ISWA luta livre
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ISWA luta livre
03/09/2014 São Paulo sediará o Congresso Mundial de Resíduos Sólidos ISWA 2014 Principal evento técnico em âmbito global para discutir práticas, tendências, soluções e desafios do setor de gestão de resíduos sólidos publicado por Vininha F. Carvalho(http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/blogueiros/vininha-carvalho/) A globalização vem mudando a forma como os países se relacionam no que diz respeito a vários aspectos, incluindo a geração, tratamento e destino final do lixo. Para debater o assunto, especialistas internacionais vêm ao Brasil para participar do Congresso Mundial de Resíduos Sólidos ISWA 2014, cuja programação inclui uma sessão especial sobre “Globalização e Gestão de Resíduos Sólidos”. Marcada para dia 8 de setembro, das 14h às 16h, essa sessão vai discutir questões como gestão de resíduos sólidos nas megacidades, informalidade, ajuda internacional para desenvolvimento do setor e até outras mais polêmicas, como mercados de reciclagem e tráfico de resíduos. Entre os palestrantes confirmados estão Björn Appelqvist, especialista em tráfico de resíduos e membro da administração do meio ambiente de Copenhagen, na Dinamarca; Costas Velis, vice-chairman do Waste-toEnergy Research and Technology Council UK (WtERT-UK); Antonis Mavropoulos, chairman do Comitê Técnico-Científico da ISWA – International Solid Waste Association; Jeff Cooper, ex-presidente da ISWA; e David Lerpiniere, pesquisador da University of Leeds, do Reino Unido, na área de gestão de resíduos. Será uma sessão interativa, em que os palestrantes irão fazer o encadeamento dos temas com a participação do público, respondendo às dúvidas e aos comentários sobre como essa nova ordem mundial afeta a gestão de resíduos e vice-versa, e como os países e os atores do setor podem encaminhar soluções sustentáveis para um futuro mais saudável, que é justamente o tema geral do Congresso. Principal evento técnico em âmbito global para discutir práticas, tendências, soluções e desafios do setor de gestão de resíduos sólidos, o Congresso Mundial de Resíduos Sólidos ISWA 2014, que acontece de 8 a 11 de setembro no Sheraton World Trade Center, em São Paulo, deverá reunir mais de 800 participantes de 70 países. Organizado pela ISWA, em parceria com a ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, esta é a primeira vez em que o evento é promovido no Brasil. Na edição de 2013, realizada na cidade de Viena, na Áustria, o Congresso concluiu pela necessidade de um "Plano Marshall" para obtenção de recursos e resolução de problemas na gestão de resíduos em âmbito global. As ações iniciadas e os avanços para desenvolver esse plano serão apresentados durante o ISWA 2014. Além das sessões técnicas, que vão abranger cerca de 200 apresentações, o evento propiciará aos participantes a chance de visitar algumas das principais plantas de gestão de resíduos do País, como a recém-inaugurada Central de Separação Automática de resíduos da cidade de São Paulo(http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/sao-paulo/sao-paulo/), unidades de tratamento de resíduos perigosos e um dos maiores aterros sanitários do mundo. Como parte da programação do Congresso ISWA 2014, será realizado o Fórum Global da IPLA - Programa das Nações Unidas para Gestão de Resíduos junto a Autoridades Locais, encontro realizado pela UNCRD – Comissão das Nações Unidas para Desenvolvimento Regional. Lançada em 2009, a IPLA tem como missão promover o aperfeiçoamento da gestão de resíduos junto aos municípios. O Fórum Global acontecerá como uma Sessão Especial do Congresso ISWA 2014 e buscará discutir os temas mais atuais e promissores para o estabelecimento de uma gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos nas cidades. Serviço : Evento : ISWA 2014 Congresso Mundial de Resíduos Sólidos Local: Sheraton World Trade Center - Avenida das Nações Unidas, 12.559, Brooklin Novo (Próximo ao Shopping D&D) Data: 8 a 11 de setembro (segunda a quinta-feira) Horário: - 8 a 10 de setembro (segunda a quarta-feira), das 9h às 18h - 11 de setembro (quinta-feira) - programação especial de visitas técnicas Visite: www.revistaecotour.com.br por Daniela Ceneviva Fonte: EcoViagem > Notícias > Ambiente > Encontros e Eventos(http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/encontros-e-eventos-ambientais/sao-paulo-sediarao-congresso-mundial-de-residuos-solidos-iswa-2014-18037.asp) 04/09/2014 Relator insiste em incluir prorrogação de lixões na MP da nota fiscal por Ana Raquel Macedo, da Agência Câmara. Andre Moura: é preciso ser realista e prorrogar o prazo até 2018, como defendem os prefeitos. Foto: TV Câmara Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Andre.jpg O relator da medida provisória que trata de impostos na nota fiscal (MP 649/14(http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/CONSUMIDOR/469959-MP-ADIA-PARA-2015PUNICAO-PARA-EMPRESA-QUE-NAO-DETALHAR-TRIBUTO-EM-NOTA-FISCAL.html)), deputado Andre Moura (PSC-SE), insiste em incluir no texto a prorrogação do prazo dado aos municípios para o fim dos lixões. Sem acordo, no entanto, a mudança pode motivar a derrubada da medida, proposta inicialmente pelo governo para adiar para 2015 a punição às empresas que ainda não detalham na nota fiscal os tributos embutidos no valor de cada produto (Lei 12.741/12(http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2010/lei-12305-2agosto-2010-607598-publicacaooriginal-128609-pl.html)). O prazo para votação da MP pelo Congresso encerra-se no dia 3 de outubro. Nesta semana de esforço concentrado, houve duas tentativas de análise da medida na comissão especial responsável pela matéria. Ainda sem apoio de um número considerável de parlamentares na comissão, especialmente quanto à mudança envolvendo os lixões, Andre Moura preferiu não comparecer à reunião desta quarta e evitar a leitura oficial do relatório. “Não adiantava apresentar o relatório sem a construção desse acordo, porque seria pedido vista e aí, com certeza, não iríamos cumprir o prazo de eficácia da medida provisória. O mais prudente é manter esse diálogo, estamos conversando com os parlamentares federais e senadores, tentando construir esse acordo para que possamos votar na próxima semana”. Andre Moura acredita que, apesar de não haver outra semana de esforço concentrado até as eleições, no início de outubro, é possível haver a votação da MP. Integrante da comissão especial que analisa a medida, o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ) criticou a postura do relator e disse que, se ele insistir na inclusão dos chamados “jabutis” na MP, há o risco de o texto cair. “Os trabalhos aqui desta comissão para analisar a medida provisória aparecem, cada vez mais, como uma farsa”. O parlamentar reconhece que a prorrogação do prazo para o fim dos lixões no Brasil é importante e precisa ser discutido, mas critica a inclusão do assunto na MP. Fim do prazo Os gestores municipais tiveram quatro anos, desde a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010 (Lei 12.305/10(http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2010/lei-12305-2-agosto-2010-607598norma-pl.html)), para dar um destino adequado aos resíduos sólidos produzidos nas cidades. Mas, chegada a data final (2 de agosto último), a maioria não conseguiu cumprir a regra e agora está sujeita a multas e, até mesmo, detenção. Para Andre Moura, é preciso ser realista e prorrogar o prazo até 2018, como defendem os prefeitos. Para Alfredo Sirkis, deve haver, primeiro, uma diferenciação entre os municípios que não cumpriram a lei por negligência e aqueles que não acabaram com os lixões por falta de estrutura, dinheiro ou apoio dos governos estaduais e federal. Sirkis defende que as prefeituras assinem Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público e, se for o caso, o governo federal edite uma medida provisória específica sobre o tema. Além da questão dos lixões, o relatório de Andre Moura prevê outras mudanças no texto da Medida Provisória 649. Entre elas, alterações na legislação de energia elétrica. Íntegra da proposta: MPV-649/2014(http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=618587) * Edição: Natalia Doederlein. ** Publicado originalmente no site Agência Câmara(http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/CIDADES/473817-RELATOR-INSISTE-EMINCLUIR-PRORROGACAO-DE-LIXOES-NA-MP-DA-NOTA-FISCAL.html). Fonte: Agência Câmara/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/relator-insiste-em-incluirprorrogacao-de-lixoes-na-mp-da-nota-fiscal/) 08/09/2014 Uma visão econômica da mudança climática por Roberto Castello Branco, para Plurale Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/09/economiaverde1.jpg A pesquisa científica revela a ocorrência de consideráveis flutuações de temperatura durante 100.000 anos, alternando-se fases de intenso calor e frio. Nos últimos sete mil anos houve, contudo, notável estabilidade, o que teria contribuído para viabilizar o desenvolvimento de nossa civilização. Já entre 1900 e 2010 a temperatura média da Terra se elevou em 0,8 graus centígrados. Enquanto as mudanças climáticas passadas teriam sido causadas por fenômenos naturais, a mudança recente está sendo crescentemente provocada pelo homem. A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera passou de 280 partes por milhão (ppm) em 1750 para 390 ppm nos dias de hoje. Se nada for feito para conter a escalada os modelos projetam de 700 a 900 ppm para o final deste século, o que resultaria em elevação da temperatura média na Terra em 3 a 5 graus centigrados. Refletindo o grau de incerteza existente, estimativas apontam perdas que variam de 1 a 10% do PIB global em 2100 – cerca de US$ 870 bilhões a US$ 8,7 trilhões a valores atuais. A fonte primordial da mudança climática ou aquecimento global é a queima de combustíveis fosseis, baseados em carbono, que conduz à emissão de CO, responsável por 77% dos gases de efeito estufa (GEEs). Estes se acumulam na atmosfera e devido à lenta absorção lá permanecem por muitos anos. O aquecimento global é provocado pelo estoque acumulado de GEEs e não pelos fluxos correntes de emissões. Enquanto os países desenvolvidos produziram no passado 80% dos gases acumulados, hoje a maior parte das emissões vem de economias emergentes, que muito provavelmente serão responsáveis por parcelas crescentes no futuro. O aumento da concentração de GEEs na atmosfera leva ao aquecimento da terra e dos mares. Tais efeitos acabam se retroalimentando na atmosfera, oceanos, geleiras e sistemas biológicos. Em última instância, o consenso é que profundos impactos nas atividades biológicas e humanas sensíveis ao clima podem vir a se manifestar no longo prazo. O problema do aquecimento global não deve ser dramatizado, nem tampouco tratado com barreiras ao investimento e crescimento econômico. A mudança climática começa e termina com as atividades do ser humano. A concepção de políticas eficientes para mitigá-la está nas ciências sociais, dependendo essencialmente da boa compreensão de seus aspectos econômicos e do papel dos mercados. Fundamentalmente, o aquecimento global tem origem no problema que os economistas batizaram de externalidade: os emissores de GEEs não pagam pelos custos ambientais gerados, que acabam sendo compartilhados pelo resto do mundo. Isto surge porque um recurso – o meio ambiente – não é precificado e consequentemente usado em excesso. A prescrição é estabelecer um imposto sobre a emissão de