Revista Fecomércio - Fevereiro
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Revista Fecomércio - Fevereiro
Ano XVII nº 201 – Fevereiro de 2015 O varejo em 2015 Especialistas dão dicas de maneiras como driblar as dificuldades econômicas em um ano cheio de desafios Entrevista // Pág. 8 Celina Leão presidente da Câmara Legislativa do DF Empregador do Comércio: com a Qualicorp você pode ter acesso aos mais respeitados planos de saúde. Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp proporciona acesso ao melhor da medicina, com inúmeras vantagens para você, Empregador do Comércio. • Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2 • Confira as possibilidades de redução de carências.3 De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. 2 Esse benefício se dá de acordo com a operadora escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. 3 A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. 1 Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2014. Amil: ANS nº 326305 Golden Cross: ANS nº 403911 SulAmérica: Qualicorp Adm. de Benefícios: ANS nº 417173 Ligue e aproveite: De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br SUMÁRIO Cristiano Costa Pacto por Brasiia Fecomércio acompanhará de perto as medidas que afetam a economia e os empresários 18 Quando o espaço é pequeno Cresce o número de clientes – pessoas físicas e jurídicas – que buscam os serviços das empresas de self storage 42 Raphael Carmona Mercado de trabalho Os desafios que tanto os deficientes físicos quanto os empresários enfrentam para contratar 38 Raphael Carmona Capa O futuro do varejo em 2015, na visão de especialistas 30 seções 8ENTREVISTA 14 ECONOMIA 16GASTRONOMIX 22GENTE 41 EMPRESÁRIO DO MÊS 46 DOSES ECONÔMICAS 48 AGENDA FISCAL 52VITRINE 54 CASO DE SUCESSO 56 DIREITO NO TRABALHO 58 SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL 62 PESQUISA CONJUNTURAL 66 PESQUISA RELÂMPAGO Contato SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 (61) 3038-7500 www.fecomerciodf.com.br twitter.com/fecomerciodf Diretoria da Fecomércio-DF CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida José Geraldo Dias Pimentel Oscar Perné do Carmo Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Glauco Oliveira Santana DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Francisco Valdenir Machado Elias Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATOS ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Clayton Faria Machado DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar Editor de Fotografia: Cristiano Costa REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 Fotógrafo: Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Raíssa Lopes, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico e Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Anderson Ribeiro Revisora: Fátima Loppi Impressão: Ediouro Gráfica Tiragem: 60 mil exemplares CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046 [email protected] editorial Trajetória de crescimento O ano começou de forma pouco animadora para os empresários e consumidores brasileiros. Há uma previsão de aumento dos impostos, da gasolina e da energia, além da volta da Cide, da alta do dólar e da retomada da inflação. Para piorar, os investimentos governamentais são baixos e a expectativa de crescimento da economia é muito pequena. Diante desse cenário, o empreendedor precisar estar focado na inovação, aproveitar as oportunidades e, principalmente, ter criatividade. Pensando nisso, traçamos nesta edição da Revista Fecomércio-DF um panorama com as novidades do varejo e como os empresários podem transformar essa insegurança em um cenário mais otimista. Há no meio disso tudo um espaço para o comerciante se reinventar, aumentar a lucratividade e fidelizar seus clientes. Uma dessas formas é a utilização de novas técnicas do coaching voltadas tanto para o funcionário quanto para o empresário. Especialistas no assunto são unânimes ao dizerem que não basta uma campanha de marketing extraordinária, um controle financeiro excelente, sem as pessoas certas fazendo as coisas corretamente. Outra dica valiosa é investir em táticas de pós-venda – não apenas conquistar o cliente, mas desenvolver um relacionamento mais duradouro com ele. Nem as PMEs estão ilesas. As pequenas e médias precisarão se antever a esses ajustes para driblar o encarecimento do crédito e a inadimplência em alta. Atenção ao fluxo de caixa e possíveis cortes de custos onde se mostrarem necessários podem ajudar a fechar as contas no azul no final do mês. Nesse cenário de incertezas, uma atividade promissora é a das franquias. Considerado um setor maduro no Brasil, o franchising de fato traz uma segurança maior para o investidor, na medida em que o franqueado tem acesso a informações, recebe apoio quanto aos fornecedores, além de ter auxílio com a parte administrativa e os processos de rotina. Por isso mesmo projeções dos especialistas apontam para um crescimento entre 7,5% e 9% para 2015. Dito isso, esperamos que, assim como os empresários, o governo também tome as medidas necessárias para evitar a crise e iniciar uma nova trajetória de crescimento. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 FEVEREIRO 2015 /JANEIRO 2015 Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal 7 //entrevista Voto de confiança // Por Taís Rocha Nascida em Goiânia, mas brasiliense de coração, a deputada distrital Celina Leão (PDT) é formada em Administração de Empresas e já na juventude começou na vida política, participando do DCE de sua faculdade. Mãe de dois filhos, ela já foi secretária da Juventude no DF e chefe de gabinete na Câmara Legislativa. Agora, assume a presidência da Casa, como a 18ª deputada mais votada do DF, com 12.670 votos. Nesta entrevista à Revista Fecomércio-DF, ela lista seus desafios pela frente e garante que irá mudar a relação que o brasiliense tem com a política local. 8 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Fotos: Cristiano Costa CELINA LEÃO Deputada Distrital Quais os principais desafios à frente da Presidência da Câmara Legislativa? A Câmara tem um grande desafio que é mostrar para a população a importância desse poder. É um poder que tem sido rejeitado pela população, que muitas vezes acredita ser desnecessário. Mas sabemos que em um país democrático, a câmara é a representação popular, o equilíbrio dos poderes (Executivo e o parlamento). Trazer à população a importância desse poder, quais são as atividades que nós desenvolvemos diariamente, a importância das leis e dos grandes debates que travamos aqui. Acredito que a população tem esse sentimento porque não participa disso. Então, nosso maior desafio é levar esse poder para perto do cidadão, demonstrar o que fazemos diariamente, colocar esse poder à disposição do povo. Para isso, montaremos o projeto Câmara nas Cidades, e a primeira edição será na Rodoviária do Plano Piloto. Após isso, visitaremos várias cidades. A logística é ocupar os espaços públicos que já existem, sem gastos, fazer parceria com o governo para que ele nos ceda esses locais. Votaremos projetos e escutar a população no momento das audiências. Outro papel que queremos desempenhar melhor é o da Ouvidoria, que é importante, já existe na Câmara, mas será destacado no Câmara nas Cidades. A ideia é fazer muito mais com menos recursos. Perseguiremos sempre na nossa gestão a transparência, a economicidade e a eficiência. Já estamos revendo contratos para buscar o que e onde podem ser cortados os custos. Esse é o segundo mandato da senhora como distrital. Que diferenças a senhora percebe na política da cidade de 2010 para cá? A política continua sendo feita mecanicamente, com os mesmos ritos. Mas percebo que, com o surgimento de um terceiro grupo político, com a vitória do Rodrigo Rollemberg, há uma diminuição de antigos feudos políticos na cidade. Isso é consequência da escolha do eleitor, o grande maestro dessa sinfonia, ao escolher e aprovar, conceder, permitir, reprovar, como fez com o governo do Agnelo. Estamos tentando imprimir uma nova forma de governar, não mais baseada em trocas, mas em projetos, propostas, metas. Eu participei de um projeto político com o Rodrigo quando ele tinha 6% de intenção de votos, em cima dessa ideia – do que vamos fazer por Brasília. Não é simplesmente o deputado ter um feudo dentro do estado, é ter uma missão com metas, realizações e poder colaborar com isso. Essa é a grande mudança que pretendemos deixar como legado. Vejo que, com o seu perfil, com formação em Administração de Empresas, que aplicará a bagagem que traz aqui na Câmara. Com certeza. Se você for ao meu gabinete, já é possível perceber isso. É totalmente diferente dos demais. Fizemos a implantação do ISO-9001. O melhor lugar do meu gabinete é a recepção. É um ambiente confortável, com TV, sofá. Queremos trazer isso para a Câmara toda. Precisamos rever algumas coisas aqui. Tem cidadão, por exemplo, que é barrado porque está trajando bermuda. A mulher entra de minissaia e o rapaz não pode entrar de bermuda. Mas aqui é a Casa do povo. No meu entendimento, ele pode, sim, entrar para conversar com o seu deputado de bermuda. Só não pode entrar no plenário. Como essa Casa pode ser do povo, dessa forma? Queremos deixar um painel com as audiências públicas, que muitas vezes são muito importantes para a população, mas ela deixa de acompanhar. Talvez se interessasse se soubesse com antecedência do que será debatido. É preciso melhorar a comunicação da Casa com a população. A senhora mora em Brasília desde 2000. Qual a sua relação com a cidade? A senhora acredita conhecer os problemas da capital a fundo? Na realidade, quando eu nasci, Entendemos que é preciso ajudar o empresariado, por meio de incentivos fiscais ou pela desburocratização da política 10 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 eu morava em Brasília com a minha mãe, que decidiu dar à luz em Goiânia. Mas passei minha infância toda aqui. Sempre mantivemos casa aqui. Tenho uma relação de muito amor com a cidade. Brasília tem confiado a mim muitos desafios a que eu quero corresponder, trabalhando, dando o meu melhor, reinventando algumas coisas, para trazer esperança à população que está tão desacreditada da classe política. Gostaria de saber o que pensa sobre temas caros ao comércio como o combate à pirataria, a defesa do FCO, segurança, “puxadinhos” e mobilidade urbana e desenvolvimento econômico regional. São temas muito importantes. Quando falamos sobre desenvolvimento, dou um exemplo: se hoje, você sobrevoar Brasília, verá que há inúmeras construções em áreas irregulares. Ou seja, há uma política que privilegia o ilegal. Essa é a mensagem que quero passar: somos contrários a privilegiar o ilegal, privilegiar aquilo que não gera emprego, nem renda, nem receita. Entendemos que é preciso ajudar o empresariado, seja por meio de incentivos fiscais ou pela desburocratização da política da maneira como ela está hoje, com pedidos de alvarás que levam três anos, ou a demora na aprovação de projetos. Acho que uma grande missão do novo governo é ver o empresariado como uma oportunidade, um grande parceiro de crise. O serviço público é importante porque dá toda a assistência para a população, mas ele não gera receita. Ela tem que vir de algum setor produtivo. Ter o olhar de privilegiar quem gera emprego, quem gera receita e renda na nossa cidade, e quem pode aumentar a nossa arrecadação é um desafio para nós. Precisamos desenvolver novos polos aqui em Brasília. A senhora apostaria em algum? Acredito nas tecnologias limpas, em mercados que demandam espaços menores, mas que têm grande REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 capacidade de permear conhecimento, tecnologia. São comércios que estão aí para crescer. balharemos com foco no cidadão. Acreditamos em uma relação harmônica, mas independente. Como a senhora avalia esse primeiro mês do novo governo do DF? E como será o relacionamento da CLDF com o governador Rollemberg nos próximos quatro anos? É um mês muito difícil, pois nós não temos um problema pontual, temos um problema crônico. Quando se fala em folha de pagamento, em excesso de valor e com uma arrecadação menor do que a prevista, e uma folha maior do que é previsto, há um problema gravíssimo. O nosso gabinete já havia detectado isso em outubro, quando percebemos que em março arrecadávamos mais ou menos R$ 1 bilhão e gastávamos R$ 500 milhões para pagar as folhas de pagamento. Isso porque fazemos um complemento das folhas – a Segurança é paga 100% pelo Fundo Constitucional; e Saúde e Educação, complementamos somente com a metade. E a Administração direta também. Quando foi em outubro, já estávamos com R$ 980 milhões comprometidos com a folha. Em novembro, já ultrapassava R$ 1 bilhão. Temos uma folha com um crescimento exponencial e uma arrecadação fixa. Então, o que existe hoje é uma matemática que não fecha. O governo tem um grande desafio que é segurar a folha de pagamento do servidor público, o que não é fácil, e cortar gastos, para sobrar para pagar a folha. Hoje o dinheiro não dá para manter a máquina pública e pagar o custeio. Estamos, inclusive, levantando o valor do custo fixo do Estado com custeio, manutenção, pagamento dos servidores diretos, indiretos e terceirizados e a arrecadação. Esse é o nosso atual dever de casa. E a relação da Câmara com o governo, acredito que deve ser sempre imparcial, de autonomia. São poderes totalmente distintos, não há uma relação de submissão. Entendemos que existe uma afinidade política, mas são poderes distintos. Manteremos essa autonomia e tra- A participação das mulheres na política, tanto local quanto nacionalmente, ainda é tímida. Há um longo caminho a percorrer quanto a isso. Qual a contribuição a senhora acredita que poderá dar para mudar esse cenário? Eu vim de uma família com visão política. Minha mãe foi uma ativista na questão de gênero no estado de Goiás, quando as mulheres ainda tinham um papel secundário na política. Então, vivi isso muito dentro de casa, da minha mãe não só falar, mas de lutar por direitos políticos e humanos. Penso que só iremos melhorar esse quadro quando, primeiro, tivermos projetos de empoderamento das mulheres, de vencer preconceitos das próprias mulheres contra mulheres. Há casos de mulheres que não votam em mulheres, por uma criação machista, egoísta, dentro de um princípio de desigualdades sociais e entre os gêneros. Acredito que cabe a nós, mulheres, dentro do nosso papel, promover essa mudança. Temos condições de crescer. Na política esse processo ainda é tímido, somos apenas 10% do parlamento, o que é muito pouco. Isso só vai acabar quando as mulheres começarem a votar nas mulheres. E outra coisa que sempre falo é que a nossa responsabilidade é maior. Quando erramos, sempre falam: “ah, ela é mulher”. A cobrança é muito grande. Precisamos entender isso como uma responsabilidade, uma missão, e fazer com que as pessoas entendam que podemos, com a mesma capacidade, de forma diferente, às vezes, pelo fato de sermos mais sensíveis, sim. Mas nós podemos. Essa linha tênue entre ser mulher e ser política tem que ser vista por outras mulheres como um incentivo a todas nós, no sentido de “se ela deu conta, eu também dou, vou ser também deputada, vereadora, começar a militar em um partido político”, e isso servir como incentivo. 11 brasília 2015 Raphael Carmona Nas mãos de Rollemberg //Por Daniel Alcântara Estudo da Fecomércio-DF pretende pautar decisões do governo do GDF daqui para frente A Fecomércio-DF entregou ao governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg, no dia 15 de dezembro, na sede da Federação, um estudo com diretrizes capazes de amenizar os problemas da cidade. O trabalho foi realizado ao longo dos últimos três anos e contou com a colaboração de 22 especialistas nas áreas de desenvolvimento econômico, gestão pública, economia criativa, mobilidade urbana, saúde, educação e segurança. A íntegra do 12 trabalho está no hotsite: www.fecomerciodf.com.br/brasilia2015 Durante a entrega do relatório, Rodrigo Rollemberg disse que o estudo será importante para o norteamento das ações do governo. “Esse relatório traz à tona a necessidade de termos uma política de planejamento para a cidade. Atualmente, o cenário do DF é de um ambiente conturbado na economia e gestão, o que torna o planejamento em curto, médio e longo prazo fundamental para enfrentar e superar os enorREVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Sobre o estudo “É como se não fosse atribuição de ninguém. Porém, os habitantes desses municípios [Entorno] trabalham em Brasília e prestam serviços fundamentais para todos nós. É inaceitável que parte da nossa região continue abandonada pelo Estado” Adelmir Santana Presidente da Fecomércio mes desafios que temos pela frente nos próximos quatro anos de governo”, explicou Rollemberg. O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, ressaltou a importância do estudo. Ele salientou a necessidade da criação legal da região metropolitana do DF, que seja responsável por municípios do Entorno, com a previsão de recursos federais para investimento na área. Para ele, infelizmente, a região do Entorno se tornou “terra sem dono”. “É como se não fosse atribuição de ninguém. Porém, os habitantes desses municípios trabalham em Brasília e prestam serviços fundamentais para todos nós. É inaceitável que parte da nossa região continue abandonada pelo Estado”, disse Adelmir. “O DF convive com sérios problemas nas áreas consideradas prioritárias. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 A edição possui 166 páginas. Entre os diversos capítulos, um deles apresenta uma radiografia sobre a situação do DF e outro indica sugestões para problemas locais. O trabalho foi realizado ao longo dos últimos três anos e contou com a colaboração de 22 especialistas nas áreas de desenvolvimento econômico, gestão pública, economia criativa, mobilidade urbana, saúde, educação e segurança. A íntegra do projeto pode ser acessada no hotsite: www. fecomerciodf.com.br/brasilia2015 Esse documento, nada mais é do que a contribuição do setor empresarial para a cidade. Nossa intenção é que a capital da República possa se transformar na capital mais desenvolvida da América Latina e em um grande centro cultural, financeiro e de consumo”, completou. A ex-secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, foi uma das especialistas que colaboraram com o trabalho e falou em nome de todos os profissionais que ajudaram na produção do documento. “O maior desafio de Brasília e do Brasil é a construção de um movimento que gere desenvolvimento sustentável. Atualmente, carregamos uma carga de modelo de desenvolvimento de exploração dos recursos naturais. Estamos pagan- do o preço das nossas escolhas em termos culturais e sociais. É preciso que haja uma mudança”, afirmou Cláudia Leitão. Em sua fala, a ex-secretária de Economia Criativa também comentou sobre a crise política que assola nossa sociedade e que os partidos precisam renascer, pois perderam muito a credibilidade com a população. Também estiveram presentes na cerimônia diretores da Fecomércio, presidentes de sindicatos da base da Federação, representantes do Sesc, Senac, Instituto Fecomécio e os deputados distritais Dr. Michel (PP); Joe Valle (PDT); Liliane Roriz (PRTB); Telma Rufino (PPL); Juarezão (PRTB) e Bispo Renato (PR). 