Estudo clínico aberto, randomizado, comparativo de
Transcrição
Estudo clínico aberto, randomizado, comparativo de
Revista: REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA Edição: Out 01 V 58 N 10 Estudo clínico aberto, randomizado, comparativo de spray nasal de acetonido de triancinolona versus dipropionato de beclometasona em adultos com rinite perene Randomized open-label comparative study between triamcinolone acetonide nasal spray versus Luc Louis Maurice Weckx Professor associado livre-docente. Chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM). Reginaldo Raimundo Fujita Professor visitante da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM). Shirley Shizue Nagata Pignatari Professora visitante da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM). Fábio F. Morato Castro Doutor em alergia e imunologia, assistente do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Marcos Mocellin Professor titular. Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Paraná. Ney Penteado de Castro Professor adjunto da Clínica de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Vilma Anselmo Lima Professora assistente do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto. Flávia Dietrich-Neto Gerente Médica de Pesquisas da Aventis Pharma. * Acetonido de triancinolona - Nasacort - Aventis Pharma. © Copyright Moreira Jr. Editora. Todos os direitos reservados. Unitermos: triamcinolona, dipropionato de beclometasona, rinite perene. Unterms: triamcinolone, beclometasone, dipropionate, perenial rhinitis. Numeração de páginas na revista impressa: 774 à 780 Introdução A rinite alérgica vem tornando-se progressivamente mais prevalente, estimando-se que acomete 15% a 20% da população brasileira, com pico maior em adolescentes e adultos jovens. A rinite alérgica é uma reação de hipersensibilidade mediada por anticorpos da classe IgE a alérgenos específicos (ácaros da poeira domiciliar, fungos, epitélio de animais de pêlo, barata, pólen), que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. Os irritantes inespecíficos como tabaco, poluição ambiental e gases químicos, irritando a mucosa respiratória por estímulo das terminações nervosas, podem também influenciar no desencadeamento e evolução da rinite alérgica(2,8,16). O tratamento da rinite alérgica consiste na orientação para controle e higiene ambiental no domicílio, em medicamentos para prevenir e tratar as crises, imunoterapia com alérgenos e cirurgia nasal em casos rebeldes de rinite hipertrófica. Tem havido um grande esforço de parte da comunidade médica e farmacêutica para desenvolver medicações para controlar os sintomas decorrentes da rinite alérgica. Dentre estas, destacam-se os corticóides tópicos intranasais, introduzidos nos anos 70, eficazes no controle sintomático de rinites alérgicas e não alérgicas e, em especial, da obstrução nasal quando comparados a outras drogas(3,14,17,20). No Brasil existem formulações de corticóides intranasais de beclometasona, budesonida, fluticasona, mometasona e triancinolona, administrados sob forma de aerossóis pressurizados com gás freon ou de atomizadores (spray) com bombas mecânicas em solução aquosa; para terapia ter sucesso, deve-se atentar para a aplicação na posição correta: o jato deve ser dirigido para os cornetos nasais (um jato inferior e outro superior), e não medialmente para o septo nasal(1,4). O primeiro corticoesteróide tópico aquoso lançado no Brasil foi o dipropionato de beclometasona, cada jato liberando 50 microgramas, sendo a dose diária de duas aplicações em cada narina, duas vezes ao dia (400 mcg/dia). O acetonido de triancinolona é um derivado mais potente da triancinolona, sendo que seu efeito já é notado 12 horas depois de iniciado. A dosagem recomendada é de duas aplicações em cada narina, uma vez ao dia, fornecendo 220 microgramas (cada jato 55 microgramas); recomenda-se iniciar com a dose máxima e reduzir gradualmente até atingir 100 microgramas ao dia e obter resultados com a menor dosagem possível. O FDA aprova seu uso a partir dos seis anos de idade, na dose de 55 mcg em cada narina. No Brasil, o uso é aprovado, nesta mesma posologia, a partir dos quatro anos de