carbono que iguale os benefícios de emissões adicionais, que ocorrem no presente, aos seus custos, que se manifestam ao longo do tempo. A solução está sendo implementada em vários países através de dois instrumentos principais: a taxação do carbono e as chamadas “cap-and-trade policies”. Estas compreendem a fixação de limites para emissões e permissões para quem os excedeu comprá-los de quem emitiu menos. Outras iniciativas incluem padrões de eficiência energética para veículos, prédios e instalações industriais, subsídios para o desenvolvimento de fontes de energia renovável e incentivos para o reflorestamento. A simplicidade conceitual mascara a complexidade da solução. O desenho e a implementação de políticas de mitigação do aquecimento global enfrenta muitos desafios e questões ainda não resolvidas. Como convencer as gerações presentes em investir recursos que beneficiarão majoritariamente gerações futuras? Como descontar os fluxos de retornos futuros para compará-los com os custos dos investimentos? Como a incerteza a respeito da magnitude de danos ambientais futuros afeta as estratégias hoje adotadas? Como estimular a pesquisa e o ritmo de progresso tecnológico em fontes energéticas alternativas? A cooperação internacional é muito relevante pois estamos tratando de uma externalidade global, já que em termos de impacto sobre o meio ambiente tanto faz uma tonelada de carbono emitida no Brasil quanto na Índia. O fato de que o custo da redução das emissões é incorrido totalmente pelo país que investe e os retornos são compartilhados com o resto do mundo dificulta a coordenação entre nações . Outro elemento complicador reside no que os economistas chamam de incentivos para o “free rider: os benefícios do consumo de combustíveis fosseis são imediatos e concentrados enquanto que os custos sociais tendem a se manifestar num futuro distante e são amplamente dispersos. Todo mundo gosta de uma carona de graça. Os custos sociais do aquecimento global e os benefícios de sua mitigação não são uniformes, o que leva a diferentes percepções entre países sobre o valor dos investimentos necessários. Políticas de mitigação oferecem combinações de risco-retorno para economias emergentes – cuja prioridade número um é compreensivelmente o crescimento da renda – distintas daquelas para países desenvolvidos. Em consequência, a emissão de GEEs por dólar de PIB na União Européia e EUA é bem inferior às dos BRICs, sendo o Brasil o mais bem comportado neste grupo de emergentes. A costumeira adoção por governos de economias emergentes – entre eles o do o Brasil – de subsídios aos preços de derivados de petróleo, como a gasolina, para maximizar ganhos políticos de curto prazo têm entre outras contrapartidas negativas o estímulo direto à emissão de CO2, ao baratear artificialmente o preço de um combustível fóssil. Isso evidencia também quão maléfica pode ser a intervenção estatal na questão ambiental. Estima-se que entre 1900 e 2010 as emissões globais de carbono se expandiram à taxa média anual de 2,6%. Dado que a economia global cresceu à taxa média de 3,7% ao ano, houve redução da quantidade de CO2 por dólar de PIB ao ritmo de 1,1% ao ano, fenômeno conhecido como descarbonização. A rápida expansão de economias emergentes e a crescente demanda por energia daí decorrente concorrem para o aquecimento global. Por outro lado, o aumento da renda e da riqueza nessas economias tende a elevar o valor atribuído à proteção ao meio ambiente. Isso se reflete na modificação da posição da China traduzida recentemente na priorização do combate à poluição ambiental e o uso mais intensivo de energia eólica e solar. As mudanças estruturais associadas à dinâmica do crescimento econômico elevam a participação na atividade econômica de setores menos intensivos em energia – como a tecnologia da informação e de serviços como saúde, educação, e finanças – relativamente à indústria manufatureira tradicional, se apresentando como fonte relevante de descarbonização. A dinâmica do crescimento econômico está associada à realização contínua de ganhos de eficiência que implicam no uso de menor quantidade de energia por unidade de produto. Finalmente, a descarbonização é provocada por mudanças nas fontes de energia para combustíveis menos intensivos em carbono, como o gás natural, e fontes renováveis e não fosseis (hidráulica, nuclear, eólica, solar, biomassa, geotérmica). No âmbito corporativo, o desafio é conciliar investimentos em projetos que reduzam emissões de GEEs com o objetivo de maximização de lucros para os acionistas. Um caso de sucesso é o processamento a seco do minério de ferro, que diminui simultaneamente custos de investimento e operacionais e a emissão de carbono. A precificação do carbono é a solução de mercado para induzir mudanças substantivas na matriz energética global. O homem reage a incentivos e os avanços na tecnologia têm produzido feitos extraordinários nos últimos 150 anos. O bom uso do instrumental de teoria econômica proporcionará a criação dos estímulos capazes de gerar respostas efetivas ao aquecimento global. * Publicado originalmente no site Plurale. Fonte: Plurale/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/uma-visao-economica-da-mudanca-climatica/) 08/09/2014 Rio avançou na gestão de resíduos sólidos, mas não conseguiu acabar com lixões por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira Nos 91 municípios do estado do Rio de Janeiro, sem contar a capital, 94% dos resíduos sólidos urbanos têm destinação correta em aterros sanitários Foto: Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/styles/interna_grande/public/lixao.jpg?itok=ZQ uEeuf9 Nos 91 municípios do estado do Rio de Janeiro, sem contar a capital, 94% dos resíduos sólidos urbanos têm destinação correta em aterros sanitários. A estimativa é da auditoria que está sendo feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), com previsão de divulgar o resultado até o fim do mês. Os técnicos do tribunal já passaram por 58 cidades para verificar o cumprimento das ações recomendadas na auditoria de 2012 sobre o mesmo tema, quando foi verificado que 45% dos resíduos iam para lixões. De acordo com o assessor de Desenvolvimento e Inteligência da Secretaria-Geral de Controle Externo do TCE-RJ, Marconi Canuto Brasil, o prazo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos para acabar com os lixões, que expirou no último dia 2 de agosto, não foi cumprido no estado, apesar dos avanços alcançados. “Em termos de quantidade de municípios, ainda temos um tanto para acabar com os lixões, mas em termos de quantidade de lixo encaminhado para lixões, houve uma melhora significativa. Os municípios estão optando por operações consorciadas, quando se reúnem e mandam os resíduos para um deles. Isso de fato melhorou bastante. Eu não acredito que, em 2014, os lixões vão acabar, mas, de qualquer forma, foi um andamento bem consistente”. A estimativa do TCE é que cerca de 64% dos municípios atualmente encaminhem o lixo para aterro sanitário ou centro de tratamento de resíduo. Brasil explica que, como os que ainda não se adequaram estão entre os menores municípios do estado, não têm contribuição muito grande para a quantidade total de lixo gerado no estado. “A percepção nossa é que realmente tem melhorado o destino que os municípios têm dado aos resíduos. Há ainda alguns problemas na parte de coleta, ou seja, na prestação do serviço, e a coleta seletiva, implantada em muito pouco lugares”, explicou. Para ele, outro problema é a elaboração dos planos municipais de resíduos sólidos, que teve prazo expirado em agosto de 2012. “A Lei Nacional de Resíduos Sólidos diz que tinha ter o plano, mas em 2012 a gente verificou que simplesmente nenhum município tinha. E esse ano, o percentual dos que têm o plano é pequeno. A lei não obriga a ter, mas diz que só vai liberar recursos da União para o município que tem plano de resíduos sólidos, então a gente imagina que isso vai gerar problemas para o município na hora de requerer algum recurso ligado à gestão de resíduos sólidos”. Fale com a Ouvidoria Fonte: EBC > Notícias > Geral(http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-09/estado-do-rio-avancouna-gestao-do-lixo-mas-nao-cumpriu-prazo-da-politica) 09/09/2014 Yeb Saño: O Ártico e as mudanças climáticas por Yeb Saño* http://www.greenpeace.org/brasil/ReSizes/Large/Global/brasil/image/2014/Julho/Yeb.jpg Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Yeb.jpg Eu nasci a 8046 km de distância do Polo Norte e agora que cresci, percebi que o meu futuro está totalmente ligado com o destino do Ártico. Quando discursei nas negociações da ONU em Varsóvia, no ano passado, exigindo ação imediata de apoio às consequências do tufão Haiyan, não passava pela minha mente o tamanho da repercurssão que causaria. O tufão Haiyan foi o mais brutal da história das Filipinas, deixando mais de 6.200 mortos, 1,9 milhões de desabrigados e 6 milhões de deslocados. Palavras não podem descrever o sofrimento. A ciência é clara: as mudanças climáticas podem afetar a sociedade de maneiras cada vez mais agressivas. Mesmo que o tufão Haiyan não tenha se originado somente pelas mudanças climáticas, meu país se recusa a aceitar que caso nada seja feito, os tufões farão parte de nosso cotidiano. Não podemos continuar trilhando um caminho que pode comprometer nossas crianças e seus futuros. Após o trágico acontecimento, mais de 750.000 pessoas assinaram uma petição demonstrando sua solidariedade às Filipinas. Esse apoio global me motivou em um dos momentos mais tristes da minha vida, proporcionando um novo fio de esperança. Então, por que eu, um negociador do clima das Filipinas, me tornei um defensor do Ártico? A razão é simples: o Ártico é visto como protagonista no desdobramento de uma crise climática originada pelo homem. Os últimos sete anos foram marcados como os verões mais quentes no Ártico, resultando na menor extensão de gelo no mar. Com uma paisagem deslumbrante e uma geografia extraordinária, os icebergs exercem função climática essencial. Refletem a energia do sol e mantem o metano bloqueado no subsolo. O derretimento do Polo Norte resultaria em um aumento drástico no nível do mar, ou seja, o que acontece no Ártico não fica só no Ártico. Ao fazer um balanço dos danos causados por Haiyan e ao me preparar para mais uma rodada de negociações climáticas da ONU, cheguei a uma conclusão: é uma história com um toque irônico e trágico. As companhias de petróleo estão se movendo para o continente ao mesmo tempo em que as geleiras estão derretendo, o que facilita a exploração de petróleo na área. Após apontar todos os danos causados pelo tufão Haiyan e entrar nessa batalha, não acredito que existam companhias capazes de cogitarem a ideia de explorar petróleo em uma área que possui forte importância no cenário climático. Demandas globais de petróleo que poderiam justificar economicamente a exploração no Ártico, resultariam em um catastrófico impacto climático, aumentando a temperatura global em 6 graus Celsius. As companhias de gás e petróleo que sondam a área estão mostrando total desrespeito aos esforços feitos para prevenir o planeta das drásticas mudanças climáticas a que estamos sujeitos. Foi por esse motivo que assinei a “Declaração Internacional pelo Futuro do Ártico(http://www.salveoartico.org.br/pt)”, que convoca todos os cidadãos do mundo a redobrar seus esforços para combater as alterações climáticas e trabalhar conjuntamente com os Estados do Ártico para tomar medidas que preservem o ambiente polar. Ao meu ver, a principal razão para assinar a petição foi simples: não pode haver uma resposta internacional racional para a mudança climática que permita a expansão da perfuração de petróleo em áreas recémfundidas do Ártico. Habitantes que vivem aos redores da região Ártica tem grande privilégio e uma forte responsabilidade. Como guardiões de um ecossistema incrível, eles são os primeiros a testemunhar os impactos das mudanças climáticas. As geleiras derretendo e o mar de gelo encolhendo devem figurar entre as mais dramáticas mudanças ambientais na história da humanidade. O próximo capítulo dessa história continua incerto. Vamos aproveitar este momento para fazer um balanço do nosso passado e nosso futuro? Será que vamos proteger o Ártico para as gerações futuras, ou vamos permitir que o Oceano Ártico seja poluído e explorado por combustíveis fósseis? Em nossa resposta à crise do Ártico, a posteridade nos julgará. * Yeb Sano é negociador-chefe da ONU para as Filipinas e signatário da Declaração Internacional pelo Futuro do Ártico. ** Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/yeb-sao-o-rtico-eas-mudanas-climticas/blog/50519/). Fonte: climaticas/) Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/yeb-sano-o-artico-e-mudancas- 09/09/2014 Na Bahia, energia eólica impacta comunidade por Iasmin Santana e Allan Lustosa* Comunidade quilombola de Caetité. Foto: Allan Lustosa Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Energia-Eolica.