13 //economia Mexida salvadora O modelo econômico adotado até há pouco se esgotou. Para sobreviver, o governo demitiu a equipe econômica e desistiu do modelo que vinha adotando. Pensando nas gerações futuras, o que interessa é dar um passo à frente. Para sobreviverem politicamente, os governos fazem o que menos se espera. A situação econômica do Brasil tem estado realmente dramática. Sem nenhum ataque externo como vários que já enfrentamos, o peso do investimento no PIB e a economia estão há muito estagnados. E não falta injeção de demanda de consumo via gasto público, congelamento de tarifas, crédito etc. As concessões de infraestrutura avançam a passo de cágado. O setor elétrico se situa à beira de um ataque de nervos, com um modelo governamental em cheque e ameaça de novo racionamento à frente. A inflação, por sua vez, ameaça sair de controle. E a crítica situação fiscal tende a provocar a perda do certificado de “bom pagador” conferido ao País pelas agências internacionais de risco, o que levaria à revoada de capitais para longe daqui com tudo de ruim que isso implica. O convite a Joaquim Levy e ao resto da equipe econômica foi, assim, um lance de mestre. Ainda assim, incomodados com esse rumo das coisas, vários analistas têm cobrado um detalhamento dos cortes de gastos e outras medidas do plano de ajuste fiscal cuja viabilidade põem em dúvida. Menos pessimista, penso que Levy não teria aceito o convite, se a tarefa não fosse para valer. Segundo, com o tempo escasso de que dispu14 O setor elétrico se situa à beira de um ataque de nervos, com um modelo governamental em cheque nham, Levy e Barbosa começaram limpando as gavetas de medidas relevantes que já estavam prontas. Depois, trouxeram de volta um gestor comprovadamente competente para a Receita Federal, pois não há clima para medidas tipo recriação da CPMF no momento político atual. E por último fizeram a conta de chegar à nova meta fiscal com a velha prática de represar os gastos discricionários federais no que fosse necessário, algo que é perfeitamente factível no curto prazo. Falta fazer a segunda parte da mexida salvadora, pois não se vive apenas de medidas emergenciais. Se antes a disponibilidade de recursos para investir no governo era pequena, agora ficou menor ainda. Já a disponibilidade de recursos para o investimento privado, especialmente de fora, nunca foi tão grande. Assim, como se tem dito repetidas vezes, a saída é adotar as medidas necessárias para estimular a inversão privada em infraestrutura, notadamente em concessões e parcerias público-privadas (PPP), havendo inúmeras oportunidades para aproveitar. Cristiano Costa Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 TO ON PR FOTO DO LOCAL ESTILO SERVIÇO. ESTILO PRODUTO. ESTILO VOCÊ. Lojas de 31m2 a 700m2 em Open Mall, num ponto privilegiado de Águas Claras. O melhor negócio é empreender com o seu próprio estilo. INVESTIR EM ÁGUAS CLARAS É UM EXCELENTE NEGÓCIO. Águas Claras oferece excelentes condições para receber investimentos: fácil acesso, ótima infraestrutura, lazer e qualidade de vida, com população estimada em 135 mil habitantes *, formada por muitos jovens de classe média alta com renda bruta mensal de R$ 9.175 e alta demanda por comércio. O lugar certo para investir. 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É uma parceria com cooperativas e produtores locais para divulgar produtos do Cerrado. Os alimentos - artesanatos e cosméticos - vêm dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Maranhão. Outro destaque da feirinha Menu saudável O tema da 12ª edição do Restaurante Week é gastronomia saudável. São 70 restaurantes participantes. O RW ocorre até 15 de fevereiro. Os menus (entrada, prato principal e sobremesa) custarão, no almoço, R$ 41,90 + R$ 1 da doação para associação Amigos da Vida, total de R$ 42,90, e, no jantar, R$ 51,90 + R$ 1 da doação. 12ª edição da Restaurant Week em Brasília 2 a 15 de fevereiro de 2015 Confira os cardápios: www.restaurantweek.com.br 16 orgânica são os pratos prontos para levar para casa. O que mais tem saída é o galeto assado com batatas, temperados com sal e ervas aromáticas, a R$ 25 (a unidade). //Universal Diner 210 Sul, bloco C, loja 18 Telefone: (61) 3443-2089 Funcionamento: de segunda a sábado de 12h às 15h, sábado até às 16h. E das 19h às 0h, sábado até 1h. //Hambúrguer na Calçada: Toda quinta-feira, das 19h às 22h. //Feirinha orgânica: Todos os sábados, das 9h às 13h. Viagens gastronômicas Nova Iorque Estela’s - É o restaurante do momento na cidade. Isso pode fazer você querer desistir dele. Pelo hype e pelas longas filas de espera ou dificuldade na reserva. E, é claro, você pode achar que a comida não é lá grandes coisas. Vale a pena! O chef uruguaio Ignácio Mattos acerta a mão nos pratos e nas combinações inusitadas dos ingredientes. O dumpling de ricota com cogumelos crus e pecorino é de chorar, de tão bom. // 47 East Houston Street Telefone: +1 212-219-7693 www.estelanyc.com Roberta’s - Uma pizzaria incrível no Brooklyn. É um pouco distante dos pontos mais tradicionais de Williamsburg. Mas, mais uma vez, vale a pena enfrentar a distância e a fila. Espera de 1h30 (sendo otimista) para saborear uma pizza leve, rica de sabor em um ambiente para lá de inusitado. // 261 Moore Street, Brooklyn Telefone: +1 718-417-1118 www.robertaspizza.com REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix É fogo, é paixão A chef Renata Carvalho está brincando com fogo. Mas ela sabe o que faz. Depois de transformar, aos poucos, o gastropub Loca Como tu Madre em um local agradável para tomar drinks, bom pra petiscar e ouvir música, ele abre sua segunda casa: Ancho Bistrô de Fogo. O nome é uma alusão ao processo de cozinhar alimentos pelas labaredas diretas e indiretas do fogo. O menu do Ancho conta com nove cortes bovinos, dois suínos, dois de cordeiro, além de aves e cinco variedades de peixes e frutos do mar. Todos assados na brasa. No cardápio, Bife Ancho (R$ 57), Assado de Tira (R$ 48), Kobe Beef (R$ 69), Entraña (Fraldinha, a R$ 48), Costela Suína (R$ 38), Carré de Cordeiro (R$ 69) e Lagostim (R$ 42). Para acompanhamento, as sugestões da chef são batatas rústicas (R$ 12), Purê de Banana-da-terra (R$ 15), Creme de Milho Defumado (R$ 12) e Arroz Cremoso de Brócolis (R$ 12). Não apenas os cortes especiais vão para a parrilla. As empanadas argentinas também vão para a brasa. Além dessa entradinha, o Ancho também oferece Língua Bovina ao Vinagrete de Chimichurri (R$ 18), Choripán (sanduíche com linguiça da casa com chimichurri no pão francês, a R$ 18). // Ancho Bistrô de Fogo 306 Sul, bloco C, loja 28 Reservas: [email protected] 148,6 litros por ano Victrola Bar agora abre todos os dias Ponto de encontro dos amantes do vinil, o gastropub Victrola passa a funcionar de segunda a segunda. A proposta da casa é que o cliente se sinta em casa. Vá a uma das prateleiras e escolha sua música para tocar. Há mais de 3,5 mil títulos, entre rock’n’roll, jazz, blues, pop, samba, bossa nova e MPB. O Victrola também oferece o Festival Double Drink, diariamenREVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 é a média que o tcheco consome de cerveja colocando o país no topo do ranking dos que mais consomem a bebida. Em segundo lugar, a Áustria (107,8 litros) e em terceiro, a Alemanha (106,1). O Brasil ocupa a 25ª colocação com 68,3 litros por ano, segundo pesquisa feita pela Bonial – empresa que se baseia nos dados da Associação de Cervejeiros da França e do fabricante japonês de cervejas Kirin Holdings. te das 18h às 21h. Nas noites de domingos e sábados, os clientes poderão se beneficiar com o Double Drink, até o horário de fechamento da casa. // Victrola Bar 413 Norte, bloco E, Asa Norte Telefone: (61) 3032-2626 300 cervejarias artesanais é o número de empresas brasileiras que descobriram um novo filão para a alegria dos apreciadores de cervejas especiais, segundo dados da Associação Brasileira de Microcervejarias (Abracerva). Elas faturam cerca de R$ 2 bilhões por ano. 17 cenário Cristiano Costa Pacto por Brasília //Por Daniel Alcântara Fecomércio-DF acompanhará e discutirá de perto propostas do GDF para sanar caos financeiro do DF A s 21 medidas anunciadas pelo GDF no fim de janeiro para sanar a crise que assola a cidade gera discussão entre entidades representativas e a população de Brasília. O ”Pacto por Brasília” lista o aumento de tributações, além da redução de alíquotas incidentes sobre medicamentos e cesta básica. A Fecomércio-DF apoia medidas de redução de gastos, mas continua reticente em relação a sugestões de aumento da carga tributária. De acordo com o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, a instituição sempre apoia as boas iniciativas do governo, mas isso não significa um alinhamento automático com todas as medidas apresentadas. Durante o anúncio das propostas, o governador do DF, Rodrigo Rollem18 berg (PSB), disse que Brasília vive “a maior crise econômico-financeira de toda a história da cidade”. Segundo ele, é preciso acrescentar receita ao DF para interromper as greves e cumprir as propostas de campanha. “Estamos propondo um pacto para que cada pessoa e cada entidade possa cumprir o papel de contribuir para a nossa cidade. Assim, quem sabe, possamos superar as enormes dificuldades que temos pela frente. É hora de construir novos tempos”, explicou Rollemberg. Apesar do caráter emergencial, a maior parte das propostas apresentadas pelo GDF será ainda encaminhada em forma de projetos de lei à Câmara Legislativa. Se aprovadas pelos parlamentares, entrarão em vigor em 2016. Na opinião do presi- Na ocasião do lançamento do Pacto, Adelmir Santana, presidente da Fecomércio, defendeu que as mudanças devem ser debatidas com os empresários antes de serem colocadas em prática dente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a posição do governo local de abrir um fórum para se discutir as propostas é louvável. “Não há nada mais perturbador para o setor produtivo do que medidas que são tomadas ao apagar das luzes. O empresariado do DF não quer ser surpreendido. É importante que haja um debate profundo para que todos possam colocar as suas ponderações”, afirmou Adelmir Santana. Para ele, as medidas de curto prazo são acertadas e darão um conforto para a sociedade. Já as medidas de longo prazo precisam de discussão. “Participaremos das audiências públicas na Câmara Legislativa, pois são todas matérias que interessam muito ao grupo empresarial”, completou. //Alíquotas Entre as medidas está a diminuição de cinco pontos percentuais no ICMS sobre alimentos da cesta básica (arroz, feijão, macarrão, óleo de soja, farinha de mandioca, açúcar, extrato de tomate, café, sal refinado, alhos, aves vivas e carnes) e a diminuição do ICMS sobre os medicamentos genéricos. Assim, a alíquota sobre esses remédios pode passar dos atuais 15,3% para 12%. Na opinião do presidente da Fecomércio, apesar da diminuição do imposto, o preço não abaixará muito para o consumidor. “Eu estaria mais feliz se alguns desses produtos tivessem ido ao extremo da alíquota zero. Nós sabemos o tanto que o arroz e feijão são REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 representativos para as pessoas que têm um poder aquisitivo mais baixo”, afirma Adelmir. O governador Rodrigo Rollembeg também sugeriu o fim da isenção do imposto no primeiro ano para veículos zero-quilômetro e propôs ainda reajuste no IPVA, que passará de 3% para 3,5% no caso de veículos de passeio e de 2% para 2,5% no caso de motos. “Com essa medida, corremos o risco de termos uma infinidade de automóveis em Brasília com placa de outras localidades. É importante que fiquemos atentos a isso e haja um entendimento com os demais estados”, acredita Adelmir. “A princípio, o que diz respeito a aumento de alíquota e aumento na base de cálculo – algo que o governo chama de correções – nos aflige e nos coloca em apreensão” ressalta. Adelmir também diz que é preciso que os governantes tenham a preocupação com os “dois preguinhos”: o preguinho das contas a pagar e o das contas a receber. “É simples quando o Estado encontra a solução por meio das contas a receber. Mas eu não sei qual a reação do contribuinte quando as soluções implicam aumento de tributos e carga tributária. O Brasil, como um todo, ficou de ponta cabeça nos últimos quatro anos, com crescimento pífio e os contribuintes apreensivos diante da possibilidade de medidas impopulares de aumento de tributos. Isso assusta e nem sempre essa solução se traduz de forma eficaz”, enfatiza. Foram anunciados ainda cortes de despesas na administração pública. Rollemberg anunciou que várias medidas constituem a contenção de despesas. Já foi publicada no Diário Oficial do DF a suspensão por 120 dias do pagamento de diárias de viagens, de cursos, da contratação de consultorias e de mão de obra temporária e da celebração de novos contratos de aluguel. Parte da frota de veículos oficiais está sendo REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 devolvida, o que causa substancial economia com combustível, manutenção e locação. “Mais de uma vez se ouviu que o governo do DF está quebrado. Se fosse uma empresa privada cabeças teriam rolado, membros do conselho, da diretoria e até mesmo de alguns proprietários seriam colocados na bandeja”, ressalta Adelmir. “É necessário que os contribuintes saibam com clareza da onde vieram as ações que quebraram os cofres do governo para que saibamos qual é a verdade. Assim, quem sabe poderemos ter a capacidade de avaliar as responsabilidades de quem deixou a cidade desse jeito”, conclui. //Imóveis Haverá revisão do preço dos imóveis e da taxa de limpeza. Quem tem imóvel pequeno pagará bem menos do que quem está estabelecido em um grande terreno, pois, potencialmente, produz menos resíduos sólidos. Com a nova metodologia, 60% dos contribuintes pagarão taxa menor do que em 2015. Já o IPTU será atualizado no ano que vem, por meio de discussão com a sociedade. Atualmente, o governo emite os carnês de IPTU tendo como referência os valores dos imóveis em 2008. A atualização da tabela não poderá resultar em correção maior do que 20% para o contribuinte, em termos reais, em comparação a 2015. “A revisão do preço dos imóveis e da taxa de limpeza é justa. Se queremos efetivamente fazer Justiça devemos olhar também para aqueles que especulam com terras e lotes vazios, apenas esperando o melhor momento para vender. Se o governo conseguir resolver esse problema da especulação da terra, o impacto será grande”, avalia Adelmir. Ainda de acordo com o presidente da Fecomércio-DF, as medidas de curto prazo são acertadas e darão um conforto para a sociedade. Principais medidas: Em andamento: – Criação da Governança–DF – Revisão de projetos de incentivo fiscal – Corte de despesas gerais – Corte de carros oficiais – Corte de aluguéis de imóveis – Redução substancial dos cargos comissionados – Redução da estrutura administrativa Para 2015: – Redução de 25% do valor das dívidas do Estado – Redução de 20% do valor dos contratos – Auditoria da folha de pagamento – Fim da isenção do IPVA para veículos zero km – Antecipação de recursos para saldar benefícios atrasados – Novas estratégias de fiscalização e cobrança para aumentar receitas Para 2016: – Atualização do valor dos imóveis para cálculo do IPTU, sem aumento das atuais alíquotas praticadas no DF – Cobrança justa da TLP – Cobrança justa do ITBI (imóveis), sendo 1% para valores até R$ 100 mil; 2% para valores acima de R$ 100 mil e até R$ 250 mil; e 3% para valores acima de R$ 250 mil. – Nivelamento do IPVA – Ajuste do ICMS para combustíveis – Ajuste do ICMS para telefonia – Diminuição do ICMS dos genéricos – Diminuição do ICMS de alimentos 19 tradição De pai para filho //Por Raíssa Lopes Pesquisa aponta crescimento das empresas familiares no Brasil O apontam como maiores desafios para o crescimento a necessidade de constante inovação (71%) e o contexto econômico (71%). “Um dado relevante da pesquisa é o baixo índice de companhias brasileiras que possuem planos de sucessão bem estruturados e documentados. Para que elas continuem crescendo, é preciso que criem uma estrutura de sucessão, de governança corporativa”, afirma Fabiano Tessitore, sócio da PwC Brasil. Além disso, elas devem acelerar suas práticas em inovação, melho- rar a capacidade de adaptação às nuances do mercado e investir na profissionalização. Segundo Fabiano Tessitore, a pesquisa mostra que, de forma geral, as empresas familiares enxergam os principais desafios e a forma de superá-los. “Outro ponto positivo é que essas companhias estão se profissionalizando cada vez mais, aspecto chave para o seu crescimento”, completa. Segundo o sócio, esta é a segunda versão da pesquisa – a primeira foi em 2012 –, que será revisada periodicamente. Dedicação é o segredo A pizzaria Dom Bosco é praticamente um patrimônio gastronômico de Brasília. Considerada um dos estabelecimentos mais tradicionais da cidade, foi arrendada pelos irmãos mineiros Enildo, Hely e Elci Verissímo em 1968. “Trabalhava com pizza em Minas Gerais. Quando vim para a capital, percebi uma boa oportunidade neste negócio, que existe desde 1960, e trouxe meus irmãos para tocá-lo comigo”, conta Enildo. O empreendimento cresceu e hoje tem lojas nas Asas Sul e Norte, no Sudoeste e em Águas Claras. Algumas delas, inauguradas e administradas por filhos dos irmãos mineiros. Enildo acredita que o sucesso e o crescimento das empresas familiares está na dedicação. “Estou todos os dias na pizzaria e faço de tudo um pouco. Por isso deu certo”, avalia. Fotos: Cristiano Costa ano de 2014 foi bom para as empresas familiares. A maioria (79%) registrou crescimento nos últimos 12 meses e 76% preveem manter o crescimento nos próximos cinco anos. Os dados são da pesquisa global “Empresa Familiar: O desafio da Governança”, da PwC, deste ano, em que foram ouvidas mais de 2.400 pessoas, das quais 120 no Brasil - a maioria (46%) com faturamento acima de US$ 100 milhões. A pesquisa mostra ainda que os líderes de negócios familiares 20 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Foco no futuro Janine Brito, empresária à frente da empresa familiar Pinheiro Ferragens – há cinco décadas no Distrito Federal -, acredita que essas instituições se destacam por alinharem o trabalho ao afeto. “Sou bastante passional e acredito nas relações de afeto empresariais como pilares do sucesso empresarial. Nossos filhos são criados com o foco no futuro da empresa familiar e, até agora, sem exceção, se preparam para as sucessões futuras com grande expectativa e dedicação”, conta Janine. Para ela, não pode faltar em uma empresa familiar o estímulo para a excelência e o crescimento empresarial, que implica automaticamente crescimento patrimonial familiar. A empresária lembra que algumas das maiores empresas no Brasil são familiares, a exemplo da Gerdau, organizações Globo e do Grupo Pão de Açúcar. Para Janine, empresas familiares têm mais chance de dar certo quando os membros da família buscam a qualificação profissional, justamente por haver a real intenção de investir, com sacrifício e renúncia, por parte de seus dirigentes. “Lembro-me de ter aberto mão, inúmeras vezes, do direito à retirada de dividendos para reinvestir na própria empresa, ao passo que nenhum colaborador renunciaria aos seus direitos laborais por amor à empregadora”, completa a empresária. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 História familiar Rogério e Romelita Tokarski fundaram, em 1976, a primeira farmácia de manipulação de Brasília – a Farmacotécnica. O negócio cresceu e se fortaleceu. As filhas do casal, Romy e Rogy Tokarski, se interessaram de forma natural pela área, cursaram Farmácia e hoje atuam na empresa. “Desde pequenas, elas frequentam a loja e acompanham de perto as atividades do grupo. Começaram na empresa como estagiárias e foram crescendo.”, conta Rogério. A empresa não possui um plano de sucessão escrito. Segundo Rogério, isso acontece porque ele não criou a empresa pensando em sucessão e deixou que as filhas escolhessem o caminho que queriam trilhar. Mas fica feliz em tê-las ao seu lado no grupo. “Sempre acreditei na empresa. A história do familiar é consequência de um bom líder. Se estou em um negócio e acredito nele, por que não dar oportunidade de meus sucessores da família fazerem parte dele?”, indaga o empresário. 21 //gente Raphael Carmona Patrick Grosner Cineasta Brasília como inspiração //por Daniel Alcântara Brasília é, há anos, considerada a capital do rock. A cidade já revelou grandes nomes da música, como Raimundos, Legião Urbana, Plebe Rude, entre outros. Movido pela paixão pelo estilo musical, o brasiliense Patrick Grosner lançou o filme “Geração Baré-Cola — Usuários de rock”, em 2014. O filme retrata a cena roqueira brasiliense da década de 1990, época em que a cidade respirava o rock e bandas surgiam aos montes. Em novembro do ano passado, o documentário, que conta com 34 entrevistas com 39 músicos da cidade, foi exibido no Cine Brasília para mais de mil pessoas. O início da produção foi quando ele cursava faculdade de Cinema e com recursos próprios, em 2012. Depois de dois anos, conseguiu recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para finalização do projeto. “Após pesquisar documentários sobre música, resolvi montar um projeto com uma história que eu tinha vivido. Sou apaixonado por rock e o roteiro acabou saindo naturalmente”, conta. Além de estar à frente do longa, Grosner também é fotógrafo. De acordo com ele, Brasília sempre está relacionada com a arte e a cidade sempre o inspira. “Nasci em Brasília e morei a maior parte da minha vida aqui. Já morei fora do Brasil, o que só fez aumentar a minha paixão pela cidade. Tenho várias fotos de Brasília e a cidade sempre me inspira.” Raphael Carmona Encadernação manual //Por Raíssa Lopes O Distrito Federal tem 148 profissionais do livro entre designers, ilustradores, impressores, restauradores, conservadores, livreiros, distribuidores, editores, papeleiros e colecionadores. Os dados são do projeto Index: Panorama das artes do livro no DF, que mapeou em 2014 os profissionais das artes do livro no Distrito Federal e publicou um catálogo virtual com os resultados em dezembro. Naiara Leão, jornalista e estudante de Museologia é um dos nomes à frente do projeto e coordenou as entrevistas e a coleta de dados. Goiana, veio para Brasília 22 em 2006 para estudar Jornalismo. Passou por algumas redações da cidade e, quando a Universidade de Brasília abriu o curso de Museologia, resolveu realizar um sonho antigo. Naiara pretende trabalhar na área, que considera promissora por ter bastante demanda, mas ainda incipiente. Um de seus projetos é trabalhar com gestão de acervos e catalogar trabalhos de importantes artistas, como Oscar Niemeyer e Dulcina de Moraes, para preservar o material e também parte da História. Outro projeto é atualizar periodicamente o Index-DF. Naiara Leão do Projeto Index DF REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Cristiano Costa Lucas Rafael do Refresque Ideias Geladeira educativa //Por Sílvia Melo Para compartilhar conhecimento e melhorar o hábito da leitura entre a população, o videoartista e educador Lucas Rafael, de 30 anos, idealizou o projeto Refresque Ideias, no qual transformou uma geladeira antiga em uma biblioteca comunitária, disponibilizando gratuitamente diversos títulos para a população. O projeto foi criado a partir da observação de experiências de sucesso de bibliotecas itinerantes como as do projeto cultural do açougue T-Bone e de uma feira de livros em um viaduto da Venezuela. “A ideia existe desde 2011, mas foi realizada em Brasília somente em 2014, na praça da QE 32, no Guará 2”, informa. Formado por mais de cem títulos, o acervo possui romances, livros infan- tis, revistas, histórias em quadrinhos e apostilas para concursos. “Os livros podem ser lidos ali mesmo, em praça pública, possibilitando também a troca ou empréstimo, com o objetivo de minimizar o impacto da falta de bibliotecas no DF”, explica ele, destacando que os moradores contribuem para o projeto. “É comum abrir a geladeira e notar novas doações, bem como o sumiço de alguns títulos. Isso indica que a comunidade utiliza o projeto como via de troca e doação de novos títulos”, conclui. Qualquer pessoa pode ter acesso ao acervo, mas o público que mais procura pelos livros é formado por frequentadores da praça, estudantes de escolas públicas próximas. //Sua Excelência, o gerente O baiano Ivan Almeida da Silva, de 34 anos, mudou-se para Brasília em 2007, quando foi promovido para o cargo de gerente-administrativo do Pier 21. Formado em Administração, com MBA em Gestão Financeira e Empresarial, iniciou sua carreira em Salvador, na Rede AB Shopping, da qual o Pier 21 faz parte, como estagiário. Logo se tornou coordenador-administrativo e financeiro e depois participou do processo seletivo para gerentefinanceiro do shopping em Brasília. Em dezembro de 2014 tornouse gerente-geral do Pier 21. Como foi assumir o cargo? O momento foi complicado porque o setor de varejo todo passa por dificuldade. Porém, vejo REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Raphael Carmona //Por Sílvia Melo como ponto positivo os sete anos de convivência na área administrativa do shopping, o que me faz acreditar que a missão não será tão difícil. Qual o principal desafio em gerenciar um shopping voltado para o entretenimento? O principal desafio será desmistificar o Pier 21 como shopping violento, de brigas, de bagunça entre jovens, mostrando que é um lugar para todos. O que é preciso para ser um bom gestor? Colocar o bom relacionamento entre os funcionários em primeiro lugar. Ivan Almeida Gerente do Pier 21 O que foi decisivo para o seu sucesso na carreira? Ter persistência e paciência. 23 capa Fotos: Raphael Carmona vestuário, eletroeletrônicos e cosméticos”, concluiu Homedes. Um ano não muito otimista Perspectivas pessimistas na economia apontam cautela para o empresário e consumidor em 2015 //Por Sacha Bourdette E levação do dólar, previsão de aumento dos tributos, volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e a reorientação da economia são fatores que levarão o empresário e consumidor a preparar o bolso em 2015. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu alta nos impostos para cumprir a meta do superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida pública) de 1,2% do PIB. Segundo o especialista em varejo da Fundação Getúlio Vargas, Daniel Homedes, a expectativa de crescimento é a pior dos últimos dez anos. “Não há otimismo na economia, 2015 será um ano de contenções. O governo já anunciou medidas para tentar conter a inflação”, 24 ponderou. O especialista também faz um panorama da capital federal. “Brasília é uma situação distinta do resto do País. A tendência é que a capital sirva como um amortecedor por conta do número alto de servidores públicos. Porém, em contrapartida percebemos cada vez mais os clientes endividados”, explicou. “Com relação ao segmento de supermercados estamos vivendo um cenário em que os consumidores estão mais conscientes. Eles comparam os preços, as marcas e benefícios. Nesse sentido, o mercado terá que buscar formas de reinventar para aumentar a lucratividade e a fidelidade dos clientes. Já nas vendas pela internet avalio que irá depender das medidas de câmbio, //Supermercados O presidente da Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), José Fagundes Maia Neto, faz um panorama do segmento. “Esperamos ter um crescimento de 1,5 a 2,5% no ramo de supermercados. As apostas para 2015 é que cerveja, leite, perecíveis e produtos de padaria continuem liderando as vendas. No final de 2014 tivemos uma variação nos preços do arroz, feijão, tomate e batata, pois depende muito da sazonalidade. Teremos redução nas vendas da linha branca em virtude da falta de crédito. Portanto, é necessário que o empresário busque informações do varejo e da economia para lidar com as variações”, prevê. Para o diretor de operações da Rede de Supermercados Big Box, Denílson Evangelista, que recebe cerca de 1 milhão de clientes por mês, o êxito nas projeções dependerá das políticas econômicas para 2015. “Estamos prevendo um crescimento em média de 2,5%, mas depende muito do comportamento da economia e dos novos direcionamentos da parte governamental. Sabemos que esse crescimento é desafiador porque a perspectiva é que o PIB irá variar entre 1% e 1,5%. A taxa de crescimento e a busca do resultado automaticamente dependem muito da economia. Para se ter uma ideia, 80% dos meus clientes são funcionários públicos e se essas pessoas não forem beneficiadas com seus direitos e proventos, poderemos ter problemas em nossos planejamentos”, revelou. “O ano de 2014 foi atípico, pois iniciamos o ano com o Carnaval, depois a Copa e em seguida as Eleições. Supermercados é um ramo complexo, mas percebemos um crescimento equilibrado em todas as categorias. Existe uma perspecREVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 “Para 2015 o que se vê é que será ruim, por conta do dólar em alta, políticas econômica s obscuras e algumas medidas do governo um pouco drásticas” Fábio Marques economista tiva de aumento de preços, mas ainda não há algo claro. Isso porque, se houver um aumento na gasolina ou energia, por exemplo, há uma oneração nos preços, com tendência de aumentos, mas equilibrados. Neste ano, vamos investir em tecnologia, pois é um momento propício”, diz. //Comércio pela internet O presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), Maurício Salvador, afirma que o consumidor está mais confiante para compras online. “Em 2014 o faturamento de vendas foi de R$ 711 milhões, que representa um crescimento de 27% em relação a 2013. Para 2015 a expectativa é que haja um faturamento de R$ 895 milhões. Muitos consumidores vão para o e-commerce pelo preço. Moda, beleza, saúde e eletrônicos se destacaram em 2014. A estimativa é que haja também um crescimento no ramo de alimentos e bebidas. Percebemos que o consumidor está mais seguro”, confirma. A maior quantidade de compradores pela internet são pessoas entre 24 e 49 anos com renda acima de R$ 3 mil. A classe que mais faz compras pela primeira vez são mulheres da classe C. O número de acesso de banda larga e o melhor sinal favoreceram esse crescimento. Segundo dados da Abcomm, houve um aumento de 11% em 2014 nas vendas por meio de dispositivos móveis. “A expectativa é que aumente para 15% em 2015 em vendas através de aparelhos móveis. Uma dica para o empresário online é explorar REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 nichos, escolher um público-alvo, buscar trabalhar com produtos com valor agregado, baixo peso e volume”, sugere Salvador. “Acredito que lojas, bancos, operadoras de cartão e consumidores aprenderam ao longo dos anos. As redes sociais servem como um Serviço de Atendimento ao Cliente, além de serem geradores de tráfego para as lojas. Já o marco civil da internet não teve muito impacto, o que mudou foi a questão da privacidade, causou um olhar mais detalhado. A Abcomm possui uma cartilha no site com orientações para os e-consumidores”, finalizou. //Investimentos De acordo com o economista e diretor-comercial da M3 Gestão Empresarial, Fábio Marques, há dúvidas no cenário econômico. “Para 2015 o que se vê no mercado é que será ruim, por conta do dólar em alta, políticas econômicas obscuras e algumas medidas do governo um pouco drásticas. Isso gera desconfiança tanto para o investidor interno quanto para o externo. Para resolver o problema da economia, o governo poderá aumentar os impostos, o que trará consequências negativas, principalmente para o empresariado. De 2013 para 2014 tivemos uma queda de investimentos de quase 50% na empresa e pode piorar. O que pode acontecer é que o empresário corte gastos e o maior custo é a folha de pagamento, ou seja, poderemos ter desemprego, e com isso a economia estagnar ou entrar em recessão. Com relação ao e-commerce há uma perspectiva de oportunidade de negócio pela alta do dólar, e o mercado interno pode aquecer por conta disso. Um importador, por exemplo, em vez de investir fora do Brasil, pode buscar alternativas internamente.” Denílson Evangelista, diretor de operações doBig Box, espera crescimento de 2,5% neste ano 25 capa Ano propício para as franquias //Por Fabíola Souza Especialistas do setor projetam um crescimento entre 7,5% e 9% para 2015 T odos os anos cresce a quantidade de oferta de produtos e serviços franqueados e novos modelos são criados e inseridos no mercado. Encontrar uma franquia com baixo investimento e com grande potencial de retorno é o sonho de muitas pessoas que desejam empreender. Entretanto, especialistas alertam que não existe investimento com retorno garantido e é necessário fazer uma pesquisa sobre o negócio, a empresa franqueadora e o grau de satisfação de outros franqueados da marca. Estudos da Associação Brasileira de Franchising (ABF) projetam um crescimento do faturamento do setor para 2015 de 7,5% a 9%, e para abertura de novas unidades, entre 9% e 10%. Mas, apesar dos números, recomenda cautela aos empresários e cuidado na gestão das operações para manter o franchising em uma trajetória de desenvolvimento sustentável. Ainda de acordo com a Pesquisa de Desempenho Trimestral do Franchising, realizada pela ABF, o setor ampliou seu faturamento em 9,3% no 3º trimestre de 2014, comparado ao mesmo período do ano passado. A pesquisa revela que 69% das redes ampliaram o faturamento na comparação entre o terceiro e o segundo trimestre de 2014. Segundo o diretor regional Centro-Oeste da entidade, Claudio Miccieli, projeta-se uma alta do faturamento do setor em torno de 7% em 2014 em comparação com o ano anterior. “O percentual é ainda consideravelmente acima do PIB, que, segundo a mais recente revisão feita pelo governo, deve ficar em torno de 0,5%”, comemora Miccieli. A respeito do número de pontos de venda (PDVs), a ABF acredita em uma alta de 10% para o ano de 2014 em relação a 2013. Miccieli explica que todo negócio tem risco, porém as franquias possuem uma segurança maior, pois já trazem o máximo de informação possível sobre o empreendimento, além de ajudarem com fornecedores, com a parte administrativa e acompanharem os processos de rotina. Para ele, o franchising no Brasil é de fato uma indústria madura, que tem sua força, contudo está inserida na economia e sofre os efeitos do baixo crescimento do País. “Estamos à disposição no www.portaldofranchising.com.br para ajudar qualquer pessoa interessada em franquias no Brasil”, aponta. 26 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Cristiano Costa O empresário Flávio Roberto Carvalho investe em franquias há 13 anos //Pesquisa e muito trabalho O empresário Flávio Roberto Carvalho investe em franquias há 13 anos. Atualmente, tem seis franquias. A primeira franquia foi do Spoleto. “Fui almoçar no Rio de Janeiro e gostei da operação, mas não sabia se estavam franqueando. Quando fui ver estavam no começo da expansão, então decidi trazer para Brasília”. Ao todo, Flávio tem três lojas do Spoleto, uma franquia do SushiWay, uma da pizzaria Dominos, uma do Panelinhas do Brasil e também está nos planos uma franquia do Peixe na Rede. O empresário disse que teve dificuldades na abertura da primeira empresa, pois era um processo novo e não tinha muito suporte. Mas com o passar dos anos os problemas foram superados. “Agora tenho toda a assistência que preciso”, aponta. Mas nem todos os investimentos tiveram o sucesso esperado. “Fui REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 experimentando outras marcas que estavam crescendo. Abri uma franquia americana, mas não deu certo e depois de três anos fechei”, conta. Para ele, é mais vantajoso trabalhar com franquias locais, pois não há necessidade de pagar deslocamento estadual no frete e a comunicação fica mais fácil. Ele conta que já teve a experiência de abrir o próprio negócio, mas não foi para frente, por isso hoje prefere as franquias. “Fiz uma pesquisa grande e só trabalho com franquias consolidadas. Para mim, o suporte é fundamental”, conclui o empresário. A analista da Unidade de Atendimento Individual (UAI) do Sebrae no Distrito Federal, Valéria Arriel, diz que é necessário realizar uma pesquisa minuciosa antes de montar uma franquia. Segundo ela, não é porque a segurança no investimento é maior, por conta do modelo de negócio, que o sucesso é garantido para o empreendedor, pois outros elementos podem influenciar como a administração do franqueado, o ponto escolhido e a equipe de vendas. Dessa forma, não existe um segmento mais promissor que outro, já que depende de vários fatores. Primeiro é necessário ver o perfil do empresário, com o que a pessoa mais se identifica, se prefere comércio ou serviço. Depois é imprescindível estudar a Lei 8.955/94 sobre as obrigações legais da Lei de Franchising. “Após avaliar os perfis de interesse, vem a segunda parte, pesquisar informações sobre a franquia e se existe capital para começar”, afirma. A analista alerta em relação ao relacionamento do empresário com a franquia, o ideal é procurar outros franqueados para saber mais sobre o negócio, se a franquia oferece suporte e se acompanha em todos os processos. 