeira (AP Madeira). b) APRAM - Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, SA. C) Centro de Empresas e Inovação da Madeira, Lda. d) EEM - Empresa de Eletricidade da Madeira, SA; e) Horários do Funchal - Transportes Públicos, S. A : f) Madeira Parques Empresariais, Sociedade Gestora, S. A. As competências e definição das orientações na Cimentos Madeira, Lda. e na SILOMAD - Silos da Madeira, SA., empresas participadas integradas no sector empresarial da Região Autónoma da Madeira, são cometidas à Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura. AREAM – definir as orientações da participação detida pelo Governo Regional. b) Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes. A Secretaria Regional da Educação exerce a tutela sobre as seguintes entidades: a) ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação. b) Pólo Científico e Tecnológico da Madeira, Madeira Tecnopolo, S. A. São ainda cometidas à Secretaria Regional da Educação as atribuições referentes à manutenção, gestão dos recursos humanos e encargos respeitantes ao funcionamento do Parque Desportivo dos Trabalhadores e aos encargos na área da defesa. Susana Prada Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais Sectores atribuídos: a) Água. B) Ambiente c) Conservação da natureza. d) Florestas. e) Informação geográfica, cartográfica e cadastral. f) Litoral. g) Mar. h) Ordenamento território. i) Parque natural. j) Saneamento básico. k) Urbanismo. A Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais exerce a tutela sobre a ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A. Jorge Carvalho Secretaria Regional da Educação Eduardo Jesus Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura Sectores atribuídos: a) Turismo. b) Cultura. C) Economia e empresas. d) Comércio e serviços. Sectores atribuídos: a) Educação. b) Educação especial. C) Formação profissional. d) Desporto. e) Juventude. Serviços da administração indireta da Região Autónoma da Madeira que funcionam sobre a tutela e superintendência da Secretaria Regional da Educação: a) Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira- Engº Luíz Peter Clode. Manuel Brito Secretaria Regional da Saúde 1.Á Secretaria Regional da Saúde são cometidas as atribuições referentes ao sector da Saúde. 2.No âmbito das atribuições referidas no número anterior, funciona sobre a tutela e superintendência da Secretaria Regional da Saúde, o Instituto de Adminis- política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 tração da Saúde e Assuntos Sociais, IP RAM, serviço da administração indireta da Região Autónoma da Madeira. 3.A Secretaria Regional da Saúde exerce a tutela sobre o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. h) Gestão dos fundos comunitários agropecuárias e pescas. Funciona sobre a tutela e superintendência da Secretaria de Agricultura e Pescas, O IVBAM - Instituto do vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, IP-RAM, serviço da administração indireta da Região Autónoma da Madeira. A Secretaria Regional de Agricultura e Pescas exerce a tutela sobre as seguintes entidades: a) CARAM - Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. b) GESBA - Empresa de Gestão do Sector da Banana, Lda. As competências e definição das orientações na ILMA - Industria de Lacticínios da Madeira, Lda., empresa participada integrada no sector empresarial da Região Autónoma da Madeira, é cometida à Secretaria Regional de Agricultura e Pescas. Humberto Vasconcelos Secretaria Regional de Agricultura e Pescas Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública Sectores atribuídos: a) Administração Pública e simplificação e modernização administrativa. b) Assuntos fiscais. C) Centro Internacional de Negócios da Madeira. d) Comunicações. e) Contabilidade. f) Estatística. g) Finanças. h) Coordenação geral dos fundos comunitários. i) Informática da Administração Pública. D Inspeção de Finanças. k) Orçamento. I) Planeamento. m) Património e serviços partilhados. n) Tesouro. No âmbito das atribuições referidas no número anterior, funcionam sobre a tutela e superintendência da Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública, os seguintes serviços da administração indireta da Região Autónoma da Madeira: a) Gabinete de Gestão da Loja do Cidadão da Madeira. b) Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM. A Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública exerce a tutela sobre as seguintes entidades: a) ADERAM – Agência de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira. b) PATRIRAM – Titularidade e Gestão do Património Público Regional, S.A. c) Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira, S.A. d) Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, S.A. e) Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A. f) Ponta do Oeste – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, S.A. As competências e definição das orientações na SDM – Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A., na Concessionária de Estradas – VIAEXPRESSO da Madeira, S.A., e na VIALITORAL – Concessões Rodoviárias da Madeira, S.A., empresas participadas integradas no sector empresarial da RAM, são cometidas à Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública. Em relação às demais empresas públicas do sector empresarial da Madeira, a Secretaria Regional das Finanças e da Administração Pública exerce as competências que lhe são cometidas por lei. PUB Sectores atribuídos: a) Agricultura. b) Pecuária. C) Veterinária. d) Desenvolvimento rural. e) Apoio ao agricultor. f) Artesanato. g) Pescas. Rui Gonçalves 11 Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo, proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade. O Liberal, comunicações, lda. Edifício “O Liberal” PEZO - Lote 7 9300 Câmara de Lobos T. 291 911 300 F. 291 911 309 E. [email protected] ABRIGOS DE PARAGEM MUPIS DIMENSÃO . 1,20 x 1,76 mts ALUGUER . 24 faces de Mupis .12 faces de Abrigos LOCAL . Mupis no Centro . Abrigos de Paragem nas Zonas Rurais 12 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Madeira ainda longe da meta Abandono escolar precoce continua a ser mais alto na Região que no País O abandono escolar precoce continua a ser um flagelo em Portugal, mas há importantes avanços na descida do indicador ao longo dos últimos anos. Embora os números da Madeira sejam mais elevados que no resto do país, há a intenção de reduzir a percentagem para metade até 2020. O abandono escolar precoce na Região desceu de 30 para 22%, entre 2011 e 2014. P ortugal é o quarto país da União Europeia no que diz respeito ao abandono escolar precoce. Os dados são do Eurostat e foram divulgados na última terça-feira. Segundo o gabinete de estatísticas europeu, o indicador português (17,4%) só é menor que o registado em Espanha (21,9%), Malta (20,4%) e Roménia (18,1%). Apesar dos números pouco favoráveis, entre os países da União Europeia (UE) foi em Portugal que a taxa de abandono escolar precoce mais desceu. Mesmo assim, o valor está ainda longe da média europeia (11,1%). Em 2006, este indicador rondava os 38,5% no país, representando uma descida para menos de metade até 2014. A meta da UE é fixar a média abaixo dos 10% até 2020, que era de 15,3% em 2006. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, são os rapazes que mais precocemente desistem de estudar em Portugal. Só em 2014 quase 21% dos jovens portugueses decidiram abandonar os estudos. Nas raparigas a taxa foi de 14%. A média da UE é de 12,7% para o sexo masculino e 9,5% para o feminino. Entre os países membros com menor taxa de abandono escolar estão a Croácia (2,7%), a Eslovénia (4,4%), a Polónia (5,4%), a República Checa (5,5%) e a Lituânia (5,9%). Madeira quer reduzir para metade A Região Autónoma da Madeira (RAM) ainda está muito acima da média nacional no que respeita ao abandono escolar precoce, embora tenha vindo a conseguir avanços assinaláveis na redução do indicador ao longo dos últimos anos. Em Março deste ano, recorde-se, foi divulgado que o indicador baixou na Madeira de 30 para 22 %, entre 2011 e 2014. Para Jaime Freitas, o ex-secretário regional de Educação, a redução no número de alunos que abandonam os estudos precocemente constituía “um dos sucessos obtidos pelas escolas da Madeira”. O objetivo da RAM é reduzir o indicador para metade, ou seja, alcançar uma diminuição de 31 para cerca de 15% até 2020. Segundo o ex-titular da pasta da Educação, o objetivo da Madeira passava por fazer voltar à escola a todos aqueles que pelas mais variadas razões tivessem dela saído precocemente. Aposta da Secretaria Regional, de acordo com Jaime Freitas, era igualmente o reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas no ensino não formal. O reconhecimento de competências fora da escola tem sido uma das formas como muitos madeirenses obtiveram os seus graus académicos, nomeadamente através dos Cursos de Educação e Formação de Adultos. A persecução do objetivo passava igualmente por levar metade dos alunos do Ensino Secundário a optar pelo Ensino Profissional. O desafio de reduzir o abandono escolar precoce está agora está nas mãos de Jorge Carvalho, antigo diretor regional de Juventude e novo secretário Regional da Educação. l sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 13 Malvinas com novo cerco Operação da PSP volta a isolar o bairro para “operação de limpeza” A Polícia de Segurança Pública (PSP) esteve durante a manhã de quarta-feira no Complexo Habitacional da Torre, em Câmara de Lobos, onde desenvolveu uma operação relacionada com o combate ao tráfico de drogas. O trânsito foi desviado do bairro conhecido por «Malvinas», deixando-o isolado por várias horas. Na vizinhança lamentase a criminalidade crescente. F oi uma operação policial de alguma envergadura a que na manhã de quarta-feira desenrolou-se no Complexo Habitacional da Torre, em Câmara de Lobos. A incursão da PSP isolou o acesso ao bairro conhecido pelo nome de «Malvinas», impedindo o trânsito automóvel dentro do complexo. Há muito que este tipo de operações têm vindo a acontecer no bairro camaralobense, mas os vizinhos que vivem nas imediações notam que têm sido mais assíduas ao longo dos últimos anos. A justificação, sublinham, está na crise económica, na falta de trabalho e na criminalidade crescente. De acordo com relatos feitos ao «Tribuna», os roubos têm sido cada vez mais uma realidade associada a alguns dos residentes no bairro das «Malvinas». O dedo é apontado a indivíduos indiciados por consumo de drogas. “Tem sido uma desgraça. E sabe uma coisa, nem as tampas em ferro dos contadores da água de rede escapam”, relata um morador a coberto do anonimato. “O grande problema disto está na base. Nada mudará enquanto não houver fiscalização e controle de quem compra este tipo de materiais nas sucatas.” Desemprego e tráfico de drogas Quem vive nas imediações das «Malvinas» tem notado que as aparatosas visitas da PSP ao bairro têm sido cada vez mais frequentes. Uma maior assiduidade das forças policiais ao complexo habitacional que já assume contornos de normalidade. “Antes havia coisas destas uma ou duas vezes por ano, agora têm surgido com muito mais frequência”, afiançou um morador da zona. “As pessoas já nem estranham muito quando isto acontece.” De acordo com populares, ouvidos pelo «Tribuna», é um fenómeno que não pode ser dissociado da crise económica e do desemprego. Porque são realidades especialmente sentidas num bairro desde há muito conhecido por focos de criminalidade. “Há imensas pessoas estão sem trabalho e que não con- seguem arranjá-lo em lado nenhum. Entre eles há jovens que meteram-se nas drogas e que agora socorrem-se de todos os meios para sustentar os vícios”, aponta um residente. “Essa é a principal explicação para o facto dos roubos terem aumentado muito.” Vários indivíduos estavam referenciados e justificaram a operação de quarta-feira, assinalou um elemento da PSP. A intenção da autoridade policial era proceder a uma “limpeza” focada não só no tráfico e consumo de drogas mas também na criminalidade que lhes são associadas. “É esse o principal objetivo deste tipo de operações. A droga é a fonte da maioria dos problemas que atingem este tipo de bairros”, confidenciou ao «Tribuna». l 14 opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA GREGÓRIO GOUVEIA Joana Homem da Costa gregoriogouveia.blogspot.pt Introduzida na Ilha da Madeira no ano de 1425, plantada no «Campo do Duque», no Funchal”, tendo posteriormente proliferado pela ilha e foi a razão de terem sido criadas alfândegas em algumas localidades, graças ao açúcar produzido. Se, em 1865, a produção de cana atingiu 14.688 toneladas numa área de 357 ha, eram 61.000 toneladas em 1961, numa área que rondava os 500 ha. A partir daquele ano, baixou constantemente até atingir, no ano 2000, 2 871 toneladas numa área de 100 ha, tendo, depois, aumentado lentamente, chegando a 2014 com a produção de 7 500 toneladas. Foi esse sucessivo aumento que levou a tutela governamental a “fazer uma festa” sempre que aumentavam alguns quilogramas, como aconteceu no passado dia 12. As indefinições do Governo Regional na política agrícola foram de tal ordem que grande parte dos canaviais foram substituídos por bananeiras. Depois, pela “Resolução nº 807/81 - Considerando a importância da canade-açúcar na economia regional; considerando o excesso de produção de cana-deaçúcar; considerando que o Governo Regional, através do Instituto do Vinho da