-Allan-Lustosa300x224.jpg O vento é a fonte de energia que mais cresce no Brasil. Entre 2006 e 2013, houve um crescimento de 829% desse setor. Hoje, já são 167 parques eólicos em todo o país, mas 36 deles estão desconectados da rede por falta de linhas de transmissão. Um parque eólico é um espaço, terrestre ou marítimo, onde estão concentrados vários aerogeradores destinados a transformar energia eólica em energia elétrica. Do ponto de vista físico, não existe energia limpa. Ou seja, não existe uma fonte energética convertida em outra fonte que não emita gases, resíduos e que não impacte socialmente. Podemos classificar as fontes como ‘sujas’, no caso dos combustíveis fósseis, gás natural, carvão mineral e derivados de petróleo e minérios radioativos, e as fontes ‘menos sujas’, que são as energias renováveis solar, eólica, biomassa e hidráulica”, diz o especialista e representante da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Heitor Scalambrini (veja entrevista completa aqui). O Nordeste é uma das regiões de maior potencial eólico do Brasil, com destaque para a Bahia, que abriga o maior complexo eólico da América Latina, localizado no município de Caetité, no sertão do estado. Segundo informações do Atlas Eólico da Bahia de 2013, o estado apresenta a existência de recursos eólicos abundantes, com ventos regulares, distribuídos principalmente no Semiárido baiano. Atualmente, existem oito usinas eólicas em operação nos municípios de Brotas de Macaúbas, Sento Sé e Sobradinho. Além disso, de acordo com o Atlas, a Bahia tem 87 projetos de energia eólica previstos para instalação que somam, aproximadamente, R$ 8,5 bilhões. O crescimento dessa fonte de energia, no entanto, merece atenção, pois os parques eólicos têm causado grandes impactos sociais e ambientais. Em Caetité, um dos focos do problema é o modo como os parques vêm sendo implantados, aliado à falta de informação. Essa realidade é vivenciada por 67 famílias da comunidade quilombola de Malhada, pertencente ao Distrito de Maniaçu. Os moradores não se opõem ao trabalho das empresas, mas querem seu território livre para decidir o que fazer com ele. “Nós aqui não é contra a empresa, nós queremos a nossa terra. Se nós não tiver a nossa terra, pra onde é que nós vamos?”, desabafa dona Odetina de Jesus, uma das moradoras mais antigas da comunidade. A comunidade foi reconhecida como quilombola em 2012, com o apoio do sindicato, pastorais da igreja católica e movimentos sociais. A certificação possibilita que a comunidade seja defendida juridicamente pela Fundação Cultural Palmares e beneficiada com políticas públicas federais. A luta agora é pela demarcação e titulação das terras pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Seu Joaquim da Silva, presidente da Associação do Pequeno Agricultor da Comunidade de Quilombo de Malhada e de Maniaçu, relembra que foi procurado por representantes de empresas para que ele autorizasse a implantação da torre eólica, mas apesar de ser presidente da associação, ele afirmou que só poderia “fazer as coisas juntamente com a comunidade”. Parque eólico na Bahia Foto: Allan Lustosa Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Energia-eolica-300x200.jpg Mesmo sem autorização dos moradores de Malhada, há mais ou menos dois anos, foi implantada uma torre de pesquisa em uma área da comunidade e também colocada uma cancela com uma placa que informa ser proibida a circulação de pessoas. Essa área tem um significado histórico, pois era onde os antepassados deles trabalharam. Na época, a comunidade reuniu os moradores e representantes de algumas organizações da sociedade civil para saber da empresa o motivo da implantação, mas o diálogo não avançou. A partir do momento que o território deixa de ser deles e passa a ser da Companhia, como será para as futuras gerações? Essa é uma preocupação de dona Teresinha da Silva que questiona: “Essa nova geração pra onde vai?” Para Thomas Bauer, da Comissão Pastoral da Terra na Bahia (CPT-BA), os parques eólicos que ocupam imensas extensões territoriais causam grandes impactos socioambientais para as populações locais, na sua maioria comunidades tradicionais. “Além da volta da grilagem de terra, os contratos de arrendamento assinados são sigilosos, abusivos e totalmente favoráveis às empresas que na sua grande maioria nem sequer explicam o teor destes contratos e os camponeses/as são pressionados a assinar entre a casa e a porteira da roça, comprometendo toda a geração futura”, afirma Thomas. A expulsão de comunidades de suas terras é um dos impactos na energia eólica, mas há outros. Segundo a Pesquisa sobre Licenciamento Ambiental de Parques Eólicos do Ministério do Meio Ambiente, realizada em 2009, os principais impactos apontados pelos estados são os relacionados ao efeito do parque eólico na paisagem, alteração de uso do solo e relevo, aumento da mortandade de pássaros que se chocam nas hélices, interferências eletromagnéticas e impactos sonoros, que podem causar sérios danos à saúde humana. “Sem falar que os Parques Eólicos, em grande parte financiados com investimentos públicos e entregues à mão privada, reforçam um modelo desenvolvimentista, aumentando a concentração gerando lucro para poucos”, explica Thomas. Fórum Social Temático A energia eólica foi um dos temas debatidos no Fórum Social Temático sobre Energia (FTS – Energia), realizado de 7 a 10 de agosto, em Brasília-DF, com o tema: “Energia: para quê? Para quem? Como?. O evento foi realizado para atender à necessidade de reflexão sobre os problemas que vêm sendo criados pelas matrizes energéticas utilizadas (hidroelétricas, termoelétricas, energia nuclear, combustíveis fósseis), como também para debater maneiras alternativas de produção de energia, de forma a diversificar as matrizes geradoras de energia e garantir menos impactos ao meio ambiente e aos grupos sociais. Para Cláudio Dourado, agente da CPT BA – Centro Norte, a temática sobre energia eólica foi uma das mais interessantes do evento, porque tinha uma grande representação de movimentos sociais, moradores de comunidades de fundo de pasto, quilombolas e indígenas dos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco, que se reuniram durante todo o fórum e trocaram experiências no que diz respeito à questão do impacto dos aerogeradores nas suas regiões. Ele destaca também que os encaminhamentos desse grupo de trabalho foram bastante concretos, como a formação de uma comissão, com representantes de cada estado, para pensar estratégias de enfrentamento desses impactos ocasionados pela implantação dos parques eólicos e a realização de encontros regionais para debater esse assunto. O FST-Energia é uma iniciativa de organizações da sociedade civil brasileira vinculadas ao tema, organizadas em um Coletivo de Facilitação e autônomas em relação a governos, partidos e empresas. Durante o FST-Energia foi lançada a Campanha Nacional por uma Nova Política Energética com o slogan ENERGIA para a Vida!. O objetivo da campanha é promover uma nova política para o setor elétrico no Brasil à altura dos desafios do século 21, baseada em princípios de eficiência econômica, justiça social, respeito à diversidade cultural, participação democrática e sustentabilidade ambiental. * Iasmin Santana e Allan Lustosa são comunicadores populares da Articulação no Semiárido Brasileiro. ** Publicado originalmente no site Canal Ibase(http://www.canalibase.org.br/na-bahia-energia-eolicaimpacta-comunidade/). Fonte: Canal comunidade/) Ibase/Envolverde(http://envolverde.com.br/sociedade/na-bahia-energia-eolica-impacta- 09/09/2014 Concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atinge novo recorde por Redação da Agência Lusa A taxa de crescimento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera entre 2012 e 2013 representa o maior aumento anual em 30 anos. Foto: Shutterstock Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/08/shutterstockefeitoestufa-839x1024.jpg A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu novo recorde em 2013, devido a crescentes níveis de dióxido de carbono, anunciou hoje (9), em Genebra, a Organização Meteorológica Mundial (OMM). No relatório anual sobre as concentrações de gases de efeito estufa, a agência das Nações Unidas indica que a taxa de crescimento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera entre 2012 e 2013 representa o maior aumento anual em 30 anos. “Nós sabemos, sem sombra de dúvida, que o nosso clima está mudando e que as condições meteorológicas estão se tornando cada vez mais extremas devido às ações humanas”, disse o secretáriogeral da OMM, Michel Jarraud, citando o exemplo do uso dos combustíveis fósseis. Nesse sentido, Jarraud deixou o apelo: “Temos de reverter essa tendência e cortar as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa em toda a linha”. “Estamos ficando sem tempo”, alertou o secretário, em comunicado. De acordo com o relatório divulgado hoje, as concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso alcançaram novos índices. Em 2013, o dióxido de carbono na atmosfera subiu 142% face ao que era na época pré-industrial (1750), enquanto as de metano e óxido nitroso subiram, respectivamente, 253% e 121%. O oceano absorve hoje em dia cerca de um quarto das emissões totais de dióxido de carbono e a biosfera fatia idêntica, limitando assim o crescimento desse gás na atmosfera. Porém, a absorção de dióxido de carbono pelos oceanos acarreta graves consequências, de acordo com os especialistas: “O ritmo atual de acidificação dos oceanos parece não ter precedentes em pelo menos 300 milhões de anos”. A absorção de quantidades significativas desse gás pelos mares do planeta modifica o ciclo dos carbonatos marinhos e desencadeia uma acidificação da água do mar. Os oceanos absorvem atualmente cerca de quatro quilos de dióxido de carbono por dia e por pessoa. “O dióxido de carbono permanece durante centenas de anos na atmosfera e por maior período de tempo no oceano. O efeito acumulado das emissões do passado, presente e futuro desse gás terá repercussões tanto no aquecimento global quanto na acidez dos oceanos”, advertiu Jarraud. * Publicado originalmente pela Agência Lusa e retirado do site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/concentracao-de-gases-de-efeito-deestufa-na-atmosfera-atinge-novo). Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/concentracao-de-gases-de-efeitoestufa-na-atmosfera-atinge-novo-recorde/) 09/09/2014 Emissão de gás carbônico no mundo tem maior salto desde 1984 Emissões de CO2 deram um novo salto entre 2012 e 2013 Fonte: http://a.files.bbci.co.uk/worldservice/live/assets/images/2014/09/09/140909084741_emissions_624x351_pa.j pg A concentração de gases do efeito estufa na atmosfera atingiu níveis recordes em 2013, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Entre 2012 e o ano passado, a taxa de acúmulo de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera teve o crescimento mais rápido em um ano desde 1984. A OMM afirmou que o relatório ressalta a importância de um acordo mundial para limitar a emissões de gases do efeito estufa. Em 2009, líderes de todo o mundo concordaram em fechar um tratado para manter um aumento na temperatura global de no máximo 2ºC até 2020. O Boletim anual de Gases do Efeito Estufa não mede a produção de emissões, mas registra a quantidade de gases que permanecem na atmosfera depois das interações com terra, ar e oceanos. Cerca de metade das emissões acaba absorvida por mares, florestas e seres vivos. Mesmo assim, a concentração de CO2 na atmosfera bateu 396 partes por milhão (ppm) em 2013, um aumento de quase 3ppm em comparação com o ano anterior. Crescimento recorde "O boletim mostra que, bem longe de estar caindo, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera de fato subiu no último ano na taxa mais rápida em quase 30 anos", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. A concentração de CO2 atual é de 142% dos níveis de 1750, ou seja, antes do início da Revolução Industrial. O acúmulo de outro potente gás de efeito estufa, o metano, foi de 253%. O estudo também indica que o crescimento recorde do CO2 em 2013 não se deve apenas a mais emissões, mas a uma redução na capacidade de absorção de carbono pela biosfera. A descoberta intrigou cientistas da OMM. A última vez que se constatou uma redução no nível de absorção da biosfera foi em 1998, quando houve um pico de queima de biomassa, aliado a um intenso El Niño. "Já em 2013 não houve impactos óbvios na biosfera, portanto, é ainda mais preocupante", disse o chefe da divisão de Pesquisa Atmosféria da OMM, Oksana Tarasova. "Não entendemos se isso é uma coisa temporária ou permanente, e isso é preocupante". Tarasova afirma que a descoberta pode indicar que a biosfera atingiu o seu limite, mas destaca que é impossível confirmá-lo no momento. Os dados compilados pela OMM cobrem os anos de 1990 a 2013 e mostram que gases como CO2, metano e óxido nitroso (N20), que sobrevivem na atmosfera por muitos anos, contribuíram para um aumento de 34% no aquecimento global. No entanto, a temperatura global média não subiu paralelamente à elevação da concentração de CO2, o que levou muitos a afirmarem que o aquecimento global havia parado. "O sistema climático não é linear, não é simples. Não há necessariamente um reflexo da temperatura na atmosfera, mas se analisarmos o perfil de temperatura dos oceanos, vê-se que o calor está indo para os mares", disse Oksana Tarasova. O relatório também inclui pela primeira vez dados sobre a acidificação do mar provocada pelo dióxido de carbono. A OMM diz que diariamente os oceanos absorvem cerca de 4kg de CO2 por pessoa. Os pesquisadores acreditam que a atual taxa de acidificação seja a maior dos últimos 300 milhões de anos. Diante das evidências, a OMM urge líderes mundiais a tomarem decisões contundentes sobre a política climática. Em 23 de setembro será realizado em Nova York um encontro extraordinário sobre o clima, convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. No fim do ano, a ONU promove a sua reunião anual sobre mudanças climáticas, desta vez em Lima, no Peru. A expectativa é que os dois encontros cheguem ao consenso necessário para um novo acordo climático mundial na reunião anual da ONU de 2015, em Paris. No entanto, até o momento não se tem qualquer previsão de como transformar o acordo em algo legalmente vinculante, para que seja, de fato, efetivo. Fonte: BBC Brasil Notícias(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/09/140909_efeitoestufa_ebc.shtml) > 10/09/2014 Brasil poderá receber 2,5 bilhões de dólares por redução de CO2 por Redação do MMA Desmatamento de agosto/2012 a julho/2013 foi menor que 1%. Foto: Jefferson Rudy/MMA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/desmatamento1.jpg Hoje (10/09), Comitê Técnico Científico do Fundo Amazônia reune-se, em Brasília, para validar o resultado oriundo do desmatamento na Amazônia em 2013. O desmatamento na Amazônia para o período de agosto de 2012 a julho de 2013 foi confirmado pelo 2 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em 5.891 km . A diferença entre a estimativa divulgada 2 pelo governo em novembro de 2013 (5.843 km ) e o número consolidado pelo INPE foi menor que 1%. Hoje (10/09), o Comitê Técnico Científico do Fundo Amazônia (CTFA), formado por cientistas de notório saber, reúne-se em Brasília, no Anexo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), localizado na SEPN 505, Bloco B, para validar o cálculo das reduções de emissões CO2 oriundas do desmatamento na Amazônia, feito pelo MMA, a partir do número consolidado do PRODES. A redução das emissões brasileiras por desmatamento na Amazônia Legal em 2012/2013 ficou na ordem de 516 milhões de tCO2. Uma redução de 2 64% em relação ao referencial adotado, uma média entre os anos de 2001 a 2010 calculada em 16.531km . O cálculo das emissões provenientes do desmatamento pelo Fundo Amazônia toma como base a média de carbono na biomassa de 132,3 tC/ha. O Fundo Amazônia adota o valor de US$ 5,00 por tonelada de CO2 para captação de recursos de doações junto aos governos estrangeiros, empresas, instituições multilaterais, organizações não governamentais e pessoas físicas. Isso significa que, em 2013, o Brasil poderá receber até 2,5 bilhões de dólares em pagamentos por resultados de redução de emissões de desmatamento alcançados na região da Amazônia Legal. * Publicado originalmente no site Ministério do Ambiente(http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=477). Meio Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/brasil-podera-receber25-bilhoes-de-dolares-por-reducao-de-co2/) 11/09/2014 Presidenciáveis recebem propostas para agricultura de baixo carbono por Alana Gandra, da Agência Brasil O objetivo é diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas definidas até 2020. Foto: Reprodução/Internet Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/01/agricultura2.jpg O monitoramento da redução de emissões de gases de efeito estufa pelo produtor brasileiro é uma das recomendações encaminhadas aos principais candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro pelo Observatório ABC, coordenado pelo Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (GVAgro). Intitulado “O Brasil e Uma Agricultura de Baixa Emissão de Carbono: Agenda para os Presidenciáveis”, o documento ressalta a importância de ações de capacitação e treinamento em articulação do governo federal com estados, envolvendo recursos humanos, materiais e financeiros, no âmbito do Ministério da Agricultura. Além disso, sugere o acompanhamento da assistência técnica ao produtor durante toda a implementação do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). As informações foram dadas hoje (10) à Agência Brasil pelo consultor do Observatório ABC, economista Célio Porto. Segundo ele, o observatório tem como foco a implementação do Plano ABC, que objetiva diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas definidas até 2020. Lançado em 2010, a proposta ainda não foi totalmente implementada e, conforme o consultor, precisa de atenção para pontos complementares recomendados no documento. Célio Porto disse que, desde 2011, já foram aplicados no Plano ABC R$ 7,4 bilhões em financiamentos com juros abaixo do mercado e prazos longos. A ideia é que os agricultores convertam seus sistemas produtivos em processos de baixa emissão de carbono. Segundo ele, isso implica em uma equalização elevada por parte do Tesouro Nacional (TN). “Estimamos que, para esses R$ 7,4 bilhões, a equalização do TN poderá chegar a R$ 2 bilhões. É um valor muito elevado, mas, até agora, não montaram mecanismos para aferir se, efetivamente, os financiamentos geraram redução de emissões de gases”. Enfatizou que essa é uma etapa que precisa ser complementada. “Não há como comprovar se as reduções voluntárias de emissões previstas foram feitas. Isso é ruim, inclusive para o produtor, que não pode reivindicar crédito de carbono ou pagamento por serviços ambientais, porque não tem um retrato da realidade de sua propriedade”, disse Porto. A segunda principal recomendação aos presidenciáveis são 75% dos recursos liberados, que tiveram como alvo a recuperação de pastagens degradadas. Para Célio Porto, é importante do ponto de vista de política agrícola, porque significa a intensificação da pecuária e liberação de áreas para agricultura, o que, indiretamente, reduz o estímulo ao desmatamento. “É possível crescer a produção agrícola sem desmatar, ou seja, apenas aproveitando a área já existente”, comentou. Conforme o economista, é preciso que haja uma assistência técnica para acompanhar a implementação do projeto, de modo a evitar que as pastagens voltem a ser degradadas, em três ou quatro anos, por problemas de gestão ou desconhecimento. Explicou que a assistência técnica permanente permitirá ao produtor saber se conseguirá implementar o processo até o fim e, principalmente, se terá bons rendimentos. Porto assinalou que, na operação ABC, ganha o produtor, que passa a ter uma tecnologia mais rentável, e a sociedade, que terá um sistema produtivo ambientalmente sustentável. O documento encaminhado aos presidenciáveis também inclui a necessidade de liberação de recursos do Ministério da Agricultura e das secretarias estaduais de agricultura para investimentos em treinamento e capacitação. “O volume de recursos para o dia a dia dessas operações continua muito baixo”, acentuou. Havendo segundo turno, os representantes do Observatório ABC intensificarão as recomendações. O mesmo documento foi enviado para os atuais ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente. * Edição: Armando Cardoso. ** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/201409/presidenciaveis-recebem-propostas-para-agricultura-de-baixo-carbono). Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/presidenciaveis-recebem-propostaspara-agricultura-de-baixo-carbono/) 11/09/2014 Investimento em energia: ainda falta ambição por Redação do Greenpeace Na próxima década, 70% dos investimentos no setor de energia serão direcionados para os combustíveis fósseis enquanto as fontes renováveis ficarão apenas com 10%. Foto: ©Rogério Reis/Tyba Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/solarGreenpeace.jpg Empresa de Pesquisa Energética e Ministério de Minas e Energia publicam Plano Decenal de Energia até 2023. 