27 capa Raphael Carmona “Desde quando comecei a empresa tinha a intenção de expandir o negócio, mas não sendo meu, pois não quis colocar a marca em risco pela administração” Cristiana Rech //Novas experiências O mercado de franchising também oferece a opção de franquear o próprio negócio. É o caso da empresária Cristiana Rech, proprietária da empresa de estética, Duohaus. A primeira empresa foi criada em 2011 e, segundo a empreendedora, desde o começo a ideia era franquear o comércio. “Desde quando comecei a empresa tinha a intenção de expandir o negócio, mas não sendo meu, pois não quis colocar a marca em risco pela administração”, comenta. Rech ainda está no começo do processo para franquear a marca e conta com duas lojas próprias e uma franqueada da Duohaus. Nesse sentido, ela montou outro projeto na área de estética e apresentou para uma amiga que queria montar um negócio, mas não com o nome Duohaus. Então, ela criou e fran28 queou a marca Sweet Therapy. “Eu contratei uma consultoria de São Paulo para ajudar a montar o projeto de franquias e fazer uma análise, por isso estamos bem estruturados”, diz a empresária. Ela explica que a taxa de franquia para a unidade Duohaus é de R$ 50 mil, com a estimativa de rentabilidade de 18% a 25%, pois vários fatores influenciam a rentabilidade de um negócio. Essa é uma estimativa baseada em resultados médios da rede. Portanto, esses números podem variar para cima ou para baixo, conforme a gestão do franqueado. “Daí tem uma taxa de propaganda de 3% sobre o faturamento bruto e 7% de royalties para o franqueador”, afirma. Mas é necessário tomar cuidado na hora de expandir os negócios. O empresário Diego Moreira, proprietário do Aloha Eyewear, montou a REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 marca em 2007 como uma empresa familiar, mas em 2011 viu a oportunidade de franquear o negócio e ampliá-lo para todo o Brasil. Conseguiu ter 15 franqueados, no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Goiânia, Aracaju, entre outras cidades. “Mas no final de 2012 passamos por um momento de crise e tivemos que comprar as franquias”, diz Moreira. Segundo ele, ocorreram problemas com alguns franqueados, então decidiu comprar as franquias que estavam bem e voltou a ser uma empresa familiar. “Esse não é um sistema de crescimento tão simples como se imagina”, comenta o empresário. Diego afirma que é necessário tomar muito cuidado com a escolha do franqueado, pois é preciso crescer com qualidade. “Essa pessoa passa a ser seu sócio na marca. Por isso é preciso crescer com velocidade, mas com a pessoa certa”, analisa. Atualmente, a marca tem oito unidades no Distrito Federal e pretende voltar ao mercado de franchising em 2015. “No final de 2012 passamos por um momento de crise e tivemos que comprar as franquias É preciso crescer com velocidade, mas com a pessoa certa” Diego Moreira Raphael Carmona REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 29 capa Monitoramento certeiro //Daniel Alcântara Considerada uma das mais importantes armas do varejo atual, o pós-venda ganha destaque em tempos de redes sociais A evolução é constante, os consumidores não param de se atualizar e conhecer novas lojas e produtos. A globalização e a tecnologia proporcionam comodidade tal que permite o consumidor comprar sem sair de casa. Nesse cenário, é preciso que o empresário enfatize não somente vender, mas desenvolver relacionamentos com o cliente. É o que orienta o administrador de empresas e especialista em palestras motivacionais, Paulo Araújo. Para ele, o perfil do consumidor está mudando, em especial, depois da popularização das redes sociais e dos meios facilitadores de compra. Quem não se preparar e criar um método de relacionamento “ficará para trás”, observa Paulo. Atualmente, o marketing de pós-venda é considerado a melhor tática para fidelizar e manter o cliente atualizado das novidades de seu estabelecimento. Diferentemente do que se imagina, o pós-venda vai além de reparos, manutenção e troca de produtos. Grandes empresas já contam com departamento especializado para esse tipo de serviço. “Consiste em gerar uma percepção positiva da sua empresa ou produto perante o cliente. É sempre o começo de uma nova venda, e o principal: a hora certa de agradecer e ter certeza que o cliente está satisfeito com o desempenho do seu produto ou 30 serviço”, explica Paulo. Para ele, o pós-vendas e a gestão do relacionamento do cliente já são ferramentas indispensáveis para o sucesso de qualquer empreendimento. O pós-venda ainda é tímido no Brasil e fica muito a desejar em várias empresas. Afinal, a preocupação maior é com o cliente que já se encontra na loja disposto a comprar. “São poucas as lojas que estruturam um programa de pós-vendas adequado à sua realidade e muitas nem percebem o poder de fidelização que esse tipo de marketing gera”, garante Paulo. //Estreitar os laços A tática vem atraindo os compradores e alguns empresários que visam ao crescimento de seus empreendimentos. Se utilizado na medida certa, pode render bons frutos. “Creio que toda ação é válida para fidelizar os clientes, mas, claro, precisa ser planejada e adequada ao perfil de consumidor que a empresa considera o ideal”, ressalta o administrador de empresas Paulo Araújo. Ele também salienta que é importante que táticas de pós-venda tenham um propósito e metas claras, caso contrário podem acabar por se transformar em apenas programas de descontos. “Desconto em excesso é prejudicial à saúde financeira da empresa e o cliente não aceita mais pagar o valor normal, REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Raphael Carmona “Nossa venda, na verdade, é uma consequência da amizade que se cria com o consumidor quando ele entra na loja” Jonas Benite pois se acostuma com o valor inferior. Portanto, todo cuidado é pouco ao lançar um programa de fidelização para que o feitiço não se volte contra o feiticeiro”, completa. As táticas mais utilizadas pelos empresários são as pesquisas de satisfação, o contato constante, o acompanhamento e o registro do histórico do relacionamento. Essas são as mais comuns, mas, claro, existem outras formas de se comunicar com o seu comprador. Seguindo esse conceito, a gerente-comercial da marca Reserva, Renata Duayer, explica que o estabelecimento sempre trabalhou com esse tipo de serviços. “O pós-venda faz parte da experiência da Reserva, onde o importante não é só o cliente entrar na loja, comprar algo e ir embora. Vemos o cliente como amigo e precisamos sempre tratá-lo bem”, diz Renata. De acordo com ela, a tática da Reserva, que tem 39 lojas espalhadas pelo País e está há oito anos no mercado, funciona da seguinte forma: passados dois ou três dias da compra, o funcionário entra em contato direto com cliente para saber se este já usou a roupa e ficou satisfeito. Além de contar com uma equipe especializada e manter treinamentos constantes com a equipe de venREVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 das, a marca também toma mediadas para não acabar incomodando o cliente com ligações, ou mensagens constantes. “Nessa situação, o excesso pode ser cruel. Temos sistemas que filtram essas comunicações, evitando que elas se tornem demasiadas. A frequência é definida caso a caso conforme o perfil do cliente”, observa Renata. “Ligamos para saber da satisfação, dar parabéns no dia do aniversário, além de momentos e datas especiais, como viagem, casamento e formatura”. O gerente da filial do shopping Iguatemi, Jonas Benite, acredita que a loja não faz apenas um ato comercial, mas estabelece uma relação amigável com o comprador. “Nossa venda, na verdade, é uma consequência da amizade que se cria com o consumidor quando ele entra na loja. A intimidade faz uma grande diferença”, conta Jonas. //Retorno positivo A Wend Tecnologia oferece o serviço de pós-venda aos clientes há cerca de quatro anos. A empresa desenvolve o serviço de Personal Home Page (PHP), ou seja, um desenvolvimento de aplicações capazes de gerar conteúdo dinâmico na internet. A empresa, com sede em Brasília, constrói sites modernos e personalizados para o consumidor que contratar seus serviços. De acordo com a sócia do empreendimento, Juliana Ribeiro de Alencar, o pós-venda acaba sendo essencial na área de tecnologia, uma vez que o empresário precisa estar em constante contato com o seu cliente. “Nós fazemos o site e o entregamos ao consumidor. Com o decorrer de algum tempo, trocamos email ou telefonemas para ver se está tudo correto com a página, e se ele precisa que troque alguma coisa ou mude o layout do sistema”, explica Juliana. “Mantemos o máximo de relacionamento com o cliente que adquiriu o nosso serviço”, explica. Para isso, é cobrada uma taxa mensal se o consumidor quiser manter esse relacionamento com a empresa, o que acaba gerando mais lucros e fazendo o empreendimento crescer cada vez mais. A empresária destaca que o pós-venda oferecido pela Wend não é feito de forma implícita. “Nós fazemos o máximo para o cliente não se sentir pressionado com a compra do serviço. É tudo feito de forma amigável, procurando sempre a comodidade e satisfação do consumidor. A maioria dos clientes nos dá um retorno positivo”, conclui. 31 capa Foco nas pessoas //Por Luciana Corrêa Novas técnicas de coaching são cada vez mais usadas por empresários para incrementar seu negócio D ez em cada dez empresários têm o mesmo objetivo ao iniciarem um negócio: o sucesso. Mas o processo até o ápice e se manter nele não depende só dos conhecimentos técnico, financeiro e de mercado. Se a empresa envolve além do proprietário, funcionários, será preciso uma atenção nas relações e desenvolvimento das pessoas. Os empresários de Brasília já descobriram o coaching e têm utilizado de suas técnicas para esse crescimento. Segundo a Academia Brasileira de Coaching, a expressão significa um processo de desenvolvimento humano e constante evolução que pode ser aplicado às mais diversas áreas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. A coach e professora, Adriana Marques, explica que existem dois perfis de empresários ou profissionais que buscam o coaching. Um quer apenas para uso próprio, melhorar seus processos, e fazem o chamado autocoaching. E há aquele que se importa com outras pessoas e busca ajudar a desenvolvê-las dentro da empresa. “Normalmente, são profissionais das áreas de recursos humanos, líderes, formadores de equipes, que valorizam os funcionários e sabem que não vão chegar sozinhas ao sucesso”, explica. Adriana esclarece também que um coach de excelência tem que saber a técnica e ter prática e jogo de cintura para desenvolver as pessoas. “Devemos estimular o coachee (cliente) a autorresponsabilidade, a estar no controle. O coach (profissional) tem que ter a consciência de oferecer perguntas para a reflexão do coachee sobre o caminho melhor para a vida dele. Isso é querer cuidar do indivíduo”, completa. Para Adriana, a aplicação do coaching no comércio varejista é fundamental, uma vez que o vendedor e o gerente ou líderes precisam encontrar sentido no que fazem. “O coaching é automotivação. Eles precisam achar um trabalho sustentável e é excelente ter uma orientação.” Adriana já formou mais de mil coaches em todo o País e conta que diversos desses profissionais estão em Brasília, capacitados para lidar de perto com pessoas. 32 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 //Maximizar resultados O educador físico e empresário há mais de 20 anos, Luiz Cláudio Moraes, diz que só descobriu sua verdadeira vocação depois dos 40 anos. Atualmente com 45, foi aluno da Adriana e explica que estava se sentindo inferiorizado como empresário por não ver o crescimento que esperava em sua empresa. Assim que finalizou o curso, saiu com autoestima fortalecida e vontade de aplicar tudo o que aprendeu. “Há quatro anos, estava com foco no faturamento. Abri a loja, vendia R$ 3 milhões, mas gastava R$ 3,6 milhões. Vendia a qualquer custo, mas não lucrava. A pergunta que ela me fez é qual o meu foco: faturar ou lucrar. Com o entendimento, reduzi as lojas da No Limits de oito para três, melhorei o faturamento e o lucro, paguei as dívidas e aplico as técnicas com meus funcionários”, conta. Moraes também se tornou um coach e mantém as duas carreiras paralelamente. O gerente da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae, Ary Ferreira Júnior, enfatiza essa busca dos empresários pelo coaching para a maximização de resultado nas vendas por meio da melhoria do relacionamento e desenvolvimento também de seus funcionários. “A vantagem é que é um processo de melhoria contínua”, explica. Ele levanta também uma preocupação importante para os próximos anos, pois haverá uma mudança de cenário onde o processo pode ser aplicado para adaptações importantes ao mercado. “Estamos com uma mudança de governo, estratégias serão alteradas. As empresas deverão saber se colocar, saber incentivar seus funcionários, até o cenário econômico se estabilizar novamente e conseguir melhor se posicionar no mercado”, destaca. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Raphael Carmona “Nosso diferencial é prezar pela qualidade no local de trabalho. Não só o lucro, que é claro o principal motivo, mas que ele venha com qualidade” Fernanda Rodrigues e Elisa Tredicci //Alma do negócio Com a visão de que o comércio precisava de alguém para cuidar das pessoas, Fernanda Rodrigues e Elisa Tredicci criaram a Alma Consultoria. A empresa que oferece treinamentos e principalmente coaching, voltados para o varejo. “Nosso diferencial é prezar pela qualidade no local de trabalho. Não só o lucro, que, é claro, o principal motivo, mas que ele venha com qualidade. Tanto para o funcionário quanto para o empresário. O diferencial que queremos colocar no mercado é conscientizar a todos que, para trabalharem melhor, as pessoas têm que trabalhar felizes”, explica Fernanda, que é jornalista, com pós-graduação em Moda e Comunicação e 13 anos de experiência. Elisa acredita que nada acontece se as pessoas não forem capacitadas. “Pode ter uma campanha de marketing extraordinária, um controle financeiro excelente, mas se não tiver as pessoas certas e fa- zendo as coisas corretamente, nada acontece. A Alma tem como foco as pessoas e o objetivo é promover transformações”, explica Elisa, que é administradora, com pós-graduação em Gestão Empresarial e 17 anos de experiência no mercado de varejo. Um caso de sucesso que as sócias contam é o de um grupo com cinco lojas de roupas que foi comprado e o novo proprietário manteve a mesma administração. Elas deram, então, início ao trabalho com cada gerente. Fizeram toda a supervisão e uma alteração na estrutura da empresa, mexendo nos custos e compras. “Em uma primeira compra para um período de seis meses que alteramos, de produtos que estavam ficando em estoque, conseguimos economizar R$ 1,2 milhão. Além disso, uma economia mensal de R$ 40 mil em custos desnecessários em número inadequado de funcionários por loja, em falta de treinamento e salários desequilibrados para a fun33 capa ção”, comemoram. O passo-a-passo que a Alma segue dentro da loja precisa ser claro e objetivo para ter efeito. Fernanda explica que o lucro do empresário é o foco e que tem uma meta de valor a atingir, mas sempre feito dentro de um conceito estudado. “Percebemos que normalmente há um desperdício muito alto no dia a dia e é o que vamos tratar de perto”, explica. O atendimento da Alma funciona da seguinte maneira: o processo começa com a apresentação dos problemas. Juntos, coach e empresário levantam o diagnóstico da necessidade do trabalho. O profissional faz então uma visita à empresa e realiza o diagnóstico, com reconhecimento de área. A partir daí, será traçado um plano de ação, que normalmente dura 90 dias, com encontros uma vez por semana. “Muitos nos procuram querendo solucionar problemas de rotatividade. Principalmente, porque no varejo é muito alto, mais ainda na alimentação. É possível solucionar isso com a proximidade dos donos com seus negócios, com as pessoas. É criar a intimidade e o cuidado. Se não for possível, crie alguém que possa ser próximo, para que ele cuide desse funcionário”, explica Elisa. //Aplicação dos treinamentos Tanto os pequenos quanto os grandes empreendimentos comerciais podem aproveitar do processo de melhoria trazido pelo coaching. A responsável pelo departamento de Recursos Humanos do Taguatinga Shopping, Ana Carolina Santana de Meneses, conta que em 2014 o centro comercial fez seu maior investimento voltado para o coaching, tanto em nível gerencial quanto para líderes e supervisores. “Nós entendemos que o ser humano, quando está no contexto empresarial organizacional, deixa de ser visto como um funcionário e passa a ser um 34 colaborador. A importância de investir é estar sempre promovendo mudanças comportamentais, visando à melhoria tanto do ser humano, consequentemente dos processos de trabalho”, explica. O shopping contratou os serviços da Alma Consultoria para uma padronização visual, com foco na etiqueta profissional, postura e linguagem. O processo envolveu 75 pessoas, dos 290 colaboradores. “O trabalho da Alma foi interessante, pois a lista que elas apresentavam a cada semana era cobrada e foi sendo aplicada. Vimos a autoestima e a valorização crescerem. Mostramos para o colaborador a importância de se cuidar e que isso vai trazer o melhor”, conta Ana Carolina. Um dos casos internos de maior sucesso e que mostra a eficiência da aplicação de treinamentos é o chefe do Departamento de Serviços Gerais, Valmir Almeida. Ele começou trabalhando em uma empresa terceirizada como garagista, depois motoqueiro, fazendo ronda no estacionamento. Fez seu primeiro curso de atendimento ao cliente pelo shopping e quem saísse bem na prova, seria promovido a vigilante. “Passei, mas não aceitei, pois meu foco estava nos estudos e não batia com os horários que eu precisava. Em seguida, fui para a Central do Estacionamento. Com 10 anos de empresa, fui para a supervisão. E há seis meses me tornei chefe do Departamento de Serviços Gerais”, conta. Valmir contabiliza cerca de 10 treinamentos e coaching feitos. “Sinto constantemente esta valorização”. Hoje ele é formado em RH, com pós-graduação em Gestão de Pessoa, gerencia uma equipe de 130 funcionários. Uma das suas maiores preocupações é ouvir. “Não é preciso só escutar, e sim ouvir. Entender o problema, orientar da forma correta, e ter ali um excelente profissional”, explica. Raphael Carmona Valmir Almeida, do Taguatinga Shopping, contabiliza cerca de 10 ou mais treinamentos e coaching REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Ajustando as contas //Por Andrea Ventura Encarecimento do crédito e inadimplência em alta são alguns dos desafios a serem enfrentados pelos pequenos e médios empresários neste ano O ano de 2015 será de ajustes na economia. É o que afirma o economista Gabriel Gaspar. Segundo ele, as pequenas e médias empresas (PMEs) precisarão se antever a esses ajustes. “A Serasa Experian mostrou que de janeiro a novembro de 2014 a inadimplência das empresas registrou alta de 6,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com o encarecimento do crédito, as empresas devem manter os olhos no fluxo de caixa e, se possível, cortar custos onde for necessário”, explicou. Por isso, cautela é fundamental para os empresários neste ano de 2015, já que o cenário econômico pode afetar diretamente as PMEs. “Afeta não só na captação de recursos, do lado do crédito, como também do lado da demanda, com uma inflação sempre em patamar desconfortável”, explica. Outro ponto a ser considerado é a confiança dos empresários e dos consumidores, que vem apresentando níveis recordes de baixa. “Com os ajustes macroeconômicos que precisam ser feitos do ponto de vista fiscal, é necessário que as PMEs evitem arroubos – sempre observando a geração do fluxo de caixa”, aconselha. Para Gaspar alguns setores sofrem mais com a recessão, como por exemplo, o setor automobilístico e a construção civil, devido à queda de consumo pela diminuição de incentivos governamentais. “Os setores que utilizam produtos importados certamente sentirão mais a crise devido à alta do dólar e ao consequente encarecimento para manter a produção. Vale ressaltar que é possível repassar em parte ao consumidor esses reajustes, só não é possível saber o quanto. Entretanto, ainda não há motivo para pânico, estamos em um cenário que aponta para uma crise, mas por enquanto são apenas indicadores,” destacou. