Curso3 Provas da Sobrevivência do Ser ParteI
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Curso3 Provas da Sobrevivência do Ser ParteI
PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA DO SER (Pesquisas em Laboratório) Parte I – Carlos Bernardo Loureiro MOLDAGENS OCAS EM PARAFINAS As moldagens ocas em parafina constituem um dos mais instigantes fenômenos no campo das pesquisas paranormais(1). São as mais perfeitas e completas, impossíveis de serem susceptíveis de fraudes. Só podem ser obtidas pela desmaterialização das formas que as produzem, constituindo, portanto, provas absolutas. Nas sessões com a médium Ana Prado em Belém do Pará, no início da década de 1920, as moldagens ocas em parafina eram conseguidas pondo-se em prática os seguintes procedimentos: Em frente ao Gabinete Mediúnico, onde os Espíritos apareciam materializados, colocavam-se dois vasos ou baldes fundos – um contendo água fria e o outro uma porção de parafina fervente, que neste estado se assemelha a cera derretida. Quando os Espíritos se materializam aparecem a frente do Gabinete Mediúnico e, em plena luz, mergulham a mão, o braço, a perna, o pé ou o rosto na parafina fundida. Assim que retira o membro escolhido, ele vem coberto de tenuíssima camada de parafina que o cobre como uma luva. Seguidamente, mergulham o membro no vaso que contém água fria, donde passados alguns instantes, retiram-no, ficando a flutuar na água um exemplar oco, reprodução fiel do membro moldado. Qual seria o ser vivo desta Terra que ousaria mergulhar a mão em parafina fervente, e quem, supondo possível sair imune dessa prova, conseguiria descalçar essa luva sem a inutilizar? Os pesquisadores observaram que a experiência apresenta sempre o mesmo resultado, quer a mão tenha dedos unidos, quer afastados um dos outros, quer os dedos estejam sobre a palma da mão, pois até se conseguiu um belíssimo exemplar de parafina de duas mãos entrelaçadas. O professor Alexander Aksakof obteve interessantes moldagens ocas de mãos cuja abertura apenas tinham as dimensões do pulso, o que neutralizava inteiramente a possibilidade de fraude. O Professor Cesare Lombroso, por sua vez, possuía uma belíssima coleção de mãos assim obtidas e que muito contribuíram para convencer os mais ortodoxos incrédulos. O escritor espírita Pedro granja, em sua obra “AFINAL QUEM SOMOS?”, com prefácio de Monteiro Lobato, informa que o Congrés espiritualiste International, de 1900, realizado em Paris, o Dr. Bavol ex-governador de Dahomey, expunha os fenômenos de materialização de que ele foi testemunha em Arles e em Eyguéres. O fantasma de uma jovem romana, Acella, cujo túmulo se encontra em Arles, na França, no antigo cemitério de Aliscamps, materializou-se, a ponto de deixar a impressão do rosto, em parafina fervente, essa impressão não foi aceita em côncavo, mas em relevo, o que seria impossível, se praticado por um ser vivo. O Dr. Gustave Geley, com o médium Polonês Frank Kluski (pseudônimo), também conseguiu, condições excepcionais, numerosas espécies de moldagens cujas fotografias vêm incluídas no seu livro “Ectoplasmie et Clairvoyance”. Eis como ele descreve os trâmites do fenômeno. Um vaso ou balde, flutuando sobre água quente , contém parafina fundida. Ele é colocado perto do médium durante as sessões. A entidade materializada mergulha a mão ou o pé, ou mesmo a parte do rosto, por várias vezes na parafina. Quase instantaneamente se forma um modelo exatamente aplicável ao membro escolhido. Este molde endurece rapidamente no ar em contato com água fria contida no outro vaso ou balde. Depois, a parte orgânica em jogo desmaterializa-se, deixando o molde aos cuidados dos experimentadores. Examinadas essas matrizes por modeladores profissionais, declararam que, evidentemente, se tratava de mãos vivas, únicas capazes de produzir semelhantes modelagens. Não se pode, pois, explicar esses traçados de dedos, a não ser concluindo que a mão materializada envolta em parafina se haja desfeito qual uma nuvem. Geley, no livro antecitado, narra o seguinte e significativo episódio. Numa reunião experimental, as pessoas presentes diziam: Queremos a modelagem até o cotovelo. Outra idéia: Queremos um pé de criança. Geley impaciente disse: Porque não as costas? Algum tempo depois houve um grande froco na água que salpicou as assistentes, era a moldagem em parafina de costelas. Mas tão finas e frágeis que não puderam ser modeladas. Charles Richet, positivando o assunto, diz mais: Geley obteve com Kluki surpreendentes exemplares que toda a habilidade mecânica dos modeladores não poderiam reproduzir e que só se explicam pela desmaterialização de formas moldadas (“A Grande Esperança”). Os que testemunharam esses estupendos fenômenos interrogaram os incrédulos perguntando-lhes como um ser humano poderia mergulhar a mão, o pé ou parte do rosto em parafina fervente sem sofrer qualquer dano? É impossível sair-se ileso da empreitada. Ademais, molde reproduz os mínimos detalhes da mão, do pé ou parte do rosto. Ainda assim, não falta quem negue a autenticidade do fenômeno, baseando-se apenas, na suposição. Tais opiniões não têm menor valor. São apenas pontos de vista, e nada mais. Os incrédulos, depois de esgotados todos os recursos, chegaram à conclusão de que o mesmo fenômeno poderia ser feito com luvas de borracha, momentaneamente cheias de ar, pois que uma vez recoberta de parafina, esfriadas e esvaziadas, seria