crianças e suas narrativas com o cinema e o
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crianças e suas narrativas com o cinema e o
CRIANÇAS E SUAS NARRATIVAS COM O CINEMA E O AUDIOVISUAL: REFLEXÕES DAS PESQUISAS Renata Gazé1 Érica Rivas Gatto2 Aline Flores3 Nesse artigo o foco é trazer um recorte de duas pesquisas de mestrado realizadas com as crianças dentro e fora da escola a partir de narrativas e leituras das crianças com os filmes, assim como em relação às suas produções audiovisuais. A primeira das pesquisas aqui trazida intitula-se “Narrativas das crianças com os filmes: reflexões sobre infância e consumo a partir do cineclube Megacine”, que observou as relações criadas pelas crianças com o cinema, dentro de um cineclube realizado em uma escola pública, percebendo as possibilidades de leitura no contexto contemporâneo. A segunda pesquisa “Crianças e suas narrativas audiovisuais”, propõe-se a investigar a relação de apropriação das narrativas audiovisuais, por crianças de 8 a 11 anos, fora do ambiente escolar, a partir das produções audiovisuais realizadas pelas próprias crianças. Cada uma das pesquisas associa-se a um projeto maior de pesquisa realizado dentro do grupo de pesquisa CINENARRATIVAS.4 A primeira traz questões relativas à relação delas com o cinema na escola: como as crianças se relacionam com as narrativas do cinema no cotidiano da escola? Como narram a infância enquanto crianças na relação com os filmes? Que narrativas cinematográficas consomem? Como lidam com a questão do acesso aos filmes como produtos culturais? Que relações constroem com o cinema dentro do cineclube criado? A outra pesquisa traz como principais questões: que repertório as crianças que participam da pesquisa trazem? Como o repertório delas aparece nas produções que 1 Mestranda em Educação pelo PPGEDU UNIRIO, integrante do grupo de pesquisa Cinenarrativas. Mestre em Educação, tendo defendido sua dissertação em 2013 com orientação da professora Adriana Hoffmann Fernandes atualmente ainda é integrante do grupo de pesquisa Cinenarrativas. 3 Bolsista de Iniciação Científica, integrante do grupo de pesquisa Cinenarrativas. 2 4 O grupo de pesquisa Cinerrativas é coordenado pela professora Adriana Hoffmann Fernandes. No grupo desenvolveram-se os projetos de pesquisa aos quais as pesquisas apresentadas associam-se. A primeira pesquisa associa-se ao projeto “O cinema e as narrativas de crianças e jovens em diferentes contextos educativos” que buscou investigar questões pertinentes à relação de crianças e jovens com o cinema na formação vivida dentro das diferentes instituições escolares enquanto a segunda está associada ao projeto “O CINEMA E AS NARRATIVAS NA ERA DA CONVERGÊNCIA: modos de consumo, formação e produção de audiovisuais de crianças, jovens e professores” que tem por objetivo olhar de forma mais ampliada para as relações formativas vividas com o cinema fora dos espaços institucionais visando a percepção dos processos de autoria no consumo e produção de narrativas audiovisuais. Ambas as pesquisas foram apoiadas pela FAPERJ. realizam? O que produzem e como produzem? Que relações podem existir entre suas produções e seu aprendizado? O recorte da pesquisa desenvolvida fora da escola considera que a maior parte das produções com vídeo realizadas pelas crianças acontece nesse espaço informal, como comenta Buckingham (2008) quando afirma que “o que acontece na escola é necessariamente diferente do que acontece fora dela”, uma vez que a criança se permite extravasar sua imaginação, sem sucumbir à influência da educação formal e da busca pelo resultado, muitas vezes agregados ao uso da mídia no ambiente escolar. Percurso das pesquisas apresentadas Neste momento trazemos uma breve apresentação dos campos de pesquisa, algumas reflexões sobre os caminhos percorridos, bem como a perspectiva teóricometodológica escolhida por ambas as pesquisas. Enquanto na pesquisa com o cinema e as crianças o público são as crianças de 10 a 12 anos do 5º ano do ensino fundamental de uma escola