idade(1,23,25). O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia e a segurança do acetonido de triancinolona spray nasal aquoso uma vez ao dia versus dipropionato de beclometasona spray nasal aquoso duas vezes ao dia, ambos com duração de um mês, em pacientes adultos com rinite perene. Casuística e métodos Pacientes com idade igual ou maior de 12 anos, com diagnóstico clínico de rinite perene há pelo menos um ano, com soma do escore de sintomas nasais (rinorréia, prurido, obstrução, espirros) igual ou maior que cinco pontos, foram selecionados em seis centros ambulatoriais brasileiros após assinatura pelo paciente, ou pelo responsável, do consentimento informado por escrito. Pacientes gestantes ou com uso atual ou recente de outras medicações foram excluídos. Os pacientes foram randomizados em um dos dois grupos de estudo, a saber: - Grupo triancinolona: pacientes foram orientados a administrar 2 puffs de acetonido de triancinolona spray nasal aquoso, em cada narina, uma vez ao dia pela manhã, totalizando 220 mcg/dia, por 30 dias; - Grupo beclometasona: pacientes receberam dipropionato de beclometasona spray nasal aquoso para administrar 2 puffs pela manhã e 2 puffs à noite em cada narina, totalizando 400 mcg/dia, por 30 dias. Os critérios de avaliação da eficácia foram clínicos, com o investigador comparando os resultados no 15º dia de tratamento (15 ± 2) e no 30º dia de tratamento (29 ± 2) em relação à avaliação basal pré-tratamento, no que se refere tanto à soma dos escores dos quatro sintomas nasais ou índice nasal (rinorréia, obstrução nasal, espirros e prurido), como à mudança de escore de cada sintoma isoladamente. Do mesmo modo, foram analisados o índice nasal e cada sintoma isoladamente pela avaliação do próprio paciente, realizada através de cartão diário. Como critério de eficácia secundário, foi considerado a avaliação global realizada pelo investigador e pelo paciente na visita do 30o dia. A avaliação de segurança foi realizada pelo relato de eventos adversos e avaliação dos sinais vitais. A metodologia estatística empregada para a comparação da soma dos escores dos quatro sintomas nasais foi a análise de variância, enquanto o total de ocorrência de eventos adversos foi comparada entre os grupos pelo teste de Quiquadrado. Significância estatística foi considerada para níveis de p £ 0,05. Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3 Resultados Os 76 pacientes no grupo triancinolona e 65 no grupo beclometasona completaram o estudo e foram considerados aptos para análise dos resultados. A maioria dos pacientes pertence à raça branca (87%), 61% é do sexo feminino e a idade varia de 12 a 73 anos, com média geral de 26,2 ± 11,2. Os sintomas da rinite, avaliados no basal, não mostraram diferenças significativas entre os grupos; no grupo triancinolona 82% dos pacientes queixaram de obstrução nasal, 71% de espirros, 71% de prurido e 62% de coriza, enquanto no grupo beclometasona 76% de obstrução nasal, 70% de espirros, 67% de prurido e 65% de coriza. Os resultados referentes à avaliação do investigador pelo escore total e isolado dos sintomas nasais, no basal, dia 15 e dia 30, encontram-se na Tabela 1. A análise estatística mostra uma melhora significativa de todos os sintomas em relação ao basal, mas não houve diferenças significativas entre os grupos. Quanto aos resultados obtidos com a avaliação realizada pelo paciente com o cartão diário dos sintomas nasais, estes se encontram nos Gráficos 1 a 5. Utilizando-se a média dos escores obtidos em cada semana do estudo, a análise não mostrou diferença estatisticamente significante entre os grupos, havendo, porém, uma melhora significante dos sintomas já a partir da primeira semana de tratamento. Para avaliação global da eficácia no 30o dia de tratamento pelo paciente e pelo investigador, considerou-se como sucesso terapêutico os casos de muita melhora ou melhora moderada. Pela avaliação dos pacientes em 89% dos casos houve sucesso nos dois grupos estudados e pela avaliação do investigador 88% no grupo triancinolona e 83% no grupo beclometasona, não ocorrendo diferença estatística significante entre os grupos (p = 0,434) (Gráficos 6 e 7). Para