Local Conference Call MMX Mineração e Metálicos S.A – Nac
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Local Conference Call MMX Mineração e Metálicos S.A – Nac
Local Conference Call MMX Mineração e Metálicos S.A – Nac. Resultados do Terceiro Trimestre de 2008 17 de novembro de 2008 Operadora: Bom Tarde e bem-vindos à audioconferência da MMX Mineração e Metálicos S.A Neste momento todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando as instruções para os senhores participarem serão fornecidas. Caso necessitem de alguma assistência durante a audioconferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando asterisco zero (*0). Cabe lembrar que esta áudioconferência está sendo gravada. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Nelson Guitti. Por favor, Sr. Nelson Guitti, podem prosseguir. Sr. Nelson Guitti: Boa tarde a todos. Obrigado por estarem participando dessa áudioconferência da MMX sobre os seus resultados do terceiro trimestre. Com a operação de cisão ocorrida em 19 de junho, a companhia decidiu apresentar os seus resultados do terceiro trimestre comparando-os com os resultados do primeiro e segundo trimestres, sem considerar as companhias cindidas, visando permitir uma melhor análise da performance da companhia, e assegurar melhor entendimento do negócio. Essa, inclusive, foi uma promessa que fizemos no call do segundo trimestre. Cabe destacar que os números referentes ao primeiro e segundo trimestres de 2008, sem considerar as empresas cindidas, foram base para a emissão dos relatórios em US GAAP, revisados pela KPMG, e disponibilizados no site da MMX. Em destaque, no nosso resultado do trimestre, temos aqui as receitas brutas de minério de ferro, aumentaram 54% sobre o segundo quarto do ano. O preço médio de venda da companhia no minério de ferro aumentou também 18% em relação ao segundo quarto, atingindo um número na casa de US$ 60 por tonelada... médio, um preço médio, US$ 60 por tonelada. As receitas brutas também de ferro-gusa demonstraram claramente que o nosso problema de carvão na região já estão resolvidos, e atingiram uma média de US$ 500 por tonelada. Inclusive no terceiro trimestre desse ano atingimos um recorde de produção de ferro-gusa, com 70 mil toneladas. Um outro ponto importante também foi o lucro bruto da companhia. O segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre nós tivemos um aumento de 50% nesse lucro bruto. E do terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, um aumento de 95% do lucro bruto. Um ponto também que a gente gostaria de destacar, é bastante analisado pelos senhores e senhoras, é o Ebitda. Mesmo negativo, esse Ebitda mostrou uma melhoria acentuada ao longo dos trimestres. E nós gostaríamos de destacar, especificamente, sobre esse resultado do Ebitda, que ele sofreu, durante esses nove primeiros meses do ano, teve uma ajuda negativa, vamos colocar assim, de um esforço de vendas que a empresa precisou fazer junto a seus clientes da mineração Corumbá. Especificamente devido ao alto valor de frete do mercado internacional, nós vendemos, tivemos muitas vendas na modalidade de CFR – custo e frete – o que nos deu aproximadamente uns R$ 30 milhões de despesas de transporte internacional para que nós pudéssemos acessar esses clientes, e desenvolver esses clientes. Além disso, um desses clientes, até para efeito de desenvolvimento, teve até final de setembro, 30 de setembro, os preços de 2007 mantidos para que a gente pudesse desenvolver e fazer com que o nosso produto tivesse uma aceitação adequada em substituição a outros produtos naqueles clientes. Isso dá um total de 41 milhões ao longo dos nove meses, e se nós aplicássemos isso diretamente no resultado, o nosso Ebitda geral seria em torno de 19 milhões só negativos. E, obviamente, a gente no terceiro trimestre não teria um Ebitda negativo, o nosso Ebitda consolidado já seria positivo em alguma nota. E esse movimento de desenvolvimento de clientes não será mais registrado no dia-a-dia comercial da companhia. Gostaria também de colocar, de debater com vocês, especificamente a questão da posição de caixa e dívida. Em relação aos dados do terceiro trimestre, o nosso caixa, em 30 de setembro, conforme a página 11 do nosso release, era em torno de R$ 240 