Madeira, tem subsidiado a empresa Winton, tendo em vista a sua cobertura do déficit industrial, o que faz apurar um custo de produção de açúcar muito superior ao nível das cotações do mercado internacional; considerando que tal custo de produção encontra raízes numa fraca rentabilidade da cultura de açúcar e nas deficientes estruturas da referida empresa industrial; o Governo Regional da Madeira, reunido em plenário em 13 de Novembro de 1981, resolveu: 1º - Nomear uma comissão que até 31 de Janeiro/82 apresentará ao plenário do Governo uma proposta relativa à produção da cana-deaçúcar e sua industrialização; 2º - Esta comissão é constituída por: a) Director Regional do Plano, que preside; b) Director Regional da Agricultura; c) Director regional do Comércio e Indústria, sendo secretariado por um representante do Instituto do Vinho da Madeira; 3º - O Governo delega nesta comissão poderes para convocar todo o pessoal dos serviços, institutos e empresas públicas dependentes do Governo Regional, em relação aos quais entenda dever fazê-lo bem como o direito de lhe ser facultada toda a documentação que para o efeito necessite. Presidência do Governo Regional, 13 de Novembro de 1981. – O Presidente do Governo Regional, Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim.” O relatório final motivou a feitura e publicação da Resolução nº 572/82 que considerava como hipóteses inviáveis as seguintes: a) Expansão da área de produção de cana-de-açúcar; b) Abandono total do cultivo da cana-de-açúcar; c) Encerramento completo das indústrias sacarinas; d) Importação de melaços para a produção de álcool. Foram dadas como assentes aquelas quatro hipóteses, apenas haveria duas alternativas: 1 - Limitação do cultivo da cana-de-açúcar para abastecimento apenas das indústrias locais de aguardente e mel; 2 - Manutenção da pro- dução de cana-de-açúcar aos níveis actuais, permitindo, por um lado, o abastecimento das indústrias locais de aguardente e mel e, por outro, destinando-se o remanescente à indústria do açúcar, do álcool e do rum, o qual remanescente teria de ser completado com importações de açúcar bruto (ramas) para ser refinado na Região, e permitir-se, assim, a rendibilidade destas indústrias. Se se optasse pela primeira, levaria ao encerramento da Fábrica do Torreão e a uma reconversão forçada de modo a manter a produção dum quantitativo de 10.000 toneladas de cana por ano, bem como 520.000 litros de aguardente e 200.000 litros de mel. A segunda hipótese viável seria mais útil para a economia da Madeira, mas exigiria um grande investimento na Fábrica do Torreão e subsídios à mesma, de modo a “ficarem salvaguardados os legítimos interesses dos produtores de cana, dos industriais, do Governo Regional e dos consumidores”. A decisão de fechar a Fábrica do Torreão foi fatídica para as previsões quanto à produção de cana e fabrico de mel e aguardente.A produção de cana nunca atingiu as 10 000 toneladas, e apenas em 1988 e 1989 o mel ultrapassou as 200.000 litros, mas a produção de aguardente (rum) nem chegou a metade dos previstos 520.000 litros. Foi este fel que esteve na política agrícola do PSD-M, nomeadamente no que toca à cana sacarina. E, de agora para o futuro, veremos…! l gregoriogouveia.blogspot.pt Tirar o molde… Parece ser tudo uma questão de moldar, e quantas vezes acabamos por nos moldar a realidades ou consistências por uma questão de sobrevivência. Ou será de inércia? Surgem muitos discursos para despertar, cheios de verdades, mas alterar algo que tornamos a nossa verdade exige mais do que isso… Por vezes as mudanças são feitas de repente, outras vezes têm que ser feitas muito devagarinho, porque assim como nos moldamos, sair desse espaço de conforto, que de conforto por vezes não tem nada, custa… Nem tudo o que parece é e existe muito que nos parece serem permanências de conforto que são somente uma moldagem que assentou. Talvez seja preciso mudar questões de fundo, paradigmas e certezas, talvez seja preciso muito para isso ou muito pouco, o destino trata disso. Uma mentira dita muitas vezes passa a verdade e uma regra de vida devidamente imposta acaba por assentar. Existem formas de manipulação que até nem acarretam grande maldade mas que acabam por determinar muito. Convencemo-nos que é dessa maneira porque não poderia ser de outra, afunilamos a visão e, num molde apertado e limitado, acabamos por viver assim. Dificuldade em largar um cenário, dificuldade em habituarmo-nos a organizar os dias de outra forma, dificuldade em mudar de espaço físico, dificuldade em apagar um número de telefone que sabemos que nunca mais vamos ligar, dificuldade em fazer as pazes com uma realidade que não vai acontecer… Existe a dificuldade em largar, por isso mantemos… mantemos porque nos lembra uma versão de nós que poderíamos ser, mesmo sabendo que seria alguém em quem nunca nos tornaríamos... Enquanto mantemos, alimentamos uma esperança de que ainda existe uma hipótese, ocupamos espaço e alimentamos assim uma ilusão. Existe uma dificuldade em largar, mesmo que isso implique ficarmos estagnados. Ocupamos espaço e com isso impedimos talvez o seguir caminho para aquilo que somos realmente… l PUB Inconsequente política do Governo Regional na produção de cana sacarina ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Madeira com falta de 350 novos enfermeiros O presidente da secção regional da Ordem dos Enfermeiros alerta que “o custo dessa não-contratação será passarmos de um dos melhores serviços de saúde para ‘lanterna vermelha’”. Ricardo Silva considera também que a classe de enfermagem não pode ser vista como “uma despesa da saúde”, salientando que o trabalho desenvolvido por esses profissionais deve ser encarado como um investimento prioritário por parte do governo e do setor privado. João Toledo O [email protected] presidente da secção regional da Ordem dos Enfermeiros reclama que a classe de enfermagem não pode ser vista como “uma despesa da saúde”, salientando que o trabalho desenvolvido por esses profissionais deve ser encarado como um investimento prioritário. Nesse sentido, Ricardo Silva, que falava aquando da sessão de abertura do 2º Congresso Insular de Enfermagem, subordinado ao tema “Desafios para a Enfermagem no Século XXI”, apontou que é necessário contratar no mínimo 350 enfermeiros, tendo em vista garantir a “qualidade mínima” dos serviços na Região. 15 no. “Temos apenas esperança, temos também objetivos e uma certeza: Os enfermeiros têm uma força que desconhecem e nunca usaram”, apontou. O responsável pela secção regional da Ordem dos Enfermeiros alertou, ainda, para “a falta de ética empresarial” verificada no setor privado ligado à área da saúde. “Alguns do setor privado querem pagar 2,50 euros à hora por esta mão de obra altamente qualificada”, criticou. ‘Motivação dos profissionais é uma prioridade’ “O custo dessa não-contratação será passarmos de um dos melhores serviços de saúde para ‘lanterna vermelha’. Não nos podemos esquecer que um dos melhores cartazes turísticos da Região além do seu estatuto de pérola do atlântico, da sua paz social e do seu clima – são os seus serviços de saúde”, argumentou. Aquele responsável reforçou a sua pretensão evocando um estudo realizado na Suécia, que refere que “aumentar a sobrecarga de trabalho de um enfermeiro está associado a um aumento da mortalidade de 7%” e, por outro lado, que “a diminuição da mortalidade está diretamente associada a um aumento da qualificação da equipa de enfermagem”. “Desse estudo resulta de imediato duas leituras. A primeira, a necessidade de dotar os serviços com enfermeiros em número suficiente para as necessidades e, por outro lado, a necessidade de apostar na contratação de enfermeiros especialistas altamente diferenciados”, transmitiu Ricardo Silva. O presidente da secção regional da Ordem dos Enfermeiros denunciou, ainda, que a sobrecarga dos serviços “teve um forte reflexo na saúde ocupacional dos nossos profissionais de saúde em geral e dos enfermeiros em particular”. “Temos uma grande fatia de profissionais com problemas graves de saúde. A qualidade dos serviços só não diminuiu para níveis drasticamente perigosos porque tínhamos enfermeiros a ficar depois do turno numa clara afirmação médica e deontológica natural em situação de emergên- cia, mas questionável em situações programadas. Fomos também pouco estimados e considerados e a nossa saúde mental também sofreu”, vincou Ricardo Silva. Desta forma, aquele responsável apela ao novo governo que passe a olhar para a classe de enfermagem com outros olhos. “Depois de tanto falarmos em infraestruturação na Região corremos o risco de quando tivermos as estruturas ideais não termos profissionais de saúde qualificados para as mesmas, porque as pessoas estão a emigrar. Neste momento, a prioridade política deverá ser os recursos humanos”, defendeu. Ricardo Silva afirmou, igualmente, que “não tem grandes expetativas” que haja grandes mudanças a nível das políticas de saúde, apesar de termos um novo gover- O novo secretário regional da Saúde, Manuel Brito, promete que tudo fará para motivar os profissionais de saúde, tendo em vista que o setor ofereça melhores condições aos utentes e, por sua vez, motive os recursos humanos. “Não há projeto nenhum que consiga atingir os objetivos se não tiver a motivação dos profissionais”, sublinhou. Manuel Brito, que participou pela primeira como secretário regional da Saúde num ato oficial, traçou também “três grandes compromissos” para a área da saúde nos próximos quatro anos, nomeadamente: melhorar os acessos aos cuidados de saúde; melhorar a qualidade dos serviços de saúde; e um maior investimento na medicina geral e familiar dos centros de saúde (medicina preventiva). À margem da abertura do 2º Congresso Insular de Enfermagem o governante admitiu a possibilidade de receber os “médicos descontentes” com algumas medidas implementadas pelo Serviço Regional de Saúde da Região, as quais motivaram a sua saída. “Nós vivemos numa ilha e, por isso, convém que todos os bons profissionais estejam connosco, nomeadamente nas nossas instituições públicas. É seguramente esse esforço que nós teremos de fazer. Penso que muitos dos nossos colegas estarão interessados em dar o seu contributo”, realçou Manuel Brito. l 16 entrevista TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 «Open Day« de reflexologia no jardim do Lido No sábado, dia 25, das 17 às 19 horas. O Dia Europeu da Reflexologia é assinalado também na Madeira com o «Open Day». O evento contará com a presença do responsável pelo Centro de Reflexologia da Madeira, Eduardo Luís, assim como de vários profissionais que estarão disponíveis para tirar todas as dúvidas e curiosidades sobre a reflexologia. SARA SILVINO T [email protected] ribuna da Madeira (TM)O Dia Europeu da Reflexologia assinala-se a 25 de abril, com o «Open Day» no jardim do Lido. O que irá acontecer neste evento? Eduardo Luís (EL) – No «Open Day» vão estar vários terapeutas, alunos, profissionais qualificados a fazer demonstrações gratuitas nos respetivos sítios. No caso do Centro de Reflexologia da Madeira vamos estar no Jardim do Lido, sábado, dia 25 de abril, a partir das 17 até as 19 horas. Haverá reflexologia infantil, reflexologia facial, metamórfica, várias técnicas de reflexologia. Haverá também yoga para todas as pessoas que queiram ir até ao jardim do Lido. Quem aparecer por lá, vai poder usufruir de todas estas técnicas. TM – Qual é o principal objetivo deste evento? EL - O objetivo é desmistificar a ideia errónea que existe sobre a terapia como tam- bém dar uma maior credibilidade, mais respeito aos reflexólogos. Será uma tarde diferente, de harmonia. É esse o propósito de toda a gente, estar em harmonia e paz. TM - As pessoas já acreditam mais na reflexologia? Nota haver mais credibilidade nessa matéria? EL - A reflexologia em Portugal tem tido um crescimento fantástico, assim como na Madeira, deve-se ao trabalho que tenho andado a desenvolver junto com pessoas que me acompanham. TM - As pessoas não devem ter receio de procurar a ajuda de um reflexólogo? EL - Não, desde que sejam qualificados. Aqui na Madeira deveria haver um maior controlo nas pessoas que andam a fazer reflexologia. Não só reflexologia mas em todas as áreas. Começando pelo número de qualificações. Há pessoas que têm formação de um dia e que se equiparam comigo que já tenho anos, e tenho licenciatura e formação diferente. Pessoas que andam a fazer reflexologia ao virar da esquina, a fazer diagnósticos e a prescrever. Não podem. TM - Isso poderá dar uma má imagem negativa nesta área? EL - Sim, são esses que dão uma má imagem aos profissionais de reflexologia. Mas acho que o povo madeirense é muito inteligente. E está à altura de perceber quem é que anda a difundir, quem é que anda a levar a reflexologia para a frente. TM - Qual é o sinal que serve de alerta para os “falsos” reflexólogos? EL - A reflexologia não pode diagnosticar, não pode prescrever. E a partir daí, as pessoas que recorrerem à reflexologia e perceberem que esse pseudo reflexólogo está a prescrever, não é refexólogo. TM - Esse é o sinal de alerta? EL - Sim, é um sinal de alerta e de que a pessoa não tem formação. É preciso mudar. TM - O que fazem no Centro de Reflexologia da Madeira? entrevista EL - No nosso espaço, o Centro de Reflexologia da Madeira, temos profissionais qualificados, damos consultas, estamos abertos para todos os que nos querem procurar. O Centro de Reflexologia da Madeira é