os resultados relativos aos eventos adversos foram considerados todos os pacientes incluídos inicialmente no estudo (84 do grupo triancinolona e 78 no do beclometasona), observando-se que 15% dos pacientes do grupo triancinolona tiveram pelo menos uma ocorrência de evento adverso possivelmente relacionado à droga e 12% do grupo beclometasona (Gráfico 8); não houve diferença estatística significante entre os grupos (p= 0,465). Três pacientes encerraram o estudo prematuramente por ocorrência de evento adverso. Um no grupo triancinolona que teve ardor local de intensidade severa, iniciando-se logo no primeiro dia de aplicação da droga e com duração de seis dias, quando foi interrompido o tratamento. Dois no grupo beclometasona, sendo um por cefaléia moderada e sangramento nasal leve no 10o dia de tratamento com duração de dois dias, e outro por crise asmática severa, provavelmente não relacionada com a droga, no 9o dia de tratamento. Gráfico 4 Gráfico 5 Gráfico 6 Discussão A reação alérgica da mucosa nasal envolve uma resposta imediata decorrente da degranulação de mastócitos com liberação de mediadores inflamatórios e uma resposta tardia, que ocorre dentro de 4 a 12 horas após a exposição ao alérgeno, caracterizada pela migração de células inflamatórias, particularmente eosinófilos, para o sítio da reação alérgica com liberação de fatores citotóxicos e conseqüente dano tissular. De tal modo, a rinite alérgica está associada com intenso infiltrado inflamatório do epitélio e submucosa nasal, constituído de linfócitos T, neutrófilos, mastócitos, basófilos, macrófagos e em especial de eosinófilos. A intensidade e a persistência da resposta inflamatória explicam porque tratamento prolongado com corticóide tópico é freqüentemente necessário para controlar os sintomas(8,10,11,16). Os corticóides agem através do controle da síntese de diversas proteínas, estimulando a síntese de proteínas que inibem o processo inflamatório ou inibindo a síntese de proteínas inflamatórias como as citoquinas, diminuindo o influxo de eosinófilos e de outras células inflamatórias para as vias aéreas, restaurando a arquitetura normal da mucosa nasal. Os corticóides tópicos afetam a resposta aos antígenos tanto na fase inicial como na fase tardia(1,14,17). De modo geral, a literatura mostra que os corticóides tópicos nasais são eficazes na redução da obstrução nasal, prurido, espirros e rinorréia, inclusive com provável maior eficácia em relação ao cromoglicato e aos anti-histamínicos(5,6,12,22,23). A eficácia dos vários sprays de corticóides potentes, desenvolvidos nos últimos 20 anos, tem se mostrado aproximadamente a mesma. Quando comparada com outros corticosteroídes administrados topicamente no nariz, a triancinolona 220 mcg uma vez ao dia produziu diminuições similares dos sintomas da rinite alérgica com aquelas verificadas com formulações de beclometasona duas vezes ao dia por mais de 12 semanas, de fluticasona 200 mcg uma vez ao dia por três semanas ou de flunisolide 100 mcg duas vezes ao dia por quatro semanas(15,19,21,24,26). Gráfico 7 Gráfico 8 Isto está de acordo com nossos resultados, que demonstram seja na avaliação do investigador (1o dia, 15o e 30o dia), seja na do paciente (1a semana, 2a semana, 3a semana e 4a semana), uma redução significativa dos sintomas nasais (rinorréia, obstrução, espirros e prurido), tanto nos pacientes que administraram triancinolona uma vez ao dia quanto naqueles com beclometasona duas vezes ao dia. A comparação entre os dois grupos não mostrou diferença estatisticamente significante entre os dois tratamentos, inclusive quando da avaliação global do investigador e do paciente no 30o dia de tratamento. A irritação local é o evento adverso mais freqüentemente observado com corticóide tópico nasal, com cerca de 10% dos pacientes queixando-se de ardor nasal ou espirros após sua administração, epistaxe em cerca de 2% e existem relatos de casos raros de perfuração septal(1,13). Nos pacientes deste estudo houve o relato de epistaxe em três pacientes de cada grupo, sendo a queixa de ardor local bem menos freqüente, provavelmente por terem sido utilizados formulações aquosas. Por outro lado, seis pacientes