milhões, hoje esse caixa já está na casa de R$ 380 milhões. Em relação às aquisições, a diferença entre os valores do trimestre anterior e esse trimestre se devem basicamente à aquisição do Bom Sucesso, e os pagamentos que nós fizemos de parcelas das aquisições de AVG e Minerminas. Enquanto o Bom Sucesso entrou somando, a AVG e Minerminas entraram subtraindo nesse total das aquisições. E, obviamente, essas aquisições são a maior parte delas denominadas em dólares, e tem o aumento de 20% na faixa de câmbio. No caso das dívidas, essa variação, obviamente as dívidas... especificamente toda a nossa dívida é denominada em dólares, os 20% de variação cambial impactaram bastante. Além do que nós fizemos também uma nova dívida para o pagamento da primeira parcela de Bom Sucesso em julho último, que foi em torno de US$ 60 milhões. Um ponto importante a destacar nesse quadro de dívidas é a variação que nós estamos tendo em relação ao “aging”, a idade dessas dívidas. Em apenas três meses nós conseguimos mudar o prazo médio de dívida de curto prazo de 76% para 56%, demonstrando uma confiança do mercado bancário no futuro da MMX. E outras atividades, outras negociações que temos feito ao longo do dia-a-dia da companhia para aumentar ainda mais esse prazo, colocar o mínimo no período de um ano, e colocando a maior parte da nossa dívida no período de dois a três anos, isso, obviamente, antes de pensarmos em qualquer investimento específico nos projetos futuros. Isso na nossa dívida do dia-a-dia dos sistemas Corumbá e Sudeste. Esses são os pontos que gostaríamos de destacar, e estamos abertos a outras perguntas que vocês tenham, ou tenham interesse para resposta. Comigo aqui para responder as perguntas dos senhores, nós temos o Joaquim Martino, que é o Diretor Geral da MMX, e Vitor Feitosa que é o Diretor de Operações da MMX. Obrigado. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco um (*1). Para retirar a pergunta da lista, digitem asterisco dois (*2). Nossa primeira pergunta vem da Sra. Juliana Chú do BES Securities. Sra. Juliana Chu: Boa tarde a todos. Eu tenho uma pergunta... na verdade eu queria entender um pouco melhor como funcionou a característica de vendas de custos de frete. Eu entendo que a parte de minério de ferro vocês já pararam, não vão fazer mais, mas eu queria saber quanto do volume do terceiro trimestre foi vendido nessas condições? E também em relação a ferro-gusa, eu entendo que vocês venderam também... estão vendendo ainda nessa condição, eu queria saber se isso continua quando for retomada a parte de ferro-gusa de Corumbá daqui para frente, por quanto tempo isso seria feito ainda? Obrigada. Sr. Nelson Guitti: Ok Juliana, obrigado. Em relação a todas as vendas de minério de ferro da Corumbá Mineração, obviamente com exceção da planta de ferro-gusa, foram feitas nessa condição do CFR. As vendas de ferro-gusa elas são diferentes, todo o transporte a partir de Rosário é uma responsabilidade do nosso cliente, a Cargill. Nós entregamos em Rosário, FOB Rosário e ela, então, leva para seus clientes ao longo do mundo. Especificamente essas operações da Corumbá Mineração, a nossa intenção é realmente zerar essa modelagem e fazer cumprir o contrato, que são os contratos FOB – Rosário. E é padrão, o padrão de contratos de minério de ferro são contratos FOB, é um mercado de negociações FOB, e a nossa idéia, no caso de Corumbá específico para vendas FOB, e o Porto de Rosário na Argentina. Sra. Juliana: Ok. Então eu posso assumir que esses 30 milhões que vocês apontam no release é basicamente a venda de minério de ferro mesmo? Sr. Nelson: Deveramente, só para desenvolvimento desses mercados, especificamente na Europa, nossos clientes europeus. Sra. Juliana: Ok. Muito obrigada. Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Juan Weik da SBB. Sr. Juan Weik: Oi Joaquim, boa tarde. Não sei se vocês falaram sobre isso na primeira conferência de manhã, mas, existe uma previsão da volta das operações de ferro-gusa de Corumbá? Porque eu escutei que de manhã vocês falaram que, no caso da operação minério de ferro, teria uma volta programada para janeiro. Então eu gostaria de saber com relação à planta de ferro-gusa, quando que vocês estão pretendendo retornar a operação lá? Sr. Nelson Guitti: Ok, Juan, obrigado. Realmente de manhã nós comentamos, é em torno de dois meses que nós imaginamos a parada da mina em Corumbá. E a planta de gusa, a expectativa é três a quatro meses de parada, por várias razões que nós imaginamos que possam definir essa data. Experiência... até conversas com nossos clientes, com a Cargill, com uma experiência muito grande desse comércio no mundo, e ela imagina que em janeiro começam a voltar as negociações, nós temos algum estoque que ela está adquirindo. E ela vai poder, então, a partir desse estoque começar a voltar a atender os seus clientes, aí a gente... dependendo dessa velocidade, aí a gente toma uma decisão mais a frente do retorno. A vantagem é que nós podemos fazer isso a qualquer instante. Qualquer instante a gente pode voltar a operação tanto na mina, quanto na planta de ferro-gusa. A nossa análise é semanal, o tempo todo atento aos principais indicadores do mundo. Conversas semanais, até mais do que uma vez por semana com a Cargill, no caso do ferro-gusa, com nossos clientes na Europa, com os nossos clientes na Argentina, os clientes de mineiro, e o retorno é imediato. Não tem muito detalhe operacional para que possamos retornar. Sr. Juan: Entendi. E só para complementar, que eu não peguei também no começo, mas eu gostaria que vocês falassem novamente sobre a questão das vendas de minério de ferro para a Vale, Namisa e as perspectivas para os próximos meses, nesse caso. Sr. Nelson Guitti: Comentamos também isso de manhã. É uma boa pergunta, porque essa tem sido uma das perguntas mais recorrentes para nós aqui, e realmente surtiu muita preocupação no mercado – o anúncio da Vale diz que ela cortaria a aquisição de terceiros, umas duas semanas atrás. E a gente, obviamente, conversou com a Vale, e o que a Vale tem passado para nós é uma tranqüilidade em relação ao orçamento dela de compras para 2009, que nós não nos preocupemos com isso. Ela vai efetivamente fazer a retirada desse volume, e continua retirando esse ano, não parou nenhuma retirada. As razões são muito claras, o nosso minério tem características físico-químicas específicas, em que a Vale demanda para fazer um determinado blend, um determinado minério dela para atender determinados clientes. A gente não sabe exatamente que clientes são esses, a gente não sabe exatamente qual o minério que ela usa para blendar, mas ela deixa bastante claro para nós que ela precisa da característica desse nosso minério para atender determinados clientes. E é uma característica específica de baixo teor de manganês. Assim como os demais clientes, a Namisa, especificamente, o plano de negócio da Namisa indica... a totalidade do plano de 40 milhões indica que ela venha a comprar no mercado em torno de 8 milhões de toneladas, ela já compra da gente um determinado volume, obviamente nós não vamos atender esse volume todo, ela tem que comprar de terceiro, a gente vai estar vendendo só a parte disso. E até ela ter o investimento indicado duas semanas atrás para que ela possa produzir um pouco mais, ela precisa continuar comprando de terceiros. Então ela também já indicou para a gente que não há nenhum problema, permanece comprando, nenhum problema para 2009. Os demais clientes também têm... o nosso minério tem uma característica específica de granulometria, e vai atender bem o outro grande cliente que nós temos no mercado doméstico, que também já conversamos com ele na semana passada, e não há qualquer problema em relação a esse ano, nem ao ano que vem. Especificamente ele até conversa conosco sobre um aumento no volume de retirada dele, para que ele possa ter um blend adequado também para o seu uso, porque esse é um cliente que compra para usar nas suas plantas, nas suas siderúrgicas. Então não temos qualquer problema de vendas domésticas, muito pelo contrário, antes do início dessa crise vínhamos conversando com vários deles pelo aumento desse volume. Obviamente a gente quer, especificamente com Vale e CSN, tem conversado com eles, a gente quer o porto também, a gente quer a capacidade de porto, porque vide esse terceiro trimestre, esse terceiro trimestre é um trimestre bem característico de uma operação que a gente imagina de 2009, em termos operacionais, de três embarques. Nós tivemos então, a nossa idéia