o único na Madeira a dar formação para terapeutas de reflexologia. Mas, infelizmente, há muitos sítios a dar formação de reflexologia, aquelas formações básicas de 50 horas. É importante incentivar essas pessoas a estudar, a dar continuação na sua formação. TM - Os madeirenses estão rendidos à reflexologia? EL - Sim. Eu queria que neste fim de semana acontecesse o que aconteceu no ano passado, em que o jardim do Lido encheu, foram centenas de pessoas para receber reflexologia. “A reflexologia é importante no alívio da dor” TM - Qualquer pessoas pode participar no “Open Day” de reflexologia no jardim do Lido? EL - Sim, qualquer pessoa. Levem os animais, os pais, os avós, vão estar vários profissionais, eu também vou lá estar. Será um total de 20 terapeutas qualificados e alunos que estão a estudar neste momento. TM - Quando as pesso- as o procuram para expor os seus problemas o que é que apontam? EL - Eu tenho tido bons resultados, as pessoas quando vêm ter comigo trazem uma indicação ou porque alguém indicou, ou porque passou pelo Centro e sugeriu. Muitas delas vêm por curiosidade, depois regressam. A reflexologia é importante no alívio da dor. TM - Através de uma conversa com as pessoas consegue saber que tipo de problema é que tem? EL - Conseguimos perceber se a pessoa está bem ou não. Porque as pessoas deixam transparecer a carga emocional e há uma necessidade do toque. É importante porque há um contacto físico, e a partir daqui os resultados começam a aparecer. TM - Já houve sinais de cura? EL - Eu não posso dizer que curo. Ninguém cura ninguém. Ninguém faz milagres. Ajudamos é que a pessoa atinja o seu equilíbrio, e a partir daí as pessoas começam a tomar a consciência de quem são, o que são, o que querem. É preciso parar para pensar porque, por vezes, o que a mente reprime, o corpo exprime. TM - É o Presidente da Ordem Mundial de Reflexologia e Presidente do Comité de Investigação, assim como o responsável pelo Centro de Reflexologia da Madeira. Cer- tamente, tem uma agenda muito extensa? EL - Sou uma referência da reflexologia a nível nacional. Não trabalho sozinho, tenho uma boa equipa. Estive recentemente no X Congresso Mundial de Naturopatia. Vou agora para outro Congresso de Naturopatia onde estão esperados meio milhão de pessoas, em Leiria, onde vou falar na importância da reflexologia no Parkinson. A nível nacional, estou sempre em conferências e dando formação, a nível internacional parto em Maio para a Alemanha. TM - Os seus objetivos estão sendo alcançados em relação à reflexologia? EL - A reflexologia está a crescer, estamos a conseguir atingir os nossos objetivos mas é preciso fazer muito mais. TM - Que mensagem deixa às pessoas que têm uma doença, estão desesperadas, já não acreditam numa melhoria na saúde e estão a perder a esperança? EL - Aquilo que digo é que amem-se. Se a pessoa amarse todos os dias e souber aquilo que quer para a vida é um passo e é importante. Quando as pessoas pensarem que não há solução, existe sempre uma solução. Não podemos viver do passado, temos de viver o momento, o dia a dia. É importante também que as pessoas olhem para nós não como um curativo mas como um complemento. Há muita coisa a fazer. Se as pessoas querem mudar e se têm curiosidade que apareçam no sábado, que 17 exponham as suas dúvidas e que falem com os profissionais de reflexologia que vão estar no jardim do Lido. TM - Quais são as faixas etárias que mais procuram os vossos serviços de reflexologia? EL - Desde bebés, jovens, adultos, idosos. TM - Em relação às crianças quais são os problemas apontados? EL - Crianças hiperativas, com défice de atenção, por vezes tenho situações em que as crianças andam deprimidas e que vêm até a reflexologia, até mim, e encontram um amigo, não um profissional. A partir daí, começa a haver uma relação importante entre eu e a criança e eles sentemse bem. TM - Que mensagem deixa a quem tem problemas e receie pedir ajuda? EL - Se as pessoas querem mudar e se têm curiosidade que apareçam no sábado, nos jardins do Lido, que exponham as suas dúvidas e que falem com os profissionais de reflexologia que vão estar lá. Eu também vou lá estar. Estamos disponíveis para tirar todas as dúvidas que ainda persistem sobre a reflexologia. l CARTÓRIO NOTARIAL DO FUNCHAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA, NOTÁRIA EM SUBSTITUIÇÃO, POR DELIBERAÇÃO DA ORDEM DOS NOTÁRIOS, SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FREGUESIA DA SÉ, CONCELHO DO FUNCHAL TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 · E-mail: [email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015) Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 91 do Livro de notas para escrituras diversas número 23-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial de MARIA DA LUZ GOMES SILVA, NIF 123 090 849 e marido JOSÉ PEDRO DA SILVA, NIF 123 090 830, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia do Monte e ele da freguesia de Santa Maria Maior, ambas do concelho do Funchal, residentes ao sítio do Curral dos Romeiros, CCI 127,Funchal, afirmam-se donos e legítimos possuidores, são donos com exclusão de outrem de duas porções de benfeitorias rústicas, feitas ao abrigo do regime de colonia, localizadas na freguesia do Monte, concelho do Funchal, a saber: 1 - uma porção de benfeitorias rústicas, com a área de duzentos dez metros quadrados, localizada no sítio do Lombinho Ribeiro, inscrita na matriz cadastral sob o artigo 56/050 da Secção “B2”; e 2 - uma porção de benfeitorias rústicas, com a área de cento e setenta metros quadrados, localizada no sítio do Lombinho, inscrita na matriz cadastral sob o artigo 56/051 da Secção “B2” – porções a confinar do Norte com o Proprietário e Carlos Silva, Sul com o proprietário, Leste com parte com Carlos da Silva e Oeste com o proprietário,. Que as referidas porções de benfeitorias lhes ficaram a pertencer por doação verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta pelos seus pais e sogros Manuel Gomes e Umbelina Fernandes Gomes - benfeitorias que não se encontram descritas na Conservatória do Registo Predial do Funchal mas são feitas sobre o prédio descrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal sob o número mil trezentos e setenta e quatro – freguesia do Monte, onde se encontra registada a aquisição a favor do primeiro outorgante Roberto Jardim Huber e da representada Cecília Leitão de Branco e Brito Jardim pelas apresentações trinta e sete de mil novecentos e sessenta e um barra zero sete barra vinte e cinco, dois de mil novecentos e noventa e seis barra zero sete barra zero dois e dezanove de dois mil e três barra zero sete barra dez. Que os justificantes estão, assim, na posse das identificadas benfeitorias, em nome próprio desde o referido ano posse esta pública, pacífica e de boa fé, contínua e ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário, colhendo os respectivos frutos. Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade das identificadas benfeitorias a título originário – por usucapião. Está conforme o original aqui narrado por extracto. Funchal, vinte e três de Abril de dois mil e quinze. P’la NOTÁRIA, (Graciela Maria Gonçalves Miranda – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/16). PUB TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 CERTIDÃO CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos Notários Praça da Acif, 9000-044 Funchal (POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO) (publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015) Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número VINTE E CINCO -G, exarado a partir de folhas dez, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual Maribel de Gois Fernandes, casada, natural da Venezuela, residente ao sítio da Primeira Lombada, São Vicente, com o cartão do cidadão nº 12686827, 1 ZZ5, válido até 06/10/2015, a outorgar em nome e representação, como procuradora de: João Ferreira de Gois, NIF 199.071.047 e mulher Teresinha Maria Fernandes de Gois, NIF 199.672.067, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Ponta Delgada, concelho de São Vicente, onde residem à Urbanização Venezuela, casa 8, sítio do Açougue, conforme fotocópia certificada de procuração, que arquivo, afirma em nome dos seus representados que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de três prédios, sitos na freguesia de Ponta Delgada, concelho de São Vicente, a saber: I) Um prédio rústico, localizado ao sítio da Primeira Lombada, Surdinha ou Vereda, com a área de quinhentos e vinte e nove virgula trinta metros quadrados, inscrito na matriz predial, (em nome de Manuel Jacinto Fernandes – cabeça de casal), sob o artigo 1224/417, com o valor patrimonial e atribuído de um euro e cinquenta e um cêntimos (€ 1,51), a confrontar a norte com a Estrada Municipal, sul e oeste com a vereda, leste com a levada, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente;II) Prédio rústico, localizado ao sítio dos Enxurros, com a área de trezentos e quarenta e três metros quadrados, inscrito na matriz predial, (metade em nome de José Fernandes de Gois e metade em nome de Maria Leontina Fernandes) sob o artigo 1976/041, com o valor patrimonial e o atribuído de vinte euros e oitenta e sete cêntimos (€ 20,87), a confrontar a norte com a Estrada Municipal, sul com Avelino Fernandes, leste com João Andrade e oeste João Ferreira de Gois e Estrada Municipal, não descrito na sobredita Conservatória; e III) Prédio urbano habitacional, localizado ao dito sítio dos Enxurros, com a área total de duzentos e seis metros quadrados, sendo noventa e um metros quadrados de superfície coberta, a confrontar pelo norte e oeste com João Ferreira de Góis, sul com Avelino Fernandes, leste com a estrada municipal, inscrito na matriz predial, (em nome de Manuel Jacinto Fernandes cabeça de casal), sob o artigo 274, pendente de avaliação e com o valor atribuído de cinco mil euros, descrito na dita Conservatória sob o número cento e quarenta e dois, daquela freguesia e ali inscrito a favor de Manuel Jacinto Fernandes e mulher Maria de Jesus da Corte Marques pela apresentação três, de catorze de Dezembro de mil novecentos e noventa e dois. Que os identificados prédios vieram à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e seis, por compra verbal e não titulada, aos titulares inscritos registralmente no último prédio Manuel Jacinto Fernandes e mulher Maria de Jesus da Corte Marques, casados que foram sob o regime da comunhão de adquiridos, com última residência conhecida ao sítio dos Enxurros, Ponta Delgada, São Vicente, sendo que relativamente ao último prédio, aquele foi registado por mero lapso, pois verbalmente já se encontrava alienado. Assim, desde aquele ano (mil novecentos e oitenta e seis), os justificantes estão na posse e fruição dos aludidos imóveis, que mantiveram sem interrupção até hoje, usufruindo de todas as suas utilidades, cultivando e colhendo todos os seus frutos, dispondo da casa, suportando todos os impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, de forma ininterrupta, pelo que o adquiriram a título originário – por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título que legitime o seu direito de propriedade. É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Funchal, dezassete de Abril de dois mil e quinze. O Notário, Gabriel José Rodrigues Fernandes Crónicas da memória, com e sem ficção, 15 No início do seculo vinte não havia biblioteca que se prezasse que não tivesse os ditos clássicos. Entendia-se que a primeira educação devia ser essencialmente literária e artística, para se dar plasticidade ao espirito, desenvolver a imaginação porque se entendia, então, que só a educação literária o pode fazer. Esta opinião valia nessa altura portanto no início do século vinte, como também antes e sobretudo depois. E o depois são os dias de hoje. A imaginação é fundamental para a escrita. E essa imaginação vem da leitura. A imaginação não em sentido estrito mas em sentido amplo. A educação literária tem uma utilidade muito própria e quase exclusiva e cabe perguntar como se deverá fazer essa realização. E a conclusão só pode ser através das primeiras leituras. E perguntavam-se alguns autores de então quais ao autores mais úteis para se começar a cultivar essa iniciação de cultura e a que escala etária deveriam os jovens começar a ler os ditos, e considerados então clássicos. Convém lembrar que estamos a falar do início do século vinte. Perguntavam-se alguns autores se deveriam começar essas primeiras leituras pelos contos populares, muito em voga na altura, se pelos romances ou pela poesia, fábulas, curtas narrativas, etc. E continuavam-se perguntando, os responsáveis, pela educação, quando deveriam os jovens começar a ler. Se quando a capacidade receptiva estivesse mais desenvolvida. Porem a conclusão foi quase sempre que esse desenvolvimento iria desenvolver-se conforme as leitura se fossem sucedendo. Começam então a surgir pequenas antologias. Se calhar já existiram antes, mas repito nos inícios do seculo vinte e para alguns autores, o pensamento para o desenvolvimento passava pela ela- boração de pequenas antologias que pudessem iniciar os jovens na leitura de obras, as então, como referimos consideradas clássicas. E esta de 1916 que lemos continha muitos autores, já divididos pelos seus países. Assim começava o autor desta antologia pela Grécia, berço de tanta coisa mas também de textos clássicos