do grupo triancinolona e sete do grupo beclometasona referiram cefaléia, embora este evento não seja significativamente diferente em vários estudos com placebo. Em relação aos efeitos sistêmicos indesejáveis mais comuns que podem estar associados ao uso de corticóides tópicos, citam-se o risco de supressão do eixo hipotálamo - hipofisário - adrenal, a diminuição de densidade óssea e interferências sobre o crescimento da criança. Estes riscos estariam relacionados principalmente com uma fração de medicamento caindo para a faringe, sendo deglutido e absorvido pelo trato gastrointestinal e não inativado pela primeira passagem no fígado ou com a absorção do fármaco da mucosa nasal para a circulação sistêmica. Estudos com o acetonido de triancinolona têm mostrado ser a droga segura em relação a efeitos relacionados ao eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal; medidas dos níveis plasmáticos de cortisol ou de cortisol livre na urina, por estimulação com hormônio adrenocortocotrófico, em pacientes que receberam 220 ou 440 mcg de acetonido de triancinolona nasal por seis semanas, não se alteraram em relação ao placebo, enquanto que a prednisona oral reduziu significantemente os níveis plasmáticos de cortisol quando comparados ao placebo. A mesma ausência de efeitos adrenocorticais foi confirmada com a administração nasal de triancinolona em 79 crianças com rinite alérgica, que receberam 220 ou 440 mcg/dia uma vez ao dia, por seis semanas: efeitos similares nos níveis de cortisol plasmático em relação ao placebo(7,9,18). De maneira geral, embora os efeitos sistêmicos dos corticóides tópicos nasais possam ocorrer e muitos quando do uso na asma, questiona-se qual o real significado clínico para o paciente, quer a curto ou a longo prazo. No entanto, recomenda-se seguir um esquema terapêutico de acordo com as dosagens estabelecidas, orientando o paciente quanto ao método correto de aplicação do fármaco e estabelecendo-se logo que o paciente melhore, introduzir a menor dose de corticóide inalado efetiva para controle dos sintomas nasais, principalmente quando também utilizar o mesmo tipo de medicação para tratamento da asma brônquica. Concluindo, este estudo multicêntrico brasileiro demonstrou eficácia e segurança similares da triancinolona e da beclometasona no tratamento, por 30 dias, de pacientes adultos com rinite perene, com a vantagem da triancinolona ser aplicada apenas uma vez ao dia. Agradecimentos especiais Aos Residentes e pós-graduandos pela importante colaboração na coleta de dados. - Clóvis Eduardo Galvão - Pós-graduando em doutorado do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). - Mário Adriano dos Santos - Pós-graduando em doutorado do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). - Alessandra Ritcher - Residente de 3º ano do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. - Cynthia Nicolau - Residente de 3º ano do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. - Selma Nakakubo - Clínica de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. - Daniel Destaillaeur - Clínica de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. - Osvaldo Bellido Rios - Clínica de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Bibliografia 1- Arrieta, J.S.E.; Weckx, L.L.M. - Corticosteróides tópicos intranasais e possíveis eventos adversos: revisão de literatura - Rev. Bras. Otorrinolaringologia 1998; 64(3): 203-10. 2- Baiocchi Jr, G.; Cruz F, A.A.; Reis, E.A.P.R.; Mello Jr, J.F. - Definição, classificação e epidemiologia das rinites - Rev. Bras. Alergia e Imunopatol 1995; 18(5): 168-70. 3- Bernd, L.A.G.; Reis, E.A.P.R; Cruz F, A.A.; Mello Jr, J.F.; Baiocchi Jr, G. - Rinite alérgica: tratamento medicamentoso - Rev. Bras. Alergia e Imunopatol 1995; 18(5): 186-9. 4- Consenso Brasileiro Sobre Rinites - Folha Médica, suplemento nov; 1999. 5- Cross, G.; Boggs, P.; Ginchansky, E.; Howland, W.; Zev, M.; Weakley, S.; Alderfer, V.; Simpson, B.; Feiss, G.; Furst, J.A.; Smith, J.A. - A PlaceboControlled, Double-Blind Comparison of Topical versus Systemic Triamcinolone Acetonide Aqueous Nasal Spray in Seasonal Allergic Rhinitis - American Journal of Rhinology 1996; 10(6): 409-14, nov, dez. 6- Day, S; Buckeridge, D; Clark, R; Briscoe, M; Philips, R. - A Randonized, double-blind, placebo controlled, controlled antigen delivery study of the onset of action of aerolized triamcinolone acetonide nasal spray in subjects with ragweed - indiced allergy rhinitis - J. Allergy Clin. Immunol 1996; 97: 1051-7. 