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 35 capa “O problema não é a indústria automobilística nacional, o problema é o País “ Carlos Risieri //Enxugar custos O setor automotivo sentiu a crise já em 2014. Dados da Associação de Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) apontaram que a produção de veículos teve queda de 15,3% em 2014, comparada ao mesmo período do ano anterior. Já a queda nas vendas foi de 7%. O gerente-comercial da Smaff Hyundai, Carlos Risieri confirma esta queda. “Houve uma pequena retração no ano passado. No caso específico da Hyundai, menos por se tratar de um produto novo. Então, não sentimos tanto, mas as outras marcas têm sofrido bastante. E já começaram demitindo”, lamenta. Risieri aponta que a volta do IPI assusta os consumidores e reflete 36 nas vendas. “A princípio tem uma retração nas vendas, mas depois as pessoas acostumam e voltam a comprar. O problema não é a indústria automobilística nacional, o problema é o País. Essa falta de credibilidade do governo gera uma desconfiança do consumidor e do empresário. O consumidor não quer comprar porque não sabe o que vai acontecer e o empresário não quer investir porque não sabe o que vai acontecer”, define. Por isso, segundo ele, as empresas terão que se adequar. “Vamos precisar cortar custos, reduzir margem. O que vai haver é uma adequação. Todo empresário, toda concessionária irão se adequar ao atual momento. Ninguém poderá continuar REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Raphael Carmona Dicas para o Empresário Confira o que diz o economista e fundador da plataforma de gestão financeira para PMEs Nibo, Gabriel Gaspar. - Gastar menos dinheiro do que se ganha Partindo dessa regra existem duas estratégias que o empresário pode buscar: aumentar as vendas e receita ou reduzir custos e despesas. Cabe ao empresário, de acordo com a especificidade de seu negócio, buscar o caminho mais adequado. fazendo o que vinha fazendo. Terão que enxugar custos, para não demitir”, explica. Apesar de um cenário pessimista, Gaspar revela como é possível se proteger. “É sempre importante frisar a questão do fluxo de caixa. A projeção do indicador é muito importante, pois mostra quanto, em dinheiro, a empresa vai ter ao longo do tempo. Com isso, o empresário pode se antecipar caso o fluxo de caixa mostre que a empresa ficará com o saldo negativo. Para evitar isso, o gestor deve renegociar os prazos de pagamentos e recebimentos ou negociar uma linha de crédito no banco que seja mais vantajosa do que o crédito especial”, aponta. //Adequação ao cenário Quem também está se adequando é a empresária Nara Barbosa. Proprietária de duas farmácias, a Drograria Maia, com unidades na 215 Sul e 304 Norte, ela aponta que desde o final do ano as vendas tiveram queda. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Ela também trabalha com produtos importados e já mudou os hábitos na compra desses produtos. “Estou comprando menos, o mínimo para não perder a venda”, admite. Segundo ela, os consumidores têm reclamado de falta de dinheiro, e as compras que antes eram à vista, passaram a ser parceladas. “As pessoas estão comprando menos. Todo mundo está sem dinheiro. Além disso, a falta de pagamento de funcionários do GDF afetou muito as vendas no comércio no começo do ano”, explica. Para conseguir honrar seus compromissos, a empresária teve que baixar custos, não está repondo seus estoques e reduziu o número de funcionários. “Comprava cinco itens e agora compro somente dois. Não dá mais para estocar mercadoria. Tinha 14 empregados e atualmente estou com 11”, conta. Para ela o cenário atual é preocupante. “O momento é de cautela total. São muitos impostos, o pequeno empresário não tem nenhum incentivo”, resigna-se. - Preparar-se para a burocracia Não é fácil driblar a burocracia em um país que possui mais de 55 mil artigos e parágrafos em 300 normas legais, uma carga tributária que consome quase 40% do PIB, além das altas taxas de juros. O governo facilitou por um lado, com a expansão do Simples, mas, para reduzir a sonegação, implementa processos complexos que prejudicam 100% das empresas. Uma estratégia melhor para o País seria simplificar processos, mas jogar duro na fiscalização e acabar com a impunidade. - Utilizar ferramentas de gestão Os pequenos empresários devem usar uma ferramenta de gestão financeira que os ajude a gerenciar sua empresa de forma simples, mas também cumprir essas obrigações e se integrar com seus contadores. Com a digitalização de todos os processos fiscais, contábeis e de pessoal, uma empresa poderá quebrar por não estar conectada com seu contador e isso só pode ser bem-feito por meio da tecnologia. 37 trabalho Fotos: Raphael Carmona Superar desafios //Por Sílvia Melo A inclusão de deficientes no mercado de trabalho ainda é um problema para empresas e para os próprios deficientes “Não nos enxergam como profissionais capacitados, e sim como preenchedores de vagas” Denise Braga Nutricionista 38 N o Brasil, quase 46 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, que pode ser congênita - proveniente do nascimento, ou adquirida - contraída ao longo da vida como consequência de diversas situações, tais como violência urbana, arma de fogo, acidentes de trânsito, erro médico, entre outros fatores. Apesar do número significativo, mais da metade desse contingente não está no mercado de trabalho. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2010 do IBGE e servem de alerta aos empresários, que devem cumprir a Lei Federal nº 8.213/9. A lei estabelece a empresas com 100 ou mais funcionários a inclusão de 2% a 5% de pessoas com deficiência no seu quadro de efetivos. Mesmo com a lei, muitas empresas ainda encontram dificuldades em incluir deficientes em seu quadro de pessoal, e os principais motivos são a falta de qualificação e dificuldade de adequação do candidato ao perfil da empresa. Edgar Segato Neto, presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac), destaca que o número divulgado pelo IBGE corresponde ao total de pessoas com deficiência, mas é preciso saber a quantidade que realmente está apta para trabalhar. Segundo ele, o número de contratações no ramo de asseio e conservação tem caído. “Inclusive os que foram contratados deixaram o emprego”, revela. Entre os principais motivos para isso estão a falta de acessibilidade nas empresas e a dificuldade de locomoção do deficiente por meio de transportes públicos (ônibus não adaptados). Além disso, Edgar lembra que os deficientes recebem um benefício em torno de R$ 900 e as empresas do setor pagam em média R$ 800. “Para muitos não vale a pena sair de casa, passar por todas as dificuldades de locomoção e acessibilidade para receber menos do que se estivesse em casa, já que o benefício é suspenso quando o deficiente passa a trabalhar com carteira assinada”, afirma. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Deficientes por número de funcionários A cota depende do número geral de empregados que a empresa tem no seu quadro, na seguinte proporção, conforme estabelece o art. 93 da Lei nº 8.213/91: De 100 a 200 empregados 2% De 201 a 500 empregados 3% De 501 a 1001 empregados 4% De 1001 em diante empregados 5% REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Outra dificuldade encontrada por empresários para cumprir a lei de cotas é que, dependendo da área de atuação de algumas empresas indústria, comércio ou prestação de serviços, os candidatos com deficiência não podem ser aproveitados em todos os tipos de atividades. “A lei é feita de forma macro. Pega o número total de funcionários, independentemente da função que exercem, e calcula o percentual de deficientes que devem ser contratos. Nem sempre é possível incluir todos”, explica, dando exemplo de uma empresa de vigilância. “Existe uma empresa que possui 600 funcionários. Desse total, seis trabalham na área administrativa e o restante é de vigilantes que estão espalhados em várias cidades de Goiás. A fiscalização pega a folha de pagamento, vê que são 600 funcionários e calcula que devem ser contratados 30 deficientes. Onde esses deficientes irão atuar, já que para ser vigilante é preciso ter curso de formação? Como colocar 30 pessoas em um setor que comporta seis? Que tipo de serviço eles vão realizar? Não somos contra a lei, mas acredito que deveriam estabelecer um número de deficientes para serem contratados por meio da área administrativa. Cada setor ou empresa tem suas particularidades”, acredita. Denise Braga Melo, 35 anos, concorda em parte com Edgar Segato. Nutricionista, pós-graduada em Nutrição funcional e Síndrome metabólica, ela é deficiente visual desde os 24 anos, por complicações em decorrência da diabetes, e tem muita dificuldade em conseguir uma vaga no mercado de trabalho. “Ao mesmo tempo em que ouvimos dos empresários que as cotas não são preenchidas por falta de deficientes capacitados, quando somos, não contratam, pois não querem pagar mais que um salário mínimo. Não nos enxergam como profissionais capacitados, e sim como preenchedores de vagas”, destaca. Assim como Edgar Segato, ela acha que a cota deveria funcionar por setor. “Na verdade deveria exigir que a cota fosse cumprida dentro de cada área específica, e não na totalidade da empresa”, diz Denise. Para ela, as empresas não estão preparadas para receber pessoas com deficiência, por isso preferem cumprir a cota obrigada por lei com pessoas consideradas com deficiência leve. “Deficiência intelectual leve, deficiência física que não demande grandes adaptações no espaço físico, entre outros. Ou seja, surdos, que necessitam intérprete, cegos que precisam de condições para mobilidade e computadores com leitores de tela, cadeirantes que precisam de rampas e espaços mais largos para transitar, acabam sendo excluídos, pois a cota diz do percentual de deficientes, mas acaba excluindo alguns tipos de deficiência”, destaca. //Capacitação De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, que é uma das principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal brasileiro, em 2012, mais de 330 mil pessoas com deficiência tinham algum vínculo empregatício. As informações da RAIS por Grau de Instrução e Tipo de Deficiência indicam que, no ensino médio completo, concentra-se o maior número de vínculos empregatícios de todas as modalidades, seguido pelo ensino superior completo e ensino fundamental completo. Levando-se em consideração o tipo de deficiência, a maioria dos postos de trabalho foi ocupada por pessoas que possuem deficiência física (76,6 mil), seguidas pelas que possuem deficiência auditiva (28,5 mil), visual (12 mil), intelectual/mental (6 mil) e múltipla (1,7 mil). Antonio Aldenes Martins Adorno Ferreira, 29 anos, sofreu um acidente doméstico aos três meses de idade e ficou tetraplégico. Ele faz parte das estatísticas dos que estão empregados, mas reconhece as dificuldades que os deficien39 tes têm em encontrar e se manter em um trabalho. “Estou há 11 anos trabalhando no comércio e sei que 90% das lojas não possuem acessibilidade para cadeirantes”, afirma. Com contrato temporário na loja Polyelle, do Setor Comercial Sul, Antonio trabalha como locutor promocional e destaca que a falta de acessibilidade está em toda parte. “A maior dificuldade está no transporte público, pois poucos são adaptados. Além disso, não há rampas de acesso nas ruas e as calçadas são quebradas e irregulares, o que dificulta muito a passagem de um cadeirante”, destaca. Morador do Recanto das Emas, Antonio acredita que a dificuldade de locomoção e os baixos salários são os principais motivos que tiram os deficientes do mercado. “A lei de cotas funciona, mas falta fiscalização. Faltam também incentivos para os deficientes, pois a maioria dos empregadores oferece apenas um salário mínimo, dependendo da escolaridade. Como muitos deficientes já recebem o benefício do governo de um salário mínimo, não vale a pena sair de casa, passar por todas essas dificuldades para conti- nuar ganhando um salário”, explica. Além de fazer serviços temporários em diversas lojas como locutor promocional, Antonio trabalha em rádios com o quadro que criou chamado Momento Acessibilidade, em que dá dicas sobre o tema aos ouvintes. “No próximo ano começarei a faculdade, nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Depois de visitar quatro, descobri uma em Taguatinga que tem a acessibilidade necessária”, conta. “A lei de cotas funciona, mas falta fiscalização. Faltam também incentivos para os deficientes” Antonio Aldenes Martins locutor promocional Por dentro do Sistema A inclusão social é, certamente, uma das principais preocupações do Senac-DF, que realiza ações com o objetivo de diminuir as desigualdades. Para sistematizar esse trabalho, foi implantado, em 2006, um setor responsável por criar projetos para inserir, por meio da profissionalização, deficientes e pessoas excluídas da sociedade. O Núcleo de Cidadania e Inclusão (NCI), como é denominado atualmente, integra e amplia as ações sociais existentes nas diversas áreas da instituição. Uma dessas ações é o Programa Senac Emprego Especial, serviço gratuito disponibilizado para empresas e pessoas com deficiência em busca de uma colocação no mercado de trabalho. 40 Para participar, o aluno/candidato deve preencher no site do Senac-DF o minicurrículo, que ficará cadastrado no banco de currículos específico. A instituição informará aos candidatos, semanalmente, via e-mail, as vagas disponíveis pelo Programa. Caso o candidato tenha interesse, as informações específicas para o preenchimento da vaga serão enviadas para o aluno/candidato. O contato pode ser realizado via telefone ou email. Da mesma forma, as empresas interessadas em participar devem entrar no site do Senac e preencher os dados solicitados no link do Núcleo de Cidadania e Inclusão destinado às empresas. Ronaldo Neves Ferreira, coordenador do NCI, acredita que ainda há certa resistência dos empresários em contratar deficientes porque muitos acreditam que eles que não têm potencial devido às limitações. Outro fator é a falta de formação profissional e a baixa escolaridade. “Apesar disso, estamos vivenciando um momento de mudança”, destaca, lembrando que atualmente existem diversas iniciativas do governo e de instituições para capacitar esse público em específico. “Por outro lado, tem-se notado o aumento da procura por capacitação. Só na Faculdade Senac temos três alunos com alguma deficiência e na unidade de Taguatinga tem uma aluna com deficiência auditiva fazendo o curso de Técnico em Secretariado”, destaca Ronaldo. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 //empresário do mês Pioneirismo na Capital //Por Raíssa Lopes Cristiano Costa Valéria Wandalsen é o nome à frente da Frutacor, loja especializada em cestas de presentes F luminense da cidade de Três Rios, a nutricionista Valéria Maria Lima Wandalsen, chegou a Brasília com o marido em 1989. No mesmo ano, conheceu a Frutacor – estabelecimento especializado em cestas de café da manhã que acabara de ser criado em Belo Horizonte – e decidiu trazer a franquia para a Capital Federal. “A Frutacor foi a primeira loja do segmento no Distrito Federal e, provavelmente, a primeira no Brasil, quando ainda em Belo Horizonte”, afirma Valéria. Surgiu a partir de uma ideia trazida dos EUA, onde já existia esse tipo de prestação de serviços. Hoje, Valéria é proprietária da marca existente somente no Distrito Federal. Valéria acredita que o diferencial de sua loja é o atendimento personalizado às necessidades do cliente. “Além da aplicação de um processo de melhoria constante do produto, de inovação e ampliação do portfólio de vendas”. Para o futuro, a empresária pretende ampliar a linha de produtos oferecidos e verticalizar parte dos itens comercializados por meio de produção própria. “Há que se ter permanente atenção com detalhes com o produto entregue ao cliente, desde o rígido REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 controle com qualidade da armazenagem e data de validade dos produtos até sua estética final”, afirma a empresária. Valéria explica que o trabalho é constante e intenso e que busca manter o nível de qualidade proposto há 25 anos, quando a marca surgiu. Para quem deseja empreender no Distrito Federal, Valéria sugere respeito e atenção com expectativas criadas com o mercado e lembra que o mercado está cada vez mais exigente e ciente de seus direitos. Em Brasília, Valéria concretizou ainda outro sonho: ser mãe. Realizada nesse papel, ela tem três filhos. O mais velho é proprietário de um restaurante na mesma quadra da Frutacor, o Cantucci Bistrô. Os dois mais novos ainda estão na faculdade. Um cursa Engenharia da Computação e a mais nova, Gestão de Políticas Públicas, ambas na Universidade de Brasília. 41 tendência Fotos: Raphael Carmona Faltou espaço? Estoque! //Por Andrea Ventura Cresce na capital oferta de empresas de selfs storages excelente opção para quem tem pouco espaço em casa ou na empresa A empresária Monelly Guanaes precisou fazer uma reforma em sua casa e não podia deixar seus móveis no local. Fez uma busca na internet atrás de empresas de mudanças e descobriu o self storage – empresas que oferecem armazenamento de objetos pessoais em espaços privativos, geralmente denominados boxes. Tudo pode ser armazenado, com exceção de alguns objetos e produtos inflamáveis. A maioria dos que fazem o armazenamento é formada por pessoas físicas, mas empresas também utilizam os serviços. Muito comum nos Estados Unidos, os espaços de selfs storages já chegaram ao Brasil e a Brasília. Quem utiliza os serviços está satisfeito e quem investe também não tem do que reclamar. Monelly utiliza o self storage com frequência. “Sempre que preciso guardar alguma coisa, uso os serviços. Comecei a utilizar porque preci42 Regina Mattos, uma das sócias da Espaço Ideal Guarda Tudo sei reformar a casa e guardei alguns móveis”, conta. Ela utiliza os serviços da Espaço Ideal Guarda Tudo. “Até hoje tenho móveis guardados lá. É como uma extensão da minha casa”, avalia. Outra vantagem é a segurança. “Além do seguro que pagamos, o local conta com câmeras de monitoramento”, explica. Regina Mattos é uma das sócias da Espaço Ideal Guarda Tudo. Localizado na BR-080, com acesso pela Estrutural, o espaço tem 20 mil metros quadrados e conta com 220 boxes. As unidades autônomas começam com seis metros quadrados, mas são modulares. A empresa existe há um ano. “Já trabalhava com mudanças há 30 anos, por isso decidi investir neste setor que é muito crescente”, revela. Segundo ela, apesar da cultura do brasileiro em sempre contratar uma pessoa para fazer todo o serviço de mudanças, esta realidade “self”, um modelo já estabelecido nos Estados Unidos, está mudando. “É uma alternativa mais barata, porque o próprio dono dos objetos faz todo o serviço”, define. O interessado, que pode ser pessoa física ou jurídica, paga antecipadamente por um contrato de um mês. Na Espaço Ideal Guarda Tudo, os valores iniciam em R$ 230 mais uma taxa mínima de seguro que começa em R$ 32. O seguro é obrigatório e protege contra roubo, incêndio, alagamento e vendaval, entre outros. “Os consumidores que nos procuram geralmente mudaram de casa para uma menor e não têm onde guardar, além de homens que acabaram de se separar e pessoas que vão para o exterior”, conta. As empresas que procuram os serviços geralmente buscam os serviços para guardar documentos. Após um ano de funcionamento, Regina conta que o público aceitou bem a proposta. “A necessidade existe. Por isso 80% dos boxes estão ocupados. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Além disso, é um empreendimento fácil de gerir. Todo contato com o cliente é feito por telefone e não há funcionários, a mão de obra é zero. Os únicos funcionários são os vigilantes que ficam 24 horas no local”, esclarece. Para a empresária, o momento é propício para educar o cliente sobre este novo segmento, “para que as pessoas saibam que é mais barato do que empresa de mudança”, ensina. //Privacidade Atuando há dois anos no Polo JK, a Guarde Fácil funciona em um terreno de 7,2 mil metros quadrados. Um dos sócios, o empresário Felipe Ferreira Meira conta que há dificuldades para manter este tipo de negócio. “Tem sido uma aventura tocar este negócio porque as pessoas ainda não têm consciência de como funciona uma self storage. E a nossa margem de lucro é pequena”, explica. Para ele, o que possibilitou o funcionamento da empresa foi o incentivo do programa Pró-DF, que concede a empreendimentos produtivos diversos incentivos, entre eles benefícios fiscais e tributários. “Por meio desse programa conseguimos comprar o terreno com valor reduzido, viabilizando o nosso negócio”, explica. No espaço foram construídos 10 galpões, cada um com 22 boxes. Os boxes têm tamanhos variados: 1,5x3; 3x3 e 4,5x3 metros quadrados. O cliente escolhe de acordo com a sua necessidade – mas a empresa também orienta a escolha do tamanho ideal. Os valores iniciam em R$ 250 por mês, mais o valor do seguro que inicia em R$ 32. Se o cliente não optar pelos 30 dias, paga proporcionalmente ao período alugado. Para atender à demanda, Felipe conta com 10 funcionários. “Para alugar o boxe, o cliente não precisa especificar o conteúdo. Uma das características do self storage é a privacidade. Fazemos questão de manter o sigilo para a conveniência do cliente”, conta. Para evitar problemas, o cliente assina um contrato em que há especificado o que é proibido deixar guardado nos boxes, como produtos inflamáveis, por exemplo. Entre os benefícios na utilização dos espaços do self storage estão os valores. “O preço do metro cúbico de armazenagem em relação a empresas de mudanças é menor. Além disso, há a conveniência de que seus bens ficarão no espaço ao qual só o cliente tem acesso por meio de senha. Em empresas de mudanças, os bens ficam em um espaço comum”, ressalta. //Espaços menores Com duas unidades na cidade, a Show Self Storage está no segmento desde 2013. Em 2014 abriu mais uma unidade na Asa Norte. O proprietário, Marcos Koenigkan saiu do ramo imobiliário para investir em self storage após conhecer o modelo promissor nos Estados Unidos. “O brasileiro ainda não tem cultura de self storage. Mas os espaços estão ficando cada vez menores e caros. Manter uma sala em um escritório para guardar documentos, por exemplo, sai mais caro que alugar um boxe”, ressalta. Com uma taxa de ocupação de cerca de 70%, ele garante que sua divulgação é feita no boca a boca. Para ele é o melhor tipo de publicidade. “Os clientes ficam satisfeitos e acabam indicando para outras pessoas. É seguro e resolve o grande problema da falta de espaço”, conta. Os locais contam com segurança 24 horas por dia e 95 câmeras de monitoramento. Os boxes podem ser alugados por valores iniciais de R$ 180, mais o seguro obrigatório que começa em R$ 32. “Tenho um cliente que desocupou um quarto que usava só para guardar livros. Outra cliente conseguiu desocupar um quarto e o alugou, gerando receita para ela”, conta. Em 2015, o empresário pretende abrir mais duas lojas, em Águas Claras e na Asa Sul. “Estamos procurando novas opções de negócios, queremos nos consolidar”, aponta. //Serviço: Espaço Ideal Guarda Tudo Telefone: 3703-7070 Marcos Koenigkan passou a investir em self storage após conhecer o modelo nos Estados Unidos REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Guarde Fácil Telefone: 3395-3300 Show Self Storage Telefone: 3349-1000 43 formação Chance de crescer //Por Sacha Bourdette Programa de estágio do Sesc oferece 180 vagas para universitários que querem ter experiência profissional em 18 áreas U ma boa maneira de começar a carreira é ter no currículo estágios na área de formação. Pouca prática e contato insuficiente com o ambiente de trabalho são alguns dos empecilhos que pessoas recém-formadas encaram quando ingressam no mercado. O Sesc oferece oportunidade de crescimento por meio do Programa de Estágio. No total, são 180 vagas em 18 áreas distintas: Artes Cênicas, Biologia, Cinema e Produção Audiovisual, Educação Física/Bacharelado, Enfermagem, Física, Informática, Jornalismo, Letras, Matemática, Nutrição, Odontologia, Pedagogia, Psicologia Organizacional, Publicidade e Propaganda, 44 Química, Serviço Social e Turismo. O presidente do Sesc-DF, Adelmir Santana, destaca o papel da instituição na formação profissional. “O Sesc oferece um campo vasto de atuação. São atividades ligadas às questões sociais, culturais, esportivas e do bem-estar do trabalhador, que vai de uma assistência médica a um evento cultural. É uma porta de entrada para a troca de novos conhecimentos. Eles saem daqui aprendendo muito”, afirmou. No processo seletivo de estágio de 2015, inscreveram-se 1.290 estudantes, dos quais convocados 180. Eles passaram por um processo que contou com provas e entrevistas presenciais. A assistente do Núcleo de Estágio, Aline Batista Cavalcanti, revela que o diferencial do Sesc é ofertar vagas em diversas áreas. “A recepção dos estagiários aprovados está prevista para ocorrer no dia 23 de fevereiro. Eles terão a oportunidade de trabalhar em sua área de formação, pois aqui o diferencial é ter um amplo campo de atuação. Realizamos um acompanhamento e supervisionamos o trabalho deles”. Segundo a chefe da Unidade de Gestão de Ações de Sustentabilidade do Sesc-DF, Patrícia de Souza, na faculdade os estudantes aprendem muita teoria e realizar o estágio pode trazer mais segurança e conhecimento. “O estagiário é fundamental para a instituição. Temos seis estudantes da área de Exatas que atuam na Sala de Ciências e o trabalho é feito com a supervisão de um professor. Eles colaboram e ao mesmo tempo aprendem muita coisa”, diz. A estudante de Educação Física Morga de Azevedo, que faz estágio na unidade da 504 Sul, conta que “o trabalho no Sesc foi o melhor possível, inclusive já renovei o meu contrato, pois irá contribuir muito para o meu currículo e abrir mais portas futuramente. Na unidade eu auxilio nas atividades de musculação, jump, pilates e natação”, revelou. Já para a estagiária de Artes Cênicas da unidade de Ceilândia, Ananda Shaya, o Sesc possui uma excelente estrutura de teatro, pois aqui em Brasília existem poucos espaços e, segundo ela, é um privilégio trabalhar na instituição. “Está sendo bom, pois eu nunca tinha trabalhado em um teatro e eu consigo ver como ele funciona de fato”, contou. O Programa de Estágio do Sesc existe desde 1972 e foi regulamentado pela instituição em 1998. Este ano, houve um acréscimo no valor da bolsa (R$ 656) e do auxílio transporte (R$ 140) por mês. A vigência do contrato é de dez meses, podendo ser renovado por igual período. A carga horária é de 20h/semana. Mais informações: 0800 617 617. @sescdf /sescdistritofederal REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 cursos Raphael Carmona Oportunidade de qualificação //Por Sílvia Melo Nova programação do Senac-DF oferece 48 cursos profissionalizantes em diversas áreas A proveitar o período de recesso ou férias para investir em qualificação pode ser uma boa oportunidade para começar o ano com o pé direito. Para atender à demanda do mercado de trabalho e também de alunos, o Senac-DF preparou uma programação com 48 cursos profissionalizantes, e grande parte iniciará as aulas em fevereiro e março. A nova programação, referente aos três primeiros meses do ano, está disponível nas unidades da instituição, por meio da Revista Senac, e também no site www.senacdf.com.br. Os cursos oferecidos são de diversas áreas como saúde, gestão, negócios, turismo, hospitalidade, informação, comunicação, produção cultural e design. Além disso, os interessados podem escolher entre os cursos de curta duração (formação inicial e continuada) ou de longa duração (cursos técnicos). “Fazer um curso profissionalizante é uma ótima oportunidade para conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Pode ser também a chance de se especializar dentro da carreira escolhida para conquistar novas oportunidades ou melhorar o cargo que ocupa na empresa onde já trabalha”, destaca Adelmir Santana, presidente do Conselho Regional do Senac-DF. Dentre os cursos técnicos, cuja carga horária varia de 934h a 1.800h e duram no mínimo um ano, destacam-se os técnicos em Análises Clínicas, Enfermagem, Secretariado, REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Logística, Informática, Segurança do Trabalho e Guia de Turismo. Os destaques dentre os cursos de formação inicial e continuada, que possuem carga horária entre 20h e 500h são: Cabeleireiro, Depilador, Design de Sobrancelhas, Lactarista, Recepção em Serviços de Saúde, Agente de Alimentação Escolar, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Faturamento, Elaboração de IR, AutoCad 2D, Montador e Reparador de Computador, Costureiro, Editor Gráfico, Confeiteiro, Cozinheiro e Sushiman. //Onde encontrar Os cursos serão oferecidos nas unidades do Senac localizadas na 903 Sul, no Setor Comercial Sul (Jessé Freire e Gastronomia), em Sobradinho, Taguatinga, Ceilândia e Gama. As matrículas podem ser realizadas nas próprias unidades e o interessado deve levar os seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de escolaridade e comprovantes dos demais requisitos do curso escolhido. Confira alguns cursos com início previsto para fevereiro: CURSO Técnico em Análises Clínicas CARGA HORÁRIA LOCAL INVESTIMENTO 1.320h 903 Sul R$ 7.260* Agente de Alimentação Escolar 200h Taguatinga R$ 775* Administração de Serviços Hospitalares 60h Gama R$ 225* Auxiliar de Recursos Humanos 200h Ceilândia R$ 726* Auxiliar de Operações em Logística 200h Jessé Freire R$ 630* Costureiro 200h Sobradinho R$ 1.320* Pizzaiolo 200h CEP-Tecnologia do Turismo e Hospitalidade R$ 1.254* * a serem pagos em parcelas mensais, de acordo com a duração do curso www.senacdf.com.br /senacdistritofederal @senacdf 45 //doses econômicas E andou mesmo de lado... O ano de 2014 foi um ano morno da economia brasileira. Talvez mais para frio do que para quente. Contudo, não houve recessão e o volume de vendas do varejo até cresceu: 3,7% de acordo com a Serasa, ou 3,1% conforme a CNC. Mas foram os piores resultados desde 2003. De fato, a economia andou de lado. Antecipáramos esse quadro em entrevista à esta Revista, em fevereiro de 2014. Confirmamos tal expectativa em artigo também na edição de julho de 2014. E 2015, o que nos reserva? O panorama internacional será de uma parte melhor: recuperação da economia americana e redução do preço do petróleo que no curto prazo é positiva para o Brasil. De outra, será pior, com a queda de preços de commodities das quais o Brasil é grande produtor (soja, carnes, minérios etc.). Em resumo: conjuntura internacional neutra; não ajudará muito, mas não prejudicará. Porém, fechamos 2014 com desequilíbrios macroeconômicos que precisam de correção urgente. Re- ferimo-nos ao déficit do balanço de pagamentos e à inflação alta com estagnação. Daí o porquê da nova equipe econômica com viés liberal e ortodoxo. Como a inflação vem elevada há cinco anos, a inércia (retroalimentação inflacionária) já é forte. Ao mesmo tempo será necessário corrigir alguns preços, como o dólar que deverá ficar ainda um pouco mais caro. Esses movimentos costumam produzir tensões inflacionárias. Para neutralizá-las a taxa de juros provavelmente subirá mais um pouco e o resto ficará por conta do arrocho fiscal e de crédito. Esses ajustes terão um custo. Talvez uma recessão técnica em 2015 e retração nas vendas do varejo. O apoio inequívoco da presidente da República às políticas ortodoxas pode acelerar a recuperação da confiança e a recuperação chegaria logo em 2016. A alternativa de contemporizar com os desequilíbrios proporcionaria um ano talvez um pouco melhor para o comércio, mas agravaria os problemas de endividamento externo e da indústria. Cristiano Costa Carlos Eduardo de Freitas Economista e presidente do Corecon/DF Parceria: 46 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 cultura Cristiano Costa Centro do palco //Por Sacha Bourdette Sesc-DF recebe o lançamento da 18 ª edição do projeto Palco Giratório com grupos de todo o País O projeto já consolidado no teatro brasileiro estará no Distrito Federal em sua 18ª edição. O Sesc-DF irá receber de 11 a 15 de março o lançamento do Circuito Nacional Palco Giratório. A capital foi escolhida pela primeira vez para dar a largada ao festival que reúne o melhor da arte cênica nacional. Para o evento de abertura, se apresentarão grupos do Rio Grande do Norte, Bahia e Goiás, e companhias locais. As unidades de Ceilândia, 913 Sul, Taguatinga Norte e Gama serão os palcos dos espetáculos de lançamento, além da Torre de TV. Segundo o responsável pelo Palco Giratório em Brasília e coordenador do Teatro Sesc Garagem, Ivaldo Gadelha, o projeto representa trocas de experiências e intercâmbio entre artistas e a plateia. “O projeto é considerado o mais importante do País no segmento de artes cênicas. Não é apenas reunir 20 companhias com mais de 30 espetáculos, mas é levar ao público diversas linguagens artísticas em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos. No evento de lançamento contaremos com a coletiva de imprensa, reuniões, apresentações e oficinas”, adiantou. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Todo o Brasil será percorrido a partir de abril, após o lançamento, o que contribui para a descentralização e difusão das produções cênicas no País. O evento retornará a Brasília de 2 a 30 de julho, com apresentações no Teatro Sesc Garagem (913 Sul), ruas e praças da capital. A expectativa é que mais de 6 mil pessoas confiram os espetáculos, intervenções e participem das oficinas de temas variados que irão favorecer o debate sobre as formas de fazer teatro. Em um mês serão 20 grupos de 12 estados diferentes que trarão peças com entrada franca. Três peças do Prêmio Sesc do Teatro Candango de 2014 foram indicadas para participar da programação regional do Festival Palco Giratório – Brasília 2015, concorrendo, posteriormente, a uma possível inserção no projeto nacional de 2016. O espetáculo “Misanthrofreak”, do Grupo Desvio, eleito o melhor da mostra competitiva, fará parte do festival. “Iara – O Encanto das Águas”, da Companhia Lumiato, contemplada com os prêmios de melhor direção, dramaturgia e sonoplastia também estará no projeto. Além disso, o espetáculo “Entre Cravos e Lírios”, do Grupo BRSA Coletivo de Artistas, vencedor da cate- 6 mil é a expectativa de público para os espetáculos do projeto no DF goria de melhor atriz e figurino, será apresentado. O diretor e ator da peça Misanthrofreak, Rodrigo Fischer, considera o Palco Giratório uma grande oportunidade de receber mais visibilidade. “Já apresentei a peça em Nova Iorque e em países da Europa e agora será uma chance de mostrar para o Brasil. Vencer o prêmio me proporcionou prolongar a vida útil de meu espetáculo, ao apresentá-lo no Palco Giratório. Será um grande privilégio participar do mais importante festival de circulação cênica do Brasil”, contou. @sescdf /sescdistritofederal 47 //agenda fiscal Outros eventos trabalhistas no e-Social: fiquem atentos N esse artigo iremos tratar do arquivo “Eventos Trabalhistas”. Sobre o Afastamento Temporário e, para esse benefício, são motivos: Aborto não criminoso; Acidente de trabalho; Aposentadoria por invalidez; Cárcere (auxilio reclusão); Doença; Licença sem vencimento; Mandato eleitoral; Mandato sindical maternidade, inclusive decorrente de Adoção; Participação de cursos ou programa de qualificação; Paternidade; e Serviço Militar. Outra questão é a Estabilidade, e destacamos: Acidente de Trabalho; CIPA; Dirigente de Cooperativa; Dirigente Sindical; Empregado Reabilita- do; e Gestante são exemplos de motivos que justificam a Estabilidade. Todas essas ocorrências são relevantes e exigirão registros específicos, com informações sobre autorização e prazo. Fato que vai complicar é que o Aviso Prévio deve ser registrado com a antecedência normatizada. O Aviso Prévio acertado com o empregado não poderá ser registrado. Em relação a outras ocorrências será necessário registrar: Atividades Desempenhadas, Advertência, Suspensão, Pedido de reconsideração de benefício previdenciário, desligamento, reintegração (qualquer fato verificado ao longo da vida laboral) deverá ser registrado no e-Social e sempre devem ser observados os prazos legais. Joel Rodrigues Adriano Marrocos Contador da Fecomércio e do IFPD e presidente do CRC/DF Calendário – 6 a 28/2/2015 O QUE e QUANDO pagar? 06/02 13/02 16/02 20/02 25/02 27/02 • Data limite para pagamento dos salários referente a 1/2015. • FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 1/2015. • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/1/2015. • Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 1/2015. • Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 1/2015. • Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 1/2015. • SIMPLES NACIONAL referente a 1/2015. • ISS e ICMS referentes a 1/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). • PIS e COFINS referentes a 1/2015. • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 1/2015. • 2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 4º trimestre/2014 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. • Carnê Leão referente a 1/2015. • IRPJ e CSLL referente a 1/2015, por estimativa. • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/2/2015. • Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUE e QUANDO entregar? 06/02 13/02 20/02 27/02 Várias 48 • Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente a 1/2015. • Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF referente a 12/2014. • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 12/2014. • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente a 1/2015. • Declaração de Imposto de Renda na Fonte (DIRF) à SRF/MF referente ao ano calendário 2014. • Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) à SRF/MF referente ao ano calendário 2014. • Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente a 1/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009). REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Associado da Fecomércio DF você já conhece as vantagens e benefícios da parceria com o BB Seguros oferecidos aos segurados? Confira: Assistência Auto 24h completa, incluindo os serviços de chaveiro, reboque, atendimento em caso de pane seca, serviço de despachante, entre outros;¹ Assistência Gestante, que garante o transporte emergencial da gestante ao hospital mais próximo; Assistência Casa gratuita, com mão de obra especializada para a execução de reparos emergenciais de hidráulica, chaveiro, vidraceiro, eletricista e diversos serviços;² Cliente BB Seguro Auto também participa da Rede de Benefícios BB Seguros que oferece descontos em estacionamentos, assinaturas de jornais e revistas, pacotes de viagens, na compra de presentes, ingressos para shows, cinema, parque de diversões, entre outros.