fundamentais a começar por Homero e a acabar em Teócrito (tinham o cuidado de ordena-los alfabeticamente). Depois Itália, Virgílio, Horácio, Dante. Depois a Espanha e o incontornável Cervantes. Depois a França, Inglaterra, Alemanha, Noruega e a Rússia e obviamente Portugal. Referiremos os autores que estavam incluídos nessa antologia numa próxima oportunidade porque esta crónica já vai longa e não há espaço para fazermos algumas considerações sobre alguns autores. H. Nóbrega PUB PUB 18 crónicas QR code generated on http://qrcode.littleidiot.be PUB CLÍNICAS 19 MÉDICOS PUB saúde TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Dr. Rui Pereira Vasconcelos Especialista em: Pediatria - Neuropediatria Asma em idade escolar não está diagnosticada Laboratório de Prótese Dentária da Madeira Rua João de Deus, 12-B Telef.: 291 228 004 291 773 948 Rua Nova da Vale da Ajuda, 14 Apartamentos Ajuda, Loja C - Funchal A Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica vai assinalar o Dia Mundial da Asma, no próximo dia 5 de maio, com a realização de sessões de esclarecimento em escolas do ensino básico e secundário, por forma a promover o diagnóstico precoce desta doença em idade escolar. “Tendo em conta que a criança passa 30 por cento do seu tempo na escola é necessário que todos os seus intervenientes tenham conhecimento sobre a asma. Os mitos e problemas relacionados com alergias respiratórias podem ser desmascarados. E se a asma for devidamente diagnosticada e controlada, se os professores tiverem formação nesta área e se existir um plano de atuação, a asma não terá implicações na vida da criança”, explica Libério Ribeiro, pediatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica. E acrescenta: “há uma forte ocorrência de casos de asma nas aulas de Educação Física. Esta situação leva, muitas vezes, a que alunos com asma não pratiquem certos exercícios ou, no limite, não pratiquem atividade física, o que acaba por ter um impacto negativo na criança quer a nível psicológico como fator discriminatório, quer a nível físico por não praticar atividade necessária ao seu desenvolvimento”. O diagnóstico precoce da asma evita a progressão da doença e a sua evolução para formas persistentes que a tornam irreversível. Em resposta a vários estímulos, as vias aéreas das crianças asmáticas tornam-se mais estreitas e inflamadas, provocando sintomas como tosse, sensação de aperto no peito, pieira e falta de ar. A asma afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo e em 2025 será a doença crónica mais prevalente da infância e uma das maiores causas de encargos em saúde. l Cruz Vermelha Portuguesa realiza mais uma campanha nacional de recolha de alimentos Nos próximos dias 24, 25 e 26 de abril, sexta, sábado e domingo, a Cruz Vermelha Portuguesa vai realizar mais uma campanha nacional de Recolha de Alimentos, em todas as lojas Continente do país. Durante os três dias, voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa vão estar em mais de 200 lojas de todo o país e ilhas, a apoiar na recolha dos alimentos. Todos os portugueses podem aderir a esta causa e contribuir com produtos como papas e produtos para bebés, leite e leite em pó, enlatados diversos, farinha, azeite, cereais, arroz, massa, açúcar, entre outros bens essenciais. Os bens doados serão pos- teriormente distribuídos por famílias carenciadas, identificadas pelas cerca de 100 Delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, de acordo com as necessidades mais urgentes de cada região, a nível nacional, com o objectivo de ajudar muitas famílias portuguesas que procuram apoio junto da Instituição. l PUB O Dia Mundial da Asma assinala-se a 5 de maio Este espaço pode ser seu E-mail: [email protected] Telef: 291 911 300 O TRIBUNA não é apenas feito para si, também é feito por si. Envie-nos sugestões, informações, comentários, fotografias e as suas opiniões para o e-mail: [email protected] 20 opinião CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL J RODRIGUES FERNANDES Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira Brava Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690 E-mail – notá[email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015) Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a vinte e um de Abril de 2015, exarada de folhas cinquenta e seis e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 213-A, deste Cartório Notarial, José Ricardo Fernandes Sargo Nif 218.698.844 e mulher Susana Oliveira dos Reis Fernandes, Nif 200.183.117, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ela da freguesia e Campanário e ele da freguesia da Ribeira Brava, ambas do concelho da Ribeira Brava, onde residem na Estrada da Banda de Além, Entrada 58-A-5, 1º direito, declaram-se, com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores, de dois prédios rústicos, de batata doce, localizados ao sitio da Murteira, freguesia da Ribeira Brava, não descritos na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava, a saber: I) - Com área de cento e quarenta e seis metros quadrados, que confronta a Norte com a Ribeira, sul, Leste e Oeste com Manuel Carlos Andrade, inscrito na matriz sob o artigo 17.737, com o valor patrimonial de € 6,66 e com o valor atribuído de cem euros. II) - Com área de cento e quinze metros quadrados, que confronta a Norte e Oeste com Manuel Carlos de Macedo, Sul com Caminho e Leste com António Correia, inscrito na matriz sob o artigo 17.738, com o valor patrimonial de € 7,04, e com o valor atribuído de duzentos euros. Que os identificados prédios vieram à posse do justificante marido, por os terem adquirido por compra verbal e como tal não titulada, feita no ano de mil novecentos e noventa e quatro, ainda no estado de solteiro, menor, tendo posteriormente casado um com o outro, compra essa feita por intermédio de seu pai, Eduardo Ubaldo Fernandes, a Manuel Macedo, solteiro, maior, residente que foi ao sítio dos Moinhos, da dita freguesia de Ribeira Brava. E que desde então os referidos prédios se encontram na posse dos justificantes, portanto há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, pública, pacifica e contínua, sendo consenso que os imóveis lhes pertencem, pois praticam todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, cultivando a terra, pagando as respectivas contribuições, usufruindo da sua utilização ou seja, retirando em seu exclusivo proveito as respectivas utilidades. Que esta posse conduziu à aquisição dos imóveis por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que essa aquisição não poder ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial. Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 21 de Abril de 2015. O Notário: (Gabriel José Rodrigues Fernandes) CARTÓRIO NOTARIAL DO FUNCHAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA, NOTÁRIA EM SUBSTITUIÇÃO, POR DELIBERAÇÃO DA ORDEM DOS NOTÁRIOS, SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FREGUESIA DA SÉ, CONCELHO DO FUNCHAL TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 E-mail: [email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015) Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 73 do Livro de notas para escrituras diversas número 23-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial de Conceição Gonçalves de Abreu, NIF 131 607 910 e marido José de Abreu, NIF 130 057 355, naturais da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, concelho de Câmara de Lobos, residente ao Caminho do Lombo do Foro, número 18, freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, casados no regime da comunhão geral, afirmam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, composto de pastagem ou pasto, cultura arvense de regadio e leitos de curso de água, ao sítio da Serra, freguesia do Jardim da Serra, concelho de Câmara de Lobos, a confrontar pelo Norte com a Ribeira, Sul com Manuel Silvestre Jesus, Leste com Manuel Fernandes Camacho e Oeste com herdeiros de João Pestana, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1/462 da Secção D8, prédio não descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos. Declaram para os efeitos previstos no artigo 112º número 4, do Código do Registo Predial, que o prédio acabado de identificar, não tem qualquer relação, por não ser o mesmo, com os prédios semelhantes descritos na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos, sob os números dois mil seiscentos e vinte e três; cinco mil quatrocentos e dois e, quinze mil quinhentos e dezoito a folhas setenta e sete verso do Livro quarenta e um, todos da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos. Que o referido prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, através de doação meramente verbal feita pelos pais da justificante mulher Adelino Gonçalves e Filomena de Jesus do Espirito Santo, casados no regime da comunhão geral, e residentes ao Caminho do Lombo do Foro, número 16, dita freguesia do Estreito de Câmara de Lobos. Que os justificantes estão assim na posse do identificado prédio, em nome próprio desde o referido ano, posse esta pública, pacífica e de boa fé e, assim, contínua e ininterruptamente à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário cultivando-os e colhendo os respectivos frutos. Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade dos identificados prédios a título originário – por usucapião. Está conforme o original aqui narrado por extracto. Funchal, vinte e um de Abril de dois mil e quinze. P’la NOTÁRIA, (Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/16). TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Jerónimo Pina Associado do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) no Comando Regional da Madeira. Lei do álcool, Será que é desta? O governo prepara-se para efetuar uma nova alteração a lei do álcool que estabelece o regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e abertos ao público, estando já para aprovação em conselho de ministros a nova Lei. A última alteração remonta a abril de 2013, onde o governo estabeleceu a idade mínima de 18 anos para as bebidas espirituosas com elevado teor de álcool p.ex., destiladas (Gin, Whisky, Aguardente) e 16 anos para as bebidas não espirituosas p.ex., fermentadas (cerveja ou vinho). Dois anos volvidos e sendo notório que a alteração realizada em 2013 não teve o impacto pretendido, na redução do consumo de álcool por parte dos jovens, o governo irá estabelecer a idade mínima em 18 anos para todas as bebidas alcoólicas (parece que é desta). Esta medida inicialmente tinha sido prevista em 2013 mas, porque razão não foi adoptada? Terá sido pelas críticas e pressão exercidas por parte das empresas associadas ao vinho e a cerveja? O facto é que o governo recuou e na altura não seguiu as recomendações de diversos profissionais ligados a saúde que alertaram para os diversos riscos desta droga, lamentando que “os interesses das empresas que vendem álcool se sobreponham ao interesse da saúde dos portugueses”. O consumo de álcool nos jovens, esta associado a danos cerebrais (perdas de memória, depressão, perturbação do sono, suicídio) e neurocognitivos com implicações na aprendizagem e no desenvolvimento intelectual, instabilidade de movimentos, dificuldades respiratórias, doenças cardiovasculares, úlceras, problemas sexuais, entre outros problemas. Alguns estudos referem que a adolescência é o período em que as características dos jovens são propícias ao inicio do consumo de drogas, inclusive, a sua tendência para a dependência, onde p.ex., o estímulo para beber álcool pode partir do meio familiar ou do meio social (pelo consumo regular dos pais, familiares ou amigos), por outro lado quando o início do consumo é retardado para depois dos 18 anos, o risco de um jovem sofrer problemas com o álcool é reduzido em 50%. Por todos estes factores, parece-me importante que seja exercida uma fiscalização apertada por parte das entidades com competência de fiscalização (ASAE, PSP e GNR) e ainda a necessidade de aumentar o valor das coimas previstas em caso de infração, onde atualmente o valor pode ir de 500 euros a 3740 euros, caso o infrator seja pessoa singular, ou de 2500 euros a 30000 euros caso estejamos perante pessoa coletiva. Não se vislumbra uma tarefa fácil por parte das entidades fiscalizadoras, por um lado a dificuldade na fiscalização, nomeadamente a falta de recursos humanos e materiais, por outro lado as infrações têm que ser detetadas em flagrante delito. Em caso de infração caberá a entidade fiscalizadora levantar o auto de contraordenação ao estabelecimento visado e nos casos em que os menores evidenciem intoxicação alcoólica deverá ser elaborada a notificação ao responsável legal do menor i.e., implicando perigo para o menor a entidade fiscalizadora “deve diligenciar para lhe por termo, pelos meios estritamente adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do menor e da sua família (…) podendo ainda solicitar a cooperação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou do representante do Ministério Público territorialmente competentes”. Um maior número de alterações à Lei não implica uma maior eficácia da mesma (neste caso revela até má técnica legislativa uma vez que não produziu quaisquer efeitos jurídicos). A eficácia dependerá sempre da envolvência de todos os atores, refiro-me ao governo responsável pela elaboração da lei com medidas que podem fazer diminuir o consumo do álcool por parte dos jovens, às