7- Feiss, G; Morris, R; Rom, D. et al - A comparative study of the effects of intranasal triamcinolone acetonide aeresol and predmisone on adrenocortical function - J. Allergy Clin. Immunol 1992; 89: 1151-6. 8- Galvão, C.E.S.; Castro, F.M. - Rinite Alérgica - Rev. Bras. Med. 1999; 56, Ed. Especial, 23-30. 9- Howland, W; Dockhorn, R; Gillman, S. et al - A comparison of effects of triamcinolone acetonide aqueous nasal spray, oral prednisone, and placebo on adrenocortical function in male patients with allergic rhinitis - J. Allergy Clin. Immunol 1996; 98: 32-8. 10- International Rhinitis Management Working Group. Mechanisms of rhinitis. International Consensus Report. European Journal of Allergy and Clinical Immunology 1994; 49(19), supplement: 7-9. 11- International Rhinitis Management Working Group. Treatment of allergic rhinitis. International Consensus Report. European Journal of Allergy and Clinical Immunology 1994; 49(19), supplement: 19-23. 12- Kobayshi, R; Beaucher, W; Koepke, J. et al - Triamcinolone acetonide aqueous nasal spray for the treatment of patients with perennial allergic rhinites: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled study Clin Ther 1995; 17: 503-13. 13- Koepke, J; Beaucher, W; Kobayshi, R - Long-term safety and efficacy of triamconolone acetonide aqueous nasal spray for the treatment of perennial allergic rhinitis - Allergy and Astma Proccedings 1997; 18: 33-7. 14- Krause, H.F. - Pharmacotherapy of perenial and seasonal allergic rhinitis - Clin Immunother 1995; 3(4); 308-24. 15- LaForce, C; Hampel, F; Kiechel, F. et al - Comparison of once-daily triamcinolone acetonide aqueous nasal spray and twice-daily Beconase for the treatment of seasonal allergic rhinitis dwo to ragweed - J. Allergy Clin. Immunol 1996; 97; 433. 16- Mello Jr, J.F.; Mori, J.C.; Miniti, A. - Alergia de vias aéreas superiores Rev. Bras. Med 1994/95; 51 Ed. Especial. 17- Nathan, R.A. - Changing Strategies in the Treatment of Allergic Rhinitis - The Otolaryngology Journal Club Journal 1997; 4(4): 186-8. 18- Nayak, A.; Ellis, M.; Gross, G. et al - The effects of triamcinolone acetonide aqueous nasal spray on adrenacortical function in children with allergic rhinitis - J. Allergy Clin. Immunol 1998; 101: 157-62. 19- Nsouli, S; Nsouli, T; Bellanti, J - Treatment of allergic rhinitis beclomethasone dipropionate versus triamcinolone acetonide - Ann. Allergy 1994; 72: 83. 20- Reis, E.A.P.R.; Cruz F, A.A.; Mello Jr, J.F; Baiocchi Jr, G; - Rinite alérgica: educação do paciente e controle ambiental - Rev. Bras. Alergia e Imunopatol 1995; 18(5): 184-6. 21- Small, P; Houle, P; Day, S. et al - Triamcinolone acetomide nasal spray vs fluticasone propionate aqueous nasal spray in patients with seasonal allergic rhinitis - J. Allergy Clin. Immunol 1997;100: 592-5. 22- Spectors, S.; Bronsky, E; Chervinsky, P. et al - Multicenter, doubleblind, placebo-controlled trial of triamcinolone acetonide nasal aerosol in the treatment of perennial allergic rhinitis - Ann Allergy 1990; 64: 300-5. 23- Storms, W; Bronsky, E; Findlay, S. et al - Once daily triamcinolone acetonide nasal spray is effective for the treatment of perennial allergic rhinitis - Ann Allergy 1991; 66: 329-44. 24- VanBavel, S; Blumenfeld, R.; Huang, S. et al - Intranasal triamcinolone acetonide aerosol vs flunisolide spray in perennial allergic rhinitis - Ann Allergy 1992; 68: 107. 25- Welch, M; Bronsky, E; Grossman, J; Shapiro, G; Tinkelman, D; Garcia, S; Gillen, M. - Clinical evaluation of triamcinolone acetonide nasal aerosol in children with perennial allergic rhinitis - Ann Allergy 1991; 67: 493-8. 26- Winder, S; Bell, T; Brodsky, L. et al - A comparative study of intranasal triamcinolone acetonide aerosol and intranasal beclomethasone dipropionate aqueosus spray in perennial allergic rhinitis - immunology and Allergy Practice 1993;15: 8-14.