³ Acesse o hotsite da parceria em www.sistemafecomerciodf.com.br ou ligue para a Central de Negócios (0800 729 0400) ou 0800 775 5045 (Para Deficientes Auditivos e da Fala) e informe ser associado à Fecomércio DF. Contrate seu seguro pela internet e parcele em até 6x sem juros no cartão de crédito ou débito em conta. As condições da parceria são extensivas a seus familiares! Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros CNPJ: 01.356.570/0001-81 Comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor: 0800 570 7042 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 24 horas, sete dias da semana. Ouvidoria: 0800 775 1079 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 Das 8h às 18h, de 2º a 6º feira, exceto feriado ou pelo site www.bbseguros.com.br. A Ouvidoria tem como objetivo atuar na defesa dos direitos dos consumidores, esclarecendo, prevenindo e solucionando conflitos. Deverá solucionar, de forma ágil e imparcial, as insatisfações que, por algum motivo não foram esclarecidas pelos canais de atendimento habituais, como, por exemplo, o SAC. Serviço de assistência à residência prestada pela Brasil Assistência, CNPJ: 68.181.221/0001-47. turismo Sesc Varandas traz novidades para 2015 Excelente opção de hospedagem para comerciários e dependentes, o local deverá passar por uma reforma este ano Cristiano Costa //Por Andrea Ventura C omerciários e dependentes têm uma excelente opção para se hospedar em Brasília. É o Sesc Varandas, situado na unidade da 913 Sul. O espaço foi inicialmente destinado a abrigar funcionários do Sesc que vinham de outras regiões para fazer cursos na cidade, já que antes a unidade pertencia ao Departamento Nacional. Após a mudança para o Departamento Regional, o local passou por uma grande reforma e começou a receber comerciários e seus dependentes que desejam se hospedar na cidade. “Muitos vêm conhecer a cidade com a família ou resolver problemas administrativos em Brasília, como aposentadorias e questões judiciais. Além disso, recebemos também para hospedagem atletas e artistas”, revela a chefe da Central de Turismo do Sesc-DF, Iêda Vale Fonseca. A prioridade de hospedagem é para comerciários e dependentes, mas o local é aberto a toda a comunidade. O Sesc Varandas conta com 16 apartamentos e recebe cerca de 240 hóspedes por mês, a maioria de comerciários. Os apartamentos têm TV, frigobar, banheiro privativo, ar condicionado e telefone. O acesso aos apartamentos pode ser feito por meio de elevador ou escadas. O valor da diária é acessível, com apartamento duplo por pessoa e café da manhã. O desjejum é farto e balanceado e inclui pães do tipo integral e francês, frutas, sucos, ovos mexidos, pão de queijo, biscoitos dietéticos, 50 café, chocolates e chá, entre outros. Em 2015 o Sesc Varandas passará por uma reforma que deverá aumentar a oferta de quartos, para suprir a demanda anual de hóspedes. Quem se hospedar neste ano vai contar ainda com televisores novos e mais modernos nos quartos e serviço de TV a cabo. “Recebemos muitos hóspedes durante todo o ano. O preço é atrativo, e deixamos os hóspedes muito à vontade, como se estivessem em casa, o ambiente é informal, voltado para atender a família comerciária”, conta Iêda. Crianças de até cinco anos não pagam e hóspedes de 6 a 11 anos pagam a metade do valor. O administrador de empresas Sérgio Marçal mora em Goiânia, mas sempre que vem a Brasília opta pelo Sesc Varandas como opção de hospedagem. “Prefiro pela relação custo-benefício. Além do preço ser bom, é bem localizado”, conta. Em geral, ele fica na cidade cerca de dois dias a negócios. “O hotel é aconchegante e o pessoal já me conhece. É uma continuação da minha casa”, afirma. Desde julho de 2005, a hospedagem conta com o selo de estabelecimento credenciado pela publicação especializada em viagens “Guia Quatro Rodas Viajar Bem e Barato”. O selo indica que o Sesc Varandas faz parte da lista das melhores opções de hotéis do País. O selo representa ainda o reconhecimento do Guia Quatro Rodas pela qualidade e pela excelência dos serviços disponíveis aos que se hospedam no local. As reservas devem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. @sescdf /sescdistritofederal REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Oficina de máscaras, bailinho, desfile de fantasia infantil, aulão de rítmos, brinquedos infláveis, pintura de rosto, samba, frevo, marchinhas, pagode e axé. Entrada gratuita para crianças de até 12 anos Usuários e seus dependentes R$ 5 Sesc Taguatinga Sul - 15 e 17 de fevereiro Sesc Guará - 14 a 17 de fevereiro Sesc Taguatinga Norte - 15 e 17 de fevereiro Sesc Gama - 14 a 17 de fevereiro Sesc Ceilândia - 14 a 17 de fevereiro //vitrine - Por Taís Rocha Para pular os quatro dias Alegre como deve ser No mercado internacional há mais de 15 anos, a marca Ballasox abriu sua primeira loja física em território nacional aqui em Brasília há seis meses, na 107 Norte (Bloco A, loja 21). A marca é especializada em sapatilhas inspiradas nas bailarinas. Elas vêm com um forro em elastano que veste o pé como uma meia, garantindo um conforto único, além de serem dobráveis e por isso bem práticas. Ou seja, são uma opção superconfortável para cair na folia. “As sapatilhas estarão com preço promocional até o Carnaval, com modelos a partir de R$ 59,90”, afirmou a proprietária Mariângela do Carmo. O batom NY Style Red, da Fashion Collection (R$ 32,99), do Boticário, é uma ótima opção de maquiagem para quem quer pular o Carnaval. De fácil aplicação, tem cobertura por até oito horas, FPS 25, além de vitaminas A e E, e ação antioxidante. Conforto para os pequenos Lado lúdico do Carnaval A loja de roupas infantis Alphabeto (Pátio Brasil Shopping, Piso 2, loja 304, 3964-2080) lançou sua Coleção Carnaval, com peças a partir de R$ 15,95. São shorts, vestidos e camisetas leves e confortáveis que vão deixar as crianças além de coloridas, bem confortáveis para curtir a folia. A paper designer, Fabiani Christine, da Dot Paper, preparou kits especiais para as crianças. São gatinhas, anjos e marinheiros. O destaque é para a fantasia de palhaço – que vem com gravata de cetim estampado, nariz e óculos gigantes (R$ 50). As embalagens dos kits vêm com uma sugestão de looks. De graça para as crianças Para fugir da folia O CCBB abre seus espaços para a exposição, “Ciclo – criar com o que temos”. Para quem não curte a folia, é uma ótima pedida para os dias de Carnaval. A mostra segue até 20/4, com obras como “Slogans para o século 21”, do artista Douglas Coupland (foto). São 15 instalações e esculturas de 52 14 artistas de diferentes gerações e nacionalidades, pautada pela urgência de produzir uma arte a partir de elementos do mundo – como câmaras de pneus, palitos de dente, dejetos eletrônicos, armas, doces, veículos e até lixo. Visitação de quarta a segunda, 9h às 21h, com entrada gratuita. O Shopping Pátio Brasil irá investir neste ano na folia das crianças. Serão dois dias de Bailinho de Carnaval na Praça Central, com entrada franca: sexta-feira (dia 13) e sábado (dia 14). Sexta haverá oficinas e pintura de rosto (das 14h às 20h). Sábado o bailinho será animado com banda, desfile, balões e kit folião para as crianças. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA S Í N T E S E O estudo realizado neste boletim tem objetivo de ser um insumo para pesquisa e análise da conjuntura do mercado ÍNDICE DE PREÇOS imobiliário no Distrito Federal. O ambiente econômico no Brasil Variação Mensal tem reflexos no setor imobiliário. A partir dos dados coletados 1,20% e apresentado no boletim do mês de dezembro, é possível verificar que o setor imobiliário oferece a relação mais estável como investimento. Avalie os dados completos no boletim da 1,00% 0,80% 0,60% 0,40% 0,20% 0,00% IGP - M conjuntura imobiliária em nosso site: www.secovidf.com.br Certamente a informação que você precisa para decidir sobre investimento em imóveis está disponível em nosso boletim. Novembro Deztembro IGP - DI 0,98 1,14 0,62 0,38 IPC % % % % IPCA 0,69 0,51 0,30 0,78 INCC % % % % 0,44 0,08 % % ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA Residencial Águas Claras Brasília Guará foi o IPCA, no entanto, a variação do IPCA na categoria “Habitação” foi de 0,32%, um valor menor que o observado em novembro, de 0,41%. 0,44 0,40 0,32 % O Índice de rentabilidade mede o quanto o aluguel de determinado imóvel rende ao ano em relação ao seu valor venal Veja mais no Boletim Completo em nosso site. % % ÍNDICE IMOBILIÁRIO ÍNDICE IMOBILIÁRIO Locação Comercialização 114,000 108,685 106 Os indicadores recuaram em dezembro. A exceção APARTAMENTO 1 QUARTO 110,320 110,786 111,262 112 ,108 127,000 110,452 122,986 119,457 ,307 109,000 102,000 dez 13 fev 14 abr 14 jun 14 ago 14 out 14 dez 14 tamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF. Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão. dez 13 fev 14 124,366 123468 123,713 124,473 124,370 abr 14 jun 14 ago 14 out 14 dez 14 VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE: www.secovidf.com.br Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444 //caso de sucesso Professora abre o próprio negócio Raphael Carmona //Por Sílvia Melo Monique Lemos encontra nova profissão e se torna cake designer A o mudar-se para Brasília em fevereiro de 2014 para acompanhar o marido, que havia conseguido um emprego na Capital Federal, a carioca Monique Roberta Silva Praxedes Lemos, de 30 anos, deixou no Rio de Janeiro o emprego de professora de maternal em uma escola. Quase um ano depois da mudança, sua vida deu uma reviravolta. Em meio a bolos, doces, cupcakes, bombons, biscoitos, trufas, pães de mel, entre outras guloseimas, ela sente-se realizada. Depois de fazer o curso de Confeiteiro no Senac-DF, a professora abriu o próprio negócio, a empresa Studio Doce e Art, onde as encomendas para os mais diversos tipos de festas e comemorações não param de chegar. Mãe de dois filhos e com o terceiro a caminho, Monique sempre gostou de cozinhar e admirava o trabalho de uma prima, que é confeiteira. “Sempre tive vontade de entrar para o mundo da confeitaria. Quando morava no Rio, fazia doces em casa para as festinhas da família”, conta ela, que sempre quis se profissionalizar mas não teve oportunidade. “Meu marido ficou sabendo do curso gratuito do Senac, que era próximo ao emprego dele, e me avisou. Fiz a inscrição e em poucos dias fui chamada para me matricular”, conta, destacando que conseguiu a bolsa por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG). “O curso foi realizado na unidade móvel que estava na cidade Estrutural”, completa. Dois meses após o início das aulas, Monique começou a produzir bolos confeitados e a vender, por meio de encomendas feitas pela internet. “O que eu aprendia no curso fazia em casa, tirava fotos e colocava em grupos de mães e de festas do Facebook. As pessoas passaram a conhecer o meu trabalho e começaram a encomendar”, lembra. “O primeiro pedido, feito por uma moça para o noivo, foi de um bolo que tinha uma lata de cerveja derramando. Foi o maior sucesso e muitas pessoas começaram a encomendar também”, conta. Os primeiros clientes passaram a indicar o trabalho de Monique e logo ela abriu a empresa. “Meu sonho era abrir uma doceria, por isso precisava fazer um curso profissionalizante. E foi o Senac que abriu 54 as portas dessa área para mim”, afirma, lembrando que a instituição tem bastante credibilidade. “Quando as pessoas vêm fazer as encomendas, sempre perguntam onde aprendi a fazer os bolos e doces. E quando digo que foi no Senac, as pessoas passam a ter outra visão, pois sabem que a empresa é séria e forma profissionais capacitados”, destaca. Monique pretende ampliar a empresa e, depois que o bebê nascer, vai fazer faculdade de Gastronomia. //Sobre o curso O curso de Confeiteiro possui carga horária de 300h e é realizado no Centro de Educação Profissional Tecnologia do Turismo e Hospitalidade, localizado no Setor Comercial Sul. Nele, o aluno aprende a preparar e montar sobremesas e massas doces, produzir e decorar bolos, tortas e sobremesas, e ainda preparar biscoitos finos, chocolates especiais, folhados, massas e doces diversos, seguindo os padrões das boas práticas na manipulação dos alimentos. Para participar é preciso ter no mínimo 18 anos e o Ensino Fundamental completo. A previsão de nova turma é para o mês de maio. @senacdf /senacdistritofederal REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. //direito no trabalho Estabilidade do dirigente sindical com a extinção da empresa A estabilidade do dirigente sindical é uma garantia constitucional prevista no art. 8º, inciso VIII, da Constituição Federal, e tem por objetivo proteger o direito de defesa dos interesses coletivos da categoria profissional. É o meio legal de garantir que o representante eleito pelos trabalhadores, ainda que suplente, exerça sua liderança sindical e não sofra uma dispensa arbitrária, pois sua estabilidade no emprego é conferida desde o registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave. Ocorre que a exemplo de muitas estabilidades previstas em lei, a do dirigente sindical também gera dúvidas, e a que merece destaque é o caso em que a empresa encerra as suas atividades na base territorial do sindicato laboral e aí se discute se permanece ou não essa estabilidade. Após muitas discussões no Judiciário, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou o entendimento de que “havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade”. Também o Supremo Tribunal Federal (STF) diante da questão já se manifestou no sentido de que a garantia constitucional, enquanto no cumprimento de mandato sindical, não se destina a ele propriamente dito, ou seja, não é intuito 56 Joel Rodrigues Não resta dúvida de que a empresa encerrando suas atividades na base territorial do sindicato, também estará encerrada a estabilidade do seu dirigente sindical personae, mas sim à representação sindical de que se investe, quando eleito pela categoria, o que deixa de existir se a empresa empregadora for extinta. E por se tratar da Corte máxima do País, dúvida não resta de que a empresa encerrando suas atividades na base territorial do sindicato profissional, encerrada também estará a estabilidade do seu dirigente sindical. Assim, as empresas que enfrentarem esse tipo de situação poderão fazer suas rescisões sem justa causa, ainda que o empregado seja um dirigente sindical, sem a necessidade de ter o cometimento de falta grave. Dra. Cely Sousa Soares mestre em Direito pela UCB, sócia da Ope Legis Consultoria Empresarial, Consultora Jurídica de diversas empresas e entidades de classe REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. e-CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. e-CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. NF-e a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 [email protected] www.fecomerciodf.com.br //segredos do marketing digital M ais um ano que começa cheio de desafios e oportunidades para pequenos negócios em todo o País. Em um ano que apresenta um cenário econômico difícil, com alta da inflação, desvalorização do câmbio, rumores de um provável aumento de impostos e cortes gerais de orçamento, estamos felizes por trazer uma boa notícia: em 2015, o e-commerce continuará crescendo forte no Brasil. Segundo dados da E-bit, empresa especializada em informações do setor, no ano passado o e-commerce movimentou R$ 35,8 bilhões. Em 2015, a expectativa é que esse montante chegue a R$ 43 bilhões, crescimento de aproximadamente 20%. E como você pode aproveitar essa oportunidade? Em primeiro lugar, o óbvio: se você tem a possibilidade de vender online, mas ainda não o faz, essa é a hora de adquirir sua plataforma de e-commerce. Atualmente há diversas soluções prontas, como as da Locaweb e da UOL, que precisam ser apenas implementadas e ajustadas ao seu site. Escolha a que melhor atende a suas necessidades e comece o quanto antes. Mas se você já possui um serviço de e-commerce, veja abaixo algumas tendências que valem a pena serem observadas neste ano. A primeira delas é a personalização. Empresas que querem vender online precisam, cada vez mais, entregar imediatamente o produto que seu cliente está procurando. A apresentação dos produtos e das ofertas deverá ser desenhada para cada cliente individual, baseada em seu histórico de compras e suas preferências pessoais. Isso irá melhorar as vendas, a margem de lucro e a satisfação de seus clientes. 