associações e comissões que desempenham um papel fulcral na sensibilização e os Órgãos de Policia Criminal, responsáveis pela aplicação da Lei que deverão exercer uma fiscalização com o rigor e a imparcialidade que se lhes impõe e que se espera. Porém estes intervenientes que acabei de referir só deviam atuar caso os responsáveis pela disponibilização/distribuição do álcool aos jovens contrariem a Lei, pelo que são estes a chave principal para o sucesso do cumprimento e da aplicabilidade da mesma. Numa perspectiva financeira, a ilicitude dos actos nunca pode compensar face ao cumprimento da Lei e por isso a prevenção geral das contra-ordenações aqui em apreço é o aspecto nuclear e que deve operar de forma profunda junto dos vendedores e distribuidores de bebidas alcoólica, p. ex., em determinados países a venda de bebidas alcoólicas a menores pode levar ao encerramento imediato do estabelecimento, por isso não há bebida alcoólica que seja vendida antes de existir uma confirmação mediante a apresentação de documento identificativo, se o cidadão não o tiver consigo, não existe sequer a venda. Relativamente aos pais estes esperam que, caso os seus filhos/menores, sob a sua responsabilidade, se dirijam a um estabelecimento lhe seja negado o acesso ao álcool uma vez que é contra legem, porém estes não podem olvidar que são os primeiros e principais responsáveis, pois os valores e educação adquirem-se maioritariamente em casa e também não me parece que os pais queiram ver a sua ação e responsabilidade de “fiscalização” substituída pela polícia, devendo ser estes os primeiros a transmitirem bons padrões de comportamento aos filhos não se esquecendo que são a sua referência. l DIVAGANDO... CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO DE SÃO VICENTE (com extensão de competência ao concelho do PORTO MONIZ) NOTÁRIO: JOÃO PAULO MARQUES ROSA (piso superior ao Serviço de Finanças de São Vicente) Vila, São Vicente / Telef: 291842129 VIRGÍLIO PEREIRA Comemorar o 25 de Abril Aqui e ali, por este país fora, comemora-se o 25 de Abril de 1974, como também se invoca a implantação da República em cada 5 de Outubro e ainda se festeja no 10 de Junho de cada ano o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Contudo, enche-me de tristeza de sentir e ver que os portugueses, na sua esmagadora maioria, não estão sensibilizados para participarem nessas cerimónias em honra de factos extraordinariamente marcantes e importantes para a sua História. E porquê? Julgo porque eles são comemorados segundo um figurino de cerimónias solenes que os afastam naturalmente, pela sua índole de “montra de passagem de pessoas importantes” que detêm os diversos poderes em Portugal. Mas falamos do 25 de Abril de 1974 que será invocado no próximo sábado. Nos primeiros anos que se sucederam a esse acontecimento ímpar na vida do nosso país, porque foi ele que devolveu a Liberdade aos cidadãos e acresce ainda o facto de que a nós, Povo desta Região, possibilitou a instituição da Autonomia. Por discutível que ela seja, quanto à sua importância, foi aquela que nos proporcionou dar um qualitativo, altamente positivo no nosso desenvolvimento económico, social, infra-estrutural e educacional, nesses primeiros dez, quinze ou vinte anos, poucas entidades comemoraram-no em pequena escala, segundo o figurino de cerimónias hoje constatado: o hastear da bandeira nacional e das suas companheiras habituais, discursos dos representantes dos partidos políticos, discurso do Presidente da República e finali- 21 za com o Hino Nacional. Pouco mais se pode constatar nas comemorações de data tão importante para os portugueses que além da Liberdade, vieram a ganhar mais tarde a Democracia. Os políticos mandantes vestem-se a rigor, emprestam-se um aspecto o mais importante possível, usam a linguagem estereotipada para demonstrarem as suas capacidades culturais e perante um punhado, por vezes muito pequeno, de cidadãos comuns, presidem assim a actos “solenes” mediáticos. Se esse costume perdurar por muitos anos, corre-se o risco de que a maioria das pessoas esquecerá completamente a importância histórica que esses acontecimentos tiveram para a sua Comunidade e a interacção importante que Portugal terá com países terceiros, sejam ou não da União Europeia, tornar-se-á cada vez mais ténue. A nossa voz colectiva valerá cada vez menos, até ser inaudível. Nos primeiros anos que se seguiram ao golpe de estado, os militares revolucionários e os políticos que deram um novo rosto ao poder civil comemoravam “Abril” com decisões e actos coerentes com a revolução. Ou seja, todas as leis que se publicassem ou todos os actos públicos que se assumissem, procuravam dar às pessoas melhor qualidade de vida, concretizadas através de medidas ou obras que se julgavam atingir esse objectivo. Não devemos esquecer os erros cometidos no pós25 de Abril, designadamente no Processo Revolucionário em Curso (PREC), nomeadamente as excessivas nacionalizações e muitos saneamentos injustos. Mas também não devemos esquecer aqueles que foram da autoria dos governantes do regime anterior e noutras épocas de toda a nossa História, até porque isso ajudar-nos-á a não repe- tir no presente e no futuro os mesmos erros. Assim, nessa época, comemorava-se “Abril” trabalhando e fazendo obra, por mais pequena que fosse, para o bem comum. Não havia tempo nem lugar para exibição de vaidades. Se comemorassem o 25 de Abril de 1974 para além das cerimónias solenes, através de medidas e obras que visassem o bem comum, designadamente de cariz cultural, desportivo e de lazer, que apelassem a todos os níveis etários mas em particular aos jovens, então talvez cresça significativamente o gosto colectivo por essa comemoração. Espectáculos de índole diversa, festas populares e eventos desportivos hão-de dar um novo fôlego ao interesse pelas comemorações desses acontecimentos históricos. Post scriptum: Durante quase quarenta anos os governos do PSD/Madeira liderados pelo Dr. Alberto João Jardim, como também as autarquias social-democratas, assumiram um estilo de governação que tirou a Região da miséria e em que atingimos um patamar de desenvolvimento interessante. Confio serenamente que o novo governo, acabado de ser empossado, igualmente do PSD/Madeira e liderado pelo Dr. Miguel Albuquerque, vai continuar nessa senda e orientação, ainda que, naturalmente, os perfis do seu Presidente e dos restantes membros, bem como a actual situação financeira europeia e nacional o obrigue a caracterizar com significativas diferenças em relação à anterior governação. l (publicado no Tribuna da Madeira a 24-04-2015) Certifico para fins de publicação que, por escritura celebrada hoje, iniciada a folhas cinquenta e nove do livro de notas para escrituras diversas número trinta e três - A deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, pela qual António Eduardo Mendes, NIF 142 497 215, e mulher, Maria Cesária José, NIF 109 675 509, casados na comunhão geral de bens, naturais da freguesia e concelho de São Vicente, residentes à Rua Conde Carvalhal, número 44, freguesia de Santa Maria Maior, concelho do Funchal, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos prédios seguidamente identificados, todos localizados ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente, a saber: Um - Prédio misto, composto por terra de cultivo e casa para habitação, com a área total de quatrocentos e trinta e um vírgula sessenta metros quadrados, dos quais quarenta e um vírgula setenta e quatro metros quadrados são de superfície coberta e vinte e quatro vírgula sessenta e quatro de logradouro, a confrontar a Norte e a Este com António Eduardo Mendes, a Sul com o Caminho Municipal e a Levada e a Oeste com João Gonçalves, inscrito na matriz, em nome de João Augusto de Sousa, sob o artigo urbano 1639 e os artigos rústicos, 4442 e parte (1/12) do 4443, descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente sob o número mil duzentos e quarenta e quatro da freguesia de São Vicente, onde se acha inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, pela apresentação três, de vinte e oito de Outubro de mil novecentos e noventa e seis, a favor de Maria Teresa de Sousa, viúva, Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, Maria de Sousa, viúva, Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França; Dois - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de mil e noventa e seis vírgula dez metros quadrados, a confrontar a Norte com o Caminho e a Levada, a Sul com Gregório de Abreu, a Este com o Limite do Domínio Público Hídrico da Ribeira e a Oeste com Manuel Marques Rosa, inscrito na matriz, em nome de João Augusto de Sousa, sob parte (2/10) do artigo 4438, e o artigo 4439, descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente sob o número mil duzentos e quarenta e cinco da freguesia de São Vicente, onde também se acha inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, pela apresentação três, de vinte e oito de Outubro de mil novecentos e noventa e seis, a favor de Maria Teresa de Sousa, viúva, Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, Maria de Sousa, viúva, Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França. Que a divergência de área entre a descrição predial e o presente título, no que se refere ao prédio identificado na alínea a), decorre de simples erro de medição, não tendo ocorrido qualquer alteração na configuração do prédio, o que é declarado nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do número 2 do artigo 28º-C do Código do Registo Predial, e a divergência de área entre a descrição e o presente título, no que diz respeito ao prédio identificado na alínea b), decorre de simples erro de medição, o que é declarado nos termos e para os efeitos do disposto no número 1 do artigo 28º-C conjugado com o artigo 28º-A do Código do Registo Predial. Três - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de mil duzentos e setenta metros quadrados, a confrontar a Norte com António Gonçalves, a Sul com Eduardo Rodrigues Mendes, a Este com Manuel Francisco e a Oeste com António Eduardo Mendes, inscrito na matriz sob o artigo 17237, em nome de Vicente Rodrigues Mendes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente; Quatro - Prédio rústico, composto por terra de cultivo, com a área de dois mil trezentos e setenta e três metros quadrados, a confrontar a Norte e a Sul com António Gonçalves, a Este com António Eduardo Mendes e a Oeste com Eduardo Rodrigues Mendes e outro, inscrito na matriz sob o artigo 17238, em nome de Armando Nunes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Vicente. Que os prédios identificados sob os números Um e Dois vieram à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e noventa e três, por compra não titulada efetuada aos titulares inscritos: Maria Teresa de Sousa, à data viúva e entretanto falecida, residente ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; Elias Augusto de Sousa e mulher, Maria Isabel Teixeira de Abreu, entretanto falecida, residentes ao Sítio da Vargem, freguesia e concelho de São Vicente; Maria de Sousa, viúva, residente ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; Manuel João de Sousa e mulher, Isabel Pestana, residentes ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; e Cecília de Jesus Sousa França e marido, Mário António de França, residentes à Rua Jardel França, São Vicente, São Paulo, Brasil. Que o prédio identificado sob o número Três veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e oitenta e um, por doação não titulada efetuada pelos pais do justificante varão, Manuel Rodrigues Mendes e Celeste Augusta Andrade, já falecidos, residentes que foram ao Sítio das Ginjas, freguesia e concelho de São Vicente; e o prédio identificado sob o número Quatro veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal efetuada a Maria Olívia Nunes e Manuel Gonçalves Quitéria, já falecidos, residentes que foram na Venezuela. Que, para efeitos de reatamento do trato sucessivo, foi efetuada a prévia notificação, mediante o envio de carta e pela afixação de editais na Conservatória do Registo Predial e na Junta de Freguesia de São Vicente, os quais arquivo no maço respetivo. Que, desde as referidas datas e sem interrupção, os justificantes entraram na posse e fruição dos identificados prédios, usufruindo de todas as utilidades por eles proporcionadas, nomeadamente, amanhando e plantando a terra, conservando a moradia e suportando as suas contribuições e encargos, agindo por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo a sua posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que declaram adquirir os referidos prédios por usucapião. É extrato certificado da escritura e vai conforme o original. São Vicente, vinte de Abril de dois mil e quinze. O Notário, João Paulo Marques Rosa PUB opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 22 economia TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Madeira com menos desemprego No final de março, o número total de desempregados na Região era de 22534, o que significa uma descida de 1,5% em relação ao mês anterior. João Toledo [email protected] D e acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e For- mação Profissional (IEFP), no final do mês de março de 2015 o número total de desempregados na Região era de 22534, o que significa uma descida de 1,5% em relação ao mês anterior, onde existiam 22872 (+338) desempregados inscritos no Instituto