possível a apresentação da luva. Exigia-se dos que pretendiam reproduzir o trabalho dos Espíritos o seguinte: que o fizessem nas mesmas condições impostas aos médiuns, isto é, encerrados num compartimento, cabine ou “gaiola” de ferro ou madeira, ou então costurados dentro de um asco; e finalmente, apresentando o molde todos os detalhes anatômico da mão, as saliências, as reentrâncias, as linhas, etc... Tal convite até hoje não foi aceito, nem aqui no Brasil, ao tempo dos fenômenos suscitados pela portentosa mediúnica de Ana Prado, nem em qualquer parte do mundo. AS FOTOGRAFIAS TRANSCENDENTAIS Admite o Dr. Gabriel Delanne que a prova fotográfica tem um valor documental de extrema importância, porque mostra que a famosa teoria da alucinação é notoriamente inaplicável a tais fatos. A chapa sensível constitui um testemunho científico que certifica a sobrevivência da alma à desagregação do corpo físico, que atesta conservar ela uma forma física no espaço e que a morte não lhe pode acarretar destruição. Entre os vários casos referidos por Delanne, cumpre destacar o seguinte, que corrobora o valor da fotografia espírita na (re) afirmação da sobrevivência da alma durante a pose, disse um dos médiuns estar vendo, no plano posterior, uma figura negra, enquanto que o outro médium dizia perceber uma figura brilhante ao lado daquela. Na fotografia (revelada imediatamente após a sessão), aparecem as duas figuras, muito fraca, a brilhante, muito nítida, a escura, que é de gigantesca dimensão, detalhe maciço, traços grosseiros e longa cabeleira. Nos “ANNLES DES SCIENCES PSYCHIQUES”, formidável e desconhecido acervo da história psíquica, registram as experiências realizadas por Julian Ochorowicz, no campo da fotografia transcendental. Eis alguns relatos: A médium Stanilawa Tomeczyk, a certa atura da sessão, informou a Ochorowicz que o Espírito controle Stasia desejava lhe falar. Em seguida, o experimentador polonês recebeu o aviso tiptológico do Espírito: Quero fotografar-me: prepare o aparelho, instale-o no centro do recinto, enfocando-o a dois metros; não necessito de magnésio, nem da médium (2). Ponha o aparelho sobre a mesa, perto da janela, regulandoo a meio metro; coloque uma cadeira diante da mesa, depois dêem-me algo para cobrir-me. Contentou-se com uma toalha que o pesquisador estendeu no encosto da cadeira onde o Espírito devia postar-se. Abriu o obturador e se reuniu a médium fechando a porta da cabine. Em pouco tempo, era visto um clarão, e, em seguida, a voz da entidade: Está feita, revela a chapa. O pesquisador entrou na câmara escura para fechar a objetiva, acendeu a luz e viu a toalha, antes posta no dorso da cadeira, estava sobre a mesa, amarfanhada, uma grande folha de papel secante (mataborrão), rasgada em parte, e úmida, estava na mesa de cabeceira. Aos três quartos de hora, se revelava na chapa a imagem do Espírito Stasia, que parecia não ter peito, nem ventre, nem pernas, e não podia, pois ter sido substituído por uma pessoa viva (encarnada0 e muito menos por um quadro recortado, porque em toda a periferia da cabeça eram vistos, com lente, pequenos globos luminosos que provinham de vapores luminosos fluídicos, com os quais, conforme explicou a entidade espiritual, se havia constituído. Pergunta o Dr. Ochorowicz: (...) não havendo ninguém entrado na cabine, quem teria mudado a posição da toalha? Quem trasladou e usou o papel secante que se encontrou molhada, para entrarem contato com os vapores fluídicos? O Coronel Albert de Rochas publicou, na revista “LUCE E OMBRA”, as seguintes classificações de fotografias transcendentais: 1º - retratos de entidades espiríticas, invisíveis em condições normais; 2º - flores, escritos, coroas, luzes, imagens estranhas ao pensamento do médium e ao operador no momento da impressão da chapa. 3º - tipos que parecem a reprodução de estátua, pinturas ou desenhos. Estas imagens se podem atribuir, injustamente, a fraude ou truques grosseiros, quando são a reprodução de imagens mentais, mais ou menos conscientes, do médium ou signos voluntários dados por inteligências estranhas do Espaço; 4º - imagens de formas materializadas, visíveis por todos os assistentes; 5º - reprodução do perispírito de pessoas vivas; 6º - provas nas quais parece que a revelação nada tenha feito para aparecer, porém nas quais consta, absolutamente autônoma da personalidade do observador. (1) – O termo paranormal não deve ser confundido com o sobrenatural, porquanto não aceitamos que existam fatos no Universo que derroguem leis naturais. A melhor atitude é aceitar que aquilo que é admitido como paranormal, deverá no futuro, ser integrado dentro das leis naturais. Esperamos que o conhecimento humano avance, através de pesquisas sérias, idôneas, no terreno sempre fértil da paranormalidade. Voltar-lhe as costas é prova de insensatez. (2) – O espírito avisou ao Dr. Ochorowicz que não precisava de médium na cabine, porque já dispunha do ectoplasma (gasoso) imprescindível à realização do fenômeno. Ele não poderia dispensar a presença da médium no local das pesquisas, sob pena de não ser bem sucedido em seu empreendimento. Na bibliografia a respeito, os investigadores da fenomenologia espiritual têm chamado a atenção para o fato de que os Espíritos podem desenvolver trabalhos de efeitos físicos estando o médium 9ou médiuns) no raio de ação dos fenômenos e não necessariamente onde eles estão se processando.