da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, com o intuito de ouvir – a partir do cineclube Megacine - o que as crianças têm a nos dizer sobre suas experiências e narrativas com o cinema (CASTRO, 2008) na outra o público são crianças de 8 a 11 anos participantes de oficinas de produção audiovisual realizadas fora da escola. Nas duas como parte da metodologia, foram realizadas observação e registro dos momentos do campo de pesquisa ( numa a observação e registro do debate de filmes, na outra a observação e o registro das oficinas de audiovisual). As entrevistas coletivas e individuais fazem parte das duas propostas de pesquisa com as crianças. Na pesquisa Narrativas das crianças com os filmes: reflexões sobre infância e consumo a partir do cineclube Megacine o campo de pesquisa foi realizado com a exibição de sete filmes. Destaca-se que, dos 7 filmes exibidos apenas três fizeram parte do campo de análise da pesquisa. São eles: Valentin, filme argentino de Alejandro Agresti, Filhos do Paraíso, filme iraniano de MajidMajidi e O pequeno Nicolau, filme francês de Laurent Tirard. A escolha desses filmes para análise deu-se porque ao longo dos debates desses três filmes, percebemos diferentes olhares sobre a infância recorrentes nas narrativas das crianças. A possibilidade de mergulhar em suas narrativas através desta pesquisa trouxe várias reflexões sobre a infância, os consumos das crianças, o que elas pensavam sobre a infância e sobre suas relações com o cinema no cotidiano. Na pesquisa Crianças e suas narrativas audiovisuais procurou-se perceber a relação das crianças com diferentes formas de audiovisual e suas apropriações em novas narrativas audiovisuais que estejam sendo criadas por elas. Tal pesquisa partiu das discussões surgidas na pesquisa anterior com o cinema realizada na escola em que as crianças demonstraram interesse nessa apropriação pelo audiovisual nesse processo de produção. A metodologia dessa nova pesquisa realiza-se pelas oficinas de produção audiovisual com posterior realização de entrevistas. Até o momento foram realizadas 5 oficinas de produção de filmes, com três horas de duração cada, que geraram como produto 4 vídeos. Nesse primeiro momento de oficinas participaram das 5 oficinas 4 crianças. Nesse contexto, entendemos a pesquisa-intervenção como paradigma de pesquisa e de transformação da realidade dos sujeitos que constroem a pesquisa (CASTRO, 2008), parte do pressuposto de que o pesquisar e o intervir são indissociáveis nessa perspectiva (SATO, 2008). O trabalho com esse conceito ocorre a partir de uma perspectiva de mediação, entendendo que o pesquisador não só interfere na realidade, mas atua como um mediador no processo, propondo um agir compartilhado com os sujeitos da pesquisa. Portanto, compreendemos que o pesquisador, ao realizar o mergulho no campo, simplesmente com a sua presença, altera-se e altera o contexto e os sujeitos pesquisados. Sendo assim, optar pela pesquisaintervenção como perspectiva de pesquisa, implica também em uma escolha política e ética ao pesquisar com as crianças nos dois campos de pesquisa aqui apresentados. Nesse sentido entende-se a criança nas duas pesquisas na mesma perspectiva. Entendemos a criança como produtoras de sentido e cultura, como um sujeito não apenas diferente do adulto pelas condições biológicas, mas principalmente pelo lugar que ocupa na sociedade, na cultura e na história. Sendo assim, as crianças são consideradas coautoras nos estudos, confirmando a opção teórico-metodológica escolhida. Os autores que embasam esse conceito de criança como produtora de cultura são Sônia Kramer, Walter Benjamin, Manoel de Barros, Rita Ribes Pereira, David Buckingham. Percebe-se também nas duas pesquisas a discussão do conceito de cultura, enquanto conjunto de processos sociais de produção, circulação e consumo da significação social (Canclini, 2009) e de narrativa, entendida como a troca de experiências de forma coletiva – sendo esta a marca de narrar, anunciada por Benjamin (1984). Algumas reflexões das pesquisas