de Emprego da Madeira. Por sua vez, se compararmos com o mês homólogo do ano transato verificamos que o número de desempregados diminuiu 3,9%, sendo que em março de 2014 as estatísticas davam conta de 23447 (+913) pessoas sem emprego. Se analisarmos o todo nacional observamos que, no final do mês de março de 2015, estavam inscritos, como desempregados, nos Cen- tros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 590 605 indivíduos, número que representa 70,7% de um total de 835 626 pedidos de emprego. Registe-se, ainda, que o total de desempregados registados no País diminuiu em comparação com o mês homólogo de 2014 (-14,4%; -99 220) e face ao mês anterior (-2,3%; -13 709). A evolução, comparativamente a março de 2014, mostra a descida do desemprego nos homens (-15,3%) e nas mulheres (-13,5%). Quanto ao grupo etário, ambos os segmentos de análise (jovens e adultos) apresentavam uma descida anual do desemprego, respetivamente -18,3% e -13,8%. Os dados do IEFP mostram, ainda, que a nível regional, e comparando com o mês de março de 2014, o desemprego diminuiu em todas as regiões do País. Relativamente ao mês anterior, todas as regiões apresentaram menos desempregados inscritos. l Valor da Comercialização de vinho generoso com quebra homóloga de 10,6% Segundo dados do IVBAM, a comercialização de vinho generoso “Madeira” rondou os 750 milhares de litros nos primeiros três meses de 2015, traduzindo-se em receitas de primeira venda de 3,9 milhões de euros. Comparativamente ao período homólogo registou-se um decréscimo 8,4% na quantidade e de 10,6% no valor. Os dados mostram também que o mercado regional foi um dos impulsionadores desta diminuição tendo o mesmo observado quedas de 32,3% na quantidade e de 34,9% no valor. No mercado comunitário, as reduções foram menos acentuadas, mais precisamente de 7,0% no volume e de 2,0% no valor. O mercado francês permanece como o mais representativo dentro da UE, tendo as exportações para aquele país crescido 5,9% em quantidade e 6,0% em valor. No caso dos países terceiros a evolução verificada foi de aumento nas quantidades (+5,1%) e de quebra no valor (-5,0%). Os EUA – que no trimestre em referência foram, em termos de receitas, o segundo mercado externo mais importante, depois da França – reduziram a sua procura de vinho Madeira comparativamente ao período homólogo, observando-se quedas de 25,0% no volume comercializado e de 19,2% no valor. Registe-se, ainda, que a comercialização de bebidas espirituosas produzidas na RAM ultrapassou em 2014 os 642 milhares de litros, observando-se um incremento de 1,5% face ao ano precedente. Para este crescimento contribuiu o aumento verificado na comercialização de licor (+6,4%), que compensou a diminuição registada no rum da Madeira (-1,7%). Relativamente à comercialização de vinho DOP «Madeirense» registaram-se fortes subidas face a 2013, mais concretamente de 35,4% na quantidade e de 44,3% no valor de primeira venda. Já no vinho IGP «Terras Madeirenses», apesar da quebra na quantidade comercializada (-13,5%), o valor gerado por este tipo de vinho registou um ligeiro aumento (+0,3%). l Lusitania Seguros Reforça presença na Madeira A Lusitania Seguros, seguradora de capital integralmente nacional, inaugurou, no passado dia 23 de abril, um novo balcão da Companhia e uma nova loja na ilha da Madeira, representada pelo Agente M.I.M, aumentando, desta forma, a sua representatividade local e a sua resposta às necessidades dos madeirenses. “Providenciar um serviço de qualidade é prioritário” para João Lira e João Ramos, responsáveis pela Loja M.I.M – Madeira Insurances Management, localizada na vila da Ponta do Sol. “Ambicionamos oferecer um acompanhamento premium ao cliente com serviços atrativos e direcionados para cada tipo de necessidade. A conjugação do apoio da Lusitania ao nosso projeto e uma equipa motivada e profissional, serão o nosso fator de sucesso”, salientam aqueles responsáveis. “É fundamental chegar junto dos nossos mediadores e oferecer um conjunto de soluções e serviços adequados que se refletem num melhor e mais atento atendimento ao cliente. O novo balcão, localizado no centro do Funchal junto à Câmara Municipal, apresenta infraestruturas renovadas e uma equipa de profissionais atentos que primam por um serviço de excelência”, destaca Rodrigo Lucas, gerente do novo balcão Lusitania do Funchal. l Internacionalizar 2020 Apresentação para associados No âmbito da atividade da rede europeia de apoio às empresas Enterprise Europe Network, a ACIF-Câmara de Comércio e Indústria da Madeira, em Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM resultado de uma parceria com o Insti- Sistema de Incentivos à Internacionatuto de Desenvolvimento Empresarial lização das Empresas da Região Autóda RAM, convida as suas associadas a noma da Madeira – Internacionalizar 27 de participar na sessão de apresentação do abril 2020 que terá lugar na próxima quarta- feira, às 9h30, à Rua dos Aranhas 26 A entrada é gratuita mas sujeita a inscrição através do telefone 291 206800 Apresentação do Documento Estratégico Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM para o Mar da RAM 27 de abril 27 de abril Programa 10h30: Receção dos participantes 11h00: Sessão de abertura Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa Programa Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas 10h30: Receção dos participantes 11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM 11h00: Sessão de abertura IESE, Oliveira das Neves e João Figueira de Sousa Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa Sessão deeencerramento Ministra12h30: da Agricultura do Mar, Assunção Cristas Programa 11h30: Apresentação do Documento Estratégico para o Mar da RAM Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, em representação doePresidente do Governo Regional IESE, Oliveira das Neves João Figueira de Sousa 12h30: Sessão de encerramento Entrada livre mas sujeita a inscrição Secretária Regional do participantes Ambiente e Recursos Naturais, 10h30: Receção dos em representação do Presidente do Governo Regional 11h00: Sessão de abertura Almoço Susana Prada, Entrada livre mas sujeita a inscrição 13h00 - Pestana Casino Park Hotel Almoço Presidente da Direção da ACIF-CCIM, Cristina Pedra Costa 13h00 - Custo Pestana Casino Hotel do almoço porPark pessoa: 45 € (sócios) e 55 € (não associados) Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas Custo do almoço por pessoa: 45 € (sócios) e 55 € (não associados) Sujeito a reserva Sujeito a reserva Inscrições e reservas:do e-mail [email protected] ||Estratégico telefone 291 206800para o Mar da RAM 11h30: Apresentação Documento Inscrições e reservas: e-mail [email protected] telefone 291 206800 IESE, Oliveira das Neves e João Figueira de Sousa 12h30: Sessão de encerramento Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, 24 opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Raquel Coelho RICARDO FREITAS Deputada do PTP Dirigente sindical Velhos hábitos nunca mudam BIP...BIP...BIP...BIP...BIP___________ Imaginem a expressão sonora que os aparelhos de uma unidade de cardiologia apresenta ao monitorizar um doente, indicando o ritmo cardíaco, a sua intensidade e pressão. Repentinamente, o BIP - BIP, transformase num som contínuo e a curva visível nos monitores dá lugar a um risco contínuo. Só com um conjunto de procedimentos tendentes à reanimação, o doente poderá voltar a um estado de equilíbrio e de estabilidade. É com esta imagem de angústia, de risco e de incerteza que me assalta quando nos vão dando relato pela comunicação social, da calamidade criminosa dos milhares de refugiados que atravessam o mediterrâneo, procurando sobreviver, procurando abrigo, procurando paz. Muitos morreram, tentando chegar a bom porto. Muitos mais se seguirão. Será que continuaremos, a UE, a fazer o pouco que tão maus resultados tem obtido? Será? As migrações têm a tendência de mudar o mundo e esta realidade, fruto das guerras PRE Edifício O Liberal · PEZO, Lote7, Socorridos 9004-006 Câmara de Lobos Tel. 291 911 300 · Fax 291 911 309 Email: [email protected] ÇO D E CU STO PUB O Jornal da Madeira tinha como hábito presentear-nos diariamente com inúmeras fotos/notícias de Jardim e do PSD. Para não falar nos artigos de opinião dos escribas do regime que outra coisa não faziam, senão enaltecer os feitos da Madeira Nova e denegrir a imagem dos seus opositores políticos. Embora os tempos sejam de propalada renovação, atrevendo-se os mais poéticos a afirmar que Abril chegou pela primeira vez à Madeira. A verdade é que pouco mudou desde então e basta abrirmos o Jornal da Madeira, para nos perguntarmo-nos onde está a renovação? Tive o cuidado de contar quantas fotos trouxe o Jornal da Madeira de Albuquerque num só dia, um total de nove fotografias e onze notícias do novo executivo, sendo que o Diário de Notícias também não lhe tem ficado atrás. Durante as eleições inter- nas do PSD, Miguel Albuquerque foi alvo das línguas viperinas do Jornal da Madeira, provando pela primeira vez do veneno do próprio partido. Revoltado tratou logo de defender a entrega do Jornal à diocese, alegando que era antidemocrático e um desperdício do dinheiro dos contribuintes. Mas agora que chegou ao Governo, a história é outra, passou de diabo a santo no dito jornal e já goza dos mesmos privilégios que Jardim. Moral da história, mudamse as personagens, mas o formato do jornal é sempre o mesmo. No tempo do fascismo, o Jornal da Madeira resumia-se a duas coisas: desporto e Salazar, depois passou para desporto e Jardim e agora é desporto e Albuquerque. Enfim, é caso para dizer: “Velhos hábitos nunca mudam”. l civis, da fome, da doença, da insegurança, que grassa em países inviáveis, ou em reconversão, são, antes de mais, um problema humanitário. O mundo e a UE, terão de encontrar uma resposta pronta, da mesma forma que se mobiliza para fazer, ante o combate ao terrorismo ou a outros fenómenos e acidentes globais. Provavelmente, teremos de defender um principio de ingerência em outros territórios, por forma a acautelar os desastres humanitários. Nesse plano, a ONU seria o organismo apropriado para conjugar uma resposta a este problema, articulando com a UE. Sabemos que para conter o fluxo dos migrantes, deveríamos criar as condições para que nos países de origem dos mesmos as condições de vida, fossem as suficientes para criar as condições de confiança, de segurança, de desenvolvimento, que levassem à normal fixação das suas gentes. Mas quando no território de origem não existe, na verdade, qualquer país, só uma capacidade de ingerência de forças pacificadoras, poderemos responder a esse propósito. Teremos a vontade e a determinação para tal? Teremos ou não uma consciência colectiva de defesa dos direitos humanos e de defesa da humanidade que se sobreponha aos interesses mesquinhos da geopolítica regional, ou aos custos financeiros de uma tal operação? De qualquer forma e, antes de mais, teremos de socorrer os que abraçam o risco da travessia. Teremos de ter operações mais eficientes e eficazes no socorro. Teremos de combater, mais e melhor, os carrascos e as organizações criminosas que se aproveitam da fraqueza dos necessitados. Teremos de acolher os refugiados e entender que esse acto não é, nem pode ser, da responsabilidade só dos países do sul da Europa, mas do conjunto da mesma. Será que é necessário uma movimentação dos cidadãos, com manifestações, vigílias e um conjunto de outras pressões para que esta temática tenha o relevo que merece? Será que os parceiros sociais, partidos e principalmente os governantes continuarão a pouco fazer? Impõem-se um envolvimento da opinião pública sobre esta matéria. Falta um “lobbying” pelos refugiados. ____________ BIP...BIP... BIP...BIP...BIP, temos de ressuscitar o “doente”. De resto, se analisarmos as coisas bem, o verdadeiro “doente” somos nós. l O CALHAU € 10,00 da LAPA Marisa Mendes desporto TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 25 Desde 1952 perto do mar e dos madeirenses www.clubenavaldofunchal.com Atualidade Pescando títulos A pesca desportiva foi uma das primeiras modalidades dinamizadas pelo Naval e aquela que, a meados do século passado, mais nos prestigiou a nível internacional, através dos recordes do Dr. António Ribeiro. Por isso, é com satisfação que vemos o esforço desenvolvido na formação, ao longo dos últimos anos, dar frutos também nesta modalidade. São disso exemplos Francisco Teixeira e Carlos Abreu que, no passado fim de semana, sagraram-se Campeões Regionais de Juvenis e de Juniores U21, respetivamente. Eles são o topo de uma pirâmide onde se incluem ainda o Vice-Campeão Regional de Juvenis, o Luís Pereira, e outros jovens que, não tendo alcançado pódios, comungam uma dedicação exemplar a uma modalidade que tira Francisco Teixeira. Carlos Abreu. partido das potencialidades desta nossa maior infraestrutura que é o mar. Foi a experiência ganha no litoral da Madeira que dotou outro nosso atleta, o Ricardo Santos, da qualidade suficiente para lançar no Campeonato Nacional de Juniores U16, cuja participação terá início este fim de semana. A acompanhar estará o técnico e coordenador Rui Oliveira a quem se deve a dinâmica e resultados desta modalidade. Quem sabe se não estará nesta “fornada” de novos valores do Naval, outros atletas internacionais que honrem a nossa tradição e promovam a Madeira numa modalidade que conta milhares de praticantes por essa Europa fora. Bom fim de semana Mafalda Freitas Presidente Crónicas, Recordações e Memórias do Naval Quarto grande não era grande coisa Há cerca de 15 anos, normalmente em meados de junho, fazíamos um estágio quando acabavam as aulas e o meu primeiro foi na Vidigueira que, para quem não sabe, fica em Beja, no Alentejo interior. Como tinha um exame na universidade, acabei por juntar-me mais tarde à equipa. Cheguei já de madrugada e como havia treino no dia seguinte, foi chegar e dormir no mesmo quarto com o Filipe Rebelo. No dia seguinte correu tudo normalmente, treinámos, almoçámos e só depois, quando fomos para a habitual sesta, tive oportunidade de olhar como deve ser para o quarto onde estava a ficar, já gabado pelo Filipe: «Já viste, consegui o maior quarto só para nós os dois», dizia ele. É óbvio que estava também contente com a boa-nova, mas qual não foi o meu espanto quando constatei que aquele era o único quarto do apartamento onde ficámos sem ar condicionado! Tinha apenas uma ventoinha que fazia um barulho como nunca ouvi na minha vida e não nos deixava dormir. Ora, na altura estava já um calor absurdo, cerca de 40 graus — houve até um dia sem treinos por causa disso —, pelo que vivemos um pequeno inferno nesse estágio. Até no chão nos deitámos na esperança de nos sentirmos mais fresquinhos. Lembro-me que os treinos decorriam numa piscina municipal, aberta ao público, e se os das 9 da manhã corriam sem problemas, à tarde as pistas que alugávamos eram frequentemente alvo de mergulhos e “bombas”. Até tínhamos “adeptos” debaixo de água a aplaudir-nos porque achavam piada àquilo! André Cunha GANHE UM VOUCHER NAVAL Em que ano foi inaugurada a Marina do Funchal? Respostas para: [email protected] 26 desporto TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Navalistas em grande no MOCHE Circuito Regional de Surf Títulos na crista da onda Os surfistas do Naval continuam na crista da onda no MOCHE Circuito Regional de Surf. Na 3.