58 A s e g u n d a te n d ê n c i a é a d o M-commerce. Cada vez mais usuários acessam a internet através de dispositivos móveis, seja um smartphone ou um tablet. Isso significa que uma empresa que se dispôs a vender online deve certificar-se de que seu site possa ser acessado em todos esses aparelhos. De acordo com pesquisa da Pyramid Research, em 2015 serão vendidos 93 milhões de telefones celulares no Brasil, dos quais 49% serão smartphones. Lembramos também que este será o ano dos Wearables (dispositivos que podem ser “vestidos”) como o já anunciado Apple Watch, fato que irá apenas aumentar a gama de opções móveis que estarão disponíveis para o público. Para terminar, uma das tendências mais importantes para o ano é a Big Data. Torna-se cada vez mais importante coletar e analisar dados estatísticos referentes à sua presença online. Seja por meio do Google Analytics ou das ferramentas de insight de suas redes sociais, esses dados irão trazer ao empreendedor diversas dicas sobre o comportamento de seus clientes, suas preferências e suas intenções de compra. Será a partir destes dados que você poderá refinar sua estratégia online e atingir o maior número de clientes possíveis, maximizando suas vendas. Apesar dos desafios que o ano apresenta para os pequenos negócios, 2015 também estará cheio de oportunidades, especialmente para os empresários que estejam dispostos a desbravar novos horizontes. O consumidor brasileiro está cada vez mais confortável com o ambiente online e sente-se cada vez mais seguro em fazer compras pela internet. As empresas que melhor souberem aproveitar essa realidade terão um diferencial em relação aos competidores. Um excelente ano para todos e boas vendas. Geovanna Leal Em 2015, o e-commerce continua forte no Brasil Renato Carvalho Diretor-Executivo da ClickLab Maximo Migliari //Envie perguntas para [email protected] ou facebook.com/agencia.clicklab REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Sócio da ClickLab Com o Treinamento Empresarial ´ do Instituto Fecomercio empresa ´ e funcionarios crescem juntos. Professores altamente qualificados Mais de 15 mil profissionais treinados 18 anos de experiência em treinamentos empresariais O Instituto Fecomércio oferece os cursos In Company onde consultores especializados elaboram aulas de acordo com as necessidades da empresa e desenvolvem treinamentos nas mais diversas áreas. Saiba mais: www.institutofecomerciodf.com.br Construir o futuro é investir no presente. //sindicatos Cristiano Costa José Aparecido da Costa Freire, presidente do Sindipel-DF I Movimento tímido nas papelarias //Por Daniel Alcântara Sindipel-DF espera aumento de apenas 3% no faturamento do setor 60 nício de ano sempre é marcado pela grande procura no setor de papelarias de todo o Distrito Federal em decorrência do começo do ano letivo nas escolas. Porém, em 2015 as expectativas não são as melhores. O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF) acredita que em 2015 o governo do DF não disponibilize o cartão material escolar por falta de orçamento. Diante disso, o sindicato espera um tímido aumento de 3% no faturamento do setor em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação. É um número considerado pequeno, de acordo com o Sindipel. O cartão escolar era disponibilizado desde 2013 para os alunos da rede pública de ensino cadastrados no Programa Bolsa Família, com um crédito de R$ 226, com o custeio do GDF, para ser gasto com material escolar nas lojas à escolha do cidadão. “Até o fim do ano passado acreditávamos que o cartão iria ser utilizado, mas com o rombo que estamos vendo no cofre do GDF, acredito que, pela escassez de recursos, não teremos verba para o programa do Cartão Material Escolar este ano”, diz o presidente do Sindipel-DF, José Aparecido da Costa Freire. “No início REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 do programa, foi uma vitória para as papelarias. Muitos empresários do ramo falavam até em salvação do setor. O sindicato, inclusive, trabalhou muito para a aprovação do projeto”, conclui Freire. De acordo com informações da secretaria de Educação do Distrito Federal, a validação do cartão material ainda está em estudo e não há data definida para a realização do programa em 2015. Em nota, a secretaria informou que “necessita de suplementação à previsão orçamentária proposta pelo Projeto de Lei Orçamentária para 2015”. José Aparecido acredita que, se for mesmo confirmado que os alunos da rede pública não poderão contar com a ajuda do Estado na compra dos materiais, os empreendimentos localizados nas regiões administrativas mais carentes do DF poderão perceber uma queda de até 20% nas vendas. O Shopping Risk, loja especializada em venda de material escolar, localizado na Ceilândia, já está sentindo a queda nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o gerente, Manoel Júnior, o consumidor ainda está tímido e a procura na loja segue fraca neste início do ano. “Já notamos a presença de alguns alunos das escolas particulares. Mas, em relação à rede pública, o pessoal está pedindo prazo e pagando no cartão de crédito,” diz Júnior. Cerca de 60% dos clientes têm pago suas compras com crédito, 30% em débito e 10% em dinheiro. Além da dúvida que cerca o uso do cartão escolar, o preço dos materiais derivados do papel, como cadernos, agendas, cartolinas, folhas A4 e livros deve ter um aumento de 8% a partir do início de fevereiro, descontado o reajuste anual. “Tivemos a partir do dia 5 de janeiro deste ano um aumento de 8% no preço do papel. Quando formos repor os itens derivados do produto, eles já virão com o acréscimo no preço. Com a economia instável que o País está atravessando, os produtos importados também ficaram mais caros”, explica o presidente do Sindipel. Para ele, quem se antecipou às compras (caso de muitos brasilienses) e aproveitou o 13º salário para aliviar as contas, não foi surpreendido com esse aumento. //Ano atípico De acordo com o presidente do Sindipel, dezembro de 2014 foi um ano atípico, com aumento de 20% nas vendas e no movimento nas papelarias da cidade. Realidade diferente da sentida no início de 2015. “Normalmente, não temos movimento em dezembro, mas por causa do alto endividamento da população e muitos servidores sem receber salário e benefícios, acredito que alguns preferiram antecipar as compras para garantir o material das crianças”, comenta José Aparecido. Em relação ao rendimento das crianças na escola, ele acredita ser benéfico quando o aluno acompanha os pais nas compras do material escolar. “Dessa forma, o estudante fica mais motivado para começar o ano letivo”, comenta. De acordo com informações do Sindipel, o material completo deve custar em torno de R$ 1,5 mil para o ensino fundamental e R$ 1,7 mil para os alunos do ensino médio. //Sobre o Sindipel O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria (Sindipel) auxilia a categoria desde 2001, participando das convenções coletivas (acordos fechados entre os sindicatos de trabalhadores e dos empresários). A entidade também realiza acordos em relação a direitos, garantias e outras regras das relações entre funcionário e empregador. De acordo com o presidente do sindicato, são mais de 13 anos negociando melhorias para o setor. O Sindipel também esteve presente na luta para a conquista do cartão material escolar e do veto do projeto de lei que sugeria que os professores poderiam comprar livros nas papelarias de Brasília com desconto de 50%. Mais um triunfo contabilizado para o sindicato foi a aquisição de uma sede, localizada na Asa Norte, no Edifício Brasília Rádio Center. Raphael Carmona Alguns brasilienses preferiram antecipar as compras para garantir o material das crianças já em dezembro REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 61 //pesquisa conjuntural Dezembro positivo A s vendas do comércio brasiliense cresceram 9,73% em dezembro de 2014 na comparação com novembro. Já as vendas do setor de serviços cresceram Desempenho de vendas Comércio Setor 1,38%. No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro 2013 x dezembro 2014), no entanto, as vendas tiveram queda de 5,16% (comércio e serviços) e fecharam o ano passado no verme- Segmento Jul14 x Ago14 x Set14 x Out14 x Nov14 x Dez14 x Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14 Nov14 Autopeças e Acessórios 1,39% 2,67% -1,01% 6,06% -5,58% -1,75% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -2,78% 4,36% 3,24% -3,77% -1,94% 4,09% Calçados 2,85% -0,22% 1,76% 6,02% 1,99% 45,71% Farmácia e Perfumaria -0,85% -0,15% 0,19% -0,97% -2,18% 6,70% Floricultura -11,01% 1,54% -12,37% 5,21% 17,45% 5,86% Informática 6,22% -1,38% 2,81% -5,00% -2,38% 23,61% Livraria e Papelaria -3,51% 15,60% -1,98% -2,39% -0,99% 60,97% Lojas de Utilidades Domésticas 2,57% 4,37% -6,71% -5,99% 5,45% 20,22% Material de Construção -2,09% 3,69% -1,44% -0,79% 5,46% -1,92% Mercado e Mercearia -2,56% 2,27% -0,89% -2,18% -0,02% -2,17% Móveis e Decoração -1,56% 4,09% -5,87% -2,82% 8,10% -7,18% Óticas 3,71% 4,16% 6,16% -1,56% 0,79% -7,84% Tecidos 0,76% -1,79% -3,69% -6,57% 31,65% 12,45% Vestuário -1,24% 2,68% -7,61% -5,17% 6,75% 43,67% Total -1,20% 2,80% -0,77% -1,44% 0,59% 9,73% - - 6,37% 5,68% 5,58% -8,55% -0,61% 19,29% 4,81% -0,20% 12,96% 6,94% - - 6,10% 4,16% 3,54% 1,16% 23,52% -7,74% 2,10% -5,52% 7,98% -15,02% Casa de Eventos - - 5,24% 2,08% -0,48% 1,75% Clínica de Estética - - 1,35% 2,27% 0,19% 3,06% Ensino de Idiomas - - 3,17% 0,44% 2,27% 3,06% -2,09% 2,97% 1,56% -2,58% 7,13% 6,39% - - 2,69% -1,42% 2,82% -6,60% Salão de Beleza -0,08% 3,13% 11,52% -5,96% 2,37% 17,61% Total 1,83% 7,42% 5,01% 0,63% 4,22% 1,38% -0,97% 3,16% 0,47% -0,97% 1,35% 7,94% Academia Agências de viagem Aluguel de Artigos para Festa Autoescola Serviços lho, confirmando expectativas anteriores de que as vendas no ano de 2014 seriam menores frente a 2013, quando o acumulado positivo mediu 4,44%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o desempenho do comércio local no ano de 2014, em comparação com Pet Shop Reparação de Eletroeletrônicos Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 62 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Região Comércio Jul14 Ago14 Set14 Out14 Nov14 Dez14 x x x x x x Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14 Nov14 Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 0,00% 2,80% -0,27% -2,46% 0,44% 10,34% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -0,91% 1,60% 1,94% 6,32% -5,10% 12,93% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -2,94% 0,24% -0,57% -1,57% -1,04% 16,27% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -3,79% 0,93% 1,03% -1,50% -0,87% 0,80% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -0,92% 3,42% -1,21% -3,63% 1,99% 10,49% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -0,27% 9,83% -5,27% 1,46% 7,33% 0,91% -1,20% 2,80% -0,77% -1,44% 0,59% 9,73% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 11,38% 13,67% 4,30% 1,61% 2,74% 2,66% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -15,36% -14,09% 4,53% -11,05% -1,51% -1,74% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -1,92% 1,75% 3,43% 3,54% 0,84% -1,40% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -9,26% 1,40% 10,31% -2,60% 4,17% 6,34% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -4,26% 14,66% 5,46% -6,66% 7,58% 3,04% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -5,65% -2,15% 4,18% 3,92% 14,55% -1,59% 1,83% 7,42% 5,01% 0,63% 4,22% 1,38% 0,47% -0,97% 1,35% 7,94% Total Serviços Desempenho de vendas Setor Total Total -0,97% 3,16% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 2013, foi diretamente afetado pela crise econômica, pelas incertezas do período eleitoral e pela Copa do Mundo, quando poucos segmentos se beneficiaram. “Esse resultado é o reflexo do desaquecimento no varejo ao longo do ano, fruto de um cenário econômico com crédito mais caro, inflação alta e queda na confiança do consumidor”, ressalta Adelmir Santana. Para ele, a queda no acumulado dos últimos 12 meses mostra uma mudança no comportamento dos consumidores brasilienses. “Isso demonstra que os pequenos negócios estão perdendo mercado e a população está preferindo comprar em grandes redes varejistas ou atacadistas”, observa o presidente. É importante ressaltar que a Pesquisa Conjuntural é realizada apenas com REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal. Além disso, Brasília – mais do que outras capitais brasileiras – sofreu impactos diretos de consumo nos períodos relacionados à Copa do Mundo e eleições presidenciais, pois ainda sustenta um perfil de consumo diretamente ligado à esfera pública e principalmente política. A falta de pagamento do GDF aos funcionários públicos, fornecedores, prestadores de serviços e demais colaboradores do governo no fim do ano (crise atípica) também impactou diretamente na redução do consumo. Os segmentos do comércio com crescimento nas vendas em dezembro de 2014 foram: Livraria e Papelaria, (60,97%), seguido por Calçados (45,71%); Vestuário (43,67%); Informática (23,61%); Lojas de Utili- dades Domésticas (20,22%); Tecidos (12,45%); Farmácia e Perfumaria (6,70%); Floricultura (5,86%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (4,09%). Já os segmentos que apresentaram queda foram: Óticas (-7,84%); Móveis e Decoração (-7,18%); Mercado e Mercearia (-2,17%); Material de Construção (-1,92%) e Autopeças e Acessórios (-1,75%). No setor de serviços, o destaque em dezembro ficou para o segmento de Salão de Beleza que registrou crescimento nas vendas de 17,61%, seguido por: Agência de Viagem (6,94%); Petshop (6,39%); Ensino de Idiomas (3,06%); Clínica de Estética (3,06%); Casa de Eventos (1,75%); Aluguel de Artigos para Festas (1,16%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas no mês de dezembro foram: auto63 Nível de emprego Comércio Setor Segmento Autopeças e Acessórios 11,81% 0,70% 3,73% 3,17% -2,15% -2,99% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 1,24% -0,91% -1,22% 0,00% 0,91% -4,12% Calçados 2,44% -2,44% 2,50% 5,43% -4,69% 10,08% Farmácia e Perfumaria 0,00% -5,26% 0,69% 0,00% -1,01% 0,34% Floricultura 0,00% -4,17% 0,00% -8,70% 4,76% 9,09% Informática 3,41% -10,87% 3,66% 1,23% 0,00% 16,46% Livraria e Papelaria 10,59% -5,32% -13,83% -5,19% 37,14% -2,94% Lojas de Utilidades Domésticas -4,29% 8,96% -9,38% 0,00% 6,45% -7,58% Material de Construção -2,82% -0,58% 1,75% 1,09% 6,78% -3,50% Mercado e Mercearia 0,75% -5,64% 6,97% -2,80% 0,53% -2,93% Móveis e Decoração 2,82% -17,81% 0,00% 1,37% 0,00% -26,09% Óticas -3,23% 3,33% -9,68% 7,14% 6,67% 0,00% Tecidos -22,73% 11,76% 0,00% 0,00% -7,69% -12,50% Vestuário -4,44% 3,50% 1,53% 0,40% 8,49% -4,01% Total 0,76% -2,20% 0,47% 0,19% 2,28% -2,70% - - 0,00% -1,29% 4,26% -6,69% 11,54% -8,62% -13,21% 13,33% 18,00% -8,33% - - 8,40% -4,79% 2,72% 1,32% 0,00% 3,45% -3,33% 3,45% 3,33% -4,84% Casa de Eventos - - 0,00% 0,00% 2,70% 0,00% Clínica de Estética - - 0,98% 3,75% 2,50% -11,84% Ensino de Idiomas - - 0,00% 0,00% 1,66% -1,71% 0,00% 3,92% 0,00% 4,59% 6,96% -10,66% - - 0,00% -0,81% 0,00% -0,93% 2,04% -3,00% 7,29% -2,80% 5,77% 5,22% 3,10% -1,50% 0,85% 0,18% 4,04% -3,68% 0,96% -2,13% 0,58% 0,18% 2,79% -2,99% Academia Agências de viagem Aluguel de Artigos para Festa Autoescola Serviços Jul14 x Ago14 Set14 x Out14 x Nov14 Dez14 x Jun14 x Jul14 Ago14 Set14 x Out14 Nov14 Pet Shop Reparação de Eletroeletrônicos Salão de Beleza Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. escola (-15,02%); academia (-8,55%) e reparação de eletroeletrônicos (-6,60%); Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais utilizado 64 nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por 44,26% das vendas. No setor de serviços, foi responsável por 37,96% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pe- quenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, sendo 595 do comércio e 305 de serviços. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Nível de emprego Comércio Setor Jul14 Ago14 Set14 Out14 Nov14 Dez14 x x x x x x Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14 Nov14 Região Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 1,10% 0,12% 2,05% -1,16% 0,36% -2,11% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -1,76% 0,35% -3,39% 0,00% 4,02% 1,22% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -0,47% -3,08% 0,32% 1,17% -1,30% 0,66% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 4,31% -5,34% -1,56% 2,38% 8,43% -8,59% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -2,30% -0,92% -4,44% 4,29% -1,71% 0,35% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 3,65% -3,05% 3,77% -2,79% 13,11% -9,41% 0,76% -1,50% 0,47% 0,19% 2,28% -2,70% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 3,97% -4,99% 1,50% -0,87% 4,64% -3,72% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 0,00% -0,29% 0,00% 4,00% -1,92% -3,92% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 1,82% -3,52% 1,42% -0,31% 4,95% -0,58% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 5,56% -0,25% 0,00% 0,79% 3,15% -6,02% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 0,00% -0,25% 0,00% -2,74% -1,41% -5,71% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 0,00% -0,80% 0,00% 2,44% 5,33% -6,02% 3,10% -3,60% 0,85% 0,18% 4,04% -3,68% 0,96% -1,70% 0,58% 0,18% 2,79% -2,99% Serviços Total Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Mês À vista Cheque jul/14 29,81% 0,55% ago/14 29,00% 0,44% set/14 29,26% out/14 28,96% Cartão de crédito Débito A prazo Boleto 44,30% 20,59% 3,07% 1,68% 45,34% 20,35% 3,25% 1,63% 0,55% 44,25% 21,26% 3,09% 1,59% 0,80% 45,12% 20,72% 2,82% 1,57% Formas de pagamento Comércio nov/14 30,23% 0,53% 46,14% 18,42% 3,29% 1,40% dez/14 29,29% 0,84% 44,26% 21,65% 2,55% 1,40% Serviços jul/14 21,07% 1,69% 45,76% 15,41% 4,69% 11,37% ago/14 22,33% 1,32% 43,51% 13,45% 4,64% 14,75% set/14 27,61% 1,90% 38,19% 13,13% 10,21% 8,96% out/14 22,01% 1,51% 38,29% 12,21% 10,83% 15,16% nov/14 26,24% 2,18% 39,97% 13,85% 11,67% 6,10% dez/14 26,00% 1,85% 37,96% 14,90% 11,67% 7,63% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 65 pesquisa relâmpago Inmetro passa a fiscalizar presença de bisfenol nas mamadeiras BOM A substância bisfenol comprovadamente faz mal à saúde, é necessário fiscalizar. REGULAR A lei excluiu fumantes, que consomem uma substância lícita. É preciso procurar soluções. Deixar a fiscalização por conta dos empresários não é uma medida acertada. BOM É uma boa medida, mas o número de vagas em Brasília já é insuficiente. BOM É uma surpresa, tendo em vista a péssima situação do nosso sistema de saúde. Cláudia Durães, gerente de Marketing Shopping Conjunto Nacional BOM A fiscalização é fundamental na preservação da saúde das crianças. O certificado do Inmetro tranquiliza as mães quanto à compra do melhor produto. BOM A implantação é um sinal de mudança. A intenção é preservar a saúde dos fumantes passivos e despertar nos fumantes compulsivos a necessidade de reduzir o tabagismo. BOM No Conjunto Nacional fomos pioneiros ao oferecermos vagas às gestantes. As gestantes devem ter prioridade no atendimento. Afinal, elas se desgastam por dois. BOM Brasilienses encontram vários fatores que podem contribuir para esse aumento. É uma cidade parque, com quadras arborizadas que estimulam a prática de uma vida mais saudável. Newton Marques, economista, Coordenador do Núcleo de Análise de Indices de Preços da Codeplan e membro do Corecon-DF BOM O bisfenol pode causar danos à saúde, principalmente, nas crianças. Assim, é bem-vinda a fiscalização, pois reduzirá ou minimizará os sérios problemas à saúde. BOM A Lei Antifumo conterá itens que evitarão as “burlas” que existiam na legislação anterior. A sociedade vem exigindo há muito o aumento do rigor dessa legislação anfifumo. BOM A existência de estacionamentos para grávidas preencherá a lacuna ainda existente, pois somente os deficientes e idosos têm esse privilégio. BOM Dada a mais elevada renda per capita do brasiliense, esperavase que a expectativa de vida fosse a maior do país. Nem sempre maior renda é garantia de melhor expectativa. BOM É uma garantia de melhor qualidade de vida. BOM Assim teremos lugares menos poluídos e com pessoas mais respeitosas com os nãofumantes. BOM Necessário já que as pessoas não respeitam as outras. É uma forma de educá-las indiretamente. BOM Concordo, uma vez que Brasília é a capital das oportunidades. BOM Considero importante para evitar possíveis danos à saúde dos bebês. BOM Não fumo e, por isso, considero essa lei boa, pois me sinto muito incomodado com o cheiro do cigarro. BOM Com certeza, uma grávida está em uma condição preferencial e merece. RUIM Isso não condiz com a realidade. Quem precisa usar os serviços públicos sofre. E por isso, acho que essa expectativa é só para quem tem dinheiro. Fotos: Raphael Carmona Gustavo Schettini Guimarães, sócio-proprietário do Velvet Pub Simone Mourthe, gerente da loja Tool Box Alex Oliveira, gerente comercial Untitled-4 1 66 Lei Antifumo entra em vigor em todo o País Vagas para grávidas nos estacionamentos Expectativa de vida do brasiliense é a segunda maior do País 18/11/10 11:29 REVISTA FECOMÉRCIO | FEVEREIRO 2015 Cartão Planvale Mais O meio mais prático de Adiantamento Salarial - Desconto direto na folha de pagamento. - Sem custo para a empresa, sem custo para o funcionário. - Pode ser utilizado em toda a rede credenciada da Planvale.