Eu no Megacine me via como uma pessoa que ontem falava que filme era chato e hoje estou participando de debates, falando de filmes. Estou vendo coisas no filme que eu não via antes. Eu não tinha a visão que tenho agora, não era só porque eu era menor. Eu tinha um olhar diferente, eu não debatia, eu não tinha sentimento em relação aquele filme, eu só queria ver filme já mastigado, filme bobo, não bobo, mas assim Hello Kitty... (Juliana). No meu filme eu sou escritora, eu sou desenhista, eu escolho as roupas, eu faço produção, eu faço maquiagem e eu faço a filmagem... (Laís) Nesse momento pretendemos apresentar alguns aspectos que sobressaíram nas duas pesquisas: uma concluída e outra em processo. Na pesquisa já concluída com o cinema e as crianças, alguns temas e questões foram recorrentes nas falas das crianças, apontando as formas como elas veem e refletem sobre as infâncias que coexistem a partir das identificações e comparações surgidas com as crianças personagens nos filmes analisados. As falas das crianças como a trazida em epígrafe por Juliana e por Lais trazem pistas para compreendermos as relações construídas com o cinema a partir das experiências culturais tecidas no contexto do Megacine e nas oficinas de produção audiovisual. A fala de Juliana aponta possibilidades para pensarmos como as crianças narram-se na relação com o cinema, tendo como precursor dessa relação o Megacine e como percebem o projeto como uma mudança na forma de ver filmes e conhecer outras culturas. A partir do cineclube Megacine, as crianças refletem e dialogam com os seus pares e pesquisadoras sobre as narrativas dos filmes, construindo suas próprias leituras e narrativas, ao ressignificar o que viram com suas apropriações. Nessa mesma pesquisa surgiu o clube do cinema5 no qual as crianças além de formularem ideias e conceitos a respeito do acesso aos filmes “que todos conhecem” ou mesmo os chamados pelas mesmas de “diferentes”, indicam as narrativas escolhidas 5 O Clube do cinema surgiu a partir de um projeto já existente na turma chamado Clube do livro, que funcionava como uma pequena biblioteca da turma, onde eram feitos empréstimos em que as próprias crianças pegavam livros a qualquer momento do dia. Fizeram o mesmo com um acervo de filmes. No total o clube possuia trinta e um filmes. Alguns dos títulos desse acervo criado pelas crianças são: Alvin os esquilos 2, O diário da Barbie, Hello Kitty, Vila Sésamo 1,2,3, conte outra vez, Avatar, Astroboy, dentre outros títulos que o compõe. Cabe ressaltar que as pesquisadoras não interferiram na constituição do acervo criado pelas crianças. O pequeno acervo criado pelas crianças é composto em sua maioria por DVDs “piratas”, fato que desencadeou várias discussões e conclusões por parte das próprias crianças. para compartilhar com os colegas e familiares e a relação que estão construindo com o cinema nesse contexto. Ao tratar em suas narrativas sobre os filmes que compõem o Clube do Cinema, as crianças apontam os desafios e dificuldades em obter acesso aos filmes de culturas diversas, “sem ser de Hollywood”, como elas próprias definem. Mesmo criando estratégias como o próprio Clube do Cinema, buscando filmes em diversos suportes, como a internet e refletindo acerca das cópias de DVDs, as crianças da pesquisa sinalizam a problemática que envolve o acesso a filmes e apontam o Megacine como possibilidade de ampliação desse consumo. Nesse sentido quanto maior a diversidade de filmes que as crianças tenham acesso, maior será sua possibilidade de comparação, em um movimento de formação. Através do cineclube Megacine, as crianças percebem um outro conceito de consumo e demonstram essa percepção com suas narrativas, reflexões e proposições. Cabe destacar que nas duas pesquisas não foi o propósito julgar os filmes consumidos pelas crianças, todavia possibilitar o acesso a filmes de culturas diversas, experienciando e compartilhando narrativas sobre estes bem como possibilitando produções. Dessa forma, as crianças destacam diferentes formas de olhar a infância