ª etapa, disputada sábado, na Fajã da Areia (São Vicente), a vitória fugiu em apenas 1 das 8 categorias em disputa e, nalguns casos, o pódio foi preenchido por navalistas. Assim, a duas etapas do fim, já há navalistas campeões, casos de Tomás Lacerda (Sub14), Francisco Ornelas e Mafalda Abreu (Sub16) e Jess Dunsdon (Sub18). Este quarteto tem já garantida a participação no Campeonato Nacional de Surf Esperanças, cuja 1.ª etapa está agendada para 4 de julho, em Peniche. Na prova disputada em São Vicente, nos Sub14, os 5 primeiros classificados enverga- ram o emblema do Naval, tendo Tomás Lacerda conquistado a vitória, enquanto Gonçalo Gomes e Bernardo Correia foram os 2.º e 3.º classificados, respetivamente. Nos Sub16 a história dominadora do Naval repetiu-se, agora alargada aos 7 primeiros classificados, com Francisco Ornelas a subir ao degrau mais alto do pódio, ladeado por Lourenço Faria e Duarte Pessoa. Neste mesmo escalão etário, mas em femininos, só subiram navalistas ao pódio, com Catarina Melim no 1.º lugar, Mafalda Abreu no 2.º e Matilde Faria no 3.º. Um trio que não variou muito nos sub-18: Mafalda foi 3.ª, Matilde foi 2.ª e o triunfo foi de Jess Dunsdon. Nos Sub18 masculinos, Francisco Ornelas levou a melhor sobre a concorrência mais direta, Francisco e Carlos são campeões todo o campeonato. Por seu turno, nos Juniores U21, Carlos Abreu, vencedor da primeira etapa, alcançou um 3.º lugar no sábado e um 2.º posto no domingo, o que lhe garantiu o título com 6 pontos. Carlos foi, em duas etapas, responsável pela maior captura, primeiro com um exemplar com 197 gramas e depois com um de 523 gramas. Francisco Teixeira e Carlos Abreu sagraram-se Campeões Regionais, confirmando as expectativas com que partiram para as derradeiras etapas dos respetivos campeonatos regionais. Nas provas disputadas sábado e domingo, na Praia Formosa, sob condições algo difíceis devido a alguma “levadia” que se fez sentir, os pescadores do Naval rentabilizaram as lideranças que traziam da primeira etapa. Nos Juvenis, Francisco Teixeira somou dois 3.ºs lugares, o suficiente para terminar o campeonato no 1.º lugar, com um total de 7 pontos (1+3+3), menos 2 pontos do que Luís Pereira, Vice-Campeão Regional, seu colega do Naval, que nestes dois dias somou um 1.º e um 2.º lugar, mas trazia um 6.º da primeira etapa (6+1+2). Luís foi mesmo o atleta com o maior exemplar, com 61 gramas, capturado em panheiras Catarina Melim e Matilde Faria. No Open masculino, o melhor navalista foi Tomás Lacerda, no 4.º lugar. Finalmente, na Masters, a vitória foi de André Pontes, que bateu na final o também navalista André Rodrigues. l Equipa do Naval com bons motivos para festejar. Navalistas em grande na pesca desportiva Carlos Abreu sagrou-se Campeão Regional U21. toda ela do Naval, nomeadamente Nuno Faria e Tomás Lacerda, os 2.º e 3.º classificados, respetivamente. Na classe Open, em femininos, Jess Dunsdon garantiu o seu segundo êxito do dia, agora secundada pelas com- Ricardo Santos no Nacional U16 Ricardo Santos inicia este fim de semana, em Troia, a sua participação no Campeonato Nacional de Juniores U16. Será a segunda participação do navalista a este nível, pelo que há boas expectativas em torno da sua performance técnica. A estreia será na Praia Soltroia-Rio, seguindo-se etapas na Praia do Forte Novo (Quarteira), a 16 e 17 de maio, e da Praia de Quiaios (Figueira da Foz) nos dias 6 e 7 de junho. l Cross Training Naval Box Trust Us nos Promofitgames A Naval Box Trust Us participará, este fim de semana, no Promofitgames VI, competição nacional de cross training, que terá lugar no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, no âmbito da Convenção Internacional Promofitness. Blenda Corte, Miguel Faria, Rebecca Sousa e Rodrigo Lucas compõem o quarteto do Naval que ganhou lugar entre as 15 equipas participantes. Esta modalidade fitness, que vem crescendo exponencialmente a nível mundial nos últimos anos, é conhecida pela sua grande exigência física. A prova inclui desafios diversos desconhecidos à partida pelos atletas, tanto assim que o lema é qualquer coisa como “preparados para o imprevisto”. O projeto Naval Box conta 18 meses e ganhou recentemente um espaço próprio no Complexo Desportivo da Nazaré. TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 «Preciouse Stone» Fernando Olim: «A riqueza do ser humano não se mede pelos bens que tem mas pela maneira como desfruta deles e os coloca ao serviço dos outros». Ingredientes: 1/3 dose Vodka Smirnoff 1/3 dose Green Curaçau Licor 1/3 dose Madeira Seco Preencher com Brisa Maracujá Decoração: Tira de casca de Abacaxi; flores de cerejas e casquinha de limão; raminho de groselha; estrela de maçã. Confecção: Shaker O cocktail «Preciouse Stone» foi elaborado para lembrar o quão precioso é o nosso planeta, relembrando as pedras preciosas que são extraídas e usadas para embelezamento e na criação de joias exóticas. PUB Com o patrocínio da Associação de Barmen da Madeira. cocktail 27 28 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Filme “Águas” estreia a 25 de abril no Teatro Municipal A produção é do Clube de Cinema da Jaime Moniz “Águas” é a última produção do Clube de Cinema da Jaime Moniz e terá a sua estreia no sábado, dia 25 de abril, no Teatro Municipal Baltazar Dias, pelas 21:30H. A exemplo dos anos anteriores, e relembre-se que esta já é a oitava produção do Clube Cinemoniz, este trabalho conta com a participação de um grupo grande de pessoas, entre alunos, docentes, funcionários, encarregados de educação, ex alunos e docentes aposentados. O grupo de atores e figurantes ultrapassa a centena. A realização deste filme está a cargo do coordenador do Clube, o docente Luís Miguel Jardim. Na tela mágica do cinema os espetadores poderão assistir a um filme retratar, com alguma ficção, de um importante episódio da História da Madeira: a revolta das Águas de 1962 que teve lugar na freguesia da Ponta do Sol. Mais um episódio da nossa História capaz de revelar o espírito reivindicativo e corajoso das gentes da Ilha, e no caso concreto da Lombada da Ponta do Sol, que em pleno Estado Novo, enfrentaram o poder vigente como forma de defender “as suas águas”, e assim salvaguadar a produtividade das suas terras, principal fonte de sustento de muitas familias. Relembre-se que recentemente o Clube Cinemoniz havia produzido o filme “Miradouro do Mar”, um trabalho que teve como temática central o injusto e caduco regime da colónia, que marcou profundamente a História da Madeira. Algumas vivências da época são retratadas no filme, embora a cena mais emblemática seja mesmo a guarda pelo povo das águas no cabo da ribeira, facto que se arrastou por três meses e que só terminou com uma intervenção violenta de forças policiais, ordenada pelo presidente da Junta Geral, superiormente ditada pelo Governo Salazarista. No papel de dono do cinema da Ponta do Sol está João Carlos Abreu, e Carlos Lélis tem a tarefa de dar corpo ao Presidente da Junta Geral da época. Estes são os convidados especiais do filme “Águas”. l opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Miguel Santos -Deve-se valorizar: a experiência dos eremitas do deserto, que tinham animais “selvagens” como companheiros, “discípulos” e “executores” funerários. E o facto de várias ordens monásticas medievais (cistercienses, cartuxos, carmelitas…) valorizarem a dieta vegetariana. Militante do PAN Madeira Mapas para a sublimação biocêntrica das religiões abraámicas (PARTE 2, Cristianismo e Islamismo): Conforme prometi no meu último artigo neste semanário, irei apresentar alguns «mapas» para o que chamo «uma sublimação biocêntrica», mas também poderia denominar «mística», na verdadeira acepção da palavra, das três religiões abraámicas, que ao longo da história, e infelizmente, tanta violência têm originado; como mais uma vez se viu em Paris, recentemente. As três religiões, para além das suas vertentes institucionais, oficiais e verticais, de uma maneira ou outra comprometidas com o Poder, e com os poderes, tantas vezes cruéis e grosseiros, deste mundo, sempre tiveram, também, paralelamente, e subterraneamente, correntes heterodoxas, gnósticas e ‘místicas’ que, nunca se «vendendo» às «gaiolas douradas» da matéria e das prisões deste mundo, comunicaram-nos uma mensagem de Paz, respeito por todos os seres, e ascensão espiritual. É baseado nessas correntes heterodoxas, e nas leituras não superficiais que fizeram dos textos sagrados abraámicos, que vos proponho estes «mapas». Quer queiramos, quer não, as religiões, e as espiritualidades que delas emergiram, têm um papel importante a desempenhar ainda e sempre na evolução futura da humanidade, isto, se quisermos ascender para além da superfície, porque se desejarmos somente «rastejar» em torno do estômago e da matéria, fixados apenas nos objectivos económicos e políticos, como o fizeram todas os totalitarismos do século XX, à Esquerda e à Direita, mereceremos o «destino branco» para o qual já caminhamos á milénios… -Deve-se dar ênfase ao trabalho, pleno de Amor pela Vida e por todos os seus seres, da mística medieval Hildegarda de Bingen; e dar cen- -ISLAMISMO: -No Corão evidenciar e dar centralidade às suratas 6:38, 16:68, 22:37, 23:19 e 24:41, onde se afirma compaixão pelos animais, se defende o seu bom trato, e se recusam os sacrifícios animais e se explicita que Deus não aprecia ou necessita de carne para si, e à surata que evidencia a igualdade original entre homens e mulheres (surata 4: 1). -Valorizar, também, as tradições sufis, que demonstram Amor e compaixão concreta pelos seres não humanos da Vida (Ibn Arabi, Farid ud-din Attar, Rumi, Kabir Sahib…). -E, muito importante, estender e prolongar o estado de ‘Ihram’, que acontece durante a peregrinação a Meca, no qual não se pode matar animais e exercer violência e Poder subtractivo, para a vida quotidiana de todo o ano, santificando-o em nome de Deus. A Vida é uma peregrinação permanente, devemos mover-nos nela ‘santificados’ continuamente num estado de ‘Ihram Permanente’. l -Dentro do Cristianismo, devem-se valorizar os insights, e estudos, que sugerem a ligação de Jesus de Nazaré ao movimento dos gnósticos essénios, do Mar Morto, que defendiam um pacifismo radical, a relação mística, sem sacerdotes, com o Divino, e praticavam o vegetarianismo. -Deve-se expandir a noção de ‘próximo em Deus’ aos demais seres não humanos da Vida, para afirmar que a sublimação mística evangélica de todos os mandamentos no Mandamento Único: ‘ama o teu próximo como a ti mesmo’, refere-se não só aos membros da comunidade religiosa, ou à humanidade, mas a ‘todos’ os seres vivos existentes. Empresa proprietária: O. L. C. - Audiovisuais, TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda. Contr. n.