70% dos investimentos da próxima década serão em combustíveis fósseis. O Plano de Expansão Decenal de Energia que prevê os rumos energéticos do país para a próxima década – no caso, entre 2014 e 2023 – e que é atualizado anualmente foi publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). E, como quase sempre, faltou ambição por parte do governo brasileiro: dos R$1,263 trilhões previstos até 2023, 71% irão para os combustíveis fósseis, enquanto as fontes renováveis – como PCHs, eólica, solar e biomassa – ficaram apenas com 9,2% do montante. “Há um aumento considerável de investimentos nas renováveis quando comparado com os 3% que estavam previstos no plano de 2013, mas o desequilíbrio ainda é grande”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Um dos principais pontos negativos em relação ao plano apresentado no ano passado é o aumento da previsão do consumo energético na próxima década que passou de 63 GW para 71 GW. Para efeito de comparação, o número representa uma nova usina de Itaipu instalada a cada dois anos. Este crescimento foi muito puxado pela previsão exagerada do PIB médio, entre 4,1% e 4,5%, apesar da experiência recente mostrar que esse crescimento dificilmente será alcançado. Com as projeções otimistas para a economia, a previsão do aumento da participação das termelétricas fósseis dobrou e ainda inclui a conclusão da usina nuclear de Angra 3 em 2018. Além disso, as hidrelétricas seguem como a fonte que mais vai contribuir com esse crescimento totalizando 31 GW, sendo que 90% desse total será alocada na Amazônia. Para as fontes renováveis, a energia solar foi incluída pela primeira vez no plano, com uma projeção de 3,5 GW até 2023 quando poderia ser o dobro pela previsão do cenário [R]evolução Energética(http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2013/Agosto/Revolucao_Energetica.pdf). As eólicas são as que mais vão crescer, já que a consolidação da indústria contribuiu para uma visão mais otimista em relação aos planos anteriores, que minimizavam o potencial dos ventos no Brasil. Por outro lado, a expansão da biomassa se retraiu para 4 GW, como reflexo das dificuldades ainda enfrentadas para a contratação dessas usinas em leilões. A redução de consumo de energia em decorrência de ações ou programas de eficiência energética também diminuíram e chegaram ao nível de 5,2%, um patamar baixo se considerarmos o potencial superior a 10% nos setores comercial, industrial e residencial. “Se por um lado, o novo Plano Decenal de Energia traz finalmente a inclusão da fonte solar, por outro lado, aumenta a participação das termelétricas fósseis e mantém um baixo nível de ambição para medidas de eficiência energética”, concluiu Baitelo. O relatório(http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/noticias/2014/PDE2023_ConsultaPublica.pdf) está disponível para consulta pública até o próximo dia 5 de outubro. Basta enviar um email para [email protected] ou pelo endereço PDE 2023 Consulta Pública – SPE/MME – Esplanada dos Ministérios, Bloco “U”, 5o andar, CEP 70065-900, Brasília-DF”. * Publicado originalmente no site Greenpeace(http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Ainda-faltaambicao/). Fonte: Greenpeace/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/ainda-falta-ambicao/) 12/09/2014 Invenção purifica água e gera eletricidade com ajuda do Sol Cynthia Sin Nga Lam desenvolveu dispositivo eco-friendly, barato e portátil, que purifica águas residuais e gera eletricidade usando apenas a energia do Sol por Marina Maciel, do Planeta Sustentável(http://planetasustentavel.abril.com.br/) H2prO: aparelho inventado por estudante australiana é constituído por duas partes Foto: Reprodução/YouTube/Cynthia Lam Fonte: http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2014/9/509873/size_590_cynthia-lam.jpg?1410551054 São Paulo – Ainda existem 780 milhões de água(http://www.exame.com.br/topicos/agua) potável elétrica(http://www.exame.com.br/topicos/energia-eletrica). pessoas no e 1,3 mundo bilhão sem acesso à sem energia Estes dados da ONU preocuparam tanto a estudante Cynthia Sin Nga Lam, que a australiana de 17 anos decidiu empenhar suas habilidades – e sua paixão por Química – para criar uma solução econômica para o problema. A jovem inventora desenvolveu um dispositivo eco-friendly, barato e portátil, que purifica águas residuais e gera eletricidade usando apenas a energia do Sol. Batizado de H2prO, o aparelho é constituído por duas partes: unidade superior para purificar a água e gerar hidrogênio, e compartimento inferior onde a água é filtrada mais uma vez. Abaixo, entenda o funcionamento da engenhoca: 1) a água suja entra na parte superior do dispositivo e passa entre uma malha de titânio, que esteriliza a água quando ativada pela luz solar; 2) essa reação fotocatalítica divide a água em oxigênio e hidrogênio; 3) o último é utilizado por uma célula de combustível de hidrogênio para gerar energia. E tem um plus: impurezas na água, como detergentes, também podem proporcionar mais hidrogênio, o que permite que o dispositivo gere ainda mais energia. “No futuro, eu gostaria de estudar Medicina ou Ciências Ambientais, porque quero ser capaz de ajudar os necessitados. Há ainda um longo caminho a percorrer, mas estou feliz que eu tomei o meu primeiro passo para fazer a diferença”, disse Cynthia na página do projeto, que é um dos 15 finalistas da Feira de Ciências do Google de 2014. Abaixo, assista ao vídeo que explica o funcionamento do aparelho (em inglês): Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=LBS_PbpXnrM EXAME.COM > Notícias > Tecnologia > Fonte: Energia(http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/invencao-purifica-agua-e-gera-eletricidade-com-ajudado-sol) 13/09/2014 Cavalos ajudam bairro de Bruxelas na coleta de lixo público Os cavalos Taram e Vouziers ajudam diariamente os trabalhadores públicos na coleta de 200 sacos de lixo no bairro bruxelense de Schaerbeek, onde este método é considerado mais ecológico e também mais barato, em um momento no qual predominam cortes orçamentários. Em 2011, a administração da comuna do bairro de Schaerbeek, no norte da capital europeia, decidiu fazer uma mudança no sistema utilizado até o momento para a coleta do lixo público e incorporar o "hipomóvel", uma espécie de charrete coletora de lixo, a esta tarefa para que fosse possível economizar dinheiro e poluir menos. "É um meio muito ecológico e isto nos permitiu também economizar", explicou à Agência EFE a responsável do serviço de equitação do parque Josaphat de Schaerbeek e encarregada do "hipomóvel", Aurore Lallemanda. O uso desta charrete puxada por dois cavalos substituiu um dos veículos encarregados da coleta do lixo, por isso que a melhora ecológica é bastante evidente, explica a diretora. A economia também é importante, segundo os cálculos do serviço de limpeza de espaços verdes do distrito, já que são gastos menos de três mil euros anuais. Segundo estas estimativas, o custo anual deste serviço chega a pouco mais de 3,5 mil euros enquanto o mesmo trabalho realizado por um carro representa 7 mil euros por ano. Mas há mais vantagens que são derivadas do uso destes cavalos, destacou Lallemanda. "Há um fator ecológico e também um social, porque nos permite criar laços entre os trabalhadores públicos e os cidadãos", assinala o responsável. "Os cavalos facilitam de fato a comunicação com as pessoas", acrescentou. A diretora do serviço aponta que enquanto percorrem as ruas, as pessoas param a fim de acariciar os cavalos, saudar e conversar, o que representa "revalorizar o trabalho dos lixeiros". Antes de Taram e Vouziers chegarem a Schaerbeek, havia três veículos que se encarregavam de coletar 737 pontos de lixeiras públicas a cada dia, passando de cinco a sete vezes por semana. Com a incorporação do "hipomóvel" agora somente é necessário o uso de dois carros. Além de ajudar na coleta de lixo, os dois cavalos participam também das tarefas de limpeza pública nas áreas onde ocorrem mercados ao ar livre e amenizam algumas atividades lúdicas e pedagógicas que são realizadas no bairro, em torno da horta orgânica localizada no parque do distrito. É justamente no local onde vivem Taram e Vouzier, dois cavalos da raça Ardennes, típica da Bélgica, Luxemburgo e França. Eles têm sete e nove anos, pesam cerca de 750 quilos aproximadamente, e foram treinados para poder participar de atividades como a coleta do lixo público. "Os cavalos foram adestrados e educados a partir da voz, já que trabalhamos muito com ela, quando dizemos seus nomes viram suas orelhas, o que quer dizer que nos escutam", explicou Aurore. Na Espanha, um pequeno povoado de Alicante, Monforte del Cid, substituiu também, recentemente, os caminhões de coleta de lixo por carros puxados por cavalos para assim reduzir custos e poluir menos. Na Bélgica, a única região que utiliza este sistema é a comuna de Schaerbeek, e, como na Espanha, este modelo provém da França, onde mais de cem localidades coletam o lixo desta forma há anos. "Podemos dizer que este modelo foi inspirado no modelo francês, e por sua vez o modelo francês foi inspirado no dos Amish americanos, já que eles não utilizam nenhum sistema móvel (mecânico)", comentou a responsável pelo serviço. Porém nem tudo é vantagem. Os trabalhadores também apontam algumas dificuldades, como a organização ou a adaptação ao tráfego, apesar de, contam, o serviço estar melhorando cada vez mais. Fonte: EFE/TERRA.COM > Notícias > Ciência(http://noticias.terra.com.br/ciencia/cavalos-ajudam-bairro-debruxelas-na-coleta-de-lixo-publico,83e6cda821d68410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html) 17/09/2014 Redução do desmatamento é considerada “sem precedentes” por Cristina Ávila, do MMA Desmatamento: ação começa a dar resultado. Foto: Jefferson Rudy/Arquivo MMA Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/desmatamento2.jpg Cientistas norte-americanos destacam redução das emissões dióxido de carbono no Brasil. Relatório produzido pela associação de cientistas norte-americanos Union of Concerned Scientists (UCS) destaca iniciativas brasileiras para a redução do desmatamento e da emissão de gases de efeito estufa. “Muitos países tomaram providências para conter ameaças às mudanças climáticas, e alguns conseguiram que suas emissões parassem de crescer, mas não há dúvida de que o Brasil é o que mais tem resultados”, afirma o documento intitulado “Histórias de sucesso: países tropicais onde políticas de proteção e reflorestamento deram resultados”. Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia. Medida padrão “Entre 2005 e 2010, o país reduziu as emissões em 38%, o que significou um decréscimo anual de 800 milhões de toneladas CO2 equivalente, principalmente devido às reduções do desmatamento na Amazônia”, relata a coordenadora e Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Josana Lima, referindo-se à medida padrão do potencial de aquecimento global dos vários gases de efeito estufa, comparados ao dióxido de carbono, que é o principal deles. O Decreto 7.390/2010 determina a publicação de estimativas anuais (a partir de 2012). A mais recente é de 2013, que divulgou dados referentes a 2010. Até o final deste ano, deverão ser revelados os números relacionados a 2011. O levantamento é realizado por um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “As mudanças na Amazônia brasileira na última década e a contribuição que elas deram para a redução do aquecimento global não têm precedentes”, afirma o documento dos cientistas norte-americanos. Eles consideram que os resultados são consequência de mudanças do uso do solo na Amazônia. Unidades de conservação O relatório cita que as reduções começaram com a criação de unidades de conservação e de terras indígenas, que colaboraram com a proteção das florestas, e em seguida com a criação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Também são destacadas iniciativas de governos dos estados e do Ministério Público, que influenciaram nos resultados positivos. “O desmatamento chegou ao pico em 2004-2005, movido pela expansão da produção da soja e da carne, em resposta aos altos preços do mercado internacional, mas começou a cair mesmo quando os preços atingiram níveis recorde”. O documento cita a parceria do governo com ONGs e com os movimentos sociais e ambientais, que favoreceram a aceitação voluntária das moratórias da carne e da soja por empresários. Moratória da soja No contexto histórico, os cientistas destacam a expansão das exportações de soja – 2,5 milhões de toneladas em 1990 para 31,4 milhões de toneladas em 2010 – com estímulos ao desmatamento, emissões de gases de efeito estufa, poluição das águas e trabalho escravo. Em 2006, associações empresariais aceitaram boicotar a comercialização de safras plantadas em novas áreas desmatadas. “O sucesso da moratória da soja foi demonstrado por estudos baseados em imagens de satélite. Entre 2009 e 2010, apenas 0,25% de lavouras anuais haviam sido plantadas nessas novas áreas – o que representava 0,04% do total das terras plantadas com soja no Brasil”, acrescenta o documento. A UCS cita que a safra de 2013/2014 era então estimada em 95 milhões de toneladas, superior às 88 milhões de toneladas do ano anterior, sem expansão dos limites das lavouras e dos danos às florestas. Em 2009, haveria a conexão entre o desmatamento da Amazônia e a expansão das pastagens para criação de gado. Viriam assim as parcerias que resultaram em acordos com produtores, influenciados por boicotes à comercialização de produtos derivados de áreas de desmatamento. Novas leis também passariam a condicionar os negócios ao cadastro ambiental dos imóveis rurais na Amazônia. A associação de cientistas norte-americanos também enfatiza que os resultados positivos também foram alcançados por causa dos apoios e dos compromissos internacionais do Brasil. O documento da UCS destaca a decisão brasileira de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 e ainda as parcerias com países como Alemanha, Reino Unido e Noruega, esse considerado o maior programa do mundo para a redução das emissões por desmatamento e degradação florestal (REED+). Para acessar o relatório clique aqui(http://www.ucsusa.org/assets/documents/global_warming/deforestationsuccess-stories-2014.pdf). Ministério do * Publicado originalmente no site Ambiente(http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=491). Meio Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/reducao-desmatamentoe-considerada-sem-precedentes/) 17/09/2014 Mudanças Climáticas: uma trajetória rígida e perigosa por Alejandro Nadal/Sin Permiso* Foto: Kim Hansen/Creative Commons Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/mudancasclimaticas.jpg Há duas semanas, chegou à imprensa um rascunho do que será o próximo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Trata-se de um documento preliminar, mas a mensagem é clara: o risco de provocar danos severos e irreversíveis ao clima é real e é urgente a necessidade de reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. Este alerta dos cientistas contrasta de forma brutal com a indiferença dos governos e grandes corporações que dominam a economia global. A versão final do documento deverá ser discutida em uma conferência na sede da Onu em Nova York, no dia 23 de setembro. Convocada por Ban Ki-moon, o encontro reunirá líderes de governos e do setor privado para discutir medidas concretas orientadas para reduzir as emissões em ações de curto prazo. Mas parece que muito poucos chefes de Estado e de Governo estarão presentes. Isso não é surpreendente. O mundo carece atualmente de um quadro regulamentar sobre as alterações climáticas e o processo de negociações para alcançar compromissos políticos é um caos. A Cúpula Nova Iorque é, essencialmente, uma reunião para se conversar. A COP-20, em dezembro, em Lima, só poderá avançar até um projeto para um novo tratado sobre mudanças climáticas. Terá que esperar até a COP-21 (Paris, 2015) para ver que tipo de monstro emerge deste longo processo de compromisso e transações. Os resultados do quinto relatório de avaliação do IPCC indicam que o aquecimento do sistema climático é um fenômeno indiscutível e algumas das mudanças observadas nas últimas seis décadas não têm precedente por milhares de anos. O aquecimento observado na atmosfera e oceanos; volume de gelo e a quantidade de neve caíram; o nível do mar subiu. Estudos do IPCC mostram que as observações acima são correlacionados com o aumento das concentrações de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. O principal GEE é o dióxido de carbono (CO2) e vem principalmente de combustíveis fósseis e processos industriais e, em menor grau, de desmatamento e alterações no uso da terra. O inventário de GEE inclui outros gases mais potentes em sua capacidade de reter a radiação infravermelha (como o metano) e, embora seja necessário reduzir essas emissões, o principal contribuinte para a mudança climática é CO2. O relatório afirma que se as emissões não foram reduzidas. Há ainda indícios de que eles estão crescendo mais rápido. Alguns analistas dizem que não só estamos caminhando na direção errada como estamos fazendo isso rapidamente. Talvez a descoberta mais surpreendente do relatório esteja relacionada com as reservas de hidrocarbonetos e seu destino final. Cerca de 80% dos combustíveis fósseis, que são conhecidos por existir em várias formas, teria de permanecer onde está para não ultrapassar o limite de um aquecimento de 2 graus Celsius (em relação à temperatura média anterior da revolução industrial). Ou seja, quatro quintos das reservas de combustíveis fósseis teria que ficar no chão. A economia mundial adotou há muitas décadas um perfil de energia que é totalmente dependente de combustíveis fósseis. Mudar o perfil associado a essa infraestrutura é um processo caro e lento. Não vai precisar apenas do desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Também é preciso de mudanças necessárias na maneira de transportar e consumir essa energia. Mas as grandes empresas do setor de energia se comprometeram a este perfil tecnológico, e não estão preparadas para mudar isso antes de amortizar seus investimentos. As mudanças também devem ser introduzidas em uma longa lista de bens de consumo duráveis. E ainda há mais. Grandes empresas do setor de energia do mundo estão gastando bilhões de dólares na exploração e extração de combustíveis fósseis. E se por um passe de mágica a decisão de deixar 80% das reservas do solo fosse adotada, essas empresas teriam que aceitar o cancelamento de milhares de milhões de dólares de ativos que são o valor dessas reservas. As ramificações de uma mudança radical na estrutura financeira dessas empresas são muito grandes e envolvem uma profunda transformação do sistema financeiro. A resistência à mudança não vem apenas de uma infraestrutura rígida de produção e consumo de bens, também vem do setor financeiro. E se alguém pensa que o cancelamento de ativos é um exercício de contabilidade simples, lembrar o domínio do capital financeiro é a principal característica do atual estágio do capitalismo mundial. * Alejandro Nadal é economista e conselheiro editoral de SinPermiso./ Tradução: Daniella Cambaúva. ** Publicado originalmente pelo Sin Permiso e retirado do site Carta Maior(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Mudancas-climaticas-uma-trajetoria-rigida-eperigosa/3/31817). Fonte: Carta Maior/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/mudancas-climaticas-uma-trajetoriarigida-e-perigosa/) 17/09/2014 Apenas 13% dos brasileiros têm acesso à coleta seletiva por Marina Maciel – Planeta Sustentável(http://planetasustentavel.abril.com.br/) Foto: epSos.de/Creative Commons/Flickr Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/imagem/apenas-13-brasileiros-tem-acesso-programas-coletaseletiva_560.jpg Desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi aprovada, em 2010, o número de cidades do Brasil que fazem coleta seletiva mais que dobrou, com um aumento de 109%. Porém, apenas 13% dos cidadãos brasileiros têm acesso a esses programas, revela a Pesquisa Ciclosolf 2014, divulgada nesta quarta-feira (17/09). Realizado a cada dois anos pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), o estudo traça um panorama das práticas de coleta seletiva nos municípios brasileiros. Atualmente, 927 cidades praticam algum tipo de coleta - o que representa 17% do total de municípios -, mas apenas 28 milhões de pessoas conseguem usar o serviço. Para Victor Bicca, presidente da CEMPRE, o aumento no número de cidades com programas de coleta seletiva representa avanço na implantação dessas iniciativas, porém, ainda é preciso evoluir muito para garantir acesso a mais pessoas. As regiões Sudeste e Sul representam, segundo o estudo, 81% do total de municípios com programas de coleta, enquanto o Nordeste é responsável por 10% do total, o Centro-Oeste representa 7% e a Norte tem a menor taxa de adesão ao programa, com apenas 2% do total. De acordo com a pesquisa, 80% das cidades utilizam o modelo de coleta porta-a-porta e 45% delas possuem Postos de Entrega Voluntária. Além disso, 76% dos municípios contratam cooperativas de catadores para auxiliar na coleta. Planeta Sustentável > Notícias > Gestão Fonte: Lixo(http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/apenas-13-brasileiros-tem-acesso-programas-coletaseletiva-800383.shtml) de 18/09/2014 Cresce o número de cidades que adotam a coleta seletiva por Redação do EcoD Modelo porta a porta é o mais utilizado no Brasil. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/coleta-seletiva-ecod.jpg Desde que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos foi aprovada em 2010, houve um aumento de 109% no número de cidades onde a coleta seletiva é realizada. O dado consta da Pesquisa Ciclosoft 2014, divulgada nesta quarta-feira, 17 de setembro, pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), que realiza o levantamento a cada dois anos. Atualmente, 927 municípios têm algum tipo de programa de coleta seletiva, o que representa 17% do total de cidades em todo Brasil. Em 2010, o número era de 443 municípios. As regiões Sul-Sudeste mantém a concentração de maior número de municípios com programas de coleta seletiva, 81%, revelando um panorama semelhante ao mostrado em 2010 e 2012. A região com a menor taxa de adesão ao programa é a Norte, que representa apenas 2% do total. O Nordeste tem 10% do total e o Centro-Oeste é responsável por 7%. Na conta final da pesquisa, estima-se que apenas 13% dos brasileiros tenham acesso de alguma forma a coletas seletivas. “Os dados da pesquisa registram um aumento significativo no número de cidades com programas de coleta seletiva, o que é bastante positivo do ponto de vista do avanço das iniciativas de implantação destes programas. Contudo, o número de brasileiros com acesso a este serviço ainda é baixo. Em 2010, eram 22 milhões, e de lá pra cá a quantidade aumentou em seis milhões, somando 28 milhões de pessoas. Ainda há muito o que evoluir”, afirmou Victor Bicca, presidente do Cempre. Modelos de coleta O Ciclosoft 2014 também traçou um panorama dos modelos de coleta seletiva adotados pelas cidades brasileiras. A maior parte delas, 80%, ainda utiliza o modelo de coleta porta a porta, enquanto os Postos de Entrega Voluntária estão presentes em 45% das cidades. Também houve um aumento no número de municípios que contrata cooperativas de catadores para auxiliar na coleta, chegando a 76% do total. No que diz respeito aos materiais, plásticos, papéis e papelão ainda são os mais coletados, representando juntos 60% de toda a coleta. Contudo, o número de materiais rejeitados ainda é considerado alto, na casa dos 20%. Na opinião do presidente do Cempre, “ainda falta um investimento maciço em campanhas para conscientização da população quanto à importância de se separar o lixo corretamente”. Coleta seletiva A coleta seletiva é o recolhimento de materiais recicláveis (papel, plástico, metal e vidro) que não devem ser misturados ao lixo comum das residências ou local de trabalho. Trata-se de um cuidado dado ao resíduo que começa com a separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos, e, em seguida, com a disposição correta para o reaproveitamento e reciclagem. * Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/cresce-o-numero-decidades-que-adotam-a-coleta?tag=rrr). Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/cresce-o-numero-de-cidades-que-adotamcoleta-seletiva/) 22/09/2014 Terramérica – Açúcar cubano ganha protagonismo energético por Patricia Grogg* Vista da central açucareira 5 de Setembro, na província de Cienfuegos, em Cuba. Da recuperação desse engenho participa uma subsidiária da construtora brasileira Odebrecht e nele será instalada uma unidade bioelétrica que usará bagaço de cana. Foto: Jorge Luis Baños/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Ter704Cuba1.jpg Havana, Cuba, 22 de setembro de 2014 (Terramérica) – A indústria açucareira pretende se converter na principal fonte de energia limpa em Cuba, como parte de um programa de desenvolvimento de fontes renováveis, com o qual se pretende reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e proteger o ambiente. O projeto se insere nos planos de modernização dos engenhos abertos ao investimento estrangeiro pela Azcuba, o grupo empresarial estatal que, em 2011, substituiu o Ministério do Açúcar. Tradicionalmente, as centrais açucareiras geram a eletricidade para seu consumo, a partir de dejetos como o bagaço, resíduo que sobra após a trituração. Liobel Pérez, porta-voz da Azcuba, defendeu a produção de energia a partir da biomassa da cana como barata e amigável com o ambiente. “O CO2 (dióxido de carbono) produzido na geração de eletricidade é o mesmo que a cana absorve em seu processo de crescimento, portanto há um equilíbrio ambiental”, pontuou ao Terramérica. No momento, não se contempla a produção de etanol como derivado da cana, embora haja especialistas que considerem que esse bicombustível poderia reduzir o consumo de gasolina no transporte e nas máquinas agrícolas e limitar as emissões na atmosfera “Esse é um dos temas que a comissão governamental, criada para analisar o desenvolvimento e as energias renováveis, discute”, disse Manuel Díaz, diretor do Instituto Cubano de Pesquisas de Derivados de Cana-de-Açúcar. O funcionário não descartou essa possibilidade no futuro. “Embora não seja a solução definitiva de longo prazo para o combustível automotivo, o etanol é um fator importante, contribui para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e, se não entra em contradição com o uso da terra para alimentos, pode ser, a meu ver, uma alternativa que cada país deve avaliar segundo suas particularidades”, destacou Díaz ao Terramérica. Atualmente a indústria açucareira fornece 3,5% da geração de eletricidade do país. O plano para elevar a eficiência energética contempla que, até 2030, cerca de 20 engenhos gerarão um excedente de 755 megawatts (MW) para alimentar a rede do Sistema Eletro-Energético Nacional, isso elevaria para 14% a participação da biomassa de cana na matriz energética prevista para 2030, que projeta em 24% a participação das fontes renováveis, com aportes também da energia eólica (6%), solar (3%) e hidráulica (1%). Agora, as energias renováveis só representam 4,6% da geração e o restante é fornecido pelos combustíveis fósseis. A paulatina instalação nos engenhos de modernas usinas bioelétricas, necessárias para conseguir esse objetivo, exige investimento estimado em US$ 1,29 bilhão, que a Azcuba espera obter de empréstimos governamentais ou investimentos estrangeiros. “Onde não aparece crédito, aparece o investimento estrangeiro”, apontou Jorge Lodos, diretor de negócios da Zerus SA, subsidiária da Azcuba. Ele acrescentou ao Terramérica que as duas primeiras empresas a se associarem com Cuba no setor incluíram em seus planos as usinas bioelétricas para aumentar a eficiência energética. A primeira das unidades alimentadas com biomassa de cana começará a produzir em 2016, disse Lodos. Está prevista a construção em áreas vizinhas ao central Ciro Redondo, na província de Ciego de Ávila, a 423 quilômetros de Havana, pela Biopower, empresa mista formada em 2012 pela Zerus e a britânica Havana Energy Ltd. Um trabalhador opera a moenda de cana-de-açúcar durante a safra na central açucareira Jesús Rabí, na província cubana de Matanzas. A biomassa do engenho contribuirá para incrementar as fontes limpas na geração de electricidade no país. Foto: Jorge Luis Baños/IPS Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Ter704Cuba2.jpg Durante a safra, de dezembro a maio, essa unidade empregaria como insumo o bagaço da cana processada pelo engenho vizinho, e no resto do ano utilizaria o resíduo de cana armazenado e o marabu (Dichrostachys cinerea), um arbusto lenhoso que invade como praga vastas áreas agrícolas da ilha. O investimento previsto no projeto varia de US$ 45 milhões a US$ 55 milhões. Já a Companhia de Obras e Infraestrutura (COI), subsidiária da brasileira Odebrecht, acordou com a Empresa Açucareira Cienfuegos, também filial da Azcuba, a administração conjunta por 13 anos da central 5 de Setembro, na província de Cienfuegos, a 256 quilômetros da capital. Neste caso, o compromisso é recuperar a capacidade produtiva do engenho de 90 mil toneladas de açúcar por safra e inclusive aumentála. Lodos detalhou que o investimento desse projeto supera os US$ 100 milhões e inclui também uma usina bioelétrica. Esses dois engenhos e o Jesús Rabí, na província de Matanzas, a 98 quilômetros de Havana, gerarão os primeiros 140 MW de eletricidade no médio prazo. A Havana Energy e a COI abriram a porta para entrada do capital estrangeiro na agroindústria açucareira cubana, apoiadas pelo fato de que já têm investimentos em outros setores da centralizada economia cubana. “O investimento estrangeiro exige confiança mútua”, opinou Lodos. O governo de Raúl Castro estima que precisa de US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões anuais de capitais estrangeiros para crescer e se desenvolver. Dos 56 engenhos cubanos, seis deles inativos, a Azcuba colocou 20 na carteira de investimentos estrangeiros. A prioridade inicial são os oito construídos depois de 1959. Entre as ofertas para o desenvolvimento de derivados tampouco figura o etanol, embora muitos especialistas considerem que tem boas chances de comercialização. “Não está previsto no programa. Não é dada nenhuma das condições mínimas para introduzir investimento estrangeiro. Não há magnitude de capital, não é aporte de tecnologia, não seria para a exportação, nem substitui importações. Hoje não está na carteira de negócios. Amanhã poderemos pôr”, enfatizou Lodos. Cuba produz álcool em 11 destilarias, também em fase de modernização, para usos farmacêuticos e em sua indústria de rum e outras bebidas. A outrora poderosa indústria açucareira, que teve colheitas de oito milhões de toneladas, tocou o fundo em sua safra 2009-2010, com apenas 1,1 milhão de tonelada produzida, a pior em 105 anos. Hoje o setor representa cerca de 5% da entrada de divisas no país. Espera-se que o programa de modernização das máquinas fabris, dos equipamentos de transporte e outros recursos para melhorar os rendimentos impulsione a produção, junto com o aumento da semeadura de cana. No ano passado, foram plantados 400 mil hectares e a safra 2013-2014 chegou a pouco mais de 1,6 milhão de toneladas. * O autor é correspondente da IPS. Artigos relacionados da IPS Fragilidade do sistema elétrico cubano demanda energia renovável, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2012/09/fragilidad-de-sistema-electrico-cubano-demanda-energiarenovable/) Rumo ao desenvolvimento limpo em Cuba, em espanhol(http://www.ipsnoticias.net/2012/02/energia-cubacamino-al-desarrollo-limpio/) Abundância energética cubana poderia vir do mar(http://www.ipsnoticias.net/2012/02/energia-cuba-caminoal-desarrollo-limpio/) Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde. Fonte: Terramérica/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/terramerica-acucar-cubano-ganhaprotagonismo-energetico/) 23/09/2014 O que os presidenciávies propõem (e o que não propõem) para enfrentar as mudanças climáticas por Agenda Brasil Sustentável Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/11/mudancasclimaticas1.jpg Apontado pela ONU, a Organização das Nações Unidas, como um dos maiores desafios da humanidade para os próximos anos, as Mudanças Climáticas exigem ações efetivas rumo à adoção de políticas públicas que reduzam as emissões dos chamados gases de efeito estufa, os GEEs, busquem adaptações para os efeitos que já se manifestam e que promovam investimentos na transição para uma economia de baixo carbono. Essas devem ser as principais ênfases do encontro anual convocado pelo Secretário Geral da ONU, que começa nesta terça-feira, 23, em New York, com o objetivo de aumentar a ambição e o compromisso dos países com o combate a mudanças climáticas. Para a Agenda Brasil Sustentável(http://www.agendabrasilsustentavel.org.br/) qualquer governante que seja eleito a partir de janeiro de 2015 precisará assumir uma posição pró-ativa no enfrentamento dos problemas climáticos e implemente, com a máxima urgência, a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Nesse sentido, as organizações integrantes(http://www.agendabrasilsustentavel.org.br/#!quemsomos/c21kz) da Agenda, cumprem com o seu papel de fomentar as discussões e a participação da sociedade civil na análise e avaliação das propostas de nossos candidatos à Presidência da República ao elaborar um relatório(http://media.wix.com/ugd/b8e5ba_c0ee08ff55704bd09511a4fc8897b0d0.pdf) recém concluído baseado nos programas de governo apresentados até o momento referentes ao tema desenvolvimento sustentável. Para Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima e autor do levantamento relacionado a políticas com incidência em mudanças climáticas, “o interesse da sociedade civil que se organiza em torno deste tema é o de poder propor, colaborar e avaliar o próximo governo no que diz respeito a uma visão compartilhada de desenvolvimento de longo prazo, que leve o Brasil a um caminho que nos permita lidar com nossas vulnerabilidades, com os riscos impostos e com as oportunidades oferecidas pela necessidade de enfrentamento do das mudanças climáticas de forma estratégica”. Glaucia Barros, diretora da Fundación Avina no Brasil e uma das articuladoras da Agenda Brasil Sustentável, reconhece que a maioria dos candidatos buscou considerar temas como desmatamento, agricultura de baixo carbono, energias renováveis e redução de emissões em seus programas. Isso mostra a crescente importância desta