é ter três ou quatro embarques por trimestre, esse seria um volume adequado que nós conseguiríamos suprir sem nenhum problema, e no preço médio já subiu para US$ 60 por tonelada, melhorando bastante o resultado operacional do trimestre... dobrando o lucro bruto da companhia. Então, essa é a idéia então das negociações. Eles não diminuíram a demanda por minério nosso, apenas esse momento foi um momento especial em que, digamos assim, eles pararam para olhar para os seus negócios internamente com um pouco mais de detalhe, e a gente já está retomando então as negociações para eventuais aumentos. Especificamente para exportação, ano que vem já tem contratado no porto 750 mil toneladas, estamos no BID da CSN para mais 1.2 milhão. A Vale, quando lançar o BID do porto também para o ano que vem, obviamente nós estaremos participando para conseguir capacidade para fazer mais exportação através do porto da Vale também. Porque nós hoje já temos sobre a nossa mesa três contratos de longo prazo, com três grandes players mundiais, e nós só não assinamos ainda por razões específicas de que os nossos ativos na MMX Sudeste têm sido visitados por terceiros com expectativas de aquisição, por esses terceiros nos nossos ativos. Então, esses interessados nos nossos ativos, muitos deles têm interesse, obviamente, em toda a produção, e nos pediram que não assinemos contratos de longo prazo ainda. Mas já temos hoje negociados, sobre a nossa mesa, para assinatura, 12,5 milhões de toneladas de três clientes. Contratos de dez anos, clientes de três partes diferentes do mundo com interesse. E um contrato muito interessante, porque todos sabem que nós não temos porto garantido, o porto, os contratos são sempre anuais, então até entrar o Porto Sudeste, esses três clientes aceitam qualquer volume que a gente possa colocar para eles nesse período, vai depender, obviamente, da capacidade de porto que conseguirmos. E depois, com a entrada do Porto Sudeste, aí entra um contrato mais garantido entre as partes. Então estamos trabalhando firme nesses 12,5 milhões, aproximadamente 37% da capacidade futura do Sudeste, então estamos indo bem nesse aspecto comercial e operacional do nosso projeto de transformar a MMX em uma empresa de 40 milhões de toneladas/ano. Sr. Juan: Maravilha, Joaquim. Obrigado. Operadora: Lembrando que para fazer perguntas, basta digitar asterisco um. Nossa próxima pergunta vem do Sr. Luis Alberto Binz da Fortis Investments. Sr. Luis Alberto Binz: Boa tarde Nelson. Só duas dúvidas rápidas. Como é que estão as conversas com a MRS com relação aos acordos, enfim, para o transporte de minério de vocês? E a minha segunda pergunta é em relação à planta de metálicos, vocês falaram bastante no interesse de tradings no projeto sudeste, em relação a essa operação especificamente, apesar de o momento ser... momentaneamente ela está operando em um nível baixo, ou nem operando, mas se estrategicamente ela faz sentido para algum player? E se existe também conversas nesses ativos? Sr. Nelson Guitti : Obrigado Luis pela sua pergunta. A MRS, como eu tive a oportunidade também de falar no call anterior, a negociação segue normalmente. Nós temos um contrato na MRS e já notificamos formalmente à MRS do aumento de nossa capacidade para 15 milhões de toneladas, como diz o contrato, a partir de 2012. O acréscimo para 32 milhões de toneladas, que é uma coisa que precisamos para todo o projeto, continua em negociação. Essa negociação já está em um nível de troca de drafts de contrato. Essa negociação já está no nível de detalhamento da operação de carga e descarga de produto no site Serra Azul. Como vocês sabem a chegada em Serra Azul, tem um terminal já existente, nós vamos chegar com as esteiras, e ali vai ter um processo de estocagem e carregamento, então hoje está em detalhamento com a MRS, como vai ser essa operação. Especificamente o Bom Sucesso, o pipeline também chegando... já está em detalhamento da operação de como vai ser essa chegada, essa disponibilidade de produto para os vagões. E também o descarregamento lá no Porto Sudeste, no futuro pátio onde nós vamos ter nossa estocagem lá no porto. Esse detalhamento operacional é fundamental para que a MRS possa então fazer o seu detalhamento de futuros investimentos, de