pelo cinema e de se relacionar com este, indicando um novo modo de entendimento do consumo de filmes a partir da experiência vivida e mediada no cineclube da escola e nas oficinas oferecidas extra-escola. Na pesquisa com as crianças e o audiovisual destacou-se até o momento o vasto repertório trazido pelas crianças, a familiaridade e proximidade com o cinema e as mais variadas funções que integram a produção de um filme. Isso fica claro na fala de Lais trazida em epígrafe. Pode-se perceber durante a realização da oficina que, mesmo sendo as crianças de faixas etárias diferenciadas, os filmes apresentavam-se de forma comum ao grupo - um mesmo filme era citado por mais de uma criança em diálogo com os pesquisadores - que dentro da proposta de pesquisa-intervenção, faziam parte do jogo de perguntas e respostas. A realização das oficinas fora do ambiente escolar permitiu às crianças a autonomia de escolher vir ou não, proporcionando assim um grupo de sujeitos realmente interessados em criar e compartilhar suas ideias sobre os filmes conhecidos e as produções que desejariam fazer naquele contexto. O grupo rapidamente se entrosou e as afinidades foram surgindo. Atuar com um número pequeno de crianças permitiu que todas conversassem bastante entre si, conhecendo assim todos roteiros criados e colaborando nas produções audiovisuais umas das outras, seja atuando como personagens, construindo cenários e figurinos, sugerindo locais para filmagens e narrando parte das histórias. Considerações finais Além de todas as questões suscitadas na pesquisa, a mais desafiante configurou-se na multiplicidade de papéis ocupados pelas pesquisadoras durante o estudo. O que no início parecia a fragilidade maior da pesquisa, transformou-se em sua singularidade. Jobim e Souza (2003) traz reflexões sobre um dos maiores desafios da educação de hoje: “Aprender a ver o mundo com outros olhares, resgatando sua condição de diversidade, é formar leitores de imagens que sabem dar um sentido estético e ético ao modo como produzimos conhecimento na contemporaneidade.” (p. 73) Na pesquisa, as crianças ressignificam e produzem cultura ao construir conhecimentos e narrativas a partir das leituras dos filmes assim como também nas suas produções audiovisuais. Com suas narrativas as crianças não só narram sobre seus olhares diante dos conhecimentos já existentes, das concepções de infância próprias de outras culturas, mas constroem novos conhecimentos, sentidos e percepções diante do contexto e da sociedade contemporânea em que estão inseridas. Além das percepções sobre as infâncias a partir dos filmes, bem como da forma como olham para as diversas fases da infância, as crianças constroem identidades de acordo com os consumos dos filmes, criando representações do que seriam filmes para crianças de diferentes idades e adultos e destacam as relações afetivas e familiares presentes nos filmes. Em suas narrativas as crianças ressaltam as atitudes positivas dos personagens em relação ao outro, sendo este um amigo ou familiar. Nas oficinas as crianças comentam os filmes que conhecem trazendo entre eles filmes como Harry Potter, Universidade Monstro, Piratas do Caribe, Star Wars, Os Incríveis, Homem de Ferro, A Família Adams e Titanic e mostram nos momentos iniciais de produção conhecimentos como os que podemos apontar nas próprias falas delas: Eu acho que para fazer filme também tem que começar pelo roteiro, assim como no teatro, onde a minha mãe trabalha. (Luisa) Eu vejo no bônus, sabe? No Extra dos meus DVDs. Eu vejo ali. Aí eu fico sabendo de tudo. E também tem muito erro de gravação, cara. Principalmente no meu DVD do Piratas do Caribe. As pessoas não queriam pular, mas elas tinham que pular. E elas corriam em vez de pular. (Mateus) Então a gente vai filmar o filme dela (Laís) à noite? Que doideira! Ah, a gente apaga a luz e faz! (Mateus) Pesquisar com crianças, estar no tempo das crianças e se permitir embarcar nas experiências trazidas por elas pode ser uma vivência única e com ricos desdobramentos para todos os