agenda no campo político-programático. “No entanto, ainda é bastante genérica a informação disponibilizada por meio dos programas apresentados nas campanhas eleitorais, o que dificulta uma análise mais profunda, pela sociedade, das diferentes proposições e o consequente monitoramento das metas a serem cumpridas no próximo mandato presidencial”, critica. Agenda Brasil Sustentável A Agenda Brasil Sustentável é um conjunto de princípios e compromissos, condensados em sete eixos estratégicos, que tem por objetivo o comprometimento de candidatos, aos cargos executivos estaduais e federal, por meio de propostas concretas, com o desenvolvimento sustentável do país. Busca também articular as políticas públicas nacionais com aquelas que definirão os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). A plataforma não concorre e nem substitui iniciativas de organizações, inclusive as que o compõem. Ao contrário, quer fazer sinergia com elas antes, durante e após o período eleitoral, na proposição e no monitoramento dos programas apresentados pelos candidatos. Acesse: http://www.agendabrasilsustentavel.org.br/ Íntegra do documento: http://media.wix.com/ugd/b8e5ba_c0ee08ff55704bd09511a4fc8897b0d0.pdf Fonte: Agenda Brasil Sustentável/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/o-que-os-presidenciaviespropoem-e-o-que-nao-propoem-para-enfrentar-mudancas-climaticas/) 23/09/2014 Brasil perde oportunidade para mostrar engajamento real com futuras ações climáticas por Redação do Observatório do Clima Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/Dilma.jpg Na Cúpula do Clima, a presidente Dilma Rousseff reafirmou o que o país fez e o que está fazendo, mas não falou nada sobre o futuro da luta contra as mudanças climáticas no Brasil O Observatório do Clima lamenta que a presidente da República, Dilma Rousseff, tenha ido à Cúpula do Clima, em Nova York, para se omitir sobre os esforços futuros do Brasil para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) a partir de 2020. Em seu discurso, a presidente não demonstrou que o Brasil vai se comprometer com metas ambiciosas de redução no futuro. A realização desse evento de alto nível, num momento tão importante no processo de negociação do novo acordo climático, nos dava a esperança de que os anúncios feitos pelos líderes globais demonstrassem o nível de compromisso desses países com o futuro da luta contra as mudanças do clima. Infelizmente, a presidente Dilma repetiu discursos antigos, dizendo o que o Brasil já fez – importante redução de emissões de desmatamento na Amazônia ao longo de 10 anos – e o que está fazendo atualmente, perdendo uma excelente oportunidade para o Brasil desempenhar efetivamente um papel de liderança nas negociações internacionais em clima. Infelizmente, o cenário brasileiro não é tão otimista quanto a fala de Dilma. Depois de uma década de queda consistente no desmatamento da Amazônia – o que resultou numa diminuição considerável das emissões nacionais neste período -, a devastação da floresta cresceu 29% entre 2012 e 2013, e a tendência é que esse crescimento persista entre 2013 e 2014. Além disso, as emissões em setores estratégicos, como energia, transportes, processos industriais, agropecuária e resíduos sólidos, estão crescendo consistentemente nos últimos anos, o que comprometerá esforços futuros de redução das emissões no Brasil. Além disso, o governo federal reduziu o investimento em fontes renováveis de energia; hoje, 70% dos recursos investidos em energia no país são destinados para combustíveis fósseis. Na corrida pelo desenvolvimento de tecnologias de energia limpa, estamos ficando atrás da Europa, dos Estados Unidos e da China. A realidade é essa: as emissões estão crescendo em todos os setores, fazendo do Brasil o 7º maior emissor mundial. Segundo estudo publicado recentemente na IOP Science, o Brasil já é o 4º maior responsável pelo aquecimento global, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. Apesar de dizer que para o Brasil o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, Dilma Rousseff sai da Cúpula olhando para o retrovisor e perdendo a oportunidade de olhar estrategicamente para a realidade e para o futuro que se avizinha. E, ao final, ainda deixou, em seu discurso, alguma dúvida no ar: enquanto defende que o Brasil é um caso de sucesso na busca pelo desenvolvimento aliado à ação climática, sua fala cria, ao final, a sensação de que, ao priorizar o desenvolvimento e melhoria de qualidade de vida das pessoas, esta prioridade seria superior à ação climática. Está mais do que claro que o maior risco ao desenvolvimento é a falta de ação. E isto é um desafio de todos, em especial dos grandes emissores de gases de efeito estufa, como o Brasil Definitivamente, a Presidente Dilma não atendeu à nossa expectativa. * Publicado originalmente no site Observatório do Clima(http://www.observatoriodoclima.eco.br/index.php/page/103-Brasil-perde-oportunidade-para-mostrarengajamento-real-com-futuras-a%C3%A7%C3%B5es-clim%C3%A1ticas%0A). Fonte: Observatório do Clima/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/brasil-perde-oportunidadepara-mostrar-engajamento-real-com-futuras-acoes-climaticas/) 26/09/2014 Brasil precisa liderar iniciativas globais contra o desmatamento por Redação do WWF Brasil Vista aérea de desmatamento na Amazônia. Foto: © WWF-Brasil/Bruno Taitson Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/09/desmatamentoamazonia.jpg O Brasil deixou de assinar no último dia 23 a Declaração de Nova Iorque, um acordo apresentado durante a Cúpula do Clima que propõe reduzir pela metade o corte de florestas até 2020 e zerá-lo até 2030, além de 1 recuperar 350 milhões de hectares de áreas já desmatadas . O acordo recebeu o endosso de 32 países, além de 35 empresas, 16 comunidades indígenas e 45 entidades civis, incluindo o WWF. Além de assinar, o WWF participou da elaboração do documento junto com outras organizações da sociedade civil, corporações privadas e países como Canadá, Noruega, Indonésia, China e Índia. A Rede WWF respalda fortemente a Declaração de Nova Iorque, bem como os outros compromissos da Cúpula. No entanto, queremos assegurar sua efetividade por meio de um atento esquema de monitoramento durante a vigência do acordo. Coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o texto do documento enfatiza que a proteção e restauração das florestas ajuda a mitigar as emissões de gases de efeito estufa e contribuem para crescimento econômico, a luta contra a pobreza, a segurança alimentar, a resiliência climática e a conservação da biodiversidade. Entendemos que o Brasil deveria assinar a Declaração de Nova Iorque e se juntar a essa iniciativa, já que tem tido sucesso em controlar as taxas de desmatamento na Amazônia. Nossa preocupação é que o país, detentor da maior floresta tropical do planeta, perca oportunidades de usar sua liderança nesta agenda. Até entendemos que o Brasil tenha procurado manter certa coerência com sua legislação interna ao ficar de fora do acordo. Entretanto, vários países signatários da declaração têm legislação autorizando desmatamentos, além de muitos deles terem altas taxas de desmate e forte dependência das florestas para seu crescimento. O compromisso de Nova Iorque é fundamentalmente político. Trata da implantação de um conjunto de políticas públicas e privadas para reduzir progressivamente até zerar o desmatamento em 2030. Medidas como incentivos econômicos e técnicos, pagamento de serviços ambientais e outras são essenciais para o sucesso da iniciativa. Trata-se de compromisso voluntário fundamental, equivalente ao de redução de emissão de gases de efeito estufa. Neste momento, estamos preocupados com o aumento das taxas de desmatamentos no Brasil, não apenas na Amazônia, mas também nos outros biomas – Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Pampa, Caatinga – onde o monitoramento não é feito sistematicamente. Assim como nos preocupa a implementação do Código Florestal, sua transparência e qualidade técnica. Também não queremos assistir a desmatamentos – fora do estritamente necessário – para a consecução de grandes obras de infraestrutura e hidroelétricas brasileiras. Estamos apoiando um planejamento transparente da matriz energética, lançando mão do enorme potencial brasileiro para fontes alternativas e sustentáveis de energia (eólica, solar e biomassa). Desmatamento zero A Rede WWF tem um posicionamento claro quanto ao desmatamento, tendo desenvolvido seu conceito de desmatamento e degradação líquidos zero (ZNDD, na sigla em inglês). Fundamental salientar que este conceito não implica na simples restauração ecológica de área equivalente à eventualmente desmatada. Este conceito é plenamente compatível com o texto da Declaração de Nova Iorque. O conceito do WWF prevê que florestas pristinas ou em bom estado de conservação (que tenham capacidade de se manter no tempo sem a intervenção humana) não devem ser desmatadas para dar lugar a atividades do agronegócio, nesses casos, o desmatamento deve ser zero. Tal conceito é compartilhado por importantes organizações internacionais, não somente da sociedade civil, mas também do setor privado. Por exemplo, o Consumer Goods Forum tem compromisso firmado adotando esse conceito para todas as suas cadeias de suprimento, incluindo soja, papel, carne e óleo de palma até 2020. O desmatamento líquido prevê um nível muitíssimo baixo de conversão de ecossistemas, próximo a zero, ao que chamamos desmatamento residual, e voltado, exclusivamente, à manutenção dos meios de vida e a subsistência de comunidades locais. Nesses casos, para que o desmatamento inevitável seja neutralizado, uma área de mesma extensão e com fatores socioambientais equivalentes deverá passar por restauração ecológica. Quanto à degradação líquida zero, a previsão é de que não haja um declínio líquido na qualidade das florestas através de processos antrópicos de intervenção e degradação. Naturalmente, numa economia sem desmatamento deve haver um conjunto de políticas públicas e empresariais de uso sustentável dos ecossistemas, gerando e agregando valor aos inúmeros produtos que podem deles advir, a exemplo de: fármacos, cosméticos, alimentos, madeira etc. Deve considerar, ainda, o enorme mercado potencial de pagamento por serviços ambientais. O Brasil dispõe de um incrível patrimônio natural que será chave em tempos de mudanças climáticas, e que pode e deve gerar riquezas monetárias a partir de sua conservação e uso sustentável. Além disso, recentes estudos garantem que o Brasil teria condições de atingir todas as metas produtivas do agronegócio, pelo menos até 2040, sem a necessidade de desmatar um só hectare a mais. Bastaria a intensificação produtiva e o uso de melhores práticas já disponíveis. ______________________________________________________________________________________ 1. Com isso, entre 4,5 bilhões e 8,8 bilhões de toneladas de CO2 deixariam de ser liberadas para a atmosfera — o equivalente à remoção de um bilhão de carros das ruas até 2030, ou seja: a totalidade da frota atual no mundo. Isso contribuiria significativamente na manutenção do aquecimento global abaixo do limite fatídico de 2º Celsius. Hoje, avalia-se que o desmatamento emite 10 e 20% do total das emissões de carbono na atmosfera. * Publicado originalmente no site Brasil(http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?41462). WWF Fonte: WWF Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/brasil-precisa-liderar-iniciativas-globaiscontra-o-desmatamento/)