tabela de tarifas, e tudo o mais. Então é muito difícil, não é possível você falar em qualquer tarifa sem o detalhamento operacional. Isso tem andado muito bem, direto entre a nossa área comercial, a nossa área de operações e a área comercial da MRS. Tivemos, inclusive, já um jantar... uma reunião de trabalho, que foi um jantar entre o nosso Presidente do Conselho e Presidente da Companhia, Eike Batista, e o Presidente da MRS, Julio Fontana, mais 15 milhões já garantidos por contrato, o contrato já nos dá essa garantia. Se, por acaso, na decisão que nós vamos ter que fazer no meio do ano sobre a seqüência ou não dos nossos projetos, sobre o timing que nós vamos tocar o nosso projeto de expansão da MMX Sudeste, ficarmos, em um primeiro momento com a Serra Azul e deixarmos Bom Sucesso em um outro momento, esse é um quadro possível, nós já temos então a garantia de MRS a partir de 2012 para transportar esse minério que vem da Serra Azul, que era a idéia original nossa antes da aquisição de Bom Sucesso. Então mesmo que decidamos por só uma etapa nesse projeto, e a segunda etapa vem um pouquinho depois, nós já temos essa garantia de transporte. Então, especificamente quanto a MRS, segue tudo absolutamente normal nessas negociações. A segunda pergunta que era em relação à planta de metálicos, sem dúvida, também lá a gente tem conversado com interessados no ativo, são empresários, investidores nesse tipo de projeto, estão conversando bastante conosco e mostrando um interesse bastante grande. E, por incrível que pareça, as empresas que estão conversando conosco estão devidamente encaixadas e não têm demonstrado qualquer preocupação com o momento específico. São investidores absolutamente acostumados com esse mercado de ferro-gusa, quer dizer, eles produzem quando você tem preço, normalmente eles têm uma possibilidade de ter um preço... um custo mais adequado para a sua produção, então, estamos andando bem. São discussões que têm andado bem também em relação à MMX Metálicos. Sr. Luis Alberto: Certo. Só mais uma pergunta em relação ao projeto do Chile, tem como dar mais algum detalhe em relação ao timing do desenvolvimento do projeto, velocidade e nível de Capex, para a gente poder só ter uma idéia do quê que isso pode vir a ser... a representar na frente, dentro do contexto da MMX? Sr. Nelson Guitti: Ok, o Vitor Feitosa, nosso Diretor de Operações, que está liderando o projeto Chile, vai responder isso para você. Ok? Sr. Luis Alberto: Tá ok, obrigado. Sr. Vitor Feitosa: Tudo bem Luis? Sr. Luis Alberto: Tudo. Sr. Vitor: Bom... no Chile nós estamos com duas áreas adquiridas e duas áreas em opção. E nesse momento nós já iniciamos, já estamos até quase finalizando o processo de licenciamento ambiental, a gente deve obter a licença provavelmente ainda esse mês – lá no Chile é bem mais simples que no Brasil. E estamos lá com um grupo de geólogos e técnicos para fazer o mapeamento dessas áreas todas. E estamos prevendo iniciar sondagens nas áreas de opção, porque são as áreas que a gente tem que dar respostas mais rápidas, em janeiro já de 2009, e estamos prevendo, em um primeiro momento, US$7 milhões de novos investimentos no primeiro semestre, e depois intensificar essa pesquisa, incluindo as áreas de aquisição no segundo semestre. O que a gente tem até o momento... temos informações de coletas de amostras típicas, porém não sistemáticas, pela falta da sondagem, e que mostram um material magnetítico de qualidade muito boa, principalmente para os fornos chineses. E já temos aí... já estamos sendo procurados por empresas japonesas e chinesas interessadas em parcerias, até mesmo em aquisições dessas áreas do Chile. Nós, evidentemente, estamos associando isso a uma logística do Grupo EBX, um porto... uma térmica, e esse projeto, como um todo, está indo muito bem, e a dimensão dele é uma dimensão bastante adequada. Nós continuamos avaliando outras áreas potenciais, visando também aquisição, seja por aquisição direta, ou por opções. E nesse momento nós idealizamos um projeto de 5 milhões de toneladas por ano, podendo migrar para um projeto de 10 milhões de toneladas por ano, caso alguma dessas áreas que nós estamos em avaliação se consolide essa aquisição. Sr. Luis Alberto: Certo. E em relação ao timing, em