envolvidos, se assim eles próprios permitirem, estando abertos às possibilidades de mudanças e aprendizados. As crianças participantes desta oficina tem nos mostrado que conhecem bastante sobre o universo de produção de filmes. E escolhemos trabalhar com o cinema por acreditarmos ser ele um meio encantador, conhecido das crianças (ainda que muitas assistam aos filmes fora das salas de exibição) e com grandes possibilidades de atrair o interesse delas por assistir e brincar de fazer filmes, seja contando suas histórias ou recontando histórias conhecidas, inventando, recriando, experimentando narrativas através de materiais e equipamentos simples, de fácil acesso e baixo custo. E a pesquisa então segue por esse caminho. Para haver de fato significação na cultura, as crianças devem interagir de forma relevante com os objetos que alimentam o pensar e o fazer, ou seja, com a cultura produzida (Fantin, 2007). Nesse entendimento, para que as crianças interajam com os filmes, considerando estes como cultura produzida, não basta que participem dos debates e sejam coautoras na pesquisa. Dessa forma, podemos considerar uma possível forma relevante de relação com o cinema e também o audiovisual, quando a criança busca novos e outros caminhos e diálogos com essa linguagem, dentro e fora da escola, quando cria também desdobramentos a partir das suas participações – tanto nas sessões do cineclube como em momentos de produção nas oficinas, como as ocorridas nas duas pesquisas. A verdade sobre a infância não está no que se fala das crianças e nos saberes que acredita-se ter sobre elas (LARROSA, 1998), mas as próprias falas das crianças trazem pistas para compreendermos como concebem a infância e suas relações construídas a partir das experiências culturais tecidas por elas no contexto da pesquisa. A partir do cineclube criado na escola, as crianças refletem e dialogam com os seus pares e pesquisadoras sobre as narrativas dos filmes e a constituição da infância na atualidade. Ao tomar a criança como um outro no estudo e escolher a pesquisaintervenção com intencionalidade, com um olhar político sobre o outro e como abordagem teórico-metodológica do caminhar da investigação, significa pensar em uma pesquisa com crianças exercitando uma escuta sensível para não falar delas, sobre elas e para elas, mas falar com elas. É a partir desse encontro com esses outros tão desconhecidos na história, reconhecendo-os como autores e interlocutores da pesquisa, que nos permitimos envolver no percurso do pesquisar construído e compartilhado com esses sujeitos. Nesse sentido cabe ressaltar a importância de políticas de acesso a variados filmes na escola e de espaços para reflexões e discussões bem como para espaços de produção audiovisual dessas crianças possibilitando às crianças e jovens a construção de suas próprias leituras e narrativas, ao ressignificar o que viram em suas diferentes formas de apropriação: pelas narrativas e pelas produções realizadas. Percebemos nas pesquisas a importância de olhar para as infâncias, em suas relações com a cultura, pois de acordo Larrosa (2006, p. 72) “Por isso, necessitamos do cinema: para que nos ajude a olhar para a infância em sua alteridade constitutiva, à justa distância”. Nesse contexto, precisamos ouvir suas vozes, ver seus olhares e sentir o encontro delas com os filmes e as leituras que estes proporcionam, pois “[...] eles são os reais protagonistas na recepção e produção de uma cultura que lhes é própria.” (FRESQUET, 2009). Referências Bibliográficas BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: magia e técnica, arte e política. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. BUCKINGHAM, David. Aprendizagem e Cultura Digital. Revista Pátio, Ano XI, No. 44, 2008. CANCLINI, Néstor García. Consumo, acesso e sociabilidade. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 6, n. 16, p. 111-127, 2009. CASTRO, Lucia Rabello de. Conhecer, transformar(-se) e aprender: pesquisando com crianças e jovens. 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