º 509865720 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92 Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00 Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - Unipessoal Redacção e Paginação: Telef.: 291 911400 e 291 911300 – Fax: 291 911409 E-mail: [email protected] http://www.tribunadamadeira.pt Sede: Edifício Sol-Mar, sala 303, Ponta Delgada Telef: 291 911400/300 – Fax: 291 911409 E-mail: [email protected] Parque Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 6 9300 Câmara de Lobos – Madeira – Portugal -Devem-se valorizar, também, as tradições de profunda compaixão pelos seres da Vida, e consequente vegetarianismo, dos cristãos gnósticos (ebionitas, carpocratianos, priscilianos, paulicianos, bogomilos e albigenses…); e a assunção plena da ‘Bênção Original’, sobre a noção agostiniana de “Pecado Original”, dos silvanitas primitivos, dos pelagianos, dos amalricanos da Irmandade do Espírito Livre, dos begardos e taboritas, juntamente com a valorização das tradições neo-adamitas dos “Quackers” e dos adventistas do sétimo dia, que, também, defendiam os direitos das mulheres. tralidade ao exemplo radical e extraordinário de Francisco de Assis, ao seu Amor agápico e incondicional pela Vida de todos os seres e aconteceres concretos, mesmo os mais desprezados e tidos por desprezíveis, e à sua crença no valor individual e insubstituível aos olhos de Deus de todos eles (que a sua ordem, após a sua morte, foi paulatinamente esquecendo, excepção seja feita aos, heterodoxos, dulcinitas e joaquinitas); valorizando ainda a intuição franciscana primitiva de que os animais e aconteceres naturais são, e devem ser, abrangidos pela redenção evangélica como foram abrangidos pela ‘Bênção Original’. E, finalmente, deve-se aprofundar o trabalho da Ecoteologia moderna (da qual foram inspiradores Martin Buber e Teillard de Chardin, e da qual foram e são expoentes Thomas Berry, Mathew Fox, Lynn White, John B. Cobb, Nancy Mangabeira Unger…) que procura interpretar o papel do ser humano no seio da Criação, não como Rei, Dono e Mestre, mas como Guardião respeitador, escrupuloso, pacífico e benevolente. 29 Director: Edgar R. de Aguiar Redacção: Juan Andrade Sara Silvino Fotografia: Fábio Marques (Madeira), Diana Sousa Aguiar (Lisboa) Economia: Juan Andrade Secretariado de Redacção: Dulce Sá Colunistas: António Cruz, Celso Neto, Constantino Palma, Ferreira Neto, Francisco Oliveira Gregório Gouveia, Helena Rebelo, Humberto Silva, Idalina Perestrelo, Joana Homem Costa, José Carvalho, José Mascarenhas, Luísa Antunes, Pinto Baptista, Raquel Coelho, Ricardo Freitas, Teresa Brazão e Rui Almeida Paginação e tratamento de imagem: Miguel Mão Cheia, Miguel Reis Departamento Comercial: Hernani Valente Departamento Financeiro: Clara Vieira Redacção, montagem, impressão e distribuição: O. L. C., Limitada Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO, Lote n.º 6 9300 Câmara de Lobos Madeira - Portugal Telef.: 291 911300 e 291 911301 Fax: 291 911309 E-mail: [email protected] Registo no ICS N.º 123416 Empresa jornalística N.º 220639 Depósito legal N.º 142679/99 INPI N.º 4354 N 9909 Tiragem: 11.000 exemplares 30 frases TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 “ “ Ninguém pode esperar da nossa parte soluções mágicas ou instantâneas para os problemas e dossieres pendentes, mas após a aprovação do programa de governo (…) encetaremos a concretização dos nossos compromissos de governo com os madeirenses e portosantenses” Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira Não é aceitável que, tendo havido todos estes escândalos – o BPN, que terá custado aos portugueses seis a sete mil milhões de euros, e o BES –, não haja bens confiscados” Paulo Morais, candidato à presidência da República – Público “ Estamos todos cansados da ideia de sermos governados por modelos macroeconómicos” António Costa, secretáriogeral do PS – Expresso “ A Região tem um governo legitimado, uma Assembleia democraticamente eleita, tem todas as condições para os desafios que enfrenta, o desemprego, as acessibilidades, a saúde e a educação” Ireneu Barreto, representante da República para a Madeira “ Independentemente de integrar o PSD, a partir de hoje serei o presidente de todos os deputados e, por isso, peço a vossa ajuda para o desempenho das minhas funções, bem como os demais elementos da mesa agora eleitos” Tranquada Gomes, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira “ A estrita política de austeridade na Grécia deve terminar” Paul Krugman, economista “ Parece que ele (Boris Neme, médico da seleção croata) vem de outro Mundo, um extraterrestre” Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid – Record “ A TAP é uma grande marca (…). Não há greve irresponsável que possa pôr isto em causa” Paulo Portas, vice-primeiroministro – Lusa “ Eu tenho sido apontado como responsável, e assumo-me como responsável político, mas fui enganado, porque foi um projeto mau (construção da Marina do Lugar de Baixo) e nós fomos enganados” Cunha e Silva, ex-vicepresidente do Governo Regional da Madeira opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 31 Sociedade de Advogados, RL Novas propostas de apoio à natalidade sídios ou subvenções públicas a empresas que tenham sido condenadas pelo despedimento ilegal de mulheres que se encontrem naquelas condições. Futuramente, e caso o projecto venha, efectivamente, a ser aprovado, “As entidades nacionais que procedam à análise de candidaturas a subsídios ou subvenções públicos ficam obrigadas a consultar a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego sobre a existência de condenação transitada em julgado por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes relativamente a todas as entidades concorrentes”. No que respeita à nova modalidade de trabalho na função pública, e com o intuito de criar políticas de apoio às famílias e ao exercício da parentalidade, propõe-se a criação da meia jornada de trabalho, a qual consiste na redução, em metade, do período normal de trabalho a tempo completo, contandose, para efeitos de antiguidade, integralmente o tempo de serviço. A opção pela referida modalidade tem como destinatários os funcionários com, pelo menos, 55 anos que tenham netos com idade inferior a 12 anos, todos os funcionários que tenham filhos menores de 12 anos e todos aqueles que tenham filhos com deficiência ou doença crónica (independentemente da idade) e implicará uma redução salarial, passando o beneficiário a auferir uma “remuneração correspondente a 60% do montante total auferido em regime de prestação de trabalho em horário completo”. Também os agregados familiares que tenham mais de três dependentes a seu cargo poderão requerer à Autoridade Tributária que lhe seja concedida uma isenção correspondente a 50% do montante do Imposto sobre Veículos na aquisição de auto- móveis ligeiros de passageiros com lotação superior a cinco lugares. Foram, igualmente, aprovados os projectos do Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Ecologista “Os Verdes”, os quais visam, respectivamente, promover a Igualdade na parentalidade para protecção das mulheres na maternidade e no emprego, reforçar os direitos de maternidade e paternidade e estipular que nenhuma criança fique sem médico de família. Cabe, por fim, salientar que os referidos Projectos de Lei terão, ainda, de ser votados na especialidade, sendo cada um dos artigos votado individualmente, pelo que, por enquanto não passam disso mesmo: de meros projectos legislativos. Esperamos, contudo, que os mesmos venham a ser, efectivamente, aprovados, aguardando, pois, que as referidas medidas alcancem os resultados esperados. l PUB Dra. Mariana Queirós Marques Advogada-Estagiária, área de actuação, Contencioso Civil, Penal e Laboral. e-mail: [email protected] A Assembleia da República aprovou, na generalidade, no passado dia 17 de Abril de 2015, nove projectos de lei que têm como objectivo comum promover o incremento da natalidade em Portugal. A maioria do pacote legislativo foi, na sua grande maioria, proposto pelos partidos da coligação PSD e CDS/PP, os quais propuseram, entre outras medidas, a criação de um mecanismo de protecção das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes, a criação de uma nova modalidade de trabalho na função pública (a chamada meia jornada) e a introdução de uma isenção de 50% em sede de Imposto sobre Veículos para famílias numerosas. Com o objectivo de “dissuadir todas as empresas a laborar no território nacional da prática de acções ilegais para com as trabalhadoras” grávidas, puérperas e lactantes, os referidos partidos propõem que sejam negados sub- www.tribunadamadeira.pt l A detenção do vice-presidente do conselho de administração do Grupo Lena fez elevar para sete o número de arguidos detidos no âmbito da «Operação Marquês», que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates. O último arguido conhecido, Joaquim Barroca Rodrigues, 43 anos e administrador do Grupo Lena, foi detido na quarta-feira, depois de buscas realizadas à sede do grupo, na Quinta da Sardinha, no concelho de Leiria. O detido, juntamente com António Barroca Rodrigues, presidente do grupo, terá sido o autor de algumas das transferências de dinheiro que foi acumulado nas contas da Suíça por Carlos Santos Silva, arguido suspeito de ser testa de ferro de José Sócrates l O tesouro português conseguiu ontem trocar cerca de 4000 milhões de euros de dívida que atingia a sua maturidade nos dois próximos anos por dívida que apenas tem de ser paga dentro de 10 e 15 anos. A operação de troca sugerida pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) foi bem recebida pelos investidores. De acordo com os dados disponibilizados no final da manhã de quintafeira, o IGCP comprou 2358 milhões de euros de títulos com maturidade em Outubro de 2017 e 2178 milhões de euros de títulos com maturidade em Junho de 2018. l A proposta de António Costa para a criação de uma taxa turística em Lisboa pode ser ilegal. Isto porque a legislação da União Europeia proíbe a discriminação em razão de nacionalidade. De acordo com Bruxelas, esta proibição aplicase às “discriminações ostensivas em razão da nacionalidade” e “às formas dissimuladas de discriminação”. Critérios que, aponta a Comissão Europeia, levam ao mesmo resultado, uma vez que “são suscetíveis de afetar em maior grau os cidadãos da UE do que os nacionais e de os colocar numa situação de particular desvantagem”. Os responsáveis europeus consideram ainda que “as taxas Previsão para hoje TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Abril de 2015 Períodos de céu parcialmente nublado. Vento fraco. Max. 20º Min. 14º Brito gera expetativas na Saúde Conhecimento do setor por parte novo secretário regional é uma vantagem O presidente do Sindicato dos Enfermeiros não tem dúvidas que o passado de Manuel Brito como médico e gestor hospitalar pode constituir uma mais valia para a resolução dos problemas que o setor da Saúde atravessa na Madeira. Mesmo assim, Juan Carvalho deixa alguns alertas. A s expetativas no Serviço Regional de Saúde estão elevadas, no que respeita ao futuro desempenho do novo secretário regional com a tutela da Saúde. Juan Carvalho, o presidente do Sindicato dos Enfer- turísticas, incluindo as taxas locais, têm efeitos negativos sobre a competitividade da indústria do turismo”. l Várias organizações católicas apelaram ontem meiros da Madeira (SERAM), Manuel Brito, enquanto médico e ex-diretor clínico do Hospital Central do Funchal, tem todas as condições para solucionar alguns dos problemas que afligem a classe. “O novo secretário regional é um profundo conhecedor das dificuldades pelas quais passamos e sabe perfeitamente quais são as lacunas que atingem o sector. Esperamos que esse conhecimento de causa permita-lhe contribuir para a resolução destas questões”, aponta o dirigente sindical. Na quarta-feira, durante o 2º Congresso Insular de Enfermagem da Madeira e Açores, que decorreu até ontem no Funchal, Manuel Brito fez uma promessa para os próximos quatro anos do seu mandato: motivar os profissionais de saúde na Madeira. “Não é possível motivar os profissionais de saúde quando há disparidades salariais dentro de uma classe, como acontece no caso dos enfermeiros”, alerta Juan Carvalho. “Espero que essa seja uma das prioridades do Governo Regional, porque deixar tudo como está não só é injusto como indigno.” No 2º Congresso Insular de Enfermagem da Madeira e Açores, onde Manuel Brito fez a primeira aparição oficial enquanto governante, o secretário regional assumiu vários compromissos. Entre eles a melhoria no acesso dos doentes à prestação de cuidados de saúde, a aposta na qualidade dos serviços e o investimento na medicina preventiva e nos cuidados de saúde primários. “Apraz-nos registar que as medidas preconizadas pelo senhor secretário regional da Saúde são as mesmas que temos vindo a defender ao longo dos últimos anos”, assina- la o presidente do SERAM. “Esperamos que, ao longo do seu mandato, possa passar das palavras aos atos. Só dessa forma é que teremos uma evolução para melhor.” O médico Manuel Brito foi um dos nomes que Miguel Albuquerque levou a votos nas Eleições Legislativas Regionais antecipadas, sufrágio que o PSD-M ganhou com maioria absoluta. O antigo presidente da Ordem dos Médicos (OM) na Madeira acabou por ser a aposta do novo presidente do Governo Regional para liderar a área da Saúde. Além de presidente da secção regional da OM, Manuel Brito foi diretor clínico do Hospital Central do Funchal e administrador dos hospitais civis de Lisboa. l aos portugueses para que se vistam de branco para chamar à atenção para a situação das vítimas da imigração forçada, muitas das quais morrem a tentar chegar à Europa. As organizações “apelam a todos os por- tugueses para que, no próximo domingo, 26 de Abril, coloquem nas suas janelas um pano branco ou usem uma peça de roupa branca e se unam, em oração ou num minuto de silêncio, aos milhares de pessoas solidá- rias com todos os que buscam uma vida melhor e partem diariamente das suas terras na procura legítima de melhores condições de vida”, adiantam em comunicado. A campanha tem a designação “somostodospessoas”. Passar das palavras aos atos