quanto tempo a gente pode ter, primeiro, uma definição do tamanho do projeto? E, segundo, quando ele entraria em operação? Ou ainda é muito prematuro? Sr. Vitor: A definição do tamanho do projeto, ela vai estar muito condicionada às aquisições que a gente ainda tem potencial de fazer. Na atual situação, nós estamos com um projeto dimensionado para 5 milhões de toneladas por ano, e com um timing de dois anos para completar a pesquisa, e entre dois anos... dois anos e meio ter toda a engenharia também pronta para poder iniciar essa operação. Então nós estamos falando aí de meados a final de 2011 para estar com o projeto de 5 milhões de toneladas rodando e, como eu disse, podendo nesse meio tempo incrementar, porque principalmente depois do anúncio que nós fizemos, nós estamos sendo realmente muito procurados também por outros proprietários de direitos minerários no Chile, interessados em, ou vender, ou fazer algum tipo de parceria conosco. Sr. Luis Alberto: Certo, uma última pergunta, se me permite. Nelson, depois da conclusão do Namisa, muito se discutiu na realidade do setor hoje, e no nível de valuation que estratégicos e possível players interessados em ativos estratégicos, como a Namisa, e como o de vocês, que nível de valuation estariam as discussões hoje? O Eike, inclusive na mídia comentou... deu uma sinalização de que o range que ele imagina é muito em linha com o que já foi definido até o momento. Eu sei que é prematuro ainda ter uma idéia disso, mas o momento atual, as circunstâncias do setor hoje estão de alguma forma afetando o nível de valuation que os players estão discutindo esse tipo de M&A no setor? Sr. Nelson Guitti: Sem dúvida a Namisa criou uma referência, 3 bi por 16 milhões de toneladas futuras, que dá aproximadamente aquilo que nós comentamos, em torno de uns US$ 200 por tonelada, se você aplicar isso no nosso projeto, você teria aí em torno de 6.6 bi, US$ 6.7 bilhões, em uma empresa também que já está produzindo 8.7. Então a gente não está também saindo do zero, não é totalmente greenfield. Se você analisasse só a Serra Azul, que seja 3.2 bi, é 16 milhões da Serra Azul, a gente imagina que os interessados na Sudeste virão também com múltiplos nessa ordem de grandeza, porque, especificamente esse projeto... esse interesse deles na aquisição desses ativos, fica muito facilitado pela qualidade do produto que a gente tem. Todos comentam bastante isso. Especificamente você tem... você vai ter um pellet feed bastante adequado para plantas de pelotização, e um dos maiores interessados nesse grupo tem bastante interesse nesse tipo de... além de ele ter esses ativos pelo mundo, ele quer continuar investindo nisso, e demais siderúrgicas que estão olhando, outras que estão olhando com o visão de que o minério brasileiro, especificamente esse nosso minério da Serra Azul, vai dar uma qualidade adequada a outras compras que eles fazem pelo mundo. A gente imagina que vai vir alguma coisa na mesma linha de Namisa. Ela realmente criou um patamar importante para esse momento da MMX em que bastante gente está olhando esses ativos da MMX Sudeste. Sr. Luis Alberto: Tá ok, obrigado. Operadora: Senhoras e senhores, lembrando que para fazer perguntas, basta digitar asterisco um. Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra ao Sr. Nelson Guitti para as considerações finais. Sr. Nelson Guitti: Primeiramente obrigado a todos pela participação. Obrigado a todos que fizeram as perguntas, ajudando a esclarecer esse momento da companhia. E, mais uma vez, dizer que estamos aqui absolutamente abertos a perguntas, a visitas – a visitas aos nossos sites operacionais. É muito interessante se investidores e analistas puderem nos visitar e conhecer as nossas operações mais próximas. A operação de Minas Gerais está muito próxima a Belo Horizonte, é uma viagem muito simples e que a gente pode agendar com muito prazer. E nossa área de RI, nossa Diretoria, sempre pronta a prestar os esclarecimentos que vocês demandarem por e-mails, telefonemas, visitas, estamos sempre aptos a conversar com vocês. Muito obrigado e boa tarde. Operadora: A audioconferência da MMX Mineração e Metálicos S.A. está encerrada. Agradecemos a participação de todos, tenham uma boa tarde e obrigada por usarem Chorus Call Brasil.